sedu curriculo basico escola estadual.1pdf

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CURRÍCULO BÁSICO ESCOLA ESTADUAL Guia de implementação Ensino Fundamental Anos Iniciais Ensino Fundamental Anos Finais Vol. 01 - Área de Linguagens e Códigos Ensino Fundamental Anos Finais Vol. 02 - Área de Ciências da Natureza Ensino Fundamental Anos Finais Vol. 03 - Área de Ciências Humanas Ensino Médio Vol. 01 - Área de Linguagens e Códigos Ensino Médio Vol. 02 - Área de Ciências da Natureza Ensino Médio Vol. 03 - Área de Ciências Humanas

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CURRCULO BSICO ESCOLA ESTADUAL

Guia de implementao

Ensino Fundamental

Ensino Fundamental

Ensino Fundamental

Ensino Fundamental

Ensino Mdio Vol. 01 - rea de Linguagens e Cdigos

Ensino Mdio Vol. 02 - rea de Cincias da Natureza

Ensino Mdio Vol. 03 - rea de Cincias Humanas

Anos Iniciais

Anos FinaisVol. 01 - rea de Linguagens e Cdigos

Anos FinaisVol. 02 - rea de Cincias da Natureza

Anos FinaisVol. 03 - rea de Cincias Humanas

Sumrio

principal

CURRCULO BSICO ESCOLA ESTADUALGuia de Implementao

Sumrio

principal

GOVERNADOR Paulo Hartung VICE-GOVERNADOR Ricardo de Rezende Ferrao SECRETRIO DE EDUCAO Haroldo Corra Rocha Subsecretria de Estado de Educao Bsica e Profissional Adriana Sperandio Subsecretria de Estado de Planejamento e Avaliao Mrcia Maria de Oliveira Pimentel Lemos Subsecretrio de Estado de Suporte Educao Gilmar Elias Arantes Subsecretrio de Estado de Administrao e Finanas Jos Raimundo Pontes Barreira

Dados Internacionais de Catalogao-na-Publicao (CIP) (Gesto.Info Consultoria, ES, Brasil) E-mail: [email protected] Esprito Santo (Estado). Secretaria da Educao Guia de implementao / Secretaria da Educao. Vitria : SEDU, 2009. 72 p. ; 26 cm. (Currculo Bsico Escola Estadual) Contedo dos volumes : v. 01 - Ensino fundamental, anos finais, rea de Linguagens e Cdigos; v. 02 - Ensino fundamental, anos finais, rea de Cincias da Natureza; v. 03 - Ensino fundamental, anos finais, rea de Cincias Humanas; v. 01 - Ensino mdio, rea de Linguagens e Cdigos; v. 02 - Ensino mdio, rea de Cincias da Natureza; v. 03 - Ensino mdio, rea de Cincias Humanas. Volumes sem numerao : Ensino fundamental, anos iniciais; Guia de implementao. ISBN 978-85-98673-09-7 1. Ensino - Esprito Santo (Estado) - Currculo. 2. Ensino fundamental - Currculo. 3. Ensino mdio Currculo. I. Ttulo. II. Srie. CDD 371 CDU 37.016

E77g

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAO Av. Csar Hilal, n 1.111, Santa Lcia - Vitria/ES - CEP 29.056-085

Sumrio

principal

CURRCULO BSICO ESCOLA ESTADUAL

... nas condies de verdadeira aprendizagem os educandos vo se transformando em reais sujeitos da construo e da reconstruo do saber ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito do processo. Paulo Freire

Sumrio

principal

COORDENAO GERAL Adriana Sperandio Subsecretria de Educao Bsica e Profissional Leonara Margotto Tartaglia Gerncia de Ensino Mdio Patricia Silveira da Silva Trazzi Subgerncia de Desenvolvimento Curricular do Ensino Mdio Janine Mattar Pereira de Castro Gerncia de Educao Infantil e Ensino Fundamental Valdelina Solomo Lima Subgerncia de Desenvolvimento Curricular do Ensino Fundamental Maria do Carmo Starling de Oliveira Gerncia de Educao, Juventude e Diversidade COMISSO CURRICULAR - SEDU Ana Beatriz de C. Dalla Passos, Aparecida Agostini Rosa Oliveira, Conciana N. Lyra, Danilza A. Rodrigues, Denise Moraes e Silva, Eliane Carvalho Fraga, Hulda N. de Castro, Jane Ruy Penha, Josimara Pezzin, Lcia Helena Maroto, Luciane S. Ronchetti, Luiza E. C. de Almeida, Malba Lucia Gomes Delboni, Mrcia Gonalves Brito, Mrcia M. do Nascimento, Maria Cristina Garcia T. da Silva, Maria da Penha C. Benevides, Maria Geovana M. Ferreira, Maria Jos Teixeira de Brito, Mirtes ngela Moreira Silva, Nadina Barbieri, Neire Longue Diirr, Rita de Cssia Santos Silva, Rita Nazareth Cuquetto Soares, Rosemar Alves de Oliveira Siqueira, Sandra Fernandes Bonatto, Sidinei C. Junqueira, Snia A. Alvarenga Vieira, Tania Mara Silva Gonalves, Tnia Maria de Paiva Zamprogno, Telma L. Vazzoler, Teresa Lcia V.C. Barbosa, Valria Zumak Moreira, Verginia Maria Pereira Costa, Zorailde de Almeida Vidal Equipe de Apoio Ana Amlia Quinopi Tolentino de Faria, Eduarda Silva Sacht, Luciano Duarte Pimentel, Mrcia Salles Gomes Assessora Especial Marluza de Moura Balarini CONSULTORAS Najla Veloso Sampaio Barbosa Viviane Mos ESPECIALISTAS Cincias Humanas Andr Luiz Bis Pirola e Juara Luzia Leite - Histria Eberval Marchioro e Marisa Teresinha Rosa Valladares Geografia Lus Antnio Dagis - Ensino Religioso Marcelo Martins Barreira - Filosofia Maria da Conceio Silva Soares - Sociologia Cincias da Natureza e Matemtica ngela Emlia de Almeida Pinto e Leonardo Cabral Gontijo - Fsica Claudio David Cari - Biologia/Cincias Gerson de Souza Mol - Qumica Maria Auxilidora Vilela Paiva - Matemtica Linguagens e Cdigos Ana Flvia Souza Sofiste - Educao Fsica Carlos Roberto Pires Campos - Lngua Portuguesa Adriana Magno, Maria Gorete Dadalto Gonalves e Moema Lcia Martin Rebouas - Arte Rita de Cssia Tardin - Lngua Estrangeira DIVERSIDADE Andressa Lemos Fernandes e Maria das Graas Ferreira Lobino - Educao Ambiental Ins de Oliveira Ramos Martins e Maringela Lima de Almeida - Educao Especial Leomar dos Santos Vazzoler e Nelma Gomes Monteiro Educao tnico Racial Kalna Mareto Teao - Educao Indgena Erineu Foerste e Gerda M. S. Foerste - Educao no Campo Elieser Toretta Zen e Elizete Lucia Moreira Matos - Educao de Jovens e Adultos

PROFESSORES REFERNCIA Cincias Humanas Adlia M. Guaresqui Cruz, Agnes Belmonci Malini, Alade Trancoso, Alarcio Tadeu Bertollo, Alan Clay L. Lemos, Alcimara Alves Soares Viana, Alecina Maria Moraes, Alexandre Nogueira Lentini, Anelita Felcio de Souza, ngela Maria Freitas, Anglica Chiabai de Alencar, Angelita M. de Quadros P. Soprani, Antnio Fernando Silva Souza, Cristina Lcia de Souza Curty, Dileide Vilaa de Oliveira, Ediane G. Morati, Edlson Alves Freitas, Edimar Barcelos, Eliana Aparecida Dias, Eliana C. Alves, Eliethe A. Pereira, Elisangela de Jesus Sousa, Elza Vilela de Souza, Epitcio Rocha Quaresma, Erilda L. Coelho Ambrozio, Ernani Carvalho Nascimento, Fabiano Boscaglia, Francisco Castro, Gilcimar Manhone, Gleydes Myrna Loyola de Oliveira, Gracielle Bongiovani Nunes, Hebnezer da Silva, Ilia Crassus Pretralonga, Ires Maria Pizetta Moschen, Israel Bayer, Ivanete de Almeida Pires, Jane Pereira, Jaqueline Oliozi, Joo Carlos S. Fracalossi, Joo Luiz Cerri, Jorge Luis Verly Barbosa, Jos Alberto Laurindo, Lea Silvia P. Martinelli, Leila Falqueto Drago, Lcia H. Novais Rocha, Luciene Maria Brommenschenkel, Luiz Antonio Batista Carvalho, Luiz Humberto A. Rodrigues, Lurdes Maria Lucindo, Marcia Vnia Lima de Souza, Marcos Andr de Oliveira Nogueira Goulart, Marcelo Ferreira Delpupo, Margarida Maria Zanotti Delboni, Maria Alice Dias da Rosa, Maria da Penha E. Nascimento, Maria da Penha de Souza, Maria de Lourdes S. Carvalho Morais, Maria Elizabeth I. Rodrigues, Maria Margaretti Perini Fiorot Coradini, Marlene M. R. Patrocnio, Marluce Furtado de Oliveira Moronari, Marta Margareth Silva Paixo, Mohara C. de Oliveira, Mnica V. Fernandes, Neyde Mota Antunes, Nilson de Souza Silva, Nilza Maria Zamprogno Vasconcelos, Paulo Roberto Arantes, Pedro Paulino da Silva, Raquel Marchiore Costa, Regina Jesus Rodrigues, Rodrigo Nascimento Thomazini, Rodrigo Vilela Luca Martins, Rosangela Maria Costa Guzzo, Rosiana Guidi, Rosinete Aparecida L. P. Manzoli, Sabrina D. Larmelina, Salette Coutinho Silveira Cabral, Sandra Renata Muniz Monteiro, Sebastio Ferreira Nascimento, Srgio Rodrigues dos Anjos, Sulne Aparecida Cupertino, Tnea Berti, Terezinha Maria Magri Rampinelli, ltima da Conceio e Silva, Valentina Hetel I. Carvalho, Vaneska Godoy de Lima, Vera Lcia dos Santos Rodrigues, Zelinda Scalfoni Rodrigues. Cincias da Natureza e Matemtica Adamar de Oliveira Silva, Amrico Alexandre Satler, Aminadabe de Farias Aguiar Queiroz, Ana Paula Alves Bissoli, Anderson Soares Ferrari, Anglica Chiabai de Alencar, Bruna Wencioneck de Souza Soares, Carlos Sebastio de Oliveira, Ctia Aparecida Palmeira, Chirlei S. Rodrigues Soyer, Claudinei Pereira da Silva, Cristina Louzada Martins da Eira, Delcimar da Rosa Bayerl, Edilene Costa Santana, Edson de Jesus Segantine, Edy Vinicius Silverol da Silva, Elizabeth Detone Faustini Brasil, Elzimeire Abreu Arajo Andrade, rika Aparecida da Silva, Giuliano Csar Zonta, Irineu Gonalves Pereira, Janana Nielsen de Souza Corassa, Jarbas da Silva, Jomar Apolinrio Pereira, Linderclei Teixeira da Silva, Luciane Salaroli Ronchetti, Mara Cristina S. Ribeiro, Marcio Vieira Rodrigues, Maria Alice Dias da Rosa, Maria Aparecida Rodrigues Campos Salzani, Maria Nilza Corra Martins, Maria de Glria Sousa Gomes, Marlene Athade Nunes, Organdi Mongin Rovetta, Patrcia Maria Gagno F. Bastos, Paulo Alex Demoner, Paulo Roberto Arantes, Pedro Guilherme Ferreira, Renan de Nardi de Crignis, Renata da Costa Barreto Azine, Renato Khler Zanqui, Renato Santos Pereira, Rhaiany Rosa Vieira Simes, Sandra Renata M. Monteiro e Wagna Matos Silva. Linguagens e Cdigos Alessandra Senna Prates de Mattos, Ana Cludia Vianna Nascimento Barreto, Ana Helena Sfalsim Soave, Antnio Carlos Rosa Marques, Carla Moreira da Cunha, Carmenca Nunes Bezerra, Christina Arajo de Nino, Cludia Regina Luchi, Edilene Klein, Eliane dos Santos Menezes, Eliane Maria Lorenzoni, Giselle Peres Zucolotto, Ilza Reblim, Izaura Clia Menezes, Jaqueline Justo Garcia, Johan Wolfgang Honorato, Jomara Andris Schiavo, Ktia Regina Zuchi Guio, Lgia Cristina Magalhes Bettero, Luciene Tosta Valim, Magna Tereza Delboni de Paula, Mrcia Carina Marques dos Santos Machado, Maria Aparecida Rosa, Maria do Carmo Braz, Maria Eliana Cuzzuol Gomes, Marta Gomes Santos, Nbia Lares, Raabh Pawer Mara Adriano de Aquino, Renata Garcia Calvi, Roberto Lopes Brando, Rosngela Vargas D. Pinto, Sebastiana da Silva Valani, Snia Maria da Penha Surdine Medeiros, Vivian Rejane Rangel.

