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XVII SEDATA: Seminário de Dissertações e Teses em Andamento Universidade Estadual de Londrina – 8, 9 e 10 de agosto de 2018

CORPO EDITORIAL

DOCENTES

Profª. Drª. Esther Gomes de Oliveira

Profª. Drª. Isabel Cristina Cordeiro

Profª. Drª. Rosemeri Passos Baltazar Machado

[email protected]

[email protected]

[email protected]

REPRESENTANTE DISCENTE

Reinaldo César Zanardi [email protected]

SECRETÁRIA

Ana Carolina Bernardino [email protected]

DOUTORANDOS

Álida Laryssa Espozetti de Assis

Ana Claudia Cury Calia de Souza

Bruna Carolini Barbosa

Clicy Anny de Oliveira Santos

Dayse de Souza Lourenço Simões

Deborah Caroline Cardoso Pereira

Geisa Pelissari Silvério

Lívia de Souza Pádua

Marjorie Ninoska Gomez Talavera

Marlene Ferreira Royer

Mayara Yukari Kato

Nilceia Bueno De Oliveira

Paula Kracker Francescon

Rebeca Louzada Macedo

Reinaldo Cesar Zanardi

Renan Luis Salermo

Rita de Cássia Simoes Martelini

Romina Leonor Toranzos

Sandro Bochenek

Sueli Cabrera Fioravanti

Thiago Leonardo Ribeiro

Vanessa Yida

Wéllem Aparecida de Freitas

[email protected]

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XVII SEDATA: Seminário de Dissertações e Teses em Andamento Universidade Estadual de Londrina – 8, 9 e 10 de agosto de 2018

MESTRANDOS Ágatha Demarque de Lacqua

Alex Alves Egido

Aline Miyuke Miyamoto

Ana Carolina Bernardino

Camila Maria da Silva

Cláudia Peres Barbosa Jorge

Emanuelle Cricia Oliveira da Silva Vieira

Everton Lima Camargo

Josyelle Bonfante Curti

Karla Roberta Neumann

Luiz Felipe Felisardo Cardoso

Mariana Spagnolo Martins

Myriam Rossi Sleiman Gholmie

Patrícia Cardoso Batista

Rozeclair Aparecida Ranolfi Lima

Susanah Yoshimi Watanabe Romero

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CADERNO DE RESUMOS

Capa Myriam Rossi Sleiman Gholmie

Organização

Geisa Pelissari Silvério

Mayara Yukari Kato

Myriam Rossi Sleiman Gholmie

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XVII SEDATA: Seminário de Dissertações e Teses em Andamento Universidade Estadual de Londrina – 8, 9 e 10 de agosto de 2018

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SUMÁRIO

LINHA DE PESQUISA 1: DESCRIÇÃO E ANÁLISES LINGUÍSTICAS ............................................................ 10

REALIZAÇÕES ORAIS DOS ENCONTROS VOCÁLICOS EM LÍNGUA INGLESA POR APRENDIZES BRASILEIROS – Alexandre Stein ............................................................................................................................. 10

SUJEITO NULO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO – Aline Miyuke Miyamoto .................................................... 10

LEITE QUENTE OU LEITI QUENTI? A VOGAL MÉDIA ANTERIOR /E/ POSTÔNICA FINAL NOS FALARES SUL BRASILEIROS – Dayse de Souza Lourenço Simões ..................................................................... 11

FORMAS ANAFÓRICAS NO ACUSATIVO UTILIZADAS NA REGIÃO CENTRO-OESTE DO BRASIL – Josué Marques Ferreira ............................................................................................................................................... 11

O LÉXICO DE LONDRINA E PASSO FUNDO – Luiz Felipe Felisardo Cardoso .................................................. 12

O CAMPO SEMÂNTICO ‘VIDA URBANA’ DO QUESTIONÁRIO DO PROJETO ALIB: A MOTIVAÇÃO LEXICAL NOS DADOS DAS CAPITAIS BRASILEIRAS – Mariana Spagnolo Martins ...................................... 12

MOTIVAÇÃO NA CRIAÇÃO LEXICAL: O ELO ENTRE CULTURA E LINGUAGEM EM DADOS DO ATLAS LINGUÍSTICO DO PARANÁ – Myriam Rossi Sleiman Gholmie .............................................................. 13

FOLHA DE S.PAULO: UM ESTUDO SOBRE VARIANTES DA LINGUAGEM POLITICAMENTE CORRETA – Reinaldo César Zanardi ............................................................................................................................................ 13

GÊNERO E VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: UMA PESQUISA DENTRO DO CÁRCERE – Rozeclair Aparecida Ranolfi Lima ................................................................................................................................................................ 14

ATITUDES LINGUÍSTICAS DE APRENDIZES BRASILEIROS DE ESPANHOL COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA DIANTE DAS VARIEDADES DA LÍNGUA ESPANHOLA OBSERVADAS EM DISTINTOS PAÍSES – Sueli Cabrera Fioravanti ............................................................................................................................ 14

ATLAS LINGUÍSTICO DO NORTE PIONEIRO DO PARANÁ (ALiNPiPR): DIRETRIZES – Thiago Leonardo Ribeiro ......................................................................................................................................................................... 15

LINHA DE PESQUISA 2: ESTUDOS DO TEXTO/DISCURSO ............................................................................ 16

VOZES QUE ECOAM ALÉM DOS MUROS – Ana Carolina Bernardino .............................................................. 16

JUSTIÇA: A CONSTRUÇÃO DE SENTIDO – Ana Maria de Souza Valle Teixeira ............................................... 16

QUEM CALA CONSENTE? UNIDADES TÓPICAS E NÃO TÓPICAS NO PROCESSO DE (RE)SIGNIFICAÇÃO DO GÊNERO PROVERBIAL – Dayane Caroline Pereira .................................................... 17

O HUMOR DIGITAL E O GÊNERO ESQUETE PARA O ENSINO DA ARGUMENTAÇÃO – Geisa Pelissari Silvério ........................................................................................................................................................................ 17

DIREITO E LINGUAGEM: UM ELO ARGUMENTATIVO – Helena Cristina Lübke ........................................... 18

ATOS DE TRANSFORMAÇÃO: ELEMENTOS CONECTORES ENTRE NARRATIVA E DRAMATURGIA EM NELSON RODRIGUES – José Francisco Quaresma Soares da Silva ................................................................ 18

A LINGUAGEM EM INTERAÇÃO NO CONTEXTO FORENSE: ARGUMENTAÇÃO E HOMICÍDIO – Josyelle Bonfante Curti ............................................................................................................................................... 19

CIDADES DO CAFÉ: HISTÓRIA, URBANIZAÇÃO E SENTIDOS NO NORTE DO PARANÁ – Julianne Rosy do Valle Satil ............................................................................................................................................................... 19

ANIMAÇÃO DIGITAL E CRÍTICA GENÉTICA: O PROCESSO DE CRIAÇÃO EM SHREK – Luiz Antonio Xavier Dias .................................................................................................................................................................. 20

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RECURSOS LINGUÍSTICO-ARGUMENTATIVOS NA CRÔNICA MACHADIANA: A SÉRIE “BONS DIAS!” – Rita de Cássia Simões Martelini .............................................................................................................................. 20

A REPRESENTAÇÃO DA MULHER PROFISSIONAL NA MÍDIA IMPRESSA: UM ESTUDO ARGUMENTATIVO E DISCURSIVO – Talita Canônico e Silva ............................................................................ 21

LINHA DE PESQUISA 3: ENSINO/APRENDIZAGEM E FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA E DE OUTRAS LINGUAGENS ..................................................................................................... 22

O ENSINO GRAMATICAL SOB A PERSPECTIVA SOCIOLINGUÍSTICA EDUCACIONAL: UM OLHAR PARA AS ESCOLAS PÚBLICAS DE LONDRINA-PR – Álida Laryssa Espozetti de Assis .................................. 22

LETRAMENTO LITERÁRIO NA CIBERCULTURA: UM ESTUDO NETNOGRÁFICO COMO SUBSÍDIO À PEDAGOGIA DOS MULTILETRAMENTOS – Bruna Carolini Barbosa ................................................................ 22

A CONSTRUÇÃO DO METIER DOCENTE DO PROFESSOR EM FORMAÇÃO INICIAL: ANÁLISE DE SITUAÇÕES DE MICROENSINO – Camila Maria da Silva .................................................................................... 23

OS SABERES DO PROFESSOR: PRÁTICAS DE LETRAMENTO DOCENTE COMPARTILHADAS NA FORMAÇÃO CONTINUADA – Cláudia Peres Barbosa Jorge ................................................................................. 23

SEQUÊNCIA DIDÁTICA DE AULAS INVERTIDAS PARA A APROPRIAÇÃO DE GÊNEROS TEXTUAIS: UMA PROPOSTA INOVADORA PARA A APRENDIZAGEM ATIVA NA ERA DIGITAL – Edna Pagliari Brun ..................................................................................................................................................................................... 24

REDAÇÃO DE VESTIBULAR: DISCURSOS E REPRESENTAÇÕES – Everton Lima Camargo ........................ 24

ESCOLA, REALIDADE E ANSEIOS: RELAÇÃO ENTRE O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA EM UMA TERCEIRA SÉRIE DO ENSINO MÉDIO, PRÁTICAS DE LETRAMENTO E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL – Irando Alves Martins Neto .......................................................................................................................................... 25

LETRAMENTO ACADÊMICO-PROFISSIONAL DE PROFESSORES SURDOS – Josiane Junia Facundo de Almeida ....................................................................................................................................................................... 25

LETRAMENTO LOCAL E SITUADO: A NECESSIDADE DE UM OLHAR REFLEXIVO SOBRE A REALIDADE DOS ALUNOS – Liliane Pereira ........................................................................................................ 26

LETRAMENTO EM LÍNGUA PORTUGUESA: PRÁTICAS DE ESCRITA E ORALIDADE EM CONTEXTO INDÍGENA – Marina Oliveira Barboza ..................................................................................................................... 26

FORMAÇÃO DE LEITORES E ENSINO MÉDIO: TECENDO HISTÓRIAS – Patrícia Cardoso Batista .............. 27

FORMAÇÃO DE DOCENTES E ENSINO DE GRAMÁTICA: CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL PARA FUTUROS PROFESSORES – Rebeca Louzada Macedo ............................................................................... 27

METODOLOGIA DE ALFABETIZAÇÃO E A VARIAÇÃOLINGUÍSTICA – Sandro Bochenek ........................ 28

AQUISIÇÃO DA ESCRITA X ORALIDADE: REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA EM UMA ESCOLA RURAL LONDRINENSE – Vanessa Lini Dalto ...................................................................... 28

REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DOCENTE: DESAFIOS E POSSIBILIDADES NOS ANOS INICIAIS – Wéllem Aparecida de Freitas Semczuk ....................................................................................................................... 29

LINHA DE PESQUISA 4: ENSINO/APRENDIZAGEM E FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA ............................................................................................................................................................ 30

ENSINO COLABORATIVO E REFLEXÕES DE PRÁTICAS DOCENTES DE PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA – Ágatha Demarque de Lacqua ................................................................................................................. 30

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RELAÇÕES DE PODER NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA LINGUÍSTICA APLICADA – Alex Alves Egido ................................................................................................................................................................. 30

O ENSINO E APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA COM BASE EM GÊNEROS: UM REPENSAR SOBRE A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO PROCESSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA – Aline Cristina Fernandes ................................................................................................................................................................... 31

CONCEPÇÕES CURRICULARES PARA A FORMAÇÃO SUPERIOR DE PROFESSORES DE INGLÊS – Ana Paula Trevisani Barreto ............................................................................................................................................... 31

EDUCAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA NO ESTADO DO PARANÁ: UMA METAPESQUISA – Célia Regina Capellini Petreche ............................................................................................... 32

O PNLD COMO UM INSTRUMENTO DE FORÇA NORMATIVA NA CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE DO PROFESSOR DE INGLÊS – Claudinei Aparecido Canazart ..................................................................................... 32

DA PREPARAÇÃO À GERAÇÃO DE DADOS: UMA ANÁLISE ACERCA DO DESENVOLVIMENTO DE INSTRUMENTO-PILOTO – Clicy Anny de Oliveira Santos .................................................................................... 33

POLÍTICAS EDUCACIONAIS E A BNCC NA REFORMA CURRICULAR NO ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA: O DISCURSO PRESENTE PERANTE OS ESTUDOS CRÍTICOS DA LINGUAGEM – Douglas Bressan .......................................................................................................................................................... 33

SUPPORTING ENGLISH LANGUAGE LEARNING THROUGH TRANSLANGUAGING PRACTICES AT HIGHER EDUCATION: POTENTIAL FUNCTIONS IN A BRAZILIAN UNIVERSITY – Marjorie Ninoska Gomez Talavera .......................................................................................................................................................... 34

IMPACTOS DE ACONTECIMENTOS SIGNIFICATIVOS NA IDENTIDADE DE PROFESSORES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA – Silvia Regina Akiko Heshiki ....................................................................................................... 34

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Linha de pesquisa 1: Descrição e análises linguísticas

REALIZAÇÕES ORAIS DOS ENCONTROS VOCÁLICOS EM LÍNGUA INGLESA POR APRENDIZES

BRASILEIROS

Alexandre Stein (UEL) Orientadora: Profª. Drª. Dircel Aparecida Kailer (UEL)

Debatedora: Profª. Drª. Alessandra Dutra (UTFPR) RESUMO: Com base em trabalhos relacionados aos de aspectos fonético-fonológicos da língua inglesa, este estudo tem como objetivo analisar como aprendizes brasileiros de inglês realizam oralmente vocábulos, desta língua, grafados com ditongos. Como fundamentação teórica, além dos pressupostos da consciência fonológica, nos embasamos também nos princípios da Aquisição de Segunda Língua, Variação Linguística e no conceito de Interlíngua (ECKMAN, 1981; ELLIS, 1986, 1994; MORI, 2000; FRASER, 2000; KEYS, 2001; TREHEARNE, 2003; BAYLEY, 2005). O corpus analisado é constituído de 62 palavras grafadas com ditongos que deveriam ser realizados oralmente como monotongos fonológicos, segundo a norma culta de pronúncia desta língua (ROACH,1983/2009; CELCE-MURCIA et al, 2010; ASHTON; SHEPHERD, 2012; CRISTÓFARO-SILVA, 2012). Para a coleta de dados serão utilizados um questionário fonético-fonológico com 29 perguntas, adaptadas do questionário do Projeto ALiB (CARDOSO et al, 2013) e uma lista de 35 sentenças para leitura em voz alta. Os informantes são aprendizes de níveis intermediário e avançado da língua inglesa provenientes de uma escola de idiomas de Londrina-Pr e de um curso de Letras/Inglês de uma Universidade Estadual do Estado do Paraná. Os dados coletados serão transcritos, codificados e rodados no programa computacional Goldvarb X. Os resultados serão analisados buscando relacionar as realizações orais obtidas com os aspectos linguísticos e extralinguísticos, conforme os pressupostos teóricos da sociolinguística variacionista (LABOV, 2008) e dos estudos sobre Aquisição de Segunda Língua e Interlíngua (BAYLEY, 2005, 2012; ECKMAN, 2012) a fim de revelar quais aspectos podem influenciar nas produções orais dos segmentos em questão. Palavras-chave: Ditongos; Monotongos; Realizações orais; Língua Inglesa.

