seleção de acórdãos

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Seleção de AcórdãoS 1

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  • Seleo de AcrdoS

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  • Seleo de AcrdoS

  • Seleo de AcrdoS

    5

  • Copyright 2011 - Ministerio da Previdncia SocialPermitida a divulgao dos textos contidos neste livro, desde que citadas as fontes.

    Disponvel em: www.xxxxxxxxxxxxxxxxxx.com.brISBN: xxxxxxxxxxTiragem desta edio: 000 exemplaresimpresso no Brasil

    1 edio: 2011

    Coordenadores: Reviso ortogrfica: Capa e editorao eletrnica:

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    Sumrio

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    lei n 9.784 regulA o proceSSo

    AdminiStrAtivo nA ApF

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    Presidncia da Repblica Casa Civil

    Subchefia para Assuntos Jurdicos

    LEI N 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999.

    Regula o processo administrativo no mbito da Administrao Pblica Federal.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    CAPTULO I DAS DISPOSIES GERAIS

    Art. 1o Esta Lei estabelece normas bsicas sobre o processo administrativo no mbito da Administrao Federal direta e indireta, visando, em especial, proteo dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administrao.

    1o Os preceitos desta Lei tambm se aplicam aos rgos dos Poderes Legislativo e Judicirio da Unio, quando no desempenho de funo administrativa.

    2o Para os fins desta Lei, consideram-se:

    I - rgo - a unidade de atuao integrante da estrutura da Administrao direta e da estrutura da Administrao indireta;

    II - entidade - a unidade de atuao dotada de personalidade jurdica;

    III - autoridade - o servidor ou agente pblico dotado de poder de deciso.

    Art. 2o A Administrao Pblica obedecer, dentre outros, aos princpios da legalidade, finalidade, motivao, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditrio, segurana jurdica, interesse pblico e eficincia.

    Pargrafo nico. Nos processos administrativos sero observados, entre outros, os critrios de:

    I - atuao conforme a lei e o Direito;

    II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renncia total ou

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    parcial de poderes ou competncias, salvo autorizao em lei;

    III - objetividade no atendimento do interesse pblico, vedada a promoo pessoal de agentes ou autoridades;

    IV - atuao segundo padres ticos de probidade, decoro e boa-f;

    V - divulgao oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipteses de sigilo previstas na Constituio;

    VI - adequao entre meios e fins, vedada a imposio de obrigaes, restries e sanes em medida superior quelas estritamente necessrias ao atendimento do interesse pblico;

    VII - indicao dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a deciso;

    VIII observncia das formalidades essenciais garantia dos direitos dos administrados;

    IX - adoo de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurana e respeito aos direitos dos administrados;

    X - garantia dos direitos comunicao, apresentao de alegaes finais, produo de provas e interposio de recursos, nos processos de que possam resultar sanes e nas situaes de litgio;

    XI - proibio de cobrana de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei;

    XII - impulso, de ofcio, do processo administrativo, sem prejuzo da atuao dos interessados;

    XIII - interpretao da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim pblico a que se dirige, vedada aplicao retroativa de nova interpretao.

    CAPTULO II DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS

    Art. 3o O administrado tem os seguintes direitos perante a Administrao, sem prejuzo de outros que lhe sejam assegurados:

    I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que devero

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    facilitar o exerccio de seus direitos e o cumprimento de suas obrigaes;

    II - ter cincia da tramitao dos processos administrativos em que tenha a condio de interessado, ter vista dos autos, obter cpias de documentos neles contidos e conhecer as decises proferidas;

    III - formular alegaes e apresentar documentos antes da deciso, os quais sero objeto de considerao pelo rgo competente;

    IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatria a representao, por fora de lei.

    CAPTULO III DOS DEVERES DO ADMINISTRADO

    Art. 4o So deveres do administrado perante a Administrao, sem prejuzo de outros previstos em ato normativo:

    I - expor os fatos conforme a verdade;

    II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-f;

    III - no agir de modo temerrio;

    IV - prestar as informaes que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.

    CAPTULO IV DO INCIO DO PROCESSO

    Art. 5o O processo administrativo pode iniciar-se de ofcio ou a pedido de interessado.

    Art. 6o O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitao oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados:

    I - rgo ou autoridade administrativa a que se dirige;

    II - identificao do interessado ou de quem o represente;

    III - domiclio do requerente ou local para recebimento de comunicaes;

    IV - formulao do pedido, com exposio dos fatos e de seus

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    fundamentos;

    V - data e assinatura do requerente ou de seu representante.

    Pargrafo nico. vedada Administrao a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.

    Art. 7o Os rgos e entidades administrativas devero elaborar modelos ou formulrios padronizados para assuntos que importem pretenses equivalentes.

    Art. 8o Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem contedo e fundamentos idnticos, podero ser formulados em um nico requerimento, salvo preceito legal em contrrio.

    CAPTULO V DOS INTERESSADOS

    Art. 9o So legitimados como interessados no processo administrativo:

    I - pessoas fsicas ou jurdicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no exerccio do direito de representao;

    II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, tm direitos ou interesses que possam ser afetados pela deciso a ser adotada;

    III - as organizaes e associaes representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos;

    IV - as pessoas ou as associaes legalmente constitudas quanto a direitos ou interesses difusos.

    Art. 10. So capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de dezoito anos, ressalvada previso especial em ato normativo prprio.

    CAPTULO VI DA COMPETNCIA

    Art. 11. A competncia irrenuncivel e se exerce pelos rgos administrativos a que foi atribuda como prpria, salvo os casos de delegao e avocao legalmente admitidos.

    Art. 12. Um rgo administrativo e seu titular podero, se no houver

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    impedimento legal, delegar parte da sua competncia a outros rgos ou titulares, ainda que estes no lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razo de circunstncias de ndole tcnica, social, econmica, jurdica ou territorial.

    Pargrafo nico. O disposto no caput deste artigo aplica-se delegao de competncia dos rgos colegiados aos respectivos presidentes.

    Art. 13. No podem ser objeto de delegao:

    I - a edio de atos de carter normativo;

    II - a deciso de recursos administrativos;

    III - as matrias de competncia exclusiva do rgo ou autoridade.

    Art. 14. O ato de delegao e sua revogao devero ser publicados no meio oficial.

    1o O ato de delegao especificar as matrias e poderes transferidos, os limites da atuao do delegado, a durao e os objetivos da delegao e o recurso cabvel, podendo conter ressalva de exerccio da atribuio delegada.

    2o O ato de delegao revogvel a qualquer tempo pela autoridade delegante.

    3o As decises adotadas por delegao devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-o editadas pelo delegado.

    Art. 15. Ser permitida, em carter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocao temporria de competncia atribuda a rgo hierarquicamente inferior.

    Art. 16. Os rgos e entidades administrativas divulgaro publicamente os locais das respectivas sedes e, quando conveniente, a unidade fundacional competente em matria de interesse especial.

    Art. 17. Inexistindo competncia legal especfica, o processo administrativo dever ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierrquico para decidir.

    CAPTULO VII DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIO

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    Art. 18. impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que:

    I - tenha interesse direto ou indireto na matria;

    II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situaes ocorrem quanto ao cnjuge, companheiro ou parente e afins at o terceiro grau;

    III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cnjuge ou companheiro.

    Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato autoridade competente, abstendo-se de atuar.

    Pargrafo nico. A omisso do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares.

    Art. 20. Pode ser argida a suspeio de autoridade ou servidor que tenha amizade ntima ou inimizade notria com algum dos interessados ou com os respectivos cnjuges, companheiros, parentes e afins at o terceiro grau.

    Art. 21. O indeferimento de alegao de suspeio poder ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo.

    CAPTULO VIII DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO

    Art. 22. Os atos do processo administrativo no dependem de forma determinada seno quando a lei expressamente a exigir.

    1o Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernculo, com a data e o local de sua realizao e a assinatura da autoridade responsvel.

    2o Salvo imposio legal, o reconhecimento de firma somente ser exigido quando houver dvida de autenticidade.

    3o A autenticao de documentos exigidos em cpia poder ser feita pelo rgo administrativo.

    4o O processo dever ter suas pginas numeradas seqencialmente e rubricadas.

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    Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias teis, no horrio normal de funcionamento da repartio na qual tramitar o processo.

    Pargrafo nico. Sero concludos depois do horrio normal os atos j iniciados, cujo adiamento prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao interessado ou Administrao.

    Art. 24. Inexistindo disposio especfica, os atos do rgo ou autoridade responsvel pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de fora maior.

    Pargrafo nico. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado at o dobro, mediante comprovada justificao.

    Art. 25. Os atos do processo devem realizar-se preferencialmente na sede do rgo, cientificando-se o interessado se outro for o local de realizao.

    CAPTULO IX DA COMUNICAO DOS ATOS

    Art. 26. O rgo competente perante o qual tramita o processo administrativo determinar a intimao do interessado para cincia de deciso ou a efetivao de diligncias.

    1o A intimao dever conter:

    I - identificao do intimado e nome do rgo ou entidade administrativa;

    II - finalidade da intimao;

    III - data, hora e local em que deve comparecer;

    IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar;

    V - informao da continuidade do processo independentemente do seu comparecimento;

    VI - indicao dos fatos e fundamentos legais pertinentes.

    2o A intimao observar a antecedncia mnima de trs dias teis quanto data de comparecimento.

    3o A intimao pode ser efetuada por cincia no processo, por via

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    postal com aviso de recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da cincia do interessado.

    4o No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domiclio indefinido, a intimao deve ser efetuada por meio de publicao oficial.

    5o As intimaes sero nulas quando feitas sem observncia das prescries legais, mas o comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade.

    Art. 27. O desatendimento da intimao no importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renncia a direito pelo administrado.

    Pargrafo nico. No prosseguimento do processo, ser garantido direito de ampla defesa ao interessado.

    Art. 28. Devem ser objeto de intimao os atos do processo que resultem para o interessado em imposio de deveres, nus, sanes ou restrio ao exerccio de direitos e atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse.

    CAPTULO X DA INSTRUO

    Art. 29. As atividades de instruo destinadas a averiguar e comprovar os dados necessrios tomada de deciso realizam-se de ofcio ou mediante impulso do rgo responsvel pelo processo, sem prejuzo do direito dos interessados de propor atuaes probatrias.

