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PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS PROVA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS SIMULADO ENEM A COR DA CAPA DO SEU CADERNO DE QUESTÕES É ROSA. MARQUE‑A EM SEU CARTÃO‑RESPOSTA. Selo FSC aqui 2016 1 a Série CADERNO 1 PROVA 1 LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém questões numeradas de 1 a 46, dispostas da seguinte maneira: a. as questões de número 1 a 22 são relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias; b. as questões de número 23 a 46 são relativas à área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. 2. Verifique, no CARTÃO-RESPOSTA, se os dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, comunique-a imediatamente ao aplicador da sala. 3. Após a conferência, escreva e assine seu nome nos espaços próprios do CARTÃO-RESPOSTA com caneta esferográfica de tinta preta. 4. Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA. Ele não poderá ser substituído. 5. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções identificadas com as letras A , B , C , D e E . Apenas uma responde corretamente à questão. 6. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta, preenchendo todo o espaço compreendido no círculo com caneta esferográfica de tinta preta. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta. 7. O tempo disponível para estas provas é de duas horas e trinta minutos. 8. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO- -RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação. 9. Quando terminar as provas, entregue ao aplicador o CARTÃO- -RESPOSTA. 10. Você somente poderá deixar o local de prova após decorrida uma hora e quarenta minutos do início da sua aplicação. 11. Você será excluído do exame caso: a. utilize, durante a realização da prova, máquinas e/ou relógios de calcular, bem como rádios, gravadores, fones de ouvido, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie; b. se ausente da sala de provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES, antes do prazo estabelecido, e/ou o CARTÃO-RESPOSTA; c. aja com incorreção ou descortesia para com qualquer participante do processo de aplicação das provas; d. se comunique com outro participante, verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma; e. apresente dado(s) falso(s) na sua identificação pessoal. Instituição de ensino: Aluno: 19995902

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PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIASPROVA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

SIMULADO ENEM

A COR DA CAPA DO SEU CADERNO DE QUESTÕES É ROSA. MARQUE ‑A EM SEU CARTÃO‑RESPOSTA.

Selo FSC aqui

2016

1a Série

CADERNO 1

PROVA 1

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:

1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém questões numeradas de 1 a 46, dispostas da seguinte maneira:

a. as questões de número 1 a 22 são relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias;

b. as questões de número 23 a 46 são relativas à área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias.

2. Verifi que, no CARTÃO-RESPOSTA, se os dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, comunique-a imediatamente ao aplicador da sala.

3. Após a conferência, escreva e assine seu nome nos espaços próprios do CARTÃO-RESPOSTA com caneta esferográfi ca de tinta preta.

4. Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA. Ele não poderá ser substituído.

5. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções identifi cadas com as letras A , B , C , D e E . Apenas uma responde corretamente à questão.

6. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta, preenchendo todo o espaço compreendido no círculo com caneta esferográfi ca de tinta preta. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.

7. O tempo disponível para estas provas é de duas horas e trinta

minutos.

8. Reserve os 30 minutos fi nais para marcar seu CARTÃO-

-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas

no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na

avaliação.

9. Quando terminar as provas, entregue ao aplicador o CARTÃO-

-RESPOSTA.

10. Você somente poderá deixar o local de prova após decorrida

uma hora e quarenta minutos do início da sua aplicação.

11. Você será excluído do exame caso:

a. utilize, durante a realização da prova, máquinas e/ou

relógios de calcular, bem como rádios, gravadores, fones

de ouvido, telefones celulares ou fontes de consulta de

qualquer espécie;

b. se ausente da sala de provas levando consigo o

CADERNO DE QUESTÕES, antes do prazo estabelecido,

e/ou o CARTÃO-RESPOSTA;

c. aja com incorreção ou descortesia para com qualquer

participante do processo de aplicação das provas;

d. se comunique com outro participante, verbalmente, por

escrito ou por qualquer outra forma;

e. apresente dado(s) falso(s) na sua identifi cação pessoal.

Instituição de ensino:

Aluno:

1999

5902

CH ‑ 1a Série | Caderno 1 ‑ Rosa ‑ Página 2

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

Questões de 1 a 22

QUESTÃO 1

Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens

de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou

em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação,

à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade

brasileira, nos quais se incluem:

I ‑ as formas de expressão;

II ‑ os modos de criar, fazer e viver;

III ‑ as criações científicas, artísticas e tecnológicas;

IV ‑ as obras, objetos, documentos, edificações e demais

espaços destinados às manifestações artístico ‑culturais;

V ‑ os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, pai‑

sagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e

científico.

[…]

BRASIL. Presidência da República. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. Disponível em: <www.senado.gov.br/

atividade/const/con1988/CON1988_05.10.1988/art_216_.asp>. Acesso em: 27 jan. 2016.

Os bens que compõem o patrimônio cultural brasileiro estão no artigo 216 da Constituição de 1988. Esse artigo revela a

A legitimação dos bens de cultura material e imaterial perten‑centes aos grupos formadores da cultura brasileira como ele‑mentos de entendimento da história do Brasil.

B inexpressividade da cultura material para compreender a for‑mação da história da população brasileira.

C dificuldade de o governo brasileiro excluir da cultura brasileira os bens de ordem material e imaterial da Constituição de 1988.

D tentativa do governo brasileiro de homogeneizar a cultura ma‑terial e imaterial.

E tentativa da Constituição de 1988 de uniformizar a cultura ma‑terial e imaterial da história do Brasil.

QUESTÃO 2

[…] Mas parece ‑me que fiz como os glutões, que agarram

numa prova de cada um dos pratos, à medida que os servem,

antes de terem gozado suficientemente o primeiro; também

eu, antes de descobrir o que procurávamos primeiro – o que

é a justiça – largando esse assunto, precipitei ‑me para exa‑

minar, a esse propósito, se ela era um vício e ignorância, ou

sabedoria e virtude; depois, como surgisse novo argumento

– que é mais vantajosa a injustiça do que a justiça – não me

abstive de passar daquele assunto para este; de tal maneira

que daí resultou agora para mim que nada fiquei a saber com

esta discussão. Desde que não sei o que é a justiça, menos

ainda saberei se se dá o caso de ela ser uma virtude ou não,

e se quem a possui é ou não feliz.

PLATÃO. A República. 10. ed. Trad. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2007. p. 51.

A conclusão a que se chega com base na leitura do texto é a de que, para Platão, a filosofia é uma atividade que busca

A estimular o debate sem‑fim acerca de um tema.

B chegar à essência das coisas mesmas.

C proporcionar diversos conhecimentos sensíveis.

D terminar em discordância e aporia.

E tratar das opiniões sobre um mesmo assunto.

Questão 1Conteúdo: Patrimônio cultural do BrasilC1 | H5A Constituição brasileira de 1988 traz definições sobre o que se considera patrimônio cultural, levando em conta os vestígios materiais e culturais dos diversos grupos que compõem a cultura brasileira como elementos formadores da identidade nacional num sentido amplo.

Questão 2Conteúdo: Definições de FilosofiaC1 | H3Se a atividade filosófica estimulasse um debate infindável acerca de um tema qual‑quer, Sócrates não terminaria o diálogo confessando nada saber. Os debates platô‑nicos não buscam o conhecimento sensível proporcionado por meio da crença e da opinião, mas o conhecimento inteligível por meio da intuição intelectual e do raciocí‑nio dedutivo. Além disso, não é verdade que a atividade filosófica termine sempre em discordância e aporia, pois muitos diálogos platônicos chegam a conclusões e não são aporéticos. Por fim, é equivocado supor que a filosofia platônica trate apenas das opiniões sobre um mesmo assunto, pois seu objetivo é chegar ao mundo das ideias, ou seja, à essência das coisas mesmas sobre as quais se debruça, seja a justiça, a beleza ou o amor.

CH ‑ 1a Série | Caderno 1 ‑ Rosa ‑ Página 3

QUESTÃO 3

Em uma quarta ‑feira, por volta das 16h, o pai de santo

Sumbunanji de Kavungo fazia, em frente à sua casa, no Recife,

os rituais tradicionais do Candomblé. Oferecia a Exu, guardião

dos caminhos e das direções, água, farofa amarela e branca e

ovos. Ali começou uma série de agressões que culminaram em

ameaças de morte ao religioso. Segundo ele, duas mulheres

passaram pelo local e associaram o ritual ao demônio. Nos

dias seguintes, o terreiro foi bombardeado duas vezes, e um

cartaz com xingamentos foi colocado na porta.

Embora sejam praticadas por 0,3% da população, de acor‑

do com o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE), as religiões de origem africana são as que mais sofrem

discriminação. De acordo com os dados do Disque Direitos

Humanos, o Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos

da Presidência da República (SDH), de 2011 a 2014, do total

de 504 denúncias, 213 informaram a religião atacada. Em 35%

desses casos, trata ‑se de religiões de matriz africana.

TOKARNIA, Mariana. Negros e religiões africanas são os mais discriminados, mostra Disque 100 ‑ Agência Brasil. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/

direitos ‑humanos/noticia/2015 ‑07/negros ‑e ‑religioes ‑africanas ‑sao ‑os ‑que ‑mais ‑sofrem‑‑discriminacao>. Acesso em: 27 jan. 2016.

É assim que indivíduos perfeitamente inofensivos na maior

parte do tempo podem ser levados a atos de atrocidade quando

reunidos em multidão. Ora, o que dizemos dessas explosões

passageiras aplica ‑se identicamente aos movimentos de opi‑

nião, mais duráveis, que se produzem a todo instante a nosso

redor, seja em toda extensão da sociedade, seja em círculos

mais restritos, sobre assuntos religiosos, políticos, literários,

artísticos etc.

DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. Trad. Paulo Neves. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007. p. 5.

A denúncia da intolerância religiosa às religiões de matriz africana, analisada sob a perspectiva da sociologia de Émile Durkheim, revela a ocorrência do conceito de

A coesão social.

B anomia.

C divisão social do trabalho.

D fato social.

E tipo social.

QUESTÃO 4

Pintura rupestre na caverna de Lascaux, França.

As pinturas rupestres da caverna de Lascaux são vestígios deixados por povos que habitaram aquela região há cerca de 17 mil anos. Assim como as pinturas rupestres de outras re‑giões do globo, elas registram animais e cenas do cotidiano dos grupos que as produziram. Tais vestígios revelam

A a necessidade dos povos do Paleolítico de criar um registro dos animais com os quais conviviam na época.

B que as pinturas rupestres feitas na caverna de Lascaux datam do período conhecido como glaciação.

C que o grande número de pinturas rupestres produzidas no período Paleolítico pode estar relacionado à sedentarização dos grupos humanos.

D a passagem do sedentarismo para o nomadismo no período Neolítico.

E que os elementos representados nas pinturas da caverna de Lascaux podem ser considerados uma exceção entre os re‑gistros pré ‑históricos.

