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1 Previdência Complementar – cenário atual e seus próximos passos ... rumo a sustentabilidade dos planos Secretaria de Políticas de Previdência Complementar Ministério da Previdência Social V ENCONT Recife, 21 de Novembro de 2013

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1

Previdência Complementar – cenário atual e seus próximos passos ... rumo a

sustentabilidade dos planos

Secretaria de Políticas de Previdência Complementar

Ministério da Previdência Social

V ENCONT Recife, 21 de Novembro de 2013

2

Sumário Desafios na formação de uma

reserva

O Regime de Previdência Complementar

Governança e a Supervisão Baseada em Riscos

Mapeamento de Processos e o Monitoramento de Riscos

Próximos Passos rumo a sustentabilidade dos planos

I

II

III

IV

V

3

Sumário Desafios na formação de uma

reserva

O Regime de Previdência Complementar

Governança e a Supervisão Baseada em Riscos

Mapeamento de Processos e o Monitoramento de Riscos

Próximos Passos rumo a sustentabilidade dos planos

I

II

III

IV

V

4

O que precisamos lembrar ...

Com relação a formação de recursos para aposentadoria no Brasil poderíamos resumir os desafios em três:

Aumento da Longevidade

Queda da taxa de juros

real

Custo com Saúde

5

Aumento da Longevidade

6

Fonte: http://hdrstats.undp.org/en/indicators/69206.html

Expectativa de vida ao nascer – BRICS (1980 - 2012)

País 1980 1990 2000 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Rússia 67,5 68,0 65,0 66,1 66,7 67,2 67,7 68,2 68,5 68,8 69,1

Brasil 62,5 66,3 70,1 71,6 71,8 72,1 72,5 72,8 73,1 73,5 73,8

China 67,0 69,4 71,2 72,1 72,4 72,6 72,8 73,0 73,2 73,5 73,7

Africa

do Sul

56,9 61,5 54,8 51,1 51,0 51,1 51,4 51,8 52,2 52,8 53,4

Índia 55,3 58,3 61,6 63,3 63,7 64,0 64,4 64,7 65,1 65,4 65,8

Em 32 anos, a expectativa de vida do brasileiro

ao nascer cresceu 11 anos e 4 meses.

7

Expectativa de vida no Brasil

As mulheres continuam vivendo mais do que os homens, fenômeno que tem como uma das causas a violência das cidades.

65,7 59,6

77,4 70,2

Mulheres Homens

1980 1980 2010 2010

Posição Estado Anos

1 Santa Catarina 79,9

2 Distrito federal 79,7

3 Espírito Santo 79,5

4 São Paulo 79,2

5 Rio Grande do Sul 79,2

Posição Estado Anos

1 Roraima 72,8

2 Maranhão 72,8

3 Piauí 73,8

4 Rondônia 73,9

5 Alagoas 74,0

Melhores Estados

Piores Estados

Posição Estado Anos

1 Santa Catarina 73,7

2 São Paulo 72,6

3 Rio Grande do Sul 72,6

4 Distrito federal 72,5

5 Minas Gerais 72,5

Posição Estado Anos

1 Alagoas 64,6

2 Maranhão 65,1

3 Piauí 66,1

4 Pernambuco 66,8

5 Sergipe 66,9

Piores Estados

Melhores Estados

Fonte: IBGE/2010

8

AMÉRICA LATINA: Estudo da CEPAL:

2010: 100 jovens - 36 idosos 2050: 100 jovens - 150 idosos

BRASIL: O País que envelhece

Em 1950, havia 2,6 milhões de idosos; Hoje, são 23,5 milhões de idosos;

Em 2050, estimativa de 65 milhões de idosos.

9

Envelhecimento da População

País de idosos: Em 1950, havia 2,6 milhões de idosos. No Brasil, hoje, são 23,5 milhões. Para 2050, estima-se o número de 65 milhões.

10

Distribuição da população brasileira por faixa etária

Fonte: IBGE e Banco Mundial

11

Pirâmide Populacional Brasileira – 1980

10000 8000 6000 4000 2000 0 2000 4000 6000 8000 10000

0-45-910-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-79> 80

Milhares

Homens Mulheres

Fonte: IBGE

Elaboração: SPS/MPS

10000 8000 6000 4000 2000 0 2000 4000 6000 8000 10000

0-45-910-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-79> 80

Milhares

Homens Mulheres

10000 8000 6000 4000 2000 0 2000 4000 6000 8000 10000

0-45-910-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-79> 80

Milhares

Homens Mulheres

Pirâmide Populacional Brasileira – 2011

Pirâmide Populacional Brasileira – 2031

Achatamento da Pirâmide Etária

12

Custos com Saúde

13

Tabela Comparativa: Inflação Acumulada: IPCA, INPC e IPG-grupo saúde (RMSP)

