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Bairro dos Estados - CEP: 58030 001 – João Pessoa – PB
Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana
Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Hum ana do governo da Paraíba
Relatório I Seminário Estadual de Políticas Publica para
Comunidades Quilombolas do Estado da Paraíba
João Pessoa, Dezembro de 2011.
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Ficha técnica
Governo do Estado da Paraíba Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana
Secretária Iraê Heusi Lucena Secretaria Executiva Gilberta Santos Soares
Gerencia Executiva de Equidade Racial
- Gerente Luiza Regina Alves de Oliveira
Gerente Operacional de Apoio as Comunidades Tradicionais
- Izabel Souza da Silva
Gerente Operacional de Políticas de Ações Afirmativas
- José Roberto da Silva
Consultora
-Verônica Lourenço
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ÍNDICE
Introdução
Metodologia
Justificativa
Contextualização Sócio-Histórica
Referências Bibliográficas
Anexo I – Programação do I Seminário Estadual de Políticas para as Comunidades quilombolas
Anexo II – Resultado dos Grupos de Trabalho
Anexo III – Lista das comunidades quilombolas da Paraíba
Anexo IV – Fotos das visitas realizadas às comunidades
Anexo V – Documento da Coordenação Estadual das Comunidades Negras e Quilombolas da Paraíba - CECNEQ
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INTRODUÇÃO
Este relatorio está dividido em 4 partes e anexos. A primeira parte
consta de introdução e metodologia do Seminário, com a descrição dos
processos e como se deu a realização do I Seminário Estadual de Políticas
Públicas para as Comunidades Quilombolas da Paraíba. A segunda parte
versa sobre a justificativa para a realização do Seminário, tendo em vista
os seus objetivos. A terceira faz uma contextualização histórica do
surgimento das comunidades quilombolas no estado da Paraiba, onde
aparecem os marcos temporais e algumas prioridades levantadas pelas
próprias comunidades quilombolas. O I Seminário Estadual de Politicas
Públicas para as Comunidades Quilombolas aconteceu nos dias 06 e 07
de dezembro de 2011. O Seminário teve como objetivo subsidiar a
elaboração do Plano Estadual de Políticas Públicas para as Comunidades
Quilombolas, a luz do Programa Brasil Quilombola do Governo Federal. O
público foi composto por gestores estaduais das secretarias com
competência para realizar ações dirigidas a população quilombola; gestores
dos municípios onde estão as comunidades quilombolas; representantes
das comunidades quilombolas; a Coordenação Estadual das Comunidades
Negras e Quilombolas - CECNEQ e o CEPIR- Conselho Estadual de
Promoção da Igualdade Racial, totalizando 120 participantes.
As mesas e os trabalhos em grupos com gestores/as estaduais e
municipais, membros do CEPIR e lideranças quilombolas discutiram as
demandas da população quilombola da Paraíba e apresentaram as ações
realizadas e planejadas pelas secretarias. Buscou-se construir uma visão
coletiva sobre a realidade das comunidades e levantar propostas de ações
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a serem executadas como políticas de governo para minimizar iniquidades
existentes, considerando as especificidades do estado e municípios. O
seminário buscou gerar as possibilidades para a implantação do Programa
Brasil Quilombola na Paraiba, com a implementação de políticas nas
áreas de: Saúde, Educação, Cultura, Desenvolvimento Local e Inclusão
Produtiva, Regularização Fundiária e Infra-estrutura Básica.
A metodologia do I Seminário Estadual de Políticas Públicas para
as Comunidades Quilombolas se fundamentou nos princípios da
educação popular, através da metodologia participativa e da construção
dos sujeitos. A Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade
Humana - SEMDH fez um processo de mobilização e articulação com as
comunidades, com reuniões, no período de 10 à 18/11/2011, em
parceria com a Coordenação Estadual das Comunidades Negras e
Quilombolas – CECNEQ, com as quatro regionais das comunidades
quilombolas: Zona da Mata Sul, Zona da Mata Norte, Médio Sertão e
Alto Sertão. Esta ação envolveu 16 (dezesseis) comunidades, com
participação de 37 (trinta e sete) lideranças quilombolas. Essa
articulação objetivou pactuar a realização do referido seminário, como
também levantar informações sobre as comunidades, destacando os
principais problemas encontrados e suas potencialidades. As
comunidades e organizações parceiras foram mobilizadas para
participar do Seminário para aprofundar o debate, fortalecer o diálogo,
construir parceria no respeito a experiência e ao protagonismo das
lideranças quilombolas.
A programação teve início no dia 06 de dezembro, às 8h30, com uma
mística na qual foram saudados/as os/as ancestrais que fizeram as lutas
quilombolas no Brasil/Paraíba. Este momento foi concluído com a
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apresentação cultural da ciranda e coco-de-roda das mulheres da
Comunidade Quilombola de Caiana dos Crioulos – Alagoa Grande/PB. Em
seguida, foi formada a mesa de abertura da qual participaram: a
Secretária de Estado da Mulher e da Diversidade Humana (SEMDH), Iraê
Lucena; Gilberta Soares, Secretaria Executiva da SEMDH, José Maximino
do CEPPIR/PB - Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial,
Geilza Roberto da CECNEQ e Francimar da ONG ACCADE. A 1º Mesa
temática foi coordenada pela Senhora Iraê Lucena, na qual foi apresentado
um panorama das comunidades quilombolas com o levantamento dos
principais problemas nas áreas de habitação, infra-estrutura básica, luz,
água, educação, saúde, acesso a terra, saneamento e acesso as
comunidades. As apresentações foram feitas em duas mesas redondas,
uma finalizando as atividades da manhã e a segunda logo após o almoço,
ambas com abertura de inscrições para debate com a plenária. As/os
componentes das mesas apresentaram as ações realizadas e previstas
pelas Secretarias de Estado na área de Segurança Alimentar e Nutricional,
na qual se constatou que as ações ainda são insuficientes e não estão de
acordo com a cultura alimentar e as necessidades de cada comunidade.
Parte das ações de inclusão produtiva são de responsabilidade da
Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (SEDH) e segundo seu
representante, Welcio Pinheiro, “os problemas de negação de direitos a
população quilombola são históricos e não sendo possível resolver em
apenas um ano de gestão”. Contudo, anunciou ações já previstas para
2012, como a a compra de produtos da agricultura familiar de
quilombolas, ampliação da cobertura do PAA e implantação CREAS e CRAS
nas áreas quilombolas. Anunciou o começo do projeto na área de
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segurança alimentar, aprovado junto ao MDS, no inicio de 2012, nas
comunidades do Matão/Gurinhem, Bonfim/Areia e Matinha/Serra Redonda.
