sindnoticias julho 2013

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PREFEITURA PRAZO APERTADO VERGONHA Natal: Servidores têm negociação e assembleia Servidores estão há dois anos sem aumento e vão à luta. (Pág. 3) Todos têm só até 06 de agosto para reunir documentos. (Pág. 12) Governo gastou R$ 24 mi com diárias e R$ 17 mi em saúde. (Pág. 4) Quatro mil ganham ação por FGTS atrasado Rosalba gasta mais com diárias do que em saúde Julho 2013 Trabalhadores foram às ruas no dia 11 Milhões cruzaram os braços no Dia Nacional de Greves, convocado pelas centrais sindicais. Servidores da saúde estadual e de várias cidades pararam e participaram da passeata em Natal, defendendo o Fora Rosalba. (Páginas centrais) www.sindsaudern.org.br Festa junina da Saúde reúne 1.600 pessoas. Saiba como foi e veja as fotos. (Pág. 10 e 11) Paralisação foi um aviso: Assembleia do estado prepara greve! (Páginas 8 e 9) Rogério Marques / Foque

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Jornal do Sindsaúde-RN

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Page 1: Sindnoticias julho 2013

PREFEITURA PRAZO APERTADO VERGONHA

Natal: Servidores têm negociação e assembleiaServidores estão há dois anos sem aumento e vão à luta. (Pág. 3)

Todos têm só até 06 de agosto para reunir documentos. (Pág. 12)

Governo gastou R$ 24 mi com diárias e R$ 17 mi em saúde. (Pág. 4)

Quatro mil ganham ação por FGTS atrasado

Rosalba gasta mais com diárias do que em saúde

Julho 2013

Trabalhadores foram às ruas no dia 11

Milhões cruzaram os braços no Dia Nacional de Greves, convocado pelas centrais sindi cais. Servidores da saúde estadual e de várias cidades pararam e participaram da passeata em Natal, defendendo o Fora Rosalba.(Páginas centrais)

www.sindsaudern.org.br

Festa junina da Saúde reúne 1.600 pessoas. Saiba como foi e veja as fotos. (Pág. 10 e 11)

Paralisação foi um aviso: Assembleia do estado prepara greve!(Páginas 8 e 9)

Rogério Marques / Foque

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O curso Concepção, Estratégia e Práti­ca Sindical foi promovido pelo Ilaese (Ins­ti tuto Latino­Americano de Estudos Só ­cio­Econômicos), em maio, no Sindsaúde. O curso apresentou a história dos sindi­catos, seu papel na luta entre as classes sociais e a burocratização. “A rotina sindi­cal faz com que, muitas vezes, diretores se afastem da base e se consi derem acima da categoria. A vacina é formação política, combate aos privi légios, democ­racia e trabalho de base”, afirma Rosália Fernandes, diretora de Formação.

De 28 a 30 de junho foi realizado o 1º Encontro Nacional LGBT organizado pela CSP­Conlutas, em São Paulo, com 180 pessoas, de 16 estados. O Sindsaúde­RN enviou uma delegação com quatro rep­resentantes da base e Jamille Amelia e Paulo Roberto, da Secretaria da Mulher Trabalhadora da Saúde, LGBTs e Negros do SIndsaúde. Em debate, a história do movimento LGBT e a importância de os sindicatos assumirem a luta contra o pre­

conceito e a homofobia nos locais de tra­balho. O próximo passo será o debate “O que é opressão”, no sindicato, no dia 25, às 14h, logo após a assembleia estadual.

Os 24 servidores lotados no Wal­fredo Gurgel que estão à disposição do Ruy Pereira foram pegos de surpresa por um comunicado no fim de junho que retirava suas gratificações de produti­vidade. Suetânia Cardoso, diretora do Sindsaúde­RN e técnica de enferma­gem, está nessa situação. “Procuramos a Sesap. O secretário­adjunto Marcelo Bessa nos recebeu e disse que o benefí­cio não será retirado destes servidores, até que a produtividade do Ruy Pereira melhore”, explica Suetânia.

O Sindsaúde já realizou duas reuniões com os times e servidores interessados e vai realizar o campeonato de futebol. Um convite especial às servidoras: mon­tem seus times e inscrevam­se!

