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SEXTA-FEIRA, 18 DE NOVEMBRO DE 2016 I SÉRIE — NÚMERO 4
DIÁRIO
DA
ASSEMBLEIA NACIONAL
III LEGISLATURA V SESSÃO LEGISLATIVA (2012-2017)
1.ª REUNIÃO PLENÁRIA EXTRAORDINÁRIA
PRESIDENTE: EXMO. SR. FERNANDO DA PIEDADE DIAS DOS SANTOS
PRIMEIRA VICE-PRESIDENTE: EXMA. SRA. JOANA LINA RAMOS BAPTISTA CÂNDIDO
SEGUNDO VICE – PRESIDENTE: EXMO. SR. BENTO FRANCISCO SEBASTIÃO FRANCISCO
BENTO
PRIMEIRA SECRETÁRIA DA MESA: EXMA. SRA. EMÍLIA CARLOTA SEBASTIÃO CELESTINO
DIAS
SEGUNDO SECRETÁRIO DA MESA: EXMO. SR. RAUL AUGUSTO LIMA
SUMÁRIO O Sr. Presidente declarou aberta a Reunião
às 9 horas e 43 minutos.
Foi aprovada, em votação final global, a Lei
da Dívida Pública Directa e Indirecta do
Estado. Intervieram os Deputados Lindo
Benardo Tito (CASA-CE); Silvestre Samy
(UNITA); Sérgio Santos (MPLA); André Mendes
de Carvalho (CASA-CE); Fernando Heitor
(UNITA); João Pinto (MPLA); Manuel
Fernandes (CASA-CE) e Salomão Xirimbimbi
(MPLA).
Seguiu-se a aprovação, igualmente em
votação final global da Proposta de Lei de
Imprensa. Interveio o Deputado Adalberto
Costa Júnior, da UNITA.
Foram igualmente aprovamos, em votação
final global, os seguintes diplomas:
- Proposta de Lei sobre o Exercício da
Actividade da Radiofusão;
- Proposta de Lei sobre o Exercício da
Actividade de Televisão;
- Proposta de Lei sobre o Estatuto do
Jornalista.
- Proposta Lei da Entidade Reguladora da
Comunicação Social (ERCA);
- Proposta de Lei de Protecção das Redes e
Sistemas Informáticos;
- Proposta de Lei que aprova o Regime
Jurídico das Contrapartidas.
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Discutiu-se a aprovou-se o Projecto de
Resolução sobre o Relatório de Balanço de
Execução Orçamental, Financeira e
Patrimonial do Orçamento Geral do Estado,
sobre o Relatório de Execução do II Trimestre
de 2016, para informação. Intervieram os
Deputados Maria Andrade (UNITA); Alberto
Ngalanela (UNITA); Lindo Bernardo Tito
(CASA-CE); Anita Filipe (UNITA) e Fernando
Heitor (UNITA).
Por fim, aprovou-se o Projecto de Resolução
que aprova o Plano de Trabalho das
Comissões de Trabalho Especializadas da
Assembleia Nacional. Intervieram os
Deputados Nuno Carnaval (MPLA); Gustavo
da Conceição (MPLA) e José Tingão Pedro
(MPLA).
O Sr. Presidente declarou encerrada a Reuniã
Plenária às 14 horas e 20 minutos.
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A Primeira Secretária da Mesa (Deputada Emília Carlota Dias): - Bom dia,
Sua Excelência Presidente da Assembleia Nacional, Srs. Deputados, Distintos
membros do Executivo:
Registámos um atraso de meia hora por razões técnicas. Por essa razão, a
Mesa pede desculpas aos Srs. Deputados.
Excelências, anunciamos igualmente a presença, nesta Sala, de 20 Líderes
Associativos das Instituições de Ensino Superior Públicas e Privadas,
membros da União dos Estudantes do Ensino Superior de Angola.
Com a sua permissão, comunico que estão presentes 170 Deputados, pelo
que está reunido o quórum necessário para que Vossa Excelência possa
declarar aberta a Reunião Plenária.
(Batida do martelo)
O Sr. Presidente da Assembleia Nacional (Fernando da Piedade Dias dos
Santos): - Está aberta a 1.ª Reunião Plenária Extraordinária da 5.ª Sessão
Legislativa da III Legislatura.
Eram 9 horas e 43 minutos.
Estiveram presentes os seguintes Srs. Deputados:
GRUPO PARLAMENTAR DO MPLA
1. ADÃO CRISTÓVÃO NETO
2. ADRIANO BOTELHO DE VASCONCELOS
3. AFONSO MARIA VABA
4. ÁGATA MARIA FLORINDA MBAKA RAIMUNDO
5. AGOSTINHO NDJAKA
6. ALBERTINA CHITUMBO CUVANGO LIMUETA
7. ALBERTINA CUGINGOMOCO MUXINDO
8. ALBERTINA TERESA JOSÉ
9. ALFREDO BERNER
10. ALFREDO JUNQUEIRA DALA
11. ALEXANDRE ANTÓNIO MOTA COELHO MOREIRA BASTOS
12. AMÉLIA CALUMBO QUINTA
13. AMÉRICO ANTÓNIO CUONONOCA
14. ANABELA CAIOVO GUNGA
15. ANABELA MANUEL DOS SANTOS ALBERTO
16. ANA MARAVILHA BORGES ALÉ FERNANDES
17. ANA MARIA MANUEL JOÃO TAVEIRA JOSÉ
18. ANGELINA ADOLFO MACAI
19. ANÍBAL JOÃO DA SILVA MELO
20. ANTÓNIO FELICIANO FERREIRA JÚNIOR
21. ANTÓNIO DOS SANTOS FRANÇA ―NDALU‖
22. ANTÓNIO FRANCISCO CORTEZ
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23. ANTÓNIO VITORINO
24. ARMANDO DALA
25. AURORA JUNJO CASSULE
26. BENTO JOAQUIM SEBASTIÃO FRANCISCO BENTO
27. BENTO RAIMUNDO KANDALA
28. BOAVENTURA DA SILVA CARDOSO
29. BIBIANA NANDOMBUA
30. CARLOS ALBERTO PEREIRA DOS SANTOS VAN-DÚNEM
31. CARLOS ALBERTO FERREIRA PINTO
32. CARLOS DOMINGUES BENDINHA DE ALMEIDA
33. CARLOS DA ROCHA CRUZ
34. CAROLINA CRISTINA ELIAS
35. CASSONGO JOÃO DA CRUZ
36. DESIDÉRIO DA GRAÇA MPINGE KALENGA WAPOTA
37. DIÓGENES DO ESPÍRITO SANTO OLIVEIRA
38. DOMINGOS KAJAMA
39. DOMINGOS PAULINO DEMBELE
40. DULCE GINGA
41. EDUARDA MARIA NICOLAU SILVESTRE MAGALHÃES
42. EDUARDO GOMES NELUMBA
43. EMÍLIA CARLOTA SEBASTIÃO CELESTINO DIAS
44. EMÍLIO JOSÉ HOMEM GOMES
45. ELIAS PIEDOSO CHIMUCO
46. ELISA KATA
47. ELISEU SEGUNDA
48. ELSA MARIA DA CONCEIÇÃO AMBRIZ
49. ELVIRA PEREGRINA DE JESUS VAN-DÚNEM
50. EUFRAZINA TERESA DA COSTA LOPES GOMES MAIATO
51. EULÁLIA MARIA ALVES ROCHA SILVA
52. EVA QUIBUBA CANGUDI
53. EXALGINA RENEÉ VICENTE OLAVO GAMBÔA
54. FERNANDO BARTOLOMEU CATIVA
55. FERNANDO DA PIEDADE DIAS DOS SANTOS
56. FERNANDO JOSÉ DE FRANÇA DIAS VAN-DÚNEM
57. FRANCISCA DE FÁTIMA DO ESPÍRITO SANTO CARVALHO
58. FRANCISCO BOAVENTURA C. CHITAPA
59. FRANCISCO DE CASTRO MARIA
60. FRANCISCO JOSÉ RAMOS DA CRUZ
61. FRANCISCO MAGALHÃES PAIVA “NVUNDA”
62. FLORENTINO GABRIEL SAMBUNDO
63. GARCIA VIEIRA
64. GENOVEVA DA CONCEIÇÃO LINO
65. GERDINA ULIPAMUE DIDALELWA
66. GILBERTO MANUEL PEREIRA
67. GRACIANA EUGÉNIA MANUEL PEDRO NEVES CAETANO
68. GUILHERMINA FUNDANGA MANUEL MAYER ALKAIM
69. GUSTAVO DIAS VAZ DA CONCEIÇÃO
70. HENRIQUE ANDRÉ JÚNIOR
71. IRENE ALEXANDRA DA SILVA NETO
72. ISABEL JOÃO MIGUEL SEBASTIÃO PELIGANGA
73. JESUÍNO MANUEL DA SILVA
74. JOANA DE JESUS DA CONCEIÇÃO PEDRO ANDRÉ E PEDRO
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75. JOANA LINA RAMOS BAPTISTA CÂNDIDO
76. JOANA META FERNANDES DOS SANTOS
77. JOÃO DE ALMEIDA AZEVEDO MARTINS “JÚ MARTINS”
78. JOÃO MANUEL FRANCISCO “JOÃO PINTO”
79. JOÃO MUATONGUELA
80. JOAQUIM ANTÓNIO CARLOS DOS REIS JÚNIOR
81. JOAQUIM DUARTE DA COSTA DAVID
82. JOB PEDRO CASTELO CAPAPINHA
83. JORGE INOCÊNCIO DOMBOLO
84. JOSÉ DA COSTA UAMUHANA
85. JOSÉ DIOGO VENTURA
86. JOSÉ FRANCISCO TINGÃO PEDRO
87. JOSÉ MARIA JAMBA
88. JOSÉ MÁRIO KATITI
89. JOSÉ MANGOVO TOMÉ
90. JOSÉ MIÚDO
91. JOSÉ MOISÉS CIPRIANO
92. JOSEFA JOSÉ
93. JOSEFINA PANDEINGE HAILENGUE
94. JÚLIA AGOSTINHA CELESTE
95. JULIÃO FRANCISCO TEIXEIRA
96. JULIÃO MATEUS PAULO “DINO MATROSSE”
97. KILAMBA KIUYIMA SEBASTIÃO VAN-DÚNEM
98. LARISSA CHIOLA ROSA JOSÉ
99. LEONORA MBIMBI DE MORAIS
100. LOURENÇO DIOGO CONTREIRAS NETO
101. LUÍS REIS PAULO CUANGA
102. LUÍSA PEDRO FRANCISCO DAMIÃO
103. LUZIA PEREIRA DE SOUSA INGLÊS VAN-DÚNEM “INGA”
104. MADALENA NDAFOLUMA HANOSIKE
105. MANSO JOÃO MIRANDA PASCOAL
106. MANUEL ANTÓNIO GASPAR DOMINGOS
107. MANUEL AUGUSTO FRAGATA DE MORAIS
108. MANUEL JOSÉ NUNES JÚNIOR
109. MANUEL FIGUEIRA CALUNGA
110. MARCELINA HUNA ALEXANDRE
111. MARIA BUITI MAKUALA
112. MARIA CATARINA BÉUA
113. MARIA DO ROSÁRIO AMADEU
114. MARIA IDALINA DE OLIVEIRA VALENTE
115. MARIA ISABEL CAMUÉ
116. MARIA ISABEL MALUNGA MUTUNDA
117. MARIA JOSÉ DA ENCARNAÇÃO FERNANDES
118. MARIA JOSÉ DE SOUSA GOUVEIA ALFREDO
119. MARIA JÚLIA DE CERCAL ORNELAS
120. MÁRIO ANTÓNIO QUEXIGINA LUANDANDA
121. MÁRIO SALOMÃO
122. MARIANA PAULO ANDRÉ AFONSO
123. MARTA BEATRIZ DO CARMO ISSUNGO
124. MATEUS ISABEL JÚNIOR
125. MAWETE JOÃO BAPTISTA
126. MIGUEL MARIA NZAU PUNA
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127. MONTEIRO PINTO KAPUNGA
128. MORAIS ANTÓNIO NEVES TOMÁS
129. NICOLAU SAPALO
130. NUNO DOS ANJOS CALDAS ALBINO “CARNAVAL”
131. NVUNDA BENVINDO DAS NEVES SALUCOMBO
132. ODETE DA CONCEIÇÃO DOMINGOS DOS SANTOS
133. PALMIRA DOMINGOS PASCOAL BERNARDO
134. PANZO JOAQUIM
135. PEDRO MAKITA ARMANDO JÚLIA
136. RAUL AUGUSTO LIMA
137. ROBERTO ANTÓNIO VICTOR FRANCISCO DE ALMEIDA
138. ROBERTO LEAL RAMOS MONTEIRO “NGONGO”
139. RODOLFO DA RESSUREIÇÃO BERNARDO
140. ROSA ESCÓRCIO PACAVIRA DE MATOS
141. ROSÁRIA ERNESTO DA SILVA
142. RUTH ADRIANO MENDES
143. SABINA NAPOLO
144. SALOMÃO JOSÉ LUHETO XIRIMBIMBI
145. SERAFIM DO PRADO
146. SERAFINA MIGUEL EMÍLIA PINTO
147. SÉRGIO DE SOUSA MENDES DOS SANTOS
148. SIMÃO JEREMIAS BOA CARROBA
149. SÓNIA MOISÉS NELE
150. TOMÁS SIMÃO DA SILVA
151. VALERIANO CHIMO CASSAUIÉ
152. VERÍSSIMO SAPALO
153. VICTÓRIA MANUEL DA SILVA IZATA
154. VIGÍLIO DA RESSUREIÇÃO BERNARDO ADRIANO TYOVA
155. VIRGÍLIO FERREIRA DE FONTES PEREIRA
156. WELWITSCHEA JOSÉ DOS SANTOS
157. YOLANDA BRÍGIDA DOMINGOS DE SOUSA
GRUPO PARLAMENTAR DA UNITA
1. ABÍLIO JOSÉ AUGUSTO KAMALATA NUMA
2. ADALBERTO COSTA JÚNIOR
3. ALBERTINA NAVEMBA NGOLO
4. ALBERTO FRANCISCO NGALANELA
5. ALCIDES SAKALA SIMÕES
6. ANITA RAQUEL BELA FILIPE
7. CARLOS DE OLIVEIRA FONTOURA
8. CLARISSE MATILDE MUNGA KAPUTU
9. DANIEL JOSÉ DOMINGOS “MALUKA”
10. DEMÓSTENES AMÓS CHILINGUTILA
11. ELIOTH WONGIMBA EKOLELO
12. ERNESTO JOAQUIM MULATO
13. ESTEVÃO JOSÉ PEDRO KACHIUNGO
14. EUGÉNIO ANTONINO NGOLO “MANUVAKOLA”
15. FERNANDO DOMINGOS HEITOR DA COSTA FRANCISCO
16. HELENA BONGUELA ABEL
17. JOÃO MARQUES NTIAMA
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18. JOSÉ MANUEL CHIWALE
19. LIBERTY MARLIN DIRCÉU SAMUEL CHIAKA
20. MANUEL SAVIHEMBA
21. MARIA LUÍSA DE ANDRADE
22. MÁRTIRES CORRÊA VICTOR
23. MIHAELA EZSÉBET NETO WEBBA
24. MIRALDINA OLGA MARCOS JAMBA
25. MFUCA ANTÓNIO FUACACA MUZEMBA
26. PIEDOSO CHIPINDO BONGA
27. RAÚL MANUEL DANDA
28. REGINA EDUARDO TXIPOIA
29. SILVESTRE GABRIEL SAMY
30. SOFIA PORFÍRIO KASUNGU MUSSONGUELA
31. VICTORINO NHANI
GRUPO PARLAMENTAR DA CASA-SE
1. ANDRÉ GASPAR MENDES DE CARVALHO “MIAU”
2. ANATILDE DE JESUS DE OLIVEIRA FREIRE
3. ALEXANDRE SEBASTIÃO ANDRÉ
4. CARLOS TIAGO KANDANDA
5. MANUEL FERNANDES
6. LEONEL JOSÉ GOMES
7. LINDO BERNARDO TITO
8. ODETH LUDOVINA BACA JOAQUIM
GRUPO PARLAMENTAR DO PRS
1. LEONOR ESPERANÇA GASPAR
REPRESENTAÇÃO PARLAMENTAR DA FNLA
1. FRANCISCO ALBERTO CARLOS MENDES
2. LUCAS BENGHIM NGONDA
O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, para esta Reunião Plenária temos a
seguinte proposta de Ordem do Dia:
PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA
a) Apresentação do Relatório de Actividades da Comissão Permanente
referente ao período de 16 de Agosto a 14 de Outubro de 2016;
b) Leitura dos anúncios e de expediente.
ORDEM DO DIA
I SÉRIE – NÚMERO 4
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1. Movimentação de Deputados.
2. Apreciação e Votação das Actas Sínteses referentes à 3.ª, 4.ª, 5.ª e 6.ª
Reuniões Plenárias Extraordinárias da Assembleia Nacional, realizadas
nos dias 11, 12 e 15 de Agosto e 16 de Setembro de 2016.
3. Discussão e Votação Final Global da Proposta de Lei de Alteração da Lei
sobre o Regime Jurídico da Emissão e Gestão da Dívida Pública Directa e
Indirecta do Estado.
4. Votação Final Global da Proposta de Lei de Imprensa.
5. Votação Final Global da Proposta de Lei sobre o Exercício da Actividade
de Radiodifusão.
6. Votação Final Global da Proposta de Lei sobre o Exercício da Actividade
de Televisão.
7. Votação Final Global da Proposta de Lei sobre o Estatuto do Jornalista.
8. Votação Final Global da Proposta de Lei da Entidade Reguladora da
Comunicação Social Angolana (ERCA).
9. Votação Final Global da Proposta de Lei de Protecção das Redes e
Sistemas Informáticos.
10. Votação Final Global da Proposta de Lei que aprova o Regime Jurídico
das Contrapartidas.
11. Discussão e Votação do Projecto de Resolução que aprova a Eleição de
membros para o Conselho Superior da Magistratura Judicial.
12. Discussão e Votação do Projecto de Resolução sobre o Relatório de
Balanço de Execução Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Orçamento Geral do Estado, referente ao II Trimestre de 2016, para
informação.
QUESTÕES INTERNAS
13. Discussão e Votação do Projecto de Resolução que aprova o Plano de
Trabalho das Comissões de Trabalho Especializadas da Assembleia
Nacional.
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Submeto a Ordem do Dia à vossa apreciação. Estão abertas as inscrições.
Há duas inscrições, Deputado Emílio Homem e Deputado Afonso Vaba, que
fez antes da abertura. Mantém a sua inscrição Deputado?
Então, temos apenas uma.
Tem a palavra o Deputado Emílio Homem, para uma intervenção.
O Deputado Emílio Homem (MPLA): - Sr. Presidente, eu peço a palavra para
a retirada do ponto 11 [Discussão e Votação do Projecto de Resolução que
aprova a Eleição de membros para o Conselho Superior da Magistratura
Judicial], porque ao nível das comissões competentes em razão da matéria
não se concluiu a preparação do expediente, por razões técnicas.
O Sr. Presidente: - Tenho informação que o ponto sobre a Movimentação de
Deputados também não está concluído. Será que a informação que me chegou
está errada?
O Orador: - Sr. Presidente, pelas mesmas razões, esse expediente não foi
concluído. Portanto, poder-se-á retirar, também.
O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, não há mais inscrições.
Se bem entendi, da proposta inicial, foi proposta a retirada do ponto n.º 1 da
Ordem do Dia e o ponto n.º 11, pelo que teremos que fazer o reajuste. O ponto
2 passa a ponto 1, e assim sucessivamente.
Deste modo, Srs. Deputados, a Ordem do Dia submetida à votação é a
seguinte:
PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA
a) Apresentação do Relatório de Actividades da Comissão Permanente
referente ao período de 16 de Agosto a 14 de Outubro de 2016;
b) Leitura dos anúncios e de expediente.
ORDEM DO DIA
1. Apreciação e votação das Actas Sínteses referentes à 3.ª, 4.ª, 5.ª e 6.ª
Reuniões Plenárias Extraordinárias da Assembleia Nacional, realizadas
nos dias 11, 12 e 15 de Agosto e 16 de Setembro de 2016.
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2. Discussão e Votação Final Global da Proposta de Lei de Alteração da Lei
sobre o Regime Jurídico da Emissão e Gestão da Dívida Pública Directa e
Indirecta do Estado.
3. Votação Final Global da Proposta de Lei de Imprensa.
4. Votação Final Global da Proposta de Lei sobre o Exercício da Actividade de
Radiodifusão.
5. Votação Final Global da Proposta de Lei sobre o Exercício da Actividade de
Televisão.
