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AVENTURA SOCIAL & SAÚDE SEXUALIDADE DOS Relatório do estudo online sobre sexualidade nos jovens Online Study of Young People's Sexuality (OSYS) - Dados de 2011 JOVENS PORTUGUESES

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AVENTURA SOCIAL & SAÚDE

SEXUALIDADE DOS

Relatório do estudo online sobre sexualidade nos jovensOnline Study of Young People's Sexuality (OSYS) - Dados de 2011

JOVENS PORTUGUESES

AVENTURA SOCIAL & SAÚDE

SEXUALIDADE DOS

Relatório do estudo online sobre sexualidade nos jovensOnline Study of Young People's Sexuality (OSYS) - Dados de 2011

JOVENS PORTUGUESES

AutoresMargarida Gaspar de Matos Lúcia RamiroMarta Reis &Equipa Aventura Social

EditorCentro de Malária e Outras Doenças Tropicais /IHMT/UNLRua da Junqueira nº 1001349-008 Lisboa Tel. 213652600 Fax: 213632105 FMH/ Universidade Técnica de LisboaEstrada da Costa1495-688 Cruz QuebradaTel. 214149152 ou Tel. 214149199

DesignLineWorkingwww.lineworking.com

ImpressãoCafilesa - Soluções Gráficas, Lda. - Venda do Pinheiro

Tiragem 50 exemplares

ISBN:978-989-98346-0-6

Depósito legalxxxxxx/xx

1º Edição - Lisboa, Maio de 2013

02 A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

SEXUALIDADE DOS

Relatório do estudo online sobre sexualidade nos jovensOnline Study of Young People's Sexuality (OSYS) - Dados de 2011

JOVENS PORTUGUESES

ÍNDICE

11

19

13

26

12

20

13

30

37

14

31

44

15

17

08

06

04

09

35

47

57

61

69

75

METODOLOGIA

PRIMEIRA RELAÇÃO SEXUAL

AMOSTRA DO ESTUDO

ÚLTIMA RELAÇÃO SEXUAL

CONHECIMENTOS

CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA DA AMOSTRA

RELAÇÕES SEXUAIS COM PESSOAS DO MESMO SEXO

CRENÇAS

OUTRAS CARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA

APRESENTAÇÃO DO ESTUDO

COMPORTAMENTOS SEXUAIS

ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

RELACIONAMENTO ATUAL

07 OUTROS COMPORTAMENTOS DE RISCO

02 COMPORTAMENTOS

AGRADECIMENTOS

PREFÁCIO

EQUIPA AVENTURA SOCIAL

01 INTRODUÇÃO

08 CONCLUSÃO

03 CONHECIMENTOS E CRENÇAS

04 ATITUDES, NORMAS E INTENÇÕES

05 COMPETÊNCIAS

06 EDUCAÇÃO SEXUAL

ÍNDICE 03

EQUIPA AVENTURA SOCIAL

Coordenação Geral – Margarida Gaspar de MatosCo coordenação Geral – Celeste Simões

Co coordenação na FMH/UTL – José Alves DinizCoordenação LLP/UE – Celeste Simões

Coordenação Leonardo/CE – Paula LebreCoordenação PEPE/CE – Paula Lebre

Coordenação da Equipa

Projeto HBSC/OMS – Inês Camacho, Gina Tomé, Mafalda Ferreira

Projeto KIDSCREEN/UE – Tania Gaspar

Projeto TEMPEST/UE – Tania Gaspar

Projeto DICE/UE – Mafalda Ferreira

Projeto RICHE/UE – Tania Gaspar, Gina Tomé

Projeto Youth Sexual Violence/ UE – Marta Reis, Lúcia Ramiro

Projeto Casa Pia – Tania Gaspar

Projeto Online Study of Young People's Sexuality – Lúcia Ramiro

Projeto Saúde Sexual e Reprodutiva dos Jovens Universitários – Marta Reis

Projeto GAP/UTL Saudável – Ana Lúcia Ferreira

Saúde Sexual/Educação Sexual/VIH/SIDA – Marta Reis, Lúcia Ramiro

Consumo de Substâncias – Mafalda Ferreira

Saúde Positiva – António Borges

Atividade Física e Lazer – Nuno Loureiro

Imagem do Corpo e Obesidade – Susana Veloso

Precaridade e Doença Mental – Diana Frasquilho

Liderança e Empreendedorismo – Jaqueline Cruz

Inclusão da Pessoa com Deficiência - Lúcia Canha

Doença Crónica – Teresa Santos

Diabetes e saúde – Lurdes Serrabulho

Coordenações Executivas

Álvaro Carvalho (HSFXavier)Américo Baptista (ULHT)Ana Tomás (IEC/UMinho)Anabela Pereira (UAveiro)Analiza Silva (FMH/UTL)Ângela Maia (EP/UMinho) António Palmeira (EF/ULHT)António Paula Brito (FMH/UTL)Carlos Ferreira (FMH/UTL)César Mexia de Almeida (Med. Dent/ULisboa)Cristina Ponte (FCSH/UNL)Daniel Sampaio (Fac. Med./ULisboa) Duarte Araújo (FMH/UTL; APF)Duarte Vilar (APF) Eduardo Salavisa (ESPN)Feliciano Veiga (FCUL)Graça Pereira (UMinho)Helena Alves (IPJ)Helena Fonseca (Fac. Med./ULisboa; HSM)

Henrique Barros (Fac. Med./UPorto; CNLCSIDA) Henrique Pereira (FCSH/UBI) Isabel Correia (ISCTE)Isabel Leal (ISPA) Isabel Soares (IEP/UMinho) João Gomes-Pedro (Fac. Med./ULisboa; HSM)João Goulão (IDT)Joaquim Machado Caetano (FCM /UNL) Jorge Bonito (UÉvora) Jorge Mota (FADE/UPorto)Jorge Negreiros de Carvalho (FPCE/UPorto)José Carvalho Teixeira (ISPA)José Luis Pais Ribeiro (FPCE/UPorto)José Morgado (ISPA)Luis Gamito (HJM)Luis Sardinha (FMH/UTL e IDP)Luis Tavira (CMDT/IHMT/UNL)Luisa Barros (Fac. Psi./ULisboa)

Luisa Lima (ISCTE)Madalena Marçal Grilo (UNICEF)Marcos Onofre (FMH/UTL)Maria Cristina Canavarro (FPCE/UCoimbra) Maria da Luz Duque (Casa Pia de Lisboa)Maria do Céu Machado (Fac. Med./ULisboa) Maria do Rosário Pinheiro (FPCE/UCoimbra)Maria Paula Maia Santos (FADE/UPorto) Maria Xavier (UCatólica)Paulo Vitória (CNT)Saul de Jesus (UAlgarve) Sidónio Serpa (FMH/UTL)Sónia Seixas (ESE/IPSantarém)Telmo Baptista (Bastonário Ordem Psicólogos; FPCE/ULisboa)Teresa Paiva (Fac. Med/ULisboa)Virgílio do Rosário (CMDT/IHMT/UNL)Vítor da Fonseca (FMH/UTL)

Conselho Consultivo Nacional (por ordem alfabética)

Carlos FerreiraEmanuel Vital

Isa FigueiraIsabel Baptista

Marina CarvalhoPedro Gamito

Raul OliveiraRicardo Machado

Colaboradores (por ordem alfabética)

04 A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

EQUIPA AVENTURA SOCIAL

- Centro de Malária & Doenças Tropicais – Laboratório Associado do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa (CMDTla/IHMT/UNL)

- Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa (FMH/UTL)

- Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT)

- Instituto Português da Juventuda (IPJ)

- Secretário de Estado do Desporto e Juventude

- Portal Sapo (PTC)

Parcerias (por ordem alfabética):

- Coordenação Nacional para a Infeção VIH/SIDA/Alto Comissariado da Saúde - Ministério da Saúde

Co-Financiaram este subprojeto:

Prof.ª Dr.ª Margarida Gaspar de Matos

Responsável pelo projeto:

Eurico Reis (Juiz)César da Silveira (Advogado)Rui Lanceiro (Advogado)Tiago Barra (Advogado)

Filipa Soares EPROM LdaPedro Leitão (Line Working, Lda)

Célia Alves (ESPAB, Sines)

Conselho Jurídico Nacional Webpage e Multimedia Revisão LinguísticaApoio logístico e outros:

Adriana Baban (Roménia)Afonso Almeida (Timor)Alberto Trimboli (Argentina) Almir de Prette (Brasil) Ana Guerreiro (Itália) Ana Hardoy (Argentina) André Leiva (Chile) André Masson (Bélgica) Antony Morgan (Inglaterra)Bernard Range (Brasil) Candace Currie (Escócia) Cármen B Neufeld (Brasil)Cecilia Uribe (Bolívia) Cristina Miyasaki (Brasil) Daniel David (Roménia) Daniela Sacchi (Itália) Diana Battistutta (Austrália)

Diana Galimberti (Argentina) Eduardo Grande (Argentina) Edwiges Mattos (Brasil) Electra Gonzalez (Chile) Eliane Falcone (Brasil) Elisa Newmann (Chile) Emmanuelle Godeau (França) Enrique Berner (Argentina) Evelyn Eisenstein (Brasil) Francisco Rivera de los Santos (Espanha)Fredérique Petit (França) Isabel Massocolo (Angola)James Sallis (EUA) Jean Cottraux (França) Joan Batista-Foguet (Espanha) José Coura (Brasil)

José Enrique Pons (Uruguai) José Livia (Peru) José Messias (Brasil) Juan de Mila (Uruguai) Leticia Sanchez (Argentina) Lina Kostarova Unkosvka (Macedónia) Luis Calmeiro (Inglaterra) Luísa Coelho (Angola) Marcela Pereira (Argentina) Marcelo Urra (Chile) Mari Carmen Moreno (Espanha) Marilyn Campos (Peru) Martine Bouvard (França) Michal Molcho (Irlanda)Mónica Borile (Argentina) Osvaldo Oliveira (Paraguai)

Pernille Due (Dinamarca) Pilar Ramos Valverde (Espanha)Ramon Mendoza (Espanha) Reynaldo Murillo (Peru) Sandra Vasquez (Argentina) Saoirse Nic Gabhainn (Irlanda) Silvia Koller (Brasil) Silvia Raggi (Argentina) Susan Spence (Austrália) Suzane Lohr (Brasil) Tom Ter Bogt (Holanda) Virgínia Perez (Chile) Viviane Nahama (França) Wolfgang Heckmann (Alemanha) Yossi Harel (Israel) Zilda de Prette (Brasil)

Conselho Consultivo Internacional (por ordem alfabética)

05

Até épocas recentes, eram escassos os estudos sobre a sexualidade dos jovens portugueses. E a esta escassez correspondia, na maioria das vezes uma visão mitificada sobre os comportamentos sexuais dos jovens e os seus (supostamente deficientes) comportamentos preventivos.

No entanto, nos últimos anos, foram produzidos um conjunto significativo de estudos de natureza maioritariamente descritiva, utilizando metodologias quantitativas e qualitativas, e que vieram dar novos dados sobre estas matérias, ora confirmando o que se suspeitava, ora revelando surpreendentes aspetos da realidade juvenil nestas áreas de vida e de crescimento.

Neste processo de produção de investigações da sexualidade juvenil, tem assumido um papel cimeiro o projeto Aventura Social coordenado pela Professora Margarida Gaspar de Matos que orientou e coordenou uma equipa de jovens investigadoras, entre as quais a autora principal deste estudo.

Estes estudos têm confirmado significativas mudanças nos comportamentos sexuais juvenis, e nestes, sobretudo os comportamentos femininos, acentuando-se um processo de convergência comportamental entre rapazes e raparigas. Por outro lado, têm sido indicadores dos sucessos, mas também das insuficiências dos programas desenvolvidos por entidades governamentais e não-governamentais nestas matérias.

É neste contexto que se situa o estudo que agora se apresenta, o OSYS, embora comparativamente com o HBSC e SSREU, a amostra em que baseia seja menos sólida quer em termos de dimensão, quer em termos de aleatoriedade.

No OSYS transparece, em primeiro lugar, uma relação entre pais/mães e filhos marcada por um significativo grau de autonomia e proximidade, na medida em que a grande maioria dos jovens afirma que os seus pais/mães sabem muito ou, pelo menos um pouco, sobre as suas vidas, amizades, uso do tempo e, sobretudo, o aproveitamento na escola.

O OSYS traz-nos também informações importantes sobre os comportamentos sexuais dos jovens. Em primeiro lugar, tendo a amostra uma idade média em torno dos 17 anos, é importante sublinhar que, ao contrário da ideia de senso comum de que a grande maioria dos jovens já está envolvida em relações sexuais, só um pouco mais de metade efetivamente está envolvida neste tipo de comportamentos, o que é importante levar em conta no desenho dos programas de apoio aos jovens na área da saúde sexual e reprodutiva.

Outro aspeto interessante é que, na maioria dos jovens que têm relações sexuais, estas aparecem integradas, em grande maioria, no contexto de relações amorosas, desconstruindo outro mito muito generalizado de que o relacionamento sexual juvenil é sobretudo ocasional.

PREFÁCIO

06 A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

Duarte VilarJaneiro 2013

PREFÁCIO 07

Por outro lado, só uma minoria dos jovens – cerca de 12% - afirma que se sentiu pressionado para iniciar relações sexuais. O que quer dizer que o início das relações sexuais é uma decisão fortemente pessoal e não um resultado da pressão do grupo de pares.

Outra caraterística interessante é a confirmação da existência de uma parte minoritária mas significativa de jovens, sobretudo raparigas que têm uma orientação homo ou bissexual ou que afirmam já ter tido relações sexuais com pessoas do mesmo sexo.

Os comportamentos sexuais dos inquiridos aparecem articulados de forma coerente com as suas atitudes face à sexualidade, marcadas em geral por um grau elevado de liberalismo e aceitação positiva da sexualidade e, especificamente, da sexualidade juvenil.

Um outro grupo de dados em que este estudo se aproxima dos outros estudos sobre jovens, é que (e ao contrário do que geralmente se pensa), a grande maioria dos jovens tem comportamentos preventivos desde o início do seu envolvimento em relações sexuais o que é um bom indicador do sucesso dos esforços que se têm feito em Portugal nas últimas décadas na educação sexual das camadas mais jovens.

No entanto, a perspetiva da “garrafa quase cheia” não pode nem deve fazer esquecer a ideia de que uma parcela dos jovens – cerca de 15% - não usa contraceção nem no início das relações sexuais, ou em relações paralelas, ou ainda em relações sob o efeito do álcool ou de drogas nem atualmente, sendo estes aspetos sempre mais acentuados nos rapazes do que nas raparigas.

Também na prevenção do HIV/SIDA o grupo revela uma prática deficiente de hábitos preventivos, não realizando testes de controlo do VIH/SIDA e tendendo a deixar de usar o preservativo há medida que as relações amorosas se estabilizam.

