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EDIÇÃO MENSAL ONLINE JULHO 2013 Notícias do ténis FLORIN EISELE/AELTC «Não achei que poderia vencer Sharapova» Michelle Larcher de Brito admite que não pensou ser possível vencer a russa Maria Sharapova na segunda ronda do quadro principal de singulares de Wimbledon. A tenista portuguesa acabou por fechar o encontro com 6-3 e 6-4 e assinar a maior vitória na carreira e o maior feito do ténis português. Em entrevista a Notícias do Ténis, a tenista portuguesa recorda a participação na terceira prova do “Grand Slam” do ano, que lhe valeu a reentrada no “top” 100 mundial e a recu- peração do estatuto de número um portuguesa. E fala do percurso em torneios do circuito ITF, da seleção portuguesa da Fed Cup e do pai, António Larcher de Brito, seu treinador. Nesta edição, retrospetiva-se também outras vitórias de tenistas portugueses em todo o Mundo no primeiro semestre do ano. Michelle recorda Wimbledon

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Notícias do Ténis - julho 2013

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Page 1: NT - julho 2013

EDIÇÃO MENSAL ONLINE JULHO 2013

Notícias do ténis FLORIN

EISELE/AELTC

«Não achei que poderia vencer Sharapova»

Michelle Larcher de Brito admite que não pensou ser possível vencer a russa Maria

Sharapova na segunda ronda do quadro principal de singulares de Wimbledon. A tenista portuguesa acabou por fechar o encontro com 6-3 e 6-4 e assinar a maior vitória na carreira e o maior feito do ténis português. Em entrevista

a Notícias do Ténis, a tenista portuguesa recorda a participação na terceira prova do “Grand Slam” do ano, que lhe valeu a reentrada no “top” 100 mundial e a recu-peração do estatuto de número um portuguesa. E fala do percurso em torneios do circuito ITF, da seleção portuguesa da Fed Cup e do pai, António Larcher de Brito,

seu treinador. Nesta edição, retrospetiva-se também outras vitórias de tenistas portugueses em todo o Mundo no primeiro semestre do ano.

Michelle recorda Wimbledon

Page 2: NT - julho 2013

2 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

O maior «grito» do ténis português

EDITORIAL

Federação Portuguesa de Ténis Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha

Tel.: 214 151 356 Fax: 214 141 520 [email protected] www.tenis.pt

EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa. Coordenação: José Santos Costa

Michelle Larcher de Brito, com cometimentos fantásti-cos antes de atingir a maiori-dade, voltou a fazer história. No esplendor da relva do All England Club, a tenista por-tuguesa mais bem cotada de sempre e atual número um portuguesa atingiu a terceira ronda do quadro principal de singulares de Wimbledon, no qual entrou após três encon-tros no “qualifying”. Sharapova, número um mundial em 2005, apresenta-va-se em Londres como a terceira tenista do Mundo com mais créditos. Também como campeã em Wimble-don há nove anos, finalista vencida em 2011 e, mais recentemente, vice-campeã em Roland Garros. Porém, Michelle (131.ª) não se intimidou e, com a mesma garra que se lhe reconhece como titular da seleção lusa na Fed Cup, voltou a demonstrar valor e tornou-se a primeira repre-sentante do ténis luso a ven-cer dois encontros no quadro principal de Wimbledon.

No mítico All England Club, entre morangos e “chantilly” num casamento perfeito e flutes de champanhe, Micae-la Carolina, nome de batismo de Michelle, assinou o maior “grito” do ténis português. Sabe-se que, ultimamente, os resultados significativos não apareciam, mas Michelle Larcher de Brito nunca bai-xou os braços em sinal de derrota. E é esse exemplo que se retira desta jovem agora com 20 anos, que, desde os 15, começou a dar cartas entre a elite mundial. Há sete anos que abraçou o profissionalismo no ténis e esteve para abandonar quando tinha 16 anos, mas preferiu lutar em vez de desistir. Vale a pena citar um tre-cho do poema “Se”, do britâ-nico Rudyard Kiliping, que figura num “placard” à entra-da do “court” central do All England Club: “Se conse-gues num único passo arris-car tudo o que conquistaste num lançamento de cara ou coroa, perderes e recomeça-res de novo sem nunca sus-pirares palavras da tua per-da...”.

«Michelle Larcher de Brito,

com cometimentos fantásticos antes

de atingir a maioridade, voltou a fazer

história»

VASCO COSTA

Presidente da Federação Portuguesa

de Ténis

FERNANDO CO

RREIA

Page 3: NT - julho 2013

«Terceira ronda de Wimbledon é muito especial»

3 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

_______________________________________________________________________________________________________...

D.R.

Michelle Larcher de Brito eliminou Maria Sharapova na segunda ron-

da de Wimbledon, a maior vitória da carreira da portuguesa mais

bem cotada de sempre e a maior proeza do ténis português. Em

entrevista a Notícias do Ténis,

Michelle Larcher de Brito recorda a participação no maior torneio

do Mundo, no All England Club, em Londres.

“Não achei que poderia vencer Sharapova na relva, porque é o

campo favorito dela”, referiu Michelle, que sempre pensou “que iria ser um jogo difícil”. Acabou por

vencer a russa em duas partidas, por 6-3 e 6-4, e avançar para a

terceira ronda do quadro principal de singulares de Wimbledon, a

terceira prova do “Grand Slam” do ano. Depois de Roland Garros, em

2009, Michelle Larcher de Brito, desde os nove anos radicada na

Florida, nos Estados Unidos, repetiu em Wimbledon a presença

numa terceira ronda de um “major”. Treinada pelo pai, Antó-nio, a tenista disse ter “confiança

absoluta“ no progenitor, aconselha as jovens que lhe querem seguir a

pisadas a se divertirem e alerta para um percurso “duro” no ténis,

mas compensador.

