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1 SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL UNIDADE DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PÓS-GRADUAÇÃO EM DOCÊNCIA PARA A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL Carmen Reina Vedoy Goes Planejamento docente em sete passos metodológicos Porto Alegre 2014

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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL

UNIDADE DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

PÓS-GRADUAÇÃO EM DOCÊNCIA PARA A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Carmen Reina Vedoy Goes

Planejamento docente em sete passos metodológicos

Porto Alegre

2014

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CARMEN REGINA VEDOY GOES

Planejamento docente em sete passos metodológicos

Trabalho de conclusão de curso apresentado a

serviço Nacional de Aprendizagem comercial

para obtenção do título de especialista em

Docência para Educação Profissional

ORIENTADORA: Professora Mestre Aline Azeredo Bizello

Porto Alegre

2014

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CARMEN REGINA VEDOY GOES

PLANEJAMENTO DOCENTE EM SETE PASSOS METODOLÓGICOS

Trabalho de conclusão de curso apresentado a

serviço Nacional de Aprendizagem comercial

para obtenção do título de Especialista em

Docência para Educação Profissional.

Aprovado em maio de 2014

BANCA EXAMINADORA

Professor Mestre: Pedro Paulo Oliveira de Sá Peixoto

Professora Mestre: Michele de Mattos Kreme

Professora Mestre: Aline Azeredo Bizello

_________________________________________

Professora Mestre Aline Azeredo Bizello

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RESUMO

Este trabalho é resultado dos estudos realizados no curso de Pós-Graduação em Docência para a

Educação Profissional, tendo como objetivo principal capacitar o professor para atuar com o

desenvolvimento de competências e metodologia dos sete passos. Para isto, este trabalho analisa

quatro práticas docentes realizadas no curso de Pós-Graduação em Docência para a Educação

Profissional. Esses laboratóriosforam focados no desenvolvimento de competências, planejados de

acordo com a metodologia dos sete passos. Após o cumprimento dessas aulas, foi constatado que

trabalhar com desenvolvimento de competências e metodologia dos sete passos fica melhor de

propor, desenvolver, acompanhar e avaliar melhor o desenvolvimento dos alunos na realização das

atividades.

Palavras Chave: Prática Pedagógica. Professor Nível Técnico. Desenvolvimento de Competências

e Metodologia dos Sete Passos.

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ABSTRACT

This work, results of studies performed in the course of Postgraduate Teaching for Vocational

Education, aims to empower the teacher to work with the development of skills and methodology of

the seven steps. To this end, this paper analyzes four teaching practices carried out in the course of

Postgraduate Teaching for Vocational Education. These labs, focused on skills development, were

planned according to the methodology of the seven steps. After the completion of these classes, it

was found that work with skills development and methodology of the seven steps is to propose the

best skills for students, develop, monitor and evaluate the development of the best students in

performing activities.

Keywords: Teaching Practice. Teacher Technical Level. Skills Development and Methodology of

the Seven Steps.

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SUMÁRO

1. Introdução...........................................................................................................................................7

2. Referencial teórico.............................................................................................................................9

2.1 A situação de aprendizagem e os sete passos metodológicos..........................................................9

2.1.1Desenvolvimentos de competências.............................................................................................12

3. As lições da experiência vividas.......................................................................................................17

4. Considerações finais..........................................................................................................................21

Referências bibliográficas.....................................................................................................................23

Anexos..................................................................................................................................................25

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1. INTRODUÇÃO

Atuo na área docente há pelo menos dois anos, ministrando aulas em uma escola de

enfermagem para nível técnico na cidade de Porto Alegre-RS. No entanto, senti necessidade de me

qualificar em docência, podendo assim permanecer em sala de aula e atuando como professora. A

qualificação em si apresenta diversos segmentos e desafios, aumentando perspectivas, o que leva o

professor muitas vezes a se reposicionar diante do mercado de trabalho, mercado este que visa além

de uma formação superior básica, um aprofundamento e sempre maior especialização possível, indo

também aos campos da ética e comprometimento, a postura profissional e “gosto” pelo ensino.

A profissão de docente requer muito mais que qualificação e conhecimento requerem

também carinho e dedicação por porte do educador, pois para o professor ter uma qualificação

continuada deverá investir em cursos e capacitações, o que requer tempo e disponibilidade de

horários. Sempre é preciso estar pedagogicamente capacitado e com ótimas habilidades docentes

para poder permanecer em campo, em um mercado exigente e competitivo se o educador ficar sem

qualificação o aluno o excluirá da sala de aula, tendo em vista que este mesmo aluno percebe

quando se ministram aulas de qualidade ou não. É neste momento que eles escolhem o professor

que permanecerá dando aula, esta é a vivencia que tenho, onde estou atuando como docente há mais

dois anos.

Eu realizo cursos na área de formação continuada, procuro sempre estar atualizada com as

novidades e trazer para dentro da sala de aula coisas que motivem os alunos a permanecerem dentro

das salas até a conclusão do curso, tarefa esta que não é nada fácil, com as novas tecnologias

disponíveis e os meios de informações que temos hoje pra trabalhar em sala fica mais fácil e melhor

de abordarmos determinados assuntos, pois estes avanços nos proporcionaram estas vantagens, para

podermos estar atendo as novas exigências do mercado tão competitivo que é este nosso e exigente

quando faz as seleções para uma vaga de emprego, é exigido cada vez, mais novo saberes e por

tanto a importância de ter escolhido para fazer este curso de especialização em formação

pedagógica é para que eu possa continuar atuando com docente, profissão que escolhi e amo atuar, e

para poder enfrentar as perspectivas do mercado de trabalho e dos alunos.

Como enfermeira e professora do curso técnico de enfermagem não têm como não continuar

estudando, para ensinar e aprendendo todos os dias, pois dentro da área da saúde as mudanças

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ocorrem rapidamente e todos os dias têm novidades voltadas para a educação em saúde, e cada dia

os alunos estão mais exigentes e com razão, pois querem estar formados e concorrendo a uma vaga

com qualidade, e para isto ele tem que ter tido uma ótima base para a sua formação, o professor.

