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16 abril 2020 Diretor: ANTÓNIO NOVAIS PEREIRA Preço 0,50 c/ IVA PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS BRAGA TAXA PAGA Autorizado pelos C.T.T. a circular em invólucro de plástico fechado. Autorização N.º D.E. DE00192009SNC/GSCCS Ano XCII – N.º 4511 SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ PÁSCOA 2020 O Senhor ressuscitou verdadeiramente. Aleluia! Jesus de Nazaré, passou a vida fazendo o bem e curando a todos os que eram oprimidos pelo Demónio, porque Deus estava com Ele. Nós somos testemunhas de tudo o que Ele fez no país dos Judeus e em Jerusalém; e eles mat- aram-n’O, suspendendo-O na cruz. Deus ressuscitou-O ao terceiro dia e permitiu-Lhe manifestar-Se, não a todo o povo, mas às testemunhas de antemão designadas por Deus, a nós que comemos e bebemos com Ele, depois de ter res- suscitado dos mortos. Jesus mandou-nos pregar ao povo e testemunhar que ele foi cons- tituído por Deus juiz dos vivos e dos mortos” (Act. 10,38b- 43). Nesta Páscoa, diferente de todas as outras, porque mar- cada pelo recolhimento e o re- curso às novas tecnologias para a transmissão de imagens, mensagens e celebrações a partir do Vaticano, Igrejas Catedrais e Igrejas Paroquiais, bem como das felicitações entre familiares e amigos. Muito há para continuar a ler, visualizar e refletir, sobretudo pensando no futuro que, na hora de regressar à normalidade, será certamente de forma lenta e diferente. O mundo não poderá continuar como antes da manifestação da força do COVID-19 que, de forma surpreendente pro- clamou que qualquer socie- dade, se comandada exclu- sivamente pela economia, depressa se arruína e destrói. Quando todos proclamávamos que temos muito a fazer e que “a vida não pode parar”, a situação de pandemia con- vidou o mundo inteiro ao recolhimento junto das fa- mílias a afim de poder cele- brar a Páscoa. Novais Pereira

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16 de abril de 2020

16abril2020

Diretor: ANTÓNIO NOVAIS PEREIRAPreço 0,50 • c/ IVA

PUBLICAÇÕESPERIÓDICAS

BRAGATAXA PAGA

Autorizado pelos C.T.T.a circular em invólucrode plástico fechado.

AutorizaçãoN.º D.E.

DE00192009SNC/GSCCSAno XCII – N.º 4511

SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ

PÁSCOA 2020

O Senhor ressuscitou verdadeiramente. Aleluia!Jesus de Nazaré, passou a vida“fazendo o bem e curando atodos os que eram oprimidospelo Demónio, porque Deusestava com Ele.Nós somos testemunhas de tudoo que Ele fez no país dos Judeuse em Jerusalém; e eles mat-aram-n’O, suspendendo-O nacruz. Deus ressuscitou-O aoterceiro dia e permitiu-Lhe

manifestar-Se, não a todo opovo, mas às testemunhas deantemão designadas por Deus,a nós que comemos e bebemoscom Ele, depois de ter res-suscitado dos mortos. Jesusmandou-nos pregar ao povo etestemunhar que ele foi cons-tituído por Deus juiz dos vivose dos mortos” (Act. 10,38b-43).

Nesta Páscoa, diferente detodas as outras, porque mar-cada pelo recolhimento e o re-curso às novas tecnologias paraa transmissão de imagens,mensagens e celebrações apartir do Vaticano, IgrejasCatedrais e Igrejas Paroquiais,bem como das felicitações entrefamiliares e amigos.Muito há para continuar a ler,visualizar e refletir, sobretudo

pensando no futuro que, na horade regressar à normalidade,será certamente de forma lentae diferente.O mundo não poderá continuarcomo antes da manifestação daforça do COVID-19 que, deforma surpreendente pro-clamou que qualquer socie-dade, se comandada exclu-sivamente pela economia,

depressa se arruína e destrói.Quando todos proclamávamosque temos muito a fazer e que“a vida não pode parar”, asituação de pandemia con-vidou o mundo inteiro aorecolhimento junto das fa-mílias a afim de poder cele-brar a Páscoa.

Novais Pereira

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16 de abril de 2020SOCIEDADE2 – Notícias de Beja

O deverda “Páscoaem casa”

Na luta contra o COVID-19,a Igreja, depois das primeirasmedidas – pias às portasIgrejas sem água benta,comunhão na mão e nãorealização do “abraço dapaz” – depressa tomou adecisão dolorosa de sus-pender todos os atos co-munitários e principalmente,a suspensão das catequeses,reuniões e missas, bem comoas celebrações de Casa-mentos e Batizados, desdeque pudessem ser desmar-cados. Como consequência,também as Procissões ediversos atos de devoção daSemana Santa foram sus-pensos e depressa se tor-naram muito eloquentes asimagens transmitidas com oPapa Francisco, sozinho, naPraça de S. Pedro, como secarregasse, sem ninguém aajudá-lo, os problemas daIgreja e da humanidade.Sobre as celebrações daSemana Santa e Páscoa,houve orientações muitoclaras para a Igreja Uni-versal, ficando alguma li-berdade para os bispos dio-cesanos, de acordo com asituação vivida nos diferentespaíses e/ou territórios. Emtodo o caso, sempre a reco-mendação de que se devemobservar as orientaçõesemanadas pelas Autoridadesque, vão sofrendo alterações,conforme o evoluir da situa-ção de pandemia.De um modo geral, podemosverificar que grande tem sidoo esforço da Igreja, no sen-tido de dar o seu contributo,quer pelo cumprimento do

Editorial

António Novais Pereira, Diretor

que vem sendo estipulado,quer pela responsabilidadeque tem na educação etransmissão de valores, juntodas populações.Contudo, não podemos dei-xar de reconhecer que, emalguns casos isolados, po-derão ter sido ultrapassadosos limites, por diferentesrazões, as quais desco-nhecemos: afirmação pú-blica da fé ou afirmação dairresponsabilidade? Con-tinuar a prestar a necessáriaassistência espiritual ouexibicionismo? Dificuldadeem compreender o que édemasiado sério? …Não podendo julgar nin-guém, recordo somente queos próprios bispos deramorientações para que aPáscoa fosse celebradaem casa e, na medida dopossível, procurarem seguiras celebrações pelos meiosde comunicação social. Poroutro lado, diz-nos a ex-periência da vida que, emmuitas situações, a afir-mação do nosso amor pelosoutros passa por deles nosafastarmos.Da Palavra de Deus vem-nos a advertência: um Cen-turião Romano manifestouuma fé maior porque não seachou digno de que o Senhor(Jesus) fosse a sua casa.Bastava-lhe a palavra deJesus para que o seu criadofosse curado. Por outro lado,iniciamos a Quaresma como convite a que nada faça-mos para que os outrosvejam porque Deus Pai vêno segredo. Em breve,(tempo pascal) seremosconfrontados com o capítuloVI do Evangelho segundo S.João, no qual Jesus é-nosapresentado como Pão daVida, alimento de vida eter-na, antes de mais, porque éa Palavra do pai e, quemvive e n’Ele acredita terá aVida Eterna.