6. Votação Final Global da Proposta de Lei sobre o Estatuto do Jornalista.
7. Votação Final Global da Proposta de Lei da Entidade Reguladora da
Comunicação Social Angolana (ERCA).
8. Votação Final Global da Proposta de Lei de Protecção das Redes e
Sistemas Informáticos.
9. Votação Final Global da Proposta de Lei que aprova o Regime Jurídico das
Contrapartidas.
10. Discussão e Votação do Projecto de Resolução que aprova a Eleição de
Membros para o Conselho Superior da Magistratura Judicial.
11. Discussão e Votação do Projecto de Resolução sobre o Relatório de
Balanço de Execução Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Orçamento Geral do Estado, referente ao II Trimestre de 2016, para
informação.
QUESTÕES INTERNAS
12. Discussão e Votação do Projecto de Resolução que aprova o Plano de
Trabalho das Comissões de Trabalho Especializadas da Assembleia
Nacional.
Submetida à votação, a Ordem do Dia foi aprovada por unanimidade com 172
votos.
Gostaria de informar os Srs. Deputados que a grelha de tempo é a
seguinte:
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Apresentação
Proponente (Executivo): 20 minutos
Relatório/Parecer Conjunto: 10 minutos
Discussão
FNLA: 15 minutos
PRS: 15 minutos
CASA-CE: 15 minutos
UNITA: 60 minutos
MPLA: 328 minutos
Resposta
Comissão competente: 10 minutos
Proponente (Executivo): 15 minutos
Declarações Políticas
FNLA: 7 minutos
PRS: 7 minutos
CASA-CE: 10 minutos
UNITA: 20 minutos
MPLA: 50 minutos
Srs. Deputados, para evitar mal-entendidos, passaremos a abrir as inscrições
durante cinco minutos, daremos a conhecer os Deputados que se inscreveram
e encerramos as inscrições.
(Aplausos gerais)
O Sr. Presidente: - Tem a palavra a Primeira Secretária da Mesa, para a
apresentação do Relatório de Actividades da Comissão Permanente referente
ao período de 16 de Agosto a 14 de Outubro de 2016.
A Primeira Secretária: - Sr. Presidente permita-me que, em nome da Mesa
que dirige, proceda a leitura do Relatório de Actividades da Comissão
I SÉRIE – NÚMERO 4
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Permanente da Assembleia Nacional, referente ao período de 16 de Agosto a
14 de Outubro de 2016.
Nos termos da alínea g) do artigo 59.º do Regimento da Assembleia Nacional,
compete à Comissão Permanente da Assembleia Nacional submeter ao Plenário
o seu Relatório de Actividades, no início da Sessão Legislativa seguinte.
Temos a elevada honra de apresentar, de forma sintética, as actividades
realizadas pela Comissão Permanente da Assembleia Nacional, desde 16 de
Agosto a 14 de Outubro de 2016.
Do conjunto de actividades desenvolvidas, destacamos as que dizem respeito
ao exercício da competência política e legislativa, consagrada pela Constituição
da República de Angola.
Em termos de actividade legislativa, a Assembleia Nacional aprovou a Lei do
Orçamento Geral do Estado Revisto para o ano 2016 e foram publicados, em
Diário da República, nove diplomas legais, sendo de destacar o Pacote
Legislativo da Administração Local do Estado, a Lei de Bases de Educação e
Ensino, das Sociedades e Associações de Advogados, assim como a Resolução
que aprova a substituição de membros nas Comissões Provinciais e Municipais
Eleitorais, a Resolução que aprova o Relatório Anual de Actividades da
Procuradoria-Geral da República, referente ao ano de 2012 e a Resolução que
aprova o tecto da dotação Orçamental da Assembleia Nacional para o Exercício
Económico de 2017.
No período em referência, foram realizadas duas reuniões da Comissão
Permanente da Assembleia Nacional e uma Reunião Plenária Extraordinária da
Assembleia Nacional.
No que concerne à actividade de Sua Excelência o Presidente da Assembleia
Nacional, temos a realçar a participação da Assembleia Nacional na 43.ª
Sessão da Assembleia Parlamentar ACP-UE, em Bruxelas, no período de 9 a 16
de Outubro de 2016.
Sua Excelência o Presidente da Assembleia Nacional concedeu audiências às
seguintes entidades:
- Sua Excelência Abdou Karim Meckassoua, Presidente da Assembleia Nacional
da República Centro Africana;
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- Aos Provedores de Justiça da República Portuguesa e das Repúblicas de
Moçambique, de Cabo Verde, da Namíbia e do Quénia, bem como o Secretário
Geral da Associação Ombudsmen, no dia 29 de Setembro de 2016.
- Sua Excelência Francisco Pereira da Veiga, Embaixador Extraordinário e
Plenipotenciário, da República de Cabo Verde acreditado na República de
Angola;
No mesmo, período Sua Excelência a Presidente, em Exercício da Assembleia
Nacional, Deputada Joana Lina Ramos Baptista Cândido, recebeu em
audiência:
- A Delegação do Parlamento da República Centro Africana, chefiada pela Sra.
Gina Michele Sanze;
- A Delegação dos Presidentes dos Tribunais de Contas da Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa;
- Sua Excelência Frank Heinrich, Deputado e Chefe de uma Delegação de
Deputados alemães.
- A delegação da Comissão Africana dos Direitos Humanos e Povos, chefiada
pela Comissária Soyata Maiza;
No que concerne à actividade das Comissões de Trabalho Especializadas da
Assembleia Nacional, tiveram como base a elaboração dos Planos de Trabalho
para o Ano Parlamentar de 2016/2017, e participação de Deputados afectos às
mesmas em diferentes missões de serviço, bem como encontros de trabalho com
diversas entidades.
Quanto à actividade do Conselho de Administração da Assembleia Nacional,
importa destacar que a mesma se centrou na elaboração dos relatórios de
execução orçamental e contas da Assembleia Nacional referente ao Exercício
Económico de 2015 e o respectivo parecer.
Relativamente à agenda do Grupo de Mulheres Parlamentares, ela concentrou-
se em reuniões internas e encontros de trabalho com diversas organizações.
No âmbito da Administração Parlamentar importa salientar que esta foi
direccionada para o apoio técnico-administrativo e legislativo, bem como na
gestão dos recursos humanos, financeiros e patrimoniais, na melhoria
qualitativa e quantitativa das tecnologias de informação e comunicação, dentre
outras.
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Em conclusão, importa referir que a Assembleia Nacional, neste período,
prosseguiu com a realização das tarefas fundamentais da sua competência, em
que se destaca a preparação da Reunião Solene de Abertura da 5.ª Sessão
Legislativa da III Legislatura da Assembleia Nacional, realizada no dia 17 de
Outubro de 2016.
Sua Excelência Sr. Presidente da Assembleia, tenho assim apresentado o
Relatório de Actividades Comissão Permanente da Assembleia Nacional.
Se me permite, passo já ao documento seguinte.
Nos termos do n.º 1 do artigo 175.º do Regimento da Assembleia Nacional,
deram entrada no Gabinete de Sua Excelência o Presidente da Assembleia
Nacional, no período de 17 de Outubro até à presente data, propostas e
Projectos de Lei e Projectos de Resoluções para o processo legislativo, que
passo a anunciar:
Projecto de Lei de Alteração à Lei nº 36/11, de 21 de Dezembro - Lei
Orgânica sobre as Eleições Gerais, numa iniciativa legislativa conjunta
dos Grupos Parlamentares da UNITA, da CASA-CE, do PRS e da
Representação do partido político FNLA;
Projecto de Lei de Financiamento da Campanha Eleitoral, numa
iniciativa legislativa conjunta dos Grupos Parlamentares da UNITA, da
CASA-CE, do PRS e da Representação do partido político FNLA;
Acordo de Cooperação no domínio da Defesa entre o Governo da
República de Angola e o Governo da República Italiana;
Relatório de Balanço de Execução do Orçamento Geral do Estado,
referente ao II Trimestre de 2016;
Relatório Anual de Actividades da Provedoria de Justiça, referente ao ano
de 2015;
Pedido de substituição de membros indicados pelos partidos MPLA,
UNITA, PRS e FNLA para as Comissões Municipais Eleitorais;
Proposta de Lei do Orçamento Geral do Estado para o Exercício
Económico de 2017;
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Pedido para correcção dos nomes de membros indicados pelo MPLA,
UNITA, CASA-CE, FNLA e PRS para as Comissões Municipais Eleitorais.
No âmbito das missões internacionais da Assembleia Nacional uma
delegação, chefiada por Sua Excelência Fernando da Piedade Dias dos
Santos, participou na 135.ª Assembleia da União Interparlamentar e
reuniões relacionadas, sob o tema “Responder rapidamente quando as
violações dos direitos humanos pressagiam um conflito”, em Genebra, Suíça,
no período de 23 a 27 de Outubro de 2016.
No referido evento, a Deputada Idalina Valente foi eleita como membro do
Comité Executivo da União Interparlamentar.
Igualmente, uma delegação, chefiada por Sua Excelência o Presidente da
Assembleia Nacional, participou na 40.ª Sessão da Assembleia Plenária do
Fórum Parlamentar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral
(FP-SADC) em Harare, República do Zimbabwe, no período de 3 a 15 de
Novembro de 2016. De realçar que, na referida reunião, Angola foi eleita, por
unanimidade, para presidir, pela primeira vez desde a sua fundação, o
Fórum Parlamentar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral.
Por despacho de Sua Excelência Presidente da Assembleia Nacional, uma
Delegação da Assembleia Nacional chefiada por Sua Excelência Joana Lina
Ramos Baptista Cândido, 1.ª Vice-presidente da Assembleia Nacional,
participou na 69.ª Sessão do Comité Executivo, na 38.ª Conferência dos
Presidentes das Assembleias Parlamentares Nacionais e na Reunião do
Comité das Mulheres Parlamentares da União Parlamentar Africana,
realizada em Rabat, Reino de Marrocos, no período de 5 a 9 de Novembro do
ano em curso.
No mesmo sentido, uma delegação da Assembleia Nacional, chefiada pelo Sr.
Deputado Pedro Sebastião, participou nas reuniões estatutárias das
Comissões Permanentes do Fórum Parlamentar da Conferência Internacional
da Região dos Grandes Lagos (FP-CIRGL), no período de 31 de Outubro a 3
de Novembro de 2016.
No mesmo período, Sua Excelência Joana Lina Ramos Baptista Cândido,
Presidente, em exercício, da Assembleia Nacional, recebeu em audiência,
uma Delegação da Missão do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Finalmente, chegaram à Mesa da Assembleia Nacional mensagens de
felicitações de Sua Excelência o Presidente da Assembleia Nacional aos
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Deputados que completaram mais um aniversário natalício nos meses de
Setembro, Outubro e Novembro, nomeadamente:
Setembro
Nuno dos Anjos Caldas Albino;
Luís Reis Paulo Cuanga;
Nicolau Sapalo;
Adriano Botelho de Vasconcelos;
Elioth Wongimba Ekolelo;
Serafina Miguel Emília Pinto;
Miraldina Olga Marcos Jamba;
Eugénia Tamar Semente Chiaca;
Eduardo Kuangana;
Piedoso Chipindo Bonga;
José Francisco Tingão Pedro;
Victorino Nhani;
Albertina Teresa José;
Joana Lina Ramos Baptista Cândido;
Carlos Domingues Bendinha de Almeida;
Anatilde de Jesus de Oliveira Freire Campos.
Outubro
Kilamba Kiuyma Sebastião Van-Dúnem;
Pereira Alfredo;
Anabela Manuel dos Santos Alberto;
Jesuíno Manuel da Silva;
Isabel João Miguel Sebastião Peliganga
Maria Isabel;
Alexandre Sebastião André;
Elisa Kata;
Exalgina Reneé Vicente Olava Gambôa.
Mário António Luandanda;
José Samuel Chiwale;
Fernando Domingos Heitor Costa Francisco;
Simão Jeremias Boa Carroba;
Carlos de Oliveira Fontoura;
José Diogo Ventura.
Novembro
António Feliciano Ferreira Júnior;
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Alberto Francisco Ngalanela;
Aurora Junjo Cassule;
Bento Joaquim Sebastião Francisco Bento;
Bibiana Nandombua;
Carlos da Rocha Cruz “Caito”;
Demóstenes Amós Chilingutila;
Elsa Maria da Conceição Ambriz;
Francisco de Castro Maria;
João Manuel Francisco “João Pinto”;
Maria Júlia de Cercal Ornelas;
Manuel Augusto Fragata de Morais;
Manuel Savihemba;
Odete da Conceição Domingos dos Santos;
Pedro Sebastião;
Palmira Domingos Pascoal Bernardo;
Raúl Manuel Danda;
Sabina Napolo;
Valeriano Chimo Cassauié.
(Aplausos gerais)
Srs. Deputados, em nome do Sr. Presidente, da Mesa e da Assembleia
Nacional, desejamos muitas felicidades, muitos anos de vida, que tenham
tudo de bom junto das vossas famílias e amigos também.
(Aplausos gerais)
O Sr. Presidente: - Mais uma vez, parabéns àqueles que fizeram anos.
Srs. Deputados, seguidamente, vamos apreciar e votar as actas.
No entanto, nos documentos que tenho em posse não consta a Acta da 5.ª
Reunião. No sistema também não consta, penso que não estamos em
condições de aprovarmos esta Acta, se estiverem de acordo.
Então, vamos apreciar apenas as Actas da 3.ª, 4.ª e 6.ª reuniões.
Assim sendo, podemos fazer a abordagem global das actas e depois as
aprovações em separado, se estiverem de acordo.
Estão abertas as inscrições.
Estão inscritos os Deputados, Adalberto Júnior, Carlos Kandanda, Fernando
Heitor, André Mendes de Carvalho e, há pouco, o Deputado Alexandre André.
Tem a palavra o Deputado Adalberto Costa Júnior, para uma intervenção.
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O Deputado Adalberto Costa Júnior (UNITA):- Sr. Presidente, tem a ver com
a Acta da 4.ª Reunião Plenária Extraordinária de 12 de Agosto.
Na página 11, Período Antes do Dia, tem: “o Deputado Adalberto Costa Júnior
proferiu a declaração política do Grupo Parlamentar da UNITA...”, depois
chama aí um ponto único “vide anexo”, eu vou ao anexo e não existe, não foi
anexada a declaração.
Devo recordar que essa já foi aquela Declaração Política que não foi
transmitida em directo, e que já deu aqui uma grande polémica. Entendemos
os pedidos de desculpas feitos, mas me parece excessivo depois não anexarem
na Acta. E, de facto, não fica muito bem esse tipo de falhas contínuas.
O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Deputado Carlos Kandanda, para uma
intervenção.
O Deputado Carlos Tiago Kandanda (CASA-CE): - Sr. Presidente, o meu
pedido tem a ver com a Acta Síntese da 4.ª Reunião Plenária Extraordinária, é
sobre as ausências.
De facto estava ausente, mas justifiquei, porque estava no exterior em
tratamento.
Portanto, só queria que essa falta fosse corrigida.
O Sr. Presidente: - Está justificada. Seja bem-vindo, estamos satisfeitos,
porque regressou com muita saúde.
Tem a palavra o Deputado Fernando Heitor, para uma intervenção.
O Deputado Fernando Heitor (UNITA): - Sr. Presidente, quero rectificar,
aqui, algumas expressões endossadas à minha pessoa, na Acta da 4.ª
Reunião. Na página 29, primeiro parágrafo, está correctíssimo.
No segundo parágrafo, que começa “o Deputado acrescentou que quando via o
Executivo preocupado em proteger o mundo cibernético tinha, como angolano
que se preza e patriota, que se sentir regozijado.” Isso foi dito, mas não é
quando “via”, é quando “vê”. Portanto, é só tirar o “via” e colocar “vê”, porque,
de facto, é assim. Quando eu vejo o Executivo preocupado com questões
fundamentais, eu sinto-me, mesmo, regozijado.
Agora, no terceiro parágrafo, que começa assim: “Para finalizar, o Deputado
disse ter visitado com os Deputados da Ambiente, Ciência e Tecnologia,
Trabalho e Segurança Social…”, devo lembrar que a Comissão se chama
Ambiente, Trabalho e Segurança Social e Ciência e Tecnologia, “…e ter ficado
espantado e regozijado, por encontrar tecnologia moderna e a quantidade de
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quadros jovens angolanos, bem formados e enquadrados, a operarem
naqueles equipamentos”. Há aqui uma troca de palavras.
“…E ter ficado espantado e regozijado”, não é assim. “Ter ficado
impressionado, por encontrar tecnologia moderna e a quantidade de quadros
jovens angolanos, formados e bem enquadrados a operarem aqueles
equipamentos”.
Tenho dito!
O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Deputado André Mendes de Carvalho,
para uma intervenção.
O Deputado André Gaspar Mendes de Carvalho (CASA-CE): - Sr. Presidente,
estou ultrapassado com a intervenção do Deputado Adalberto Costa Júnior. É
a anexação das Declarações Políticas nas actas.
O Sr. Presidente: - Tem a palavra Deputado Alexandre Sebastião André.
O Deputado Alexandre Sebastião André (CASA-CE): - Sr. Presidente, tem
que ver com a página 16, porque esta declaração de voto foi verbal, mas na
6.ª Acta, na página 16, talvez por lapso, mas vem na primeira frase:
“exteriorizarem os seus anseios, para exteriorizarem os seus desagrados que
acumulam durante o Ano Lectivo.”
Bom, tudo o resto vou fazer chegar à Secretaria por escrito, mas aqui não se
trata de Ano Lectivo, talvez fosse académico, mas sim o Ano Parlamentar.
O Sr. Presidente: - Srs. Deputados esgotaram as inscrições.
Passo a palavra ao Segundo Secretário da Mesa, para eventuais
esclarecimentos.
O Segundo Secretário da Mesa (Deputado Raul Augusto Lima): - Sr.
Presidente, nós acolhemos positivamente as contribuições e preocupações que
foram apresentadas, vamos naturalmente anexar as Declarações Políticas do
líder parlamentar da CASA-CE e da UNITA, fazer a correcção relativamente à
presença do Deputado Carlos Kandanda, da CASA-CE, e solicitamos, de igual
modo, por escrito as contribuições apresentadas pelo Deputado Fernando
Heitor e do Deputado Alexandre André.
O Sr. Presidente: - Feitos os esclarecimentos, penso que podemos passar à
votação de cada uma das actas.
Submetida à votação, a Acta Síntese da 3.ª Reunião Plenária Ordinária foi
aprovada por unanimidade, com 169 votos.
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Submetida à votação, a Acta Síntese da 4.ª Reunião Plenária Ordinária foi
aprovada por unanimidade, com 169 votos.
Submetida à votação, a Acta Síntese da 6.ª Reunião Plenária Ordinária foi
aprovada por unanimidade, com 169 votos.
Segue-se a Discussão e Votação Final Global da Proposta de Lei de Alteração
de Lei sobre o Regime Jurídico da Emissão e Gestão da Dívida Pública Directa
e Indirecta.
Esta lei será objecto de um período de discussão em que todos os partidos
terão direito a uma intervenção de 15 minutos.
Exposto isto, passo a palavra ao Ministro das Finanças, para fazer a
apresentação do documento.
O Ministro das Finanças (Archer Mangueira): - Sr. Presidente, gostaria de
começar por apresentar os fundamentos da Lei de Alteração da Lei do Regime
Jurídico de Emissão e Gestão da Dívida Pública.
Na verdade, podemos resumir a necessidade de alteração desta lei em quatro
principais razões:
A primeira consiste na necessidade da uniformização das regras utilizadas no
Sistema de Gestão da Dívida Publica, em função de um novo sistema que tem
sido implementado pela Unidade de Gestão da Dívida Pública, em parceria
com a UNCTAD, que é a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e
Desenvolvimento.
A segunda razão consiste na necessidade de clarificar os conceitos de Dívida
Pública Directa, pela exclusão do perímetro de consolidação do sector
empresarial público.
A terceira razão é a necessidade de ponderar sobre os mecanismos de
avaliação do endividamento governamental que complemente o rácio
dívida/Produto Interno Bruto.
A quarta razão consiste na necessidade de uniformizarmos o conceito do rácio
de limite do endividamento público seguido por outras realidades económicas.
Na realidade, o que pretendemos com este projecto é o alinhamento com as
práticas internacionais e com os actuais manuais de estatísticas sobre dívida
pública. Propõem-se que, em linha com as práticas internacionais, as regras e
princípios atinentes à emissão e gestão da dívida pública tenham como
destinatários as entidades do sector público-administrativo, nomeadamente
os órgãos de soberania, a Administração Central e Local do Estado, serviços
públicos, institutos públicos, fundos autónomos e a segurança social.
