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CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO www.conticom.org.br www.conticom.org.br BOLETIM ELETRÔNICO Nº 160 - 6 A 13 DE DEZEMBRO DE 2010 [email protected] CONSTRUÇÃO - Informativo da Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira. Rua Caetano Pinto, 575, 3º andar, Brás, São Paulo-SP, CEP 03041-000. Fone: (11) 2108.9191. Fax: (11) 2108.9192. Edição: Leonardo Severo SINDICATO DE MANUTENÇÃO E MONTAGEM INDUSTRIAL DO MATO GROSSO DO SUL NASCE PARA REFORÇAR LUTA DA CONTICOM/CUT C om o apoio da Conticom/CUT, foi fundado no dia 26 de novem- bro, em Campo Grande, o Sindica- to dos Trabalhadores nas Indústrias de Montagem e Manutenção do Mato Grosso do Sul. Com base es- tadual, a nova entidade representará os trabalhadores em engenharia con- sultiva, instalação e manutenção elé- trica, instalações elétricas, hidráuli- cas, sanitárias e de gás, instalação e manutenção de sistemas de ar condicionado, de ventilação e refri- geração, e desde logo passará a ter relevância na estrutura cutista. REIVINDICAÇÕES - Bandeiras como a valorização do salário míni- mo e dos pisos salariais, a redução da jornada de trabalho para 40 ho- ras e melhoria das condições de vida e trabalho dos operários do Ramo estão entre as prioridades do Sindi- cato, sob o comando do companhei- ro Edmaro Fernandes Rosa, que presidiu a comissão organizadora. Na oportunidade, além da leitura e aprovação do Estatuto Social, foi eleita e dada pos- se à diretoria executiva, ao conselho fis- cal e aos suplentes; aprovado o descon- to da mensalidade associativa e dada a autorização para filiação à entidade de se- gundo grau. DETERMINAÇÃO - Conforme o secre- tário de Finanças da Conticom/CUT, Val- demir Oliveira (Popó), “a decisão dos com- panheiros do Mato Grosso do Sul de se somarem à luta cutista representa um for- te estímulo à continuidade das ações que vêm sendo desenvolvidas pela Confedera- ção. Nosso compromisso é ampliar a or- Valorização dos pisos, redução da jornada, combate aos acidentes e melhoria das condições de vida e trabalho são prioridades do Sindicato ganização sindical para garantir mais em- pregos com carteira assinada, salários dig- nos e direitos. Com unidade e mobiliza- ção, seguimos em frente rumo a novas conquistas”. Popó saudou ainda a solida- riedade recebida de sindicatos como os de São Bernardo do Campo e Bauru, que deslocaram dirigentes até o Estado. Lideranças de peso, comandadas pelo companheiro Edmaro Fernandes Rosa, se somam para avançar nas conquistas Direção da Central também condena discurso de “corte de gastos” adotado pela equipe econômica CUT COBRA MAIOR INTERLOCUÇÃO COM FUTURO GOVERNO A eleição de Dilma Rousseff foi conduzida pela esperança de aprofundar as mudanças. Entre as expectativas para o futuro governo, uma vem das promes- sas que a própria Dilma fez: erradicar a miséria do Brasil até 2014. Logo, a única alternativa é ampliar os investimentos públicos em políticas sociais, aprofundar a ação do Estado e aplicar ma- ciçamente recursos no desenvolvimento de setores como a educação e a saúde, a va- lorização permanente do salário mínimo e da renda dos trabalhadores. A conclusão, resultado dos debates rea- lizados na reunião da Executiva Na- cional da CUT, realizada em Brasília na última terça (30) e quarta-feiras (1º) contraria o discurso que a equipe eco- nômica do futuro governo vem susten- tando nos últimos dias. “Estamos ouvindo o discurso de que é preciso reduzir os gastos de custeio, limitar os investimentos nas políticas publicas e sociais. Ao mes- mo tempo, a Dilma, que foi eleita pelo povo brasileiro, promete erradicar a miséria. Para isso, tem de investir na educação, na saúde, tem de ter Esta- do”, comentou o presidente da CUT, Ar- tur Henrique, na abertura da análise de conjuntura, que seria conduzida pelo co- ordenador técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, logo depois. “A Dilma não foi eleita para fazer o mesmo. Ela foi eleita para aprofundar as mudanças”, afirmou ainda Artur. Portan- to, a CUT deve cobrar do futuro governo, desde já, a garantia de uma interlocução permanente, um canal formal de diálo- go. “Queremos uma outra forma de en- xergar o movimento social e sindical. Eu não quero discutir só pauta de reivindi- cações. Eu quero discutir projeto de País. Nós temos propostas. Queremos ter in- fluência política nos rumos do desenvol- vimento”, disse o presidente da Central. Reportagem de Isaías Dalle Artur: aprofundar a ação do Estado