JUAN DE DIOS MARTIN VELASCOFaleceu no dia 05 de Abril

Juan de Dios Martín Velasco,sacerdote Diocesano de Madrid,faleceu aos 86 anos de idade, naCasa Sacerdotal de Madrid, Ruade S. Bernardo.

Enquanto Filósofo (principal-mente na área da Fenomenologiadas Religiões) e Teólogo, éimpressionante o legado dassuas obras, artigos e confe-rências. Onde se anunciava apresença de Martín Velasco, nãofaltavam ouvintes ávidos de oescutar.A sua reflexão, profunda e aces-sível aos destinatários, possivel-mente, mais do que uma “grandeBiblioteca”, tinha por detrás otrabalho pastoral ao qual semprese entregou, no contacto comtodos e, preferencialmente, ossimples e humildes.Pessoalmente, tive o privilégio deter sido seu aluno (2000-2002), noInstituto Superior de TeologiaPastoral em Madrid, tendo veri-ficado que a sala de aulas semprese encontrava cheia de alunosque o escutavam e seguiamatentamente. Dele recordo tam-bém que nunca vi o seu tom devoz alterado, bem como o seurosto alegre, perante todos quan-tos dele se aproximavam.Sendo professor Catedrático, eentão, Director do Instituto,impressionava com a sua sim-plicidade, humidade e proximi-dade de todos.Ao receber a notícia da sua morte,a Diocese de Ávila, ao lamentar asua morte, considerou-o “um dosgrandes teólogos espanhóis dasegunda metade do séc. XX”.Depois de muito ter sido es-cutado em sua vida, as suasobras nas áreas da fenome-nologia das religiões, teologiapastoral, espiritualidade e mís-tica, por certo, continuarão aalimentar a reflexão dos teólogosactuais e futuros.

Pe. António Novais

UM TESTEMUNHO DE QUEMCOM ELE TRABALHOU

Juan de Dios saiu em silêncio

Juan nunca se atreveu a pro-nunciar seu nome completo, Juande Dios. Também nunca se sentiuà vontade quando o ouviu deoutra pessoa. Embora pela fé eletivesse a certeza de estar nasmãos de Deus, a sua humildadenão lho permitiu dizer aos quatroventos. Hoje, sim, hoje podemos

chamá-lo Juan de Dios . Nósdeixamo-lo nas mãos de Deus.Ele deixou-nos em silêncio. Issose foi em silêncio. Como elegostava de chegar, estar e sair.Certamente, ele desejava: sair emsilêncio, sem atrair a atenção esem distrair ninguém pelo ca-minho. Silêncio é a palavra ensur-decedora dos místicos. E Juanera-o e sempre foi. Ele não faloude misticismo porque era umestudioso - que também o era .Ele falou do misticismo porquelhe brotava “da alma no centromais profundo”.De Juan, sua maneira peculiar deser crente era impressionante: asua fé reuniu a mais profundaexperiência mística e o maisempático conhecimento e diá-logo com a cultura secular, o amorpela igreja e a denúncia de seusburacos no Evangelho, o amor aomundo e a denúncia do mun-danismo sem significado. Quehabilidade para unir a oração e omilitante! E ele não o ensaiou;jorrava como uma fonte que jorraágua. Testemunhos de fé comoesse têm permitido que muitaspessoas continuem acreditando,e outros se tenham sentidoforçados a rever a sua fé.A humanidade de Juan era im-pressionante. Uma humanidadesóbria, austera, serena, íntima erespeitosa ... Não era fácil sabero que havia nele de humildade eo que havia nele de timidez. Elesempre se aproximava como sepedisse perdão, ou mantinha adistância, exercitando respeito.Sua humanidade cobriu quasetudo. Sem falsos misticismos,sem poses ensaiadas, sem sersentido, sem ocupar espaços,deixando sempre aquele lugarque o outro precisa e ao qual ooutro tem direito. Isso é serhumano, profundamente hu-mano. Essa foi a experiência daencarnação na história pessoal deJuan. Juan foi a todos os lugaresdespojando-se da sua posição ecolocando-se ao serviço de qual-quer um.

A sua visão da IgrejaEra impressionante o modo comoJuan olhava a Igreja. Ele amavamuito a Igreja porque nela muitotinha que sofrer. Só podemosdizer isso agora, quando ele nãonos ouve mais nem pode res-ponder. Sim, João mostrou seuamor pela Igreja precisamentesofrendo na Igreja e pela Igreja.Para ele, dizer Igreja era dizer“comunidade de Vallecas”, aque-la comunidade rural de Palencia,a família do Instituto Superior dePastoral ... Ele ficou sem me-dalhas, como queria., porqueJoão havia assimilado muito omais substancial do Evangelho.Como São Francisco disse de simesmo, de João também se podedizer: “Conhecia de memória aJesus Cristo”. Porque conhecera cristologia de memória é umacoisa e outra é conhecer dememória a pessoa de Jesus Cris-to, o imenso mistério de JesusCristo.A sabedoria de Juan era impres-sionante. Ele disse que não tinhahabilidades pedagógicas e quedevia ser muito chato ouvi-lo.Mesmo em algumas das suaspalestras, ele deu aos ouvintesautorização para dormir em si-lêncio. Mas ele sabia muito bem,pelas expressões nos rostos dosouvintes, que em cada um deseus silêncios estava sendo feitauma nova afirmação cheia desabedoria. Juan falou pensandoem voz alta. Enquanto falava,lutou com seu próprio pensa-mento. Ele estava lutando parachegar ao fundo das coisas, daspessoas, do mistério de Deus. E,ao mesmo tempo, ele estavalutando para estabelecer umdiálogo respeitoso com qualquerum que procurasse a verdade.Sua sabedoria sempre vinhaacompanhada com grande humil-dade e brava honestidade.. Atrásdele, ele deixou um rastro desabedoria em que todos os quebuscam a verdade continuarão abeber.Tudo sobre Juan era impres-sionante. Juan tinha uma espe-rança impressionante de que elejá deveria ter sido cumprido nosbraços de Deus. O que Juan nospoderia dizer agora sobre o San-to, o Outro, o Mistério, agora queele o contemplou face a face?Obrigado, Juan, por tua vida.