Falou sobre estender a Rede de Economia Solidária para as comunidades
quilombolas, fortalecendo os empreendimentos solidários com artesãos,
catadores e agricultores familiar. As ações da Inclusão produtiva e Cultura
ainda não tem sido implementadas de forma satisfatória.
Segundo o representante da Secretaria de Estado do
Desenvolvimento da Agricultura e Pesca, a SEDAP não tem programas
voltados para quilombolas porque a ausência de demarcação e titulação
das terras quilombolas impede a execução de ações na área agrícola,
piscicultura e pecuária, uma vez que para desenvolvê-las,
necessariamente, é preciso ter o título da terra. Esse argumento foi
fortemente rebatido pelo plenário, que lembrou a possibilidade de executar
projetos de criação de animais, hortas e outras culturas temporárias. O
senhor José Paulo do INTERPA - Instituto de Terras e Planejamento
Agrícola da Paraíba - apresentou ações de disponibilização de crédito para
a aquisição de terras por agricultores de forma geral, porém tais ações não
atendem as especificidades das Comunidades Quilombolas. O mesmo não
se referiu a legislação específica para população quilombola. A Secretaria
de Estado de Cultura justificou que em seu planejamento estão previstas
ações para o fortalecimento e divulgação cultural das Comunidades
Quilombolas através de editais que priorizarão as Comunidades, enquanto
estratégia de afirmação de identidade e valorização da cultura local. É
importante dizer que a referida Secretaria foi criada em janeiro de 2011,
pois anteriormente estava agregada a Secretaria de Educação.
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A representante do Projeto Cooperar/Paraíba, Mônica Tavares,
enfatizou a concessão de créditos para agricultura familiar em áreas de
assentamento, bem como ações do Programa do Governo federal para
redução da pobreza, porém estes são quase inexistentes nas comunidades
quilombolas. Para 2012, enfatizou a compromisso do Cooperar para
assessorar as comunidades na elaboração de projetos produtivos e a
reserva de recurso público, oriundo do governo do estado e do Banco
Mundial, para apoiar esses projetos.
A senhora Joana Darc, representante da CAGEPA - Companhia de
Água e Esgotos da Paraíba justificou que a abrangência das ações do
órgão se restringe as áreas urbanas e que por isso não tem como atender
a maioria das Comunidades Quilombolas que se encontram em áreas
rurais. Geilza Roberto, representando a CECNEQ, questionou a ausência de
ações dos governo estadual e municipais em relação à efetivação de
políticas para as Comunidades Quilombolas e apresentou várias demandas,
enfatizando ainda que as lideranças quilombolas estão cansadas de
reivindicarem e não serem atendidas; o Delegado Bergson Vasconcelos, da
Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS), ponderou a invisibilidade em
relação aos crimes de racismo e em alguns momentos explicitou
dificuldades em relação a percepção de situações nas quais o racismo é
determinante das iniqüidades vivenciadas pela população negra, ao mesmo
tempo se mostrou sensível em relação a preparação dos agentes de
segurança pública para abordagem humanizada e não racista. Hígia
Margarete, representante da Secretaria de Estado da Educação, (SEE)
apresentou ações em relação a implementação a Lei 10.639/03, a criação
do Prêmio Estadual de Educação para Equidade Racial João Balula, que
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objetiva premiar experiências pedagógicas de implementação da referida
Lei, em escolas estaduais de ensino médio, além disso a realização de
formaçaõ de professoras/es a partir do Projeto A Cor da Cultura, realizado
em outubro. O Fórum Estadual de Educação para a Diversidade Etniorracial
tem se tornado um espaço de diálogo entre a gestão e as organizações da
sociedade civil, pautando ações de enfrentamento ao racismo, como
também ações de promoção da igualdade racial. Contudo, percebe-se que
o caminho ainda a ser percorrido ainda é longo para a real implementação
dessa Lei; Ivanalda Dantas, da EMATER - Empresa de Assistência Técnica
e Extensão Rural da Paraíba, enfatizou a falta de recursos humanos para
atender a vasta demanda das comunidades. O representante do INCRA
não compareceu. A técnica da CEHAP – Companhia Estadual de Habitação
Popular estave presente no período da manhã e informou que existem
recursos destinados a construção de 150 unidades habitacionais em
comunidades quilombolas, priorizando aquelas comunidades que ainda
possuem casas de taipa. Todas as intervenções feitas pelas representações
das comunidades quilombolas presentes no seminário, ressaltaram a
ausência de políticas nas comunidades quilombolas, e a falta de
resolutividade dos governos em relação as demandas colocadas pelas
comunidades, assim como questionaram a ausência de representante do
INCRA, de representantes das Secretarias de Estado da Juventude Esporte
e Lazer, Secretaria de Estado da Infra-Estrutura, Secretaria Estadual de
Saúde e Projeto Empreender, dos 25 gestoras/res municípais convidados
apenas 2 mandaram representantes e das 38 Comunidades existentes na
Paraíba, apenas 9 estiveram representadas no Seminário, apesar da
articulação feita com a CECNEQ, através de suas regionais e das visitas
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realizadas em algumas comunidades. Algumas lideranças fizeram
suposições de que a ausência de outras estava relacionada ao descrédito
quanto a efetivação das políticas, uma vez que já apresentaram suas
demandas.
No 2º dia, 07/12/2011, as/os participantes foram reunidas/os no
auditório do ESPEP para as devidas orientações sobre os grupos de
trabalhos – GT’s, os quais foram divididos por eixos, a saber: 1) saúde,
facilitado pelo Sr. Dalmo Oliveira/CEPPIR; 2) educação, facilitado pela Sra.
Paula Fernandes/SEE, 3) desenvolvimento local e inclusão produtiva, infra-
estrutura básica, facilitado pela Sra. Rosangela Silva/SEMDH; 4)
regularização fundiária, facilitado pelo Sr. Ricardo Ihou/ SECTMA. Nos
GT’s, os/as participantes discutiram as problemáticas vivenciadas pela
população quilombolas e apresentaram propostas de ações/políticas para o
estado e municípios. A dinâmica do trabalho dos GT’s se deu a partir do
quadro de ações previstas no planejamento da Gerência Executiva de
Equidade Racial da SEMDH, para o qual os participantes puderam analisar
as ações da gerência e propor outras ações de acordo com suas
demandas. Encerrado os GT’s aconteceu uma plenária de apresentação e
aprovação das propostas elaboradas. Assim, conforme segue anexo Nº
III, temos um quadro com as propostas aprovadas por todos/as presentes,
devendo estas ações subsidiar a elaboração do plano estadual de políticas
publicas para as comunidades quilombolas.