Questão 3Conteúdo: Análise funcionalistaC3 | H15A intolerância religiosa, na maior parte dos casos, não é praticada por grupos ex‑tremistas organizados, mas sim em ocasiões propícias ao desencadeamento de opiniões de ódio represadas e cultivadas, muitas vezes, de modo aparentemente inofensivo. Tais opiniões, impressas sob o mecanismo dos fatos sociais durkhei‑mianos, têm, em sua naturalização, o meio de fixação, e na ocasião da ação em grupo, sua oportunidade de ativação.

Questão 4Conteúdo: Processo de sedentarização dos seres humanosC1 | H3As pinturas rupestres dão indícios de como viviam e se organizavam os primeiros grupos humanos. O grande número de pinturas rupestres datadas do período Paleolí‑tico e o estudo de suas localizações apontam, segundo estudos históricos e arqueoló‑gicos, a transição de uma cultura nômade para outra sedentarizada. A análise dessas pinturas também pode nos dizer muito sobre o cotidiano dos homens pré ‑históricos.

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CH ‑ 1a Série | Caderno 1 ‑ Rosa ‑ Página 4

QUESTÃO 5

No mercado americano de tecnologia da informação em

que a eNext entrou, as companhias brasileiras competem com

prestadores de serviços terceirizados indianos e de países do

Leste Europeu – além das empresas locais.

Em geral, essas companhias estrangeiras são escolhidas

por oferecerem boa capacidade técnica a preço baixo. Mas o

momento econômico brasileiro muda a situação […].

OLIVEIRA, Filipe. Dólar alto faz prestador de serviço ganhar competitividade internacional. Folha online, São Paulo, 29 nov. 2015. Disponível em: <http://folha.com/no1712517>.

Acesso em: 27 jan. 2016.

O cenário de favorecimento de empresas brasileiras no comér‑cio internacional retratado na notícia se deve

A à recente alta do dólar americano no país.

B ao ajuste fiscal promovido pelo Governo Federal.

C aos investimentos em qualificação da mão de obra.

D ao grande desenvolvimento tecnológico do país.

E ao aumento de brasileiros estudando no exterior.

QUESTÃO 6

[…] “A Argentina se transformou no último vagão do trem

bolivariano. Ao desprender ‑se da locomotiva, o país encorajará

outros a fazer o mesmo”, diz o advogado Emilio Cárdenas,

que foi embaixador da Argentina na ONU durante o governo

de Carlos Menem.

WATKINS, Nathalia. Mudança leva bons ares à Argentina. Veja. São Paulo, 27 nov. 2015. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/mudanca ‑leva ‑

bons ‑ares ‑a ‑argentina>. Acesso em: 27 jan. 2016.

A declaração expressa na notícia sobre a Argentina faz menção

A à atuação do país no Conselho de Segurança da ONU.

B à sua saída de um bloco econômico sul ‑americano.

C ao resultado da recente eleição presidencial ocorrida no país.

D ao rompimento das relações democráticas com a Bolívia.

E à busca por parceiros econômicos no âmbito regional.

QUESTÃO 7

[...] o mais notável efeito da divisão do trabalho não é au‑

mentar o rendimento das funções divididas, mas torná ‑las so‑

lidárias. Seu papel, em todos esses casos, não é simplesmen‑

te embelezar ou melhorar sociedades existentes, mas tornar

possíveis sociedades que, sem elas, não existiriam. [...] Há

indivíduos ligados uns aos outros que, não fosse esse vínculo,

seriam independentes, em vez de se desenvolverem separa‑

damente, concertam seus esforços; são solidários, e de uma

solidariedade que não age apenas nos curtos instantes em

que os serviços se intercambiam, mas que se estende para

bem além disso.

DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social. Trad. Eduardo Brandão. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999. p. 27.

Nesse trecho da obra, Durkheim demonstra que a divisão do trabalho social revela um outro fenômeno sociológico, com‑preendido pelo conceito de

A tipo social.

B estigma social.

C divisão do trabalho social.

D função.

E solidariedade social.

Questão 5Conteúdo: Economia atualC3 | H14 Atualmente, vários são os fatores que influenciam a competitividade de uma empresa perante as demais concorrentes no mercado. A situação de estagnação econômica vi‑vida pelo Brasil deixou ‑o em uma situação desfavorável no cenário macroeconômico internacional, o que provocou uma grande desvalorização do real em relação ao dólar. Como consequência, há um favorecimento das exportações brasileiras, ou a contra‑tação de empresas nacionais para a prestação de serviços no exterior, uma vez que a desvalorização da moeda acaba barateando o custo desses produtos e serviços.

Questão 6Conteúdo: Eleições na ArgentinaC3 | H13A eleição presidencial argentina, em novembro de 2015, levou ao poder o candidato oposicionista Mauricio Macri, que venceu o candidato governista Daniel Scioli, apoia‑do pela então presidente Cristina Kirchner. O governo argentino era bastante ligado ao bolivarianismo, que tem como expoentes o falecido ex ‑presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e o presidente da Bolívia, Evo Morales, e como um de seus ideais o fortalecimento das alianças políticas regionais em detrimento de alianças com países centrais da economia capitalista, principalmente os Estados Unidos.

Questão 7Conteúdo: TrabalhoC4 | H16 Nesse trecho, Durkheim faz um deslizamento do conceito de divisão do trabalho so‑cial para o de solidariedade social, chave à compreensão da noção de coesão social e a função das instituições.

CH ‑ 1a Série | Caderno 1 ‑ Rosa ‑ Página 5

QUESTÃO 8

— Descobrimos portanto, ao que parece, que as múltiplas noções da multidão acerca da beleza e das restantes coisas como

que andam a rolar entre o Não ser e o Ser absoluto.

— Descobrimos.

— Mas assentamos previamente em que, se uma coisa destas nos aparecesse, teríamos de a considerar do domínio da

opinião, e não da ciência, pois, como objeto errante no espaço intermédio, é apreendida pela potência intermediária.

— Assentamos.

— Por conseguinte, dos que contemplam a multiplicidade de coisas belas, sem verem a beleza em si, nem serem capazes

de seguir outra pessoa que os conduza até junto dela, e sem verem a justiça, e tudo da mesma maneira – desses, diremos que

têm opiniões sobre tudo, mas não conhecem nada daquilo sobre que as emitem.

— Forçosamente.

— E agora os que contemplam as coisas em si, as que permanecem sempre idênticas? Porventura não é isso conhecimento,

e não opinião?

— Também isso é forçoso.

— Não diremos também que têm entusiasmo e gosto pelas coisas que são objeto de conhecimento, ao passo que aqueles

só o têm pelas que são do domínio da opinião? Ou não nos lembramos que dissemos que esses apreciam e contemplam vozes

e cores belas e coisas no gênero, mas não admitem que o belo em si seja uma realidade?

— Lembramo‑nos.

— Logo, não os ofenderemos de alguma maneira chamando‑lhes amigos da opinião em vez de amigos da sabedoria? Acaso

se irritarão fortemente conosco, se dissermos assim?

— Não, se acreditarem no que eu digo, porquanto não é lícito irritar‑se contra a verdade.

— Por conseguinte, devemos chamar amigos da sabedoria, e não amigos da opinião, aos que se dedicam ao Ser em si?

— Absolutamente.

PLATÃO. A República. 10. ed. Trad. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2007. p. 263 ‑264.

Ao diferenciar os amigos da sabedoria dos amigos da opinião, Platão aponta o interesse do filósofo em caminhar em direção

A aos resultados científicos, oriundos da experiência.

B à inimizade coletiva, causada por sua prepotência.

C à revelação divina, originária da crença religiosa.

D ao conhecimento seguro, intermediado pela razão.

E aos saberes cotidianos, transmitidos sem reflexão.

Questão 8Conteúdo: Teoria platônica do conhecimentoC1 | H5Se os amigos da sabedoria (em grego, philosophos: philo (amigo) + sophos (saber)) buscam o conhecimento do ser em si, estão interessados em conhecer a forma ou ideia das coisas, ou seja, aquilo que faz as coisas serem aquilo que são. Tal conhecimento difere daquele acerca da aparência das coisas, isto é, dos aspectos acidentais que variam de objeto para objeto, de experiência para experiência, constituindo ‑se, então, como conhecimento do que é imutável. Para Platão, tal conhecimento pode ser buscado com base no exercício racional, iniciado com a superação das meras impressões sensíveis (experiência) e da superficialidade do saber do senso comum, momento em que o filósofo se põe em direção à definição das coisas. Por fim, o filósofo não pretende se indispor com a coletividade, embora, naturalmente, isso possa ocorrer – não por causa de uma suposta prepotência de sua parte, e sim por querer investigar questões a fundo, não se contentando com a superficialidade das opiniões da maioria.

CH ‑ 1a Série | Caderno 1 ‑ Rosa ‑ Página 6

QUESTÃO 9

É sabido que, em Geografia, o termo “paisagem” possui sig‑nificado próprio, diferente daquele utilizado no senso comum, e auxilia os pesquisadores a analisarem as transformações do espaço geográfico ao longo do tempo. Observe duas imagens da Rua Líbero Badaró, no centro da cidade de São Paulo, em dois períodos distintos: início do século XX e 2015.

Com base na leitura das paisagens representadas nas foto‑grafias, na comparação entre elas e em seus conhecimentos históricos e geográficos da cidade de São Paulo, conclui ‑se que

A a urbanização, no século XX, promoveu a verticalização, prin‑cipalmente nas áreas centrais da cidade.

B apesar da fraca urbanização ocorrida no século XX nessa ci‑dade, houve um processo notável de verticalização nas áreas centrais.

C as construções antigas foram modernizadas ou substituídas, excluindo marcas antigas da paisagem.

D foram poucas as mudanças significativas em relação aos meios de transporte.

E os elementos naturais, predominantes na primeira imagem, foram substituídos por elementos culturais, predominantes na segunda imagem.

QUESTÃO 10

ASSOCIAÇÕES DE BAIRRO PODEM FAZER A DIFERENÇA

Tradicional forma de participação política ainda é o caminho

para benfeitorias nas comunidades. No entanto, falta de

verbas e burocracia ainda são problemas

Área de ocupação próxima ao Rio Iguaçu, no bairro do

Uberaba, em Curitiba, a Vila União faz parte de um conjunto

de nove vilas conhecido como Bolsão Audi/União. Antes uma

favela, a região passa por processo de urbanização e regulação

fundiária. O local possui uma administração virtual liderada pelo

autodenominado fiscal não remunerado Altair Góis, presidente

da associação de moradores local.

Góis usa os conhecimentos de mestre de obras para sugerir

e acompanhar as obras na vila. “A gente ajuda a lotear e vamos

pedindo infraestrutura. É tudo documentado por ofícios, como o

pedido por galerias pluviais. Às vezes, você depende do poder

público, que depende de verbas…”, explica.