Na linha de outros estudos, a referência à frequência de aulas e atividades de educação sexual nas escolas é afirmada por quase 60% dos inquiridos e também uma significativa maioria valoriza o papel dos professores nessa ações. No entanto, a qualidade da educação sexual é posta em causa quando se refinam as questões sobre contraceção ou sobre IST em que, à semelhança do SSREU, muitos jovens manifestam um deficiente conhecimento nestas matérias.

Em resumo, um estudo importante e útil para quem se interessa e intervém na área da saúde sexual e reprodutiva dos jovens.

AGRADECIMENTOS

Ao Instituto Português da Juventude, por ter possibilitado a execução deste estudo, facilitando a recolha da amostra e ao portal SAPO (PTC) por ter possibilitado a atribuição de um sistema de recompensa pela participação na investigação. A contribuição de ambos foi essencial para o sucesso deste estudo.

08 A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

01INTRODUÇÃO

11

12

11

12

11

12

13

13

14

15

15

14

14

15

16

16

16

APRESENTAÇÃO DO ESTUDO

METODOLOGIA

OBJETIVOS

AMOSTRA

INSTRUMENTO

PROCEDIMENTO

ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

AMOSTRA DO ESTUDO

CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA DA AMOSTRA

OUTRAS CARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA SUPERVISÃO PARENTAL (O QUE OS PAIS SABEM REALMENTE SOBRE...)

NACIONALIDADE

NÍVEL SOCIOECONOMICO

PERCEÇÃO DA CAPACIDADE ACADÉMICA DO PRÓPRIO

GRAU DE ESCOLARIDADE

ATRAÇÃO SEXUAL

FELICIDADE

01 INTRODUÇÃO

APRESENTAÇÃO DO ESTUDO “Online Study of Young People’s Sexuality (OSYS/HBSC/OMS/2012)”

OBJETIVOS:

INSTRUMENTO

O “Health Behavior in School-aged Children” (HBSC) é um estudo desenvolvido em colaboração com a Organização Mundial de Saúde (OMS) que pretende estudar os estilos de vida dos adolescentes e os seus comportamentos nos vários cenários das suas vidas (http://www.hbsc.org/). Iniciou-se em 1982 com investigadores de 3 países: Finlândia, Noruega e Inglaterra, e pouco tempo depois foi adotado pela OMS. Atualmente conta com 43 países europeus e da américa do norte. Portugal foi integrado desde 1996

1e membro associado desde 1998 (Currie, Samdal, Boyce & Smith, 2001 ).

O OSYS (Online Study of Young People’s Sexuality) é uma extensão do estudo HBSC em Portugal com um foco especial na área da sexualidade para os jovens portugueses entre os 13 e os 21 anos.

O OSYS tem como objetivo estudar, aprofundadamente, os conhecimentos, as crenças, as atitudes e os comportamentos relativos à sexualidade nos jovens portugueses entre os 13 e os 21 anos, nomeadamente:

· Conhecer os comportamentos sexuais (de risco e protetores) dos jovens portugueses;

· Avaliar o grau de conhecimentos que estes têm acerca da pílula contracetiva, da pílula do dia seguinte, das ISTs e dos modos de transmissão do VIH/SIDA;

· Identificar as crenças destes em relação à primeira relação sexual, nomeadamente idade, quem toma a decisão e razões para esta acontecer;

· Analisar as atitudes sexuais, as atitudes face aos portadores de VIH/SIDA e as atitudes, as normas e as intenções face ao uso do preservativo;

· Avaliar as competências comunicacionais dos jovens relativamente a comportamentos sexuais seguros;

· Avaliar o grau de educação sexual que os jovens usufruíram em meio escolar;

· Identificar o nível de conforto dos jovens relativamente à comunicação sobre temas relacionados com sexualidade;

· Identificar as principais fontes de informação a que recorrem relativamente a diferentes temáticas da sexualidade.

Apesar de não ter sido objetivo principal deste estudo, mas por se considerar relevante em termos de caracterização da amostra, também se inquiriu os jovens sobre outros comportamentos de risco para:

· Conhecer outros comportamentos de risco, particularmente sobre fazerem mal a si próprios, uso de substâncias (tabaco, álcool e drogas) e envolvimento em lutas.

O questionário internacional do HBSC/OMS é desenvolvido numa lógica de cooperação pelos investigadores dos países que integram a rede. O “Questionário Online sobre Sexualidade nos Jovens” (HBSC/OSYS), utilizado neste estudo, resultou do protocolo internacional do HBSC no que diz respeito às questões aplicáveis (atendendo às diferenças na população) a nível demográfico, bem como nas relacionadas com o comportamento sexual, atitudes face aos infetados com VIH/SIDA, conhecimentos face aos modos de transmissão do VIH/SIDA, crenças relativas à primeira relação sexual e algumas questões sobre educação sexual. Para

01 INTRODUÇÃO 11

(1) Currie, C.; Samdal, O.; Boyce, W. & Smith, R. (2001). HBSC, a WHO cross national study: research protocol for the 2001/2002 survey. Copenhagen: WHO.

além dessas questões, acrescentaram-se outras (de vários estudos realizados com a população portuguesa ), nomeadamente no que diz respeito aos conhecimentos face à pílula contracetiva, pílula do dia seguinte e ISTs; atitudes face à vivência da sexualidade, atitudes, normas e intenções face ao uso do preservativo; competências relativas aos comportamentos de risco; e acrescentaram-se, também, algumas das questões sobre educação sexual. Os autores autorizaram a utilização e/ou adaptação das escalas originais. As questões relativas a outros comportamentos de risco (não sexuais) foram adaptadas do HBSC. O questionário utilizado no OSYS foi sujeito à avaliação de um painel de especialistas, a um pré-teste e teve a aprovação de uma comissão de ética e de uma comissão técnico-científica.

O questionário esteve disponível nas lojas participantes do Instituto Português da Juventude de todas as capitais de distrito: Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo, Vila Real, Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Viseu, Lisboa (Expo), Lisboa (Sede – Av. Liberdade), Loures, Santarém, Setúbal, Beja, Portalegre, Évora e Faro, apelando à resposta por parte dos jovens de 13 a 21 anos. A distribuição dos jovens por região oscilou entre 6,4% (Algarve) e 34% (Norte).

O Instituto Português da Juventude disponibilizou-se para apoiar a realização desta investigação na recolha da amostra, pelo que os funcionários das lojas do ponto JÁ do IPJ foram informados da realização e dos procedimentos necessários a efetuar relativamente ao estudo OSYS. A amostra foi recolhida através de um questionário online. Estavam habilitados a participar todos os jovens que tivessem entre 13 e 21 anos à data do preenchimento do questionário (2 de maio a 30 de junho de 2011). A participação foi anónima e voluntária. Cada jovem pôde participar apenas uma única vez e o preenchimento do questionário durou entre 15 e 30 minutos.Atualmente é frequente a utilização de sistemas de recompensa pela participação em investigação, em especial em algumas populações, como a dos jovens. A utilização de sistemas de recompensa está estudada e tem a vantagem de aumentar a qualidade

3da amostra pois potencia a representatividade desta (Groves & Peytcheva, 2008 ). As questões éticas associadas a esta foram

4cuidadosamente consideradas (Wendler et al., 2002 ). Os procedimentos e o sistema de recompensa pela participação nesta investigação encontram-se descritos pormenorizadamente no regulamento que acompanhou o estudo e que esteve disponível durante a fase de recolha, quer no site do IPJ (http://juventude.gov.pt/), quer no do Aventura Social (http://aventurasocial.com/).

O questionário esteve disponível nos computadores das Lojas PONTO JÁ do IPJ. Foi criado um inquérito em formato digital e uma base de dados em Excel associada num servidor da internet. Deste modo, os questionários preenchidos ficaram automaticamente na base de dados. Estes dados foram, de seguida, transferidos para uma base de dados no programa “Statistical Package for Social Sciences” (SPSS, versão 20.0 para Windows).

2

METODOLOGIA

AMOSTRA

PROCEDIMENTO

Recolha e análise dos dados

Análise dos Dados

12 A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

(2) Carvalho, M., Questionário MIMAC, 1999; Reis, M.; Ramiro, L. & Matos, M., Questionário HBSC/SSREU, 2009; Vilar, D. & Ferreira, P.M., APF/ICS, 2008.

(3) Groves, R. & Peytcheva, E. (2008). The Impact of Nonresponse Rates on Nonresponse Bias – A Meta-analysis. Public Opinion Quarterly, 72(2): 167-189.

(4) Wendler et al. (2002). Ethical Issues in Recruitment and Payment of Research Participants. National Institutes of Health. Retirado de: http://www.bioethics.nih.gov/research/recruit.shtml

ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

AMOSTRA DO ESTUDO

Foram utilizados, para a análise dos dados, primeiro, uma estatística descritiva com apresentação das frequências e percentagens para variáveis nominais, e médias e desvio padrão para variáveis contínuas.Seguidamente, para estudar as diferenças entre géneros, efetuaram-se testes de Qui-quadrado (estudo da distribuição em variáveis nominais) com análise de residuais ajustados para localização dos valores significativos e "testes t de Student para amostras independentes (estudo das diferenças entre médias). Nas situações em que se constatou um número reduzido de casos em algumas células, optou-se por apresentar o número de casos em substituição da percentagem. É necessário alguma precaução na interpretação dos resultados em que se verificaram subgrupos com menos de 5 indivíduos.

Os dados são apresentados do seguinte modo:

1) Gráficos e quadros com as percentagens de resposta a cada questão [em que a(s) opção(ões) com a(s) maior(es) percentagem(ns) de resposta é (são) apresentada(s) a negrito];

2) Quadros comparativos (em que os valores com residuais ajustados iguais ou superiores a 1.9 em módulo são apresentados a negrito ).

Este capítulo apresenta a análise descritiva da amostra, no que diz respeito ao género, idade e informação sociodemográfica. A amostra é constituída por 396 participantes. Sempre que considerado relevante, e quando a questão existe nos dois estudos, a

5amostra do estudo OSYS é comparada com a do grupo dos adolescentes de 10º ano do estudo nacional do HBSC 2010 uma vez que este é o grupo com maior semelhança em termos de média de idades. A amostra do HBSC é apresentada sempre dentro de uma caixa cinza claro ( ), junto aos valores do relatório OSYS para facilitar ao leitor a comparação entre as duas investigações. Os gráficos sujeitos a comparação estão ainda identificados com a seguinte legenda:

13

Género

Os jovens incluídos na amostra OSYS encontram-se distribuídos em percentagens semelhantes no que se refere ao género.

Idade

A idade varia entre os 13 e os 21 anos. A média de idades é 16,8 anos.

21140,8315,86

Genero (N=396)

HBSC 2010:

HBSC 2010: (N=1900) HBSC 2010: (N=1900)

Máx.

21

Mín.

13

D.P.

2,55

Média

16,84

Idade (N=396)

Rapariga(N=184)46,5%

Rapaz(N=212)53,5% HBSC 2010:

( ) ( )

Nota: A média de idades dos alunos de 10º ano que participaram no estudo HBSC é inferior à da dos participantes no estudo OSYS. Selecionaram-se os jovens de 10º por serem o grupo com uma média de idades mais aproximada.

HBSC(N=842)44,3%

HBSC(N=1058)55,7%

Dados HBSC 201000,0%

Dados HBSC 201000,0%

(5) Matos, M.G.; Simões, C.; Tomé, G.; Camacho, I.; Ferreira, M.; Ramiro, L.; Reis, M. & Equipa Aventura Social (2011). A Saúde dos Adolescentes Portugueses – Relatório do Estudo HBSC. ACS/FMH/UTL/CMDT-UNL.

01 INTRODUÇÃO

CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA DA AMOSTRA

NACIONALIDADE

NÍVEL SOCIOECONÓMICO

A maioria dos jovens que constitui a amostra é de nacionalidade portuguesa.

Para avaliar o nível socioeconómico das famílias dos jovens, considerou-se a perceção que os jovens têm do nível financeiro das suas famílias. Cerca de metade dos jovens considera que o nível financeiro da sua família é médio.

14 A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

Distribuição dos participantes por idades (N=396)

21 anos19 anos 20 anos18 anos13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos

93,4%

Portuguesa

2,8%

PALOP’s

0,8%

Brasileira

1,8%

Outra

1,3%

Ucraniana / Romena Moldava / Russa

Nacionalidade (N=394)

Perceção do nível financeiro da família (N=395)

Muito bom/Bom

Médio

Não muito bom/Mau

24,8%

53,4%

21,8%

46,1%

9.8%

44,0%

HBSC 2010: 94,3% ( )Outras – 5,7%

Dados HBSC 201000,0%

(N=59)(N=34) (N=50) (N=54) (N=41) (N=42) (N=26) (N=49) (N=41)

10

,4%

6,6

% 12

,4%

10

,6%

8,6

% 13

,6%

10

,4%

12

,6%

14

,9%

OUTRAS CARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA

SUPERVISÃO PARENTAL (O QUE OS PAIS SABEM REALMENTE SOBRE...)

PERCEÇÃO DA CAPACIDADE ACADÉMICA DO PRÓPRIO

A maioria dos jovens refere que os pais sabem muito sobre quem são os amigos, como gastam dinheiro, onde estão depois da escola, onde vão sair à noite, o que fazem no tempo livre e como está o aproveitamento destes na escola.

Cerca de metade dos jovens considera-se um aluno médio na escola.

15

Boa

38,4%

Muito boa

11,2%

MédiaInferior à média

5,3%

Perceção da capacidade académica do próprio (N=393)

Pais sabem realmente sobre...

Sabem muito

Sabem um pouco

52,7%

42,0%

Não sabem nada 3,5%

Não tenho/Não vejo 1,8%

Quem são os teus amigos (N=395)

Sabem muito

Sabem um pouco

51,1%

39,5%

Não sabem nada 6,6%

Não tenho/Não vejo 2,8%

Como é que gastas o dinheiro (N=395)

Sabem muito

Sabem um pouco

Não sabem nada

Não tenho/Não vejo

55,8%

32,5%

9,9%

1,8%

Onde estás depois da escola (N=394)

Sabem muito

Sabem um pouco

Não sabem nada

Não tenho/Não vejo

54,6%

31,7%

11,2%

2,5%

Onde vais sair à noite (N=394)

Sabem muito

Sabem um pouco

Não sabem nada

Não tenho/Não vejo

49,6%

41,0%

8,1%

1,3%

O que tu fazes no teu tempo livre (N=395)

Sabem muito

Sabem um pouco

Não sabem nada

Não tenho/Não vejo

69,5%

23,4%

4,6%

2,5%

Como vai o teu aproveitamento na escola (N=394)

HBSC 2010:

55,3% 55,4%

64,3% 69,3%

55,9%

33,0% 4,9%56,9%5,2%

Dados HBSC 201000,0%

45,0%

01 INTRODUÇÃO

GRAU DE ESCOLARIDADE

ATRAÇÃO SEXUAL

FELICIDADE

O grau de escolaridade da amostra é variado: 42,9% frequentava o 3º ciclo, cerca de 33,9% frequentava o ensino secundário, 10,8% o ensino superior, 7,8% o segundo ciclo e 4,6% não estava a frequentar qualquer grau de ensino à data da realização do estudo.

