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Edgar Perin Moraes

Coordenação Geral

Eventos reunidos: SimPROFQUI2020

3a Feira de Produtos Educacionais (PROFQUI/UFRN)

1o Simpósio Virtual de Produtos Educacionais (PROFQUI/NACIONAL)

UFRN, NATAL, RN

15 - 17 de outubro, 2020

www.quimica.ufrn.br/quimica/site/profqui

SimPROFQUI 2020 Educação em Química na era da

informação

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Índice

Introdução

O Simpósio

Trabalhos

Página Conteúdo

1 1. MESTRADO PROFISSIONAL EM QUÍMICA

2 2. O EVENTO E SUA IMPORTÂNCIA

3 3. OBJETIVOS

3 4. PROGRAMA CIENTÍFICO

4 5. RESULTADOS ESPERADOS

4 6. CURSO PRÉ-SIMPÓSIO

5 7. COMISSÕES

7 8. CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DOS TRABALHOS

7 9. SESSÕES

8 10. CRONOGRAMA

9 11. NOVAS TECNOLOGIAS E COMUNICAÇÃO

15 12. QUÍMICA AMBIENTAL E ENERGIA

19 13. QUÍMICA DA VIDA

22 14. NOVOS MATERIAIS

27 15. FEIRA DE PRODUTOS EDUCACIONAIS

SimPROFQUI 2020 Educação em Química na era da

informação

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1. MESTRADO PROFISSIONAL EM QUÍMICA

Desde 2017, após Portaria do Ministério da Educação (MEC) Nº 389 e a Portaria da Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Nº 131, de 28 de junho de 2017, ficou instituído e

regulamentado no Brasil a criação de novos cursos de pós-graduação stricto sensu na modalidade

profissional, em nível de mestrado e de doutorado, devido à relevância social, científica e tecnológica dos

processos de formação profissional avançada.

Entretanto, no contexto de formação continuada de professores, há grandes desafios para o nível de

pós-graduação, pois a educação moderna exige do docente contemporâneo competências e habilidades

baseadas em didáticas e metodologias atuais que busquem atividades contextualizadas, tecnológicas e

proativas. Além disso, a escola enquanto produtora de conhecimento, vem sofrendo influência das novas

tecnologias, tendo que adaptar-se para sua inserção nesse novo contexto, fazendo com que a formação do

professor necessite de atualização pouco tempo após sua formação.

Umas das ferramentas para enfrentar alguns destes desafios é o PROFQUI – Mestrado Profissional

em Química em Rede Nacional, implementado em 2017, englobando atualmente 18 Instituições de

Ensino Superior (IES). O curso poderá contribuir para a formação dos profissionais da educação

contemporânea em química ao trabalhar habilidades tecnológicas e cognitivas.

Com a necessidade de promover a atualização e requalificação dos professores de química, em especial

os da rede pública que são a maioria do PROFQUI, o programa de pós-graduação está sob a

superveniência de natureza orçamentária e financeira do órgão de fomento, a CAPES.

A capacitação dos profissionais educadores em química, a mediação deste conhecimento para a

sociedade e a articulação integrada da formação profissional com entidades demandantes de naturezas

diversas, sem equívocos, desperta grande interesse no setor educacional, bem como pode contribuir para

agregar competitividade e aumentar a produtividade em empresas, organizações públicas e privadas.

SimPROFQUI 2020

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2. O EVENTO E SUA IMPORTÂNCIA

Os presentes eventos reunidos são a 3ª Feira de Produtos Educacionais PROFQUI/UFRN e o 1º

Simpósio Virtual de Produtos Educacionais PROFQUI/NACIONAL, este último substitui uma série de

reuniões científicas regionais do PROFQUI/UFRN. A série de simpósios regionais, sediados em Natal,

representa o encontro de pesquisadores do Mestrado Profissional em Química em Rede Nacional.

Continuando esta série estabelecida dos simpósios PROFQUI/UFRN, o 3º Simpósio de Produtos

Educacionais PROFQUI/UFRN 2019 foi idealizado pelo Instituto de Química da UFRN - Natal, RN (Brasil).

A Feira de Produtos Educacionais nasceu também recentemente, e tem reunido a apresentação de novos

recursos educacionais por mestres formados, e os resultados atingidos em sua implementação, permitindo

um intercâmbio de ideias entre professores das redes estaduais e privadas do Nordeste do Brasil, sendo

seu último encontro realizado em Natal, RN.

Considerando a importância que a química sustenta na comunidade nacional e mundial, é com imensa

satisfação que este ano celebraremos em Natal estes eventos reunidos com o tema “Educação em Química

na era da Informação”. Esperamos contribuir para a difusão de modernos recursos educacionais no cenário

social, científico e tecnológico do país, promovendo e encorajando o uso destas novas técnicas no

desenvolvimento do saber em química.

Em 2019, tivemos a oportunidade de organizar o SimPROFQUI em Natal e contamos com 115 inscrições,

a maioria da Região Nordeste. Com os eventos reunidos SimPROFQUI 2020, acreditamos ser uma ótima

oportunidade para o desenvolvimento de grupos estabelecidos no Nordeste, voltando os olhos do mundo

para essa região. Com isso, é possível contribuir para o crescimento do número de doutores e mestres

formados, criando novos núcleos de pesquisa, além de apresentar um novo formato para Congressos e

Simpósios, no formato virtual, capaz de ajudar a humanidade a superar os novos desafios em tempos de

crises sanitárias, ou seja, inserir novas formas para conter crises pandêmicas. Portanto, o benefício dos

simpósios na área de ensino de química é inquestionável. Todo o Simpósio será realizado de forma remota

devido à pandemia de COVID-19.

SimPROFQUI 2020

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3. OBJETIVOS

O principal objetivo do evento é a divulgação e discussão na sociedade dos temas relacionados ao ensino

de química e aos modernos recursos educacionais, com o intuito de despertar o interesse e a curiosidade

dos professores para esta área, que os façam notar sua relevância e assim, estimular talentos e

desenvolver recursos humanos, contribuindo para a formação e para a atuação na popularização da

química.

Não obstante, utilizar esta oportunidade para aproximar os maiores pesquisadores da área dos

professores das redes pública e privadas, para que estes tenham contato com esses novos conhecimentos

e assim possam se posicionar perante aos novos dilemas que a sociedade atual está enfrentando.

Finalmente, estimular a Universidade Federal do Rio Grande do Norte e demais IES associadas da rede

PROFQUI, seus alunos de graduação e pós-graduação, professores e funcionários a se integrarem a esse

grande esforço de divulgação do ensino de química, enquanto implementa novas ferramentas de interação

social como congressos virtuais.

4. PROGRAMA CIENTÍFICO

Com o tema “Educação em Química na era da Informação”, o programa científico abordará aspectos

profissionais fundamentais e práticos, avanços tecnológicos e aplicações de modernos produtos

educacionais em suas principais áreas: Novas tecnologias e comunicação, Química ambiental e energia,

Química da vida e Novos materiais.

Para o dia 15/10 estão programados um curso pré-simpósio com demonstração prática de novos

produtos educacionais, seguido da abertura do simpósio e uma conferência plenária. Nos dias seguintes,

16 e 17/10, haverá um total de 23 palestras convidadas com transmissão online, incluindo 4 sessões

científicas e 1 feira educacional. Segue em paralelo com a programação dos simpósios, uma exposição de

editoras, startups e empresas de produtos educacionais.

SimPROFQUI 2020

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5. RESULTADOS ESPERADOS

É inquestionável que o ensino de química é peça chave para o desenvolvimento social e econômico de

um país. Atualmente, a química entremeia questões relevantes para a vida de todos, é alicerce que trata

de questões chaves para a soberania de uma nação e a qualidade de vida de seus cidadãos. Seus

profissionais formados no nível técnico e no superior atuam na produção de etanol e biodiesel, na

fermentação de alimentos e bebidas, nos transgênicos, no genoma, no proteoma, no metaboloma, na

produção de alimentos funcionais, na biorremediação, no melhoramento genético animal e vegetal, na

terapia gênica, entre outros. Levar e propagar esse desenvolvimento científico e tecnológico é fundamental

para que o Brasil siga seu caminho na rota do desenvolvimento e dessa forma, deixarmos de ser um país

exportador de commodities para buscar a solução dos graves problemas sociais e das desigualdades que

afetam nosso país através de novas tecnologias.

Nesse contexto, popularizar o ensino de química e educar os cidadãos para que participem deste

processo se torna uma importante forma de integração e desenvolvimento científico e social, contribuindo

para a melhoria de qualidade da formação educacional, para a cidadania e para permitir novas abordagens

no campo científico.

Nosso grupo acredita que qualquer iniciativa visando à aproximação dos brasileiros com novas

tecnologias permitirá o acesso destes a informação e será de grande impacto no futuro de nosso país.

6. CURSO PRÉ-SIMPÓSIO

O curso de Animações no Ensino de Química irá descrever os fundamentos teóricos e suas várias

técnicas de uso, tradicional, stop motion, go motion e por computador. O curso terá ênfase nas Tecnologias

da Informação e Comunicação (TIC), utilizadas diariamente pela conhecida “geração digital” e muitas vezes

utilizadas nos ambientes escolares, capazes de proporcionar ao aluno maior clareza quanto à assimilação

de conteúdo, uma vez que a nova geração apresenta uma relação quase simbiótica com as tecnologias,

como uma extensão delas mesmas.

SimPROFQUI 2020

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7. COMISSÕES

COMISSÃO CIENTÍFICA

Waldmir Araujo Neto* (UFRJ)

Ricardo Silva Porto* (UFAL)

Gildo Girotto Júnior* (UNICAMP)

José Ribeiro Gregório* (UFRGS)

Marcia Teixeira Barroso* (UFRN)

Fernando José Volpi Eusébio de Oliveira* (UFRN)

Edgar Perin Moraes* (UFRN)

Ana Cristina Facundo de Brito Pontes (UFRN)

Daniel de Lima Pontes (UFRN)

Fabiano do Espírito Santo Gomes (UFRN)

Grazielle Tavares Malcher (UFRN)

Luciene da Silva Santos (UFRN)

Nedja Suely Fernandes (UFRN)

Ótom Anselmo de Oliveira (UFRN)

Patrícia Flávia da Silva Dias Moreira (UFRN)

Sibele Berenice Castellã Pergher (UFRN)

Melquesedeque da Silva Freire (UFRN)

Renata Luz Martins (UFF)

Alessandra Rodrigues Rufino (UFF)

Ana Brígida Soares (IFES)

Marcelo Franco (UESC)

Bruno Silva Leite (UFRPE)

Orliney Maciel Guimarães (UFPR)

Éder Lisandro de Moraes Flores (UTFPR)

Oldair Donizeti Leite (UTFPR)

Baraquízio Braga do Nascimento Júnior (UESB)

Sulene Alves de Araújo (UESB)

Efraim Lázaro Reis (UFV)

Márcia Andréia Mesquita Silva da Veiga (USP)

Marcelo Hawrylak Herbst (UFRRJ)

Ivo Leite Filho (UFMS)

Walmir Silva Garcez (UFMS)

Moisés Alves de Oliveira (UEL)

Marcelo Maia Cirino (UEL) *membros permanentes

SimPROFQUI 2020

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COMISSÃO ORGANIZADORA

Marcia Teixeira Barroso (UFRN)

Fernando José Volpi Eusébio de Oliveira (UFRN)