É assim, no trabalho “de formiga” focado na sua região, que

algumas das tradicionais associações de bairro continuam fa‑

zendo a diferença nas comunidades, levantando demandas e

atuando junto ao poder público por benfeitorias. Hoje são mais de

1,4 mil na capital e Região Metropolitana. Em 1993 eram apenas

30, segundo números da Femoclan (Federação Comunitária das

Associações de Moradores de Curitiba e Região Metropolitana).

[…]

BONASSOLI, Leonardo e outros. Associações de bairro podem fazer a diferença. Gazeta do Povo, Curitiba, 22 jun. 2010. Disponível em: <www.gazetadopovo.com.

br/vida ‑publica/eleicoes/2010/associacoes ‑de ‑bairro ‑podem ‑fazer ‑a ‑diferenca‑‑1gisy1blrvbkmhsjr1zo72fri>. Acesso em: 14 dez. 2015.

Em uma sociedade, cada indivíduo participa direta ou indireta‑mente das transformações no espaço geográfico. Isso acontece porque nossas ações e relações se refletem no lugar onde vivemos. Nesse âmbito, o texto apresenta o contexto de uma comunidade que

A tem se organizado para melhorar o lugar onde vive e tem obtido resultados positivos, apesar dos entraves políticos e burocráticos.

B pouco se organizou para solicitar melhorias ao poder público, abandonado nessa tarefa complexa e de alto custo.

C atua num movimento de retrocesso, realizando parte da tarefa determinada ao poder público, ao invés de apenas cobrá ‑lo pelas benfeitorias.

D se utiliza de documentos não oficiais para solicitar a regulari‑zação da área e a implementação de infraestrutura básica.

E possui uma associação que atua em conjunto com milhares de outras em busca de melhorias para a região metropolitana de Curitiba.Questão 9

Conteúdos: Leitura e comparação entre paisagens; UrbanizaçãoC1 | H1O século XX, acompanhando as revoluções industriais e tecnológicas mundiais, pro‑moveu intensamente o fenômeno da urbanização em diversas cidades do mundo e em muitas capitais brasileiras. O rápido crescimento das cidades resultou na vertica‑lização das áreas centrais em direção às periferias. A paisagem, na Geografia, é carac‑terizada pela mistura de diferentes tempos históricos. No caso das fotografias, com o processo de urbanização observou ‑se uma política de incentivo ao uso de veículos automotores e à construção de ruas, avenidas e rodovias para atender essa demanda, o que justifica o crescimento observado na segunda imagem, além da construção de edifícios comerciais e residenciais mais altos.

Questão 10Conteúdos: Cidadania; Transformação do espaço geográficoC2 | H10A reportagem demonstra como a atuação conjunta dos moradores de um lugar sim‑ples e com recursos escassos pode contribuir para uma transformação positiva desse espaço, fenômeno crescente nos últimos anos, relacionado à consciência de atuação cidadã. Além disso, o texto também critica ações burocráticas demais e limitações do poder público que emperram benfeitorias locais.

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CH ‑ 1a Série | Caderno 1 ‑ Rosa ‑ Página 7

QUESTÃO 11

Povos indígenas da Amazônia e do cerrado carregam em

seu DNA as marcas de um parentesco insuspeito com aborí‑

gines da Austrália e nativos de Papua ‑Nova Guiné. O resul‑

tado, que aparece de forma independente em dois estudos

divulgados […], reforça a ideia de que o povoamento original

do continente americano foi muito mais complexo do que os

arqueólogos costumavam imaginar.

A questão é como explicar exatamente essa complexidade.

Enquanto uma das pesquisas diz que duas populações dife‑

rentes se misturaram logo no início da presença humana nas

Américas, outra defende uma única grande onda migratória

no começo, com a vinda posterior de grupos aparentados aos

povos da Oceania.

LOPES, Reinaldo José. História da ocupação humana das Américas fica cada vez mais confusa. Folha de S.Paulo, 21 jul. 2015. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/

ciencia/2015/07/1658455 ‑historia ‑da ‑ocupacao ‑humana ‑das ‑americas ‑fica ‑cada ‑vez ‑mais‑confusa.shtml>. Acesso em: 14 dez. 2015.

Os fósseis humanos mais antigos foram encontrados na África. Esse fato leva grande parte dos especialistas a afirmar que o ser humano teria surgido no continente africano e migrado de lá para outras regiões do planeta. De acordo com o texto acima, especialistas ainda não chegaram a um consenso a respeito da chegada dos seres humanos ao continente americano. Sobre esse assunto, podemos afirmar que

A o povoamento da América ocorreu apenas por meio da migra‑ção de grupos humanos oriundos da Ásia, que se deslocaram por terra.

B a chegada de grupos humanos à América se deu somente por meio de viagens marítimas pelo oceano Pacífico.

C as teorias da comunidade científica quanto ao povoamento da América são convergentes e apontam para a vinda do ser humano do continente africano para o americano.

D as teorias da comunidade científica quanto ao povoamento da América são conflitantes, faltando consenso sobre a origem e a forma de locomoção dos povos que chegaram à América.

E há consenso na comunidade científica quanto ao surgimento dos seres humanos na região da Patagônia.

QUESTÃO 12

A parte central da ilha de Marajó é formada por uma zona

sedimentar plana, poucos metros acima do nível do mar. Du‑

rante vários meses do ano, a região é coberta por um lençol de

água pouco profunda; no período mais seco, sobram lagoas

e uma densa rede de pequenos rios. No início da Era Cristã,

levantaram ‑se aterros artificiais nesse ambiente inundável para

permitir a permanência durante a época das cheias. No sécu‑

lo V multiplicam ‑se esses montículos, nos quais aparece uma

cerâmica de excepcional qualidade, denominada “marajoara”,

que perdura pelo menos até meados do século XIV. […]

PROUS, André. O Brasil antes dos brasileiros: a pré ‑história do nosso país. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2007. E ‑book. Disponível em: <https://leaarqueologia.files.wordpress.

com/2013/11/o ‑brasil ‑antes ‑dos ‑brasileiros ‑andre ‑prous.pdf>. Acesso em: 14 dez. 2015.

Urna funerária da cultura Marajoara de cerca de 3500 anos.

Os povos Marajoara produziam objetos de cerâmica com fun‑ção utilitária ou decorativa. Os vestígios deixados na região, conhecida atualmente como Ilha de Marajó (atual estado do Pará), nos permitem

A conhecer parte do cotidiano dos povos que viveram nas terras brasileiras.

B compreender a função decorativa da cultura material deixada pelos povos Marajoara.

C entrar em contato com os ritos da cultura Marajoara.

D decorar os museus com os vestígios materiais encontrados em terras brasileiras.

E perceber a importância dada aos ritos e aos cultos aos ante‑passados por meio da análise da cerâmica.

Questão 11Conteúdo: A ocupação humana no continente americanoC1 | H3 A comunidade científica ainda não chegou a um consenso a respeito do povoamento do continente americano. As teorias divergem tanto no que diz respeito à origem dos seres humanos que primeiro ocuparam o continente quanto aos meios utilizados por esses grupos para deslocar ‑se até a América.

Questão 12Conteúdo: A cultura Marajoara no atual território brasileiroC1 | H3 A cultura material deixada pelos povos Marajoara é muito rica. Os vestígios materiais encontrados na região da atual Ilha de Marajó ajudam ‑nos a compreender um pouco do cotidiano dos povos que ali viveram. A cerâmica Marajoara, especificamente, pode nos ajudar a compreender as técnicas e os meios utilizados por esses povos para se adaptar às cheias que ocorriam na região.

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bini

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QUESTÃO 13

Vista da fachada reconstruída do Zigurate de Ur, em Nassíria, Iraque.

Os zigurates são templos da antiga Mesopotâmia erguidos, em sua grande maioria, entre 2200 a.C. e 500 a.C. Essas constru‑ções, feitas pelos sumérios, babilônicos e acádios, entre outros povos que viveram na Mesopotâmia durante a Antiguidade, tinham como função abrigar os deuses aos quais prestavam cultos, o que justifica a localização privilegiada, a grandeza e a riqueza de detalhes dessas construções. Os templos religiosos da Mesopotâmia antiga revelam

A a dificuldade dos mesopotâmicos de construir edificações monumentais como o Zigurate de Ur.

B a aversão dos sumérios, babilônicos, acádios e outros povos da Mesopotâmia à religiosidade.

C a importância da religião nas sociedades mesopotâmicas, como a suméria, a babilônica e a acádia.

D a semelhança entre as edificações e os usos dados a elas pelos povos do Egito Antigo e da Mesopotâmia.

E as especificidades das cerimônias religiosas praticadas pelos povos do Egito Antigo.

QUESTÃO 14

A Cartografia é uma ciência que estuda e elabora represen‑tações do espaço geográfico, transmitindo diferentes tipos de informações, de acordo com a intenção de seu criador ou com a demanda de uma pesquisa.

Observe a imagem a seguir.

OCEANOATLÂNTICO

50°O

0ºEquador

Trópico de Capricórnio

pppppp

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p

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p p p p

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pp

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B

B

B

B

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A A

A

AA

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B

B

B

1024 10261004

1004

972

972

972

1008

0 1270

Fonte: Cartas sinóticas. Diretoria de Hidrografia e Navegação. Centro de Hidrografia da Marinha. Serviço Meteorológico Marinho. Disponível em: <www.mar.mil.br/dhn/chm/meteo/

prev/cartas/cartas.htm>. Acesso em: 14 dez. 2015.

A carta representada tem como elemento principal e funções,

A linhas isóbatas, que orientam embarcações sobre a profundi‑dade aquática e obstáculos naturais.

B linhas isoetas, que ajudam a determinar a direção dos ventos e a previsão do tempo.

C linhas isóbaras, que ajudam a determinar a direção dos ventos e a previsão do tempo.

D linhas isóbaras, que orientam embarcações sobre a profundi‑dade aquática e obstáculos naturais.

E linhas isotermas, que orientam embarcações sobre a profun‑didade aquática e obstáculos naturais.

Questão 13Conteúdo: Aspectos culturais dos povos sumérios, babilônicos e acádios na Anti‑guidadeC1 | H3 A construção dos zigurates revela a importância que os povos mesopotâmicos davam à religiosidade. Essas edificações diferem das pirâmides egípcias, pois não tinham o seu caráter mortuário e serviam como abrigo das divindades cuidadoras das cidades e regiões.

Questão 14Conteúdos: Cartografia; ClimatologiaC2 | H6Na Cartografia, as linhas são elementos de representação e são classificadas em: isó‑baras (pressão atmosférica) – ajudam a determinar a direção dos ventos e auxiliam os climatologistas a realizar previsões do tempo; isóbatas (profundidade aquática) – orientam pesquisadores oceanográficos, geólogos e navegadores; isoetas (pluviosi‑dade) – indicam os níveis de precipitação em determinadas áreas e contribuem para orientação, por exemplo, em planejamentos urbanos e implementação de infraestru‑turas; isotermas (temperatura) – permitem visualizar a temperatura em diferentes áreas em um mapa.