    1o O rgo competente para a instruo far constar dos autos os dados necessrios deciso do processo.

    2o Os atos de instruo que exijam a atuao dos interessados devem realizar-se do modo menos oneroso para estes.

    Art. 30. So inadmissveis no processo administrativo as provas obtidas por meios ilcitos.

    Art. 31. Quando a matria do processo envolver assunto de interesse geral, o rgo competente poder, mediante despacho motivado, abrir perodo de consulta pblica para manifestao de terceiros, antes da deciso do pedido, se no houver prejuzo para a parte interessada.

    1o A abertura da consulta pblica ser objeto de divulgao pelos meios

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    oficiais, a fim de que pessoas fsicas ou jurdicas possam examinar os autos, fixando-se prazo para oferecimento de alegaes escritas.

    2o O comparecimento consulta pblica no confere, por si, a condio de interessado do processo, mas confere o direito de obter da Administrao resposta fundamentada, que poder ser comum a todas as alegaes substancialmente iguais.

    Art. 32. Antes da tomada de deciso, a juzo da autoridade, diante da relevncia da questo, poder ser realizada audincia pblica para debates sobre a matria do processo.

    Art. 33. Os rgos e entidades administrativas, em matria relevante, podero estabelecer outros meios de participao de administrados, diretamente ou por meio de organizaes e associaes legalmente reconhecidas.

    Art. 34. Os resultados da consulta e audincia pblica e de outros meios de participao de administrados devero ser apresentados com a indicao do procedimento adotado.

    Art. 35. Quando necessria instruo do processo, a audincia de outros rgos ou entidades administrativas poder ser realizada em reunio conjunta, com a participao de titulares ou representantes dos rgos competentes, lavrando-se a respectiva ata, a ser juntada aos autos.

    Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuzo do dever atribudo ao rgo competente para a instruo e do disposto no art. 37 desta Lei.

    Art. 37. Quando o interessado declarar que fatos e dados esto registrados em documentos existentes na prpria Administrao responsvel pelo processo ou em outro rgo administrativo, o rgo competente para a instruo prover, de ofcio, obteno dos documentos ou das respectivas cpias.

    Art. 38. O interessado poder, na fase instrutria e antes da tomada da deciso, juntar documentos e pareceres, requerer diligncias e percias, bem como aduzir alegaes referentes matria objeto do processo.

    1o Os elementos probatrios devero ser considerados na motivao do relatrio e da deciso.

    2o Somente podero ser recusadas, mediante deciso fundamentada,

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    as provas propostas pelos interessados quando sejam ilcitas, impertinentes, desnecessrias ou protelatrias.

    Art. 39. Quando for necessria a prestao de informaes ou a apresentao de provas pelos interessados ou terceiros, sero expedidas intimaes para esse fim, mencionando-se data, prazo, forma e condies de atendimento.

    Pargrafo nico. No sendo atendida a intimao, poder o rgo competente, se entender relevante a matria, suprir de ofcio a omisso, no se eximindo de proferir a deciso.

    Art. 40. Quando dados, atuaes ou documentos solicitados ao interessado forem necessrios apreciao de pedido formulado, o no atendimento no prazo fixado pela Administrao para a respectiva apresentao implicar arquivamento do processo.

    Art. 41. Os interessados sero intimados de prova ou diligncia ordenada, com antecedncia mnima de trs dias teis, mencionando-se data, hora e local de realizao.

    Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um rgo consultivo, o parecer dever ser emitido no prazo mximo de quinze dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo.

    1o Se um parecer obrigatrio e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo no ter seguimento at a respectiva apresentao, responsabilizando-se quem der causa ao atraso.

    2o Se um parecer obrigatrio e no vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo poder ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuzo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento.

    Art. 43. Quando por disposio de ato normativo devam ser previamente obtidos laudos tcnicos de rgos administrativos e estes no cumprirem o encargo no prazo assinalado, o rgo responsvel pela instruo dever solicitar laudo tcnico de outro rgo dotado de qualificao e capacidade tcnica equivalentes.

    Art. 44. Encerrada a instruo, o interessado ter o direito de manifestar-se no prazo mximo de dez dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado.

    Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administrao Pblica poder motivadamente adotar providncias acauteladoras sem a prvia manifestao

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    do interessado.

    Art. 46. Os interessados tm direito vista do processo e a obter certides ou cpias reprogrficas dos dados e documentos que o integram, ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito privacidade, honra e imagem.

    Art. 47. O rgo de instruo que no for competente para emitir a deciso final elaborar relatrio indicando o pedido inicial, o contedo das fases do procedimento e formular proposta de deciso, objetivamente justificada, encaminhando o processo autoridade competente.

    CAPTULO XI DO DEVER DE DECIDIR

    Art. 48. A Administrao tem o dever de explicitamente emitir deciso nos processos administrativos e sobre solicitaes ou reclamaes, em matria de sua competncia.

    Art. 49. Concluda a instruo de processo administrativo, a Administrao tem o prazo de at trinta dias para decidir, salvo prorrogao por igual perodo expressamente motivada.

    CAPTULO XII DA MOTIVAO

    Art. 50. Os atos administrativos devero ser motivados, com indicao dos fatos e dos fundamentos jurdicos, quando:

    I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

    II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanes;

    III - decidam processos administrativos de concurso ou seleo pblica;

    IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatrio;

    V - decidam recursos administrativos;

    VI - decorram de reexame de ofcio;

    VII - deixem de aplicar jurisprudncia firmada sobre a questo ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatrios oficiais;

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    VIII - importem anulao, revogao, suspenso ou convalidao de ato administrativo.

    1o A motivao deve ser explcita, clara e congruente, podendo consistir em declarao de concordncia com fundamentos de anteriores pareceres, informaes, decises ou propostas, que, neste caso, sero parte integrante do ato.

    2o Na soluo de vrios assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecnico que reproduza os fundamentos das decises, desde que no prejudique direito ou garantia dos interessados.

    3o A motivao das decises de rgos colegiados e comisses ou de decises orais constar da respectiva ata ou de termo escrito.

    CAPTULO XIII DA DESISTNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINO DO PROCESSO

    Art. 51. O interessado poder, mediante manifestao escrita, desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponveis.

    1o Havendo vrios interessados, a desistncia ou renncia atinge somente quem a tenha formulado.

    2o A desistncia ou renncia do interessado, conforme o caso, no prejudica o prosseguimento do processo, se a Administrao considerar que o interesse pblico assim o exige.

    Art. 52. O rgo competente poder declarar extinto o processo quando exaurida sua finalidade ou o objeto da deciso se tornar impossvel, intil ou prejudicado por fato superveniente.

    CAPTULO XIV DA ANULAO, REVOGAO E CONVALIDAO

    Art. 53. A Administrao deve anular seus prprios atos, quando eivados de vcio de legalidade, e pode revog-los por motivo de convenincia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.

    Art. 54. O direito da Administrao de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favorveis para os destinatrios decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada m-f.

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    1o No caso de efeitos patrimoniais contnuos, o prazo de decadncia contar-se- da percepo do primeiro pagamento.

    2o Considera-se exerccio do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnao validade do ato.

    Art. 55. Em deciso na qual se evidencie no acarretarem leso ao interesse pblico nem prejuzo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanveis podero ser convalidados pela prpria Administrao.

    CAPTULO XV DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISO

    Art. 56. Das decises administrativas cabe recurso, em face de razes de legalidade e de mrito.

    1o O recurso ser dirigido autoridade que proferiu a deciso, a qual, se no a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhar autoridade superior.

    2o Salvo exigncia legal, a interposio de recurso administrativo independe de cauo.

    3o Se o recorrente alegar que a deciso administrativa contraria enunciado da smula vinculante, caber autoridade prolatora da deciso impugnada, se no a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o recurso autoridade superior, as razes da aplicabilidade ou inaplicabilidade da smula, conforme o caso. (Includo pela Lei n 11.417, de 2006).

    Art. 57. O recurso administrativo tramitar no mximo por trs instncias administrativas, salvo disposio legal diversa.

    Art. 58. Tm legitimidade para interpor recurso administrativo:

    I - os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo;

    II - aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela deciso recorrida;

    III - as organizaes e associaes representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos;

    IV - os cidados ou associaes, quanto a direitos ou interesses difusos.

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    Art. 59. Salvo disposio legal especfica, de dez dias o prazo para interposio de recurso administrativo, contado a partir da cincia ou divulgao oficial da deciso recorrida.

    1o Quando a lei no fixar prazo diferente, o recurso administrativo dever ser decidido no prazo mximo de trinta dias, a partir do recebimento dos autos pelo rgo competente.

    2o O prazo mencionado no pargrafo anterior poder ser prorrogado por igual perodo, ante justificativa explcita.

    Art. 60. O recurso interpe-se por meio de requerimento no qual o recorrente dever expor os fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar convenientes.

    Art. 61. Salvo disposio legal em contrrio, o recurso no tem efeito suspensivo.

    Pargrafo nico. Havendo justo receio de prejuzo de difcil ou incerta reparao decorrente da execuo, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poder, de ofcio ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.

    Art. 62. Interposto o recurso, o rgo competente para dele conhecer dever intimar os demais interessados para que, no prazo de cinco dias teis, apresentem alegaes.

    Art. 63. O recurso no ser conhecido quando interposto:

    I - fora do prazo;

    II - perante rgo incompetente;

    III - por quem no seja legitimado;

    IV - aps exaurida a esfera administrativa.

    1o Na hiptese do inciso II, ser indicada ao recorrente a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso.

    2o O no conhecimento do recurso no impede a Administrao de rever de ofcio o ato ilegal, desde que no ocorrida precluso administrativa.

    Art. 64. O rgo competente para decidir o recurso poder confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a deciso recorrida, se a

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    matria for de sua competncia.

    Pargrafo nico. Se da aplicao do disposto neste artigo puder decorrer gravame situao do recorrente, este dever ser cientificado para que formule suas alegaes antes da deciso.

    Art. 64-A. Se o recorrente alegar violao de enunciado da smula vinculante, o rgo competente para decidir o recurso explicitar as razes da aplicabilidade ou inaplicabilidade da smula, conforme o caso. (Includo pela Lei n 11.417, de 2006).

    Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal a reclamao fundada em violao de enunciado da smula vinculante, dar-se- cincia autoridade prolatora e ao rgo competente para o julgamento do recurso, que devero adequar as futuras decises administrativas em casos semelhantes, sob pena de responsabilizao pessoal nas esferas cvel, administrativa e penal. (Includo pela Lei n 11.417, de 2006).

    Art. 65. Os processos administrativos de que resultem sanes podero ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofcio, quando surgirem fatos novos ou circunstncias relevantes suscetveis de justificar a inadequao da sano aplicada.

    Pargrafo nico. Da reviso do processo no poder resultar agravamento da sano.

    CAPTULO XVI DOS PRAZOS

    Art. 66. Os prazos comeam a correr a partir da data da cientificao oficial, excluindo-se da contagem o dia do comeo e incluindo-se o do vencimento.

    1o Considera-se prorrogado o prazo at o primeiro dia til seguinte se o vencimento cair em dia em que no houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal.

    2o Os prazos expressos em dias contam-se de modo contnuo.

    3o Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no ms do vencimento no houver o dia equivalente quele do incio do prazo, tem-se como termo o ltimo dia do ms.

    Art. 67. Salvo motivo de fora maior devidamente comprovado, os prazos

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    processuais no se suspendem.

    CAPTULO XVII DAS SANES

    Art. 68. As sanes, a serem aplicadas por autoridade competente, tero natureza pecuniria ou consistiro em obrigao de fazer ou de no fazer, assegurado sempre o direito de defesa.

    CAPTULO XVIII DAS DISPOSIES FINAIS

    Art. 69. Os processos administrativos especficos continuaro a reger-se por lei prpria, aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei.

    Art. 69-A. Tero prioridade na tramitao, em qualquer rgo ou instncia, os procedimentos administrativos em que figure como parte ou interessado: (Includo pela Lei n 12.008, de 2009).

    I - pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos; (Includo pela Lei n 12.008, de 2009).

    II - pessoa portadora de deficincia, fsica ou mental; (Includo pela Lei n 12.008, de 2009).

    III (VETADO) (Includo pela Lei n 12.008, de 2009).

    IV - pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose mltipla, neoplasia maligna, hansenase, paralisia irreversvel e incapacitante, cardiopatia grave, doena de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avanados da doena de Paget (ostete deformante), contaminao por radiao, sndrome de imunodeficincia adquirida, ou outra doena grave, com base em concluso da medicina especializada, mesmo que a doena tenha sido contrada aps o incio do processo. (Includo pela Lei n 12.008, de 2009).

    1o A pessoa interessada na obteno do benefcio, juntando prova de sua condio, dever requer-lo autoridade administrativa competente, que determinar as providncias a serem cumpridas. (Includo pela Lei n 12.008, de 2009).

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    decreto n 3.048/99 crpS

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    Seo II - Do Conselho de Recursos da Previdncia Social

    Subseo I - Da Composio

    Art. 303. O Conselho de Recursos da Previdncia Social - CRPS, colegiado integrante da estrutura do Ministrio da Previdncia Social, rgo de controle jurisdicional das decises do INSS, nos processos referentes a benefcios a cargo desta Autarquia. (Nova redao dada pelo Decreto n 6.722, de 30/12/2008)

    1 O Conselho de Recursos da Previdncia Social compreende os seguintes rgos:

    I - vinte e nove Juntas de Recursos, com a competncia para julgar, em primeira instncia, os recursos interpostos contra as decises prolatadas pelos rgos regionais do INSS, em matria de interesse de seus beneficirios; (Alterado pela DECRETO N 7.126, DE 3 DE MARO DE 2010 DOU DE 4/3/2010)

    II - quatro Cmaras de Julgamento, com sede em Braslia, com a competncia para julgar, em segunda instncia, os recursos interpostos contra as decises proferidas pelas Juntas de Recursos que infringirem lei, regulamento, enunciado ou ato normativo ministerial; (Nova redao dada pelo Decreto n 6.722, de 30/12/2008) III - (Revogado pelo Decreto n 3.668, de 22/11/2000)

    IV - Conselho Pleno, com a competncia para uniformizar a jurisprudncia previdenciria mediante enunciados, podendo ter outras competncias definidas no Regimento Interno do Conselho de Recursos da Previdncia Social (Alterado pelo Decreto n 6.857, DE 25/05/2009)

    2 O CRPS presidido por representante do Governo, com notrio conhecimento da legislao previdenciria, nomeado pelo Ministro de Estado da Previdncia Social, cabendo-lhe dirigir os servios administrativos do rgo. (Nova redao dada pelo Decreto n 6.722, de 30/12/2008)

    3 (Revogado pelo Decreto n 3.668, de 22/11/2000)

    4 As Juntas e as Cmaras, presididas por representante do Governo, so compostas por quatro membros, denominados conselheiros, nomeados pelo Ministro de Estado da Previdncia e Assistncia Social, sendo dois representantes do Governo, um das empresas e um dos trabalhadores. 5o O mandato dos membros do Conselho de Recursos da Previdncia Social

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    de dois anos, permitida a reconduo, atendidas s seguintes condies: .(Alterado pelo Decreto n 5.699, de 13/02/2006 - DOU DE 14/2/2006) I - os representantes do Governo so escolhidos entre servidores federais, preferencialmente do Ministrio da Previdncia Social ou do INSS, com curso superior em nvel de graduao concludo e notrio conhecimento da legislao previdenciria, que prestaro servios exclusivos ao Conselho de Recursos da Previdncia Social, sem prejuzo dos direitos e vantagens do respectivo cargo de origem; .(Alterado pelo Decreto n 5.699, de 13/02/2006 - DOU DE 14/2/2006)

    II - os representantes classistas, que devero ter escolaridade de nvel superior, exceto representantes dos trabalhadores rurais, que devero ter nvel mdio, so escolhidos dentre os indicados, em lista trplice, pelas entidades de classe ou sindicais das respectivas jurisdies, e mantero a condio de segurados do Regime Geral de Previdncia Social; e (Redao dada pelo Decreto n 4.729, de 9/06/2003)

    III - o afastamento do representante dos trabalhadores da empresa empregadora no constitui motivo para alterao ou resciso contratual. 6 A gratificao dos membros de Cmara de Julgamento e Junta de Recursos ser definida pelo Ministro de Estado da Previdncia e Assistncia Social. (Redao dada pelo Decreto n 3.668, de 22/11/2000)

    I - (Revogado pelo Decreto n 3.668, de 22/11/2000)II - (Revogado pelo Decreto n 3.668, de 22/11/2000)

    III - (Revogado pelo Decreto n 3.668, de 22/11/2000)

    N o t a : O art. 2 do Decreto n 3.668, de 22/11/2000, estabelece:

    Art. 2 Ficam mantidas as atuais gratificaes devidas aos membros do Conselho de Recursos da Previdncia Social - CRPS at que o Ministro de Estado da Previdncia e Assistncia Social discipline a matria.

    7 Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social, mediante ato do Ministro de Estado da Previdncia Social, podero ser cedidos para terem exerccio no Conselho de Recursos da Previdncia Social, sem prejuzo dos direitos e das vantagens do respectivo cargo de origem, inclusive os previstos no art. 61 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990. (Redao dada pelo Decreto n 4.729, de 9/06/2003)

    8 (Revogado pelo Decreto n 3.452, de 9/05/2000)

    9o O conselheiro afastado por qualquer das razes elencadas no Regimento

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    Interno do Conselho de Recursos da Previdncia Social, exceto quando decorrente de renncia voluntria, no poder ser novamente designado para o exerccio desta funo antes do transcurso de cinco anos, contados do efetivo afastamento. (Alterado pelo Decreto n 5.699, de 13/02/2006 - DOU DE 14/2/2006)

    10. O limite mximo de composies por Cmara de Julgamento ou Junta de Recursos, do Conselho de Recursos da Previdncia Social, ser definido em ato do Ministro de Estado da Previdncia Social, por proposta fundamentada do presidente do referido Conselho, em funo da quantidade de processos em tramitao em cada rgo julgador. Alterado pelo Decreto n 6.496 - de 30 de Junho de 2008 DOU DE 01/7/2008

    11. (Revogado pelo DECRETO N 6.857, DE 25 DE MAIO DE 2009 DOU DE 26/05/2009)

    Art. 304. Compete ao Ministro de Estado da Previdncia Social aprovar o Regimento Interno do CRPS. (Nova redao dada pelo Decreto n 6.722, de 30/12/2008)

    Subseo II - Dos Recursos

    Art. 305. Das decises do INSS nos processos de interesse dos beneficirios caber recurso para o CRPS, conforme o disposto neste Regulamento e no regimento interno do CRPS (Alterado pela DECRETO N 7.126, DE 3 DE MARO DE 2010 DOU DE 4/3/2010)

    1 de trinta dias o prazo para interposio de recursos e para o oferecimento de contra-razes, contados da cincia da deciso e da interposio do recurso, respectivamente. (Redao dada pelo Decreto n 4.729, de 9/06/2003)

    2 (Revogado pelo Decreto n 3.265, de 29/11/1999)

    3o O Instituto Nacional do Seguro Social e a Secretaria da Receita Previdenciria podem reformar suas decises, deixando, no caso de reforma favorvel ao interessado, de encaminhar o recurso instncia competente. (Alterado pelo Decreto n 6.032 - de 1/2/2007 - DOU DE 2/2/2007)

    4 Se o reconhecimento do direito do interessado ocorrer na fase de instruo do recurso por ele interposto contra deciso de Junta de Recursos, ainda que de alada, ou de Cmara de Julgamento, o processo, acompanhado das razes do

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    novo entendimento, ser encaminhado: I - Junta de Recursos, no caso de deciso dela emanada, para fins de reexame da questo; ouII - Cmara de Julgamento, se por ela proferida a deciso, para reviso do acrdo, na forma que dispuser o seu Regimento Interno. 5o (Revogado pelo Decreto n 6.722, de 30/12/2008)

    Art. 306. (Revogado pelo Decreto n 6.722, de 30/12/2008)

    1 A interposio de recursos nos processos de interesse de beneficirios ou que tenham por objeto a discusso de crdito previdencirio, sendo o recorrente pessoa fsica, independe de garantia de instncia, facultada a realizao de depsito, disposio do Instituto Nacional do Seguro Social, do valor do crdito corrigido monetariamente, quando for o caso, acrescido de juros e multa de mora cabveis, no se sujeitando a novos acrscimos a contar da data do depsito. 2 O Instituto Nacional do Seguro Social dever contabilizar o depsito de que trata este artigo em conta prpria at a deciso final do recurso administrativo, quando o valor depositado para fins de seguimento do recurso voluntrio ser:

    I - devolvido ao depositante, se aquela lhe for favorvel; ouII - convertido em pagamento, devidamente deduzido do valor da exigncia, se a deciso for contrria ao sujeito passivo.