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JUSTIFICATIVA
”quilombo não significou apenas um lugar de refúgio de escravos fugidos, mas a organização de uma sociedad e livre
formada de “homens e mulheres que se recusavam vive r sob o regime da escravidão e desenvolviam ações de rebeld ia e de luta
contra esse sistema” MUNANGA & GOMES (2006).
O Regime de escravidão no Brasil durou quase quatro séculos e com a formalização do seu fim o Estado brasileiro não formulou políticas para as demandas desse contingente populacional, deixando-os a própria sorte. A partir dos anos 70, a questão quilombola foi recolocada no contexto nacional com a “descoberta das comunidades quilombolas”, graças, em grande parte, ao movimento negro contemporâneo e ao exercício intelectual de vários autores como Abdias do Nascimento, Clóvis Moura, Beatriz Nascimento, Lélia Gonzalez, Joel Rufino, Kabengele Munanga, dentre outros. Ao lado disso, é importante mencionar a mobilização política que culminou na publicação de um artigo das Disposições Transitórias (68), da Constituição de 1988, que dá direito à titulação das terras ocupadas. (SILVA SANTOS, 2004).
Apenas em 2003, o Governo brasileiro inicia, de forma efetiva, ações para a população negra com a criação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR, enquanto órgão estratégico para a articulação, proposição e monitoramento de ações para superação do racismo.
Segundo o senso demográfico 2010, o estado da Paraíba possui
3.766.528 habitantes, deste total 2.199.587 (58,39%) são negros/as
(IBGE, 2010). Embora, segundo dados do IBGE de 2010, a população
paraibana tenha a sua maioria negra, se aproximando dos 60%, isso
não tem significado equidade no que diz respeito ao acesso a bens
materiais, culturais, serviços e políticas públicas. Pelo contrário dados
oficiais nos mostram que essa parcela da população tem liderado
diversos índices como de analfabetismo, violências, desemprego ou
sub-emprego, mortalidade materna, homicídios, entre outros. Índices
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que desvelam o racismo enquanto estruturante e estruturador das
iniqüidades e injustiças sócias e que ainda presentes na sociedade
paraibana.
Em 2011 é criada na Paraíba a Secretaria da Mulher e da
Diversidade Humana como estratégia fundamental para superação do
racismo, sexismo e discriminação contra lésbicas, gays, bissexuais,
travestis e transexuais, com papel de articular ações para a promoção e
garantia da cidadania das mulheres, população negra e LBBT entre as
secretarias estaduais e prefeituras municipais. Nesse sentido, foi criada
a Gerência Executiva de Equidade Racial na estrutura da SEMDH que
tem como objetivo de orientar, acompanhar, coordenar, apoiar e
executar ações e programas voltadas à implementação de políticas e
diretrizes para a promoção da igualdade e da proteção dos direitos das
pessoas e grupos raciais e étnicos, afetados pela discriminação racial e
demais formas de intolerância, no estado da Paraíba.
Na perspectiva da implementação de políticas públicas voltadas
para promoção da igualdade racial, a Paraíba se encontra muito
incipiente. A quase total inexistência de organismos de governo com
essa especificidade reforça a falta de acesso dessa população aos bens
e direitos fundamentais e universais para seu desenvolvimento como
cidadão/ cidadã. Porém, um avanço identificado é a implementação do
Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial – CEPIR, órgão
deliberativo e consultivo de políticas para equidade racial, efetivamente
instalado em meados de 2011, encontrando-se em funcionamento.
Nesse sentido, a articulação junto as Secretarias de Estado se
configura como um desafio para o enfrentamento às diversas formas de
exclusão vivenciadas pela população negra e quilombola na Paraíba. No
tocante a população quilombola, algumas ações encontram-se
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pulverizadas nas secretarias e órgãos, como a distribuição de cesta
alimentação, programa do leite, construção de casas e os processos de
regularização fundiária sem haver o diálogo e a complementação das
ações na perspectiva da intersetorialidade.
No âmbito dos municípios, encontramos apenas em João Pessoa,
a Assessoria da Diversidade Humana, alocada na Secretaria de
Desenvolvimento Social – SEDES, criada em 2005 e que tem
desenvolvido ações de enfrentamento ao racismo institucional, a
exemplo da Campanha contra o Racismo Institucional, lançada em
março de 2011.
A população quilombola como tema prioritário de política pública
envolve desafios particulares para a ação governamental. A questão
fundiária incorpora outra dimensão, pois o território – espaço geográfico-
cultural de uso coletivo, diferentemente da terra como mero fator de
produção econômica – é elemento constitutivo da realidade social,
cultural e política, vinculado ao seu direito de auto-definição. Temas
como desenvolvimento sustentável, equidade e identidade se
apresentam de forma indissociável, criando desafios para a política
pública que exigem um alto nível de integração entre as ações
governamentais. Portanto, é urgente a criação e efetivação de um Plano
de Ações para as Comunidades Quilombolas paraibanas, tendo como
referencial o Programa Brasil Quilombola, Plano Nacional de Promoção
da Igualdade Racial – PLANAPIR e o Estatuto da igualdade Racial.
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CONTEXTUALIZAÇÃO SÓCIO - HISTÓRICA
Como reflexo das políticas públicas federais, o ano de 2004 marca
o inicio da visibilização das comunidades quilombolas no estado da
Paraíba e traz a tona no âmbito da sociedade civil, as iniqüidades por
elas vivenciadas.
Até 2011, a Paraíba possui 38 (trinta e oito) comunidades
remanescentes de Quilombo reconhecidas pela Fundação Palmares,
localizadas desde o litoral até o sertão. Destas, apenas 1 (uma)
comunidade quilombola (comunidade do Bonfim), localizada no
Município de Areia/PB recebeu sua titulação, em 14 de abril de 2011.
Estima-se que 2.400 famílias vivam em território quilombola na Paraíba.