Felicíssimo MartinezFonte: Vida Nueva, 07-04-2020

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16 de abril de 2020 RELIGIÃO Notícias de Beja – 3

O nosso DomingoCom Cristo no Centro

Fr. Pedro Bravo, oc

Estamos em regime de confi-namento em casa, se não todos,pelo menos a maioria. À exceçãodos nossos irmãos e irmãs dalinha da frente no combate aoCOVID-19 e dos que asseguramque a vida continue com a maiornormalidade possível, muitos dosquais vivem separados ou atéisolados das próprias famílias, afim de não porem em risco asaúde dos seus, nem daqueles aquem servem. Nunca este mundo,tão complexo, foi tão pequenino,fazendo-nos perceber que, ape-sar de todas as nossas diferençase do progresso científico e tecno-lógico a que chegamos, estamostodos no mesmo barco, sujeitosà mais pequena ameaça, obri-gados a permanecer em casa.Ainda há pouco, havia quem nãofizesse caso da crise mais graveque teremos de enfrentar nesteséculo, a crise ecológica; haviapais que se tinham demitido dasua missão de educadores, fa-mílias que viviam dispersas,sujeitas a obrigações cegas,horários desencontrados, con-tratos desumanos e frequentesdeslocações; agitavam-se lob-bies, empenhados na destruiçãoda família, animados por umaideologia de morte, dispostos atomar o poder, a fim de manipulara vida humana. Parecia que ohomem tinha finalmente con-seguido dominar a terra e deplasmar o seu próprio destino eser.Bastou, porém, uma pequenaameaça, um vírus invisível eimprevisível, para, em poucotempo, paralisar a vida em todo oplaneta e obrigar as pessoas aconviver no seio da própriafamília, os povos a unir-se e aempenhar-se na defesa da vida.De modo que, pela primeira vezna história, estamos todos con-finados a casa.

2– O mesmo aconteceu aosapóstolos, depois que Jesus foi

ENTRADACristo ressuscitou, Aleluia - M. Luis, CNL, 324

SALMO RESPONSORIALAclamai o Senhor, porque Ele é bom - MLuis, SR,84

Sugestões de Cânticos

COMUNHÃOFoi removida a pedra (Páscoa florida) –A.Cartageno, CNL, 495, ou outro

II Domingo da Páscoaou da DivinaMisericórdia

Ano A19 de abril de 2020

I Leitura«Todos os que haviam abraçado a fé viviam unidos e tinham tudoem comum»

Actos 2, 42-47

morto na cruz. De modo que, noterceiro dia, quando Ele ressus-citou dos mortos, o domingo daPáscoa cristã, «na tarde daqueledia, o primeiro da semana, es-tando fechadas as portas da casaonde os discípulos se encon-travam, com medo dos judeus…»,subitamente acontece o queninguém esperava: «Jesus veioe pôs-se de pé no meio». Quasetodas as traduções acrescentam«deles». Mas o pronome não vemno original. Jesus não se pôsapenas no meio dos seus dis-cípulos, como tinha prometido(Mt 18,20), mas «pôs-se, de pé,no meio». Ele está de pé, res-suscitado, vitorioso sobre Sat-anás, o pecado e a morte. «Nomeio»: não temporal e localmente,mas como «o Alfa e o Ómega, oPrimeiro e o Último, o Princípio eo Fim» (Ap 22,13) de todas ascoisas, como único «Mediadorentre Deus e os homens, CristoJesus» (1Tm 2,5). Cristo ressus-citado está no meio de tudo: dacriação, da vida e de todos osseres humanos, fazendo-se Pás-coa e ponte entre Deus e oshomens; unindo o céu e a terra, ohomem e o universo; conjugandoo passado, o presente e o futuro;assumindo o tempo e a eter-nidade; sendo fator de con-vergência e dinamismo de co-munhão entre os homens, motorde reconciliação de cada umconsigo mesmo, com Deus e comos outros, agente de renovaçãoe fonte de esperança. Apesar dadiversidade de culturas, dasdiferenças entre as pessoas, dadistância física entre os indi-víduos, A esta mesma união deuns com os outros a que nos estáa obrigar a atual pandemia, apesardo nosso confinamento em casa.Como poderemos viver estemomento de forma positiva, comofator de renovação?Pondo Cristo «no meio», nocentro da própria existência,aderindo com fé e amor à SuaPalavra, o Evangelho, transmitidopela Igreja, de modo a exper-imentar que Ele é o Emanuel, “o

caminho, a verdade e a vida”, adescobrir que fazemos parte doSeu Corpo e somos habitação deDeus, a deixar-nos possuir eencher do seu amor, luz, paz ealegria, caminhando numa vidanova, sentindo o apelo a teste-munhá-la e a partilhá-la comtodos.Desta forma, nesta Páscoa insó-lita que estamos a viver, cada umde nós é chamado a fazer aexperiência de Cristo Ressus-citado, no âmago da própria vida,no seio da Igreja, no interior dasua própria casa, no mais íntimodo seu ser, sentindo-se membrode Cristo e dos irmãos.

3– A isso nos incitam as leiturasdeste domingo, que nos falamdos dons que brotam de Cristoressuscitado. A começar peloEvangelho, a leitura que, noTempo Pascal, dá a tónica a cadadomingo.Este apresenta-nos num dípticoo acesso a Cristo ressuscitado,representado em duas apariçõesdo mesmo, separadas entre si poruma oitava. A primeira apariçãoaos Dez descreve o fundamentoda fé pascal, o testemunho dosapóstolos; a segunda, também aTomé, a resposta da nossa fé aeste anúncio: «Felizes os que nãoviram e acreditaram».João concentra no primeiro diada semana, o Domingo de Pás-coa, todos os dons de Cristoressuscitado, fonte da missão daIgreja: a sua presença junto denós, o encontro com Ele atravésda fé, da qual nasce a Igreja; oconhecimento do Pai e o dom deadoção filial, fonte de vida novaem Cristo; o dom do Espírito,fonte de misericórdia, de paz e deperdão; a radicação na Palavra eno ensino dos apóstolos; o domda comunhão, não só dos bens,mas também dos dons, senti-mentos, vivências, iniciativas; anecessidade de alimentarmos erenovarmos a nossa fé através daEucaristia e da oração;

Leitura dos Actos dos ApóstolosOs irmãos eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à comunhão fraterna, àfracção do pão e às orações. Perante os inumeráveis prodígios e milagresrealizados pelos Apóstolos, toda a gente se enchia de temor. Todos os quehaviam abraçado a fé viviam unidos e tinham tudo em comum. Vendiampropriedades e bens e distribuíam o dinheiro por todos, conforme asnecessidades de cada um. Todos os dias frequentavam o templo, como setivessem uma só alma, e partiam o pão em suas casas; tomavam o alimentocom alegria e simplicidade de coração, louvando a Deus e gozando da simpatiade todo o povo. E o Senhor aumentava todos os dias o número dos quedeviam salvar-se.

