sindrome de duchenne

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UNIVERSIDADE NILTON LINS ENFERMAGEM / NUTRIÇÃO DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE

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UNIVERSIDADE NILTON LINSENFERMAGEM / NUTRIO

DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE

MANAUS2012Alan Nunes Celiane Gomes Deborah Santos Delcivane Lima Gabi Mendes Kelly Lima Marcela Carvalho Maria Irani Maciel Marisol Mendes Pedro Moraes Rosemeire Oliveira Sylvania Paiva Vanusa Brito

ACADMICOS:

DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE Trabalho apresentado a Disciplina de Gentica, Ministrada pela Professora Fabola Neves, para obteno de nota do 1 bimestre.

MANAUS2012SUMRIO

INTRODUO......................................................................................................................041. HISTRIA.......................................................................................................................051.1 INCIDNCIA..................................................................................................................051.2 ETIOLOGIA....................................................................................................................051.3 FISIOPATOLOGIA.........................................................................................................062. SINTOMAS......................................................................................................................062.1 QUADRO CLNICO........................................................................................................072.2 DIAGNSTICO CLNICO..............................................................................................083. TRATAMENTO.................................................................................................................084. TERAPIA MEDICAMENTOSA....................................................................................... 085. ENSINO AO DOENTE E A FAMLIA..............................................................................09CONCLUSO..........................................................................................................................11REFERNCIAS........................................................................................................................12

INTRODUO

A Distrofia Muscular de Duchenne uma doena causa perda progressiva da fora muscular atingindo meninos na sua primeira dcada de vida. A evoluo da doena leva a incapacidade de se movimentar levando o paciente a morte na segunda dcada de sua vida. Devido a complicao respiratria (ENGEL ET. AL.,1994). A distrofia de Duchenne a forma mais comum da doena. A uma incidncia de um para cada trs mil nascimento masculino, ocorrido por um defeito localizado no cromossomo X. O Gene da DMD localiza-se no brao curto do cromossomo X. O homem que apresenta um gene defeituoso ir desenvolver a doena visto que ele tem um cromossomo X e um Y, a mulher por ter dois cromossomo X, estar protegida da doena, mesmo sendo portadora.Esse gene com defeito poder ser transmitido pela mulher aos seus filhos do sexo masculino, que desenvolvero a doena ou as suas filhas que podero ser portadoras. Em 2/3 dos casos a mutao adquirida da me e em 1/3 a mutao ocorre no prprio menino afetado. O gene responsvel pela DMD foi clonado em 1986 e identificada a protena que ele produz, a distrofina, cuja ausncia acarreta as alteraes musculares. O gene muito grande e estudo tem identificado uma parte dele que funcionalmente capaz de produzir distrofina. Em 65% ocorre perda de uma parte do DNA em 5% duplica;co do gene e em 30% dos casos mutao. As distrofias musculares so doenas degenerativas, hereditrias dos msculos esquelticos. A distrofia muscular de Duchenne (DMD) e a distrofia muscular de Becker (DMB) so as formas mais importante de apresentao. A inervao dos msculos afetada, em contraste com as atrofias espinhais e neuropatia preservada. A patologia predominantemente muscular, que leva a atrofia progressiva e posteriormente a morte.