SUJEITO NULO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO

Aline Miyuke Miyamoto (UEL/ Bolsista Fundação Araucária) Orientadora: Prof.a Dr.a Dircel Aparecida Kailer (UEL) Debatedora: Prof.a Dr.a Fabiane Cristina Altino (UEL)

RESUMO: Conforme Chomsky (1981), as línguas possuem Princípios e Parâmetros. O primeiro rege as regras que são comuns a todas as línguas, já o segundo corresponde às variações encontradas nelas. Cada indivíduo possui uma “Gramática Universal” — isto é, o conhecimento interno de cada pessoa — toda língua natural está sujeita a variações, pois os falantes reconfiguram o processamento dos parâmetros (MIOTO; SILVA; LOPES, 2006) e com o português brasileiro (doravante, PB) não é diferente. Um exemplo é o preenchimento do sujeito no PB, classificado como língua de sujeito nulo e, cada vez mais, tem apresentado indícios de estar tornando-se parecido com línguas de sujeito preenchido. Uma explicação possível para isso é o “empobrecimento” das desinências verbais, que não são mais suficientes para reconhecer a pessoa gramatical. Sendo assim, o preenchimento com pronomes não é mais uma questão de estilística ou ênfase, porém uma necessidade. Neste trabalho, embasado nos pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística Paramétrica, o objetivo é averiguar o preenchimento do sujeito com o pronome em duas regiões brasileiras: Sul e Centro-oeste. Os dados analisados foram coletados pela equipe do ALiB (Atlas Linguístico Brasileiro), referem-se à fala de 48 informantes, distribuídos nessas Regiões. Além do objetivo principal, busca-se analisar, por meio do programa Goldvarb X (ROBINSON; LAWRENCE; TAGLIAMONTE, 2001), as variáveis extralinguísticas: sexo e grau de escolaridade e as variáveis linguísticas: modo verbal e pessoa gramatical. De acordo com resultados parciais, verificou-se que o preenchimento do sujeito, na capital de Santa Catarina, é favorecido pelas variáveis extralinguísticas sexo e grau de escolaridade. Palavras-chave: Preenchimento do sujeito; Sintaxe Gerativa; Sociolinguística.

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Linha de pesquisa 1: Descrição e análises linguísticas

LEITE QUENTE OU LEITI QUENTI? A VOGAL MÉDIA ANTERIOR /E/ POSTÔNICA FINAL NOS FALARES SUL BRASILEIROS

Dayse de Souza Lourenço Simões (Bolsista CAPES)

Orientadora: Profª. Drª. Fabiane Cristina Altino (UEL) Debatedora: Profª. Drª. Dircel Kailer (UEL)

RESUMO: As discussões em relação aos falares da região sul do Brasil têm manifestado um cenário perturbador sobre a realização da vogal média anterior /e/ postônica no fim de palavra. Afinal, ocorre o alçamento ou a manutenção na produção oral sulista? Posto isto, o objetivo geral deste trabalho consiste em descrever e analisar comportamento da vogal média anterior /e/ postônica final na produção oral de falantes da região sul do Brasil. No que concerne aos objetivos específicos, elencamos: i) Compreender o processo de alçamento ou manutenção do fenômeno; ii) Observar o processo de alçamento ou manutenção do fenômeno segundo as variáveis linguísticas; iii) Analisar o processo de alçamento ou manutenção do fenômeno segundo as variáveis sociais e iv) Delimitar possíveis isófonas delimitadoras das variantes fonéticas verificadas. Para tanto, utilizamos os dados questionário Fonético-Fonológico (QFF) do projeto Atlas Linguístico do Brasil (COMITÊ NACIONAL DO ALIB, 2001). Consideramos os três estados da região sul, perfazendo um total de 44 cidades brasileiras e 188 informantes. Em cada localidade, contamos com quatro informantes, estratificados segundo as variáveis sociais: diatópica (lugar de origem do informante), diageracional (faixa etária I – 18 a 30 anos e faixa etária II – 50 a 65 anos) e diassexual (feminino e masculino) e, nas capitais, inclui-se a variável escolaridade (fundamental e superior). Recorremos à Teoria da Variação Linguística (LABOV, 2008) e à Geolinguística Pluridimensional (THUN, 1998). Dessa forma, este trabalho pretende preencher parte da lacuna existente na descrição deste fenômeno na produção oral da região sul do Brasil. Palavras-chave: Atlas Linguístico do Brasil; Vogal média /e/ postônica final; Falar sul brasileiro.

FORMAS ANAFÓRICAS NO ACUSATIVO UTILIZADAS NA REGIÃO CENTRO-OESTE DO BRASIL

Josué Marques Ferreira (UEL) Orientadora: Profª. Drª. Dircel Aparecida Kailer (UEL)

Debatedora: Profª. Drª. Vanderci de Andrade Aguilera (UEL)

RESUMO: Embasado na Sociolinguística Quantitativa (LABOV, 1972), e resultados de trabalhos variacionistas de Cyrino (1993, 1997, 2000), Duarte (1989) e Oliveira (2007), este trabalho discute um fenômeno linguístico-sintático que ocorre com muita frequência na fala não monitorada. Trata-se do uso de pronomes pessoais do caso reto em posição de objeto direto. Os dados utilizados nessa investigação fazem parte do banco de dados do projeto ALiB – Atlas Linguístico do Brasil. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo principal analisar a alternância no uso das variadas formas utilizadas no acusativo (objeto direto) e em suas formas no falar das capitais da Região Centro-Oeste do Brasil: Cuiabá, Goiânia e Campo Grande. O corpus constitui-se, pois, de recortes da fala de informantes de nível fundamental e nível superior de escolaridade, estratificados segundo variáveis linguísticas e variáveis extralinguísticas, sendo elas: diassexual (feminino e masculino) e diageracional (faixa etária I 18-30 e faixa etária II 50-65). Como objetivos, propõem-se (i) fazer um levantamento das variantes encontradas nas capitais da Região Centro-Oeste do Brasil; (ii) verificar as variáveis independentes que contribuem para a utilização de determinada variante; (iii) investigar a frequência de preenchimento das variantes do objeto direto anafórico. Conforme os principais resultados, percebe-se que o clítico acusativo e que o objeto nulo foram as variantes mais utilizadas pelos informantes. Palavras-chave: Sociolinguística; Teoria da Variação; Clítico Acusativo; Pronomes.

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XVII SEDATA: Seminário de Dissertações e Teses em Andamento Universidade Estadual de Londrina – 8, 9 e 10 de agosto de 2018

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Linha de pesquisa 1: Descrição e análises linguísticas

O LÉXICO DE LONDRINA E PASSO FUNDO

Luiz Felipe Felisardo Cardoso (UEL/Bolsista Capes) Orientadora: Profª. Drª. Fabiane Cristina Altino (UEL) Debatedora: Profª. Drª Vanderci de Andrade Aguilera

RESUMO: A língua portuguesa falada no Brasil é reflexo da densa colonização ocorrida no país e o contato com os grandes movimentos de migração. A Região Sul do país também foi alvo desses grandes movimentos, o que reflete diretamente na fala de seus habitantes. É possível notar uma ampla diferença na fala dos paranaenses em relação à fala dos gaúchos, mesmo sendo estados pertencentes à mesma região do país e separados apenas por Santa Catarina. Falantes do Paraná e do Rio Grande do Sul podem encontrar dificuldade durante uma conversação graças à diferença em seus falares. Pensando nisso, esse estudo visa analisar as variações lexicais de duas cidades do Norte dos estados do Paraná e Rio Grande do Sul, Londrina e Passo Fundo, respectivamente, que equivalem as maiores cidades da região de seus estados. Foram selecionados 8 informantes em cada localidade, 4 homens e 4 mulheres, de faixa etária entre 18 a 30 anos e 50 a 65 anos e escolaridade entre ensino fundamental incompleto e superior iniciado ou, de preferência, completo, e aplicado o Questionário Semântico Lexical (QSL) do Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), composto por 202 questões. A partir das repostas, as falas dos informantes foram analisadas e comparadas, buscando as principais semelhanças e diferenças entre os falares dos londrinenses e dos passo-fundenses. Palavras-chave: Variação Lexical; Londrina; Passo Fundo.

O CAMPO SEMÂNTICO ‘VIDA URBANA’ DO QUESTIONÁRIO DO PROJETO ALIB: A MOTIVAÇÃO LEXICAL NOS DADOS DAS CAPITAIS BRASILEIRAS

Mariana Spagnolo Martins (UEL/Bolsista Capes)

Orientadora: Profª. Drª. Vanderci de Andrade Aguilera (UEL) Debatedora: Profª. Drª. Fabiane Cristina Altino (UEL)

RESUMO: Este trabalho tem como objetivo verificar a pluralidade linguística do país, em seus aspectos lexicais, com base no corpus elaborado sobre o campo semântico Vida Urbana, a partir dos dados de vinte e cinco capitais brasileiras do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB). Para a análise foram selecionadas quatro questões do Questionário Semântico-lexical (Questionários, 2001), são elas: 195. Lombada/Quebra-molas, 196. Calçada, 197. Meio-fio e 198. Rotatória/Rótula. Os dados estão sendo analisados de acordo com os pressupostos teóricos da Sociolinguística Variacional (Labov, 2008), da Dialetologia Pluridimensional (THUN, 1998) e da Motivação Lexical (ALINEI, 2002; CONTINI, 2007). Em conformidade com as duas primeiras vertentes, pretende-se: i) verificar a distribuição diatópica das variantes e ii) observar a influência das variáveis sociais, principalmente sobre as dimensões diatópica, diassexual, diageracional e diastrática. De acordo com a teoria motivacional, acrescenta-se o terceiro objetivo: iii) verificar a arbitrariedade e/ou a motivação do signo linguístico. O corpus constitui-se de 932 denominações com índices diferentes de produtividade. Inicialmente, fez-se a descrição dos dados levando-se em conta as variáveis extralinguísticas, sexo (masculino e feminino), escolaridade (nível fundamental e superior) e faixa etária (18-30 e 50-65 anos) em cada capital e, na sequência, por região geográfica, o que levou à elaboração de cartas linguísticas experimentais. Palavras-chave: Motivação Semântica; Sociolinguística Variacional; Dialetologia Pluridimensional; Vida Urbana; Projeto ALiB.

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XVII SEDATA: Seminário de Dissertações e Teses em Andamento Universidade Estadual de Londrina – 8, 9 e 10 de agosto de 2018

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Linha de pesquisa 1: Descrição e análises linguísticas

MOTIVAÇÃO NA CRIAÇÃO LEXICAL: O ELO ENTRE CULTURA E LINGUAGEM EM DADOS DO ATLAS LINGUÍSTICO DO PARANÁ

Myriam Rossi Sleiman Gholmie (UEL/Bolsista Capes)

Orientadora: Profª. Drª. Vanderci de Andrade Aguilera (UEL) Debatedora: Profª. Drª. Fabiane Cristina Altino (UEL)

RESUMO: O questionamento a respeito da natureza do signo linguístico está presente não só no ambiente acadêmico, mas também no imaginário popular: quem nunca se perguntou se os nomes das coisas têm uma razão de ser? O presente trabalho ingressa nessa discussão a partir de um percurso teórico comandado por Ullmann (1964), Saussure (1971), Guiraud (1976), Alinei (1995) e Contini (2009). Com esse suporte, segue para uma análise que recobre dois campos semânticos – Terra e Homem – em dados do Atlas Linguístico do Paraná (AGUILERA, 1994) extraídos de entrevistas realizadas em 65 localidades desse Estado, junto a 130 homens e mulheres de origem rural, com pouca ou nenhuma escolaridade e idade entre 27 e 62 anos. Desse modo, objetiva-se: (i) descrever as designações dos paranaenses para os itens lexicais cogumelo e alpargata presentes nas Cartas 38, 39, 40, 41 e 80 do referido atlas; (ii) verificar a dicionarização dessas variantes; (iii) analisar tais denominações à luz da semântica motivacional. Os resultados deste estudo demonstram que a maior parte das formas obtidas tem base metafórica e é determinada por seu aspecto físico ou por associações mentais com outros semelhantes, o que permite sustentar que a criação lexical é motivada na origem, com a convergência de cultura e linguagem. Palavras-chave: motivação de signos; variação lexical; Atlas Linguístico do Paraná.