Neste contexto, a população quilombola do estado vive, de forma
ainda mais acentuada, os problemas originados pelo racismo
institucional, marcado pela quase total ausência de políticas públicas
para esta população. Os processos de exclusão vivida pela população
quilombola são relatados por estes sujeitos que convivem no dia-dia as
mais diversas formas de exclusão. Assim, apresentamos algumas
considerações que traçam um perfil das comunidades quilombolas, do
litoral ao sertão, no estado da Paraíba.
A realidade ora apresentada revelam o empobrecimento e a
insegurança alimentar presente nas comunidades. Outros problemas
estruturais também foram relatados os quais tem provocados sérias
conseqüências nas comunidades. O trabalho sazonal tem provocado a
migração de jovens e adultos para outras cidades ou regiões do país,
em busca de condições de trabalho.
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Problemas se caracterizam também na área de educação, onde a
realidade escolar nas comunidades se apresenta com a ausência de
escolas ou escolas precárias e ensino inadequado que não se pautam
na Lei 10.639/03. Os dados mostram a existência de 18 (dezoito)
escolas de ensino fundamental em território quilombola, dessas 2 (duas)
são escolas estaduais. Identificamos também a ausência de merenda
diferenciada, inexistência de formação continuada dos professores/as,
desconhecimento e não aplicação da Lei 10.639/03.
Em contraponto, destacamos a experiência da Escola Municipal de
Educação Infantil e Ensino Fundamental Firmo Santino da Silva,
localizada na Comunidade Quilombola de Caiana dos Crioulos,
município de Alagoa Grande, brejo paraibano, que recebeu o Selo
Educação para a Igualdade Racial, concedido pela Secretaria Especial
de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR, no ano de
2010.
A saúde desta população, que tem suas especificidades,
especificidades a exemplo de doenças prevalentes na população como
a hipertensão arterial, diabetes melitos e anemia falciforme, tem sido
tratada com falta de cuidado por parte do poder público com
atendimento insuficiente ou inexistente nas comunidades. Atualmente,
existem 05 (cinco) unidades de saúde da família localizadas no território
quilombola, contudo, isso não tem garantido um atendimento
diferenciado, levando em consideração as peculiaridades daquela
população. As demais comunidades, precisam se deslocar até o
município mais próximo, podendo chegar até 15 km para garantir
atendimento médico. Outra situação muito encontrada é a ausência dos
profissionais de saúde (médicos, dentistas, enfermeiras) na USF.
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Embora o estado tenha realizado este ano o II seminário Estadual e I
Seminário Municipal sobre Saúde da População Negra, a Política
Nacional de Atenção a Pessoas com Anemia Falciforme e a Política
Nacional de Saúde Integral da População Negra não estão implantadas;
apenas a fase II do teste do pezinho entrou em vigor em 2010 com
atendimento apenas na capital.
A infra-estrutura básica segue a mesma lógica e a carência
aparece nas precárias vias de acesso às comunidades, na insuficiência
ou falta de abastecimento de água, na falta de reservatórios de água,
como cisternas, poços e açudes etc.
A situação habitacional desta população está marcada por falta de
moradia ou casas precárias. Identificamos em grande parte dessas
comunidades, a existência de casas de taipa. Numa amostra de 11
comunidades que responderam questionário aplicado pela SEMDH,
encontramos a existência de 140 casas de taipa em 08 comunidades.
Este ano, a CEHAP destinou casas para quilombolas dentro do
programa de habitação rural, totalizando o número de 150 unidades
habitacionais.
Com maior gravidade, temos a situação territorial e falta de
demarcação das áreas quilombolas, visto que a maioria das
comunidades não tem terra para trabalhar, plantar ou morar. Como já
citado anteriormente, apenas a comunidade quilombola de Bonfim
recebeu a titulação do território.
No geral, algumas prioridades foram apontadas pelas
comunidades, a saber: regularização da terra pelo INCRA, construção
de banheiros, viabilizar a rede de abastecimento de água, melhoria das
estradas de acesso a comunidade pelo município, construção de poços,
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geração de emprego e renda, construção da rede de saneamento dos
esgotos, iluminação pública, bem como sanar os problemas destacados
anteriormente.
Portanto, a realização do I Seminário Estadual de Políticas para as
Comunidades Quilombolas se configurou como um espaço fundamental
de diálogo entre o poder público e as lideranças quilombolas para o
aprofundamento de debates para a construção do Plano de Trabalho
para Ações Integradas do Programa Brasil Quilombola. Enfatizamos a
importância da pactuação entre governo federal e governo do estado da
Paraíba para a execução do Plano Brasil Quilombola na Paraíba, com o
fortalecimento da intersetorialidade no governo do estado.
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Referências Bibliográficas
CECNEQ, Contexto Sócio Econômico e os Desafios dos Quilombo s da Paraíba. Mímeo, 2010.
IPEA. 2011. Dinâmica Demográfica Da População Negra Brasileira. Cadernos IPEA n. 91. Brasília.
IPEA. 2008. Desigualdades Raciais, Racismo E Políticas Públicas : 120 Anos Após A Abolição. Cadernos IPEA n.4. Brasília.
BRASIL. Estatuto da Igualdade Racial. Brasília, 2010. Disponível em: http://www.njobs.com.br/seppir/pt/. Acessado no dia 10 de agosto de 2011.