Regionais e núcleos CaiCó - R. Amaro Cavalcante, 15 ATel: (84) 3417-3025 8829.5723 (Oi); 9990.9247 (TIM)[email protected]

Mossoró - R. Prudente de Morais, 940Tel: (84) 3316-9518 http://sindsaudemossoro.blogspot.com

Pau dos Ferros - R. Quintinho Bocaiú-

va, 111, Centro. Tel: (84) 3351- 2499 sindsaudepaudosferros.blogspot.com.br santa Cruz - R. Mossoró, 510 bairro 3A1Tel: (84) 3291-5414; 9972.3989 (TIM)[email protected]

núCleo são Gonçalo do aMarante R. Cel. Estevam Moura, Nº 4, Centro Tel: (84) 3674-3970 saudeeeducacaoemluta.blogspot.com.br

DiRetoRiaCoordenadora-Geral: Simone Dutra (H. Santa Catarina, SGA)Vice Coordenador-Geral: Egídio Junior (H. Walfredo Gurgel)Sec. Comunicação, Cultura e Assuntos So-ciais: Simone Dutra; Ednilma Xavier (PSF José Sarney/Natal); Marcelo Guedes (H. Giselda Trigueiro)Sec. de Administração e Organização: Egídio da Silva Júnior; Ângela Maria Ramos (H. Walfredo Gurgel); Ana Mércia Andrade (Mat. Leide Morais/Natal)Sec. de Formação Política e Política Sindical: Rosália Fernandes (H. Walfredo Gurgel); Adriana Sousa (H. Santa Cata-rina); João Antônio de Assunção (SMS Santana do Matos)Sec. de Assuntos Trabalhistas e Jurídicos: Célia Dantas (PSF Igapó/Natal); Edgard Aurino (H. Maria Alice); Edineide de Melo (SMS Macau)Sec. de Políticas de Saúde: Jefferson Cleyton Oliveira (CCZ); Fátima dos San-tos (H. Santa Catarina); Edineudo José H. Fernandes (H. Reg. Pau dos Ferros)

Sec.de Finanças: Maria Lúcia da Silva (H. Walfredo Gurgel); Francisca Suetania Cardoso (H. Ruy Pereira); Marcos Antonio Rodrigues (SMS Sítio Novo)Sec. de Aposentados e Pensionistas: Rita Alves da Silva (H. Reg. Caraúbas); Mª das Graças de Oliveira (H. Reg. S. P. do Potengi); Rosa de Cássia (Mat. Quintas)Sec. de Org. dos Trab. Terceirizados da Saúde Pública Estadual e Municipal: Paulo Martins (SAMU); João Morais Ferreira (H. Tarcísio Maia); Ismael da Fonseca (H. João Machado)Sec. da Mulher Trabalhadora da Saúde, GLBTS e Negros: Jamille Amelia Gibson (CRI); Paulo Roberto (PSF F. Camarão); Karyne Danielly Pereira (SMS Macaíba)Suplentes Diretoria: Andréa Alexandre Ferreira (PSF Nova Natal); Iraceana Nascimento (SMS Natal) CONSELhO FiSCAL: Edilene Ferreira (H. Reg. S. J. do Mipibu); Mauricio Ernesto de Araújo (H. Reg. Caicó); Francisca Evania dos Santos (SMS Touros)

Diretores do Sindsaúde e das regionais participam de curso de formação

CSP-Conlutas realiza I Encontro Nacional LGBT

Sindsaúde leva caravana de agentes de saúde e de endemias a BrasíliaNo dia 18 de junho, o Sindsaúde enviou um ônibus a Brasília com 40 agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias e cinco diretores. Foi a maior delegação, com re­presentantes de várias cidades do RN, que viajaram para exigir o piso nacional dos agentes e o Plano de Carreira. O protesto foi organizado pela Confederação Nacional dos Agentes Comuni­tários de Saúde. A delegação percorreu gabinetes dos deputados do RN em busca de apoio e participou da audiên­cia pública na Câmara dos Depu­tados. A pressão agora é sobre o presidente da Câmara, o potiguar Henrique Alves (PMDB).