FOLHA DE S.PAULO: UM ESTUDO SOBRE VARIANTES DA LINGUAGEM POLITICAMENTE CORRETA

Reinaldo César Zanardi (UEL/Bolsista Capes)

Orientadora: Prof. Drª. Fabiane Cristina Altino (UEL) Debatedor: Prof. Dr. Marcelo Silveira (UEL)

RESUMO: Das concepções de língua, a que interessa a este trabalho é a que toma a língua como um processo dialógico, no qual a interação assume uma condição importante porque através dela é que se dá o envolvimento dos interlocutores. Da linguística, este estudo se filia à sociolinguística para estudar a relação entre língua e sociedade. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é verificar as variantes linguísticas da linguagem politicamente correta (LPC) no Jornal Folha de S.Paulo, considerando três campos semânticos: deficiência, homossexualidade e negritude. Este estudo empresta métodos da sociolinguística variacionista de ordem laboviana. A coleta de dados compreende o acervo online do jornal. Foi delimitado o canal “Cotidiano” por ser o espaço responsável por publicar notícias referentes ao dia a dia nas cidades, com temas como violência, direitos humanos, estatísticas e programas sociais. O período de coleta de dados consiste do ano 2000 a 1º/03/2018 (data limite da pesquisa). Os três campos semânticos somam um total de 1.970 reportagens, sendo 1.197 para negro; 615 para homossexual e 158 para pessoa com deficiência. As reportagens foram categorizadas por enfoque/conteúdo em i) direitos e conquistas; ii) violência física; iii) discriminação e preconceito; iv) protestos; v) manifestações; vi) personagens e militantes; vii) serviços e produtos; viii) dados e estatísticas; ix) outros. No total, foram levantados 61 grupos de variantes linguísticas: 23 grupos para pessoa com deficiência, 21 para homossexual e 17 para negro. O prestígio ou o estigma depende do uso que os diferentes segmentos fazem da variante linguística. Palavras-chave: Sociolinguística; variação linguística; Folha de S.Paulo; linguagem politicamente correta; variantes de prestígio e estigmatizadas.

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Linha de pesquisa 1: Descrição e análises linguísticas

GÊNERO E VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: UMA PESQUISA DENTRO DO CÁRCERE

Rozeclair Aparecida Ranolfi Lima (UEL) Orientadora: Profª. Drª. Fabiane Cristina Altino (UEL)

Debatedora: Profª. Drª. Vanderci de Andrade Aguilera (UEL) RESUMO: A dissertação em andamento tem por objetivo investigar a influência do sexo na variação linguística, uma vez que diversos estudos sociolinguísticos apontam nessa direção, indicando que a linguagem sofre mutações na medida em que ocorre a variação quando falado por homens ou por mulheres. Com efeito, o fator diassexual é determinante para variações nos níveis fonológico, morfossintático e semântico. De acordo com o pensamento de Labov (2008), em situações de variação estável, os homens costumam usar com maior frequência as formas não padrão enquanto que as mulheres tendem a optar por formas prestigiadas. Nosso trabalho se norteará pelas orientações teórico-metodológicas da sociolinguística de Labov (2008) e os dados serão coletados a partir de questionários semiestruturados aplicados a mulheres encarceradas no 3º Distrito Policial de Londrina – PR, com o objetivo de verificar o grau de conhecimento de gírias prisionais e sua utilização no cotidiano. Após a coleta das informações, os dados serão transcritos, tabulados e organizados para posterior análise do ponto de vista qualitativo. A hipótese deste trabalho reside na afirmação que homens e mulheres divergem em suas expressões linguísticas, evidenciando a tendência veiculada na academia de que homens utilizam de linguagem de menor prestígio, enquanto que as mulheres procuram seguir os regramentos da variante culta. Espera-se conhecer e disseminar o acervo vocabular gírio utilizado pelas mulheres pesquisadas para a comunidade em geral e fornecer subsídios para a melhoria da comunicação entre os diversos profissionais que trabalham direta ou indiretamente com o grupo investigado. Palavras-chave: Variação linguística; Gírias; Mulheres encarceradas.

ATITUDES LINGUÍSTICAS DE APRENDIZES BRASILEIROS DE ESPANHOL COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA DIANTE DAS VARIEDADES DA LÍNGUA ESPANHOLA OBSERVADAS EM

DISTINTOS PAÍSES

Sueli Cabrera Fioravanti (UEL) Orientadora: Profª. Drª. Vanderci de Andrade Aguilera (UEL)

Debatedora: Profª. Drª. Jacqueline Ortelan Botassini (UEM) RESUMO: As atitudes linguísticas dos estudantes de uma língua estrangeira permeiam o processo de aprendizagem frente às diferentes variedades linguísticas do idioma. Embora conste do currículo de ensino da língua espanhola no Brasil e haja reconhecimento tanto de docentes quanto de discentes da importância de estudar as variadas formas de expressão linguística utilizadas pelas diferentes culturas, não há um consenso por parte dos integrantes desse processo com relação ao uso das variantes. Considerando a possibilidade de que os aprendizes elejam uma ou outra variedade como mais ou menos adequada para uso individual, esta tese objetiva (i) registrar a variedade que é considerada a mais adequada pelos aprendizes; (ii) averiguar as atitudes linguísticas de estudantes brasileiros de espanhol como língua estrangeira diante das diversas variedades linguísticas produzidas por falantes de espanhol de distintos países, como Argentina, Cuba, Espanha e México; e (iii) verificar o grau de importância atribuído a cada uma das variedades da língua espanhola apresentadas. Para isso serão selecionados cinco estudantes universitários das quatro séries do curso de letras espanhol da Universidade Estadual de Londrina, que atuarão como ‘juízes’ após a audição de trechos de fala argentina, cubana, espanhola e mexicana, preenchendo questionários de atitudes linguísticas preparados para esta pesquisa, com base no teste matched guise, desenvolvido e aplicado por Lambert e Lambert (1967). A tese fundamenta-se nos pressupostos teóricos da Psicologia Social (Lambert e Lambert, 1967), e nos princípios da Sociolinguística, sobretudo em Labov (1972), López Morales (2004), Moreno Fernández (1998), dentre alguns estudiosos da temática. Palavras-chave: atitudes linguísticas; língua espanhola; variedades linguísticas.

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Linha de pesquisa 1: Descrição e análises linguísticas

ATLAS LINGUÍSTICO DO NORTE PIONEIRO DO PARANÁ (ALiNPiPR): DIRETRIZES

Thiago Leonardo Ribeiro (UEL/Bolsista CAPES) Orientadora: Profª. Drª. Vanderci de Andrade Aguilera (UEL)

Debatedora: Profª. Drª. Dircel Aparecida Kailer (UEL) RESUMO: O Norte Pioneiro do Paraná, também conhecido por Norte Velho, região do Valuto e Panema, uma das dez mesorregiões do Estado que apresenta marcante perfil agropecuário, recebeu grande fluxo de povos europeus, asiáticos, além de brasileiros de outras regiões, como desbravadores daquele espaço. Composta por 46 municípios, aglutinados em cinco microrregiões geográficas, a região faz jus a um atlas linguístico, com o escopo de se obter um retrato linguístico atual, possibilitando o registro e documentação dos fenômenos fonético-fonológicos, semântico-lexicais e morfossintáticos mais frequentes. Com o aporte teórico baseado nos princípios da Geolinguística, Sociolinguística, Lexicologia, Fonética e Fonologia, principalmente em Coseriu (1987), Tarallo (1999), Thun (2005) e Cardoso (2001; 2015), segue a metodologia do Projeto ALiB (1996). Outras ferramentas serão utilizadas: para a cartografação, o programa [ʃGVCLin] e para a análise de voz o Praat. A pesquisa de campo constitui-se da coleta e análise das respostas de seis informantes em dez localidades, selecionadas pelo critério de distribuição equitativa (norte, sul, leste, oeste e central), às perguntas que compõem o questionário elaborado a partir dos já existentes para a composição do ALPR (AGUILERA, 1994; ALTINO, 2007), do ALERS (KOCH et al, 2002, 2011) e do ALiB (CARDOSO et al. 2014). O presente trabalho tem por finalidade apresentar as diretrizes que compõem o projeto de doutorado em desenvolvimento, submetendo-as à apreciação e discussão tendo em vista seu aprimoramento. Palavras-chave: Geossociolinguística; Atlas Linguístico; Norte Pioneiro do Paraná; Português Brasileiro.

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Linha de pesquisa 2: Estudos do texto/discurso

VOZES QUE ECOAM ALÉM DOS MUROS

Ana Carolina Bernardino (UEL/bolsista CAPES) Orientadora: Profª. Drª. Rosemeri Passos Baltazar Machado (UEL)

Debatedor: Prof. Dr. Roberto Leiser Baronas (UFSCAR) RESUMO: A presente Dissertação propõe um trabalho de análise dos aspectos ideológicos, bem como das condições de produção, fundamentadas nas perspectivas teóricas da Análise do Discurso (AD), de linha francesa, revelados pelos discursos apreendidos em seis pichações de muro, de três Universidades Públicas do Estado do Paraná. Essa pesquisa busca refletir a respeito dos fenômenos da linguagem, levando em consideração a exterioridade (condições sócio-históricas e aspectos ideológicos) do discurso. Por isso, para que possamos compreender os efeitos de sentido de cada discurso, é necessário que façamos relação com a posição que o sujeito enunciador ocupa, assim como os atravessamentos ideológicos que o assujeitam, além das condições de produção na qual esse discurso proferido está inserido. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho é analisar e explicitar o funcionamento discursivo na constituição dos efeitos de sentido apreendidos a partir dos discursos selecionados, com a finalidade de verificar de que forma esses efeitos são materializados na/pela linguagem. As análises serão embasadas em algumas questões conceituais, tais como Formação Ideológica (FI), Formação Discursiva (FD), Condições de Produção (CPs), Posição Sujeito e Interdiscurso. Para tanto, utilizaremos em nosso embasamento teórico autores como Eni Puccinelli Orlandi, Michel Pêcheux, Dominique Maingueneau, Patrick Charaudeau, Helena Nagamine Brandão, entre outros. Pretendemos, a partir desse panorama, apresentar os efeitos de sentido produzidos pelas pichações, na busca de compreender os atravessamentos ideológicos e a carga social que esse gênero discursivo carrega. Palavras-chave: Ideologia; Discurso; Pichação; Sujeito.

JUSTIÇA: A CONSTRUÇÃO DE SENTIDO

Ana Maria de Souza Valle Teixeira (UEL) Orientadora: Profª. Drª. Mariângela Peccioli Galli Joanilho (UEL)

Debatedora: Profª. Drª. Daiany Bonácio (UEL) RESUMO: Nossa pesquisa analisa os desdobramentos discursivos relacionados ao léxico justiça, na minissérie homônima exibida pelo canal Globo de televisão (2016). Desse modo objetivamos compreender os sentidos instaurados e movimentados por este processo enunciativo, buscando reconhecer as formações discursivas e ideológicas apresentadas, de acordo com a conjuntura sócio-histórica e, desta forma, compreender o processo de produção dos sentidos. Em Justiça são apresentadas quatro histórias que embora sejam independentes, cruzam-se. Optamos por analisar a minissérie, sob a perspectiva do quadro teórico-metodológico da Semântica da enunciação (Guimarães, 2002) e seu entrelaçamento com a Análise de Discurso (AD) de tradição francesa Pêcheux (1999), Orlandi (1990, 2003). Recorrendo à Análise do Discurso (AD) podemos dizer que o discurso construído pela mídia é atravessado pelo inconsciente e a ideologia, e integra o conjunto de organizações apresentadas por Althusser (1970) como um dos Aparelhos Ideológicos do Estado, que se apresentam ao observador imediato, sob a forma de instituições singulares e qualificadas. O vocábulo justiça adquire diferentes significados na minissérie: em alguns momentos ao afirmar a justiça, seu significado será o oposto. Para Guimaraes (2002) a designaçãoé o processo de produção de sentido, que toma a linguagem como histórica. É um processo enunciativo de construção do sentido. Assim, em outros momentos, justiça relaciona-se à vingança, à defesa da honra, ao amor ou ainda à desigualdade. Como Análise do Discurso (AD) preconiza os sentidos não estão predeterminados por propriedades da língua, dependem das relações constituídas por meio das relações discursivas que se constroem por meio da contradição (Orlandi, 2003). Palavras-chave: Minissérie Justiça; Analise de Discurso; Semântica da enunciação.