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ANEXOS
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Anexo I – Programação do I Seminário Estadual de Políticas para as Comunidades quilombolas
Dia 06 de dezembro 8h30 – Mística de abertura e apresentação do Coco de Roda da Comunidade Quilombola de Caiana dos Crioulos – Alagoa Grande/PB 9h - Mesa de boas vindas 9h30 - Diagnóstico das Comunidades e apresentação das ações realizadas e previstas nas áreas de Desenvolvimento social, Cultura, Segurança Alimentar e Inclusão Produtiva 12h – Almoço
14h Diagnóstico das Comunidades e apresentação das ações realizadas e previstas nas
áreas de Educação, Saúde e Segurança Pública
15h30 – Merenda Diagnóstico das Comunidades e apresentação das ações realizadas e previstas nas áreas de regularização fundiária, habitação, infra-estrutura básica – luz, água, saneamento e acesso Dia 07 de dezembro
8h – Boas vindas e orientação aos participantes sobre a metodologia de trabalho em grupo
8h30 - Grupos de Trabalho: Saúde; Educação; Desenvolvimento Local e Inclusão Produtiva; Regularização Fundiária; Infra-estrutura Básica – luz, água, saneamento, habitação e acesso 12h30 – Almoço 14h – Plenária de Apresentação dos grupos
16h - Encaminhamentos 17h – Merenda/ Encerramento
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Bairro dos Estados - CEP: 58030 001 – João Pessoa – PB
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Anexo II – Resultado dos Grupos de Trabalho
Ação Objetivos Público Resultados Parceria Mapeamento das Comunidades Quilombolas no Estado da Paraíba
Articular com outras secretarias para realizar o Mapeamento das comunidades Quilombolas no Estado da Paraíba
Comunidades Quilombolas
Mapeamento concretizado
CECNEQ/PB UFPB UEPB Fundação Palmares MDS
Encontro Estadual das Comunidades Quilombolas
Apoiar a realização do Encontro Estadual das Comunidades Quilombolas
Comunidades Quilombolas
Divulgação das ações previstas e realizadas
Secretarias do governo CECNEQ/PB ACAADE
Reuniões com as regionais da CECNEQ
Realizar reuniões regionais preparatórias para o Encontro Estadual das Comunidades Quilombolas
Comunidades Quilombolas
Reuniões regionais realizadas
CECNEQ/PB
Sensibilização das prefeituras para as pautas quilombolas
Articular com as prefeituras onde estão inseridas as comunidades quilombolas para sensibilização das pautas quilombolas
Gestoras e gestores dos municípios onde estão inseridas as comunidades quilombolas
Gestoras/gestores sensibilizados para as pautas
CECNEQ Prefeituras onde estão as comunidades
Lançamento do Programa Brasil Quilombola na Paraíba
Articular com secretarias do governo o lançamento do Programa Brasil Quilombola (Agenda Social Quilombola)
Comunidades Quilombolas
Programa Brasil Quilombola lançado na Paraíba
SEPPIR Secretarias de Governo CEHAP Municípios CECNEQ CEPIR
Instalação de um Instalar um Comitê Gestor Gestoras/Gestores Comitê instalado e Secretarias
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Comitê Gestor Estadual do Programa Brasil Quilombola
Estadual do Programa Brasil Quilombola (regularização fundiária, infra-estrutura e qualidade de vida, inclusão produtiva e desenvolvimento local, e direitos e cidadania)
Estadual, Gestores/Gestoras Municipais e comunidades quilombolas
funcionando de Estado CEHAP CECNEQ AACADE CEPIR
Articulação com a Rádio Tabajara para incluir na programação produções culturais quilombolas
Articular com a Rádio Tabajara a inclusão de produções culturais quilombolas nos programas radiofônicos existentes (Programa Afro Brasil)
Rádio Tabajara Rádio Tabajara articulada para incluir produções quilombolas
Rádio Tabajara
EDUCAÇÃO Caravana em prol da implementação da Lei 10.639
Realizar em parceria com a SEE ações de sensibilização dos gestores/as e coordenadores/as pedagógicos sobre a implementação da Lei 10.639
Gestores/gestoras e coordenadores/as pedagógicos
Gestores/gestoras de educação dos municípios sensibilizados para importância da implementação da Lei 10.639
SEE GOIESC e Regionais de ensino SEJEL SEDH Fórum SEAP
Prêmio João Balula de Educação para Igualdade Racial
Realizar em parceria com a SEE o Prêmio João Balula de Educação para Igualdade Racial
Comunidade escolar paraibana
Escolas envolvidas no prêmio
SEE – GOIESC e Regionais de ensino SEJEL SECULT SEDH Fórum SEAP
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CEPIR Formação continuada dos docentes (escolas estaduais e municipais) na Lei 10.639
Discutir a inclusão das temáticas abordadas na Lei 10.639 e 11.645 na formação continuada dos professores/as estadual e municipais
Docentes das escolas estaduais e municipais
Professores/as da rede de ensino (estadual e municipal) formados
SEE – GOIESC e Regionais de ensino Fórum de educação
Revista eletrônica e impressa: Diversidade
Compor a comissão editorial da “Revista eletrônica e impressa Diversidade” Incentivar a produção de materiais, pesquisas, artigos para a Revista eletrônica
População geral Revista lançada e alimentada
SEE - GOIESC SEJEL SECULT SEDH SEAP Fórum de educação
Inclusão do curso de Farmácia nas graduações oferecidas pelo PRONERA
Dialogar com PRONERA e universidades a inclusão do Curso de Farmácia com habilitação em Fitoterapia
PRONERA Universidades Comunidades Quilombolas INCRA
Curso de Farmácia com habilitação em fitoterapia
INCRA CEPIR PRONERA
Articulação com municípios para instalação de Escolas Quilombolas
Articular junto SEE (articule com os municípios) ampliação das Escolas Quilombolas
SME onde estão inseridas as Comunidades Quilombolas
Escolas Quilombolas Municipais instaladas e funcionando
SME CEPIR CECNEQ
Implementar política de permanência dos cotistas na UEPB
Articular a inclusão da política de permanência dos cotistas da UEPB
UEPB Garantia de permanência das/os estudantes cotistas na UEPB
UEPB CEPIR
Instalação de Escolas Quilombolas de Ensino médio
Articular com a SEE a instalação de Escolas Quilombolas de Ensino
SEE Escolas Quilombolas de Ensino médio instaladas e
SEE CEPIR
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Médio nas regiões onde estão inseridas as Comunidades Quilombolas
funcionando
Acompanhamento da distribuição da Merenda Diferenciada para escolas onde estão inseridas as Comunidades Quilombolas
Articular com a SEE e SME para acompanhar a distribuição da Merenda Diferenciada para escolas onde estão inseridas as comunidades quilombolas
SEE – Núcleo de Educação Etnico-racial e Quilombola Secretarias Municipais de Educação onde estão as comunidades quilombolas
Secretarias de Educação articuladas para acompanhar a distribuição da merenda
SEE CECNEQ SME Associações
I Seminário Estadual de Educação Quilombola
Integrar a comissão de elaboração do Seminário Estadual de Educação Quilombola
Comissão de elaboração do Seminário
Seminário realizado SEE UDIME Fórum estadual da Diversidade Étnico Racial CEPIR CECNEQ AACADE
SAÚDE Traçar o levantar o perfil epidemiológico das comunidades quilombolas, com recorte de gênero e geração
Identificar o perfil epidemiológico das populações quilombolas
SES Perfil epidemiológico realizado e divulgado
SES e SMS CECNEQ ACAADE
Ampliação e capacitação de ESF para atuar de forma exclusiva dentro das
Sensibilizar a SES para importância do reordenamento dos distritos nas comunidades
SES SMS Comunidades quilombolas
Implementação e funcionamento dos programas de saúde da família, nas
SES SMS Comunidades quilombolas
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comunidades Quilombolas
quilombolas comunidades quilombolas
Implantação e implementação de Comitês Técnicos de Saúde da População Negra, apresentando pautas referentes a Saúde dos Quilombolas
- Acompanhar o Comitê Técnico Estadual da Saúde da População Negra - Incentivar e acompanhar a implantação de Comitês Regionais/Municipais de saúde da População Negra
SES SMS
Comitês em pleno funcionamento
SES SMS CEPIR Organizações negras ASPAH
Implantar serviços de Testagem e orientação genética para a doença Falciforme nas comunidades quilombolas
Articular junto a SES ação de testagem para Anemia Falciforme nas Comunidades Quilombolas; oferecer serviços de orientação genética.