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

2008 2009 2010 2011 2012

5,8%

10,7%

17,3%

24,6%

32,3%

6,5%

10,9%

18,0%

25,2%

33,0%

6,4%

13,6%

20,3%

29,1%

36,8%

IPCA (IBGE_SNIPC) INPC (IBGE_SNIPC) IPC-grupo saúde RMSP (Fipe)

14

Crescimento da população idosa – será a grande influente na gestão da

saúde;

Aumento da obesidade e de doenças crônicas;

Maior Cobertura – inclusão de novos procedimentos, medicamentos e

aumento do nº de segurados (taxa de cobertura de pessoas com + 60 anos

corresponde a 26,3% - junho/2013).

Porque a saúde está ficando mais cara?

O custo médio na faixa etária dos

a partir dos 59 anos tende a

triplicar nas internações, exames

complementares e outros

atendimentos ambulatoriais. O

reajuste médio dos planos de

saúde ao se completar 59 anos é

de 42,98%. Fonte: ANS

Crescimento acumulado dos custos médios estimados das operadoras - 2008 a 2012

Consultas Médicas 11,85%

Exames complementares 15,19%

Terapias 30,36%

Internações 3,31%

Outros atendimentos ambulatoriais

18,58%

Fonte: ANS

15

Crescimento da

renda

Crescimento

dos custos

médicos

Quanto tempo os aposentados suportarão o repasse dos aumentos de custos para a contribuição assistencial?

Ponto hipotético de ruptura

Passivo

Linha do tempo

Cust

os

X R

end

a d

os

apo

sen

tad

os

16

Queda da taxa de juros real

17

Queda da Taxa de Juros Real

Fonte: Ipeadata.

18

Reação dos Fundos de Pensão Evolução da Taxa de Desconto – Planos BD

Fonte: PREVIC – Diretoria de Assuntos Atuariais, Contábeis e Econômicos - DIACE (abril 2013)

19

20

Desafios da Previdência Complementar

Com relação a formação de recursos para a aposentadoria no Brasil poderíamos resumir os desafios em três:

Aumento da Longevidade

Queda da taxa de juros

real

Custo com Saúde

21

Sumário Desafios na formação de uma

reserva

O Regime de Previdência Complementar

Governança e a Supervisão Baseada em Riscos

Mapeamento de Processos e o Monitoramento de Riscos

Próximos Passos rumo a sustentabilidade dos planos

I

II

III

IV

V

22

Regimes de Previdência

Regime Geral

Base: CF, art. 201

Regimes Próprios União

Base: CF, art. 40

Previdência Complementar

Base: CF, art. 202

Obrigatório Obrigatório Facultativo/Autônomo Repartição Simples Repartição Simples Capitalização

Benef.: 26,03 milhões Assist.: 967 mil Partic.: 3,2 milhões Déficit: 42,3 bilhões Déficit: R$ 57,6 bilhões Equilíbrio(Superávit) Urbana: 25 Bi Superávit Patrimônio: 678,5 bi

15,38% PIB

Dados: RGPS e RPPS , Previd.Complementar: dez/2012.

23

Cenário Atual

NÚMEROS DO REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADO

NÚMEROS 2005 2010 Set/2013

EFPC 345 368 325

Patrocinadores 1.946 2.316

Instituidores 60 480

Planos 925 1.078 1.093

Participantes e Assistidos

2,3 milhões 2,9 milhões 3,145 milhões*

Ativos Totais 321,7 bilhões 566 bilhões 662,08 bilhões**

*Dados de junho de 2013. **Dados do 2º tri/2013

Extração: 22.10.13

2.472

490

24

Rentabilidade Acumulada dos Fundos de Pensão

*TMA: Taxa Máxima Atuarial

INPC+6% até 2012

INPC+5,75% em 2013

Fonte: Abrapp.