Um total de 338 jovens respondeu à questão da atração sexual. Nesta questão, os resultados são apresentados por géneros para possibilitar uma visão da orientação sexual preferencial dos jovens durante a fase da vida em que se encontravam no momento de realização do inquérito. Assim, é necessária precaução na interpretação destes dados pois, considera-se que a orientação sexual só se define habitualmente na última fase da adolescência. A opção original “só por rapazes” e “só por raparigas” foi considerada equivalente (“só pelo outro sexo”) quando selecionada por jovens do sexo oposto.

Quando questionados sobre a sua felicidade, a grande maioria dos adolescentes afirma sentir-se feliz.

16 A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

Ensino Secundário

2º Ciclo

Ensino Universitário

Não estudam

3º Ciclo

Grau de escolaridade (N=396)

33,9%

4,6%

10,8%

7,8%

42,9%

Perceção da felicidade (N=394)

Infeliz 19,3%Feliz 80,7%

80,3% 19,7%

Por ambos os sexos

Não me sinto atraído(a) por ninguém

Só pelo outro sexo

Só pelo mesmo sexo

88,3%

0,6%

8,0%

3,1%

90,9%

3,4%

2,3%

3,4%

Normalmente sentes-te atraído (N=338)

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

Raparigas (N=163) Rapaz (N=175)( )( )

Dados HBSC 201000,0%

HBSC 2010: 10º ano de escolaridade - 100%

(N=18)

(N=170)

(N=134)

(N=43)

(N=31)

(N=303)

(N=11)

(N=17)

(N=7)

02COMPORTAMENTOS

19

20

30

19

30

20

30

20

31

21

32

21

32

22

33

23

33

24

31

24

26

27

27

28

28

29

26

COMPORTAMENTOS SEXUAIS

PRIMEIRA RELAÇÃO SEXUAL

ÚLTIMA RELAÇÃO SEXUAL

RELAÇÕES SEXUAIS

UTILIZAÇÃO DE MÉTODOS CONTRACETIVOS NA ÚLTIMA RELAÇÃO SEXUAL

IDADE DA PRIMEIRA RELAÇÃO

MÉTODOS CONTRACETIVOS USADOS NA ÚLTIMA RELAÇÃO SEXUAL

UTILIZAÇÃO DE MÉTODOS CONTRACETIVOS NA PRIMEIRA RELAÇÃO SEXUAL

GRAVIDEZ

MÉTODOS CONTRACETIVOS USADOS NA PRIMEIRA RELAÇÃO SEXUAL

RELAÇÕES SEXUAIS COM OUTRO PARCEIRO QUE NÃO O(A) NAMORADO(A) DURANTE A FASE DE NAMORO

UTILIZAÇÃO DE PRESERVATIVO NA PRIMEIRA RELAÇÃO SEXUAL

DESPISTAGEM DO VIH/SIDA

A PESSOA COM QUEM TIVESTE A TUA PRIMEIRA RELAÇÃO SEXUAL

NÚMERO DE PARCEIROS SEXUAIS

QUEM MANIFESTOU CUIDADOS NA 1ª RELAÇÃO SEXUAL

RELAÇÕES SEXUAIS ASSOCIADAS AO CONSUMO DE ÁLCOOL OU DROGAS

PRESSÃO PARA TER A PRIMEIRA RELAÇÃO SEXUAL

COMPORTAMENTOS DE RISCO

DURAÇÃO DO RELACIONAMENTO QUE INCLUIU A PRIMEIRA RELAÇÃO SEXUAL

RELACIONAMENTO AMOROSO ATUAL

SENTIMENTOS PRESENTES NO RELACIONAMENTO AMOROSO ATUAL

RELACIONAMENTO AMOROSO ATUAL COM RELAÇÕES SEXUAIS

QUANTO TEMPO DEPOIS DE TER INICIADO O RELACIONAMENTO ATUAL TIVERAM RELAÇÕES SEXUAIS

UTILIZAÇÃO DE PRESERVATIVO NO RELACIONAMENTO ATUAL

USO HABITUAL DE CONTRACEÇÃO NO RELACIONAMENTO ATUAL

RELACIONAMENTO ATUAL

02 COMPORTAMENTOS

31 RELAÇÕES SEXUAIS COM PESSOAS DO MESMO SEXO

COMPORTAMENTOS SEXUAIS

RELAÇÕES SEXUAIS Quando questionados sobre se já tiveram relações sexuais, cerca de metade dos jovens refere que sim. Dos que responderam negativamente, destacam-se os seguintes motivos: considerarem que ainda não encontraram o(a) parceiro(a) ideal, serem muito novos(as) ou não ter chegado o momento. Não se constataram diferenças estatisticamente significativas entre os géneros.

19

Já alguma vez tiveste relações sexuais? (N=357)

Não47,1%

Sim52,9%

Comparação entre géneros

Não(N=168)

45,2%

49,1%

Sim(N=189)

54,8%

50,9%

Rapazes

Raparigas

Se respondeste não, indica porquê (N=165)

17,6%

26,7%

12,7%

9,1%

5,5%

3%

1,8%

1,2%

22,4%

Não chegou o momento

Não encontrei ainda o(a) parceiro(a) ideal

Tenho/Tive vontade mas nunca tive oportunidade

Não estou preparado(a)

Tenho medo de engravidar

Pretendo casar virgem

Não tenho vontade

Outra razão

Ainda não tenho idade (sou muito novo/a)

(N=5)

(N=15)

(N=29)

(N=44)

(N=3)

(N=9)

(N=21)

(N=37)

(N=2)

29,0%

71,0%

Dados HBSC 201000,0%

02 COMPORTAMENTOS

PRIMEIRA RELAÇÃO SEXUAL

IDADE DA PRIMEIRA RELAÇÃO (JOVENS QUE REFEREM JÁ TER TIDO RELAÇÕES SEXUAIS)

UTILIZAÇÃO DE MÉTODOS CONTRACETIVOS NA PRIMEIRA RELAÇÃO SEXUAL (JOVENS QUE REFEREM JÁ TER TIDO RELAÇÕES SEXUAIS)

De entre os jovens que referem já ter tido relações sexuais, a média da idade da primeira relação sexual é 15,71. Consideradas as respostas agrupadas em níveis etários, a maioria afirma que teve relações sexuais a partir dos 14 anos. E são os rapazes que mais frequentemente afirmam ter iniciado mais novos (entre os 12 e os 13 anos).

A grande maioria dos adolescentes (que refere já ter tido relações sexuais) afirma ter utilizado método contracetivo na primeira relação sexual. Relativamente aos que afirmaram não ter utilizado método nenhum (cerca de 13%), a maioria refere não ter pensado nisso na altura. Refira-se que ninguém afirmou que não usou por a responsabilidade ser do outro. Não se constataram diferenças estatisticamente significativas entre géneros.

20

Utilização de método contracetivo na primeira relação sexual (N=189)

Respostas à questão

Sim

Não sei/Não me lembro

Não

84,7%(N=160)

(N=161)

(N=20)

(N=3)

12,7%(N=24)

2,6%(N=5)

Idade da primeira relação sexual (N=184)

20111,8915,71

Respostas agrupadas em níveis etários

14 anos ou mais 87,7%

Rapazes

80,4%

Raparigas

11 anos 1,6% 3,1% 0%

12-13 anos 10,9% 16,5% 4,6%

95,4%

Rapazes

79,4%

16,7%

3,9%

Raparigas

90,8%

8,0%

1,1%

Comparação entre géneros

Máx.Mín.D.P.Média

81,8%

5,6%

12,7%

Dados HBSC 20100,00%(a)(χ²= 9,841; g.l.= 2; p≤.010)

(a)Comparação entre géneros

Nota: No HBSC o primeiro nível etário é "11 anos ou menos".

Nota: Ninguém indicou menos de 11 anos. A questão foi efetuada sem opções de resposta.

A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

MÉTODOS CONTRACETIVOS USADOS NA PRIMEIRA RELAÇÃO SEXUAL (JOVENS QUE REFEREM JÁ TER TIDO RELAÇÕES SEXUAIS):

UTILIZAÇÃO DE PRESERVATIVO NA PRIMEIRA RELAÇÃO SEXUAL (JOVENS QUE REFEREM JÁ TER TIDO RELAÇÕES SEXUAIS)

Os jovens podiam assinalar quantas opções quisessem. O preservativo foi o método mais referido. Quanto às diferenças entre os géneros, não se verificam diferenças estatisticamente significativas.

Quando se questiona sobre o uso do preservativo sem estar necessariamente associado à contraceção, ou seja, alargando-se a um uso profilático e podendo ser considerado nas relações sexuais entre indivíduos do mesmo sexo, a percentagem de utilização do preservativo sobe ligeiramente (de 79,4% para 83,1%). Não se constataram diferenças estatisticamente significativas entre os géneros.

21

Métodos contracetivos usados na primeira relação sexual (resposta não exclusiva) (N=160)

Respostas à questão

Não tomaram nenhum cuidado porque... (N=22)

N=2

N= 11

N=2

N=2

N=1

N=4

Não pensámos nisso

Não sabia como obter métodos contracetivos

Pensava que não podia engravidar

Outra: Refere ser homossexual/ dar mais prazer assim

Desejava ter um filho

Não sei/Não me lembro

Preservativo

Coito interrompido

Espermicida

Pílula contracetiva

(N=150)

(N=52)

(N=1)

(N=1)

75,5%

25,5%

0%

1%

83,9%

33,3%

1,1%

0%

0,5%

0,5%

27,5%

79,4%

Dados HBSC 20100,00%

Rapazes Raparigas

Comparação entre géneros

0,6%

13,0%

94,6%

39,3%

Nota: Dado o número reduzido de casos em algumas células, optou-se por apresentar este em substituição da percentagem.

02 COMPORTAMENTOS

A PESSOA COM QUEM TIVESTE A TUA PRIMEIRA RELAÇÃO SEXUAL (JOVENS QUE REFEREM JÁ TER TIDO RELAÇÕES SEXUAIS):

Esta questão foi analisada tendo em conta o género do respondente. Considerando que 189 jovens mencionaram ter tido relações sexuais, dos quais 102 são rapazes e 87 são raparigas, apresenta-se, de seguida, os resultados, por género. A maioria dos rapazes (75,5%) teve como parceiro a namorada, enquanto a maioria das raparigas (83,9%) teve o namorado. Cinco por cento dos rapazes tiveram a primeira relação sexual com alguém do mesmo sexo (namorado, amigo que conhecia bem ou uma pessoa do sexo masculino que encontrou ocasionalmente).

22

Um amigo queconhecia bem

Uma amiga que conhecia bem

Um amigo que conhecia mal

Uma amiga que conhecia mal

Uma pessoa do sexo masculino que encontrei ocasionalmente

Uma pessoa do sexo feminino que encontrei ocasionalmente

O meu namorado

A minha namorada

83,9%

0%

12,6%

0%

3,4%

0%

0%

0%

2,0%

75,5%

2,0%

15,7%

0%

1%

1%

2,9%

A pessoa com quem tiveste a tua primeira relação sexual era:

Raparigas (N=87) Rapaz (N=102)

Utilização de preservativo na primeira relação sexual (N=189)

Respostas à questão

Sim

Não sei/Não me lembro

Não

2,1%

14,8%

83,1%(N=157)

(N=28)

(N=4)

(n=75)

Rapazes

79,4%

17,6%

3,0%

Raparigas

87,4%

11,5%

1,1%

Comparação entre géneros

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

(n=77)

(n=13)

(n=16)

(n=3)

(n=1)

(n=1)

(n=3)

A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

QUEM MANIFESTOU CUIDADOS NA 1ª RELAÇÃO SEXUAL (JOVENS QUE REFEREM JÁ TER TIDO RELAÇÕES SEXUAIS):

Mais de metade dos jovens refere ter conversado com o(a) parceiro(a) sobre o modo de evitar uma gravidez e grande parte menciona que ambos se preocuparam com o assunto. No entanto, menos de metade refere ter discutido com o outro acerca da prevenção das ISTs. Uma percentagem menor mas significativa (cerca de 10%) refere não saber ou não se lembrar se conversou com o(a) parceiro(a) acerca, quer do modo de evitar uma gravidez, quer da prevenção das ISTS. No geral, não se constataram diferenças estatisticamente significativas entre géneros. No entanto, as raparigas parecem ser mais cuidadosas pois menos frequentemente referem não saber ou não se lembrar.

23

Conversaste com o(a) teu (tua) parceiro(a) sobre o modo de evitar uma gravidez? (N=189)Conversaste com o(a) teu (tua) parceiro(a) sobre o modo de evitar uma gravidez? (N=189)

Respostas à questão

(N=100)

(N=70)

(N=19)

Quem se preocupou em evitar a gravidez? (jovens que referem ter-se preocupado com o modo de evitar uma gravidez) (N=100)

Respostas à questão

(N=7)

(N=2)

(N=91)

Discutiste também com o(a) teu (tua) parceiro(a) a prevenção das infeções sexualmente transmissíveis? (N=189)

Respostas à questão

(N=89)

(N=83)

(N=17)

(N=0)

Sim

Não sei/Não me lembro

Não

10,1%

37,0%

52,9%

Sim

Não sei/Não me lembro

Não sei/Não me lembro

Não

9,0%

43,9%

47,1%

Eu

O(A) parceiro(a)

Os dois

2,0%

0,%

7,0%

91,0%

Rapazes

51,0%

35,3%

13,7%

Raparigas

55,2%

39,1%

5,7%

Comparação entre géneros

Rapazes

42,2%

46,1%

11,8%

0%

Raparigas

52,9%

41,4%

5,7%

0%

Comparação entre géneros

Rapazes

7,7%

3,8%

88,5%

Raparigas

6,2%

0%

93,8%

Comparação entre géneros

02 COMPORTAMENTOS

PRESSÃO PARA TER A PRIMEIRA RELAÇÃO SEXUAL (JOVENS QUE REFEREM JÁ TER TIDO RELAÇÕES SEXUAIS):

DURAÇÃO DO RELACIONAMENTO QUE INCLUIU A PRIMEIRA RELAÇÃO SEXUAL (JOVENS QUE REFEREM JÁ TER TIDO RELAÇÕES SEXUAIS):

De entre os jovens que já tiveram a primeira relação sexual, 12,2% confirmam ter-se sentido pressionados e 2,6% não sabem ou não se lembram. Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre géneros.