— Encarou com naturalidade o encontro com Maria Sharapova ou alterou alguma rotina antes de um embate por saber que ia defrontar uma antiga número um? — Vinha do “qualifying” e entrei no quadro principal. Fiz tudo muito bem até a segunda ronda e, por isso, não

mudei nada. — Partiu para o encontro com Sharapova com confiança ou algu-

NOTÍCIAS DO TÉNIS — Qual foi o seu primeiro pensamento quando confirmou que teria Maria Sharapo-va como adversária? MICHELLE LARCHER DE BRITO — Pensei que iria ser um jogo difícil e que tinha de jogar o meu melhor

ténis. — Pensou alguma vez que pode-ria vencer Sharapova? — Não achei que poderia vencer Sharapova na relva, porque é o cam-

po favorito dela.

Page 4: NT - julho 2013

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4 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

FLÁVIO SANTO

S

ma preocupação especial, como ter consistência no fundo do “court”? — Eu só fiquei agressiva e joguei o

meu jogo. — Depois de ter vencido o primei-ro “set”, por 6-3, o que lhe passou pela cabeça? Que Sharapova ia reagir na segunda partida? — Eu estava muito concentrada no meu jogo com Sharapova, estava a

correr muito bem! — Quando é que assumiu que podia ganhar a Maria Sharapova e avançar para a terceira ronda de Wimbledon? — Só quando ganhei o quinto

“match point”! — Nos pontos finais da segunda partida, que venceu por 6-4, o que sentiu com o aproximar do triunfo? — Estava concentrada e nervosa ao mesmo tempo, porque, se perdia esse último jogo, iria ser muito difícil

fazer o “break” no serviço dela. — Que sentimento lhe despertou a vitória sobre Sharapova e o facto de poder atingir a terceira ronda em Wimbledon? — Senti-me bem ter ganho a uma jogadora como a Sharapova. E estar na terceira ronda de Wimbledon é

muito especial. — O que é que Sharapova lhe disse no final do encontro, quando se cumprimentaram junto à rede? — Ela só disse: “Bem jogado e boa

sorte!” — Depois, sentiu pressão na ter-ceira ronda por ter vencido Shara-pova? — Sim, estava com um bocadinho de pressão. Acho que havia muitas

expectativas. Mas eu aprendi também

...

para levar sempre um jogo de cada

vez. — Ultrapassou o “qualifying” e atingiu a terceira ronda. Era o tor-neio de Wimbledon que perspetiva-va fazer? — Não, porque a minha viagem para a Europa não começou muito bem e só quando passei o “qualifying”

é que me senti muito melhor. — O que significa este triunfo para a sua carreira? — Foi muito bom ter ganho, mas eu apenas me senti mais confiante. E

espero continuar a jogar bem.

— Com o feito em Wimbledon, voltou a entrar no “top” 100. Vai mudar a sua programação para a temporada, isto é, arriscar mais em torneios WTA? — Se o meu “ranking” permite jogar mais torneios WTA, claro que vou

apostar jogar provas neste nível. — Em Wimbledon, voltou à ribal-ta. Como viveu os últimos anos, em que competiu mais em torneios ITF?

LARCHER DE BRITO (na foto, durante um treino no torneio do Grupo I da Fed Cup, no CAR do Jamor, em 2010)refere que o percurso em torneios ITF foi proveitoso

...

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5 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

— Não foi uma situação ideal, mas era preciso. Mas com os torneios ITF

aprendo muito e melhorei bastante. — É conhecida no circuito profis-sional pelos gritos na execução das pancadas, aliás, como outras tenistas, como Maria Sharapova. Isso preocupa-a? — Não me preocupa. — Voltou a entrar no “top” 100. Esperava nesta altura da tempora-da? — Eu nunca esperei nada. Sempre joguei um torneio cada vez e um jogo

de cada vez. — Voltou a ser também a número um portuguesa, destronando Maria João Koehler. Era um dos seus objetivos recuperar esse estatuto? — Ser número um portuguesa não é o meu objectivo. Eu só estou a preocupar-me apenas com o meu

“ranking” na WTA. — Quer melhorar o seu recorde no “ranking”, a 76.ª posição? — Claro que quero manter a posi-ção em que me encontro [111.ª] e

melhorá-la. — Na sua opinião, o que se pode-rá fazer para melhorar o ténis femi-nino em Portugal e, por exemplo, chegar mais longe na Fed Cup? — Claro que é possível! Nós esta-mos sempre a trabalhar para subir de

escalão. — Como vê as entradas de novas tenistas na seleção?

— A ligação ao seu pai produziu finalmente frutos? — Eu tenho o máximo respeito pelo meu pai como treinador e tenho absoluta confiança que ele

sabe o que eu preciso. Se preciso de dez horas para corrigir alguma parte do meu jogo,

sei que ele vai estar lá. Não acredito que existe algum treinador neste Mundo que pode

fazer o que o meu pai faz. — Como é que é ter o pai como técnico?

— É óptimo, porque o meu pai foi quem me ensinou a jogar ténis. Então, não há ninguém que sabe o meu jogo melhor do que ele. E ele foi o meu interesse primeiro e o resto é secundário. E eu sei que ele está lá porque ele quer, não porque está a ser pago como um

treinador. — O pai é muito importante na sua carreira? — Sim, claro que é. Ele é diverti-do e sempre a gozar. Os meus

pais são os melhores.

«Tenho absoluta confiança no meu pai»

...

...

MICHELLE e PEDRO CORDEIRO, durante encontro da Fed Cup

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6 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

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...

MICHELLE LARCHER DE BRITO é a atual 111.ª mundial e tem como objetivo melhorar a posição na tabela mundial

— Este ano, joguei a Fed Cup [em Israel, no torneio do Grupo I] com Bárbara, Margarida e Joana e conse-guimo-nos manter no mesmo escalão.