Edgar Perin Moraes (UFRN)

Ana Cristina Facundo de Brito Pontes (UFRN)

Daniel de Lima Pontes (UFRN)

Fabiano do Espírito Santo Gomes (UFRN)

Grazielle Tavares Malcher (UFRN)

Luciene da Silva Santos (UFRN)

Nedja Suely Fernandes (UFRN)

Ótom Anselmo de Oliveira (UFRN)

Patrícia Flávia da Silva Dias Moreira (UFRN)

Sibele Berenice Castellã Pergher (UFRN)

Melquesedeque da Silva Freire (UFRN)

SECRETARIADO

Adriano César Jerônimo da Costa (UFRN)

Etraud Cláudio Gomes Ferreira (UFRN)

Dinardo Alves da Silva (UFRN)

Francisca Reginária Gomes Lima (UFRN)

Hudson da Silva (UFRN)

Irivan Alves Rodrigues (UFRN)

Isaías Francisco dos Santos (UFRN)

Luiz Fernando Pereira (IFRN)

Marcelo Max Borges Calixto (UFRN)

+55-84-33342-2323 (Phone)

[email protected]

COORDENAÇÃO GERAL

Dr. Edgar Perin Moraes

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Natal, Brasil

+55-84-3342-2323 r. 107

[email protected]

SimPROFQUI 2020

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8. CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DOS TRABALHOS

A língua oficial do simpósio é a portuguesa. Os trabalhos recebidos pela comissão organizadora do

simpósio foram enviados ao presidente Dr. Edgar Moraes, que por sua vez enviou ao demais membros

da comissão científica do simpósio, quando julgado pertinente, para avaliação quanto ao conteúdo,

qualidade do trabalho, contribuição e inovação científica. É função da presidente fazer as correções de

estilo que julgar necessárias para a melhoria da clareza da redação do resumo.

9. SESSÕES

Para consolidar o sucesso obtido nos simpósios passados, o programa continuará a oferecer uma

variedade de temas que abrangem o ensino de química nas sessões, tais como:

• Novas tecnologias e comunicação

• Química ambiental e energia

• Química da vida

• Novos materiais

• Feira de Produtos Educacionais

SimPROFQUI 2020

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10. CRONOGRAMA

(atualizações no site www.quimica.ufrn.br/quimica/site/profqui)

Ago 05, 2020 até Ago 31, 2020: Inscrições para o SimPROFQUI 2020.

Set 15, 2020 até Set 30, 2020: Envio dos vídeos (de até 5 minutos) selecionados.

Out 15, 2020 14:00 - 21:00 - CCET-UFRN – Virtualmente (Via Zoom Meetings - zoom.us)

14:00 - 17:00 - Entrega de material virtual

14:00 - 17:00 - Minicurso Pré-Simpósio

17:00 - Abertura Oficial do SimPROFQUI 2020 - (Edgar Moraes, Jeanete Moreira, Eledir Sobrinho e

Márcia Barroso)

17:30 - Conferência com o Prof. Dr. Waldmir Nascimento Araújo Neto UFRJ - “A Insustentável Leveza do

Produto (educacional): ontologia e dinâmica situadas no paradigma multidimensional de avaliação”

Out 16, 2020 09:00 - 18:30 CCET-UFRN – Virtualmente (Via Zoom Meetings - zoom.us)

09:00 - 10:30 - Apresentação oral virtual (1-5) - Novas tecnologias e comunicação (Edgar Moraes - UFRN)

10:30 - Coffee break

11:00 - 12:30 - Apresentação oral virtual (6-8) - Química ambiental e energia (Michelle Rezende - UFRJ)

13:30 - 14:00 - Apresentação oral virtual (9-10) - Química da vida (Thiago Corrêa - UFTM)

14:00 - 15:30 - Apresentação oral virtual (11-14) - Novos materiais (Ivo Leite Filho - UFMS)

15:30 - Coffee break

16:00 - 17:30 - Oficinas Pedagógicas de aplicação dos produtos educacionais do PROFQUI/UFRN (15-

18) - Feira de Produtos Educacionais (Adriano e Fernando - PROFQUI/UFRN)

Out 17, 2020 09:00 - 12:00 CCET-UFRN Virtualmente (Via Zoom Meetings - zoom.us)

09:00 - 10:30 - Oficinas Pedagógicas de aplicação dos produtos educacionais do PROFQUI/UFRN (19-

23) - Feira de Produtos Educacionais (Adriano e Fernando - PROFQUI/UFRN)

11:00 - 12:00 - Mesa Redonda - “O futuro do PROFQUI” (Márcia Barroso e Fernando Volpi - UFRN; Nadja

dos Santos e Bárbara da Silva - UFRJ)

12:00 - Sessão de Encerramento SimPROFQUI 2020

SimPROFQUI 2020

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11. NOVAS TECNOLOGIAS E COMUNICAÇÃO

SimPROFQUI 2020

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A PRODUÇÃO E O USO DE UM APLICATIVO COMO RECURSO TECNOLÓGICO EDUCACIONAL NO ENSINO DE QUÍMICA

Edmar Marinho de Azevedo1(PG), Valéria Rodrigues dos Santos Malta1(PG) 1Universidade Federal de Alagoas

[email protected]

No atual cenário do ensino brasileiro, onde boa parte dos sujeitos alunos tem acesso a um grande acervo digital, os professores, através de sua prática docente, se sentem cada vez mais desafiados a atender as perspectivas desses sujeitos, inseridos na chamada geração tecnológica. Buscando aliar a prática docente ao uso de ferramentas como recursos tecnológicos educacionais, este trabalho objetiva contribuir no processo de ensino-aprendizagem de alunos de 1ºs anos do Ensino Médio de duas Escolas, uma da Rede Federal e uma da Rede Estadual do Município de Maceió, com a produção e o uso de um aplicativo de Química, denominado QUIMILOL. O percurso metodológico consistiu na delimitação do perfil do público participante, seguida da instrução do uso dos aplicativos Socrative e Plickers, utilizados na coleta de dados através dos questionários em sala. Na sequência, o aplicativo QUIMILOL, abordando o diagrama de Linus Pauling como recorte da atomística, mais especificamente sobre a distribuição eletrônica dos subníveis, em espécies químicas neutras e iônicas, foi testado e avaliado, tanto pelos discentes, quanto por docentes de química convidados. Em relação à avaliação do aplicativo QUIMILOL, utilizou-se os mesmos procedimentos da coleta de dados realizados com os aplicativos Socrative e Plickers. Após sua avaliação, foi possível constatar que 90% dos sujeitos da pesquisa consideraram o aplicativo QUIMILOL de fácil manuseio, o que colabora com a eficiência do recurso utilizado na construção do conhecimento acerca do conteúdo trabalhado, cumprindo, assim, tal propósito como recurso educacional produzido. Além de ser considerado de fácil manuseio, o aplicativo, potencializou o conhecimento acerca do conteúdo de distribuição eletrônica, bem como facilitou a distribuição eletrônica dos elementos químicos. Em relação ao uso do aplicativo, 90% dos participantes consideraram o aplicativo QUIMILOL um recurso educacional que proporcionou um maior estímulo para participação em sala de aula e 82% dos alunos afirmaram que usariam outro Objeto de Aprendizagem, por se tratar de um recurso tecnológico facilitador do processo de aprendizagem. Quando testado e avaliado por docentes de química do Instituto Federal de Alagoas – IFAL, o aplicativo teve uma boa aceitação e foi considerado eficiente como recurso educacional ao qual se propõe. Espera-se, dessa forma, que esse recurso educacional favoreça e potencialize o ensino de química, inspirando a divulgação de outras propostas educacionais, aliadas às tecnologias educacionais existentes.

Palavras-chave: Aplicativo. Recurso Tecnológico Educacional. Ensino de química.

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UMA PROPOSTA DE ROBÓTICA EDUCACIONAL APLICADA AO ENSINO DE TITULAÇÕES ÁCIDO-BASE

Iterlandes M. Junior*1(PQ), Efraim L. Reis1(PQ), César Reis1(PQ), Odilaine I.C. Damasceno1(PQ), Per C. Braathen1(PQ)

1Universidade Federal de Viçosa [email protected]

Este estudo teve como foco a construção de um titulador automático de baixo custo e fácil aquisição. Para tanto, foi

utilizada a plataforma Open Sourse Arduino com o objetivo de possibilitar o desenvolvimento de atividades de pesquisa no ensino de Química. A aquisição dos dados experimentais foi realizada via Bluetooth por meio da integração com o Smartphone e via cabo USB diretamente na planilha do Microsoft Excel. Os resultados foram comparados com a titulação potenciométrica clássica, não apresentando diferenças estatisticamente significativas com o teste aplicado com nível de confiança de 95%. O objetivo da proposta de ensino de pesquisa foi determinar experimentalmente o valor pKa do captopril, que é utilizado com anti-hipertensivo. Esta metodologia de aprendizagem ativa privilegia o trabalho em grupos colaborativos e a participação do aluno na construção do seu conhecimento. Novas pesquisas sobre as possibilidades de formação de professores por meio da aplicação desse instrumento e de outros projetos de química com o Arduino em cursos de qualificação profissional em nível de graduação e/ou pós-graduação precisam ser problematizadas. A descrição completa deste projeto está disponível em dissertação publicada na página oficial do PROFQUI UFV.

Palavras-chave: Educational Robotics, Automatic Titrator, Teaching of Chemistry.

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O EFEITO DAS ANIMAÇÕES COMO FERRAMENTA NO ENSINO REMOTO DE QUÍMICA

Sabrina K. Moraes1(IC), Claudia Balderas²(PQ), Luiz H. S. Gasparotto3(PQ), Edgar P. Moraes3(PQ)

1Centro de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte ²Instituto de Ciencia y Tecnología de Alimentos y Nutrición, Consejo Superior de Investigaciones

Científicas (CSIC) ³Instituto de Química, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

[email protected]

As animações têm demonstrado que podem facilitar a aprendizagem em comparação aos gráficos estáticos e às aulas unicamente expositivas. Em química, as animações contribuem para a compreensão da estrutura da matéria, da formação dos materiais e das reações químicas. Apesar da existência de muitos estudos envolvendo animações no ensino de química, poucos englobam uma revisão sistemática de sua aplicação e seus resultados qualitativos e quantitativos. Com o objetivo de atender essas necessidades, se realizou uma pesquisa didática sobre animações adotadas para o ensino de química em contexto remoto. Um total de 107 artigos foram catalogados e analisados, sendo classificados de acordo com a técnica utilizada, para qual nível de educação a ferramenta foi desenvolvida e para quais conteúdos podem ser úteis. Ao ordenar os recursos educacionais em animações por computadores e vídeos stop motion e go motion, os professores podem adaptá-los aos instrumentos e ambientes disponíveis em cada realidade social. Os resultados mostram uma forte tendência do uso de computadores e celulares para atrair o interesse dos alunos de química, construindo e vivenciando o aprendizado. Qualitativamente os estudos demonstraram que estas ferramentas, se bem empregadas, estimulam os estudantes a pensar e produzir. Isto é, incorporar as animações ao ensino de química foi muito produtivo, uma vez que os alunos construíram a aprendizagem de maneira mais atrativa e significativa. Os artigos que abordaram aspectos quantitativos descreveram taxas de êxito ou rendimento no teste posterior do grupo experimental que variam entre 51% e 100%. Este enfoque em animações reduz o tempo de oratória do professor e muda as perspectivas dos estudantes sobre a química. Referências bibliográficas:

Akaygun, S. (2016). Is the oxygen atom static or dynamic? The effect of generating animations on students’ mental models of

atomic structure. Chem. Educ. Res. Pract., 17, 788-807. https://doi.org/10.1039/c6rp00067c

Experimental and Computational Laboratory Experiment. J. Chem. Educ., 95(7), 1205-1210.

https://doi.org/10.1021/acs.jchemed.8b00135

Urban, S. et al. (2017). Contextualizing Learning Chemistry in First-Year Undergraduate Programs: Engaging Industry-Based

Videos with Real-Time Quizzing. J. Chem. Educ., 94, 873−878. https://pubs.acs.org/doi/abs/10.1021/acs.jchemed.7b00063

Palavras-chave: animações, TIC, ensino e aprendizagem em química.