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Linha de pesquisa 2: Estudos do texto/discurso

QUEM CALA CONSENTE? UNIDADES TÓPICAS E NÃO TÓPICAS NO PROCESSO DE (RE)SIGNIFICAÇÃO DO GÊNERO PROVERBIAL

Dayane Caroline Pereira (UEL)

Orientadora: Profª. Drª. Esther Gomes de Oliveira (UEL) Debatedora: Profª. Drª. Isabel Cristina Cordeiro (UEL)

RESUMO: Nosso estudo, ao considerar o caráter dinâmico da linguagem, contempla a movência dos sentidos, focando o uso em situações reais de comunicação. Desse modo, diante dos saberes sobre a linguagem, que envolvem tanto os aspectos linguísticos quanto os extralinguísticos e a sua relação com o sujeito, selecionamos um corpus que traduz o thesaurus cultural de uma sociedade e revela a forma de o sujeito significar a si próprio e o mundo à sua volta. Com o respaldo da Análise do Discurso de orientação francesa, visamos explicitar o processo de (re)significação do gênero proverbial, levando em conta os aspectos linguísticos, sociais, culturais, ideológicos, entre outros fatores responsáveis pela circulação dos sentidos. O ponto fundamental que constitui essa pesquisa é, por meio dos estudos das unidades tópicas e não tópicas, descrever a forma como alguns provérbios foram absorvendo novos sentidos, ainda que, muitas vezes, mantendo a mesma estrutura e/ou palavras. Nesse sentido, é necessário seguirmos por um estudo teórico-analítico a fim de verificar como a memória se materializa nos discursos e se manifesta nos sujeitos, isto é, como os pré-construídos são retomados e ressignificados. Assim, entendemos que os outros possíveis efeitos de sentido que determinados provérbios podem revelar tratam de diferentes modos de dizer e de diferentes maneiras de se relacionar as posições-sujeito com a ideologia. Dessa forma, a ressignificação só se torna um fenômeno possível porque há a retomada de um já-dito que evidencia o trabalho da memória e da movimentação dos sentidos dentro do universo da linguagem. Palavras-chave: Análise do Discurso; Provérbios; Ressignificação; Unidades tópicas; Unidades não tópicas.

O HUMOR DIGITAL E O GÊNERO ESQUETE PARA O ENSINO DA ARGUMENTAÇÃO

Geisa Pelissari Silvério (UEL/Bolsista Capes) Orientadora: Profª. Drª. Esther Gomes de Oliveira (UEL)

Debatedora: Profª. Drª. Rosemeri Passos Baltazar Machado (UEL) RESUMO: Com a evolução tecnológica e o advento da internet, ampliou-se consideravelmente o acesso à leitura em distintos formatos. O meio digital deu origem a novos gêneros discursivos e remodelou outros, adequando-os ao contexto social vigente. Esses novos gêneros permeiam o dia a dia do aluno/leitor, expondo opiniões e críticas por meio do humor e prendendo a atenção devido aos recursos audiovisuais utilizados, uma vez que vivemos uma era imagética e com muitos ruídos. Esses “novos textos” formam discursivamente os nossos alunos/leitores, sendo fundamental que eles entendam as informações que lhes estão sendo transmitidas de maneira efetiva. Sendo assim, na presente tese, objetivamos evidenciar a necessidade urgente do professor no ensino da argumentação, seja para a leitura ou produção escrita, recorrer a esses “novos textos” como gatilhos, os quais despertam o interesse do aluno pelo conteúdo. Baseamo-nos nos pressupostos teóricos de Maingueneau (2005), Ducrot (1987), Bakhtin (2003) e Raskin (1985) e nas pesquisas desenvolvidas no Brasil destes escopos teóricos, discorrendo sobre a importância de se compreender como a palavra, por si só, é extremamente persuasiva e está permeada de ideologias, as quais são acionadas pelos elaboradores de um texto no momento da produção. Para isso, recorreremos ao gênero Esquete que é construído com recursos verbais e audiovisuais, exprimindo a importância de estudarmos gêneros que percorrem o nosso cotidiano social com estruturas organizacionais diferentes do habitual. Acreditamos que a compreensão desses recursos argumentativos pelo leitor e, principalmente, pelo aluno como uso didático, leva-o ao desenvolvimento eficaz do senso crítico. Palavras-chave: Formação Discursiva; Argumentação; Era Digital; Humor; Gênero Esquete.

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Linha de pesquisa 2: Estudos do texto/discurso

DIREITO E LINGUAGEM: UM ELO ARGUMENTATIVO

Helena Cristina Lübke (UEL) Orientadora: Profª Drª Esther Gomes de Oliveira (UEL)

Debatedora: Profª Drª Isabel Cristina Cordeiro (UEL)

RESUMO: Por haver certa carência de pesquisas que forneçam subsídios sobre o uso da linguagem na área do Direito, o objetivo desta tese é pesquisar a relação entre Direito e linguagem, haja vista que são áreas indissociáveis e mantêm entre si uma relação de interdependência, pois o Direito se concretiza, efetivamente, por meio da linguagem, ou seja, é uma ciência essencialmente linguística. Pretendemos analisar como a adjetivação e a intertextualidade contribuem para que um texto se torne potencialmente persuasivo. O corpus para a nossa análise é um voto do STF – Supremo Tribunal Federal –, de maio de 2011, quando foi discutida e aprovada a união estável entre casais homoafetivos, a partir do ajuizamento da ADPF 132 (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) e da ADI 4277 (Ação Direta de Inconstitucionalidade), ambas de relatoria do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, em que Sérgio Cabral, Governador do Rio de Janeiro à época, e a Procuradoria-Geral da República (PGR) propuseram que se equiparassem os direitos civis entre casais heterossexuais aos dos casais homossexuais. Delimitamos como fundamento teórico a Linguística Textual e a Semântica Argumentativa. Alguns autores centralizam nossas atenções: Anscombre e Ducrot; Koch, Castilho, Neves, Perelman, Vogt, dentre outros estudiosos da linguagem. Palavras-chave: Linguagem; Direito; Argumentação. ATOS DE TRANSFORMAÇÃO: ELEMENTOS CONECTORES ENTRE NARRATIVA E DRAMATURGIA

EM NELSON RODRIGUES

José Francisco Quaresma Soares da Silva (UEL) Orientadora: Prof.ª Dr.ª Edina Regina Pugas Panichi (UEL)

Debatedor: Prof. Dr. José Fernandes Weber (UEL) RESUMO: Nelson Rodrigues reconhecia a imbricação de fatos pessoais em sua criação dramática, tais como as tragédias familiares, o amor e a morte. Construtor de frases memoráveis, em muitas delas ele exaltou as infinitas variações ocorridas em vida e transfiguradas na obra. Isso o fez classificar-se e ser classificado como memorialista. A junção vida e arte é cara ao escritor, e escrever, solução vital. Em 1951 estreia a coluna A vida como ela é... no jornal carioca Última Hora, fato que se tornou sucesso em poucas semanas, e em evidência por dez anos. Rodrigues reconhece o espaço no jornal como laboratório para a construção de vários de seus textos dramáticos, dentre eles A falecida, de 1953, e O beijo no asfalto, de 1960, que se constituem, aqui, objetos de estudo. A presença latente de aspectos vivenciais do autor, tanto nos personagens como nas situações retratadas, desenvolvida pelo trânsito da escrita para o jornal e posterior transmutação para o teatro, é amplamente memorialista, mas não apenas isso. O autor explica a vida cotidiana da cidade, em grande medida pela vida que viveu e o que presenciou. Trata-se, portanto, de uma mescla entre reminiscências, reflexões, vivências, somada a traços ficcionais. Este trabalho tem como objetivo identificar e analisar os processos de construção textual por meio do trânsito entre textos narrativos de variados gêneros e suas passagens para a dramática, tendo como chaves de identificação e análise os elementos conectores, com subsídios do aporte teórico da Crítica Genética e de processos de criação artística. Palavras-chave: Nelson Rodrigues; Dramaturgia; Narrativa; Memória; Crítica Genética.

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Linha de pesquisa 2: Estudos do texto/discurso

A LINGUAGEM EM INTERAÇÃO NO CONTEXTO FORENSE: ARGUMENTAÇÃO E HOMICÍDIO

Josyelle Bonfante Curti (UEL/Bolsista Capes)

Orientadora: Profª. Drª. Isabel Cristina Cordeiro (UEL) Debatedora: Profª. Drª. Rosemeri Passos Baltazar Machado (UEL)

RESUMO: O homicídio fala, possui significados, grita, logo, analisar seus textos é tarefa imprescindível para que o crime seja compreendido e solucionado. Afinal, o crime, assim como o texto e a argumentação, também precisa do outro, também se concretiza em dupla: autor x leitor; criminoso x vítima; réu x magistrado. Sabendo que a criminalidade vem crescendo, tentar compreender esse fenômeno por meio da linguagem é uma forma de entender, além do modo como o homem se comporta, também, como a língua funciona em diferentes contextos, já que a argumentação está presente em todo e qualquer discurso, e é intenção nítida no âmbito judiciário, principalmente para os réus. Se o homicídio é a extirpação da vida humana, o interrogatório, como gênero argumentativo da esfera jurídica/forense, é, ao mesmo tempo, meio de prova e meio de defesa, permitindo ao réu explicar seu ponto de vista ao passo que o juiz colhe dados para seu convencimento na definição de uma sentença. Assim, lançando mão de uma metodologia de cunho bibliográfico e de caráter descritivo-analítico, o objetivo é verificar de que modo e por que razões os recursos argumentativos são empregados em depoimentos de réus condenados por homicídio, guiando-nos pela questão: Que tipos de recursos argumentativos são utilizados e que efeitos a argumentação dos réus produz na condução e resolução de crimes e nas sentenças aplicadas? Para tanto, o corpus se constitui de interrogatórios de réus condenados por homicídio fornecidos pela 1ª Vara Criminal do Fórum Criminal de Londrina-PR. Palavras-chave: Discurso; Argumentação; Interrogatório; Homicídio.

CIDADES DO CAFÉ: HISTÓRIA, URBANIZAÇÃO E SENTIDOS NO NORTE DO PARANÁ

Julianne Rosy do Valle Satil (UEL) Orientadora: Profª. Drª. Mariângela Peccioli Galli Joanilho (UEL)

Debatedora: Profª. Drª. Daiany Bonácio (UEL) RESUMO: Nesta tese, investigamos o fenômeno enunciativo da designação, analisando nomes de cidades do norte do Paraná, fundadas durante o Ciclo do Café (1900-1975). A nosso ver, a designação constitui-se como espaço de reflexão de sentidos, do acontecimento de nomeação a sua repercussão ao longo da história. Como principal fundamento teórico-metodológico, utilizamos a Semântica do Acontecimento, área de estudos da significação proposta por Eduardo Guimarães, que enxerga a linguagem por um viés materialista. Valemo-nos, também, das interlocuções entre essa perspectiva intelectual e a Análise de Discurso Francesa (AD) – postulada por Pêcheux (1969, 1975), Orlandi (1992, 1998, 2015) – a Semântica Argumentativa de Ducrot (1977) e a Filosofia da Linguagem, representada por Frege (1974, 1978), Mill (1984), Searle (1958, 1969) e Wittgenstein (1979). Dentro do quadro teórico da Semântica do Acontecimento, além do próprio Guimarães (1992, 1995, 2002, 2003, 2008), recorremos a Elias de Oliveira (2006, 2012) e Karim (2012, 2016). Abordamos conceitos elementares à análise, como: espaço de enunciação, cena enunciativa, político na linguagem, ideologia, interdiscurso etc., concepções que se entrelaçam na relação língua-enunciação. Apresentando os nomes de cidade como enunciados e o mapa como texto, defendemos que esses nomes identificam o espaço nomeado, proporcionando-lhe existência histórica (RANCIÈRE, 1994). O mapa emerge, então, como parte significante, presentificando a memória e a história (GUIMARÃES, 2002). Em nosso trabalho, buscamos, dessa forma, viabilizar a reflexão sobre os diversos modos de dizer e de significar, permitindo com que compreendamos que o ato de nomear não é uma atividade neutra, mas dotada de ideologia e significação. Palavras-chave: Semântica do Acontecimento; enunciação; designação; nomes próprios; norte do Paraná.

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Linha de pesquisa 2: Estudos do texto/discurso

ANIMAÇÃO DIGITAL E CRÍTICA GENÉTICA: O PROCESSO DE CRIAÇÃO EM SHREK

Luiz Antonio Xavier Dias (UEL) Orientadora: Profª. Drª. Edina Regina Pugas Panichi (UEL)

Debatedor: Prof. Dr. Miguel Luiz Contani (UEL) RESUMO: Muitos estudos repensam abordagens teóricas no campo da Crítica Genética ao refletir que a criação artística envolve procedimentos que estão além de textos manuscritos, esboços e rascunhos. Cada texto, seja ele em seu mais particular gênero, demanda um percurso muitas vezes minucioso, desde sua idealização até sua conclusão. Nesse sentido, a presente pesquisa visa a investigar o processo criativo fílmico por meio da análise dos documentos de processo utilizados para construção de uma narrativa como entrevistas, DVD, redes sociais oficiais, dentre outros. Por depender do desempenho simultâneo de diversos artistas e profissionais animadores, pode-se afirmar que a animação é uma arte coletiva que advém, muitas vezes, da literatura, e transpõe barreiras na tela. Assim, outras investigações a esse respeito podem ser empreendidas no que se refere à gênese da criação, visto que fatores como linguagem cinematográfica (movimentos de câmera, enquadramentos, angulações), desempenho dos animadores, sonoplastia, simbologia e textos imagéticos, bem como efeitos do computador, influenciam e (re)criam o filme. Para a realização do presente estudo será apresentada a interferência dos dubladores dos personagens da animação como cocriadores para a transposição sígnica, além de uma análise do processo criativo do Ethos. O corpus a ser analisado se refere a trechos do filme Shrek 2 (2004), dirigido por Adamson. A partir dos pressupostos da gênese da criação, de conhecimentos teóricos sobre cinematografia e de uma abordagem semiótica, será possível mostrar o percurso criativo para a construção de sentidos na obra. Palavras-chave: Crítica Genética; Animação digital; Cocriação.