Cerca de metade dos jovens inquiridos afirma que continuou a manter o relacionamento com o(a) parceiro(a) depois da primeira relação sexual mas que entretanto esse relacionamento terminou. No total, o relacionamento que motivou a primeira relação sexual durou mais de um ano para quase metade dos inquiridos, em especial para as raparigas. Não se observaram diferenças estatisticamente significativas entre géneros.

24

Depois da primeira relação sexual, continuaste a manter um relacionamento com aquele(a) parceiro(a)? (N=189)

Sim, mas acabou

Não tive qualquer relacionamento com ele(a)

Separamo-nos, mas estamos juntos atualmente

Sim, continua até hoje sem interrupções

(N=100)

(N=53)

(N=19)

(N=17)

52,0%

30,4%

7,8%

9,8%

54,0%

25,3%

12,6%

8,0%

Respostas à questão

10,1%

52,9%

9,0%

28,0%

Raparigas

Comparação entre géneros

Rapazes

Sentiste-te pressionado(a) para ter relações sexuais? (N=189)

Respostas à questão

(N=23)

(N=161)

(N=5)

Sim

Não sei/Não me lembro

Não

Rapazes

11,8%

85,3%

2,9%

Raparigas

12,6%

85,1%

2,3%

Comparação entre géneros

2,6%

85,2%

12,2%

A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

25

Durante quanto tempo ficaram juntos? (jovens que afirmaram ter continuado a manter um relacionamento com aquele(a) parceiro(a) (N=170)

Respostas à questão

4,7%

47,1%

14,7%

14,7%

12,4%

6,5%

Mais de 1 ano

Entre 6 meses a 1 ano

Entre 3 a 6 meses

Entre 1 a 3 meses

Menos de um mês

Não sei/Não me lembro

(N=80)

(N=25)

(N=25)

(N=21)

(N=11)

(N=8)

40,4%

13,8%

16,0%

12,8%

8,5%

8,5%

55,3%

15,8%

13,2%

11,8%

3,9%

0%

Raparigas

Comparação entre géneros

Rapazes

02 COMPORTAMENTOS

RELACIONAMENTO ATUAL

RELACIONAMENTO AMOROSO ATUAL Quase metade da amostra refere ter atualmente um relacionamento amoroso e cerca de um terço da amostra refere estar com o atual parceiro(a) há mais de um ano. Não se observaram diferenças estatisticamente significativas entre géneros.

26

Tens atualmente um relacionamento (namoro...) amoroso? (N=347)

Não55,9%

Sim44,1%

Comparação entre géneros

Não(N=194)

60,4%

50,9%

Sim(N=153)

39,6%

49,1%

Rapazes

Raparigas

Há quanto tempo estão juntos? (jovens que dizem ter atualmente um relacionamento;) (N=153)

Respostas à questão

5,2%

2,0%

37,9%

12,4%

13,1%

13,7%

15,7%

Mais de 1 ano

Entre 6 meses a 1 ano

Entre 3 a 6 meses

Entre 1 a 3 meses

Entre 1 semana e 1 mês

Menos de uma semana

Não sei/Não me lembro

(N=58)

(N=19)

(N=20)

(N=21)

(N=24)

(N=8)

(N=3)

36,1%

9,7%

12,5%

18,1%

12,5%

9,7%

1,4%

39,5%

14,8%

13,6%

9,9%

18,5%

1,2%

2,5%

Raparigas

Comparação entre géneros

Rapazes

A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

SENTIMENTOS PRESENTES NO RELACIONAMENTO AMOROSO ATUAL (JOVENS QUE REFEREM TER ATUALMENTE UM RELACIONAMENTO AMOROSO):

RELACIONAMENTO AMOROSO ATUAL COM RELAÇÕES SEXUAIS (JOVENS QUE REFEREM TER UM RELACIONAMENTO E JÁ TER TIDO RELAÇÕES SEXUAIS):

De entre os que referem ter atualmente um relacionamento amoroso, mais de dois terços afirmam estar apaixonados pelo(a) parceiro(a). Ninguém selecionou a opção “não sentes nada de especial”, sugerindo que os jovens associam as relações sexuais a sentimentos pelo outro. Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre géneros. Nenhuma rapariga selecionou a opção “só sentes excitação”, sugerindo maior ligação afetiva por parte delas.

A grande maioria dos jovens que refere ter um relacionamento atualmente afirma que esse relacionamento inclui relações sexuais. Não se constataram diferenças estatisticamente significativas entre géneros.

Em relação ao (à) teu (tua) parceiro(a), sentes que: (N=153)

Respostas à questão

71,2%

23,5%

2,6%

2,6%

Estás apaixonado(a)

Gostas dele(a)

Só sentes excitação

Não sei

(N=109)

(N=36)

(N=4)

(N=4)

63,9%

27,8%

5,6%

2,8%

77,8%

19,8%

0%

2,5%

Tens atualmente um relacionamento (namoro...) amoroso que inclua relações sexuais? (N=115)

Não13,0%

Sim87,0%

Comparação entre géneros

Não(N=15)

17,5%

8,6%

Sim(N=100)

82,5%

91,4%

Rapazes

Raparigas

27

Raparigas

Comparação entre géneros

Rapazes

02 COMPORTAMENTOS

QUANTO TEMPO DEPOIS DE TER INICIADO O RELACIONAMENTO TIVERAM RELAÇÕES SEXUAIS (JOVENS QUE REFEREM TER ATUALMENTE UM RELACIONAMENTO QUE INCLUI RELAÇÕES SEXUAIS)

UTILIZAÇÃO DE PRESERVATIVO NO RELACIONAMENTO ATUAL (JOVENS QUE REFEREM TER ATUALMENTE UM RELACIONAMENTO QUE INCLUA RELAÇÕES SEXUAIS):

Considerando o atual relacionamento, um terço afirmou ter tido relações sexuais entre um a três meses depois do relacionamento ter iniciado. Os rapazes mais frequentemente afirmam valores extremos: mais de um ano, e 24 horas ou menos, ou entre um dia e uma semana; as raparigas mais frequentemente afirmaram valores intermédios: entre um a três meses.

A percentagem de utilização do preservativo em todas as relações sexuais é inferior a metade, sendo que 16% afirmam mesmo ter abandonado o uso deste. Os rapazes mais frequentemente mencionam usar sempre o preservativo.

28

Em relação ao preservativo no relacionamento: (N=100)

Respostas à questão

48,0%

27,0%

16,0%

7,0%

2,0%

Usámos sempre

Às vezes usamos outras vezes não

Usámos no começo do relacionamento e depois parámos

Nunca usámos

Não usámos no começo do relacionamento, mas depois começámos a usar

Rapazes(N=47)

59,6%

12,8%

17,0%

8,5%

2,1%

Raparigas(N=53)

37,7%

39,6%

15,1%

5,7%

1,9%

Quanto tempo depois de ter iniciado o relacionamento tiveram relações sexuais (N=100)

Respostas à questão

7,0%

15,0%

9,0%

10,0%

14,0%

7,0%

33,0%

5,0%

Mais de 1 ano

Entre 1 semana e 1 mês

Entre 6 meses e 1 ano

Entre 1 dia e 1 semana

Entre 3 a 6 meses

24 horas ou menos

Entre 1 a 3 meses

Não sei/Não me lembro

(N=7)

(N=15)

(N=9)

(N=10)

(N=14)

(N=7)

(N=33)

(N=5)

(N=48)

12,8%

19,1%

6,4%

17,0%

10,6%

12,8%

17,0%

4,3%

1,9%

11,3%

11,3%

3,8%

17,0%

1,9%

47,2%

5,7%

(a)

Comparação entre géneros (a)

(a)(χ²=22,163, gl =7, p≤.05). n=100

(a)(χ²=9,484, gl =4, p≤.05). n=100

Raparigas

Comparação entre géneros

Rapazes

(N=27)

(N=2)

(N=7)

(N=16)

A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

USO HABITUAL DE CONTRACEÇÃO NO RELACIONAMENTO ATUAL (JOVENS QUE REFEREM TER ATUALMENTE UM RELACIONAMENTO QUE INCLUI RELAÇÕES SEXUAIS):

Cerca de metade dos jovens afirma usar sempre um outro método contracetivo, independentemente de usar ou não preservativo. Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre géneros.

Não considerando o preservativo, usaram outro método para evitar a gravidez? (N=100)

Respostas à questão

51,0%

31,0%

6,0%

3,0%

4,0%

5,0%

Usámos sempre

Nunca usámos

Às vezes usamos outras veezs não

Usámos no começo do relacionamento e depois parámos

Não usámos no começo do relacionamento, mas depois começámos a usar

Não sei

46,8%

29,8%

6,4%

2,1%

4,3%

10,6%

54,7%

32,1%

5,7%

3,8%

3,8%

0%

29

Rapazes(N=47)

Raparigas(N=53)

Comparação entre géneros

(n=51)

(=5)

(n=3)

(n=4)

(n=6)

(n=31)

02 COMPORTAMENTOS

ÚLTIMA RELAÇÃO SEXUAL

UTILIZAÇÃO DE MÉTODOS CONTRACETIVOS NA ÚLTIMA RELAÇÃO SEXUAL (JOVENS QUE REFEREM JÁ TER TIDO RELAÇÕES SEXUAIS)

MÉTODOS CONTRACETIVOS USADOS NA ÚLTIMA RELAÇÃO SEXUAL (JOVENS QUE REFEREM JÁ TER TIDO RELAÇÕES SEXUAIS)

A grande maioria dos adolescentes (que refere já ter tido relações sexuais) afirma ter utilizado método contracetivo na última relação sexual. Não se constataram diferenças estatisticamente significativas entre os géneros.

Cerca de dois terços dos jovens que referem já ter tido relações sexuais identificam o preservativo como o método contracetivo escolhido na última relação sexual. Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre géneros.

30

Métodos contracetivos usados na última relação sexual (resposta não exclusiva; N=189)

Respostas à questão

62,4%

39,2%

1,6%

1,1%

Preservativo

Pílula contracetiva

Coito interrompido

Espermicida

(N=118)

(N=74)

(N=3)

(N=2)

Rapazes

63,7%

30,4%

2,0%

2,0%

Raparigas

60,9%

49,4%

1,1%

0%

Respostas à questão

(N=147)

(N=27)

(N=6)

Sim

Não sei/Não me lembro

Não

3,3%

15,0%

81,7%

Rapazes

80.4%

3.1%

Raparigas

83.1%

13.3%

3.6%

Utilização de método contracetivo na última relação sexual (N=180)

16.5%

57,7%

12,6%

1,8%

81,8%

Dados HBSC 20100,00%(a) (χ²=7, 140, gl =1, p≤.010). n=189

Comparação entre géneros

Comparação entre géneros (a)

A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

RELAÇÕES SEXUAIS COM PESSOAS DO MESMO SEXO (JOVENS QUE REFEREM JÁ TER TIDO RELAÇÕES SEXUAIS)

COMPORTAMENTOS DE RISCO

RELAÇÕES SEXUAIS COM OUTRO PARCEIRO QUE NÃO O(A) NAMORADO(A) DURANTE A FASE DE NAMORO (JOVENS QUE REFEREM JÁ TER TIDO RELAÇÕES SEXUAIS)

Cerca de um décimo da amostra inquirida refere já ter tido relações sexuais com pessoas do mesmo sexo. Não se constataram diferenças estatisticamente significativas entre os géneros.

A maioria dos jovens não teve relações sexuais com outra pessoa que não o(a) seu (sua) namorado(a) durante a fase de namoro. Dos que tiveram, a maioria utilizou preservativo. Consideradas as diferenças entre géneros, os rapazes mais frequentemente tiveram relações sexuais com outro parceiro que não o(a) namorado(a) durante a fase do namoro. Não se constataram diferenças estatisticamente significativas entre os géneros relativamente ao uso de preservativo nesta situação.

31

Alguma vez tiveste relações sexuais com pessoas do mesmo sexo? (N=177)

Já te aconteceu ter tido relações sexuais com outra pessoa que não o(a) teu (tua) namorado(a)(durante a fase de namoro) (N=180)

Comparação entre géneros (a)

(a) (χ²=14,557, gl =1, p≤.000). n=180

Utilização de preservativo numa relação sexual com outra pessoa que não o(a) namorado(a) (jovens que referem já ter tido relações sexuais com outra pessoa que não o(a) namorado(a);) (N=29)

Respostas à questão

Respostas à questão

(N=21)

(N=35)

(N=7)

(N=148)

(N=1)

Sim

Sim

Não sei/Não me lembro

Não

Não

3,4%

24,1%

82,2%

72,4%

17,8%

Rapazes

Rapazes

69,2%

27,8%

3,8%

Raparigas

Raparigas

100%

6,0%

0%

94,0%

0%

26,9%

72,2%

Comparação entre géneros

Não89,8%

Sim10,2%

Comparação entre géneros

Não(N=159)

89,5%

90,2%

Sim(N=18)

10,5%

9,8%

Rapazes

Raparigas

02 COMPORTAMENTOS

NÚMERO DE PARCEIROS SEXUAIS (JOVENS QUE REFEREM JÁ TER TIDO RELAÇÕES SEXUAIS)

RELAÇÕES SEXUAIS ASSOCIADAS AO CONSUMO DE ÁLCOOL OU DROGAS (JOVENS QUE REFEREM JÁ TER TIDO RELAÇÕES SEXUAIS)

A maioria dos jovens refere ter tido até três parceiros sexuais até à data da participação no estudo. As raparigas mais frequentemente referem ter tido até três e os rapazes mais de dez ou não saberem / não se lembrarem.

A maioria dos adolescentes (que já teve relações sexuais) refere não ter tido relações sexuais associadas ao consumo de álcool ou drogas. Os rapazes mais frequentemente referem ter tido relações sexuais associadas a ambos.

32 A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

Considerando toda a tua vida, com quantas pessoas tiveste até agora relações sexuais? (N=180)

Respostas à questão

69,9%

14,0%

8,3%

7,8%

1 a 3 pessoas

4 a 10 pessoas

Mais de 10 pessoas

Não sei/Não me lembro

(N=126)

(N=25)

(N=15)

(N=14)

61,9%

13,4%

13,4%

11,3%

79,5%

14,5%

2,4%

3,6%

Comparação entre géneros (a)

(a)(χ²=11,947, gl =3, p≤.010). n=180

RaparigasRapazes

Respostas à questão

(N=24)

(N=152)

(N=4)

Sim

Não sei/Não me lembro

Não

2,2%

84,4%

13,3%

Rapazes

21,6%

4,1%

Raparigas

3,6%

96,4%

0%

74,2%

Relações sexuais associadas ao consumo de álcool (N=180)

(a)(χ²=16,935, gl =2, p≤.001). n= 180

Comparação entre géneros (a)

Respostas à questão

(N=8)

(N=170)

(N=2)

Sim

Não sei/Não me lembro

Não

1,1%

94,4%

4,4%

Rapazes

8,2%

1,0%

Raparigas

0%

98,8%

1,2%

90,7%

Relações sexuais associadas ao consumo de drogas (N=180)

(a)(χ²=7,166, gl =2, p≤.05). n= 180

Comparação entre géneros (a)

HBSC 2010: Relações sexuais associadas ao consumo de álcool ou drogas (questão conjunta): Sim - 11,2 % ; Não - 88,8%

GRAVIDEZ (JOVENS QUE REFEREM JÁ TER TIDO RELAÇÕES SEXUAIS)

DESPISTAGEM DO VIH/SIDA

Onze jovens referem já terem engravidado ou terem engravidado a parceira. Daqui resultou o nascimento de três crianças, sete interrupções de gravidez, quatro delas voluntárias, e um caso de desconhecimento referido por um rapaz. Não se constataram diferenças estatisticamente significativas entre os géneros.