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NOVA ESTRATÉGIA DE ENSINO UTILIZANDO O APLICATIVO ANDROID MO-CUBED NO ENSINO DE QUÍMICA

Marcus V. H. Faria1(PG)*, Carlos M. R. Sant’Anna1(PQ) 1Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

[email protected] O presente trabalho apresenta uma investigação a respeito do uso de ferramentas facilitadoras de ensino para o ensino

de Química para estudantes do Ensino Médio, em uma escola particular no município de Seropédica, RJ. O objetivo foi de usar os recursos de aplicativos de celulares voltados para o ensino da Química, que possam fornecer informações sobre reações Químicas e propriedades eletrônicas dos elementos químicos. Os resultados obtidos são animadores, uma vez que os alunos estão demonstrando maior interesse por aulas diferentes dos padrões tradicionais, expositivas, além de estarem melhorando seus rendimentos escolares nas avaliações educacionais rotineiras e suas perspectivas sobre a ciência de uma forma geral. Palavras-chave: Química Computacional.

SimPROFQUI 2020 - 4

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TERMOENSINO: UMA PROPOSTA PARA O ENSINO DE TERMOQUÍMICA Dinardo Alves da Silva1(PG), Fernando José Volpi Eusébio De Oliveira1(PQ)

1Instituto de Química, Universidade Federal do Rio Grande do Norte [email protected]

Por se tratar de uma ciência cuja maioria dos conhecimentos envolve conceitos de natureza microscópica e abstrata, a

Química apresenta constantemente dificuldades a serem superadas no seu ensino, e para o estudo de conceitos e fenômenos termoquímicos, não é diferente. Na presente proposta de ensino buscamos envolver os estudantes no desenvolvimento de seus conhecimentos para a temática Termoquímica, utilizando a experimentação e a produção audiovisual, como estratégias com importante impacto no processo de ensino-aprendizagem, melhorando a participação, a autonomia e pensamento crítico, seguindo fundamentações no trabalho de Barros1, Quadros2 e na corrente socioconstrutivista.

Os sujeitos participantes dessa pesquisa são estudantes de uma turma de 2ª série do ensino médio técnico da Escola de Educação Profissional Prof. Walquer Cavalquante Maia, localizada no município de Russas-CE. A aplicação ocorreu com aulas expositivas dialogadas, execuções de experimentos junto à produção audiovisual feita pelos estudantes, onde cada experimento foi destinado à observação quanto ao envolvimento de energia na evaporação, dissolução endotérmica e exotérmica, toque a objetos e a troca de ambientes com temperaturas diferentes. Houve revisão dos vídeos editados e assim serem exibidos em outro momento, seguindo discussão, formulação de resposta e compartilhamento dessas entre equipes. O fechamento da aplicação se deu com uma avaliação pedagógica sobre o conteúdo estudado e um questionário para avaliar a proposta.

Anotações, questionários, avaliação pedagógica e da proposta de ensino, constituíram os instrumentos para a coleta de dados, que evidenciaram uma estratégia promissora. Verificou-se durante a aplicação uma evolução no empenho e participação mais ativa dos estudantes. O estimulo constante propiciou autonomia e essa favoreceu aos participantes alterações nos procedimentos para uma melhor execução dos experimentos e produção audiovisual, possibilitando também cooperação entres os que apresentavam maior e menor dificuldade nas atividades propostas. Seus conhecimentos prévios analisados no primeiro questionário, apresentaram na grande maioria, uma relação confusa entre os níveis de conhecimento fenomenológico e teórico. As respostas após exibição dos vídeos mostraram avanço no aspecto macroscópico, quando os alunos passaram fazer melhores interpretações dos fenômenos estudados, observamos progressão no aspecto representacional, quando a grande maioria fez correta identificação e compreensão das equações termoquímica e de diagramas de entalpia na avaliação pedagógica. 76% dos estudantes concordaram fortemente e 24% apenas concordaram sobre a proposta adotada para o ensino de Termoquímica ser clara e compreensível.

Como forma de divulgar e compartilhar para professores de Química, a sequência de atividades proposta, está sendo desenvolvido um aplicativo como produto educacional para sistema Android, na plataforma online MIT App Inventor, que permite a criação de aplicativos de forma gratuita. Com o nome de “Termoensino”, ele apresenta em sua tela inicial, reflexões sobre fenômenos de vivência cotidiana dos alunos, como por exemplo, Porque sentimos frio ao sairmos molhados num local ventilado? Sua utilização poderá seguir os passos de toda a proposta ou apenas as que forem adaptáveis a sua realidade de cada escola. AGRADECIMENTOS À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) - código de financiamento 001 - pelo apoio financeiro, ao Programa de Mestrado Profissional em Química em Rede Nacional (PROFQUI). 1BARROS, H. L. DE C. Processos Endotérmicos e Exotérmicos: Uma visão atômico-molecular. Química Nova na Escola, v. 31, n. 4, p. 241–245, 2009. 2QUADROS, A. L. DE et al. A Construção de Significados em Química: A Interpretação de Experimentos por Meio do Uso de Discurso Dialógico. Química Nova na Escola, v. 37, n. 3, p. 204–213, 2015. Palavras-chave: produto educacional, aplicativo, termoquímica.

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12. QUÍMICA AMBIENTAL E ENERGIA

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LEVANTAMENTO E PROPOSTAS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS GERADOS NAS AULAS PRÁTICAS DE QUÍMICA INORGÂNICA

Aline P. Gouveia1(AT), Cristiane I. Cerceau1(PQ)

1Departamento de Química, Universidade Federal de Viçosa [email protected]

A realização de experimentos associados à teoria facilita os processos de assimilação e de retenção do conhecimento

por parte dos alunos.1 No entanto, uma grande variedade de reagentes são manipulados nas atividades de pesquisa e de ensino realizadas nas universidades. Muitas vezes os reagentes utilizados são perigosos e, além disso, os produtos e resíduos gerados constituem um problema ambiental e devem ser tratados ou descartados de forma adequada.2 No Brasil a classificação de resíduos sólidos em perigosos ou não perigosos e as condições e padrões de lançamentos de efluentes em corpos receptores são definidas pelas normas ABNT NBR 10004 e CONAMA 357,3,4 respectivamente. Neste trabalho, foi realizado um levantamento seguido por propostas de gerenciamento dos resíduos químicos gerados nas práticas de Química Inorgânica do departamento de Química da Universidade Federal de Viçosa. As principais ações envolvem segregação, recuperação, neutralização com soluções ácidas e básicas, diluição, rotulação e armazenamento dos resíduos para posterior tratamento ou disposição adequada. O gerenciamento dos resíduos gerados nas aulas propicia aos alunos conceitos sólidos de prevenção à poluição, produção mais limpa, redução, reutilização e reciclagem, além de práticas de segregação e pré-tratamento.2

Referências: 1. B.G.A.L. Borges, C.N. Silva, L.K.S. Guedes, J.C. Afonso. Quim. Nova, 34, 720-729, 2011. 2. A.E. Gerbase, J.R.Gregório, T. Calvete. Quim. Nova, 29, 397-403, 2006. 3. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10004: Resíduos sólidos – Classificação. Rio de Janeiro, 2004. 4. BRASIL, Resolução CONAMA n°. 357, de 25 de março de 2005. Disponível em

http://www2.mma.gov.br/port/conama/processos/61AA3835/LivroConama.pdf Acessado em: 12 ago 2020.

Palavras-chave: Gerenciamento de resíduos, química inorgânica, laboratório de ensino.

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA NO ENSINO DE TERMOQUÍMICA: EXPERIMENTOS INVESTIGATIVOS DESENVOLVIDOS EM GRUPO

Francisca Reginaria Gomes Lima1*(PG), Ana Cristina Facundo de Brito Pontes1(PQ) 1Instituto de Química, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

[email protected]

A experimentação investigativa tem sido considerada por diversos pesquisadores como uma alternativa para melhorar a aprendizagem e intensificar o papel do aluno nas atividades, possibilitando assim uma maior participação do aluno em todos os processos de investigação, ou seja, desde a interpretação do problema a uma possível solução para ele. Nessa abordagem, os alunos têm a oportunidade de discutir, questionar suas hipóteses e ideias iniciais à luz do quadro teórico, coletar e analisar dados para encontrar possíveis soluções a situação-problema apresentado. Neste sentido a presente pesquisa buscou desenvolver uma sequência didática, acompanhada de orientações e roteiros experimentais investigativos fazendo uso do conteúdo de termoquímica, com aplicação das atividades referentes aos fenômenos. O estudo desenvolvido como pesquisa qualitativa foi aplicada com alunos do 2º ano do ensino médio da E.E.M. Gonzaga da Fonseca Mota, localizada na cidade de Quixadá, Ceará. A coleta de dados foi realizada a partir da análise de dois questionários likert e por meio dos roteiros experimentais investigativos desenvolvidos pelos educandos. Comparando os dois questionários referente aos conhecimentos termoquímicos no qual o primeiro foi aplicado após as aulas teóricas e o segundo após aula teórica e prática, observamos uma evolução considerável nas assertivas. Observou-se também maior facilidade da maioria dos alunos para correlacionar os conteúdos teóricos às atividades experimentais, bem como algumas correlações aos episódios do dia a dia. Os resultados mostraram também que alguns alunos, mesmo após a realização das atividades apresentaram dificuldades em exporem seus conceitos nos roteiros experimentais investigativos, isto está relacionadas à demanda cognitiva exigida em sua transcrição que necessita um elevado nível cognitivo, ainda mais abstrato quando se trata de conteúdos de termoquímica. Palavras-chave: experimentação investigativa, ensino de termoquímica, competências e habilidades.