Diversidade Adalberto Gonalves Maia Junior, Adna Maria Farias Silva, Ana Paula Alves Bissoli, Anderson Soares Ferrari, Anglica Chiabai de Alencar, Antnio Fernando Silva Souza, Aurelina Sandra Barcellos de Oliveira, Ctia Aparecida Palmeira, Crlia Silva de Oliveira, Christina Arajo de Nino, Edna dos Santos Carvalho, Elenivar Gomes Costa Silva, Eliane dos Santos Menezes, Elzimeire Abreu Arajo Andrade, Evelyn Vieira, Hebnzer da Silva, Ires Maria Pizzeta Moschen, Irineu Gonalves Pereira, Ivonete Ribeiro de Oliveira Pereira, Joo Luiz Cerri, Joo Firmino, La Silvia P. Martinelli, Luciene Tosta Valim, Luciete de Oliveira Cerqueira, Marcos Leite Rocha, Margareth Zorzal Faf, Maria Adlia R. Braga, Maria Aparecida Rodrigues Campos Salzani, Maria da Ressurreio, Patrcia Maria Gagno F. Bastos, Paulo Roberto Arantes, Pedro Paulino da Silva, Rachel Miranda de Oliveira, Renan de Nardi de Crignis, Sebastio Ferreira Nascimento, Simone Carvalho, Terezinha Maria Magri Rampinelli, Vera Lcia dos Santos Rodrigues. Sries Iniciais Adna Maria Farias Silva, Anglica Regina de Souza Rodrigues, Dilma Demetrio de Souza, Divalda Maria Gonalves Garcia, Gleise Maria Tebaldi, Idalina Aparecida Fonseca Couto, Ktia Elise B. da Silva Scaramussa, Maria Lcia Cavati Cuquetto, Maria Vernica Espanhol Ferraz, Maura da Conceio, Rosiane Schuaith Entringer, Vera Lcia dos Santos Rodrigues. PROFESSORES COLABORADORES Aldaires Souto Frana, Alade Schinaider Rigoni, Antonia Regina Fiorotti, Everaldo Simes Souza, Giovana Motta Amorim, Jos Christovam de Mendona Filho, Karina Marchetti Bonno Escobar, Mrcio Correa da Silva, Marilene Lcia Merigueti, Nourival Cardozo Jnior, Rafaela Teixeira Possato de Barros, Rogrio de Oliveira Arajo, Rony Cludio de Oliveira Freitas, Roseane Sobrinho Braga, Sara Freitas de Menezes Salles, Tarcsio Batista Bobbio. SUPERINTENDNCIAS REGIONAIS DE EDUCAO - TCNICOS SRE Afonso Cludio: Iracilde de Oliveira, Lcia Helena Novais Rocha, Luzinete de Carvalho e Terezinha M. C. Davel. SRE Barra de So Francisco: Ivonete Ribeiro de Oliveira Pereira, Luciana Oliveira, Maria Adelina Vieira Clara, Marlene Martins Roza Patrocnio e Mnica Valria Fernandes. SRE Cachoeiro de Itapemirim: Janet Madalena de Almeida N. Cortez, Regina Zumerle Soares, Silma L. Perin e Valria Perina. SRE Carapina: Lucymar G. Freitas, Marluce Alves Assis e Rita Pellecchia. SRE Cariacica: Ivone Maria Krger Volkers, Iza klipel, Madalena A. Torres, Maria Aparecida do Nascimento Ferreira, Neusimar de Oliveira Zandonaide e Silvana F. Cezar. SRE Colatina: Ktia Regina Zuchi Guio, Magna Maria Fiorot, Maria Angela Cavalari e Maria Teresa Lins Ribeiro da Costa. SRE Guau: Alcides Jesuna de Souza e Elizaldete Rodrigues do Valle. SRE Linhares: Carmenca Nunes Bezerra, Geovanete Lopes de Freitas Belo, Luzinete Donato e Mnica Jorge dos Reis. SRE Nova Vencia: Cirleia S. Oliveira, Edna Milanez Grechi, Maristela Contarato Gomes e Zlio Bettero. SRE So Mateus: Bernadete dos Santos Soares, Gina Maria Lecco Pessotti, Laudicia Coman Coutinho e Sebastiana da Silva Valani. SRE Vila Velha: Aleci dos Anjos Guimares, Ilza Reblim, Ivone Braga Rosa, Luciane R. Campos Cruz, Maria Aparecida Soares de Oliveira e Marilene O. Lima. A Secretaria da Educao do Estado do Esprito Santo autoriza a reproduo deste material pelas demais secretarias de educao, desde que mantida a integridade da obra e dos crditos.

Este Documento Curricular uma verso preliminar. Estar em avaliao durante todo o ano de 2009 pelos profissionais da Rede Pblica Estadual de Ensino.

Sumrio

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Caros Educadores, Dentre os grandes desafios que temos na educao capixaba, destaca-se a implementao do novo currculo escolar. Essa importante ao envolve a garantia do direito de aprender de todos e de cada aluno da Educao Bsica. A educao que pretendemos est comprometida com a construo de uma cidadania consciente e ativa, que oferea aos alunos conhecimentos que lhes possibilitem compreender e posicionar-se frente s transformaes da sociedade, participando da vida produtiva; que possam relacionar-se com a natureza, produzir e distribuir bens e servios, convivendo com o mundo contemporneo. Em nossas escolas estudam crianas, jovens e adultos, em sua grande maioria, filhos da classe trabalhadora. Nessa escola contempornea algumas novas tarefas passaram a se integrar dinmica educacional, no porque seja a nica instituio responsvel pela educao, mas por ser aquela que desenvolve uma prtica educativa planejada e sistemtica durante um perodo contnuo e extenso de tempo na vida das pessoas. A escola reconhecida pela sociedade como a instituio da aprendizagem. No atendimento educacional aos ensinos Fundamental e Mdio, espera-se que os alunos aprendam, de forma autnoma, a valorizar o conhecimento, os bens culturais e o trabalho; selecionar o que relevante, investigar e pesquisar; construir hipteses, compreender e raciocinar logicamente; comparar e estabelecer relaes, inferir e generalizar; adquirir confiana e capacidade de pensar e encontrar solues. tambm necessrio aprender a relativizar, confrontar e respeitar diferentes pontos de vista, discutir divergncias, exercitar o pensamento crtico e reflexivo, comprometendo-se e assumindo responsabilidades. importante tambm que aprendam a ler criticamente diferentes tipos de texto, a utilizar diferentes recursos tecnolgicos, a expressar-se e comunicar-se em vrias linguagens, opinar, enfrentar desafios, criar, agir de forma autnoma e que aprendam a diferenciar o espao pblico do privado, a serem solidrios, a conviver com a diversidade e a repudiar qualquer tipo de discriminao e injustia. Em particular, no Ensino Mdio, tais competncias implicaro em promover uma mudana em seu contexto de vida, superando a viso de mera preparao para o vestibular com vistas ao ingresso no Ensino Superior. A perspectiva dos jovens brasileiros que hoje esto nessa escola obter qualificao mais ampla para a vida e o trabalho, j ao longo de sua escolarizao bsica. A relao entre o jovem e o conhecimento no se encerra na aprendizagem mecnica e de memorizao dos contedos. A formao do jovem deve passar pela formao cidad, do trabalho como condio humana, do conhecimento cientfico, tecnolgico e socio-histrico,

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criando condies para que ele possa aprender a aprender. Adequar a escola a seu pblico atual torn-la capaz de promover a realizao pessoal, a qualificao para um trabalho digno, para a participao social e poltica, enfim, para uma cidadania plena da totalidade de seus alunos e alunas. Isso indica a necessidade de reviso do projeto pedaggico de muitas escolas que no se renovam h dcadas, criadas em outras circunstncias, para um outro pblico e para um mundo diferente deste dos nossos dias. O Currculo Bsico da Escola Estadual como instrumento organizador da ao educativa vem assegurar um mnimo de unidade na rede estadual de ensino e pressupe ainda a articulao necessria, em cada unidade escolar, com o Projeto Poltico Pedaggico. Estamos animados e esperanosos com o trabalho que juntos vamos realizar neste ano de 2009 na implementao e, consequentemente, na avaliao do novo currculo. Recomendamos que, de maneira saudvel, possamos conhecer, aplicar, discutir e criticar o novo currculo, para que depois faamos as mudanas necessrias previstas no ltimo trimestre deste ano. Como j de seu conhecimento, a organizao da impresso do documento curricular traz 7 volumes assim distribudos: 1 Volume Anos Iniciais do Ensino Fundamental 3 Volumes Anos Finais do Ensino Fundamental (reas do Conhecimento) 3 Volumes Ensino Mdio (reas do Conhecimento) Todos contm de forma idntica o CAPTULO INICIAL do documento que versa sobre: Apresentao, O processo de construo do currculo, Princpios norteadores e Concepo de currculo, com nfase na organizao por competncias e habilidades, seguido do texto O sujeito da ao educativa: o aluno. Destacamos a diversidade na formao humana que trazem as razes epistemolgicas e sociolgicas sobre a Educao Ambiental, as Relaes tnico-raciais e a Populao Indgena como aspectos da diversidade biolgica e cultural. A seguir organizamos um item que discorre sobre a Dinmica do Trabalho Educativo, apresentando reflexes acerca do processo ensino-aprendizagem, a avaliao da aprendizagem, os ambientes de aprendizagem existentes na escola, a relao professor e aluno e a pesquisa como metodologia de ensino. O 2 CAPTULO do documento curricular especfico de cada nvel e etapa da Educao Bsica, trazendo o Contedo Bsico Comum (CBC). Abordamos a concepo de rea de conhecimento,

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Sumrio

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a contribuio da disciplina para a formao humana, os objetivos da disciplina, as principais alternativas metodolgicas e as competncias, habilidades e contedos. Cabe observar que o currculo no se restringe aos componentes do CBC. Na verdade, o CBC , simplesmente, parte do currculo que est contextualizado no captulo inicial e se concretiza no mbito de cada unidade escolar. O Guia de Orientao para Implementao do Novo Currculo pretende subsidiar diretores, pedagogos e coordenadores de cada escola na coordenao e mobilizao de todos os docentes em um intenso estudo e anlise sobre o currculo escolar, direcionando as reflexes sobre as diferentes demandas sociais que chegam ao cotidiano escolar. Este Guia est organizado em trs captulos, estabelecendo os diferentes nveis de coordenao da gesto do novo currculo. O primeiro captulo traz a gesto no mbito da unidade escolar. Nessa etapa montamos seis indicaes de roteiros para estudo do documento, quais sejam: Indicao 1 - Roteiro de Estudo da Parte I do documento (especfico para a Jornada Pedaggica) Indicao 2 - Roteiro para elaborao dos Planos de Ensino (especfico para a Jornada Pedaggica) Indicao 3 - Roteiro bsico de Anlise Situacional da escola Indicao 4 - Roteiro bsico de Anlise da Gesto Pedaggica Indicao 5 - Roteiro para estudo e anlise do CBC Indicao 6 - Roteiro bsico para proposio do Projeto Poltico Pedaggico, que se articule com o novo currculo Compreendemos que a escola reconhece o grande desafio que imputado rea educacional em relao ao enfrentamento dos problemas sociais, econmicos, polticos, culturais, ambientais, morais, religiosos, enfim, de toda a ordem, que caracteriza o mundo contemporneo, exigindo posicionamentos e respostas no mbito da instituio escolar. A nova educao pretendida a partir do Novo Currculo certamente mais ampla do que aquela contida no antigo projeto pedaggico. Antes se desejava transmitir conhecimentos na forma de informaes e procedimentos estanques; agora se deseja promover competncias gerais, que articulem conhecimentos disciplinares ou no.