    Art. 307. A propositura pelo beneficirio de ao judicial que tenha por objeto idntico pedido sobre o qual versa o processo administrativo importa renncia ao direito de recorrer na esfera administrativa e desistncia do recurso interposto. (Nova redao dada pelo Decreto n 6.722, de 30/12/2008)

    Art. 308. Os recursos tempestivos contra decises das Juntas de Recursos do Conselho de Recursos da Previdncia Social tm efeito suspensivo e devolutivo. (Alterado pelo Decreto n 5.699, de 13/02/2006 - DOU DE 14/2/2006)

    1o Para fins do disposto neste artigo, no se considera recurso o pedido de reviso de acrdo endereado s Juntas de Recursos e Cmaras de Julgamento. (Includo pelo Decreto n 5.699, de 13/02/2006 - DOU DE 14/2/2006) 2 vedado ao INSS escusar-se de cumprir as diligncias solicitadas pelo CRPS, bem como deixar de dar cumprimento s decises definitivas daquele colegiado, reduzir ou ampliar o seu alcance ou execut-las de modo que contrarie ou prejudique seu evidente sentido. (Nova redao dada pelo Decreto n 6.722, de 30/12/2008)

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    Pargrafo nico. O benefcio concedido mediante convnio ser pago ao beneficirio da mesma forma que os demais benefcios mantidos pela previdncia social. (Includo pelo Decreto n 6.722, de 30/12/2008)

    Art.309. Havendo controvrsia na aplicao de lei ou de ato normativo, entre rgos do Ministrio da Previdncia e Assistncia Social ou entidades vinculadas, ou ocorrncia de questo previdenciria ou de assistncia social de relevante interesse pblico ou social, poder o rgo interessado, por intermdio de seu dirigente, solicitar ao Ministro de Estado da Previdncia e Assistncia Social soluo para a controvrsia ou questo. (Redao dada pelo Decreto n 3.452, de 9/05/2000)

    1 A controvrsia na aplicao de lei ou ato normativo ser relatada in abstracto e encaminhada com manifestaes fundamentadas dos rgos interessados, podendo ser instruda com cpias dos documentos que demonstrem sua ocorrncia. (Includo pelo Decreto n 4.729, de 9/06/2003) 2 A Procuradoria Geral Federal Especializada/INSS dever pronunciar-se em todos os casos previstos neste artigo. (Includo pelo Decreto n 4.729, de 9/06/2003) Art.310. (Revogado pelo Decreto n 6.722, de 30/12/2008)

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    regimento interno crpS

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    Ministrio da Previdncia Social

    GABINETE DO MINISTRO

    PORTARIA N- 548, DE 13 DE SETEMBRO DE 2011

    Aprova o Regimento Interno do Conselho de Recursos da Previdncia Social - CRPS.

    O MINISTRO DE ESTADO DA PREVIDNCIA SOCIAL, no uso de suas atribuies e considerando o disposto no art. 304 do Regulamento da Previdncia Social RPS, aprovado pelo Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999, resolve:

    Art. 1 Aprovar o Regimento Interno do Conselho de Recursos da Previdncia Social - CRPS, na forma do Anexo a esta Portaria.

    Art. 2 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. 3 Revoga-se a Portaria MPS/GM/ no 323, de 27 de agosto de 2007.

    GARIBALDI ALVES FILHO

    ANEXO

    CAPTULO I

    DA NATUREZA, SEDE E FINALIDADE

    Art. 1 O Conselho de Recursos da Previdncia Social - CRPS, colegiado integrante da estrutura do Ministrio da Previdncia Social MPS, rgo de controle jurisdicional das decises do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, nos processos de interesse dos beneficirios e das empresas, nos casos previstos na legislao.

    Pargrafo nico. O CRPS tem sede em Braslia DF e jurisdio em todo o Territrio Nacional.

    CAPTULO II

    DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

    Art. 2 O CRPS tem a seguinte estrutura:

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    I - RGOS COLEGIADOS:

    1. Conselho Pleno;2. Quatro Cmaras de Julgamento;2.1. Quatro Servios de Secretaria de Cmara de Julgamento;3. Vinte e nove Juntas de Recursos; e3.1. Vinte e nove Sees de Secretaria de Junta de Recursos.

    II - RGOS ADMINISTRATIVOS:

    1. Presidncia;1.1. Servio de Secretaria do Gabinete da Presidncia;1.1.1. Seo de Apoio Administrativo do Gabinete;1.2. Servio de Apoio aos rgos Colegiados;1.3. Assessoria do Gabinete;2. Coordenao de Gesto Tcnica;2.1. Seo de Apoio Administrativo;3. Diviso de Assuntos Jurdicos;3.1. Seo de Apoio Administrativo;4. Diviso de Assuntos Administrativos;4.1. Seo de Protocolo;4.2. Seo de Informtica;4.3. Seo de Administrao e Suprimento; e4.4. Seo de Apoio ao Servidor;4.5. Seo de Documentao.

    Pargrafo nico. Os rgos Colegiados sero assistidos por Assessoria Tcnico-Mdica Especializada.

    CAPTULO III

    DA COMPOSIO, DIREO E MANDATO

    Seo I

    Da composio e Direo

    Art. 3 O CRPS presidido por um representante do governo com notrio conhecimento da legislao previdenciria, nomeado pelo Ministro de Estado da Previdncia Social.

    Pargrafo nico. O Presidente do CRPS substitudo, nas suas ausncias e impedimentos, por um dos Presidentes de Cmara de Julgamento, previamente designado, ou pelo titular da Coordenao de Gesto Tcnica.

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    Art. 4 O Conselho Pleno ser composto pelo Presidente do CRPS, que o presidir e pelos Presidentes e Conselheiros Titulares das Cmaras de Julgamento.

    Pargrafo nico. Em caso de ausncia ou impedimento, os Presidentes e os Conselheiros titulares sero substitudos, respectivamente, pelos Presidentes substitutos e pelos Conselheiros suplentes, respeitado o critrio de antiguidade por efetivo exerccio das funes de Conselheiro do CRPS.

    Art. 5 As Cmaras de Julgamento e as Juntas de Recursos, presididas e administradas por representante do governo, so integradas por quatro membros, denominados Conselheiros, nomeados pelo Ministro de Estado da Previdncia Social obedecendo-se a seguinte composio de julgamento:

    I - um Conselheiro Presidente da respectiva Cmara ou Junta, que presidir a composio de julgamento;II - um Conselheiro representante do governo;III um Conselheiro representante dos trabalhadores; eIV - um Conselheiro representante das empresas.

    1 Os Presidentes das Cmaras e das Juntas sero substitudos, nas suas ausncias e impedimentos, pelo outro Conselheiro titular representante do governo em atividade na respectiva Cmara ou Junta e, caso este tambm esteja ausente ou impedido, assumir, interinamente, o Conselheiro representante do governo mais antigo no efetivo exerccio das funes de Conselheiro do CRPS.

    2 A instalao de composies de julgamento suplementares depender de autorizao do Ministro de Estado da Previdncia Social, atendendo a solicitao motivada do Presidente do CRPS.

    3 Por razes de eficincia e celeridade, o Presidente do CRPS poder determinar o funcionamento de composies de julgamento adjuntas em localidades situadas fora do territrio da sede da Junta de Recursos ou Cmara de Julgamento.

    4 Respeitados os Princpios do Contraditrio e da Ampla Defesa, por razes de eficincia e celeridade, o Presidente do CRPS poder alterar a competncia territorial dos rgos julgadores do CRPS conforme a necessidade do servio e o volume de processos em trmite no CRPS.

    5 A critrio do Presidente da Cmara de Julgamento ou da Junta de Recursos, o Conselheiro titular do Governo poder presidir as sesses de julgamento, considerando-se a necessidade do servio e o volume de processos em tramitao no rgo julgador.

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    Art. 6 A indicao e escolha dos Conselheiros das Juntas de Recursos e das Cmaras de Julgamento devero atender aos seguintes critrios:

    I - os representantes do governo so escolhidos entre servidores pblicos federais ativos ou inativos, preferencialmente do MPS ou do INSS, com curso superior em nvel de graduao concludo e notrio conhecimento da legislao previdenciria, indicados pelo Presidente do CRPS, que prestaro servios exclusivos ao referido Conselho, quando ativos, sem prejuzo dos direitos e vantagens do respectivo cargo de origem; eII - os representantes classistas devero ter escolaridade de nvel superior, preferencialmente na rea jurdica e com conhecimentos da legislao previdenciria, salvo os representantes de trabalhadores rurais, que devero ter concludo o nvel mdio, e sero escolhidos dentre os indicados, em lista trplice, pelas entidades de classe ou centrais sindicais das respectivas jurisdies.

    1 Os Conselheiros Presidentes das Juntas de Recursos e das Cmaras de Julgamento sero escolhidos dentre os Conselheiros representantes do governo, na forma do art. 303, 5o, inciso I, do Regulamento da Previdncia Social - RPS, aprovado pelo Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999, ocupando, nesta condio, cargo em comisso, da maneira como dispuser a estrutura regimental do MPS.

    2 Os servidores do INSS podero ser cedidos para ter exerccio no CRPS, sem prejuzo dos direitos e das vantagens do respectivo cargo de origem, mediante ato do Ministro de Estado da Previdncia Social.

    3 vedada a nomeao ou a reconduo de Conselheiro que seja cnjuge, companheiro ou companheira ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, at o terceiro grau, de outro Conselheiro em atividade na mesma Junta de Recursos ou Cmara de Julgamento.

    4 As propostas de renovao de mandato dos Conselheiros por reconduo sero encaminhadas at sessenta dias antes do vencimento do prazo do mandato em curso, sendo imprescindvel a avaliao tcnica quanto aos aspectos quantitativos e qualitativos do desempenho, segundo anlise do Conselheiro Presidente do respectivo rgo julgador e da Coordenao de Gesto Tcnica do CRPS, que ser submetida ao Presidente do CRPS.