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Dá-se melhor precisão técnica das definições de dívida pública directa e
indirecta, suprimindo a noção ambígua de outras entidades públicas e de tipo
de moeda no artigo 2.º da Lei do Regime de Emissão e Gestão da Dívida
Pública.
Adopta-se a noção do sector público-administrativo no artigo 2.º da Lei do
Regime Jurídico de Emissão e Gestão da Dívida Pública, clarificando que o
sector empresarial público não está incluído.
Precisa-se a noção de dívida pública indirecta, abandonando o termo dívida e
definindo claramente como as garantias emitidas por qualquer ente do sector
público-administrativo, respondendo este subsidiariamente por dívida de
terceiro.
Utiliza-se apenas a noção dívida pública consolidada para efeitos do cômputo
do rácio do limite do endividamento que, no artigo 61.º da Lei do Orçamento
Geral do Estado, quer no novo artigo 61.º da Lei do Orçamento Geral do
Estado, quer no novo artigo 3.º da Lei do Regime de Emissão e Gestão da
Dívida Pública. Com as precisões e novas definições, suprimimos a definição
dívida pública, por ser alvo de bastante ambiguidade pelo que em diversas
realidades não tem sido definida.
Clarificação expressa que a dívida pública indirecta servirá também para
análise, já não do rácio mas da sustentabilidade da dívida do sector público-
administrativo, previsto nos novos n.º 7 do artigo 61.º da Lei do Orçamento
Geral do Estado e n.º 3 da Lei do Regime Jurídico de Emissão e Gestão da
Dívida Pública. Mantém-se como referência de sustentabilidade o rácio
dívida/PIB, bem como o nível de 60% substituindo-se unicamente a rigidez
normativa por medidas de salvaguardo.
Essas medidas seriam assim aplicadas em caso de ultrapassagem desse
referencial a serem aprovadas na Lei do Orçamento Geral do Estado e dos
exercícios seguintes, possibilitando assim a observância e o cumprimento pelo
Executivo do referencial no médio prazo.
Com isso, Sr. Presidente, tenho apresentado o Projecto de Lei de Alteração da
Lei do Regime Jurídico de Emissão e Gestão da Dívida Pública.
O Sr. Presidente: - Passo a palavra à Deputada Elvira Van-Dúnem, da 5.ª
Comissão, para proceder a apresentação do Relatório/Parecer Conjunto.
A Deputada Elvira Van-Dúnem (MPLA): - Sr. Presidente passo a apresentar o
Relatório/Parecer Conjunto sobre a Lei de Alteração da Lei sobre o Regime
Jurídico da Emissão e Gestão da Dívida Pública, Directa e Indirecta do
Estado, n.º1/14 de 06, de Fevereiro.
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O Relatório/Parecer Conjunto é apresentado em quatro partes: Introdução,
Generalidade, Especialidade e Parecer.
A introdução faz referência à tramitação administrativa do expediente.
A generalidade refere que a matéria em análise é do domínio da reserva
relativa de competência da Assembleia Nacional, que a iniciativa legislativa é
do Titular do Poder Executivo, e que a Proposta de Lei de Alteração da Lei
sobre o Regime Jurídico da Emissão e Gestão da Dívida Pública Directa e
Indirecta do Estado foi requerida em processo de urgência pelo Titular do
Poder Executivo e comporta uma parte preambular e sete artigos.
Excelência Sr. Presidente, face à apresentação do Sr. Ministro das Finanças,
permita-me que passe para a especialidade.
Na especialidade, as Comissões de Trabalho Especializadas competentes em
razão da matéria recomendam ao Plenário as propostas de alteração que
destaco:
No primeiro parágrafo do preâmbulo da Proposta de Lei, substituir a palavra
“considerando” pela “dada” e substituir a expressão “uniformização com”, pela
“se uniformizar.”
No segundo paragrafo, substituir a expressão “tendo em conta que se faz”,
pela “neste sentido torna-se.”
No terceiro parágrafo, substituir a palavra “considerando” pela “analisada.”
No quarto parágrafo, eliminar a expressão “da alínea i) do artigo 120.º” e
substituir a palavra “todos” por “ambos”.
A Proposta de Lei passa a ter a seguinte designação: “Lei que Altera a Lei do
Regime Jurídico da Emissão e Gestão da Dívida Pública Directa e Indirecta Lei
nº1/14, de 06 de Fevereiro”.
No artigo 2.º e no artigo 3.º, depois da palavra Fevereiro, introduzir a
expressão “Lei do Regime Jurídico da Emissão e Gestão da Dívida Pública
Directa e Indirecta do Estado.”
O n.º 4 da proposta de alteração do artigo 3.º passa a ter a seguinte
expressão: “em caso de exceder o referencial referido no número anterior, a lei
que aprova o Orçamento Geral do Estado do exercício seguinte deve conter
medidas de salvaguardo tendentes a possibilitar o cumprimento do referencial
no médio prazo.”
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Na primeira linha do texto do artigo 4.º, acrescentar as alíneas h) e i), e
eliminar a referência feita ao n.º 6 pelo facto de o artigo 3.º da lei em
referência não conter tal número.
Parecer
Face ao exposto, as Comissões de Economia e Finanças e dos Assuntos
Constitucionais e Jurídicos são de parecer favorável e recomendam ao Plenário
da Assembleia Nacional, a Votação Final Global da Proposta de Lei que Altera a
lei n.º1/14, de 06 de Fevereiro - Lei do Regime Jurídico da Emissão e Gestão da
Dívida Pública Directa e Indirecta do Estado, com as emendas propostas.
O presente Relatório/Parecer Conjunto foi aprovado em reunião conjunta das
Comissões de Trabalho Especializadas, competentes em razão da matéria, aos
10 de Novembro de 2016, com 12 votos a favor, nenhum voto contra e duas
abstenções.
Excelência Sr. Presidente, tenho apresentado o Relatório/Parecer.
O Sr. Presidente:- Srs. Deputados, estão abertas as inscrições.
Srs. Deputados, ainda não atingimos os cinco minutos, mas já há algum
tempo que ninguém se inscreve. E os Deputados que estão inscritos são os
seguintes: Lindo Bernardo Tito (CASA-CE), Fernando Heitor (UNITA), João
Pinto (MPLA), Salomão Xirimbimbi (MPLA), André Mendes de Carvalho (CASA-
CE), Silvestre Samy (UNITA) e o Deputado Sérgio dos Santos (MPLA).
E a FNLA nunca fala? Mais velho Ngonda!?
Passo a palavra ao Deputado Lindo Bernardo Tito, para uma intervenção.
O Deputado Lindo Bernardo Tito (CASA-CE):- Sr. Presidente, quero lembrar
que esta lei proposta para a alteração foi aprovada por esta Assembleia
Nacional, em Novembro de 2013, e publicada no Diário da República, em
Fevereiro de 2014.
Naquela altura em que a lei foi aprovada, muitas das razões hoje evocadas
foram igualmente sustentadas para a aprovação da lei. Quero lembrar que as
práticas que são aqui defendidas como as que suportam a alteração que nos
propõem já existiam antes de 2013.
Outros tratados em matéria de endividamento, também já existiam antes de
2013, alguns dos quais já vêm desde 1992. É de facto surpreendente que o
Titular do Poder Executivo não tenha sido claro e honesto quando propõe
alterações em muitos casos inerentes à gestão financeira.
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A única razão que nos parece de acolher é a que aponta que o rácio de
endividamento estabelecido na actual lei, acaba por ser ultrapassado com o
Orçamento de 2017.
É verdade que qualquer País quando adopta medidas legislativas o faz no
seu próprio interesse e não no interesse dos outros. Nós não podemos seguir
aquilo que os outros na sua própria perspectiva e interesse fazem que a nós
nos prejudicam.
Aliás, a nossa Constituição é um exemplo disso, foi aprovada uma
Constituição atípica, porque os nossos interesses tinham de ser reportados
nesta Constituição.
Ora, acabei de dizer há pouco tempo que o objectivo único é o de procurar
evitar que seja ultrapassado o rácio de 60% em relação ao PIB de
endividamento, porque com o Orçamento de 2017, o endividamento público,
atingirá nada mais, nada menos, senão 56,6 mil milhões de dólares. E, de
forma muito habilidosa, trazem-nos um PIB que, até contrário ao que o
Fundo Monetário Internacional avança, na perspectiva de que o nosso PIB
vai aumentar a 30%, quando não existe indicadores que provam
exactamente este possível crescimento de 30%.
Olhem para o orçamento que discutimos ontem, se nos dá alguma indicação
dessa alteração substantiva de 30%, pois se olharmos no concreto, o PIB
para o ano de 2016, ficará fixado exactamente em 91,4 mil milhões de
dólares.
O Governo propõe que o PIB de 2017 será de 119,2 mil milhões de dólares,
ou seja, a dívida vai subir a 11% e o PIB a 30,4% há uma compensação em
relação ao volume da subida da dívida com a subida do Produto Interno
Bruto.
Uma compensação muito estratégica, porque se nos atermos aos dados
apresentados pelo Fundo Internacional relativamente à nossa dívida, ou
seja, em relação ao que teremos como dívida, a nossa dívida vai chegar a
62,8 mil milhões de dólares em 2017 e que valerá nada mais do que 61,4%
em relação ao PIB, ultrapassámos a meta prevista na actual lei.
Este é o primeiro objectivo, evitar que a lei seja violada, então vamos alterar
para que o rácio de 60% seja apenas uma referência e não o limite. Entendo
que o rácio devia ser o limite e não a referência.
Em segundo lugar, é aquilo a que temos chamado sempre a atenção,
artifícios políticos sustentados pelas normas jurídicas. Excluir as empresas
públicas da dívida pública do Estado com um novo conceito, o conceito de
sector público-administrativo.
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Sabem o que aconteceu com Portugal? Fizeram o mesmo e, de forma muito
cavilosa, o Estado foi buscar endividamento através das empresas públicas e
o endividamento português está nos limites em que está, ou seja, nos valores
em que está.
Nós queremos ir para o mesmo caminho, quer dizer, o Estado vai contrair
dívidas, não são contabilizadas na dívida pública do Estado como tal e lá
depois as empresas públicas são orientadas de ir buscar dívidas no mercado
internacional ou interno.
É isso que nós queremos, mais nada, não há outra coisa, e os Srs. Deputados
não vão conseguir controlar isso, porque não incide a vossa fiscalização
directamente sobre as empresas públicas. Como ficamos? Como ficamos?!
Sr. Presidente, por isso e com esses argumentos, o nosso Grupo Parlamentar
entende trazer para esta Magna Assembleia Nacional, as seguintes posições:
Olhando para a Proposta de Lei de Alteração a lei 1/14, o artigo 2.º – Lei de
Alteração que altera a lei 2, traz novos conceitos, nós não aceitamos o
conceito da alínea d) de alteração do artigo 2.º, não aceitamos da alínea e),
alínea f), e a nova alínea n) do conceito do chamado sector público-
administrativo.
Igualmente, entendemos não aceitar o n.º4 do artigo 3.º, que altera o artigo
3.º da lei 1/14.
Sr. Presidente, termino a minha intervenção, pedindo a todos os Grupos
Parlamentares que temos que em algum momento sermos corajosos e pôr (…)1
(Aplausos da CASA-CE)
O Sr. Presidente:- Srs. Deputados, gostaria de informar que o Deputado
Manuel Fernandes, da CASA-CE, conseguiu inscrever-se ainda antes de eu
ter dado por finda as inscrições.
Assim, passo a palavra ao Deputado Silvestre Samy, para uma intervenção.
O Deputado Silvestre Samy (UNITA):- Sr. Presidente, com carácter de
urgência, foi enviada aos grupos parlamentares, através do Despacho de Sua
Excelência o Presidente da Assembleia Nacional, de 7 de 11 de 2016, a
Proposta de Lei de Alteração da Lei sobre o Regime Jurídico da Emissão e
Gestão da Dívida Pública Directa e Indirecta do Estado.
O factor urgência fez com que fossem queimadas as etapas de praxe da maior
parte das leis aprovadas por este órgão legiferante.
1 Fim do tempo de intervenção.
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A nossa preocupação não reside no factor urgência, porque a Constituição e o
Regimento da Assembleia dão respaldo legal a tal procedimento, se bem que
de um tempo a esta parte está virando moda. A nossa preocupação reside,
essencialmente, no conteúdo da matéria alterada. Senão vejamos: de antemão
a Proposta de Alteração da Lei sobre o Endividamento Público deixa cair o
limite de 60% do PIB para a dívida pública que, doravante, passará apenas a
valor de referência, o que equivale dizer que as dívidas das empresas públicas
deixam de contar para a dívida pública, o que vem a contrariar indicações do
FMI assim como da EUROSTAT, em termos de definição dos perímetros da
dívida.
O artigo 2.º da Lei n.º 1/14, de 06 de Fevereiro, definia a dívida pública como
o somatório da dívida pública directa e indirecta, enquanto com a alteração
ora introduzida, o conceito de dívida pública consolidada compreenderá
apenas a dívida pública directa das entidades do sector público-
administrativo. E o que será feito das dívidas contraídas e a contrair
directamente pelas entidades do sector empresarial público?
Neste momento, qual é o valor da dívida pública? Não adianta taparmos o sol
com a peneira, esta matéria não é, em nosso entender, de todo pacífica.
No Relatório de Fundamentação, o proponente ousa seguir as boas práticas
internacionais que não consideram para efeitos de avaliação da gestão e de
sustentabilidade da dívida do sector administrativo, as dívidas contraídas
directamente pelas entidades do sector empresarial público.
Na apresentação da sua Declaração Politica, ontem o Presidente do meu
Grupo Parlamentar exortou o Executivo relativamente àquilo que se passa no
País irmão do Índico, em Moçambique, também pode muito bem servir de
exemplo. “Quando a casa do vizinho está em chamas, coloque a sua barba de
molho”, diz o adágio popular.
O problema do endividamento do País diz respeito a todos angolanos, por isso
merecem o devido esclarecimento sobre o volume da nossa dívida pública.
O Sr. Presidente: - Passo a palavra ao Deputado Sérgio Santos, para uma
intervenção.
O Deputado Sérgio dos Santos (MPLA): - Sr. Presidente, estamos a debater
um tema muito importante, não pela sua importância em si, mas pelos
equívocos que este tema desperta.
O Sr. Ministro das Finanças fez uma brilhante apresentação da
fundamentação do Executivo e parece que esclareceu os equívocos, mas eu
gostava de repetir.
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O primeiro equívoco tem a ver com a definição do sector público e há aqui
uma confusão que existia na lei e que transparece que foi absorvida por
muitos na Oposição e também na sociedade.
O sector público, de facto, é composto pelo sector administrativo e o sector
empresarial público, chamamos nós aqui o sector empresarial público. Mas a
confusão está aqui. Nesta Casa de Leis, nós não aprovamos orçamentos do
sector empresarial público, então há aqui um equívoco e que é preciso
esclarecer.
O sector empresarial público conta com aquilo que se chama independência
orçamental por isso a dívida do sector empresarial público não pode, de
maneira nenhuma, ser afectada na análise do sector público-administrativo
que é feita por nós nesta Casa de Leis.
Quando aprovamos o Orçamento Geral do Estado, aprovamos as despesas,
receitas do sector público- administrativo e, por vezes, o sector público-
administrativo tem relações com o sector empresarial público, na chamada
dívida indirecta, quando garante esta dívida, então este é o primeiro grande
equívoco.
Quando estamos a falar da dívida que surge no Orçamento Geral do Estado,
ela surge em consequência da relação entre receita e despesa, não havendo
receita suficiente para suportar a despesa então dá-se o endividamento
público, entenda-se do sector público-administrativo, é esta que entra no
numerador rácio/ dívida sobre o Produto Interno Bruto.
O segundo grande equívoco está entre contabilidade pública e contabilidade
nacional. É preciso destrinçar. No sector público-administrativo, as contas
são elaboradas segundo a contabilidade pública, não sobre a contabilidade
nacional e a diferença está no facto de a contabilidade nacional incluir todos
os entes que existem no País, o Estado, as empresas públicas, as famílias, as
empresas privadas.
Então aí gera-se uma dívida do Estado ou uma dívida do País nas contas
públicas só se tem em conta a contabilidade destes entes administrativos. Os
Srs. Deputados da Oposição precisavam de ser melhor assessorados
tecnicamente.
Em relação à dívida, o histórico da nossa dívida é boa. Aqui está um País que
estava muito endividado, depois da guerra, e pagou todas as suas dívidas,
mas só nos atendo nos últimos anos os rácios todos eles estão abaixo de 40%.
Nesta situação de profunda crise de falta de receitas, para o País não parar e
para não estarmos a lamentar mais ainda, foi preciso contrair alguma dívida,
e aqui vem o fundamento essencial desta proposta, tínhamos uma lei que
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trazia um limite de endividamento e não trazia medidas caso este limite fosse
ultrapassado. Está-se a dizer que abandonou-se o limite, não se abandonou.
O que se trouxe foram medidas caso se ultrapasse este limite.
(Aplausos do MPLA)
O Sr. Presidente:- Passo a palavra ao Deputado André Mendes de Carvalho,
para uma intervenção.
O Deputado André Gaspar Mendes de Carvalho (CASA-CE):- Sr. Presidente,
em primeiro lugar, dizer que este é um assunto sério para ser discutido em 15
minutos mediante o expediente do pedido de um documento de urgência.
Esses vícios não terminam, assuntos sérios a serem resolvidos em 15
minutos.
Por outro lado, dizer o seguinte: se tudo anda bem, porquê que queremos
aumentar a dívida?
O relator apareceu aqui a dizer que estávamos no País das Maravilhas,
entretanto já nos contentamos com 60% do PIP, queremos ultrapassar o
limite e vou repetir aquilo que disse ontem nesta Sala.
O artigo 162.º da Constituição que tem como epígrafe “Competência de
controlo e fiscalização”, sua alínea d), diz o seguinte: “Compete à Assembleia
Nacional, no domínio de controlo e da fiscalização;
d) – “Autorizar o Executivo a contrair e a conceder empréstimos, bem como a
realizar outras operações de crédito que não sejam de dívida flutuante,
definindo as respectivas condições gerais e fixar o limite máximo dos avales a
conceder em cada ano ao Executivo, no quadro da aprovação do Orçamento
Geral do Estado”, que é o que se está a passar.
Não é referência, mas limite, porque quando procuram introduzir esta questão
de referência, a minha pergunta é: se o próprio limite não é cumprido e este é
imperativo, é algo que é obrigatório, como é que vão cumprir a referência? Isto
é falácia.
Por outro lado, está-se a falar de boas práticas internacionais. A própria
delegação do FMI que acabou de sair há poucos dias e é ela que diz que a
dívida de Angola ronda aos 70%, e incluiu a dívida da TAAG e SONANGOL.
Portanto, é uma organização internacional que trata de Finanças.
(Protestos do MPLA)
Não estamos a inventar nada. Se quisermos ser honestos, todos ouvimos a
mesma coisa e incluiu, dívidas da TAAG e da SONANGOL.
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Por outro lado, quando tivermos que legislar, temos de o fazer com
racionalidade, não é ir buscar estas sebentas. Não! É racionalidade tendo em
conta a realidade do nosso País.
(Aplausos da CASA-CE)
Não pode ser feito de outra maneira. Por isso, mesmo somos de opinião que as
propostas que o meu colega Lindo Bernardo Tito apresentou aqui devem ser
acolhidas, no nosso entender. Também devemos dizer se a TAAG, se a
SONANGOL se endividar quem é que vai pagar? Não é o erário público? Não é
uma dívida do Estado? Então temos que ser racionais nestas questões.
Quero também acrescentar algo: esta questão de ser a percentagem sobre o
PIB, não devemos trabalhar com o PIB, porque trabalhar com o PIB é para um
País que tem equilíbrio em que o Produto Interno Bruto e o Produto Nacional
Bruto mais ou menos se equivalem.
(Aplausos da CASA-CE)
No nosso caso, há uma diferença aberrante entre aquilo que é o PIB e aquilo
que é o PND. Portanto, é estabelecer a percentagem de 60% sobre o Produto
Nacional Bruto e não sobre o PIB, porque senão não vamos gerir a dívida de
maneira racional e sustentável. É isto que temos a dizer à volta desta matéria.
(Aplausos da CASA-CE)
O Sr. Presidente:- Passo a palavra ao Deputado Fernando Heitor, para uma
intervenção.
O Deputado Fernando Heitor (UNITA):- Sr. Presidente, saúdo
respeitosamente os membros do Executivo.
São estas coisas e quando a gente fala, diz que é Professor, e começam a dizer
que é vaidoso. Nesta questão da dívida devia haver convergência, temos que
estar unidos, porque isso arrasta-nos todos para o abismo, desprestigia-nos a
todos. Vejam o que está a acontecer com a Grécia.
