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Av. Epitácio Pessoa, 1457, 2º Andar, Fone: (83) 3218.7298 Fax – (83) 3218.7184 Bairro dos Estados - CEP: 58030 001 – João Pessoa – PB Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana do governo da Paraíba Relatório I Seminário Estadual de Políticas Publica para Comunidades Quilombolas do Estado da Paraíba João Pessoa, Dezembro de 2011.

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Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana

Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Hum ana do governo da Paraíba

Relatório I Seminário Estadual de Políticas Publica para

Comunidades Quilombolas do Estado da Paraíba

João Pessoa, Dezembro de 2011.

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Ficha técnica

Governo do Estado da Paraíba Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana

Secretária Iraê Heusi Lucena Secretaria Executiva Gilberta Santos Soares

Gerencia Executiva de Equidade Racial

- Gerente Luiza Regina Alves de Oliveira

Gerente Operacional de Apoio as Comunidades Tradicionais

- Izabel Souza da Silva

Gerente Operacional de Políticas de Ações Afirmativas

- José Roberto da Silva

Consultora

-Verônica Lourenço

Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Hum ana Av. Epitácio Pessoa, 1457, 2º Andar, Fone: (83) 3218.7298 Fax – (83) 3218.7184 Bairro dos Estados - CEP: 58030 001 – João Pessoa – PB

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ÍNDICE

Introdução

Metodologia

Justificativa

Contextualização Sócio-Histórica

Referências Bibliográficas

Anexo I – Programação do I Seminário Estadual de Políticas para as Comunidades quilombolas

Anexo II – Resultado dos Grupos de Trabalho

Anexo III – Lista das comunidades quilombolas da Paraíba

Anexo IV – Fotos das visitas realizadas às comunidades

Anexo V – Documento da Coordenação Estadual das Comunidades Negras e Quilombolas da Paraíba - CECNEQ

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INTRODUÇÃO

Este relatorio está dividido em 4 partes e anexos. A primeira parte

consta de introdução e metodologia do Seminário, com a descrição dos

processos e como se deu a realização do I Seminário Estadual de Políticas

Públicas para as Comunidades Quilombolas da Paraíba. A segunda parte

versa sobre a justificativa para a realização do Seminário, tendo em vista

os seus objetivos. A terceira faz uma contextualização histórica do

surgimento das comunidades quilombolas no estado da Paraiba, onde

aparecem os marcos temporais e algumas prioridades levantadas pelas

próprias comunidades quilombolas. O I Seminário Estadual de Politicas

Públicas para as Comunidades Quilombolas aconteceu nos dias 06 e 07

de dezembro de 2011. O Seminário teve como objetivo subsidiar a

elaboração do Plano Estadual de Políticas Públicas para as Comunidades

Quilombolas, a luz do Programa Brasil Quilombola do Governo Federal. O

público foi composto por gestores estaduais das secretarias com

competência para realizar ações dirigidas a população quilombola; gestores

dos municípios onde estão as comunidades quilombolas; representantes

das comunidades quilombolas; a Coordenação Estadual das Comunidades

Negras e Quilombolas - CECNEQ e o CEPIR- Conselho Estadual de

Promoção da Igualdade Racial, totalizando 120 participantes.

As mesas e os trabalhos em grupos com gestores/as estaduais e

municipais, membros do CEPIR e lideranças quilombolas discutiram as

demandas da população quilombola da Paraíba e apresentaram as ações

realizadas e planejadas pelas secretarias. Buscou-se construir uma visão

coletiva sobre a realidade das comunidades e levantar propostas de ações

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a serem executadas como políticas de governo para minimizar iniquidades

existentes, considerando as especificidades do estado e municípios. O

seminário buscou gerar as possibilidades para a implantação do Programa

Brasil Quilombola na Paraiba, com a implementação de políticas nas

áreas de: Saúde, Educação, Cultura, Desenvolvimento Local e Inclusão

Produtiva, Regularização Fundiária e Infra-estrutura Básica.

