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U�IVERSIDADE FEDERAL DE PER�AMBUCO CE�TRO DE CIÊ�CIAS DA SAÚDE
DEPARTAME�TO DE CIÊ�CIAS FARMACÊUTICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊ�CIAS FARMACÊUTICAS
Silvio Leandro Gonçalves Bonfim Reis
SÍ�TESE E AVALIAÇÃO PRELIMI�AR DA ATIVIDADE A�TI�OCEPTIVA
E TOXICIDADE DE �OVAS ISOXAZOLIL-ARIL-HIDRAZO�AS
Dissertação de Mestrado
Recife, PE
2008
Silvio Leandro Gonçalves Bonfim Reis
SÍ�TESE E AVALIAÇÃO PRELIMI�AR DA ATIVIDADE A�TI�OCEPTIVA E TOXICIDADE DE �OVAS ISOXAZOLIL-ARIL-HIDRAZO�AS
Orientador: Prof. Dr. Antônio Rodolfo de Faria Co-orientadora: Profa. Dra.Teresinha Gonçalves da Silva
+Bolsista da Facepe
Recife, PE
2008
Dissertação submetida ao Programa de Pós-
Graduação em Ciências Farmacêuticas do
Centro de Ciências da Saúde da UFPE, como
requisito parcial para obtenção do grau de
Mestre em Ciências Farmacêuticas.
Reis, Silvio Leandro Gonçalves Bonfim
Síntese e avaliação preliminar da atividade antinoceptiva e toxicidade de novas isoxazolil-aril-hidrazonas / Silvio Leandro Gonçalves Bonfim Reis. – Recife : O Autor, 2008.
92 folhas. Il: fig., graf ., tab.
Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. CCS. Ciências Farmacêuticas, 2008.
Inclui bibliografia e anexo.
1. Química farmacêutica. 2. Química médica. 3. Síntese química. 4. Isoxazolil-aril-hidrazonas. I. Título.
542.057 CDU (2. ed) UFPE 615.19 CDD (22.ed.) CCS2008-133
U�IVERSIDADE FEDERAL DE PER�AMBUCO
CE�TRO DE CIÊ�CIAS DA SAÚDE DEPARTAME�TO DE CIÊ�CIAS FARMACÊUTICAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊ�CIAS FARMACÊUTICAS LASOF – LABORATÓRIO DE SÍ�TESE ORGÂ�ICA APLICADA A
FÁRMACOS
SÍ�TESE E AVALIAÇÃO PRELIMI�AR DA ATIVIDADE A�TI�OCEPTIVA E TOXICIDADE DE �OVAS ISOXAZOLIL-ARIL-HIDRAZO�AS
BA�CA EXAMI�ADORA:
Presidente: Prof. Dr. Antônio Rodolfo de Faria - UFPE
Membro Interno Titular: Prof
a.Dra. Maria do Carmo Alves de Lima - UFPE
Membro Externo Titular: Prof
a. Dra. Maria Bernadete de Sousa Maia - UFPE
(Departamento de Farmacologia)
Membros Suplentes: Prof. Dr.Dalci José Brondani – UFPE
Prof. Dr.Francisco Jaime Bezerra Mendonça Junior - UEPB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCOCENTRO DE CrENCIAS DA SAUDEDEPARTAMENTO DE CrENCIAS FARMACEUTICASPROGRAMA DE POS-GRADUA<;AO EM CIENCIASFARMACEUTICAS
Dissertayao de Mestrado defendida e APROV ADA, por decisaounanime, em 29 de agosto de 2008 e cuja Banca Examinadora foiconstituida pelos seguintes professores:
PRESIDENTE E EXAMINADOR INTERNO: Prof. D . tonioRodolfo de Faria (DeptO de Ciencias Farmaceuticas da niver idadeFederal de Pernambuco - UFPE).
EXAMINADOR INTERNO: Profa. Dra. Maria do Carmo Alves deLima (DeptOde Antibi6ticos da Universidade Federal de Pernambuco -UFPE)
Assinatura: ~ Jji?/~EXAMINADOR EXTERNO: Profa. Dra. Maria Bernadete de
Sousa Maia (DeptOFisiologia e Farmacologia da Universidade Federal
de Pernambuco - UFPE).
U�IVERSIDADE FEDERAL DE PER�AMBUCO
REITOR
Prof. Dr. Amaro Henrique Pessoa Lins
VICE-REITOR
Prof. Dr. Gilson Edmar Gonçalves e Silva
PRÓ-REITOR PARA ASSU�TOS DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
Prof. Dr. Anísio Brasileiro de Freitas Dourado
DIRETOR DO CE�TRO DE CIÊ�CIAS DA SAÚDE
Prof. Dr. José Tadeu Pinheiro
CHEFE DO DEPARTAME�TO DE CIÊ�CIAS FARMACÊUTICAS
Profa. Dra. Jane Sheila Higino
COORDE�ADOR DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊ�CIAS
FARMACÊUTICAS
Prof. Dr. Pedro José Rolim �eto
VICE-COORDE�ADORA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
CIÊ�CIAS FARMACÊUTICAS
Profa. Dra. Beate Saegesser Santos
DEDICATÓRIA
Dedico à Débora minha noiva e a minha família, pela paciência e compreensão nos
momentos difíceis desta trajetória, minha sincera gratidão! Este trabalho não é só meu.
É, acima de tudo, de vocês!
AGRADECIMENTOS
A Deus pelo dom da vida e pelo fato de ser tão generoso comigo nesta
caminhada.
Ao orientador e grande amigo prof. Dr. Antônio Rodolfo de Faria pela
oportunidade concedida, pelos ensinamentos, pela compreensão e pelo apoio nos
momentos mais difíceis desta trajetória.
À profa. Dra. Terezinha Gonçalves da Silva e Laudelina Magalhães do
Laboratório Bioensaios para Pesquisa de Fármacos (LBPF) do Departamento de
Antibióticos, da Universidade Federal de Pernambuco pela realização dos testes
biológicos.
Aos amigos do laboratório Gleybson, Karina, Leilane, Rafaela, Hugo,
Ronmilson, Keila, Mônica e Keila pelo convívio agradável e momentos de amizade e
descontração, em especial a Valderes pela sinsera amizade, apoio nos momentos difíceis
e grande colaboração para a realização deste trabalho.
Aos amigos da turma de pós-graduação Cleiton, Diogo, Marcos e Fred pelos
momentos divertidos e sofrimento conjunto durante a realização das disciplinas.
Aos técnicos da central analítica do DQF, em especial Ricardo e Eliete.
À Conceição, da secretaria da Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, pelo
seu apoio e paciência com nossas agonias.
A todos os professores que fazem parte do programa de Pós-Graduação em
Ciências Farmacêuticas.
A minha família e a minha noiva Débora, que são o que eu tenho de mais
preciosos nesta vida, pela paciência, compreensão e apoio nos momentos difíceis desta
trajetória.
A FACEPE pelo suporte financeiro.
A VIDA
A vida é uma oportunidade, aproveite-a... A vida é beleza, admire-a...
A vida é felicidade, deguste-a... A vida é um sonho, torne-o realidade... A vida é um desafio, enfrente-o... A vida é um dever, cumpra-o... A vida é um jogo, jogue-o... A vida é preciosa, cuide dela...
A vida é uma riqueza, conserve-a... A vida é amor, goze-o...
A vida é um mistério, descubra-o... A vida é promessa, cumpra-a... A vida é tristeza, supere-a... A vida é um hino, cante-o... A vida é uma luta, aceite-a... A vida é aventura, arrisque-a... A vida é alegria, mereça-a... A vida é vida, defenda-a...
(Madre Teresa de Calcutá)
SUMÁRIO
PARTE 1 – INTRODUÇÃO, REVISÃO DA LITERATURA E OBJETIVOS
1 - Introdução.............................................................................................................2
2 - Revisão da literatura.............................................................................................6
2.1 – isoxazolinas................................................................................................. 6
2.2 – Derivados de hidrazonas ...........................................................................12
3 – Objetivos ............................................................................................................20
3.1 – Objetivos gerais .........................................................................................20
3.2 – Objetivos específicos..................................................................................20
PARTE 2 – ESTUDO QUíMICO
4 – Metodologia .......................................................................................................22
5 – Resultados e discussão .....................................................................................25
5.1 – Obtenção do éster isoxazolínico bicíclico 49.............................................25
5.1.2 – Preparação do trímero da 1-pirrolina 47..........................................25
5.1.3 – síntese do enecarbamato endocíclico N-(benziloxicarbonil)-2-
pirrolina 48...................................................................................................26
5.1.4 – Síntese do clorooximidoacetato de etila – precusor do N-óxido
de nitrila – CEFNO 56..................................................................................26
5.1.5 – Sintese do éster isoxazolínico, via reação de cicloadição 1,3-dipo
lar 49................................................................................................27
5.2 – Desproteção da amina secundária em N6................................................28
5.3 – N-benzoilação da isoxazolina 50 desprotegida com cloretos de benzoila
para substituídos .......................................................................................28
5.4 – Síntese dos álcoois isoxazolínicos 52.......................................................29
5.5 – Obtenção dos aldeídos isoxazolínicos 53 através da oxidação de Swern
dos álcoois isoxazolínicos 52....................................................................30
5.6 – Obtenção das isoxazolil-hidrazonas de 5 membros 54.............................31
6 – Procedimentos experimentais...........................................................................34
PARATE 3 – ESTUDO BIOLÓGICO
7 – Revisão da literaratura........................................................................................54
7.1 – Fisiopatologia da dor ................................................................................54
7.2 – Toxicidade aguda .....................................................................................58
8 – Avaliação da atividade biológica .......................................................................58
8.1 – Materiais ...................................................................................................59
8.2 – Animais .....................................................................................................59
8.3 – Metodologia ..............................................................................................59
8.3.1 – Nocicepção induzida por ácido acético.........................................59
8.3.2 – Toxicidade aguda..........................................................................60
9 – Resultados e discussão .....................................................................................60
9.1 – Nocicepção induzida por ácido acético ....................................................60
9.2 – toxicidade aguda........................................................................................63
PARTE 5 – CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
10 - Conclusões........................................................................................................65
11 - Pespectivas Futuras..........................................................................................66
PARTE 6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E ANEXOS
12 - Referências bibliográficas..................................................................................68
13 – Anexos..............................................................................................................76
13.1 – Espectros selecionados.......................................................................... 76
LISTA DE ESQUEMAS
Esquema 01. Obtenção do éster isoxazolínico bicíclico 49............................................25
Esquema 02. Preparação do trímero da 1-pirrolina 47 .......................................................25
Esquema 03. Síntese do enecarbamato endocíclico N-(benziloxicarbonil)-2pirrolina48....26
Esquema 04. Síntese do clorooximidoacetato de etila 56, precursor do N-óxido de
nitrila –CEFNO............................................................................................................26
Esquema 05. Síntese do éster isoxasoliníco 49, via reação de cicloadição 1,3-dipolar.....27
Esquema 06. Desproteção da amina secundária em N6....................................................28
Esquema 07. N-benzoilação da isoxazolina desprotegida 50 com cloretos de benzoila
para substituídos...................................................................................................................28
Esquema 08. Síntese dos álcoois isoxazolínicos 52...........................................................29
Esquema 09. Obtenção dos aldeídos isoxazolínicos 53, através da oxidação de swern
dos álcoois isoxazolínicos 52...............................................................................................30
Esquema 10. Obtenção de isoxazolil-hidrazonas de 5 membros 54..................................31
LISTA DE FIGURAS
Figura 01. Núcleos isoxazolínicos.....................................................................................03
Figura 02. Função hidrazona......................................................................................03
Figura 03. Isoxazóis, isoxazolinas e isoxazolidinas......................................................06
Figura 04. Fusão do biciclo isoxazolínico com a porção hidrazônica..............................18
Figura 05. Isoxazolil-aril-hidrazonas...................................................................................22
Figura 06. Esquema sintético utilizado na preparação das isoxazoil-aril-hidrazonas........23
Figura 07.Estrutura geral das isoxazolil-aril-hidrazonas.................................................... 61
Figura 08. Gráfico do efeito das hidrazonas 54 sobre a nocicepção, induzida por ácido
acético (1%), em camundongos................................................................................................... 62
Figura 09. Espectros de 1H RMN e 13C RMN de 52a.........................................................76
Figura 10. Espectros de 1H RMN e 13C RMN de 53a.........................................................77
Figura 11. Espectro de infravermelho (pastilha de KBr, cm-1) do composto 53a...............78
Figura 12. Espectros de 1H RMN e 13C RMN de 52b..........................................................79
Figura 13. Espectro de infravermelho (janela de KBr, cm-1) do composto 52b...................80
Figura 14. Espectros de 1H RMN e 13C RMN de 53b...........................................................81
Figura 15. Espectro de infravermelho (pastilha de KBr, cm-1) do composto 53b................82
Figura 16. Espectros de 1H RMN e 13C RMN de 54a..........................................................83
Figura 17. Espectro de infravermelho (pastilha de KBr, cm-1) do composto 54a.................84
Figura 18. Espectros de 1H RMN e 13C RMN de 54b..........................................................85
Figura 19. Espectro de infravermelho (pastilha de KBr, cm-1) do composto 54b................86
Figura 20. Espectros de 1H RMN e 13C RMN de 54c..........................................................87
Figura 21. Espectro de infravermelho (pastilha de KBr, cm-1) do composto 54c................88
Figura 22. Espectros de 1H RMN e 13C RMN de 54d..........................................................89
Figura 23. Espectro de infravermelho (pastilha de KBr, cm-1) do composto 54d................90
Figura 24. Espectros de 1H RMN e 13C RMN de 54e..........................................................91
Figura 25. Espectro de infravermelho (pastilha de KBr, cm-1) do composto 54e................92
LISTA DE TABELA
Tabela 01. Substituintes e rendimentos das N-benzoil-isoxazolinas 51............................28
Tabela 02. Substituintes e rendimentos dos álcoois isoxazolínicos 52.....................................29
Tabela 03. Substituintes e rendimentos dos aldeídos isoxazolínicos..............................30
Tabela 04. Substituintes e rendimentos das isoxazolil-hidrazonas..................................32
Tabela 05. Percentual de inibição das hidrazonas no teste de contorções
abdominais induzidas por ácido acético (1%) em camundongos.........................................61
Título: Síntese e Avaliação Preliminar da Atividade Antinoceptiva e Toxicidade de Novas
Isoxazolil-aril-hidrazonas.
RESUMO
A Química Medicinal, através de estratégias específicas, vem para estudar as razões
moleculares da ação dos fármacos, descrevendo a relação entre a estrutura química e a
atividade farmacológica, com objetivo de planejar, sintetizar e produzir moléculas com
potenciais farmacológicos. Neste trabalho, utilizando a estratégia de hibridização molecular,
através da fusão de dois grupos farmacofóricos, chegamos a novos compostos com atividades
analgésicas potencializadas. Foi realizada a condensação do núcleo isoxazolínico com uma
porção hidrazona, pois segundo a literatura, derivados hidrazonas híbridos de vários
heterociclos têm apresentado interessantes atividades biológicas como antimicrobiana,
anticonvulsivante, antiinflamatória e analgésica. Diante dessas considerações, nosso interesse
foi voltado para a obtenção de isoxazolinas bicícliclas pirrolidínicas com modificação
molecular no radical éster do biciclo, obtendo então novos derivados híbridos (isoxazolil-aril-
hidrazonas). Este estudo possibilitou a expansão da aplicação sintética e biológica de nossa
metodologia. Em nosso trabalho, o enecarbamato �-(benzoiloxicarbonil)-2-pirrolina 48, nosso
material de partida, foi obtido a partir do trímero da 1-pirrolina. Reações de cicloadição 1,3-
dipolar do enecarbamato com o �-óxido de nitrila CEFNO resultaram no cicloaduto
isoxazolínico bicíclico 49. Após hidrogenólise do cicloaduto 49 e �-benzoilação do mesmo,
derivados isoxazolínicos, �-benzoilados 51, com função éster em C3 foram obtidos. Os
ésteres isoxazolínicos �-benzoilados 51 foram reduzidos aos respectivos álcoois 52, com
NaBH4, onde posteriormente foram oxidados aos aldeídos isoxazolínicos 53, em C3, através
do método de Swern. Por último, realizamos as reações de condensação dos aldeídos
isoxazolínicos 53 com diversas fenil-hidrazinas p-substituídas, obtendo-se assim as isoxazolil-
aril-hidrazonas puras 54 e apresentando rendimentos entre 50% e 60%. Estes novos
compostos foram submetidos a testes biológicos, onde apresentaram excelentes resultados
para testes preliminares de atividade analgésica, além de baixa toxicidade. Os Compostos 54a
e 54f apresentaram, respectivamente, 85,8% e 76% de inibição das contorções abdominais
induzidas por ácido acético sendo superior ao fármaco padrão (dipirona), o qual apresentou
59%.