No OGE, que Sua Excelência trouxe cá, dizem que o stock governamental em
2017 será de 62,8 mil milhões de dólares, isto equivale a 52,7% do PIB, e
estou a seguir as vossas contas não estou a pensar no FMI e outras coisas.
Entre 2002 a 2015, 24 anos, os investimentos do Estado ascenderam a 103
mil 731 milhões de dólares. Isto pesquisei, fiz contas com base nos vossos
dados. Deste montante, mais ou menos 35% obteve-se de linhas de crédito de
Países como a China, Brasil e Portugal, isto provou um grande incremento na
nossa dívida pública e já andávamos no crescendo e este crescendo aumentou
substantivamente com a crise.
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Meu colega Sérgio, não é só aconselhar os outros a procurarem os bons
assessores técnicos, estou a falar por mim, como economista, como angolano
e como Deputado, que analisa as contas numa área que lhe é familiar. Não
sou assessor da UNITA, mas quando a UNITA precisa de me ouvir, com todo o
gosto dou a minha prestação e também estou a dar agora.
Neste momento, o serviço da dívida já nos come 36,2% do OGE, disse-o
ontem, e isto equivale a quase 14% do PIB e a dívida acumulada, incluindo a
TAAG e a SONANGOL, e aqui agradeço a contribuição do meu parente “Miau”
está acima dos 60%.
O FMI diz que vai lá para 70%, mas sou mais modesto e talvez não esteja nos
70%, mas aproximar-se dali, incluindo estas empesas. Se considerarmos,
como que vocês pretendem agora, que os 60% sejam apenas um referencial,
isto dá azo a que a dívida possa chegar aos 80, 90, aos 100, porque é apenas
uma referência e mesmo que vocês tragam aqui medidas a médio prazo, para
depois poder voltar ao referencial, quando vocês entram na euforia de
endividamento nunca mais poderás recordar qual é o teu referencial.
Temos que definir aqui um limite obrigatório, peremptório, como patriotas que
somos, não podemos deixar os nossos netos escravizados pela dívida
angolana.
(Aplausos da UNITA)
Sabem porquê que digo isso? Não é por estar na Oposição, ser Fernando
Heitor, natural de Catete, é porque a dívida tem um limite e o limite da dívida
chama-se o quê? Solvabilidade! A própria economia tem limites de
crescimento, mesmo o elástico estica até um ponto e depois rebenta.
Será que a nossa economia vai ter capacidade de gerar rendimentos para
honrar o serviço da dívida, sem pressões do FMI ou de uma tróica qualquer?
O problema aqui é sermos prudentes. O problema aqui é da sustentabilidade
da dívida, ela é boa, sim senhor, traz liquidez para enjeitarmos em
investimentos, precisamos de investimentos frescos para fortalecermos as
nossas infra-estruturas para que haja uma base técnico-material segura para
o relançamento da economia e pô-la a crescer, sim senhora, mais a dívida é
dinheiro dos outros e esses irão nos bater as portas e as janelas para nos
cobrar e, se não a pagarmos, vão nos pôr nos tribunais internacionais, vão
manchar a imagem de Angola.
O ambiente angolano vai ficar pior do que está e, se calhar, cada um de nós
quando viajar também vai ser preso para ver se tem contas lá e, se tiver,
enviar para o pagamento da dívida. Já arrestaram aviões nossos,
esqueceram? Já arrestaram navios nossos, já se esqueceram?
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Então, como fica isso? Não é um desiderato nacional juntarmo-nos e
decidirmos, aqui, qual será o limite da dívida? Toda dívida do Estado.
Custa alguma coisa fazer este exercício de patriotismo?
Meus senhores, o rácio da dívida pública deve estar dentro dos níveis
suportáveis pela rentabilidade da economia e esta mede-se com dois
indicadores do PND ou PIB e o meu primo Almirante “Miau” já deu uma
indicação. Neste caso de Países como o nosso, com uma fragilidade na sua
economia, é melhor.
Portanto, sejamos prudentes porque não gostaria nada de ver aqui mais as
tróicas para outros motivos, com o FMI a pressionar o nosso Governo
angolano, seja ele conduzido por vos – MPLA - seja ele conduzido por qualquer
outro partido, eu ficaria muito triste, se calhar até seria capaz de me suicidar,
só a pensar que o meu filho vai ser escravizado por uma dívida que não é da
sua responsabilidade.
(Aplausos da UNITA)
O Sr. Presidente:- Passo a palavra ao Deputado João Pinto, para uma
intervenção.
O Deputado João Pinto (MPLA):- Sr. Presidente, obrigado por nos conceder a
palavra.
Quando eu ouvi o ilustre Deputado Fernando Heitor, na sua retórica
estridente, dramatizando a situação, pensei que Países como o Japão têm
uma dívida que anda à volta de 249% do seu PIB. A Itália 133%, Portugal
127%, EUA 107% Espanha 99%, França 98%, Reino Unido 89%. É claro que
a nossa economia é frágil, é mono dependente.
A exportação de petróleo, que dá mais receitas ao País, com a sua redução no
mercado internacional, gera dificuldades claramente às contas públicas e,
mais uma vez, os fantasmas do passado. Se não se destruíssem pontes,
estradas e cidades não teríamos endividado para reconstruir o País.
Vamos deixar de hipocrisia, vamos aprovar esta lei porque os nossos colegas
estão a tentar o abismo, foi aquele em que em 2002 nos libertámos e, mais,
vamos ter que continuar cumprir as nossas obrigações internacionais
pagando a dívida, mas mantendo sempre a dignidade. Os angolanos pagam as
suas dívidas.
Há quem tenha criado dívidas para o Estado, há quem tenha ajudado a
empobrecer o País e nunca aprovou um Orçamento, nunca apoiou o Governo
nestas questões e vem aqui com um discurso de retórica sentimental, de
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dramatização, esquecendo-se que se não tivéssemos tido o que tivemos nunca
teríamos ido pedir o apoio à China para a reconstrução nacional.
(Aplausos do MPLA)
Vamos ser coerentes e não é aceitável este discurso de dramatização que a
UNITA tenta fazer. E mais: o que demonstra mais uma vez que a UNITA sente-
se muito bem quando alguma coisa corre mal, para tentar livrar-se ou negar o
passado. A dívida resulta de um dado histórico, a reconstrução nacional, as
cidades e as centralidades (…2)
(Sr. Presidente interrompe)
O Sr. Presidente: - Um ponto de ordem do Deputado Fernando Heitor.
O Deputado Fernando Heitor (UNITA):- Sr. Presidente, não me lembro
nunca de ter interrompido a intervenção de alguém com um ponto de ordem,
mas meu caro amigo João Pinto, por amor de Deus, eu Fernando Heitor e, por
acaso, também a UNITA, esta que está aqui, não estão a dizer que o País não
se pode endividar. Ninguém em altura nenhuma disse que o País não se deve
endividar.
Estamos apenas a alertar cuidado, mas também fazer isso é mal? É porque
partimos pontes, partimos não sei o quê, isto tem alguma coisa mesmo a ver
com este exercício de contribuição.
(Aplausos da UNITA)
Por amor de Deus, João Pinto…. Fala bem, meu irmão! “Manu Tata. Kima
kianhi? Zwela kiambote manu.3”
(O Sr. Presidente interrompe)
O Sr. Presidente:- Deputado Heitor, já atingiu o seu objectivo, esclareceu.
O Deputado Fernando Heitor (UNITA):- Sr. Presidente, peço-lhe de joelho.
Então está a comparar Angola com o Japão, com a Inglaterra, é preciso ver
qual é o património do Japão.
(O Sr. Presidente interrompe)
O Sr. Presidente: - Temos registado a sua intervenção em que reafirmou que
a UNITA não é contra o endividamento, mas sim quer limitar, aí estamos de
acordo. Agora não vai rebater, porque esta questão do nível de endividamento
do Japão, Portugal, que está no documento de sustentação tem uma
2 Interrupção.
3 Língua Nacional Kimbundu. Sig. “Irmão, o que é que se passa? Fala irmão”
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explicação. O suporte da dívida tem pressupostos, isto seria objecto de uma
outra intervenção, mas parece que o Ministro irá esclarecer esta situação.
Posto isso, o Deputado João Pinto pode continuar a sua intervenção.
O Deputado João Pinto (MPLA):- Obrigado, Sr. Presidente.
Não perco o meu raciocínio. Para dizer que todas as nações procuram ter
requisitos sobre o endividamento, no entanto, não podemos ignorar que as
questões económicas analisam-se do ponto de vista estrutural. Claro que
conjunturalmente, como é o período que vivemos, com a redução do preço do
petróleo, claro que exige de todos maior contenção e sentido patriótico, não só
para ter benefício, mas também por razões de responsabilidade.
Por isso, não vejo que se confunda a dívida directa ou o próprio direito define
a administração central distinguindo-a da administração indirecta e
administração autónoma, por isso esta adequação não é errática.
Mas é importante que tenhamos em conta que a nossa história que está a
levar-nos a: primeiro criar cidade de raiz; fazer com que a distribuição da
renda se faça por via das políticas públicas, porque os neoliberais, como
Milton Friedman, e outros economistas são contra a intervenção do Estado na
economia, mas nós mantemos algumas políticas Keynesianas, regulando o
mercado, criando uma dívida, mas para distribuir a renda para combater a
pobreza e a exclusão social.
As centralidades são um exemplo, mas o investimento na energia é um
exemplo, por isso não temos que temer, vamos aprovar, tomando em conta o
nosso pressuposto histórico.
(Aplausos do MPLA)
O Sr. Presidente:- Passo a palavra ao Deputado Manuel Fernandes, para
uma intervenção.
O Deputado Manuel Fernandes (CASA-CE):- Queria responder ao colega
Sérgio, para dizer que as empresas públicas fazem parte da Administração
indirecta do Estado, assim sendo, perseguem fins públicos, não são qualquer
entidade extra estadual.
Dizer também, Sr. Presidente, que os arranjos que estão a ser feitos aqui
nesta lei visam simplesmente acomodar uma estratégia para um certo folclore
eleitoralista.
(Aplausos da CASA-CE)
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O Sr. Presidente:- Passo a palavra ao Sr. Deputado Salomão Xirimbimbi,
para uma intervenção.
O Deputado Salomão Xirimbimbi (MPLA):- Sr. Presidente, queria começar
pelo que o meu colega Manuel Fernandes acabou de referir. Aqui não se trata,
do ponto de vista matemático, de arranjos e combinações. Isso é álgebra
linear. O que está a se tratado, e quero referir-me, fundamentalmente, a uma
passagem do meu colega Heitor e registo com muita satisfação, e deve
sintetizar as preocupações dos demais colegas da Oposição, mas que iremos
tentar contribuir para que esses receios que existem possam ser dissipados.
Eles colocam o problema na perspectiva da sustentabilidade da dívida.
Ninguém põe em causa os conceitos que estão no diploma que estamos aqui
apreciar, porque se fosse assim então teríamos que falar de Teoria de
Finanças Públicas e não é o caso, o que estão a pôr é um problema de
sustentabilidade.
Esta sustentabilidade existe porque, felizmente, em termos de gestão de
finanças públicas, adoptamos o Princípio da Gestão das Finanças Públicas
Modernas. Angola não está a utilizar o endividamento para o consumo, mas
para as infra-estruturas ou despesas de capital e, nesta perspectiva, o receio
(…4).
(Protestos da Oposição)
Deixem-me de falar, sou economista e vou falar como o Heitor. Sou
economista, bem formado, em Angola e no estrangeiro, portanto é uma
matéria que eu falo.
(Aplausos do MPLA)
É algo que discuto com quem quer que seja na rua ou na estrada.
Vozes da UNITA: - Pode falar!
Deixem-me falar.
Angola adoptou um Princípio de Gestão das Finanças Modernas e não está a
utilizar os recursos do endividamento para o consumo, pelo contrário, a está
utilizar para criar infra-estruturas e quando o Estado gasta dinheiro em infra-
estruturas está a criar capacidades produtivas. Não estamos aqui a utilizar o
dinheiro para bens e serviços ou para a cobertura de subsídios, transferindo
rendimentos para A ou B, não é isso.
4 Interrupção
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Portanto, o problema da sustentabilidade poderá ser conseguido se esta
política for complementada com algo que ontem foi já aqui discutido aqui, que
é adoptar mediadas que gerem maior crescimento para a economia e
permitindo assim maior desenvolvimento.
Não estou muito preocupado pelo facto de que não tenhamos
sustentabilidade. O exemplo que foi dado da Grécia, este era um País onde
havia sonegação de impostos.
O dinheiro não era utilizado para infra-estruturas, era utilizado para outros
fins. É diferente e não é o nosso caso, de qualquer modo registo com muita
satisfação, como angolano que são e que também sou, que tenham
preocupação sustentabilidade da nossa dívida mas não ponham em causa os
conceitos de Gestão das Finanças Públicas.
Em relação à situação corrente e é algo que terá contribuído para a nossa
compreensão ou não compreensão. É que estamos a viver um momento de
excepção, mas que é o momento que não vai durar sempre, tivemos uma
redução de receitas e para cumprir com o programa de criação do tal stock de
capital, foi necessário fazermos o endividamento.
Penso que os meus colegas terão compreendido perfeitamente o que quero
dizer, nós com maior crescimento resolveremos o problema da
sustentabilidade e, neste contexto, os 60% que neste momento existe na lei
não deixa de ser um ponto referencial, porque Angola não está diante de um
constitucionalismo financeiro.
O Sr. Presidente: -Passo a palavra à Sra. Deputada Elvira Van-Dúnem para
eventuais esclarecimentos, se os tiver.
A Deputada Elvira Van-Dúnem (MPLA):- Sr. Presidente, depois dos
esclarecimentos dados pelos camaradas da minha Bancada, nada tenho a
dizer.
O Sr. Presidente:- Passo a palavra ao Sr. Ministro das Finanças para
eventuais esclarecimentos.
O Ministro das Finanças:- Sr. Presidente, começaria pela primeira questão
que me foi colocada e, se a memória não me atraiçoa, do Deputado Bernardo
Tito, em que perguntou se o rácio acaba por ser ultrapassado no Orçamento
de 2017, apresentou alguns números, e fez referência também ao PIB. Referiu
aqui um de Produto Interno Bruto de 2017 previsto para de 30%, e por que
razão se traz aqui a alteração do rácio.
Acho que aqui houve algum equívoco quando se fez referência a esta taxa do
Produto Interno Bruto. Sinceramente não sei onde é que Sr. Deputado terá
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encontrado esse valor do crescimento do Produto Interno Bruto, nós ontem
referimos tanto em termos nominais como em termos percentuais. Aliás o
orçamento foi aprovado, na generalidade, ontem, e estão lá os dados bem
claros.
A razão principal, tal como foi referido aqui na representação da alteração do
rácio, é que tal como e este é um exercício da maior transparência possível é
tal como está na lei há um erro conceitual que é preciso corrigir.
A lei actual prevê no cálculo do rácio a dívida pública directa e indirecta que
inclui o sector empresarial público. No sector empresarial público, empresas
têm os seus activos, actividade mercantil, produzem receitas e podem garantir
a sua própria dívida com o seu próprio património, com os seus activos.
Portanto, é um erro conceptual e poderemos corrigir.
Aproveito para dizer e na sequência de outra abordagem que também foi
referida, acho que em seguida fez referência ao facto de a lei ser aprovada em
Dezembro de 2007 e publicada em Fevereiro de 2014.
Nesta altura não estava em vigor o sistema da UNCTAD e os países, não só
Angola, têm estado a adoptar este sistema moderno e adaptar. Temos que ter
a capacidade e inteligência suficiente de poder ajustar às alterações que se
fazem nos manuais e nos outros sistemas.
Isto não está em livro nenhum, são os manuais das Instituições
Internacionais que são adoptados. O próprio Acordo de Maastricht, que foi
utilizado como referência nossa lei, já sofreu alterações em função dos
recentes desenvolvimentos na Europa e no mundo.
Convém também referir, ainda na sequência da bordagem do Deputado (...5).
(O Sr. Presidente interrompe)
O Sr. Presidente: - Há um pedido de esclarecimento do Deputado Lindo
Bernardo Tito.
O Deputado Lindo Bernardo Tito (CASA-CE):- Era só para ajudar o Sr.
Ministro das Finanças dizendo que estes dados foram extraídos do Orçamento
de 2016 e no de 2017. Quero lembrar apenas o seguinte e, no Relatório de
Fundamentação do Orçamento Geral do Estado 2017, constam estes dados
que vou avançar, ou seja, o Produto Interno Bruto para 2016 está na ordem
de 91,4 mil milhões de dólares, para o Orçamento de 2017, 119,2 mil milhões
de dólares. O diferencial é de 27,8 mil milhões de dólares, salvo erro.
5 Interrupção.
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Quer dizer que há um crescimento do Produto Interno Bruto na ordem de
30,4% e, se compararmos em relação à dívida, sobe para 11%. É esta questão
que estamos aqui a colocar. Não é um dado vindo do FMI. É do Relatório de
Fundamentação do OGE, Sr. Ministro.
O Sr. Presidente: - Sr. Ministro tem três minutos para esclarecimento.
O Ministro das Finanças: - Peço desculpas, para esclarecer esta questão ou
as perguntas todas?
O Sr. Presidente: - Esta questão e concluir a sua intervenção.
O Ministro das Finanças: - Sr. Presidente, Foram muitas perguntas e apenas
três minutos! Em relação a esta questão é como disse. O Produto Interno
Bruto é um fluxo da actividade económica, é uma disposição legal e o que
estamos aqui a discutir é se vamos manter o rácio como uma disposição, um
limite legal ou um referencial.
Eu estava a dizer que a outra razão de nós excluirmos o sector empresarial
público é de que no sector empresarial público é preciso não esquecer que
também temos as sociedades públicas de direito privado. E estas têm os seus
resultados, têm o seu património que pode servir para garantir a dívida.
Foi levantada também a questão, por um outro Deputado, sobre quem vai
tratar das dívidas do sector empresarial público. As próprias empresas
produzem resultados e têm que assumir as suas próprias dívidas. A excepção
se dá pela dívida das empresas públicas garantidas pelo Estado.
As dívidas das empresas públicas garantidas pelo Estado que, no caso
concreto do nosso País, não têm um peso grande no PIB, quando estão sob
incumprimento, elas entram no cálculo do rácio. Isto está previsto na lei e já
estava previsto, inclusive, na Lei do Orçamento Geral do Estado, na lei de
2010.
Na análise da sustentabilidade da dívida entra toda a dívida. Tanto a dívida
pública directa e indirecta e aí a dívida do sector empresarial público. Para o
rácio, o que entra agora e de acordo com os manuais internacionais é a dívida
do sector público-administrativo. A lei de alteração específica o conceito do
sector público-administrativo.
O Sr. Presidente: - Sr. Ministro, vamos fazer um acordo porque esta questão
é do interesse de todos. Mas vamos dar algum tempo e aconselho-o a
sintetizar e a concentrar-se nas questões mais importantes.
O Ministro das Finanças: - Sr. Presidente, tentarei fazer o meu possível.
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Foi levantada também a questão sobre o FMI, que fez referência à dívida da
TAAG e da SONANGOL. Não foi nenhuma iniciativa do FMI, é preciso referir
aqui. O FMI reitera as informações que tinham sido divulgadas no boletim de
dívida pública de unidade e gestão de dívida pública de 2015, em que na base
dos manuais passados nós incluíamos o sector empresarial público. Depois
disso tivemos reuniões com o FMI e é este o esclarecimento que foi dado.
No relatório final do FMI o que eles fazem referência é à necessidade de se
incluir a dívida externa da SONANGOL e da TAAG garantida pelo Estado, mas
está previsto no próprio cálculo da dívida quando ela é garantida pelo Estado.
É uma dívida indirecta.
É preciso referir aqui que o limite das garantias foi tratado em sede da Lei do
Orçamento Geral do Estado que aprovámos ontem e o limite que foi definido
para a emissão de garantias é menos 50% comparativamente ao Orçamento
Revisto 2016. Os Srs. Deputados podem verificar os números.
Em relação à comparação que se fez com a Grécia e com a Europa, apenas
dizer que na realidade nestes países houve um relançamento para acomodar a
crise bancária, mas o que pretendemos aqui com o referencial, como disse há
pouco, até é um acto de transparência, prevendo eventualmente choques
adversos e os Estados têm de se preparar para medidas contra ciclos, ao
contrário da lei actual, o que se prevê nesta lei de alteração é exactamente de
serem tomadas medidas para garantir a sustentabilidade da dívida no médio e
longo prazo.
Esta Assembleia deverá observar um plano de medidas para que o referencial
seja sempre tido em conta. Este plano de medidas deve constar nos
orçamentos seguintes. Esta é a ideia, ao contrário do que aqui foi dito. A
intenção do Executivo é exactamente não escamotear os números e permitir
que nos casos de o referencial ser ultrapassado serem tomadas medidas de
ajuste.