25

Sumário Desafios na formação de uma

reserva

O Regime de Previdência Complementar

Governança e a Supervisão Baseada em Riscos

Mapeamento de Processos e o Monitoramento de Riscos

Próximos Passos rumo a sustentabilidade dos planos

I

II

III

IV

V

26

Heterogeneidade do Sistema de Previdência Complementar

Previdência

Complementar Fechada

Públicas

Utilizam estrutura

do patrocinador

Processos

Terceirizados Processo Interno

Privadas

Multipatrocinadas

Multiplanos

27

Estrutura Organizacional Mínima das EFPC

Conselho Deliberativo

Diretoria Executiva

Conselho

Fiscal

28

29

FISCALIZAÇÃO BASEADA

EM REGRAS

ANÁLISE

DE

RISCOS

SUPERVISÃO BASEADA EM RISCOS

SBR

• Verifica os riscos a que estão sujeitas os planos e as

EFPC;

• Verifica o conhecimento, capacitação e gerenciamento

dos riscos realizados pelas EFPC;

• Verifica conformidade às normas.

30

Sumário Desafios na formação de uma

reserva

O Regime de Previdência Complementar

Governança e a Supervisão Baseada em Riscos

Mapeamento de Processos e o Monitoramento de Riscos

Próximos Passos rumo a sustentabilidade dos planos

I

II

III

IV

V

31

Tópicos da Boa Gestão

Governança Corporativa;

Definição de Processos;

Riscos (identificados e monitorados);

Controles Internos.

Riscos

Controles

Internos

Definição

Processos

Governança

Corporativa

Boa Gestão

32

PARA QUE MAPEAR PROCESSOS?

Aumentar a compreensão e transparência do negócio;

Registrar o método de trabalho, os processos e sua seqüência para:

Padronização entre indivíduos e grupos; e

Constante conhecimento/revisão quando couber;

Identificar processos críticos e agentes que necessitam de incremento (Pessoas – Sistemas);

Facilitar a otimização (desafio: buscar a simplificação sem perda de qualidade).

Identificar riscos.

33

Identificando os Riscos

Identificar os riscos significa compreender as origens do perigo, ou seja, é preciso conhecer os eventos, internos e externos, que podem comprometer os objetivos estratégicos da Entidade.

O grande desafio das EFPC’s está em identificar essas origens, uma vez que cada Entidade possui suas particularidades.

O risco é inerente a praticamente todos os processos da Entidade, por esse motivo a sua identificação e monitoramento devem ser contínuos.

34

Os controles serão aplicados sob os processos de trabalho e devem ser específicos para cada Entidade e para cada plano de benefícios – atentar para as particularidades da EFPC e do plano.

Após a identificação dos riscos será possível estabelecer quais as ações e os controles mais eficazes para minimizá-los.

Controle dos Riscos

35

O processo de monitoramento dos riscos deve ser contínuo, assegurando de forma eficiente a diminuição da incerteza em relação a eventos futuros.

O monitoramento continuo possibilita identificar se os controles estão adequados e efetivos, se os objetivos estão sendo cumpridos e se as eventuais falhas estão sendo prontamente

identificadas e corrigidas.

Monitoramento dos Riscos

36

A Resolução CGPC 13 determina que:

Art. 1 - As entidades fechadas de previdência

complementar - EFPC devem adotar princípios, regras e práticas de governança, gestão e controles internos adequados ao porte, complexidade e riscos inerentes aos planos de benefícios por elas operados, de modo a assegurar o pleno cumprimento de seus objetivos. (grifo nosso)

Legislação

37

Heterogeneidade do Sistema de Previdência Complementar

Previdência

Complementar Fechada

Públicas

Utilizam estrutura

do patrocinador

Processos

Terceirizados Processo Interno

Privadas

Multipatrocinadas

Multiplanos

38

Sumário Desafios na formação de uma

reserva

O Regime de Previdência Complementar

Governança e a Supervisão Baseada em Riscos

Mapeamento de Processos e o Monitoramento de Riscos

Próximos Passos rumo a sustentabilidade dos planos

I

II

III

IV

V

39

PARTICIPANTES: ACOMPANHAR A GESTÃO E

REVISITAR A “MODELAGEM” DE SEU PLANO...

40

Tempo de Contribuição

*

Contribuição Mensal* Valor Acumulado*

Benefício mensal dos 60 aos 85 anos (**37 = 62 aos 85)

6% aa 4,5% aa 6% aa 4,5% aa

10 anos* R$ 1 mil R$ 1.079,73 R$ 162.473,45 R$ 1.031,09 R$ 894,78

20 anos* R$ 1 mil R$ 1.180,34 R$ 453.438,66 R$ 2.877,62 R$ 2.497,19

30 anos* R$ 1 mil R$ 1.304,46 R$ 974.513,07 R$ 6.184,46 R$ 5.366,87

35 anos R$ 1 mil R$ 1.378,03 R$

1.380.290,06 R$ 8.759,60 R$ 7.564,76

35 anos R$ 1 mil R$ 1 mil

R$ 1.380.290,06

R$ 8.759,60 R$ 8.852,04 40,7 anos

37 anos ** R$ 1 mil R$ 1.408,83 R$

1.576.410,16 R$ 10.394,51 R$ 9.099,20

*Fonte: O Estado de S. Paulo de 5 de janeiro de 2013.

