seminário final - farmacotécnica
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Suspensões e
Emulsões
Salvador2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAFACULDADE DE FARMÁCIA
FARMACOTÉCNICAPROFª: LIDÉRCIA CAVALCANTI
“Reo” = deformação, “logia” = estudo.
É o estudo do fluxo levando em consideração as características de viscosidade de pós, líquidos e semi - sólidos (ANSEL, et. al., 2000).
Propriedades Viscosidade:
“Resistência que todo fluido real oferece ao movimento relativo de qualquer de suas partes” (AURÉLIO, 2010).
Princípios da Reologia
Importante: Preparações de emulsões, creme,
géis, soluções...
Quando submetidas a forças ou a tensões aplicadas os líquidos escoam.
Reologia - Viscosidade
Deformação irreversível
FLUXO OU ESCOAMENTO
Quando a tensão é
removida, o corpo não volta ao seu estado original e a energia requerida para deformação é dissipada sob a forma de calor.
Reologia - Viscosidade
É a força por unidade de área cisalhante, necessária para manter o escoamento fluido.
A força cisalhante aplicada em uma determinada área de um fluido em contato com um plano estacionado é a tensão de cisalhamento.
Quando maior a viscosidade de um líquido maior é a tensão de cisalhamento necessária para produzir certa velocidade de cisalhamento.
Tensão de cisalhamento
Fluxo newtonianos: Caracteriza-se por viscosidade constante
independente da velocidade de cisalhamento aplicada (ANSEL, et. al., 2000).
Fluxo não-newtonianos: Caracteriza-se por uma mudança na viscosidade com o aumento da velocidade de cisalhamento; se divide em fluxo plástico, pseudoplástico e dilatante (ANSEL, et. al. 2000).
Fluxo plástico: Comporta-se como sólido em condições estáticas ou de repouso e após aplicação de uma certa força começa a fluir;
Fluxo pseudoplástico: A viscosidade decresce com o aumento da taxa de cisalhamento;
Fluxo dilatante: A viscosidade aumenta com o aumento de taxa de cisalhamento
Fluidos
dx = da2 (ρi – ρe)g
dt 9η
Onde:dx/dt = é a velocidade de sedimentação da2 = é o diâmetro das partículas ρi = é a densidade das partículas ρe = é a densidade do meio g = é a constante gravitacional (980) η = é a viscosidade do meio (onde, η= k t d
(k=raio do capilar ou do copo; t = tempo de escoamento; d = densidade do material)
Equação de Stokes(velocidade de sedimentação)
Definição – “São preparações farmacêuticas
liquidas constituídas de partículas sólidas dispersas em uma fase liquida na qual são insolúveis” (USP 23)
Componentes: Fase Dispersa ou Interna
Partículas sólidas Fase Dispergente, dispersante ou Externa
Liquido Agente Suspensor
Suspensões
Principais características:
Sedimentam-se espontaneamente – Gravidade Fases facilmente separadas por
Filtração Centrifuga
Visibilidade das partículas – Microscópio comum Diâmetro superior a 0,1µm
Suspensões
Quanto ao uso:
Misturas para Administração oral
Xaropes com antimicrobianos
Loções para aplicação externa;
Preparações injetáveis;
Preparações oftalmicas;
Suspensões - Classificação
Forma mais palatável – substâncias insolúveis. Alternativa para bebês, crianças, idosos,
pacientes em uso de sondas nasograstricas e gastrostomias. Impossibilitados de deglutir formas sólidas
Capsulas e comprimidos Propiciam forma adequada para aplicação –
substancias dermatológicas Administração parenteral de fármacos insolúveis. Absorção mais rápida que capsulas, comprimidos
e comprimidos revestidos
Suspensões - Vantagens
1. Tamanho das partículas
Ser homogênea Micronizadas (0,5 – 0,3m)
Não depositar facilmente Ter fácil dispersão Não formar cristais
2. Fluidez (viscosidade)
3. Estabilidade Injetável é necessário esterilizar.
Características de uma boa Suspensão
Eficácia terapêutica; Estabilidade química dos componentes; Durabilidade do preparado; Boa aparência; Deve sedimentar lentamente e voltar a dispersar-
se com agitação suave do recipiente; O tamanho da partícula dispersa deve
permanecer constante por longos períodos de repouso;
Deve escoar com rapidez e uniformidade do recipiente
Suspensões : Características Desejáveis
Dificuldade no preparo
Sedimentação Floculação conservação
Suspensões -propriedades
Propriedades Floculadas Defloculadas
Velocidade de sedimentação
rápida lenta
sobrenadante límpido Turvo
sedimento volumoso compacto
redispersibilidade Fácil Difícil
Agentes Floculantes
Utilizados com o objetivo de evitar a formação de agregados
Ex: argilas, eletrólitos, surfactantes
Sedimentação das suspensões
É necessário que as partículas estejam dispersas de forma homogênea no veículo por um período de tempo satisfatório.
Solucionando a sedimentação
Adição de agentes suspensores:bentonitas, avicel.
Aumento da viscosidade: sorbitol, glicerina, sacarose
Agentes suspensores
Compostos que se pode utilizar para aumentar a viscosidade da fase externa de uma suspensão
Atuam como coloides protetores capazes de formarem uma película em volta das partículas dispersas e/ou aumentarem a viscosidade do meio dispersante
Qualidades requeridas
Ser inócua Não apresentar atividade farmacológica
nas concentrações empregadas Provocar aumento da viscosidade Não alterar as propriedades reológicas
do sistema Ex: goma xantana, pectina, silicato de
alumínio.