Servidores do Walfredo que estão no Ruy Pereira se mobilizam e conseguem garantir a produtividade

Campeonato de futebol terá times femininos

Sindicato dos Servidores da Saúde do RN - Filiado à CSP-ConlutasSede: Av. Rio Branco , nº 874 • Cd. Alta - Natal Tel: (84) 4006.2950; 9924.6717 (Tim) [email protected]Àreas de Lazer: Pium e Redinha. Informações e reservas: 4006.2950

www.sindsaudern.org.brFacebook.com/sindicatodosservidoresdasaudedorn

Twitter.com/sindsaudern Youtube.com/sindsaudern

Departamento de Comunicação Sindsaúde: Clara Leite, Gustavo Sixel e Claúdia Galvão (Estagiária) 2

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Servidores de Natal têm nova assembleia e exigem 27,08%Negociação sobre o reajuste será no dia 13/8. Assembleia vai debater novo calendário de luta e mobilização, para pressionar o governo

Os servidores da saúde de Natal estão em campanha salarial. A pauta foi entregue em 24 de abril e até hoje não foi analisada por completo. En­tre as exi gências está reajuste de 27,08%, revisão do plano de cargos, isonomia entre auxiliares e técnicos e condições de trabalho.

O reajuste salarial e as gratifi­cações dos agentes serão discuti­dos no dia 13 de agosto, na próxima reunião da Mesa Municipal de Nego­ciação Permanente do SUS.

Luta pela isonomiaNa última reunião da Mesa de

Negociação, no dia 02, foi discutida a remuneração dos auxiliares. A proposta acordada foi que o governo enviaria um Projeto de Lei à Câmara, para que os auxi liares que te nham feito curso técnico passassem a re­ceber na mesma ta bela dos técnicos.

Necessidade de concursoNa reunião, a Se cretaria prometeu

pu blicar o edital do concurso público até o fim de outubro. No entanto, em 27 de junho, a Câmara permitiu a con­tratação temporária, por um ano. “A contratação pode ser renovada por mais 12 meses. E, assim, continua a demora em chamar concursados e fazer o concurso. Na gestão anterior, Carlos Eduardo também prometeu concurso, mas não cumpriu”, diz Célia Dantas, diretora do Sindsaúde. g

ASSEMBLEIA DOS SERVIDORES DE NATAL

Quinta, 15 de agosto14h - Aud. Sindsaúde

Greve na saúde de Parnamirim é exemplo de luta e coragemOs servidores de Parnamirim estão em greve desde 8 de julho, pelo

PCCS e por reajuste de 100% nas gratificações, que são de R$ 150, no nível elementar. Eles têm dado um exemplo de luta e união, mantendo o ato diário na Maternidade Divino Amor. Conseguiram parar metade do atendimento, a suspensão das cirurgias eletivas e de parte dos leitos da enfermaria. Agora, lutam para que o prefeito Maurício Marques, que ofereceu só 10% de reajuste na gratificação, negocie de verdade.

VEJA A PAUTA DE REIVINDICAÇÕES http://migre.me/fke6Y

Servidores de Parnamirim no ato do dia 11, em Natal

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RN gasta mais em diárias que em saúde

A saúde pública foi uma das prin­cipais preocupações das ruas. Car­tazes lembraram aos governos os gastos na Copa, que chegam a R$ 33 bi lhões. Em 2012, apenas 4,17% do Orçamento do País foram para a saúde. Mas 43,98% foram para as dívidas externa e interna.

O baixo investimento segue em prefeituras e estados. Em 2012, o RN gastou em saúde o mesmo que em 2010, mesmo arre cadando mais, segundo o TCE. E o pior, gastou mais R$ 24 milhões em diárias e só R$ 17 milhões em saúde. Enquanto faltam ambulâncias e 300 leitos de UTI, o governo Rosalba viaja por aí... g

População foi às ruas por investimentos na saúde

SP

RJ DF

RN

Estudantes e profis­sionais de Enfer­magem, Psicologia, Fisioterapia e outras áreas foram às ruas exigir o veto ao pro­jeto de Ato Médico. Resultado desta luta, no dia 11, Dilma vetou trechos do artigo 4º, mantendo a autono­mia destes profissio­nais. Caso fosse san­cionado na íntegra, pacientes teriam que buscar a assinatura de um médico para prosseguir com o atendimento. g