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Para tanto, necessrio que os tempos/espaos de debate coletivo entre os docentes sejam assegurados em cada unidade escolar, conforme estabelece o Calendrio Escolar 2009 (dias 02 e 03/02, 20/07 e 02/10/2009). Recomendamos ainda que, em cada escola, sejam realizados encontros por rea de conhecimento, organizados antecipadamente pelos pedagogos e coordenadores, com frequncia de, pelo menos, um encontro de 5 horas/ms, tendo como referncia as 20h mensais da carga horria, de cada professor, que destinada hora-atividade. No segundo captulo detalhamos as competncias das equipes regionais SRE na gesto do novo currculo, junto s escolas jurisdicionadas, apoiando, orientando e intervindo no desenvolvimento dos seis Roteiros de Estudo, alm da estruturao de relatrios regionais a serem encaminhados a Unidade Central. Destaca-se tambm a coordenao da elaborao do CBC regional, envolvendo os Professores Referncias, correspondente a 30% dos contedos curriculares, seguindo o que estabelece o Plano de Trabalho. O terceiro captulo apresenta as aes que sero desenvolvidas no mbito da Sedu Central. Destacam-se o programa de formao de professores, contendo o Ciclo de Aprofundamento de Estudos Currculo em Ao, que ser realizado nas SRE, a Avaliao do Currculo Bsico da Escola Estadual e a produo dos Cadernos Metodolgicos por disciplina. Destaca-se ainda o Ciclo de Seminrios Descentralizados com a coordenao das consultoras sobre o Novo Currculo da Rede Estadual. O currculo escolar, no nosso entendimento, elaborado com a efetiva participao dos profissionais da rede, aponta de forma intencional e clara a funo precpua e especfica da escola na construo, apropriao e socializao do conhecimento, o que lhe confere sentido social no processo de transformao coletiva. Assim, conclamamos nossos educadores, professores e demais profissionais da educao (docentes e pedagogos, tcnicos pedaggicos, administrativos e de apoio ao trabalho escolar) a priorizarem, em suas rotinas de trabalho, essa importante ao coletiva, para juntos participarmos de uma ampla discusso sobre as nossas intenes educacionais e compartilharmos a construo de mais um captulo na histria da educao pblica do Esprito Santo.

Adriana Sperandio Subsecretria de Educao Bsica e Profissional

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Sumrio

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SumrioApresentao. .............................................................. 11 A Escola. .................................................................... 15INDICAO 1 Roteiro de estudo do captulo inicial do documento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . INDICAO 2 Roteiro para elaborao dos planos de ensino. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . INDICAO 3 Roteiro bsico de anlise situacional da escola acompanhamento e avaliao do desenvolvimento educacional. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . INDICAO 4 Roteiro bsico de anlise da gesto pedaggica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . INDICAO 5 Roteiro para estudo e anlise do CBC. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . INDICAO 6 Roteiro bsico para proposio do ppp que se articule com o novo currculo. . . . . . . . . . 17 18 21 28 30 32

As Superintendncias Regionais de Educao. ........................... 37 A Sedu/Central . ............................................................ 41 apndices . .................................................................. 45Leituras Complementares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Material de Apoio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 60

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Apresentao

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UMA NOVA ESCOLA PARA O ESPRITO SANTOA construo da qualidade da educao requer, simultaneamente, condies escolares adequadas para o desenvolvimento das atividades pedaggicas, dinmica escolar voltada para o processo de aprendizagem, profissionalizao do docente, democratizao da gesto pblica educacional e, consequentemente, escolar, estabelecimento de articulao entre instncias governamentais e sociedade civil, avaliao peridica dos resultados pedaggicos, tcnicos e de gesto obtidos e presena ativa da comunidade nos assuntos educacionais. Portanto, a qualidade da educao formal constitui processo multifacetado que, alm do setor educacional, envolve ao mesmo tempo os diversos grupos sociais e segmentos institucionais, entidades da sociedade civil e o conjunto da sociedade, e tambm a prpria histria das relaes entre todos esses segmentos na oferta dos diferentes nveis de escolaridade. O reconhecimento da qualidade como princpio constitucional e diretriz de poltica educacional no somente fortalece a concepo de que a ao educativa na qualidade de prtica especificamente pedaggica cumpre uma funo poltica, mas, sobretudo, resgata a atuao dos agentes da disseminao de conhecimentos, tecnologia, arte e cultura como processos histricos apresentados segundo ticas prprias; de produo do saber para os alunos, estimulando o desenvolvimento de posturas ativas perante o aprendido e o aprender, de sentimentos de cooperao e solidariedade ou competio na convivncia social; de envolvimento crtico no mundo e nas esferas de trabalho, da poltica e da cultura. A educao tornou-se vetor estratgico para o desenvolvimento sustentvel e equitativo na sociedade contempornea e deve ser entendida como responsabilidade social onde a famlia e a comunidade tambm exeram seus papis. Tratar a educao como prioridade no Esprito Santo, para alm da escolarizao da populao capixaba, tem significado para os governantes construir uma poltica de Estado em que o poder pblico atue como mobilizador e catalizador da e na sociedade e das diferentes instituies que organizam o Estado maior em torno de um pacto pela educao.

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O documento Esprito Santo 2025, plano que apresenta diretrizes estratgicas de longo prazo, prope a organizao da gesto pblica, valorizando a educao como patrimnio por um desenvolvimento sustentvel. Na Secretaria de Estado da Educao, o Plano Estratgico Nova Escola vem propor avanos na educao pblica estadual no sentido de conceber, como referencial para o trabalho, o estudante enquanto sujeito de direitos e a escola como lcus do processo de ensinoaprendizagem. Ressignificar os espaos e tempos escolares numa perspectiva criativa e inovadora, apresentando como resultado a efetiva aprendizagem dos alunos, deve ser compromisso assumido por todos os sujeitos envolvidos: Unidade Central, Superintendncias Regionais de Educao, unidade escolar, famlia e comunidade. Uma nova escola para o Esprito Santo pressupe um novo olhar sobre o cotidiano, sobre o aluno e suas necessidades. Pressupe mudana de postura, de deslocamento do lugar do saber para o lugar do saber-aprender, de valorizar a permanente atualizao, a construo de sujeitos coletivos, politicamente envolvidos e comprometidos com a formao de um cidado.

Portanto, o eixo principal da proposta da Nova Escola a conexo entre as diversas aes, ou seja, a elaborao de um plano integrado para a melhoria da educao no Esprito Santo. Tendo sempre como foco a promoo da aprendizagem, a Sedu estabelece como prioridade: a valorizao do planejamento e a inovao da gesto; o desenvolvimento das pessoas; a oferta e eficincia de infraestrutura e suporte; a efetivao de parcerias com a sociedade; a construo de um sistema de avaliao das escolas, gestores, tcnicos e professores; a criao de um eficiente sistema de comunicao interna; e a valorizao de inovaes pedaggicas. Essas diversas aes, conectadas umas s outras, tendo sempre como valores o respeito ao ser humano, a igualdade de oportunidades, o comprometimento com resultados, a atitude tica, a transparncia, o compromisso com o desenvolvimento do Esprito Santo e a valorizao da identidade capixaba, com certeza possibilitaro no somente a melhoria de nossa rede de ensino, mas a concretizao de uma nova escola no Esprito Santo, preparada para enfrentar os desafios e impasses presentes em nosso mundo contemporneo.

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A Escola

Sumrio

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INDICAO 1 Roteiro de estudo do captulo inicial do documentoEste roteiro orienta os estudos da fundamentao da Parte I do Currculo e prrequisito para o estudo das outras partes do documento. Data: 02/02 (Jornada de Planejamento Pedaggico) Local: na escola de unidade que ele representa para a rede estadual e o compromisso coletivo dos educadores na sua implementao. Apresentar a estrutura geral do do cumento (organizao do impresso e sumrio). Apresentar o Guia de Implementao. Segundo momento: 1 hora Estudo do Documento Curricular Parte Geral. Leitura e debate dos textos - Apresentao e Princpios. Terceiro momento: 2 horas Trabalho em Grupo: Diviso em 3 grupos. Explicar que cada grupo far a leitura dos textos iniciais do documento para apresentao posterior plenria. Grupo 1 Textos Conceituando Currculo e O Sujeito da Ao educativa: o aluno. Grupo 2 Textos A Diversidade na Formao Humana; A Educao de Jovens e Adultos: saberes, experincia de vida e de trabalho; Educao do Campo: o campo como lcus de produo de saberes; A Educao Especial: a dimenso escolar da incluso.

Equipe de Coordenao:Pedagogo (caso a escola tenha professor referncia, ele dever participar da coordenao deste estudo). Participantes: Direo, Pedagogo, Coordenador, Professores e demais funcionrios. Propsito: Levar toda equipe da escola a conhecer o CURRCULO BSICO DA ESCOLA ESTADUAL: bases conceituais, princpios, concepes do trabalho educacional, entre outros. Primeiro momento: 1 hora Breve depoimento do professor refe rncia ou do dinamizador, registrando o processo de construo participativo do documento curricular. Registrar a importncia deste documento para a aprendizagem dos alunos, o sentido

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Grupo 3 Textos A Diversidade na Formao Humana; A Educao Ambiental na perspectiva de uma sociedade sustentvel; A Educao para as Relaes tnico-raciais: afrobrasileiros e povos indgenas; e A Dinmica do Trabalho Educativo. Discusso na plenria, referenciando a dinmica pedaggica da unidade escolar.

Questes: 1. A partir do que foi apresentado pelos grupos, como nossa escola pode melhorar a aprendizagem do aluno? 2. O Projeto Poltico Pedaggico da escola atende s demandas do novo currculo? 3. Quais so os pontos que nossa escola precisa mudar para promover a aprendizagem?