    5 Expirado o prazo do mandato, o Conselheiro poder continuar no exerccio da funo pelo prazo mximo de noventa dias, at que seja publicado o ato de reconduo ou at a entrada em exerccio do Conselheiro designado para ocupar a mesma vaga.

    6 Os Conselheiros suplentes das representaes de governo e classistas sero convocados para integrar as composies de julgamento em atividade nos

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    casos de renncia, perda de mandato, licena, vacncia e impedimentos legais dos Conselheiros titulares, ou por necessidade de servio.

    7 As indicaes de que trata o inciso I do caput levaro em conta as sugestes apresentadas pelo Presidente do INSS, quando se tratar de servidores da Autarquia, Secretrio-Executivo, Secretrio de Polticas de Previdncia Social e Diretor do Departamento do Regime Geral de Previdncia Social, quando se tratar de servidor do MPS ou de outro rgo.

    8 Para os fins do disposto no 7o, o Presidente do CRPS poder solicitar s autoridades de que trata o pargrafo anterior a indicao de servidores para exercerem a funo de conselheiros representantes do governo.

    Art. 7 A seleo de Conselheiros das representaes classistas dos trabalhadores e das empresas ser realizada em processo formal, observados os seguintes procedimentos:

    I - o Presidente do CRPS e os Presidentes de Juntas de Recursos devero solicitar a, no mnimo, cinco entidades representativas de classes e s centrais sindicais da rea de abrangncia do rgo julgador a indicao de representantes interessados em integrar o quadro de Conselheiros do CRPS, dando-se cincia acerca dos requisitos mnimos para exerccio da funo, sendo que as indicaes feitas por entidades que no foram convidadas sero tambm examinadas para fins de escolha dos Conselheiros;II - quando se tratar de novas nomeaes o Presidente do CRPS far publicar aviso no stio oficial do Ministrio da Previdncia Social na internet, contendo os requisitos mnimos exigidos por este Regimento, local e prazo para entrega das indicaes do nome dos representantes interessados em integrar o quadro de Conselheiros;III - o Presidente do rgo julgador proceder escolha dos Conselheiros, dentre os candidatos indicados na forma do inciso anterior, segundo diretrizes que prestigiem a capacidade tcnica e a experincia profissional dos candidatos;IV - a entidade de classe ou central sindical contemplada com a nomeao de seu representante ser excluda do processo de seleo de novos Conselheiros no mesmo rgo julgador, ressalvada a hiptese em que, esgotados todos os procedimentos de convite estabelecidos neste artigo, nenhuma outra entidade indicar pretendente;V - no caso de reconduo ao mandato, a entidade de classe dever ratificar a indicao do Conselheiro, ficando dispensados os procedimentos dos incisos I a III.

    Art. 8 A posse do Presidente do CRPS dar-se- perante o Ministro de Estado da Previdncia Social.

    Pargrafo nico. A posse dos Conselheiros dar-se-:

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    I - a dos Presidentes de Cmara de Julgamento, de Junta de Recursos e a dos representantes governamentais e classistas, efetivos e suplentes, integrantes de Cmara de Julgamento, perante o Presidente do CRPS; e II - a dos demais representantes governamentais e classistas, ativos e suplentes, integrantes de Junta de Recursos, perante o Presidente da respectiva Junta.

    Seo II

    Do Mandato

    Art. 9 O mandato dos Conselheiros das Cmaras de Julgamento e das Juntas de Recursos de dois anos, a contar da publicao do ato de nomeao, sendo permitida a reconduo, conforme estabelece o Regulamento da Previdncia Social, atendidas as condies impostas por este Regimento.

    1 O exerccio da funo de Conselheiro do CRPS ser considerado servio pblico relevante, no gerando qualquer espcie de vnculo de natureza empregatcia, estatutria ou contratual, sendo que o mandato no caracteriza relao de trabalho.

    2 Os Conselheiros representantes do governo continuaro sendo remunerados pelos rgos e entidades de origem, sem prejuzo dos direitos e vantagens dos respectivos cargos, enquanto que os representantes classistas de trabalhadores e empresas, bem como os representantes do governo, quando inativos, faro jus ao recebimento de gratificao por processo relatado com voto, na forma prevista pelo Regulamento da Previdncia Social.

    3 O Conselheiro nomeado dever tomar posse no prazo mximo de dez dias teis a contar da publicao oficial da sua nomeao, sendo que a perda deste prazo implica em renncia tcita ao mandato.

    4 O Conselheiro poder renunciar voluntariamente ao mandato em curso por motivo de foro ntimo, hiptese em que no ser aplicvel a penalidade de inabilitao para o exerccio da funo de Conselheiro que trata o art. 10, 1, deste Regimento.

    5 Findo o prazo regulamentar do mandato ou em caso de renncia ao mandato em curso, o Conselheiro dever restituir, ao respectivo rgo julgador, todos os processos que estejam sob sua responsabilidade, no prazo mximo de cinco dias teis, contados do protocolo da renncia ou do trmino do mandato, sob pena de adoo das providncias cabveis na esfera civil, penal e administrativa.

    Art. 10. Compete ao Ministro de Estado da Previdncia Social, sem prejuzo dos demais procedimentos e cominaes legais, atendendo a solicitao

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    fundamentada do Presidente do CRPS, declarar a perda do mandato do Conselheiro, titular ou suplente, nos casos em que:

    I - retiver em seu poder, injustificadamente, os autos de processos que lhe foram distribudos alm dos prazos estabelecidos pelo Presidente do Conselho;II - deixar de comparecer s sesses de julgamento, sem motivo justificado, por dois meses consecutivos, ou trs intercalados, no intervalo de um ano, ressalvados os casos dos Conselheiros representantes do Governo servidores da ativa, que somente podero faltar s sesses justificadamente;III - demonstrar insuficincia de desempenho, quanto aos aspectos quantitativo ou qualitativo, apurada pelo Presidente do rgo julgador ou pela Coordenao de Gesto Tcnica;IV - exercer as seguintes atividades incompatveis com o exerccio de suas atribuies:

    a) entrar em exerccio em qualquer cargo, emprego ou funo pblica, inclusive cargo eletivo;

    b) patrocinar, administrativa ou judicialmente, diretamente ou por interposta pessoa, interesse de empresas, segurados ou beneficirios perante a Seguridade Social, ou ainda, participar de sociedade de profissionais que exeram tais atividades; e

    c) exercer outras atividades na iniciativa privada consideradas incompatveis com a funo de Conselheiro do CRPS, descritas em ato do Conselho Pleno ou do Ministro de Estado da Previdncia Social, a partir da publicao oficial do ato;

    V - incorrer em falta disciplinar, apurada por sindicncia ou processo administrativo disciplinar, pelas seguintes condutas:

    a) retardar, sem motivo justificado, o julgamento ou outros atos processuais;

    b) praticar, no exerccio da funo, quaisquer atos de comprovado favorecimento;

    c) apresentar, no exerccio do mandato ou na vida privada, conduta incompatvel com o decoro da funo de Conselheiro do CRPS, mediante aes ou omisses; e

    d) praticar ilcito administrativo.

    1 O Conselheiro do CRPS afastado por qualquer das razes previstas neste artigo, salvo na hiptese da alnea a do inciso

    IV do caput, ficar inabilitado para o exerccio da funo de Conselheiro do CRPS pelo prazo de cinco anos, contados da publicao oficial do ato que decidir pela

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    perda do mandato.

    2 Ao Conselheiro que perder o mandato na forma deste artigo aplica-se o disposto no 5 do art. 9o, sendo o prazo para restituio dos autos de processos contados da cincia pessoal ou postal, salvo nos casos de afastamento preventivo, hiptese em que dever restituir os processos a contar da cincia deste ato.

    3 Na apurao de faltas disciplinares ou ilcitos administrativos aplicam-se, no que couber, as disposies da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

    CAPTULO IV

    DAS ATRIBUIES DOS DIRIGENTES E CONSELHEIROS

    Seo I

    Das atribuies do Presidente do CRPS

    Art. 11. Incumbe ao Presidente do CRPS:

    I - dirigir, supervisionar, coordenar e orientar as atividades do Conselho;II - despachar com o Ministro de Estado da Previdncia Social;III - sanear ou determinar o saneamento dos processos que contenham falhas de natureza processual;IV - rever, conforme o caso, as decises da Presidncia;V - cumprir e fazer cumprir este Regimento;VI - convocar e presidir as sesses do Conselho Pleno, manter a ordem e a harmonia das sesses, resolver as questes de ordem que lhe forem submetidas pelos Conselheiros, apurar as votaes e proclamar os resultados;VII - comunicar ao Ministro de Estado da Previdncia Social a ocorrncia dos casos que impliquem em perda de mandato de Conselheiro ou vacncia de cargo em comisso e encaminhar representao sobre quaisquer irregularidades praticadas no mbito do Conselho, propondo, quando for o caso, a efetivao das medidas cabveis;VIII - convocar suplentes de qualquer Cmara ou Junta para atuar em outro rgo colegiado do CRPS, para atender necessidade urgente dos servios;IX - representar o Conselho perante autoridades e entidades pblicas e privadas;

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    X - propor ao Ministro de Estado da Previdncia Social alterao do Regimento Interno do CRPS;XI - praticar atos de administrao oramentria e financeira relativos aos recursos destinados manuteno do CRPS, inclusive a requisio de adiantamento por conta de crditos oramentrios consignados ao Conselho;XII - solicitar ao MPS e ao INSS os recursos materiais e humanos necessrios ao funcionamento das Juntas de Recursos e das Cmaras de Julgamento;XIII - comunicar ao rgo de recursos humanos de lotao do servidor em exerccio no mbito do CRPS a conduta passvel de aplicao de sano administrativa, aps regular apurao em processo administrativo disciplinar ou comunicar a autoridade competente nas hipteses em que no seja atribuio do CRPS apurar a falta funcional;XIV - determinar a instaurao de sindicncia ou processo administrativo disciplinar no mbito do CRPS;XV - determinar o afastamento preventivo do Conselheiro que tenha incorrido nas hipteses de perda do mandato, de ofcio ou a requerimento do Presidente do rgo julgador a que esteja vinculado o Conselheiro;XVI - designar e dispensar os ocupantes de funes gratificadas cujo provimento seja de sua alada;XVII - expedir resolues, portarias, provimentos, instrues, circulares, certides e outros atos necessrios ao regular andamento do servio;XVIII - decidir, mediante despacho fundamentado, sobre pedidos formulados pelas partes, inclusive em relao deciso que no conhece a argio de impedimento de Conselheiro;XIX - decidir sobre conflito de competncia estabelecido entre Cmaras de Julgamento ou entre Cmara de Julgamento e Junta de Recursos;XX - provocar a uniformizao em tese da jurisprudncia administrativa previdenciria; XXI - fixar a competncia das Cmaras de Julgamento em razo da matria ;XXII - executar outras atribuies constantes deste Regimento ou determinadas pelo Ministro de Estado da Previdncia Social;XXIII- analisar e decidir monocraticamente o Recurso previsto no 4 do artigo 64 deste regimento;eXXIV - fazer o juzo de admissibilidade dos embargos de declarao contra as Resolues editadas pelo Conselho Pleno e do requerimento previsto no artigo 65 deste regimento;