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Ren

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Bas

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QUESTÃO 15

Observe o mapa.

IMPÉRIO PERSA

Mar Mediterrâneo

Mar NegroMar

Cáspio

Marde

Aral

Rio Nilo

Mar Verm

elho

Persépolis

Susa

Ecbatana

EGITO

IMPÉRIOPERSA

ÁSIA

EUROPA

ÁFRICA

MarArábico

Rio Tigre

Rio Eufrates

0 420

km

Trópico de Câncer

45° L

40° N

MESOPOTÂMIA

Fonte: ALBUQUERQUE, J. M. Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: FAE, 1996.

Por volta do século VI a.C., a convivência entre medos e persas, na região atualmente conhecida como Oriente Médio, começou a apresentar algumas turbulências, tendo em vista o grande aumento dos impostos cobrados dos persas por parte dos medos. Esse fato motivou uma revolta liderada por Ciro II contra o rei medo, episódio considerado por historiadores como marcador do início do Império Persa no Oriente e representa também a junção dos povos medo e persa.

Com base no mapa e nessas informações, podemos afirmar que

A o Império Persa teve início na região da Mesopotâmia e, em seu processo de expansão, englobou uma grande extensão de terras e culturas, ocupando desde o Egito até o sudoeste da Ásia.

B a expansão do Império Persa englobou apenas regiões cujas culturas eram parecidas com a persa, o que favoreceu a unificação de costumes, religião e língua.

C além do aumento na cobrança de impostos, a necessidade de expansão das áreas férteis para cultivo foi um dos motivos que impulsionaram a expansão persa, tendo em vista a escassez de água na região da Mesopotâmia.

D apesar da expansão territorial promovida por Ciro, a junção de outras áreas à região da Mesopotâmia não representou um grande aumento em relação ao território medo anterior à expansão.

E apesar da grande expansão territorial promovida por Ciro, regiões que pertenciam a grandes impérios, como o egípcio e o fenício, não foram incorporadas ao Império Persa.

Questão 15Conteúdo: Império PersaC2 | H6O Império Persa se formou após a vitória de Ciro II em um conflito com os medos na região da Mesopotâmia. Entre as estratégias que contribuíram para esse processo, destaca ‑se o respeito à diversidade cultural dos povos dominados.

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QUESTÃO 16

Em 1675, o astrônomo dinamarquês Ole Römer (1644‑

1710), tentando determinar um valor para a velocidade da luz,

estudando os eclipses e as ocultações da lua Io de Júpiter

pelo próprio planeta, percebeu que existia um atraso entre

uma ocultação e outra. Para explicar esse fato, Römer admitiu

que os resultados obtidos somente seriam explicados caso se

admitisse que “[...] a distância entre ambos planetas (Terra e

Júpiter) não é constante...” [...].

As provas dos movimentos da Terra no ensino de Astronomia. Disponível em: <http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/ixenpec/atas/resumos/R1591 ‑1.pdf>.

Acesso em 15 dez. 2015.

De acordo com o texto, é notado algo como um tipo de movi‑mento dos planetas, ao julgar que suas distâncias não eram constantes. Nesse período, o autor sugere nova teoria, na qual

A a Terra apresentaria um movimento próprio, hoje conhecido como translação.

B Júpiter possuiria uma alteração aleatória no seu ciclo de trans‑lação, hoje conhecido como rotação irregular.

C a Terra possuiria um astro ainda não evidente, atualmente co‑nhecido como Lua.

D Júpiter se deslocaria em direção ao Sol, ao contrário da Terra, num movimento denominado convergente.

E Terra e Júpiter se aproximam, diferentemente do que se pen‑sava, num processo inverso ao big bang.

Questão 16Conteúdo: Movimentos da TerraC6 | H27Os pesquisadores da época de Ole Römer consideravam o planeta Terra como imóvel no espaço sideral. O autor sugere, então, algo inovador ao período histórico, relacio‑nado ao movimento da Terra em relação aos demais astros do sistema solar. Hoje esse movimento é conhecido como translação.

Questão 17Conteúdo: Relações sociais no espaço geográficoC4 | H17No Meio técnico ‑científico ‑informacional, o espaço geográfico se caracteriza por abrigar um conjunto de redes, sempre em processo de expansão. Essas redes são constituídas por teias de relações e interações socioeconômicas, políticas, culturais e financeiras, que contribuem para criar um novo espaço, o qual é permeado por inovações científicas e tecnológicas.

QUESTÃO 17

A ciência, a tecnologia e a informação estão na base de

todas as formas de utilização e funcionamento do espaço, da

mesma forma que participam da criação de novos processos

vitais e da produção de novas espécies (animais e vegetais).

É a cientificização e a tecnicização da paisagem. É, também, a

informatização, ou, antes, a informacionalização do espaço. A

informação tanto está presente nas coisas como é necessária

à ação realizada sobre essas coisas. Os espaços assim requa‑

lificados atendem sobretudo a interesses dos atores hegemô‑

nicos da economia e da sociedade, e assim são incorporados

plenamente às correntes de globalização.

SANTOS, Milton. Técnica, espaço, tempo: globalização e meio técnico ‑científico‑‑informacional. São Paulo: Edusp, 2008. p. 24.

Os meios com os quais as sociedades se relacionaram com o espaço geográfico mudam ao longo da história. No trecho acima, Milton Santos fala sobre a relação atual da sociedade com o espaço, que ele conceitua como

A Terceira Revolução Industrial.

B Revolução técnico ‑informacional das redes.

C Meio técnico.

D Meio técnico ‑científico ‑informacional.

E Meio natural.

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QUESTÃO 18

Faça a leitura do mapa a seguir.

Fonte: NY Times. Disponível em: <www.nytimes.com/interactive/2009/03/10/us/20090310 ‑immigration ‑explorer.html?exampleSessionId=1236783802046&exampleUserLabel=nytimes&_r=0>. Acesso em: 15 dez. 2015.

Os dados apresentados no mapa indicam que a ocupação imigrante no território estadunidense

A se concentra próxima às áreas de origem dos grupos deslocados.

B apresenta grande heterogeneidade nas porções sul e norte.

C apresenta homogeneidade nas porções central e leste.

D se concentra distante das áreas de origem dos grupos deslocados.

E apresenta semelhança entre as porções oriental e ocidental.

Questão 18Conteúdos: Território; Cartografi aC2 | H8O mapa indica a concentração de imigrantes próximos às áreas de origem. Os latino‑americanos, por exemplo, se concentram na porção sul do país, no limite com países latinos. Ocupação semelhante ocorre na porção norte com os canadenses e no Alasca com os asiáticos.

Ren

ato

Bas

sani

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QUESTÃO 19

Eis aí vinha a realidade do sonho de dez anos, uma criatura

tirada da coxa de Abraão, como diziam aqueles bons judeus,

que a gente queimou mais tarde, e agora empresta generosa‑

mente o seu dinheiro às companhias e às nações. Levam juro

por ele; mas os hebraísmos são dados de graça. Aquele é

desses. Santos, que só conhecia a parte do empréstimo, sentia

inconscientemente a do hebraísmo, e deleitava ‑se com ele.

ASSIS, Machado de. Esaú e Jacó. Disponível em: <http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/romance/marm09.pdf>. Acesso em: 29 jan. 2016.

No século VI a.C., o povo hebreu foi obrigado a exilar ‑se no Egito e grande parte dos livros que compõem a Bíblia dos hebreus foi composta nesse período. Nela relata ‑se a história desse povo ao mesmo tempo que registram‑se as crenças re‑ligiosas de origem hebraica. Essas informações revelam

A o modo como Machado de Assis retrata o preconceito sobre os judeus no Oriente Médio.

B a visão de Machado de Assis sobre o povo hebreu durante o período de exílio na Babilônia.

C o preconceito da sociedade brasileira do final do século XIX sobre os ritos de origem judaica.

D a redução dos ritos judaicos aos empréstimos a juros desde o período de exílio no Egito.

E que o povo judeu continua a migrar por diversos territórios e ainda sofre com várias formas de preconceito.

Questão 20Conteúdos: Região; Regiões brasileiras; População; EducaçãoC2 | H9A leitura da tabela indica que a região Sudeste ampliou significativamente o número de matrículas nos cursos de graduação, apesar de ter reduzido percentualmente entre os anos de 2001 e 2010. Nessa região, apesar de haver certa fuga populacional de‑vido às migrações de retorno e às transferências de empresas em busca de áreas de menor custo, a população ainda aumenta e recebe mais migrantes do que essa saída. O governo federal tem como meta reduzir as desigualdades sociais, visando ampliar o acesso a cursos superiores, fato que fica nítido ao analisar a evolução das matrículas em regiões de pouca expressão, como Norte, Nordeste e Centro‑Oeste.

Questão 19Conteúdo: Povo hebreuC1 | H2Os judeus remontam à tradição dos povos que habitavam a região de Canaã, onde estão localizados atualmente a Palestina e Israel. A sequência de diásporas do povo hebreu ao longo do tempo possibilitou o contato com culturas de diferentes locais do planeta. Contudo, a tradição judaica era transmitida de uma geração a outra e seu povo sofreu perseguições em diversas regiões. Machado de Assis evidencia como o preconceito atingia os judeus no final do século XIX no Brasil.

QUESTÃO 20

A tabela a seguir trata sobre a distribuição e a participação percentual de matrículas em cursos de graduação presenciais por região geográfica no Brasil, nos anos de 2001 e 2010.

Região

geográfica

2001 2010

Total % Total %

Brasil 3 030 754 100 5 449 120 100

Norte 141 892 4,7 352 358 6,5

Nordeste 460 315 15,2 1 052 161 19,3

Sudeste 1 566 610 51,7 2 656 231 48,7

Sul 601 588 19,8 893 130 16,4

Centro‑Oeste 260 349 8,6 495 240 9,1Fonte: Gestão Acadêmico Moderno (Cadsoft). Disponível em: <www.cadsoft.com.br/

blog/2011/11/21/censo ‑da ‑educacao ‑superior ‑2010>. Acesso em: 15 dez. 2015.

A comparação entre os dados da tabela indica que a região Sudeste

A aumentou percentualmente o número de matrículas em cursos presenciais entre os anos de 2001 e 2010, dado seu aumento populacional no período.

B reduziu o número absoluto de matrículas em cursos presenciais entre os anos de 2001 e 2010, visto que sua população migrou para outras regiões no período.

C aumentou o número percentual de matrículas em cursos pre‑senciais mais que a região Nordeste.

D reduziu percentualmente o número de matrículas em cursos presenciais, apesar de ter aumentado seus valores absolutos.

E reduziu o número absoluto de matrículas em cursos presenciais mais que a região Norte, pois esta recebeu forte incentivo educacional pelo governo federal no período.