E isso mostra capacidade. — E como vê o facto de Ana Cata-rina Nogueira estar a trabalhar com Pedro Cordeiro, na seleção femini-na portuguesa na Fed Cup? — Acho que Ana Catarina Noguei-

ra é uma boa adição à equipa portu-

guesa. — Nos Estados Unidos, continua a dividir o ténis com os estudos? — Já acabei a escola há três anos atrás. Essa parte não é uma preocu-

pação. — Que conselho dá às jovens que se querem lançar no ténis? — As raparigas que se querem lan-çar no ténis têm de se divertir e ado-rar o que estão a fazer, porque é mui-to duro, mas, ao mesmo tempo, com-

pensa.

Micaela Carolina Larcher de Brito nasceu em Lisboa, a 29 de janei-ro de 1993. Filha de António Lar-cher de Brito e da sul-africana Caroline, tinha três anos quando

se iniciou na prática do ténis. Michelle, nome que adotou, tinha nove anos quando jogou o Campeonato Nacional de sub-12 e conquistou o título. Ainda hoje é

a mais jovem campeã nacional. Ainda com nove anos, Michelle Larcher de Brito viajou para os Estados Unidos, para a Florida, e ingressou na afamada academia de Nick Bolletieri, onde se forma-ram Pete Sampras, Venus Wil-liams, Boris Becker, Marcelo Rios, Serena Williams e Maria

Sharapova, entre muitos outros. Com apenas 14 anos, a portu-guesa averbou o primeiro grande triunfo (ver página seguinte), ao eliminar Shauhnessy, na altura a

43.ª mundial. Foi no WTA Miami. Até 2009, assinou mais vitórias sobre tenistas do topo e logrou a presença numa terceira ronda de um “Grand Slam”, pela primeira vez para um representante do ténis português. Michelle acabou por ser travada em Roland Garros

no terceiro encontro. Nesse mesmo ano, alcançou a melhor posição de sempre de uma portuguesa no “ranking” WTA — 76.ª. Depois, desceu no “ranking” e entrou numa fase de sombra, mas a menina prodígio, atualmente com 20 anos, voltou

em Wimbledon.

A menina prodígio

FLORIN EISELE/AELTC

Page 7: NT - julho 2013

D.R.

7 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Desde 2007, Michelle Larcher de Brito já elimi-

nou sete tenistas de “top” mundial

na sua carreira profissional.

A russa Maria Sharapova, terceira no

“ranking” WTA na altura do embate

em Wimbledon com a portugue-

sa, foi a última a cair aos pés da tenista lusa e a primeira do

“top” 10 e ex-número um

mundial. Três tenistas que integravam as 20

primeiras da classificação na

altura em que se encontraram com Michelle cederam frente à portugue-sa. Duas delas —a polaca Agniesz-

ka Radwanska e a italiana Flavia

Penetta — foram superadas quan-do Michelle Lar-

cher de Brito con-tava com apenas

15 anos e se encontrava no

segundo ano de profissionalismo

no ténis.

Triunfo sobre a elite

MEGHANN SHAUGHNESSY 43.ª

Na primeira ronda de Miami, Michelle obteve a primeira vitória sobre uma jogadora do “top” 50. A portuguesa foi mais forte do que a norte-americana

Shaughnessy em três partidas, com os parciais de 3-6, 6-2 e 7-6 (3).

2007 WTA

Miami

Nota: “Ranking” indicado correspondente à altura do encontro com Michelle Larcher de Brito

No segundo confronto com Israel, da segunda de três jornadas do Grupo C, Michelle Larcher de Brito venceu a israelita Peer, por 6-1 e 6-2. Com este

triunfo, a seleção portuguesa igualou 1-1 e acabou por vencer por 2-1.

Duas partidas bastaram para Michelle superasse a chinesa Zheng, por 6-4 e 6-3. Pela primeira vez, representante do ténis português vencia dois encon-

tros no quadro principal de singulares de uma prova do “Grand Slam”.

Na eliminatória inaugural, a argentina Dulko foi ultrapassada com 7-5 e 7-6 (1). Na ronda dois, a “qualifier” Michelle “roubou” um “set” à norte-

americana Serena Williams, por 6-4, mas cedeu nas seguintes, por 6-3 e 6-2.

Novamente em Miami, Michelle venceu a polaca Radwanska na segunda ronda, por 2-6, 6-3 e 7-5, e tornou-se na primeira portuguesa a

atingir a terceira ronda de um torneio da categoria.

Proveniente do “qualifying”, Michelle, na altura posicionada em 169.ª do “ranking” WTA, atingiu a terceira ronda após o êxito sobre a italiana Penetta,

em três partidas, concluídas com os parcelares de 6-3, 0-6 e 6-3.

AGNIESZKA RADWANSKA 16.ª

FLAVIA PENETTA 18.ª

SHAHAR PEER 37.ª

JIE ZHENG 15.ª

GISELA DULKO 34.ª

2008 WTA

Miami

2008 WTA

Montreal

2008 WTA

Stanford

2009 Roland Garros

2012 Fed Cup

A menina prodígio foi mais consistente do que a russa Sharapova, vencedora em Wimbledon em 2004. Michelle impôs-se por 6-3 e 6-4 no encontro da

segunda ronda e amealhou mais de 60 mil euros.

MARIA SHARAPOVA 3.ª

2013 Wimbledon

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8 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

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De janeiro a junho, tenistas portugueses festejaram a

conquista de títulos, individuais e

em pares, em provas internacionais. O triunfo mais

importante foi assinado por Frederico Silva, que, novamente

ao lado do britânico Kyle Edmund,

foi campeão em juniores na variante de pares em Roland

Garros. Um título que junta à vitó-ria noutra prova do “Grand Slam”,

o Open dos Estados Unidos, conquistada no ano passado.

Nestas oito páginas, recordam-se os campeões e os vice-campeões portugueses, masculinos e femini-nos, no primeiro semestre do ano,

nos circuitos profissionais, de

juniores e nos escalões juvenis. ...