Continua na Pág. 7

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São JoãoNa tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas asportas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dosjudeus, veio Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «Apaz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Osdiscípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou,também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes ospecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos». Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estavacom eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos:«Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suasmãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos ea mão no seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam osdiscípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando asportas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz estejaconvosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhasmãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo,mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!». Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam semterem visto». Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seusdiscípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foramescritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, epara que, acreditando, tenhais a vida em seu nome.

Evangelho Jo 20, 19-31«Oito dias depois, veio Jesus ...»

«Fez-nos renascer para uma esperança viva pela ressurreição deJesus Cristo de entre os mortos»

1 Pedro 1, 3-9II Leitura

Salmo Responsarial Salmo 117 (118)Aclamai o Senhor, porque Ele é bom: o seu amor é para sempre.

Leitura da Primeira Epístola de São PedroBendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, na sua grandemisericórdia, nos fez renascer, pela ressurreição de Jesus Cristo de entre osmortos, para uma esperança viva, para uma herança que não se corrompe,nem se mancha, nem desaparece. Esta herança está reservada nos Céus paravós, que pelo poder de Deus sois guardados, mediante a fé, para a salvaçãoque se vai revelar nos últimos tempos. Isto vos enche de alegria, embora vosseja preciso ainda, por pouco tempo, passar por diversas provações, paraque a prova a que é submetida a vossa fé – muito mais preciosa que o ouroperecível, que se prova pelo fogo – seja digna de louvor, glória e honra,quando Jesus Cristo Se manifestar. Sem O terdes visto, vós O amais; sem Over ainda, acreditais n’Ele. E isto é para vós fonte de uma alegria inefável egloriosa, porque conseguis o fim da vossa fé: a salvação das vossas almas.

Disse o Senhor a Tomé: «Porque Me viste, acreditaste;felizes os que acreditam sem terem visto».

Jo 20, 29Aleluia

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16 de abril de 2020SOCIEDADE4 – Notícias de Beja

CELEBRAÇÕES DA SEMANA SANTA E PÁ

Domingo de RamosNo Domingo de Ramos, às 11.30horas, no interior da IgrejaCatedral de Beja (SantiagoMaior), o Senhor Bispo, D. JoãoMarcos, deu início às celebra-ções da Semana Santa, com aBênção dos Ramos, seguida dacurta “Procissão” até ao altar daEucaristia.Este ano, pelos motivos quetodos conhecemos, não foi pos-sível a tradicional Procissãofestiva pelas ruas, com ordem,alegria, respeito e cânticos de“Hossana ao Filho de David”.Com as portas da Catedral en-

Tríduo PascalQuinta e Sexta Feira Santa

A Semana Santa culmina com oTríduo Pascal, desde a Ceia doSenhor (tarde de Quinta-FeiraSanta) à Sua Ressurreição (VigíliaPascal), passando pela cele-

Às 21.30 horas de Sábado, dia 11de abril, teve início a Solene VigíliaPascal, ponto culminante dacelebração anual da Páscoa.Após a vivência da Quaresma, énecessário dar lugar à exultaçãoe alegria, celebrando a vitória doSenhor sobre a morte.

cerradas, limitamo-nos ao nú-mero mínimo indispensável pararealização da celebração e poder-mos proporcionar a sua trans-missão em direto, pelo Facebookda Diocese: facebook.com/Dio-cese-de-Beja e canal YOUTUBE,no site diocesano: www. diocese-beja.pt. Estas transmissões acon-teceram também durante a cele-bração do Tríduo Pascal eDomingo de Páscoa, contandopara o efeito com a generosacolaboração de um casal daUnidade Pastoral.

bração da sua Paixão e Morte,na Sexta-Feira Santa.A celebração da Páscoa, comouma unidade única e inseparável,começou na Quinta-Feira Santa

com a Missa Vespertina da Ceiado Senhor. sendo de destacar oexemplo humilde, generoso edesinteressado de Jesus, a insti-tuição do Sacerdócio e da Eu-caristia, tudo acompanhado peloMandamento Novo: dei-Vos oexemplo para que, assim como Eufiz, façais vós também. “Amai-vos uns aos outros como Eu vosamei”Este ano, excecionalmente, todasas celebrações decorreram comas portas da Igreja encerradas,procurando deste modo diminuiros riscos de contágio do COVID-19.A Missa Vespertina da Ceia doSenhor, presidida por D. JoãoMarcos, teve início às 18 horas e30 minutos de Quinta Feira Santa,dia 09 de Abril.Na manhã de Sexta-Feira Santa, eSábado Santo, a partir das 10.00horas, foi cantado o Ofício deLeitura e Laudes. A partir das15.00 horas de Sexta-Feira Santa,teve início a celebração da Paixãoe Morte do Senhor: liturgia daPalavra (centrada na Paixão,segundo S. João), concluída coma Oração universal; a apresen-tação e adoração da Cruz e acomunhão Eucarística, com areserva do dia anterior.

Normalmente, a celebração cons-ta de quatro partes: a liturgia daluz (bênção do lume novo, pre-paração do Círio Pascal, pro-cissão com o mesmo e pro-clamação do Precónio ou anún-cio Pascal); a liturgia da Palavra,nesta esta noite é mais abundante

(nove leituras); a liturgia batismal(depois da bênção da água, quan-do existem, a celebração do Ba-tismo de adultos, e a renovaçãodas promessas batismais, porparte de toda a assembleia); aliturgia eucarística, na qual osneófitos participam pela primeiravez de forma plena (1ª Comunhão),depois de terem recebido o Batis-mo e a Confirmação ou Crisma.Neste ano, estando suspensos osatos comunitários, tudo foi reali-zado de uma forma mais sim-plificada e à porta fechada: omis-são da bênção do lume nove,bem como da bênção da águabatismal e sem qualquer batismo.No início desta celebração, aoproclamar o Precónio Pascal, aIgreja parece estar embriagadapor tanta alegria nesta “noitebendita”, “mais clara que o dia”,ao ponto de bradar “Ó ditosaculpa que tal e tão grande re-dentor mereceu ter”!

