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SÃO PAULO, 18 DE DEZEMBRO DE 2015.

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SÃO PAULO, 18 DE DEZEMBRO DE 2015.

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Ocupação Grupo Corpo traz imagens pessoais dos 40 anos da companhia

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São Paulo aposta na coleta seletiva para um futuro sustentável

Urbanismo/Coleta Seletiva; como São Paulo planeja um futuro mais sustentável

Com 11 milhões de habitantes, a cidade de São Paulo gera em média 20 mil toneladas

de lixo por dia, segundo dados da administração municipal. Deste volume de resíduos,

12,5 mil toneladas são de origem domiciliar, ou seja, geradas pelo consumo dos

próprios paulistanos. Com o crescimento da metrópole, a tendência é de que estes

índices aumentem cada vez mais, exigindo um melhor planejamento da gestão pública

para lidar com a demanda.

Uma das principais medidas adotadas pela administração municipal para evitar

problemas mais graves com o lixo é a ampliação da coleta seletiva. "Hoje apenas 3% do

material descartado pela população é reciclado. Aquilo que sobra precisamos destinar

aos aterros sanitários, alguns até de outras cidades. Nosso objetivo é aumentar o

reaproveitamento para 1U% até o próximo ano", afirma o secretário de Serviços,

Simão Pedro Chiovetti.

De todo o montante do lixo domiciliar, aproximadamente 35% é composto de resíduos

secos, sujeitos à reciclagem. Já 51% são de origem orgânica, e o restante é formado

por rejeitos.

Para expandir a coleta seletiva na capital, a Secretaria implantou duas centrais de

triagem mecanizadas, uma em Santo Amaro, na zona sul, e outra no bairro da Ponte

Pequena, região central. Outras duas estão previstas para 2016. O volume de triagem

dessas centrais, somadas ao que é triado nas cooperativas, deverá atingir cerca de

1.250 toneladas por dia, ou 10% do coletado.

O novo equipamento ocupa uma área de 4,8 mil m2 e conta com um maquinário

importado da França. Sua capacidade é equivalente à somatória da produção das mais

de 20 cooperativas conveniadas com a Prefeitura de São Paulo que já realizam

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manualmente o trabalho de triagem. "Se considerarmos somente a porcentagem de

resíduos secos, com as centrais nós vamos conseguir processar cerca de 45% deste

material", afirma Simão Pedro.

Para a implantação da central de triagem em Santo Amaro foram investidos R$ 33

milhões. A viabilização financeira do projeto é uma das contrapartidas ao Município

parte da empresa Ecourbis, concessionária responsável pela coleta de lixo nas zonas

leste e sul da capital.

Além do investimento em equipamentos para a seleção de resíduos, a Secretaria de

Serviços aposta na participação das cooperativas de reciclagem para ampliar o

trabalho. Em Santo Amaro, a central emprega mais de 60 membros da Cooperativa de

Capela do Socorro (Coopercaps). Este trabalho de cunho social também deverá ser

intensificado em toda a cidade no próximo ano. "Vamos contratar cooperativas de

catadores dentro de uma programação organizada para ajudar na coleta seletiva; isto

será uma novidade", explica Simão Pedro.

Sacolinhas

Outra iniciativa que está ajudando a coleta seletiva em São Paulo foi a alternativa

criada pelo prefeito Fernando Haddad, a partir da confirmação da validade da lei

aprovada na cidade em 2011 pela Justiça, que proibiu a distribuição da sacola plástica

branca. A medida, que entrou em vigor em abril, atende à Política Nacional do Meio

Ambiente e tem a função de servir como instrumento de conscientização dos

consumidores sobre a importância da reciclagem.

Redução de 70% no consumo de sacolas plásticas. Hoje o consumidor usa as sacolas

bioplásticas, voltadas ao descarte correto dos resíduos, o que ampliou a coleta seletiva

em 10% na cidade, tomando-se um instrumento de conscientização ambiental em

diversos locais: supermercados, livrarias, lojas de comércio popular e restaurantes da

periferia", afirma Simão Pedro.