Agente suspensor ( escolha )
pH e temperatura de estabilidade Facilidade de preparação Possíveis incompatibilidades Via de administração
Suspensões que não necessitam de Agente
SuspensorSólido adequadamente pulverizado e facilmente
molhável;
Não apresentar tendência para floculação nem para forma aglomerados;
Densidade próxima do líquido de dispersão.
Preparo de Suspensões
Materiais Utilizados
• Gral
• Pistilo
• Espátula
• Cálice volumétrico
• Bastão
• Balança de Precisão
• Tamis
Procedimento
Tipos de Suspensões
Suspensões orais/Extemporâneas Suspensão Injetável /Parenteral Suspensão Tópica Suspensões Oftálmicas
Tipos de Suspensão
Suspensões Extemporâneas/Reconstituíveis
- Uso Oral: • 2 frascos, um contendo um pó seco e o outro o veículo (água);• Acrescentar o veículo no volume correto e agitar antes do uso;• Exemplos comerciais: Amoxil®(amoxacilina),
Keflex ®(cefalexina)
- Uso Injetável:
• Frasco contendo pó seco para resuspensão e ampola com água estéril para injeção;
• Exemplos: Benzetacil® (Penicilina V + Procaína).
Tipos de Suspensões
As suspensões extemporâneas são usadas:
• A droga não tem boa estabilidade em soluções;
• Dispensado na forma de pós;
• Após reconstituições tem prazo de validade curto (7 a 14 dias);
• Uso de água Reconstituir o pó seco.
Tipos de Suspensões
Suspensão Injetável /Parenteral
• Veículos: água e óleo vegetal;
• Partículas do fármaco tem dissolução lenta e ação prolongada;
• Antes da administração é necessário agitar.
Tipos de Suspensões
Suspensão Tópica
Suspensão aplicada na superfície da pele;
Partículas pequenas; Ação sobre a pele:
Protetora (Formação de filme protetor)
Secante ( Partículas podem absorver
secreções cutâneas)
Medicamentosa (Anestésico
Local)
Tipos de Suspensões
Suspensão Oftálmica
• Estéreis, particulas de tamanho pequeno evita-se a sensação de areia nos olhos.
• Ação prolongada
• Exemplo: Spray nasal
Emulsões
Emulsões - definição
É a dispersão de duas fases não miscíveis entre si, com o auxílio de um emulsionante (tensoativo), no intuito de formar um sistema homogêneo.
Uma fase é essencialmente polar (ex: água), enquanto a outra fase é relativamente apolar ( ex: óleo)
Emulsões - tipos
• Óleo/Água• Água/Óleo• Microemulsões• Poliméricas
Emulsões – Óleo / Água Fase aquosa é a fase continua onde é
dispersa a fase óleosa como gotículas Formação de uma barreira interfacial Agentes Emulsificante: laurilsulfato de
sódio, sabões monovalentesEx.: Creme Lanete
Emulsões – Água / Óleo Fase oleosa é a fase contínua
Comumente uso externo ( tratamento de pele seca e emolientes )
Efeito repelente (água) Termolábeis Agentes Emulsificantes: sabões
polivalentes ,colesterol, lanolina
Ex.: Cold Cream
Emulsões - Microemulsões
Limpidas e Homogéneas a olho nuDispersões de liquidos insoluveis hum
outro liquidoSão sistemas solubilizados uma vez que
macroscopicamente aparentam ser soluções verdadeiras.
Partículas Diminutas (50 a 10 nm)Alta permeabilidade cutânea
Ex.: Transdérmicos
Emulsões Poliméricas
Emulsificante Polimérico
Formação de gel em torno de partículas de óleo
Liberação de Principio Ativo (lipofílica)
Emulsões – Requisitos Médicos
Não causa irritação
Boa estabilidade Não devendo haver separação de componentes
Resistência aos microorganismos
Adequação com PA e excipientes
Propriedades organolépticas agradáveis
Emulsões - Finalidade
Fármacos irritantes Não irritantesEm Farmácos injetáveis diminui
cristalização ( evitando tromboflebite Possibilita a mistura com relativa
estabilidade de dois líquidos imiscíveis.Emulsões Radiopacas: Agentes diagnósticos
em exames radiologicos.Melhorar propriedades organolépticas de
óleos
Teoria das Emulsões
Tensão superficial: Força que impede a miscibilidade entre
água e ar.
Coalescência: É o processo de crescimento das particulas.
Teoria das Emulsões
Tensão Interfacial
O emulsificante atuam como barreiras interfaciais fortes o bastante para evitar a coalescência.
Ex: Alguns polímeros e sólidos finamente divididos
Teoria das Emulsões
Tensioativos: Reduz a tensão superficial e atua como barreira contra a coalescência.
Cunha Orientada
Propõe que o emulsificante orienta-se na superfície e no interior de cada fase conforme as propriedades químicas da molécula emulsificante.
Preparo de emulsões - Métodos
Tradicional quente-quente.
O/A e A/O
Outras Quente-quente/frio Frio-Frio Inversão de fase: Na TIF as propriedades
hidrofílicas e lipofílicas do emulgente se equilibram.
Preparo de emulsões – quente-quente
“”
Obrigado!