simulado 3 ano literatura brasileira

3
SIMULADO 3 ANO LITERATURA BRASILEIRA 1) No trecho inicial de "A Viagem do elefante", temos: “ Por muito incongruente que possa parecer a quem não ande atento da importância das alcovas, sejam elas sacramentadas, laicas ou irregulares, no bom funcionamento das administrações públicas...” Sabendo que o adjetivo incongruente quer dizer, incoerente, incompatível e conhecendo a narrativa é possível afirmar que tal incongruência é... (A) o fato de um elefante ter um nome bíblico associado a inteligência (B) O fato de uma decisão política ser tomada em um momento íntimo. (C) O fato de reis portugueses, ricos e poderosos, não terem um presente mais digno pára dar que um elefante asiático. (D) a viagem de Salomão, depois de tantos obstáculos e superações terminar, inutilmente, com a morte do protagonista (E) Um rei poderoso como o Arquiduque da Áustria querer livrar-se de um simples elefante 2) Após a morte de Salomão/Solimão, Subhro/Fritz... (A) Volta para Lisboa para servir, junto ao seu amigo capitão, no real exército lusitano (B)É demitido, já que seus serviços são inúteis, e sai de Viena ainda brigado com o arquiduque. (C)É aceito na corte austríaca e acaba assumindo um novo papel: o de intendente do Rei. (D) Volta a desafiar o "passo de Brenner" e dessa vez perde e acaba sua própria viagem com a morte (E) Recebe uma recompensa do Arquiduque e apesar da vontade de retornar a Lisboa, acaba sumindo da narrativa. Leia o texto a seguir para responder às questões numeradas de 3 e 4 Em entrevista à revista cultural brasileira BRAVO! (02/12/2008), José Saramago fala a respeito do livro A viagem do elefante: “Contei a história de uma caminhada no século XVI deste elefante asiático que foi oferecido pelo nosso rei D. João III ao arquiduque da Áustria Maximiliano II (seu primo, cuja mulher fazia anos) e que tem de andar milhares de quilômetros para chegar de Lisboa a Viena. Morreu um ano depois da chegada e, além de o terem esfolado, cortaram- lhe as patas dianteiras e com elas fizeram uns recipientes para pôr os guarda-chuvas, as bengalas, essas coisas”, referiu. 3). O trecho dessa entrevista, com as palavras de Saramago, do ponto de vista de seus elementos constitutivos, a) introduz um fato com o objetivo único de incentivar movimentos sociais em defesa dos excluídos. b) informa sobre uma ação, a finalidade que a motivou e o resultado dessa ação. c) apresenta argumentos contrários a maltratos contra animais. d) dirige crítica aos reis e imperadores das nações envolvidas na história do paquiderme.

Upload: shislaine-mary-carvalho

Post on 10-Nov-2015

58 views

Category:

Documents


8 download

DESCRIPTION

Simulado contendo questões enem e uepa gabaritadas

TRANSCRIPT

SIMULADO 3 ANO LITERATURA BRASILEIRA

1) No trecho inicial de "A Viagem do elefante", temos: Por muito incongruente que possa parecer a quem no ande atento da importncia das alcovas, sejam elas sacramentadas, laicas ou irregulares, no bom funcionamento das administraes pblicas...Sabendo que o adjetivo incongruente quer dizer, incoerente, incompatvel e conhecendo a narrativa possvel afirmar que tal incongruncia ...(A) o fato de um elefante ter um nome bblico associado a inteligncia(B) O fato de uma deciso poltica ser tomada em um momento ntimo.(C) O fato de reis portugueses, ricos e poderosos, no terem um presente mais digno pra dar que um elefante asitico.(D) a viagem de Salomo, depois de tantos obstculos e superaes terminar, inutilmente, com a morte do protagonista(E) Um rei poderoso como o Arquiduque da ustria querer livrar-se de um simples elefante2) Aps a morte de Salomo/Solimo, Subhro/Fritz...(A) Volta para Lisboa para servir, junto ao seu amigo capito, no real exrcito lusitano(B) demitido, j que seus servios so inteis, e sai de Viena ainda brigado com o arquiduque.(C) aceito na corte austraca e acaba assumindo um novo papel: o de intendente do Rei.(D) Volta a desafiar o "passo de Brenner" e dessa vez perde e acaba sua prpria viagem com a morte(E) Recebe uma recompensa do Arquiduque e apesar da vontade de retornar a Lisboa, acaba sumindo da narrativa.Leia o texto a seguir para responder s questes numeradas de 3 e 4 Em entrevista revista cultural brasileira BRAVO! (02/12/2008), Jos Saramago fala a respeito do livro A viagem do elefante:

Contei a histria de uma caminhada no sculo XVI deste elefante asitico que foi oferecido pelo nosso rei D. Joo III ao arquiduque da ustria Maximiliano II (seu primo, cuja mulher fazia anos) e que tem de andar milhares de quilmetros para chegar de Lisboa a Viena. Morreu um ano depois da chegada e, alm de o terem esfolado, cortaram-lhe as patas dianteiras e com elas fizeram uns recipientes para pr os guarda-chuvas, as bengalas, essas coisas, referiu.

