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Seminário apresentado para disciplina de metodologia sobre o texto : "Da teoria da comunicação às teorias da comunicação às teorias de mídia, ou , temperando a epistemologia com uma dose de cibercultura". FELINTO, Compós, 2011.

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Page 1: Seminário "Da Teoria da comunicação às teorias de mídia, ou, temperando a epistemologia com uma dose de cibercultura"

Seminário de Metodologia –

PPGMC UFFSEMINÁRIO APRESENTADO SOBRE O TEXTO : “DA TEORIA DA COMUNICAÇÃO

ÀS TEORIAS DA MÍDIA Ou, temperando a epistemologia com uma dose de

cibercultura” na disciplina de Metodologia.

Page 2: Seminário "Da Teoria da comunicação às teorias de mídia, ou, temperando a epistemologia com uma dose de cibercultura"

Objetivo do artigo

Erick Felinto vai pensar porque há o pequeno interesse por temasteóricos na Compós e Intercom, especificamente nos GTs de Teoria

de Comunicação. Segundo o autor, a chamada “teoria da

comunicação” parece ser o “patinho feio” dos eixos articuladores

de pesquisa no campo

Page 3: Seminário "Da Teoria da comunicação às teorias de mídia, ou, temperando a epistemologia com uma dose de cibercultura"

Números

Os números são, de fato, bastante desanimadores. Nos

anos de 2007 e 2008, por exemplo, o GT “Epistemologia

da Comunicação” da Compós, recebeu

respectivamente, apenas 9 e 12 trabalhos. No ano de

2002, o GT contou com apenas seis pesquisadores”

(FELINTO, 2011, nota de rodapé).

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Enfoque

Felinto vai sugerir que se resgate o tema pelo horizonte dos estudosde mídia, mais especificamente pelas novas mídias digitais.

Primeiro ele irá lembrar que o conceito Teoria da Comunicação é

enganoso, já que existem várias e diferentes abordagens, assim

como olhares. Mas ressalta que sobre o aspecto disciplinar, é mais

comum o foco na reflexão da Escola de Frankfurt.

Page 5: Seminário "Da Teoria da comunicação às teorias de mídia, ou, temperando a epistemologia com uma dose de cibercultura"

Recorte

Para ele, o recorte específico do “campo

comunicação” é onde começa o problema atual das

pesquisas, já que é gasto muito tempo na definição do

termo e na procura de um lócus de legitimação: “Nesse

sentido, pesquisadores ocuparam-se repetidamente

com a delimitação das fronteiras do campo e sua

singularização em relação a outras disciplinas próximas”

(FELINTO, 2011, p.4)

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Multiplicidade de olhares

Felinto então lembra que Nordenstreng ao analisar o

cenário dos estudos de comunicação nos países

nórdicos desvela uma multiplicidade de

perspectivas, temas e abordagens, em uma tendência

holística, que ajuda a olhar os avanços nas teorias de

mídia.

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Olhar sob a ótica digital

Dentro destes múltiplos olhares, Felinto vai ressaltar que

o trabalho de Afonso de Albuquerque foi inovador por

indicar como as novas mídias digitais colocaram em

cheque os modelos teóricos tradicionais (e mesmo a

identidade do campo) da pesquisa em

comunicação, até então pautada pelo paradigma

emissor-mensagem-receptor (E-M-R) característico da

mass media research .

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Meios e sentidos

Felinto procura através deste trabalho de Albuquerque

dar “um passo a frente” e sugere repensar o papel

central dos meios de comunicação. Então ele resgata

Friedrich Kittler para pensar como homens e instituições

são influenciados ou formados por determinadas

prática e ordens discursivas. Felinto quer com isto

enxergar os meios e principalmente focar como a partir

do não-sentido (a dimensão material dos meios) surgem

as condições para a manifestação do sentido.

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Meio - Computador

Para ele, os meios constituem nossa relação com o mundo edefinem as condições transcendentais do pensamento.Felinto vai então começar a traçar o pensamento de Kitlercom de Munker, que explica que um “meio que podeemular todos os outros meios, assim como assumir suasfunções” (2009: p. 11). E vai lembrar que para Kitler, ocomputador seria uma um meio para acabar com todos osmeios, na visão clássica onde a máquina estaria ali apenaspara mediar a comunicação. Este pensamento resgataria oconceito de Shannon, onde o que importa não é o meio, esim como alcançar o máximo de eficácia em suatransmissão.