Protestos garantiram vetos no Ato Médico

#vemprarua em defesa da saúde públicaMais de 30 mil pessoas fecharam a BR, no dia do ato nacional. O SIndsaúde partici pou com uma bRIgADA DE SolIDARIEDADE, identificada com coletes e com uma am­bulância para pres tar socorros em caso de repressão. Nos dias seguintes, o protesto se repetiu em cidades como São Gonçalo, Ceará­Mirim, Mossoró, Extremoz, Macau, Parnamirim e Santa Cruz.

20.JUNHO

Pesquisa: população quer “alta prioridade” para a saúde

FONTE: Tribuna do Norte (30.06)

Baixa prioridade

Média prioridade

Alta prioridade

2,25%

8,99%

88,28%

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No dia 24, o secretário estadual, Luiz Roberto Fonse­ca, anunciou prazo de 90 dias para que o Giselda Triguei­ro e o Santa Catarina regu lem a entrada, deixando de atender casos que não seriam de responsabilidade do governo estadual. Também pretende restringir atendi­mento de sete hospitais do interior. As medidas vão fazer com que a população encontre mais dificuldade de ser atendida, como na pediatria do Santa Catarina.

“Não adianta ficar empurrando um para o outro, porque sabemos que não vai resolver e a população fica de um lado para o outro. Os três governos precisam aumentar imediatamente o investimento em saúde. Estado e União gastaram bilhões com os estádios. E a prefeitura acaba de pegar R$ 150 milhões emprestado para obras da Copa. E a saúde?”, questiona Simone Du­tra, coordenadora­geral do Sindsaúde­RN. “É preciso concurso já”, defende. g

Caos no RN vai piorar com atendimento referenciadoHospitais Giselda Trigueiro e Santa Catarina passarão a ter atendimento restrito em 1º de outubro. União, Estado e pre-feituras fazem jogo de empurra, sem garantir atendimento à po-pulação e condições de trabalho

Ed Nunnes, aluno do IFRN, acompa­nhava a avó de uma amiga no Santa Catarina. Revol­tado com as más condições, falta de profissionais e de lençóis, improvi­sou um cartaz na frente do hospital. “Fiquei lá sozi nho mostrando à popu­lação o quanto esses políticos cospem na cara das pessoas”, escreveu.

Indignado

Hosp. giselda Trigueiro (estadual) Atendimento foi interrompido, por falta de vagas na UTI, pelo raio­X e am­bulância quebrados e falta de insumos: até esparadrapos estavam faltando. “Nunca estive numa guerra, mas não deve ser muito pior do que essa situa­ção do hospital”, relatou à imprensa o médico infectologista André Prudente.

Maternidade Januário Cicco (federal)Parou o atendimento de urgência no dia 26/6, por falta de pediatras.

Maternidade leide Morais (municipal)Fechada para reforma, até novembro.

Hosp. Walfredo gurgel (estadual)Seis médicos pedem demissão por falta de condições de trabalho.

Hospital Santa Catarina (estadual)Superlotação. Servidores com ex­cesso de trabalho e falta de médicos. Alagamento, com as chuvas.

Prontuário

gISElDA TRIgUEIRo - O Sindsaúde promoveu dois atos. O primeiro, com servidores, médicos e estu­dantes, foi no Giselda, onde faltou até esparadrapo.

SANTA CATARINA - No dia 27, o ato no Santa Cata­rina reuniu secundaristas e terceirizados. A passeata fechou a Estrada da Redinha, com ato no Nordestão.

26.JUNHO 27.JUNHO

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Reprodução

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O 11 de julho foi a maior greve do país desde os anos 80. Mi­lhões de trabalhadores para­ram. Mais de 50 estradas foram bloqueadas por metalúrgicos e trabalha dores sem­teto e sem­terra. Mi lhares foram às ruas, como no RN, com 12 mil. Após os grandes atos de junho, que exi­giram o direito ao transporte e tiveram a juventude à frente, os traba lha dores e seus sindicatos entraram com força na luta.