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CONTRIBUIÇÃO DA EXPERIMENTAÇÃO PARA O APRENDIZADO DE ELETROQUÍMICA NO ENSINO MÉDIO

Evelyn Leal de Carvalho*1(IC), Leticia da Costa Ferreira1(IC), Lucas Domingues de Almeida1(IC), Ygor Ramos Vaz1(IC), Ana Paula Sodré da Silva Estevão1(PQ)

1Instituto Federal do Rio de Janeiro [email protected]

Segundo a nova Base nacional comum curricular (BNCC), espera-se que os estudantes possam se apropriar de procedimentos e práticas das Ciências da Natureza como o aguçamento da curiosidade sobre o mundo, a construção e avaliação de hipóteses, a investigação de situações -problema, a experimentação com coleta e análise de dados mais aprimorados, como também se tornar mais autônomos no uso da linguagem científica e na comunicação desse conhecimento (BRASIL, 2018). A experimentação, utilizada como metodologia de ensino não demonstrativa, pode permitir com que os alunos possam desenvolver essas competências promovendo uma aprendizagem mais enriquecedora. A eletroquímica é uma área de grande importância dentro da química atualmente, que pode ser empregada em diversos setores industriais e sociais. Além disso, o estudo dessa área permite explicar diversos fenômenos que ocorrem no dia-a-dia. Apesar disso, os alunos apontam grandes dificuldades em compreender os conteúdos vinculados ao tema, pois muitas vezes são muito abstratos fazendo com que os alunos fiquem desinteressados na aula (FRAGAL, V. H. et al. 2011). A experimentação com a temática eletroquímica permite trabalhar vários conceitos em sala de aula e produzir ricas discussões com os alunos, e todos os seus conteúdos podem ser trabalhados com experimentos fáceis de fazer e com materiais de baixo custo facilitando a compreensão dos alunos sobre os fenômenos que ocorrem em seu cotidiano e despertando o seu interesse e sua atenção para a química. Para a realização da atividade, os licenciandos-residentes prepararam seis experimentos distintos com a temática de Eletroquímica. Os experimentos escolhidos foram: Eletrólise de solução de Cloreto de Sódio com indicador fenolftaleína para verificar a formação de Hidróxido de Sódio; Eletrólise de uma solução de água-cloreto de sódio-corante utilizando eletrodos de Ferro, para demonstração do processo de eletrofloculação, deixando a solução límpida; Bateria utilizando limões, parafusos galvanizados e fios de cobre para acender uma lâmpada de LED; Bateria utilizando uma forma de gelo com solução de Cloreto de Sódio, fios de cobre e parafusos galvanizados; Reação de Oxirredução entre o ferro (proveniente de um prego) e uma solução de Sulfato de Cobre; Reação de Oxirredução entre a Glicerina e o Permanganato de Potássio. Os experimentos foram realizados pelos próprios alunos participantes da atividade com auxílio dos licenciandos. Desta forma, eles foram envolvidos de forma ativa nos experimentos. Durante a atividade, percebeu-se uma maior interação com os residentes, sempre levantando questões sobre os experimentos e se aquele conhecimento poderia ser aplicado para algo do cotidiano. Em sala de aula, a professora-tutora disse que também notou mudança dos alunos em relação aos conteúdos que estava ensinando. Segundo ela, eles estavam mais participativos e tentavam fazer conexão dos conteúdos vistos em sala de aula com os experimentos feitos na atividade. Conclui-se que a atividade realizada foi um sucesso, porque foi capaz de atingir a maioria dos alunos que compareceu, melhorando tanto a visão deles sobre os residentes e também melhorando a atuação e participação deles em sala de aula. Esse trabalho teve apoio do Programa Residência Pedagógica da CAPES. Referências: BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base nacional comum curricular . Brasília, DF, 2016. Disponível em: < http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF _110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em: ago. 2020. FRAGAL, V. H. et al. Uma proposta alternativa para o ensino de eletroquímica sobre a reatividade dos metais. Química Nova na Escola. v. 33, n. 4, 2011. Palavras-chave: BNCC, eletroquímica, residência pedagógica.

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13. QUÍMICA DA VIDA

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PROMOVENDO HABILIDADES VISUOESPACIAIS COM O MÉTODO JIGSAW PARA O ENSINO DE ESTEREOISOMERIA

Marcelo Max Borges Calixto1*(PG), Nedja Suely Fernandes1(PQ), Marcia Teixeira Barroso1(PQ) 1Instituto de Química, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

[email protected]

A aprendizagem cooperativa (AC), sendo uma metodologia ativa, caracteriza-se pelo protagonismo do aluno em seu processo de aprendizagem, estimulando-o a trabalhar em grupo e contribuir para o sucesso individual e coletivo1. Assim, com a nossa pesquisa de mestrado profissional desenvolvemos uma sequência didático-pedagógica utilizando a aprendizagem cooperativa em seu método Jigsaw, com uma turma de 3º ano do ensino médio de uma escola pública de Fortaleza-CE. A estratégia desenvolvida favoreceu o desenvolvimento de habilidades visuoespaciais de moléculas de estereoisômeros, concomitantemente com o desenvolvimento de habilidades sociais. A visualização desempenha um papel fundamental no processo de ensino e aprendizagem, principalmente com relação ao desenvolvimento de habilidades visuoespaciais, uma vez que boa parte dos alunos demonstram dificuldades por não conseguirem transitar entre os níveis microscópico e macroscópico2. Na aplicação do método Jigsaw as atividades foram realizadas em três momentos: formação de grupos de base para distribuição do material didático, formação de grupos de especialistas para se aprofundarem em determinado subtema e retorno aos grupos de base para compartilharem os conhecimentos adquiridos nos grupos de especialistas3. De posse de algumas informações referentes às moléculas, os alunos construiriam modelos de estruturas tridimensionais de moléculas orgânicas, utilizando materiais de fácil aquisição. Estes modelos apresentavam isômeros do tipo cis, trans ou óptico, de acordo com o subtópico estudado no grupo de especialista. Nesta investigação, analisamos dados envolvendo questionários e protocolos de observação. Com a aplicação do método Jigsaw percebeu-se que os alunos trabalharam de forma coletiva, cooperativa e ativa, interagindo e compartilhando suas ideias, desenvolvendo habilidades visuoespaciais a partir da construção de modelos moleculares, contribuindo significativamente para o processo de ensino e aprendizagem. Analisando as respostas do questionário de avaliação do método empregado, 79,2% dos alunos afirmaram que o uso do método Jigsaw tornou as aulas mais atrativas, demonstrando o desejo de participarem mais vezes de aulas nesse formato. Para 66,7% dos estudantes o método também favoreceu a compreensão do estudo de estereoisômeros. No que se refere ao desenvolvimento de elementos fundamentais da AC, 75% dos participantes destacam o fortalecimento das interações entre os participantes dos grupos cooperativos durante a pesquisa. Para 79,2% dos estudantes o método Jigsaw foi aplicado de maneira eficiente e organizada, contribuindo para o desenvolvimento da metodologia ativa. Os resultados indicam que o método Jigsaw facilita o aprendizado dos estudantes e execução de atividades, favorecendo a participação ativa dos educandos e o desenvolvimento de habilidades visuoespaciais. ] AGRADECIMENTOS À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) - código de financiamento 001 - pelo apoio financeiro, ao Programa de Mestrado Profissional em Química em Rede Nacional (PROFQUI). 1. B. R. F. Oliveira. et al. Chocoquímica: construindo conhecimentos acerca do chocolate por meio do método de aprendizagem cooperativa Jigsaw. Química Nova na Escola, v. 39, n. 3, p. 277–285, 2016. 2. F. C. G. C. de Vasconcelos, A. Arroio. EXPLORANDO AS PERCEPÇÕES DE PROFESSORES EM SERVIÇO SOBRE AS VISUALIZAÇÕES NO ENSINO DE QUÍMICA. Química Nova, v. 36, n. 8, p. 1242–1247, 2013. 3. S. P. D. Marques. et al. Aprendizagem Cooperativa Como Estratégia No Aprendizado De Química No Ensino Médio. Conexões - Ciência e Tecnologia, v. 9, n. 4, p. 57–66, 2016. Palavras-chave: aprendizagem cooperativa, método Jigsaw, habilidade visuoespacial.

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UMA OFICINA DIDÁTICA SOBRE O CARÁTER ÁCIDO OU ALCALINO DOS ALIMENTOS, COM EXPERIMENTAÇÃO PROBLEMATIZADA E CONTEXTUALIZADA Wagner de Oliveira Feitosa1(PG), Patrícia Flávia da Silva Dias Moreira1(PQ), Melquesedeque da Silva

Freire1(PQ) 1Instituto de Química, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

[email protected]

Há muitos anos a experimentação problematizada e a contextualização são usadas como ótimos recursos na área de ensino. Variar as metodologias didáticas é importante em sala de aula e o professor se torna peça chave nesse papel de elaborar aulas mais dinâmicas e atrativas aos alunos. Este trabalho propõe uma sequência de atividades didática discursiva e experimental com atividades contextualizadas mediadas por situações problemas, trabalhando conceitos de ácidos e bases articulado ao contexto da alimentação. A pesquisa caracterizada como qualitativa foi desenvolvida com os alunos da 3ª série do Ensino Médio integrado ao curso técnico em cozinha da Escola Cidadã Integral Pastor João Pereira Gomes Filho, localizada no município de João Pessoa, Paraíba. A coleta de dados foi feita através de um questionário de sondagem inicial, nas anotações dos alunos nas atividades das práticas experimentais e com registros de fotos durante as atividades. Os objetivos da pesquisa consistem em observar a compreensão dos alunos sobre os conceitos de ácidos e bases, a partir da resolução de situações problemas experimentalmente contextualizada com a temática da alimentação. Observando os resultados do questionário inicial de sondagem foi perceptível que a turma não apresentou uma homogeneidade nas respostas, alguns conceituaram com base nas definições de Bronsted-Lowry, (provavelmente por ter sido o último conteúdo abordado em sala de aula, outros conceituaram a partir de percepções sensoriais, como o sabor azedo característico dos ácidos e uma parte afirmou não saber responder. As atividades foram realizadas entre discursivas (roda de conversa, vídeos sobre a temática, dinâmicas de interação, criação de nuvens de palavras) e experimentais com atividades para serem respondidas ao final da prática. Com a realização das atividades propostas os estudantes deram respostas mais homogêneas e eles demonstraram motivação em melhorar a compreensão dos conteúdos com a realização das práticas experimentais, afirmando que a contextualização ajuda a compreender a proposta da experimentação e das situações problemas do início das atividades práticas. Como sugestão do produto educacional foi idealizado uma cartilha didático-pedagógico contendo as atividades vivenciadas durante a pesquisa como norte para auxiliar durante o desenvolvimento da proposta da pesquisa. AGRADECIMENTOS À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), por todo apoio no desenvolvimento das atividades do mestrado e ao Programa de Mestrado Profissional em Química em Rede Nacional (PROFQUI). FURIÓ-MÁS, C. How are the concepts and theories of acid–base reactions presented? Chemistry in text book sand as presented by teachers. International Journal of Science Education. Vol 27, No. 0, Month 2005, pp. 1–22. GONÇALVES, F. P.; MARQUES, C. A. . Contribuições Pedagógicas e Epistemológicas em Textos de Experimentação no Ensino de Química. Investigações em Ensino de Ciências (Online), v. 11, p. 219-238, 2006. HOMRICH, A. M.; RUPPENTHAL, N.; MARQUES, C. A. Alimentação e o Ensino de Química. Química Nova na Escola. São Paulo-SP, BR. Vol. 41, N° 1, p. 108-116, FEVEREIRO 2019 WARTHA, E. J. et al. Cotidiano e Contextualização no Ensino de Química. Química Nova na Escola. Vol 35. Maio, 2013. Palavras-chave: experimentação; acidez; alimentação.

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14. NOVOS MATERIAIS

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MÉTODO ANALÍTICO INOVADOR PARA DETERMINAÇÃO DE FENÓIS TOTAIS E DE ANTIOXIDANTES EM TOMATE, MORANGO E CAFÉ

Matheus S. Barreto1(PG)*, Edmar J. O. Bazani1(PG), Marcelo H. dos Santos1(PQ), Antonio J. Demuner1(PQ), Cristiane I. Cerceau1(PQ), Daiane E. Blank1(PQ), Maria J. M. Firmino1(IC), Gustavo S.F.

