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Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina MARÇO/ABRIL DE 2007 - Nº 116 - ANO 15 Leia e veja www.sinepe-sc.org.br R. Felipe Schmidt, 390, 13º andar, CEP 88010-001, Florianópolis, SC, fone (48) 3222 2193 VEJA COMO E QUANDO FAZER A DIFERENÇA Muito mais do que conhecimentos e conteúdos, é na escola que os indivíduos devem aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser, ressaltam as pedagogas Dalal El Achkar e Wannise de Santana Lima. Página 9 PARCERIA COM A REDE PÚBLICA DE ENSINO Em audiência com o recém-empossado secretário estadual da Educação Paulo Bauer (centro), o presidente Marcelo e o diretor Osmar, acompanhados pelo deputado federal e ex-secretário da Educação João Matos, apresentaram as sugestões do Sinepe/SC para aumentar os índices de qualidade e democratização das escolas. Página 10 I ENCONTRO DE EDUCADORES Com muito humor e leveza durante a palestra, José Carlos Serrano Freire ofereceu a cada um dos educadores que lotaram o auditório do Provincialado Coração de Jesus uma singular ocasião de resgate da sua imagem e auto-estima colocando ao alcance da platéia ferramentas úteis para transformação pessoal e crescimento profissional. Serrano, Tais de Mello, Celestino Secco e Cassiano Neto foram palestrantes do concorrido I Encontro de Educadores que fechou com chave de ouro na Capital a primeira etapa de cursos e eventos organizados pelo Sindicato por diversas cidades neste início de ano (leia também à página 8, I Jornada Pedagógica/Administrativa). STJ permite recusar matrícula de inadimplente Serrano 1ª AS SEMBLÉIA GERAL/2007 Somos do tamanho dos seus sonhos Página 3 O que fazer quando o aluno não quer ir à aula Página 4 Bom para SC, bom para todos os brasileiros. Página 6 Univali, 18 anos. Reitor Provesi Página 7 Página 3 Você sabia? Escolas particulares de Santa Catarina estão entre as mais bem equipadas do Brasil Página 6 “Marco de uma vertiginosa transformação” ?

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Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina

MARÇO/ABRIL DE 2007 - Nº 116 - ANO 15 Leia e veja www.sinepe-sc.org.br

R. Felipe Schmidt, 390, 13º andar, CEP 88010-001, Florianópolis, SC, fone (48) 3222 2193

VEJA COMO E QUANDO FAZER A DIFERENÇAMuito mais do que conhecimentos e conteúdos, é na escola que os indivíduos devem aprender a aprender,

aprender a fazer, aprender a ser, ressaltam as pedagogas Dalal El Achkar e Wannise de Santana Lima. Página 9

PARCERIA COM A REDEPÚBLICA DE ENSINO

Em audiência com o recém-empossado secretário estadual da Educação Paulo Bauer (centro), o presidente Marceloe o diretor Osmar, acompanhados pelo deputado federal e ex-secretário da Educação João Matos, apresentaram assugestões do Sinepe/SC para aumentar os índices de qualidade e democratização das escolas. Página 10

I ENCONTRO DE EDUCADORESCom muito humor e leveza durante a palestra, José Carlos Serrano Freire ofereceu acada um dos educadores que lotaram o auditório do Provincialado Coração de Jesusuma singular ocasião de resgate da sua imagem e auto-estima colocando ao alcanceda platéia ferramentas úteis para transformação pessoal e crescimento profissional.Serrano, Tais de Mello, Celestino Secco e Cassiano Neto foram palestrantes do concorridoI Encontro de Educadores que fechou com chave de ouro na Capital a primeiraetapa de cursos e eventos organizados pelo Sindicato por diversas cidades nesteinício de ano (leia também à página 8, I Jornada Pedagógica/Administrativa).

STJ permiterecusar matrículade inadimplente

Serrano

1ª ASSEMBLÉIA GERAL/2007

Somos dotamanhodos seussonhosPágina 3

O que fazerquando oaluno nãoquer irà aulaPágina 4

Bom para SC,bom para todosos brasileiros.Página 6

Univali, 18 anos.

Reitor Provesi

Página 7

Página 3

Você sabia?Escolas particulares de

Santa Catarina estão entre asmais bem equipadas do Brasil

Página 6

“Marcode umavertiginosatransformação”

?

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DiretoriaMarcelo Batista de SousaPresidente

Irmã Maria Adelina da CunhaVice Presidente

Irmã Inês BoesingSecretária

Irmã Ana Aparecida BeselTesoureiro

SuplentesPe. João Cláudio RhodenPercy HaenschAna Paula D. Köller ZanellaIrmão Evilázio Tambosi

CONSELHO FISCALTitularesCléa Maria dos S. SchneiderIrmã Marilde PerazzoliPe. Andréas TononSuplentesIsabel Cristina F. de AndradeIrmã Rozilde Maria BinottoIrmã Eva Aparecida dos Santos

DELEGADOS REPRESENTANTESTitularesIrmã Maria Adelina da CunhaPe. João Cláudio RhodenSuplentesIrmã Inês BoesingIrmã Ana Aparecida Besel

O Sindicato dosEstabelecimentos de Ensino deSanta Catarina, com sede eforo em Florianópolis-SC, éconstituído para fins deestudo, coordenação,proteção e representação legaldas categorias integrantes daConfederação Nacional deEducação e Cultura, na baseestadual, conforme Legislaçãoem vigor sobre a matéria ecom o intuito de colaboraçãocom os poderes públicos edemais associações, nosentido da solidariedade sociale da subordinação dosinteresses nacionais. Filiado àFederação Nacional dasEscolas Particulares (Fenep),está localizado emFlorianópolis nos 12º e 13ºandares do edifício Comasa, àrua Felipe Schmidt, 390, CEP88010-0001, telefone(48) 3222-2193,fax (48)3222-4662,Caixa Postal 669.

JORNAL DO SINEPE/SCÉ uma publicação do Sindicatodas Escolas Particulares deSanta Catarina, editada peloJornalista Aldo Grangeiro,com redação publicidade,administração ecorrespondência à Rua FelipeSchmidt, 390 - 13º andar, CEP88010-001, em Florianópolis-SC. Distribuição gratuita.Telefone (48) 3222-2193,fax (48) [email protected]

Editoração: Consenso Editora

PÁGINA 2 JORNAL DAS ESCOLAS PARTICULARES DE SANTA CATARINA -MARÇO/ABRIL DE 2007 - Nº 116 - ANO 15

DIREITO Acesse diariamente www.sinepe-sc.org.br

A justiça eA justiça eA justiça eA justiça eA justiça eos homensos homensos homensos homensos homens

Por Alexandre Russi, advogado, professore consultor do Sinepe/SC.

“(...) o Poder Judiciárioé composto porhomens! E homens,como seres humanos,acertam, erram, ficamna dúvida, enfim,vivem de suasexperiências epreconceitos”.

Estava pensando no que escrever e me veio a idéiade insistir naquilo que considero o maior retrocesso dosúltimos tempos e que, infelizmente, ocorreu em nossoquerido Estado de Santa Catarina. Refiro-me ao casodo colégio Jardim Anchieta, aquele que foi acionadojudicialmente porque seus alunos fazem muita “alga-zarra” no recreio, perturbando o sossego da “comuni-dade”.