30 de agostoAs centrais aprovaram um

novo dia de paralisações, para 30/8. “Nós defendemos que fosse uma greve geral, mas não houve acordo”, diz Zé Maria, da CSP­Conlutas. “O dia 11 mostrou que a classe trabalhadora está disposta a lutar e o dia 30 será um passo muito importante”. Além disso, haverá atos nos es­tados no dia 6/8, contra o Pro­jeto 4330, da terceirização. g

Os servidores da saúde fizeram uma grande paralisação nos hospitais esta duais e nos municípios. Assim, a saúde foi uma das maiores cate gorias na manifestação.

Logo cedo, diretores e ati vistas con ver­savam com servidores, que se dividiam para manter o mínimo de 30%. O CRI e vá rias unidades municipais de Natal simplesmente fecharam. Dele gações do interior, da capital e da Grande Natal se concen traram no Walfre­do Gurgel, onde pegaram coletes e adesivos.

De lá, ocuparam a Av. Salgado Filho, em frente ao Midway, com sindicatos e es­tudantes, na coluna da CSP­Conlutas. O pro­testo seguiu até a Av. Roberto Freire, com atos no Arena das Dunas e na Governadoria.

Reduzir o preço e melhorar quali­dade dos transportes coletivos

Mais investimentos na saúde e educação pública

Fim do fator previdenciário e aumento das aposentadorias

Redução da jornada de trabalho

Fim dos leilões das reservas de petróleo

Contra PL 4330, da terceirização

Reforma agrária

PAUTA DAS CENTRAIS

NO DIA 11, OS TRABALHADORES PARARAM O PAíSDIa Nacional de Greves e Paralisações foi convocado pela CSP-Conlutas e demais centrais sindicais e milhões de trabalhadores cruzaram os braços

Após forte paralisação, cerca de 700 servidores da saúde participam do ato em Natal

‘Rosalba, não tenha medo. Tem uma maca pra você lá no Walfredo’

Adesivo do Sindsaúde pelo Fora Rosalba. Mais de 10 mil já foram distribuídos pelo sindicato nos atos. Ao lado, o protesto dos servidores na manifestação.

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NO DIA 11, OS TRABALHADORES PARARAM O PAíSDIa Nacional de Greves e Paralisações foi convocado pela CSP-Conlutas e demais centrais sindicais e milhões de trabalhadores cruzaram os braços

Veja mais fotos e o vídeo do ato: sindsaudern.org.br

‘Rosalba, não tenha medo. Tem uma maca pra você lá no Walfredo’

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O país se levantou e foi às ruas em junho. E por muito mais do que os 20 centavos da passagem. Foi por direitos, como saúde, educação, transporte, que são negados todos os dias. Foi contra a repressão policial, que vimos pela TV e na internet. Foi contra o descaso dos políticos, que tratam o dinheiro público como extensão de seus negó­cios, que viajam de avião da FAB enquanto o povo espera na fila do ônibus. A população disse que está cansada de trabalhar tanto por um salário que mal garante as dívidas e a feira, que não para de subir.No dia 11, os trabalhadores deram um novo passo, em continuidade aos atos de junho. Infelizmente, as centrais sindicais ligadas ao go­verno não querem que os protestos se choquem com o governo Dil­ma. Defendem um plebiscito, para desviar a atenção das ruas. Mas a verdade é que a maior parte dos problemas que afetam a classe trabalhadora foram causados pelas decisões dos governos. São governantes como Dilma, Rosalba, Carlos Eduardo e deputados e vereadores que decidem para onde vai o dinheiro público, por ex­emplo. Para o Sindsaúde e a CSP­Conlutas, é preciso mudar a política econômica. Enquanto o país continuar enviando metade de tudo para a dívida, enquanto gastar bilhões com a Copa e com subsídios para empresas e montadoras, vai faltar din­heiro para a saúde, vai faltar esparadrapo e fio de aço.A população e a juventude mostraram que vale a pena lutar. Como dizia um cartaz: “Desculpe o transtorno, esta­mos mudando o país”. g

Dilma precisa parar de ajudar empresas e bancos para garantir salários e direitos, como saúde, educação e transporte.

EDITORIAL

Se não mudar a política econômica, o país não muda

Não pagamento da dívida externa e interna.