A maioria dos jovens nunca fez um teste de despistagem do VIH/SIDA. Considerado apenas o grupo dos que referem já ter tido relações sexuais, a percentagem dos que já fez aumenta (em especial nas raparigas) mas continua bastante abaixo da metade.

02 COMPORTAMENTOS 33

Não seiNo nascimento de uma criança

N=3

Em aborto espontâneo

N=3

Em aborto provocado

N=4 N=1

E a gravidez resultou: (N=11)

Respostas à questão

Sim

Não sei/Não me lembro

Não

N=1

N=168

N=11

Rapazes (N)

7

1

Raparigas (N)

4

79

0

Comparação entre géneros

Alguma vez chegaste (ou a tua parceira chegou) a engravidar? (N=180)

89

Nota: Dado o número reduzido de casos em algumas células, optou-se por apresentar este em substituição da percentagem.

Nota: Dado o número reduzido de casos em algumas células, optou-se por apresentar este em substituição da percentagem.

Alguma vez fizeste um teste para saber se estás infetado com o VIH/SIDA? (N=309)

Não84,5%

Sim15,5%

Comparação entre géneros

Não(N=261)

87,9%

80,9%

Sim(N=48)

12,1%

19,1%

Rapazes

Raparigas

Alguma vez fizeste um teste para saber se estás infetado com o VIH/SIDA? (Jovens que referem já ter tido relações sexuais; N=158)

Não75,9%

Sim24,1%

Comparação entre géneros

Não(N=120)

85,4%

65,8%

Sim(N=38)

14,6%

34,2%

Rapazes

Raparigas

(a)(a)

(a)(χ²=8,275, gl =1, p≤.010). n=158

34 A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

03CONHECIMENTOS E CRENÇAS

03CONHECIMENTOS E CRENÇAS37

44

37

39

40

42

44

44

45

CONHECIMENTOS

CRENÇAS

CONHECIMENTOS FACE À PÍLULA CONTRACETIVA

CONHECIMENTOS FACE À “PÍLULA DO DIA SEGUINTE”

CONHECIMENTOS FACE ÀS ISTs

CONHECIMENTO DOS MODOS DE TRANSMISSÃO DO VIH/SIDA

PERCEÇÃO DA IDADE DA PRIMEIRA RELAÇÃO NOS OUTROS JOVENS

TOMADA DE DECISÃO NAS RELAÇÕES SEXUAIS

RAZÕES PARA A PRIMEIRA RELAÇÃO SEXUAL DOS JOVENS

CONHECIMENTOS

CONHECIMENTOS FACE À PÍLULA CONTRACETIVA (AMOSTRA TOTAL)

Inquiriu-se os jovens acerca da pílula contracetiva (o método mais usado pelos jovens portugueses), relativamente a conhecimentos específicos que implicam comportamentos seguros ou de risco. Obteve-se uma média de 2,8, numa escala que varia entre os 0 e os 6 pontos, pelo que os jovens demonstraram um nível de conhecimentos insatisfatório, nomeadamente em relação ao que fazer quando se toma a pílula e se tem vómitos ou diarreia e quanto ao que pode reduzir o efeito desta. As raparigas apresentam mais conhecimentos do que os rapazes.

37

Conhecimentos face à pílula (N=325)

Máx.

6

p

.000***

t

-3,557

Mín.

0

D.P.

D.P.

1,52

1,48

1,38

Média

Média

2,52

2,8

3,10

Comparação entre géneros

Amostra total

Rapazes

Raparigas

(N=169)

(N=156)

***p≤.001

Regular a ovulação

Inibir a ovulação

Destruir os espermatozoides

Não sei

Impedir a implantação do óvulo

A função principal da pílula (N=325)

17,5%

34,8%

11,7%

12,6%

23,4%

(N=38)

(N=76)

(N=57)

(N=113)

(N=41)

(Opção correta)

Resultados por item:

Como se utiliza corretamente a pílula (N=325)

5,8%

61,2%

16,9%

16,0%

Toma-se um comprimido sempre que se planeie ter relações sexuais

Toma-se um comprimido todos os dias, durante 21 dias, seguindo-se 7 dias de descanso

Não sei

Toma-se um comprimido todos os dias, durante uma semana, seguindo-se 7 dias de descanso

(N=199)

(N=52)

(N=19)

(N=55)

(Opção correta)

03 CONHECIMENTOS E CRENÇAS

38

11,7%

27,7%

47,1%

13,5%

A eficácia da pílula pode ficar reduzida se tiver vómitos ou diarreia dentro de 8 horas após a toma da pílula

A eficácia da pílula pode ficar reduzida se tiver vómitos ou diarreia dentro de 4 horas após a toma da pílula

Não sei

A eficácia da pílula só pode ficar reduzida se tiver vómitos ou diarreia que durem mais de 12h

O que acontece se tiver diarreia ou vómitos e utiliza a pílula como MC (N=325)

(N=153)

(N=44)

(N=38)

(N=90)

10,8%

42,2%

20,0%

27,1%

Não se pode tomar e é aconselhável utilizar outro método contracetivo

Se for num prazo de 12h, pode-se tomar sem colocar em causa a contraceção

Não sei

Deve-se tomar imediatamente e utilizar outro contracetivo

O que fazer quando se esquece de tomar a pílula (N=325)

(N=65)

(N=137)

(N=88)

(N=35)

17,2%Não sei

O que pode reduzir o efeito da pílula (N=325)

(N=56)

24,9%Álcool e/ou drogas (N=81)

24,3%Determinados medicamentos, tais como calmantes, ansiolíticos ou antibióticos

(N=79)

A pílula é um método contracetivo com 99% de eficácia para (N=325)

8,9%

80,3%

7,7%

3,1%

Ambas as situações

Evitar uma gravidez

Não sei

Evitar uma IST

(N=261)

(N=10)

(N=29)

(N=25)

(Opção correta)

(Opção correta)

(Opção correta)

33,5%Ambas as alíneas anteriores (N=109) (Opção correta)

A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

CONHECIMENTOS FACE À “PÍLULA DO DIA SEGUINTE” (AMOSTRA TOTAL)

Inquiriu-se os jovens acerca da “pílula do dia seguinte”. Obteve-se uma média de 0,58, numa escala que varia entre os 0 e os 2 pontos. Os resultados sugerem que os jovens não sabem que existe uma nova pílula do dia seguinte que pode ser tomada até 120 horas após uma relação sexual desprotegida. Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre os géneros.

39

Conhecimentos face à pílula do dia seguinte (N=325)

Máx.

2

Mín.

0

D.P.

D.P.

0,52

0,52

0,52

Média

Média

0,56

0,58

0,61

Comparação entre géneros

Resultados por item:

Amostra total

Rapazes

Raparigas

(N=169)

(N=156)

Em 2010 foi lançada uma nova pílula do dia seguinte. Esta exige receita médica e pode ser tomada (N=325)

2,8%

2,8%

32,9%

61,5%

Até 96h, após uma relação sexual não protegida

Até 120h, após uma relação sexual não protegida

Não sei

Até 72h, após uma relação sexual não protegida

(N=9)

(N=200)

(N=9)

(N=107)

Quando suspeita que está grávida por ter um atraso na menstruação

Se teve relações sexuais não protegidas

Todas as alíneas anteriores

Não sei

Sempre que se esqueceu de tomar a pílula contracetiva habitual por mais de 12h

Qual das seguintes situações deve levar uma mulher a tomar contraceção de emergência ou pílula do dia seguinte (N=325)

7,4%

55,7%

7,4%

13,5%

16,0%

(N=24)

(N=52)

(N=24)

(N=181)

(N=44)

p

.416

t

-.814

(Opção correta)

(Opção correta)

03 CONHECIMENTOS E CRENÇAS

CONHECIMENTOS FACE ÀS ISTs (AMOSTRA TOTAL)Relativamente aos conhecimentos face às ISTs, obteve-se uma média de 10,4, numa escala que varia entre os 0 e os 14 pontos, pelo que o nível de conhecimentos demonstrado é razoável. As raparigas demonstraram melhores conhecimentos do que os rapazes.

40

Conhecimentos face às ISTs (N=325)

Máx.

14

Mín.

3

D.P.

2,04

D.P.

2,67

1,98

Média

10,43

Média

10,18

10,71

Comparação entre géneros

Amostra total

Rapazes

Raparigas

(N=169)

(N=156)

Resultados por item:

Qual das seguintes opções é a forma mais provável de ficar infetado com uma IST (N=325)

Qual dos seguintes sintomas é falso para indicar uma IST (N=325)

5,2%

12,9%

8,0%

31,1%

3,1%

7,7%

2,2%

35,4%

11,1%

70,5%

12,9%

Através de prática de sexo oral

Comichão e ardor ao urinar

Através de prática de sexo anal

Lubrificação vaginal

Através da partilha de toalhetes pessoais

Bolhas nos genitais

Através de beijos

Não sei

Não sei

Através de prática de sexo vaginal

Corrimento abundante no pénis

(N=26)

(N=101)

(N=229)

(N=42)

(N=17)

(N=42)

(N=10)

(N=25)

(N=7)

(N=115)

(N=36)

p

.021*

t

-2,318

(Opção correta)

(Opção correta)

*p≤.050

A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

41

No caso específico de relação heterossexual, quem é que tem mais probabilidade de ficar infetado com o VIH (se o parceiro estiver infetado) (N=325)

3,1%

12,9%

9,2%

74,8%

O homem tem mais probabilidade

A mulher tem mais probabilidade

Não sei

Homens e mulheres têm a mesma probabilidade

(N=42)

(N=243)

(N=10)

(N=30)

Assinala as potenciais vias de transmissão do VIH (396)

Lágrimas

Urina

Picadas de mosquito

Casas de banho

Piscinas

Seringas

Esperma

Beijos

Abraços

Não sei

Saliva

Sangue

22,2%

2,5%

13,9%

4,8%

60,1%

1,3%

68,9%

17,2%

20,5%

63,4%

10,4%

4,8%

77,8%

97,5%

86,1%

95,2%

39,9%

98,7%

31,1%

82,8%

79,5%

36,6%

89,6%

95,2%

(Não)

(Sim)

(Não)

(Sim)

(Não)

(Sim)

(Não)

(Sim)

(Não)

(Sim)

(Não)

(Sim)

(Não)

(Sim)

(Não)

(Sim)

(Não)

(Sim)

(Não)

(Sim)

(Não)

(Sim)

(Não)

(Sim)

Sim Não

Nota: As respostas corretas estão assinaladas com:

Nota: A resposta correta está assinalada com:

03 CONHECIMENTOS E CRENÇAS

CONHECIMENTO DOS MODOS DE TRANSMISSÃO DO VIH/SIDA (AMOSTRA TOTAL)

Os jovens responderam ainda a mais uma escala de conhecimentos acerca dos modos de transmissão do VIH/SIDA. A maioria dos jovens inquiridos identificou-os corretamente uma vez que obtiveram uma média de 6,2 numa escala que varia entre 0 e 9. Apenas em relação à possibilidade de uma pessoa poder ficar infetada com VIH/SIDA através de uma transfusão de sangue em Portugal, os inquiridos revelaram conhecimento errado. As raparigas apresentaram uma média superior à dos rapazes.

42

Modos de transmissão do VIH/SIDA (N=325)

Máx.

9

Mín.

0

Comparação entre géneros

Amostra total

Rapazes

Raparigas

(N=169)

(N=156)

***p≤.001

Qual das seguintes afirmações é verdadeira para prevenir as ISTs? (N=325)

3,4%

69,8%

2,5%

17,8%

6,5%

Observar sinais de ISTs antes de ter relações sexuais

O preservativo é o melhor método de prevenção de ISTs

O dispositivo intrauterino (DIU) impede as ISTs

Não sei

Urinar depois de ter relações sexuais previne as ISTs

(N=227)

(N=21)

(N=11)

(N=8)

(N=58)

Resultados por item:

Modos de transmissão do VIH/SIDA (325)

88,9%

3,4%

7,7%

Não seiSim Não

(Não)

(Não sei)

(Sim)Usar seringa/agulha já utilizada por outra pessoa

HBSC 2010:

D.P.

D.P.

2,66

2,35

1,85

2,27 0 9

Média

Média

5,79

6,23

6,72

6,21

p

.000***

t

-3,683

Nota: A resposta correta está assinalada com:

A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

43

20,0%

64,3%

15,7%

76,3%

7,7%

16,0%

9,2%

79,7%

11,1%

15,1%

71,7%

13,2%

85,5%

4,9%

9,5%

78,8%

9,2%

12,0%

21,8%

60,6%

58,5%

19,7%

19,7%

Não seiSim Não

Alguém infetado tossir ou espirrar

Transmissão mãe infetada-bebé

Abraçar alguém infetado

Tomar a pílula pode proteger da infeção pelo VIH/SIDA

Ter relações sexuais sem preservativo, nem que seja uma só vez

Pode-se parecer saudável e estar infetado pelo VIH/SIDA

Usar utensílios para comer ou beber já usados por outra pessoa

Por uma transfusão de sangue

(Não)

(Não)

(Não)

(Não)

(Não)

(Não)

(Não)

(Não)

(Não sei)

(Não sei)

(Não sei)

(Não sei)

(Não sei)

(Não sei)

(Não sei)

(Não sei)

(Sim)

(Sim)

(Sim)

(Sim)

(Sim)

(Sim)

(Sim)

(Sim)

19,7%

Nota: As respostas corretas estão assinaladas com:

03 CONHECIMENTOS E CRENÇAS

CRENÇAS

PERCEÇÃO DA IDADE DA PRIMEIRA RELAÇÃO NOS OUTROS JOVENS (AMOSTRA TOTAL)

TOMADA DE DECISÃO NAS RELAÇÕES SEXUAIS (AMOSTRA TOTAL)

A maioria dos jovens acredita que os jovens da sua idade já tiveram relações sexuais e que a primeira relação sexual terá acontecido aos quinze anos. Comparando os géneros, as raparigas mais frequentemente acreditam que os jovens da sua idade já tiveram relações sexuais, apesar de não se verificarem diferenças estatisticamente significativas quanto à idade em que tal aconteceu.