Creio ter respondido, na generalidade, as questões. Talvez indicar o número,
foi aqui perguntado qual é o nível da dívida actual? O nível da dívida actual é
52.7% do PIB.
Gostaria de dizer que o cumprimento do rácio é apreciado depois de passado
o período do exercício financeiro. Não se pode fazer estimativas e quaisquer
estimativas por definição são erradas.
O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, terminaram as intervenções e foram
bastantes esclarecimentos.
Penso que estamos em condições de passar à votação do Projecto de Lei.
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Submetido a votação, o Projecto de Lei foi aprovado por maioria, 133 votos a
favor, 34 votos contra e três abstenções.
Há um pedido de Declaração de Voto da CASA-CE. Deputado Manuel
Fernandes.
O Deputado Manuel Fernandes (CASA-CE): - Sr. Presidente, a CASA-CE
votou contra esta lei pelas seguintes razões: pelo facto de a mesma vir, pura e
simplesmente, encobrir a violação dos limites da dívida pública inscritos na
lei face ao Orçamento Geral do Estado 2017, que começámos a discutir
ontem, que irá superar o limite estabelecido para 62,8%, na medida em que
43% deste OGE será do endividamento interno e externo. Nós, Grupo
Parlamentar da CASA-CE, não estamos de acordo.
Entendemos que os indicadores da nossa economia devem reflectir a
realidade factual do nosso processo de crescimento e não por artifícios
administrativos que reflectem o País como um paraíso, criando falsas
expectativas que não condizem com a realidade. Por estas razões, nós
votámos contra.
(Aplausos da CASA-CE)
O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, vamos proceder à Votação Final Global
da Proposta de Lei de Imprensa.
Passo a palavra ao Deputado João Muatonguela, da 1.ª Comissão, para
proceder a leitura do Relatório/Parecer Conjunto.
O Deputado João Muatonguela (MPLA): - Sr. Presidente, o Relatório/Parecer
Conjunto na especialidade sobre a Proposta de Lei de Imprensa está
estruturado em duas partes, para além da introdução que faz alusão da
tramitação do expediente.
Na especialidade, importa referir que a matéria em análise é de reserva
relativa de competência legislativa da Assembleia Nacional, nos termos das
disposições combinadas da alínea b) do artigo 161.º e do n.º 2 do artigo 165.º
da Constituição da República de Angola, sendo a iniciativa legislativa do
Presidente da República, enquanto Titular do Poder Executivo.
A Proposta de Lei é composta por uma parte preambular e outra dispositiva
dividida em oito capítulos e noventa e dois artigos e aqui estamos a emendar,
são noventa e dois artigos, que tratam as matérias que constam do capítulo
1.º ao capítulo 8.º.
Após a análise, discussão e votação na especialidade do conteúdo da referida
Proposta de Lei, as Comissões competentes propõem ao Plenário da
Assembleia Nacional, nos termos das disposições combinadas do n.º1 do
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artigo 179.º e 181.º, ambos do Regimento da Assembleia Nacional, a
introdução das alterações que constam do ponto 5.1 ao ponto 5.29, página
oito.
Sr. Presidente, por lapso, omitimos um ponto que fica entre os pontos 5.14 e
5.16 que tem a seguinte redacção: “no artigo 16.º da Proposta de Lei com a
epígrafe, Publicação das notas Oficiais, o n.º2 deve ser eliminado”.
Importa destacar o ponto 5.15, o artigo 15.º deve ter a seguinte redacção: “nos
termos da lei, o Estado estabelece um sistema de incentivos de apoio aos
órgãos de comunicação social de âmbito nacional e local, com vista a assegurar
o pluralismo da informação e o livre exercício de liberdade de imprensa e o seu
carácter de interesse público”.
Destacamos ainda o ponto 5.20, no artigo 45.º os n.º 1 e 2 transformaram-se
num único número com a seguinte redacção: “a actividade de agência de
notícias pode ser exercida por qualquer entidade pública ou privada, porém não
deve ser exercida nem financiada por partidos ou associações políticas,
organizações sindicais, patronais, profissionais e autarquias locais por si ou
através de entidades em que detenham capital.”
Parecer
Face ao exposto, as Comissões em razão da matéria são de parecer favorável e
recomendam ao Plenário da Assembleia Nacional a Votação Final Global da
Proposta de Lei de Imprensa.”
Sr. Presidente, tenho assim apresentado o Relatório/Parecer Conjunto, na
especialidade, sobre a Proposta de Lei de Imprensa.
O Sr. Presidente: - Passo a palavra ao Deputado Adalberto Costa Júnior,
para uma intervenção.
O Deputado Adalberto Costa Júnior (UNITA): - Sr. Presidente, faltou aqui
algo que foi discutido nas Comissões de Especialidade, que é o ponto 2 do
artigo 53.º, pois não está conforme à lei que se encontra aqui na plataforma e
que foi na entrada desta Sala abordado como um dos factores a aludir e, se o
Sr. Ministro permite, dizia que não estava contra, a Bancada também aceitou,
mas não foi indicado na leitura, como uma das alterações. Ponto 2 da Lei de
Imprensa, artigo 53.º, que era para retirar. Foi discutido nas Comissões.
O Sr. Presidente: - Deputado Muatonguela, ponto 2 do artigo 53.º,
estamo-nos a referir a Lei de Imprensa.
O Deputado João Muatonguela (MPLA): - Não tenho aqui Sr. Presidente, vou
confirmar no meu histórico para depois reagir.
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O Deputado Adalberto Costa Júnior (UNITA): - Isto vai condicionar o
voto, se não os for esclarecido.
O Sr. Presidente: - Alguém da 1.ª Comissão. Vamos lá ver, a alteração é no
ponto 2 do artigo 53.º, no ponto 5.24 diz “no artigo 53.º o n.º 2 passou a ser o
n.º 4 do artigo 90.º”. Satisfaz? Não é isso? O que é que se passa? Temos que
nos basear no parecer que está aqui.
O Deputado Emílio Homem pode esclarecer?
O Deputado Emílio Homem Gomes (MPLA): - Sr. Presidente, efectivamente
o n.º 2 do artigo 53.º foi retirado.
O Sr. Presidente: - Deputado Muatonguela, o Chefe falou que foi retirado.
Satisfaz?
Muito bem. Tendo sido esclarecida esta questão, estamos em condições de
passar à votação.
Submetida à votação, a Proposta de Lei foi aprovada por 128 votos a favor, 8
votos contra e 19 abstenções.
Há mais uma Declaração de Voto? Declaração de Voto da CASA-CE.
O Deputado André Gaspar Mendes de Carvalho (CASA-CE): - Sr.
Presidente, quando discutimos esta lei na especialidade houve alguns artigos
que ficaram suspensos para serem aprofundados e, de facto, houve um
esforço por parte de quem de direito, quando propôs a retirada do ponto 2 do
artigo 16.º, “Publicação das notas oficiais.”
Mas isto não responde. Primeiro porque o ponto 2 que estava aqui estava
bem. A única questão era acrescentar que houvesse a transmissão em directo
por parte dos órgãos de comunicação social às actividades da Assembleia
Nacional. Isto não foi acomodado e, ao não ter sido acomodada a transmissão
em directo, votámos contra.
(Aplausos da CASA-CE)
O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, está registada a Declaração de Voto da
CASA-CE.
Vamos passar à Votação Final Global da Proposta de Lei sobre o Exercício da
Actividade de Radiodifusão.
Passo a palavra à Deputada Yolanda de Sousa, da 1.ª Comissão, para
proceder a leitura do Relatório/Parecer Conjunto.
I SÉRIE – NÚMERO 4
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A Deputada Yolanda de Sousa (MPLA): - Sr. Presidente, antes de fazer a
apresentação do Relatório/Parecer, gostaria de aproveitar a presença dos
líderes associativos para saudar o dia 17 de Novembro, que é o Dia
Internacional do Estudante.
(Aplausos gerais)
O Relatório/Parecer está dividido em três partes. Primeiro tem a introdução, a
especialidade e o parecer. Na introdução, fazemos menção à tramitação do
processo e à competência material das Comissões.
Na especialidade, importa referir que a matéria é reserva relativa de
competência legislativa da Assembleia Nacional. A iniciativa legislativa é do
Presidente da República, enquanto Titular do Poder Executivo.
A presente Proposta de Lei foi aprovada, na generalidade, na Reunião Plenária
realizada no dia 12 de Agosto do corrente ano, com128 votos a favor, 27 votos
contra e 5 abstenções.
Após a análise, discussão e votação na Especialidade, foram introduzidas as
seguintes alterações:
Referindo-se já ao preâmbulo, unir o primeiro e segundo parágrafos do
preâmbulo da lei, passando a ter a seguinte redacção: “o aprofundamento dos
direitos, liberdades e garantias fundamentais dos cidadãos na Constituição
impõem a necessidade de se proceder a actualização da legislação sobre a
radiodifusão adaptando-a à nova realidade política, económica e social do
País.”
Introduzir dois novos parágrafos ao preâmbulo com a seguinte redacção.
Primeiro: “a radiodifusão continua a ser um dos principais veículos de
comunicação existente e faz parte da vida quotidiana de centenas de milhares
de pessoas em todo o mundo, levando a informação e entretenimento para as
mesmas, além de promover a cultura, a cidadania, o respeito pelas diferenças
tornando o exercício de informar num contributo de vários profissionais que se
empenham por uma boa transmissão e na diversificação de oferta radiofónica,
na área em que se impõe cobrir, aferido em função da sua originalidade, da
inovação e da criatividade”.
O segundo parágrafo: “assim, importa salientar que deve ser garantido, na
apresentação de programas, a observância da ética que assegura o respeito
pela dignidade da pessoa humana, pelos direitos fundamentais e demais
valores constitucionais, especialmente o desenvolvimento das crianças e
adolescentes.”
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Substituir, ao longo de todo o texto da lei, a expressão “Ministério da
Comunicação Social” por “Departamento Ministerial responsável pela
Comunicação Social” e “comunicações electrónicas” por “telecomunicações e
tecnologias de informação.”
4.4 - Refazer a alínea j) do artigo 2.º com a seguinte redacção: “programação
própria”, que é composta por elementos seleccionados, produzida e difundida
pelos operadores de radiodifusão responsável pelo respectivo serviço de
programas.
Eliminar, no n.º 2 do artigo 6.º, a palavra diploma, no início do parágrafo,
começando com a expressão “o referido.”
4.10 - Estou apenas a ler as alterações mais significativas.
No n.º 3 do artigo 6.º começar o parágrafo com a seguinte redacção: “nos
casos em que sejam apresentados” e eliminar as palavras “havendo” e
“apresentados.”
4.12 - Na alínea a) do artigo 12.º, acrescer no fim “com independência e rigor.”
4.15 - Substituir na segunda linha do n.º 1 do artigo 20.º a palavra “outorgar”
por “autorizar a emissão do ”.
4.16 - Eliminar a palavra “excepcionalmente”.
4.19 - Na alínea d) do artigo 31.º substituir, no fim, a palavra “angolanos” por
“nacionais.”
4.21 - Inverter os n.ºs 1 e 2 do artigo 35.º e acrescer ao actual n.º 1 a
expressão “informação e de”, antes da palavra programação. E no novo n.º 2
começar com a seguinte frase: “a liberdade de programação e de informação” e
acrescentar no mesmo n.º 2 a palavra “actividade”.
4.23 - Refazer o artigo 28.º ficando com a seguinte redacção: “os operadores
da actividade de radiodifusão devem adoptar um Estatuto Editorial que defina
as orientações e objectivos, nos termos da Lei de Imprensa e da presente lei.”
4.24 - Acrescer a palavra “actividade” e retirar a frase “da actividade
publicitária” por “previstas na Lei Geral de Publicidade.”
4.25 - Refazer o artigo 45.º ficando com a seguinte redacção: “o direito de
antena dos Partidos Políticos é regulado por lei específica.”
4.29 - Refazer os n.ºs 1 e 2 do artigo 53.º ficando com a seguinte redacção:
I SÉRIE – NÚMERO 4
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“1 - O processo e aplicação das multas administrativas presentes na presente
lei competem ao Departamento Ministerial responsável pela Comunicação
Social.
2 - As receitas provenientes das multas são depositadas na Conta Única do
Tesouro, através do documento de arrecadação de receitas e reverte 50% para o
Estado, 30% para a instituição responsável pela formação dos jornalistas sob
tutela do Departamento Ministerial responsável pela Comunicação Social e 20%
para suportar os encargos administrativos com a instrução de processos.”
4.31 - Acrescer um novo artigo, depois do artigo 54.º com a epígrafe “Dúvidas
e Omissões” com a seguinte redacção:
“As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e da aplicação da
presente lei são resolvidas pela Assembleia Nacional.”
Parecer
Face ao exposto, as Comissões dos Assuntos Constitucionais e Jurídicos, de
Educação, Cultura, Assuntos Religiosos e Comunicação Social e da Saúde,
Família, Juventude e Desportos, Antigos Combatentes e Acção Social são de
parecer favorável e recomendam ao Plenário da Assembleia Nacional a votação
Final Global da Proposta de Lei sobre o Exercício da Actividade de
Radiodifusão.
O presente Relatório/Parecer Conjunto foi aprovado, na Especialidade, com 14
votos a favor, nenhum voto contra e uma abstenção.”
O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, penso que estamos em condições de
votar a Proposta de Lei sobre o Exercício da Actividade de Radiodifusão.
Submetida à votação, a Proposta de Lei foi aprovada por maioria, com 132
votos a favor, nenhum voto contra e 22 abstenções.
Passo a palavra ao Deputado Nvunda Salucombo, da 1.ª Comissão, para
proceder a leitura do Relatório/Parecer Conjunto, na especialidade, da
Proposta de Lei sobre o Exercício da Actividade de Televisão.
O Deputado Nvunda Salucombo (MPLA): - Sr. Presidente, o Presente
Relatório/Parecer Conjunto, na especialidade, referente à Proposta de Lei
sobre o Exercício da Actividade de Televisão está estruturado em quatro
partes.
Na introdução, faz-se menção à tramitação do processo proveniente do
Gabinete do Presidente da Assembleia Nacional para as Comissões de
Trabalho Especializadas em razão da matéria, para efeito de análise e emissão
do Relatório/Parecer Conjunto.
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Na generalidade, a iniciativa legislativa é do Titular do Poder Executivo, nos
termos da Constituição da República de Angola e do Regimento da Assembleia
Nacional. A matéria em análise é de reserva relativa de competência legislativa
da Assembleia Nacional, nos termos da Constituição da República de Angola.
Na especialidade, após a discussão da Proposta de Lei, as Comissões
competentes em razão da matéria recomendam ao Plenário da Assembleia
Nacional o seguinte: no n.º 3 do artigo 7.º substituir a expressão “Ministério
da Comunicação Social pela expressão “Departamento Ministerial responsável
pela Comunicação Social.” Igual substituição deve ser feita ao longo do texto
da lei onde figure tal expressão.
O artigo 11.º passa a ter a seguinte redacção: “sem prejuízo do disposto nos
números seguintes, os operadores de serviço de comunicação audiovisual
podem ser propriedade de pessoas colectivas públicas e/ou privadas, ou
cooperativas que tenham por objecto o seu exercício nos termos estabelecidos
na legislação aplicável.”
O artigo 79.º passa a ter como epígrafe “Infracções.” No artigo 79.º eliminar os
n.ºs 4, 5, 6 e 7. Inserir na lei um novo artigo 80.º com a redacção dos n.ºs 4 e
5 do artigo 79.º e um artigo 81.º com a redacção dos n.ºs 6 e 7 do artigo 79.º,
procedendo-se a posterior renumeração da lei.
Nos artigos 81.º e 83.º substituir a expressão “Ministro da Comunicação
Social” por “Titular do Poder Executivo.”
Feitas as emendas e correcções, a Proposta de Lei sobre o Exercício da
Actividade de Televisão passa a dispor de uma parte preambular, outra
dispositiva com dez capítulos, dezasseis secções, dez subsecções e noventa e
três artigos.
Parecer
Face ao exposto, as Comissões dos Assuntos Constitucionais e Jurídicos, de
Educação, Cultura, Assuntos Religiosos e Comunicação Social e de Saúde,
Família, Infância, Juventude e Desportos, Antigos Combatentes e Acção Social
são de parecer favorável e recomendam ao Plenário da Assembleia Nacional a
Votação Final Global da Proposta de sobre o Exercício da Actividade de
Televisão.
O Relatório/Parecer Conjunto foi votado na especialidade tendo sido aprovado
com 17 votos a favor, nenhum voto contra e 1 abstenção.
O presente Relatório/Parecer Conjunto foi assinado pelos Presidentes das
Comissões supracitadas e pelos respectivos relatores.
Sr. Presidente, acabei de apresentar o respectivo Relatório/Parecer Conjunto.
I SÉRIE – NÚMERO 4
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O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, estamos em condições de votar a
Proposta de Lei.
Submetida à votação, a Proposta de Lei foi aprovada por maioria, com 134
votos a favor, nenhum voto contra e 18 abstenções.
O Sr. Presidente: - Passo a palavra à Deputada Luísa Damião, da 6.ª
Comissão, para proceder a leitura do Relatório/Parecer Conjunto na
Especialidade, da proposta de Lei do Estatuto de Jornalista.
A Deputada Luísa Damião (MPLA):- Sr. Presidente, passo a apresentar o
Relatório/Parecer Conjunto sobre a Proposta de Lei sobre o Estatuto do
Jornalista, que tem uma introdução, que são os costumes da Assembleia
Nacional, que tratam de toda a tramitação do processo.
Na especialidade, gostaria de destacar que a matéria em análise é de reserva
relativa de competência legislativa da Assembleia Nacional.
A iniciativa legislativa é do Presidente da República, enquanto Titular do
Poder Executivo, após análise, discussão e votação, na Especialidade, foram
feitas algumas alterações no preâmbulo começando com seguinte redacção:
“O exercício da actividade jornalística deve estar enquadrado por regras
estatutárias que definam os requisitos e demais condições para a sua
efectivação.
A presente lei visa definir os parâmetros do exercício da profissão de jornalista,
no respeito e observação das normas legais pertinentes e da ética e deontologia
profissionais, assim como os direitos, deveres e responsabilidades
profissionais.”
Garante, igualmente, o direito do jornalista de acesso às fontes de informação e
ao sigilo profissional, bem como estabelece o princípio da responsabilidade por
actos por ele praticados que infrinjam a lei.”
No capítulo II, foi criada uma nova Secção que deverá ser a “Secção I” com a
epígrafe “Direitos”. Ao logo de todo o texto da lei gostaríamos de substituir a
expressão “Entidade Reguladora de Comunicação Social” por “Comissão da
Carteira e Ética”. Foi ainda criada uma nova Secção que será a “Secção 2”
com a epígrafe “Deveres”.
Gostaria de chamar atenção os Srs. Deputados para o ponto 4.19, onde foi
refeita a redacção da alínea e) do n.º 2 do artigo 18.º, que ficou da seguinte
18 DE NOVEMBRO DE 2016
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forma: “Documento comprovativo de que exerce a profissão, passado pela
entidade patronal, ou equiparado, com indicação da categoria e/ou funções”.
Foi feita também uma alteração no n.º 2 do artigo 20.°, ficando a seguinte: “O
reconhecimento da Carteira de Jornalista Estrangeiro é obtido mediante
requerimento à Comissão da Carteira e Ética, desde que o requerente preencha
os requisitos estabelecidos.”
Gostaria também chamar a vossa atenção de que foram criados dois novos
capítulos, nomeadamente o IV e o V. O capitulo IV tem nove artigos e tem
como epígrafe “Comissão da Carteira e Ética”, que é um organismo de direito
público ao qual compete assegurar o funcionamento do sistema de
acreditação dos profissionais de informação da comunicação social, nos
termos da lei.
A Comissão da Carteira e Ética tem âmbito nacional e é integrada por 10
membros, sendo sete jornalistas efectivos e três suplentes.
Gostaríamos também de chamar a vossa atenção para o capítulo V que tem
dois artigos, “Reclamações” e “Recursos”, passando o antigo artigo V a VI com
a epígrafe “Responsabilidades.”
Parecer
Face ao exposto, as Comissões dos Assuntos Constitucionais e Jurídicos, de
Educação, Cultura, Assuntos Religiosos e Comunicação Social são de parecer
favorável e recomendam ao Plenário da Assembleia Nacional a Votação Final
Global da Proposta de Lei sobre o Estatuto do Jornalista.
O presente Relatório/Parecer Conjunto foi votado na Especialidade tendo sido
aprovado com 11 votos a favor, nenhum voto contra e 1 abstenção.”
Tenho assim apresentado o Relatório/Parecer Conjunto, Excelência Sr.
Presidente.