Palavras-chaves: 2-isoxazolina, hidrazonas, atividade antinoceptiva
Title: Syntheses and Preliminary Evaluation of antinoceptiva activity and toxicity of novel
isoxazolyl-aryl-hydrazones.
ABSTRACT
The Medicinal Chemistry, through specific strategies, comes up with explanations for the
action of drugs, describing the relation between chemical structure and pharmacologic
activity, aiming to plan, synthesize and produce molecules with pharmacologic potential. In
this work, utilizing molecular hybridization strategy, through the combination of two
pharmacophores, we obtained novel compounds with potentiated analgesic activity. It was
realized the condensation of isoxazolinic nucleus with an hydrazone moiety, since, according
to literature, hydrazone hybrids derivative from various heterocyclic compounds have
presented interesting biological activities such as, antimicrobial, anticonvulsant, anti-
inflammatory and analgesic. Facing these considerations, our interest was the obtainment of
bicyclic pyrrolidinic isoxazolines with molecular modification on ester radical of the bicycle,
obtaining novel hybrid derivatives (isoxazolyl-aryl-hydrazones). This study allowed the
expansion of biological and synthetic application of our methodology. In our work, the
enecarbamate �-(benzyloxicarbonyl)-2-pyrroline 48, our starting material, was obtained from
1-pyrroline trimer. 1,3-dipolar cycloaddition of enecarbamate with nitrile oxide CEFNO
resulted on the aza-bicylic isoxazoline cycloaduct 49. After hydrogenolisis and �-
benzoylation of the cycloaduct 49, isoxazolinic �-benzoylated derivatives 51, with an ester
function on C3 were obtained. The isoxazolinic �-benzoylated esters 51 were reduced to the
respective alcohols 52, with NaBH4, then posteriorly were oxidized to isoxazolinic aldehydes
53, on C3, through Swern oxidation. Finally, it was realized condensation reactions of
isoxazolinic aldehydes 53 with several phenylhydrazines p-substituted, obtaining pure
isoxazolyl-aryl-hydrazones 54, presenting a yield between 50% and 60%. These novel
compounds were submitted to biological tests, in which presented excellent results for
preliminary test of analgesic activity, besides showing low toxicity. The analgesic activity of
isoxazolyl-aryl-hydrazones was performed using the acetic-induced mice abdominal
constrictions test. The compounds 54a e 54f presented, respectively, 85,8% e 76% of
inhibition on the abdominal contortions induced by acetic acid, being superior to the standard
drug (dipyrone), which presented 59%.
Keywords: 2-isoxazoline, hydrazones, antinoceptive activity
I�TRODUÇÃO
2
1- I�TRODUÇÃO
A Química Medicinal estuda as razões moleculares da ação dos fármacos de
maneira a descrever a relação entre a estrutura química e a atividade farmacológica,
hierarquizando as diferentes contribuições funcionais. 1 Com isso têm-se como objetivo
o desenvolvimento, síntese e produção de moléculas com potencial uso terapêutico. 2
No contexto inverso, inclui-se o planejamento e o desenho estrutural de novas
substâncias que possuam propriedades farmacoterapêuticas úteis, capazes de
representarem novas entidades químicas, candidatas a protótipos de novos fármacos, de
uso seguro.
De forma heurística, para a identificação de um novo composto-protótipo ou
uma nova entidade química que possa representar novo candidato a fármaco, elege-se o
melhor alvo farmacológico para aquela aplicação terapêutica e, em função do
conhecimento da estrutura disponível sobre este receptor, identifica-se a melhor
estratégia que possa construir a arquitetura molecular do novo ligante desejado.
Diversas estratégias modernas de desenho molecular de novos protótipos são
conhecidas em função do mecanismo de ação pretendido, seja inibição enzimática,
reversível ou não, ou agonismo/antagonismo, competitivo ou não, do receptor, que
dependem do nível de conhecimento de sua topografia. 3
Quando não se conhece a estrutura do biorreceptor-alvo, a estratégia mais
empregada fundamenta-se na variação da similaridade molecular do agonista natural, de
forma que se identifique um análogo ativo, reflexo de suas propriedades
farmacodinâmicas, que governam seu reconhecimento molecular pelo biorreceptor.
Uma vez comprovada a atividade farmacológica desejada do novo análogo-ativo, por
meio de protocolos farmacológicos in vivo, têm-se um novo composto-protótipo,
candidato ao novo fármaco pretendido. 4
Um dos métodos para obtenção de novos fármacos, a hibridação molecular,
propicia inúmeras vantagens, como por exemplo, obtenção de moléculas com
propriedades farmacológicas superiores; possibilidade de elucidar a relação estrutura-
atividade da molécula e emprego dos mesmos métodos de ensaios biológicos utilizados
para o protótipo dos novos derivados híbridos. Dessa forma, através da modificação
molecular é possível descobrir o grupamento farmacofórico essencial e obter fármacos
que apresentem propriedades mais desejáveis que o protótipo, em potência,
especificidade, duração de ação, menor toxicidade e maior estabilidade 5,6.
3
N
N
O
O
NH2O
H
H
R
N
N
O
R1H
HR2
12
345
6O
N12
34
5
1 2 3
Figura 01 - Núcleos isoxazolínicos
Existem relatos que muitas substâncias que possuem em suas estruturas o
núcleo 2-isoxazolina 3, apresentam inúmeras e importantes atividades biológicas, como
por exemplo, a ação antiinflamatória e analgésica. 7,8
Derivados amidas 1 (figura 1) contendo o núcleo 2-isoxazolínico aza-bicíclica,
foram obtidos em nosso laboratório e submetidos à avaliações biológicas. Excelentes
resultados foram observados, como atividade anti-inflamatória comparável à
indometacina (fármaco padrão), assim como indícios ação no Sistema Nervoso Central,
evidenciada através dos ensaios de toxicidade aguda e com provável ação analgésica. 9
Em relação à função hidrazona (figura 2), ela também tem sido bastante relatada
na literatura em processos que envolvem a hibridação molecular. Derivados híbridos de
hidrazonas, com vários heterociclos, têm apresentado interessante atividade
analgésica.10
H N
R2
R1
H
Figura 02 – Função hidrazona
4
Diante dessas considerações, nosso interesse tem se voltado para a obtenção de
isoxazolinas bicícliclas pirrolidínicas, com modificação molecular na posição “3” do
biciclo 2, visando a obtenção de novos derivados híbridos, contendo o novo
heterobiciclo 2 e a função hidrazona, com o objetivo de uma possível potencialização da
atividade analgésica ou até descoberta de novas atividades farmacológicas desses novos
compostos.
.
REVISÃO DA LITERATURA
6
2- REVISÃO DA LITERATURA
2.1- ISOXAZOLINAS
Heterociclos de 5 membros, contendo átomos de oxigênio e nitrogênio ligados
entre si, tem despertado grande interesse, devido ao grande potencial biológico que estas
substâncias apresentam.
Estes heterociclos são classificados de acordo com o grau de oxidação do anel
heterocíclico e apresentam propriedades químicas distintas, inerentes às suas estruturas:
Isoxazóis 4, totalmente oxidados e aromáticos, Isoxazolinas 3, parcialmente oxidadas e
Isoxazolidinas 5, totalmente reduzidas (fig. 3).
3a
ON
ON
ON
3c3b5
ON
42-Isoxazolina 3-Isoxazolina 4-Isoxazolina
ON
1
2
34
5
1
2
34
5
34
5
1
2
34
5
1
2
34
5
1
2
Figura 03 - Isoxazóis, isoxazolinas e isoxazolidinas
Dos heterociclos descritos acima, particularmente as isoxazolinas 3a despertam
grande interesse em estratégias sintéticas, visando a obtenção de substâncias com
potenciais atividades biológicas. A seguir serão descritos e discutidos de forma
representativa relatos da literatura, sobre isoxazolinas, como por exemplo, ocorrência
natural, atividades biológicas e aplicações terapêuticas, métodos de obtenção e
aplicação sintética, ilustrando a grande importância químico-biológica das mesmas.
7
2.1.2 - OCORRÊNCIA NATURAL
A incidência natural de 2-isoxazolinas é bem restrita, sendo encontrado
basicamente em algumas espécies de esponjas marinhas, como espiro-compostos.
Alcalóides isoxazolínicos 6 e 7 foram isolados da esponja Aplisina aerophoba e
estão envolvidos no mecanismo de defesa da esponja contra peixes predadores. Estas
isoxazolinas são precursoras de substancias tóxicas formadas por catálise enzimática. 11
BrH3CO
Br
HO ON
N
O N
N
H H
BrH3CO
Br
HO ON
NH(CH2)4
O
N
O
ON
Br OCH3
Br
OH
6 7
Uma espiroisoxazolina natural 8, um alcalóide isolado da esponja Aplisina
gerardogreeni apresentou-se biologicamente ativa, com ação efetiva contra
Mycobacterium tuberculosis.12, 13
Br
OCH3
Br
HO
O
NN
O
H
NHN
OH
HO NH
O
OH
NH2
8
2.1.3 - ATIVIDADE BIOLÓGICA E APLICAÇÃO TERAPÊUTICA
A literatura relata vários exemplos de compostos bioativos, contendo o núcleo 2-
isoxazolina, que tem apresentado os mais diversos tipos de atividade biológica,
compreendendo desde atividade herbicida e antimicrobiana até atividade
neurotransmissora.
8
A 2-isoxazolina 9, apresentou excelente seletividade e potente atividade
herbicida contra diversas espécies de ervas daninhas, principalmente em culturas de
arroz. Os estudos de toxicidade em camundongos revelaram que 9 apresenta baixa
toxicidade, com DL50 acima de 5000 mg/Kg.14
ON
S
H3C
O
F
F
CH3
9
Penicilinas semi-sintéticas comerciais, tais como Oxacilina e Cloxacilina 10,
possuem em sua cadeia lateral o radical isoxazolila. Carbapenens 11 contendo
isoxazolinas como radical, tem apresentado potente atividade antibacteriana.15
N
S
OCOOH
N
O
O
N
R1
R1 = H - OXACILINAR1 = Cl - CLOXACILINA
11
N
O
HH
CO2H
OH
SN
O
N
H
CO2Et
10
Recentemente foi relatada uma série de heterociclos inibidores da biossíntese de
lipídios, que apresentam atividade contra bactérias Gram negativas. Estes heterociclos
tem como núcleo base uma 2-isoxazolina. O derivado mais potente desta série, a
isoxazolina 12 teve excelente atividade contra Escherichia coli. 16
MeO
NO
NHOH
O
12
Excelentes resultados foram relatados quando derivados de 2-isoxazolinas 13 e
14, tendo o anel imidazol como substituinte na posição 3 do núcleo isoxazolínico, foram
9
submetidos a testes antifúngicos, apresentando Concentração Mínima Inibitória – CMI
contra Aspergillus flavus e Fusarium moniliforme bem superior à droga antifúngica
Nistatina, usada atualmente na terapêutica17, mostrando assim o incremento da
atividade anti-fúngica, devido à introdução do núcleo da 2-isoxazolina.
NO
OH
NHN
Cl
Bu
NO
O
O
NHN
Cl
Bu
13 14
A 2-isoxazolina dissubistituída 15 apresentou atividade espermicida e anti HIV
com mais de 95% de redução do vírus. 18
ON
O
Br
Br
15
Potente atividade antiviral contra o vírus da influenza humana foi apresentada
para uma série de derivados de 2-isoxazolinas. Das substâncias estudadas, o protótipo
16 apresentou a maior atividade antiviral e uma baixa citotoxicidade. 19
O N
tBu N
O
CN
NO
H
16
Um dos protótipos da série apresentou excelente controle do vírus H1N1 para
uma dose de 3ug/mL, com atividade bastante superior à Amantadina, uma droga
antiviral comercial.
Atualmente tem se pesquisado muito sobre doenças que envolvem o processo de
adesão celular, tais como trombose, metástases e osteoporose. 20
Substâncias contendo 2-isoxazolinas em suas estruturas são relatadas como
antagonistas dos receptores da superfície celular, glicoproteína IIb/IIIa, impedindo a
10
ligação do fibrinogênio e conseqüentemente a agregação plaquetária, sendo portanto,
um atrativo representante do arsenal terapêutico no tratamento de aterosclerose e
trombose. Entre essas, estão as 2-isoxazolinas-3,5-dissubstituídas 17 e 18. 21
H2N
HN
N O O
NCO2H
H
H2N
HN
N O O
NCO2CH3
HN
O
OH
1718
Também com relação à atividade antitrombótica, recentes estudos mostraram 2-
isoxazolinas, exemplificada pela molécula 19, como potentes inibidores do fator Xa,
responsável pela catálise na produção de trombina a partir de protrombina, um dos
mecanismos envolvidos na cascata da coagulação sanguínea.22 A inibição do fator Xa
tem surgido como um alvo atrativo para aplicação terapêutica potencial no tratamento
de trombose venosa e arterial. 23
Na literatura há também muitos relatos de atividade antiinflamatória e
analgésica para sustâncias que apresentam o núcleo 2-isoxazolina.
Relatou-se recentemente drogas esteroidais, contendo o núcleo 2-isoxazolina em
sua estrutura, que apresentaram excelente atividade antiinflamatória e alta afinidade
com os glicoreceptores. As drogas esteroidais 20 e 21 apresentaram-se 5 e 5,3 vezes
respectivamante mais potente que a prednisolona, um corticosteróide usado na
terapêutica.24 Nestes exemplos, percebe-se claramente que a introdução do núcleo 2-
isoxazolina foi responsável pelo incremento da atividade antiinflamatória apresentada
pelo núcleo esteroidal.
ON
O
NSO2NH2
HN NH2
H
NN
19
11
20 21
O
O
EtO
O
ON
F
O
O
OH
EtO
O
ON
F
A fosfolipase A2 consiste em uma classe de enzimas que catalisa a hidrólise de
fosfolipídios da membrana celular no Ácido Araquidônico, este é metabolizado pelas
Ciclooxigenases 1 e 2 (COX) e Lipoxigenases, na produção dos mediadores
inflamatórios, tais como prostaglandinas, leucotrienos, tromboxanos etc. Substâncias
capazes de inibir o desencadeamento dos processos inflamatórios são conhecidas como
Agentes Antiinflamatórios.