FFT

Seis meses de êxitos

KYLE EDMUND e FREDERICO SILVA vence-ram em Paris, na final de pares do tor-neio júnior, com os chile-nos Garin e Jarry

Paris, 8 de junho. Em apenas 53 minutos, Frederico Silva e Kyle Edmund vencem os chilenos Christian Garin e Nicholas Jarry e conquistam o título do torneio de juniores em pares

de Roland Garros. Pela segunda vez, Frederico Silva inscreveu o nome na galeria dos cam-peões em provas do “Grand Slam”. É o único português a somar títulos nos “majors”. Ao lado do britânico Edmund, Frederico Silva já tinha assi-nado a vitória no US Open, no ano

passado. No último ano de júnior, Frederico Silva obteve outro título importante. Em maio, o tenista treinado por Pedro Felner desde os oito anos logrou a primeira vitória em singulares num torneio de categoria “Future”, em

Monfortinho (Castelo Branco).

Num ano em que reservou a sua programação para torneios do circuito profissional sénior, apenas interrompi-do pelas participações nos torneios juniores do “Grand Slam”, Frederico Silva venceu o espanhol Ivan Arenas-Gualda na final do ITF Futures Mon-fortinho, por 6-4 e 7-6 (5), em duas

horas e 10 minutos. O primeiro título em seniores — conquistado em Portugal, tal como primeiro ponto ATP, em Loulé, em 2011 — permitiu ao jovem natural das Caldas da Rainha ascender do 1.184.º lugar no “ranking” ATP para o

740.º posto. No circuito profissional da ITF, Pedro Sousa foi o primeiro português

a somar um título nesta temporada.

Todos os dias, o ténis português está à distância de um simples clique!

www.tenis.pt

Page 9: NT - julho 2013

9 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

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Em Plantation, nos Estados Unidos, Pedro Sousa arrecadou o título de pares, ao lado do croata Franco Sku-gor. Na final, os dois venceram, por 6-2 e 6-3, o português João Domin-gues, que cumpriu a primeira prova da temporada, e Hassan Ndayishiye,

do Burundi. Pedro Sousa também esteve no derradeiro encontro em singulares, mas deixou fugir o título para o rome-no Victor Crivoi, pelos parciais de 6-2

e 6-4.

À terceira é de vez

Pedro Sousa voltou a jogar uma final de um “Future” em fevereiro. No entanto, o holandês Niels Desein foi mais forte do que o lisboeta, fechando o encontro que decidia o título em

Vale do Lobo com 7-6 (3) e 6-2. Também na Vale do Lobo Tennis Academy, Pedro Sousa logrou atingir a final em pares, fazendo parceria com Gonçalo Falcão. A dupla portu-guesa impôs-se aos espanhóis Arau-zo-Martinez e Pulgar-Garcia, pelos

parciais de 6-3 e 6-4. Na terceira final do ano em singula-res, segunda consecutiva, Pedro Sou-sa acabou por sagrar-se vencedor em Loulé, em três partidas, concluídas com 5-7, 6-4 e 7-6 (3). Do outro lado da rede esteve Rui Machado, que tinha regressado à competição em Vale do Lobo, na semana anterior, após um longo período a recuperar de

lesão num joelho. Antes da participação no Open dos

Estados Unidos, no ano passado, Rui

FERNANDO CORREIA

PEDRO SOUSA arrecadou o título de pares em Plantation e foi vice-campeão em singulares

Machado, o único português com entrada direta no quadro principal de singulares, já apresentava queixas no

joelho direito. Depois de eliminado na ronda inau-gural pelo espanhol Fernando Ver-dasco, 25.º na hierarquia mundial na altura, Rui Machado ainda participou no “Challenger” de Sevilha, mas reali-zou apenas uma partida frente ao ucraniano Oleksandr Nedovyesov

(venceu o primeiro parcial, por 7-5). O regresso à competição de Macha-do prometia — quartos de final em singulares em Vale do Lobo —,

porém foi Pedro Sousa a levar a

melhor sobre o algarvio em Loulé.

Êxito na terra natal

Na semana seguinte, Rui Machado voltou a disputar o título de singulares no terceiro torneio de 10 mil dólares no Algarve. Em Faro, terra natal do tenista português mais bem cotado de

sempre, o algarvio encontrou o es-

...

...

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10 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

panhol Guillermo Olaso e superiori-zou-se em duas partidas, a primeira com “tie-break”, pelos parcelares de

7-6 (3) e 6-2. Em junho, Rui Machado voltou a conquistar o título em embate com Olaso, por 6-2 e 6-0, no ITF Futures Cluj-Napoca, na Roménia. O portu-guês, de 29 anos, contabilizou o segundo triunfo em torneios no pri-meiro semestre deste ano e o 17.º da

carreira.

Elias bisa no Brasil

No ATP Challenger Tour, Gastão Elias somou o segundo título em torneios da categoria no Brasil, onde se encontra radicado há mais de três

anos. A 14 de abril, o brasileiro Rogério Dutra da Silva eliminou o português nas meias-finais do “Challenger” de Itajaí, por 6-1 e 6-0, mas, sete dias depois, Gastão Elias vingou o desai-

re em Santos. Na final individual, Elias, na altura em 133.º no “ranking” ATP, venceu Rogério Dutra da Silva, o principal favorito ao triunfo no torneio paulista e 97.º no Mundo. O desfecho foi de 4-6, 6-2 e 6-0 favorável ao português,

que somou mais 80 pontos. Elias, treinado pelo brasileiro Jaime Oncins, foi campeão em singulares pela segunda vez no Brasil, depois de ter conquistado o “Challenger” de

Rio de Janeiro, em outubro de 2012. João Sousa também contabilizou um título individual no ATP Challen-

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Odesnik, por 3-6, 6-3 e 6-4, e somou o quarto título em singulares no ATP Challenger Tour, depois dos triunfos em Tampere e Mersin

(2012) e Furth (2011).

Novas experiências

Depois da presença na final de pares do ITF Futures Plantation, que Pedro Sousa e Skugor venceram, João Domingues repetiu a experiên-cia em Villajoyosa, em Espanha, em

março. No entanto, o tenista de Oliveira de Azeméis, treinado por Pedro Cordeiro, e o espanhol Salazar Mar-tin não conseguiram evitar que Roca Batalla e Vivanco-Guzman, ambos de Espanha, inscrevessem o nome

D.R.

ger Tour, ao vencer novamente em Furth, na Alemanha, onde tinha obti-

do o primeiro título, em 2011. O tenista vimaranense desembar-

cou-se do norte-americano Wayne

...