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Page 1: SINDICATO DE MANUTENÇÃO E MONTAGEM INDUSTRIAL DO … · BOLETIM ELETRÔNICO Nº 160 - 6 A 13 DE DEZEMBRO DE 2010 conticom@conticom.org.br ... de São Bernardo do Campo e Bauru,

CONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOwww.conticom.org.brwww.conticom.org.br

BOLETIM ELETRÔNICO Nº 160 - 6 A 13 DE DEZEMBRO DE 2010 [email protected]

CONSTRUÇÃO - Informativo da Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira. Rua Caetano Pinto, 575, 3º andar, Brás, São Paulo-SP, CEP 03041-000. Fone: (11) 2108.9191. Fax: (11) 2108.9192. Edição: Leonardo Severo

SINDICATO DE MANUTENÇÃO E MONTAGEM INDUSTRIAL DO MATOGROSSO DO SUL NASCE PARA REFORÇAR LUTA DA CONTICOM/CUTCom o apoio da Conticom/CUT,

foi fundado no dia 26 de novem-bro, em Campo Grande, o Sindica-to dos Trabalhadores nas Indústriasde Montagem e Manutenção doMato Grosso do Sul. Com base es-tadual, a nova entidade representaráos trabalhadores em engenharia con-sultiva, instalação e manutenção elé-trica, instalações elétricas, hidráuli-cas, sanitárias e de gás, instalaçãoe manutenção de sistemas de arcondicionado, de ventilação e refri-geração, e desde logo passará a terrelevância na estrutura cutista.

REIVINDICAÇÕES - Bandeirascomo a valorização do salário míni-mo e dos pisos salariais, a reduçãoda jornada de trabalho para 40 ho-ras e melhoria das condições de vidae trabalho dos operários do Ramoestão entre as prioridades do Sindi-cato, sob o comando do companhei-ro Edmaro Fernandes Rosa, quepresidiu a comissão organizadora. Naoportunidade, além da leitura e aprovaçãodo Estatuto Social, foi eleita e dada pos-se à diretoria executiva, ao conselho fis-cal e aos suplentes; aprovado o descon-to da mensalidade associativa e dada aautorização para filiação à entidade de se-gundo grau.

DETERMINAÇÃO - Conforme o secre-tário de Finanças da Conticom/CUT, Val-demir Oliveira (Popó), “a decisão dos com-panheiros do Mato Grosso do Sul de sesomarem à luta cutista representa um for-te estímulo à continuidade das ações quevêm sendo desenvolvidas pela Confedera-ção. Nosso compromisso é ampliar a or-

Valorização dos pisos, redução da jornada, combate aos acidentes emelhoria das condições de vida e trabalho são prioridades do Sindicato

ganização sindical para garantir mais em-pregos com carteira assinada, salários dig-nos e direitos. Com unidade e mobiliza-ção, seguimos em frente rumo a novasconquistas”. Popó saudou ainda a solida-riedade recebida de sindicatos como osde São Bernardo do Campo e Bauru, quedeslocaram dirigentes até o Estado.

Lideranças de peso, comandadas pelo companheiro Edmaro Fernandes Rosa, se somam para avançar nas conquistas

Direção da Central também condena discurso de “corte de gastos” adotado pela equipe econômicaCUT COBRA MAIOR INTERLOCUÇÃO COM FUTURO GOVERNO

A eleição de Dilma Rousseff foiconduzida pela esperança de aprofundaras mudanças. Entre as expectativas parao futuro governo, uma vem das promes-sas que a própria Dilma fez: erradicar amiséria do Brasil até 2014.

Logo, a única alternativa é ampliar os

investimentos públicos em políticas sociais,aprofundar a ação do Estado e aplicar ma-ciçamente recursos no desenvolvimento desetores como a educação e a saúde, a va-lorização permanente do salário mínimo eda renda dos trabalhadores.