Souza1(IC) 1Departamento de Química, Universidade Federal de Viçosa

[email protected]

Doenças neurodegenerativas, câncer e aterosclerose podem ser evitadas pela ingestão de compostos fenólicos e de antioxidantes.1 O grande interesse na determinação destes compostos em tomate, morango e café se deve ao fato desses alimentos estarem entre os mais consumidos no mundo, sendo que o Brasil os produzem e exporta em grande escala.2,3 A cromatografia em fase gasosa e a cromatografia (CG) em fase líquida de alta eficiência (HPLC) são as técnicas mais comumente utilizadas para determinação da atividade antioxidante e de compostos fenólicos em diversas matrizes.4 No entanto, apesar de serem extremamente sensíveis, essas técnicas exigem equipamentos sofisticados, apresentam custos elevados e consomem grandes quantidades de reagentes, impossibilitando sua aplicação nas aulas práticas de disciplinas de química do ensino médio das escolas municipais. Dessa forma, a busca de métodos alternativos para o ensino de química deve ser investigada. O objetivo desse trabalho foi desenvolver e validar um método por captura de imagens usando o aplicativo gratuito PhotoMetrix® para smartphone e a confecção de uma caixa provida de uma placa de LED e suporte para fixar o smartphone. O método foi desenvolvido com base nas reações entre o cloreto férrico e a quercetina, que produz um complexo amarelo, e entre cloreto férrico, ferricianeto de potássio e 2,6-di-terc-butil-4-metilfenol (BHT), formando um complexo azul-esverdeado para determinação de compostos fenólicos totais e antioxidantes, respectivamente. Uma relação quantitativa entre a intensidade da cor e a quantidade de quercetina e de BHT (mg 100 g-1) nos alimentos avaliados foi estabelecida utilizando o processamento digital de imagens por meio da abordagem RGB (Vermelho, Verde e Azul). Nas condições operacionais e experimentais mais adequadas, foi construída uma curva analítica monitorando o canal Verde dentro da faixa de concentração de 0 a 30 mg L-1 e de 0 a 1,0 mg L-1 para determinação de quercetina e de BHT, respectivamente, e os extratos alcoólicos de tomate, morango e café, em diferentes estágios de maturação, foram analisados. Os resultados foram confirmados por análise em espectrômetro UV-Vis e nenhuma diferença significativa foi detectada no nível de confiança de 95%. O método aplicado é útil para laboratórios com limitações de recursos financeiros, analíticos e com finalidade de contribuir com a química verde, podendo ser utilizado como tema gerador no ensino de Química no ensino médio.

1. A. Karadag, B. Ozcelik, S. Saner. Food Anal Methods, 2, 41-60, 2019. 2. https://www.graogourmet.com/blog/24-de-maio-dia-nacional-cafe/, acessado em Junho 16, 2019. 3.https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/19942-em-janeiro-ibge-preve-safra-6-0-inferior-a-de-2017, acessado em Março 23, 2019. 4. A. Khoddami, M.A. Wilkes, T.H. Roberts. Molecules, 18, 2328-2375, 2013.

Palavras-chave: compostos fenólicos, antioxidantes, análise de alimentos, smartphone.

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CÉLULA GALVÂNICA E GALVANOPLASTIA COM MATERIAIS ALTERNATIVOS PARA O ENSINO DE ELETROQUÍMICA

Marlon M. S. Silveira1(PEM), Valéria A. Alves2(PQ), Luís A. da Silva2(PQ) 1Escola Estadual Dom Pedro II, União de Minas, Minas Gerais

2Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Naturais e Educação, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

[email protected]

As pilhas e baterias fazem parte do cotidiano das pessoas, e estão disponíveis em uma grande diversidade de formas, tamanhos e voltagem. Conhecer essa importante forma de armazenamento de energia requer o entendimento de processos eletroquímicos envolvidos. As pilhas comuns são constituídas de um recipiente cilíndrico de zinco metálico preenchido com uma pasta de dióxido de manganês e um tarugo de grafite para fazer o contato elétrico (pilha de Leclanché). O fechamento do circuito elétrico entre o cilíndrico de zinco (material anódico) e o dióxido de manganês (material catódico), iniciam-se as semirreações de oxidação e redução. Quando acontece o esgotamento da energia química armazenada na pilha, resta ainda bastante zinco metálico que pode ser reutilizado como material alternativo na preparação de células galvânicas ou como material de recobrimento na galvanoplastia. O fácil acesso de uma importante matéria prima facilita a preparação de experimentos como material didático para o ensino de eletroquímica. A experimentação viabiliza o processo de assimilação e aprendizagem dos conteúdos de eletroquímica.

Para reaproveitar o recipiente cilíndrico de zinco, removeu-se cuidadosamente a proteção externa de aço, os contatos elétricos e a pasta de dióxido de manganês de uma pilha comum grande. Lixou-se o recipiente com lixa fina e limpou-se com pano seco a parte interna para expor o zinco metálico. Posicionou-se no centro do recipiente cilíndrico zinco um prego grande suspenso por um fio fino de cobre desencapado apenas para fazer o contato elétrico com o prego. Melhorou-se o contato elétrico com uma solda pontual entre o prego e o fio de cobre. Utilizou-se uma solução eletrolítica de NaOH 0,1 mol L-1. O conjunto foi utilizado como célula galvânica para observação da semirreação de oxidação no ânodo de zinco (polo negativo) e da semirreação de redução no cátodo de prego (polo positivo), resultando numa reação eletroquímica espontânea. Utilizou-se um multímetro para medir o potencial da célula galvânica. O mesmo sistema foi também utilizado como célula eletrolítica para promover o recobrimento do prego com uma fina camada protetora de zinco, a galvanoplastia do prego. Nesse caso o prego funcionou como cátodo (polo negativo) para a redução do íon zinco e o recipiente cilíndrico de zinco funcionou como ânodo (polo positivo). Utilizou-se uma fonte de corrente contínua, um potenciômetro e um multímetro para acompanhar o potencial aplicado no processo de galvanoplastia.

Acompanhou-se o potencial da célula galvânica durante 30 minutos, que variou de +0,28 V para +0,20 V, provavelmente estando relacionado com a óxidos e/ou hidróxidos na superfície dos metais. Relacionou-se os potenciais com as possíveis equações eletroquímicas envolvidas. Na galvanoplastia observou-se a formação de uma camada cinza escura sobre a superfície do prego, estando relacionado com a eletrodeposição de uma fina camada de zinco sobre o prego. A célula galvânica favoreceu a exploração das possíveis semirreações anódicas (oxidação do zinco e/ou do ferro do prego) e catódicas (redução da água e/ou do oxigênio). A galvanoplastia possibilitou descrever as possíveis semirreações no cátodo (redução do íon zinco e/ou do oxigênio sobre o prego) e no ânodo (oxidação do zinco metálico). Palavras-chave: experimentação, ensino de eletroquímica, materiais alternativos.

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UM NOVO OLHAR SOBRE AS LIGAÇÕES QUÍMICAS José L. Paralovo¹(PG), Renata L. Martins1(PQ), Andréa A. R. Alves1(PQ)

1Instituto de Química, Universidade Federal Fluminense [email protected]

A apresentação das ligações químicas interatômicas no ensino médio, atualmente, é fundamentada na teoria do octeto.

Neste trabalho, foi observado que esta teoria já expirou sua argumentação sendo necessário um novo olhar e uma mudança de ancoragem, buscando um novo referencial mais claro e muito mais abrangente. No atual cenário do ensino de química, é urgente a necessidade de se criar novos referenciais para a construção de uma base mais sólida e mais duradoura para os estudantes de nível médio, principalmente no que diz respeito ao entendimento dos conceitos e formação das ligações químicas interatômicas, proporcionando ao estudante um campo de visão e uma mobilidade bem maiores além de fornecer ao professor uma alternativa mais abrangente para ensinar o assunto. A regra do octeto é uma ferramenta muito útil para obter a fórmula química de muitos compostos, mas vale ressaltar que, além de apresentar exceções, ela não explica a causa da estabilidade adquirida pelos átomos ao se ligarem (CISCATO, et al., 2016), assim sendo, atualmente há uma tendência, nas novas literaturas, de buscar novos, e mais verídicos caminhos, deixando de usar a regra do octeto como referência absoluta para este fim. O fundamento da teoria do octeto diz que os átomos dos diferentes elementos estabelecem ligações, doando, recebendo ou compartilhando elétrons, para adquirirem uma configuração eletrônica igual a de um gás nobre no estado fundamental: oito elétrons no nível mais externo ou, então, dois elétrons se o nível mais externo for o primeiro (FONSECA, 2010). Este enfoque acaba deixando os estudantes confusos, pois este restrito conceito, produz, necessariamente, uma avalanche de exceções, como é o caso de ligações com os metais de transição. O que aqui é defendido é que, para atingirem a estabilidade energética, os átomos necessitam completarem seus subníveis “p” em seus últimos níveis de energia, ou seus subníveis “s”, quando apresentarem apenas um nível de energia, ou seja, seis (06) elétrons no subnível “p” do seu último nível de energia, ou dois (02) elétrons no subnível “s”, quando o átomo apresentar apenas um nível de energia. Com este novo enfoque, será possível aos estudantes executarem ligações já consagradas e também outras mais complexas. Eles também puderam formar as ligações em substâncias que apresentem os metais de transição, que não são trabalhados na teoria do octeto, pois, raramente, quando alguma literatura aborda, até mesmo compostos muito simples, existe a necessidade de fazer inúmeras considerações e exceções. A análise do subnível “p” também foi de substancial relevância nos estudos das regras das hibridações, pois além de ser base de explicações para as geometrias moleculares é a base da mais nova teoria de ligações químicas interatômicas, a teoria dos orbitais moleculares. A atenção a este fato se da pela falta de conexões claras entre o fenômeno das hibridações e as regras das ligações químicas interatômicas. Na etapa final, a mudança de olhar, trata das ligações covalentes coordenadas. Estas, ainda causam controvérsias entre os autores e muita confusão para os estudantes. Aqui, a execução das ligações coordenadas, foi detalhada e o estudante poderá observar que a ligação coordenada se formará na fusão de um orbital atômico vazio com um outro orbital atômico completamente cheio. Para a representação da ligação coordenada faz-se como proposta um traço entre os átomos ligantes, porém com a presença de um pequeno traço perpendicular próximo ao átomo que participa com seu orbital atômico completo. A metodologia utilizada para apresentação de o novo olhar foi uma técnica comparativa, uma vez que, iniciou-se o estudo com a execução de exemplos de ligações utilizando-se a teoria do octeto e, após as discussões, foram executados os mesmos exemplos, agora, utilizando-se a teoria do novo olhar proposta neste trabalho. Esta metodologia foi extremamente simples e por isso pode ser facilmente replicada em qualquer instituição. Finalmente, foi realizada uma análise minuciosa dos resultados, onde foi possível observar uma expressiva melhora no entendimento e capacidade de formação das ligações químicas por parte dos estudantes. Conclui-se que a teoria proposta com um novo olhar sobre as ligações químicas cumpriu muito bem sua tarefa de minimizar as exceções e ampliar a compreensão dos estudantes em relação às ligações químicas. C.A.M. Ciscato, L.F.Pereira, E.Chemello e P.B.Proti, Componente curricular: Química.116, 2016. M.R.M.D. Fonseca, Química: meio ambiente, cidadania, tecnologia. 268 , 2010. Palavras-chave: ligação química, novo olhar, hibridização.