Fim das privatizações das empre­sas estatais e do serviço público; e reestatização do que já foi entregue ao setor privado.

Chega de dinheiro para as empresas, mais recursos para as aposentadorias, o serviço público e a valorização do servidor.

Congelamento do preço dos alimentos e tarifas públicas e aumento geral dos salários.

PAUTA DA CSP-CoNlUTAS

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A paciência tem limite. Os servi­dores da saúde estadual estão há dois meses em campanha salarial e até agora o governo não se pronun­ciou (página seguinte).

Diante disso, na última assem­bleia, foi aprovado um dia de para­lisação de advertência, no dia 11 de julho. Agora, na assembleia do dia 25, a categoria vai discutir o indicativo de greve e a data de início.

A campanha salarial 2013 iniciou em 16 de maio, na primeira assem­bleia estadual, no Sinpol. De lá para cá, a campanha tem sido construída com reuniões nos locais de trabalho, assembleias e atos para pressionar o governo. “A cartilha que fizemos foi importante para que a categoria con­hecesse a pauta de reivindicações, o acordo de 2012 e os erros na apli­cação do plano de cargos”, afirma Egídio Júnior, vice­coordenador ger­al do Sindsaúde­RN.

Em 20 de junho, a segunda assem­bleia reuniu 350 pessoas, mostrando a disposição de luta da categoria. Ao final, os servidores fizeram uma pas­seata e um ato na Sesap. g

SERVIDORES DO ESTADO PREPARAM-SE PARA A GREVE

Mobilização e debate fortalecem campanha salarial

Após paralisação de advertência no dia 11, assembleia do dia 25 discute indicativo de greve dos servidores da saúde do RN

Assembleias, atos e reuniões nos hospitais preparam a categoria

“Nós, da diretoria do Sindsaúde in­dicamos a greve. Fizemos uma forte paralisação no dia 11 e o próximo passo é dar a resposta ao governo”, disse Simone Dutra, coordenadora­geral do Sindsaúde. “Os protestos no País mostraram que vale a pena lutar. Chega de aceitar esse salário e a falta de condições de trabalho. Ve­nha preparar a greve, a única forma deste governo nos ouvir”, convoca. g

Cartilha da campanha, disponível no site

Assembleia com 350 pessoas, no dia 20 de junho

Ato no Walfredo Gurgel Passeata até a Sesap

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A falta de negociaçãoGoverno Rosalba não se pronunciou e Secre ta-ria de Administração não recebeu servidores

Dois meses após a entrega da pauta, em 22 de maio, a postura do governo do RN tem sido de desres­peito e descaso com os servidores. De um lado, a busca do Sindsaúde pela negociação. De ou tro, ausências na Mesa Permanente de Negociação e cancelamento de reuniões. A Se­cretaria de Admi nistração até agora

não recebeu os servidores, recusou a solicitação de reunião conjunta e não se pronunciou.

“A intransigência tem sido a marca desse governo com todos os servi­dores públicos, como aconteceu recentemente com os nossos cole­gas do Detran”, recorda Rosália Fer­nandes, diretora do Sindsaúde. g

O sindicato foi recebido pelo secretário de Saúde, Luiz Roberto Fonseca, nos dias 09, 15 e 17/07. Foi discutida todas as reivindicações. O secretário afirmou con cordar com as exigências sa la riais e relativas ao PCCR; comprometeu­se em montar comissão conjunta para a tabela de qualificação e reativar a comissão da Gratificação de Produtividade. Também sinalizou com a eleição de diretores e anunciou que o Hospital da Mulher (Mossoró) e o de Currais Novos, serão assumidos pelo estado, um dos pontos de nossa campanha.

Por outro lado, o secretário man­teve a sua posição sobre o aten­dimento restrito na pediatria do Santa Catarina a partir de outubro e sobre a Parceria Público­Privada (PPP) para o Hospital de Trauma. Também disse que a situação finan­ceira do estado não permitiria novos concursos, para repor o quadro.