O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, estamos em condições de votar a lei.
Submetida à votação, a Proposta de Lei foi aprovada por unanimidade, com
154 votos a favor, nenhum voto contra e nenhuma abstenção.
(Aplausos gerais)
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O Sr. Presidente: - Passo a palavra à Deputada Júlia Ornelas, da 1ª
Comissão, para proceder a leitura do Relatório/Parecer Conjunto, na
especialidade, da Proposta de Lei da Entidade Reguladora da Comunicação
Social Angolana.
A Deputada Júlia Ornelas (MPLA): - Sr. Presidente, a Proposta de Lei da
Entidade Reguladora da Comunicação Social, cujo Relatório/Parecer que vou
apresentar, tem uma parte introdutória, referente ao processo do expediente.
Começaria por dizer que a Proposta de Lei da Entidade Reguladora da
Comunicação Social foi aprovada, na generalidade, na 4.ª Reunião Plenária
Ordinária da 4.ª Sessão Legislativa da III Legislatura da Assembleia Nacional,
realizada aos 12 de Agosto de 2016, com 128 votos a favor 27 contra e 5
abstenções.
A matéria em análise é do domínio de reserva relativa de competência
legislativa da Assembleia Nacional, nos termos da alínea h) do n.º 1 do artigo
165.º da Constituição da República de Angola, e é uma iniciativa legislativa do
Presidente da República, enquanto Titular do Poder Executivo, exercida nos
termos da alínea i) do artigo 120.º, sendo para o efeito qualificada como
Proposta de Lei.
Analisada a Proposta de Lei da Entidade Reguladora da Comunicação Social
(ERCA), as Comissões de Trabalho Especializadas competentes em razão da
matéria recomendam ao Plenário da Assembleia Nacional a introdução das
seguintes emendas propostas de alteração nos termos do artigo 181.º do
Regimento da Assembleia Nacional.
Logo na introdução, portanto, a introdução foi refeita, mas destaco apenas
que a lei confere poderes de intervenção à Entidade Reguladora da
Comunicação Social Angolana, que passa assim a exercer actividades de
regulação, supervisão enquanto função essencial para assegurar a
objectividade e a isenção da informação e a salvaguarda da liberdade de
expressão e de pensamento na imprensa, de harmonia com os direitos
consagrados na Constituição e na lei.
Passo ao ponto 7 no artigo 3.º, que deve ser aditado uma nova alínea com a
seguinte redacção: “assegurar a protecção dos direitos de personalidade
individuais.”
No 11, no artigo. 7.º, substituir a expressão: “empresas ou outras entidades”,
por “pessoas colectivas de direito público e privado.”
No ponto 12, no artigo 8.º, na alínea b), aditar a expressão: “Na Constituição e
na lei”, e introduzir uma nova alínea com a seguinte redacção: “velar pela
18 DE NOVEMBRO DE 2016
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independência das entidades que perseguem a actividade de Comunicação
Social, perante os poderes políticos e económico.”
No 14, no artigo 10.º, alínea a), substituir “Conselho Geral” por “Conselho
Directivo”. Digo a correcção deve ser feitas ao longo do texto.
No artigo 12.°, em todas as suas alíneas, suprimir a expressão “ou os tenham
tido nos últimos dois anos anteriores à data da sua designação.”
No ponto 16, no artigo 13.º, n.º 2, passa a ter seguinte redacção: “ Cinco
membros do partido que detiver a maioria dos assentos parlamentares,
Alínea b) - Três membros pelos demais partidos com assento na Assembleia
Nacional,
Alínea c) - Um membro representando o Executivo,
Alínea d) - Dois membros indicados pelas organizações representativas da
profissão.
Mais abaixo os membros do Conselho Directivo elegem de entre si o
Presidente e o Vice-Presidente.
Passo ao ponto 22 no artigo 19.º, n.º 2, substituir a palavra “decisão” por
“deliberação.”
No ponto 24, o n.º 2 passa a ter a seguinte redacção: “as opiniões pessoais
dos membros do Conselho Directivo, emitidas publicamente não vinculam o
órgão.”
No ponto 32, o regime jurídico do pessoal da ERCA é aprovado em diploma
próprio.
No 41, no artigo 58.º, a ERCA deve informar anualmente à Assembleia
Nacional, nos termos previstos no Regimento da Assembleia Nacional.
Finalmente, como parecer, trazemos que, as Comissões competentes em razão
da matéria são de parecer favorável e recomendam ao Plenário a Votação
Final Global da Lei da Entidade Reguladora da Comunicação Social com as
emendas propostas.
O presente Relatório/Parecer Conjunto foi aprovado em reunião conjunta das
Comissões em razão da matéria aos 10 de Novembro de 2016, com 16 votos a
favor, nenhum voto contra e 3 abstenções.
O Sr. Presidente:- Srs. Deputados, estamos em condições de votar.
I SÉRIE – NÚMERO 4
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Submetida à votação, a Proposta de Lei foi aprovada por unanimidade, com
126 votos a favor, 28 votos contra e 1 abstenção.
Temos um pedido de declaração de voto.
Passo a palavra ao Presidente do Grupo Parlamentar da CASA-CE, para
proceder a sua declaração de voto.
O Deputado André Gaspar Mendes de Carvalho (CASA-CE): - Sr. Presidente,
tivemos um bom debate à volta desta Proposta de Lei, muita coisa foi
corrigida, mas há algo de essencial que continua a não ser aceitável para nós.
Esta questão das maiorias parlamentares é aqui no Parlamento. Nós não
podemos continuar a procurar reflectir a composição do Parlamento para
outras entidades. Por isso, essa ideia de que um partido indica mais do que os
outros não é aceitável para nós.
Devemos encontrar outras formas de fazer o provimento para órgãos como
este que tem em vista controlar a actividade e garantir a isenção da forma
como, portanto, o jornalismo é exercido. Agora, 5 para o MPLA, 3 para todos
os outros partidos, isso para nós não é aceitável. Deve prevalecer o princípio
da igualdade.
Muito obrigado e é a razão pela qual votámos contra.
(Aplausos da CASA-CE)
O Sr. Presidente: - Passo a palavra ao Deputado Domingos Kajama, da 1.ª
Comissão, para proceder a leitura do Relatório/Parecer Conjunto, na
Especialidade, da Proposta de Lei de Protecção das Redes e Sistemas
Informáticos.
O Deputado Domingos Kajama (MPLA): - Sr. Presidente, o Relatório/Parecer
Conjunto tem três partes: introdução, especialidade e parecer.
Já no Parecer, permita-me Sr. Presidente que apresente imediatamente os
artigos que foram objecto de harmonização, adequação e a nova redacção,
cujos textos fazem parte do presente Relatório.
O preâmbulo foi reestruturado e simplificado. Na página 4, aproveitaria fazer
uma ligeira correcção “cibernético”, logo na primeira alínea, é com “c”
pequeno, a eles associados, elimina-se a vírgula e põe-se o “i”, e promover
inclusão digital. Ainda na página, n.ºs 3 e 4, artigos 1.lº e 2.º.
Página 6, n.º18, artigo 16.º; na página 7, n.ºs 20 e 25, artigos 18.º e 25.º, n.ºs
1 e 2; página 8, n.º 29, artigo 26, n.º1 e 2; página 10 n.ºs 38 e 43, n.º 2 do
artigo 29.º e o artigo 35.º; página 11, n.º 45, artigo 37.º, finalmente página 12,
n.ºs 51 e 52, artigo 42.º.
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Parecer
As Comissões competentes em razão da matéria são de parecer favorável e
recomendam ao Plenário da Assembleia Nacional a Votação Final Global da
Proposta de Lei de Protecção das Redes e Sistemas Informáticos.
O presente Relatório/Parecer Conjunto foi votado, na Especialidade, com 10
votos a favor, nenhum voto contra e 1 abstenção.
Tenho apresentado, Excelência, o Relatório/Parecer Conjunto.
O Sr. Presidente: - Vamos votar.
Submetida à votação, a Proposta de Lei foi aprovada por maioria, com 132
votos a favor, nenhum voto contra e 23 abstenções.
O Sr. Presidente: - Passo a palavra ao Deputado Nvunda Salucombo, da 1.ª
Comissão, para proceder a leitura do Relatório/Parecer Conjunto, na
Especialidade, da Proposta de Lei que aprova o Regime Jurídico das
Contrapartidas.
O Deputado Nvunda Salucombo (MPLA): - Sr. Presidente, passarei a
apresentar o Relatório/Parecer Conjunto, na especialidade, sobre a Proposta
de Lei das Contrapartidas.
O presente Relatório/Parecer Conjunto está estruturado em 4 partes:
Na introdução, faz-se referência da tramitação do processo proveniente do
Gabinete do Presidente da Assembleia Nacional para as Comissões de
Trabalho Especializadas competentes em razão da matéria, para efeitos de
análise e emissão do Parecer conjunto.
Na generalidade, a iniciativa legislativa é do Titular do Poder Executivo, nos
termos da Constituição da República de Angola e do Regimento da Assembleia
Nacional.
A matéria em análise é de reserva relativa de competência legislativa da
Assembleia Nacional, nos termos da Constituição da República de Angola.
Na especialidade, após discussão da Proposta de Lei, as Comissões
competentes em razão da matéria recomendam ao Plenário da Assembleia
Nacional o seguinte:
O primeiro parágrafo do preâmbulo da presente Proposta de Lei passa a ter a
seguinte redacção:
“As medidas de políticas do Governo para a diversificação da economia
nacional visam, entre outros objectivos, reduzir os custos inerentes à
I SÉRIE – NÚMERO 4
52
transmissão de tecnologia de ponta, aumentar a capacidade de produção,
diminuir a dependência tecnológico-industrial face ao mercado internacional,
fomentar a criação de emprego e o desenvolvimento da indústria nacional.”
O segundo parágrafo do preâmbulo passa a ter a seguinte redacção:
“Assim, torna-se imperioso maximizar a racionalização e os proveitos
resultantes das despesas relativas aos processos de contratação pública,
através da implementação de medidas capazes de produzirem efeitos direitos
na promoção do crescimento dos níveis de conhecimento tecnológico e
qualitativo das indústrias nacionais e de outras componentes estratégicas para
o desenvolvimento económico nacional.”
Após o dispositivo final do preâmbulo sobre a fundamentação legal, aditar a
seguinte expressão: “ Lei que Aprova o Regime Jurídico das Contrapartidas.”
O n.º 3 do artigo 24.º, sob a epígrafe “Mora”, passa a ter a seguinte redacção:
“Se a mora referida nos números anteriores se mantiver até seis meses, a
entidade pública contratante pode declarar o incumprimento mediante aviso
prévio à entidade contratada, aplicando-se assim nos termos da presente lei as
sanções previstas.”
O artigo 28.º passa a ter a seguinte redacção: “É aplicável, subsidiariamente, a
presente lei às disposições relativas à Lei dos Contratos Públicos e demais
legislação afim.”
O artigo 30.º passa a ter a seguinte redacção: “A presente lei entra em vigor à
data da sua publicação.”
Feitas as emendas e correcções, a Proposta de Lei passa a dispor duma parte
preambular e outra dispositiva com sete capítulos e 30 artigos.
Parecer
Face ao exposto, as Comissões de Economia e Finanças e dos Assuntos
Constitucionais e Jurídicos são de parecer favorável e recomendam ao Plenário
da Assembleia Nacional a Votação Final Global da Proposta de Lei das
Contrapartidas.
O Relatório/Parecer Conjunto foi aprovado em reunião conjunta das Comissões
de Trabalho Especializadas competentes em razão da matéria com 12 votos a
favor, nenhum voto contra e 2 abstenções.
O presente Relatório/Parecer Conjunto foi assinado pelos Presidentes das
Comissões supracitadas e pelos respectivos relatores.
O Sr. Presidente: Srs. Deputados, acho que podemos passar à votação da lei.
18 DE NOVEMBRO DE 2016
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Submetida à votação, a Proposta de Lei foi aprovada por 128 votos a favor,
nenhum voto contra e 32 abstenções.
O Sr. Presidente: - Seguidamente, vamos tratar sobre a Discussão e Votação
do Projecto de Resolução sobre o Relatório do Balanço da Execução
Orçamental Financeira e Patrimonial do Orçamento Geral do Estado referente
ao II trimestre de 2016, para informação.
Passo a palavra ao Sr. Ministro das Finanças, para proceder a apresentação
do ponto.
O Ministro da Finanças: - Sr. Presidente, na execução orçamental do II
trimestre de 2016, os principais indicadores macroeconómicos apresentaram
os seguintes resultados: a Taxa de Inflação Acumulada situou-se em 21,74%;
a Taxa de Câmbio no final do período situou-se em 165,8 Kwanzas por Dólar
face a 122,15 Kwanzas por Dólar registados em Junho e 135,32 Kwanzas por
Dólar em Dezembro de 2015, o que representou uma depreciação da moeda
de 35,8 e 22,6%, respectivamente.
As exportações de petróleo bruto foram projectadas em 689,4 milhões de
barris de petróleo ao preço de 45 Dólares por barril e no final do período em
referência foram exportados cerca de 170 milhões de barris. O que
corresponde a uma diminuição de 1.5 % face ao trimestre anterior. Em cerca
de 2, 2% face ao período homólogo de 2015.
No período em análise foram arrecadadas receitas totais acumuladas no valor
de 1.282 milhões e 126 Kwanzas, representando uma execução de 20% em
relação às receitas estimadas e despesas totais realizadas num montante de
1.623 milhões 220 Kwanzas, correspondentes a uma execução de 27% em
relação à despesa autorizada.
Durante o II trimestre do ano foram arrecadadas receitas no valor de 607
milhões e 68 Kwanzas correspondente a 9% das receitas totais previstas e
despesas num montante de 982 milhões 680 Kwanzas, que representam cerca
de 15% das despesas orçamentadas. O desempenho das receitas, em
confronto com as despesas, resultou num saldo orçamental na óptica de
compromisso negativo na ordem de 274 milhões e 992 Kwanzas.
Do total das receitas realizadas no II trimestre, as receitas correntes foram
arrecadadas em 549 milhões e 839 Kwanzas, correspondente a uma execução
de 16% em relação à receita estimada para o período e um peso de 91 do total
das receitas.
As despesas totais realizadas no período foram na ordem de 982 milhões 170
Kwanzas, correspondentes a uma execução de 15%, sendo as despesas
I SÉRIE – NÚMERO 4
54
correntes num montante de 595 milhões e 699 Kwanzas, representando uma
execução de 18% e um peso de 61% sobre a despesa total.
Nas despesas correntes, destacam-se as despesas com o pessoal e
contribuição do empregador que atingiram 22% de execução e uma
participação de 33% em relação à despesa total. As despesas com juro da
dívida, com uma execução de 32 % e uma contribuição de 10% das despesas
totais.
As despesas de capital no II trimestre de 2016, cifraram-se em 386 milhões
461 Kwanzas, com um nível de execução de 13% e uma participação de 39%
nas despesas totais.
O destaque aqui vai para as despesas com a amortização da dívida com uma
execução de 22% e uma participação de 35% do total da despesa.
No que se refere às despesas na categoria funcional, que reflecte à acção do
Executivo nos diferentes sectores, os níveis de execução tiveram a seguinte
distribuição:
Sector social
Taxa de execução de 9% e uma participação de 31%, quando comparado com
o período homólogo de 2015, houve uma diminuição de cerca 30%.
Serviços públicos gerais
Taxa de execução de 12% e uma participação de 23% comparado com o
período homólogo de 2015. Registou-se uma diminuição de 21%.
As despesas realizadas em projectos de investimento público tiveram a
seguinte execução:
Sector social, com 1% de execução e 20% abaixo da execução registada no
período homólogo de 2015 e sector dos Assuntos Económicos com uma
execução de 6%, sendo a mesma execução verificada no período homólogo de
2015.
O fluxo líquido da movimentação dos recursos financeiros no II trimestre de
2016, que se encontra reflectido no Balanço Financeiro, apresenta um
resultado negativo no valor de 75 milhões e 374 Kwanzas.
De recordar que o resultado financeiro registado no primeiro trimestre foi
positivo de 57 milhões e 709 Kwanzas.
Em relação ao Balaço Patrimonial, há resultados que reflecte no período
activos na ordem de 12 mil milhões de Kwanzas, quando comparado
com o período homólogo de 2015 registámos uma diminuição de 2%.
18 DE NOVEMBRO DE 2016
55
O activo é caracterizado por disponibilidades na ordem de 3.774 milhões e
293 Kwanzas, que terão diminuído em 6% quando comparado com o valor
registado no período homólogo de 2015.
No passivo temos dívidas com fornecedores que diminuíram 61% no valor de
313 milhões e 909 Kwanzas. O património líquido diminuiu em 19%, está
avaliado em 4.351 milhões e 359 Kwanzas.
E o resultado patrimonial do II trimestre foi positivo num montante de 938
milhões 352 Kwanzas. Que, comparado com o trimestre anterior, registamos
uma variação positiva de 29%.
Tenho apresentado o Relatório.
O Sr. Presidente: Passo a palavra ao Deputado Kilamba Van-Dúnem,
da 5.ª Comissão, para apresentar o Relatório/Parecer Conjunto.
O Deputado Kilamba Van-Dúnem (MPLA):- Sr. Presidente, o parecer que
apresento está estruturado em cinco partes e diversos pontos.
A primeira parte, a introdução, onde fazemos a usual referência à
proveniência dos ofícios e as datas em que eles foram remetidos para a
emissão do competente Parecer pelas Comissões de Trabalho Especializadas
em razão da matéria;
A segunda parte dá tratamento, na generalidade. A parte, na especialidade,
onde procuramos aferir sobre o balanço orçamental, o balanço patrimonial e o
resultado financeiro.
Estão igualmente espelhadas as transacções com a SONANGOL-
Concessionária e demais companhias petrolíferas. Aferimos igualmente sobre
as utilizações acumuladas no período da Conta Reserva, nomeadamente o
Fundo Petrolífero e o Diferencial do Preço do Petróleo Bruto e os seus
respectivos saldos, aferimos sobre os fluxos financeiros de diversos fundos,
particularmente o Fundo Nacional de Desenvolvimento, o Fundo de Garantia
de Crédito, o Fundo Soberano de Angola, a Caixa de Segurança Social da
Forças Armadas e a Caixa de Protecção Social do Ministério do Interior.
A terceira parte são as Constatações, a quarta parte as Recomendações e a
última parte o Parecer dos quais passarei a fazer a leitura integral.
Constatações
Não obstante a forte redução do preço do petróleo no mercado internacional, as
informações constantes nas demostrações financeiras extraídas do Relatório de
Balanço de Execução do Orçamento Geral do Estado 2016, referente ao II
I SÉRIE – NÚMERO 4
56
trimestre, proveniente do Executivo, evidenciam que as Finanças Públicas do
País permanecem, de um modo geral, equilibradas.
Da apreciação feita ao Relatório proveniente do Executivo, registou-se no
período um défice orçamental no valor de 374 mil 992 milhões de Kwanzas, que
resultaram da diferença entre a receita arrecadada e a despesa realizada no
referido período.
Constatou-se no período um aumento da despesa funcional dos Assuntos
Económicos que reflecte o apoio prioritário, a ampliação de infra-estruturas
económicas e sociais, necessárias ao aumento da produção, do emprego e do
bem-estar da população, demonstrando o empenho do Executivo em criar
condições favoráveis à diversificação económica, embora releve um decréscimo
considerável quando comparado com a execução orçamental dos períodos
homólogos.
Por outro lado, a despesa funcional dos projectos inscritos no PIP, comparada
com o período anterior, manteve-se nos 3%, o que continua a ser baixa.
A receita diamantífera continua com uma participação pouco expressiva, pese
embora ter-se registado um aumento de 6% relativamente ao período homólogo
de 2015.
Registou-se, igualmente, uma melhoria significativa na qualidade de
informação prestada, quer ao nível dos contribuintes como também sobre a
produção e comercialização de diamantes.
É digno de registo, como nota positiva, o facto de as receitas tributárias não
petrolíferas, com uma participação de 51,2%, superarem as receitas tributárias
petrolíferas, sendo um indicador dos resultados positivos que estão a ser
alcançados com a implementação do Programa Executivo de Reforma
Tributária, por parte do Executivo.
Vale ainda referir, a esse respeito, que os encargos com o pessoal, sendo a
única rúbrica de despesa inalterada em termos de execução, começam a ser
suportados pela receita fiscal não petrolífera, o que é mais uma evidência do
processo de potenciação deste tipo de receita.
Constatou-se, igualmente, que continua a existir uma maior concentração a
nível da arrecadação da receita na província de Luanda, o que demonstra que
grande parte do tecido empresarial paga impostos em Luanda, sendo esta
também a maior área de pagamento da receita fiscal petrolíferas.