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Apesar de a proibição não ter agradado a todos os paulistanos no início, o secretário

não acredita em um retrocesso. "As contestações continuam sendo apenas de um

setor da indústria de plásticos. Hoje as sacolas de bioplástico são uma tendência

irreversível, pois os temas ambientais são cada vez mais apropriados", complementa.

As novas embalagens são oferecidas em dois modelos de cores diferentes. A sacolinha

verde deve ser utilizada pelo consumidor para carregar as compras e, posteriormente,

para o descarte do lixo reciclável, que é recolhido pela coleta seletiva municipal. Já a

sacolinha cinza deve ser reservada para os resíduos orgânicos e os rejeitos.

Mesmo com a inauguração das centrais de triagem e a separação do material reciclado

por meio das sacolas bioplásticas, a coleta seletiva ainda precisa ser aperfeiçoada em

São Paulo. Isso porque em alguns bairros paulistanos o serviço não atende a todas as

ruas.

"Pretendemos superar esta dificuldade até o final do próximo ano por meio da

contratação de cooperativas de catadores e da fiscalização das concessionárias.

Também pretendemos combater a coleta clandestina, com base na regularização e em

denúncias. O setor privado deve fazer a sua parte, pois a coleta seletiva deveria ser

realizada por este segmento, de acordo com a nova Lei Nacional de Resíduos Sólidos. A

tendência é melhorar cada vez mais", afirma Simão Pedro.

Os locais atendidos pela coleta seletiva em cada bairro podem ser conferidos no site

das concessionárias. Em Pinheiros, no Butantã, na Lapa e em demais regiões da zona

oeste a responsável pelo serviço é a Loga (loga.com.br). Santo Amaro e o restante da

zona sul são atendidos pela Ecourbis (ecourbis.com.br).

A Secretaria de Serviços disponibiliza o telefone 3397-1723 da Amlurb (Autoridade

Municipal de Limpeza Urbana) para que o munícipe informe falhas na coleta seletiva

em sua rua ou denuncie pessoas que depositam o lixo fora cio horário da coleta.

CORREÇÃO

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Diferentemente do que foi publicado na matéria "De olno no futuro: bairros terão

nova iluminação", na última edição de 4 a 10 de dezembro dos títulos do Grupo 1 de

Jornais, a fabricante de luminárias LED Unicoba não irá fornecer o material à empresa

vencedora da Parceria Público-Privada (PPP), em licitação prevista para a cidade de São

Paulo em 2016. Mesmo porque a referida licitação está em andamento, e

o vencedor somente será conhecido em janeiro do próximo ano.

O Grupo 1 de Jornais comunica que esta informação não tem fundamento e foi editada

de maneira incorreta na entrevista concedida pelo secretário de Serviços. A

informação correta é de que a Unicoba foi a fornecedora das lâmpadas LED do

Consórcio SP Luz, responsável pela nova iluminação da Marginal Pinheiros.

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Resíduos de feiras livres viram adubo em SP

Parece um simples sistema de tratamento de lixo, mas a nova central de

compostagem para resíduos de feiras livres, inaugurada nesta semana na capital

paulista, deve reduzir as emissões de carbono da cidade ao deixar de enviar produtos

para aterros sanitários. O material será transformado em adubo para praças.

A inauguração, realizada pelo prefeito Fernando Haddad, dá a largada em um projeto-

piloto do programa Feiras e Jardins Sustentáveis. Segundo ele, estudos comprovam

que é possível reduzir entre 10% e 20% o volume destinado a aterros, proveniente das

feiras.

Localizado em uma área de três mil metros quadrados na Subprefeitura da Lapa, o

pátio-piloto vem recebendo, desde setembro, cerca de 35 toneladas semanais de

resíduos orgânicos, coletados em 26 feiras da região.