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QUESTÃO 21

O rio oferece condições potenciais, que foram aproveitadas

pela força de trabalho dos camponeses egípcios – os felás –,

organizados por um poder central, no período faraônico. Tra‑

balho e organização foram, pois, os ingredientes principais da

civilização egípcia. [...] A cheia atingia de modo violento as

regiões mais ribeirinhas e parcamente as mais distantes. Era

necessário organizar a distribuição da água de forma mais

ampla, para se poderem evitar alagados ou pântanos em algu‑

mas áreas e terrenos secos em outras. A solução foi o trabalho

coletivo e solidário, intenso e organizado.

PINSKY, Jaime. As primeiras civilizações. São Paulo: Contexto, 2013. p. 88 ‑90.

A relação dos seres humanos com os movimentos do rio Nilo permitiu a formação da civilização egípcia. O trabalho nas vár‑zeas do rio permitia aos egípcios condições favoráveis para a formação de uma civilização complexa. Com base nessas informações podemos afirmar

A que o rio Nilo nasce no interior do continente africano, segue durante o período de cheia em direção à região norte do con‑tinente e deságua no mar Vermelho.

B que o rio Nilo dava as condições necessárias para os egípcios extraírem dele as substâncias básicas para a sobrevivência nas regiões desérticas do Sahel.

C que a interação dos grupos humanos organizados nas regiões semiáridas do atual território egípcio permitiu a sobrevivência humana ao longo de seu percurso.

D que o rio Nilo teve uso econômico exclusivo para a construção de barragens hidrelétricas de Assuã no século XX.

E que o rio Nilo nasce no interior do continente africano e corre na direção norte carregando consigo a destruição das áreas cultiváveis durante o período de cheias.

QUESTÃO 22

Leia, abaixo, parte da música escrita por Arlindo Cruz.

MEU LUGAR

O meu lugar

É caminho de Ogum e Iansã

Lá tem samba até de manhã

Uma ginga em cada andar

[...]

e quem se habilita pode até chegar,

tem jogo de ronda, caipira e bilhar,

buraco sueca pro tempo passar,

Em Madureira.

Arlindo Cruz, Meu lugar. In: CD MTV ao Vivo Arlindo Cruz, 2009.

A letra acima retrata aspectos do lugar onde o compositor vive, com destaque para elementos

A religiosos e culturais.

B econômicos e sociais.

C naturais e religiosos.

D econômicos e culturais.

E culturais e naturais.

Questão 21Conteúdo: A interação dos egípcios com o rio NiloC4 | H16O processo de interação dos seres humanos com o rio Nilo permitiu a formação de uma civilização complexa e hierarquizada. O trabalho desempenhado pelos egípcios no médio e baixo curso do rio Nilo permitiu manejar os recursos hídricos durante as alterações de seu fluxo ao longo do ano. Dessa maneira, a interação dos grupos humanos organizados permitiu a sobrevivência humana na região semiárida do con‑tinente africano.

Questão 22Conteúdo: LugarC1 | H5Na letra o autor evidencia elementos que compõem o lugar geográfico, relacionados à identidade e ao sentimento de pertencimento. Ogum e Iansã revelam aspectos re‑ligiosos e o samba e a ginga em cada andar revelam aspectos culturais, juntamente com as atividades de entretenimento.

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CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

Questões de 23 a 46

QUESTÃO 23

Leia o texto a seguir.

TRAGÉDIA EM MINAS GERAIS DEVE SECAR RIOS

E CRIAR “DESERTOS DE LAMA”

As toneladas de lama que vazaram no rompimento […] de

duas barragens da empresa Samarco em Mariana (MG) são

protagonistas do maior desastre ambiental provocado pela in‑

dústria da mineração brasileira […].

Sessenta bilhões de litros de rejeitos de mineração de ferro –

o equivalente a 24 mil piscinas olímpicas – foram despejados

ao longo de mais de 500 km na bacia do rio Doce, a quinta

maior do país.

Segundo ecólogos, geofísicos e gestores ambientais, pode

levar décadas, ou mesmo séculos, para que os prejuízos

ambientais sejam revertidos.

[…]

Tóxico ou atóxico?

[…]

Apesar de a composição não ser considerada tóxica para

humanos, a lama funciona como uma “esponja” e arrasta para

dentro do rio outros poluentes. Essa é uma das explicações

possíveis para os altos níveis de mercúrio encontrados em

amostras de água coletadas em Governador Valadares (MG).

“Elementos como mercúrio têm efeito cumulativo. Uma vez

ingeridos, vão passando de um ser vivo a outro na cadeia ali‑

mentar, concentrando‑se cada vez mais”, explica o biólogo

André Ruschi.

[…]

GERAQUE, Eduardo; MENA, Fernanda. Tragédia em Minas Gerais deve secar rios e criar “deserto de lama”. Folha Online, 15 nov. 2015. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/

cotidiano/2015/11/1706510‑tragedia‑em‑minas‑gerais‑deve‑secar‑ rios‑e‑criar‑deserto‑de‑lama.shtml>. Acesso em: 27 jan. 2016.

A fala do biólogo está relacionada com

A a morte da população ribeirinha pela escassez de água.

B a mortandade das algas por falta de luz, o que afetará a base da cadeia alimentar desse ecossistema.

C o período reprodutivo comprometido pela contaminação dos ovos de tartaruga‑de‑couro da região.

D a bioacumulação de poluentes provenientes da tragédia que podem afetar também os mamíferos marinhos do litoral do Espírito Santo.

E a destruição da mata ciliar pela lama tóxica e, consequente‑mente, a fauna que dela sobrevivia.

QUESTÃO 24

DESCOBERTA A ESTRELA MAIS VELHA DO UNIVERSO

O Hubble, o telescópio espacial da NASA, descobriu estrela

mais velha alguma vez vista. Tem, pelo menos, 13 200 milhões

de anos de idade, o que significa que nasceu “apenas” 600 mi‑

lhões de anos após o Big Bang.

[…]

DAVID, Elisa. Descoberta a estrela mais velha do Universo. Diário de Notícias, 14 jan. 2013. Disponível em: <www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=2993271>.

Acesso em: 27 jan. 2016.

Caso os astrônomos queiram fazer cálculos e pesquisas usando a idade dessa estrela em unidades do SI, a ordem de grandeza que eles devem utilizar é

A 109 s

B 1013 s

C 1017 s

D 1021 s

E 1025 s

QUESTÃO 25

Um manual com dados de um celular continha as seguintes especificações técnicas:

Comprimento C (cm) 14

Largura L (cm) 8

Espessura E (mm) 19

Peso P (g) 200

Volume C × L × E (cm3) 212,8

Quem elaborou esse manual cometeu um equívoco quando

A utilizou diferentes unidades de C, L e E, quando deveriam estar todas apresentando a mesma unidade.

B não apresentou as unidades de espessura e peso no Sistema Internacional de Unidades.

C trocou as especificações da espessura e da largura (E deveria ser 8 e L deveria ser 19).

D utilizou unidade de massa para a grandeza peso do celular.

E apresenta um valor incorreto para o volume, considerando as especificações de C, L e E.

Questão 23Conteúdo: Cadeia alimentarC3 | H10A fala do biólogo descreve o fenômeno de bioacumulação, no qual poluentes químicos, por não serem metabolizados, podem afetar – a longo prazo – a vida de consumidores de diferentes níveis tróficos da cadeia alimentar do ecossistema atingido. Haja vista que a lama tóxica ultrapassou o estuário do rio Doce e chegou ao litoral do Espírito Santo, ela poderá, portanto, afetar também os mamíferos marinhos dessa região.

Questão 24Conteúdo: Noções de ordem de grandezaC5 | H17Transformando 1 ano em segundos:1 ano = 365 dias = 365 ⋅ 24 ⋅ 60 ⋅ 60 segundos ; 3,15 ⋅ 107 sA idade da estrela é, então, dada por:3,15 ⋅ 107 ⋅ 13 200 ⋅ 106

s = 4,158 ⋅ 1017

Questão 25Conteúdo: Sistema Internacional de UnidadesC5 | H18As medidas podem ser expressas em unidades que não são do SI. O equívoco ocorre quando se mistura a grandeza peso com a grandeza massa. Essas são grandezas distintas.

CN ‑ 1a Série | Caderno 1 ‑ Rosa ‑ Página 15

QUESTÃO 26

É possível simular a chuva ácida em um experimento simples que consiste em queimar uma amostra sólida de enxofre em recipiente fechado contendo água. Parte da água contida no recipiente sofre evaporação e o gás liberado na queima do enxofre, o SO3, interage com a água formando ácido sulfúrico (H2SO4). A formação do ácido pode ser compro‑vada utilizando papel tornassol, que sofre alteração de sua cor em meio ácido.

fio de cobre

papel tornassol

águaágua

enxofre (S2)

cone de cobre

Os trechos destacados no texto representam, respectivamente, fenômenos

A físico, físico e físico.

B químico, químico e químico.

C químico, físico e químico.

D físico, físico e químico.

E químico, físico e físico.

QUESTÃO 27

Em 2001 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) iniciou, no Brasil, o processo de regulamentação de rotula‑gem dos alimentos. De acordo com o texto da Resolução‑RDC no 360, de 23 de dezembro de 2003:

[…] considerando que a informação que se declara na

rotulagem nutricional complementa as estratégias e políticas

de saúde dos países em benefício da saúde do consumidor;

considerando que é conveniente definir claramente a rotulagem

nutricional que deve ter os alimentos embalados que sejam

comercializados no Mercosul, com o objetivo de facilitar a livre

circulação dos mesmos, atuar em benefício do consumidor e

evitar obstáculos técnicos ao comércio. […]

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (Anvisa). Resolução RDC no 360, de 23 de dezembro de 2003. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/

connect/1c2998004bc50d62a671ffbc0f9d5b29/RDC_N_360_DE_23_DE_DEZEMBRO_DE_2003.pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em: 27 jan. 2016.

A finalidade da ação foi contribuir para um consumo adequado dos produtos industrializados.

Informação nutricional

Porção de 170 g (1 unidade)

Quantidade por porção %VD(*)

Valor energético 101 kcal = 424 kJ 5%

Carboidratos 15 g, dos quais: 5%

Açúcares*** 12 g **

Proteínas 3,9 g 5%

Gorduras totais 2,7 g 5%

Gorduras saturadas 1,5 g 7%

Gorduras trans não contém **

Fibra alimentar 0 g 0%

Sódio 76 mg 3%

Cálcio 188 mg 19%

Zinco 2,6 mg 37%

Vitamina A 113 µg RE 19%

Vitamina D 0,94 µg 19%

* % Valores diários de referência com base em uma dieta de 2 000 kcal ou 8 400 kJ. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas. ** VD não estabelecido. *** Este produto possui 43% de redução em açúcares quando comparado ao iogurte integral com cereal, polpas e suco de frutas.