RECURSOS LINGUÍSTICO-ARGUMENTATIVOS NA CRÔNICA MACHADIANA: A SÉRIE “BONS DIAS!”

Rita de Cássia Simões Martelini (UEL/Bolsista Capes) Orientadora: Profª. Drª. Esther Gomes de Oliveira (UEL)

Debatedora: Profª. Drª. Sheila Oliveira Lima (UEL) RESUMO: A crônica brasileira surgiu na imprensa carioca na década de 1850. Grandes escritores brasileiros dedicaram-se ao gênero, entre eles, Machado de Assis, cuja produção cronística vem sendo retomada, nas últimas décadas, por diversos pesquisadores. Parte desses estudos leva em conta não apenas o valor intrínseco das crônicas machadianas, enquanto expressão literária, mas também sua relação com momentos decisivos da história nacional. Nesse sentido, escolhemos trabalhar em nossa tese com a série “Bons Dias!”, veiculada na Gazeta de Notícias, entre abril de 1888 e agosto de 1889. Algumas crônicas, mesmo divertidas e irônicas, revelam o ceticismo e a preocupação do cronista em relação às transformações políticas que se operavam numa época de euforia republicana, com a abolição da escravatura e a consequente derrocada do Império. Para Machado, definido por Gledson (2006) como um “monarquista liberal”, essas mudanças significariam o fim do diálogo nas câmaras e o iminente domínio das oligarquias cafeeiras. Objetivando a adesão dos leitores a essas ideias, o enunciador utiliza alguns recursos linguístico-argumentativos, tais como a personificação, a reticência e a adjetivação, que orientam seu discurso à conclusão de que o regime monárquico era mais apropriado naquele contexto político. Para a investigação proposta, selecionamos nove crônicas de “Bons Dias!”, nas quais os argumentos do cronista são mais persuasivos e reveladores de seu posicionamento. As estratégias linguísticas mobilizadas por ele nesses textos entrelaçam-se à ironia, figura constitutiva da obra machadiana e que confere humor e sagacidade às crônicas, características que ressaltam a literariedade do gênero. Palavras-chave: Machado de Assis; crônica; recursos linguístico-argumentativos.

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Linha de pesquisa 2: Estudos do texto/discurso

A REPRESENTAÇÃO DA MULHER PROFISSIONAL NA MÍDIA IMPRESSA: UM ESTUDO ARGUMENTATIVO E DISCURSIVO

Talita Canônico e Silva (IFPR/UEL)

Orientadora: Profª. Drª. Esther Gomes de Oliveira (UEL) Debatedora: Profª. Drª. Rosemeri Passos Baltazar Machado (UEL)

RESUMO: O campo da linguagem é multidisciplinar e social, dessa forma, sua compreensão permite maior engajamento coletivo e consciência a respeito da história do mundo. Consideramos a mulher como participante ativa em nossa sociedade, colaboradora fundamental em grandes conquistas históricas, especialmente em relação ao mercado de trabalho. Em nossa pesquisa, estudaremos os recursos da mídia impressa como valiosa fonte de análise, pois são capazes de informar, criticar, revelar, persuadir e provocar acontecimentos, entrelaçando linguagem, argumentação e ideologia. Focalizaremos a representação da mulher profissional em textos midiáticos, analisando materiais veiculados, desde a década de 1960, na Revista Claudia, dirigida ao público feminino, e na Revista Veja, direcionada ao público em geral. Definimos tal período com base na época de lançamento das respectivas revistas e por compreender manifestações e mudanças políticas e sociais, principalmente em relação ao posicionamento da mulher na sociedade e no ambiente profissional. Com fundamento teórico da Semântica Argumentativa e da Análise do Discurso, verificaremos, no material selecionado, o percurso discursivo-argumentativo, no que se refere às transformações da linguagem e da ideologia, sucedido ao longo dos anos, destacando os recursos persuasivos como consolidadores do discurso ao sinalizarem valores, relações de poder, práticas e papéis caracterizados às ocupações da mulher em diferentes condições de produção. Assim, as análises indicam as conquistas femininas e o desempenho social, em que padrões são reproduzidos e reforçados pela mídia impressa quanto à valorização ou não da mulher envolvida em atividades de sua profissão e/ou do seu lar. Palavras-chave: recursos argumentativos; ideologia; mídia impressa; história da mulher.

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O ENSINO GRAMATICAL SOB A PERSPECTIVA SOCIOLINGUÍSTICA EDUCACIONAL: UM OLHAR

PARA AS ESCOLAS PÚBLICAS DE LONDRINA-PR

Álida Laryssa Espozetti de Assis (UEL/CAPES) Orientadora: Profª. Drª. Joyce Elaine de Almeida Baronas (UEL)

Debatedora: Profª. Drª Fabiane Altino (UEL) RESUMO: O ensino de Língua Portuguesa, há décadas, é tema de diversos estudos que surgiram com o intuito de compreender o fenômeno heterogêneo do alunado encontrado em sala de aula. Entre esses estudos, observa-se a Sociolinguística, que ao se voltar para a educação, busca, por meio da variação da língua, tornar o ensino de Língua Portuguesa acessível, baseado nas situações reais de uso. Neste contexto, e baseada nos pressupostos teóricos de (BORTONI-RICARDO, 2005); (CYRANCA, 2014);(CASTILHO, 2012); (FARACO, 2008); (CAMACHO, 2013), esta pesquisa objetiva verificar, em escolas públicas da cidade de Londrina-PR, se o embasamento teórico das aulas de língua portuguesa, especificamente nos aspectos gramaticais, perpassa os estudos sociolinguísticos pela teoria da Sociolinguística; para tanto, os seguintes objetivos foram traçados: (i) Conferir a abordagem utilizada pelos professores nas aulas de gramática; (ii)Observar como ocorre a pluralidade linguística durante o ensino gramatical; (iii)Verificar a opinião dos professores a respeito do ensino de gramática; (iv)Averiguar a compreensão dos alunos a respeito da relação entre gramática e língua. Acredita-se que, ao aprender por este viés, o aluno compreenderá a gramática como forma de reflexão e como um dos recursos da língua e terá, a partir desses estudos, a possibilidade de ampliar os recursos linguísticos, para saber adequar sua linguagem aos diferentes tipos de interação. Palavras-chave: Sociolinguística educacional; Gramática; Ensino básico; Língua Portuguesa. LETRAMENTO LITERÁRIO NA CIBERCULTURA: UM ESTUDO NETNOGRÁFICO COMO SUBSÍDIO

À PEDAGOGIA DOS MULTILETRAMENTOS

Bruna Carolini Barbosa (UEL/Bolsista Capes/Fundação Araucária) Orientadora: Profª. Drª. Ana Lúcia de Campos Almeida (UEL)

Debatedora: Profª. Drª. Eliana Maria Severino Donaio Ruiz (UEL) RESUMO: Os usos sociais da escrita, ou seja, as práticas de letramento, são constantemente associados à escola, à academia e aos espaços hegemônicos. Quando se trata da escrita literária esse domínio escolar, acadêmico e hegemônico, isso se torna ainda mais evidente. A literatura está, geralmente, relacionada às práticas escolares, ao cânone, ao intelectual/crítico e às esferas de poder na sociedade, entretanto as práticas de letramento literário são sociais e não estão restritas às instituições de prestígio. A cultura e os usos sociais da escrita são cada vez mais híbridos (CANCLINI, 2005), em parte, graças à tecnologia. A hibridação cultural (CANCLINI, 2005) permite olhar para a cibercultura (LÉVY, 2010) como um espaço onde ocorrem diversas práticas de letramento, inclusive da esfera literária, descentralizando, assim, a suposta exclusividade da escola como agência de letramento. As práticas de letramento literário na cibercultura dinamizam a relação com as diferentes representações e gêneros literários, com o cânone, além de contestar a superioridade hierárquica do crítico/intelectual que, por muito tempo, foi um dos poucos autorizados a pensar e discutir literatura. Esta pesquisa pretende realizar uma netnografia (KOZINETS, 2014) das práticas vernaculares (Street, 1984; 1993; 2010; 2014; Barton; 1998) de letramento literário na cibercultura, compreendendo-as como comunidades virtuais (RHEINGOLD, 1996), a fim de elaborar uma proposta didática vinculada à Pedagogia dos Multiletramentos (NEW LONDON GROUP, 1996; KALANTZIS & COPE, 2004; 2006; 2013; LANKSHEAR, 2011). Palavras-chave: Práticas de letramento; letramento literário; cibercultura; netnografia.

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A CONSTRUÇÃO DO METIER DOCENTE DO PROFESSOR EM FORMAÇÃO INICIAL: ANÁLISE DE

SITUAÇÕES DE MICROENSINO

Camila Maria da Silva (UEL/Bolsista Capes) Orientadora: Profª. Drª. Elvira Lopes Nascimento (UEL)

Debatedora: Profª. Drª. Vera Lúcia Lopes Cristovão (UEL) RESUMO: As atividades educacionais têm sido o foco de pesquisas na Linguística Aplicada e, enquanto as prescrições e orientações governamentais são criticamente analisadas, novas propostas e intervenções são implementadas para a formação inicial de professores nos cursos de Letras. Inserido nessa problemática, nosso estudo recai sobre as práticas formativas na formação inicial do curso de Letras Vernáculas e Clássicas (UEL), buscando indícios de desenvolvimento que o futuro professor de Língua Portuguesa denota em situação de estágio, e, mais do que isso, indicando como esse desenvolvimento ocorre e está estendido à pesquisadora, à formadora responsável pela disciplina e alunos participantes da pesquisa, considerando o contexto social e histórico em que se situam e as prescrições que os direcionam. A pesquisa está pautada em uma visão que combina metodologias qualitativa interpretativa e colaborativa. Seus fundamentos teóricos e metodológicos são ancorados no Interacionismo sociodicursivo (BRONCKART, 2006), que aciona a noção de desenvolvimento proposta por Vygotsky para compreender a formação de adultos; na engenharia didática proposta por Dolz e Schneuwly (2004), perpassando por conceitos da Clinica da Atividade (CLOT, 2006). Nessa perspectiva, pretendemos compreender e descrever o percurso desse estagiário no processo em que terá contato com uma didática da compreensão e da explicação do métier docente como um processo multifacetado que envolve prescrições, coletivos de trabalho e recursos metodológicos a serem mobilizados em seu agir. Palavras-chave: Formação inicial; Práticas formativas; Desenvolvimento.

OS SABERES DO PROFESSOR: PRÁTICAS DE LETRAMENTO DOCENTE COMPARTILHADAS NA FORMAÇÃO CONTINUADA

Cláudia Peres Barbosa Jorge (UEL/Bolsista Capes)

Orientadora: Profª. Drª. Ana Lúcia de Campos Almeida (UEL) Debatedora: Profª. Drª. Sheila Oliveira Lima (UEL)

RESUMO: A presente pesquisa pretende investigar como ocorre uma iniciativa de formação continuada de professores do Ensino Fundamental I com enfoque no letramento literário dos alunos. Mais especificamente, a pesquisa pretende caracterizar e analisar quais eventos de letramento constituem o curso acompanhado. O curso integra um projeto de formação de leitores promovido pela Secretaria Municipal de Educação de Londrina, no qual os professores participantes são encarregados da mediação de leitura aos alunos da rede pública do município. Os dados serão gerados a partir de uma pesquisa de campo de natureza qualitativa de orientação etnográfica (GARCEZ, 2015; SCHULZ, 2015), que apresenta em sua análise o contexto situado de uma proposta de formação continuada de professores, por meio de reuniões mensais. Para tanto, no primeiro momento, a discussão será conduzida a partir do referencial teórico dos Novos Estudos do Letramento (STREET, 2015), em especial os que focalizam o trabalho docente no que tange à perspectiva da Linguística Aplicada (KLEIMAN, 2007, 2005; VIANNA et.al., 2016). Sobre a formação de professores, no segundo momento, iremos analisar os eventos de letramento que ocorreram durante esses encontros, buscando refletir sobre a formação continuada como uma das fontes de saberes adquiridos e compartilhados pelos docentes. A partir das observações realizadas até o momento, entendemos que tais práticas de formação de professores podem se configurar como espaços potenciais para a reflexão do trabalho docente, apropriações culturais e de construção coletiva, desenvolvidas de acordo com a sua realidade de trabalho, assim instituindo sua representatividade profissional. Palavras-chave: Formação de professor; evento de letramento; saber docente.