Apesar de estar envolvido diretamente no feito judi-cial, o que por si só me retira qualquer isenção, permi-tam-me externar alguns comentários e, por conseguin-te, agradecer aqueles que apoiaram e continuam a acre-ditar na Justiça. Para tanto é bom lembrar aos leitoresque o Poder Judiciário é feito de homens, com idéias econceitos próprios, razão pela qual, torna-se comumverificar casos onde um Juiz concede uma ordem e nou-tro dia outro Juiz cassa o comando judicial. Isto comcerteza causa certa confusão e estranheza para nós,meros mortais. Como pode a lei ser interpretada demaneira tão diferente por pessoas que estão incumbi-das de aplicá-las?

A resposta é simples: o Poder Judiciário é compostopor homens! E homens, como seres humanos, acertam,erram, ficam na dúvida, enfim, vivem de suas experiên-cias e preconceitos.

Partindo-se, pois, dessa premissa, não há mais comoacobertar aquele velho chavão: “decisão judicial é paraser cumprida”. Como deixar de questionar algumasdecisões judiciais que, quiçá, sobrepujam o conceitode justiça levando o cidadão-jurisdicionado a mais com-pleta indignação? É o caso do “colégio barulhento!”Será mesmo que os julgadores acreditam na hipóteseaventada de que o “barulho” de criança deve cessar?Será que o Juiz pai pode conceber a hipótese de queseu filho causa distúrbios ao meio ambiente por provo-car gargalhadas e brincadeiras típicas de crianças? NaRússia, de acordo com noticiário recente, uma enfer-meira foi presa porque amordaçava recém nascidos noberçário para que elas não fizessem “barulho”! Seráque é isso que a sociedade quer? A resposta é tão ób-via...

De qualquer forma, justa ou não, esse tipo de deci-são merece toda a nossa atenção porque abre um pre-cedente perigoso, para não dizer outra coisa, razão pelaqual agradeço a todos aqueles que – indignados – jun-taram seus esforços através de cartas, e-mails, auxíliotécnico etc para que possamos ter nossa sociedadedentro do contexto mundial, onde o lugar de criança éna escola e se possível, se divertindo e aproveitandosua infância.

1. O primeiro se refere ao art. 2º da Lei nº 9.870/99, § 2º,o qual determina que a escola deverá divulgar, em local defácil acesso ao público, o texto da proposta de contrato, ovalor apurado para a anuidade/semestralidade escolar naforma da lei, o número de vagas por sala, no período míni-mo de quarenta e cinco dias antes da data final da matrí-cula. Recomenda-se possuir um cronograma de matrícula,para alunos antigos e novos e não estabelecer data finalpara a matrícula, mantendo-as abertas enquanto houvervagas, desde que não haja prejuízo pedagógico e que nãose comprometa a freqüência (75% para aprovação). Lem-bramos que em momento algum a lei determina a ex-posição da planilha de custos.

2. A propósito, ocorre, por vezes, que o Procon, motivadopela presunção do consumidor de que ocorreu um aumen-to “abusivo” no valor da anuidade/semestralidade, exige aapresentação por parte da instituição de ensino da referi-da planilha. Informamos que de acordo com o art. 4º damesma Lei (9.870/99), cabe a Secretaria de Direito Econô-mico do Ministério da Justiça, quando necessário, efetivartal requerimento.

3. E a entrada de matrícula... a escola é obrigada a de-volvê-la em caso de desistência/quebra do contrato? Nãohá na Legislação a obrigação da devolução. A entrada dematrícula é o princípio do pagamento do contrato, umagarantia, configurando-se, como Arras ou Sinal, conformedisposto no Código Civil Brasileiro, artigos 417 a 420. “Sea parte que deu as arras não executar o contrato, poderá aoutra tê-lo por desfeito, retendo-as (...)”. Por tanto, nãoprecisa ser devolvida. Obviamente que quando falamos ementrada de matrícula a mesma deve ser parte integranteda anuidade/semestralidade, não se constituindo em umvalor extra para o contratante.

4. Outra situação corriqueira diz respeito à matrículaefetuada após o início das aulas. A escola que está rece-bendo este aluno, por qualquer motivo, tem o direito decobrar as mensalidades vencidas, visto que possui umaanuidade/semestralidade, restando garantida a possibili-dade de repactuar ou efetivar a negociação que melhorentender para a situação.

5. O Sindicato está à disposição para quaisquer esclareci-mentos. Desejamos um excelente início de ano a todos emuito sucesso em 2007!

Lembretesimportantes

Por Claudio Lange Moreira, advogado eassessor da diretoria do Sinepe/SC.

“Entra ano, sai ano, e

de quando em quando

alguns temas voltam à

tona, adquirindo

grande relevância,

sendo merecedores da

atenção dos gestores”.

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STJ permiterecusar matrículade inadimplente As instituições de ensino

superior po-dem recusarmatr ículasde alunos que estejam com amensalidade atrasada. A deci-são é da 2ª Turma do STJ (Su-perior Tribunal de Justiça) que,por unanimidade, deu provi-mento ao recurso da Upsis(União Pioneira de IntegraçãoSocial). Com o recurso, a uni-versidade contestava decisãodo TJ (Tribunal de Justiça) doDistrito Federal, que autoriza-va a matrícula de um alunoinadimplente.

Segundo informações doSTJ, o relator, ministro Hermam

Benjamim, afir-mou que a deci-são vale tam-bém para ocaso de uma

única mensalidade em atraso.Ele alertou, porém, que des-ligamento por inadimplênciapoderá ocorrer somente ao fi-nal do período letivo.

Conforme a legislação, asinstituições não podem suspen-der provas ou reter documen-tos escolares de inadimplentes.O estudante, no entanto, ficasubmetido às penalidades com-patíveis com o Código de Defe-sa do Consumidor e com o Có-digo Civil.

1ª ASSEMBLÉIA GERAL/2007

Somos do tamanhodos seus sonhos

Com 45 anos de experiência na gestão administrativa

e pedagógica de escolas, proporcionando orientação se-

gura e atualizada a mantenedores, diretores, professores,

funcionários e empresas, além de servir de fonte de con-

sulta para as secretarias municipais de educação e gover-

no do estado, o Sinepe/SC ajuda os sonhos dos educado-

res a tornar-se realidade.

Com presença maciça dos afiliados, o Sindicato reali-

zou, no auditório, dia 14 de fevereiro, a primeira Assem-

bléia Geral Ordinária do ano e coube ao professor Marce-

lo Batista de Sousa, presidente reeleito no final de 2006

para um novo mandato, citar os bons resultados obtidos

pelo segmento privado educacional catarinense e reafir-

mar a importância da união das escolas como um dos

principais fatores deste sucesso.

Estiveram em pauta, durante a Assembléia, assuntos

relevantes do dia-a-dia das escolas e temas estratégicos

para o ano letivo recém iniciado, dentre os quais destaca-

ram-se o Ensino Fundamental – Regime 9 Anos, a Edu-

cação Especial – Resolução nº 112/2006 – CEE/SC, o art.

318/CLT – limites da carga horária do professor, e as Ne-

gociações Coletivas de Trabalho – 2007/2008. Ao con-

cluir os debates da Assembléia, presidente Marcelo agra-

deceu a todos que elegeram o Sinepe/SC como parceiro,

trabalhando juntos para a consolidação de um mercado

melhor em um estado reconhecido nacionalmente pela

excelência da sua escola particular.