Novos derivados de 2-isoxazolinas apresentaram ação inibitória da fosfolipase
A2, impedindo assim a formação do processo inflamatório. Alguns protótipos,
representados pelas substâncias 22 e 23, tiveram ação antiinflamatória bastante superior
ao padrão Ácido Ursólico. 25
NN
Bu
Cl
NO CN
NN
Bu
Cl
NO Ph
22 23
Derivados de 2-isoxazolinas, representados pela substância 24, apresentaram
atividades inibidoras de enzimas proteolíticas, envolvidas em processos inflamatórios
crônicos, como artrite reumática, enfisema pulmonar, entre outros, relatados por
Groutas et all. 26
N
O
O
O
OSO2Me
24
12
2.2 – DERIVADOS DE HIDRAZONAS
Diante de relatos da literatura derivados de hidrazonas têm mostrado que
apresentam diversos potenciais farmacológicos; como atividade antimicrobiana,
antifúngica, antiagregante, antitumoral, antiturbeculose, antiinflamatória e analgésica. 27
Nas últimas décadas a crescente prevalência de várias drogas resistentes
infecções microbianas tornou-se um grave problema de saúde. A busca de novos
agentes antimicrobianos permanecerá como uma importante e difícil tarefa para química
medicinal. 5
Uma série de compostos hidrazônicos 25 e 26 derivadas da hidrazida 1,2-
benzotiazol, foram sintetizadas por Vicini et all e a avaliação da atividade antibacteriana
e antifúngica revelou uma potente ação antimicrobiana, expressa pelos valores da
Concentração Mínima Inibitória (CMI), comprovando a importância do grupo
hidrazona para atividade. 28
N
S
O
N HC Cl
N
S
NHO
N HC
NO2
25 26
Atividade antibacteriana de hidrazidas e hidrazonas é também relatada por
vários outros autores. 29, 30
Güniz et all relatam em vários trabalhos, atividade antituberculose para várias
hidrazonas. A hidrazona 27 apresenta percentual de inibição da Mycobacterium
tuberculosis semelhante ao antibiótico rifampicina. 31
NN
H3C
O
H3C O
N
O
N O
H
H
27
13
O Composto 28 é um anti-séptico intestinal, enquanto que o 29 apresentou uma
alta atividade inibitória em ratos infectados com diferentes cepas de Mycobacterium
tuberculosis H37Rv. 32
HON N
H OH
O
NO2
28 29
N N
H OH
O
NO2
N
Uma série da arilhidrazona foi sintetizada, a fim de determinar as suas
propriedades antimicrobianas. O Composto 30 apresentou uma significativa atividade
contra o Estafilococos aureus, enquanto que 31 apresentou uma boa atividade contra o
Micobacterium fortuitum.33 Comprova com isso da importância da estrutura hidrazônica
para o incremento do potencial biológico.
�
�
�
S
�
�H
O
O
OH
�
�
�
O
�
�H
O
H
O
O
30 31
Seis Análogos do composto 32 foram sintetizados através da variação do
substituinte na posição para do grupamento benzoíla e do heteroátomo do anel
heterocíclico. Foram feitos vários testes microbiológicos e os compostos apresentaram
atividade antimicrobiana contra o Estafilococos aureus ATCC 25923, na concentração
de 0.16-63.00 µ g / mL. 34
RN
O
N
H
H
XNO2
32
14
A hidrazona 33 foi testada em diversos microorganismos e apresentou atividade,
contra o Estafilococus aureus, semelhante à ceftriaxona que é uma cefalosporina de
terceira geração, muito utilizada em infecções por microrganismos gram positivo e
negativo. 35
FN
O
N
H
H
ONO2
33
Uma série de derivados de hidrazona, sintetizada a partir de derivados do
colesterol 34, foi avaliada quanto à atividade contra diversos microorganismos
patógenos. Os derivados do Tosil-hidrazona colesterol foram os compostos que
apresentaram melhores resultados contra a Candida albicans. 36
N
NHR
34
Uma variedade de drogas antitumorais está atualmente em uso clínico. A
procura de novas drogas conduziu à descoberta de novas hidrazonas com esse potencial
biológico, como a hidrazona 35. Alguns desses novos compostos mostraram inibição
máxima de até 70% do crescimento tumoral. 37
N
N
HO
H
NO2
NO2
35
15
Outras substâncias, sintetizadas recentemente, também apresentaram atividades
antitumorais. O mais ativo dos compostos da série foi a hidrazona heterocíclica 36a, que
apresentou uma excelente inibição do crescimento tumoral, contra todas as linhagens de
células utilizadas. 38
N
N
N
N
S
CH3H
N
N
N
N
S
H
CH336a 36b
A hidrazona 37 foi testada para averiguar a atividade antitumoral. Esse
composto apresentou uma potente ação de inibição proliferativa contra diversas
linhagens celulares, apresentando uma potencia semelhante à Mercaptopurina contra os
tumores hematológicos. 39
NS
NH
O
N
HO
H
37
Um novo composto bioativo da série �-aci-lhidrazona 38 apresentou um
excelente potencial biológico para atividade cardiovascular. Esse composto 38a
apresentou-se sete vezes mais potente do que algumas drogas comerciais utilizadas para
atividades ionotrópicas e vasodilatadoras. 40
O
O
N
O
N
H
SCH3
38a
16
Os antiinflamatórios não esteróidais (AINES) têm uma ampla utilização clínica
para o tratamento de diversos tipos de patologia.
Existem duas isoformas de ciclooxigenase (COX) que é a COX1 e a COX2.
Estas enzimas são responsáveis por processos biológicos e inflamatórios do nosso
organismo. Portanto, com a inibição das COX teríamos um bloqueio na produção de
mediadores da inflamação.
A �-(2-piridinil)-hidrazona 39 apresentou uma inibição do processo inflamatório
de 79 % na dose de 80,1 µ mol / kg.
Algumas evidências sugerem que o grupamento hidrazona presentes nestes
compostos possuem um caráter farmacofórico para a inibição da COX. Os autores
também descreveram resultados relativos ao mecanismo de ação dessa série e seus
derivados na agregação plaquetária. Foi sugerido o mecanismo de complexação ao
cálcio. Por fim o composto 39 foi capaz de se complexar ao Ca+2, in vitro, na
concentração de 100 µ M. Isso é um indicativo de que a série destes compostos pode
apresentar uma atividade antiagregante plaquetária. 41
N N
H
N
H
O
39
Uma nova série de compostos, que pertencem à classe das �-acil-aril-hidrazonas
40, foram sintetizadas a partir do composto natural safrol e submetida a testes de
analgesia. Os resultados foram excelentes, apresentando potencial analgésico superior à
dipirona e indometacina, que são drogas utilizadas como padrão, para testes de
analgesia e inflamação respectivamente. 42
O
ON
O
N H
NCH3CH3
H
40
17
A atividade anti-plaquetária de derivados tricíclicos acil-hidrazona 41 foi
avaliada pela sua capacidade de inibir a agregação plaquetária do plasma de coelhos,
rico em plaquetas induzidas pelo FAP (fator de agregação plaquetária), na concentração
de 50 nM. Foi evidenciado, com os resultados, que dois derivados do composto 41, que
foram avaliados na concentraçao 10 µ M, apresentaram, respectivamente, 10,4 e 13,6%
de potencial na inibição. 43
NN N
S
NN
HAr
H
OH
OH3C
H
41
Barrreiro et all relataram a síntese de novas aril-hidrazonas 44 e acil-aril-
hidrazonas 45, sendo observados excelentes resultados para atividade analgésica. A
analgesia proporcionada pela arilhidrazona 42 foi muito próxima da obtida com a
dipirona. Já a analgesia observada com a acil-arilhidrazona 43 foi superior ao efeito da
dipirona.
NN
N
Ph
H3CHN
N
H
OCH3
NN
N
Ph
H3C
N
O
N
O
O
H
42 43
A atividade anticonvulsivante também tem sido relatada para compostos
híbridos de hidrazonas. Dimmock et all sintetizaram uma série �-acetil-hidrazonas,
onde o composto 44 apresentou uma excelente atividade anticovusivante, sendo assim
um possível candidato a um novo fármaco. Os resultados obtidos revelaram que �-
acetil-hidrazonas são mais promissoras para esta atividade. 46
18
CN
NH3C
O
H
Cl44
A hidrazona 45, obtida por Çakir et all, também apresentou atividade
anticonvulsivante significativa, sendo evidenciada a importância da porção hidrazona
para esta atividade. 47
N
S
O
O
NH N CH3
45
Sendo conhecidas as atividades farmacológicos das isoxazolinas pirrolidínicas
biciclas, sintetizadas em nosso laboratório 9, como discutido anteriormente, acreditamos
que a junção da funcionalidade hidrazona, no qual foi relatada na literatura como grupo
farmacofórico, à porção éster da isoxazolina bicíclica em C3, seja de grande
importância farmacológica para estes inéditos heterociclos.
R1Porção hidrazônica
Pirrolidina[3,2-d]-2-isoxazolina(núcleo base das novas drogas)
N
N
O
R2
NHN
HH
H
Figura 04 – Fusão do biciclo isoxazolínico com a porção hidrazônica
OBJETIVOS
20
3- OBJETIVOS
3.1 - Objetivos Gerais
Exploração química e biológica do heterociclo 2-isoxazolina aza-bicíclica,
introduzindo o grupamento hidrazona, conhecido farmacóforo para atividade analgésica,
através da modificação molecular (hibridação).
3.2 - Objetivos específicos
• Síntese do material de partida, o enecarbamato �-(benziloxicarbonil)-2-pirrolina
48.
• Síntese do éster isoxazolínico 49, através de reação de cicloadição 1,3-dipolar do
enecarbamato 48 com óxido de nitrila CEFNO.
• Redução da função éster em C3 da isoxazolina 49, ao respectivo aldeído
isoxazolínico 53.
• Condensação dos aldeídos isoxazolínicos 53 com hidrazinas aromáticas, para
produção das isoxazolil-aril-hidrazonas 54.
• Purificação e determinação de algumas propriedades físico-químicas (ponto de
fusão e Rf) e elucidação estrutural de todas as substâncias acima por
espectrometria de RMN, e IV.
• Avaliação da atividade analgésica e toxicidade dos novos híbridos isoxazolil-
aril-hidrazonas 54 sintetizados.
ESTUDO QUÍMICO
22
4 – METODOLOGIA
Como mencionado anteriormente, segundo a literatura, derivados hidrazonas
apresentam inúmeras atividades biológicas, entre elas antiinflamatória e analgésica. A
introdução dessa funcionalidade em derivados do novo heterociclo pirrolidina[3,2-d]-2-
isoxazolina, obtido em nossos estudos prévios, poderá possivelmente incrementar ou
induzir novas atividades biológicas, visto que as novas amidas isoxazolínicas 1,
contendo o novo heterociclo, se mostraram intensamente ativas no organismo vivo
(testes de atividades antiinflamatória e analgésica).
Vale salientar que a função hidrazona dos derivados descritos na literatura se
apresenta como farmacóforo dos mesmos, tendo anéis aromáticos como núcleos base.
Nossos derivados obtidos, anteriormente, não possuem núcleo aromático, mas sim uma
isoxazolina bicíclica, além de dois diferentes sítios de susbtituição (porção benzoila e
porção fenílica da hidrazona).
Diante disso, foi feita a junção do nosso núcleo (isoxazolínico) �-benzoilado
com a funcionalidade hidrazona (farmacóforo), e avaliado se houve a manutenção ou
incremento das atividades anti-inflamatória e analgésica (figura 04).
N
N
O
O
NHN
HH
H
R1
R2
hidrazonafarmacóforo(analgesia)
pirrolidina[3,2-d]-2-isoxazolina(núcleo base das novas drogas)
benzoila
Figura 05 - Isoxazolil-aril-hidrazonas
23
Foram utilizados os derivados isoxazolínicos já estudados em nosso grupo, com
o grupamento R2 variando em posição para (Cl, F) e também hidrazinas para-
substituídas, variando-se o grupamento R1 (Cl, F, OMe).
Os substituintes “R“ variam, desde grupamentos elétron-atratores a elétron-
doadores, para averiguarmos possíveis diferenças reacionais na formação das
hidrazonas, assim como diferenças nas atividades biológicas das mesmas, devido aos
efeitos eletrônicos.
N
N
O
OO
H
HH
50
b
N
O
N
O
H
H
NHN
H
R2
R1
5453
N
O
N
O
O
H
H
H
R2
c
N
OO
48
N N
N
47
N
H
46
a
de
f
g h
N
O
N
O
H
H
OH
R2
52
N
N
O
OO
H
H
O
R2 49
N
O O
N
O
OO
H
H
51
Figura 06 - Esquema sintético utilizado na preparação das isoxazoil-aril-hidrazonas.
24
O enecarbamato 48, material de partida de nosso trabalho, foi obtido a partir da
pirrolidina 46. 48, 49 Após a cicloadição 1,3-dipolar do enecarbamato 48 com óxido de
nitrila, o cicloaduto isoxazolínico 49 foi obtido. 50
Para a introdução dos grupamentos benzoíla em N6, fez-se necessária
primeiramente, uma hidrogenólise do grupo Cbz. Os derivados �-benzoilados 51
obtidos tiveram a funcionalidade éster em C3 reduzida aos respectivos álcoois 52. 51
A oxidação de Swern, dos álcoois 52, propiciou a obtenção dos aldeídos 53, que
após condensação com algumas fenil-hidrazinas para-substituídas, levou à formação
dos compostos híbridos 54, as isoxazolil-aril-hidrazonas. 52,53,54 Seis hidrazonas 54
foram obtidas, variando-se os grupamentos R1 e R2.
25
5 - RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 - OBTENÇÃO DO ÉSTER ISOXAZOLÍNICO BICÍCLICO 49 :
N
H
N N
NN
OO
O
N
N
OO
O O
84% 67%71%
a b c
46 47 48 49
Esquema 01
Para obtenção do éster 49, material de partida de nosso trabalho, foi utilizada a
metodologia desenvolvida e amplamente dominada por nosso grupo, já relatada em
trabalhos anteriores.
O éster isoxazolínico 49 foi obtido em quantidades multi-gramas a partir do
enecarbamato endociclico 48, através de reação de cicloadição 1,3-dipolar (reação c).
5.1.2 - PREPARAÇÃO DO TRÍMERO DA 1-PIRROLI�A 47 55
N N
N
47
A ∆1-pirrolina 46a, intermediário chave na síntese dos enecarbamatos e
enamidas endocíclicas de 5 membros, foi obtida através da oxidação catalítica da
pirrolidina, pelo perssulfato de sódio, em meio básico e AgNO3 como catalisador.
26
Devido à sua grande reatividade e instabilidade, o monômero 46a trimeriza no
meio reacional, formando o respectivo trímero 47, que é isolado convenientemente. 56
N
H
N N
N
N
25%Na2S2O8
NaOH(aq)AgNO3 cat.
00CH2O
84%
46 46a 47
Esquema 02
5.1.3 - SÍNTESE DO ENECARBAMATO ENDOCÍCLICO N- (benziloxicarbonil)-2-
pirrolina 48 48, 49
N N
N
N
O O
Cloroformatode benzila
- 780CTEA
67%
4847
Esquema 03
O Enecarbamato endocíclico de 5 membros 48, utilizado neste trabalho, foi
obtido através da �-acilação da ∆1-pirrolina 46a , à -78°C. De início, foi feita a
oxidação da pirrolidina 46 comercial, em seguida, devido à intabilidade da 1-pirrolina,
seu trímero 47 foi utilizado prontamente para a obtenção do enecarbamato 48.
5.1.4 - SÍNTESE DO CLOROOXIMIDOACETATO DE ETILA 56, PRECURSOR DO N-
ÓXIDO DE NITRILA – CEFNO. 56
Cl H3N
OEt
O
EtOCl
N
O
OH
1) HCl conc.
2) NaNO2
Agitação
55 %55 56
0 0C
Esquema 04
27
O óxido de carboetoxiformonitrila (CEFNO), utilizado na reação de cicloadição
1,3-dipolar, foi obtido in situ, através do seu precursor clorooximidoacetato de etila 56.
O precursor do �-óxido de nitrila, clorooximidoacetato de etila 56, foi preparado
através da oxidação da glicina esterificada 55, por nitrito de sódio, em meio ácido (HCl
conc..).