“Com este projeto estamos colocando em prática o plano diretor estratégico, o plano

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municipal de mudanças climáticas e os compromissos que o Brasil acabou de assumir

na COP 21 (Conferência do Clima] de Paris. Com ele reduzimos as emissões de carbono

nos aterros e com o transporte, além de sequestrar carbono com o uso do composto

na agricultura e permitir a reconstrução de um cinturão verde”, avalia o coordenador

de resíduos orgânicos da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), o

engenheiro agrônomo Antonio Storel, em nota.

O projeto conta com a participação do Centro de Promoção e Estudos da Agricultura

de Grupo (Cepagro), ao lado da Secretaria de Serviços (por meio da Amlurb), a

Subprefeitura da Lapa e a empresa Inova, responsável pelos serviços de limpeza nas

regiões norte, oeste e central do município.

De acordo com a autoridade municipal de limpeza, até agosto de 2016, a Lapa servirá

como referência para outros pátios e quatro centrais de compostagem cada uma com

capacidade para processar, diariamente, 50 toneladas de

“Precisamos nos adequar às novas leis globais”

SIMÃO CHIOVETTI, SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SERVIÇOS

resíduos que a prefeitura pretende implantar no município no próximo ano,

descentralizando o processo e diminuindo os custos com transporte dos materiais.

O programa Feiras e Jardins Sustentáveis vai ao encontro com a meta 92 da gestão

atual, que estabelece a compostagem dos resíduos orgânicos das 900 feiras livres de

São Paulo e dos serviços de poda da cidade.

Processo

Baseado no método criado pela Universidade Federal de Santa Catarina e o Cepagro, o

processo conta com quatro operadores e funciona da seguinte maneira: os orgânicos

coletados pela Inova em sacos nas feiras são separados e depositados em leiras

(canteiros preparados para o recebimento desses resíduos). Em seguida, são cobertos

por camadas de palha de grama, propiciando o surgimento de bactérias e fungos que

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degradam a matéria orgânica de forma controlada, sem exalar mau cheiro ou atrair

insetos.

“Os resíduos de poda triturada garantem que o ar continue circulando, o que é

fundamental para o êxito do processo. O adubo será utilizado em ações de jardinagem

nas praças. Para estimular a participação da comunidade, a Inova investiu em ações de

conscientização ambiental e promoverá visitas a escolas”, informa a Amlurb.

O secretário municipal de Serviços, Simão Pedro Chiovetti, disse que é preciso rever o

modelo atual, de recolher os resíduos e transportá-los por longas distâncias até o

aterro sanitário. “Temos que pensar em como reter os resíduos no meio do caminho e

como convencer a população a fazer reciclagem desde casa. Precisamos nos adequar

às novas leis globais para preservar o meio ambiente”. Ele também anunciou a

continuidade dos projetos de compostagem para o próximo ano. “Assim como 2015 foi

da reciclagem de secos, 2016 será o ano da compostagem de orgânicos”.

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Nível do Sistema Cantareira sobe nesta sexta-feira

Represas receberam 142,8 mm, o equivalente a 65% do esperado. Os sistemas Alto Tietê e Rio Claro também tiveram alta.

O nível de água do Sistema Cantareira registrou elevação nesta sexta-feira (18), passando

de 25,4% para 25,6%. As informações são da Companhia de Saneamento Básico do Estado

de São Paulo (Sabesp).

No total do mês, as represas receberam 142,8 mm, o equivalente a 65% do esperado para

dezembro.

O sistema abastece 5,3 milhões de pessoas na Grande São Paulo e vive uma crise hídrica

que se arrasta há quase dois anos. O sistema ainda opera no volume morto.

Os sistema Rio Claro e Alto Tietê também tiveram alta nesta segunda. Já o Guarapiranga, o

Alto Cotia e Rio Grande perderam água.