INDICAO 2 Roteiro para elaborao dos planos de ensinoEste roteiro orienta a elaborao dos planos de ensino, que devem estar em consonncia com o currculo, bem como com sua fundamentao. Seguir, em anexo, uma matriz de registro deste plano. fundamental que a produo coletiva seja garantida, para dar consenso pedaggico s atividades e proposta da escola. Data: 03/02 (Jornada de Planejamento Pedaggico) e Maro Local: na escola Participantes: Direo, Pedagogo, Coordenador e Professores. Propsito: Elaborar o plano de ensino de cada disciplina e srie, articulado viso de rea do conhecimento. Primeiro momento: 30min Coordenao do Pedagogo Apresenta o instrumento referencial para elaborao do plano de ensino. Apresenta alguns destaques do ano anterior, a partir das avaliaes: reflexes do Conselho de Classe, projetos que se destacaram pela promoo da

Equipe de Coordenao:Pedagogo (caso a escola tenha professor referncia, ele dever participar da coordenao deste estudo).

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aprendizagem, prticas inovadoras de alguns professores (exemplo). Segundo momento 3h30min Trabalho em grupo Por rea do conhecimento e nveis de ensino. Leitura e debate do CBC e elaborao do plano de ensino de cada disciplina.

Obs. 1. Alertamos a equipe pedaggica para que a escola organize os grupos por rea, contemplando todas as disciplinas e sries em cada nvel (EF e EM) para a produo do plano de ensino. 2. A complementao da elaborao do plano de ensino dever ser organizada pelo pedagogo da escola, considerando a hora/atividade do professor, conforme orientao no texto inicial, sendo 5h em fevereiro (JPP) e 5h em maro.

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Plano de Ensino AnualSRE Escola Disciplina Professor1 BIMESTRE - N. de aulas previstas: Contedos Competncias Habilidades Metodologias e materiais de apoio pedaggico Projetos propostos

rea de Conhecimento Srie

Proposta de atendimento demanda especfica da turma, considerando o desempenho no ano anterior:

2 BIMESTRE - N. de aulas previstas: Contedos Competncias Habilidades Metodologias e materiais de apoio pedaggico Projetos propostos

Proposta de atendimento demanda especfica da turma, considerando o desempenho no ano anterior:

3 BIMESTRE - N. de aulas previstas: Contedos Competncias Habilidades Metodologias e materiais de apoio pedaggico Projetos propostos

Proposta de atendimento demanda especfica da turma, considerando o desempenho no ano anterior:

4 BIMESTRE - N. de aulas previstas: Contedos Competncias Habilidades Metodologias e materiais de apoio pedaggico Projetos propostos

Proposta de atendimento demanda especfica da turma, considerando o desempenho no ano anterior:

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INDICAO 3 Roteiro bsico de anlise situacional da escola acompanhamento e avaliao do desenvolvimento educacionalAs reflexes acerca do desenvolvimento educacional so apresentadas de forma a ressaltar a responsabilidade da escola e do sistema como um todo no sentido de fazer um acompanhamento criterioso desse desenvolvimento, como forma de garantir aquilo que direito do educando: a apropriao de conhecimentos cientficos, culturais e tecnolgicos significativos, comprometidos com a formao humana. Este roteiro prope escola um estudo sobre si mesma, as relaes estabelecidas, os xitos, as limitaes. Esto propostos itens a serem preenchidos para anlise da prpria escola a partir de uma perspectiva pedaggica, apresentada em todo currculo: a promoo da aprendizagem. A anlise situacional prev a reflexo da prtica pedaggica a partir da realidade apresentada nos indicadores e nas dificuldades objetivas. Esse roteiro deve ser desenvolvido em duas etapas, respeitando a hora-atividade no limite de 5h/ms. Data: Maio e Junho Local: na escola

Equipe de Coordenao:Pedagogo (caso a escola tenha professor referncia, ele dever participar da coordenao deste estudo). Participantes: Direo, Pedagogo, Coordenador, Professores. Propsito: Levar toda equipe da escola a conhec-la sistematicamente a fim de organizar suas aes e atividades pedaggicas a partir da realidade da mesma. Primeiro momento Deve-se fazer a leitura do captulo da Diversidade na Formao Humana, que destaca os diferentes sujeitos atendidos nos nveis e modalidades de ensino. Retomar a leitura do princpio norteador A aprendizagem como direito do educando. Leitura: A dinmica da ao educativa com destaque para o item avaliao.

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Valorize e utilize avaliaes sobre a qualidade do ensino como um instrumento para melhorar a escola e promover a transparncia e a participao de todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. Segundo momento Responder coletivamente o instrumento de anlise situacional (anexo) e debater sobre os desafios e metas da escola para melhorar o desempenho dos alunos. Ateno, mais importante que preencher o instrumento conversar coletivamente sobre cada dado contido para que todos conheam de fato a escola que trabalham.

Instrumento Bsico para Anlise SituacionalO primeiro passo para melhorar a educao entender a situao em que sua escola est. Busque elementos complementares, conhecendo a situao da educao no seu municpio, seu Estado e a mdia do pas. Reflita sobre suas causas e consequncias. Informe-se, reflita, discuta. Quando voc entende o problema, tem mais chances de fazer sua parte para resolv-lo e voc, como educador, o principal agente da melhoria da educao.

SRE ESCOLA Dados da escola 1. Perodos de funcionamento da sua escola: A. Matutino ( ) EF - anos iniciais B. Vespertino ( ) EF - anos iniciais C. Noturno ( ) EM ( )EP ( ) EF anos finais ( ) EM ( ) EM Integrado a EP ( ) EP ( )EJA

( ) EF anos finais

( ) EM

( ) EM Integrado a EP

( ) EP

( ) EJA

( ) EJA

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2. Atendimento Educao Especial (sala de recursos, atendimento itinerante e Escola Oralauditiva)

3. Outros atendimentos - Classe hospitalar, alunos privados de liberdade, comunidade quilombola, indgena, pomerano, italiano.

4. Total de alunos matriculados em 2009

5. Como so organizadas as turmas em sua escola? (as turmas e no a srie) A. ( ) Por idade. B. ( ) Por ordem de chegada. C. ( ) Pelo comportamento. D. ( ) Por desempenho. E. ( ) Outras formas:

6. Como foi indicado o processo de definio dos professores das turmas dos anos iniciais? Buscouse o perfil do professor alfabetizador? A equipe conhece o Projeto Ler, Escrever e Contar?

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7. Qual foi o ndice de repetncia, em sua escola:SRIES ANOS INICIAIS 1 srie 2 srie 3 srie 4 srie ANOS FINAIS 5 srie 6 srie 7 srie 8 srie ENSINO MDIO 1 ano 2 ano 3 ano EJA ANO 2008 META PARA 2009

Medidas que sero adotadas para alcanar a meta:

8. Qual foi o ndice de evaso em sua escola dos alunos:SRIES ANOS INICIAIS 1 srie 2 srie 3 srie 4 srie ANOS FINAIS 5 srie 6 srie 7 srie 8 srie ENSINO MDIO 1 ano 2 ano 3 ano EJA ANO 2008 META PARA 2009

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Principais causas da evaso no ano passado:

Medidas que sero adotadas para minimizar a evaso:

9. Considerando a idade apropriada do aluno, a taxa de defasagem idade/srie dos alunos da sua escola em 2008, por srie e segmento, : A. Ensino Fundamental Anos Iniciais: B. Ensino Fundamental Anos Finais: C. Ensino Mdio: 10. Quantos professores lecionam em sua escola em 2009? A. Ensino Fundamental Anos Iniciais: B. Ensino Fundamental Anos Finais: C. Ensino Mdio: D. EJA: 11. Qual foi o desempenho da sua escola no ENEM (Exame Nacional do Ensino Mdio) realizado em 2008? A. ( ) A escola no participou. B. ( ) Desconheo os dados do ENEM.MDIA GERAL COM CORREO Enem

Brasil Estado Municpio Escola

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12. Qual foi a mdia das proficincias da sua escola no PAEBES (Programa de Avaliao da Educao Bsica do ES)?DISCIPLINA Lngua Portuguesa Matemtica 4 PAEBES 2004 MDIA ESTADUAL 2004 PAEBES 2008 MDIA ESTADUAL 2008 8 1 EM 4 8 1 EM 1 EM 1 EM

13. Resultado do IDEB:IDEB IDEB 2005 da escola IDEB 2007 da escola Projeo do IDEB para 2009 Projeo do IDEB para 2011 4 8

14. Outras avaliaes: A. PROVA BRASIL (2007)SRIE 4 8 LNGUA PORTUGUESA MATEMTICA

B. PROVINHA BRASIL (2008)MDIA DA ESCOLA NO TESTE 1 MDIA DA ESCOLA NO TESTE 2

C. LER, ESCREVER E CONTAR (2008)AVALIAO DIAGNSTICA DE ALFABETIZAO BAIXO INTERMEDIRIO 1 ONDA 2 ONDA 1 ONDA 2 ONDA ALTO

1 SRIE 2 SRIE

15. Em sua escola, os dados das avaliaes anteriormente citadas so: (assinale quantas alternativas desejar): A. ( ) So bsicos para a formulao de intervenes pedaggicas junto aos alunos. B. ( ) No so considerados para a formulao de intervenes pedaggicas junto aos alunos. C. ( ) So divulgados e discutidos com os professores. D. ( ) No so divulgados e discutidos com os professores. E. ( ) So divulgados e discutidos com os pais e alunos. F. ( ) No so divulgados e discutidos com os pais e alunos. G.( ) Geram mudanas nas prticas dos professores em sala de aula. H.( ) No geram mudanas nas prticas dos professores em sala de aula.

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16. No geral, em qual componente curricular os alunos apresentam maior dificuldade de aprendizagem e baixo desempenho (Ensino Fundamental e Ensino Mdio)?Disciplina Lngua Portuguesa Lngua Estrangeira Educao Fsica Artes/Arte Matemtica Cincias Fsica Qumica Biologia Filosofia Sociologia Ensino Religioso Histria Geografia EF anos iniciais EF anos finais Ensino Mdio EJA

17. No geral, em qual componente curricular os alunos apresentam maior facilidade de aprendizagem e melhor desempenho (Ensino Fundamental e Ensino Mdio)?Disciplina Lngua Portuguesa Lngua Estrangeira Educao Fsica Artes/Arte Matemtica Cincias Fsica Qumica Biologia Filosofia Sociologia Ensino Religioso Histria Geografia EF anos iniciais EF anos finais Ensino Mdio EJA

Das questes avaliadas, qual(is) dela(s) o grupo considera o maior destaque (positividade) da escola? Descrever aes concretas que justifiquem a escolha do grupo.

Das questes avaliadas, qual(is) dela(s) o grupo considera a maior fragilidade da escola? Propor aes concretas que a escola possa implementar para a superao dessa fragilidade.

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INDICAO 4 Roteiro bsico de anlise da gesto pedaggicaEste roteiro trata da reflexo sobre a dinmica da ao educativa no que diz respeito a: professor como mediador da aprendizagem, relao professor-aluno, o educar pela pesquisa e a avaliao da aprendizagem. Data: 20/07 (Jornada de Planejamento Pedaggico) Local: na escola 3. Apresentar os indicadores de desempenho da escola discutidos na Anlise Situacional: - Evaso; - Repetncia; - Nota Enem; - Nota Paebes; - Ideb; - Prova Alfabetizao. Segundo momento: 1h30 Trabalho em grupo 1. Leitura do item 2.3: o sujeito da ao educativa. (30min) 2. A partir do momento inicial e da leitura realizada, discutir coletivamente proposies para o enriquecimento da prtica pedaggica, a partir dos itens sugeridos abaixo: O AMBIENTE EDUCATIVO As questes propostas esto centradas na ideia de que a escola o local onde se concretiza o processo ensino-aprendizagem, e para que esse processo se fundamente na formao humana necessrio que o ambiente escolar seja inclusivo e que as relaes sejam ticas e democrticas.