Devido a sua grande estabilidade, ele pode ser armazenado em grandes
quantidades por longo período e utilizado conforme necessidade. O precursor do dipolo
foi obtido como cristais brancos por cristalização em hexano, com um rendimento de
55%, conforme a literatura.
5.1.5 - SÍNTESE DO ÉSTER ISOXASOLINÍCO 49, VIA REAÇÃO DE CICLOADIÇÃO
1,3-DIPOLAR 50
60a
CO2Et
C
N
O
O
N
N
OO
O O
N
OO
48 49
Clorofórmiot.a.71%
Clorooximidoacetato de etilaTEA
Esquema 05
A síntese do éster isoxazolínico 49 procedeu-se através da reação de cicloadição
1,3-dipolar do enecarbamato 48 com o óxido de nitrila CEFNO 55a, esta reação foi
desenvolvida por nosso grupo de pesquisa e relatada em trabalhos anteriores.
O cicladuto 49 foi sintetizado de forma régio e diasteroespecífica, obtendo-se o
racemato do mesmo. O �-óxido de nitrila, CEFNO 55a, é formado in situ a partir de seu
precursor clorooximidoacetato de etila.
28
5.2 - DESPROTEÇÃO DA AMINA SECUNDÁRIA EM N6.
O
N
N
H
OO
O
N
N
OO
O O
4950
t.a.
Pdº/C
MeOH
H2
Quantitativo.
Esquema 06
Esta desproteção foi realizada com intuito de não termos a necessidade de
realizarmos várias reações de cicloadição, com diversas �-benzoil-enamidas. Desta
forma, as �-benzoil-isoxazolinas poderiam ser obtidas através da �-benzoilação da
amina secundária desprotegida 50 com os respectivos cloretos de benzoila para-
substituídos. As reações de �-benzoilação são menos dispediosas e menos trabalhosas
do que as reações de síntese de diferentes enamidas.
A hidrogenólise, do grupo Cbz de 49, ocorreu de forma quantitativa, sendo o
produto 50 utilizado sem prévia purificação.
.
5.3 - N-BENZOILAÇÃO DA ISOXAZOLINA DESPROTEGIDA 50 COM CLORETOS
DE BENZOILA PARA SUBSTITUÍDOS.
O
N
N
H
OO
O
N
N
OO
O
R2
50 51
O Cl
R2
TEA(seco)
CHCl3(seco)
t.a.
Esquema 07
COMPOSTO SUBSTITUI�TE RE�DIME�TO (%)
51a R2 =Cl 85 %
51b R2 = F 78 %
Tabela 01 – Substituintes e rendimentos das N-benzoil-isoxazolinas 51
29
As �-benzoil-isoxazolinas 51a e 51b poderiam ser obtidas a partir das
respectivas �-benzoil-enamidas, através de reações de cicloadição 1,3-dipolar. No
entanto, duas enamidas deveriam ser sintetizadas, uma para cada �-benzoil-isoxazolina,
de acordo com o grupamento R2. As reações de �-benzoilação são simples, rápidas e
apresentam excelentes rendimentos.
5.4 - SÍNTESE DOS ÁLCOOIS ISOXAZOLÍNICOS 52. 51
O
N
N
OO
O
R1
00CMeOH
NaBH4
51 52
O
N
N
OH
O
R1
Esquema 08
COMPOSTO SUBSTITUI�TE RE�DIME�TO (%)
52a R2 =Cl 77 %
52b R2 = F 86 %
Tabela 02 - Substituintes e rendimentos dos álcoois isoxazolínicos 52
Como mencionado na metodologia deste trabalho, a tentativa de redução direta
do éster em C3 ao respectivo aldeído foi infrutífera. Utilizando-se DIBAL-H ou
superhidreto [(Et3AlH)Li], o éster 51 permaneceu intacto no meio reacional. Uma
possibilidade para contornar este problema, seria a redução do éster ao respectivo álcool
52 em C3.
A utilização de um redutor forte tipo LiAlH4, seria incoveniente, pois, além do
éster em C3, a amida em C7 também seria reduzida.
Tentou-se a redução com NaBH4, no qual ocorreu a redução seletiva do éster em
C3. No entanto, dependendo da qualidade do NaBH4 utilizado, ocorria uma
transesterificação, formando o éster metílico em C3 (metanol foi utilizado como
solvente). O éster metílico, ligeiramente mais polar que o éster etílico, foi caracterizado
30
por 1H RMN. Portanto, ao utililizarmos o redutor NaBH4 de melhor procedência, o
álcool em C3 foi produzido sem maiores empecilhos.
A transesterificação, provavelmente ocorreu com NaBH4 de baixa qualidade,
devido à presença de ácido de Lewis BH3, ou alguns de seus derivados. Apesar da
redução de éster com NaBH4 ao respectivo álcool não ser tão trivial, temos verificado
em outros trabalhos de nosso grupo de pesquisa, uma reatividade bem peculiar deste
“imino-éster”, inclusive amonólise seletiva do éster em C3, quando outra
funcionalidade éster está presente na estrutura.
Durante o processo de otimização da redução, evidenciou-se a necessidade de
elevação da temperatura até a temperatura ambiente, verificando-se que após alguns
minutos de agitação nessas condições, todo o material de partida havia sido consumido.
Os hidrogênios diasteroisotópicos do grupamento hidroximetila dos álcoois 52
apresentaram-se como dubletos em 1H RMN, em 4,35 e 4,45 ppm respectivamente, com
uma constante de acoplamento de 14 Hz. Os álcoois 52 também apresentaram nos
espectros de IVFT, bandas características em torno de 3505 cm-1, relativamente finas e
intensas, caracterizando o estiramento da ligação O-H do grupamento hidroximetila em
C3, além do desaparecimento da banda intensa em 1715 cm-1, referente à carbonila do
éster em C3.
5.5 - OBTENÇÃO DOS ALDEÍDOS ISOXAZOLÍNICOS 53, ATRAVÉS DA
OXIDAÇÃO DE SWERN DOS ÁLCOOIS ISOXAZOLÍNICOS 52 52
O
N
N
OH
O
R2
53
DMSOTEA
cloreto de oxalila
CH2Cl2
-600C
52
O
N
N
H
O
R2
O
Esquema 09
COMPOSTO SUBSTITUI�TE RE�DIME�TO (%)
53a R2 =Cl 74 %
53b R2 = F 82 %
Tabela 03 - Substituintes e rendimentos dos aldeídos isoxazolínicos
31
A primeira tentativa de obtenção dos aldeídos isoxazolínicos, foi realizada
através da redução direta dos ésteres 51, aos aldeídos 53, utilizando-se DIBAL ou super
hidreto. Porém, nenhum desses dois redutores levou aos aldeídos desejados, o que nos
forçou a tentarmos reduzir os ésteres 51 aos respectivos álcoois 52, para uma posterior
oxidação aos aldeídos isoxazolínicos 53.
A oxidação de Swern de 52 é uma oxidação branda, que nos permitiu chegarmos
aos aldeídos isoxazolínicos 53 com ótimos rendimentos, sem a possibilidade de formar
o ácido carboxílico, o que poderia acontecer se utilizássemos outros oxidantes.
Diante do sucesso da oxidação de Swern, do álcool em C3, optou-se
definitivamente por essa rota sintética, que propiciou a obtenção dos aldeídos,
imprescindíveis para as condensações posteriores.
Utilizou-se o procedimento experimental padrão da oxidação de Swern. Foram
sintetizados dois novos aldeídos isoxazolínicos, em C3, o que propiciou,
posteriormente, nas reações de condensações com diferentes fenil-hidrazinas para-
substituídas, a obtenção das isoxazolil-hidrazonas com dois sítios distintos de
substituição.
A oxidação de Swern dos álcoois 52 foi muito bem sucedida e os respectivos
aldeídos 53 foram caracterizados, principalmente pelos sinais em 9,8 ppm e 185 ppm
nos espectros de 1H e 13C RMN, respectivamente. Em relação aos espectros no IVFT, os
aldeídos 53 apresentaram uma banda intensa em 1710 cm-1, característica do
estiramento da carbonila do aldeído, que não havia no álcool de partida.
5.6 - OBTENÇÃO DE ISOXAZOLIL-HIDRAZONAS DE 5 MEMBROS 54. 53, 54
N
H2N
H
R1
N
O
N
O
HO
R2
N
O
N
O
N
R2
H
NH
R1
EtOH
HCl
53 54
t.a.
Esquema 10
32
Tabela 04 - Substituintes e rendimentos das isoxazolil-hidrazonas
As isoxazolil-hidrazonas 54 foram obtidas a partir da condensação dos aldeídos
isoxazolínicos 53 com as fenil-hidrazinas p-substituídas. A reação se processou
rapidamente, ocorrendo precipitação da hidrazona no meio reacional em cerca de 40
minutos. Após a filtração e lavagem do precipitado, as isoxazolil-hidrazonas 54 foram
obtidas como sólidos (bege à amarelo), que foi purificado e devidamente identificado
por espectrometria de RMN e I.V.
Os rendimentos das reações de condensação apresentaram-se dentro da faixa que
é relatada na literatura 53, 54, para outras hidrazonas em torno de 50%-60%, para
condensações similares com outros aldeídos, no entanto, o composto 54f apresentou
40%, considerado um pouco abaixo do esperado. Mas isso se deve, provavelmente, ao
processo de purificação, pois durante o procedimento ocorreram algumas perdas do
produto. Esses compostos ainda podem apresentar melhores rendimentos, ao ser feito
um aprimoramento do processo de purificação.
Houve formação de um único produto de condensação, conforme CCD e análise
dos espectros de RMN. Muito provavelmente, apenas a hidrazona diasteroisomérica de
configuração “E” tenha sido formada, devido a questões cinético-termodinâmicas.
Como isoxazolil-hidrazonas ainda não foram descritas na literatura, não temos como
fazer analogia de deslocamentos químicos dos hidrogênios HC=N de outras hidrazonas,
que porventura já possuíssem sua estereoquímica relativa determinada, visto que temos
uma peculiaridade estrutural, pois a função hidrazona em nossas estruturas pertence a
uma espécie de heterodieno associado à isoxazolina. Outro fato, é que, os hidrogênios
HC=N têm seus sinais geralmente coincidentes com os sinais dos hidrogênios
aromáticos, sendo detectada a presença dos mesmos pela integração dos sinais. Diante
desses fatos, estamos tentando obter cristais das hidrazonas, para a obtenção da difração
de raio-X das mesmas, visando a confirmação da estereoquímica relativa. No entanto,
COMPOSTO SUBSTITUI�TES RE�DIME�TO (%)
54a (R1 =Cl, R2 = Cl) 54
54b (R1 =F, R2 = Cl) 52
54c (R1 = OMe, R2 = Cl ) 49
54d (R1 = Cl, R2 = F ) 56
54e (R1 =F, R2 =F) 53
54f (R1 = OMe, R2 = F ) 40
33
todas as hidrazonas isoxazolínicas 54 apresentaram um singleto próximo à 11 ppm em 1H RMN, correspondendo ao hidrogênio NN-H da função hidrazona, conforme
deslocamentos químicos descritos na literatura para NN-H, de outras hidrazonas. Com
relação aos espectros de IVFT, bandas finas e relativamente intensas, correspondentes
ao estiramento NN-H, estão presentes entre 3240-3270 cm-1, confirmando assim, a
função hidrazona nas estruturas dos híbridos 54.
A caracterização do biciclo pirrolidina[3,2-d]-2-isoxazolina, presente no
cicloaduto 49 e também em 50, 51, 52, 53 e 54, se faz facilmente através de
espectrometria de RMN, nas quais, sinais diagnósticos da formação do cicloaduto são
evidentes, como um dubleto próximo a 6,5 ppm em 1H RMN, referente ao H6a e um
sinal próximo a 95 ppm em 13C RMN, referente ao C6a. Com exceção da isoxazolina
desprotegida 50, todos os derivados isoxazolínicos 49, 51, 52, 53 e 54 possuem uma
função amida ou carbamato em N6. Este fato fez com que os mesmos apresentassem
sinais de rotâmeros em 1H e 13C RMN. A presença de rotâmeros, devido à alta barreira
rotacional energética das ligações amídicas e carbamídicas, deixa os espectros de RMN
complexos.16 No entanto, quando os espectros foram obtidos à 60oC, ocorreu total
coalescência dos sinais de rotâmeros. Outra peculiaridade dos espectros de RMN, foi a
deformação do sinal do H6, assim como de outros hidrogênios exocíclicos do biciclo e
também baixa resolução dos sinais dos carbonos do anel bicíclico.
34
6 - PROCEDIME�TOS EXPERIME�TAIS
6.1. - MATERIAS E MÉTODOS
As reações de síntese de enecarbamatos, as de cicloadição, as de formação dos
álcoois e as de formação dos aldeídos são extremamente sensíveis à umidade e foram
realizadas sob atmosfera de argônio, em aparato previamente seco em estufa por 4h
(120°C). As reações de síntese das hidrazonas não tiveram essas precauções em relação
à umidade.
Clorofórmio e trietilamina foram tratados com hidreto de cálcio e destilados
antes do uso. Metanol foi seco com Mg°/I2. O THF foi tratado com sódio/benzofenona e
destilado imediatamente antes do uso. O DMSO foi seco sob peneira molecular 4
angstron, previamente seca em estufa por 24 h.
Nas reações de condensação dos aldeídos com as fenilhidrazinas foi utilizado o
etanol absoluto como solvente, sem necessidade de uma pré-secagem.
As reações de hidrogenólise foram realizadas sob pressão positiva de hidrogênio,
borbulhando-se o gás no meio reacional por cerca de 1 hora.
Acetato de etila e Hexano, utilizados nas colunas cromatográficas, foram
bidestilados.
A análise por cromatografia em camada fina (CCF) foi efetuada em
cromatofolhas de alumínio (gel de sílica 60), com espessura de 0,2 mm, contendo
indicador para 254 nm. A visualização das manchas foi efetuada com lâmpada de U.V.
ENF – 2400 C/F, ácido fosfomolíbdico 7% em etanol, seguido de aquecimento ou por
absorção de iodo.
As colunas cromatográficas foram empacotadas com gel de sílica 60 (230 – 400
mesh) e eluidas sob pressão (Flash).
Os produtos sólidos tiveram seu ponto de fusão aferidos em aparelhos POLAX
WRS – 1, e não foram corrigidos.
Os espectros no infravermelho (I.V.) foram obtidos em aparelhos Bruker IFS 66
(transformada de Fourier), com as freqüências de absorção sendo expressas em cm-1,
utilizando-se pastilhas ou janelas de KBr.
Os espectros de 1H RMN e 13C RMN foram obtidos em aparelhos Varia Unity
300 MHz. Os deslocamentos químicos (δ) são expressos em ppm, tendo como padrão
interno o tetrametilsilano ou clorofórmio para 1H RMN e DMSO ou CHCl3 para 13C
35
RMN. Os sinais dos espectros de 1H RMN são designados da seguinte forma:
deslocamento químico (ppm), multiplicidade (s = singleto, d = dubleto, dl = dubleto
largo, t = tripleto, tl = tripleto largo, q = quarteto, dd = duplo dubleto, dt = duplo
tripleto, ddl = duplo dubleto largo, m = multipleto, ml = multipleto largo, sl = sinal
largo), constante de acoplamento (Hz) e números de hidrogênios
6.2 - TRÍMERO DA ∆1-PIRROLI�A (ISÔMERO α) 47
�
H
� �
�
46 47
6.2.1 - Preparação do trímero da ∆1-pirrolina.
Uma solução aquosa de perssulfato de sódio 25% (33,82g; 144 mmols; 90 mL
água) foi adicionada lentamente e sob forte agitação, sobre uma solução de pirrolidina
(11,6 mL; 144 mmols), hidróxido de sódio (11,50 g; 288 mmols) e nitrato de prata
(0,118 g; 0,65 mmols) em 90 mL de água à 0°C. Ao término da adição, a solução foi
deixada em agitação por mais 1 hora a 0°C e em seguida por mais 1 hora à temperatura
ambiente.