Vigília Pascal

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16 de abril de 2020 Notícias de Beja – 5SOCIEDADE

PÁSCOA NA IGREJA CATEDRAL DE BEJADomingo de Páscoa

Às 11 horas e 30 minutos, teve início a Solene Concelebração Eucarística,à porta fechada, contando apenas com o número mínimo eindispensável para a dignidade da celebração, própria deste dia, naIgreja mãe da Diocese.De um modo geral, para assegurar o canto litúrgico, o Padre AntónioCartageno, ao órgão, e dois solistas: Irmã Natália e Carlos Sequeira.

“Podemos sofrer sem ser cris-tãos mas não podemos ser cris-tãos sem sofrer”

A Homilia iniciou questionandosobre qual o personagem daPaixão e Morte do Senhor Jesusque melhor retrata a cada um denós. A Palavra de Deus a todosdenuncia, corrige e chama àconversão.E continuou: “Convido-vos,sobretudo, irmãos e irmãs, acontemplar Jesus na sua Paixão,pelas suas atitudes, pelas suaspalavras e também pelos Seussilêncios. N’Ele transparece umafirmeza serena, uma mansidãobondosa para com todos”.Dirigindo-se a todos que estavamrecolhidos em suas casas: “OSenhor Jesus Cristo é o nossopróximo mais próximo. Pela Suamorte na cruz Ele desceu aosinfernos da descomunhão eabriu, para toda a humanidade,as portas do Reino dos Céus.Todos nós, como discípulos deJesus Cristo devemos suplicar-lhe “a graça de saber dizer umapalavra de alento aos que andamabatidos”. (…) “Deixemos que oSenhor desperte os nossosouvidos para nos mantermosfirmes nas adversidades, nestaadversidade que agora estamosvivendo”. Confiemos no Senhorque virá em nosso auxílio.Finalmente, convidou os cristãos“viver esta Semana Santa imi-tando José de Arimateia, dis-

Homilia de Ramos5 de abril de 2020

cípulo de Jesus, que pediu aPilatos o Corpo do Senhor paraO sepultar no Seu próprio túmulo.Esta sua atitude corajosa…impediu-o de celebrar a Páscoa

judaica. Mas para ele, discípulo,e para toda a humanidade bati-zada em nome de Jesus, a PáscoaNova foi, a partir de então, JesusCristo, nosso Mestre e Senhor”.

Continua na Pág. 8

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16 de abril de 2020OPINIÃO6 – Notícias de Beja

Mértola Paleocristã (XVII)António Aparício

Sílvio Couto

‘Ele é o Cordeiro de Deus quetirou o pecado do mundo: mor-rendo destruiu a morte e res-suscitando restaurou a vida’ –rezamos no prefácio pascal I, emque marcamos os parâmetros domistério da paixão-morte-res-surreição de Jesus.Se tivermos em conta as duasessenciais vertentes desta oração– morrendo destruiu a morte //ressuscitando restaurou a vida –em Igreja poderemos vislumbraralgo que pode estar contido nasdiferentes orações de prefácio dotempo pascal:– porque a nossa morte foi

reduz-se só aos aspetos sen-soriais ou envolve outras ver-tentes, nem sempre tão cuidadasquanto devíamos?Tentemos elucidar estas questões.– Antes de tudo ‘vida’ refere-sea tudo quanto faz de cada um denós e de todos os outros seresviventes, nas suas mais diver-sificadas referências, que nãomeramente as de natureza mate-rial/animal. Não será que muitaspessoas do nosso tempo sereduzem, preferencialmente, aalimentar o corpo, menospre-zando os aspetos de naturezapsicológica e espiritual. Quantosvivem como se se confinassem àmatéria do seu corpo físico-biológico, apreciando, valori-zando e cuidando dos prazeressensoriais. Reparemos nos ade-reços com que se envolvem – àsvezes mais por fora do que pordentro – para que não corraperigo aquilo que conhecem ouao qual dão valor. Com o passardo tempo – como este é o melhormestre da vida – vão (vamos)percebendo que isso a quedávamos tanta importância se vaitornando relativo ou aquilo em

que gastavam (gastaram) tantasenergias, afinal, vai perdendo aimportância tão exaltada.– Talvez a maturidade das pes-soas se possa perceber ou avaliar(sem julgar) mais pela ‘desva-lorização’ de si mesmas do quepela exaltação ou até culto dopróprio eu. O problema é quandose vive numa sociedade onde asuperficialidade faz critério e opapel de embrulho é mais valo-rizado que o conteúdo. Talvezseja isso em que temos andadoentretidos, isto é, a confundirmoso essencial com o urgente ou atrocarmos os critérios pelascircunstâncias.= O sinal mais central da paixão-morte-ressurreição de Jesus é aCruz: no contexto do Calvário –o de ontem e o de hoje – tanto aocontemplarmos nela Cristo cru-cificado, como ao olharmos paraela despida. Sendo símbolo daconfluência entre o Céu e a Terra– a haste vertical, que representao mistério da encarnação; a hastehorizontal foi isso que Jesus fez,levando-nos com Ele em toda asua humanidade e salvando-nospela sua entrega, pelo mistério da

redimida pela sua morte e na suaressurreição ressurgiu a vida dogénero humano (prefácio II);– foi imolado sobre a cruz, masnão morrerá jamais; foi mortomas agora vive para sempre(prefácio III);– porque, vencendo a antigacorrupção do pecado, renovou avida do universo com uma novacriação e restaurou o génerohumano na sua integridade ori-ginal (prefácio IV);– pela oblação do seu Corpo nacruz, levou à plenitude os sacri-fícios antigos, e, entregando-sea Vós pela nossa salvação,tornou-se Ele mesmo o sacer-dote, o altar e o cordeiro (prefácioV).Numa primeira leitura podemosencontrar dois binómios: cruz-morte; ressurreição-vida… refe-renciando-nos à dimensão sote-riológica e redentora de Cristopela Igreja.De que morte ou de que vida setrata, quando rezamos e, so-bretudo, quando cremos, profes-sando a nossa fé? Será ‘morte’no sentido físico ou na dimensãopsicológico-espiritual? A ‘vida’

redenção. É na Cruz que estácontida em semente a explicaçãodas palavras que rezamos nosprefácios das eucaristias dotempo pascal: ‘morrendo, des-truiu a morte’ com tudo quantoenvolve rutura com Deus pelopecado; ‘ressuscitando, res-taurou a vida’ naquilo que nosfoi concedido na dimensão espi-ritual, quando aceitamos JesusRessuscitado na nossa vida,tudo renasce e ganha novosentido, a vida nova em Deus.Podemos – e vamos – continuara experimentar a morte física, nonosso corpo, composto pormatéria frágil e biodegradável,mas, na dimensão espiritual,renasceremos pela configuraçãocom Cristo pelo batismo. Talvezeste estado de pandemização,que estamos a viver, nos possaajudar a rever muitos dos nossosvalores e critérios: mais do quesolidários na desgraça podemos/devemos tratar de viver umacomunhão na conversão. Isto éum apelo à dimensão comu-nitária/social com incidênciaspessoais muito intensas…