Guillaume Benjamin Amand Duchenne

Nascido em 1806 no balnerio francs de Boulogne. Duchenne era filho de uma linha de marinheiros. Embora ele tenha dado as costas tradio familiar quando decidiu se tornar um mdico h um toque familiar visvel em seus estudos; Por exemplo, um arpo desenhado por Duchenne, um pequeno instrumento usado para penetrar a pele dos seres vivos e extrair amostras de tecido muscular para exame. Ele usou esta tcnica - a precursora da bipsia - para examinar o tecido muscular dos mesmos pacientes em vrias idades. Aos vinte anos, tomado de uma melancolia, quase abandonou a profisso, mas foi revitalizado por um estranho fascnio: o seu crescente interesse na capacidade da energia eltrica, de que quando aplicada na pele de um paciente, faz com que os msculos se contraiam. Em seguida, aos 36 anos, mudou-se para Paris. Na falta de um compromisso formal, ele visitou hospitais em toda a cidade, em busca de casos intrigantes de nervos e distrbios musculares. E continuou pesquisando o faradismo, a aplicao de eletricidade na pele para diagnsticos ou terapias. Ele construiu sua prpria caixa eltrica como mquina e levou com ele em rodadas para estimular os nervos e msculos dos pacientes. Isso foi importante na medida em que lhe permitiu mapear os msculos do corpo e detalhes de suas funes. Duchenne considerado o pai da eletroterapia e tambm estudou a paralisia e desenvolveu uma tcnica para determinar as suas causas diversas. Em 1862 ele havia mapeado 100 msculos faciais. No decorrer desse trabalho, ele tinha algo a dizer sobre o sorrir, que mesmo o tmido ou falso sorriso usam apenas msculos da boca, mas o sorriso verdadeiro movimenta msculos ao redor dos olhos. Duchenne foi considerado um dos maiores mdicos do sculo XIX. Ele tambm foi identificado como um grande neuropatologista e ser lembrado por ter desenvolvido os elementos necessrios para um exame neurolgico meticuloso, qual acrescentou a estimulao eltrica como um teste de diagnstico de localizao. As conquistas tambm incluem a pesquisa sobre a poliomielite aguda, e a descrio de uma doena conhecida como Paralisia bulbar progressiva. Ele tambm identificou a Distrofia Muscular Pseudohipertrfica como uma doena muscular primria, que depois tornaria a Distrofia Muscular de Duchenne. Ele escreveu muito sobre o envenenamento por chumbo. Duchenne morreu em 1875, com 69 anos.

INCIDNCIA DA PATOLOGIADistrofia muscular um termo amplo usado para designar um grupo de doenas genticas, que afetam os msculos causando fraqueza cuja a caracterstica principal o enfraquecimento e posteriormente a atrofia progressiva dos msculos prejudicando os movimentos superiores e inferiores. A distrofia muscular de Duchenne tem ocorrncia em todo o mundo, sem distino de raa ou etnia de 1 em 3000 3500 nascimentos masculinos. As mulheres portadoras desse gene defeituoso dificilmente apresentam sintomas da patologia, algumas manifestam hipertrofia de panturrilha, fraqueza de membros e altos nveis sricos de CK. ETIOLOGIAEm cerca de 30% dos pacientes a me no portadora, mas sim novas mutaes ocorrem no gene da distrofia. Vrios estudos tem sido feito no decorrer dos anos, afim de descobrir a causa da DMD. A primeira tentativa foi a teoria neurognica, que se baseava no fato de que o problema fosse da m inervao dos msculos, explicando tambm a associao de alteraes intelectuais nos meninos com DMD. H tambm a teoria vascular, explicando que o problema do musculo devido a falta de suprimento sanguneo. Nas meninas que apresentam sintomas, Lyon explica que o cromossomo X defeituoso ativo e aquele normal inativo.FISIOPATOLOGIANa Distrofia Muscular de Duchenne a quantidade de distrofina presente no tecido muscular menor do que o normal. A distrofina uma dentre vrias protenas que ligam a actina dentro da fibra muscular e a lamnima da face externa da mesma. Duplicaes ou delees do p 21 do cromossomo X, alteram a leitura durante o processo de traduo, de forma que a sntese de distrofina no ocorra, sem ela a membrana celular fica permevel permitindo que componentes extracelulares entrem no interior da clula, aumentando assim a presso interna. Esse processo ocasiona instabilidade da membrana, anormalidade da contrao e do relaxamento muscular e, tardiamente excesso de clcio intracelular e necrose das fibras musculares. A ausncia da distrofina acarreta secundariamente diminuio de glicoprotenas associadas a mesma. Isso faz com que haja perda da ligao da distrofina matriz extracelular tornando o sarcolema susceptvel a necrose.