Equipe de Coordenao:Pedagogo (caso a escola tenha professor referncia, ele dever participar da coordenao deste estudo). Participantes: Direo, Pedagogo, Coordenador, Professores. Propsito: Levar a equipe a avaliar o trabalho de gesto da escola, a partir dos itens apresentados, propondo inovaes para a melhoria da aprendizagem dos alunos. Primeiro momento: 1h Pedagogo 1. Apresentar em tpicos os conceitos do currculo estudados no captulo inicial, item 2.2 concentuando o currculo. 2. Apresentar os princpios norteadores (item 2.1) alinhados ao conceito do currculo.

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ITEM O ambiente escolar favorece o desenvolvimento do trabalho dos profissionais da escola. So realizadas atividades e dinmicas de integrao entre os profissionais da escola. So promovidas atividades escolares que visem integrao entre os profissionais da escola e alunos. As relaes profissionais pautam-se pela tica e pelo respeito mtuo. O dilogo e a negociao so as estratgias mais utilizadas na resoluo de problemas e conflitos no ambiente escolar. A discriminao entre os profissionais da escola, velada ou no, combatida. E tambm a discriminao em relao aos alunos e suas famlias. No ambiente escolar os debates e as crticas so feitos de forma franca e aberta. Em sala de aula priorizam-se o dilogo e o respeito mtuo. Aplica-se e ou recomenda-se a utilizao de metodologias inovadoras. Essas so registradas. Estimulam-se aes pelo dever de casa. A equipe reconhece que est varivel e indicada como de forte influncia para a aprendizagem. O uso do livro didtico orientado. Existe com frequncia a utilizao dos ambientes de aprendizagem (salas ambiente, biblioteca, laboratrios, quadra, etc.) A organizao da sala de aula pensada, planejada e reflete a prioridade no direito de aprender. A correo das atividades, exerccios e pesquisas so tratadas como oportunidade para aprender mais e melhor. O Conselho de Classe utilizado para discusso dos avanos e das dificuldades verificados no processo ensino-aprendizagem, na busca de solues. So definidas aes para a promoo da melhoria do processo de ensinoaprendizagem a partir das questes levantadas pelo Conselho de Classe. Os alunos ou seus representantes participam de discusses relativas ao processo de ensino-aprendizagem, inclusive no Conselho de Classe. So definidas diretrizes pblicas especficas e funcionais de disciplina de alunos e professores. As normas e regras so reconhecidas e respeitadas pelos professores. Participao dos alunos nas produes que organizam e regulamentam as relaes de convivncia na escola. Aspectos relevantes nas dificuldades na disciplina em sala de aula (especial contribuio dos coordenadores). Organizao e comportamento dos alunos nos demais ambientes da escola (especial contribuio dos coordenadores). Os planos de aula so compartilhados regularmente com pedagogos e demais professores.

PROPOSIO

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Das questes consideradas, qual(ais) dela(s) o grupo considera o maior destaque (positividade) da escola? Descrever aes concretas que justifiquem a escolha do grupo.

Das questes consideradas, qual(ais) dela(s) o grupo considera a maior fragilidade da escola? Propor aes concretas que a escola possa implementar para a superao dessa fragilidade.

Obs. O pedagogo ser o responsvel pela sntese dos trabalhos em grupo, apresentando um plano de trabalho com as inovaes propostas.

INDICAO 5 Roteiro para estudo e anlise do CBCEste roteiro trata da avaliao do CBC, a partir de sua vivncia no ano letivo, at o momento, oportunizando aos professores propor alteraes em cada disciplina. As reunies devem ser feitas por rea de conhecimento, respeitando a hora-atividade no limite de 5h/ms. Data: Agosto, Setembro e Outubro Local: na escola Participantes: Pedagogo, Coordenador e Professores. Propsito: Avaliar o CBC e propor alteraes por disciplina sugerindo, se possvel, contedos a serem desenvolvidos por rea de conhecimento. O pedagogo organiza a reunio por rea de conhecimento. Orientar os professores para que faam um paralelo do CBC junto ao plano de ensino.

Equipe de Coordenao:Pedagogo (caso a escola tenha professor referncia, ele dever participar da coordenao deste estudo).

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Primeiro momento AVALIAO DO CBC Quanto ao CBC Contedo Bsico ComumITENS SUGERIDOS Quanto ao texto de rea do conhecimento. Quanto ao texto: Importncia da disciplina para formao humana". As competncias, habilidades e contedos possibilitam ao aluno desenvolver o exerccio da cidadania. As competncias, habilidades e contedos possibilitam ao aluno desenvolver a participao social. As competncias, habilidades e contedos possibilitam ao aluno desenvolver a autonomia para a aprendizagem. Mudanas que prope para a introduo de novos contedos por srie. Quais e argumente as razes das mudanas (ex. livro didtico, inadequao...) Mudanas para a transferncia de contedos para outra srie. Quais e argumente (ex. excesso de contedo, pr-requisito...) Houve o desenvolvimento de projetos por rea de conhecimento? Qual(is)? Faa um breve relato do(s) projeto(s). Os princpios norteadores so considerados na atividade educacional diria. Sugestes e alteraes no CBC: nas propostas de alterao, se possvel, propor pela rea. Ou seja, propor competncias, habilidades e contedos comuns rea do conhecimento. Quanto proposta de implementao do currculo. Registre vantagens do uso sistemtico do Novo Currculo. Outras sugestes. PROPOSIO

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INDICAO 6 Roteiro bsico para proposio do Projeto Poltico Pedaggico que se articule com o novo currculoEste roteiro pretende orientar a escola a articular o PPP com o currculo , pois nele so estabelecidas as diretrizes e as bases norteadoras das aes que levam formao dos cidados, tanto com relao aos conhecimentos, hbitos e atitudes que se entende devam integrar essa formao, quanto com relao ao papel da escola no seu entorno. O roteiro deve ser desenvolvido respeitando a hora/atividade no limite de 5h/ms. Alertamos para a utilizao dos demais instrumentos de avaliao contidos nos outros roteiros de estudo. Data: Novembro Local: na escola denador e pedagogo, a partir da vivncia do novo currculo. Primeiro momento: 30 min O Pedagogo vai apresentar ao grupo os principais pontos do Projeto Poltico Pedaggico da escola, no que diz respeito prtica pedaggica, avaliao, e aos projetos que revelem a identidade pedaggica da escola. Segundo momento: 2h30min Trabalho em grupos: O pedagogo faz a diviso dos grupos, conforme a apresentao anterior. Cada grupo ir propor uma redao para o seu item, por exemplo, avaliao. Dessa forma, importante que o sumrio do Projeto Poltico Pedaggico seja revisto anteriormente pelo pedagogo para j adequ-lo antes da produo. Terceiro momento: 1h Cada grupo apresenta a produo e deve-se reservar um tempo para a discusso, de acordo com o quantitativo de grupos. Aps a apresentao e discusso, o pedagogo ficar responsvel por compor

Equipe de Coordenao:Pedagogo (caso a escola tenha professor referncia, ele dever participar da coordenao deste estudo). Participantes: Direo, Pedagogo, Coordenador, Professores e demais funcionrios. Propsito: Reescrita do Projeto Poltico Pedaggico por professores, diretor, coor-

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o novo Projeto Poltico Pedaggico da escola e agendar uma outra reunio de apresentao do material para validao dos professores, coordenadores, diretor. Obs. Verificar se o Projeto Poltico Pedaggico atende s legislaes estadual e federal. Para a adequao do Projeto Poltico Pedaggico ao Novo Currculo estamos apresentando um referencial de autoavaliao. As reflexes acerca da prtica pedaggica procuram evidenciar que no basta que aITENS DO PPP

escola tenha profissionais com conhecimento em sua rea de atuao. preciso que esses conhecimentos estejam inseridos criticamente na realidade socioeconmica e poltica de nossa sociedade. Devem estar articulados a uma prtica comprometida com o direito de aprender de todos e de cada um. Registramos que todos os demais itens contidos nos vrios roteiros so complementares para o desenvolvimento deste trabalho de articulao do Projeto Poltico Pedaggico ao Currculo.PROPOSIO

O Projeto Poltico Pedaggico foi construdo coletivamente (professores, direo, equipe pedaggica, funcionrios, pais e alunos). A concepo de educao que fundamenta o PPP objetiva a aquisio crtica do conhecimento sistematizado pelo educando. O PPP discutido e atualizado. Os profissionais e os alunos da escola conhecem e valorizam a histria da instituio. A escola procura registrar os eventos mais relevantes de sua histria atual. As questes relativas prtica pedaggica da escola so discutidas coletivamente. As decises coletivas orientam o planejamento das atividades desenvolvidas pela escola. O planejamento das atividades de sala de aula fundamentado no PPP. O planejamento das atividades de sala de aula elaborado de forma integrada (por REA preferencialmente, nas diferentes sries). O planejamento de contedos das disciplinas considera o tempo necessrio ao educando para a aprendizagem. A elaborao e o desenvolvimento do planejamento de ensino so acompanhados pela equipe pedaggica.

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ITENS DO PPP Os professores organizam sua prtica pedaggica de modo a proporcionar o tempo necessrio aprendizagem do educando. Os professores procuram utilizar estratgias e recursos variados em sua prtica pedaggica. O processo pedaggico considera e valoriza o conhecimento trazido pelo aluno. Os contedos so trabalhados de forma contextualizada. A escola trabalha questes sociais (violncia, drogas, sexualidade e outras) em seu planejamento de ensino. A indisciplina dos alunos tratada a partir da identificao de suas causas. As estratgias para enfrentamento dos problemas disciplinares so definidas coletivamente. Na busca de solues dos problemas disciplinares, quando necessrio, trabalha-se em conjunto com os pais e/ou com familiares. A disciplina considerada uma questo pedaggica e, portanto, somente como ltimo recurso recorre-se a elementos externos escola (Conselhos Tutelares, policiais, etc.). O Conselho de Classe utilizado para discusso dos avanos e das dificuldades verificados no processo ensino-aprendizagem, na busca de solues. So definidas aes para a promoo da melhoria do processo de ensinoaprendizagem a partir das questes levantadas pelo Conselho de Classe Os alunos ou seus representantes participam de discusses relativas ao processo de ensino-aprendizagem, inclusive no Conselho de Classe. So desenvolvidas atividades diferenciadas de reforo de aprendizagem para alunos com dificuldades. A aplicao dos recursos fsicos e financeiros priorizam as questes pedaggicas. Os alunos tm oportunidade de propor e realizar atividades na escola. Existem mecanismos para o efetivo envolvimento dos pais nas questes pedaggicas da escola, especialmente nas que dizem respeito ao processo de ensino-aprendizagem dos seus filhos. As programaes especiais desenvolvidas pela escola so comunicadas aos profissionais, alunos, pais e comunidade de forma clara e em tempo hbil. Existem projetos articulados com rgos pblicos e outras instituies da sociedade civil para o desenvolvimento pedaggico e/ou atendimento s necessidades da comunidade escolar.