Simulação I – Ajuste nas contribuições

41

Simulação II – Partindo do benefício de ...

Valor do Benefício

Valor de Contribuição Valor Acumulado

6% aa 4,5% aa 6% aa 4,5% aa

R$ 750,00 R$ 85,62 R$ 135,96 R$ 118.180,80 R$ 136.184,49

R$ 1.500,00 R$ 171,24 R$ 271,92 R$ 236.361,60 R$ 272.368,98

R$ 3.000,00 R$ 342,48 R$ 543,84 R$ 472.723,21 R$ 544.737,97

R$ 4.500,00 R$ 513,72 R$ 815,77 R$ 709.084,81 R$ 817.106,95

R$ 6.000,00 R$ 684,96 R$ 1.087,69 R$ 945.446,41 R$ 1.089.475,94

Tempo de contribuição: 35 anos;

Tempo de recebimento do benefício: 25 anos (dos 60 aos 85 anos).

42

ENTIDADES

43

EQUILÍBRIO • Da estrutura organizacional;

• Do Estatuto;

• Do Regulamento.

• Processos de trabalhos

GOVERNANÇA

Gestão da EFPC

•Ativismo na Gestão dos Investimentos;

• Ferramentas de Acompanhamento e Controle dos Investimentos;

•Gestão Profissional – Interna ou Terceirizada;

• Contínua Educação Financeira e Previdenciária.

Gestão da EFPC

• Cadastro Atualizado;

• Proativos na modelagem do plano;

• Aderência da Gestão ao regulamento do plano;

• Processos Mapeados e Riscos Monitorados;

• Comitê de Investimentos e Gestores com profundo

conhecimento do Passivo;

44

Não perder de vista que “a prova é de resistência e não de velocidade”, ou seja, o que vale é a rentabilidade no longo prazo.

45

GOVERNO

46

APOIO TÉCNICO AO STF NA DEFINIÇÃO DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM PARA CASOS AFETOS A PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR;

AJUSTE NAS TAXAS DE DESCONTO DO PASSIVO ATUARIAL (GRADATIVA);

NOVA REGRA DE RETIRADA DE PATROCÍNIO;

2013

47

FLEXIBILIZAÇÃO NA RES. CMN 3.792 - CERTIFICAÇÃO;

FLEXIBILIZAÇÃO NO PRAZO PARA EQUACIONAMENTO DE DÉFICITS (AJUSTE NO ART. 28 DA RES.26, DE 2008);

PESQUISA COM EMPRESAS, SINDICATOS E ASSOCIAÇÕES DE CLASSE – APRESENTAÇÃO DIA 26/11 EM SP.

2013

48

No sentido de aumentar a cobertura da previdência

complementar ...

Enfrentar os obstáculos!

49

Obstáculos à adesão de novos participantes a planos de previdência

1. Consumo

Cultura

Demanda reprimida

“Caminho” para o crescimento econômico

50

2. Grau de endividamento das famílias

Fonte: BCB - Depec

51 4. Opção por Planos Abertos ou Fechados.

3. Falta de informação financeira e previdenciária

Quem precisa? Todos!

52

Déficit Atuarial do RPPS: R$ 3,7 trilhões Poupança do RPPS (Estados + Municípios): R$ 112,9 bilhões

Poupança do RPPS corresponde à 3,05%

do Reserva Necessária.

PrevFederação: - Reduzir a despesa pública;

- Aumentar a cobertura previdenciária; - Aumentar a poupança interna.

Implementar o PrevFederação

53

Considerando os três poderes da União, Estados e Capitais, o Brasil possui 4.740.036 servidores, dos quais 1.311.320 recebem acima do teto do RGPS

* Fonte: MPS/RPPS (quantidade de servidores) e percentuais extraídos da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) 2008-2009

54

Ajustes nas regras tributárias;

Tratamento tributário alternativo para planos

instituídos e patrocinados – Tal qual VGBL;

Demanda: Postergação da Opção pelas tabelas

tributárias.

Tabela Única – Ex: Regressiva com ajuste na

declaração anual.

Educação Financeira e Previdenciária –

Ampla campanha institucional.

Próximos Passos - Fomento

55

Agradeço o honroso convite e a atenção de todos!

José Edson da Cunha Júnior

[email protected]

(61) 2021.5482/5320