Relativamente a quem toma a decisão de ter relações sexuais, os jovens afirmam que cabe ao rapaz a iniciativa ou então decidem os dois a melhor altura. Os rapazes mais frequentemente afirmam que é a rapariga que toma a iniciativa.

44 A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

Perceção da idade da primeira relação dos jovens da tua idade (N=256)

Comparação entre géneros

Amostra total

HBSC 2010:

D.P.

D.P.

1,67

1,64

1,61

1,20

Máx.

20

19

Mín.

9

10

Média

Média

15,24

15,18

15,13

14,77

p

.595

t

.533Rapazes

Raparigas

(N=120)

(N=136)

Na tua opinião a maior parte dos jovens da tua idade (N=338)

Já tiveram relações sexuais

Não tiveram ainda relações sexuais

(N=257)

(N=81)

69,1%

30,9%

83,4%

16,6%

Respostas à questão

76,0%

24,0%

Rapazes Raparigas

68,5%

31,5%

Dados HBSC 20100,00%(a) (χ²=9,461, gl =1, p≤.05). n=338

Comparação entre géneros (a)

RAZÕES PARA A PRIMEIRA RELAÇÃO SEXUAL DOS JOVENS (AMOSTRA TOTAL)

Quando questionados sobre os motivos dos jovens terem a primeira relação sexual, mais de metade dos jovens afirma que é porque querem experimentar, seguindo-se dos que pensam que a razão é estarem muito apaixonados e dos que pensam ser porque já namoram há muito tempo. Não se observaram diferenças estatisticamente significativas entre géneros.

4503 CONHECIMENTOS E CRENÇAS

Quando os jovens têm relações sexuais … (N=329)

O rapaz toma a iniciativa

A rapariga toma a iniciativa

Decidem os dois a melhor altura

Um deles insiste

Outra (depende dos casos)

(N=142)

(N=17)

(N=126)

(N=43)

(N=1)

45,9%

8,8%

34,1%

11,2%

0%

40,3%

1,3%

42,8%

15,1%

0,6%

Respostas à questão

43,2%

5,2%

38,3%

13,1%

0,3%

Os jovens têm a sua primeira relação sexual porque … (resposta não exclusiva; N=396)

Querem experimentar

Estão muito apaixonados

Já namoram há muito tempo

Não querem que o(a) parceiro(a) fique zangado(a)

Aconteceu por acaso (porque calhou)

Beberam demais

Arranjaram um(a) namorado(a) mais velho(a)

Tomaram drogas

Outra razão

(n=246)

(n=161)

(n=144)

(n=99)

(n=91)

(n=85)

(n=43)

(n=48)

(n=13)

59,9%

37,3%

35,8%

16,0%

19,8%

18,9%

9,4%

10,8%

3,0%

64,7%

44,6%

37,0%

35,3%

26,6%

24,5%

12,5%

13,6%

3,5%

Respostas à questão

62,1%

40,7%

36,4%

25,0%

23,0%

21,5%

10,9%

12,1%

3,3%

Rapazes Raparigas

Comparação entre géneros

Rapazes Raparigas

53,7%

45,8%

31,7%

0,5%

10,4%

21,2%

16,0%

13,5%

11,8%

7,0%

0,7%

55,2%

2,2%

31,8%

Dados HBSC 20100,00%

Dados HBSC 20100,00%

(a)(χ²=13,344, gl =4, p≤.010). n=329

(a)Comparação entre géneros

46 A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

04ATITUDES, NORMASE INTENÇÕES

49

50

51

55

ATITUDES FACE AO PRESERVATIVO

ATITUDES, NORMAS E INTENÇÕES FACE AO USO HABITUAL DO PRESERVATIVO

ATITUDES FACE À VIVÊNCIA DA SEXUALIDADE

ATITUDES FACE AOS PORTADORES DE VIH/SIDA

04ATITUDES, NORMASE INTENÇÕES

ATITUDES FACE AO PRESERVATIVO (AMOSTRA TOTAL)

Relativamente às atitudes face ao preservativo, obteve-se uma média de 6,1, numa escala que varia entre os 4 e os 12 pontos. A maioria dos jovens discorda que seria desconfortável comprar preservativos numa loja, trazer preservativos com eles, bem como adquirir preservativos no centro de saúde. Também discordam que trazer um preservativo consigo signifique que estão a planear ter relações sexuais. Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre géneros.

04 ATITUDES, NORMAS E INTENÇÕES 49

Atitudes face ao preservativo (N=317)

Máx.

12

Mín.

4

Média

Média

6,31

6,10

5,88

Comparação entre géneros

Amostra total

Rapazes

Raparigas

(N=163)

(N=154)

Resultados por item:

Atitudes face ao preservativo (317)

(+-) Não Concordonem discordo

(+) Concordo(-) Discordo

(+-)

(+-)

(+-)

(+-)

(+)

(+)

(+)

(+)

(-)

(-)

(-)

(-)

60,9%

71,0%

63,7%

65,9%

20,8%

12,9%

16,8%

21,2%

18,3%

16,1%

19,6%

12,9%

Seria desconfortável comprar preservativos numa loja

Seria desconfortável trazer contigo preservativos

Trazer um preservativo contigo significa que estás a planear ter relações sexuais

Seria desconfortável adquirir preservativos no centro de saúde

HBSC 2010:

D.P.

D.P.

2,59

2,35

2,06

2,37 4 129,16

p

.106

t

1,621

ATITUDES, NORMAS E INTENÇÕES FACE AO USO HABITUAL DO PRESERVATIVO (JOVENS QUE AFIRMARAM TER 16 OU MAIS ANOS OU QUE AFIRMARAM JÁ TER TIDO RELAÇÕES SEXUAIS)

Para avaliar o comportamento sexual seguro (uso habitual de preservativo nas relações sexuais), avaliaram-se as atitudes, normas e intenções dos jovens relativamente à adoção desse comportamento. Observou-se uma média de 16,2, num máximo de 20 pontos, pelo que os inquiridos demonstraram atitudes, normas e intenções positivas face ao uso habitual do preservativo. Não se observaram diferenças estatisticamente significativas entre géneros.

50 A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

Atitudes, normas e intenções face ao uso habitual do preservativo (N=159)

Máx.

20

Mín.

4

D.P.

D.P.

3,77

3,80

3,86

Média

Média

16,31

16,19

16,05

Comparação entre géneros

Rapazes

Raparigas

(N=83)

(N=76)

Atitudes, normas e intenções face ao uso do preservativo (159)

(+-) Nem bomnem mau

(+-) Nem verdadenem falso

(+-) Nem provávelnem improvável

(+) Bom

(+) Verdade

(+) Bastante provável

(-) Mau

(-) Falso

(-) Pouco provável

(+-)

(+-)

(+-)

(+-)

(+)

(+)

(+)

(+)

(-)

(-)

(-)

(-)

10,7%

17,0%

8,9%

12,6%

70,5%

66,0%

78,6%

66,6%

18,9%

17,0%

12,6%

20,8%

O (A) meu (minha) parceiro(a) e eu utilizarmos preservativos durante as relações sexuais seria...

Os meus amigos pensam que eu e o(a) meu (minha) parceiro(a) deveríamos utilizar sempre preservativos durante as relações sexuais

Os meus pais pensam que eu e o (a) meu (minha) parceiro(a) devíamos utilizar sempre preservativos durante as relações sexuais

Se tiver relações sexuais, tenciono que eu e o(a) meu (minha) parceiro(a) utilizemos sempre preservativos

p

.667

t

.430

Resultados por item:

ATITUDES FACE À VIVÊNCIA DA SEXUALIDADE (AMOSTRA TOTAL)Relativamente às atitudes face à vivência da sexualidade, os jovens apresentam uma média global de 65,8, numa escala que varia entre os 19 e os 95, demonstrando assim uma atitude moderada. Esta escala é constituída por quatro subescalas: permissividade, práticas sexuais, comunhão e instrumentalidade (distribuídas em cinco, quatro, cinco e cinco itens, respetivamente). Avaliadas as atitudes face à vivência da sexualidade dos jovens no geral, em nenhum dos quatro domínios apresentam atitudes maioritariamente de extremo (nem muito favoráveis nem muito desfavoráveis), à exceção do das práticas sexuais – que neste caso demonstra grande responsabilidade contracetiva. Em termos de permissividade, i.e. atitudes face ao sexo ocasional ou sem compromisso, os resultados sugerem que estes jovens não têm frequentemente atitudes de extremo (manifestando ainda alguma dificuldade em ter opinião ou posicionando-se em níveis intermédios). Em relação aos itens que se referem à comunhão sexual, i.e. atitudes relativas ao sexo como experiência sublime de intimidade física e psicológica, os respondentes demonstram atribuir-lhe importância, considerando-se deste modo que associam os aspetos relacionais aos comportamentos sexuais. E em termos de instrumentalidade, i.e. atitudes face ao sexo enquanto atividade destinada essencialmente à obtenção de prazer físico, os participantes não parecem ter ainda uma opinião formada ou posicionam-se em níveis intermédios. Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre géneros.

51

Máx.

95

Mín.

19

D.P.

D.P.

14,64

13,55

12,22

Média

Média

66,96

65,81

64,57

Comparação entre géneros

Amostra total

Rapazes

Raparigas

(N=165)

(N=154)

Atitudes face à vivência da sexualidade (N=319)

(-)

(-)

(+-)

(+-)

(+)

(+)

(++)

(++)

(--)

(--)

12,5%

10%

24,1%

30,1%

32,0%

28,8%

24,8%

13,2%

6,6%

17,9%

É possível ter relações sexuais sem estar comprometido com a pessoa.

O ato sexual ocasional é aceitável.

Atitudes face à vivência da sexualidade (N=319)

Discordo(-)Discordo completamente

(--) Não concordo nem discordo

(+-) Concordo(+) Concordo completamente

(++)

p

.114

t

1,585

Resultados por item:

04 ATITUDES, NORMAS E INTENÇÕES

52

(-)

(-)

(-)

(-)

(-)

(-)

(+-)

(+-)

(+-)

(+-)

(+-)

(+-)

(+)

(+)

(+)

(+)

(+)

(+)

(++)

(++)

(++)

(++)

(++)

(++)

(--)

(--)

(--)

(--)

(--)

(--)

11,3%

14,1%

16,9%

5,6%

5,3%

4,7%

25,7%

12,5%

11,6%

11,6%

27,9%

17,2%

16,9%

26,0%

25,4%

15,4%

10,7%

11,0%

12,2%

20,4%

17,6%

2,5%

5,0%

3,8%

Relações de uma só noite são, por vezes, muito agradáveis.

É possível gozar as relações sexuais sem gostar muito da pessoa.

O sexo pelo sexo é perfeitamente correto.

A contraceção faz parte de uma sexualidade responsável.

A mulher deve partilhar responsabilidade na contraceção.

O homem deve partilhar responsabilidade na contraceção.

Atitudes face à vivência da sexualidade (N=319)

Discordo(-)Discordo completamente

(--) Não concordo nem discordo

(+-) Concordo(+) Concordo completamente

(++)

33,2%

37,3%

29,2%

62,4%

52,0%

54,5%

A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

53

(-)

(-)

(-)

(-)

(-)

(-)

(+-)

(+-)

(+-)

(+-)

(+-)

(+-)

(+)

(+)

(+)

(+)

(+)

(+)

(++)

(++)

(++)

(++)

(++)

(++)

(--)

(--)

(--)

(--)

(--)

(--)

4,7%

8,2%

6,0%

6,9%

4,4%

6,0%

9,4%

16,0%

29,2%

21,6%

24,5%

18,5%

32,9%

27,9%

16,6%

21,9%

30,1%

23,2%

2,2%

4,7%

8,5%

7,2%

5,3%

5,3%

A educação sexual é importante para os jovens.

Um encontro sexual entre duas pessoas profundamente apaixonadas é a interação humana mais sublime.

O orgasmo é a melhor experiência do mundo.

No seu melhor, o sexo parece ser a fusão de duas almas.

O sexo é uma parte muito importante da vida.

O sexo é geralmente uma experiência intensa, quase extasiante.

Atitudes face à vivência da sexualidade (N=319)

Discordo(-)Discordo completamente

(--) Não concordo nem discordo

(+-) Concordo(+) Concordo completamente

(++)

41,1%

34,8%

38,6%

41,1%

65,2%

38,2%

04 ATITUDES, NORMAS E INTENÇÕES

54

(-)

(-)

(-)

(-)

(-)

(+-)

(+-)

(+-)

(+-)

(+-)

(+)

(+)

(+)

(+)

(+)

(++)

(++)

(++)

(++)

(++)

(--)

(--)

(--)

(--)

(--)

9,4%

8,2%

22,3%

16,9%

18,8%

26,6%

30,1%

11,3%

18,8%

14,7%

17,6%

15,0%

6,6%

10,0%

8,8%

18,2%

14,4%

29,2%

24,1%

24,8%

O sexo é melhor quando oindivíduo se deixa levar e se concentra no seu próprio prazer.

O sexo é fundamentalmente extrair prazer da interação com outra pessoa.

O prazer individual é o objetivo principal do sexo.

O sexo é basicamente físico.

As relações sexuais são primeiramente uma função corporal,tal como comer.

Atitudes face à vivência da sexualidade (N=319)

Discordo(-)Discordo completamente

(--) Não concordo nem discordo

(+-) Concordo(+) Concordo completamente

(++)

32,3%

30,7%

30,1%

32,9%

28,2%

A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

ATITUDES FACE AOS PORTADORES DE VIH/SIDA (AMOSTRA TOTAL)

Quanto às atitudes face aos portadores de VIH/SIDA, os jovens obtiveram uma média de 12,9 pontos numa escala que varia entre 5 e 15, pelo que revelaram uma atitude bastante tolerante. As raparigas apresentaram uma atitude mais tolerante do que os rapazes.

55

Atitudes face aos portadores de VIH/SIDA (N=319)

Máx.

15

Mín.

7

D.P.

D.P.