Recomendações
18 DE NOVEMBRO DE 2016
57
Tendo em consideração o actual contexto macroeconómico, caracterizado pelos
vários riscos e incertezas provocados pela volatilidade do preço do barril de
petróleo no mercado internacional, cujo impacto tem incidência directa no
crescimento do PIB do nosso País, recomenda-se o seguinte:
1) Que o Executivo continue a prestar informações relevantes sobre o
desempenho dos diversos sectores e entes económicos e financeiros do
Estado;
2) Que se continue a melhorar o desempenho da despesa, sobretudo a
relativa ao Programa de Investimento Público (PIP);
3) Que se continue a dar uma atenção especial à execução das verbas
alocadas ao sector Social, tendo em conta que a sua execução tem
influência directa na qualidade de vida das populações;
4) Que se continue a apostar na melhoria do ambiente de negócios no nosso
País, para que os investimentos privados tenham maior incidência a nível
de todo o País.
Parecer
Face do exposto, as Comissões de Economia e Finanças e dos Assuntos
Constitucionais e Jurídicos consideram o conteúdo do Relatório de Balanço da
Execução referente ao II trimestre do Orçamento Geral do Estado (…6).
O Sr. Presidente: - “2016, adequado à prestação de contas e recomendam ao
Plenário da Assembleia Nacional, que dele tome conhecimento.
O presente Parecer foi aprovado em reunião conjunta das Comissões de
Trabalho Especializadas em razão da matéria, realizada no dia 09 de
Novembro de 2016 com 19 votos a favor, 4 votos contra e nenhuma abstenção.”
Sr. Deputado, vai-me pagar esta parte.
(Risos)
Tem a palavra o Deputado Américo Cuononoca, da 1.ª Comissão, para
apresentar o Projecto de Resolução.
6 Fim do tempo de intervenção.
I SÉRIE – NÚMERO 4
58
O Deputado Américo Cuononoca (MPLA): - Sr. Presidente, com a Vossa
permissão, faço a leitura do Projecto de Resolução.
Considerando que o Presidente da República, enquanto Titular do Poder
Executivo, remeteu à Assembleia Nacional, o Relatório de Execução do OGE do
II Trimestre de 2016, nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 244.º do
Regimento da Assembleia Nacional, conjugados com o n.º 3 do artigo 63.º da
Lei n.º 15/10, de 14 de Julho - Lei do Orçamento Geral do Estado;
Considerando que a Assembleia Nacional, no exercício da sua competência de
controlo e fiscalização orçamental e financeira, deve tomar conhecimento do
Relatório de Execução Financeira Trimestral do OGE de cada exercício
económico;
A Assembleia Nacional aprova, por mandato do Povo, nos termos do n.º 3 do
artigo 63.º da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, conjugado com a alínea f) do artigo
166.º da Constituição da República de Angola, a seguinte Resolução:
1. A Assembleia Nacional tomou conhecimento da informação relativa ao
Relatório de Balanço de Execução do Orçamento Geral do Estado do II
Trimestre/2016, que é parte integrante da presente Resolução.
2. As informações constantes nas demonstrações financeiras extraídas do
Relatório de Balanço de Execução do OGE referente ao II Trimestral
provenientes do Executivo evidenciam que as finanças públicas do País
permanecem, de modo geral, equilibradas.
3. Considerando o actual contexto macroeconómico que o País atravessa, cujo
impacto tem incidência directa no crescimento do PIB de Angola,
recomenda-se o seguinte:
a) Que o Executivo continue a prestar informações relevantes sobre o
desempenho dos diversos sectores e entes económicos e financeiros do
Estado;
b) Que o Executivo continue a melhorar o desempenho das despesas,
sobretudo as relativas ao Programa de Investimento Público;
c) Que se preste uma atenção especial à execução das verbas alocadas
ao sector Social, cuja execução tem influência directa na qualidade de
vida das populações;
18 DE NOVEMBRO DE 2016
59
d) Que se aposte na melhoria do ambiente de negócios, para que os
investimentos privados tenham maior abrangência em todo o País.
A presente Resolução entra em vigor à data da sua publicação.
Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, aos 18 de Novembro
de 2016.
Publique-se.
O Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos
Tenho assim apresentado o Projecto de Resolução, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: - Foi rápido, pode sentar. Srs. Deputados, estão abertas as
inscrições.
Srs. Deputados, já há algum tempo que ninguém está a se inscrever. Os
Deputados que estão inscritos são os seguintes:
A Deputada Maria Andrade (UNITA), o Deputado Lindo Bernardo Tito (CASA-
CE), o Deputado Fernando Heitor (UNITA), a Deputada Anita Filipe (UNITA) e
o Deputado Alberto Ngalanela, que vai falar no micro do Deputado Mfuca
Muzemba.
Exposto isso, vamos dar por encerradas as inscrições. Tem a palavra
A Deputada Maria de Andrade (UNITA): - Sr. Presidente, tomo a palavra para
tecer algumas considerações sobre o Relatório de Balanço de Execução do
Orçamento Geral do Estado referente ao III Trimestre de 2016.
Sr. Presidente, num País como o nosso que importa quase tudo, numa altura
em que as receitas baixaram devido à baixa do preço do principal produto de
exportação, não vemos nesse Relatório um esforço no aumento da produção
interna, o que se passa? O que se pretende Srs.?
Vemos, pelo contrário, na execução por rubrica, alguns sectores com mais
verbas enquanto os que deviam ser priorizados com menos verbas. Citando
alguns, temos as despesas correntes com uma execução de 18%, ao passo
que as despesas com investimento cifram-se em 4%, a despesa com a Defesa
e Segurança foi executada em 24% enquanto o sector Económico em apenas
4%.
I SÉRIE – NÚMERO 4
60
A despesa com a recreação, cultura e religião foi executada em 16% e a
despesa com a Habitação e Serviços Comunitários em apenas 3%, quando
temos famílias que são desalojadas todos os dias, com crianças e velhos
dormindo ao relento, temos lixos amontoados, gastamos dinheiro com
recreação, ao invés de se construírem casas sociais e se limparem as ruas?
Ao invés de aproveitarmos os empréstimos para aumentar a produção interna
e nos tornarmos auto-suficientes, estamos a usar o dinheiro para pagarmos
apenas salários?
Sr. Presidente, na conjuntura internacional actual os empréstimos e ajudas
são canalisados para países que demonstrem esforços em dinâmicas das suas
economias e não países com gestão duvidosas na coisa pública.
Por isso, gostaria de fazer um apelo no sentido de todos nós fazermos um
esforço para melhorarmos o desempenho da nossa economia.
Sr. Presidente, tenho dito.
(Aplausos da UNITA)
O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Deputado Alberto Ngalanela, para uma
intervenção.
O Deputado Alberto Ngalanela (UNITA): - Sr. Presidente, quanto ao
conteúdo do relatório que nos é presentado, identifiquei alguns aspectos que
convidam à tecer alguns comentários, apresentar algumas inquietações,
questionamentos e também apresentar sugestões.
Conforme o relatório faz alusão, na página 21, os encargos com o pessoal, ou
seja, as despesas com pagamentos e vencimentos, subsídios para o pessoal
civil e militar é a única rubrica das despesas que não sofreu alterações em
termos de execução. Aqui também, o relatório enfatiza que estes pagamentos
foram feitos com suporte nas receitas fiscais não petrolíferas, invertendo a
habitual matriz que fazia recursos às receitas provenientes do petróleo.
Gostava que fosse dada uma explicação com relação ao atraso dos salários
dos trabalhadores do Porto do Lobito, que é um gigante do sector económico,
que mantém as suas operações com toda a normalidade e que em certas
ocasiões procurou cumprir com algumas responsabilidades sociais no meio
onde está inserido, concretamente o município do Lobito e a província de
Benguela, em geral. Porque aquela unidade portuária tem a sua gestão, é
verdade, se mantém as operações com toda a normalidade, penso que produz
as receitas suficientes para fazer cobro às despesas com o pessoal.
18 DE NOVEMBRO DE 2016
61
Já na página 24, no ponto 2.8, concretamente o quadro 17, onde vêm
espelhadas as receitas arrecadadas e a despesa realizada por província, vale
aqui ressaltar que a receita arrecadada está muito aquém do esperado.
Arrisco supor que não tem havido honestidade na declaração das receitas que
têm sido arrecadadas, mas também vale dizer que esta desonestidade tem
sido encorajada pela obrigatoriedade do encaminhamento das receitas para a
Conta Única do Tesouro.
Declarando tudo, as empresas e as instituições públicas que já experimentam
grandes dificuldades de funcionamento, por falta de verbas, incorrem na
prática de cativar parte das receitas arrecadadas para suportar outros
encargos. Esta questão, uma vez mais, veio à tona no encontro dos
administradores e governadores provinciais e, mais uma vez, recomendam-se
as autarquias.
Quanto à despesa realizada para a execução de projectos, o relatório
apresenta a percentagem da despesa realizada, de forma global. Quanto à
fatia do OGE cabimentada às províncias, contém projectos cuja gestão é da
responsabilidade central, a nossa sugestão vai no sentido de o relatório
desagregar a percentagem de execução dos projectos, da estrutura central e
os projectos da responsabilidade dos governos provinciais, para se obter o
somatório expresso no quadro 17.
Assim, podemos aferir se a prestação da gestão centralizada, que apenas
limita as iniciativas locais. Recordar também, nesta Casa das Leis, que a
importância das rubricas destinadas ao saneamento básico é necessário, por
parte do Estado, porque deve-se fazer a regularização dos pagamentos dos
serviços prestados pelas operadoras que actuam na recolha do lixo e outros
resíduos sólidos.
Em Benguela, o Estado já não paga as operadoras desde Junho de 2014, o
lixo está a inundar a cidade e, daí vai-se fazendo sentir com as chuvas que já
se fazem sentir, vão surgindo doenças que podem evoluir para a morte de
muitos cidadãos.
Mesmo com o aperto financeiro que o País vive, esta rubrica deve ser tida em
conta. Agora, se a recolha do lixo virou um negócio rentável para os servidores
públicos, que muitos deles são os donos das mesmas operadoras, com
sobrefacturações dos serviços prestados, o Povo não pode pagar com doença e
morte.
O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Deputado Lindo Bernardo Tito, para uma
intervenção.
I SÉRIE – NÚMERO 4
62
O Deputado Lindo Bernardo Tito (CASA-CE): - Sr. Presidente, eu tenho
duas questões muito breves.
A minha primeira questão tem a ver com a Resolução, na parte que suporta a
fundamentação da competência da Assembleia Nacional, reparo que nessa
parte que começa com a seguinte expressão: “A Assembleia Nacional aprova”
há referência, para além do n.º 3 do artigo 63.º da Lei n.º 5/10, de 14 de
Julho, da alínea f) do artigo 166.º. O artigo 166.º tem dois números, 1 e 2,
quero crer que a alínea f) referida aqui é a do n.º 2 do artigo 166.º da
Constituição.
Também, ainda nesta parte, gostaria de pedir, até propor, que depois da
referência do artigo 166.º introduzíssemos a expressão in fine para que o
intérprete vem a entender que a referência da alínea f) do artigo 166.º não se
enquadra nos artigos referidos nas respectivas alíneas. É a parte final,
obviamente, que dá esta cobertura porque ela tem um entendimento de ser
um saco vazio, onde outros actos normativos como aqueles que podem ser
tomados em resoluções podem ser enquadrados.
Daí a minha proposta, para que fique claro, senão entender-se-á que essa
resolução pode ser suportada tanto pelos actos previstos no artigo 161.º e as
alíneas referidas, igualmente, 160.º e 163.º, o que não é. É a leste, digamos,
destes dois artigos que fiz referência, e algumas das alíneas, mas sim a parte
final.
A segunda questão, nós já levantámos mesmo nas Comissões de
Especialidade, esta resolução tem o objecto fundamental de a Assembleia
tomar conhecimento do Relatório Trimestral da Execução Orçamental e,
então, nós entendemos que a resolução devia ter apenas um único
dispositivo, que é o de tomar conhecimento, e não fazer recomendações nem
juízo de valores sobre como é que o trimestre foi executado do ponto de vista
orçamental.
Nós entendemos que qualquer juízo de valor deverá ser feito, obviamente, na
Conta Geral do Estado, que a Assembleia Nacional apreciará a seu tempo.
O Sr. Presidente: - Tem a palavra a Deputada Anita Filipe, para uma
intervenção.
A Deputada Anita Bela Filipe (UNITA): - Sr. Presidente, as dificuldades
gritantes no nosso País crescem todos os dias, de tal forma que o fosso entre
ricos e pobres é cada vez maior, basta nos deslocarmos a um dos bairros da
periferia para nos depararmos com a desgraça de muita gente.
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63
O sector social, ou particularmente a Saúde e a Educação, são áreas-chave
para o desenvolvimento de qualquer País, pois que qualquer que seja o
cidadão, desde que seja consciente, passa necessariamente por uma escola ou
hospital.
Já faz tempo em que nos hospitais faltam material gastável, inclusive nos
blocos operatórios e, por isso, os doentes a serem submetidos a uma cirurgia
têm que levar este material de casa, não há medicamentos e após a consulta
médica os pacientes têm de comprá-los no mercado informal, onde estão
expostos ao sol, moscas, pó e não só.
As análises clínicas têm de ser pagas, proponho que se estipule um preço
acessível e oficial, ao invés de se dizer que os serviços são gratuitos e pagar-se
sorrateiramente.
Os seropositivos habituados, anteriormente, a encontrar no hospital os
comprimidos para os adultos e o xarope para os bebés já não os há, restando-
lhes apenas sucumbir.
Muitas pessoas actualmente têm morte súbita, qual é a causa? É bom que
sejam feitas pesquisas para encontrar as razões e as possíveis soluções. A
falta…7
(O Sr. Presidente interrompe)
O Sr. Presidente: - Ponto de ordem da Deputada Ruth Mendes.
A Deputada Ruth Mendes (MPLA): - Sr. Presidente, era para lembrar a
colega Anita que nós estamos a discutir o Relatório de Balanço de Execução
do II Trimestre e ela está a ir buscar questões tão particulares do nível do
micro desenvolvimento da sociedade, que estou estupefacta.
Então, era para ver se ela reformula a intervenção dela e vá, de facto, às
questões atinentes ao Relatório de Execução.
O Sr. Presidente:- Ponto de ordem aceite. Vamos falar sobre o Balanço.
A Deputada Anita Bela Filipe (UNITA): - Sr. Presidente, eu não vou
reformular a minha intervenção, pois que nós estamos a falar do Balanço de
Execução, por isso não vou reformular.
7 Interrupção.
I SÉRIE – NÚMERO 4
64
Por falta do hábito de fazer consultas de rotina, os serviços de saúde devem,
levar a cabo sensibilização massiva da população sobre os benefícios da
consulta médica de rotina.
O nosso País necessita de uma legislação sobre as diabetes, por forma a
subvencionar tais medicamentos para o seu tratamento.
(O Sr. Presidente interrompe)
O Sr. Presidente: - Dona Anita, vamos lá ver. Temos de ser objectivos e
realistas. Estamos a fazer o Balanço da Execução do OGE para o II trimestre
deste ano, então vamos falar sobre a execução das despesas, as receitas que
estavam previstas para o trimestre, podemos emitir juízo de valor se as
medidas foram bem aplicadas ou não. Agora estamos a fazer propostas novas,
que atendem alguns projectos, é só uma questão de situar.
Poder fazer os comentários que quiser, as considerações que quiser, mas no
âmbito da execução do orçamento, porque o nosso objectivo aqui é analisar se
as medidas aprovadas foram bem implementadas.
A Oradora: – Vou resumir.
O Sr. Presidente: - No entanto, antes de prosseguir, há um pedido de ponto
de ordem do Deputado Adalberto.
O Deputado Adalberto Costa Júnior (UNITA): - Sr. Presidente, há um
enquadramento em que a Deputada tem razão em poder fazer esta reflexão.
Quando os níveis de implementação são inferiores às referências, ela pode
trazer para esta Casa um elemento que pode trazer à sensibilidade. Temos
aqui a Bancada do MPLA, anda pelo País também, pode sensibilizar os
executores a subirem os níveis de implementação, porque o que ela está a
dizer é que há carências que não se justificam quando os níveis de
implementação são baixos.
O Sr. Presidente: - A Deputada vai continuar a falar. Há bocado ela esteve a
fazer propostas de alterações de leis, não tem ligação directa.
Deputada Anita, você é soberana, fala, mas de acordo com os parâmetros da
discussão da execução do Orçamento 2016.
A Deputada Anita Bela Filipe (UNITA): - Sr. Presidente, estou mesmo a falar
do balanço, os problemas e porque o balanço é ou não é suficiente, não é
18 DE NOVEMBRO DE 2016
65
eficiente. Por isso, estou a retratar, pormenorizadamente, os problemas que se
encontram no País, e este é o meu ponto de vista.
Sr. Presidente, eu não vou alterar nada porque já escrevi.
(Risos)
Um País sadio é aquele que aposta em saúde pública para ajudar a prevenir
doenças. A prevenção é sempre mais barata do que a cura.
A proliferação de universidades privadas que grassam no nosso País, sugiro
que se inspeccionem as universidades antes do arranque do ano lectivo, para
que os estudantes não cheguem ao fim e se lhes diga que a sua formação é
inválida, porque a sua instituição não está autorizada e muitos dos
estudantes têm poucos recursos.
Apesar do refrescamento que tem merecido professores do ensino primário, I e
II ciclos, não basta, na medida em que as suas condições sociais continuam
na mesma, alguns são licenciados ou mesmo mestres, mas auferem como
técnicos de sexto e quinto escalões, com 68 mil Kwanzas.
É necessário resolver-se esta questão, porque de contrário nada valerá o
refrescamento por falta de motivação.
O professor deve leccionar próximo ao local da sua residência, optando pelo
princípio de proximidade. Os alunos da 1.ª e 4.ª classe devem ser submetidos
a um exame rigoroso, por ser o ensino primário que formata a personalidade
do aluno, ou seja, do indivíduo, pelo que apelo ao Executivo uma maior
atenção nessas duas áreas, evitando que os hospitais se transformem em
locais de enfermidade, em que os pacientes e os técnicos de saúde se tornem
enfermos, e que tenhamos ensino de qualidade reconhecido
internacionalmente.
(Aplausos da UNITA)
O Sr. Presidente: - Deputada, da próxima vez, além do documento escrito,
traz um plano B.
(Risos)
Porque muitas das questões que colocou aqui são pertinentes, mas é para ter
em conta no Orçamento de 2017. A sua preocupação é legítima, quer que se
I SÉRIE – NÚMERO 4
66
corrijam determinadas situações, mas não se enquadrava aqui, mas as
mulheres é que mandam, nós vamos registar.
Tem a palavra o Deputado Fernando Heitor, para uma intervenção.
O Deputado Fernando Heitor (UNITA): - Sr. Presidente, Vou ser breve e vou
procurar alertar, mais uma vez, para muitas das coisas que eu disse aqui e
alguns colegas meus, da Oposição, disseram.
Mas deixa-me, primeiro, começar por felicitar o Sr. Ministro das Finanças,
ouçam bem, estou a felicitar, também felicito quando as coisas estão bem.
Felicitar porquê? Aumentaram a quantidade de informação neste relatório. Há
um aumento, de facto, da quantidade da informação, e também porque
mantiveram, no II trimestre, o nível de execução alinhado entre a
cabimentação e a execução.
Quando nós falávamos da necessidade de terem cuidado com o limite da
dívida, nota-se aqui nesse relatório uma tendência decrescente na geração de
receitas, uma tendência decrescente no Balanço Comercial Nacional. As
importações diminuíram 31%, as exportações diminuíram 120%, o saldo
comercial diminuiu 80%.
Angola estava habituada a ter uma balança comercial superavitária, e não é
certo o que ouvimos ontem ou anteontem, dos indicadores como daquele lado,
de agora está bem (…), o saldo comercial é sempre positivo, está aqui, já
estamos a cair, e eu não estou a usar outros dados do FMI, só estou a usar os
dados que honestamente vocês nos trazem aqui.
Vejo também que a taxa de inflação duplicou, de 21,7% nesses II trimestre, e
no final do ano vai aumentar certamente. A Taxa de Câmbio a média subiu
3% ao mês nesse II trimestre.
Apesar do petróleo ter subido de 31,5 dólares para 40 dólares, portanto,
recuperou para aí 8,5 o barril de petróleo por mês nesse II trimestre, ainda
assim, as receitas fiscais diminuíram, está aqui o vosso balanço, diminuíram
e as despesas aumentaram. Portanto, as receitas diminuem, as despesas
aumentam e o saldo global do défice está aqui, é um défice.