SINTOMASNormalmente, a DMD manifesta-se pela primeira vez em meninos com idade entre trs e sete anos, sob a forma de uma fraqueza muscular na regio plvica ou em torno dessa regio. Comumente, o indivduo apresenta a seguir fraqueza da musculatura dos ombros, a qual torna-se progressivamente pior. medida que os msculos enfraquecem, eles tambm aumentam de volume, mas o tecido muscular anormal no forte. Em 90% dos meninos com distrofia muscular de Duchenne, o miocrdio tambm aumenta de volume e enfraquece, acarretando distrbios do ritmo cardaco, que so detectados no eletrocardiograma. Os meninos afetados pela distrofia muscular de Duchenne geralmente apresentam uma marcha vacilante, sofrem quedas freqentes, apresentam dificuldade para subir escadas e levantar- se da posio sentada. Os msculos dos membros superiores e inferiores podem apresentar contraturas em torno das articulaes, impedindo a extenso completa dos cotovelos e dos joelhos. Algumas vezes, ocorre a formao de uma curvatura anormal na coluna vertebral (escoliose). Em torno dos 10 ou 12 anos de idade, a maioria das crianas com essa doena encontra- se confinada a uma cadeira de rodas. O aumento da fraqueza tambm as torna suscetveis pneumonia e a outras doenas, e a maioria morre por volta dos 20 anos de idade.

QUADRO CLNICO importante ressaltar que os sintomas iniciais da DMD podem passar despercebidos pelos pais e pelos mdicos, mas em grande parte dos meninos, os sinais e sintomas da doena iniciam-se antes dos 5 anos at antes dos 3 anos de idade. Nesse perodo j se observa distrbio da marcha, que pode ser caracterizada pelo andar na ponta dos ps. Atraso no desenvolvimento motor ocorrer frequentemente. Geralmente os pais procuram o mdico quando a criana sente dificuldades em levantar-se do cho, quando a marcha bamboleante torna-se aparente, e a frequncia das quedas aumentam, devido a fraqueza muscular proximal.

A) Distrofia Muscular de Duchenne e Becker B) Distrofia de Emery C) Distrofia de Cinturas D) Distrofia Facio-escpulo-umeral E) Distrofia Distal F) Distrofia culo-farngea

DIAGNSTICO CLNICOQuando se h suspeita, o mdico solicita os seguintes exames: Dosagem da creatinofosfoquinase (CK): A enzima (creatinina cinase) sai das clulas musculares, aumentando acentuadamente a sua concentrao no sangue. No entanto, concentraes elevadas de creatinina cinase no significam necessariamente que a criana apresenta uma distrofia muscular, uma vez que outras doenas musculares tambm podem causar aumento da concentrao srica dessa enzima. Exame do DNA: para pesquisa da deleo no gene da distrofina. Bipsia muscular: um pequeno fragmento do msculo removido para ser submetido ao exame microscpico para certificar-se do diagnstico. Ao microscpio, o msculo apresenta tecido morto e fibras musculares anormalmente grandes. Estudo do RNA: realizado a partir dos linfcitos do paciente permite identificar o ponto em que ocorreu a mutao.TRATAMENTOA distrofia muscular de Duchenne no tem cura. A fisioterapia e exerccios ajudam na preveno da contratura muscular permanente em torno das articulaes. s vezes a cirurgia torna-se necessria para a liberao de msculos contrados e doloridos. A prednisona, um corticoesteride, que vem sendo investigada como um meio de alvio temporrio da fraqueza muscular. Alm disso, encontra-se sob investigao a terapia gentica, que facilitaria a produo de distrofina pelos msculos. As famlias com membros que apresentam a distrofia muscular de Duchenne so aconselhadas a buscar um aconselhamento gentico, para avaliao do risco de transmisso do trao da distrofia muscular aos descendentes.TERAPIA MEDICAMENTOSA A CORTICOTERAPIAOs grandes efeitos colaterais so (ganho de peso, hipertenso, obesidade, osteoporose e catarata). No h consenso ainda quanto ao momento de introduo da droga, do tipo de corticoide a ser utilizado e do esquema de administrao (dirio, dias alternados, por perodos, etc). O consenso com relao a corticoterapia em distrofias a necessidade de acompanhamento de perto, para monitorar os benefcios e para atuar preventivamente frente aos efeitos colaterais. Os pacientes que utilizam corticoides muitas vezes precisam de tratamentos associados relacionados com a osteoporose. Gentamicina um antibitico aminoglicosdeo que atuaria no mecanismo de traduo do RNA As grandes desvantagens so a forma de aplicao que deve ser injetvel (NO ABSORVIDA POR VIA ORAL) e os efeitos colaterais para a funo auditiva (surdez) e renal (insuficincia renal). Em estudos realizados com portadores de Duchenne e de distrofias de cintura no houve a resposta esperada.CREATINA A creatina um composto natural, usado como complemento alimentar por atletas, uma das substncias que pode retardar a degenerao muscular. NOVAS DROGAS O CING (Cooperative International Neuromuscular Research Group) um grupo de laboratrios de pesquisa dos Estados Unidos e em outros pases realizou testes com 56 drogas em camundongos com distrofia. As drogas que produziram resultados como; sero, ou j esto sendo, submetidas a estudos controlados para comprovar a sua eficcia em portadores da doena. HOMEOPATIA No tratamento da distrofia muscular no h nenhum trabalho cientfico conclusivo da sua eficcia.ANESTESIA EM DISTROFIAS MUSCULARES Os trabalhos tem demonstrado um aumento do risco de acidentes anestsicos e bitos nos portadores de distrofia musculares.TRATAMENTO COM CLULAS - TRONCOS As pessoas que sofrem de distrofias musculares tm depositado suas esperanas nas pesquisas para um futuro tratamento com clulas-tronco. (Todos so atenuantes para a doena)