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VOZ ÀS (IN)VISÍVEIS: ECOANDO VOZES, VIDAS E HISTÓRIAS SILENCIADAS NO LIVRO DIDÁTICO DE QUÍMICA POR MEIO DE PODCASTS

Marcelo Boeira¹(PG), Cristiane Beatriz Dal Bosco Rezzadori²(PQ), Alexandre Luiz Polizel1(PQ) 1Universidade Estadual de Londrina

2Universidade Estadual de Londrina, Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Londrina (UTFPR)

[email protected]

O espaço escolar se constitui como um local de (re)produção de discursos que derivam as representações e influenciam o modo como os alunos classificam, convencionam e significam às coisas do-no mundo, o Outro e a si próprio, em processos complexos de identificação. No ambiente escolar brasileiro, o livro didático se mostra um dos instrumentos mais usados, como apoio metodológico e de conhecimentos, enquanto bússola curricular. Esses livros didáticos exibem textos e imagens de distintas épocas, por meio dos quais diferentes discursos e representações são elaborados. Atentando para os referidos aspectos, a presente investigação tem por intuito apresentar quais as representações de mulheres instauradas pelos livros didáticos de química aprovados pelo PNLD – 2018. O estudo fundamenta-se na concepção de identidade-identificações enquanto constructo histórico-cultural multifacetado, permeado por questões de poder-saber ancorado nas concepções de gêneros e sexualidades segundo Judith Butler, Joan Scott e Guacira Lopes Louro. Para a investigação almejada, selecionamos um corpus composto pela coleção didática – Química: ensino médio, da autora Martha Reis Marques da Fonseca, composta de três volumes, por ser, dentre as obras aprovadas no PNLD – 2018, a única de autoria exclusivamente feminina. Quanto ao percurso metodológico, esta pesquisa se insere no paradigma de pesquisa qualitativa de cunho documental, com auxílio da análise do discurso. Numa primeira leitura das imagens apresentadas, evidenciamos representações de mulheres que: i) desempenham trabalhos técnicos na ciência, seja em ambiente acadêmico, científico ou profissional; ii) mulheres em posições normativas no que confere o cuidado-estética, como na reprodução da estética da beleza e experimentando a química em seus corpos; iii) Mulheres de ciências rizomáticas, na representação de uma mulher, em meio a tecidos tingidos, a desempenhar um antigo processo artesanal de tingimento, solitária, entretanto, que exala a resistência, a história e as memórias de um ofício. Desta representação surgiram novas inquietações: Como enunciar as práticas dos modos de produção regional, marginal e mágico da ciência? Como enunciar a história e a memória daquelas práticas anciãs, aquelas que passavam de mãe para filha, aprendidas desde meninas? Como enunciar mulheres que produzem conhecimentos menores da ciência e ressoar as vozes destas personagens? Como explorar outras formas de olhar os modos de fazer ciência? O que podemos aprender e ensinar com essas práticas menores? Pensamos o menor conforme Gilles Deleuze e Félix Guattari. Menor não no sentido de desmerecimento, pequenez, insignificância, mas sim, a uma certa marginalidade, resistência e luta. Acreditamos que os saberes menores femininos não pereceram, eles permanecem vivos, ainda que de modo difuso. Com nosso produto educacional, uma série de podcasts fundamentados nas pedagogias culturais desejamos que as vozes destas mulheres que desterritorializam as ciências sejam ecoadas e, assim, agregar saberes. Para isso, convocamos para a produção destes podcasts, mulheres consideradas por nós como bruxas contemporâneas, alquimistas, benzedeiras, curandeiras, artesãs naturais e outras químicas e cientistas menores que cruzaram nossos caminhos para narrar suas histórias e seus olhares para os modos de se fazer química/ciências. O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001 Palavras-chave: podcast; ciência menor; mulher.

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15. FEIRA DE PRODUTOS EDUCACIONAIS

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EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA: UMA ABORDAGEM PARA O ENSINO DE QUÍMICA Ivy Santos Soares¹(PG), Ricardo Silva Porto ¹(PQ)

¹Instituto de Química e Biotecnologia, Universidade Federal de Alagoas [email protected]

A educação empreendedora é vista por Souza et al. (2006) e também por Lopes (2015) como aquela capaz de possibilitar

ao aluno a percepção de que o mesmo é parte integrante das situações problemas que o cercam em sua comunidade e no mundo, e que ele deve de forma cidadã se posicionar apresentando condições de analisar tais situações e buscar os conhecimentos e recursos necessários para solucioná-las ou apresentar propostas de solução através de estratégias planejadas e avaliadas. Para Schaefer e Minello (2017), o empreendedorismo pode ser visto como algo que vai além da maneira convencional de aprender,sendo portanto, uma forma de aprendizagem baseada no desenvolvimento de habilidades tais como: a comunicação, criatividade, capacidade de reconhecer oportunidades, pensamento crítico, liderança, visão de oportunidades e risco ao tomar decisões (HENRIQUE & CUNHA, 2008). A aquisição desse perfil mostra a relevância de uma educação que se estenda por toda a vida como um processo de busca individual e contínua (FROVOLA et al., 2019) revelando a apropriação do conhecimento e o protagonismo do aluno na busca de competências e habilidades desejadas. Nesse contexto, é importante salientar que o incentivo à educação empreendedora através de pesquisas têm ganhado espaço em várias esferas da sociedadade entre elas nos espaços escolares (SECRETARIAT; LIMA et al., 2015).Demonstrando a promissora busca das formas de disseminação da educação empreendedora Araújo et al. (2005) reforçaram que é de vital importância para uma economia forte, sustentável e competitiva a formação de empreendedores com base em Química. O conceito de empreendedorismo aliado ao ensino de Química, objetivo principal desse trabalho, diz respeito à um perfil empreendedor que vai além de criar planos de negócios e planilhas financeiras, ou até mesmo a obtenção de lucro pessoal. Esse trabalhou focou em uma sequência didática realizada em parceria com Universidade Federal de Alagoas (UFAL)/PROFQUI e Secretaria de Estado da Educação de Sergipe (SEDUC/SE), foi idealizada a partir de estudo bibliográfico e pesquisa de campo. A referida sequência foi constituída de círculos de debate, leitura de artigos, palestra técnica do SEBRAE, elaboração de tabelas e mapas conceituais. A avaliação do presente projeto constatou da análise da movimentação dos alunos no decorrer do processo para a construção de uma empresa baseada em conceitos químicos para exposição na feira do empreendedor da escola, que nos permitiu concluir a importância da educação empreendedora como fator fomentador para o Ensino de Química.

Referências bibliográficas ARAÚJO, M. H.; LAGO, R. M.; OLIVEIRA, L. C. A. CABRAL, P. R. M.; CHENG, L. C.; FILION, L. J. O estímulo ao empreendedorismo nos cursos de química: formando químicos empreendedores. Química nova, v. 28, p. S18-S25, 2005. HENRIQUE, D. C.; CUNHA, S. K. Práticas didático-pedagógicas no ensino de empreendedorismo em cursos de graduação e pós-graduação nacionais e internacionais. RAM. Revista de Administração Mackenzie, v. 9, n. 5, p. 112-136, 2008. LOPES, C. L. J. Educação Empreendedora: Um estudo do projeto de empreendedorismo 10.0 aplicado aos alunos do curso técnico em informática. Revista de Empreendedorismo, inovação e tecnologia, v. 1, n. 1, p. 39-44, 2015. SCHAEFER, R.; MINELLO, I. F. A Formação de Novos Empreendedores: natureza da aprendizagem e educação empreendedora. Revista da Micro e Pequena Empresa, v. 11, n. 3, p. 2, 2017. SECRETARIAT, UNCTAD. Division on Investment and Enterprise: Results and Impact–Report 2015. In: United Nations Conference on Trade and Development (UNCTAD), Genebra. http://unctad. org/en/PublicationsLibrary/diae2015d1_en. pdf. Acessado em. 2015. SOUZA, E. C. L.; SOUZA, C. C. L.; ASSIS, S. A. G.; ZERBINI, T. Métodos e técnicas de ensino e recursos didáticos para o ensino do empreendedorismo em IES brasileiras. Anais do Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, 2004.

Palavras-chave: Ensino de Química, Empreendedorismo, Protagonismo.

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NANOTECNOLOGIA, CTS E EXPERIMENTAÇÃO: UMA PROPOSTA PARA O ENSINO DE ESTRUTURA ATÔMICA E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS

Geni dos Santos Maria1(PG), Camila Greff Passos1(PQ), Maria do Carmo Martins Alves1(PQ) 1Instituto de Química, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

[email protected]

Este trabalho teve como proposta principal analisar as contribuições da elaboração e implementação de um roteiro de aulas experimentais a partir do tema nanotecnologia1, para o ensino dos conteúdos de estrutura atômica e propriedades dos materiais. A pesquisa realizada tem natureza qualitativa e foi desenvolvida em uma escola pública estadual de Ensino Médio da cidade de Porto Alegre, curso noturno. A coleta de dados se deu por meio de questionários aplicados a uma turma de primeiro ano do ensino médio, antes e depois das intervenções pedagógicas. Nestas intervenções, as atividades práticas que compõem o produto educacional desenvolvido no mestrado Profissional em Química em Rede Nacional (PROFQUI) da UFRGS serviram para subsidiar os conteúdos de estrutura atômica e propriedades dos materiais, utilizando a estratégia de experimentação2 com enfoque em Ciência, Tecnologia e Sociedade3 (CTS) partindo da temática Nanotecnologia. As duas atividades práticas de síntese utilizaram materiais de baixo custo e geraram resíduos de fácil neutralização e descarte: (i) uma de nanopartículas de prata, bem como sua caracterização, pelo efeito Tyndall e sua aplicação como controle bacteriológico; e (ii) outra de nanopartículas magnéticas de Fe3O4 apresentando sua utilização, através de vídeos, na remediação ambiental, carreadoras de fármacos, tratamento de tumores e na mineração. As sínteses realizadas foram disponibilizadas na forma de protocolos de procedimentos e vídeos didáticos. Com a análise interpretativa do conjunto de respostas obtidas nos dois questionários verificou-se que as atividades propostas no produto educacional convergem aos propósitos da perspectiva CTS, principalmente referente às questões sobre o significado do prefixo nano e sobre a possibilidade de produção de conhecimento tecnológico na escola. No questionário inicial apenas três dos nove alunos que participaram das atividades responderam que o prefixo nano, na palavra nanotecnologia, estava relacionado ao tamanho dos materiais estudados. Já no questionário final seis alunos conseguiram fazer essa correlação. Sobre a possibilidade de se produzir na escola materiais tecnológicos, inicialmente seis alunos apontaram respostas positivas, mas sem justificativas estruturadas. Após a realização das aulas sete alunos justificaram que vivenciaram uma real possibilidade de produzir material tecnológico na escola. Portanto verificou-se que a realização das atividades do produto educacional com os enfoques e estratégias propostos favoreceu a compreensão acerca do tema trabalhado bem como os conceitos a ele relacionados.

Palavras-chave: Nanotecnologia, experimentação, vídeos didáticos.