Morrendo destruiu a morte e ressuscitando restaurou a vida

Memória da Primeira Evangelização na celebração dos 250 anos da Restauração da Diocese de Beja

É muito interessante o lugar queocupava na comunidade cristã ochantre, Andreas, «chefe doscantores da sacrossanta IgrejaMirtiliana» (Sacrossancte ae-clesiae Mertiliana), que de-monstra a existência de escola demúsica onde se ensinava o canto,em ordem a uma celebraçãosolene, festiva e comunitária daliturgia.O presbítero Satírio diz que“serviu no presbitério 13 anos,descansou na paz de NossoSenhor Jesus Cristo aos seis diasdo mês de março da era de 527:Descansa lembrando-se de nós”.A inscrição está dentro de umdesenho que lembra o pórtico deum templo. Na parte superior einferior tem o crismon ladeadopor alfa e oméga, que segundoM. Oliveira, tendo em conta osimbolismo derivado do Apo-calipse, significam o princípio eo fim de todas as coisas.O monumento de Mannaria, foicomprado em Mértola por Está-cio da Veiga, que acerca da suasimbologia, diz o seguinte: «Di-versos símbolos cristãos com-põem o seu emblemático orna-mento. Representa-se o mundo

figurando o princípio e o fim oalpha e o omega, entre as quaisse vê estampado o monogramade Cristo. O globo é timbrado pelacruz de redenção, cujos braçosbeijam duas pombas, que dooriente e ocidente vieram saudaro troféu sagrado, como divinasmensageiras da paz».A inscrição de Exupérius, ostiário«equivale ao clérigo com o 1ºgrau de ordens menores. Se-gundo J. Vives é a única vez queaparece o nome de ostiário, eminscrições Hispanas».«Também a afirmação de queTiberius lictor, de 14 anos, tãojovem, poderia ser leitor da Igrejade Myrtilis? Lictor era cargo queimplicava o 2º grau de ordens

menores. Tibério poderia sê-loaos 14 anos?»O espólio funerário de Myrtilis,na época visigótica tem trêsinscrições, em caracteres gregos,que importa destacar, não só pelovalor epigráfico, como tambémpelas ilações históricas que épossível tirar. […] É uma lâminade mármore granolamelar cin-zento»; «é indubitavelmentecristão este monumento, pois látem gravada uma cruz no prin-cípio da primeira linha. Deve serdo quinto ou sexto século, domesmo modo que os seus com-panheiros naquele campo mor-tuário e pertenceria a uma famíliagrega domiciliada em Myrtilis»1

Levantámos um pouco o véu da

riqueza patrimonial que tem vin-do à luz do dia, ao longo dosséculos, nomeadamente no últi-mo quartel do século XX, pormediação do Gabinete do CampoArqueológico de Mértola “ a vilamuseus de museus”. Para a Igrejaque está em Beja reveste-se deum valor incomum, porque nelapodemos admirar uma comuni-dade viva e dinâmica, que pode edeve ser uma fonte riquíssima deestímulo para a Igreja que somose para a pastoral que fazemos. Ébom sermos Igreja viva à luzda”sacrossanta Igreja Myrti-lana”, como afirma o epitáfio doChantre, o responsável pelocanto.A descoberta de um segundobatistério de grandes dimensões,(4,80 metros de largura, 1,52 m deprofundidade, luxuosamenteapresentado), apenas a cin-quenta metros do primeiro, noperíodo paleocristão, «confirmaa existência de duas comuni-dades cristãs diferentes naquelaépoca na vila, uma católica eoutra possivelmente monofi-sita».2 «Interiormente estrutura-se em degraus com distinta altura,mas que mantém a forma interioroctogonal, sendo o fundo da piaconstituída por duas placas de

mármore que formam um octó-gono irregular»É natural que assim tenha acon-tecido. Perante a invasão dosbárbaros, «a população hispano-romana, encerrou-se na couraçadas suas cidades e castelos, e aí,fiel a Roma, aguentou o embatedos invasores com tanto êxitoque consegue dominar-lhes asprimeiras vagas. Logo apósentram na Hispânia os Visigodos,como aliados dos romanos. Cas-tino, Governador romano daBética ataca os Vândalos. Conse-guem estes, a muito custo, apo-derar-se de Cartagena e Sevilha.Réquila, filho de Hermerico, reisuevo, cerca de 430 conquistaMérida e Mértola, mas só dezanos depois logra dominar emtoda a Bética. Efémero também odomínio dos suevos, visto seremcompelidos pouco depois afixarem-se ao norte do Tejo,mormente nas províncias doMinho e da Galiza. Reina Leo-vigildo. Eis sozinhos em campoos visigodos»3.Com espanto, assombro e açãode graças, prostro-me e sinto-mehonrado pela herança e felizmemória da «Sacrossanta IgrejaMyrtiliana!»

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16 de abril de 2020

Diretor: António Novais PereiraRedação e Administração:Rua Abel Viana, 2 - 7800-440 BejaTelef. 284 322 268E-mail: [email protected]

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16abril2020

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N.º 1961/83

Editado emPortugal

Propriedade da Diocese de BejaContribuinte Nº 501 182 446

RegistoN.º 102 028

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REGIONAL Notícias de Beja – 7

a importância do amor, partilha e serviço fraternos; o apelo a participarna vida e missão da Igreja, continuadora da de Cristo neste mundo.Assim não nos sentiremos mais sós e inúteis e a pandemia, com oconfinamento a que somos obrigados, tornar-se-á um motivo inspiradorde união entre as pessoas e os povos, despertando-nos para a urgênciade levar a sério os problemas que atingem o nosso século, de modo asermos motivo de esperança, preparando um futuro melhor para asgerações mais jovens, que dentro de pouco deverão assumir a tarefa ea responsabilidade que todos nós temos de construir já hoje um mundomais digno, mais justo, mais fraterno e mais ecológico para todos.