A solução escura resultante foi extraída com diclorometano (3x40 mL). Secou-
se a fase orgânica sob sulfato de sódio anidro e após remoção do solvente obteve-se
8,1g de um líquido amarelado viscoso, correspondendo a um rendimento de 84 % do
trímero 47.
O trímero 47 é utilizado, o mais rápido possível, sem qualquer purificação
adicional, na preparação do enecarbamato �-(benziloxicarbonil)-2-pirrolina, devido a
sua instabilidade.
Propriedades Físicas de 47
- Óleo amarelo viscoso;
- Sensível a solventes próticos.
36
DADOS ESPECTROMÉTRICOS
1H RM� (CDCl3, δ, ppm, 300 MHz, t.a.).
(parte do monômero está presente, devido ao equilíbrio).
1,75 (m); 2,28 (m); 2,50 (m); 2,99 (m); 3,82(m); 7,59 (s).
6.3 - �-(BE�ZILOXICARBO�IL)-2-PIRROLI�A 48
N N
NN
OO
47 48
A solução do trímero da 1-pirrolina 47 foi codestilada (8,1 g; 39,1 mmols; 237
mL de THF seco), recolhendo-se o destilado em um recipiente pré-resfriado à -78°C,
contendo trietilamina (10,9 mL; 78,2 mmols). Após o término da destilação, adicionou-
se lentamente, via seringa, sobre o destilado ainda à -78°C, a solução 50% cloroformato
de benzila em tolueno (26,7 mL; 78,2 mmols). Deixou-se a suspensão resultante em
agitação durante toda noite, aquecendo gradualmente à temperatura ambiente.
A suspensão foi filtrada em funil sinterizado e após remoção do solvente,
obteve-se um óleo amarelado. O cloreto de benzila, presente como subproduto, foi
removido por filtração simples em coluna cromatográfica, utilizando-se apenas hexano.
Logo após, o produto residual foi submetido à cromatografia em coluna “flash” (gel de
sílica, AcOEt/hexano 1: 9). Obteve-se 5,32 g de um líquido incolor correspondendo a
um rendimento de 67% do enecarbamato 48.
Propriedades Físicas de 48
- Óleo incolor
- Rf = 0,26 (AcOEt/hexano 1: 9)
37
DADOS ESPECTROMÉTRICOS
1H RM� (CDCl3, δ, ppm, 300 MHz, t.a.), presença de rotâmeros.
2,64 (ql; J = 9,7 Hz; 2H); 3,77 (q; J = 9,1 Hz; 2H); 5,02 e 5,07 (m, 1H, rotâmeros); 5,17
(s; 2H); 6,54 e 6,63 (m, 1H, rotâmeros); 7,35 (m; 5H).
I.V. (filme, cm-1), principais sinais.
3.032, 2.956, 1.706, 1.618, 1.422, 1.342, 1.214, 1.128, 756, 698.
6.4 - CLOROOXIMIDOACETATO DE ETILA 56
E tOC l
NO H
O
C l H 3NO E t
O
55 56
Em um balão de 250 mL foi adicionado o cloridrato do éster etílico da glicina 55
(10,2g; 73 mmols), água destilada (15 mL) e ácido clorídrico concentrado (6,3 mL; 73
mmols). Em seguida resfriou-se essa solução em banho de gelo/NH4Cl. Sob forte
agitação e mantendo-se a temperatura do banho nunca acima de 0° C, adicionou-se
lentamente, via funil de adição, a solução de nitrito de sódio (5,1g; 73 mmols; 9 mL de
água). Ao término desta adição repetiu-se o processo, adicionando-se mais um
equivalente de HCl concentrado e de nitrito de sódio. Deixou-se a solução resultante
em agitação por mais 15 min à mesma temperatura. Em seguida o produto foi extraído
com clorofórmio (4 x 40 mL) e seco sob sulfato de sódio anidro.
Após remoção do solvente, ocorreu intensa precipitação de cristais brancos,
após a adição de hexano, onde esses foram lavados com hexano e secos sob vácuo.
Obteve-se 5g do produto identificado como 56, correspondendo a um rendimento de
45%.
Propriedades Físicas de 56
- Ponto de Fusão 80° C, conforme literatura.
38
6.5 - ÉSTER 6-BE�ZIL-3-ETIL DO ÁCIDO 3a,4,5,6a-TETRAHIDROPIRROLO [3,2-
d]ISOXAZOL-3,6-DICARBOXÍLICO 49
O
N
N
OO
O O
N
OO
4948
A um balão de 250 ml, acoplado com funil de adição com equalizador de
pressão e agitador magnético, foi adicionado o enecarbamato 48 (4,94g; 24,33 mmols),
trietilamina (6,2 ml; 44,16 mmols, 10% de excesso em relação ao precursor do dipolo) e
clorofórmio seco (104 ml). A esta solução, sob forte agitação, foi adicionada
lentamente, durante 2h, a solução clorofórmica do clorooximidoacetato de etila 56,
precursor do dipolo 56a, (6,08g; 40,15 mmols; 34 ml de CHCl3 seco). A reação foi
acompanhada através de CCD, onde se percebeu a formação do produto, cicloaduto,
desde o início da adição do precursor 56a do �-óxido de nitrila.
Após 2 horas de reação e total consumo do material de partida, removeu-se o
solvente. O sal formado, cloreto de trietilamônio, foi filtrado em funil sinterizado,
utilizando-se uma mistura de acetato de etila/hexano a 40%. Após remoção do solvente,
obteve-se um óleo amarelo escuro e bastante viscoso. O produto bruto foi submetido à
cromatografia em coluna “flash” (gel de sílica, AcOEt/Hexano 2:3). Obteve-se 5,44g do
cicloaduto 49, correspondendo a um rendimento de 71%.
Propriedades Físicas de 49
- Óleo amarelo claro viscoso
- Rf = 0,47 (AcOEt/hexano 1:1)
DADOS ESPECTROMÉTRICOS 1H RM� (CDCl3, δ, ppm, 300 MHz, t.a.), presença de rotâmeros.
7,36 (m; 5H); 6,53 e 6,42 (d; J=7,5Hz; 1H; rotâmeros); 5,2 (m; 2H); 4,36 (m; 2H); 4,08 (m;
1H); 3,84 (m; 1H); 3,18 (dt; J= 11,1Hz; J= 11,1Hz; J=6,3; 1H); 2,23 (m; 2H); 1,37 (t; J=7,2Hz;
3H).
39
6.6 - ÉSTER ETÍLICO DO ÁCIDO 3a,4,5,6,6a-TETRAHIDROPIRROLO[3,2-
d]ISOXAZOL-3-CARBOXÍLICO 50
O
N
N
H
OO
O
N
N
OO
O O
4950
A um balão de 250 mL foi adicionado o cicloaduto 49 (2,9g; 9,15 mmols),
paládio/carbono 10% (0,149g) e metanol PA (186 mL).
À mistura reacional, sob agitação vigorosa, borbulhou-se o gás hidrogênio
durante 10 minutos. Em seguida, deixou-se a mistura sob pressão positiva de H2 durante
uma hora adicional.
Após remoção do metanol, solubilizou-se o produto com clorofórmio. A solução
clorofórmica foi seca sob sulfato de sódio anidro e filtrada em funil sinterizado.
Após remoção do solvente, obteve-se 2,16g da isoxazolina �-desprotegida 50
pura, correspondendo a um rendimento quantitativo. O composto 50 foi utilizado nas
reações subseqüentes sem necessidade de purificação em coluna cromatográfica.
Propriedades Físicas de 50
- Óleo incolor
- Rf = 0,25 (AcOEt/hexano 1:1)
DADOS ESPECTROMÉTRICOS 1H RM� (CDCl3, δ, ppm, 300 MHz, t.a.), presença de rotâmeros. 1H RMN (CDCl3, δ, ppm, 300 MHz, t.a.). 6,07 (d; J= 6,9Hz; 1H); 4,32 (m; 2H); 3,87
(m; 1H); 3,12 (m; 1H); 2,81 (ml; 2H); 2,07 (m; 2H); 1,35 (t; J=6Hz; 3H). 13C RM� (CDCl3, δ, ppm, 75 MHz, t.a.).
160,5 (C); 152,3 (C); 100,8 (CH); 61,9 (CH2); 49,1 (CH2); 42,8 (CH); 29,9 (CH2); 14,0
(CH3)
40
6.7 - ÉSTER ETÍLICO DO ÁCIDO 6-(4-FLUOROBE�ZOIL)-4,5,6a TETRAHIDRO-
3aH-PIRROLO[3,2-d]ISOXAZOL-3-CARBOXÍLICO 51b
O
N
N
OO
O
F
O
N
N
H
OO
50 51b
Em um balão de 250 mL foram solubilizados a isoxazolina �-desprotegida 50
(3,13 g; 17,01 mmols) e trietilamina seca (2,8 mL; 20,00 mmols), em clorofórmio seco
(200 mL). Sob vigorosa agitação, adicionou-se cloreto de 4-fluorobenzoila (2,97 g;
18,71 mmols em 4 mL de clorofórmio), que foi adicionado lentamente durante 10
minutos e sob atmosfera de argônio. A reação foi deixada em seguida sob agitação, à
temperatura ambiente, por mais uma hora adicional.
Após remoção do solvente, o produto foi purificado através de cromatografia em
coluna “flash” (gel de sílica AcOEt/hexano 2:3 no início e depois 1:1) Obteve-se assim
3,77 g do �-(benzoil)-isoxazolina 51b, correspondendo a um rendimento de 78 %.
Propriedades Físicas de 51b
- Óleo amarelo-escuro viscoso
- Rf = 0,39 (AcOEt/hexano 1:1)
DADOS ESPECTROMÉTRICOS 1H RM� (CDCl3, δ, ppm, 300 MHz, t.a.), presença de rotâmeros.
1,38 (t; J = 7,0 Hz; 3H); 2,22 (m; 1H); 2,40 (dd; J = 6,0Hz; J = 13,5Hz; 1H); 3,20 (ml;
1H); 4,12 (t; J = 8,0Hz; 1H); 4,36 (m; 3H); 6,22 (sl; 1H); 7,12 (m; 2H); 7,69 (sl; 2H). 13C RM� (CDCl3, δ, ppm, 75 MHz, t.a.)
14,08 (CH3); 27,95 (CH2); 43,53 (CH2); 51,19 (CH); 62,4 (CH2); 96,17(CH); 115,6(d; J
= 21,5Hz; CH); 130,4(CH); 164,1(d; J = 250,0Hz; C-F); 131,0(C); 152,4(C);
159,8(C=O); 168,7(C=O).
41
I.V. - FT (janela de KBr, cm-1), principais sinais.
3.030, 2.986, 2.860, 1.721, 1.652, 1.600, 1.509, 1.408, 1.270, 1.131; 931, 853.
6.8 - ÉSTER ETÍLICO DO ÁCIDO 6-(4-CLOROBE�ZOIL)-4,5,6,6a-TETRAHIDRO-
3aH-PIRROLO[3,2-d]ISOXAZOL-3-CARBOXÍLICO 51a
O
N
N
OO
O
Cl
O
N
N
H
OO
50 51a
Procedimento experimental idêntico ao item 6.7
Isoxazolina �-desprotegida 50 (2,96g; 4,89 mmols), trietilamina seca (2,4 mL;
17,14 mmols), clorofórmio seco (200 mL) e cloreto de 4 -clorobenzoila (2,2 mL; 17,695
mmols).
Cromatografia em coluna “flash” (gel de sílica AcOEt/hexano 2:3), forneceu
1,49g do cicloaduto 51a correspondendo a um rendimento de 92%.
Propriedades Físicas de 51a
- Óleo incolor viscoso
- Rf = 0,38 (AcOEt/hexano 1:1)
DADOS ESPECTROMÉTRICOS 1H RM� (CDCl3, δ, ppm, 300 MHz, t.a.) presença de rotâmeros.
1,36 (t;J = 7,0Hz; 3H); 2,19 (ml; 1H); 2,37 (ddl; J = 5,9Hz; J = 12,9Hz; 1H); 3,17 (sl;
1H); 4,07 (m;1H); 4,35(m; 3H); 6,16 (sl; 1H; rotâmero em 6,97); 7,4 (dl; J = 8,4Hz;
2H); 7,6 (ml; 2H). 13C RM� (CDCl3, δ, ppm, 75 MHz, t.a.)
14,0(CH3); 27,8(CH2); 43,5(CH2); 51,1(CH); 62,3(CH2); 95,8(CH); 128,6(CH);
129,5(CH); 133,1(C); 137,0(C); 152,2(C); 159,7(C=O); 168,5(C=O).
42
I.V. - FT (janela de KBr, cm-1), principais sinais.
2.985, 1.724, 1.650, 1.591, 1.408, 1.270, 1.180, 1.132, 1.015, 931, 836, 756.
6.9 - OBTE�ÇAO DO ÁLCOOL (4-FLUOROFE�IL)-(3-HIDROXIMETIL-3a,4,5,6a-TETRAHIDRO-PIRROLO[3,2-d]ISOXAZOL-6-YL-META�O�A 52b
N
N
O
O
F
OO
N
N
O
O
F
OH
51b 52b
A uma solução do éster 51b (3,77g; 12,30 mmols) em metanol (180 mL), a 0ºC e
vigorosa agitação, adicionou-se NaBH4 (1,39; 36,92 mmols) em pequenas porções.
Após a adição, deixou-se em agitação por cerca de 1 hora à 0oC e depois 40 minutos à
t.a. A reação foi acompanhada através de CCD, onde se visualizou a formação do álcool
desde o início da adição do NaBH4. Após completo consumo do éster 51b, remoção do
metanol e solubilização do produto em 50 mL de acetato de etila, adicionou-se 30 mL
de solução saturada de NaCl. Procedeu-se a extração, utilizando-se acetato de etila
(3x40mL). As fases orgânicas foram combinadas e secas sob MgSO4 anidro. Após
filtração e remoção do solvente, obteve-se um óleo incolor bastante viscoso, no qual,
após cromatografia em coluna “flash” (gel de sílica, AcOEt/Hexano 7:3), obteve-se 2,6g
do respectivo álcool puro 52b, com um rendimento de 86 %
Propriedades Físicas de 52b
- Óleo incolor viscoso
- Rf = 0,10 (AcOEt/hexano 1:1)
DADOS ESPECTROMÉTRICOS 1H RM� (CDCl3, δ, ppm, 300 MHz, t.a.), presença de rotâmeros.
2,06 (m, 1H); 2,27 (dd; J = 12,6; J = 5,7 Hz; 1H); 3,00 (m, 1H) rotâmero em 3,40; 4,00
– 4,20 (m, 2H); 4,24 (m, 2H); 5,39 (t; J = 6,0 Hz; 1H OH); 6,03 (d; J = 7,5 Hz; 1H);
rotâmero em 6,53; 7,33 (m; 2H); 7,67 (m; 2H).
43
13C RM� (CDCl3, δ, ppm, 75 MHz, t.a.)
25,9 (CH2) rotâmero 27,3; 43,5 (CH2) rotâmero 47,4; 52,8 (CH) rotâmero 50,8; 55,2
(CH2); 92,7 (CH) rotâmero 90,1; 115,3 (d; J = 21Hz; CH); 130,3 (CH); 132,1 (C); 159,9
(C=N); 164,7 e 161,5 (d; J = 240 Hz, C); 167,9 (C=O);
I.V. - FT (janela de KBr, cm-1), principais sinais.