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA EXPLORANDO OS DIAGRAMAS DE RICH-SUTER NO ESTUDO DE CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS

Raimundo M.Morais Neto1*(PG), Ótom Anselmo de Oliveira1(PQ), Melquesedeque da Silva Freire1(PQ)

1Instituto de Química, Universidade Federal do Rio Grande do Norte [email protected]

Saber elaborar arranjos eletrônicos de espécies atômicas e iônicas dos elementos químicos sabendo as razões

determinantes desses arranjos, é de fundamental importância em interpretações sobre fenômenos observados na Química. Porém, a maioria das explicações encontradas nos livros didáticos, seja no ensino médio ou superior se fundamentam nas regras ou princípios utilizados para a construção do diagrama de Linus Pauling. Além disso, muitas vezes, estudantes, ou até professores, se limitam a utilizar esse diagrama apenas como um instrumento mecânico para elaborar essas configurações. Quando isso ocorre, logo se observa que as configurações obtidas diferem das configurações reais de cerca de 20% dos elementos, entre os quais podem ser citadas o crômio, cobre, nióbio, molibdênio, rutênio, ródio, paládio, prata e platina. No caso dos íons desses elementos, a situação é ainda mais complicada, com as falhas alcançando, talvez, 100% destes íons. Com o intuito de auxiliar professores de Química a contornar este problema, elaborou-se através de uma experiência inicial, um produto educacional no formato de cartilha. Nele, o estudo e a compreensão das configurações eletrônicas, sobre tudo para os metais de transição, são efetuadas por meio de uma sequência de atividades utilizando os diagramas desenvolvidos por Rich e Suter, através dos quais é possível se elaborar corretamente os arranjos eletrônicos de quase todos elementos de transição e de, provavelmente, 100% dos seus íons. As atividades aplicadas durante o processo têm por objetivo fornecer conhecimentos dos fatores que afetam as energias dos elétrons nos vários arranjos eletrônicos e são os determinantes dos escalonamentos energéticos nos diagramas de Rich/Suter. Em complementação, são apresentadas questões visando desenvolver habilidades no uso desses diagramas pelos estudantes. O material inserido nesse produto educacional oferece entre outras coisas, diversas recomendações de abordagem desse tema no ensino de graduação, mas que pode ser ampliada e explorada em outras direções. Espera-se que o uso possa contribuir na melhoria dos conhecimentos sobre arranjos eletrônicos, com os professores instruindo seus alunos com informações cada vez mais correta. AGRADECIMENTOS A coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) – código de financiamento 001- pelo apoio financeiro, ao Programa de Mestrado Profissional em Química em Rede Nacional (PROFQUI). OROFINO, Hugo; MACHADO, Sergio P.; FARIA, Roberto B. The use of Rich and Suter diagrams to explain the eléctron configuration of transition elements. Química Nova, vol. 36, No. 6, 894-896, 2013. Rich, R. L.; Suter, R. W.; J. Chem. Educ. 1988, 65, 702. ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Tradução: Ernani F. da Rosa. Porto Alegre: Artmed, 1998. Palavras-chave: configuração eletrônica, diagramas de Rich e Suter, elementos de transição.

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A PEDAGOGIA DE PROJETOS NO ENSINO DE QUÍMICA: O ALUNO COMO PROTAGONISTA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Valdemir G. Cortez Junior1(PG), Fabiano do E. S. Gomes1(PQ) 1Instituto de Química, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

[email protected]

Um dos grandes desafios atualmente na área de ensino é fazer com que os alunos se envolvam ativamente no processo ensino-aprendizagem, sendo os protagonistas na construção de seus conhecimentos. A Pedagogia de Projetos, considerada uma metodologia ativa de ensino, possibilita cumprir esse papel. Baseada nas ideias do pedagogo e filosofo John Dewey, a Pedagogia de Projetos busca a partir de um tema-problema relacionado com o cotidiano do aluno, estimular a construção do conhecimento a partir da prática favorecendo uma interpretação da realidade. Ela apresenta como uma de suas grandes vantagens o desenvolvimento de competências e habilidades, além de permitir a interdisciplinaridade entre as diversas áreas do conhecimento. O presente trabalho tem o intuito de compartilhar com professores de ensino fundamental e médio uma experiência utilizando essa concepção de ensino, a fim de proporcionar motivação e auxiliar o seu planejamento e utilização nas aulas, assim como realizar a divulgação da Pedagogia de Projetos. O presente produto educacional aborda o projeto resultante de uma pesquisa de mestrado que culminou em uma mostra cultural. Através do diálogo com o personagem “Demir”, a experiência vai sendo relatada ao leitor. Tendo como tema “A mandioca – do plantio ao comércio”, o projeto foi desenvolvido em uma escola pública com uma turma de 35 estudantes da terceira série do ensino médio noturno, dando ênfase ao ensino de Química. O projeto transcorreu em cinco etapas, sendo dois encontros para a etapa de planejamento; cinco para a etapa de execução; um para a etapa de depuração; um para a etapa de apresentação; e três encontros para a etapa de avaliação. O engajamento dos estudantes nas atividades foi notório, resultando em índices positivos no desenvolvimento da aprendizagem de conhecimentos químicos além do desenvolvimento de competências e habilidades, especialmente a capacidade de comunicação oral, a capacidade de realizar trabalho em equipe, e a curiosidade e vontade de aprender. Espera-se que a partir desse trabalho, a Pedagogia de Projetos possa ser divulgada e utilizada no planejamento de aulas das diversas áreas do conhecimento, proporcionando um processo de ensino-aprendizagem interativo e com resultados positivos. Palavras-chave: pedagogia de projetos, competências e habilidades, ensino de química.

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A PRODUÇÃO DA COLA NO ESPAÇO PRISIONAL Everton José Galbetti1(PQ)

Moisés Alves de Oliveira1(PQ) 1Universidade Estadual de Londrina

[email protected]

O presente trabalho tem como tema central o estudo de como é produzida a cola dentro dos cubículos pelos detentos da Penitenciária Estadual de Londrina – PEL II e subsequente produção de um livro paradidático para compor currículos químicos para pessoas em situação de reclusão, ou não. Buscamos uma análise propositiva sobre os agenciamentos que dão os suportes de realidade às práticas discursivas e materiais dos agentes que se encontram aprisionados. Quando o agente da pesquisa precisa optar entre comer ou fazer cola com o macarrão, pela perspectiva da agência, não estamos mais assumindo um sujeito posto entre duas opções pré-concebidas, estamos nos posicionando ao largo dessa dicotomia funcionalista que Ortner (2006) vai chamar de teoria da coerção que opõe o agente e a estrutura. Assumimos que o sabão e o macarrão, utilizados para a fabricação da cola e os detentos desempenham simetricamente um papel central como atores-agências nessa trama e ao não levarmos em conta a agência desses humanos e não humanos, estaríamos interditando uma grande parcela do entendimento na construção e sustentação da vida (LATOUR, 2012; VEIGA-NETO, 2013). O objetivo é compreender e problematizar a relação cultura-cárcere-ciências como possibilidade de produção de materiais instrucionais em química, tomando como ponto de partida os modos de existência dos detentos. A partir de uma pesquisa etnográfica analisar as condições concretas dos presos sobre a produção da cola produzida através do macarrão e que é utilizada para necessidade básicas e de privacidade dentro dos cubículos. A partir dos relatos obtidos nos encontros com os detentos, colocamo-nos as margens das concepções da agência enquanto estratégias diferenciadas na eficácia de controle, poder e conhecimento. Principalmente como podem deslocar e modelar as posições discursivas, as respostas dos diferentes atores. Quando eles dizem que "para fazer a cola com macarrão tem que abrir mão de comer o macarrão" está em jogo um projeto de interdições e de privações, mas também uma estratégia de externalizar por nós - agora seus porta-vozes (in)voluntários - um modo de existência. A cola se torna essencial, ela faz parte do cotidiano e da cultura que é desenvolvida dentro de um cubículo enquanto jogos de negociações criadas pelas contingências da vida na prisão. Concluímos que a ciência da produção da cola se articula no jogo de agenciamentos culturais que produzem privacidade e conforto, por isso torna-se central aprofundar e ampliar a eficiência de seus métodos de produção. Palavras-chave: química, detentos, educação, produção da cola.

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CARTILHA DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA O ENSINO DE PERIODICIDADE QUÍMICA

Húdson da Silva1(PG), Ótom Anselmo de Oliveira1(PQ), Melquesedeque da Silva Freire1(PQ)

1Instituto de Química, Universidade Federal do Rio Grande do Norte [email protected]

É natural que os processos de ensino experimentem mudanças em suas metodologias, objetivando desenvolver alternativas mais efetivas para a construção do aprendizado. Com isso, sistematicamente, novas estratégias ou instrumentos possam a ser utilizados em sala de aula visando superar eventuais dificuldades dos alunos na compreensão de certos conteúdos, tornando-os personagens ativos no processo educacional. Neste sentido, a utilização de sequências didáticas bem estruturadas e compatíveis com as vivências dos estudantes é fundamental para se alcançar esses objetivos, todos participando de forma ativa no desenvolvimento de habilidades e competências no trato com o conhecimento estudado. É com esse objetivo que neste trabalho foi idealizado um material em formato de uma cartilha, estruturada em linguagem bem acessível, na qual os conteúdos de elementos químicos, periodicidade química e tabela periódica são apresentados por meio de uma sequência didática imaginada para ser, tanto quanto possível, atrativa, compreensiva e lúdica. A cartilha é composta por seis blocos, aplicados em doze aulas conjugadas, na quais são apresentados: objetivos específicos, tempos definidos para cada momento e ferramentas metodológicas distintas, como: explanação de fotos, observações de objetos/substâncias, vídeo, cartas do “Periodic Cards”, aplicativo educacional para smartphone (gamificação), discussões em grupos, aula expositiva e atividades subjetivas. Nesse produto, existem sugestões/recomendações para cada bloco, fazendo com que o professor consiga adaptá-lo ao seu ambiente escolar, mostrando assim, diversidade de ferramentas e metodologias que podem ser adicionadas ou substituídas nesse percurso. Espera-se que esse material possa somar no seu pedagógico, contribuindo significativamente para o desenvolvimento do ensino-aprendizagem e, com isso, melhorando a exposição dos conteúdos aplicados em Química. AGRADECIMENTOS A coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) – código de financiamento 001- pelo apoio financeiro, ao Programa de Mestrado Profissional em Química em Rede Nacional (PROFQUI). DA SILVA, João Roberto Rátis Tenório; SILVA, Natália Meirelles. Identificação de Compromissos Epistemológicos no Desenvolvimento Histórico do Conceito de Elemento. Revista Debates em Ensino de Química, v. 3, n. 2, p. 93-118, 2017. DOMÈNECH-CASAL, Jordi. Retorno a Karlsruhe: una experiencia de investigación con la Tabla Periódica para aprender la estructura y propiedades de los elementos químicos. Revista Eureka Sobre Enseñanza y Divulgación de Las Ciencias, p. 1201-1201, 2019. KISHIMOTO, Tizuko M. (organizadora) Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. Cortez editora, 2017. ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Tradução: Ernani F. da Rosa. Porto Alegre: Artmed, 1998. Palavras-chave: elementos químicos, periodicidade química, tabela periódica.