A política educacional

A educação ganha destaquenas falas oficiais. Em todos osdiscursos, do Presidente da Re-pública aos governadores reelei-tos ou recém-empossados, o re-alce é “prioridade para a educa-ção”.

Neste período de transiçãoem que o Brasil vive, seria, defato, vital que os homens públi-cos e os responsáveis, sem pre-conceitos ou reservas ideológi-cas, lessem, meditassem, procu-rassem traduzir na prática as pa-lavras tão lúcidas dos discursosoficiais. Podemos acrescentarainda: senhores governantes,por favor, mudem o orçamento,liberem mais verbas, utilizem acapacidade da iniciativa privada- sem preconceitos ou reservasideológicas -, contem com a es-cola particular em todas as par-tes com vistas à melhoria daoferta.

Já que a decisão de priorizara educação depende unicamen-te da vontade política das auto-

MARCELO BATISTA DE SOUSAPresidente do Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina - [email protected]

ridades que integram os três po-deres da República - Executivo,Judiciário e Legislativo – mãos àobra! Trata-se de atribuição ex-clusiva da ação de governo.

O presiden-te do Sinepe/SC, professorMarcelo Batistade Sousa, e odiretor-executi-vo Osmar dosSantos, acom-panhados pelodeputado fede-ral e ex-secretá-rio estadual deEducação JoãoMatos, foramrecebidos emaudiência pelorecém empossado secretário Paulo Bauer. Aocumprimentar o novo dirigente, o Sindicato rei-terou apoio às ações da equipe daquele órgãona execução dos compromissos com a melhoriae a democratização do ensino em SantaCatarina. ”O nível de desenvolvimento social al-cançado pelos catarinenses exige que se queimeetapas para se aproximar a educação da contem-poraneidade”, disse professor Marcelo, lembran-do que a partir da experiência e liderança no seg-mento educacional, a volta de Bauer ao cargo de

Professor Marcelo entregou documentos ao secretárioBauer reeditando parceria

Quanto a nós, sociedade civil,cumpre reforçar, em todas as ins-tâncias, a noção de que a educa-ção de qualidade é fundamental,é requisito básico para a erradi-cação de desigualdades sociaisintoleráveis, para a elevação dosníveis de participação democrá-tica do conjunto da população, epara permitir a inserção compe-titiva do Brasil na economia in-ternacional.

Resumindo: o que há denovo na educação brasileira nãosão os discursos oficiais, masuma nova postura, uma novaconsciência dos atuais governan-tes e da sociedade quanto ao as-sunto. É importante lembrar: sequisermos ampliar e melhorar aoferta de serviços da educação,precisamos ter todos na luta pelaeducação; se quisermos ampliare melhorar a oferta de serviçosda educação, teremos que am-pliar e melhorar a demanda dasociedade em termos de educa-ção de qualidade.

“O que há de novo naeducação brasileira não

são os discursosoficiais, mas uma nova

postura, uma novaconsciência.”

secretário re-presenta im-portante estí-mulo ao traba-lho dos profissi-onais da educa-ção, empreen-dedores, esco-las e a quemquer que sepreocupe como futuro denosso Estado.Ex-deputadoestadual e fe-deral, este é o

segundo mandato do atual secretário à frente daeducação, a primeira foi durante os quatro anosdo governo Kleinubing. Ao recepcionar os repre-sentantes do Sinepe/SC, ele fez elogios ao desem-penho do Sindicato e frisou que uma das estraté-gias da Secretaria de Estado da Educação paraampliar a oferta de vagas e cursos, tanto técnicosquanto profissionalizantes, será a parceria com ainiciativa privada. Disse que não terá restrição parafazer parcerias com instituições privadas porquesão muitas as necessidades de formação.

Sindicato leva sugestõesao secretário da Educação

PARCERIA

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Ensino de nove anosgarante maior acesso

Desde 2005, quando oprograma de ampliação doensino fundamental paranove anos começou a ser im-plementado, cresce o núme-ro de escolas que adotam onovo modelo e aumenta o vo-lume de matrículas no ensinofundamental de maior dura-ção.

Segundo dados do censoescolar da educação básica de2004, o número de matrícu-

las no ensino fundamental denove anos foi de 7.398.128.Já no ano passado, o total dematrículas aumentou para8.113.819, um crescimentode 9,67%. Em 2010, as crian-ças com idade de 6 anos de-verão ingressar, obrigatoria-mente, no primeiro ano doensino fundamental e nãomais na pré-escola. É o quedetermina a Lei nº 11.274,que aumenta para nove anos

O primeiro dia de aula para uma criança é sempre marcan-te, relata a repórter Maíra Teixeira, contando que na maioriadas vezes, a lembrança não é das mais agradáveis. Há muitochoro e aquela sensação de angústia proveniente da separaçãodos companheiros de todos dias, os pais. Mas e quando, supe-rada essa primeira fase, o problema persiste e o aluno relutaem ir à aula? O que fazer?

Para a pedagoga e doutora em educação da Faculdade deEducação da Unicamp, Maria Marcia Sigrist Malavasi, professo-res e pais têm de se aliar para descobrir a origem do problemaque leva o aluno a se recusar a ir à escola. ‘O professor capaci-tado e comprometido com o seu trabalho pode perceber e, emmuitos casos, entender a situação penosa para o aluno obser-vando a própria reação da criança. Nessa hora, é importantecriar um clima escolar agradável para envolver o aluno com pro-postas e desafios interessantes, que devem estar sempre de acor-do com a faixa etária do aluno’, diz.

Para ela, mesmo quando a relutância continua - após inova-ção pedagógica e a tentativa de incluir a criança ao grupo - épreciso conversar com os pais para saber se há algum problemaem casa que não permita a criança se ver naturalmente em ou-tro ambiente. ‘É aí que entra a sensibilidade do professor. Nãoexiste fórmula mágica. É preciso ir tateando para descobrir porque o aluno não se sente à vontade e tranqüilo na escola. Aosaber a origem do problema, o professor tem a possibilidadede focar na solução específica para o caso.’

Tem que ser atrativa

Explicações didáticas sobre a escola também podem ajudar.‘É bom contar ao aluno que é na escola que ele vai passar boaparte da vida, que ele vai aprender, fazer amigos e até criarvínculos afetivos’, explica Maria. Em alguns casos, é preciso pro-

o tempo de duração do ensi-no fundamental em todo oPaís.

Atualmente, os sistemasestaduais de ensino de Ala-goas, Amazônia, Ceará, Goi-ás, Mato Grosso, Paraíba, Per-nambuco, Sergipe, Tocantins,Rio de Janeiro e Rio Grandedo Sul já recebem matrículaspara o ensino fundamentalde crianças com essa faixaetária. De acordo com Jeane-

O que fazerquando o aluno

não quer ir à aula

te Beauchamp, diretora dePolíticas de Educação Infan-til e Ensino Fundamental daSecretaria de Educação Bási-ca (SEB/MEC), “a obrigatori-edade de ampliação do ensi-no fundamental vai uniformi-zar o sistema de educaçãobásica no País, onde coexis-tem escolas que oferecemensino com duração de oitoe nove anos. E também vaiequiparar o sistema brasilei-

ro ao dos outros países doMercosul”.