Um professor qualificado faz a diferença, quando estamos falando em educação continuada,

o curso que fiz, fez a diferença para a minha trajetória docente, deu uma direção e uma qualificação

melhor e uma visão mais ampla, principalmente quando tenho que formar grupos de trabalho, antes

eu escolhia os grupos, os temas, e como fariam hoje eu digo o que eu quero e eles formam os

grupos e decidem como querem apresentar deixo os alunos mais à vontade, para tomarem as

decisões, pois desta forma eu estou deixando que eles aprendam desde o ensino técnico tomar

decisões e ter atitudes que farão a diferença no futuro profissional de cada um.

Ao dar inicio ao curso de especialização em formação pedagógica sentia a me muito ansiosa

em saber mais e mais, e realmente com o passar dos meses fui aperfeiçoando meus conhecimentos e

adquirindo maior domínio em sala de aula, e capacidade para poder atuar no campo da docência,

com sabedoria e conhecimento que só uma formação continuada nos proporciona. Dentro da

literatura disponível tem muitos artigos bons que abordam sobre a capacitação e a formação

continua dos docentes principalmente dos que atuam em níveis superiores e técnicos, dentro desta

perspectiva dei seguimento ao meu curso de formação em docência, pois tive a certeza que estava

no caminho certo.

A pesquisa que está sendo realizada trabalha com base na metodologia do desenvolvimento

de competências e metodologia dos sete passos, onde o professor durante a Pós-Graduação em

Docência para a Educação Profissional foi desenvolvidos laboratórios para poder qualificar as

competências que vinha trabalhando e para realizar uma avaliação com qualidade. E no decorrer

deste trabalho serão debatidos assuntos referentes a estas competências e como ocorriam estes

encontros, no referencial teórico o leitor encontrará a descrição de como são montadas as

competências e a importância destas dinâmicas, como as aulas são elaboradas os planos de

desenvolvimentos dos sete passos. No capítulo onde falo sobre as experiências vividas o leitor

encontrará o porquê escolhi trabalhar com as competências dos sete passos. E nas considerações

finais falo sobre a importância do docente estar capacitado e realizar curso de formação pedagógica.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. A situação de aprendizagem e os sete passos metodológicos

Para Küller, (2012 apud Rodrigo, 2008) falar em caminhos metodológicos significa

descrever os possíveis caminhos que utilizaremos durante o curso de formação pedagógica e

também algumas opções que serão fundamentais no decorrer do processo de aprendizagem. Em um

primeiro momento, onde a aprendizagem é privilegiada, não proporemos um jeito de dar aulas ou

uma situação de ensino, mas sim adotaremos uma dinâmica onde focaremos uma a metodologia de

aprendizagem e ensino.

Num segundo momento, conforme o mesmo autor, a situação de aprendizagem mesmo que

o plano de trabalho docente da instituição esteja elaborado, o professor ou educador deverá focar

suas aulas nas atividades dos alunos, para que desta forma as aulas possam ser mais produtivas.

Em terceiro momento, as atividades serão expostas aos alunos e devem ter a segurança do

desenvolvimento das competências e exigidos, executadas e avaliadas. A saber, para desenvolver a

capacidade da escrita é preciso que o estudante seja solicitado a desenvolver um texto, refletir sobre

o que escreveu e se necessário, deverá modificá-lo. Aprender a aprender não é tão simples assim,

requer muita paciência e a vivencia onde se deu a situação de aprendizado.

Por fim, a situação de aprendizagem exige competência, proposta esta que deverá ter um

contexto próximo da real situação de determinado problema e, que inquira determinada

competência por parte do docente.

Se exige competência quando temos que encarar determinados desafios e situações que

ocorrem no dia a dia, devido a um convívio social e uma rotina de trabalho. Desta maneira, a

situação de aprendizagem terá de ter uma organização de forma que os desafios pessoais, de

convívio em grupos e os que têm relação com nosso profissionalismo, apareçam no ambiente de

aprendizagem de forma muito parecida com as que surgem na vida diária, social ou no próprio

trabalho (KÜLLER 2008).

Para Kuller, (2012 apud Rodrigo, 2008), fundamentalmente o que separa a circunstância de

aprendizagem do enfrentamento da realidade do trabalho e do convívio, é o fato de que nela, o

convívio é controlado e seguro. A conseqüência do acerto ou do erro é uma ocasião para refletir e

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para aprender. Esta situação de aprendizagem será para permitir uma reflexão diária sobre o fazer e

a experimentação repetida.

Küller, (2012 apud Rodrigo, 2008), além dos princípios gerais, que tem que ser analisado,

também se pensa nas orientações específicas na elaboração da situação de aprendizagem e no

augúrio das atividades de aprendizagem, que é o foco central da metodológica aqui proposta.

Quando não for possível a vivência em situação real, devem-se utilizar situações em que, a

simulação, o jogo e outros tipos de atividades possam ser utilizados para reproduzir os fatos

(KÜLLER 2008).

Segundo o mesmo autor, em todas as situações, o fazer autônomo dos alunos e o aprender a

aprender podem ser estimulados, para dar possibilidade focada na transmissão e observância de

informações. Aprendizagem autônoma requer a vivência do aprender a aprender. Ele acrescenta que

o conhecimento é fundamental e necessário para poder desenvolver as atividades para a reflexão

sobre a ação deve também ser obtido através dos integrantes, sendo estimulados pelos professores e

orientadores de aprendizagem.

Segundo Küller (2012 apud Rodrigo, 2008), a sala de aula tradicional, com o visual clássico

(cadeiras uma atrás da outra em fila), precisa ser transformada em ambientes e espaços flexíveis,

para estimular as atividades em grupos e palestras, e reuniões de trabalho dos integrantes do curso,

apoiado pelos educadores.

O espaço externo e as organizações das instituições precisam ser constantemente utilizados,

os laboratórios ou mesmo os ambientes de aprendizagem, tem que ser valorizada a variedade de

situações de aprendizagem, procurando sempre articular o desenvolvimento com as competências

(KÜLLER 2008).