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA DE AULAS INVERTIDAS PARA A APROPRIAÇÃO DE GÊNEROS TEXTUAIS:

UMA PROPOSTA INOVADORA PARA A APRENDIZAGEM ATIVA NA ERA DIGITAL

Edna Pagliari Brun (UEL) Orientadora: Profª. Drª. Elvira Lopes Nascimento (UEL)

Debatedora: Profª. Drª. Vera Lúcia Lopes Cristovão (UEL) RESUMO: A utilização crítica de recursos digitais contribui para novas formas de (re)construção e apropriação de conhecimentos, influenciando na transformação do conceito de letramento e na necessidade de substituição de paradigmas da aprendizagem (LEMKE, 2010), pois as tendências decorrentes dessas mudanças influenciam práticas que se reformulam conforme a evolução e o surgimento de tecnologias e segundo as eras culturais (SANTAELLA, 2010) que inauguram. Tendo como pressuposto o fato de que as práticas educacionais – independentemente da era e do paradigma em que se localizem – são sempre mediadas pelo agir linguageiro de professores e alunos em interação (VYGOTSKY, 2001; BRONCKART, 2006; CLOT, 2010), a pesquisa busca refletir sobre formas de usá-las em contexto educacional e de incluí-las na agenda da formação docente. Visando a investigar formatos de aula e práticas pedagógicas que pudessem influenciar modos de ensinar, seu locus configura-se no processo de validação (ou invalidação) da hipótese segundo a qual é possível afirmar que a proposta da engenharia didática do ISD, com sequência didática (DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2004), pode ser atualizada através de sua articulação à estratégia sala de aula invertida (BERGMANN; SAMS, 2016), na sequência de oficinas e no modo de implementação dos gestos de institucionalização e presentificação do(s) objeto(s) de ensino (NASCIMENTO, 2014). O objeto de investigação foi uma intervenção em contexto escolar por meio de um trabalho colaborativo com um professor de língua portuguesa de escola pública. A análise contou com a vertente teórica do ISD, os aportes da Didática das Línguas e das Ciências do Trabalho. Palavras-chave: sequência didática; sala de aula invertida; formação de professores; paradigmas de aprendizagem; gestos profissionais.

REDAÇÃO DE VESTIBULAR: DISCURSOS E REPRESENTAÇÕES

Everton Lima Camargo (UEL/bolsista Capes) Orientadora: Profª. Drª. Eliana Maria Severino Donaio Ruiz (UEL)

Debatedora: Profª. Drª. Sheila Oliveira Lima (UEL) RESUMO: A redação de vestibular é um instrumento de avaliação obrigatório em todos os exames vestibulares do Brasil. Estes exames, responsáveis pela seleção dos candidatos à universidade, promovem não somente uma classificação, mas também uma exclusão, fator que atribui ao vestibular uma dimensão ideológica intrínseca. Por estar imersa em tal processo, a redação adquire um estatuto igualmente ideológico; afinal, no vestibular, sua principal função é fragmentar as notas para facilitar a classificação dos candidatos, por isso ocorre na segunda fase do exame. Por conta disso, a importância de se refletir sobre a redação de vestibular no Brasil é de ordem sócio-histórica, antes de ser pedagógica, pois para que um profissional possa se formar, ele precisa passar pelo vestibular e pela experiência de produzir uma redação nesse contexto, a fim de alcançar seu espaço na realidade social. Assim, em nossa pesquisa, nos propomos a identificar, utilizando os procedimentos teóricos e metodológicos da Análise do Discurso de orientação francesa, as representações que emergem de discursos acerca da redação de vestibular, analisando o seguinte corpora: quatro manuais do candidato (das instituições UEL, UEM, USP e UNICAMP), quatro apostilas de cursos pré-vestibular (duas de cursinhos paranaenses e duas de cursinhos paulistas), seis entrevistas com professores de língua (três de cursinho e três de ensino médio da rede pública) e duas entrevistas com avaliadores de redação de vestibular. Palavras-chave: Redação de Vestibular; Representação; Discurso Pedagógico.

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ESCOLA, REALIDADE E ANSEIOS: RELAÇÃO ENTRE O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA EM

UMA TERCEIRA SÉRIE DO ENSINO MÉDIO, PRÁTICAS DE LETRAMENTO E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

Irando Alves Martins Neto (UEL/IFSP)

Orientadora: Profª. Drª. Ana Lúcia de Campos Almeida (UEL) Debatedora: Profª. Drª. Eliana Maria Severino Donaio Ruiz (UEL)

RESUMO: O objetivo geral da pesquisa é compreender a relação entre práticas de letramento escolar e não escolar de estudantes de uma terceira série do Ensino Médio em diálogo com seus anseios. De orientação etnográfica, a pesquisa busca, inicialmente, conhecer o uso da leitura e da escrita dos participantes e seus anseios de vida por meio de i) observação-participante em aulas de língua portuguesa; ii) observação-participante durante intervalos escolares; iii) observação-participante face a face em atividades extraescolares; iv) observação-participante em redes sociais digitais dos estudantes; v) aplicação de questionários; vi) aplicação de entrevistas; vii) elaboração de histórias de letramento; e viii) grupos focais com estudantes. Foram iniciadas as etapas de observação de aulas, participação em redes sociais digitais, em atividades extraescolares e em intervalos, além de aplicação de um questionário. A geração de dados acontece durante o ano letivo de 2018 e, até o momento, foi dada maior atenção à identificação dos anseios dos alunos, sendo que dois aspectos, ambos relacionados a questões identitárias, foram recorrentes: i) busca por uma vida melhor; e ii) sexualidade. Foram identificadas convergências, divergências e contradições relacionadas aos dois temas. O levantamento sistemático de práticas de leitura e escrita relacionadas a tais anseios ainda não foi realizado, embora algumas práticas de letramento dos alunos pareçam ser meio de manifestação de seus anseios. Palavras-chave: Letramento; escola; identidade.

LETRAMENTO ACADÊMICO-PROFISSIONAL DE PROFESSORES SURDOS

Josiane Junia Facundo de Almeida (UEL) Orientadora: Profª. Drª. Ana Lúcia de Campos Almeida (UEL)

Debatedora: Profª. Drª. Paula Baracat de Grande (UEL) RESUMO: A pesquisa tem como objetivos elaborar e implementar uma proposta de formação para docentes surdos a partir de gêneros textuais acadêmicos. Para isso, busca: investigar o percurso de letramento desses professores por meio da coleta de histórias de letramento, a fim de identificar elementos essenciais ao processo de formação; elaborar a proposta de formação dos professores surdos; aplicar a proposta, registrando o processo, enfatizando os aspectos positivos e apontando os desafios encontrados ao longo deste. Na etapa de planejamento será feito um registro em vídeo das histórias de letramento dos docentes participantes, coletadas por meio de entrevista semiestruturada; a fim de diagnosticar as principais necessidades em relação aos usos da escrita no contexto acadêmico. Na etapa de implementação, que caracteriza a pesquisa-ação, serão selecionados alguns gêneros acadêmicos conforme necessidade do grupo de professores surdos, destacando as principais características de cada gênero e propondo atividades práticas, em formato de oficinas de produção de texto. A descrição dos efeitos da ação pela pesquisadora será feita a partir dos registros em vídeo e dos registros resultantes das próprias produções dos professores participantes. A fase de avaliação consistirá na análise do processo de apropriação dos aspectos principais de cada gênero pelo professor participante e nas suas produções textuais. As discussões teóricas que fundamentam a pesquisa são os novos estudos de letramento (STREET, 1995; BARTON E HAMILTON; IVANIC, 2000; GEE, 1990) e o letramento acadêmico (LILLIS E SCOTT, 2007; entre outros.) Palavras-chave: Letramento acadêmico; Formação de professores; Professores Surdos; Língua portuguesa.

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LETRAMENTO LOCAL E SITUADO: A NECESSIDADE DE UM OLHAR REFLEXIVO SOBRE A

REALIDADE DOS ALUNOS

Liliane Pereira (UEL) Orientadora: Profª. Drª. Ana Lúcia de Campos Almeida (UEL)

Debatedora: Profª. Drª. Isabel Cristiane Jerônimo (UEL) RESUMO: Levando em consideração a necessidade de considerar legítimos os saberes dos professores no seu contexto de trabalho, nesta proposta de pesquisa, tenho o objetivo central de descrever e analisar uma formação continuada colaborativa e a implementação de um projeto de letramento interdisciplinar numa escola pública de periferia. Nesse sentido, pretende-se subsidiar possíveis mudanças em currículos que favoreçam saberes construídos no local de trabalho por indivíduos não pertencentes a grupos hegemônicos. Como a pesquisa está em fase inicial, concentro-me em apresentar resumidamente três momentos do percurso: 1) perfil socioeconômico e percepção sobre práticas de leitura e escrita dos professores do colégio; 2) descrição das reuniões de formação colaborativa e 3) dados da implementação do projeto na escola. Este estudo ancora-se no paradigma da pesquisa qualitativa, definindo-se como colaborativa de caráter interventivo. Quanto à perspectiva teórica adotada, oriento-me pela abordagem de letramento no plural, com ênfase nos estudos sobre letramento crítico. Na posição de professora e pesquisadora no contexto da escola pública de periferia, estou me propondo trilhar um caminho que considere a interação entre professores em seu local de trabalho, em uma perspectiva descolonizadora (KLEIMAN, 2013), que leve o educador e o aluno a um maior envolvimento em relação aos problemas sociais. Palavras-chave: Formação colaborativa; Projetos de letramento; Pedagogia crítica.

LETRAMENTO EM LÍNGUA PORTUGUESA: PRÁTICAS DE ESCRITA E ORALIDADE EM CONTEXTO INDÍGENA

Marina Oliveira Barboza (UEL)

Orientadora: Profª. Drª. Ana Lúcia de Campos Almeida (UEL) Debatedora: Profª. Drª. Sheila Oliveira Lima (UEL)

RESUMO: Os indígenas da região da Grande Dourados vivem praticamente dentro da cidade e convivem com a cultura local, embora, sua participação seja marginal, pois estão em um contexto em que as relações de poder desiguais os posicionam em determinados espaços sociais. A língua portuguesa caracteriza-se não apenas como um código linguístico, mas como elemento norteador da ação do sujeito indígena no mundo que o cerca. A educação para o índio se constitui como um lugar/espaço ou ferramenta de poder que significa e ressignifica seus hábitos culturais e produz deslocamentos de posição identitária e linguística. Para o indígena, ter acesso à educação é apropriar-se de condições que permitirão o acesso a outros bens, ou que darão voz, ou que poderão representar o indivíduo situando-o como sujeito social. Esta pesquisa parte de observações realizadas em uma comunidade escolar indígena local, cuja especificidade se dá pelo fato da maioria dos alunos serem monolíngues em língua indígena ao chegarem na escola. A pesquisa pretende por meio de um trabalho de orientação etnográfica e qualitativo analisar os aspectos de ensino e aprendizagem de língua portuguesa, considerando o contexto bilingue da comunidade indígena e assim, desenvolver uma proposta metodológica de atuação pedagógica no ensino de língua portuguesa sob a perspectiva dos Novos Estudos do Letramento. Palavras-chave: Letramento; escola indígena; português.cc

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FORMAÇÃO DE LEITORES E ENSINO MÉDIO: TECENDO HISTÓRIAS

Patrícia Cardoso Batista (UEL/Bolsista Capes)

Orientadora: Profª. Drª. Sheila Oliveira Lima (UEL) Debatedora: Profª. Drª. Eliana Maria Severino Donaio Ruiz (UEL)

RESUMO: Este trabalho objetivou investigar quais ações contribuíram para a formação do leitor de literatura que chega ao terceiro ano do ensino médio da rede estadual de duas cidades localizadas no Norte Pioneiro do Paraná. Para tanto, optou-se, primeiramente, por realizar uma pesquisa quantitativa, a partir da aplicação de um questionário com perguntas abertas e fechadas a 43 estudantes, no qual procurou-se traçar o perfil leitor e selecionar os participantes para próxima etapa do estudo. Na segunda etapa, realizou-se uma pesquisa qualitativa a partir de entrevistas semiestruturadas com quatro alunas leitoras, nas quais buscou-se investigar seus percursos-leitores individuais para compreender o quanto a escola comparece na formação leitora de literatura em jovens que frequentaram o ensino médio. Além disso, para melhor entender o contexto em que esses alunos estão inseridos, aplicou-se um questionário e uma entrevista semiestruturada com dez professores de Língua Portuguesa e dois bibliotecários das referidas escolas. Optou-se como caminho metodológico a pesquisa de campo caracterizada como estudo de caso coletivo. O embasamento teórico metodológico deste estudo apoiou-se nas contribuições oriundas de Estudos da Linguagem e Psicanálise. Como resultados, depreende-se da análise dos depoimentos das alunas-leitoras que cada leitor traça sua história com a leitura de forma singular e subjetiva. Mas, para isso, é preciso contar com ações mediadas por agentes do ambiente escolar e de fora dele. Assim, percebe-se a relevância da escola na formação de leitores, pois apresentou-se com grande potencial para ser agente deste processo. Palavras-chave: Formação do leitor; ensino médio; jovens leitores; leitura literária.