RUI MACHADO venceu em Faro

...

GASTÃO ELIAS voltou a vencer um “Challenger”, no Brasil

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FERNANDO CO

RREIA

11 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

na galeria dos campeões, após 6-0 e

6-3. João Domingues voltou a falhar o título na variante de duplas no ITF Futures Castelo Branco, o primeiro dos quatro torneios portugueses ins-

critos no circuito em maio. Juntamente com André Gaspar Murta, Domingues jogou a final com os espanhóis Roberto Ortega-Olmedo e Ricardo Villacorta-Alonso. O par luso não conseguir evitar 6-1 e 6-4 teve de se contentar com o título de vice-campeão na primeira edição da

competição albicastrense. O torneio seguinte, em Coimbra, será um marco na carreira de João Domingues, campeão nacional abso-luto em 2011, uma vez que o triunfo

sorriu-lhe em singulares. Após ter eliminado Leonardo Tava-res nas meias-finais, Domingues atuou na primeira final da sua carreira no circuito ITF em seniores, acabando

por sagrar-se campeão de singulares. João Domingues necessitou de duas partidas, encerradas com os parciais de 7-6 (4) e 6-3, para rejubilar de alegria com o triunfo sobre o britâ-

nico Neil Pauffley. Em pares, o troféu de campeão foi atribuído igualmente a tenistas portu-gueses: Frederico Gil e Gonçalo Fal-

cão. Frente aos espanhóis Ortega-Olmedo e Calos Boluda-Purkiss, o par Gil/Falcão registou um triunfo em dois “sets” com recurso a “tie-break”, conquistando o título depois de infligi-

rem 7-6 (4) e 7-6 (7). Em início de junho, no “Future” de Guimarães, Leonardo Tavares voltou a viver a experiência de jogar uma

final de singulares no circuito sénior

...

venceu em três “sets”, concluídos

com os parcelares de 2-6, 6-3 e 6-1. Na semana seguinte, a tenista de Coimbra voltou a jogar o derradeiro encontro do ITF Women Hydebad com a indiana. Novamente em três partidas, Bárbara Luz repetiu o triun-fo, com 4-6, 7-6 (5) e 7-6 (3), soman-do o segundo título individual no cir-

cuito. Em maio, no Cantanhede Ladies Open, Bárbara Luz inscreveu o nome na galeria de campeãs, tornando-se na segunda portuguesa a vencer o torneio, depois de Maria João Koehler ter conquistado a primeira edição da

competição, realizada em 2009. Na final com a italiana Alice Balduc-

ci, sétima cabeça de série, Luz jogou

profissional. A última que o portuense tinha disputado reportava-se ao início de agosto de 2010, quando foi vice-campeão no “Challenger” de Tampe-

re, na Finlândia. No Open Village Sports, “Leo” e Jules Marie discutiram o título em três partidas, acabando o francês por ganhar o torneio vimaranense, após 6

-4, 3-6 e 6-4.

Três vezes Luz

No circuito ITF Women, fez-se Luz por três vezes. De março a maio, Bár-bara Luz contabilizou três títulos em singulares, dois em Hyderbad, na

Índia, e o outro em Cantanhede. No torneio indiano, Bárbara Luz conquistou o primeiro título no circuito profissional feminino da ITF, após a final com Ankita Raina. A portuguesa ...

JOÃO SOUSA arrecadou em Furth mais um título individual em “Challenger”

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12 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

D.R.

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também três partidas e acabou por ser bem sucedida. A terceira portu-guesa mais bem cotada na hierarquia mundial ergueu o troféu destinada à

campeã depois de 6-3, 2-6 e 7-5. Os êxitos de Luz refletiram-se na classificação mundial. A 17 de março, um dia depois de ter conquistado o primeiro título em singulares no ITF Women, a tenista do CETO estava em 952.ª e, em 31 do mesmo mês, já

era a 664.ª. Somados os três títulos individuais alcançados em Hyderbad (dois) e em Cantanhede, Luz posicionava-se em 514.ª no “ranking” WTA na última atualização da tabela no primeiro

semestre deste ano, a 23 de Junho. Em abril, outra presença de Bárbara Luz numa final, mas, desta feita, com a portuguesa a terminar como vice-campeã em pares o ITF Women

Antalya, na Turquia. Juntamente com a brasileira Beatriz Haddad Maia, Luz cedeu ante as romenas Maria Bara e Diana Buzean, por 7-5 e 6-1, na final realizada no mesmo dia em que a portuguesa falhou o acesso à final de singulares, sendo afastada pela suíça Viktoria

Golubic, por 6-3 e 6-1.

Rita Vilaça disputou finais de pares em duas semanas consecu-tivas. A fazer par com a suíça Tess Sugnaux, Vilaça venceu no Ama-rante Ladies Open, em junho, con-quistando o primeiro título no exi-

gente circuito profissional feminino. No ITF Women Guimarães, Rita Vilaça esteve perto de conseguir o segundo título, novamente com a

parceria da suíça.

Em abril, Vilaça atuou na final de pares de Torrent (Espanha), ao lado da brasileira Yasmine Guima-

rães e foram vice-campeãs.

Sucessos juvenis

Nos escalões juvenis, ao triunfo de Frederico Silva no torneio júnior de pares de Roland Garros adicionam-se outros êxitos de tenistas portugueses no primeiro semestre do ano, em pro-

vas sob a égide da ITF. No circuito ITF Junior, Inês Murta iniciou a temporada com o título de vice-campeã em pares, juntamente com a polaca Pyka Katarzyna. Foi em

janeiro, na Magnolia Cup, na Polónia.