SES Comunidades Quilombolas
Identificação/notificação de casos de Anemia Falciforme nas Comunidades Quilombolas; orientação genética das famílias e pré-nupcial.
SES, SMS, HU’s, Hemocrentros AACADE ASPPAH
Identificação, mobilização e capacitação; Encontro Estadual das Parteiras Tradicionais
Realizar em parceria com a SES Encontro Estadual das parteiras tradicionais (Quilombolas e indígenas
Parteiras tradicionais
Seminário realizado SES Comunidades tradicionais Curumim/ MS
Identificação das parteiras atuantes bem como de jovens aprendizes nas comunidades quilombolas
Inserir as parteiras e jovens aprendizes, nas formações da SES para parteiras
Comunidades Quilombolas
Parteiras identificadas e formações realizadas
SES SMS Comunidades quilombolas
Articulação para instituir políticas de reservas de vagas para seleção de profissionais de saúde
Pactuar com gestões municipais a inserção de profissionais originários das comunidades
SES SMS
Profissionais quilombolas inseridos
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das comunidades, visando inseri-los nos serviços de saúde dessas comunidades
quilombolas na prestação de serviços de saúde nessas comunidades
REGULARIZAÇAÕ FUNDIÁRIA Articulação entre Governo do Estado, Governo Federal - INCRA para acelerar o Processo de Regularização dos Territórios Quilombolas
Articular com INCRA para garantir a contratação de Antropólogos suficiente para atender as demandas de Regularização de Territórios Quilombolas
Governo Federal Governo do Estado
Pactuação realizada e titulações emitidas
INCRA DNOCS Marinha
Provocar reunião com os órgãos IBAMA, SUDEMA, DNOCS, SERHMACT, INCRA.
Resolver questões de fiscalização e autuações ambientais na Região de Coremas - PB
IBAMA, SUDEMA, DNOCS, SERHMACT, INCRA.
Comunidades Quilombolas da Paraíba
IBAMA, SUDEMA, DNOCS, SERHMACT INCRA.
INFRA-ESTRUTURA E HABITAÇÃO Abastecimento de água para comunidades Quilombolas
Articular juntamente a FUNASA E SEDH para construção de cisternas
FUNASA SEDH
Comunidades quilombolas com abastecimento de água potável
CAGEPA CECNEQ AACADE
Estradas e rodagens de acesso as comunidades quilombolas – Programa Caminhos da Paraíba
Pactuar para inserir no Programa Caminhos da Paraíba, melhoria das estradas e rodagens e acesso as comunidades quilombolas
SEIE SEG DER
Estradas construídas e/ou ampliadas
CEPIR DER
Política Pública de Habitação para Comunidades Quilombolas
Adequar o Programa de Habitação a realidade social no qual o Programa Minha Casa Minha Vida não contempla as
CEHAP Construção de 450 casas de no mínimo 54 m² e Reforma de no mínimo 600 casas para contemplar as
Governo Federal Governo do Estado Prefeituras,
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Comunidades Quilombolas.
demandas das 38 Comunidades Quilombolas
Emater
Criação de Programa Permanente de Melhoria de Infraestrutura de estradas e acessos as Comunidades
Evitar isolamento das Comunidades em período de chuvas devido a característica de topologia elevada e possibilitar o escoamento de Produção.
DER Melhoria de Infraestrutura e acesso as Comunidades Quilombolas.
Governo Federal Governo do Estado Prefeituras, Projeto Cooperar, Emater
Construção de Banheiros para casas que não possuem essa estrutura
Articular com a FUNASA – governo federal a construção de banheiros nos domicílios quilombolas
FUNASA Governo federal
Domicílios com banheiro
FUNASA, Governo do Estado Governo Federal Prefeituras Emater
Articular para construir cisternas/ cisternões, barragens subterrâneas
Articular para incluir nos programas já existentes do Governo do Estado e/ou Federal a construção de cisternas/cisternões e barragens nas comunidades
Governo do Estado Governo Federal, Projeto Cooperar, Emater
Cisternas construídas CEPIR MDS CECNEQ AACADE
Iluminação Pública para as Comunidades Quilombolas
Articular com os municípios e governo federal a ampliação dos programas direcionados para iluminação pública
Gestão municipal onde estão localizadas as comunidades
Comunidades com luz elétrica
Governo do Estado SEPPIR Prefeituras
Criação de programas de saneamento ambiental para as comunidades
Articular com gestão estadual e municipal para implantar programas de saneamento ambiental
SES SMS CAGEPA
Redução dos indicadores epidemiológicos
SES, SEMAN, SUDEMA e Infra
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quilombolas nas comunidades quilombolas
estrutura,
Implantação da coleta seletiva do lixo nas comunidades
Articular com municípios para implantação de programa de coleta seletiva de lixo
Municípios onde estão localizadas as comunidades
Programas implantados
Implantar Política de escoamento de Resíduos Sólidos das Comunidades Quilombolas
Provocar a obrigação da coleta onde for possível o acesso e achar uma solução onde não for possível o acesso
Gestão municipal onde estão localizadas as comunidades
DESENVOLVIMENTO LOCAL E INCLUSÃO PRODUTIVA Divulgação e comercialização das produções artesanais e culturais da população quilombola
Articular uma Feira Estadual com produções artesanais e culturais da população quilombola, com observância aos princípios da Ecosol
População em geral
Produções artesanais e culturais divulgados e comercializados
MDS PBTUR SEBRAE
Acesso à linha de crédito no Empreender PB e Projeto Cooperar para Empreendimentos Quilombolas
Articular com EMPREENDER PB e o Projeto Cooperar critérios para acesso a linha de credito para os povos quilombolas
EMPREENDER PB Projeto Cooperar Povos Quilombolas
Povos Quilombolas acessando linhas de crédito no EMPREENDERPB e Projeto Cooperar
CEPIR CECNEQ Empreender PB e Projeto Cooperar
Projeto de Segurança Alimentar e Nutricional para as Comunidades Tradicionais - SEDH