Ao analisar a tabela nutricional acima, contida em um rótulo, com as informações exigidas após a regulamentação, pode‑se concluir que

A a quantidade de gorduras saturadas e trans, juntas, são su‑periores em gramas à quantidade de proteínas.

B o alimento tem um total de 10% dos valores diários de consumo em uma dieta‑base de 2 000 kcal.

C as vitaminas disponíveis no produto evitam cegueira noturna, raquitismo e osteoporose.

D a boa quantidade de fi bras disponíveis no produto atuam be‑nefi camente na fl ora intestinal, contribuindo para a absorção de nutrientes.

E o produto é rico em sais minerais, entre eles o que se apresenta em menor quantidade estimula a formação e restauração de ossos e dentes.

Questão 26Conteúdo: Fenômeno físico e fenômeno químicoC7 | H27Queima de enxofre é um fenômeno químico, pois ocorre transformação de substân-cias (reagentes) em outros (produtos):S(s) + O2(g) → SO2(g)Evaporação da água é um fenômeno físico, pois não há transformação da substância, ou seja, a água se mantém, passando apenas do estado líquido para o gasoso:H2O() → H2O(g)Formação de H2SO3 é fenômeno químico, pois também ocorre transformação de substâncias:SO3(g) + H2O(g) → H2SO4(aq)

Questão 27Conteúdo: Tecnologias da alimentaçãoC5 | H17A partir da leitura interpretativa do rótulo, a única alternativa que é viável é a que trata da importância das vitaminas. Essa alternativa é corroborada pela ação que a vita-mina A exerce nos pigmentos visuais na retina, bem como a manutenção de cálcio, mobilização de minerais nos ossos propiciados pela vitamina D. Juntas, elas evitam cegueira noturna, raquitismo e osteoporose.

CN ‑ 1a Série | Caderno 1 ‑ Rosa ‑ Página 16

QUESTÃO 28

O Parque Nacional Serra da Capivara é Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco desde 2002. Localizado no Piauí, tem o maior acervo do continente americano com riquezas culturais da Pré‑História. Dispõe de pinturas rupestres que são imbuídas de muitos significados, as quais só podem ser compreendidas dentro do contexto social em que foram feitas. Entre os temas encontrados nas representações gráficas estão rituais como a caça para fins de alimentação.

Pinturas rupestres na caverna no Parque Nacional da Serra da Capivara.

O filme Super size me foi pro‑duzido em 2004 por Morgan Spurlock. Com um enredo pe‑culiar sobre alimentação nos dias atuais, explora a influência da indústria de fast-food, docu‑mentando os efeitos na saúde física e psíquica após uma dieta de 30 dias pautada no consu‑mo exclusivo de artigos de uma grande cadeia de restaurantes.

A partir dos textos e das ima‑gens, podemos dizer que a rela‑ção entre os diferentes contextos decorre

A da busca por alimento pelo ser humano, que piorou em razão da oferta e do sedentarismo, gerando problemas de saúde.

B da alimentação do ser humano, que não se restringe aos as‑pectos biológicos, pois fatores sociais, ambientais, econômicos e culturais infl uenciam essa dieta.

C da domesticação de animais e estocagem de comida adqui‑ridos ao longo de muitos anos que adoeceram o ser humano.

D das monoculturas que o ser humano passou a cultivar, com plantios mecanizados e agrotóxicos, assumindo hábitos vegetarianos.

E do aumento na densidade populacional que impulsionou o transporte e a conservação dos alimentos.

QUESTÃO 29

Certo dia, a mãe de Júlia a presenteou com um espelho plano. Era lindo, com moldura provençal dourada e tinha altura superior à de Júlia. Curiosa, a menina começou a ana‑lisá‑lo e pensou: “Como será que funciona?”.

Inicialmente, ficando a um metro do espelho, ela observou que sua imagem permaneceu do seu tamanho e à mesma distância.

Intrigada, colocou o espelho a dois metros da posição inicial em que estava, como mostra a figura abaixo.

1 m

2 mantes depois

x

Depois, Júlia voltou para o lugar em que estava. Dessa forma, ao comparar as duas posições relacionadas à sua imagem, antes e depois, a garota pode afirmar que as suas imagens são

A separadas pelo dobro da distância de um espelho a outro, ou seja, uma distância de 4 metros.

B separadas pela mesma distância de um espelho a outro, ou seja, 2 metros.

C imagens distintas: a primeira é virtual, direita e do mesmo ta‑manho, enquanto a segunda é real, invertida e menor.

D imagens distintas: a primeira é virtual, direita e do mesmo tamanho, enquanto a segunda é virtual, direita e maior.

E separadas por uma distância de 4 metros, com a segunda imagem distinta da primeira.

Questão 28Conteúdo: A história da alimentação do ser humanoC8 | H28Tanto a maneira de obter alimentos quanto a dieta humana passaram por mudanças consideráveis desde a Pré-história, fato diretamente relacionado ao desenvolvimento de novas tecnologias. É possível analisar que, com a agricultura e a domesticação de animais, variações climáticas sazonais as quais afetavam a oferta de alimentos e promoviam o deslocamento das populações humanas deixaram de ser empecilho. A Revolução Industrial ocorrida entre os séculos XVIII e XIX contribuiu para as melhoras no transporte e na conservação dos alimentos, abrindo espaço para alimentos enlata-dos, congelados e, recentemente, para fast-food. O que se deve levar em consideração são as características adaptativas dos organismos aos seus limites de distribuição em diferentes ambientes e o modo de vida. Não é possível alegar que uma situação seja melhor ou pior, haja vista que, no contexto em que a caça garantia a sobrevivência, era desconhecida, por exemplo, qualquer assepsia do alimento, levando muitos indivíduos à morte. Atualmente, preza-se mais pela higiene; em contrapartida, em alguns locais do mundo, o consumo de alimentos de baixa qualidade nutricional (fast-food, por exemplo) é crescente. O que infl uencia – e por vezes determina – são, portanto, os fatores sociais, ambientais, econômicos e culturais da população em questão.

Questão 29Conteúdo: Espelhos planos e construção de imagensC5 | H17Como o espelho é plano, as imagens formadas, antes e depois, são virtuais, direitas e de mesmo tamanho.Para determinar a distância de uma imagem a outra, usa-se a equação:x = 2ddepois – 2dantes

Sendo d a distância da garota até o espelho:x = 2 · 3 – 2 · 1 ∴ 4 m

Caf

é

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4

Capa do DVD do documentário estadunidense Super size me, de 2004.

CN ‑ 1a Série | Caderno 1 ‑ Rosa ‑ Página 17

QUESTÃO 30

Ao longo da história, alguns modelos surgiram para explicar como são as diminutas partículas que compõem a matéria – os átomos. Esses modelos sofreram modificações/adaptações em função de novas descobertas e constatações. A seguir estão representados dois modelos atômicos.

Modelo atômico A Modelo atômico B

+

++

+

−−

− −

−−

Os modelos atômicos podem explicar alguns fenômenos físicos e químicos. A seguir têm‑se dois fenômenos que podem ser explicados, cada um, por um dos modelos atômicos represen‑tados acima.

1. Ao atritar um bastão de vidro com uma fl anela, o bastão passa a atrair pequenos pedaços de papel.

2. Na queima do etanol, considerando os átomos como indivisí‑veis e as transformações como apenas rearranjo de átomos, é possível prever as massas de gás carbônico e água formadas.

Assinale a alternativa que associa corretamente o nome dos modelos A e B com os fenômenos 1 e 2.

Modelo A / Fenômeno Modelo B / Fenômeno

A Dalton / 1 Thomson / 2

B Thomson / 1 Dalton / 2

C Dalton / 2 Thomson / 1

D Thomson / 2 Dalton / 1

E Dalton / 2 Thomson / 2

QUESTÃO 31

Pesquisadores do Ministério da Saúde investigam uma possível ligação entre o aumento no número de casos de recém‑nasci‑dos com microcefalia no Nordeste e a contaminação por zika vírus, transmitido pelo mosquito da dengue.

A microcefalia é uma malformação do crânio passível de gerar sequelas no indivíduo e pode se espalhar pelo país. De acordo com o Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis (Devit) do Ministério da Saúde, o vírus circula atualmente em 18 estados, mas não há dados de quantas pessoas já foram infectadas.

As relações ecológicas presentes nesse caso são

A amensalismo entre zika vírus e o ser humano; endoparasitismo entre vírus e mosquito Aedes.

B ectoparasitismo entre mosquito Aedes e ser humano; proto‑cooperação entre mosquito Aedes e zika vírus.

C parasitismo intracelular entre zika vírus e ser humano; ectopa‑rasitismo hematófago entre mosquito Aedes e ser humano.

D mutualismo entre zika vírus e mosquito Aedes; desarmônica interespecífi ca entre mosquito e ser humano.

E harmônica interespecífi ca entre mosquito e zika vírus; preda‑tismo entre ser humano e mosquito Aedes.

Questão 31Conteúdo: Relações ecológicasC4 | H13As relações encontradas no caso citado são de parasitismo causado pelo vírus, organis-mo acelular que necessita de um hospedeiro para suprir essa ausência, podendo ser o mosquito Aedes ou o ser humano; e ectoparasitismo causado pelo mosquito, que exerce atividade hematófaga para se nutrir.

Ilust

raçõ

es: C

afé

Questão 30Conteúdo: Modelos atômicosC5 | H17O modelo A é o de Dalton: átomo como uma esfera rígida, indivisível e imutável; cada tipo de átomo é relacionado a uma massa própria. Esse modelo está relacionado ao fenômeno 2 e por meio dele é possível explicar as leis proporcionais, pois, na transformação química (combustão), essas esferas estariam se recombinando para formar novos arranjos, mantendo suas massas características.O modelo B é o de Thomson: esfera positiva com partículas negativas (elétrons) incrustadas. Esse modelo é relacionado ao fenômeno 1, pois, ao atritar o bastão de vidro, ocorre a eletrização por causa da excitação dos elétrons.

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QUESTÃO 32

Gálio é um elemento químico de símbolo Ga e de número atômico 31. A substância simples desse elemento químico é metálica, tem temperatura de fusão 28,8 °C e pode ser utili‑zada na produção de espelhos e termômetros.

Considere que um técnico de laboratório segurou uma amos‑tra de gálio puro, mantido a 25 °C, com as mãos, por alguns minutos. Como a temperatura corpórea do técnico é 36 °C, pode‑se concluir que a amostra inicialmente se encontra no estado

A sólido, fundindo nas mãos do técnico e passando para o es‑tado líquido.

B líquido, vaporizando nas mãos do técnico e passando para o estado gasoso.

C sólido, vaporizando nas mãos do técnico e passando para o estado gasoso.

D líquido, solidifi cando nas mãos do técnico e passando para o estado sólido.

E sólido, sublimando nas mãos do técnico e passando para o estado líquido.

QUESTÃO 33

[…]

A câmara escura é o instrumento óptico mais simples que

existe, pois forma imagens somente selecionando os raios de

luz. Mas para se chegar à fotografia não bastava apenas o

princípio da câmara escura, também era preciso saber como

registrar as imagens.