PROPOSIO

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ITENS DO PPP As matrizes curriculares esto contempladas de forma a organizar o conhecimento necessrio a cada grau e modalidade de ensino. A equipe pedaggica e os professores discutem a forma de organizao curricular da instituio. A avaliao do desenvolvimento escolar prioriza o processo de ensinoaprendizagem e no a nota. A hora-atividade garante o tempo necessrio ao professor para o trabalho individual e tambm para o trabalho coletivo. A hora-atividade organizada de forma a possibilitar encontros dos professores que atuam na mesma rea. A equipe pedaggica acompanha e contribui com os professores durante a hora-atividade. A hora-atividade utilizada exclusivamente para o desenvolvimento das atividades relacionadas funo docente. A escola desenvolve um trabalho de acompanhamento junto aos seus profissionais no atendimento de alunos com necessidades educativas especiais. So realizadas avaliaes diagnsticas no incio do ano letivo para o conhecimento do nvel de aprendizagem dos alunos. So elaborados planejamentos de ensino a partir da realidade evidenciada na avaliao diagnstica. Feiras e exposies dos trabalhos de professores e alunos so realizadas com a participao da comunidade. Existem projetos culturais (teatro, msica, dana, etc.) desenvolvidos pela escola. A escola no permite o adiantamento de aulas e/ ou sadas antecipadas de alunos.

PROPOSIO

Das questes consideradas, qual(is) dela(s) o grupo considera o maior destaque (positividade) da escola? Descrever aes concretas que justifiquem a escolha do grupo.

Das questes consideradas, qual(ais) dela(s) o grupo considera a maior fragilidade da escola? Propor aes concretas que a escola possa implementar para a superao dessa fragilidade.

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As Superintendncias Regionais de Educao

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As superintendncias so importantssimas nessa etapa da implantao do currculo. Elas devero acompanhar e monitorar todas as atividades de estudos das escolas, bem como participar dos trabalhos. Sempre oportuno relembrar que essa proposta de organizao curricular vai possibilitar que sejam garantidas as mesmas oportunidades a todos os alunos da rede estadual, independente das escolas que frequentem e, alm disso, todos tero acesso aos mesmos conhecimentos atualizados e significativos, valorizados pela sociedade. A partir do CBC possvel definir metas que todos os alunos tem direito a alcanar nas disciplinas estaduais. Da mesma forma possvel e necessrio avaliar o progresso de todos os alunos e as escolas em direo s metas definidas, de modo que possam melhorar o prprio desempenho. Para a Superintendncia Regional de Educao necessrio registrar a responsabilidade no mbito de sua jurisdio, especialmente no que se refere ao papel que devero desenvolver junto s escolas jurisdicionadas. Entenda a situao da educao nas escolas que compem a regional. Conhea

todos os indicadores e destaque aquelas escolas que, pelos dados, mais precisam de ajuda. Cumpra a legislao da educao. Conhea aquelas de mbitos nacional e estadual. Acompanhe o desenvolvimento dos projetos que dinamizam o currculo. Faa um quadro demonstrando quais projetos esto presentes em quais escolas. Como esto sendo desenvolvidos. Verifique o quadro de profissionais da rea pedaggica, especialmente pedagogos e coordenadores, de cada escola e, se necessrio, monte um plano emergencial para atender aquelas com deficincia. Organize uma reunio anterior s agendas aqui planejadas, envolvendo o Corpo Tcnico Administrativo (diretor, pedagogos e coordenadores), e orientando e auxiliando em cada etapa do planejamento. Monte um cronograma envolvendo a equipe tcnica da SRE para acompanhar as etapas de implementao do currculo. Supervisione o trabalho em cada escola. Assegure registros por escola contando o desdobramento das etapas. Envie relatrios compatibilizados a Sedu/ Central de cada roteiro. As orientaes para compatibilizao sero definidas em reunio prpria.

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Outra ao de responsabilidade das SRE a coordenao da elaborao dos aspectos regionais do currculo. Est ligado aos 30% de CBC que se dar em nvel regional e local. Para esse trabalho a Sedu/Central est agendando reunio para o ms de maro, na qual vamos apresentar um plano de ao

prprio para as devidas adequaes que a equipe regional sugerir. A coordenao geral desse trabalho do supervisor pedaggico, com o apoio local dos tcnicos do currculo e das equipes de EF e EM.

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A Sedu/Central

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Na implantao do currculo, a Unidade Central tem a responsabilidade de planejar e organizar o trabalho a ser desenvolvido pelas Unidades Escolares, coordenadas pelas Superintendncias Regionais de Educao. So atribuies da Unidade Central em 2009: 1. Acompanhar a implementao do Novo Currculo por meio dos relatrios das Superintendncias Regionais de Educao e reunies peridicas centralizadas e descentralizadas. 2. Coordenar a pesquisa de avaliao do Novo Currculo a partir da contratao de uma instituio de pesquisa. Questes de investigao: Os contedos esto adequados s sries? Os temas transversais foram trabalhados? O documento curricular facilitou a ao docente? O documento de fcil compreenso e utilizao?

3. Planejar e efetivar, a partir dos resultados da pesquisa e dos relatrios encaminhados pelas SRE dos roteiros da Indicao 5, as mudanas do currculo bsico da rede estadual. 4. Organizar o Ciclo de Seminrios Descentralizados sobre o Currculo da Educao Bsica. 5. Organizar o Ciclo de Aprofundamento de Estudos Descentralizados Currculo em Ao, junto a Gefor. Temas de referncia para os estudos: As reas do conhecimento. Competncias e habilidades. O ensino pela pesquisa. Ambientes e recursos de aprendizagem. 6. Coordenar a elaborao dos Cadernos Metodolgicos junto aos Professores Referncia. 7. Acompanhar a elaborao do CBC regional junto s Superintendncias Regionais de Educao.

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Apndices

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Leituras ComplementaresEnsinar, aprender: leitura do mundo, leitura da palavra1Paulo Freire Nenhum tema, mais adequado para constituirse em objeto desta primeira carta a quem ousa ensinar do que a significao crtica desse ato, assim como a significao igualmente crtica de aprender. que no existe ensinar sem aprender e com isso eu quero dizer mais do que diria se dissesse que o ato de ensinar exige a existncia de quem ensina e de quem aprende. Quero dizer que ensinar e aprender se vo dando de tal maneira que quem ensina aprende, de um lado, porque reconhece um conhecimento antes aprendido e, de outro, porque, observada a maneira como a curiosidade do aluno aprendiz trabalha para apreender o ensinando-se, sem o que no o aprende, o ensinante se ajuda a descobrir incertezas, acertos, equvocos. O aprendizado do ensinante ao ensinar no se d necessariamente atravs da retificao

que o aprendiz lhe faa de erros cometidos. O aprendizado do ensinante ao ensinar se verifica medida em que o ensinante, humilde, aberto, se ache permanentemente disponvel a repensar o pensado, rever-se em suas posies; em que procura envolver-se com a curiosidade dos alunos e dos diferentes caminhos e veredas, que ela os faz percorrer. Alguns desses caminhos e algumas dessas veredas, que a curiosidade s vezes quase virgem dos alunos percorre, esto grvidas de sugestes, de perguntas que no foram percebidas antes pelo ensinante. Mas agora, ao ensinar, no como um burocrata da mente, mas reconstruindo os caminhos de sua curiosidade razo por que seu corpo consciente, sensvel, emocionado, se abre s adivinhaes dos alunos, sua ingenuidade e sua criatividade o ensinante que assim atua tem, no seu ensinar, um momento rico de seu aprender. O ensinante aprende primeiro a ensinar, mas aprende a ensinar ao ensinar algo que reaprendido por estar sendo ensinado. O fato, porm, de que ensinar ensina o ensinante a ensinar um certo contedo no deve significar, de modo algum, que o ensinante se aventure a ensinar sem competncia para faz-lo. No o autoriza a ensinar o que no sabe. A responsabilidade tica, poltica e profissional do ensinante lhe coloca o dever

1 Esta carta foi retirada do livro Professora sim, tia no. Cartas a quem ousa ensinar (Editora Olho Dgua, 10 ed., p. 27-38) no qual Paulo Freire dialoga sobre questes da construo de uma escola democrtica e popular. Escreve especialmente aos professores, convocando-os ao engajamento nessa mesma luta. Este livro foi escrito durante dois meses do ano de 1993, pouco tempo depois de sua experincia na conduo da Secretaria de Educao de So Paulo.

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de se preparar, de se capacitar, de se formar antes mesmo de iniciar sua atividade docente. Esta atividade exige que sua preparao, sua capacitao, sua formao se tornem processos permanentes. Sua experincia docente, se bem percebida e bem vivida, vai deixando claro que ela requer uma formao permanente do ensinante. Formao que se funda na anlise crtica de sua prtica. Partamos da experincia de aprender, de conhecer, por parte de quem se prepara para a tarefa docente, que envolve necessariamente estudar. Obviamente, minha inteno no escrever prescries que devam ser rigorosamente seguidas, o que significaria uma chocante contradio com tudo o que falei at agora. Pelo contrrio, o que me interessa aqui, de acordo com o esprito mesmo deste livro, desafiar seus leitores e leitoras em torno de certos pontos ou aspectos, insistindo em que h sempre algo diferente a fazer na nossa cotidianidade educativa, quer dela participemos como aprendizes, e portanto ensinantes, ou como ensinantes e, por isso, aprendizes tambm. No gostaria, assim, sequer, de dar a impresso de estar deixando absolutamente clara a questo do estudar, do ler, do observar, do reconhecer as relaes entre os objetos para conhec-los. Estarei tentando clarear alguns

dos pontos que merecem nossa ateno na compreenso crtica desses processos. Comecemos por estudar, que, envolvendo o ensinar do ensinante, envolve tambm de um lado a aprendizagem anterior e concomitante de quem ensina e a aprendizagem do aprendiz que se prepara para ensinar amanh ou refaz seu saber para melhor ensinar hoje ou, de outro lado, aprendizagem de quem, criana ainda, se acha nos comeos de sua escolarizao. Enquanto preparao do sujeito para aprender, estudar , em primeiro lugar, um quefazer crtico, criador, recriador, no importa que eu nele me engaje atravs da leitura de um texto que trata ou discute um certo contedo que me foi proposto pela escola ou se o realizo partindo de uma reflexo crtica sobre um certo acontecimento social ou natural e que, como necessidade da prpria reflexo, me conduz leitura de textos que minha curiosidade e minha experincia intelectual me sugerem ou que me so sugeridos por outros. Assim, em nvel de uma posio crtica, a que no dicotomiza o saber do senso comum do outro saber, mais sistemtico, de maior exatido, mas busca uma sntese dos contrrios, o ato de estudar implica sempre

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o de ler, mesmo que nesse no se esgote. De ler o mundo, de ler a palavra e assim ler a leitura do mundo anteriormente feita. Mas ler no puro entretenimento nem tampouco um exerccio de memorizao mecnica de certos trechos do texto. Se, na verdade, estou estudando e estou lendo seriamente, no posso ultrapassar uma pgina se no consegui com relativa clareza, ganhar sua significao. Minha sada no est em memorizar pores de perodos lendo mecanicamente duas, trs, quatro vezes pedaos do texto, fechando os olhos e tentando repeti-las como se sua fixao puramente maquinal me desse o conhecimento de que preciso. Ler uma operao inteligente, difcil, exigente, mas gratificante. Ningum l ou estuda autenticamente se no assume, diante do texto ou do objeto da curiosidade a forma crtica de ser ou de estar sendo sujeito da curiosidade, sujeito da leitura, sujeito do processo de conhecer em que se acha. Ler procurar buscar criar a compreenso do lido; da, entre outros pontos fundamentais, a importncia do ensino correto da leitura e da escrita. que ensinar a ler engajar-se numa experincia criativa em torno da compreenso. Da compreenso e da comunicao.