Para Jeanete, além de me-lhorar o desempenho doseducandos, a ampliação doensino fundamental com aantecipação do ingresso nosanos iniciais (1º ao 5º ano),incluirá um número maior decrianças na escola, já que arede de educação infantil nãoé tão ampla quanto à do en-sino fundamental.

curar um acompanhamento psi-cológico, mas apenas quando oproblema é resultante de trau-ma. Ela lembra que as ativida-des na escola às vezes são esti-mulantes, mas não agradáveis.‘A organização da maioria das es-colas pode não ser a mais atrati-va. O modelo aluno enfileirado

?olhando para o professor pode desestimular, masnem sempre é possível modificá-lo. Às vezes, issonão pode ser feito e aí entra a criatividade do pro-fessor em propor atividades que façam os colegasse relacionarem e se sentirem à vontade na salade aula.’ Conteúdos propícios a atividades em gru-po podem ser uma boa opção. ‘Cabe ao professorter a competência profissional e, claro, uma certasensibilidade para estimular a criança, ou ela nãoterá mesmo vontade de ir à escola, principalmen-te quando sofre com a falta dos pais.’ A convivên-cia com o outro é fundamental na adaptação aoambiente, ressalta a pedagoga. ‘Mostre que a es-cola é o local onde, além de aprendermos, faze-mos amigos. Enfatize isso positivamente, mostreque é prazeroso.’ A especialista destaca a impor-tância da constante capacitação e atualização doprofessor. ‘Com mais experiência e conhecimen-to, o profissional conseguirá identificar o momen-to em que o aluno começa a sentir algum incômo-do. Acho inclusive fundamental que haja compro-metimento com a profissão, a vontade de querersuperar.’

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GERAL Acesse diariamente www.sinepe-sc.org.br

PARA DEMONSTRAR ACONFIANÇA DA

SOCIEDADE, A MELHORTÉCNICA É IR DIRETO

AOS FATOS: Todos os veículos de comunicação de massa, incluindo rádio, TV, revistas, jornais

e mídia eletrônica, divulgaram amplamente nos últimos dias os resultados do

Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM 2006) que reafirmaram a excelência das

escolas particulares em Santa Catarina: todas as 10 melhores escolas localizadas

no Estado pertencem à rede privada de ensino e estão situadas nas maiores

cidades. O ENEM 2006 foi o que registrou a maior participação de estudantes

desde sua implantação, em 1998, e o menor índice de abstenções desde 2000.

Concorreram 2,8 milhões de estudantes em 800 municípios brasileiros.

De acordo com pesquisa da Fundação GetúlioVargas, os dados referentes aos equipamentos bási-cos nos estabelecimentos de ensino fundamental per-mitem fazer pelo menos três constatações:1. as escolas privadas de Santa Catarina são, em

média, mais aparelhadas do que suas congêne-res na média brasileira;

2. são mais bem aparelhadas do que as escolas pú-blicas;

3. a diferença existente entre a difusão de infra-estrutura nas escolas públicas e privadas é mai-or, em média, em Santa Catarina do que emoutras regiões do país.

MAISIlustrando a primeira das constatações, obser-

va-se que, em 2003, 95,07% dos estabelecimentosprivados de ensino fundamental de Santa Catarinajá possuíam bibliotecas próprias, contra 76,06% doBrasil.

Ainda de acordo com a pesquisa da FundaçãoGetúlio Vargas, o Estado de Santa Catarina tambémapresenta percentual de escolas com quadras de es-porte bem superior à média brasileira. No ano de2003, enquanto a média brasileira era de 58,97%dos estabelecimentos privados de ensino fundamen-tal com tal estrutura, em Santa Catarina este núme-ro ficou em 88,99%, acima, também, da média daRegião Sul, que foi de 85,34%.

As escolas privadas do Estado de Santa Catari-na, assim como já acontecia com os recursos bási-cos de infra-estrutura, seguem mais estruturadastecnologicamente que as escolas públicas do esta-do. Em torno de 77% das escolas privadas de ensi-no fundamental no estado disponibilizam labora-tórios de informática a seus professores e alunos,enquanto apenas 16% das públicas oferecem o mes-mo recurso. A diferença é mais marcante no per-centual de escolas que ofereciam acesso à Internet,com 76,81% das escolas privadas oferecendo o re-curso, contra apenas 13,16% das escolas públicasde ensino fundamental.

SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICAEm relação aos serviços de água, eletricidade e

esgoto, as escolas particulares de Santa Catarina edemais regiões do país já alcançaram a universali-zação do acesso às redes de distribuição. No entan-to, em 2003, a rede pública ainda carecia de algunsrecursos, mostrando que as disparidades econômi-cas e sociais ainda se fazem presentes, mesmo nasregiões mais desenvolvidas, como Sul e Sudeste.

Você sabia?Escolas particulares de SC estão

entre as mais bem equipadas do Brasil

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Embora a Univali seja re-sultado de uma trajetória demais de quatro décadas, foiseu reconhecimento comouniversidade, via portaria mi-nisterial em 16 de fevereiro de1989, o marco de uma verti-ginosa transformação. Desdeentão, Universidade do Valedo Itajaí ampliou seu raio deatuação e projetou exponen-cialmente sua influência ins-titucional, um percurso histó-rico que hoje lhe rende o tí-tulo de maior instituição deensino superior do Estado,com mais de 30 mil alunos emseus seis campi, descartandodessa conta a cifra estimadade outros 30 mil alunos namodalidade de ensino a dis-tância apenas em 2007.

A década de 90 registrouum aumento significativo dademanda pela educação su-perior. Impulsionada por taisnecessidades, a universidade

Univali, 18 anos.

consolidou um extensivo pa-trimônio físico e humano e aomesmo tempo implementouuma política de investimentosna tríade ensino-pesquisa-ex-tensão. Se o esforço instituci-onal nessa sua primeira déca-da de história foi centrado noalargamento de sua fronteira

física e na multiplicação deseus cursos de graduação epós-graduação, o movimentoatual prioriza outro foco, oque naturalmente decorre deum novo perfil de mercado.

O acirramento da compe-titividade instaurou a excelên-cia como parâmetro de sobre-

José Roberto ProvesiReitor Campus de São José.

vivência. Desse modo, ao ce-lebrar seu 18º aniversário, amaior universidade de SantaCatarina movimenta-se nosentido de consolidar-se tam-bém como uma das melhoresdo país. Esforços consistentesestão sendo realizados pelacomunidade acadêmica nes-

te sentido. Os sinais desse es-forço são o crescente núme-ro de cursos referenciados, asiniciativas e projetos científi-cos, e os investimentos per-manentes na qualificação desua estrutura física e na for-mação continuada de seusdocentes .