FORMAÇÃO DE DOCENTES E ENSINO DE GRAMÁTICA: CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL PARA FUTUROS PROFESSORES

Rebeca Louzada Macedo (UEL/Bolsista CAPES)

Orientadora: Profª. Drª. Joyce Elaine de Almeida Baronas (UEL) Debatedora: Profª. Drª. Vanderci de Andrade Aguilera (UEL)

RESUMO: O presente trabalho tem como principal, a partir do ensino baseado na sociolinguística educacional, observar o desenvolvimento de habilidades e competências voltadas aos conhecimentos metalinguísticos e à realização da concordância verbal e nominal, de acordo com a norma culta, de futuros docentes de Língua Portuguesa. Para trabalhar esse tema serão abordados os conceitos de concordância verbal e nominal para a gramática normativa e para os linguistas (Cunha e Cintra, 2017; Rocha Lima, 2011; Cegalla, 2000; Castilho, 2010; Moura Neves, 2011), além dos estudos a respeito do ensino de tais normas sob o viés da Sociolinguística Educacional (Bortoni-Ricardo, 2004, 2005 e 2013; Cook-Gumperz, 1987; Erickson, 1987) e dos conceitos de norma estabelecidos por Faraco (2004 e 2008). A partir da base teórica, os corpora selecionados consistem em questionários respondidos por discentes do primeiro ano de graduação de Letras Vernáculas e Clássicas da Universidade Estadual de Londrina e das transcrições de áudios coletados durante aplicação de uma oficina para os mesmos discentes. O presente estudo também possui metodologia de pesquisa-ação, pois pretende-se realizar junto aos discentes do primeiro ano de Letras (UEL) um curso de média duração voltado às normas gramaticais, com ênfase na concordância nominal, baseado nos pressupostos da sociolinguística educacional. Assim, os dados obtidos nos corpora coletados na oficina já aplicada e no curso a ser desenvolvido serão qualitativamente em relação ao desenvolvimento das habilidades relacionadas às competências metalinguísticas e aos conhecimentos gramaticais sobre a concordância nominal e verbal. Palavras-chave: concordância verbal e nominal; variação linguística; ensino de língua portuguesa; formação de docentes.

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METODOLOGIA DE ALFABETIZAÇÃO E A VARIAÇÃOLINGUÍSTICA

Sandro Bochenek (UEL/Bolsista Capes)

Orientadora: Profª. Drª. Joyce Elaine de Almeida Baronas (UEL) Debatedora: Profª. Drª. Dircel Aparecida Kailer (UEL)

RESUMO: O presente projeto tem por objetivos discutir questões de variação linguística, bem como evidenciar crenças e atitudes exercidas por meio dos métodos utilizados por professores dos cursos de Pedagogia e professores alfabetizadores das escolas públicas do Paraná, tendo em vista que a variação linguística é inerente à linguagem e relações sociais são estabelecidas por meio dela. Desse modo, faz-se pertinente analisar tais crenças, e de que modo os métodos – e aspectos inerentes aos mesmos – influenciam professores alfabetizadores, tendo em vista que este é frequentemente o primeiro contato de crianças, sobretudo de classes populares, com a língua escrita, bem como das relações sociais por ela estabelecidas. Além disso, esse momento marca formalmente o ingresso da criança ao mundo do letramento. Para tanto, recorre-se a fundamentos da Sociolinguística Educacional (BORTONI-RICARDO, 2005), Pedagogia da Variação Linguística (FARACO, 2009), Sociolinguística (LABOV, 2008), à discussão sobre questões de regularidade e irregularidade levantadas por Câmara Júnior (2009), às contribuições de estudos linguísticos que focalizam as características dos sistemas da fala e da escrita ou sinalizam perspectivas para o ensino da oralidade e escrita, entre outros, (KATO, 1987); (FÁVERO,2000); (MARCUSCHI, 2001); (VANOYE, 2003); (SHUMAN, 2006); (SOARES, 2016), (CARVALHO, 2015) E (VILALLÓN, 2016) no intuito contribuir para o entendimento dos métodos utilizados no processo de alfabetização. Palavras-chave: Variação linguística; Métodos; Alfabetização.

AQUISIÇÃO DA ESCRITA X ORALIDADE: REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA EM UMA ESCOLA RURAL LONDRINENSE

Vanessa Lini Dalto (UEL)

Orientadora: Profª. Drª. Joyce Elaine de Almeida Baronas (UEL) Debatedora: Profª. Drª. Dircel Aparecida Kailer (UEL)

RESUMO: A língua Portuguesa no Brasil apresenta-se de diversificadas formas, sendo as variedades não-padrão, a realidade linguística de grande parte dos alunos que chegam à escola pública. Desta forma, o choque entre a variedade de cada educando e a língua praticada na escola é motivo de dificuldades na aprendizagem da língua portuguesa, devido principalmente ao fenômeno de transposição da oralidade para a escrita. Diante disso, a presente pesquisa pretende, sob a ótica da Sociolinguística Educacional, investigar a aquisição da norma padrão por parte de alunos do distrito rural da Warta, pertencente à cidade de Londrina, já que esse dialeto difere em alguns aspectos da norma culta da língua trabalhada em ambiente escolar. Pretende-se com o presente estudo verificar se os alunos têm consciência das diferenças entre a fala que utilizam e a linguagem escrita formal, ou seja, se são capazes de transitar pelas variedades existentes. Com a análise dos dados, busca-se identificar o perfil linguístico dos alunos rurais desta localidade, além de observar as dificuldades apresentadas no processo de aquisição da escrita. Desse modo espera-se melhor compreender o processo de ensino/aprendizagem de língua portuguesa com o intuito de propor reflexões quanto ao tratamento das diferentes normas linguísticas presentes nos bancos escolares. Palavras-chave: Oralidade; escrita; ensino; variação linguística.

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REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DOCENTE: DESAFIOS E POSSIBILIDADES NOS ANOS INICIAIS

Wéllem Aparecida de Freitas Semczuk (UEL/CAPES)

Orientadora: Profª. Drª. Joyce Elaine de Almeida Baronas (UEL) Debatedor: Prof. Dr. Flávio Brandão Silva (UEM)

RESUMO: O ensino de língua materna é fundamental para que os alunos adquiram as competências das modalidades oral e escrita, por isso, o professor-formador deve se capacitar para discutir as questões relacionadas à língua e às suas diversas normas. Neste sentido, os estudos da Sociolinguística Educacional têm se preocupado com questões relacionadas à língua e ao ensino, com o intuito de apresentar ao aluno as variedades prestigiadas e as estigmatizadas, esclarecendo os motivos do prestígio associado à norma culta e a sua importância para a sociedade. Com base nisso, esta pesquisa, de cunho qualitativo, tem por objetivo apresentar um projeto de intervenção no ensino de Língua Portuguesa, sob a perspectiva da “Pedagogia da Variação”, em escolas localizadas em Centenário do Sul. As informantes selecionadas para análise são professoras que ministram aulas nos anos iniciais em escolas públicas, e que participaram do projeto Prodocente – Proposta de Atualização Docente do Ensino Básico em Centenário do Sul – vinculado à Universidade Estadual de Londrina e à Secretaria de Educação do Município. O corpus do trabalho constitui-se de três instrumentos para coleta de dados: (i) questionário semiestruturado – diagnóstico; (ii) oficinas ministradas sobre “Variação e Ensino” e (iii) curso de curta duração. A análise preliminar dos dados demonstra o desconhecimento dos estudos atuais sobre o ensino de língua e a crença de que há uma língua “correta”, porém, é perceptível o interesse em adquirir tais informações, o que motivou a realização da intervenção didática por meio do curso de curta duração a ser desenvolvido. Palavras-chave: Sociolinguística Educacional; Ensino de Língua Materna; Formação Docente.

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Linha de pesquisa 4: Ensino/aprendizagem e formação do professor de língua estrangeira

ENSINO COLABORATIVO E REFLEXÕES DE PRÁTICAS DOCENTES DE PROFESSORES DE LÍNGUA

INGLESA

Ágatha Demarque de Lacqua (UEL/bolsista Capes) Orientadora: Profª. Drª. Elaine Fernandes Mateus (UEL)

Debatedora: Profª. Drª. Juliana Reichert Assunção Tonelli (UEL)

RESUMO: Esta pesquisa tem como objetivo descrever de que maneira a aprendizagem de diferentes professores de língua inglesa se dá por meio de práticas discursivas. Os contextos da pesquisa são salas de aula, tanto no espaço da formação de professores na UEL, quanto em espaços de 9º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública em Londrina-Pr. As raízes teóricas dessa pesquisa estão nas práticas colaborativas de ensino, conhecidas como Ensino colaborativo ou Coteaching (ROTH, TOBIN, ZIMMERMANN, 2002). O estudo envolve sete participantes no geral: uma professora formadora do curso de Letras Inglês e do Programa de Pós graduação em Estudos da Linguagem (UEL); quatro licenciandos do mesmo curso e orientandos da professora formadora; o professor regente da rede pública de educação básica; e a professora pesquisadora. A coleta de dados foi realizada em 2017 e os instrumentos utilizados foram gravações em áudio e vídeo de reuniões semanais e de aulas de língua inglesa. O presente estudo é uma Pesquisa Participante (BERGOLD, JARG & THOMAS, STEFAN, 2012; TADEVOSYAN, SCHOENHUTH, 2011) que utiliza para análise de dados a abordagem Análise do Discurso Crítica (FAIRCLOUGH, 2009), insere-se na área de Linguística Aplicada, no campo de Formação de professores, tendo como unidade de análise as práticas discursivas e o método de análise dedutivo. Essa pesquisa visa contribuir para os estudos em formação de professores investigando como a aprendizagem de professores de inglês pode ocorrer ensinando colaborativamente, bem como pretende incentivar outros pesquisadores a participar de uma experiência em Coteaching. Palavras-chave: Ensino Colaborativo; Coteaching; Linguística Aplicada; Formação de professores; Ensino de Língua Inglesa.

RELAÇÕES DE PODER NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA LINGUÍSTICA APLICADA

Alex Alves Egido (UEL/Bolsista Capes) Orientadora: Profª. Drª. Simone Reis (UEL)

Debatedora: Profª. Drª. Denise I. B. Grassano Ortenzi (UEL) RESUMO: Inserida na área da Linguística Aplicada, no campo da formação de pesquisa do professor de língua estrangeira e com foco nas relações de poder entre pesquisador e participantes, o objetivo deste estudo é identificar formas e justificativas de interações entre pesquisadores egressos da linha 4 do PPGEL – UEL e seus participantes de pesquisa. Desse modo, constituiu-se a seguinte pergunta de pesquisa: Que formas e justificativas de interação que os professores-pesquisadores tiveram com seus participantes no decorrer dos estudos que conduziram? Os dados serão gerados por meio de questionário eletrônico. Ao adotar-se a cognição como unidade analítica (CORADIM, 2015; REIS, 2005), os dados serão analisados por meio da Análise Paradigmática e Sintagmática (REIS, 2015, prelo), do processo de intersubjetivação (REIS, 2008; EGIDO; REIS, 2018) e dos retornos do pesquisador aos participantes (e.g. CHIMENTÃO, 2016; CORADIM, 2008). O aporte teórico será constituído de dois pilares principais, a saber: Ética na Linguística Aplicada e Relações de Poder na Esfera Profissional. As cinco fases de elaboração do instrumento de geração de dados indicam mudança de (i) modo de trabalho, do individual ao coletiva, (ii) tipos de perguntas, de somente parágrafo a grade e caixa de seleção, também e (iii) não-obrigatoriedade de resposta. Em relação aos ganhos proporcionados por esta experiência, são ressaltados os de natureza científica, cognitiva e tecnológica. Palavras-chave: Ética na Linguística Aplicada; Retorno de pesquisa; Relações de Poder.

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Linha de pesquisa 4: Ensino/aprendizagem e formação do professor de língua estrangeira

O ENSINO E APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA COM BASE EM GÊNEROS: UM REPENSAR

SOBRE A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO PROCESSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA

Aline Cristina Fernandes (UEL) Orientadora: Profª. Drª. Vera Lúcia Lopes Cristovão (UEL)

Debatedora: Profª. Drª. Patricia de Oliveira Rosa da Silva (UEL)

RESUMO: Meu projeto de pesquisa do mestrado tem por objetivo investigar a formação continuada de um grupo de professores de Língua Inglesa, por meio de uma oficina de caráter interdisciplinar, visando à reflexão sobre a Educação Ambiental Crítica (TOZONI-REIS, 2009) e uma possível instrumentalização para o ensino. Para tanto, lançaremos um olhar mais detalhado para o papel do material didático enquanto elemento mediador de práticas educativas no contexto do ensino básico. Os métodos para geração de dados utilizados na pesquisa serão: questionários semiestruturados inicial e final aos professores participantes da oficina, diários de aprendizagem da pesquisadora e dos professores em formação continuada e filmagem dos encontros. Esse estudo pauta-se, principalmente, nas concepções teórico-metodológicas do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD) (BRONCKART, 2007), do procedimento da Sequência Didática (SCHNEUWLY; DOLZ; NOVERRAZ, 2004) e da Educação Ambiental (DIAS, BONFIM, s.d, GEÓRGIA, 1977, TOZONI-REIS 2007, 2009, 2015). Tal interesse vai ao encontro de investigações na tentativa de compreender a formação continuada de professores em relação à Educação Ambiental (EA) no Brasil, o qual a partir do estabelecimento da lei número 9.795/99 determinou a implantação da EA para os níveis infantil, fundamental e médio da educação básica, e também para os níveis de educação superior, Especial, profissional e educação de jovens e adultos. Palavras-chave: Formação de professores; Língua Inglesa; Educação Ambiental.