Cantareira

O índice de 25,6% do Cantareira desta sexta-feira considera o volume acumulado em

relação ao volume útil. Após ação do Ministério Público (MP), aceita pela Justiça, a

companhia passou a divulgar outros dois índices para o Sistema Cantareira.

O segundo índice leva em consideração a conta do volume armazenado pelo volume total

de água do Cantareira e era de 19,8% nesta sexta-feira. O terceiro índice leva em

consideração o volume armazenado menos o volume da reserva técnica pelo volume útil e

era de -3,6% nesta manhã.

No mês passado, o sistema registrou 197,6 milímetros de chuva, 23,1% acima da média

histórica, de 160,4 mm. O volume fica atrás apenas do verificado em 2009, quando a

precipitação total no conjunto de represas, considerando os 30 dias do mês, foi de 237,6

milímetros.

Volume Morto

A Sabesp informou que o Cantareira deve sair do volume morto no fim de abril de 2016. A

probabilidade de isso ocorrer é de 97,6%, segundo a companhia. A estimativa leva em

consideração dados históricos dos últimos 85 anos. Apesar disso, a empresa reafirmou que

é importante continuar economizando água.

Balanço de Inverno

O Cantareira teve o inverno mais chuvoso desde 2009, segundo levantamento do G1 feito

com base nos dados divulgados diariamente pela Sabesp. A estação, que começou em 21

de junho, terminou às 5h20 do dia 23 de setembro.

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O manancial recebeu 188,9 milímetros de chuva no período, maior marca dos últimos seis

anos. A precipitação é 82% maior que a do inverno do ano passado, quando choveram

103,5 mm, mas muito menor que a marca de sete anos atrás: 323,8 mm, em 2009.

Apesar do balanço positivo de chuvas, o sistema seguiu perdendo água durante a estação e

ainda está operando no volume morto.

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Pacto histórico e ambicioso contra mudança climática marca o ano de

2015 O ano de 2015 ficará marcado pela aprovação em Paris de um acordo histórico e ambicioso contra a mudança climática, no qual 195 países e a União Europeia (UE) se comprometeram a avançar juntos para uma economia baixa em carbono.

O primeiro pacto global contra o aquecimento, que custou duas décadas de cúpulas do clima e teve sua reta final entre 30 de novembro e 12 de dezembro na capital francesa, aspira limitar abaixo de dois graus o aumento da temperatura média no final deste século com relação aos valores pré-industriais.

A capacidade diplomática da França e o apoio de países como os Estados Unidos, China, Índia e Alemanha, que consideraram que o combate afeta todas as políticas e o

modelo de desenvolvimento em seu conjunto, permitiram superar o fracasso da conferência de Copenhague em 2009.

Satisfação e lágrimas colocaram fim a 13 dias de intensas negociações, que derivaram em um pacto legalmente vinculativo, mas visto também como insuficiente por seus opositores porque não contempla sanções e porque a maior parte das responsabilidades exigidas não estão submissas a um cumprimento legal.

Para não ultrapassar os dois graus em 2100 e se aproximar da vontade de que esse

número se reduza aos 1,5 grau, o acordo inclui os compromissos entregues já por 187 dos 195 países que integram a Convenção de Mudança Climática das Nações Unidas, e estabelece dispositivos de revisão e atualização das contribuições.

O ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, acredita que as pressões nacional e internacional e os efeitos sobre a reputação de quem não cumprir o previsto obrigarão os países a estarem à altura das expectativas.

O acordo entrará em vigor em 2020, e os signatários se comprometem a conseguir na segunda metade do século um equilíbrio entre os gases emitidos e os que podem ser absorvidos pelo planeta. Os países desenvolvidos se veem obrigados a mobilizar a partir de 2020 pelo menos US$ 100 bilhões anuais para apoiar a mitigação e adaptação ao aquecimento.