A conclusão, resultado dos debates rea-lizados na reunião da Executiva Na-cional da CUT, realizada em Brasíliana última terça (30) e quarta-feiras (1º)contraria o discurso que a equipe eco-nômica do futuro governo vem susten-tando nos últimos dias.

“Estamos ouvindo o discurso deque é preciso reduzir os gastos decusteio, limitar os investimentos naspolíticas publicas e sociais. Ao mes-mo tempo, a Dilma, que foi eleita pelopovo brasileiro, promete erradicar amiséria. Para isso, tem de investir na

educação, na saúde, tem de ter Esta-do”, comentou o presidente da CUT, Ar-tur Henrique, na abertura da análise deconjuntura, que seria conduzida pelo co-ordenador técnico do Dieese, ClementeGanz Lúcio, logo depois.

“A Dilma não foi eleita para fazer omesmo. Ela foi eleita para aprofundar asmudanças”, afirmou ainda Artur. Portan-to, a CUT deve cobrar do futuro governo,desde já, a garantia de uma interlocuçãopermanente, um canal formal de diálo-go. “Queremos uma outra forma de en-xergar o movimento social e sindical. Eunão quero discutir só pauta de reivindi-cações. Eu quero discutir projeto de País.Nós temos propostas. Queremos ter in-fluência política nos rumos do desenvol-vimento”, disse o presidente da Central.

Reportagem de Isaías DalleArtur: aprofundar a ação do Estado

Page 2: SINDICATO DE MANUTENÇÃO E MONTAGEM INDUSTRIAL DO … · BOLETIM ELETRÔNICO Nº 160 - 6 A 13 DE DEZEMBRO DE 2010 conticom@conticom.org.br ... de São Bernardo do Campo e Bauru,

PRORROGAÇÃO DO IPI DA CESTA BÁSICA DA CONSTRUÇÃOSEM GARANTIA DE CONTRAPARTIDAS SOCIAIS É TIRO NO PÉA decisão do governo federal de prorro-

gar a redução do Imposto Sobre Pro-dutos Industrializados (IPI) para 45 itensda chamada “cesta básica da construção”por mais um ano, anunciada pelo ministroda Fazenda, Guido Mantega, em meio apreocupantes declarações de que se es-taria trabalhando “um forte programa deredução de gastos”, nos causa profundaestranheza e contrariedade.

Conforme o discurso do ministro, feitopara empresários reunidos no 9º Congres-so Brasileiro da Construção –Construbusiness 2010, a desoneração doIPI entra em vigor já no dia 1º de janeiro. Amedida, que já havia sido tomada no pas-sado, foi mantida em 2009 com o objetivode combater os impactos negativos da cri-se financeira internacional, tendo benefi-ciado outros setores,como o automotivo.

Naquele momento, aConfederação Nacionaldos Trabalhadores nas In-dústrias da Construção eda Madeira (Conticom/CUT), afirmou que viacomo inconcebível que ini-ciativa de tamanha impor-tância econômica e socialnão tivesse sido melhordebatida com a categoria.Afinal, sabidamente, ooperário da construçãoestá entre os mais preju-dicados pela vergonhosaterceirização da mão deobra, pela precarizaçãodas relações de trabalho, pela epidemia dedoenças ocupacionais, pela multiplicaçãode lesões, mutilações e mortes nos can-teiros de obra. Verdadeiros crimes que po-deriam ser evitados com a contratação demais auditores, com o acompanhamentosindical nas fiscalizações, com penas maisduras para combater a impunidade. Emsuma, com maior presença do Estado, como reforço do seu caráter público, coletivo.

Então, em vez do Estado assumir ple-namente seu papel, vinculando a libera-

ção de facilidades aos empresários amelhorias concretas nas condições de vidae trabalho dos operários do setor, comoreivindicado pela Conticom, se anuncia amedida sem qualquer contrapartida soci-al. Repito: nenhuma. É verdade que vãoajudar o conjunto da população a melho-rar sua moradia, mas é mais verdade ain-da que as grandes construtoras – que jáestão especulando com os preços dosimóveis - vão ampliar sua margem de lu-cro, sem qualquer compromisso de valori-zar a relação com as entidades sindicais,de avançar nas condições de trabalhoexistentes.