Segundo Küller, (2012 apud Rodrigo, 2008), afirma que para fazer diferente do

convencional faremos aproximação focada na classificação e característica metodológica

especifica. Não é intuito deste trabalho descreveros métodos/dinâmicas metodológicas que podem

ser utilizadas no desenvolvimento das atividades e competências, como: estudos de casos,

projetos, resolutividade dos problemas existentes, teatro, dinâmicas voltadas para vivências

diárias, práticas e outras tantas outras atividades, sempre orientadas por um docente.

Foi escolhido abordar os passos metodológicos, passos estes que podem ser utilizados em

diferentes áreas de atuação do docente, comuns em diferentes métodos ou técnicas. Assim este

passo metodológico poderá ser utilizado em qualquer situação: seja para a realização de uma

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pesquisa, sendo na internet, na realização de um projeto, em uma peça de teatro, ou em um trabalho

de grupo (KÜLLER 2008).

O referido autor procurando uma estrutura que fosse comum a todas as áreas envolvidas na

forma metodológica, montou um conjunto de sete passos fundamentais, sendo: (1) Contextualização

e Mobilização; (2) Atividade de Aprendizagem; (3) Organização das Atividades de Aprendizagem;

(4) Coordenação e Acompanhamento; (5) Análise e Avaliação das Atividades de Aprendizagem; (6)

Acesso a outras referências e (7) Síntese e Generalização.

Na Contextualização e Mobilização, o participante do curso entende a importância e

essência do que quer dizer situação de aprendizagem e a coloca no conjunto de saber que teve

anteriormente, focando no seu itinerário formativo. Dentro da contextualização, encontramos as

referências e articulações concretas com situações do dia a dia e relações de trabalho que são

importantes, realizadas através de competências a serem desenvolvidas. Na mobilização serão

empregados alguns recursos como: vídeos, filmes, dinâmicas, poesias, músicas, representações de

teatro e artísticas para mobilizar os participantes a seguir para o próximo passo. Para a próxima

etapa o professor deverá despertar a curiosidade do aluno para provocar, nele o desejo de

experimentar coisas novas e o desejo favorável para a atividade a seguir. Deve estimular o desejo

do aluno em trabalhar em atividades em grupo (KÜLLER 2008).

No segundo passo, Definição da Atividade de Aprendizagem, onde o foco central da

situação de aprendizagem é definido. Aqui se propõem o envolvimento dos participantes para

realizar o desafio. Este pode ser em formato de resolução de problemas através de uma pesquisa; ou

para o desenvolvimento de um projeto; ou a dramatização de uma peça teatral; ou a participação de

um trabalho em grupo; ou a realização de uma atividade que o grupo escolher, enfim, qualquer

atividade que for escolhida deverá ter uma orientação e acompanhamento por parte do professor.

Como já foi confirmado nos princípios dos passos metodológicos, a Atividade de Aprendizagem a

proposta deverá estar diretamente com a competência a ser desenvolvida na situação de

aprendizagem e tem que exigir, para que ocorra a competência em desenvolvimento (KÜLLER

2008).

Küller (2012) citado por Rodrigo (2008) descreve sobre a Organização da Atividade de

Aprendizagem. Esta deverá ser produzida e as orientações o mínimo possível explicada, pois para

assim o participante possa enfrentar dificuldades para solucionar o problema, e que desta forma, ele

mesmo procure as soluções para a situação que foi lhe passada. Ou seja, saber as condições, os

recursos, as estratégias que terão que ser utilizadas para solucionar o caso para desenvolvimento da

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atividade de aprendizagem proposta no item anterior. Sempre que for possível, devemos considerar

o tempo que temos disponível, sendo muito importante o planejamento da ação seja realizado de

forma participativa.

No quarto passo, Coordenação e Acompanhamento, serão previstos como será realizado e

como será feito o acompanhamento e a coordenação do desenvolvimento da atividade de

aprendizagem. Esta é uma ação docente a princípio, porém, tendo em vista um aprendizado onde o

aluno tem autonomia. Propõem-se formas coletivas (KÜLLER 2008).

Em Análise e Avaliação das Atividades de Aprendizagem, os objetos para reflexão serão os

próprios resultados obtidos sejam eles: individual, discussões em grupos, virtuais ou presenciais,

sempre contrapondo os resultados obtidos durante o processo de trabalho que foi adotado. Nos

cursos à distância, comunidades virtuais de aprendizagem e comunidades de práticas podem

acionadas, criadas e utilizadas durante este passo (KÜLLER 2008).

No passo seis, Acesso a Outras Referências, as práticas recomendadas e produção teórica

existente a relação à competência em desenvolvimento possuem um vinculo. Este vínculo poderá

ser feito com o auxilio de apresentações orais ou escritas, textos, casos, visitas virtuais, ou melhores

práticas, tendo outra forma de ampliar a experiência, os modelos e as referencias dos participantes

em relação ao elemento de competência utilizado na situação de aprendizagem. Para Kuller (2008),

no caso de Comunidade Virtual, um Acervo Multimídia pode ser utilizado neste momento.

O sétimo e último passo, Síntese e Aplicação, as bibliografias que já existentes no universo

cultural (apresentadas no passo anterior) serão integradas com as experiências existentes, já

vividospelos participantes. O que devemos observar é que nem sempre as situações de

aprendizagem seguem os passos rigorosamente como os passos apresentados anteriormente, a partir

da seqüência certa, podem ser utilizados várias formas de apresentar uma situação de aprendizagem.

O mais importante que sempre preveja o exercício simulado ou real da competência para seguir e

ter bons resultados. (KULLER, 2012 apud RODRIGO, 2008)

2.1.1 Desenvolvimentos de competências

Para Celso Antunes (2001), ser uma pessoa competente é a aquela que tem ponderação, sabe

avaliar uma situação, faz considerações, examina um caso e depois julga, e por diferentes direções

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acha uma solução ou ajuda a solucionar o problema. Dessa forma, o professor antes de desenvolver

as competências dentro da sala de aula precisa ter um plano de aula, um cronograma.