3506, 3052, 2970, 2884, 1639, 1597, 1500, 1415, 1210, 1153, 845 6.10 - OBTE�ÇÃO DO ÁLCOOL (4-CLOROFE�IL)-(3-HIDROXIMETIL-3a,4,5,6a-TETRAHIDRO-PIRROLO[3,2-d]ISOXAZOL-6-YL-META�O�A 52a
N
N
O
O
Cl
OO
N
N
O
O
Cl
OH
51a 52a
Procedimento experimental idêntico ao item 6.9
Éster isoxazolínico 51a (4,8g; 14,87 mmols), metanol (180 mL), NaBH4
(1,686g; 44,61 mmols).
Foi obtido um óleo incolor bastante viscoso, no qual, após cromatografia em
coluna “flash” (gel de sílica, AcOEt/Hexano 7:3), obteve-se 3,2g do respectivo álcool
puro 52a, com um rendimento de 77 %.
Propriedades Físicas de 52a
- Óleo incolor viscoso
- Rf = 0,11 (AcOEt/hexano 1:1)
DADOS ESPECTROMÉTRICOS 1H RM� (CDCl3, δ, ppm, 300 MHz, t.a.), presença de rotâmeros.
2,00 – 2,20 (m, 1H); 2,30 (dd, J = 13 Hz; J = 5,7 Hz; 1H); 2,90 – 3,65 (m, 2H); 4,00 (m,
1H); 4,35 (d; J = 14,1 Hz; 1H); 4,44 (d; J = 14,1; 1H); 5,97 (d; J = 7,0 Hz; 1H) rotâmero
em 6,72; 7,40 (d; J = 8,1 Hz, 2H); 7,64 (dl; J = 8,0 Hz, 2H).
13C RM� (CDCl3, δ, ppm, 75 MHz, t.a.)
44
26,7 (CH2); 43,4 (CH2) rotâmero em 47; 52,6 (CH); 56,8 (CH2); 93,3 (CH) rotâmero em
91; 128,6 (CH); 129,6 (CH); 133,3 (C); 136,9 (C); 158,9 (C=N); 169,1 (C=O).
I.V. - FT (janela de KBr, cm-1), principais sinais.
3508, 3080, 2970, 2888, 1632, 159, 1505, 1420, 1215, 848.
6.11 - OBTE�ÇÃO DO 6-(4-CLOROBE�ZOIL)-4,5,6,6a-TETRAHIDRO-3aH-
PIRROLO[3,2-d]ISOXAZOL-3-CARBALDEÍDO 53a
N
N
O
O
Cl
HO
N
N
O
O
Cl
OH
52a 53a
Adicionou-se a um balão, 1,2 mL de cloreto de oxalila (14 mmols) e 26 mL de
CH2Cl2 seco e deixou-se sob agitação à temperatura de –60ºC, sob atmosfera de
argônio. Paralelamente, foram preparadas duas soluções; a primeira (solução 1)
contendo 2 mL de DMSO seco (28,1 mmols) em 6 mL de CH2Cl2 e a segunda (solução
2) contendo o álcool 52a (3,2g; 11,3 mmols) em 7 mL de CH2Cl2 . Adicionou-se a
solução 1 ao balão reacional e deixou-se em agitação por 2 minutos. Em seguida, a
solução 2 foi adicionada lentamente durante 5 minutos, deixando-se em agitação por 15
minutos adicionais. Em seguida, adicionou-se a trietilamina (8 mL; 57mmols),
deixando-se a reação em agitação por 5 minutos. Através de CCD verificou-se que todo
o álcool havia sido consumido, evidenciando-se a formação do aldeído 53a. Após
remoção do solvente, o produto bruto foi submetido à cromatografia em coluna “flash”
(gel de sílica AcOET/Hexano 1:4), no qual obteve-se 2,350 g do aldeído 53a puro,
correspondendo a um rendimento de 74%
Propriedades Físicas de 53a
- Sólido amorfo amarelo claro
- Rf = 0,43 (AcOEt/hexano 2:3)
- Ponto de fusão: 117 – 119 ºC
45
DADOS ESPECTROMÉTRICOS
1H RM� (DMSO-D6, δ, ppm, 300 MHz, t.a.), presença de rotâmeros.
2,00 – 2,40 (m, 2H); 3,07 (m, 1H) rotâmero em 3,94; 4,16 (m, 2H); 6,30 (d; J = 6,6 Hz;
1 H) rotâmero em 6,81; 7,61 (sl; 4H); 9,81 (s, 1H). 13C RM� (DMSO-D6, δ, ppm, 75 MHz, t.a.)
26,2 (CH2) rotâmeros em 27,6; 43,6 (CH2) rotâmero em 46,7; 48,6 (CH) rotâmero em
47,3; 96,9 (CH) rotâmero em 94,0; 128,6 (CH); 129,6; (CH);
I.V. - FT (pastilha de KBr, cm-1), principais sinais.
3030, 2980, 2861, 1650, 1626, 1580, 1398, 1250, 1090, 915, 843.
6.12 - OBTE�ÇÃO DO 6-(4-FLUORBE�ZOIL)-4,5,6,6a-TETRAHIDRO-3aHPIRROLO[3,2-d]ISOXAZOL-3-CARBALDEÍDO 53b
N
N
O
O
F
HO
N
N
O
O
F
OH
52b 53b
Procedimento experimental idêntico ao item 6.11
Cloreto de oxalila 1,2 mL (14,00 mmols), 26 mL de CH2Cl2, a primeira
(solução1): 2mL de DMSO seco (28,1 mmols) em 6 mL de CH2Cl2 , a segunda
(solução2): contendo o álcool 52b (2,86g:10,82 mmols) em 7 mL de CH2Cl2 e (7,5 mL;
53,40 mmols ) de trietilamina.
Depois da retirada da reação do banho de gelo seco, removeu-se o solvente e
procedeu-se a purificação.
Obteve-se assim 2,320g do aldeído 53b puro, após cromatografia em coluna
“flash” (gel de sílica AcOET/Hexano 1:4), correspondente a um rendimento de 82%.
Propriedades Físicas de 53b
- sólido amorfo amarelo claro
- Rf =0,45 (AcOEt/hexano 2:3)
- Ponto de fusão: 112 – 115 ºC
46
DADOS ESPECTROMÉTRICOS 1H RM� (CDCl3, δ, ppm, 300 MHz, t.a.), presença de rotâmeros.
2,10 – 2,20 (m, 2H); 3,13 (sl; 1H) rotâmero em 3,66; 4,04 (t; J= 8,1 Hz; 1H); 4,44 (sl;
1H); 6,24 (sl; 1H); 7,12 (t; J = 8,4 Hz; 2H); 7,69 (sl; 2H); 9,88 (s, 1H). 13C RM� (CDCl3, δ, ppm, 75 MHz, t.a.)
27,3 (CH2); 43,4 (CH2); 48,4 (CH); 97,1 rotâmero em 94,3; 115,6 (d; J = 21 Hz; CH);
130,5 (CH); 132,0 (C); 159,1 (C=N); 162,5 e 165,8 (d; J= 250 Hz, C); 168,6 (C=O);
185,2 (C=O).
I.V. - FT (pastilha de KBr, cm-1), principais sinais.
3048, 2960, 2857, 1700, 1626, 1590, 1388, 1230, 854.
6.13 – OBTE�ÇÃO DA (4-CLOROFE�IL)-{3-[(4-CLOROFE�IL)-METILHIDRAZO�A]-3a,4,5,6a-TETRAHIDRO-PIRROLO[3,2-d]ISOXAZOL-6-YL-META�O�A 53a
N
H2N
H
ClN
O
N
O
HO
Cl
N
O
N
O
N
Cl
H
NH
Cl
53a 54a
Adicionou-se em um balão, 20 mL de etanol absoluto e p-clorofenil-hidrazina
(0,34g; 1,8 mmols). Após completa solubilização, sob agitação e à t.a., adicionou-se
duas gotas de HCl concentrado e em seguida, o aldeído 53a (0,5g; 1,8mmols),
solubilizado em 10 mL etanol. Deixou-se em agitação por cerca de 40 minutos, quando
através da CCD, detectou-se total consumo do material de partida, e formação da
hidrazona 54a. Adicionou-se água gelada ao balão reacional, proporcionando intensa
precipitação do produto, obtendo-se o sólido bruto após filtração em funil sinterizado. O
processo de purificação foi realizado através da solubilização das impurezas em acetato
de etila à temperatura de 60°C e sucessivas filtrações. Cada filtrado tinha um certo grau
de pureza, que foi evidenciado através da CCD. A primeira e a segunda filtrações
apresentaram uma maior quantidade de produto obtido, além de não apresentarem
47
impurezas. Após a purificação, obteve-se 0,39g da hidrazona 54a, correspondendo a um
rendimento de 54%. A hidrazona 54a foi seca em estufa à 45°C durante 24 horas.
Propriedades Físicas de 54a
- Sólido amorfo branco
- Rf = 0,51 (AcOEt/hexano 2:3)
- Ponto de fusão: 227 – 229 ºC
DADOS ESPECTROMÉTRICOS
1H RM� (DMSO-D6, δ, ppm, 300 MHz, t.a.), presença de rotâmeros.
2,26 (m, 1H); 2,51 (m, 1H) coincide com sinal DMSO; 3,07 (m, 1H) – rotâmero em
3,40 coincidindo com H2O do DMSO; 4,00 – 4,40 (m, 2H); 6,13 (sl; 1H) - rotâmero em
6,64; 7,03 (sl, 2H); 7,27 (sl, 2H); 7,40 – 7,80 (m, 5H); 11,0 (s, 1H). 13C RM� (DMSO-D6, δ, ppm, 75 MHz, t.a.)
27,3 (CH2) rotâmero em 28,7; 43,5 (CH2) rotâmero em 47,5; 51,4 (CH) rotâmero em
49,5; 93,7 (CH) rotâmero em 91,1;113,8 (CH); 123,5 (CH); 127,1 (C); 128,4 (CH);
129,0 (CH); 129,6 (CH) – HC=N; 134,2 (C); 135,3 (C); 142,9 (C); 157,8 (C=N); 167,8
(C=O).
I.V. - FT (pastilha de KBr, cm-1), principais sinais.
3246, 3095, 3020, 2870, 1628, 1553, 1487, 1424, 1250, 1090, 848.
6.14 - OBTE�ÇÃO DA (4-CLOROFE�IL)-{3-[(4-FLUOROFE�IL)-
METILHIDRAZO�A]-3a,4,5,6a-TETRAHIDRO-PIRROLO[3,2-d]ISOXAZOL-6-YL-
META�O�A 54b
N
H2N
H
FN
O
N
O
HO
Cl
N
O
N
O
N
Cl
H
NH
F
53a 54b
Procedimento experimental idêntico ao item 6.13
48
P-fluorofenil-hidrazina (0,32g; 1,83 mmols), 30 mL de etanol, aldeído 53a
(0,51g; 1,83 mmols). O produto foi submetido a processo de purificação semelhante ao
da reação anterior, obteve-se 0,368g do composto 54b, correspondendo a um
rendimento de 52%.
Propriedades Físicas de 54b
- Sólido amorfo amarelo claro
- Rf = 0,49 (AcOEt/hexano 2:3)
- Ponto de fusão: 221 – 222 ºC
DADOS ESPECTROMÉTRICOS 1H RM� (DMSO-D6, δ, ppm, 300 MHz, t.a.), presença de rotâmeros.
2,27 (m, 1H); 2,45 (m, 1H) coincide com sinal DMSO; 3,09 (m, 1H) rotâmero em 3,41
coincidindo com H2O do DMSO; 4,00 – 4,40 (m, 2H); 6,13 (d; J= 6Hz; 1H) rotâmero
em 6,64; 6,69 – 7,40 (m, 4H); 7,45 – 8,00 (m, 5H); 10,92 (5, 1H). 13C RM� (DMSO-D6, δ, ppm, 75 MHz, t.a.).
27,4 (CH2) rotâmero em 28,8; 43,6 (CH2) rotâmero em 47,3; 51,5 (CH) rotâmero em
49,7; 93,7 ppm (CH) rotâmero em 91,1; 113,5 (CH); 116,0 e 115,7 (d; J= 22 Hz; CH);
126,3 (CH); 128,5 (CH); 129,7 (CH) HC=N; 134,3 (C); 135,3 (C); 140,7 (C); 158,2 e
155,0 (d; J= 240 Hz, C); 157,3 (C=N); 167,9 (C=O).
I.V. - FT (pastilha de KBr, cm-1), principais sinais.
3243, 3120, 3030, 2943, 1618, 1550, 1497, 1424, 1250, 1209, 1147, 856.
6.15 - OBTE�ÇÃO DA (4-CLOROFE�IL)-{3-[(4-METOXIFE�IL)-
METILHIDRAZO�A]-3a,4,5,6a-TETRAHIDRO-PIRROLO[3,2-d]ISOXAZOL-6-YL-
META�O�A 54c
N
H2N
H
OMeN
O
N
O
HO
Cl
N
O
N
O
N
Cl
H
NH
OMe
53a 54c
49
Procedimento experimental idêntico ao item 6.13
P-metoxifenil-hidrazina (0,348g; 1,86 mmols), 30 mL de etanol, aldeído 53a
(0,52g; 1,86 mmols).
O produto foi submetido a processo de purificação semelhante ao da reação
anterior, obteve-se 0,360g do composto 54c, correspondendo a um rendimento de 49%.
Propriedades Físicas de 54c
- Sólido amorfo beje claro
- Rf = 0,44 (AcOEt/hexano 2:3)
- Ponto de fusão: 190 – 192 ºC
DADOS ESPECTROMÉTRICOS 1H RM� (DMSO-D6, δ, ppm, 300 MHz, t.a.), presença de rotâmeros.
2,26 (m, 1H); 2,45 (m, 1H) coincide com DMSO; 3,07 (m, 1H) rotâmero em 3,40
coincidindo com H2O do DMSO; 3,70 (s, 3H); 4,00 – 4,40 (m, 2H); 6,11 (sl, 1H)
rotâmero em 6,61; 6,80 – 7,30 (m, 4H); 7,40 – 8,00 (m, 5H); 10,82 (s, 1H) 13C RM� (DMSO-D6, δ, ppm, 75 MHz, t.a.)
27,4 (CH2) rotâmero em 28,7; 43,6 (CH2) rotâmero em 47,3; 51,7 (CH) rotâmero em
49,8; 55,2 (CH3); 93,5 (CH) rotâmero em 90,9; 113,5 (CH); 114,7 (CH); 124,8 (CH);
128,5 (CH); 129,6 (CH) - HC=N; 134,3 (C); 135,2 (C); 137,9 (C); 153,5 (C); 158,1
(C=N); 167,9 (C=O).
I.V. - FT (pastilha de KBr, cm-1), principais sinais.
3270, 3246, 3048, 2890, 2851, 1628, 1570, 1502, 1428, 1229, 853.
6.16 - OBTE�ÇÃO DA (4-FLUOROFE�IL)-{3-[(4-CLOROFE�IL)-
METILHIDRAZO�A]-3a,4,5,6a-TETRAHIDRO-PIRROLO[3,2-d]ISOXAZOL-6-YL-
META�O�A 54d
N
H2N
H
ClN
O
N
O
HO
F
N
O
N
O
N
F
H
NH
Cl
53b 59d
50
Procedimento experimental idêntico ao item 6.13
P-clorofenil-hidrazina (0,364g; 1,9 mmols), 30 mL de etanol, aldeído 53b
(0,5g; 1,9 mmols).
O produto foi submetido a processo de purificação semelhante ao da reação
anterior, obteve-se 0,41g do composto 54d , correspondendo a um rendimento de 56%.
Propriedades Físicas de 54d
- Sólido amorfo branco
- Rf = 0,51 (AcOEt/hexano 2:3)
- Ponto de fusão: 232 – 234 ºC
DADOS ESPECTROMÉTRICOS 1H RM� (DMSO-D6, δ, ppm, 300 MHz, t.a.), presença de rotâmeros.