3). O trecho dessa entrevista, com as palavras de Saramago, do ponto de vista de seus elementos constitutivos, a) introduz um fato com o objetivo nico de incentivar movimentos sociais em defesa dos excludos. b) informa sobre uma ao, a finalidade que a motivou e o resultado dessa ao. c) apresenta argumentos contrrios a maltratos contra animais. d) dirige crtica aos reis e imperadores das naes envolvidas na histria do paquiderme. 4) O ponto de partida para Jos Saramago criar o texto ficcional do livro A viagem do elefante foi um (a ) a) fato histrico. b) crise econmica europeia. c) catstrofe ambiental de origem asitica. d) milagre.

5) No conto Evoluo de uma miopia, de Clarice Lispector, percebesse que o garoto mope resultado do acabamento que os outros lhe do, em outras palavras, a viso do outro e o julgamento das outras pessoas que o veem de fora do contexto da sua conscincia vo moldando sua personalidade e definindo a viso volitivo-emocional na arquitetnica de sua vida. Com base nessa afirmao identifique nos trechos abaixo a alternativa que melhor evidencie a instabilidade da personagem.

A) Se era inteligente no sabia. Ser ou no inteligente dependia da instabilidade dos outros. s vezes o que ele dizia despertava de repente nos adultos um olhar satisfeito e astuto. Satisfeito, por guardarem em segredo o fato de acharem-no inteligente e no o mimarem; astuto, por participarem mais do que ele prprio daquilo que ele dissera. Assim, pois, quando era considerado inteligente, tinha ao mesmo tempo a inquieta sensao de inconscincia.B) Mais tarde, quando substituiu a instabilidade dos outros pela prpria, entrou por um estado de instabilidade consciente.

C) Que a sua prpria chave no estava com ele, a isso ainda menino habituou-se a saber, e dava piscadelas que, ao franzirem o nariz, deslocavam os culos. E que a chave no estava com ningum, isso ele foi aos poucos adivinhando sem nenhuma desiluso, sua tranqila miopia exigindo lentes cada vez mais fortes.D) Outra coisa que o preocupava de antemo era o que faria o dia inteiro na casa da prima, alm de comer e ser amado. Bem, sempre haveria a soluo de poder de vez em quando ir ao banheiro, o que faria o tempo passar mais depressa.

E) Aos poucos, durante a semana precedente, o crculo de possibilidades foi se alargando.

6) Texto IO espao era o final do sculo XIX e os valores pr- estabelecidos por este momento histrico de insegurana transformaram uma grande crise existencial na mais genuna poesia. Crenas em decadncia, almas dilaceradas deram vida a uma das estticas de maior requinte da histria literria, o Simbolismo. Camilo Pessanha o grande representante desta esttica em Portugal. Texto II

neste quadro histrico-cultural que se situa a figura de Camilo Pessanha, o nico verdadeiro simbolista da literatura portuguesa e, em absoluto, um dos maiores intrpretes do Simbolismo europeu. A completa simbiose entre a vida e a obra, a adeso instintiva s temticas decadentistas, a aproximao pessoal e sofrida poesia como instrumento de conhecimento de si mesmo e do mundo, fazem dele um representante exemplar do movimento simbolista. (SPAGGIARI. 1982)

Com base nos textos acima, analise os versos do poeta, e marque aquele que exemplifica a crise de valores e crenas anunciadas pelo sculo XX.

a) Imagens que passais pela retina Dos meus olhos, porque no vos fixais? Que passais como a gua cristalina Por uma fonte para nunca mais!

b) Quando a vejo, de tarde, na alameda, Arrastando com ar de antiga fada, Pela rama da murta despontada, A saia transparente de alva seda,

c) Tenho sonhos cruis; n'alma doente Sinto um vago receio prematuro. Vou a medo na aresta do futuro, Embebido em saudades do presente...

d) Enfim, levantou ferro. Com os lenos adeus, vai partir o navio. Longe das pedras ms do meu desterro, Ondas do azul oceano, submergi-o.

e) Segredo dessa alma e meu degredo E minha obsesso! Para beb-lo Fui teu lbio oscular, num pesadelo.