De acordo com Jacques Delors (1998), devemos ter claro em nossa mente os quatro pilares

fundamentais da aprendizagem, e mostra a causa fundamental e a consequência da sociedade da

necessidade do saber e uma aprendizagem por toda vida, sendo fundamentado nos quatro principais

pilares, que estão interligados com a educação, o conhecimento e a necessidade da formação

continua. Veremos a seguir:

Aprender a conhecer: é preciso fazer o aprender tornar-se prazeroso. Construir,

reconstruir, descobrir e redescobrir o conhecimento para que não se torne passageiro, e para que a

curiosidade permaneça ao longo dos anos. Para que aja uma ligação plenamente com a autonomia e

os saberes sejam continuamente valorizados. É também necessário pensar no novo, no reconstruir,

no reconstruir e renovar o pensar.

Aprender a fazer: é preparar-se para o trabalho e o mundo. Focando a aprendizagem,

destacaremos a criatividade, o estimulo e aplicação do conhecimento significativo no trabalho.

Aprender a conviver: nesta aprendizagem o ponto principal será a auto-estima,

autoconhecimento, ser solidário, compreender o outro e saber identificar objetivos comuns.

Aprender a ser: é saber ser crítico, autônomo, independente Nesta aprendizagem fica clara

a idéia de que o ser humano deve ser preparado por inteiro, ou seja, corpo e alma. Ser ético,

espiritualista, inteligente, sensível, responsável, amável, e saber respeitar o próximo (JACQUES

DELORS, 1998)

Outro ponto importante que o professor necessita considerar é o desenvolvimento das

competências dentro das salas de aulas. Isto não quer dizer que ele tenha que deixar de ensinar o

conteúdo, pois estes são necessários e fundamentais para que sejam desenvolvidas as competências.

São conceitos fundamentais para que possam ocorrer os desenvolvimentos de competências

deixando mais claro e especificas tais com: (capacidades técnicas) e de (gestão) metodologias,

sociais, capacidade de organização, entre outras.

Nas competências o que muda no ensino são as dinâmicas de ministrar as aulas, estes

conteúdos precisam ter um significado, e estar inserido dentro da realidade dos alunos. Segundo

Celso Antunes, (2001) ficar para si as informações não é tão comprometedor do que saber trabalhar

com esta situação e dela fazer um caminho e solucionar os problemas que possam surgir. O docente

tem fundamental papel dentro da sala, e deve saber considerar o que o aluno traz para dentro da sala

de aula, este conhecimento será utilizado em suas vivencias do dia a dia e dentro da sala de aula.

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O professor para poder desenvolver competências com os alunos deve buscar novas

dinâmicas para ministrar suas aulas e dessa forma, obter bons resultados. Será preciso que realize

mudanças reformulando sua proposta de aula e suas práticas. Muitos autores já abordaram este

assunto e dentre ele podemos citar Philippe Perrenoud (2000). Para este autor, o docente precisa

desenvolver várias competências para poder realizar um trabalho de qualidade com seus alunos.

Dentre elas:

Organizar e dirigir situações de aprendizagem: determinar o conteúdo que será abordado,

tendo conhecimento para poder ensinar e traduzir os objetivos da aprendizagem; elaborar

um plano de trabalho a partir das questões dos alunos, construindo o trabalho em cima dos

obstáculos e erros à aprendizagem; planejar, construir uma ordem, ter uma

seqüênciadidática, focando em envolver o aluno nas atividades de pesquisa, e projetos para

desenvolver o conhecimento.

Administrar a progressão das aprendizagens: saber conduzir situações-problema, realizar

ajustes necessários ao nível dos alunos, terem uma visão ampla em relação aos objetivos a

serem estabelecidos para criar laços entre a teoria e as atividades de aprendizagem; realizar

avaliações, observar as situações de aprendizagem conforme a abordagem formativa;

realizar balanços diários a respeito das competências, e caso necessário, providenciar

decisões de progressão.

Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação: saber administrar a

adversidade dentro da turma; aumentar a gestão de classe para um lugar amplo, dar apoio

por inteiro, saber trabalhar com alunos com dificuldades de aprendizagem, proporcionar a

cooperação dos alunos entre si mesmos.

Envolver os alunos em sua aprendizagem e em seu trabalho: motivar o aluno a aprender,

deixar clara a relação com o saber, e desenvolver no aluno o desejo de participar das

atividades escolares com capacidade de realizar uma auto avaliação estimular a criação de

um conselho de classe escolar, realizar negociações com os mais variados tipos de contratos

e regras, e desta forma, poder oferecer opções variadas para desenvolver atividades a

melhorar as definições de projeto de vida.

Trabalhar em equipe: saber montar um projeto em equipe, acompanhar e dirigir reuniões,

renovar e formar grupos pedagógicos; analisar e enfrentar situações que sejam complexas, e

saber conduzir situações interpessoais e conflitantes.

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Participar da administração da escola: montar, projetos e administrar recursos escolares,

dirigir, coordenar, apoiar estar na organização fazer funcionar a participação do aluno dentro

da escola.

Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão: realizar palestras que abordem a

prevenção dentro e fora da escola, abordar assuntos sobre discriminação racial, sexual, ético

e social, promover regras de convívio comum a ministradas na escola, saber ter atitudes

corretas frente a problemas que possam surgir no dia a dia da nossa profissão.

Administrar sua própria formação contínua: Saber ministrar suas práticas, realizar

balanço de suas competências e de formação continuada e pessoal, estar negociando com

colegas um projeto de formação comum e envolver-se em atividades de ensino/sistema de

educação.

Desta forma acredita-se que quando desenvolvemos competências dentro da sala de aula estamos

individualizando e criando mais oportunidades para o percurso de formação, e desta maneira ficará

melhor para o professor realizar avaliações e acompanhar o aprendizado do aluno. Quando

trabalhamos com competências e acompanhamento de aprendizagem passou para o aluno o que se

quer ele deve realizar epesquisar e os professores realizam o acompanhamento do desenvolvimento

da atividade.

