aula 4 sexta

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Período Fetal 9ª Semana de Desenvolvimento ao Nascimento Prof. Dr. Emerson Fioretto

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Page 1: Aula 4 Sexta

Período Fetal 9ª Semana de Desenvolvimento

ao Nascimento

Prof. Dr. Emerson Fioretto

Page 2: Aula 4 Sexta

Estimativa da Idade Fetal Mensurações cabeça-nádegas (CR)

Estimativa da Idade fetal

Estimativa do dia provável de parto (DPP)

2 e 3 trimestres

Mensuração do Diâmetro Parietal

Medida entre as saliências parietais.

Circunferência da cabeça

Determinante dos cuidados do parto

Tamanho fetal x abertura pélvica

Retardo de crescimento intra-uterino

Anomalias congênitas

Circunferência abdominal

Comprimento do fêmur

Page 3: Aula 4 Sexta

Período Fetal > Principais Eventos 9ª a 12ª Semanas

9ª Semana

Cabeça > ½ da estimativa CR

Face larga, olhos separados (ântero-lateral), orelha implantação baixa

Pernas curtas, coxas pequenas

10ª Semana

Alças intestinais > próximas ao cordão umbilical

11ª Semana

Alças intestinais no abdome

12ª Semana

Corpo > cresce rapidamente, CR é o dobro

Membro superior > quase comprimento total

Membro inferior > ainda mais curtos

Page 4: Aula 4 Sexta

Período Fetal > Principais Eventos 13ª a 17ª Semanas > crescimento rápido

14ª Semana

Movimentos coordenado ainda imperceptíveis para a mãe

16ª Semana

Cabeça relativamente pequena

Membros inferiores mais compridos

Ossos visíveis ao US

Padrão capilar do couro cabeludo

Olhos anteriores

Mulher

Ovário > folículo primordiais > ovogônias

Page 5: Aula 4 Sexta

Período Fetal > Principais Eventos 17ª a 20ª Semanas > crescimento mais lento; CR: 50 mm

Movimentos fetais perceptíveis

Verniz caseoso

Cobertura da pele do feto

Material gorduroso (glds. sebáceas) + cel. mortas da epiderme

Função: Proteção > abrasões, rachaduras e endurecimento

Lanugo

Penugem delicada, auxilia a fixação do verniz caseoso

Produção da gordura parda

Função: produção de calor para o recém nascido

Mulher

Formação do útero e canalização da vagina

Formação dos folículos primordiais

Homem

Testículo intra-cavitário

Page 6: Aula 4 Sexta

Período Fetal > Principais Eventos 21ª a 24ª Semanas > ganho de peso

21ª Semana

Movimentos rápidos dos olhos

22ª a 23ª Semanas

Resposta a piscar

24ª Semana

Desenvolvimento das unhas das mãos

Início da secreção do surfactante pulmonar

Sistema Respiratório IMATURO

Risco alto de morte do bebê prematuro

Page 7: Aula 4 Sexta

Período Fetal > Principais Eventos 26ª a 29ª Semanas

Aumento do índice de sobrevivência do prematuro

(não sobrevivência quando pesos inferiores a 2.500g)

Sistema Respiratório ainda prematuro

Pulmões capazes de realizarem trocas gasosas

Sistema Nervoso Central maduro

Controle da temperatura corpórea

Controle de movimentos respiratórios rítmicos

Lanugo e cabelos bem desenvolvidos

Desenvolvimento das unhas dos pés

Gordura subcutânea presente

Eritropoese

Baço > parada da produção

Medula óssea > produção exclusiva

Page 8: Aula 4 Sexta

Período Fetal > Principais Eventos 30ª a 34ª Semanas

Alto índice de sobrevivência de prematuros

Desenvolvimento do reflexo pupilar

Pele > rosada e lisa

Membros bem desenvolvidos e robustos

Page 9: Aula 4 Sexta

Período Fetal > Principais Eventos 35ª a 38ª Semanas

Sistema nervoso

Capacidade de responder as funções integrativas

Período de “acabamento”

Circunferência de Cabeça e Abdome semelhantes

Tórax saliente

Crescimento mais lento

Peso médio: 3.400g, CR: 360mm, Média de ganho de peso: 14 g

Homens

Testículos no escroto

Ambos os sexos

Desenvolvimento de mamas (leve protrusão)

Page 10: Aula 4 Sexta

Data Provável de Parto Com relação a fecundação

266 dias; 38 semanas

Com relação a última menstruação normal (UPMN)