    Seo II

    Das atribuies dos Presidentes das Cmaras e Juntas

    Art. 12. Incumbe aos Presidentes de Cmara de Julgamento e Junta de Recursos:

    I - coordenar, dirigir, supervisionar e orientar os servios administrativos e

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    judicantes da Cmara ou Junta;II - presidir as sesses, com direito a voto de desempate, relatar processos, manter a ordem e a harmonia das sesses, resolver as questes de ordem que lhe forem submetidas pelos Conselheiros, apurar as votaes e proclamar os resultados;III - adotar as providncias necessrias ao rpido e perfeito julgamento dos processos, inclusive solicitando ao Presidente do CRPS a requisio de servidores para lotao na respectiva Cmara ou Junta;IV - convocar e dispensar os Conselheiros suplentes;V - fazer o juzo de admissibilidade dos Embargos de Declarao e do Pedido de Uniformizao de Jurisprudncia previstos neste Regimento;VI - examinar e decidir mediante despacho fundamentado sobre pedidos incidentais formulados pelas partes;VII - expedir certides;VIII - fixar os dias e horrios para a realizao das sesses ordinrias e convocar as extraordinrias;IX - emitir orientao interna de servio cujo objetivo seja elevar o nvel de celeridade e eficincia na apreciao dos recursos, inclusive mediante organizao de pautas de julgamento temticas, observados as normas gerais expedidas pela Presidncia do CRPS; X - considerar justificadas, ou no, as faltas dos Conselheiros s sesses ordinrias, comunicando ao Presidente do CRPS os casos que configurem falta injustificada;XI - conceder licena do mandato aos Conselheiros com exerccio fixado nos respectivos rgos julgadores, nos casos de motivo relevante ou de doena ou leso que acarretem incapacidade, ressalvadas as hipteses de servidores pblicos ativos com regime jurdico prprio e as atribuies do INSS em relao aos benefcios previdencirios devidos aos Conselheiros amparados pelo RGPS; XII - requerer ao Presidente do CRPS o afastamento preventivo de Conselheiro que tenha incorrido nas hipteses de perda de mandato;XIII - suscitar conflito de competncia em relao aos processos que tramitam perante seus respectivos rgos julgadores;XIV - propor ao Presidente do CRPS a instaurao de procedimento para uniformizao em tese de jurisprudncia administrativa previdenciria, nas hipteses previstas neste Regimento;XV encaminhar Diviso de Assuntos Administrativos, com no mnimo cinco dias teis de antecedncia ao da sesso, as pautas de julgamento; eXVI - executar outras atribuies fixadas neste Regimento ou determinadas pelo Presidente do CRPS.

    Pargrafo nico. Alm das atribuies previstas no caput, competir:I - aos Presidentes das Juntas de Recursos, represent-las perante as autoridades e entidades pblicas e privadas, no mbito de sua jurisdio; eII - aos Presidentes das Cmaras de Julgamento, decidir monocraticamente, por despacho fundamentado irrecorrvel, os conflitos de competncia que lhe forem submetidos por Juntas de Recursos.

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    Seo III

    Das atribuies do Conselheiro Relator

    Art. 13. Incumbe ao Conselheiro relator das Cmaras e Juntas:

    I - presidir e acompanhar a instruo do processo no mbito do Colegiado, inclusive requisitando diligncia preliminar, at sua incluso em pauta;II - propor composio julgadora relevar a intempestividade de recursos, no corpo do prprio voto, quando fundamentadamente entender que, no mrito, restou demonstrada de formainequvoca a liquidez e certeza do direito da parte;III - verificar se as partes foram regularmente cientificadas de todos os atos processuais praticados no curso do processo, a fim de que aos litigantes sejam assegurados o pleno exerccio do contraditrioe ampla defesa;IV - solicitar, a qualquer tempo, o pronunciamento tcnico da assessoria mdica ou jurdica, visando obter subsdios para formar o seu convencimento;V - retirar de pauta os autos de processo para reexame da matria controvertida, podendo solicitar instruo complementar;VI - devolver Secretaria do respectivo rgo julgador os processos relatados, com observncia dos prazos fixados pelo Presidente do CRPS; VII - apontar a ocorrncia de conexo ou de continncia, determinando a reunio de processos, mediante referendo do rgo Colegiado por ocasio da apreciao da matria;VIII - declarar-se impedido de participar do julgamento, nos casos previstos neste Regimento; eXIV - executar outras atribuies fixadas neste Regimento ou determinadas pelo Presidente do CRPS, ou ainda pelo Presidente da Cmara ou Junta a que estejam vinculados.

    CAPTULO V

    DAS ATRIBUIES ADMINISTRATIVAS DOS DIRIGENTES

    Art. 14. Aos Presidentes de Cmara de Julgamento, Juntas de Recursos, Chefes de Diviso, Servio e Seo, incumbe planejar, dirigir, coordenar, orientar, acompanhar e avaliar a execuo das atividades afetas s respectivas unidades e exercer outras atribuies que lhes forem cometidas, em suas reas de atuao, pelo Presidente do CRPS.

    CAPTULO VI

    DAS COMPETNCIAS

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    Seo I

    Dos rgos Julgadores

    Art. 15. Compete ao Conselho Pleno:I - uniformizar, em tese, a jurisprudncia administrativa previdenciria, mediante emisso de enunciados; II - uniformizar, no caso concreto, as divergncias jurisprudenciais entre as Juntas de Recursos nas matrias de sua alada ou entre as Cmaras de julgamento em sede de recurso especial, mediante a emisso de resoluo; eIII - deliberar acerca da perda de mandato de Conselheiros, nos casos em que o Presidente do CRPS entender necessrio submeter a deciso ao colegiado.

    Art. 16. Compete s Cmaras de Julgamento julgar os Recursos Especiais interpostos contra as decises proferidas pelas Juntas de Recursos.

    Pargrafo nico. O INSS poder recorrer das decises das Juntas de Recursos somente quando:

    I - violarem disposio de lei, de decreto ou de portaria ministerial; II - divergirem de smula ou de parecer do Advogado Geral da Unio, editado na forma da Lei Complementar no 73, de 10 de fevereiro de 1993;III - divergirem de pareceres da Consultoria Jurdica do MPS ou da Procuradoria Federal Especializada - INSS, aprovados pelo Procurador-Chefe;IV - divergirem de enunciados editados pelo Conselho Pleno do CRPS;V - tiverem sido fundamentadas em laudos ou pareceres mdicos divergentes emitidos pela Assessoria Tcnico-Mdica da Junta de Recursos e pelos Mdicos peritos do INSS; eVI - contiverem vcio insanvel, considerado como tal as ocorrncias elencadas no 1o do art. 60.

    Art. 17 Compete s Juntas de Recursos julgar os Recursos Ordinrios interpostos contra as decises do INSS nos processos de interesse dos beneficirios do Regime Geral de Previdncia Social, nos processos referentes aos benefcios assistenciais de prestao continuada previstos no art. 20 da Lei no 8.742, de 07 de dezembro de 1993 e, nos casos previstos na legislao, nos processos de interesse dos contribuintes do Regime Geral de Previdncia Social.

    Art. 18. Constituem alada exclusiva das Juntas de Recursos, no comportando recurso instncia superior, as seguintes decises colegiadas:

    I - fundamentada exclusivamente em matria mdica, quando os laudos ou pareceres emitidos pela Assessoria Tcnico-Mdica da Junta de Recursos e pelos Mdicos Peritos do INSS apresentarem resultados convergentes; e

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    II - proferida sobre reajustamento de benefcio em manuteno, em consonncia com os ndices estabelecidos em lei, exceto quando a diferena na Renda Mensal Atual - RMA decorrer de alterao da Renda Mensal Inicial - RMI;

    Seo II

    Dos rgos Administrativos

    Art. 19. Ao Servio de Secretaria do Gabinete da Presidncia compete:I - prestar apoio ao Presidente do Conselho na recepo de documentos, pessoas, telefonemas, correspondncias e outros expedientes de apoio;II organizar a agenda de despachos, audincias e entrevistas do Presidente do Conselho;III - prover o Gabinete do Presidente do Conselho de material permanente e de consumo necessrios;IV - executar os servios de datilografia, digitao, facsmile e reproduo de atos e demais expedientes;V - executar as atividades de secretaria do Conselho Pleno; eVI executar outras atividades determinadas pelo Presidente do Conselho.

    Art. 20. s Sees de Apoio Administrativo do Gabinete da Presidncia do CRPS, da Coordenao de Gesto Tcnica e da Diviso de Assuntos Jurdicos compete prestar o apoio logstico necessrio ao funcionamento dos rgos aos quais esto subordinados.

    Art. 21. Ao Servio de Apoio aos rgos Colegiados compete:

    I - receber, preparar e encaminhar, mensalmente, Coordenao Geral de Recursos Humanos do Ministrio da Previdncia Social - CGRH/MPS, para fins de pagamento, a relao dos valores devidos aos Conselheiros das Cmaras de Julgamento e Juntas de Recursos, a partir das informaes relativas ao quantitativo de processos por eles relatados, prestadas pelos respectivos presidentes;II - providenciar junto CGRH/MPS a documentao para confeco de carteiras funcionais dos Presidentes e Conselheiros das Cmaras de Julgamento e Juntas de Recursos;III - fornecer ao Gabinete do Ministro minutas de portarias referentes nomeao e reconduo de Conselheiros, cesso de servidores do INSS e nomeao de funes do Grupo de Direo e Assessoramento Superiores - DAS; eIV - organizar e manter atualizado cadastro de Conselheiros dos rgos do CRPS.