[…]

Para se construir uma máquina fotográfica, utiliza ‑se basi‑

camente uma câmara escura de orifício para a formação de

imagens, e o registro das imagens é feito através do processo

fotoquímico, utilizando um filme ou um papel fotográfico […].

Figura 1. Câmara escura de orifício.

Figura 2. Imagem formada pela câmara escura.

Disp onível em: <www.sbfisica.org.br/fne/Vol8/Num2/v08n02a05.pdf>. Acesso em: 26 jan. 2016.

A câmara escura gera uma imagem invertida do objeto devido à (ao)

A princípio da irreversibilidade dos raios luminosos.

B princípio da independência dos raios luminosos.

C princípio da propagação retilínea dos raios luminosos.

D orifício se comportar como uma lente divergente.

E diferença de índices de refração dentro e fora da caixa.

Questão 32Conteúdo: Mudança de estado físicoC7 | H25Segundo o enunciado, a temperatura de fusão do gálio é 28,8 °C; assim, ao entrar em contato com as mãos do técnico, que estão a 36 °C, sua temperatura será aumentada e ele fundirá, passando para o estado líquido.

QUESTÃO 33Conteúdo: Formação de imagens C5 | H18Pelo fato de o orifício na câmara escura ser pequeno, poucos raios de luz que chegam à caixa, vindos do objeto (a vela, no caso), conseguem entrar. Um raio de luz emitido pela parte superior da chama da vela, ao passar pelo orifício, é projetado na parte inferior do anteparo e um raio de luz que sai da base da vela é projetado mais pró-ximo da parte superior, isso devido à propriedade de os raios de luz se propagarem em linha reta.

Caf

é

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QUESTÃO 36

Imagine uma situação hipotética em que todos os organis‑mos decompositores do planeta tenham se extinguido. Nesse cenário, pode‑se prever que

A a reposição dos elementos no solo seria afetada, reduzindo a disponibilidade para o desenvolvimento de novas vidas.

B os vegetais seriam os únicos sobreviventes por causa da ca‑pacidade de suas raízes assimilarem substâncias orgânicas.

C a quantidade total de elementos na natureza seria profunda‑mente reduzida, uma vez que novos átomos não seriam mais criados.

D a vida se restringiria aos organismos heterotróficos, tendo em vista a capacidade desses organismos de fixarem o carbono atmosférico em substâncias orgânicas.

E os elementos como oxigênio, hidrogênio e carbono presentes nos cadáveres seriam liberados para a atmosfera, alterando a sua constituição.

QUESTÃO 34

A capa de um dos álbuns mais famosos do mundo até hoje, The Dark Side of the Moon, oitavo álbum da banda britânica de rock progressivo Pink Floyd, foi alvo de muitos debates sobre seu verdadeiro significado. A capa, definitivamente, é inspirada pela ciência, pois nela temos um prisma newtoniano sendo atin‑gido por um feixe de luz, o qual é decomposto e se transforma em um arco‑íris – o que caracteriza o fenômeno da dispersão.

Sobre o fenômeno da dispersão da luz no prisma e a formação do arco‑íris:

A Ao atravessar o prisma, a cor de maior frequência sofre o menor desvio, ao passo que a cor de menor frequência sofre o maior desvio.

B A cor violeta sofre maior variação no comprimento de onda ao refratar‑se do ar para o prisma, portanto, tem um desvio menor que as demais.

C O índice de refração absoluto do prisma é maior para a luz amarela que para a luz azul.

D O desvio de cada cor é determinado pelo índice de refração que o vidro apresenta para cada frequência. O índice de re‑fração para a cor violeta é maior que o índice de refração para a cor vermelha.

E O desvio maior é observado para a cor violeta, pois sofre menor variação de velocidade de propagação ao refratar‑se do ar para o vidro.

QUESTÃO 35

[Solvente] é uma substância química ou uma mistura líquida

de substâncias químicas capazes de dissolver outro material

[…]. Geralmente o termo “solvente” se refere a um composto

de natureza orgânica. […]

A maioria das indústrias emprega solventes em algum de

seus processos de fabricação.

[…]

Disponível em: <http://www.higieneocupacional.com.br/download/solventes.doc>. Acesso em: 27 jan. 2016.

Assinale a alternativa que indica um processo de separação de misturas que pode utilizar solventes.

A Destilação fracionada.

B Filtração.

C Dissolução fracionada.

D Flotação.

E Decantação.

QUESTÃO 34Conteúdo: Reflexão e dispersão da luz C5 | H17O índice de refração é o que determina o desvio de cada cor. O índice de refração da cor violeta é de aproximadamente 1,532, enquanto o índice de refração da cor vermelha é por volta de 1,513. Portanto, violeta é a cor mais refringente e, por isso, sofre o maior desvio.

Questão 35Conteúdo: Separação de misturasC5 | H18Solventes são indicados na dissolução fracionada quando são capazes de dissolver apenas um dos sólidos, como, por exemplo, a separação sal e areia.

Questão 36Conteúdo: Características gerais dos seres vivosC4 | H16A decomposição é fundamental para a perpetuação da vida na Terra, uma vez que possibilita a ciclagem da matéria. A ausência desse processo reduziria a disponibili-dade de elementos necessários para o desenvolvimento de novas vidas.

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QUESTÃO 37

FOSFOETANOLAMINA: EM DEBATE NA CCT,

PESQUISADORES DEFENDEM MAIS TESES ANTES

DE LIBERAÇÃO

A polêmica sobre a liberação ou não do uso da fosfoetano‑

lamina – substância ainda sem testes clínicos, mas apontada

como revolucionária no tratamento do câncer – acabou che‑

gando a debate da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação,

Comunicação e Informática (CCT), nesta quinta‑feira (22), sobre

o desenvolvimento de tecnologia na área de saúde.

[…]

Entre os expositores convidados pela CCT, prevaleceu o

entendimento sobre o risco de se comercializar um medica‑

mento sem experimentos prévios que comprovem sua eficácia

e segurança.

— A princípio, acho irresponsável distribuir uma droga para

o câncer sem passar por uma fase pré‑clínica e clínica rigorosa.

Pular etapas é perigoso. Eu seria mais cauteloso com isso –

opinou o biólogo Alysson Muotri, pesquisador do Instituto Salk

para Estudos Biológicos, na Califórnia, com foco em autismo.

[…]

FRANCO, Simone. Fosfoetanolamina: em debate na CCT, pesquisadores defendem mais testes antes da liberação. Senado Notícias, 22 out. 2015. Disponível em: <http://

www12.senado.leg.br/noticias/materias/2015/10/22/fosfoetanolamina‑em‑debate‑na‑cct‑pesquisadores‑defendem‑mais‑testes‑antes‑de‑liberacao>. Acesso em: 29 jan. 2016.

A frase “pular etapas é perigoso” proferida pelo biólogo faz alusão

A ao estabelecimento de uma nova ciência, pautada nos conhe‑cimentos populares.

B ao processo de patente do medicamento, cuja efi cácia já é popularmente conhecida.

C ao tempo necessário para que a fosfoetanolamina produza efeitos biológicos nos doentes.

D à importância de se seguirem as etapas do método científi co para produção de um conhecimento seguro.

E à necessidade de se distribuir o medicamento rapidamente, cuja ação pode salvar várias vidas.

QUESTÃO 38

A densidade de um objeto pode ser obtida da seguinte maneira:

1. Determina‑se a massa do objeto através do uso de uma balança simples.

2. Utiliza‑se um volume conhecido de água (V1), como mostra a fi gura.

3. Mergulha‑se o objeto na água e anota‑se o novo volume (V2).

água água

V2

V1

águaágua

objeto

Ao mergulhar um objeto de prata pura de massa 26,25 gramas em um volume de 50 mL de água, notou‑se que o volume subiu para 52,5 mL. Considerando que 1 mL de água equivale a 1 cm3, conclui‑se que a densidade da prata é de aproximadamente

A 0,05 g/cm3

B 0,50 g/cm3

C 2,00 g/cm3

D 0,525 g/cm3

E 10,50 g/cm3

Questão 37Conteúdo: Método científi coC5 | H19A frase proferida pelo biólogo faz alusão à importância de se seguirem as etapas do método científi co antes da administração do remédio, principalmente a realização de testes clínicos em humanos.

Questão 38Conteúdo: DensidadeC5 | H18Considerando 1 mL = 1 cm3, tem-se:m = 26,25 gV = V2 – V1 = 52,5 – 50 = 2,5 mL, ou seja, 2,5 cm3

=

= =

dmV

d26,252,5

10,5 g/cm3

Ilust

raçõ

es: C

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QUESTÃO 39

Ao longo da história surgiram duas teorias que explanavam sobre a ordenação do Sistema Solar: o Geocentrismo e o Heliocentrismo. O interesse sobre a ordenação do Sistema Solar proporcionou muitos anos de observações, estudos e deba‑tes na transição dessas teorias. Entre as alternativas abaixo, assinale qual apresenta, respectivamente, o período histórico retratado, um pensador ou cientista da época e um enunciado a favor da visão heliocêntrica.

A Iluminismo; Isaac Newton: “matéria atrai matéria na razão di‑reta de suas massas e na razão inversa do quadrado de suas distâncias”.

B Renascimento; Johannes Kepler: “Os planetas descrevem órbitas elípticas, com o Sol em um dos focos”.

C Classicismo; Aristóteles: “Os planetas giram em órbitas circu‑lares, com o Sol no centro do sistema solar”.

D Idade Média; Santo Agostinho: “A Terra está no centro do uni‑verso, e os planetas e o Sol giram ao redor dela em epiciclos”.

E Positivismo; Augusto Comte: “O raio vetor que une o planeta ao Sol varre áreas iguais em intervalos de tempos iguais”.

QUESTÃO 39Conteúdo: Leis de KeplerC6 | H20O período retratado, no qual se mudou radicalmente a visão de mundo, passando do sistema geocêntrico para o heliocêntrico, corresponde ao Renascimento. Johannes Kepler, que pertence a esse período, utilizou conhecimentos e anotações de Tycho Brahe para formular suas leis. Uma das leis de Kepler afirma que os planetas des-crevem órbitas elípticas, com o Sol em um dos focos dessa elipse, e essa lei só é possível ser concebida admitindo-se que os planetas giram ao redor do Sol e não ao redor do planeta Terra.

QUESTÃO 40

Observe a tirinha abaixo.

Disponível em: <http://4.bp.blogspot.com/‑6ijN8FLYU04/UrGe1FHsSHI/AAAAAAAAAJk/uU8_z0PY_5Q/s1600/AS+C%C3%89LULAS+em+c%C3%A9rebro!!.jpg>.

Acesso em: 10 nov. 2015.