Elaborar e Executar conjuntamente com a SEDH o Projeto de Segurança Alimentar para as Comunidades Tradicionais – Quilombola e Indígena
SEDH
Projeto executado SEDH SUDEMA IBAMA MDS CONSEA CEPIR
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SEGURANÇA PÚBLICA Programa de proteção a todas as Comunidades e Povos Tradicionais - CPTs ameaçados
Articular para criação de um Programa de proteção a pessoas ameaçadas
SEDS Articulação realizada para criação de um Programa de Proteção a pessoas ameaçadas
SESPDS Procuradoria da Justiça
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Anexo III – Lista das comunidades quilombolas da Paraíba
MUNICÍPIO COMUNIDADE 1. Alagoa Grande Caiana dos Crioulos 2. Areia Engenho Bonfim 3. Engenho Novo Mundo 4. Cacimbas Serra Feia 5. Cajazeirinhas Umburaninhas 6. Vinhas 7. Catolé do Rocha Lagoa Rosa 8. Jatobá/Curralinho 9. São Pedro dos Miguéis 10. Conde Gurugi 11. Ipiranga 12. Mituaçu 13. Coremas Mãe D’água 14. Santa Tereza 15. Barreiras 16. Diamante Vaca Morta 17. Barra de Oitis 18. Dona Inês Cruz da Menina 19. Gurinhém Matão 20. Ingá Pedra D’água 21. João Pessoa Paratibe 22. Lagoa Timbaubinha 23. Livramento Sussuarana 24. Areia de Verão 25. Vila Teimosa 26. Manaíra Fonseca 27. Picuí Serra do Abreu 28. Pombal Comunidade dos Daniel 29. Rufino 30. Riachão do Bacamarte Grilo 31. Santa Luzia Serra do Talhado 32. Talhado Rural 33. São Bento Contendas 34. São José de Princesa Sítio Livramento 35. Serra Redonda Sítio Matias 36. Tavares Domingos Ferreira 37. Triunfo Comunidade dos Quarenta 38. Várzea Pitombeira
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Anexo V – Fotos das visitas realizadas às comunidades
Comunidade Quilombola de Lagoa Rasa – Catolé do Roc ha
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Comunidade Quilombola de Matão – Gurinhém
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Reunião com as comunidades Quilombolas do alto sert ão – POMBAL
Comunidade Quilombola de São Sebastião – Santa Luzi a
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Reunião com as Comunidades Quilombolas do médio ser tão – TAVARES
Comunidades Quilombola de Caiana dos Crioulos – Ala goa Grande
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E-mail : [email protected]
CONTEXTO SOCIO ECONOMICO E OSDESAFIOS DOS QUILOMBOS DA PARAÍBA
O marco inicial do aparecimento no cenário do estado das comunidades quilombolas foi em 2004. A partir desta data começou-se de fato tomar conhecimento da real situação dos quilombos na Paraíba.
1- Os problemas enfrentados pelas comunidades quilombolas
• Empobrecimento: insegurança alimentar
• Abandono por parte do poder publico • Discriminação e preconceito • Saída dos jovens para as cidades em busca de trabalho
2- Problemas estruturais
• Educação: Escolas precárias e ensino inadequado; • Saúde: atendimento insuficiente e/ou inexistentes; • Infraestrutura :estradas: de péssima qualidade • Agua: falta de agua e/ou agua inadequada para consumo humano;
faltam reservatórios para abastecimento: cisternas, poços, açudes, • Habitação: falta de moradia e/ou precariedade das casas;
• Território/ terra- falta na maioria das comunidades terra para trabalhar
Proposta do movimento quilombola da Paraíba
Que o próximo governo estadual em parceria com o governo federal e municipal assuma compromisso com o segmento quilombola para a:
• Construção em conjunto com o segmento quilombola de um espaço e uma política governamental permanente para implementar politicas publicas para as comunidades quilombolas tais como:
• Politica de habitação adequada à realidade quilombola • Melhoramento das estradas de acesso às comunidades • Construção de reservatórios para agua: cisternas; • Postos de saúde e atendimento médico que contemple a peculiaridade
quilombola;
• Ensino de qualidade e adequado a realidade quilombola. • Segurança alimentar;
• Programa de geração de emprego e renda de acordo com as especificidades das regiões e comunidades;
• Formação dos professores a temáticaquilombola,
CECNEQ
Coordenação Estadual das Comunidades Negras e Quilombolas CNPJ 09.421.053/0001-50
Endereço: Rua Duque de Caxias, 59 -Centro - João Pessoa - Paraíba Sala: 01CEP: 58010-820 Telefone (83) 88517568
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Especificidades das Comunidades Quilombolas da Paraíba
TERRITORIO LITORAL
Comunidades: Gurugi, Mituaçu, Paratibe, Ipiranga 1- Colocar a frente dos órgãos abaixo, pessoas habilitadas para trabalhar com as
Comunidades Quilombolas.
• Saúde • Educação
• EMATER • INTERPA • SEDHS
2 – Cuidar com urgência da infraestrutura das comunidades Quilombolas: água, habitação, segurança, saúde, escola, lazer, cultura, esporte.
1- Efetivação das Politicas Públicas e dos projetos já encaminhados: construção de
casas e reformas;
2- Implementar as Leis 10.639 e 11.645 nas comunidades quilombolas do Estado;
3- Considerar e garantir que a assistência técnica e demais serviços como saúde,
educação entre outros possa ser executadopor quilombolas;
4- Desenvolver e dinamizar em todo estado, uma politica de personalização de
quilombolas, considerando a Politica Nacional de Educação no Campo.
5- Implementação do Programa Brasil Alfabetizado nas comunidades quilombolas,
garantindo a participação direta de quilombolas nesse processo;
6- Implantação do PROJETO EMPREENDER nas comunidades quilombolas
7- 9- Subsidiar as associações Quilombolas para construção de sedes próprias para
melhor organização do nosso povo, inclusive com equipamentos;
8- Criação de estação de informática para as comunidades quilombolas para que as
mesmas sirvam de fonte de pesquisa e estudo para estudantes de todos os níveis
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TERRITORIOBREJO, AGRESTE,CURIMATAÚ Comunidades, Matias, Grilo,Cruz da Menina, Bomfim, Mundo Novo.