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EVENTOS Acesse diariamente www.sinepe-sc.org.br

O I Encontro de Educadores, promovido pelo Sindicato dia 6 de fevereiro,reuniu em Florianópolis escolas afiliadas de todo o estado. Durante cerca desete horas de palestras e troca de idéias, grupos de gestores, especialistas ediretores definiram conceitos que vão pautar o ano de 2007 nas instituiçõesde ensino. São temas que vão dos aspectos sociais, cognitivos e psicológicosà ética no mundo dos relacionamentos humanos, os desafios daneurolingüística para explorar as potencialidades da mente humana até omoderno conceito de escola inteligente. As palestras foram proferidas porMaria Tais de Melo, Celestino Roque Secco, José Carlos Serrano Freire eCassiano Zeferino de Carvalho Neto, experientes professores especialmenteconvidados pelo Sinepe/SC para o evento que revelou inovações bem sucedidase apontou as tendências de uma sociedade cada vez mais dependente deconhecimento e qualidade em busca da realização de seus sonhos.

“É primordial querermelhorar, insistir einvestir na suacapacitação. É precisoacreditar em si mesmopara conseguir ser apessoa que sedeseja ser”.

José Carlos Serrano Freire éprofessor, escritor, bacharel emDireito, traineer em programaçãoneurolingüística. O Instituto SerranoFreire, do qual é mentor, é umaempresa de treinamento ecapacitação pessoal e profissional.(www.serranofreire.com.br)

“Vivemos num mundosaturado de imagens esons. As imagens são,em geral, percebidasmuito maisrapidamente doque os textos”.

Maria Tais de Melo é graduada emPsicologia, mestre em Psicologia,doutora na área de Mídia eConhecimento pelo PPGEP da Ufsc,professora do Curso de Pedagogiada Univali e diretora educacional.([email protected])

“A questão ética universal,coloca-se, hoje, comurgência crescente, paratoda a sociedade,em todos os setores daatividade humana”.

Celestino Roque Secco é filósofo,pós-graduado em Filosofia e Ética, mestreem Gestão do Desenvolvimento eCooperação Internacional pela UniversidadeModerna de Lisboa, professor de Filosofia eÉtica da Escola Superior de AdministraçãoGerência da UDESC e professor de Ética nosNegócios do MBA da UniversidadeIndependente de Portugal, ex-deputadoestadual e ex-secretário de estado.([email protected])

“Escola Inteligente éum modelo inovador eacelerador dosprocessos de ensino-aprendizagem quecontempla aspectos dearquitetura, mediaçãoe tecnologia “.

Cassiano Zeferino de CarvalhoNeto é escritor, licenciado em Física,Ciências e Pedagogia pela PUCSP,presidente do Instituto GalileoGalilei para a Educação – IGGe -,consultor, professor e diretoreducacional.([email protected])

Mais uma iniciativa sucesso de pú-blico e de crítica. Iniciada dia 2, emCanoinhas, terminou dia 15 de feverei-ro, em Criciúma, a I Jornada Pedagógi-ca/Administrativa, depois que a carava-na de instrutores do Sinepe/SC passoupor Xanxerê e São Miguel do Oeste. Par-ticiparam dos trabalhos gestores, pro-fessores e técnicos-administrativos. Ostemas tratados nestes encontros foramsugeridos pelas próprias escolas, e ob-tiveram o entusiasmo dos educadores

de todas as regiões. As pa-lestras sobre “Contadoresde história” estiveram acargo de Bel Gomes e VeraScariot, “Por uma escolainteligente”, com CassianoNeto, e “Auto-estima eavaliação do profissionalda educação” com ClairGruber Souza.

I JORNADAPEDAGÓGICA/ADMINISTRATIVA

OS MELHORES

CAMINHOSPARA CRESCER

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PÁGINA 9 JORNAL DAS ESCOLAS PARTICULARES DE SANTA CATARINA -MARÇO/ABRIL DE 2007 - Nº 116 - ANO 15

FORMAÇÃO Acesse diariamente www.sinepe-sc.org.br

Conceitos, idéias e tendências quevão inspirar suas próximas decisões.

Clair Gruber SouzaCoordenadora do Programade Formação Continuada(PFC) do Sinepe/SC

Uma escola é onde se cultiva o aprender a aprender, um privilegiado espaço

de “convivencialidade”, e quem trabalha com educação é preciso estar

sempre melhor preparado diante dos novos desafios. Repare no texto

abaixo, de autoria das pedagogas Dalal El Achkar e Wannise de Santana

Lima, em quantos momentos sua escola está presente, assegurando mais

precisão técnica a serviço da sua criatividade. Através da cooperação, e com

a ajuda dos meios digitais, especialmente a internet, elas montam projetos,

elaboram textos e exercitam com alegria um trabalho compartilhado.

Na contemporaneidade, aeducação tornou-se uma neces-sidade permanente. Em todos oslugares são oferecidos cursos,aulas, palestras, uma infinidadede possibilidades de acesso aoconhecimento para indivíduosde todas as idades. Orientaçõespara grávidas, aulas para bebês,universidades para a terceira ida-de, cursos em revistas, aulas viainternet... todos podem apren-der seja em instituições formaisou informais.

Estamos diante de uma so-ciedade completamente peda-gógica. A disseminação do co-nhecimento através dos meiostecnólogos permitiu que todomundo pudesse aprender e en-sinar. No entanto, a escola so-brevive por que nela os indiví-duos não apenas têm acesso aoconhecimento.

Diante deste contexto, qualdeve ser o diferencial da esco-la? Como esta instituição quedurante anos foi a responsávelquase que exclusivamente pelaeducação, vai exercer o seu pa-pel? Quais os critérios que ospais devem observar na hora deescolher a escola do seu filho?Que competências são necessá-rias para o professor na socie-dade que exige educação per-manente?

O grande diferencial da es-cola é que ela é o espaço daconvivencialidade. Muito maisdo que conhecimentos e con-teúdos, nela os indivíduos de-vem aprender a aprender,aprender a fazer, aprender a ser,aprender a viver junto e apren-

ESCOLA

ESPAÇO PARA O EXERCÍCIO DA ALEGRIA

Dalal El Achkar - www.dalal.com.br - Bióloga e Mestre na área de Mídiae Conhecimento pela UFSC, cujo tema foi: Pedagogia da Afetividade – umaconstrução teórica – prática de processos educativos baseados no afeto(2003). Especialista em Jogos Cooperativos, com o Tema: Pedagogia doAmor e os Jogos Cooperativos. Fundadora da ONG Coopera Brasil,Professora de Graduação e Pós-Graduação, Consultora Educacional,realizando palestras, oficinas e cursos em ongs, escolas e empresas naconstrução da Pedagogia do Amor. Florianópolis/SC

Wannise de Santana Lima - [email protected] - Possuigraduação em Pedagogia pela Universidade Estadual de Feira de Santana(1998) e mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federalde Santa Catarina (2003) cujo tema foi: Professores analógicos em umMundo Digital - uma análise sobre a influência dos meios na formação dodocente. Atualmente é professora da Faculdade de Tecnologia e Ciências.Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação eTecnologias, atuando principalmente nos seguintes temas: educação adistância, formação de professores, convivencialidade, cooperação,avaliação da aprendizagem e autonomia. Salvador/BA

dade... todos querem e precisamde um espaço para o exercíciodo saber, mas um saber que con-duza à alegria.

Esta mudança de foco exigepreparo. Os profissionais da con-temporaneidade precisam decapacitação constante e elesmesmos precisam apostar nes-ta necessidade assumindo umapostura autônoma de gestãodas suas aprendizagens. E serautônomo não é de forma ne-nhuma ser solitário. Ser autôno-mo é assumir-se enquanto sin-gular, tendo a coragem de for-mar parcerias, de compartilharo conhecimento de forma co-operativa garantindo que os sa-beres possam mesmo ser globa-lizados. O convívio na escolapermite este treino. Ao invés deestimular a competição, a esco-la deve primar pela cooperação,exercitando com amor o viverjunto, tornando-nos, ao invés demelhores do que o outro, me-lhores com o outro.