2,26 (m, 1H); 2,43 (m, 1H) coincide com sinal DMSO; 3,07 (m, 1H) – rotâmero em
3,46 ppm coincidindo com H2O do DMSO; 4,15 (m, 1H); 4,27 (tl, J = 8,0 Hz, 1 H);
6,15 (d: J = 6,3 Hz;1H) rotâmero em 6,65; 7,03 (d, J = 8,1 Hz,, 2H); 7,30 (m, 5H); 7,71
(sl, 2H); 11,03 (s, 1H) 13C RM� (DMSO-D6, δ, ppm, 75 MHz, t.a.)
27,4 (CH2) rotâmero em 28,7; 43,6 (CH2) rotâmero em 47,3; 51,4 (CH) rotâmero em
49,5; 93,9 (CH) rotâmero em 91,2; 113,8 (CH); 115,4 (d; J= 21 Hz; CH); 123,5 (C);
127,3 (CH); 129,1 (CH); 130,3 (CH) HC=N; 132,0 (C); 143,0 (C); 157,9 (C=N); 164,8
e 161,5 (d; J= 247 Hz, C); 167,9 (C=O)
I.V. - FT (pastilha de KBr, cm-1), principais sinais.
3254, 3090, 3040, 2875, 1625, 1600, 1565, 1485, 1247, 1159, 852.
51
6.17 - OBTE�ÇÃO DA (4-FLUOROFE�IL)-{3-[(4-FLUOROFE�IL)-
METILHIDRAZO�A]-3a,4,5,6a-TETRAHIDRO-PIRROLO[3,2-d]ISOXAZOL-6-YL-
META�O�A 54e
N
H2N
H
FN
O
N
O
HO
F
N
O
N
O
N
F
H
NH
F
53b 54e
Procedimento experimental idêntico ao item 6.13
P-fluorofenil-hidrazina (0,349g; 1,98 mmols), 30 mL de etanol, aldeído 53b
(0,52g; 1,98 mmols).
O produto foi submetido a processo de purificação semelhante ao da reação
anterior, obteve-se 0,385g do composto 54e correspondendo a um rendimento de 53%.
Propriedades Físicas de 54e
- Sólido amorfo beje claro
- Rf = 0,46 (AcOEt/hexano 2:3)
- Ponto de fusão: 227 – 229 ºC
DADOS ESPECTROMÉTRICOS 1H RM� (DMSO-D6, δ, ppm, 300 MHz, t.a.), presença de rotâmeros.
2,26 (m, 1H); 2,40 (m, 1H) coincide com sinal DMSO; 3,08 (m, 1H) – rotâmero em
3,43 coincidindo com H2O do DMSO; 4,00 – 4,40 (m, 2H); 6,14 (sl, 1H) rotâmero em
6,65; 6,90-7,50 (m, 6H); 7,70 (sl, 3H); 10,93 (s, 1H). 13C RM� (DMSO-D6, δ, ppm, 75 MHz, t.a.)
27,4 (CH2) rotâmero em 28,7; 43,6 (CH2) rotâmero em 47,4; 51,5 (CH) rotâmero em
49,6; 93,8 (CH) rotâmero em 91,5; 113,5 (CH); 115,4 (d; J = 22 Hz; CH); 126,4 (CH);
130,3 (HC = N); 132,0 (C); 440,7 (C); 157,8 (C = N); 164,8 e 161,5 (d; J = 247 H2; C);
167,7 (C = O).
52
I.V. - FT (pastilha de KBr, cm-1), principais sinais.
3240, 3125, 3041, 2898, 1630, 15651503, 1429, 1260, 1210, 1205, 1152, 850.
6.18 - OBTE�ÇÃO DA (4-FLUOR-FE�IL)-{3-[(4-METOXI-FE�IL)-
METILHIDRAZO�A]-3a,4,5,6a-TETRAHIDRO-PIRROLO[3,2-d]ISOXAZOL-6-YL-
META�O�A 54f
N
H2N
H
OMeN
O
N
O
HO
F
N
O
N
O
N
F
H
NH
OMe
53b 54f Procedimento experimental idêntico ao item 6.13
P-metoxifenil-hidrazina (0,356g; 1,9 mmols), 30 mL de etanol, aldeído 53b
(0,5g; 1,9mmols).
O produto foi submetido a processo de purificação semelhante ao da reação
anterior, obteve-se 0,285g do composto 54f, correspondendo a um rendimento de 40%.
Propriedades Físicas de 54f
- Sólido amorfo bege
- Rf = 0,42 (AcOEt/hexano 2:3)
- Ponto de fusão: 190 – 192 ºC
ESTUDO BIOLÓGICO
54
7 – REVISÃO DA LITERATURA
7.1 – Fisiopatologia da dor
A dor é uma condição complexa, muitas vezes de etiologia indefinida, com valor
biológico fundamental. Sem dor seria impossível a vida normal; ela funciona como um
mecanismo de defesa, sendo uma resposta adaptativa e protetora ao estresse ambiental.
Porém, é um sintoma desagradável e individual, causando limitações, incapacidade e
sofrimento, afetando tanto aspecto o físico como o psíquico.57,58,59
Os estímulos e as condições que causam a dor podem variar e dependem em
parte do tecido específico e da natureza, intensidade e duração do estímulo. Em geral, os
estímulos que são percebidos como dolorosos têm o potencial de causar dano aos
tecidos.60
Os principais tipos de dor
Praticamente, é necessário reconhecer dois tipos de dor: a aguda e a crônica.61
A dor aguda ou fisiológica resulta da estimulação nociva intensa ou
potencialmente injuriante, é bem localizada e tem curta duração, quando não ocorre
dano tecidual, freqüentemente esvaecendo-se sem que medidas especiais sejam
adotadas. Geralmente é causada por processos identificáveis, sejam inflamatórios,
espásticos ou isquêmicos. O papel dessa dor é simples, mas importante, como sinal de
alerta, indicando perigo, risco, já que informa ao corpo sobre o perigo potencial e, via
de regra, inicia respostas reflexas de retirada do segmento corporal da fonte do estímulo
nocivo. É funcionalmente garantida por NAPs (neurônios aferentes primários)
especializados, capazes de codificar o estímulo nocivo quanto à sua modalidade,
intensidade, duração e localização.61
Já a dor crônica, ou patológica, ocorre em resposta à lesão tecidual e é
caracterizada pela sensação de dor em resposta a estímulos normalmente inócuos ou
mesmo pela ocorrência de dor espontânea, persistindo por mais tempo do que o
esperado para a cura da lesão. Muitas vezes, apresenta etiologia incerta, não desaparece
com o emprego dos procedimentos terapêuticos convencionais e é causa de
incapacidades e inabilidades prolongadas. Representa um fenômeno de sensibilização
nociceptiva, com redução do limiar à dor (alodinia), amplificação da resposta a
estímulos nocivos (hiperalgesia) e sensação de dor prolongada após estimulação
55
(hiperpatia). Mesmo a dor crônica possui uma fase aguda, geralmente associada a dano
tecidual e inflamação. Na fase crônica, a dor está geralmente associada a alterações ou
danos ao tecido nervoso, caracterizando-se a dor neuropática, comum especialmente em
idosos. Nesta condição, a dor aparentemente perde qualquer função adaptativa e torna-
se de fato patológica.62,63,64,61
A percepção da dor (nocicepção)
A nocicepção é um fenômeno que ocorre de forma subjetiva, podendo assim
variar através das dimensões de intensidade e severidade, duração, qualidade (aguda,
sutil, em queimação, etc.), freqüência, recorrência, padrão e a localização.60 Têm-se
referido à percepção e a resposta do corpo à dor como sendo a atividade do sistema
nervoso aferente, induzida por estímulos nocivos, tanto exógenos (mecânicos, químicos,
físicos e biológicos), quanto endógenos (inflamação, aumento de peristaltismo,
isquemia tecidual). Sua recepção em nível periférico se dá em estruturas específicas
denominadas nociceptores. 61
Os nociceptores são definidos como estruturas responsáveis pela sensação
periférica inicial do fenômeno doloroso. Representam as terminações livres do axônio
periférico do NAP, e muitos deles são “silenciosos” em condições normais, sendo
ativados apenas em condições patológicas (por exemplo em processos inflamatórios).
Estão localizados em todo o corpo (superfície cutânea e mucosa), exceto no cérebro e
tecido ósseo, e existem desde o início da sexta semana de gestação, o que se pressupõe
sensações dolorosas primitivas, mesmo nos fetos no início da gestação. 65,61,66
Os receptores nervosos periféricos para a dor foram, então, se desenvolvendo ao
longo do tempo, de maneira a ampliar e facilitar a condução nervosa após estímulo de
alto limiar. Isso com o objetivo de evitar situações desagradáveis, manter as funções
fisiológicas e preservar a vida. 67
Os terminais periféricos dos NAPs (nociceptores) são sensibilizados pela ação
de substâncias químicas, denominadas algiogênicas, presentes no ambiente tecidual.
Entre elas destacam-se a bradicinina (receptores tipo B2), prostaglandinas dos tipos I2
(prostaciclinas) e E2, opióides (receptores tipos µ e δ), histamina, serotonina,
noradrenalina (receptor tipo β2), tromboxano, substância P, interleucinas e acetilcolina,
substâncias que podem ser liberadas em tecidos lesados durante a inflamação, o que
acaba por facilitar a geração local de estímulos (fenômeno de hipersensibilização ou
hiperalgesia periférica). 61,66,67
56
Os Agentes analgésicos
Vários procedimentos podem contribuir para reduzir a dor e o sofrimento. A
avaliação das características da dor é fundamental para a instalação das medidas
terapêuticas apropriadas. 68
O tratamento da dor aguda e da crônica é multimodal e envolve o uso de
intervenções farmacológicas, psíquicas, físicas, a utilização de bloqueios anestésicos
regionais e métodos neurocirúrgicos. 69
Realiza-se analgesia quando se atinge um estado em que o indivíduo não sente
mais dor, através da interrupção dos impulsos nociceptivos. 70
Várias classes de fármacos são utilizadas na prevenção e no tratamento da dor,
dependendo da intensidade, duração e da natureza do estímulo doloroso. Incluem não
apenas analgésicos opióides, mas também anestésicos locais, anestésicos gerais, AINEs
(aspirina, dipirona, acetaminofeno, ibuprofeno, etc.) e medicamentos adjuvantes. 71,72,60
Os analgésicos AINES têm propriedades analgésicas, antitérmica e
antiinflamatória, relacionadas à inibição das COX; e não apresentam o risco do vício.
São indicados para dores leves ou moderadas, associadas ou não à reação inflamatória
periférica, com a vantagem de induzir efeitos adversos menos graves que os analgésicos
opióides. 73
A inibição da atividade da COX pode resultar em acúmulo de ácido
araquidônico e desvio dessa substância para metabolismo pelas lipoxigenases e
epoxioxigenases. Isso provocaria alterações nos níveis de metabólitos não-prostanóides
que podem estar envolvidos no processo nociceptivo. Outros autores, entretanto,
sugerem que os AINEs ao aumentarem os níveis de ácido araquidônico facilitariam o
impulso nociceptivo através da liberação de neuromediadores pré-sinápticos
(glutamato). Por outro lado, a literatura relata que o aumento do 12-HPETE pode
produzir depressão sináptica e analgesia. 69
O fato de existirem agentes (como acetaminofeno) que inibem fracamente ou
não interferem na atividade das prostaglandinas, mas que possuem ação analgésica,
evitando a hiperalgesia, fortalece a hipótese de que existem outros mecanismos de ação
para os AINEs, provavelmente relacionados à inibição da hiperexcitabilidade neuronal
central e periférica durante a transmissão nociceptiva, sinérgica aos agonistas alfa-2 e
opiáceos.69,71
57
É possível, ainda, que os AINEs atuem na membrana plasmática, alterando a
viscosidade e a configuração da subunidade alfa da proteína G. Isso interfere no
processo decorrente da ação de neurotransmissores excitatórios (aspartato, glutamato,
substância P) em receptores metabotrópicos (mGlu) e a coativação de receptores
ionotrópicos (NMDA, AMPA, cainato), alterando a atuação da fosfolipase C sobre
segundos mensageiros (PIP2 – IP3 – DAG – PKC), necessários para o aumento do fluxo
intracelular de cálcio e a atuação da fosfolipase A2. A fosfolipase A2 levaria ao aumento
das prostaglandinas espinhais e NO, que iniciam e perpetuam o processo de
sensibilização medular à dor. Outra possibilidade é que os AINEs podem interferir na
beta-oxidação do ácido palmítico, competindo pela cadeia longa da acil-CoA sintetase.
O palmitoil-CoA regula a atividade da glutaminase que indiretamente modula a síntese
do glutamato. A redução da concentração do glutamato no SNC diminui a transmissão
da dor. 69
Com relação à ação sobre as vias descendentes inibitórias da dor, existem relatos
de que os AINEs provoquem analgesia devido ao aumento dos níveis centrais de
dopamina. Essa substância regularia a atividade da glutamato-alfa descarboxilase, que é
uma enzima que catalisa a formação do GABA através do glutamato, afetando, assim,
as vias gabaérgicas inibitórias. Outra possibilidade descrita para explicar a inibição da
dor a nível central seria a elevação dos níveis de serotonina e noradrenalina, agentes que
interferem na permeabilidade da membrana celular aos íons potássio e cloro. Esse efeito
é decorrente da ação competitiva dos AINEs sobre os sítios de ligação do triptofano ou
peptídeos precursores das proteínas circulantes. 69
Apesar da dipirona e do acetaminofeno (paracetamol) serem as medicações
analgésicas e antipiréticas mais populares, apresentam pouca eficácia como
antiinflamatórios nas doses terapêuticas, e seus mecanismos de ação permanecem
controversos.75,74 Alguns estudos sugerem que a inibição da COX-2 ou ainda a
sensibilidade diferenciada das enzimas em diferentes tecidos possam explicar seus
efeitos farmacológicos.76,75 Avaliando o líquor humano, foi demonstrado a redução de
tromboxano após a utilização de dipirona (derivado da pirazolona), o que poderia
explicar seu efeito analgésico e antitérmico. 77 Outros autores descreveram a COX-3,
provavelmente uma variante da COX-1, presente principalmente no córtex cerebral,
cuja inibição seletiva poderia representar o mecanismo primário central da ação
analgésica de drogas como a dipirona e o acetaminofeno.78
58
7.2 - Toxicidade Aguda
A utilização de qualquer substância considerada farmacologicamente ativa
requer uma realização de “screening” de reação comportamental quando submetidos ao
estudo “in vivo” em experimentação animal. Os efeitos ou respostas podem ocorrer
dentro de minutos ou depois de algumas horas, dias ou qualquer intervalo entre eles.79
Essas respostas referidas como reações preliminares aguda, subaguda ou crônica, estão
baseadas nos princípios de toxicologia. A intoxicação aguda se manifesta por sinais e
sintomas, que dependendo da exposição pode levar à mortalidade.80
De fato, toda substância pode ser considerada um agente tóxico; esta condição
irá depender das condições nas quais ocorrerá a interação do agente químico com o
organismo, como tempo e freqüência de exposição, dose administrada ou absorvida e
via pela qual se deu a administração.81
As interações químicas de moléculas biologicamente ativas no organismo vivo,
podem ocorrer através de uma série de mecanismos, tais como: alterações na absorção,
ligação às proteínas, biotransformação e excreção.82, 83
A toxicidade de uma substância pode ser definida como a capacidade de causar
dano grave ou morte a dado organismo, após a administração de uma dose única ou
doses múltiplas, administradas dentro de um período de 24 horas. Para que o dano
ocorra é necessário, em primeiro lugar, que o organismo seja exposto; em segundo, que
interaja com o agente intoxicante. 84, 85, 86
Os ensaios de toxicidade aguda são comumente realizados em camundongos e
ratos, embora em certos casos também sejam utilizados animais maiores, como coelhos
e cães. Recomenda-se a mesma via de administração utilizada no homem, sendo a via
oral a mais comum.87
8 - Avaliação da atividade biológica
Os ensaios biológicos foram realizados no Laboratório Bioensaios para Pesquisa
de Fármacos (LBPF) do Departamento de Antibióticos, da Universidade Federal de
Pernambuco, sob a responsabilidade da Professora Dra. Teresinha Gonçalves da Silva.