    Art. 22. Coordenao de Gesto Tcnica compete:

    I - supervisionar, orientar e fiscalizar as atividades funcionais dos rgos

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    judicantes da estrutura do Conselho;II - realizar o monitoramento operacional e tcnico dos rgos julgadores do CRPS, acompanhando a movimentao de processos e efetuando inspees, apresentando relatrio circunstanciadoe conclusivo ao Presidente do CRPS;III - proceder a correies ordinrias e extraordinrias nos rgos julgadores do CRPS;IV - coordenar e supervisionar a instalao e funcionamento de comisses de sindicncia, inquritos e processos administrativos disciplinares, prestando suporte material e tcnico;V - efetuar a avaliao de desempenho dos Conselheiros; VI propor ao Presidente do CRPS a instaurao de procedimento para a uniformizao em tese de jurisprudncia administrativa previdenciria;VII - autuar, processar e acompanhar os incidentes de Reclamao, na forma deste Regimento; eVIII - propor ao Presidente do Conselho a expedio de atos e medidas necessrias ao fiel cumprimento das normas e orientaes dos rgos do CRPS.

    Art. 23. Diviso de Assuntos Jurdicos, ressalvadas as competncias da Consultoria Jurdica do Ministrio da Previdncia Social e da Advocacia-Geral da Unio, compete:

    I prestar assessoria jurdica aos rgos do CRPS, nas matrias que lhe forem submetidas;II - pronunciar-se a respeito do aspecto jurdico dos atos normativos ou interpretativos, oriundos do CRPS quando da sua elaborao e edio;III - manifestar-se a respeito de consultas sobre matria previdenciria formuladas pelos rgos do CRPS;IV - examinar expedientes e decises judiciais com vistas a orientar os rgos do CRPS quanto ao seu fiel cumprimento, sem prejuzo da expedio de ofcio Procuradoria Regional da Unio e Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS, para cincia e adoo das providncias cabveis na esfera judicial;V - prestar assistncia jurdica aos rgos julgadores em suas atividades, transmitindo-lhes o sentido da jurisprudncia administrativa no mbito do CRPS;VI - manter cadastro atualizado das decises dos rgos julgadores do CRPS e da jurisprudncia dominante no Poder Judicirio; VII - auxiliar as autoridades do CRPS na prestao de informaes em mandado de segurana; eVIII - propor ao Presidente do CRPS a instaurao de procedimento para uniformizao em tese de jurisprudncia administrativa previdenciria.

    Art. 24. Diviso de Assuntos Administrativos compete:

    I - executar atividades de controle de recebimento e remessa de processos, de expedientes, de material, de informtica e de patrimnio;

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    II - providenciar publicaes e divulgao dos atos do CRPS, pautas de julgamento e decises dos rgos colegiados, inclusive por meio eletrnico;III - supervisionar as atividades de documentao; e IV - executar outras atividades determinadas pelo Presidente do Conselho. Pargrafo nico. As Sees de Protocolo, de Informtica, de Administrao e Suprimento, de Apoio ao Servidor e de Documentao, exercero as atividades decorrentes das competncias da Diviso de Assuntos Administrativos.

    Art. 25. Aos Servios e Sees de Secretaria de Cmaras de Julgamento e Juntas de Recursos compete:

    I - dirigir, coordenar e supervisionar os servios administrativos;II - assessorar o Presidente, preparando seus despachos e expedientes;III - examinar, informar e encaminhar os documentos em tramitao no rgo;IV - supervisionar os procedimentos necessrios preparao de processos para incluso em pauta, bem como suas devolues aos rgos de origem, aps o julgamento;V - preparar a pauta de julgamento;VI - prestar apoio administrativo s sesses de julgamento;VII - elaborar quadro demonstrativo de movimento de processos, bem como boletim estatstico mensal relativo ao desempenho do rgo julgador, para remessa ao Servio de Apoio aos rgos Colegiados;VIII - elaborar o Relatrio anual das atividades do rgo; eIX - providenciar a documentao, controlar a freqncia e elaborar a escala de frias dos servidores das respectivas Cmaras ou Juntas.

    CAPTULO VII

    DO PROCESSO

    Seo I

    Dos Prazos

    Art. 26 . Os prazos estabelecidos neste Regimento so contnuos e comeam a correr a partir da data da cincia da parte, excluindo-se da contagem o dia do incio e incluindo-se o do vencimento. 1 O prazo s se inicia ou vence em dia de expediente normal no rgo em que tramita o recurso ou em que deva ser praticado o ato. 2 Considera-se prorrogado o prazo at o primeiro dia til seguinte se o vencimento ocorrer em dia em que no houver expediente ou em que este for encerrado antes do horrio normal. 3 Os prazos previstos neste Regimento so improrrogveis, salvo em caso de exceo expressa.

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    Seo II

    Das Intimaes

    Art. 27. Intimao o ato pelo qual se d cincia a algum dos atos, termos e decises do processo, para que faa ou deixe de fazer alguma coisa.

    Pargrafo nico. O interessado poder praticar os atos processuais pessoalmente ou por intermdio de representante, devidamente constitudo nos autos.Art. 28. A intimao ser efetuada por cincia no processo, por via postal com aviso de recebimento, por telegrama ou por outro meio que assegure a regularidade da cincia do interessado ou do seu representante, sem sujeio a ordem de preferncia.

    1o Na impossibilidade de intimao nos termos do caput, a cientificao ser efetuada por meio de edital.

    2 Considera-se feita a intimao:

    I - se pessoal, na data da cincia do interessado ou de seu representante legal ou, caso haja recusa ou impossibilidade de prestar a nota de ciente, a partir da data em que for dada a cincia, declarada nos autos pelo servidor que realizar a intimao;II - se por via postal ou similar, na data do recebimento aposta no comprovante, ou da nota de ciente do responsvel;III - se por edital, quinze dias aps sua publicao ou afixao.

    3 Presumem-se vlidas as intimaes dirigidas ao endereo residencial ou profissional declinado nos autos pela parte, beneficirio ou representante, cumprindo aos interessados atualizar o respectivo endereo sempre que houver modificao temporria ou definitiva.

    4 A intimao ser nula quando realizada sem observncia das prescries legais, mas o comparecimento do interessado supre sua falta ou irregularidade.

    Seo III

    Dos Recursos

    Art. 29. Denomina-se recurso ordinrio aquele interposto pelo interessado, segurado ou beneficirio da Previdncia Social, em face de deciso proferida pelo INSS, dirigido s Juntas de Recursos do CRPS, observada a competncia prevista no art. 17 deste Regimento. Pargrafo nico. Considera-se deciso de primeira instncia recursal os acrdos proferidos pelas Juntas de Recursos, exceto na matria de alada, definida pelo

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    art. 18 deste Regimento, hiptese em que a deciso ser de nica instncia.

    Art. 30 . Das decises proferidas no julgamento do recurso ordinrio caber recurso especial dirigido s Cmaras de Julgamento, rgos de ltima instncia recursal administrativa, ressalvada a competncia exclusiva das Juntas de Recursos definida no art. 18 deste Regimento.Pargrafo nico. A interposio tempestiva do recurso especial suspende os efeitos da deciso de primeira instncia e devolve instncia superior o conhecimento integral da causa.

    Subseo I

    Das disposies comuns aos recursos

    Art. 31. de trinta dias o prazo para a interposio de recurso e para o oferecimento de contra-razes, contado da data da cincia da deciso e da data da intimao da interposio do recurso, respectivamente.

    1 Os recursos sero interpostos pelo interessado, preferencialmente, junto ao rgo do INSS que proferiu a deciso sobre o seu benefcio, que dever proceder a sua regular instruo com a posterior remessa do recurso Junta ou Cmara, conforme o caso. 2 O prazo para o INSS interpor recursos ter incio a partir da data do recebimento do processo na unidade que tiver atribuio para a prtica do ato e, para oferecer contra-razes, iniciar a contagem a partir da data da protocolizao ou da entrada do recurso pelo beneficirio ou pela empresa na unidade que proferiu a deciso, de forma que tal ocorrncia dever ficar registrada nos autos, prevalecendo a data que ocorrer primeiro.

    3 Expirado o prazo de trinta dias para contra-razes, de que trata o caput, os autos sero imediatamente encaminhados para julgamento pelas Juntas de Recursos ou Cmaras de Julgamento do CRPS, hiptese em que sero considerados como contra-razes do INSS os motivos do indeferimento inicial.

    4 O rgo de origem prestar nos autos informao fundamentada quanto data da interposio do recurso, no podendo recusar o recebimento ou obstar-lhe o seguimento do recurso ao rgo julgador com base nessa circunstncia.

    5 Os recursos em processos que envolvam suspenso ou cancelamento de benefcios resultantes do programa permanente de reviso da concesso e da manuteno dos benefcios da Previdncia Social, ou decorrentes de atuao de auditoria, devero ser julgados no prazo mximo de sessenta dias aps o recebimento pelo rgo julgador.

    6 Findo o prazo de que trata o pargrafo anterior, o processo ser includo

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    pelo Presidente da unidade julgadora na pauta da sesso de julgamento imediatamente subseqente, da qual participar o Conselheiro a quem foi distribudo o processo.

    Art. 32 . Quando solicitado pelas partes, o rgo julgador dever informar o local, data e horrio de julgamento, para fins de sustentao oral das razes do recurso.

    1 o O INSS poder ser representado, nas sesses das Cmaras de Julgamento, das Juntas de Recursos e do Conselho Pleno do CRPS, pela Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS, sendo facultada a sustentao oral de suas razes, com auxlio de assistentes tcnicos do INSS.

    2 At o anncio do incio dos trabalhos de julgamento, a parte ou seu representante podero formular pedido para realizar sustentao oral ou para apresentar alegaes finais em forma de memoriais.

    Art. 33. Admitir ou no o recurso prerrogativa do CRPS, sendo vedado a qualquer rgo do INSS recusar o seu recebimento ou sustar-lhe o andamento, exceto nas hipteses expressamente disciplinadas neste Regimento.