Nos primeiros dias de março, a tenista algarvia, que completou 16 anos em maio, consegue assinar o primeiro triunfo em singulares no cir-cuito júnior, em Casablanca, em Mar-

rocos. Na final com a russa Valentina Kuli-kova, Inês Murta fechou o encontro com uma vitória em três partidas, registada com os parcelares de 1-6, 6

-2 e 6-2. Na mesma prova, Murta alcançou as meias-finais em pares, com Sofia

Sualehé como parceira. Na semana seguinte, igualmente em Marrocos, voltou a jogar o derra-deiro encontro de singulares do RUC Tennis Junior Open, o primeiro tor-neio do ITF Junior no estrangeiro em que a jovem tenista portuguesa parti-cipou, em março de 2012, não tendo ido além da segunda ronda da fase

de qualificação. A segunda participação da portu-guesa na prova de Casablanca foi completamente diferente, com Inês Murta a vencer a competição indivi-dual, após 6-2 e 7-5 aplicados à mar-

roquina Lina Qostal. A portuguesa manteve o bom momento de forma, atingindo as meias-finais em singulares e nos pares no Adam Bergman & Nata-niel Piper ITF Junior, em Haifa, em

Israel. Também Ivone Álvaro foi vice- campeã em pares, no Condor de Pla-ta, em Laz Paz, capital da Bolívia. A portuguesa, radicada no Brasil, fez

dupla com a brasileiro Luísa Rosa.

BÁRBARA LUZ jogou quatro finais de abril a maio e venceu três

...

...

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13 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

... Em finais de junho, a preparação para Wimbledon não podia ter sido mais bem sucedida para Frederico Silva, vitorioso no torneio de pares do Aegon Junior International Roehamp-

ton, em Londres. Desta feita a fazer dupla com o chileno Jarry, que venceu na final em Roland Garros, o português, natural das Caldas da Rainha, arre-cadou mais um título, este na relva natural, a mesma superfície do “major” britânico, no qual atingiu as meias-finais, ao lado de Kyle

Edmund. Igualmente a escassos dias do pri-meiro semestre do ano, Felipe Cunha e Silva e Francisco Guimarães regressaram de São Petersburgo como vice-campeões em pares da

Governor Cup. Para o filho de João Cunha e Silva, a participação no evento russo reve-lou-se igualmente proveitosa em sin-gulares, com o jovem tenista do CETO a ser travado no encontro das

meias-finais. Já antes Felipe Cunha e Silva tinha estado nas meias-finais da etapa de Tunes do ITF/CAT North African Cir-cuit. Em pares, ao lado de José Maria Moya, também foi semifinalista na capital tunisina e nos torneios de Tlemcen (Argélia) e Istambul

(Turquia).

Sucessos juvenis

Nas provas inseridas na Tennis Euro-pe, tenistas portugueses também somaram títulos de janeiro a Junho

deste ano. No escalão de sub-12, quatro das cinco finais do torneio Braga Open, realizado em finais de março, tiveram tenistas portugueses na discussão do

título. Em masculinos, Hugo Maia sagrou-se vice-campeão em singulares, após ter cedido frente ao turco Aziz Helali,

por 6-4, 4-6 e 7-6 (3). No quadro de consolação, André

Rodeia também não conseguiu feste-

Na vigésima edição da Taça Inter-nacional Maia Jovem, em março, Mar-ta Oliveira foi campeã em pares, jun-tamente com a italiana Federica Bilar-do. As duas tenistas venceram as russas Ekaterina Antropova e Natália Bultinskaya, pelos parciais de 6-4 e 7-

6 (2). Duarte Vale jogou o derradeiro encontro em singulares, mas não conseguiu superiorizar-se ao britânico

Max Stewart, que triunfou (6-2 e 6-1). Na competição de pares, Duarte Vale voltou a marcar presença numa final, desta feita ao lado de João António, semifinalista em singulares. A dupla Duarte Vale/João António foi

vice-campeã. Ainda em março registaram-se dois triunfos lusos no 19 Lawn Tennis Club Tournament 14&Under, em Angra do

Heroísmo. Novamente numa final entre portu-gueses, João António e Duarte Vale venceram Daniel Rodrigues e Afonso

Vaz Viana, por 6-2 e 6-1. No último embate do quadro de consolação de singulares, também disputado por portugueses, João Gra-ça levou a melhor sobre Martim Leote

Prata, por 4-0 e 4-1.

jar o triunfo no derradeiro encontro, permitindo que o jovem bielorrusso Fedar Tsimashkov fechasse com 4-1 e 5-4 (0). Igualmente no quadro de consolação, Maria Inês Fonte consentiu a vitória de Esther Bataille, de França, com duplo 4-2. Nos pares masculinos, a dupla Héber Adónis/Hugo Maia foram campeões na cidade bracarense, de- pois da desistência do ucraniano Semen Burla- chenko e o alemão Nick Shoder antes do decisivo encontro. Algumas semanas de- pois, no Azores Open 12&Under 2013, em Ponta Delgada, três duplas portuguesas, duas em masculinos e uma em femininos, atingiram as finais do torneio, porém com sortes diferen-

tes. Numa final cem por cento portugue-sa, Manuel Gonçalves e Hugo Maia superaram Francisco Correia e Ber-nardo Vieira, pelos parciais de 6-2 e 6

-1. Em femininos, Rebeca Cordeiro Silva e Teresa van Zeller foram vice-campeãs, cedendo frente ao par rus-

so Kardava/Makarova. Nos sub-14, em janeiro, no Les Petits As, em França, Marta Oliveira e a australiana Jaime Fourlis foram tra-vadas na final na variante de pares por Catherine Cartan Bellis e Jaeda

Daniel. Apesar da luta intensa no “match tie-break”, as norte-americanas vence-ram por 6-3, 2-6 e 11-9 e o par luso-australiano acabou como vice-

campeão. Em fevereiro, João António e Duarte Vale jogaram a final do Kungens Kan-na & Drottningens Pris, frente aos russos Philipp Klimov e Alexei Poyrin, acabando os tenistas lusos por encer-rarem a participação no torneio reali-zado na capital sueca na condição de

vice-campeões. ...