O professor para estar adequado a esta realidade, precisa estar permanentemente realizando

cursos na área da educação, e de formação continuada. A prática docente é um processo de repensar

sobre a dinâmica que está sendo ministrada em suas as aulas e, se o professor esta sabendo

transmitir o conhecimento que possui. Deste modo, a prática docente será inovadora e com

qualidade, e o ensino será observado pelos alunos com um olhar crítico e positivo. Para Demo

(1997), o professor poderá oportunizar a capacidade do aluno a solucionar os problemas que

surgirem a desenvolver um raciocínio crítico e saber refletir sobre suas atitudes. Este conhecimento

o docente passará ao aluno durante o processo de aprendizagem ensino.

De acordo com Tardif (2002a), neste contexto o docentedeve ser um facilitador, saber

orientar o processo de aprendizagem, por ser ele um elemento fundamental para a construção do

conhecimento, sendo ele um dos agentes responsáveis pela aquisição de novos conhecimentos por

parte do aluno. Partindo então da compreensão de que a atual sociedade demanda por uma nova

visão de educação, em função dos novos desafios presentes especialmente no campo educacional, o

ensino precisa ser dinâmico e formador de opinião. Dessa forma, exige-se cada vez mais que o

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professor torne-se um profissional da pedagogia, capaz de lidar com inúmeros desafios suscitados

pela escolarização de massa em todos os níveis de ensino.

Observa-se que muitos professores possuem um distanciamento em relação às práticas

inovadoras pedagógicas, mantendo-se autoritário, com ideais rústicas quanto à educação, dessa

forma mantendo uma postura resistente e ultrapassada onde o ensino baseava-se no acumulo de

informações. Nesse sentido, a visão de ensino resume-se ao simples ato de transmitir o saber através

de aulas centradas no professor (MASETTO, 2003). As universidades em nosso país,

tradicionalmente falando,têm o habito de dar ênfase no processo de ensino onde o professor é a

figura central do processo de aprendizagem ensino, desenvolvendo uma metodologia focada na

transmissão do conhecimento.

Nota-sedentro das salas de aula que o professor apresenta dificuldades em transmitir

conhecimento, por não ter este saber ou por não conseguir transmitir o que sabe. O aluno percebe

isto e cobra da direção da instituição o nível de professor que a escola está contratando, e de que

forma é realizada esta seleção, pois o professor não sabe passar o conhecimento. O aluno diante

desta situação ou fica inseguro, ou sai da instituição e conclui seu curso em outra escola, ou faz um

abaixo assinado para que o professor seja retirado da turma. Deste modo, apresenta-se um impasse

entre alunos e instituição, e instituição e professor. Vê-se como saída ou professor muda sua

dinâmica de aulas ou sai da instituição.

Seguindo esta linha de pensamento, a sociedade está cada vez mais insatisfeita com a

qualidade de ensino, focando neste trabalho o curso de nível técnico. Para Gómez (1995), o foco

das discussões é o rumo da educação, onde o centro de tudo é a formação, o desempenho

profissional e o desenvolvimento intelectual do professor. Arriscamos a dizer que em relação ao

ensino superior o professor é o responsável pela qualidade baixa de aprendizagem e de ensino e,

pelo mau conteúdo ministrado, prejudicando assim o desenvolvimento do aluno dentro de sala de

aula e posteriormente no mercado de trabalho.

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3. AS LIÇÕES DA EXPERIÊNCIA VIVIDA

3.1 Utilizaremos aqui um exemplo de como a metodologia dos 7 passos poderá ser adotada na

prática da docência no dia a dia do professor dentro da sala de aula.

Passo 1 – Contextualização e mobilização.

De acordo com Küller, (2012 apud Rodrigo, 2008) quando trabalhamos com a metodologia dos sete

passos significa descrever os possíveis caminhos que utilizaremos durante o curso de formação

pedagógica e também algumas opções que serão fundamentais no decorrer do processo de

aprendizagem.

Uma estratégia a ser adotada No laboratório 1, busquei desenvolver competências com

variadas estratégias. No passo 1 por exemplo (contextualização e mobilização), sugeri um trabalho

em grupos em uma situação de simulado real, onde os alunos teriam que prestar assistência a uma

vítima, utilizando tintas para deixar marcar reais de atropelamento com sinais de escoriações e

fraturas expostas na vítima. Dessa maneira, o efeito deixaria o caso muito próximo do real. E após

o atendimento os alunos estariam aptos para estar acionar o atendimento adequado o (SAMU 192)

para transportar a vitima até o para tratamento definitivo. Sugeri aos alunos esta atividade, pois

acredito que, quando trabalhamos com casos mais próximos do real, como neste caso, onde eles

utilizariam tintas para deixar marcas de pneus no asfalto, marcas no corpo da vítima como, por

exemplo, arranhões, hemorragias e fraturas expostas a sena fica emocionante e emotiva ainda mais

os alunos a buscarem coisas novas e reais para estarem trabalhando em sala.

Passo 2 – Definição da atividade de aprendizagem.

No passo 2 (Definição da atividade de aprendizagem), foi solicitado para os alunos

montarem uma peça de teatro, utilizando os seguintes materiais: tintas (nas cores azul, vermelha e

roxa), pincel, palito de picolé, esmalte vermelho, pomada Hipoglós e fita crepe, uma cena verídica

de um possível um atendimento a vítima de colisão carro verso moto. Sugeri aos alunos que

utilizassem estes materiais, como a Hipoglós com tinta azul nos lábios para poder deixar as

extremidades cianóticas (roxas) para parecer que estavam com hemorragia, hipotensão (pressão

baixa) e com baixo aporte de oxigênio passar também tinta roxa nas pontas dos dedos das mãos e

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dos pés, a tinta vermelha para deixar sinais de hemorragias e os palitos e fita crepe para poder fixas

as fraturas expostas.