    1 No sero conhecidos pelas Cmaras de Julgamento os recursos de competncia exclusiva das Juntas de Recursos, observado o disposto no art. 18 deste Regimento.

    2 Em se tratando de recurso firmado pelo prprio segurado ou beneficirio que no seja advogado, o Conselheiro relator do processo dever identificar, se no for apontada, a norma infringida ou no observada pelo INSS.

    Art. 34. O INSS pode, enquanto no tiver ocorrido a decadncia, reconhecer expressamente o direito do interessado e reformar sua deciso, observado o seguinte procedimento:

    I - quando o reconhecimento ocorrer na fase de instruo do recurso ordinrio o INSS deixar de encaminhar o recurso ao rgo julgador competente;II - quando o reconhecimento ocorrer aps a chegada do recurso no CRPS, mas antes de qualquer deciso colegiada, o INSS dever encaminhar os autos ao respectivo rgo julgador, devidamente instrudo com a comprovao da reforma de sua deciso e do reconhecimento do direito do interessado, para fins de extino do processo com resoluo do mrito por reconhecimento do pedido.III - quando o reconhecimento ocorrer aps o julgamento da Junta de Recurso ou da Cmara de Julgamento, o INSS dever encaminhar os autos ao rgo julgador que proferiu a ltima deciso, devidamente instrudo com a comprovao da reforma de sua deciso e do reconhecimento do direito do interessado, para que,

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    se for o caso, seja proferida nova deciso.

    1 Na hiptese prevista no Inciso II, se da anlise dos autos o rgo julgador constatar que no ocorreu o reconhecimento expresso do direito do interessado pelo INSS, o processo ter seguimento normal com o julgamento do recurso de acordo com o convencimento do colegiado.

    2 Na hiptese de reforma parcial de deciso do INSS, o processo ter seguimento em relao questo objeto da controvrsia remanescente.

    Subseo II

    Da desistncia do recurso

    Art. 35. Em qualquer fase do processo, desde que antes do julgamento do recurso pelo rgo competente, o recorrente poder, voluntariamente, desistir do recurso interposto.

    1 A desistncia voluntria ser manifestada de maneira expressa, por petio ou termo firmado nos autos do processo.

    2 Uma vez interposto o recurso, o no cumprimento pelo interessado, de exigncia ou providncia que a ele incumbiriam, e para a qual tenha sido devidamente intimado, no implica em desistncia tcita ou renncia ao direito de recorrer, devendo o processo ser julgado no estado em que se encontra, arcando o interessado com o nus de sua inrcia.

    Art. 36. A propositura, pelo interessado, de ao judicial que tenha objeto idntico ao pedido sobre o qual versa o processo administrativo importa em renncia tcita ao direito de recorrer na esfera administrativa e desistncia do recurso interposto.

    1 Considera-se idntica a ao judicial que tiver as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido do processo administrativo.

    2 Certificada a ocorrncia da propositura da ao judicial, os prazos processuais em curso ficam suspensos e o INSS dar cincia ao interessado ou a seu representante legal para que se manifeste no prazo de trinta dias.

    3 Vencido o prazo de que trata o 2o, o INSS arquivar o processo, salvo se o interessado requerer o prosseguimento alegando tratar-se de ao judicial com objeto diverso, o que ocasionar a remessa dos autos ao CRPS para deciso.

    4 Caso o conhecimento da propositura da ao judicial seja posterior ao encaminhamento do recurso ao CRPS e este ainda no tenha sido julgado

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    administrativamente, o INSS comunicar o fato Junta ou Cmara incumbida de proferir deciso, acompanhado dos elementos necessrios para caracterizao da renncia tcita. 5 Na hiptese em que o conhecimento da propositura da ao judicial seja posterior ao julgamento do recurso administrativo, se a deciso administrativa definitiva for favorvel ao interessado e no existir deciso judicial transitada em julgado, o INSS comunicar o fato Procuradoria Federal Especializada para:I - orientar como proceder em relao ao cumprimento da deciso administrativa; eII - se for o caso, estabelecer entendimento com o autor da ao judicial objetivando a extino do litgio.

    6 Se o conhecimento da propositura da ao judicial for posterior ao julgamento do recurso administrativo e houver deciso judicial transitada em julgado com o mesmo objeto do processo administrativo, conforme orientao da Procuradoria Federal Especializada, a coisa julgada prevalecer sobre a deciso administrativa.

    Subseo III

    Do Processamento do Recurso

    Art. 37. Os processos submetidos a julgamento pelo CRPS sero numerados folha a folha, e as peas neles inseridas, a partir do recurso, devem ser digitadas, datadas e assinadas, recusadas as expresses injuriosas ou desrespeitosas, que podero ser riscadas dos autos pelo Presidente da Cmara ou Junta.

    1 O interessado poder juntar documentos, atestados, exames complementares e pareceres mdicos, requerer diligncias e percias e aduzir alegaes referentes matria objeto do processo at antes do incio da sesso de julgamento, hiptese em que ser conferido direito de vista parte contrria para cincia e manifestao.

    2 Os requerimentos de provas sero objeto de apreciao por parte do Conselheiro relator, mediante referendo da composio de julgamento, cabendo sua recusa, em deciso fundamentada, quando se revelem impertinentes, desnecessrias ou protelatrias.

    3 expressamente vedada a retirada dos autos da repartio pelas partes, sendo facultado ao recorrente ou seu representante, ou ainda ao terceiro que comprovar legtimo interesse no processo, a vista dos autos ou o fornecimento de cpias de peas processuais, salvo se o processo estiver com o relator, exigindo-se, para tanto, a apresentao de pedido por escrito assinado pelo requerente, o qual dever ser anexado aos autos.

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    4 Na hiptese do pargrafo anterior, caso no seja possvel produzir cpias reprogrficas na prpria repartio, um funcionrio da Secretaria, autorizado pela respectiva chefia, dever acompanhar o interessado ao local onde as cpias sero extradas.

    5 Os documentos originais apresentados para instruo do processo, quando de natureza pessoal das partes, devero ser restitudos e substitudos por cpias cuja autenticidade seja declarada pelo servidor processante, devendo ser retida a documentao original quando houver indcio de fraude.

    6 As Carteiras de Trabalho e Previdncia Social - CTPS e os Carns de Contribuio sero extratados pelo servidor do INSS responsvel pela instruo do processo, que far anexar aos autos simulao autenticada do tempo de contribuio apurado, inclusive dos dados existentes no Cadastro Nacional de Informaes Sociais -CNIS e das seguintes informaes:

    I - na hiptese de aposentadoria por tempo de contribuio ou de aposentadoria especial, o tempo total apurado at 15 de dezembro de 1998, at 28 de novembro de 1999 e at a data do requerimento, assim como o tempo adicional referente ao pedgio para aposentadoria proporcional sem direito adquirido antes da Emenda Constitucional no 20, de 15 de dezembro de 1998 e o nmero de contribuies vlidas para efeito de carncia; eII - para os demais casos, conforme as hipteses, o nmero de contribuies vlidas para efeito de carncia, o tempo de contribuio at a data do requerimento para fins de aposentadoria por idade urbana sem considerar a perda da qualidade de segurado e o nmero de meses de atividade rural correspondente ao prazo de carncia para os benefcios de trabalhadores rurais.

    7 Sob nenhum pretexto podero ser retirados do processo os originais dos atos processuais nele exarados, podendo ser fornecida cpia autntica ou certido, para uso do interessado. Art. 38. Os recursos, aps cadastrados, sero distribudos por ordem cronolgica de entrada nas Cmaras ou Juntas, aos conselheiros relatores.

    1 As Juntas de Recursos e as Cmaras de Julgamento priorizaro a anlise e soluo dos seguintes recursos:

    I - que tenham como parte beneficirios com idade igual ou superior a sessenta anos; eII - relativos s prestaes de auxlio-doena, de aposentadoria por invalidez e do benefcio assistencial de que trata o art. 20 da Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993.

    2 Os Presidentes das Cmaras de Julgamento e das Juntas de Recursos

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    devem diligenciar no sentido de que haja eqidade e proporcionalidade na distribuio dos processos aos Conselheiros em atividade, inclusive quanto espcie do benefcio em discusso e complexidade da matria objeto dos processos.

    Art. 39 . Na distribuio dever ser observada a ocorrncia de conexo e continncia de acordo com os seguintes critrios:

    I - reputam-se conexos dois ou mais processos de recurso quando lhes for comum o objeto ou a causa de pedir; eII - haver continncia quando existir identidade de partes e da causa de pedir, mas o objeto de um dos processos de recurso, por ser mais amplo, abrange o do outro.

    1 As partes somente podero alegar a conexo ou a continncia at a interposio do recurso ou o oferecimento de contra- razes.

    2 Os rgos julgadores devero determinar a reunio dos processos quando for comprovada tempestivamente a ocorrncia de conexo ou continncia e podero determinar a juntada de cpias de outros processos para instruo do julgamento nas demais hipteses em que houver ponto comum nas questes fticas.

    Art. 40. As partes podero oferecer exceo de impedimento de qualquer Conselheiro at o momento da apresentao de memoriais ou na sustentao oral.

    1 O Conselheiro estar impedido de participar do julgamento quando:

    I - participou do julgamento em 1 instncia;II - interveio como procurador da parte, como perito ou serviu como testemunha;III - no processo estiver postulando, como procurador ou advogado da parte, o seu cnjuge ou companheiro ou companheira, ou qualquer parente seu, consangneo ou afim, em linha reta ou na linha colateral, at o segundo grau;IV - seja cnjuge, companheiro ou companheira, parente, consangneo ou afim da parte interessada, em linha reta ou, na colateral, at o terceiro grau;V - for amigo ntimo ou notrio inimigo da parte interessada; VI - tiver auferido vantagem ou proveito de qualquer natureza antes ou depois de iniciado o processo administrativo, em razo de aconselhamento acerca do objeto da causa; eVII - tiver interesse, direta ou indiretamente, no julgamento do recurso em favor de uma das partes.VIII - houver proferido a deciso indeferitria no mbito do INSS.

    2o O impedimento ser declarado pelo prprio Conselheiro ou suscitado por

  • Seleo de AcrdoS

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    qualquer interessado, cabendo ao argido pronunciar-se por escrito sobre a alegao que, se no for por ele reconhecida, ser submetida deliberao do Presidente do CRPS.

    3 O Conselheiro que deixar de declarar ou recon