JOÃO ANTÓNIO: vice-campeão em singulares em Angra do Heroísmo

TENNIS EUROPE

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14 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

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Os êxitos portugueses no 19 Lawn Tennis Club Tournament 14&Under estenderam-se ainda aos singulares

masculinos e aos pares femininos. João António defrontou o turco Kaya Gore e foi vice-campeão, depois de ter obrigado o primeiro cabeça de série em Angra do Heroísmo a três

partidas (2-6, 6-3 e 6-4). A dupla formada por Patrícia Faia e Marta Oliveira também foi finalista vencida, após 6-1, 3-6 e 10-8 no con-fronto com as russas Antropova e

Boltibskaya. Em abril, Diego Herrera também teve de se contentar com o troféu de vice-campeão em pares no Aegon Junior International Nottingham (Inglaterra). O português fez equipa com o japonês Rimpel Kawakami, ambos superados pelos britânicos Finn Bass e Alexander Carlos Parker,

por 6-3 e 6-0.

Vale mais vezes

Duarte Vale regressou a uma final no mês de maio, na Stanley Cup Under 14, em Roma. Juntamente com o francês Dan Added, o português foi vice-campeão, com Alexei Poyrin (Austrália) e Samuele Ramazzotti (Itália) a conquistarem o título, com os

parciais de 7-6 (3) e 6-3. Também em Itália, outra vez Vale, campeão em singulares e vice-campeão em pares no 26º Trofeo

Lazzaritti Costruzioni. Na prova individual, Duarte Vale elevou o troféu de vencedor, após 6-4 e 6-3 aplicados ao canadiano Felix Auger Aliassime, enquanto em pares, com Daniel Rodrigues como parceiro,

cedeu frente a Dan Added (França)

e a Victor Krustev (Canadá), por 6-2 e

6-4. Não ficaram por aqui os sucessos de Duarte Vale em junho. No Vila-moura International U14, foi campeão em pares juntamente com João Antó-nio (vitória sobre dupla irlandesa) e sagrou-se vice-campeão em singula-res (cedeu diante do espanhol Fran-co), atingindo a final individual sem permitir qualquer partida aos adversá-

rios. Em femininos, vitórias lusas em singulares e nos pares na Vilamoura Tennis Academy: Marta Oliveira supe-riorizou-se à romena Denise-Antonela Stoica, por 5-7, 7-6 (4) e 6-1, e Fran-cisca Jorge e Luísa Pelayo concluí-ram a final cem por cento portuguesa com 6-2 e 7-6 (3) sobre Patrícia Faia

e Marta Oliveira. Esta última dupla conquistou o título no Portimão 2013 International Tour-nament U14, com um duplo 6-1 no

embate com as britânicas Donia

Abdel-Aziz e Georgie Walker. Triunfo também em pares masculi-nos, com João António e Duarte Vale a imporem-se em mais uma final por-tuguesa a David Canavezes e Afonso

Portugal, por 6-3 e 6-2. No torneio individual, Marta Oliveira jogou uma final pela segunda semana consecutiva e arrecadou o título de campeã, com um triunfo sobre a irlan-desa Georgia Drummy, por 3-6, 6-3 e

6-2. João António voltou a disputar uma final em singulares, mas não foi além de 6-4 e 6-2 ante Lucas Franco, o espanhol que Duarte Vale também não vencera na final da prova de Vila-

moura. Em Cadetes, António Sabugueiro conquistou o primeiro título de pares do ano no Focus Tennis Academy

...

MARTA OLIVEIRA conquistou o título individual em Portimão

TENNIS EUROPE

Page 15: NT - julho 2013

em torneios inseridos no calendário

da Tennis Europe. Em maio, Salvador Bandeira conta-bilizou o segundo título em pares na temporada, em Israel, no Rafi Dorot Memorial 2. Com Ricardo Gomes, que alcançou as meias-finais em singulares, Bandeira venceu os suíços Coens e Vuckvic, por 7-5 e 7-6

(4).

Cação em três finais

Tiago Cação esteve em três finais de torneios do circuito de sub-16 da Ten-

nis Europe ocorridos em junho. Depois das primeiras experiências no circuito profissional da ITF — jogou os “Futures” de Faro, Coimbra e Guimarães —, Tiago Cação obteve a “dobradinha” no TE Oslo HTK 2013,

na Noruega. Em singulares, Cação foi campeão, ao vencer o norueguês Casper Rudd, o tenista mais bem cotado no torneio

de Oslo, com um duplo 6-4. Na variante de pares, Tiago Cação associou-se a Martim Vilela. Os dois averbaram o título frente aos britâni-cos Jack Burkill e Jeremy Gschwendt-

ner, pelos parcelares de 6-3 e 6-0. A terceira final de Tiago Cação nes-te primeiro semestre aconteceu em Itália, no Torneo Avvenire Milano. Com Geoffrey Blancaneaux, o portu-guês foi vice-campeão, após fechar sem sucesso o embate com Filip Grbic e Dusan Vukicevic. Os sérvios

venceram com um duplo 6-4.

15 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

... Open, na Holanda, fazendo dupla com Berk Iliescu, no mesmo torneio em que Beatriz Rodrigues Bento e Inês Mesquita atingiram as meias-

finais em pares. Na final do torneio holandês do escalão de sub-16, realizado em mar-ço, o português, semifinalista em sin-gulares, e o turco venceram o par constituído por Tom Floris Moonen e

Dmitry Shatalin, por 6-4 e 7-6 (4). No mesmo mês, Sabugueiro voltou a vencer em pares, desta feita com Salvador Bandeira como parceiro. O par luso registou 6-3 e 6-2 frente ao arménio Mikayel Khachatryan e

Andrey Landgraf, na final do Icelandic

Easter Open, em Kópavogur, na

Islândia. Em junho, António Sabugueiro, sub-metido a uma operação ao coração em dezembro de 2012, esteve nova-mente numa final, desta vez numa

competição individual. O jovem — que somou o primeiro ponto para o “ranking” ATP no ITF Futures Monfortinho, a 14 de maio — juntou ao seu palmarés o triunfo em singulares no Tirana Open U16, na

Albânia. Com a vitória por 6-4 e 6-0 frente ao cipriota Costantinos Christoforov, Sabugueiro, treinado por Luís Ferrei-ra, somou o terceiro título individual

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RICARDO GOMES e SALVADOR BANDEIRA com o técnico Nuno Mota: os jovens portugueses venceram torneio de pares em Israel

D.R.