E qual é a realidade do operário daconstrução? Vale lembrar que apenas em2009 foram registrados 58,2 mil aciden-tes no ramo e que o valor médio dos pisos

salariais da categoria, con-forme o Dieese, foi de R$580. Vale lembrar quequem constrói os paláci-os e arranha céus é obri-gado a viver em cortiçosou a se deslocar durantehoras diárias – no caso deSão Paulo mais de quatro- até a periferia das gran-des cidades, onde vivecom sua família empalafitas e favelas, sendoalvo preferencial da violên-cia. Vale lembrar que es-tes homens e mulheres demãos calejadas não sãoestatística, mas as princi-pais vítimas – com nome

e sobrenome - do crônico déficit habitaci-onal, estimado em 5,8 milhões de domicí-lios, que representa 10,1% das moradiasdo país.

Pela última Pesquisa Nacional porAmostra de Domicílio (PNAD, do IBGE),de 2008, o ramo empregava 6,9 milhõesde trabalhadores e trabalhadoras, o equi-valente a 7,5% da população ocupada(92,39 milhões). A maioria dos ocupadosdo ramo é composta por empregados porconta própria (39,2%) e pelos sem cartei-

ra de trabalho assinado (24,6%). Do totalde ocupados, apenas 28,5% tinham car-teira assinada. Nos dois últimos anos,principalmente pelos investimentos emobras de infraestrutura realizados peloPrograma de Aceleração do Crescimento(PAC), com o Minha Casa, Minha Vida,entre outras importantes ações sociaisque os neoliberais chamam de “gasto”,temos avançado.

Embora ainda de alcance limitado, taismelhorias possibilitaram que a ação sin-dical potencializasse conquistas e elevas-se o patamar dos pisos, dos direitos, dosacordos e convenções. Realidades quepoderiam ser bem mais avançadas se oEstado brasileiro vinculasse a liberação derecursos públicos, muitos deles do Fundode Garantia por Tempo de Serviço (FGTS),a contrapartidas sociais. E fiscalizasse. Eficasse em cima. E punisse exemplarmentequem descumpre o acordado.

Neste momento de crescimento dosetor, vitaminado de perspectivasalvissareiras, como a realização da Copado Mundo de 2014 e das Olimpíadas de2016, tomar uma medida como a isençãodo IPI sem garantir contrapartidas é umtiro no pé, colocando o Estado não comopeça chave no desenvolvimento, mas demero caudatário do capital. Com isso,novamente, perdemos uma enorme opor-tunidade para avançar.

Artigo do secretário de Políticas Sociais da Conticom, Luiz Carlos de Queiroz, aponta equívocos da medida

PRORROGAÇÃO DO IPI DA CESTA BÁSICA DA CONSTRUÇÃOSEM GARANTIA DE CONTRAPARTIDAS SOCIAIS É TIRO NO PÉ

“É inconcebível queuma iniciativa de

tamanha importânciaeconômica e social não

seja melhor debatidacom a categoria queestá entre as maisprejudicadas pela

vergonhosaterceirização, pelaprecarização e pela

epidemia de doençasocupacionais”

Luizinho: decisão “inconcebível”

Assembleia do Sticcero: categoria unida

Após a decisão da 1ª Vara da Justiça do Trabalho do dia 10 de novembrogarantir a titularidade do Sindicato dos Trabalhadores na Indústrias da Cons-trução Civil do Estado de Rondônia (STICCERO) sobre a representatividadeda categoria, agora é a vez da 2ª Vara atender aos reclamos da categoria.

A dra. Isabel Carla de Mello Moura Piacentini, titular da 2ª Vara do Traba-lho de Rondônia, refutou a maneira irregular e criminosa que foi formado eestabelecida a diretoria do Sintrapav, a entidade divisionista, antecipandoem tutela a garantia de que todos os trabalhadores da construção civil emRondônia sejam representados única e exclusivamente pelo STICCERO.

A decisão da Justiça faz com que as grandes conquistas dos operáriosdas Usinas, capitaneadas pela mobilização do STICCERO, sejam mantidas.

JUSTIÇA DO TRABALHO RECONHECE MAIS UMA VEZ: STICCERO É QUEMREPRESENTA TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO EM RONDÔNIA