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MANUAL DE QUÍMICA: UMA DISCRETA INTERAÇÃO ENTRE QUÍMICA, MÚSICA E EDUCAÇÃO

Isaías Francisco dos Santos*1(PG), Luciene da Silva Santos1(PQ) 1Instituto de Química, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

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O produto educacional Manual de Química: Uma discreta interação entre Química, Música e Educação é decorrente da pesquisa desenvolvida no Mestrado Profissional em Química que investiga a produção de música parodiada na inserção do conhecimento científico, em particular, na aprendizagem das interações intermoleculares com alunos da 3ª série do Ensino Médio de uma escola pública situada na cidade de Russas-CE. Para tanto, diante da pesquisa-ação utilizada, foi desenvolvida uma sequência de atividades, tais como produção e apresentação de paródias. Desta forma, para que o resultado desse trabalho possa ser efetivamente utilizado, foi produzido um manual de apoio de química, destinado aos professores, assim como a produção de vídeos das músicas parodiadas (produto audiovisual). Diversos autores (LUPINNETTI; PERREIRA, 2017; FERNÁNDEZ; VÁZQUEZ; PENA, 2015) destacam a importância substancial da música no âmbito educacional, permitindo que a inclusão do conhecimento aconteça de forma mais dinâmica e prazerosa, possibilitando o desenvolvimento de habilidades linguísticas, assim como a criação de competências socioemocionais e cognitivas. Segundo alguns educadores (ALVES,1994; FREIRE, 2020; SNYDERS, 1988), a sala de aula tem por obrigação ser um lugar agradável para professores e alunos. A alegria e a rigorosidade não são inimigas, mas sim conciliáveis. A escola deve ser fascinante/atrativa, capaz de promover os desenvolvimentos cognitivo/intelecto e afetivo de forma indissociáveis. Quanto às interações intermoleculares, para Miranda; Braibante e Pazinato (2018), é um dos conteúdos de grande relevância no ensino de química, principalmente para os sistemas bioquímicos e físico-químicos. Contudo, segundo Junqueira e Maximiano (2020) e Miranda; Braibante e Pazinato (2017), há grande dificuldade dos estudantes da educação básica em compreender a relação existente entre esse conteúdo e as suas propriedades físicas. No tocante a organização deste Produto Educacional, ele está estruturado em quatro (4) unidades. Na primeira, o ensino das interações intermoleculares é abordado, além de suas propriedades físicas. A segunda unidade traz a relação entre a música e seus benefícios educacionais e a opiniões de professores relativo à prática desse instrumento lúdico em sala de aula. Já na terceira, é apresentada uma Sequência de Atividades realizadas pelos educandos e os resultados obtidos neste trabalho de pesquisa. Finalmente, na quarta unidade são encontrados alguns materiais complementares, não utilizados na pesquisa, mas que devem servir de dicas para os professores trabalharem essa temática de um modo geral. Foram adicionadas ainda algumas questões do ENEM e de vestibulares sobre as interações intermoleculares, além de adivinhações e caça-palavras. Portanto, espera-se que este manual possa contribuir para a aquisição do conhecimento científico aos educandos, servindo como estratégia metodológica no auxílio aos professores de química para o processo de ensino e aprendizagem. Palavras-chave: Química. Paródias. Educação. Referências: ALVES, Rubem. A Alegria de Ensinar. ARS Poética Editora, 1994. 3ª edição; 82p. FERNÁNDEZ, R. C; VÁZQUEZ, M. D. M.; PENA, V. L. Beneficios de la música en conductas disruptivas en la adolescência. In: Revista Electrónica “Actualidades Investigativas en Educación”, vol. 15, n. 3, 2015, p.1-24. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro/ São Paulo: Paz e Terra, 63ª edição, 2020. 143pp. JUNQUEIRA, M. M.; MAXIMIANO, F. A. Interações intermoleculares e o fenômeno da solubilidade: explicações de graduandos em química. In: Química Nova, vol. 43, n. 1, p.106-117, 2020. MIRANDA, A. C. G.; BRAIBANTE, M. E. F.; PAZINATO, M. S. Concepções alternativas sobre forças intermoleculares: um estudo a partir das publicações da área de ensino. X Congreso internacional sobre investigación en didáctica de las ciências. Sevilla, 5-8 de septiembre de 2017. p.1807-1812. MIRANDA, A. C. G.; BRAIBANTE, M. E. F.; PAZINATO, M. S. Tendências do ensino e aprendizagem de forças intermoleculares a partir da análise de publicações em periódicos nacionais e internacionais. In: Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias. Vol. 17, Nº 2, p.394-419 (2018). Palavras-chave: química, paródias, educação.

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Page 38: SimPROFQUI 2020€¦ · Ótom Anselmo de Oliveira (UFRN) Patrícia Flávia da Silva Dias Moreira (UFRN) Sibele Berenice Castellã Pergher (UFRN) Melquesedeque da Silva Freire (UFRN)

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A APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS NO ENSINO DE QUÍMICA PROMOVENDO APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA CRÍTICA

Karoliny Mendes da Costa1(PQ/PG), Roberto Pereira Santos1(PG) 1 Instituto Federal do Espírito Santo

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O Guia Didático "Como idealizar um projeto segundo a metodologia da PBL" é um produto educacional associado à dissertação de Mestrado Profissional em Química em Rede Nacional (ProfQui) da autora principal. O documento foi formulado com a intenção de subsidiar professores do Ensino Médio nos primeiros passos do planejamento de um projeto fundamentado na metodologia de PBL (Project-Based Learning, ou Aprendizagem Baseada em Projetos). Situa-se na linha de pesquisa sobre Novas Tecnologias e Comunicação, explorando a utilização de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) no processo de formação, ensino e aprendizagem.

Partindo da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a publicação estabelece uma visão geral sobre a metodologia de PBL e, em paralelo, examina as convergências entre as características da PBL e os princípios da Aprendizagem Significativa Crítica (ASC).

Na visão dos autores, a BNCC proporciona os parâmetros da aprendizagem desejada (competências e habilidades) ; a ASC estabelece a aproximação entre a aprendizagem e seu significado para o indivíduo, considerando seus antecedentes e contexto sociocultural; e a PBL mobiliza antecedentes, contexto e conteúdo, oferecendo a dinâmica da aprendizagem, enquanto desenvolvimento das competências e domínio das habilidades previstas.

O desenvolvimento do tema é ilustrado pela demonstração de etapas realizadas em um projeto autêntico na disciplina de Química do terceiro ano do Ensino Médio.

Os autores propõem o uso intensivo de TDIC ao longo de todo o projeto, contribuindo para o desenvolvimento das habilidades esperadas para um cidadão do século 21: capacidade para colaborar; habilidade de se comunicar; adotar soluções criativas; pensar criticamente; dar e receber feedback; absorver e desenvolver inovações; apresentar ideias; resolver problemas; comportar-se de forma proativa; ter capacidade para refletir e estabelecer um relacionamento em rede. Palavras-chave: PBL.

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A UTILIZAÇÃO DE PODCASTS COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA PARA O ENSINO DE QUÍMICA

Adriano César Jerônimo da Costa1(PG), Luiz Fernando Pereira1(PG) 1Instituto de Química, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

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Diante das mudanças sociais, ocasionadas, dentre outros fatores, pelos avanços tecnológicos, diversas abordagens têm sido apresentadas com o intuito de potencializar o processo de ensino/aprendizagem. Dentre essas abordagens, as pesquisas recentes em ensino de química têm voltado a sua atenção para o uso de metodologias ativas, destacando-se: Aprendizagem Baseada em Problemas, Aprendizagem Baseada em Projetos, Jigsaw, POGIL, Instrução por Pares e Sala de Aula invertida.

Muito embora essas metodologias tenham como principal fator convergente, o estudante como protagonista, bem como o professor como facilitador do processo de aprendizagem, elas apresentam aspectos que as diferenciam, tais como: a estrutura das atividades, a forma como os estudantes desenvolvem o protagonismo, e a possibilidade de utilização das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC). Na sala de aula invertida, por exemplo, segundo Valente (2018), as informações relacionadas ao conteúdo são transmitidas inicialmente de forma online, antes mesmo da participação presencial do estudante na sala de aula, sendo mais comum a utilização de vídeos gravados pelo professor.

Existem diversas tecnologias que podem contribuir na implementação destas metodologias. Neste trabalho, destaca-se o podcast, conteúdo de mídia em áudio, que segundo Ferreira (2019) apresenta como principais vantagens o fato de ser gratuito e fácil de utilizar, além da portabilidade, disponibilidade e acessibilidade. Uma outra característica importante do podcast, segundo Bottentuit Junior e Coutinho (2009), é o seu caráter inclusivo, tendo em vista que esta ferramenta pode ser utilizada como uma ferramenta de ensino para estudantes com deficiência visual..

Nestes enquadres, apresenta-se neste trabalho uma proposta de aulas de Química em áudio, o canal intitulado Quimicast – O seu podcast de Química. Trata-se de um projeto desenvolvido colaborativamente por professores da rede pública de ensino com conteúdos de Química voltados para o Ensino Médio. Os episódios são produzidos semanalmente por meio das seguintes etapas: levantamento bibliográfico, produção e revisão de roteiro, gravação de roteiro em áudio, edição de áudio, e por fim, upload do arquivo de áudio nas principais plataformas de podcast.

A primeira etapa, levantamento bibliográfico, é feita consultando-se livros do ensino médio e de nível superior, além de artigos de referência. O objetivo é identificar os principais tópicos que serão abordados no podcast. A etapa de produção e revisão de roteiro é feita colaborativamente por meio da ferramenta Google Docs, que permite aos usuários editarem o mesmo arquivo, inclusive, simultaneamente. A gravação do roteiro em áudio, é feita por meio do computador e do gravador de voz de Smartphones. Uma vez gravados, os áudios dos roteiros são submetidos ao processo de edição. A edição de áudio é feita no Audacity, que é um software livre utilizado para edição digital de áudio. Concluída a edição do episódio, é realizada a última etapa, que trata-se do upload do arquivo nas principais plataformas de podcast: Anchor, Apple Podcasts, Google Podcasts, Spotify, entre outras,

Atualmente o projeto possui 19 episódios gravados, contabilizando mais de 2.300 plays, distribuídos em 20 Unidades da Federação, com uma maior porcentagem no Rio Grande do Norte (36%), São Paulo (17%), Paraíba, (11%), Ceará e Rio de Janeiro (5%). Embora a maior porcentagem de ouvintes esteja concentrada no Brasil, há registro de ouvintes em diversos outros países, tais como: Estados Unidos, França, Irlanda, Portugal, México, Espanha, Alemanha, entre outros.

Referências

BOTTENTUIT JUNIOR, J. B.; COUTINHO, C. P. (2009). Podcast uma Ferramenta Tecnológica para auxílio ao Ensino de Deficientes Visuais. In VIII LUSOCOM: Comunicação, Espaço Global e Lusofonia. Lisboa: Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. p. 2114-2126.

FERREIRA, C. R. G. O podcast como recurso educacional na formação inicial de professores. In REDIN – Revista Educacional interdisciplinar. Rio Grande do Sul: FACCAT. v.8, n.1, 2019.

VALENTE, José Armando. A sala de aula invertida e a possibilidade do ensino personalizado: uma experiência com a graduação em midialogia. In: BACICH, Lilian; MORAN, José (Orgs.). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem-teórico prática. Porto Alegre: Penso, 2018. Cap. 1, p. 26-44.

Palavras-chave: Podcast, Metodologias Ativas, Ensino de Química.

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