280 dias; 40 semanas

Cálculo

Determinação do primeiro dia da UPMN

Retrocedimento da data em 3 meses

A partir desta data, soma-se 1 ano e 7 dias

De modo geral, bebês nascem 1 a 2 semanas depois da DPP

Page 11: Aula 4 Sexta

Crescimento Fetal Fatores

Nutrição materna

Nutrientes, gases, glicose, aminoácidos

Retardo do crescimento intra-uterino

Tabagismo > Geralmente fetos com 200g abaixo do normal

Alcoolismo > Síndrome do alcoolismo fetal

Drogas

Má nutrição e Maus hábitos alimentares

Gravidez múltipla > Limite da capacidade placentária em disponibilizar nutrientes

Fluxo Sanguíneo Utero-Placentário Deficiente

Vasos coriônicos pequenos, hipotensão grave, doença renal

Fatores genéticos

Recessividade genética

Aberrações numéricas e estruturais cromossômicas

Page 12: Aula 4 Sexta

Perinatologia Estudo do bem estar fetal e do recém-nascido

26ª Semana de desenvolvimento a 4ª Semana pós parto

Exames

Ultrassom

tamanho e anormalidades placenta/feto; tipo de gravidez (única ou múltipla);

Amniocentese Diagnóstica

Coleta de líquido amniótico e Análise química

Cultura Celular

Determinação do sexo e Investigação de aberrações cromossômicas

Sangue > Investigação de aberrações cromossômicas

Tomografia e Ressonância Magnética

Avaliação de procedimentos cirúrgicos corretivos

Monitoramento fetal > Oxigenação fetal, freq e ritmo cardíaco

Avaliação da angústia fetal

Page 13: Aula 4 Sexta

Perinatologia Dosagem de alfafetoproteína

Glicoproteína sintetizada pelo fígado e saco vitelino

Presente em fetos com defeitos abertos do tubo neural

Espinha bífida com mielosquise

Pode ser dosada tanto no liquido amniótico quanto no soro materno

Amostragem de vilosidade coriônica

Distúrbios ligados ao cromossomo X

Exame disponível após a 7ª semana de fecundação

Risco de perda fetal 1%

Pouco maior que a Amniocentese

Permite diagnóstico precoce

Page 14: Aula 4 Sexta

Placenta e Membranas Fetais

Prof. Dr. Emerson Fioretto

Page 15: Aula 4 Sexta

Placenta Definição:

É um órgão materno-fetal constituído por dois componentes

Porção fetal: relacionada ao saco coriônico

Porção materna: relacionada ao endométrio

Função

Sistema de transporte de substância entre a mãe e o feto

Mãe-feto: nutrientes e oxigênio

Feto-mãe: excretas e óxido de carbono

Proteção

Nutrição

Respiração

Excreção

Produção de hormônios

Page 16: Aula 4 Sexta

Decídua Porções do endométrio que se separam após o parto

Decídua Basal

Porção abaixo do concepto; Componente materno da placenta

Decídua Capsular

Porção superficial que recobre o concepto

Decídua Parietal

Toda a porção restante

Células deciduais

Células do tecido conjuntivo

Aumentam de tamanho em resposta a progesterona

Acúmulo de glicogênio e lipídios

Reação decidual

Processo no qual a decÍdua sofre mudanças celulares e vasculares

Page 17: Aula 4 Sexta
Page 18: Aula 4 Sexta

Desenvolvimento da Placenta Inicial

Rápido desenvolvimento do trofoblasto, saco coriônico e vilosidades coriônicas

3ª Semana

Arranjo anatômico constituído

4ª Semana

Formação completa da rede vascular

Até 8ª Semana

Vilosidades coriônicas recobrem todo o saco coriônico

Córion liso > vilosidades coriônicas da decídua capsular diminuem devido ao aumento saco coriônico

Cório viloso > vilosidades coriônicas da decídua basal aumentam para compensar a perda das vilosidades da decídua capsular

Page 19: Aula 4 Sexta
Page 20: Aula 4 Sexta
Page 21: Aula 4 Sexta

Junção Materno-fetal Capa citotrofoblástica

Face de união entre córion viloso e a decídua basal

Formada por células citotrofoblásticas

Vilosidade Coriônica (porção fetal)

Projeção do córion fetal a partir da placa coriônica

Invade decídua basal (porção materna)

Formação dos septos da placenta que se projetam em direção à placa coriônica (dedos de luvas)