No passo 3 (Organização da atividade de aprendizagem), os alunos foram orientados sobre

como deveriam realizar as atividades e como deveriam montar a peça de teatro. Primeiramente os

alunos foram à sala de informática pesquisar sobre o tema que haviam escolhido. Concluída esta

etapa, foi instruída a realização de uma pesquisa, reunir-se em sala de aula para montar a peça e

posteriormente apresentarem para os colegas. O professor orientou os alunos para que eles

soubessem de que forma deveriam escolher um dos participantes do grupo, para ser a vítima para

poder ser maquiada, e ficar orientada para seguir todos os passos para que o caso ficasse muito real.

E os outros quatros participantes um seria o médico para estar orientando o restante do grupo, pois

ai teria a imobilização da vítima, em prancha rígida com todos os cuidados que uma vítima real

precisa ter para causar maiores danos à saúde.

No passo 4 (Coordenação e acompanhamento), o professor então acompanhou as atividades,

coordenando os grupos/auxiliando. No final da apresentação os alunos saíram satisfeitos com o

trabalho que desenvolveram e tiveram um feedback positivo e estimulador. Os alunos apresentaram

para os colegas da escola o trabalho que haviam desenvolvido com o auxilio do professor.

No passo 5 (Avaliação da atividade de aprendizagem), no final das atividades os alunos

foram convidados a estarem realizarem uma avaliação docente, opinando sobre a participação e

comprometimento do professor durante o desenvolvimento das atividades. Neste momento os

alunos foram convidados a estarem realizando uma avaliação docente, e desta forma poder estar

deixando ali registrado como foi o acompanhamento do professor durante o desenvolvimento das

atividades que o professor havia proposto a eles, e também poder deixar registradas quais as

modificações que gostariam que ocorressem em um próximo momento, onde haveria uma atividade

para ser desenvolvida.

No passo 6 (Acesso a outras referências),o professor informa sobre sites, livros, biblioteca,

para buscarem outras fontes de conhecimento, que não fosse somente a internet para poderem

estarem obtendo maiores informações e de fontes variadas.

No passo 7 (Síntese e aplicação), o professor informa os estudantes, que ao termino desta

capacitação,estariam aptos a prestarem atendimento a vítimas de acidente e acionando socorro

especializado, passando informações corretas sobre as complicações da vítima.

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19

Já no laboratório 2, realizei algumas modificações. No passo 1 (contextualização e

mobilização), em vez de sugerir como eles deveriam realizar as tarefas deixei que decidissem.

Pretendi com esta atitude estimular a autonomia de cada estudante.

No passo 2 (Definição da atividade de aprendizagem), deixei que os estudantes decidissem

como montariam, como deveriam organizar as atividade propostas, desta forma eu estaria

estimulando o estudante a ter iniciativa e autonomia.

No passo 3 (Organização da atividade de aprendizagem), deixei que os estudantes

decidissem como deveriam apresentar, de que forma seria desenvolvida esta apresentação, e se

desejavam apresentar para o grande grupo, ou só para os colegas de sala.

Os passos seguintes do laboratório 2 não realizei modificações, por acreditar que não havia

necessidade. Dei seqüência na metodologia das competências.

Laboratório 3 realizei uma avaliação dos laboratórios 1,2, O eixo de pesquisa e produção do

curso foi um dos momentos mais importantes para que eu poder aprimorar as dinâmicas que já

vinha trabalhando em sala de aula. Desta forma pude também perceber que estava no caminho

certo, e dar continuidade nas atividades que já vinha desenvolvendo. Quando estamos no caminho

certo é muito importante para o bom desenvolvimento das atividades dentro das salas de aulas.

Realizei algumas modificações por perceber que havia a necessidades.

No momento em que os alunos foram estimulados a pensar, a realizar escolhas e a

desempenharem pesquisas para aprimorar seus conhecimentos, perceberam que apresentavam

condições de pensar e a raciocinar no que estão focados. Discutiram o que esperam do futuro

profissional dele. Isto fez com que com que eles apresentem o desejo estar na escola, pois ali

encontram pessoas capacitadas lhes ensinarem e mostrando o caminho a ser seguido. Diante disso,

sentem-se seguros por estarem ali e apresentam a certeza que no futuro serão ótimos profissionais.

Estas modificações que realizei tiveram como objetivo desenvolver a autonomia dos estudantes,

pois como futuros técnicos de enfermagem devem ser proativos, saberemtomar decisões

imediatistas e não se dispersarem sem saber de que forma atuar, tendo sempre em mente que estão

trabalhando com seres humanos e qualquer falha poderá ser fatal.

Quando planejamos e montamos um cronograma para ser seguido, fica mais fácil de

realizar o processo de aprendizagem, pois temos uma meta a ser seguida. Podemos aprimorar mais

nossas dinâmicas, verificar as lacunas que poderiam ser melhores trabalhados. Tracei um plano

diário para acompanhamentos das atividades diárias, desta forma fica melhor de acompanhar o

desempenho dos alunos e saber em que momento o professor deverá intervir.

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O mais importante para quando estamos trabalhando em sala de aula, é deixar claro para o

estudante que ele tem direitos e que pode sempre que houver necessidade estar compartilhando suas

duvidas e seus conhecimentos sem que se sinta constrangido frente os colegas. Percebi que, muitas

vezes, quando existe uma duvida individual, ela pode ser uma duvida compartilhada pelo grupo,

porém, por medo ou vergonha, acabam por não esclarecer o que está deixando-o inquieto. O aluno

sai de sala de aula com muitas duvidas, e dentro dessa área de atuação isto não pode ocorrer, pois

estes profissionais estarão se formando para atuarem com pacientes que correm risco de morte.