Portanto, é preciso de facto começarem a intenderem que as nossas
intervenções aqui são para serem aproveitadas por vocês, por Vossas
Excelências, não são gratuitas, não é falar por falar, criticar por criticar,
porque estamos na Oposição, é dar contribuições positivas para que vocês
18 DE NOVEMBRO DE 2016
67
comecem a preocupar-se em governar melhor, é só isso, vocês são o nosso
Governo, não tenho outro Governo no País, são vocês mesmo.
Então, acham que eu não devo ter coragem e frontalidade de honestidade
para vos dizer o que é que acho que está bem, e o que é que acho que está
mal?
Agora, e certamente para terminar, só quero vos solicitar que leiam
atentamente as recomendações que estão expressas no Projecto de Resolução.
Esse projecto que foi lido pelo meu colega, tem lá umas recomendações, e
procurar assumi-las com responsabilidade e seriedade, nas acções que vierem
empreender nos próximos meses.
Esse ano 2016 já está a terminar, e os Relatórios de Balanço de Execução que
vocês trouxerem para o II trimestre, certamente indicarão que as coisas não
estão nada bem, e esta preocupação não deve ser só nossa, deve ser também
extensiva a vocês, porque o País é o mesmo, nós vivemos no mesmo País,
estamos submetidos às mesmas pressões, às mesmas forças negativas e
positivas, porque a economia em que nós estamos inseridos é a mesma.
Fico por aqui.
(Aplausos da UNITA)
O Sr. Presidente:- Foi a última intervenção, vou passar a palavra ao
Deputado Kilamba Van-Dúnem, para eventuais esclarecimentos.
Não tem? Está bem.
Vou passar a palavra ao Sr. Ministro das Finanças para esclarecimentos.
É preciso ter em conta uma questão, o Deputado Heitor falou no aumento das
despesas, mas as despesas são aprovadas em função das receitas esperadas
que são aprovadas aqui no Parlamento.
Eu queria saber se as receitas não foram realizadas, aumentaram-se as
despesas para além daquelas aprovadas aqui, essa é a dúvida, não sei a que
aumento de despesas é que está a referir-se o Deputado Heitor.
O Deputado Fernando Heitor (UNITA):- Sr. Presidente, Sua Excelência o Sr.
Ministro das Finanças fez o favor de trazer um relatório, onde traz um
balanço, não sei como é que se chama, acho que é o balanço macro fiscal,
qualquer coisa assim, e deste balanço nota-se claramente que o esforço de
angariar receitas ficou aquém do desejado, diminuiu em 33%.
I SÉRIE – NÚMERO 4
68
Não obstante a isso, as despesas subiram no II trimestre, porque as despesas
são superiores às receitas, provoca aquilo que eles chamam e bem, o défice
global de 370 e qualquer coisa milhões de Kwanzas.
Isso significa que não se pode recuperar no trimestre a seguir, nós estamos
aqui a focalizar apenas o II trimestre que termina o primeiro trimestre, não é.
Agora a seguir pode ser que no III trimestre, não é, as coisas sigam rumos
diferentes. Mas o que é facto é que nesse trimestre houve um défice. É esta
incidência que eu queria fazer e alertar os colegas que as coisas não estão
nada bem, estamos a arrecadar pouco e a gastar mais.
É tudo!
O Sr. Presidente:- Está bem, já entendemos. Não são despesas, são despesas
que estavam previstas.
Para esclarecimentos, tem a palavra ao Sr. Ministro das Finanças
O Ministro das Finanças:- Sr. Presidente, dizer que a relação despesas de
capital e despesas pessoais, na verdade com a queda do preço do petróleo, o
nível de arrecadação diminuiu e tendo diminuído o nível da arrecadação de
receita, a prioridade na execução do orçamento foi para a rubrica, como
sabem, do pessoal, garantindo os serviços mínimos das instituições, no que
toca a bens e serviços, mas mantendo alguma regularidade nas despesas de
capital.
Terão reparado que houve um nível de execução de 13% e o relatório é apenas
o resumo da execução da despesa das unidades orçamentais, nos anexos há o
detalhe do nível de execução dos Projectos de Investimento de Público.
Em relação à questão colocada sobre os salários em atraso da empresa do
Porto do Lobito, na realidade, não consta deste relatório porque o quadro de
pessoal dessa empresa não faz parte do quadro de pessoal da função pública.
Depois informar adicionalmente que na verdade houve um atraso de quatro
meses, a empresa já regularizou, com recurso a um acto de gestão, já
regularizou os quatro meses em atraso e agora as coisas estão normalizadas.
Apenas para partilhar esta informação com o Sr. Deputado.
Em relação à questão das receitas, acho que o Sr. Deputado queria referir-se
às receitas comunitárias que, de acordo com as regras, é em sede do
Orçamento Geral do Estado que os Srs. Deputados aprovam e devem reverter
à CUT e depois serem encaminhadas na proporção que devem, para as
administrações municipais.
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De facto, tenho que reconhecer, em nome do Ministério das Finanças, que
temos tido algumas dificuldades, tal como eu assumi, no encontro com as
Administrações Municipais, acho que o Sr. Deputado assistiu a minha
intervenção, está a ser feito um esforço no sentido de melhorarmos os
mecanismos para que estas receitas de alguma forma ajudem a gestão dos
municípios e revertem a favor das suas administrações.
Para o Ministério das Finanças este exercício até ao ser bem feito vai reduzir a
pressão central, a pressão da tesouraria central. Fizemos esse compromisso
público neste encontro com os administradores municipais e vamos cumprir
até no âmbito da Execução do Orçamento Geral do Estado que foi aprovado
na generalidade.
A preocupação em relação ao saneamento básico, também aqui reclamado é
uma preocupação central do Executivo, há na realidade, não sei só em relação
a Benguela, mas também em relação a outras províncias também, atrasos no
pagamento de serviços, o que nós temos estado a fazer é uma programação
um bocado em função da capacidade de arrecadação de receitas.
Dizia, uma programação para irmos paulatinamente, regularizando o nível
dos atrasados, com prioridade para as questões de saneamento básico, mas
não só, portanto nós temos um nível de atrasados ligeiramente elevado, temos
que reconhecer, mas até para facilitar a actividade económica, portanto o
desenvolvimento dos negócios dos prestadores de serviços, há o compromisso
do Estado à medida da arrecadação de receitas e regularizando
paulatinamente os atrasados, com prioridade para o saneamento básico,
porque também temos o interesse de não sobrecarregar, a jusante, outras
rubricas a nível da própria gestão do Orçamento.
Como sabem, se não tratarmos dessa despesa em particular, temos outras
consequências, portanto, a nível da saúde e outras rubricas, temos outro tipo
de pressão que convém para o equilíbrio orçamental a todo custo evitar.
Portanto, a última questão ou o último comentário do Deputado Heitor, ele
próprio respondeu, estamos a fazer uma análise de um período em concreto,
portanto, vamos enviusar os dados, fizemos declarações de que o nosso saldo
é um saldo à partida negativa, não é negativa neste período e corresponde até
ao que está previsto no Orçamento.
O Sr. Presidente:- Srs. Deputados, acabámos de ouvir os esclarecimentos,
penso que estamos em condições de votar a Resolução.
Há um pedido de esclarecimento do Deputado Lindo Bernardo Tito.
I SÉRIE – NÚMERO 4
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O Deputado Lindo Bernardo Tito (CASA-CE):- Excelência muito obrigado.
Eu gostaria só de lembrar que o Deputado Américo Cuononoca apresentou a
Resolução e colocámos algumas questões sobre a resolução e entendo que ele
tenha alguns minutinhos para tecer algumas considerações sobre as nossas
inquietações.
O Sr. Presidente:- Deputado Cuononoca, alguma dúvida na resolução.
Deputado Cuononoca quer esclarecer?
O Deputado Américo Cuononoca (MPLA):- Sr. Presidente, para dizer que
nós acolhemos a emenda introduzida pelo Sr. Deputado Lindo Bernardo Tito,
na norma, portanto, faltava o n.º 2, portanto a norma é a alínea f) do n.º 2 do
artigo 166.º da Constituição da República de Angola.
O resto, mantemos assim na medida em que nós fizemos as constatações e,
ao analisá-las, estando o trimestre em curso, é óbvio e é míster que os
Deputados recomendem para a melhoria nos próximos trimestres, III e o IV.
O Sr. Presidente:- Esclarecido.
Devemos passar à votação.
Vamos votar a Resolução que aprova a informação do Balanço de Execução
Orçamental, a informação e não o balanço.
Submetido à votação, o Projecto de Resolução foi aprovado por maioria, com
125 votos a favor, 25 votos contra e 7 abstenções.
Srs. Ministros, membros do Governos, agradecemos a vossa presença.
Desculpe, Sr. Ministro, há uma declaração de voto da UNITA.
O Deputado Raul Danda (UNITA):- Sr. Presidente, a UNITA votou contra
pelas seguintes razões:
Apesar de a forma como este documento é apresentado, qual quinino
embebido em mel para ver se as pessoas engolem com maior ou menor
facilidade, a UNITA acha que não iria mesmo engolir.
Estamos aqui a falar de uma informação, de um conjunto de papéis, numa
altura em que os Deputados não podem fiscalizar. É preciso ter confiança no
que os outros fazem, sim, mas também é preciso que os outros confiem em
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nós para nos abrirem as portas e deixarem que vejamos aquilo que eles estão
a fazer, como estão a fazer? Quando estão a fazer, e com quê estão a fazer?
Assim, sim, haverá confiança mútua e poderíamos estar aqui, livremente e de
coração aberto também, a votar a favor. De outra forma não é possível.
Continuamos a constatar faltas graves de eficiência naquilo que é a execução
do orçamento e isto porquê? Porque olhamos para obras e sabemos, por
portas e travessas, porque a informação não flui da forma como deveria fluir,
de que, de facto, em muitas situações, estamos a pagar cabuenha a preço de
bacalhau ou, se calhar, atum para fazer bifes, como aqui já se ouviu algumas
vezes.
Os indicadores têm estado e ir em choque. Quer aqueles apresentados aqui,
pelos auxiliares do Titular do Poder Executivo, quer os outros indicadores
apresentados, não só pelo Instituto Nacional de Estatística – como já
aconteceu - mas também por algumas instituições internacionais, muitas
vezes evocadas aqui quando as coisas andam bem e maltratadas quando as
coisas andam mal.
Sr. Presidente, ficamos aqui com a impressão, muitas vezes, de que falamos
aqui de duas Angola. Uma que vem nos Balanços de Execução Orçamental,
outra que vamos encontrar quando sairmos daqui, quando Vossa Excelência
bater o martelo e sairmos daquela porta.
Nessas condições a UNITA não podia deixar de votar contra.
(Aplausos da UNITA)
O Sr. Presidente:- Registámos a declaração de voto da UNITA.
Srs. membros do Governo, mais uma vez agradecemos a sua presença,
desejamos continuação de bom trabalho.
Srs. Deputados, são quase 14 horas, falta um ponto, mas é altura de
fazermos um intervalo.
Era só para saber. Então, vamos continuar.
Srs. Deputados, vamos Prosseguir. Segue-se a Discussão e Votação do
Projecto de Resolução que aprova o Plano de Trabalho das Comissões de
Trabalho Especializadas da Assembleia Nacional.
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Este ponto é uma questão interna, por isso os nossos visitantes, agradecemos
a vossa presença e venham mais vezes e os alunos estudem bem, para
aprender e passar.
Vamos passar a palavra ao Deputado Raul Lima, Segundo Secretário da
Mesa, para proceder a apresentação do Plano de Trabalho das Comissões.
O Segundo Secretário da Mesa (Deputado Raul Lima):- Primeira Vice-
Presidente, o Plano de Trabalho das Comissões de Trabalho Especializadas da
Assembleia Nacional é um documento que já nos é tradicional, por norma tem
sido aprovado no início de cada Ano Parlamentar.
Nos termos do Regimento da Assembleia Nacional, este plano resulta da
consolidação nos planos de trabalho de cada uma das 10 Comissões de
Trabalho Especializadas da Assembleia Nacional. Nele estão reflectidos um
conjunto de actividades que deverão ser desenvolvidas durante o Ano
Parlamentar 2016/2017.
As actividades a serem desenvolvidas durante este período estão distribuídas
em cinco domínios fundamentais: domínio organizativo, representativo,
legislativo, fiscalização e relações internacionais.
Os mapas que constam deste plano de trabalho estão distribuídos pelas 10
Comissões de Trabalho Especializadas, apresentam oito colunas em que uma
faz referência às actividades a serem desenvolvidas, o responsável por cada
actividade, o executor, o local, o prazo e o resultado esperado e uma coluna
com observações.
Nestes termos, Sra. Vice-Presidente, tenho assim apresentado o Plano de
Trabalho das Comissões de Trabalho Especializadas para o Ano Parlamentar
2016/2017.
Entretanto, a assumiu a presidência a Sra. Vice-Presidente Joana Lina Ramos
Baptista Cândido.
A Sra. Presidente em Exercício:- Cumpre-me passar a palavra à Sra.
Deputada Ana Maria Taveira José, da 1.ª Comissão, para proceder a
apresentação do Projecto de Resolução que aprova este Plano de Trabalho das
Comissões.
A Deputada Ana Maria Taveira (MPLA): - Sra. Vice-Presidente, permita-me
fazer a leitura da resolução.
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Considerando que a Assembleia Nacional, em reunião Plenária Ordinária,
realizada aos 18 de Novembro de 2016, apreciou os Planos de Trabalho das
Comissões de Trabalho Especializadas da Assembleia Nacional, para o Ano
Parlamentar de 2016/2017 e os considerou conforme.
A Assembleia Nacional aprova, pelo mandato do Povo, nos termos das
disposições combinadas das alíneas a) e d) do artigo 160.º e f) do n.º2 do artigo
166.º, ambos da Constituição da República de Angola, e do n.º1 do artigo 67.º
do Regimento da Assembleia Nacional, a seguinte Resolução:
1. É aprovado o Plano de Trabalho das Comissões de Trabalho
Especializadas da Assembleia Nacional, para o Ano Parlamentar de
2016/2017, nos termos da Resolução n.º 48/12, de 20 de Novembro, que
são parte integrante da presente Resolução.
2. A presente Resolução entra em vigor à data da sua publicação.
Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, aos 18 de Novembro
de 2016.
Publique-se.
O Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos
Sra. Primeira Vice-Presidente, acabei de fazer a leitura. Desculpe, Sr.
Presidente.
(Risos)
Entretanto, reassumiu a presidência o Sr. Presidente, Fernando da Piedade
Dias dos Santos.
Sr. Presidente, acabei de fazer a leitura da resolução.
O Sr. Presidente:- Estava a ficar preocupado estavas a chamar-me de
senhora.
A Oradora: - Desculpa, Sr. Presidente, não reparei.
O Sr. Presidente:- Estão abertas as inscrições.
Só temos duas inscrições, do Deputado Mário Salomão, do MPLA, e do
Deputado Nuno Carnaval, também do MPLA.
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Não há reclamações?
Surgiu mais uma, o Deputado José Tingão Pedro, também do MPLA.
Então, Srs. Deputados, estão encerradas as inscrições.
Passo a palavra ao Deputado Mário Salomão, para uma intervenção.
O Deputado Mário Salomão (MPLA):- Camarada Presidente foi por engano.
(Risos)
O Sr. Presidente:- Já deverias ter falado.
Passo a palavra ao Deputado Nuno Carnaval, para uma intervenção.
O Deputado Nuno Caldas Albino (MPLA):- Sr. Presidente, gostaria apenas de
contribuir com duas notas. Primeiro, no sentido de felicitar a Mesa pela
compilação das principais acções que estão contidas na Proposta de Lei do
Plano de Actividades ou do Plano de Trabalho da Assembleia Nacional para a
5.ª Sessão Legislativa.
A segunda para solicitar ao Segundo Secretário da Mesa concernente a
algumas acções da Comissão, nomeadamente a 7.29 e a 7.30, são actividades
com o mesmo conteúdo, apenas era para simplificar, fundir as duas acções.
Relativamente à actividade 7.9, nós vamos submeter à Mesa uma outra
proposta de redacção, não foge muito, sobretudo a nível das actividades,
vamos mandar um outro conteúdo, mas mantém-se tudo o resto.
Eu iria mesmo ler o conteúdo 7.9: “ realizar encontros como os Parceiros
Sociais do sector dos Desportos, Federações, Associações e Clubes, atletas
olímpicos e atletas medalhados nos jogos e campeonatos continentais e
reginais”, tirar os “campeonatos mundiais.”
Eram essas duas questões Sr. Presidente.
O Sr. Presidente:- Há alguns mundiais que nós vamos, de vela e hóquei-em-
patins, talvez essa recomendação se salvaguarde, porque não?
O Orador:- Sim, os olímpicos salvaguardam-se.
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O Sr. Presidente:- Então, responde. Mas o Gustavo queria ajudar.
O Deputado Gustavo Vaz da Conceição (MPLA):- Sim, posso, de facto
ajudar, Excelência Sr. Presidente.
Desde já agradeço o facto de me ter dado a palavra sem inscrição, mas,
realmente, o texto que o Deputado Nuno leu agora espelha melhor a nossa
realidade, porque o texto original vinha falava em atletas medalhados nos
Jogos Olímpicos e nos campeonatos do mundo.
Ora, nós não temos atletas medalhados a esse nível e, portanto, a actividade
da comissão era reunir com ninguém. Assim, o texto que o Deputado Nuno
propõe agora espelha melhor a realidade do nosso desporto e da actividade
prevista da 7.ª Comissão.
O Sr. Presidente:- Foi bom ter falado, Sr. Deputado.
Passo a palavra ao Deputado Tingão, para uma intervenção.
O Deputado José Tingão (MPLA):- Sr. Presidente, solicitamos a palavra para,
igualmente, solicitar a correcção sobretudo nos resultados esperados da
actividade 4.1. Gostaríamos de solicitar, ou seja, propor uma correcção de
forma, na palavra abreviada alínea a) que se elimine a letra “i” e a mesma fica
apenas RAN8 e o texto termine até a essa palavra abreviada. De resto possa
ser então eliminada.
O Sr. Presidente:- Srs. Deputados, não há mais inscrições.
Passo a palavra ao Segundo Secretário da Mesa para esclarecimentos.
O Segundo Secretário:- Excelência Sr. Presidente da Assembleia Nacional,
nós acolhemos as sugestões apresentadas, talvez solicitar ao Sr. Deputado
Nuno Carnaval que nos remetem por escrito aquelas duas ou três
contribuições ou alterações das actividades que vocês mesmos propuseram.
Portanto, isto é um documento que, apesar de ser aprovado, está aberto para
estas pequenas correcções.
O Sr. Presidente:- Srs. Deputados, nós vamos aprovar o Plano de Trabalho
das Comissões com as alterações que foram aceites, e vamos fazer fé que o
Deputado Nuno Carnaval vai enviar uma nova redacção.
8 Regimento da Assembleia Nacional.
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Exposto isso, penso que podemos aprovar a Resolução que aprova o Plano de
Trabalho das Comissões de Trabalho Especializadas da Assembleia Nacional,
com emendas.
Submetida à votação, a Resolução foi aprovada por unanimidade, com 159
votos.
Tudo vai bem quando acaba bem.
Exposto isso, gostaria de informar aos Srs. Deputados que as próximas
Reuniões Plenárias serão nos dias 13 e 14 de Dezembro.
Desejo a todos um bom descanso, um bom fim-de-semana.
Está encerrada a primeira reunião.
(Batida do martelo)
Eram 14 horas e 20 minutos.
Estiveram ausentes os seguintes Srs. Deputados:
GRUPO PARLAMENTAR DO MPLA
AUSÊNCIAS JUSTIFICADAS
1. ARMANDO DA CRUZ NETO
2. CÂNDIDA CELESTE DA SILVA
3. DOMINGOS MARTINS NGOLA
4. ELISA KATA
5. EUGÉNIA TAMAR SEMENTE CHIACA
6. FAUSTINA FERNANDES INGLÊS DE ALMEIDA ALVES
7. FILIPE DOMINGO
8. MANUEL FRANCISCO TUTA “BATALHA DE ANGOLA”
9. MARIA DO CARMO ASSIS DO NASCIMENTO
10. PEDRO DIAVOVA
11. PEDRO SEBASTIÃO
12. PEREIRA ALFREDO
13. SÉRGIO LEONARDO VAZ
14. SÉRGIO LUTHER RESCOVA JOAQUIM
15. SUZANA PEREIRA BRAVO
16. YABA PEDRO ALBERTO
GRUPO PARLAMENTAR DA UNITA
AUSÊNCIAS JUSTIFICADAS
1.LUKAMBA PAULO “GATO”
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GRUPO PARLAMENTAR DO PRS
AUSÊNCIAS JUSTIFICADAS
1. BENEDITO DANIEL
2. EDUARDO KUANGANA
A DIVISÃO DE REDACÇÃO E APOIO AUDIOVISUAL.-