E a experincia da compreenso ser to mais profunda quanto sejamos nela capazes de associar, jamais dicotomizar, os conceitos emergentes da experincia escolar aos que resultam do mundo da cotidianidade. Um exerccio crtico sempre exigido pela leitura e necessariamente pela escuta o de como nos darmos facilmente passagem da experincia sensorial que caracteriza a cotidianidade generalizao que se opera na linguagem escolar, e dessa ao concreto tangvel. Uma das formas de realizarmos esse exerccio consiste na prtica que me venho referindo como leitura da leitura anterior do mundo, entendendo-se aqui como leitura do mundo a leitura que precede a leitura da palavra e que perseguindo igualmente a compreenso do objeto se faz no domnio da cotidianidade. A leitura da palavra, fazendo-se tambm em busca da compreenso do texto e, portanto, dos objetos nele referidos, nos remete agora leitura anterior do mundo. O que me parece fundamental deixar claro que a leitura do mundo que feita a partir da experincia sensorial no basta. Mas, por outro lado, no pode ser desprezada como inferior pela leitura feita a partir do mundo abstrato dos conceitos que vai da generalizao ao tangvel. Certa vez, uma alfabetizanda nordestina discutia, em seu crculo de cultura, uma

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codificao que representava um homem que, trabalhando o barro, criava com as mos, um jarro. Discutia-se, atravs da leitura de uma srie de codificaes que, no fundo, so representaes da realidade concreta, o que cultura. O conceito de cultura j havia sido apreendido pelo grupo atravs do esforo da compreenso que caracteriza a leitura do mundo e/ou da palavra. Na sua experincia anterior, cuja memria ela guardava no seu corpo, sua compreenso do processo em que o homem, trabalhando o barro, criava o jarro, compreenso gestada sensorialmente, lhe dizia que fazer o jarro era uma forma de trabalho com que, concretamente, se sustentava. Assim como o jarro era apenas o objeto, produto do trabalho que, vendido, viabilizava sua vida e a de sua famlia. Agora, ultrapassando a experincia sensorial, indo mais alm dela, dava um passo fundamental: alcanava a capacidade de generalizar que caracteriza a experincia escolar. Criar o jarro como o trabalho transformador sobre o barro no era apenas a forma de sobreviver, mas tambm de fazer cultura, de fazer arte. Foi por isso que, relendo sua leitura anterior do mundo e dos que-fazeres no mundo, aquela alfabetizanda nordestina disse segura e orgulhosa: Fao cultura. Fao isto.

Gaiolas e asas2Rubem Alves Os pensamentos me chegam de forma inesperada, sob a forma de aforismos. Fico feliz porque sei que Lichtenberg, William Blake e Nietzsche frequentemente eram tambm atacados por eles. Digo atacados porque eles surgem repentinamente, sem preparo, com a fora de um raio. Aforismos so vises: fazem ver, sem explicar. Pois ontem, de repente, esse aforismo me atacou: H escolas que so gaiolas. H escolas que so asas. Escolas que so gaiolas existem para que os pssaros desaprendam a arte do voo. Pssaros engaiolados so pssaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode lev-las para onde quiser. Pssaros engaiolados sempre tm um dono. Deixaram de ser pssaros. Porque a essncia dos pssaros o voo. Escolas que so asas no amam pssaros engaiolados. O que elas amam so os pssaros em voo. Existem para dar aos pssaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas no podem fazer, porque o voo j nasce dentro dos pssaros. O voo no pode ser ensinado. S pode ser encorajado. Esse simples aforismo nasceu de um sofrimento: sofri conversando com professoras2 Gaiolas e asas Rubem Alves. Folha de So Paulo. Tendncias e Debates. (05/12/2001)

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de segundo grau, em escolas de periferia. O que elas contam so relatos de horror e medo. Balbrdia, gritaria, desrespeito, ofensas, ameaas... E elas, timidamente, pedindo silncio, tentando fazer as coisas que a burocracia determina que sejam feitas, como dar o programa, fazer avaliaes... Ouvindo os seus relatos, vi uma jaula cheia de tigres famintos, dentes arreganhados, garras mostra - e a domadoras com seus chicotes, fazendo ameaas fracas demais para a fora dos tigres. Sentir alegria ao sair de casa para ir escola? Ter prazer em ensinar? Amar os alunos? O sonho livrar-se de tudo aquilo. Mas no podem. A porta de ferro que fecha os tigres a mesma porta que as fecha com os tigres. Nos tempos de minha infncia, eu tinha um prazer cruel: pegar passarinhos. Fazia minhas prprias arapucas, punha fub dentro e ficava escondido, esperando... O pobre passarinho vinha, atrado pelo fub. Ia comendo, entrava na arapuca e pisava no poleiro. E era uma vez um passarinho voante. Cuidadosamente eu enfiava a mo na arapuca, pegava o passarinho e o colocava dentro de uma gaiola. O pssaro se lanava furiosamente contra os arames, batia as asas, crispava as garras e enfiava o bico entre os vos. Na intil tentativa de ganhar de novo o espao, ficava

ensanguentado... Sempre me lembro com tristeza da minha crueldade infantil. Violento, o pssaro que luta contra os arames da gaiola? Ou violenta ser a imvel gaiola que o prende? Violentos, os adolescentes de periferia? Ou sero as escolas que so violentas? As escolas sero gaiolas? Vo me falar sobre a necessidade das escolas dizendo que os adolescentes de periferia precisam ser educados para melhorarem de vida. De acordo. preciso que os adolescentes, que todos, tenham uma boa educao. Uma boa educao abre os caminhos de uma vida melhor. Mas eu pergunto: nossas escolas esto dando uma boa educao? O que uma boa educao? O que os burocratas pressupe sem pensar que os alunos ganham uma boa educao se aprendem os contedos dos programas oficiais. E, para testar a qualidade da educao, criam mecanismos, provas e avaliaes, acrescidos dos novos exames elaborados pelo Ministrio da Educao. Mas ser mesmo? Ser que a aprendizagem dos programas oficiais se identifica com o ideal de uma boa educao? Voc sabe o que dgrafo? E os usos da partcula se? E o nome das enzimas que entram na digesto? E o sujeito da frase Ouviram do Ipiranga

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as margens plcidas de um povo herico o brado retumbante? Qual a utilidade da palavra mesclise? Pobres professoras, tambm engaioladas... So obrigadas a ensinar o que os programas mandam, sabendo que intil. Isso hbito velho das escolas. Bruno Bettelheim relata sua experincia com as escolas: Fui forado (!) a estudar o que os professores haviam decidido que eu deveria aprender. E aprender sua maneira. O sujeito da educao o corpo, porque nele que est a vida. o corpo que quer aprender para poder viver. ele que d as ordens. A inteligncia um instrumento do corpo cuja funo ajud-lo a viver. Nietzsche dizia que ela, a inteligncia, era ferramenta e brinquedo do corpo. Nisso se resume o programa educacional do corpo: aprender ferramentas, aprender brinquedos. Ferramentas so conhecimentos que nos permitem resolver os problemas vitais do dia a dia. Brinquedos so todas aquelas coisas que, no tendo nenhuma utilidade como ferramentas, do prazer e alegria alma. Nessas duas palavras, ferramentas e brinquedos, est o resumo da educao. Ferramentas e brinquedos no so gaiolas. So asas. Ferramentas me permitem voar pelos caminhos do mundo.

Brinquedos me permitem voar pelos caminhos da alma. Quem est aprendendo ferramentas e brinquedos est aprendendo liberdade, no fica violento. Fica alegre, vendo as asas crescer... Assim, todo professor, ao ensinar, teria de se perguntar: Isso que vou ensinar, ferramenta? brinquedo? Se no for, melhor deixar de lado. As estatsticas oficiais anunciam o aumento das escolas e o aumento dos alunos matriculados. Esses dados no me dizem nada. No me dizem se so gaiolas ou asas. Mas eu sei que h professores que amam o voo dos seus alunos. H esperana...

A educao no sculo XXINo sculo XXI, a educao considerada um indispensvel patrimnio da humanidade na construo de seus ideais, de suas relaes e de sua prpria sobrevivncia. Nesse sentido, h uma exigncia de debate conjunto da educao, que ultrapassa os limites de seu prprio campo. Estamos dizendo que discutir educao e suas finalidades no tarefa apenas dos educadores; que a sociedade deve incorporar essa exigncia e compreender na educao suas possibilidades de

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avanar e acompanhar um mundo de rpidas transformaes. A Unesco, por meio do Comisso Internacional sobre a Educao para o Sculo XXI presidida por Jacques Delors, estabelece quatro pilares que sustentam, de modo interdependente e integrado, o seu conceito de educao de qualidade: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver junto e aprender a ser. Podemos compreender esses pilares como grandes desafios da educao e da sociedade, ao longo da histria de homens e mulheres. O primeiro deles, aprender a conhecer, nos remete dimenso humana do compreender, de conhecer e de descobrir. Sem dvida, uma das principais contribuies da educao para o indivduo favorecer o acesso informao. De igual modo importante oferecer a ele a oportunidade de construir as competncias necessrias para garantia desse acesso. Em outras palavras, no basta disponibilizar a informao, fundamental instrumentalizar as pessoas para utiliz-las. E ainda, utiliz-las a servio de sua gerao e da humanidade. Como sabemos, o conhecimento infinito e o homem, como espcie, no cessa em produzi-lo e reproduzi-lo. Desse modo, aprender a conhecer nos remete para o trabalho de descoberta dos mecanismos de constru-

o e apreenso dos conhecimentos. Vale considerar que essa uma das prementes tarefas da escola. Esse pressuposto nos orienta a pensar que educar pela pesquisa uma importante estratgia conceitual e metodolgica no sentido de viabilizar, dentro da escola e da sala de aula, os caminhos para o desenvolvimento desse pilar. A investigao se configura a estratgia de orientar a descoberta, de estimular a construo de conhecimentos. O segundo pilar indicado pela Comisso relativo capacidade humana de viver junto, de com-viver. Esse pilar ressalta as demandas do mundo contemporneo e a importncia das relaes diante dele. Na realidade, enfoca a necessidade planetria da compreenso mtua, de respeito e convivncia pacfica com as diferenas e com o outro. Conforme o relatrio, trata-se de aprender a viver conjuntamente, desenvolvendo o conhecimento dos outros, de sua histria, de suas tradies e de sua espiritualidade. Essa dimenso diz respeito qualidade de vida dos humanos nas suas correlaes com seus pares. A escola, por trabalhar com pessoas diferentes em espaos comuns, pode promover o dilogo permanente sobre as relaes estabelecidas na vida social.

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O sentido do terceiro pilar, aprender a fazer, afirmar que a educao no pode aceitar a imposio de opo entre a teoria e a tcnica, o saber e o fazer. As velhas dicotomias do passado devem ceder espao a uma prxis pedaggica que admita que quem pensa, tambm executa; que quem executa tambm pensa; que o corpo e a alma so indissociveis; que a ideia e a matria so complementares no entendimento da totalidade. A vida neste novo sculo solicita uma educao que permita aos educandos associar a tcnica com a aplicao de conhecimentos tericos, relacionar o que se estuda com o que se faz, com as demandas do cotidiano, com a utilizao de conhecimentos no contexto de vida dentro e fora da escola.

O aprender a ser est entre os elementos preconizados no relatrio. Refere-se demanda contempornea de uma postura tica, pautada no princpio de que as atitudes e responsabilidades pessoais interferem no destino coletivo. Esse pilar sinaliza que os humanos no nascem prontos para a vida em sociedade. Sugere que os processos educativos, tanto das escolas quanto das famlias, qualifiquem as pessoas para a vida em conjunto. Isso se torna, pois, uma responsabilidade de gerao com relao sua prxima. Em suma, vale afirmar que a educao no sculo XXI est estreitamente vinculada ao desenvolvimento da capacidade intelectual dos estudantes e a princpios ticos, de compreenso e solidariedade humana.