No laboratório 4, realizei uma avaliação do estudante através de sua participação, interação

com o grupo, participação nas pesquisas, se houve envolvimento nas atividades em um todo como,

como por exemplo: montagem dos figurinos, participação na hora da apresentação, etc. A segunda

avaliação realizei descritivas, também utilizei um questionário, e para a avaliação das apresentações

o aluno foi observado pelo professor durante todo o processo de construção e apresentação do

trabalho e dessa forma o estudante recebe o parecer, de ficou AP ou NAP. E desta forma dou o

fechamento dos laboratórios.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante a caminhada do curso de especialização em docência, tivemos os laboratórios com 27

encontros, onde focamos nossas competências e foram fundamentais para poder pôr em ordem os

sete passos metodológicos e dar continuidade ao projeto fora da sala de aula. Utilizei com meus

alunos e obtive um ótimo retorno. No decorrer do curso, estudamos a temática da evolução da

educação e a importância da história do ensino em nosso país. A evolução do percurso da educação

e a dinâmica de ensinar sempre foi um dos pontos mais debatidos em nossos encontros e relatos.

Também abordamos o aspecto sobre a prática e a formação pedagógica do professor para poder

atuar em escolas de fundamental, médio e de nível técnico. Estes debates nos forneceram maior

compreensão sobre a temática em questão. A condução destes debates foi conduzida pela nossa

tutora Aline, que sempre soube nos orientar de forma a nos focar na direção a ser seguida, tornando-

se um desafio, mas sempre prazeroso, mesmo que muitas vezes ansioso, desconfortante, horas

angustiante. Tudo isto somado a expectativas de ter mais uma atividade concluída. Seguindo este

contexto, lentamente fomos investigando, desenvolvendo, construindo este processo, que nos trouxe

conhecimento. Este conhecimento e experiência adquirida nos ajudaram a crescer profissionalmente

e pessoalmente. Os vários encontros e as análises de textos que tivemos durante o curso nos

serviram de bases para o nosso referencial teórico que hoje sustenta o nosso trabalho de conclusão

de curso, fomos construindo nosso caminho em cima de fontes e reflexões do eixo temático que nos

deram sustentação para evidenciar nossa pesquisa em questão, e que nos possibilitou inúmeras

descobertas no campo do aprendizado onde reforça que a prática docente é uma atividade

complexa. Característica inerente e especifica da profissão, com relacionamentos interpessoais,

criativos, afetivos, críticos entre outros, onde sua complexidade envolve o docente em suas

múltiplas dimensões como: profissional, e pessoal durante suas ações, experiências, percepções,

reflexões sobre sua trajetória e ficando evidenciadas as mais diversas situações vividas pelo

professor seja pelas articulações prática e teorias, ou pelo enfrentamento de dilemas do dia a dia da

prática pedagógica ou mesmo pela própria necessidade de haver inovações nas dinâmicas de

administrar as aulas. Procurar motivar o aluno e tornar-se ativo dentro da sala de aula não é uma

tarefa simples, requer uma sincronia do professor quando estiver passando o conteúdo (ensino-

aprendizagem). Seguindo este contexto, exercer a atividade docente requer conhecimento e

sabedoria do profissional e uma formação sólida, com bom embasamento teórico, bem

fundamentado, político- científico ético e humanitário capaz de desenvolver a ação docente

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reflexiva e critica capaz de realizar transformações na sociedade onde vive e em si mesmo. Estes

aspectos criam uma teia para permitir que o professor na sua rotina diária, possa construir saberes

necessários para executar suas atividades pedagógicas com responsabilidade, sabedoria e

comprometimento. Estas características são fundamentais e necessárias, remetendo toda a

importância que tem a tarefa do professor de fornecer ao aluno informações e, ao mesmo tempo,

interesse para permanecer em sala de aula e concluir o curso em andamento. Para quedessa maneira

a tarefa seja concluída com êxito, o professor tem que estar constantemente realizando cursos de

formação continuada para que ele mesmo possa sentir-se motivado a permanecer em sua profissão.

Assim, ficando implícito que a atividade docente sempre requererá formação qualificada coerente

ao trabalho que esteja sendo trabalhado, para possa haver um ensino de qualidade e que o professor

possa passar conhecimento adequado do ponto de vista didático-pedagógico. Foi possível durante

esta trajetória aperfeiçoar os conhecimentos adquiridos e poder concluir que, este curso foi

fundamental para a minha qualificação docente e assim, poder competir dentro do mercado de

trabalho e continuar atuando dentro de salas de aula. Podendo estimular o aluno a focar em seu

estudo durante a formação, investindo em seu desejo na buscar pelo saber e a permanecer

instituição até o final da sua formação. O profissional enfermeiro muitas vezes exerce a profissão de

professor como uma atividade secundaria, dando maior ênfase para a sua atividade primaria, ou

seja, atuar dentro de uma instituição hospitalar. Este fato, pode prejudicarsua atividade docente por

preocupar-se em ter que dedicar seu tempo ao campo da educação, e este fato é muito marcante,

pois quem percebe esta questão é o aluno, pela falta de comprometimento do professor com as

atividades que desenvolve em sala. Foi possível examinar durante a formação a minha atuação

como docente, que o “professore” não está muito engajada em realizar cursos que possam lhe

qualificar melhor. Para ele estar ali é simplesmente um “bico”, um emprego extra, que não fará

muita diferença se ele tiver especialização docente ou não. Esta é a experiência que eu tenho na

instituição onde trabalho, se o professor procurar ter um diálogo com a turma e tiver um bom

relacionamento com os alunos – sejaprocurar ter trocas de informações e ser sociável. Acredito que

este é o modelo de professor que os alunos querem dentro das salas de aula, onde os educadores

saibam serem educadores e não ditadores de conteúdos prontos, saberem passar seus

conhecimentos, suas experiências vividas. Este fato revela que o professor sabe ser solidário e

humanista. No geral, o professor deixa transparecer em suas aulas, em seus discursos, a

preocupação com a contextualização do assunto, quando articula a teoria com prática e não

permitindoque o aluno conheça a sistematização do assunto e da realidade onde esta inserida.

Page 23: Servico Nacional de Aprendizagem Comercial

23

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES, Celso. Como desenvolver competências em sala de aula. Petrópolis: Editoras Vozes,

fascículo 8, 2001.

DELORS, Jacques. Os quatro pilares da educação. In: Educação: um tesouro a descobrir. São

Paulo: Cortezo, 1998.