Page 16: NT - julho 2013

16 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Tiago Cação (na foto, à

direita, ao lado de Martim Vilela) é um

dos tenistas da Felner

Academy. Nos primeiros seis

meses deste ano, marcou presença em

três finais em singula-res e em pares e enri-

queceu o seu palmarés com dois títulos (ver

página 15). Nesta temporada, com

apenas 15 anos, o jovem

aventurou-se no circuito ITF Futures,

iniciando com uma pre-sença no “qualifying”

em Vale do Lobo, evento que distribuiu

10 mil dólares em pré-mios monetários e no qual jogou a primeira

ronda da fase prévia. Em Faro, no segundo

torneio na categoria em que se inscreveu, atingiu a segunda eli-minatória. Em Guima-

rães e Coimbra, tor-neios de 10 mil dólares

cada, alcançou a ter-ceira ronda. Cação é bicampeão nacional

individual de sub-14. No escalão de sub-12, conquistou o título de singulares em 2010 e em pares, juntamente

com Martim Café. Tiago Cação marca

presença assídua nas seleções

jovens de Portugal.

O ténis é... um orgulho.

Jogo ténis… porque me divirto.

O que mais gosto no ténis... é a com-

petitividade e amizade.

O que mais detesto no ténis é… a falta

de organização e o anti “Fair-Play”.

Para mim, treinar é... melhorar as minhas capacidades técnicas e táticas para

evoluir o meu jogo.

O sucesso significa… ser bom no que

se faz e nunca perder a humildade.

No ténis, quero atingir... o ”top” 10 mun-

dial.

Depois de vencer um encontro… vou

falar com os meus pais e treinadores.

Até ao momento, a minha maior ale-gria no ténis foi… ser campeão nacional

de sub-14 [no primeiro ano no escalão].

«O ténis é um orgulho»

E a maior tristeza no ténis... perder no Campeonato da Europa de sub-14, no ano

passado.

Se eu mandasse no ténis... encontraria forma de angariar mais dinheiro para aju-

dar jovens talentos.

Em Portugal, o ténis precisa de… ser divulgado ao país, para ser visto de outra

maneira.

Um ou uma tenista português no

"top" 10 seria... Frederico Silva.

Um bom treinador é... Pedro Correia.

O meu ídolo no ténis é atualmente...

Roger Federer.

O meu torneio preferido é… o Open

dos Estados Unidos.

A minha superfície preferida é… piso

rápido.

No meu saco, não dispenso… as

sapatilhas.

TENNIS EUROPE

Pessoal

& transmissível

Tiago Cação

15 anos

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17 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

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O «regresso» de Geza

CARLOS FIGUEIREDO Jornalista

«TIE-BREAK»

«Geza Torok era mais do que

um simples húngaro que fugiu às guerras

do centro europeu»

Mais vale tarde do que nunca: o Campeonato Nacional Absoluto vai voltar às grandes multidões de que o Clube de Ténis do Estoril foi ima-gem. Não estamos a deitar fogue-tes antes da festa, marcada para setembro, integrada na Semana do Ténis & Padel, mas acreditamos num regresso para ficar. Há também um outro facto a cele-brar, ou seja, o “regresso” do hún-garo Geza Torok a uma casa que foi sua durante muitos anos. De facto, Geza Torok, desapare-cido em 1998, era mais do que um simples húngaro que fugiu às guer-ras do centro europeu, levando consigo a sua dama, que, passe a expressão, foi o ténis. Por mera coincidência, fui vizinho de Geza no alto do Estoril, quando o húngaro, sempre jovial e comuni-cativo, vivia num modesto hotel. Infelizmente, as pessoas boas parece que morrem mais cedo, mas Geza, que poderia também se con-siderar figura emblemática do CT Estoril, quis viver não só para o ténis como para o clube que o albergou. Entretanto, é óbvio que não bas-taria uma só pessoa para fomentar uma modalidade a que se dedicou de corpo e alma. Estamos a vê-lo, manhã cedo, a sair a porta do hotel e fazer um olá para os circunstan-

tes, na medida que jogadores havia e iam aproveitar a boleia por morarem perto. Já não pode ser a figura do “courts” como era dantes, visto que nos dei-xou, mas o seu exemplo frutificou de tal modo no ténis no clube, que era à beira do casino. Geza poderia gabar-se de ter em cada sócio um amigo. Entretanto, temos medo de estar a ser demasiado saudosista e, de repente, surge-nos outra figura abso-lutamente inalterável do CT Estoril, Olívio Silva. Ele foi fiel jogador, treinador e sabemos lá mais o quê no CT Estoril, também imagem indestrutível de tudo quanto de concreto se realizou durante as décadas de presença nos “courts”, de raqueta na mão, junta-mente com Geza. De facto, a partir de certa altura, já não se podia referir um sem outro, cada qual com as suas mis-sões, mas absolutamente insepará-veis. Já agora gostaria de felicitar a audácia e a perseverança das gentes da Federação Portuguesa de Ténis, conseguindo por de pé um reata-mento de uma prova no CT Estoril que se saúda com entusiasmo, sobretudo se nos lembrarmos a altu-ra tão complicada da vida do país e não só.

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Associações Regionais

AÇORES ALGARVE ALTO ALENTEJO

AVEIRO CASTELO BRANCO COIMBRA

LEIRIA LISBOA MADEIRA PORTO

SETÚBAL VILA REAL VISEU