Professores de todo o Brasil,em um Encontro Nacional paraeducadores, em Paulínia/SP, nosdias 4 a 8 de julho deste ano, es-tarão participando de oficinassobre atividades pedagógicasque potencializam a convivenci-alidade a partir da cooperação.Nós duas educadoras, mesmomorando uma na Bahia e outraem Florianópolis, somos provada validade de parcerias convi-venciais; e estaremos em Paulí-nia, realizando Oficinas sobreJogos Cooperativos e Danças Cir-culares Sagradas (Informações:www.paulinia.sp.gov.br/enep).

der a sentir.Em um espaço convivencial

os alunos devem ter a oportu-nidade de acessar o conheci-mento sendo mediado por umprofissional que entenda as re-ais necessidades de cada indi-víduo, orientando não para acansativa memorização de con-teúdos extensos, mas para a ca-pacidade de relacionar os co-nhecimentos e saber utilizá-losde maneira contextualizada.Neste espaço o indivíduo deveser entendido como um ser ho-lístico, que precisa desenvolveros aspectos cognitivos, afetivose psicomotores.

Os projetos de trabalho de-vem contemplar atividades va-riadas onde todos passam ex-pressar suas opiniões e emo-ções, descobrir e desenvolversuas habilidades, usar a criati-vidade, a expressão oral, escri-ta, corporal e os meios tecno-lógicos.

Os professores precisam es-tar prontos para desenvolver ati-vidades e situações de aprendi-zagem que estimulem e desen-volvam inteligências: a inteligên-cia matemática, emocional, cor-poral, espacial... as infinitas in-teligências.

Além disso, é necessário

perceber cada aluno como umser singular que merece amor erespeito identificando os seusinteresses para conseguir envol-vê-los no trabalho. O professor,ao optar por trabalhos em equi-pe, estimula o exercício do “vi-ver junto”, dando aos seus alu-nos condições de aprender so-bre os valores morais éticos,como a solidariedade, o respei-to, a amizade, companheirismoe cooperação.

A educação permanente exi-ge que a escola seja dinâmica eflexível. Pronta para trabalhar demaneira agradável e lúcida. Alu-nos, professores, pais, comuni-

Bibliografia:Revista PediatriaDia a Dia. Ano 6,nº 29 abr/jun/04;páginas: 28 e 30;Florianópolis / SC

“É necessário perceber cadaaluno como um ser singular”.

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GERAL Acesse diariamente www.sinepe-sc.org.br

A nova face do operárioO esforço para educar funcionários tornou-se, necessariamente, um hábito. Eles têmformação superior, ganham melhor e ficam mais tempo no emprego — é o que mostraum estudo de EXAME, publicado na edição de 13/2/7. Devido a importância eatualidade do assunto, transcrevemos abaixo os principais trechos da reportagem deSuzana Naiditch. Leia a íntegra da matéria no portal www.sinepe-sc.org.br

O gaúcho Lindomar Machado repre-senta uma espécie em extinção na indús-tria brasileira. Aos 50 anos, o operário dalinha de produção da fabricante de car-rocerias Randon mal sabe ler, não con-cluiu o Ensino Fundamental e faz hoje ri-gorosamente o mesmo que há 23 anos,quando foi contratado. Durante 8 horaspor dia, solda carrocerias, exercendo umafunção que lembra o célebre personagemde Charles Chaplin no filme Tempos Mo-dernos. Seu filho, Fernando, de 23 anos,é a personificação de por que não há nofuturo lugar para profissionais como Lin-domar. Ele também é operário. Tambémtrabalha na Randon. Mas sua bagagemeducacional é infinitamente maior. Fer-nando cursa atualmente faculdade de ad-

ministração de empresas, freqüenta au-las de inglês e participou de vários trei-namentos técnicos oferecidos pela com-panhia. Graças à sua formação, pôdeabandonar o trabalho mais bruto e ope-rar máquinas sofisticadas na linha de pro-dução. Apenas três anos após entrar naRandon, Fernando passou a ganhar omesmo salário que o pai — e, segundoseus superiores, não tardará para que ga-nhe duas ou três vezes mais. “Pessoascomo Lindomar são de um tempo emque operários entravam e saíam de umaempresa fazendo absolutamente a mes-ma coisa e ganhando o mesmo salário”,diz Maria Tereza Casagrande, executivade recursos humanos da Randon. “Essetempo, porém, está acabando”.

Principais diferenças entre o operário de 20 anos atrás e o de hoje, segundo pesquisa elabo-

rada com base na lista das 150 Melhores Empresas Para Trabalhar. Fonte: Unicamp

As notórias diferenças entre asduas gerações da família Machado sim-bolizam à perfeição uma mudança ra-dical observada no chão de fábrica dasempresas brasileiras — a face do ope-rário nacional transformou-se nos últi-mos 20 anos.

Saudável hábitoO esforço para educar funcionári-

os tornou-se, necessariamente, um há-bito. Vinte anos atrás, contratar ope-rários era tarefa relativamente simples:bastava colocar um aviso na porta erecrutar os primeiros que aparecessem.Com as novas funções, o que era sim-ples tornou-se uma complicação. É pre-ciso encontrar, em meio à multidão detrabalhadores com formação precárialançados no mercado a cada ano, aque-les com potencial para encaixar-se nospadrões atuais. Note bem: com poten-cial. São raros os profissionais que jávêm prontos, o que força as empresasa investir o dinheiro do acionista emtreinamento e bolsas universitárias.

Exemplo catarinenseO catarinense Antônio do Prado,

funcionário da Embraco, líder mundi-al na produção de compressores, foienviado duas vezes à China para pas-sar adiante a cultura do chão de fá-brica na subsidiária. “Nunca tinha vi-ajado de avião, muito menos saído doBrasil”, diz Prado. A primeira viagemaconteceu em abril de 2006. Na co-mitiva de 15 pessoas, seis eram ope-rários como ele. “Implementar nossastécnicas de manufatura na China foiextremamente difícil.” É consenso en-tre os especialistas que há inúmeros

Segundo Moacir Loth,assessor de imprensa daEditora da UFSC, “a apli-cação dos ensinamentosdo educador Paulo Freire,falecido em maio de 97,poderá mudar os destinosda educação brasileira”.Ocomentário vem a propó-sito da reedição do livro Ensinar eaprender com Paulo Freire – 40 ho-ras 40 anos depois, da professo-ra e pesquisadora Nilcéa Lemos Pe-landré, considerado por MoacirGadotti, uma obra de referênciano País. Integrando a BibliotecaFreiriana, o livro sai com os selosda Editora da UFSC (EdUFSC), Cor-tez Editora e Instituto Paulo Frei-re, com sede em São Paulo. Frutode quase uma década de pesqui-sas, inclusive de campo e entre-vistas com o educador, a publica-ção tem o respaldo de um repre-sentativo conselho editorial e doConselho Internacional de Asses-sores (Fórum Paulo Freire), e estána rua com uma segunda ediçãoprimorosa.