Sob a ótica dos níveis de organização dos seres vivos, a frase proferida pelo personagem “Cérebro” da tirinha pode ser en‑tendida pela:

A organização mais complexa de um órgão em relação a uma célula.

B complexidade das moléculas neuronais que formam o tecido nervoso.

C dependência dos sistemas biológicos por certas moléculas, como o neurônio.

D constituição simples do tecido cerebral, formado pela união de várias organelas.

E dificuldade de comunicação entre os neurônios, cujo conjunto forma o sistema nervoso.

Questão 40Conteúdo: Níveis de organizaçãoC5 | H17A tirinha tem como personagens uma célula, o neurônio, e um órgão, o cérebro. Nes-se contexto, a frase proferida pelo cérebro na tirinha pode ser entendida pela maior complexidade dessa estrutura em relação a uma célula, uma vez que o cérebro ocupa um nível na organização superior.

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QUESTÃO 41

ÁTOMO DE BOHR COMPLETA 100 ANOS

Destaque em Física, semana de 21 de novembro de 2013

Há exatamente um século, o físico dinamarquês Niels Bohr

iniciaria a integração da física atômica com a teoria quânti‑

ca, um caminho sem volta que levaria ao desvendamento dos

mistérios dos componentes mais elementares da matéria. […]

[…]

Bohr consagrou a clássica (embora equivocada) imagem

de elétrons orbitando o núcleo atômico como se o átomo fosse

um sistema solar em miniatura. Mas sua grande contribuição foi

incluir no modelo a noção de níveis de energia – emprestada

de Max Planck, o criador do conceito de quanta, a ideia de

que a energia só pode ser transmitida em pacotes discretos,

indivisíveis. O conceito do quantum ajudou a explicar diversos

fenômenos, como a descrição do espectro de corpo negro, que

assolava os físicos do fim do século 19. Mas ele só começou

a ganhar contornos reais a partir de trabalhos como o de Bohr

e o de Albert Einstein […].

Atribuindo o conceito de níveis de energia, Bohr conseguiu

criar uma versão do átomo de hidrogênio que possivelmente era

estável e satisfazia as observações espectrais. Até então, todas

as previsões teóricas sugeriam que ele não deveria existir por

mais do que uma fração de segundo – um fracasso que inco‑

modava muito os físicos. Foi, portanto, um avanço monumental.

[…]

n = 3

n = 2

n = 1

+ Ze ∆ E = hv

SOCIEDADE BRASILEIRA DE FÍSICA. Átomo de Bohr completa 100 anos. Disponível em: <www.sbfisica.org.br/v1/index.php?option=com_content&view=article&id=516:atomo‑de‑

bohr‑completa‑100‑anos&catid=151:destaque‑em‑fisica&Itemid=315>. Acesso em: 29 jan. 2016.

De acordo com o modelo de Bohr, na transição do elétron de n = 3 para n = 2 ocorre

A absorção de energia em forma de calor.

B liberação de energia em forma de calor.

C absorção de energia em forma de luz (fóton).

D liberação de energia em forma de luz (fóton).

E de maneira natural sem absorção ou liberação de energia.

QUESTÃO 42

Isaac Newton desenvolveu o telescópio refletor em 1680,

em resposta à aberração cromática (o halo arco‑íris na lente),

problema que assolou refratores durante seu tempo. Em vez

de utilizar uma lente para recolher luz, Newton usou um cur‑

vo espelho de metal para recolhê‑la e refletir a um foco. […]

Newton colocou o espelho primário na parte de trás do tubo.

Como o espelho reflete a luz de volta para dentro do tubo,

tiveram que usar um pequeno espelho […] chamado de espelho

secundário no caminho focal do espelho primário para desviar

a imagem para fora através da parede do tubo para a ocular,

caso contrário, ele iria ficar no caminho do feixe de luz. Além

disso, você pode pensar que o espelho secundário iria bloquear

parte da imagem, mas, como ele é muito pequeno quando com‑

parado com o espelho primário – que é quem reúne a grande

quantidade de luz – o espelho menor não bloqueia a imagem.

Em 1722, John Hadley desenvolveu um projeto que usou

espelhos parabólicos, e houve várias melhorias nos espelhos.

O refletor newtoniano era um projeto muito bem‑sucedido, e

continua a ser um dos projetos de telescópio mais populares

em uso atualmente.

[…]Disponível em: <http://cienciaetecnologias.com/como‑funciona‑

telescopio‑comprar‑telescopios/>. Acesso em: 29 jan. 2016.

A figura abaixo mostra o esquema de um telescópio refletor como descrito no texto:

ocular

AB

Levando em consideração a imagem acima, sobre os espelhos A e B empregados no telescópio e suas propriedades físicas pode‑se afirmar

A O espelho da posição A é côncavo e os raios incidentes re‑fl etem segundo o mesmo ângulo de incidência; o espelho da posição B é convexo e os raios de luz incidentes refl etem convergindo para seu foco.

B O espelho da posição A é côncavo, os raios de luz incidentes refl etem convergindo para seu foco, enquanto o espelho da posição B é plano e os raios incidentes refl etem segundo o mesmo ângulo de incidência.

C O espelho da posição A é convexo e os raios de luz inciden‑tes refl etem convergindo para seu foco, enquanto o espelho da posição B é côncavo e os raios de luz incidentes refl etem convergindo para seu foco.

D O espelho da posição A é plano e os raios incidentes refl etem segundo o mesmo ângulo de incidência, enquanto o espelho da posição B é convexo e os raios de luz incidentes em seu vértice refl etem passando pelo seu centro de curvatura.

E O espelho da posição A é convexo e os raios de luz incidentes em seu vértice refl etem passando pelo seu centro de curvatura, enquanto o espelho da posição B é plano e os raios incidentes refl etem segundo o mesmo ângulo de incidência.

Caf

é

Caf

é

CN ‑ 1a Série | Caderno 1 ‑ Rosa ‑ Página 23

QUESTÃO 43

A molécula de grafeno é formada por uma rede de anéis

de seis membros constituídos apenas por átomos de carbono,

semelhante a um favo de mel.

Com base no texto e na imagem acima, é possível concluir que o grafeno é

A isótopo do carbono, assim como o diamante e o grafite.

B isóbaro do carbono, assim como o diamante e o grafite.

C alótropo do carbono, assim como o ozônio e o oxigênio.

D alótropo do carbono, assim como o ozônio e o enxofre rômbico.

E alótropo do carbono, assim como o diamante e o grafite.

QUESTÃO 44

Identificar um ser vivo pode ser intuitivamente uma tarefa sim‑ples; todavia, a formulação de critérios globais que sejam válidos para esse objetivo nem sempre é fácil.

O cão e o urso de pelúcia representados acima compartilham várias características em comum. Contudo, pode‑se afirmar que o urso de pelúcia é um ser inanimado, enquanto o cão, um ser vivo. Entre outros fatores, isso pode ser justificado em razão da

A autotrofia do cão, processo comum a todos os seres vivos.

B organização celular com membrana individualizada no cão.

C presença de átomos de carbono no corpo do cão, elemento exclusivo aos seres vivos.

D capacidade do cão de se movimentar, uma vez que todos os seres vivos se movimentam.

E existência de substâncias inorgânicas no cão, o que não ocorre nos seres inanimados.

Questão 41Conteúdo: Modelo atômico de BohrC5 | H17Como o elétron, de acordo com a figura, parte de um nível de maior energia (n = 3) para um nível de menor energia (n = 2), isso ocorre somente com liberação de ener-gia, e essa energia é sempre em forma de fóton (luz).

Questão 42Conteúdo: Espelhos esféricosC5 | H18Como se pode observar na imagem, o espelho A converge os raios de luz em direção ao espelho B, tratando-se, portanto, de um espelho côncavo. Ainda considerando a imagem, percebe-se que os ângulos de incidência e de reflexão do espelho B são iguais.

Questão 43Conteúdo: AlotropiaC5 | H18De acordo com o texto e a figura, o grafeno é formado apenas por átomos de carbono; então, se trata de alótropo desse elemento, assim como os consagrados diamante e grafite.

Questão 44Conteúdo: Características gerais dos seres vivosC4 | H14A definição de vida exige a análise conjunta de uma série de fatores. Na situação mencio-nada na questão, podem-se distinguir o cão e o urso de pelúcia pela organização celular, exclusiva dos seres vivos. Além disso, o cão é capaz de reagir a estímulos externos, se reproduzir e se desenvolver, o que não ocorre com o urso de pelúcia.

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CN ‑ 1a Série | Caderno 1 ‑ Rosa ‑ Página 24

QUESTÃO 45

Em um dia particularmente quente de verão, uma pessoa re‑solve ir à piscina de um clube perto de sua casa.

A piscina tem profundidade igual a Hp. Antes de mergulhar, essa pessoa visualiza a piscina, avalia a profundidade e conclui que, aparentemente, ela é igual a Ha.

Levando em consideração as leis de refração, pode‑se concluir que

A Ha < Hp, pois o índice de refração da água é menor que o índice de refração do ar.

B Ha < Hp, pois o índice de refração da água é maior que o índice de refração do ar.

C Ha > Hp, pois o índice de refração da água é menor que o índice de refração do ar.

D Ha > Hp, pois o índice de refração da água é maior que o índice de refração do ar.

E Ha < Hp, pois o índice de refração da água é igual ao índice de refração do ar.

QUESTÃO 46

O crescimento constante na geração de resíduos sólidos em

todo o mundo tem estimulado estudos para os mais variados

tipos de resíduos. […]

Dentro desse universo de resíduos, estão os equipamen‑

tos eletroeletrônicos, o chamado lixo tecnológico, que tem, em

geral, uma vida útil não muito longa, pois novos modelos com

novas tecnologias surgem a cada dia.

Veit, H. M. Utilização de processos mecânicos e eletroquímicos para reciclagem de cobre e sucatas eletrônicas. REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 61(2): p. 159‑160. Abr. Jun. 2008.

Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/21038/000653579.pdf?sequence=1> Acesso em 26 jan. 2016.

Supondo que uma empresa de sucatas recebeu certa quan‑tidade de resíduo tecnológico, composta principalmente de plástico e ferro, uma maneira eficiente para separar o plástico do ferro seria por

A separação magnética.

B fusão fracionada.

C peneiração.

D dissolução fracionada.

E levigação.

Questão 45Conteúdo: Refração da luzC5 | H17Segundo as leis de refração da luz, o índice de refração da água (aprox. 1,33) é maior que o índice de refração do ar (aprox. 1).Sendo Ha a profundidade observada enquanto a pessoa está fora da água e Hp a real profundidade da piscina, pode-se usar a seguinte equação:

dHp ⋅ nágua = dHa ⋅ nar

Sendo: nágua . nar, temos:

dHp > dHa

QUESTÃO 46Conteúdo: Separação de misturas e reciclagemC3 | H8Como o ferro sofre atração por ímã (ou eletroímã) e o cobre não, a maneira mais eficiente para separá -los é pela separação magnética.