ENSINO AO DOENTE E A FAMLIA Devido gravidade da incapacidade a s mltiplas manifestaes, necessria uma abordagem multidisciplinar. O acompanhamento para a fisioterapia pode ajudar o doente e a famlia a lidarem com problemas de mobilidade. A vigilncia de compromisso cardaco e de outros sistemas importante. O doente e a famlia devem estar conscientes dos sinais e sintomas e de possveis complicaes. A preveno de complicaes associada imobilidade vital. necessrio ensino sobre medicao, se o doente estiver a fazer esterides e imunossupressores. O apoio emocional essencial, especialmente a pais de crianas com DMD. A famlia pode necessitar de apoio para lidar com sentimentos como o desgosto e culpa sobre a transmisso da doena. O aconselhamento gentico deve ser feito para os indivduos apropriados. Encorajar a deambulao e a mobilidade at ao mximo possvel deve ser equilibrado com o assegurar de um sono reparador e o repouso adequado para prevenir a fadiga. Os membros da famlia necessitaro de ensino sobre as tcnicas de transferncia para doentes que andem em cadeiras de rodas. Pode ser necessrio um dispositivo de levante, se os membros da famlia no forem capazes de ajudar na transferncia.

CONCLUSOConclumos que a Distrofia Muscular de Duchenne uma situao sria e triste j que no possui cura, mas existe uma nova luz sobre esta doena, sendo ela esta:Um novo estudo pr-clnico, publicado na Nature, o primeiro a demonstrar a restaurao muscular na distrofia muscular de Duchenne em modelo animal. Os pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvnia, juntamente com pesquisadores da PTC Therapeutics Inc. e da Universidade de Massachusetts, utilizaram uma nova droga, chamada PTC124, que age especificamente na mutao gentica da doena. Esse defeito gentico caracterizado pela presena de um cdon de parada em um local indevido, resultando na formao de uma protena truncada, no caso da DMD, a distrofina. Outras doenas, como a fibrose cstica, apresentam o mesmo tipo de mutao gentica. A PTC124 se mostrou eficaz em anular essas mutaes e permitir a produo da distofina por inteiro, corrigindo os defeitos musculares presentes nos camundongos com DMD. Ao mesmo tempo, a droga no interferiu na produo de outras protenas.

"Essa nova classe de tratamento tem o potencial de ajudar um grande nmero de pacientes com diferentes doenas genticas, decorrentes do mesmo tipo de mutao gentica", diz o pesquisador H. Lee Sweeney, da Universidade da Pensilvnia.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

PORTAL MDICO Disponvel em: < http://www.arquivomedico.hpg.ig.com.br>BRUNNER e SUDDARTH, Tratado de Enfermagem Mdico-Cirrgico 12Edio - Viver Guanabara Koogan, 2001 BENNET. PLUM. Cecil -Tratado de Medicina. 20 ed. Vol. I. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.BOGLIOLO, Luigi. Bogliolo Patologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.JORDE. CAREY. BAMSHAD. WHITE. Gentica Mdica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.SHEPERD, Roberta P. Fisioterapia em Pediatria. 3. ed. So Paulo: Maria Santos, 2002.