“Apesar dele ter concordado com as reivindicações salariais, não há sinalização do governo nesse sen­tido, pois a Searh não nos recebeu”, afirma Simone Dutra. “Por isso não há outro caminho que não a greve”. g

Ponto eletrônico

INFORMES

Prédio da Sesap

13º salário

Em 19/06, o Jurídico do Sindsaúde entrou na Justiça pedindo a inter­dição do prédio da Sesap para reforma e a remoção dos servi­dores para outro local durante a obra. Laudos apontam si tua ção emergencial na parte elétrica, colocando em risco os servidores. O sindicato pede que a interdição dure até o término da obra.

Neste ano, o valor dos 40% de adiantamento do 13º veio menor do que o esperado. Após consul­ta à Administra ção da Folha de Pagamento, o Sindsaúde­RN foi informado de que o cálculo feito para o pagamento do 13º salário não considerou os plantões even­tuais, como em todos os anos. Diante desta situação, o Sind­saúde­RN enviou um ofício soli ci­tando à SEARH uma posição ofi­cial a respeito do não pagamento.

Nas reuniões com o secretário, o Sindsaúde questionou a forma de aplicação do ponto eletrônico e a ligação com o sistema Ergon. Desde o início da implantação do ponto, o sindicato tem exigido isonomia, de forma que todos se­jam obrigados a bater o ponto, e a transparência, com o direito de acesso ao que é registrado. Como isso não tem sido garantido, o Sindsaúde vai entrar na Justiça no dia 24, exigindo que qualquer desconto só possa ser feito se o estado garantir a impressão do registro, na hora da entrada. O servidor tem que ter uma garantia de que não será prejudicado e nem irá precisar pedir favor.

Audiências apenas com a SesapSecretário recebe sindicato, 45 dias após a entrega da pauta de reivindicações

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Os servidores transfor­maram o salão do Clube Atlân­tico, no Alecrim, em um espaço de alegria e confraternização, em uma das melhores festas de São João do Sindsaúde.

Antes das 20h, sócios já chegavam com seus fami­liares, aproveitando o início do

show de Alvimar Farias e Karla Patrícia. A dupla, que anima muitas festas de São João, cantou até às 21h30. A dupla só interrompeu o show para a posse da diretoria e a dança da quadrilha.

O grupo, formado por mora­dores do bairro de Felipe

Festa Junina empolga servidores Mais de 1.600 pessoas brincaram no São João do Sindsaúde, em 22/06

‘Na minha quadrilha, só tem gente que brilha’

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Logo após a primeira parte do show, foi feita a posse e a apresentação da nova diretoria do sindicato, que não pôde ser realizada após as eleições. A posse foi anunciada com uma fala de Dário Barbosa, pela CSP­Conlutas e em seguida, cada diretor foi sendo apresentado. Ao final, Simone Dutra, coordenadora geral do Sindsaúde, fez um rápido discurso, chamando a lutar pela dignidade dos servidores. Convidou todos a participar da campanha salarial do estado, para forçar o go­verno a atender as reivindicações “Se prepara Rosalba”, brincou.

Festa dá posse à diretoriaCamarão, empolgou os servidores com a tradicional encenação do casamento, com direito a briga en­tre o noivo e o pai da noiva. A apre­sentação da quadrilha foi muito elo­giada, com coreografia e figurino perfeitos, e acompanhada de perto pelo público.

Após a quadrilha, o forró pegou fogo até o início da madrugada, com o salão tomado e casais dan­çando junto a suas mesas. A or­ganização da festa e a decoração também foram elogiadas. A comis­são organi zadora, formada por di­retores, preo cupou­se em evitar filas e garan tir que todos pudessem aproveitar a festa ao máximo. g

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Em 23 de março de 1993, o Sindsaúde/RN entrou na Justiça contra o Estado do RN pleiteando que este depositasse o FGTS dos servidores celetistas na época lotados na Sesap. Ao longo desta ação, o processo foi sentenciado e a Justiça determinou que o Estado depositasse o FGTS de 4.118 servidores, que eram celetistas e sócios do Sindsaúde em 1993.