Os experimentos foram realizados de acordo com as normas aprovadas pela
Comissão de Ética para Experimentação com animais, da UFPE, (processo nº
040743/2007-19).
59
8.1 - Materiais
Para determinação da toxicidade aguda e atividade antinociceptiva das
pirrolidina[3,2-d]-2-isoxazolina 54a-f, foram utilizados os seguintes materiais: balança
analítica; seringas descartáveis tuberculina; solução salina a 0,9%; Tween 80
(MERCK); ácido acético (VETEC), éter dietílico (VETEC); e a dipirona como fármaco
padrão.
8.2 - Animais
Foram utilizados Camundongos albinos Swiss (Mus musculus), machos, com
aproximadamente 60 dias de vida, variando de 25 ± 30 gramas, oriundos do Biotério do
Departamento de Antibióticos da Universidade Federal de Pernambuco, registrado no
COBEA (Colégio Brasileiro de Experimentação Animal) sob no 18. Os animais foram
divididos em grupos e mantidos em caixas plásticas à temperatura 23 ± 2ºC com ciclos
claro/escuro de 12 em 12 horas, recebendo ração padrão (Purina) e água ad libitum.
Todos os animais utilizados para determinação da atividade analgésica foram mantidos
em jejum de 6 horas antes do experimento, com água ad libitum.
8.3 – Metodologia
8.3.1 - Nocicepção induzida por ácido acético 88
A atividade antinociceptiva foi verificada através do teste de contorção abdominal
induzida pelo ácido acético. Os animais foram arranjados aleatoriamente (n= 6
camundongos por grupo), pré-tratados por via intraperitoneal 60 minutos antes do teste
com as isoxazolil-aril-hidrazonas 54a-f (150 µmol/Kg) e a substância padrão dipirona
(150 µmol/Kg). O grupo controle recebeu o veículo (solução salina 0,9%). Ácido
acético 1% foi injetado dentro da cavidade peritoneal dos animais, para induzir
contrações da musculatura abdominal e/ou alongamento dos membros posteriores. Dez
minutos após a injeção do ácido acético, os camundongos foram colocados
individualmente em caixas transparentes, registrando-se o número de contorções
abdominais durante 20 minutos.
60
Os percentuais de inibição foram calculados através da fórmula: Percentagem de
inibição = (1-Vt/Vc)x100, onde Vt e Vc representam, respectivamente, a média das
contorções dos grupos tratados e a do controle.
8.3.2 - Toxicidade aguda 89
Para avaliação da toxicidade aguda, os camundongos foram separados em
grupos de 06 animais. Em seguida, foram administradas, por via intraperitoneal, as
substâncias testes 54a e 54d, na dose de 1500mg/Kg. A observação dos efeitos tóxicos
foi efetuada com os animais em livre movimentação, em superfície plana, por um
período inicial de 60 minutos. Após esse período, os animais foram ainda observados
durante 48 horas para registro do índice de mortalidade de cada grupo e durante 14 dias
para observações gerais.89
9- Resultados e discussão
9.1 - Nocicepção induzida por ácido acético
A algesia induzida por administração intraperitonial de ácido acético em
camundongos é um modelo de efeito periférico e não-específico, envolvendo a liberação
de prostaglandinas, serotonina, bradicinina, substancia P e mediadores do sistema
simpático.90
Os fármacos que produzem efeitos analgésicos podem atuar a nível periférico e
central, seja modulando ou inibindo a síntese de substâncias mediadoras da
inflamação.91
As isoxazolil-aril-hidrazonas 54a-f (150 µmol/Kg), administradas por via
intraperitoneal, inibiram significantemente as contorções abdominais induzidas por
ácido acético em relação ao controle no qual foi sumarizada na tabela 05.
61
.
N
N
O
O
NHN
HH
H
R1
R2
Figura 07: Estrutura geral das isoxazolil-aril-hidrazonas
SUBSTÂ�CIAS (150 µmol/Kg)
SUBSTITUI�TES MÉD. DE CO�TORÇÕES
PROTEÇÃO (%)
(54a) R1-C l, R2-Cl 9,8 85,8 * (54b) R1- F, R2- C l 21,0 69,6 * (54c) R1- OMe, R2- C l 19,2 72,0 * (54d) R1- Cl, R2-F 21,2 69,3 * (54e) R1-F, R2-F 23,4 66,0 * (54f) R1- OMe, R2-F 16,4 76,0 *
Dipirona (padrão) ------- 28,1 59,3 * Controle (salina) 69,1 ----
* Resultados significativos para ao nível de p<0,05 (A�OVA)
Tabela 05: Percentual de inibição das hidrazonas no teste de contorções abdominais induzidas
por ácido acético (1%) em camundongos.
A avaliação da atividade antinoceptiva foi realizada pelo método de contorções
abdominais induzidas pelo ácido acético. Os resultados mostraram que na dose de 150
µmol/Kg, as isoxazolil-aril-hidrazonas (54a-f) apresentaram excelentes resultados
quando comparados à dipirona, que foi utilizada como fármaco padrão, pois esses novos
compostos, administrados por via intraperitonial, inibiram as contrações abdominais,
induzidas por ácido acético, em camundongos. A inibição das contorções abdominais é
sugestiva do bloqueio da reação dolorosa pelas substâncias administradas, através de
mecanismo periférico, da inibição da liberação de prostaglandinas e de mediadores do
simpático. No entanto, não podemos descartar a possibilidade de uma atividade
depressora do Sistema Nervoso Central causada pela reação dolorosa.
62
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Média das contorções abdominais
induzidas por àcido acético (1%) Controle
Dipirona
54a
54b
54c
54d
54e
54f
C Dipirona i.p. 54a 54b 54c 54d 54e 54f
Tratamentos150 µmol/Kg
Figura 08: Efeito das hidrazonas 54 sobre a nocicepção, induzida por ácido acético (1%), em
camundongos. Cada grupo representa a média de 6 animais. Os dados representam a média ±
EPM (erro padrão da média) de n = 6. Todos os resultados apresentaram significância
estatística em relação ao grupo controle, ao nível de * p<0,05 (ANOVA).
Da série testada tivemos como destaque as (54a) e (54f), que apresentaram
respectivamente 85,8% e 76% de atividade antinoceptiva. Todos os compostos
apresentaram resultados bastante promissores, pois mostraram ser superiores ao da
dipirona, que foi utilizada como droga padrão, que apresentou 59% de eficácia
antinoceptiva. Portanto, foi confirmada a hipótese de que a fusão dos dois prováveis
grupos farmacofóricos (isoxazolina e a hidrazona) aumentaria a eficácia farmacológica
para atividade antinoceptiva, que no qual já existia nos núcleos de forma isolada. Esse
estudo preliminar de potencial biológico abre caminho para a realização de testes destes
compostos como antiinflamatório e testes específicos de analgesia, com objetivo de uma
possível elucidação futura do mecanismo de ação dessas novas drogas.
63
9.2 - Toxicidade Aguda
Todos os aspectos reacionais de uma substância no organismo vivo devem ser
considerados quanto aos sinais e sintomas de intoxicação e o percentual de mortalidade
para o cálculo de doses letais. Estes valores são calculados estatisticamente a partir de
dados obtidos experimentalmente, correlacionando as doses das substâncias e a
mortalidade dos animais. 92
Os resultados obtidos na avaliação da toxicidade aguda das hidrazonas,
derivadas da pirrolidina[3,2-d]-2-isoxazolina 54a e 54d, revelaram possuir baixa
toxicidade na dose de 1500 µmol/Kg. Foram observados alguns efeitos depressores do
sistema nervoso central, onde foram comuns a todos os animais dos grupos pertencentes
aos experimentos, como: ptose, sonolência, abaixamento do trem posterior e diminuição
da freqüência respiratória, no entanto, nenhum animal veio a óbito na dose testada, após
o período determinado de observação.Todos sintomas evidenciados foram reversíveis
Com isso, de maneira geral, conclui-se que as novas isoxazolil-aril-hidrazonas possuem
uma baixa toxicidade, quando testadas na dose 10 vezes superior do que aquela que
apresentara uma excelente atividade antinoceptiva. Com isso abrem-se caminhos para a
realização de novos testes mais específicos de toxicidade aguda para os novos
compostos. Portanto, isso é um dos requisitos para que um novo composto ativo seja um
futuro fármaco.
64
CO�CLUSÕES E PERSPECTIVAS
65
10 - CO�CLUSÕES
Neste trabalho, exploramos química e biologicamente o novo heterobiciclo
pirrolidina[3,2-d]-2-isoxazolina, através da aplicação sintética deste núcleo na obtenção
derivados hidrazonas. Novos aldeídos isoxazolínicos, obtidos a partir do cicloaduto da
reação de ciclodição 1,3-dipolar entre enecarbamato endocíclico e �-óxido de nitrila,
foram condensados com fenil-hidrazinas, obtendo-se novas isoxazolil-hidrazonas, que
possuem dois sítios distintos de substituição, visando a variação estrutural das mesmas.
Rendimentos ótimos foram obtidos nas etapas de síntese dos aldeídos, enquanto que, na
etapa de condensação entre os aldeídos e as fenil-hidrazinas, rendimentos moderados
foram obtidos, devido a problemas no isolamento dos produtos.
As avaliações biológicas preliminares das novas isoxazolil-aril-hidrazonas
mostraram que as mesmas possuem baixa toxicidade e excelente atividade
antinoceptiva, quando comparada ao fármaco padrão dipirona. Estes resultados são
bastante promissores e corroboram resultados anteriores, relativos à atividade biológica
do heterociclo isoxazolínico desenvolvido em nosso laboratório. Portanto, a introdução
da funcionalidade hidrazona nas estruturas isoxazolínicas, que conforme a literatura é
um grupamento farmacofórico para analgesia, propiciou excelente atividade
antinoceptiva aos derivados híbridos. Diante dos resultados obtidos, a série de
isoxazolil-hidrazonas deverá ser expandida, visando uma variação estéreo–eletrônica
das mesmas e testes específicos de atividade analgésica, para uma possível
determinação do mecanismo de ação, assim como teste antiinflamatório, entre outros,
deverão ser realizados.
Os objetivos propostos inicialmente no projeto inicial, quanto à parte química e
biológica, foram plenamente executados, apresentando resultados bastantes
satisfatórios.
Todos estes resultados todos demonstram a grande versatilidade sintética e
aplicação biológica dos novos heterociclos isoxazolínicos obtidos, o que nos incentiva a
ampliar a investigação sintética e biológica destes novos núcleos obtidos a partir de
enecarbamatos endocíclicos.
66
11 - PESPECTIVAS
• Síntese assimétrica das hidrazonas isoxazolínicas 54a e 54f. Avaliação da
atividade analgésica comparada ao racêmico ± 54.
• Estudo teórico de modelagem molecular “docking” e QSAR dos novos
derivados heterocíclicos.
• Determinação da DL50 das novas hidrazonas isoxazolínicas 54, para
determinação de outros parâmetros toxicológicos.
• Realização de testes de atividade antiinflamatória.
• Continuação dos estudos de atividade analgésica, utilizando outros modelos e
investigação do mecanismo de ação.
REFERÊ�CIAS BIBLIOGRÁFICAS E
A�EXOS
68
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76
N
N
O
O
Cl
OH
52a
Figura 09: Espectros de 1H RMN e 13C RMN de 52a
13 – ANEXOS 13.1- Espectros selecionados:
77
N
N
O
O
Cl
HO
53a
Figura 10: Espectros de 1H RMN e 13C RMN de 53a
78
4000 3750 3500 3250 3000 2750 2500 2250 2000 1750 1500 1250 1000 750 500
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
3383,8
2861,8
1626,3 1398,7
1090,2
843,3
696,8
Transmitância
Número de Onda (cm-1)
N
N
O
O
Cl
HO
53a
Figura 11: Espectro de infravermelho (pastilha de KBr, cm-1) do composto 53a
79
N
N
O
O
F
OH
52b
Figura 12: Espectros de 1H RMN e 13C RMN de 52b
80
4000 3750 3500 3250 3000 2750 2500 2250 2000 1750 1500 1250 1000 750 500
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
3505,9
2884,9
1639,1 1415,4
1153,2
845,9
505,2
Transmitância
Número de Onda (cm-1)
N
N
O
O
F
OH
52b
Figura 13: Espectro de infravermelho (janela de KBr, cm-1) do composto 52b
81
N
N
O
O
F
HO
53b
Figura 14: Espectros de 1H RMN e 13C RMN de 53b
82
4000 3750 3500 3250 3000 2750 2500 2250 2000 1750 1500 1250 1000 750 500
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
3387,62857,9
1626,31388,4
1230,3854,9
602,9
Transmitância
Número de Onda (cm-1)
N
N
O
O
F
HO
53b
Figura 15: Espectro de infravermelho (pastilha de KBr, cm-1) do composto 53b
83
N
O
N
O
N
Cl
H
NH
Cl
54a
Figura 16: Espectros de 1H RMN e 13C RMN de 54a
84
4000 3750 3500 3250 3000 2750 2500 2250 2000 1750 1500 1250 1000 750 500
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
3246,2
1627,6
1424,4
1090,2
848,5
Transmitância
Número de Onda (cm-1)
Figura 17: Espectro de infravermelho (pastilha de KBr, cm-1) do composto 54a
N
O
N
O
N
Cl
H
NH
Cl
54a
85
N
O
N
O
N
Cl
H
NH
F
54b
Figura 18: Espectros de 1H RMN e 13C RMN de 54b
86
4000 3750 3500 3250 3000 2750 2500 2250 2000 1750 1500 1250 1000 750 500
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
3243,6
1618,61424,4
1209,7
856,2
515,5
Transmitância
Número de Onda (cm-1)
N
O
N
O
N
Cl
H
NH
F
54b
Figura 19: Espectro de infravermelho (pastilha de KBr, cm-1) do composto 54b
87
N
O
N
O
N
Cl
H
NH
OMe
54c
Figura 20: Espectros de 1H RMN e 13C RMN de 54c
88
4000 3750 3500 3250 3000 2750 2500 2250 2000 1750 1500 1250 1000 750 500
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
3269,3
1628,9
1428,3 1229,0
853,6
523,2
Transmitância
Número de Onda (cm-1)
N
O
N
O
N
Cl
H
NH
OMe
54c
Figura 21: Espectro de infravermelho (pastilha de KBr, cm-1) do composto 54c
89
N
O
N
O
N
F
H
NH
Cl
59d
Figura 22: Espectros de 1H RMN e 13C RMN de 54d
90
4000 3750 3500 3250 3000 2750 2500 2250 2000 1750 1500 1250 1000 750 500
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
3253,9
1625,01423,2
1159,6
852,3
599,1
Transmitância
Número de Onda (cm-1)
N
O
N
O
N
F
H
NH
Cl
54d
Figura 23: Espectro de infravermelho (pastilha de KBr, cm-1) do composto 54d
91
N
O
N
O
N
F
H
NH
F
54e
Figura 24: Espectros de 1H RMN e 13C RMN de 54e
92
4000 3750 3500 3250 3000 2750 2500 2250 2000 1750 1500 1250 1000 750 500
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
3239,8
1630,1
1429,6
1205,9
849,8
600,3
Transmitância
Número de Onda (cm-1)
Figura 25: Espectro de infravermelho (pastilha de KBr, cm-1) do composto 54e
N
O
N
O
N
F
H
NH
F
54e