A autora Nilcéa Lemos Pelan-dré é professora e pesquisadorado Departamento de Metodologiade Ensino do Centro de Ciênciasda Educação da Universidade Fe-deral de Santa Catarina (UFSC),onde, embora aposentada, lecio-na na Pós-Graduação em Lingüís-tica e Educação. A sua preocupa-ção com os destinos do ensino eda universidade ficou patentequando ocupou, de 92 a 96, o car-go de vice-reitora da UFSC, na ges-tão do então reitor Diomário deQueiroz, que acaba de ser recon-duzido à presidência da Fundaçãode Apoio à Pesquisa Científica eTecnológica do Estado (Fapesc).

Em entrevista ao jornalistaMoacir Loth, a autora disse: “Ain-da que se propale a democratiza-ção do ensino, ainda há muito porfazer, principalmente no que dizrespeito à universalização do aces-so, à qualidade da escola, à valo-rização do professor e a sua for-mação continuada.

Quem foi Paulo Freire”Para mim, um grande educador,

a maior referência da educação noBrasil. Seu pensamento continuaatual e ele antecipou muitas dasidéias de educadores com os quaistrabalhamos hoje.

Quem é Nilcéa LemosPelandré?

Sou professora, pesquisadora,sonho e trabalho por um país sem

A transformação do chão de fábrica

A formaçãomelhorouEm 1985 - 7% tinhamterceiro grau completoHoje - 35% têmterceiro grau completo

Eles ganham maisEm 1985 - 12% recebiammais de dez saláriosmínimosHoje - 33% recebem maisde dez salários mínimos

E ficam mais tempo noemprego Em 1985 - 36% ficavam maisde cinco anos no emprego Hoje - 46% permanecem maisde cinco anos no emprego

passos a dar na evolução da classeoperária brasileira. Essa transformaçãoainda está pela metade, o que gera si-tuações constrangedoras nas empre-sas. É o caso da Salton, maior vinícolado país. Seu chefe da linha de produ-ção, Valcir Toffoli, de 58 anos, cresceuna hierarquia de uma empresa que ti-nha métodos de produção parados notempo. O vinho era fabricado artesa-nalmente, em antiquados tanques demadeira. O choque causado pela en-xurrada de vinhos importados, nosanos 90, fez com que essa empresadeixasse de existir. Nos últimos cincoanos, a Salton modernizou sua fábri-ca, comprou tanques de aço inox, e aprodução de vinho passou a ser con-trolada por meio de toques na tela docomputador — que faz tudo que osoperários antigos faziam. A produti-vidade triplicou. “Deixei de estudar há40 anos, não tenho capacidade paralidar com informática”, diz Toffoli.Seus subordinados são exponencial-mente mais bem formados. Na faixados 20 anos, dominam o manuseiodas máquinas, estão concluindo cur-sos de enologia e discorrem com na-turalidade sobre os processos micro-biológicos da vinificação. Enquanto ochefe, com mais de duas décadas decasa, ganha cerca de seis salários mí-nimos, os garotos da Salton já ultra-passaram os quatro salários. E acaba-ram de começar. A QUALIDADE E OPREÇO da mão-de-obra estão entre asvariáveis mais importantes na decisãode investimento das empresas — maisque isso, ajudam a explicar a bonançaeconômica de algumas economias e aestagnação de outras. A China cresce

estrondosamente, em boa medidaporque o custo de seus operários éainda baixíssimo. Um funcionário daindústria automotiva chinesa custa 2dólares por hora, ante quase 41 dóla-res de um operário alemão. Mesmoque tenha má formação e a produti-vidade seja baixa (como é), o custocompensa o investimento por lá. E,embora seja altamente produtivo, ooperário alemão é caro demais, o queleva as montadoras a abrir fábricas noLeste Europeu e a fechar suas linhasde produção na Alemanha. Na Coréia,o investimento em educação formouuma classe operária extremamenteprodutiva e não tão cara quanto a ale-mã. De acordo com um estudo recen-te do Instituto de Pesquisa Econômi-ca Aplicada (Ipea), um trabalhadorcoreano produz em média duas vezesmais que o brasileiro — que, nem tãobarato quanto o chinês nem tão efici-ente quanto o coreano, coloca o paísnuma espécie de meio-termo nefastopara as empresas. “Para piorar a situ-ação do Brasil, as novas gerações chi-nesas estão recebendo mais educaçãoque as novas gerações de brasileirose, daqui a alguns anos, esse esforçovai torná-los mais qualificados quenós”, diz o economista José Alexan-dre Scheinkman, da Universidade dePrinceton. Segundo os especialistas, éna direção da Coréia que o Brasil deveseguir: um investimento pesado emeducação, especialmente para crian-ças e jovens, colocaria à disposição dasempresas funcionários capazes de sus-tentar ainda mais seus investimentosem tecnologia e tornar o país maiscompetitivo.

Ensinar e aprender com Paulo Freire – 40 horas40 anos depoisNilcéa Lemos PelandréEdUFSC, Cortez Editora e Instituto Paulo Freire240 p.; R$26,40

Paulo FreireEdUFSC, Cortez e Instituto reeditamEnsinar e aprender com Paulo Freire

analfabetos, com escolas,alunos e professoras eprofessores felizes. Dese-jo que todos tenhamacesso aos conhecimen-tos de leitura e escrita eque possam fazer uso des-ses conhecimentos paraexercerem de forma autô-noma sua cidadania.

Atualmente, além de aulas na gra-duação, trabalho também nos pro-gramas de pós-graduação em Edu-cação e Lingüística, orientando dis-sertações e teses na área da alfabe-tização e ensino e aprendizagem dalíngua portuguesa. Penso, sim, emnovas publicações, porém, no mo-mento, são projetos. Em resumo, o que é “ométodo Paulo Freire”?

Embora Paulo Freire preferissedizer que não tinha um método e,sim, princípios nos quais ele pau-tava todo o seu trabalho educacio-nal, quando nos referimos ao Mé-todo Paulo Freire estamos falandodas experiências de alfabetizaçãoorientadas por suas teses. As aulas,“Círculos de Cultura”, consistiamdo desenvolvimento de debates so-bre a realidade existencial dos al-fabetizandos, momentos em que osprofessores, por meio de “temasgeradores”, problematizavam as si-tuações, estimulando a participa-ção e o posicionamento crítico. Oprincípio fundamental é o do res-peito às circunstâncias de vida doeducando. A alfabetização, para Freire, é um ato criador, pois a lin-guagem se apreende e aprende socialmente. Por conseguinte, oprocesso de ensino e aprendizagemda leitura e da escrita é desenvol-vido a partir do universo vocabularde quem está aprendendo, ouseja, do discurso do cotidiano, des-sas pessoas, que resulta da “leitu-ra de mundo que precede a leiturada palavra”. A leitura e a escritasão ensinadas a partir da compre-ensão, do que pensam os que es-tão se alfabetizando, e não da lei-tura de mundo do professor.

Moacir Loth

Nilcéa Lemos Pelandré

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... INFORME TÉCNICO Acesse diariamente www.sinepe-sc.org.br

Por Osmar dos Santos,advogado, Diretor

Executivo do Sinepe-SC.