O processo já foi julgado, ou seja, não há mais recursos. Agora precisamos: localizar todos estes servidores que possivelmente encontram­se espalhados por todo o estado; recolher os documentos de cada; elaborar os cálculos para saber quanto cada um deve receber a título de FGTS. Tudo exige tempo, organização no sindicato e mobilização da ca tegoria. O sindicato e as regionais montaram uma operação especial para isso. Veja abaixo o passo­a­passo. g

Ação coletiva do FGTS, de 1993, entra em fase de cálculos4.118 servidores serão beneficiados, mas precisam reunir e entregar vários documentos ao Sindsaúde até 05 de agosto

JURíDICO URGENTE

CoNfIRA SE VoCê fAz PARTE DoS 4.118 CoNTEMPlADoS NA AÇão.Pelo site - Acesse www.sindsaudern.org.br e veja a lista dos servidores contemplados.Por telefone (4006-2950) ou na sede - O Sindsaúde montou uma equipe especial, coorde­nada pelo Setor Jurídico em Natal para atender os trabalhadores e conferir se o nome se encontra na lista. De 2ª a 6ª, de 08h às 12h30 e das 13h às 17h30. Aos sábados, das 09h às 12h.

REúNA oS DoCUMENToS NECESSáRIoS.a) Comprovante de ingresso no serviço público ­ Nesta época os servidores trabalhavam sob o regime da CLT, então para comprovar o ingresso ao quadros no Estado precisamos de: Cópia da Carteira de Trabalho, especificamente das folhas de identificação/qualificação (a que possui foto e dados pessoais) e folhas com a assinatura do contrato com o Estado.b) Comprovante de exoneração do serviço público – Caso o servidor, por qualquer motivo tenha saído dos quadros da SESAP faz­se necessário também a cópia de um documento (portaria ou declaração) de exoneração expedida pelo Estado.c) Extrato Analítico do FGTS ­ Os servidores precisam ir na Caixa Econômica e solicitar o extrato Analítico do FGTS, documento no qual se verifica os depósitos fundiários e o saque para as futuras deduções. A Caixa só entrega o extrato analítico 5 dias após a solicitação. Atenção: o sindicato está em negociação com o arquivo do Bandern, solicitando que seja re­passado a complementação do Extrato Analítico, referente aos anos anteriores a 1990.d) Fichas financeiras ­ Todas as fichas do servidor desde o ingresso no Estado até 31/06/1994. Atenção: Não é mais necessário solicitar, pois o sindicato conseguiu todas as fichas no Ar­quivo Central do Estado e) Cópia do documento de identidade (RG) e do Cadastro de Pessoa Física (CPF)f) Cópia do Comprovante de Residência

VEJA oNDE ENTREgAR oS DoCUMENToS (Até 05 de agosto). A) NATAl E gRANDE NATAl:• Sindsaúde – 2º a 6º feira 08 às 12h30 e das 13 às 17h30. Sábados: 09h às 12h. (Kauan e Eduardo)• Nos hospitais Walfredo Gurgel, Santa Catarina, Gi selda Trigueiro, João Machado ­ Datas a ser di­vulgadas.b) NAS REgIoNAIS:• Caicó: 3417.3025 e 8829.5723 (2º a 6º feira 07h30 às 12h30 e 14h às 17h30) Meire

• Mossoró: 3316.9518 (2º a 6º feira 07h30 às 11h; 13h às 17h ­ Sábados 6 e 13 de junho, 09h às 12h) Sheila• Santa Cruz: 3291.5414 (2º a 6º feira 07h30 às 11h e 13h às 17h ­ Sábados das 07h às 13h) Aline IV Ursap: (2º a 6º feira 07h30 às 12h30) Iramil ouNorma• Pau dos Ferros: 3351.2499 (2º a 6º feira 07h30 às 11h30 e 13h às 17h) Ana Lucia

Caso o servidor se encontre na lista, mas, infelizmente, tenha falecido? Os parentes (cônjuges e filhos, preferencialmente) devem procurar o Sindicato com todos os docu­mentos ao lado e cópias do atestado de óbito, certidão de casamento ou declaração de união estável e nascimen­to dos filhos.

Tira-dúvida

E se o servidor não tiver mais a carteira de trabalho? Devem solicitar junto à Sesap ou ao Arquivo da Sesap cópia da sua ficha funcional, nela constará a data na qual o mesmo ini­ciou seus trabalhos na administração pública.

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