2,36

2,24

2,03

Média

Média

12,48

12,92

13,38

Comparação entre géneros

Amostra total

Rapazes

Raparigas

(N=165)

(N=154)

***p≤.001

Atitudes face aos portadores de VIH/SIDA (319)

(+-) Não tenho a certeza(+) Concordo (-) Discordo

(+-)

(+-)

(+-)

(+-)

(+-)

(-)

(-)

(-)

(-)

(-)

(+)

(+)

(+)

(+)

(+)

7,2%

60,5%

64,9%

76,2%

15,1%

80,3%

18,2%

14,4%

7,5%

72,1%

12,5%

21,3%

20,7%

16,3%

12,9%

Deixaria de ser amigo de uma pessoa infetada com VIH/SIDA

Deve ser permitido aos jovens infetados frequentar a escola

Era capaz de assistir uma aula ao lado de um colega infetado com o VIH/SIDA

Visitaria um amigo(a) infetado com o VIH/SIDA

As pessoas infetadas deveriam viver à parte do resto da população

HBSC 2010: 2,08 15713,35

p

.000***

t

-3,631

Resultados por item:

04 ATITUDES, NORMAS E INTENÇÕES

56 A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

05COMPETÊNCIAS

59 COMPETÊNCIAS COMUNICACIONAIS RELACIONADAS COM PREVENÇÃO

05COMPETÊNCIAS

COMPETÊNCIAS COMUNICACIONAIS RELACIONADAS COM PREVENÇÃO… (AMOSTRA TOTAL)

COMO TE SENTIRIAS NAS SEGUINTES SITUAÇÕES

Questionou-se os jovens acerca das suas competências comunicacionais relacionadas com prevenção. Em termos de escala total, obtiveram uma média de 11,2 numa escala que varia entre 4 e 12 pontos, demonstrando um nível de competência alta. As raparigas demonstraram um nível mais alto de competências comunicacionais relacionadas com prevenção. No geral, mais de metade dos jovens afirma que se sentiria à vontade para conversar com o par sobre o uso do preservativo e a convencer o par a usar preservativo, que se sentiria à vontade para recusar ter relações sem preservativo, se o par não quiser usar, assim como para recusar ter relações sexuais se não quiserem. Os rapazes mais frequentemente afirmam não saber como se sentiriam ou sentirem-se pouco à vontade e as raparigas mais frequentemente afirmam sentirem-se à vontade.

05 COMPETÊNCIAS 59

Competências de prevenção (N=316)

Comparação entre géneros

Amostra total

Rapazes

Raparigas

(N=124)

(N=131)

Máx.

12

Mín.

4

D.P.

D.P.

1,88

1,69

1,69

Média

Média

10,96

11,18

11,38

*p≤.050

Conversar com o teu parceiro(a) sexual sobre o uso do preservativo (N=316)

Respostas à questão

11,7%

6,0%

6,3%

76,0%

Não sei

Não me sinto capaz

Sinto-me pouco capaz

Sinto-me capaz

13,0%

5,6%

4,9%

76,5%

10,4%

6,5%

7,8%

75,3%

(N=37)

(N=19)

(N=20)

(N=240)

Rapazes Raparigas

Comparação entre géneros

HBSC 2010: 2,3610,41

p

.048*

t

-1,989

4 12

Resultados por item:

60 A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

Convencer um(a) parceiro(a) sexual a usar preservativo (N=316)

Respostas à questão

9,8%

4,7%

8,9%

76,6%

Não sei

Não me sinto capaz

Sinto-me pouco capaz

Sinto-me capaz

13,0%

6,2%

8,0%

72,8%

6,5%

3,2%

9,7%

80,5%

Recusar ter relações sexuais sem usar preservativo, se o(a) parceiro(a) não quisesse usar (N=316)

Respostas à questão

13,9%

9,2%

8,9%

68,1%

Não sei

Não me sinto capaz

Sinto-me pouco capaz

Sinto-me capaz

17,3%

11,1%

13,0%

58,6%

10,4%

7,1%

4,5%

77,9%

Recusares-te a ter relações sexuais se não quiseres (N=316)

Respostas à questão

12,3%

5,1%

5,7%

76,9%

Não sei

Não me sinto capaz

Sinto-me pouco capaz

Sinto-me capaz

17,9%

6,8%

8,6%

66,7%

6,5%

3,2%

2,6%

87,7%

(N=31)

(N=44)

(N=39)

(N=15)

(N=29)

(N=16)

(N=28)

(N=28)

(N=18)

(N=242)

(N=215)

(N=243)

Rapazes Raparigas

Comparação entre géneros

Rapazes Raparigas

Rapazes Raparigas

(a) (χ²=14,676; gl=3, p≤.010). n=316

(a) (χ²=19,872; gl=3, p≤.001). n=316

(a)Comparação entre géneros

(a)Comparação entre géneros

06EDUCAÇÃO SEXUAL

63 EDUCAÇÃO SEXUAL

06EDUCAÇÃO SEXUAL

63

63

64

64

65

66

66

CAPACIDADE DOS PROFESSORES PARA ABORDAR EDUCAÇÃO SEXUAL

EDUCAÇÃO SEXUAL NAS AULAS

CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA EM TERMOS DE EDUCAÇÃO SEXUAL

GRAU DE ESCLARECIMENTO ACERCA DOS TEMAS DE EDUCAÇÃO SEXUAL ABORDADOS NA ESCOLA

GRAU DE CONHECIMENTO RELATIVAMENTE ÀS QUESTÕES RELACIONADAS COM A SEXUALIDADE

GRAU DE CONFORTO A FALAR DE TEMAS DE EDUCAÇÃO SEXUAL

FONTES DE INFORMAÇÃO/APRENDIZAGEM

EDUCAÇÃO SEXUAL

EDUCAÇÃO SEXUAL NAS AULAS (AMOSTRA TOTAL)

CAPACIDADE DOS PROFESSORES PARA ABORDAR EDUCAÇÃO SEXUAL (AMOSTRA TOTAL)

Mais de metade dos adolescentes afirma que nos últimos anos os professores abordaram Educação Sexual nas aulas.

Quase dois terços dos adolescentes afirmam que a Educação Sexual foi abordada nas áreas não disciplinares de Formação Cívica/Área de Projeto/Estudo Acompanhado.

A maioria dos alunos avalia positivamente a capacidade dos professores para abordar o tema da sexualidade.

63

Nos últimos anos, os professores abordaram Educação sexual nas aulas (N=376)

Não 42,8%Sim 57,2%

72,1% 27,9%

Dados HBSC 20100,00%

Se sim, em que disciplinas … (resposta não exclusiva; N=215)

Formação Cívica/ Área de Projeto/ Estudo Acompanhado

Ciências Naturais/Biologia

Ações/Conferências por agentes externos à escola (por ex. Centro de Saúde)

Outras disciplinas (por ex. História, Educação Física, Inglês...)

Outros: através da psicóloga

(N=129)

(N=101)

(N=75)

(N=47)

(N=4)

60,0%

47,0%

34,9%

21,9%

2,0%

63,1%

70,9%

25,3 %

Dados HBSC0,00%

Dados HBSC 20100,00%

Perceção da capacidade dos professores para abordar o tema da sexualidade? (N=376)

Muito aptos

Aptos

Razoavelmente aptos

Pouco aptos

Nada aptos

13,6%

34,0%

26,9%

21,0%

4,5%

(N=51)

(N=128)

(N=101)

(N=79)

(N=17)

06 EDUCAÇÃO SEXUAL

CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA EM TERMOS DE EDUCAÇÃO SEXUAL (AMOSTRA TOTAL)

GRAU DE ESCLARECIMENTO ACERCA DOS TEMAS DE EDUCAÇÃO SEXUAL ABORDADOS NA ESCOLA (AMOSTRA TOTAL)

Relativamente à contribuição da escola, a avaliação dos alunos é abaixo da média (50%) apesar de, quando agrupadas em níveis, o nível com mais respostas ter sido o “razoavelmente”.

Mais de metade dos adolescentes questionados afirma que ficou razoavelmente esclarecido relativamente aos temas de Educação Sexual abordados na escola. Agrupadas as respostas em níveis, mais frequentemente referem estar muito esclarecidos.

64

Em que medida a escola contribuiu em termos de educação sexual (N=361)

Relativamente aos temas de Educação sexual abordados, ficaste esclarecido: (N=360)

Máx.

Máx.

100

100

Mín.

Mín.

0

0

D.P.

D.P.

29,59

33,32

Média

Média

46,84

59,03

Amostra total

Amostra total

respostas agrupadas em níveis

respostas agrupadas em níveis

Muito (80-100%)

Muito (80-100%)

Bastante (65-79%)

Bastante (65-79%)

Razoavelmente (50-64%)

Razoavelmente (50-64%)

Pouco (21-49%)

Pouco (21-49%)

Muito pouco /Nada (0-20%)

Muito pouco /Nada (0-20%) (N=71)

(N=48)

(N=73)

(N=43)

(N=125)

(N=51) 14,1%

34,7%

14,1%

13,3%

29,1%

20,3%

18,0%

11,9%

24,7%

19,8%

26,2%

52,3%

15,7%

2,8%

3,0%

Dados HBSC 20100,00%

(N=51)

(N=105)

(N=65)

(N=89)

A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

GRAU DE CONHECIMENTO RELATIVAMENTE ÀS QUESTÕES RELACIONADAS COM A SEXUALIDADE (AMOSTRA TOTAL)A maioria dos jovens afirma sentir-se devidamente informado nas questões da sexualidade. Os que não se sentem devidamente informados gostariam de saber mais, particularmente sobre contraceção e sexo seguro, ISTs e segurança pessoal.

65

Se respondeste não, indica quais os temas/assuntos que desejarias ver esclarecidos (resposta não exclusiva; N=54)

Contraceção e sexo seguro

Comunicação acerca do relacionamento amoroso

Infeções sexualmente transmissíveis

Masturbação

Segurança pessoal

Gravidez e parentalidade (ser pai e mãe) na adolescência

Sonhos molhados

Prazer e orgasmo

Imagem corporal

Homossexualidade

Atração, amor e intimidade

Reprodução e Nascimento

Puberdade

(N=15)

(N=8)

(N=3)

(N=26)

(N=13)

(N=24)

(N=13)

(N=7)

(N=16)

(N=11)

(N=7)

(N=26)

(N=14)

48,1%

25,9%

48,1%

24,1%

44,4%

24,1%

13,0%

29,6%

20,4%

13,0%

27,8%

14,8%

5,6%

Sentes-te devidamente informado(a) nas questões de sexualidade? (N=376)

Não 14,4%Sim 85,6%

06 EDUCAÇÃO SEXUAL

GRAU DE CONFORTO A FALAR DE TEMAS DE EDUCAÇÃO SEXUAL (AMOSTRA TOTAL)

FONTES DE INFORMAÇÃO/APRENDIZAGEM (AMOSTRA TOTAL)

A maioria refere sentir-se muito à vontade para falar de temas de educação sexual com os amigos e os colegas. Os rapazes mais frequentemente estão muito à vontade para falar com os colegas.

Questionados acerca das fontes que preferem para saber mais sobre sexualidade e VIH/SIDA escolhem o folheto, a internet, o(a) namorado(a), um programa de tv, entre outros.

Pouco à vontadeMuito à vontade

66 A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

...Amigos

...Pais

...Colegas

...Professores

Como te sentes a falar de educação sexual com os teus... (N=316)

Respostas à questão

Rapazes

Rapazes

Rapazes

Rapazes

Raparigas

Raparigas

Raparigas

Raparigas

Comparação entre géneros

(Muito à vontade) (N=257) 81,4% 82,7% 79,9%

(Muito à vontade) (N=124) 39,2% 43,2% 35,1%

(Muito à vontade) (N=202) 64,0% 71,6% 55,8%

(Muito à vontade) (N=111) 35,1% 39,5% 30,5%

(Pouco à vontade) (N=59) 18,7% 17,3% 20,1%

(Pouco à vontade) (N=192) 60,7% 56,8% 64,9%

(Pouco à vontade) (N=114) 36,1% 28,4% 44,2%

(Pouco à vontade) (N=205) 64,8% 60,5% 69,5%

Se estivesses preocupado ou quisesses saber mais sobre sexualidade e VIH/SIDA ou outras infeções sexualmente transmissíveis: (N=309)

76,4%

18,8%

4,9%

TalvezSim Não

(Não)

(Talvez)

(Sim)Lias um folheto

61,5%

42,0%

86,9%

30,0%

Dados HBSC 20100,00%

(a) (χ²=8,504; gl=1, p≤.010). n=316

(a)

6706 EDUCAÇÃO SEXUAL

72,5%

16,2%

11,3%

TalvezSim Não

(Não)

(Talvez)

(Sim)

Vias na internet

70,6%

19,7%

9,7%(Não)

(Talvez)

(Sim)

Falavas com o(a) teu (tua) namorado(a)

69,6%

19,4%

11,0%(Não)

(Talvez)

(Sim)

Vias um programa de TV

63,8%

23,6%

12,6%(Não)

(Talvez)

(Sim)Ias a uma consulta no centro de saúde/médico de família ou atendimento a jovens

53,1%

26,2%

20,7%(Não)

(Talvez)

(Sim)

Procuravas em livros e revistas

43,4%

31,1%

25,6%(Não)

(Talvez)

(Sim)

Falavas com um dos teus pais

29,8%

29,1%

41,1%(Não)

(Talvez)

(Sim)

Falavas com um(a) professor(a)

68 A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

07OUTROS COMPORTAMENTOSDE RISCO

71 OUTROS COMPORTAMENTOS DE RISCO

07OUTROS COMPORTAMENTOS DE RISCO

71

73

FAZER MAL A SI PRÓPRIO DE PROPÓSITO

COMPORTAMENTOS DE RISCO NOS ÚLTIMOS 30 DIAS

OUTROS COMPORTAMENTOS DE RISCO

FAZER MAL A SI PRÓPRIO DE PROPÓSITO (AMOSTRA TOTAL)

A grande maioria dos jovens refere não se ter magoado a si próprio nos últimos doze meses. No entanto, quase um quinto já o fez pelo menos uma vez. Relativamente aos sentimentos que associam a esta ação, destacam “zangado(a)”, “farto(a)” e “triste”. Refira-se que os jovens podiam escolher tantos quantos associassem à ação. Dos que referem já se ter magoado, quase metade afirma que se cortou e a grande maioria refere que o fez nos braços. Não se constataram diferenças estatisticamente significativas entre géneros.