Pedra D’água- Município de Ingá
• Educação; Capacitação de professores dentro das necessidades da escola( implementação da lei 10.639)
• Construção de casas e reformas;
• Construção de mais cisternas;
• Melhoramento de Estradas;
Matão- Municipio de Gurinhém
• Saúde- Não possui posto de saúde e os agentes de saúde não são da comunidade.
As pessoas caminham até 5 km para buscar atendimento
• Construção de casas e reformas;
Bonfim Município de Areia
• Construção de Poços e melhoramento de barreiros
• Melhorar o atendimento medico
Matias Município de Serra Redonda
• Fragilidade no Programa do leite
• Construção de casas e reformas
• Melhoramento de Estradas;
• Criação de sistemas de creche
Cruz da Menina Município de Dona Inês
• Educação: escola com seriesmultiseriada
• Saúde- Crianças com problemas mentais não são atendidas de acordo com as
necessidades
• Construção de casas e reformas
• Construção de mais cisternas;
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Caiana dos Crioulos – município de Alagoa Grande
• Construção e reformas de casas
• Construção de melhorias sanitárias
• Melhoramento das Estradas
São Pedro dos Migueis- Município de Catolé do Rocha
• Geração de Renda
• Moradia
• Distribuição de rede de agua para casas
• Lavanderias
• Posto de saúde com atendimento medico
Comunidade Barreiras Município de Coremas
• Moradias
• Regularização do Território
• Cestas Básicas
• Escola
• Estrada
• Apoio a geração de Renda
Comunidade Santa Tereza Município de Coremas
• Cestas Básicas
• Escola
• Estrada
• Apoio a geração de Renda
• Radio Comunitária
ComunidadesVinhas e Umburaninha– Cajazeirinhas
• Construção de Moradias
• Regularização do Território
• Agua
• Apoio à geração de Renda • Escola
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ComunidadesBarra de Oitis e Vaca Morta município de Diamante
• Abastecimento de Agua
• Regularização das terras quilombolas
• Moradia
• Transporte escolar para estudantes de Ensino Médio
• Reformas de guarda esportiva
• Combate ao analfabetismo com incentivo alimentar aos alunos
• Melhoramento de Estradas de acesso
ComunidadesLagoa Rasa Curralinho/Jatobá, Pau de leite, São Pedro
• Passagem Molhada
• Construção de Moradias e reformas
• Abastecimento de agua através de perfuração de poços
• Assistência medica
• Geração de Renda
• Distribuição de rede de agua para casas
• Lavanderias
• Posto de saúde com atendimento medico
Comunidade Serra do Abreu
• Acesso ao Programa do leite
• Abastecimento de Agua
• Acesso a programas de capacitação
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Comunidade Quilombola do Domingos Ferreira
Dificuldades e desafios A. Caminhos Prioridades
Banheiros Funasa
Falta de água Abastecimento do acúde
para a comunidade Funasa
e SRI.
Banheiros
Cursos de capacitação para a
comunidade Plantec, senac Abastecimento de água,
Capacitação para professores
sobre o povo negro
Governo Municipal e
Estadual
Solicitação da
regularização da Terra ao
Incra
Dificuldade de acesso à
saúde,
Secretária de saúde
municipal e estadual
Estradas Secretária de Obras
Acesso a Terra Solicitação ao Incra
Comunidade Quilombola Serra feia e Aracati - chã
Dificuldades e desafios Caminhos Prioridades
Saúde Médicos para visitar a
comunidade. Agente de
saúde
Reuniões da comissão das
comunidades quilombolas
do sertão a cada 2 meses
Transporte Melhoria das estradas pelo
município
Moradia Construir casas pela funasa
Falta de acesso a água Cisternas, reservatórios de
água
Reservatório de água
Programa de aquisição de
documentos
Órgãos públicos, ministério
público.
Programa de aquisição de
documentos
Transporte escolar Secretária Municipal Transporte escolar
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Bairro dos Estados - CEP: 58030 001 – João Pessoa – PB
Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana
Comunidade Quilombola Livramento
Dificuldades e desafios Caminhos Prioridades
Acesso a terra Fazer todo o acesso para o
quilombo em pedra bruta
Melhorar o acesso
Falta de poços para
atender as necessidades
da comunidade
Fazer escavação de poços
buscando autorização do
dono do terreno e apoio
de órgãos municipais
Construir poços e
construir banheiros
Falta de saneamento
básico(banheiros)
Fazer projetos para
construção de banheiros
sanitários
Condições físicas para
trabalhar a cultura
Elaborar projetos para
construção de um centro
cultural e oficinas de
artesanato e enviar aos
órgãos competentes
Comunidade Quilombola Fonseca
Dificuldades e desafios Caminhos Prioridades
Moradia Solicitação a funasa
(urgente)
Moradias
Estradas Secretária de transportes
Falta de água Construções de poços e
cisternas Acesso à água
Reformas das casas Solicitação a Funasa
Terra Regularização pelo INCRA
Acesso à saúde. Falta de
médicos (dentistas e no
PSF)
Secretária de saúde,
Av. Epitácio Pessoa, 1457, 2º Andar, Fone: (83) 3218 .7298 Fax – (83) 3218.7184
Bairro dos Estados - CEP: 58030 001 – João Pessoa – PB
Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana
Comunidade Pitombeira
Dificuldades e desafios Caminhos Prioridades
Falta de acesso à água Poços, cisternas, Projetos artesanais para
mulheres
Fumaça do lixão de Santa
Luzia (insetos, mosquitos
etc)
Buscar o ministério
público, enviar ofícios para
a prefeitura, criar baixo
assinado.
Poços e cisternas
Falta de acesso á saude Visitas de médico
mensalmente
Comunidade Quilombola do Talhado Urbano-Bairro São Sebastião
Dificuldades e desafios Caminhos Prioridades
Necessidade de uma sede para comunidade
Fazer um projeto para conseguir recursos
Necessidade de uma sede para comunidade
Oportunidades de trabalhos e cursos para os jovens
Cursos através de órgãos competentes
Falta de acesso a saúde e educação
Melhoria no atendimento à saúde e educação
Acesso a saúde e educação
Moradia Construção de casas pela FUNASA
Esgoto atingindo as famílias da comunidade
Secretária de meio ambiente
Falta de iluminação Secretária infraestrutura