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Maquinismo – Poder - Sentidos

Sob este ângulo, Felinto vai ressaltar que a teoria matemática da

comunicação, assim como a cibernética e a teoria dos sistemas colocam

o maquinismo e os determinantes sistêmicos em uma posição privilegiada

em relação aos agentes humanos. O autor vai citar o autor Winthrop-

Young que afirma que “Shannon é um Foucault com maiores dotes

matemáticos” (2005: p. 138) para traçar um paralelo entre os

pensamentos, lembrando que Foucault já trazia para as redes discursivas

os conceitos de poder que circulam nos sistemas e nas formas

institucionais.

Ao procurar a ordem das coisas na própria produção, se esvaziaria o tema

da transmissão e interpretação dos sentidos.

Page 11: Seminário "Da Teoria da comunicação às teorias de mídia, ou, temperando a epistemologia com uma dose de cibercultura"

Saindo do determinismo

Felinto vai querer sair desta análise, para procurar novas

considerações que podem ser feitas a luz das mídias

digitais. Para ele, a noção “mídia” ainda é pouco

explorada. Ele lembra que o tema interfaces, por

exemplo, “colocou em plena visibilidade a dimensão

material dos meios, bem como a ocasional resistência

das superfícies midiáticas à livre circulação dos sentidos

Page 12: Seminário "Da Teoria da comunicação às teorias de mídia, ou, temperando a epistemologia com uma dose de cibercultura"

Repensando termos tradicionais

O autor afirma que tem que se reconhecer a

necessidade de repensar os termos tradicionais do

debate, incluindo o vocabulário, que para ele não dá

conta de diversas questões fundamentais da cultura.

Ele cita como exemplo, o termo “cibercultura” tão

usado e considerado ultrapassado. E procura uma

solução para discutir este problema, delineado em 4

pontos:

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Questões

1 – Deslocar o eixo das preocupações centrais do tema

campo para a questão da medialidade, que poderia

oferecer pistas “ mais valiosas para repropor os

problemas da comunicação na era digital”

2 – Criar abordagens capazes de contemplar mais

profundamente o impacto material dos meios. Sob este

aspecto, Felinto afirma que, autores como Kittler

(1986), Zielinski (2002), Gumbrecht (1994) ou Ernst (2002)

teriam muito a colaborar.

Page 14: Seminário "Da Teoria da comunicação às teorias de mídia, ou, temperando a epistemologia com uma dose de cibercultura"

Questões

3 – Lembrar constantemente que não devemos fixar palavras e conceitos

e sim entender os processos de “comunicação”, “mídia” e outros

conceitos como parte de um processo que é continuamente

reconfigurado histórico-culturalmente: “É preciso apontar constantemente

os pontos de fuga, os territórios de miscigenação, as zonas de interface”

ressalta Felinto.

4 – Aprender que há multiplicidade dos atores no cenário social (como

Latour afirma). Para Felinto é importante lembrar que os atores não

humanos ocupam uma posição decisiva e por isto é importante observar o

pós-humano, como já observam. Santaella, 2003, Sibilia, 2002 e

Rüdiger, 2008.

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Traçando linhas de fuga

Felinto então vai lembrar que é importante observar acontemporaneidade tecnológica, “examinar seu significado

profundo na cultura do entretenimento ou mesmo questionar seu

valor histórico”.

Para o autor, se for feita a arqueologia da mídia, que haja um

engajamento maior com a história: “ Não se trata simplesmente deresgatar passados irrealizados – narrar a história dos

vencidos, como já propunha Benjamin precisamente nas suas Teses

sobre o Conceito de História. Trata-se de sugerir heteronomias, de

imaginar futuros possíveis, de esboçar linhas de fuga”.

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Conclusão

É necessário ter as linhas de fuga é necessárioabrir espaço para imaginação para que elapossa preencher os vazios deixados pelo saber:usar o já estabelecido para apontar novosolhares; contemplar mais profundamente oimpacto material dos meios; entender oprocesso de comunicação é não fixar-se emconceitos preestabelecidos e fixados e procurarpistas nas medialidades.

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Referência Bibliográfica

DA TEORIA DA COMUNICAÇÃO ÀS TEORIAS DA MÍDIA

Ou, temperando a epistemologia com uma dose de

cibercultura.

FELINTO, COMPÓS, 2011.