DEMO, P. Obsessão Inovadora do Conhecimento Moderno. In: DEMO, P. Conhecimento

Moderno: sobre ética e intervenção do conhecimento. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.

DEPRESBITERIS, Lea. Competências na Educação Profissional – é possível avaliá-las?

Disponível em <http://www.senac.br/BTS/312/boltec312a.htm>.

KÜLLER, J. A. Como trabalhar metodologias na educação profissional. Blog Germinal –

Educação e Trabalho, jul.2008. Disponível em: <http:// germinai.wordpress.com/2008/07/08/como-

trabalhar-metodologias-na-educacao-profissional/> .Acesso em Maio 2014.

MASETTO, M. T. Competência pedagógica do professor universitário. São Paulo: Summus,

2003.

Page 24: Servico Nacional de Aprendizagem Comercial

24

TARDIF, M. Os professores enquanto sujeitos do conhecimento: subjetivo, prática e saberes no

magistério In: CANDAU, Vera Maria (Org.). Didática, currículo e saberes escolares. 2 ed. Rio de

Janeiro: DP&A , 2002a.

PÉREZ, C.L. Imagens caleidoscópicas: as narrativas autobiográficas na formação das professoras

alfabetizadoras. Disponível em:<http://www.lab-

eduimagem.pro.br/frames/seminarios/pdf/e6carper.pdf>Acesso em: 03 de maio de 2014.

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FORMULÁRIO DE PLANEJAMENTO DA PRÁTICA DOCENTE_4

Planejamento da Situação de Aprendizagem

Professor (a): Carmen Regina Vedoy Goes

Componente: Primeiros Socorros

Carga horária: 40 H

Competência(s) a ser(em) desenvolvida(s)

Prestar primeiros socorros às vítimas de acidente ou mal súbito, visando manter a vida e

prevenir complicações até a chegada de atendimento médico; Avaliar a vítima com vistas a

determinar as prioridades de atendimento em situações de emergência e trauma Identificar os

recursos disponíveis na comunidade de forma a viabilizar o atendimento eficaz o mais

rapidamente possível; Agilizar o socorro especializado. Analisar os sintomas e sinais de

emergência;

Situação de aprendizagem:

A saber, 1º Sobre a importância de saber e estar capacitado para estar atuando em situação de emergência

seja uma vitima de atropelamento ou infarto agudo do miocárdio.

PASSOS METODOLÓGICOS: RECURSOS A SEREM

UTILIZADOS TEMPO

1. Contextualização e mobilização

Trabalharemos em grupos em uma

situação de simulado real, onde

teremos uma vítima para atender,

utilizaremos tintas para poder

deixar marcar de atropelamento e

escoriações na vítima e fraturas

expostas, pois este efeito deixará o

caso bem rela, em seguido a vítima

será imobilizada e transportada ate

o hospital para tratamento

3 e 30h

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26

definitivo.

Assunto: A importância de o professor passar o conhecimento do atendimento de primeiros socorros para os

alunos adequadamente.

2. Definição da atividade de

aprendizagem.

Os alunos montam uma peça de

teatro, utiliza tinta azul, vermelha,

roxa, pincel, palito de picolé,

esmalte vermelho, pomada

Hipoglós, fita crepe.

O professor será o mediador e ira auxiliar os alunos na montagem da peça dando dicas para que tudo ficque

muito real.

3. Organização da atividade de

aprendizagem.

Os alunos em um primeiro

momento irão para a sala de

informática pesquisar sobre o tema

que escolheram, após realizar a

pesquisa irão se reunir na sala de

aula para montar a peça e

posteriormente apresentar para os

colegas, com data já estabelecida.

(computador e Datashow) e

apresentação em sala para o grande

grupo.

10h

Trabalho em grupos (peça de teatro).

1) 30 alunos serão divididos em grupos de 5 componente, teremos 6 grupos.

2) Cada grupo receberá um tema para pesquisar.

3) O professor passa o que os alunos devem pesquisar para dar uma direção à pesquisa.

4) Definição da patologia;

5) Sinais e sintomas;

6) Como é realizado e por quem é realizado o diagnóstico;

7) Tratamento;

8) Prevenção;

9) Conduta de enfermagem;

10) Após esta pesquisa os alunos já sabem sobre a patologia e como devem prestar assistência, seja

em casos clínicos ou casos de vítimas de múltiplas fraturas.

4. Coordenação e acompanhamento O professor realiza o

acompanhamento das atividades,

4h

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coordenado o grupo/auxiliando;

para que no final da apresentação o

aluno possa dizer que saiu

satisfeito, pois a prendeu muito

com esta atividade desenvolvida em

sala de aula, e o feedback final seja

positivo para todos.

5. Avaliação da atividade de

aprendizagem

1) Os alunos no final das atividades

serão convidados para participarem

de uma avaliação descritiva,onde

opinaram sobre melhorias e

sugestões para os próximos grupos,

esta avaliação será anônima.

2) Aplicação do instrumento

SENAC

2h

6. Acesso a outras referências

O professor disponibiliza sites,

livros, biblioteca, para os alunos

buscarem outra fontes

conhecimento que não seja internet.

1h

7. Síntese e aplicação Biblioteca, informática 2h

Após o aluno concluir a disciplina deverá ser capaz de identificar os tipos de casos clínicos ou traumáticos e

posteriormente estar solicitando socorro especializado (SAMU 192), iniciando o atendimento imediato ate a

chegada dos paramédicos.

Planejamento da Avaliação da Aprendizagem dos Alunos

PROCEDIMENTOS INSTRUMENTOS CRITÉRIOS

Os alunos serão avaliados pela a

participação, interação com o grupo

participação nas pesquisas, se houve

envolvimento nas atividades em um

2 avaliações descritivas, um

questionário, e para a avaliação das

apresentações O aluno será observado

pelo professor durante todo o processo

Este instrumento o aluno poderá

ficar AP OU NP

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todo como montagem dos figurinos,

participação na hora da

apresentação.

de construção e apresentação do

trabalho.