O financiamento, a diferenciação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento e sua ambição foram os principais empecilhos da negociação, que atrasou a aprovação do acordo por um dia e que estará em andamento quando tenha sido ratificado no mínimo por 55 partes, que somem no total 55% das emissões globais.

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As organizações ambientalistas consideram que este pacto marca “o fim dos

combustíveis fósseis” e representa um histórico ponto de inflexão, mas advertem que carece de todas as ferramentas necessárias para lutar com eficácia” contra o aquecimento.

Selado um mês depois dos atentados terroristas de Paris, e com a presença em seu início de um número sem precedentes de chefes de Estado e de governo, suas carências não evitam que seja visto, segundo o comissário europeu de Ação pelo Clima e Energia, Miguel Arias Cañete, como uma “tremenda conquista coletiva”.

A sede da ONU em Nova York será, em 22 de abril, palco da cerimônia de adoção oficial, após a qual só restará manter a mobilização e pressão conjunta e começar a trabalhar para a implementação deste pacto.

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Organizações querem que indústrias poluentes paguem por danos ao clima

Na sequência do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas, representantes de mais de 60 organizações em todo o mundo lançaram na quarta-feira, 16 de dezembro, um pedido para que a extração de combustíveis fósseis seja taxada para ajudar a pagar os impactos do clima nos países mais vulneráveis.

A declaração diz que manter o aquecimento a 1,5ºC, como mais de 190 governos concordaram, não vai impedir alguns dos impactos climáticos que já são sentidos pelas nações mais vulneráveis.

O documento foi assinado por uma lista de mais de 60 indivíduos e organizações, incluindo o embaixador de Seychelles na ONU, Ronny Jumeau, cientistas como Naomi Oreskes, líderes de organizações ambientais, como Kumi Naidoo (Greenpeace), Bill McKibben (350.org ), Samantha Smith (WWF), Mithika Mwenda (Pan African Climate Justice Alliance), a autora Naomi Klein, Yeb Sano, das Filipinas, e Saleemul Huq, do Centro Internacional para as Alterações Climáticas e Desenvolvimento, de Bangladesh.

O Projeto de Taxação do Carbono é coordenado pelo Programa Justiça Climática “Comunidades vulneráveis ao avanço das mudanças climáticas já estão sofrendo secas e tempestades mais intensas. Suas casas já estão sendo invadidas pela elevação do nível do mar. Eles já estão sofrendo as perdas e danos das mudanças climáticas”, afirma a declaração, que ressalta que as empresas de combustíveis fósseis estão causando mais de 70 por cento das mudanças climáticas hoje.

Taxação do carbono

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“Essas grandes empresas de petróleo, carvão e gás continuam a faturar milhões, enquanto os pobres estão pagando com suas vidas. Ao mesmo tempo em que o Acordo de Paris envia um forte sinal de que os combustíveis fósseis devem ser mantidos no solo para que alcancemos esse objetivo, estas empresas devem pagar pelos danos que já causaram”, declarou Julie Anne Richards do Programa de Justiça Climática, fazendo campanha para uma taxação do carbono.

Os signatários prometeram trabalhar em direção a um acordo que coloque uma taxa mundial sobre extração de combustíveis fósseis – uma cobrança sobre o carbono – para ajudar a mobilizar fundos para compensar os danos.

Energias renováveis

Na verdade, essas empresas não só foram responsáveis pelas mudanças climáticas, mas muitas delas apoiaram campanhas, durante anos, negando a ciência do clima a fim de retardar a ação do governo.

“Nós apoiamos o trabalho de aliados sobre as estratégias legais para fazer as indústria de combustíveis fósseis explicarem os danos que seus produtos estão causando. E é crucial para garantir que os combustíveis fósseis sejam eliminados e substituídos por energias renováveis até meados do século”, defendeu a Julie Richards.

O Projeto de Taxação do Carbono é coordenado pelo Programa Justiça Climática.