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Documento integrante do Todos pela Educao3O educador o principal trabalhador brasileiro, pois ele quem est com o aluno diariamente e tem nas mos as ferramentas para ensin-lo. Veja como voc, educador, pode fazer a sua parte. cias. Informe-se, reflita, discuta. Quando voc entende o problema, tem mais chances de fazer sua parte para resolv-lo e voc, como educador, o principal agente da melhoria da educao. Busque sempre aprimorar seus conhecimentos Procure sempre dar sequncia sua formao acadmica, por meio de cursos de graduao ou ps-graduao e programas de capacitao. H sempre algo novo e interessante para ser aprendido, e que poder te ajudar a influir positivamente na educao das pessoas ao seu redor. Proponha que sua escola seja um espao de aprendizado. Para ser educador, preciso estudar sempre e ter em vista onde voc quer chegar com seus alunos. Encare a diversidade de maneira positiva Tire proveito da heterogeneidade de saberes, conhecimentos e experincias dos alunos e da comunidade escolar. Promova a interao entre eles.

RecomendaesEntenda a situao da educao O primeiro passo para melhorar a educao entender sua situao atual. Procure se informar sobre a qualidade do ensino no pas, no seu Estado, na sua cidade, nas escolas prximas. Na seo Nmeros da Educao voc encontra essas informaes. Secretarias de Educao municipais e estaduais tambm tm esses dados, e direito de todos conhec-los. Alm disso, todos podem procurar saber quais so as aes e medidas tomadas pela Secretaria de Educao para melhorar o desempenho das escolas que no tiveram bons resultados, tanto no Ideb como em avaliaes educacionais, como a Prova Brasil e o Saeb. Procure entender quais so os problemas da educao brasileira, suas causas e consequn3 www.todospelaeducacao.org.br/ Faa sua parte

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Escola boa aquela em que o aluno aprende A melhor forma de avaliar a qualidade do ensino por meio da aprendizagem dos alunos. E, se a escola existe para ensinar, a avaliao capaz de dizer se a escola boa ou ruim aquela que nos mostra se os alunos esto ou no aprendendo. Valorize e utilize avaliaes sobre a qualidade do ensino como um instrumento para melhorar a escola, e promover a transparncia e a participao de todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. Diretor: Assuma a liderana Assuma a liderana de forma democrtica e cooperativa com todos os segmentos da equipe. A presena constante do diretor da escola fundamental. Ele deve ter competncia para ocupar um papel central na gesto do cotidiano escolar e na articulao da escola com a comunidade escolar. Como lida com questes internas e externas da escola, necessrio ter sempre em mente o que e o que no prioritrio, para organizar seu tempo de forma eficiente. Diretor: Seja responsvel pela qualidade de ensino A melhor gesto administrativa de nada vale se os alunos no estiverem aprendendo. O diretor

no deve ser visto apenas como o administrador do prdio da escola, mas como o grande administrador da aprendizagem dos alunos. O diretor o responsvel maior para a escola ter e cumprir o regimento escolar e a proposta pedaggica que dar origem aos planos de curso e de aula. Alm de ser pea-chave na identificao das necessidades locais, o diretor deve garantir um sistema eficaz de reforo escolar para os alunos com dificuldades em algum contedo especfico, e deve fazer funcionar um sistema de superviso de professores com foco no desempenho dos alunos. Diretor: Articule-se com a Secretaria de Educao Como a escola no trabalha de forma isolada, o diretor deve conduzir as aes da escola de forma articulada com as polticas emanadas pela Secretaria de Educao que deve receber, mensalmente, os dados da escola. As metas da escola tambm devem ser estabelecidas, anualmente, de forma integrada s metas da rede de ensino. As escolas devem ter algum grau de autonomia, mas so parte de um organismo muito maior, que a rede de ensino, gerida pela Secretaria de Educao.

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Diretor: Assegure o cumprimento do ano letivo Assegure o cumprimento integral do ano letivo. As escolas precisam garantir um mnimo de 200 dias letivos, com um mnimo de quatro horas de aula por dia, descontados os intervalos escolares. Isso lei. Assegurar a pontualidade e frequncia dos professores e funcionrios da escola tambm necessrio. Diretor: Assegure as condies de trabalho Assegure as condies e os meios para que os professores implementem a proposta poltico-pedaggica da escola. Diretor: Abra a biblioteca e a sala de computao No tranque livros e computadores, pois eles so material de uso dirio. Os alunos precisam t-los em mos para poder tirar o melhor proveito possvel do que esses materiais podem trazer para seu aprendizado. Cuide e melhore o acervo da biblioteca, disponibilizando, alm dos livros didticos, obras de literatura infanto-juvenil, livros de fico e no-fico, dicionrios e enciclop-

dias. Voc pode, ainda, abrir a biblioteca fora do horrio das aulas e para a comunidade. Quanto aos computadores, sua escola pode incentivar os alunos a usarem a internet para fazer pesquisas sobre temas atuais e, a partir delas, elaborar resumos. Os alunos podem tambm ser envolvidos na elaborao e manuteno da pgina da escola na internet, ou ser incentivados a construrem seus blogs dirios na internet. Professor: Planeje suas aulas Elabore planos de curso e planos de aula de acordo com a proposta pedaggica elaborada pela escola e com o programa de ensino da Secretaria de Educao. Participe da elaborao dessas propostas e assegure seu cumprimento, sem perder de vista que, para ter sucesso na sala de aula, os objetivos, os contedos e os mtodos de ensino devem ser adequados e ajustados s suas necessidades e s caractersticas dos alunos. Aulas de qualidade se refletem na aprendizagem dos alunos. Professor: Procure no faltar Lembre-se de que o aluno precisa de voc. Se alguma necessidade urgente lhe impedir de estar em sala de aula, necessrio que voc seja substitudo por pessoa de igual competncia e que conhea o andamento dos planos de aula.

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Professor: Ensine a estudar Ensine os procedimentos de estudo, como selecionar informaes, tomar notas, fazer resumos e snteses, etc. Professor: Incentive o hbito da leitura D ateno especial leitura, compreenso de textos e escrita. Essas habilidades so bsicas e essenciais para toda a vida do aluno. O hbito da leitura abre aos alunos uma perspectiva prazerosa de aprendizagem. Estimule esse hbito oferecendo aos alunos contato com diferentes tipos de textos, tais como matrias de jornais, embalagens, receitas, cartas, anncios, textos expositivos e literrios, instrues de jogos, regras da escola, etc. Conhea de antemo os textos que voc apresentar classe, gere expectativas nos alunos sobre os textos, faa comentrios, perguntas e promova a reflexo, interpretao e o dilogo entre os estudantes. Professor: Reforce a autoestima dos alunos preciso que educadores difundam ao mximo os gestos, as atitudes, as palavras

que reforam a autoestima das crianas e favoream o seu sucesso na sala de aula e na vida. Esse tipo de atitude pode ser decisivo na vida de uma criana ou um jovem. Valorize o esforo e os trabalhos elaborados pelos alunos. Comente-os e exponha-os em murais e varais fora e dentro da sala de aula. Prontifique-se a ajudar sempre que chamado. Professor: No desista de ensinar a nenhum aluno Todos precisam, tm direito e capacidade de aprender. Nem todos os alunos aprendem do mesmo jeito e no mesmo ritmo, embora todos sejam capazes de aprender. O desempenho escolar de um aluno responsabilidade do professor, que deve ser compartilhada pela famlia e pela escola. Diretor: Mantenha uma boa relao com as famlias Divulgue a proposta pedaggica de cada srie para os pais dos alunos poderem acompanhar o seu cumprimento ao longo do ano letivo. Divulgue tambm o regimento da escola para pais e alunos. Distribua os boletins com resultados dos alunos nas pocas previstas pelo Regimento Interno

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das Escolas, e informe-os sobre como est o desempenho de seus filhos na escola. D, ainda, dicas sobre como eles podem ajudar suas crianas a estudar e acompanhar as aulas. Promova a gesto democrtica A gesto democrtica implica que os educadores, familiares e a comunidade, mais do que destinatrios, devem ser considerados interlocutores e parceiros da escola no cumprimento de sua misso: fazer com que todas as crianas da escola efetivamente aprendam. Reconhea a escola como um espao de construo do conhecimento e de integrao com a comunidade, abrindo seus espaos para outras atividades e pblicos desde que isso no comprometa os direitos dos seus alunos. Mantenha esse esprito ao se relacionar com os pais e alunos. Quanto mais a escola estiver inserida em seu contexto social e mantiver uma boa relao de parcerias, maior ser a colaborao de todos. Abra a escola para a famlia dos alunos e conhea a histria e as caractersticas de cada um. Mantenha um relacionamento transparente e receptivo com os pais e

familiares. Eles so parceiros fundamentais da escola. Fiscalize o Bolsa-Famlia Verifique se os alunos beneficirios do BolsaFamlia matriculados em sua escola esto frequentando as aulas. Demande que os governos municipal e estadual mantenham atualizadas as situaes cadastrais (qual escola frequenta, se concluiu os ciclos de estudos etc) de cada criana em idade escolar. Alm disso, verifique e cobre que os beneficirios do programa levem suas crianas aos postos de sade para realizar exames, vacinaes e outras aes estipuladas pelo Ministrio da Sade, que impactam diretamente na sade da criana e em seu desempenho escolar. Fiscalize a merenda escolar Acompanhe, verifique e cobre que os recursos pblicos destinados merenda escolar sejam garantidos e bem geridos. Para tanto, voc pode verificar em sua escola se os alimentos comprados pela prefeitura tm qualidade, quantidade e diversidade apropriadas. Acompanhe tambm se a escola os armazena de forma correta e os distribui enquanto esto frescos, antes da data de expirao e em quantidades apropriadas.

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Material de apoioCronograma fsico de estudos dos roteirosNovembro X Setembro X Fevereiro Outubro XAUTOR Gelb, Michel Costa, Flavia Moreira Da

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Indicao 4 Indicao 5 Indicao 6

Ttulos relacionados que compem o acervo da Biblioteca do Professor, disponvel em todas as escolas estaduais EDITORA AGIRN 1 2 TTULO Como descobrir sua genialidade: aprenda a pensar com as dez mentes mais revolucionrias da histria Aquarelas do Brasil

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Agosto

Maro

Junho

Julho

Maio

Abril

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EDITORA ARTMEDN 1 2 3 4 5 6 7 TTULO Fazendo Arte com a Matemtica Aprender com jogos e situaes-problemas Alfabetizao de adultos: leitura e produo de textos A pedagogia entre o dizer e o fazer : a coragem de comear Ler, escrever e resolver problemas habilidades para aprender matemtica Ler e escrever na escola: o real, o possvel e o necessrio Educao de Surdos: a aquisio da linguagem AUTOR Fainguelernt Macedo, Lino e Outros Durante, Marta Meirieu, P. Smole, Ktia Stocco e Outros Lerner, Delia Quadro, Ronice

EDITORA TICAN 1 2 3 4 5 TTULO Como analisar narrativas O texto na sala de aula Avaliao do processo Ensino-Aprendizagem Linguagem e escola: uma perspectiva social A produo da leitura na escola AUTOR Gancho, Cndida Geraldi, Joo Vanderlei Haydt, Regina Cazaux Soares, Magda Silva, Ezequiel Theodoro Da

EDITORA ATUALN 1 TTULO As tribos do mal, o neonazismo no Brasil e no Mundo AUTOR Salem, Helena

EDITORA AUTNTICAN. 1 2 3 4 5 6 7 8 TTULO Aprendendo valores ticos Literatura e letramento Formao de professores pesquisas, representaes e poder Aprendizagem contextualidade: discurso e incluso na sala de aula Professores leitores e