71

Durante os últimos 12 meses, quantas vezes te magoaste a ti próprio(a) de propósito? (N=306)

Quando te magoaste de propósito, estavas (jovens que dizem ter-se magoado): (resposta não exclusiva; N=55)

Respostas à questão

Respostas à questão

82,0%

63,6%

18,0%

8,5%

60,0%

2,3%

58,2%

1,6%

47,3%

5,6%

7,3%

7,3%

Não me magoei

Zangado(a)

Magoei-me...

a)...Uma vez

“Farto(a)”

b)...Duas vezes

Triste

c)...Três vezes

Nervoso(a) / inquieto(a)

d)...Quatro vezes ou mais

Porque é hábito entre os meus amigos

Outra razão: não sei

Rapazes

Rapazes

83,9%

16,1%

56,0%

9,7%

56,0%

1,9%

44,0%

0,6%

32,0%

3,9%

8,0%

12,0%

Raparigas

Raparigas

80,1%

19,8%

70,0%

7,3%

63,3%

2,6%

70,0%

2,6%

60,0%

7,3%

6,7%

3,3%

Comparação entre géneros

Comparação entre géneros

(N=251)

(N=35)

(N=55)

(N=26)

(N=33)

(N=7)

(N=32)

(N=5)

(N=26)

(N=17)

(N=4)

(N=4)

3,2%

85,6%

Dados HBSC 20100,00%

HBSC 2010: Uma a três vezes- 11%

07 OUTROS COMPORTAMENTOS DE RISCO

72 A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

Quando te magoaste de propósito, como o fizeste (jovens que dizem ter-se magoado): (resposta não exclusiva; N=55)

Em que parte do corpo te magoaste? (jovens que dizem ter-se magoado): (resposta não exclusiva; N=55)

Respostas à questão

Respostas à questão

49,1%

70,9%

18,0%

3,6%

30,9%

34,5%

3,6%

1,8%

16,4%

23,6%

1,8%

1,8%

10,9%

7,3%

1,8%

Corte(s)

Braços

Soco(s) e pontapé(s)

Cara

Apertão (apertões)

Pernas

Arranhão (arranhões)

Cabeça

Queimadura(s)

Barriga

Dentada(s)

Coração

Picada(s)

Outra:

Outro local:

Mãos

Afastar as pessoas

Rapazes

Rapazes

52,0%

64,0%

24,0%

3,3%

24,0%

32,0%

0%

0%

20,0%

16,0%

0%

0%

12,0%

16,0%

0%

Raparigas

Raparigas

46,7%

76,7%

16,0%

3,3%

36,7%

33,3%

8,0%

3,3%

13,3%

30,0%

3,3%

3,3%

10,0%

0%

3,3%

Comparação entre géneros

Comparação entre géneros

(N=27)

(N=39)

(N=10)

(N=2)

(N=17)

(N=19)

(N=2)

(N=1)

(N=9)

(N=13)

(N=1)

(N=1)

(N=6)

(N=4)

(N=1)

COMPORTAMENTOS DE RISCO NOS ÚLTIMOS 30 DIAS (AMOSTRA TOTAL)A maior parte dos jovens refere nunca ter fumado, ficado embriagado, consumido drogas ou ter-se envolvido em lutas nos últimos 30 dias. No entanto, apenas cerca de um terço refere nunca ter consumido álcool. Os rapazes mais frequentemente fumaram cigarros muitas vezes. Não se constataram diferenças estatisticamente significativas entre os géneros para os outros comportamentos.

(1)

(1)

(1)

(1)

(1)

(1+)

(1+)

(1+)

(1+)

(1+)

(∞)

(∞)

(∞)

(∞)

(∞)

(N)

(N)

(N)

(N)

(N)

7307 OUTROS COMPORTAMENTOS DE RISCO

(N=296)

(N=345)

(N=263)

(N=150)

(N=209)

(N=46)

(N=17)

(N=67)

(N=76)

(N=39)

(N=34)

(N=17)

(N=52)

(N=139)

(N=55)

(N=18)

(N=15)

(N=12)

(N=29)

(N=91)

53,0%

38,1%

66,8%

87,6%

75,1%

14,0%

35,3%

13,2%

4,3%

8,6%

23,1%

7,4%

3,0%

3,8%

4,6%

9,9%

19,3%

17,0%

4,3%

11,7%

Fumaste cigarros

Bebeste álcool

Ficaste embriagado

Consumiste drogas ilegais

Estiveste envolvido em lutas

Quantas vezes nos últimos 30 dias (N=394)

Respostas à questão

Rapazes Raparigas

Comparação entre géneros

8,6% 11,4%

11,4% 16,8%

28,1% 17,4%

51,9% 54,3%

Rapazes Raparigas

16,2% 22,8%

36,7% 33,7%

9,0% 5,4%

38,1% 38,0%

Rapazes Raparigas

12,4% 10,9%

11,9% 4,9%

5,2% 3,8%

70,5% 80,4%

Rapazes Raparigas

4,8% 3,8%

5,2% 3,3%

3,8% 3,8%

86,2% 89,1%

Rapazes Raparigas

15,2% 19,0%

16,2% 9,8%

3,8% 2,2%

64,8% 69,0%

Uma vez(1)Nunca(N) Algumas vezes(1+) Muitas vezes(∞)

76,8%*

90,0%

86,2%

45,9%

76,1%

Dados HBSC 20100,00%

(a) (χ²=7,839; gl=3, p≤.050). n=394

(a)

* Nota: Valor referente a "último ano"

74 A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

08CONCLUSÃO

77 CONCLUSÃO

08CONCLUSÃO

77

77

78

78

78

79

COMPORTAMENTOS SEXUAIS

CONHECIMENTOS / ATITUDES /COMPETÊNCIAS

EDUCAÇÃO SEXUAL

OUTROS COMPORTAMENTOS DE RISCO

DIFERENÇAS ENTRE GÉNEROS

COMPARAÇÃO DA AMOSTRA OSYS COM A AMOSTRA HBSC

CONCLUSÃO

Comportamentos sexuais:

Conhecimentos / Atitudes /Competências:

A amostra é constituída por 396 jovens (53,5% rapazes) dos 13 aos 21 anos, com uma média de 16,8 anos. São maioritariamente de nacionalidade portuguesa e consideram ter um nível financeiro médio. No geral, os pais parecem estar informados acerca dos seus amigos, como gastam o dinheiro, onde vão depois das aulas, onde saem à noite, o que fazem no tempo livre e o estado do aproveitamento escolar dos filhos. Quase todos consideram ter uma capacidade académica pelo menos satisfatória (94,7%) e mais de três quartos perceciona-se como feliz.

Aproximadamente metade dos jovens inquiridos afirma já ter tido relações sexuais (52,9%).

Destes, a primeira relação sexual aconteceu a partir dos 14 anos (M=15,7), com o(a) namorado(a) (75,5% rapazes e 83,9% raparigas), com recurso a método contracetivo (84,7%), maioritariamente o preservativo (79,4%) e sem se sentirem pressionados (85,2%). Os dois preocuparam-se em evitar a gravidez (91%) e conversaram sobre o modo de a evitar (52,9%). Quase metade também conversou com o parceiro sobre a prevenção das ISTs (47,1%). Depois da primeira relação sexual, a maioria continuou a manter o relacionamento que entretanto terminou (52,9%) e cerca de um terço continuava à data da recolha do estudo (28%). Dos jovens que afirmaram ter continuado a manter um relacionamento com o(a) parceiro(a) da primeira relação sexual, quase metade já estava nessa relação há mais de um ano (47,1%).

Quase metade da amostra refere ter atualmente um relacionamento amoroso (44,1%) com um(a) parceiro(a,) por quem está apaixonado(a) (71,2%) e cerca de um terço refere estar com esse(a) parceiro(a) há mais de um ano (37,9%). A maioria afirma que esse relacionamento inclui relações sexuais (87%) mas apenas cerca de metade refere usar sempre o preservativo (48%) e um outro método contracetivo em simultâneo (51%).

A maioria dos jovens que refere já ter tido relações sexuais afirma ter utilizado método contracetivo na última relação sexual (81,7%), sendo o preservativo o método mais eleito (62,4%) apesar de se observar o aumento do uso da pílula contracetiva (39,2% na última Vs. 27,5% na primeira).

A maioria refere nunca ter tido relações sexuais com pessoas do mesmo sexo (89,8%).

A maioria teve menos de quatro parceiros sexuais ao longo da vida (69,9%), não teve relações sexuais associadas ao consumo de álcool (84,4%) ou de drogas (94,4%), nunca engravidou (93,3%) e nunca teve relações sexuais com outra pessoa para além do parceiro(a) durante o relacionamento (82,2%). A maioria nunca fez teste de VIH/ SIDA (75,9%).

No geral, demonstraram um nível de conhecimentos insatisfatório face à pílula contracetiva (M=2,8; com resultados possíveis entre 0-6) e à pílula do dia seguinte (M=0,58; 0-2) mas razoável face às ISTs (M=10,43; 0-14) e aos modos de transmissão do VIH/SIDA (M=6,23; 0- 9). Em termos de atitudes, não têm ainda uma atitude muito positiva face ao preservativo (M=6,10; 4-12) apesar de demonstrarem atitudes, normas e intenções positivas face ao uso habitual do mesmo (M=16,19; 4-20). Têm atitudes moderadas face à vivência da sexualidade (M=65,8; 19-95) e uma atitude de tolerância face aos portadores de VIH/SIDA (M=12,92; 7-15). Os resultados sugerem um nível de competências de prevenção alto (M=11,18; 4-12). No entanto, cerca de um quarto dos jovens não se sente suficientemente capaz a conversar com o parceiro sexual sobre o uso do preservativo, a convencer o parceiro a usar preservativo e a recusar ter relações sexuais se não quiser e cerca de um terço não se sente suficientemente capaz a recusar ter relações sexuais sem preservativo, se o parceiro não quiser usar.

7708 CONCLUSÃO

Educação sexual:

Outros comportamentos de risco:

Diferenças entre géneros:

Mais de metade dos jovens avalia positivamente a capacidade dos professores para abordar temas de educação sexual (60,9%) e afirma que nos últimos anos os professores abordaram ES nas aulas (57,2%). Mais de metade (60%) refere as aulas das Áreas Curriculares Não Disciplinares e quase metade (47%) as de Ciências Naturais e Biologia. Avaliam a contribuição da escola negativamente (46,8%) apesar de que quando as respostas estão agrupadas por níveis de satisfação, o nível com mais respostas ser o “razoavelmente”. Quanto ao grau de esclarecimento com os temas abordados na escola, avaliam este positivamente (M=59) e o nível de respostas mais frequente é “muito esclarecido”. Em termos gerais, consideram-se devidamente informados nas questões da sexualidade (85,6%). Dos que não estão, gostariam de saber mais, particularmente sobre contraceção e sexo seguro, ISTs e segurança pessoal. A maioria refere estar à vontade para falar de temas de ES com os pares (amigos – 81,4% e colegas – 64%) e quando têm que recorrer a fontes de informação para tirar dúvidas preferem os folhetos (76,4%), a internet (72,5%), o namorado(a) (70,6%) e programas de TV (69,6%) do que recorrer aos pais (43,4%) e aos professores (29,8%).

A grande maioria dos jovens refere não se ter magoado de propósito a si próprio nos últimos doze meses (82%). No entanto, quase um quinto já o fez pelo menos uma vez. Relativamente aos sentimentos que associam a esta ação, destacam “zangado(a)” (63,6%), “farto(a)” (60%) e “triste” (58,2%). Dos que referem já se ter magoado, quase metade afirma que se cortou (49,1%) e a grande maioria refere que o fez nos braços (70,9%).

A maior parte dos jovens refere nunca ter fumado, ficado embriagado, consumido drogas ou ter-se envolvido em lutas nos últimos 30 dias. No entanto, apenas cerca de um terço refere nunca ter consumido álcool.

Os rapazes mais frequentemente tiveram a primeira relação sexual mais cedo (entre os 12 e os 13 anos). Dos que atualmente têm um relacionamento, eles mais frequentemente afirmam que incluiu relações sexuais 24 horas ou menos, ou entre 1 dia e 1 semana depois de terem iniciado o relacionamento; no entanto, também são eles que dizem mais frequentemente que demorou mais de um ano e que usam sempre o preservativo. Tiveram mais frequentemente relações sexuais com outra pessoa para além do(a) namorado(a), relações sexuais associadas ao consumo de álcool ou drogas e mais parceiros sexuais ao longo da vida (mais de dez) ou referem não saber o número ou não se lembrar.

Os rapazes mais frequentemente fumaram cigarros muitas vezes.

As raparigas mais frequentemente tiveram até três parceiros sexuais ao longo da vida e fizeram teste de despistagem de VIH/SIDA, quando já tinham tido relações sexuais. Elas têm mais conhecimentos não só face à pílula contracetiva e à pílula do dia seguinte (como é natural dada a utilização destas ainda ser exclusivamente feminina) mas também em relação às ISTs e aos modos de transmissão do VIH/SIDA. Também têm uma atitude mais tolerante em relação aos portadores de VIH/SIDA e mais competências preventivas.

78 A Sexualidade dos Jovens Portugueses - Dados de 2011

No geral, a maioria dos jovens inquiridos precisa melhorar os seus conhecimentos e atitudes para consolidar as competências, uma vez que todos os domínios são responsáveis pelos comportamentos preventivos.

Estes resultados apontam para a maior propensão ao risco nos rapazes e a perpetuação ainda do duplo padrão associado às questões da intimidade.

COMPARAÇÃO DA AMOSTRA OSYS COM A AMOSTRA HBSC:

A amostra do estudo OSYS é composta por 396 jovens e foi recolhida nas Lojas e Pontos Já do instituto Português da Juventude nas várias zonas do país. A amostra (selecionada para comparação) do estudo HBSC é composta por 1900 jovens e foi recolhida nas escolas do ensino público nas várias zonas do país.

São duas as principais diferenças entre os grupos: a idade média dos grupos, sendo que o grupo do OSYS (M=16,8; D.P: = 2,55) é mais velho do que o do HBSC (M=15,9; D.P.= 0,8); e o grau de escolaridade, sendo que o grupo HBSC é constituído exclusivamente por alunos do ensino secundário (do 10º ano de escolaridade) enquanto o grupo do OSYS é constituído também por jovens que frequentam o ensino básico (4,6% o segundo ciclo e 42,9% o terceiro ciclo), o superior (10,8%) e por outros que não frequentam qualquer grau de ensino e ao invés ingressaram no mundo do trabalho ou estão desempregados (7,8%).

Daqui pode decorrer a justificação das diferenças mais visíveis entre estes dois grupos:

· A amostra do HBSC tem uma perceção académica média mais alta (56,86% Vs. 45% - OSYS).

· A maioria da amostra do HBSC não teve ainda relações sexuais (71%), contrariamente à do OSYS (47,1%).

· As percentagens de jovens que usam métodos contracetivos (no geral) são mais elevadas na amostra do HBSC (ex. uso do preservativo na última relação sexual: 81,8 Vs. 62,4% - OSYS).

· A média geral na escala das atitudes face ao preservativo é mais alta na amostra do HBSC (9,16 Vs. 6,10 - OSYS).

· A percentagem de jovens que afirma ter tido ES nas aulas nos últimos anos é superior na amostra do HBSC (72,1 Vs. 57,2 - OSYS).

· A prevalência nos comportamentos de risco ligados a substâncias como o tabaco e o álcool é inferior na amostra do HBSC (nunca ter consumido tabaco – 76,1 Vs. 53% OSYS; nunca ter bebido álcool – 45,9% Vs. 38,1% OSYS; nunca ter ficado embriagado – 86,2% Vs. 66,8% OSYS).

7908 CONCLUSÃO

Estes resultados parecem sugerir que os alunos que frequentam a escola têm menos comportamentos de risco, assumindo-se assim a escola (e a educação sexual) como fator protetor.

Equipa Aventura SocialFMH/UTL – Estrada da Costa, 1495-688 Cruz QuebradaTel. 214149152 ou 214149199 E-mail: [email protected] ou [email protected] www.fmh.utl.pt/aventurasocial www.hbsc.org

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