Foto Rudi Bodanese

GOVERNO REGULAMENTA SEGURODE DOENÇA TRABALHISTA

Publicado dia 13/2/2007,no Diário Oficial da União, oDecreto 6.042/2007, que tra-ta sobre o seguro de acidentede trabalho. O ato, assinadopelo Presidente da Repúblicamodifica as regras para que ocidadão que venha a sofreracidente de trabalho receba oseguro do Instituto Nacionalde Segurança Social, e alteraas alíquotas de contribuiçãodas empresas para tal benefí-cio.

De acordo com as novasregras, o trabalhador agora

poderá obter o valor do segu-ro independentemente doempregador, necessitandoapenas que a doença por eleadquirida esteja relacionadaem um documento de doen-ças relativas à sua profissão,de acordo com classificaçãointernacional, o que pode serfeito por um médico do INSS.Atualmente, o trabalhadorprecisa provar que a doençapossui caráter trabalhista atra-vés de um documento chama-do Comprovação de DoençaTrabalhista (CAT). Caberá à

empresa, que assim o conside-rar, provar que a doença nãotem nexo com o trabalho exer-cido. O intuito dessa medidaé fazer com que as empresasinvistam na segurança de seusfuncionários.

Quanto à contribuição pe-las empresas ao Seguro Aci-dente de Trabalho, as alíquo-tas irão variar de 1% a 3% dovalor da folha de pagamentosde acordo com a quantidadede acidentes registrados. Noentanto, o valor desse percen-tual não é fixo. Além de se re-

lacionar com a quantidade deacidentes, o valor das alíquo-tas dependerá do ramo de ati-vidade da empresa, e dos in-vestimentos feitos por esta emsegurança do trabalho, calcu-lado por meio do Fator Aciden-tário de Prevenção (FAP). Des-se modo, empresas que inves-tirem na prevenção de aciden-tes serão beneficiadas.

Caberá ao Ministério daPrevidência Social divulgar,anualmente, os índices de fre-qüência, gravidade e custo,por atividade econômica, e o

FAP por empresa, com as in-formações que possibilitem aesta verificar a correção dosdados utilizados na apuraçãodo seu desempenho.

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DOS EMPREGADOS- considerações -

O artigo 149 da Constitui-ção Federal prevê a Contribui-ção Sindical, nos seguintes ter-mos:

“Art. 149 - Compete exclu-sivamente à União instituircontribuições sociais, de inter-venção no domínio econômi-co e de interesse das categori-as profissionais ou econômi-cas, como instrumento de suaatuação nas respectivas áreas,observado o disposto nos arts.146, III e 150, I e III, e sem pre-juízo do previsto no art. 195, §6º, relativamente às contribui-ções a que alude o dispositivo.

Parágrafo único - Os Esta-dos, o Distrito Federal e osmunicípios poderão instituircontribuição, cobrada de seusservidores, para o custeio, embenefício destes, de sistemasde previdência e assistênciasocial.”

Os artigos 578 e 579 da CLTprevêem que as contribuiçõesdevidas aos sindicatos, pelosque participem das categoriaseconômicas ou profissionais oudas profissões liberais repre-sentadas pelas referidas enti-dades, têm a denominação de“Contribuição Sindical”.

Filiação -Obrigatoriedade

Ninguém é obrigado a fili-ar-se a sindicato, mas todas

pertencem a uma categoria,tanto que são obrigadas a con-tribuir anualmente, em virtu-de disso fazem jus a todos osdireitos dispostos na conven-ção coletiva, inclusive o dissí-dio. Algumas pessoas utilizam-se da terminologia “impostosindical” para referir-se a estaobrigatoriedade.

A Contribuição Sindical édevida por todos aqueles queparticiparem de uma determi-nada categoria econômica ouprofissional, ou de uma profis-são liberal, em favor do sindi-cato representativo da mesmacategoria ou profissão. Na ine-xistência dessa categoria, o re-colhimento será feito à fede-ração correspondente à mes-ma categoria econômica ouprofissional (art. 591 da CLT).

Contribuição dosEmpregados

A Contribuição Sindical dosempregados será recolhida deuma só vez e corresponderá àremuneração de um dia de tra-balho, qualquer que seja a for-ma de pagamento.

Nos termos do art. 582, §1º, letras “a” e “b” da CLT, con-sidera-se um dia de trabalho oequivalente a:

a) uma jornada normal detrabalho, se o pagamento aoempregado for feito por uni-

dade de tempo (hora, dia, se-mana, quinzena ou mês);

b) 1/30 (um trinta avos) daquantia percebida no mês an-terior, se a remuneração forpaga por tarefa, empreitada oucomissão.

O desconto da contribuiçãosindical corresponde a um dianormal de trabalho, ou seja,vai ser composta da remune-ração que corresponda à jor-nada diária normal do empre-gado.

Assim, as horas extras nãoirão compor, uma vez que es-tas horas são realizadas alémda jornada normal.

Salário Pago emUtilidades

Quando o salário for pagoem utilidades, ou nos casos emque o empregado receba, ha-bitualmente, gorjetas, a Contri-buição Sindical corresponderáa 1/30 avos da importância quetiver servido de base, no mêsde janeiro para a contribuiçãodo empregado à PrevidênciaSocial (art. 582, § 2º da CLT).

DescontosOs empregadores são obri-

gados a descontar da folha depagamento de seus emprega-dos, relativa ao mês de marçode cada ano, a ContribuiçãoSindical por estes devida aos

respectivos sindicatos profissi-onais.

Admissão Antes doMês de Março

Empregado admitido nomês de janeiro ou fevereiro,terá o desconto da Contribui-ção Sindical também no mêsde março, ou seja, no mês des-tinado ao desconto.

Admissão no Mês deMarço

Deve-se verificar se o em-pregado não sofreu o descon-to respectivo na empresa an-terior, caso em que este nãopoderá sofrer outro desconto.Referida hipótese deverá seranotada na ficha de Registrode Empregados.

Caso não tenha ocorridoqualquer desconto, o mesmodeverá ocorrer no próprio mêsde março, para recolhimentoem abril.

Admissão Após o Mêsde Março

Os empregados que foremadmitidos depois do mês demarço serão descontados noprimeiro mês subseqüente aodo início do trabalho. Comoexemplo, pode-se ter aqueleempregado admitido no mêsde abril, sem que tenha havi-do em outra empresa o des-

conto da Contribuição Sindical,o seu desconto será efetuadoem maio e o respectivo reco-lhimento será em junho (art.602 da CLT).

Empregado AfastadoO empregado que se en-

contra afastado da empresa nomês de março, sem percepçãode salários, por motivo de do-ença, acidente do trabalho oulicença não remunerada, deve-rá sofrer o desconto da Con-tribuição Sindical no primeiromês subseqüente ao do reiní-cio do trabalho.

Exemplo:Empregado sofreu aciden-

te de trabalho em fevereiro, esó retornou à atividade emagosto. O desconto da Contri-buição Sindical deverá ser efe-tuado em setembro e recolhi-do em outubro.

AposentadoO aposentado que retorna

à atividade como empregadoe, portanto, é incluído em fo-lha de pagamento, fica sujeitonormalmente ao desconto daContribuição Sindical.

O art. 8º, inciso VII da Cons-tituição Federal determina tam-bém que o aposentado filiadotem direito de votar e ser vota-do nas organizações sindicais.

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