Com Cristo no CentroContinuação da Pág. 2

CERTIFICO, para fins de publicação, quefoi lavrada neste Cartório Notarial, no diade hoje, de folhas uma verso a folhasduas verso do Livro de Notas paraEscrituras Diversas número “Trezentos -E”, escritura de justificação, na qual sedeclarou que:Nelson Fernandes de Jesus Cas-tanha e cônjuge Maria da ConceiçãoCabecinha, residentes em AldeiaBogaga, Caixa Postal 802, Vila Nova deMilfontes, Odemira;São donos e legítimos possuidores de umveiculo categoria ligeiro, marca “PEU-GEOT”, modelo 290 G 92-2, matrícula XA-84-42, cilindrada dois mil e quinhentoscentímetros cúbicos, número de quadroVF três dois nove zero G nove dois zero

zero zero quatro quatro seis oito quatro.Que a matrícula daquele veículo seencontra cancelada no Registo Automóvelpor falta de inspecções periódicas desdeMarço de dois mil e oito;Que adquiriram o referido veiculo em dataque não conseguem precisar do ano dedois mil e oito aos herdeiros de AntónioSalvador Leitão, em troca de prestaçõesde serviços em terrenos agrícolas de queaqueles eram titulares.Que a declaração de venda para o oraoutorgante não lhe foi desde logo entreguepara que pudesse proceder ao registo depropriedade a seu favor, tendo osjustificantes passado desde logo a usufruí-lo, como coisa sua, cuidando dele,reparando-o, à vista de toda a gente, sem

interrupção temporal e sem oposição deninguém e na convicção de quem exerceum direito próprio.Que assim já possuem o referido veículohá mais de dez anos, sendo a sua possede boa fé, pacífica, continua e publica,pelo que já o adquiriu por USUCAPIÃO,título que invoca, uma vez que não lhe ésusceptível adquirir pelos meios extra-judiciais normais o documento únicoautomóvel;Está conforme, nada havendo na parteomitida além ou em contrário do que secertifica.Odemira, 13 de Março de 2020.

A NotáriaAna Paula Vasques

Cartório Privado de Odemira Notária: Ana Paula Lopes António VasquesCertificado

Publ.

A luta contra o COVID - 19A força de um ínfimo microrganismo, chamado Coronavírus, COVID – 19, e os acontecimentos queestamos a viver, a nível mundial, imbuídos de incontáveis sofrimentos e outras nefastasconsequências, suscitam as mais variadas reações.Como crente, e recusando qualquer atitude perante uma espécie de tragédia grega, como se tivéssemosque aguentar, sem nada poder fazer, perante uma fatalidade, opto por fortalecer a minha confiançaem Deus que, como “Bom Pai”, não se afasta e bem sabe aquilo de que precisam os seus filhos.Enquanto muitos reagem e perguntam “onde está Deus”, escuto a resposta de Deus, devolvendo apergunta; E tu, (Adão) meu filho, onde estás? O que fizeste?Face a tanto mal e sofrimento, uma tentação fácil será a de encontrar culpados e, por isso, em vez dese dizer que “sem o saber, contagiei o meu irmão”, é compreensível a justificação de que “fuicontagiado”. Na verdade, normalmente, não se sabe quem infetou e a quem se infecta.Face aos “eventuais culpados” e a tentação de os condenarmos, a correção do “Divino Mestre” atodos quantos pensam que as doenças ou os desastres são necessariamente um castigo dos pecadosou más opções dos atingidos por desgraças: “Julgais que esses galileus eram mais pecadores quetodos os outros galileus”, por terem sido mortos à ordem de Pilatos? “Digo-vos que não; mas, senão vos arrependerdes, perecereis todos igualmente. E aqueles dezoito sobre os quais caiu a torrede Siloé, e os matou, eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? Não, Eu vo-lo digo; mas, se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo”. (Cf. Lc. 13, 1-5)

Rumo ao FuturoA advertência de Jesus, outrora aos galileus, vale também para a humanidade de hoje. Na verdade,depois de termos encontrado um pouco mais de paz e podermos regressar progressivamente ànormalidade, para além do reconhecimento humilde do que esteve menos bem perante este “inimigodesconhecido”, será necessária uma verdadeira conversão para que, no futuro, não nos aconteçammales semelhantes ou ainda piores. Há lições do passado e do presente que nunca poderemosesquecer, como forma de estarmos melhor preparados para os desafios futuros. A verdadeiraconversão exige humidade e coragem, imbuídas da memória da história que não se apaga.

5 formas de ajudaro “Notícias de Beja”

1. Pague a assinatura do jornal atempedamente.2. Faça publicidade no “Notícias de Beja”. Tem umaempresa ou responsabilidade na gestão de algumnegócio? Anuncie no “Notícias de Beja”. Comotemos pouca publicidade, cada anúncio obtém maisvisibilidade.3. Ofereça uma assinatura. É uma prenda que não écara (35 euros). E dura pelo menos um ano. E quema recebe vai lembrar-se de si pelo menos uma vezpor semana. Grande prenda!4. Proponha o nosso jornal a um amigo. Se gosta dojornal (podemos presumir que sim, porque rece-bemos elogios com alguma frequência), proponha-oa um amigo. Depois de o ler ofereça a alguém. Umamigo do jornal encontra outro amigo5. Ajude a divulgar o jornal passando pelo facebooke partilhando nas redes sociais capas e algumasnotícias que lá vamos pondo.

Cáritas de Beja precisa de meiose apela ao voluntariado na Bolsado Baixo Alentejo, promovidapela Cruz Vermelha Portuguesa,o Centro Distrital de Beja daSegurança Social e a Comu-nidade Intermunicipal do BaixoAlentejo (Cimbal). Pode ins-crever-se aqui:https://www.cimbal.pt/…/bolsa-de-voluntariado-do-baixo-alen…Mariana Côco realça que “temosfalta de máscaras de proteçãoindividual (Cirúrgicas ou PFF 2),

Caritas Diocesana de Beja - COVID-19

gel desinfetante ou álcool, fatosde proteção individuais, cujasencomendas já fizemos, mascom previsão de entrega muito

demorada”.Caso queira fazer o seu donativoem numerário, pode fazer o seudonativo através de transfe-rência bancária usando as se-guinte referências:IBAN: PT50 0010 0000 19889390 0144 5Enviando o seu comprovativopara: [email protected] entrega de Equipamentos deProteção Individual (EPI) devemser feitas entre as 09:00 e as 17:00nas nossas instalações

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16 de abril de 2020ÚLTIMA PÁGINA

DESTAQUES DAS HOMILIAS DE D. JOÃO MARCOS

Como outrora os Seus discípulos, também nós temos dificuldade emcompreender os caminhos de Deus face àquilo que os nossos olhospodem contemplar: a pandemia com tanta gente a morrer, a retençãoem nossas casas, sem poder sair…Procurando ajudar-nos a viver esta situação concreta, apresentoualgumas reflexões: o confinamento em nossas residências e a vivênciaoriginal e tradicional da Páscoa judaica, até Jesus a ter realizado, tambémnuma casa, na “Ultima Ceia” e ainda, a celebração da Eucaristia, pelosprimeiros cristãos, nas casas dos fiéis. Não será este um sinal para queconstruamos a “Igreja doméstica”?Face à realidade da violência doméstica “façamos ressoar omandamento novo do amor fraterno, que nos indica qual é o caminhoda paz e da boa convivência: amai-vos uns aos outros como Eu vosamei!”Nós te damos graças também pelo Teu Sacerdócio de que nos fazesparticipantes. Pelo seu exercício, cultivamos o nosso relacionamentocom o Pai e contigo, no mesmo Espírito. Por ele recebemos a graça doTeu perdão e da comunhão contigo. Ajuda-nos, Senhor, a apreciá-lodevidamente, e a exercê-lo em cada dia, com amorosa e agradecidafidelidade.