Conjunto de vilosidades = Coltilédone

Page 22: Aula 4 Sexta
Page 23: Aula 4 Sexta

Junção Materno-fetal Decíduas

Decídua capsular

Cresce sobreposta ao saco coriônico

Crescimento fetal

Provoca o adelgaçamento e fusão com a decídua parietal

Espaço Interviloso

Originado da fusão das lacunas no sinciciotrofoblasto

Parcialmente limitado pelo septo da placenta

Artérias espiraladas da decídua basal e das veias endometriais

Superfície de troca

Membrana placentária

Page 24: Aula 4 Sexta
Page 25: Aula 4 Sexta

Membrana Âmniocoriônica Fusão entre Âmnio e Cório liso

Devido ao crescimento mais rápido do âmnio que o córion Contínuo crescimento

Fusão com a Decídua parietal

Âmnio > reveste o cordão umbilical

No interior: líquido amniótico

É a “bolsa” que estoura durante o parto

Page 26: Aula 4 Sexta

Líquido Amniótico Início: provem do fluido tecidual materno da decídua parietal

Desenvolvimento:

cels. aminióticas: produção de pequena quantidade

Placa coriônica: difusão do líquido presente no espaço interviloso

Pele: antes da queratinização libera fluído tissular no líquido amniótico

Intestino e pulmões: liberação de fluído tissular

Urina fetal

É absorvido pelo feto

Deglutição, absorção, excreção renal > urina > saco âminiótico

Calcula-se que 400ml/dia são deglutidos pelo feto

Page 27: Aula 4 Sexta

Líquido Amniótico Troca de fluído a cada 3 horas Passagem através da membrana amniocoriônica para o fluído tecidual

materno seguindo ao capilar uterino

Troca de fluído com o feto Através do cordão umbilical

Quantidade de líquido x malformações Oligoidrâmnio (< 500ml) Causa: insuficiência placentária; agenesia renal bilateral, uropatia obstrutiva

Consequência: hipoplasia pulmonar; defeitos faciais, defeitos nos membros

Polidrâmnio (> 2000ml ) Causa: idiopática

Consequência: mero ou anencefalia, incapacidade de deglutição (atresia de esôfago ou de duodeno)

Aminiocentese Permite avaliar: Sistemas enzimáticos fetais

Aminoácidos, hormônios....

Page 28: Aula 4 Sexta

Líquido Amniótico Importância:

Crescimento externo simétrico do embrião /do feto

Barreira contra infecções

Permite desenvolvimento pulmonar

Impede a aderência do âmnio ao embrião/feto

Proteção mecânica

Controle de temperatura do embrião

Desenvolvimento muscular

Manutenção da homeostasia dos fluídos e eletrólitos

Page 29: Aula 4 Sexta

Circulação Placentária Fetal Sistema arteriocapilar venoso

Fluxo

Artérias umbilicais > Art. coriônicas > Veias coriônicas > Veia Umbilical

Artérias > carregam sangue pobre e pouco oxigenado do feto para o espaço interviloso.

Veias > carregam sangue rico e oxigenado do espaço interviloso para o feto

OBSERVAÇÃO:

Os vasos fetais não se abrem nos espaços intervilosos

As trocas são feitas transmembrana

Page 30: Aula 4 Sexta

Circulação Placentária Materna Artérias espiraladas

Abrem-se nos espaços intervilosos

Jorram sangue com pressão no espaço

Cerca de 150ml com 3 a 4 trocas por minuto

Troca de nutrientes/oxigênio > via trans-membrana, pois no espaço interviloso o sangue está a baixa pressão

Fluxo retorna pelas veias endometriais

Page 31: Aula 4 Sexta
Page 32: Aula 4 Sexta

Transporte pela Membrana Gases

Nutrientes > água; glicose; aminoácidos; vitaminas

Anticorpos > IgG (imunoglobulina G)

> contra difteria; varíola e sarampo

Excretas > fetais: uréia e ácido úrico

Drogas > anestésicos, medicamentos, ilícitas, álcool

Agentes > infecciosos: citomegalovirus, varíola

poliomielite, sarampo

rubéola > alteração congênita

> microorganismo: Toxoplasma gondii

Treponema pallidum

(danos aos olhos e cérebro)

Page 33: Aula 4 Sexta

Parto Fatores hormonais

Feto

Horm. liberador de corticotrofina: Produzido no hipotálamo e,

age sobre a hipófise que libera:

Horm. Adrenocorticotrofina: age sobre a córtex da adrenal

liberando:

Cortisol: age sobre a síntese de estrogênios

Mãe

Horm. Estrogênios: aumentam a contratilidade do

miométrio (músculo liso) que

sensibiliza as células para:

Hormônio Ocitocina: aumenta a contratilidade do

miométrio pela liberação de

prostaglandinas

Page 34: Aula 4 Sexta

Estágios do Parto Dilatação

Início: Dilatação Progressiva do cólo

Término: Dilatação total do cérvix

Sinais clínicos

Contrações dolorosas regulares < 10 minutos

Duração: 12 h (primíparas – mulheres ao 1º parto)

07h (multíparas – mulheres que já pariram)

Page 35: Aula 4 Sexta

Estágios do Parto Expulsão

Início: Dilatação total do cérvix

Término: Saída do feto > passa a ser chamado de neonato

Mecânica:

Feto desce pelo colo e escorrega pela vagina

Duração: 50 minutos (primíparas); 20 minutos (multíparas)

Page 36: Aula 4 Sexta
Page 37: Aula 4 Sexta

Estágios do Parto Estágio de Placenta

Início: após o nascimento

Término: expulsão da placenta

Mecânica:

Formação de hematoma entre a placenta e o útero

Expulsão da placenta e anexos fetais

Duração: 15 minutos

Pouco sangramento decorrente da contratilidade do miométrio que diminui a luz das artérias espiraladas

Retenção placentária: quando não expelida em até 60 minutos

Sangramento pós parto moderado a intenso

Avaliação macro e microscópica

Informações sobre disfunção, retardo de crescimento intrauterino, sofrimento fetal, morte fetal e doença neonatal

Retenção de cotilédone leva a hemorragia uterina grave

Page 38: Aula 4 Sexta
Page 39: Aula 4 Sexta

Cordão umbilical 1 a 2 cm de diâmetro x 30 a 90 cm de comprimento

2 artérias, 1 veia, tecido conjuntivo mucóide (geléia de Wharton)

Devido ao comprimento pode-se observar:

Falsos-nós

Nós-verdadeiros: 1%

Anorexia fetal > morte fetal

Page 40: Aula 4 Sexta

Saco Vitelino ou Vesícula Umbilical Não há acúmulo de vitelo

Importância:

Transferência de nutrientes nas 2ª e 3ª semanas

Passagem para o sangue produzido no mesoderma extraembrionário que o recobre da 3ª a 6ª semana

Formação do intestino primitivo

Origina: epitélio da traquéia, brônquios, pulmões, trato digestivo

Formação das células germinativas primordiais

Migram para as glândulas sexuais em desenvolvimento

Page 41: Aula 4 Sexta
Page 42: Aula 4 Sexta

Alantóide Afuncional em humanos

Outras espécies: armazenamento de excretas

Origem: saliência do saco vitelino próximo ao cordão umbilical durante a formação do intestino primitivo

Importância

Estrutura altamente vascularizada

Contribui com a formação do sangue

Formação da veia e artérias umbilicais

Estabelece ligação o cordão umbilical e a bexiga urinária

Formação do úraco

Ligamento umbilical mediano (após o nascimento)

Ápice da bexiga ao umbigo

Page 43: Aula 4 Sexta
Page 44: Aula 4 Sexta

Gestações Múltiplas Quanto maior o número de fetos > Maior incidência de

anormalidades cromossômicas e morbidade fetal

Gêmeos

Fraternos ou Dizigóticos

Originados de 2 zigotos

2/3 dos gêmeos; incidência aumenta com a idade materna

Monozigóticos

Originados a partir de um zigoto

Page 45: Aula 4 Sexta

Gêmeos Dizigóticos 2 âmnios, 2 córions, 1 placenta

fusão coriônica e placentária

Características

Irmãos geneticamente diferentes

Sexo diferentes

Page 46: Aula 4 Sexta

Dicoriônica Diaminiótica

Monocoriônica Diaminiótica

Page 47: Aula 4 Sexta

Gêmeos Monozigóticos Ocorrência

Estágio de blastocisto, final da 1ª semana

Embrioblasto divide-se em 2

Placenta gêmea monocoriônica-diamniótica

2 âmnios, 1 córion, 1 placenta

Placenta gêmea monocoriônica-monoaminiótica

Índice de mortalidade fetal 50%

Devido ao emaranhado do cordão umbilical

Não circulação em 1 ou ambos

Divisão em Estágio de 2 a 8 células (incidência rara)

Similar a gêmeos dizigóticos quanto a formação da placenta e anexos

2 âmnios, 2 córions, 2 placentas

Page 48: Aula 4 Sexta

Monocoriônica Diaminiótica

Page 49: Aula 4 Sexta

Outros nascimentos múltiplos Trigêmeos

Origem

Comum: um zigoto > idênticos

2 zigotos: 2 idênticos + 1 não semelhante

3 zigotos: 3 não semelhantes

Ocorrência semelhante em quádruplos, quíntuplos, sêxtuplos, sétuplos...