CONCEPÇÕES CURRICULARES PARA A FORMAÇÃO SUPERIOR DE PROFESSORES DE INGLÊS

Ana Paula Trevisani Barreto (UEL) Orientadora: Profª. Drª. Vera Lúcia Lopes Cristóvão (UEL)

Debatedora: Profª. Drª. Viviane Aparecida Bagio Furtoso (UEL) RESUMO: O objetivo central da pesquisa é investigar concepções curriculares para um Curso de Letras Inglês tendo como foco as visões de professores formadores do Núcleo Docente Estruturante (NDE) do curso. O contexto de pesquisa é uma Instituição Estadual de Ensino Superior (IEES), no estado do Paraná, e o Programa de Reestruturação Curricular em andamento nesta instituição, promovido pela Pró-reitoria de Graduação (Prograd) da IEES. Fundamento-me em referenciais metodológicos da pesquisa qualitativa, particularmente, de uma postura epistemológica construcionista social e oriento-me por princípios da Grounded Theory, segundo Glaser (1998). Para esta comunicação, concentro-me em apresentar duas seções do estudo em andamento: 1) a justificativa da pesquisa, ou seja, motivação, delimitação do problema e potencial contribuição à área de Estudos da Linguagem; 2) o caminhar metodológico do processo entrelaçado de geração de dados e análise. Na posição de pesquisadora participante, envolvendo outros colegas do corpo docente do Curso de Letras Inglês em questão, entendo que o percurso da pesquisa, para além de um espaço de reflexão teórico-prática, vem contribuindo à percepção de aspectos de currículo de línguas para a formação de professores de inglês, seja por ocasião do Programa de Reestruturação da IEES, seja por ações de empenho conjunto e ininterruptas do próprio colegiado do curso. Palavras-chave: Reestruturação curricular; professor formador; língua inglesa; concepções curriculares; currículo de línguas.

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Linha de pesquisa 4: Ensino/aprendizagem e formação do professor de língua estrangeira

EDUCAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA NO ESTADO DO PARANÁ: UMA

METAPESQUISA

Célia Regina Capellini Petreche (UEL) Orientadora: Profª. Drª. Simone Reis (UEL)

Debatedora: Profª. Drª. Viviane Bagio Furtoso (UEL)

RESUMO: A pesquisa na área da Linguística Aplicada, mais especificamente em estudos da linguagem, abre espaço crescente para o desenvolvimento de pesquisas no campo da educação de professores de língua inglesa. Tal cenário despertou meu interesse em investigar as possíveis epistemologias, ontologias e metodologias adotadas por estas pesquisas, nos programas de Pós-Graduação stricto sensu das universidades estaduais paranaenses. Assim, detectei a carência de metapesquisa voltada para a investigação deste campo de atuação profissional situado na área das ciências humanas, mas que empresta conceitos das ciências sociais para o desenvolvimento de suas pesquisas qualitativas. Partindo desse contexto, apresento o andamento de estudo qualitativo documental, a saber: um panorama do sistema educacional brasileiro, a estrutura dos programas de Pós-Graduação stricto sensu das universidades estaduais paranaenses em linhas de pesquisa que desenvolvem e que têm potencial para desenvolver pesquisas sobre a formação de professores de língua inglesa. Além disso, situo as bases de minha pesquisa, discuto as mudanças epistemológicas e paradigmáticas que influenciam as pesquisas que constituem meu corpus, apresento os procedimentos adotados para análise e demonstro os resultados parciais de tais análises. Minhas expectativas, para este momento, são o debate sobre os rumos a serem tomados por meu estudo, a partir do que já foi desenvolvido, para elaborar e sustentar tese sobre as especificidades do campo investigado e possível proposição de novos parâmetros de pesquisa que contribuam para o desenvolvimento de outras pesquisas sobre a formação de professores de língua inglesa. Palavras-chave: Estudos da linguagem; educação de professores; metapesquisa.

O PNLD COMO UM INSTRUMENTO DE FORÇA NORMATIVA NA CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE DO PROFESSOR DE INGLÊS

Claudinei Aparecido Canazart (UEL)

Orientadora: Profª. Drª. Simone Reis (UEL) Debatedora: Profª. Drª. Lilian Kemmer Chimentão (UEL)

RESUMO: A pesquisa empreendida está inserida no campo da formação de professores e tem como finalidade investigar a construção de identidade do professor de inglês do ensino público. Tem como contextos de pesquisa os documentos que compõem o Plano Nacional do Livro Didático (PNLD), ou seja, os Guia de Livros Didáticos das edições trienais de 2011-2013, 2014-2016 e 2017-2019 e também relato autobiográfico da formação inicial e continuada e da atuação profissional como professor de inglês no ensino público. Para analisar os dados dos Guias de Livros Didáticos e o Relato Autobiográfico adoto como método e metodologia, a Análise Paradigmática e Sintagmática (APS) de Reis (2008) tendo a linguagem como unidade de análise. Nesta apresentação exponho o percurso metodológico de análise de parte do corpus, isto é, das fontes documentais do PNLD, e resultados já encontrados. Exponho as etapas realizadas: a submissão do projeto à Plataforma Brasil como posicionamento ético, a escolha do material de análise, a coleta e preparação dos dados, as leituras intersubjetivas, as análises indutivo-dedutivas, a construção de grades analíticas, os processos de refinamento de classificações, a escrita da análise. Os resultados mostram que o PNLD apresenta contradições discursivo-ideológicas materializadas pelos binários inclusão-exclusão no campo das diversidades étnico-raciais e plurilinguísticas. A política PNLD exerce poder e autoridade ideológico-discursiva na construção de identidade do professor de inglês tendo o livro didático como protagonista dessa construção, pois, confere ao professor um papel coadjuvante que, por ideologias de conveniência da política, oscila a atuação deste entre a autonomia e a submissão. Palavras-chave: Construção de identidade; PNLD; Formação de professores.

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Linha de pesquisa 4: Ensino/aprendizagem e formação do professor de língua estrangeira

DA PREPARAÇÃO À GERAÇÃO DE DADOS: UMA ANÁLISE ACERCA DO DESENVOLVIMENTO DE

INSTRUMENTO-PILOTO

Clicy Anny de Oliveira Santos (UEL/Bolsista Capes) Orientadora: Prof.a Dr.a Simone Reis (UEL)

Debatedora: Prof.a Dr.a Denise I. B. Grassano Ortenzi (UEL)

RESUMO: O presente trabalho refere-se à pesquisa doutoral em andamento, na área da Linguística Aplicada, no campo da profissionalidade docente, com foco no plano de carreira do Quadro Próprio do Magistério (QPM) da educação básica do Paraná. A pesquisa tem como participantes-alvo professores de Inglês vinculados ao contexto do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Londrina. Dentre seus objetivos, de natureza descritivo-explicativa, estão ter acesso ao pensamento dos participantes sobre os critérios atuais e pregressos para a promoção na carreira, às razões que motivam tais pensamentos, bem como ao que julgam, e por quais motivos, serem critérios válidos para a promoção na carreira do QPM. Nesta apresentação, trataremos da primeira etapa da pesquisa, que consiste no processo de elaboração do questionário piloto, via ferramenta Google Forms, para a futura geração de dados, a qual foi precedida pelos passos de preparação, aplicação e avaliação de resultados do piloto. A versão preliminar serviu de base para a criação de questões mais eficazes e que possibilitariam obter dados que melhor expressem o que se pretende verificar. As perguntas foram elaboradas levando-se em conta a ética emancipatória, que pretende dar voz aos participantes em todas as fases do trabalho, e contou com sugestões e apontamentos dos membros do grupo de pesquisa Linguagem & Poder. Após a primeira aplicação, as vozes dos respondentes foram incorporadas tanto na previsão das informações que serão obtidas na geração dos dados quanto na construção do instrumento. O aprimoramento deste possibilitou mudanças referentes a ordem, reformulações, inclusões e exclusões de questões. Palavras-chave: Instrumento-piloto; questionário-piloto; geração de dados; preparação de dados de pesquisa.

POLÍTICAS EDUCACIONAIS E A BNCC NA REFORMA CURRICULAR NO ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA: O DISCURSO PRESENTE PERANTE OS ESTUDOS CRÍTICOS DA LINGUAGEM

Douglas Bressan (UEL)

Orientadora: Profª. Drª. Elaine Fernandes Mateus (UEL) Debatedora: Profª. Drª. Juliana Reichert Toneli (UEL)

RESUMO: Este trabalho tem por finalidade analisar como a linguagem e a política estabelecem relações na implementação de políticas educacionais, tratadas pelo Estado e por entidades que representam os docentes. Ter-se-á como referência a Base Nacional Curricular Comum (BNCC), documento que guiará os currículos das escolas públicas e privadas, cuja finalidade é oferecer e garantir a qualidade no ensino-aprendizagem dos estudantes, como dos professores e da escola. Analisar-se-ão, também, os pontos de vista presentes em pareceres de associações representativas dos envolvidos com educação/ensino, com reflexões a respeito dessa reformulação curricular no ensino de línguas estrangeiras no ensino médio. Utilizo, como instrumentos legais, a Medida Provisória (MP) 746, de 2016 e a BNCC, homologada em abril de 2017. Tal estudo, do tipo análise documental, pretende refletir e analisar o discurso instaurado pelas entidades, visando problematizar o que espera(va)m quanto à implantação da BNCC, em relação a tal proposta governamental. Para tanto, além da análise de documentos oficiais, recorro a textos produzidos no contexto da ANPED, ALAB, ANPOLL, CNTE e Fundação Lemann. A análise de dados integra os estudos críticos da linguagem (FAIRCLOUGH e FAIRCLOUGH, 2012) e políticas públicas educacionais (BALL, 1994, 1998, 2001; MAINARDES, 2006). Espero com os resultados apontar as representações discursivas produzidas pelas instituições sociais distintas, percebendo a recontextualização desses discursos em diferentes textos e em diferentes níveis institucionais. Palavras-chave: BNCC; Reforma curricular; Políticas Educacionais, Análise de Discurso Crítica.

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Linha de pesquisa 4: Ensino/aprendizagem e formação do professor de língua estrangeira

SUPPORTING ENGLISH LANGUAGE LEARNING THROUGH TRANSLANGUAGING PRACTICES AT

HIGHER EDUCATION: POTENTIAL FUNCTIONS IN A BRAZILIAN UNIVERSITY

Marjorie Ninoska Gomez Talavera (UEL/Bolsista Capes) Orientadora: Profª. Drª. Telma Nunes Gimenez (UEL) Debatedora: Profª. Drª. Michele Salles El Kadri (UEL)

ABSTRACT: Around the world, questions about whether the use of the mother tongue or the first language is appropriate in language classes is a public debate, especially in teaching English as an additional language. In Brazil, as in many other Latin American countries, educators still separate languages in language education as two independent, not intertwining linguistic systems. Therefore, this research delves into exploring translanguaging (e.g. students´ complete linguistic repertoires) at Higher Education and its potential pedagogical benefits in a Brazilian university in the State of Paraná, in the teaching of the English language. The study follows a qualitative approach center on ethnographic and action research methodologies, divided into two different times of data collection during the academic year 2017 in two different language courses. The study is exploratory in nature, working with undergraduate students under the English language department programs and using audio- visual documentation, observation sheets, video recordings, interviews, and focus group discussions as part of the data collection, and later data analysis. The main study objectives are to identify the linguistic practices of students and contextual reasons for translingual practices, and to establish the value of feedback within the realm of such practices, as a support for teaching and learning of English. Keywords: Translanguaging; language ideologies; English language; feedback.

IMPACTOS DE ACONTECIMENTOS SIGNIFICATIVOS NA IDENTIDADE DE PROFESSORES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

Silvia Regina Akiko Heshiki (UEL)

Orientadora: Profª. Drª. Simone Reis (UEL) Debatedora: Profª. Drª. Denise Ismênia B. Grassano Ortenzi (UEL)

RESUMO: Este estudo está inserido na área da linguística aplicada, campo da identidade de professor e foco na análise de acontecimentos significativos. Tem natureza qualitativa e epistemologia construcionista-emancipatória. Objetiva descrever, explicar e elaborar crítica sobre os posicionamentos identitários em práticas sociais de linguagem e procura responder às seguintes perguntas: 1) Que práticas sociais de linguagem os professores relatam por meio de acontecimentos significativos?; 2) Que posicionamentos em relação aos acontecimentos os professores resgatam?; 3) Quem são os participantes desses acontecimentos?; 4) Que posição social eles ocupam(vam)?; 5) A que finalidades o uso da linguagem serviu em tais acontecimentos resgatados?; 6) Com respeito aos acontecimentos, o que pensam os professores quanto ao futuro? A perspectiva teórica será definida a partir da análise de dados e os participantes serão professores de língua estrangeira do setor público da educação básica do Núcleo Regional de Londrina. O instrumento de geração de dados será um questionário eletrônico e, se necessário, entrevista semi-estruturada gravada e transcrita, sendo o material para análise as práticas sociais de linguagem. O método de análise de dados será dedutivo-estatístico de dados quantitativos e indutivo–dedutivo com APS (Análise Paradigmática Sintagmática) de dados qualitativos. Assim, a unidade de análise será a cognição pela linguagem verbal do participante sobre os acontecimentos relatados. Compartilharei, na atual fase da pesquisa, o processo de elaboração e aperfeiçoamento do instrumento (viz. questionário eletrônico via Google Forms), pilotado duas vezes até a versão final, tendo sido modificado em sentido (termos e significados) e em organização e formato de questões. Palavras-chave: identidade; professores; língua estrangeira; acontecimentos; impactos.