Quinta-feira Santa9 de abril de 2020

Sexta-feira Santa10 de abril de 2020

D. João Marcos iniciou a Homilia contemplando os bancos da Igrejavazios, contrariamente aos anos anteriores. Este ano, paira “o medodo contágio do vírus Covid-19” e, última análise, o “medo de morrer”.Como encaramos a morte? Ele “sentiu ao mergulhar na morte, … que aSua morte é uma passagem deste mundo para o Pai que O ama e emcujas mãos entrega a Sua vida”.“Quem acredita em Jesus Cristo e está batizado em Seu nome, dá mortee sepultura ao seu homem velho e ressuscita com Ele para a Vidaescondida em Deus, vida que é própria do Filho. A morte surge entãopara nós como a outra face desta moeda que é a vida. E a vida docristão outra coisa não pode ser, senão isto: levarmos sempre, nonosso Corpo, o morrer de Jesus, para que a Sua Vida de ressuscitadose manifeste em nós(2Cor 4,11).”“A Igreja manda-nos, neste dia de Sexta-feira Santa, contemplar aimagem de Cristo crucificado, que é a imagem mais importante eindispensável para crescermos na vida cristã, nesta vida deconfiguração com Jesus Cristo, Nosso Senhor (…) Nas vossas casas,queridos irmãos, o crucifixo deve ocupar, na sala e nos quartos, umlugar de honra. Ele dá-nos a medida do amor do Senhor para connosco,a mesma medida que Ele espera de cada um de nós.”“Queridos irmãos e irmãs: se quereis ser discípulos adultos de CristoJesus não fujais da vossa cruz mas abraçai-a e carregai com ela emcada dia!

Vigília Pascal11de abril de 2020

“O Senhor ressuscitou verda-deiramente! Aleluia!”

“ Alegremo-nos, irmãos e irmãs,por esta notícia esplêndida quechegou ao nosso coração e nosfaz viver na fé, na esperança e na

Hoje somos convidados “a irmosespiritualmente ao sepulcro comMaria Madalena e com os após-tolos Pedro e João, não só paravermos que está, de facto, vazio,mas para escutarmos, da bocados anjos, a Boa Notícia daRessurreição”.“De olhos fixos no Senhor Res-suscitado, fonte de vida e deamor, fonte das águas vivas,podemos, pelo Seu Espírito,continuar a realizar a Sua Páscoa,a Sua passagem neste mundo,fazendo o bem, tornando-nosassim verdadeiros discípulosd’Ele, e Suas testemunhas. Acre-dita, caro irmão e irmã, que estásimplicado na Ressurreição deJesus tal como estiveste e estaisimplicado na Sua morte na Cruz.Quem acredita n’Ele, recebe, peloSeu nome, o perdão dos pecados“Depois, na docilidade ao mesmoEspírito Santo, e a nível maisindividual, desejamos as coisasdo alto, as realidades do Céu,cultivando essa vida espiritualescondida com Cristo em Deus”.“O domingo não é o fim desemana como atualmente se diz,

Domingo de Páscoa12 de abril de 2020

colando-o ao sábado: é o primeirodia da Semana, o dia que oSenhor Jesus ressuscitado nosensinou a santificar com a suaRessurreição e aparição aosapóstolos, e manifestando-Se-lhes novamente, oito dias depois.O Domingo, ou seja, o dia doSenhor, é o dia da Páscoa se-manal, o dia de Festa em quedevemos descansar e evitartrabalhos servis para podermoscelebrar a Eucaristia e expe-rimentar verdadeiramente que Eleestá no meio de nós, para nos dara Sua vitória sobre os nossospecados. É o dia em que tambémpodemos e devemos dedicar-nosa cultivar os bons relaciona-mentos familiares, e ainda oespaço para nos divertirmos epraticarmos desportos e/ou ou-tras atividades culturais.Na nossa sociedade materialistae consumista, esta visão dodomingo tem sido contrariadapor amor do lucro, transfor-mando-o, para muitas pessoas,em um dia de trabalho prati-camente igual aos outros dias dasemana. Se como o nosso povo

sabiamente afirma, não há do-mingo sem missa, queridos ir-mãos que me escutais, precisa-mos de convidar para a cele-bração da missa dominical osnossos familiares, amigos evizinhos que não costumamfrequentar a Igreja mas forambatizados, e que, por isso, sãocristãos. Não há domingo semmissa!Ajudemos esses irmãos e irmãs acultivarem o relacionamentoprimordial com Deus, e todas asoutras suas relações serão purifi-cadas e melhoradas. Faço aquium apelo a todos vós que jásaboreais como é bom o Senhor,a que ajudeis os nãopraticantes a frequentarem amissa dominical. Falai com eles,convidai-os uma e outra vez. Éuma pequena prenda que o Se-nhor vos pede neste momento,por meio de mim. Quando te-rminar esta situação de confi-namento e pudermos regressar àscelebrações normais nas igrejas,quem me dera que o número e aqualidade dos participantes naEucaristia tenham crescido nestadiocese alentejana!”

caridade, a vida nova dos filhosde Deus!”Depois de uma breve síntese decada uma das leituras, o nossoBispo referiu que ser cristão “éestarmos mortos para o pecado

e, unidos a Cristo Jesus, viver-mos para Deus. Ou como S. Pauloafirmou, é levarmos sempre, nonosso corpo o morrer de Jesus,para que, também no nossocorpo se manifeste a Sua vida deressuscitado (2Cor 4,10).”

AGRADECIMENTOAs celebrações da Semana Santa na Sé decorreram, como previsto, à porta fechada, mas com umnovidade: todas foram transmitidas integralmente pela internet, dando possibilidade a milhares depessoas de acompanhar em suas casas, no todo ou em parte. Disso tivemos muitos ecos. Estamosgratos à Clara Palma e seu marido por se responsabilizarem por esta tarefa com todo o empenho eprofissionalismo. Prestaram um grande serviço a muita gente. O nosso obrigado aos dois.