A metodologia do I Seminário Estadual de Políticas Públicas para

as Comunidades Quilombolas se fundamentou nos princípios da

educação popular, através da metodologia participativa e da construção

dos sujeitos. A Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade

Humana - SEMDH fez um processo de mobilização e articulação com as

comunidades, com reuniões, no período de 10 à 18/11/2011, em

parceria com a Coordenação Estadual das Comunidades Negras e

Quilombolas – CECNEQ, com as quatro regionais das comunidades

quilombolas: Zona da Mata Sul, Zona da Mata Norte, Médio Sertão e

Alto Sertão. Esta ação envolveu 16 (dezesseis) comunidades, com

participação de 37 (trinta e sete) lideranças quilombolas. Essa

articulação objetivou pactuar a realização do referido seminário, como

também levantar informações sobre as comunidades, destacando os

principais problemas encontrados e suas potencialidades. As

comunidades e organizações parceiras foram mobilizadas para

participar do Seminário para aprofundar o debate, fortalecer o diálogo,

construir parceria no respeito a experiência e ao protagonismo das

lideranças quilombolas.

A programação teve início no dia 06 de dezembro, às 8h30, com uma

mística na qual foram saudados/as os/as ancestrais que fizeram as lutas

quilombolas no Brasil/Paraíba. Este momento foi concluído com a

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apresentação cultural da ciranda e coco-de-roda das mulheres da

Comunidade Quilombola de Caiana dos Crioulos – Alagoa Grande/PB. Em

seguida, foi formada a mesa de abertura da qual participaram: a

Secretária de Estado da Mulher e da Diversidade Humana (SEMDH), Iraê

Lucena; Gilberta Soares, Secretaria Executiva da SEMDH, José Maximino

do CEPPIR/PB - Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial,

Geilza Roberto da CECNEQ e Francimar da ONG ACCADE. A 1º Mesa

temática foi coordenada pela Senhora Iraê Lucena, na qual foi apresentado

um panorama das comunidades quilombolas com o levantamento dos

principais problemas nas áreas de habitação, infra-estrutura básica, luz,

água, educação, saúde, acesso a terra, saneamento e acesso as

comunidades. As apresentações foram feitas em duas mesas redondas,

uma finalizando as atividades da manhã e a segunda logo após o almoço,

ambas com abertura de inscrições para debate com a plenária. As/os

componentes das mesas apresentaram as ações realizadas e previstas

pelas Secretarias de Estado na área de Segurança Alimentar e Nutricional,

na qual se constatou que as ações ainda são insuficientes e não estão de

acordo com a cultura alimentar e as necessidades de cada comunidade.

Parte das ações de inclusão produtiva são de responsabilidade da

Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (SEDH) e segundo seu

representante, Welcio Pinheiro, “os problemas de negação de direitos a

população quilombola são históricos e não sendo possível resolver em

apenas um ano de gestão”. Contudo, anunciou ações já previstas para

2012, como a a compra de produtos da agricultura familiar de

quilombolas, ampliação da cobertura do PAA e implantação CREAS e CRAS

nas áreas quilombolas. Anunciou o começo do projeto na área de

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segurança alimentar, aprovado junto ao MDS, no inicio de 2012, nas

comunidades do Matão/Gurinhem, Bonfim/Areia e Matinha/Serra Redonda.

Falou sobre estender a Rede de Economia Solidária para as comunidades

quilombolas, fortalecendo os empreendimentos solidários com artesãos,

catadores e agricultores familiar. As ações da Inclusão produtiva e Cultura

ainda não tem sido implementadas de forma satisfatória.

Segundo o representante da Secretaria de Estado do

Desenvolvimento da Agricultura e Pesca, a SEDAP não tem programas

voltados para quilombolas porque a ausência de demarcação e titulação

das terras quilombolas impede a execução de ações na área agrícola,

piscicultura e pecuária, uma vez que para desenvolvê-las,

necessariamente, é preciso ter o título da terra. Esse argumento foi

fortemente rebatido pelo plenário, que lembrou a possibilidade de executar

projetos de criação de animais, hortas e outras culturas temporárias. O

senhor José Paulo do INTERPA - Instituto de Terras e Planejamento

Agrícola da Paraíba - apresentou ações de disponibilização de crédito para

a aquisição de terras por agricultores de forma geral, porém tais ações não

atendem as especificidades das Comunidades Quilombolas. O mesmo não

se referiu a legislação específica para população quilombola. A Secretaria

de Estado de Cultura justificou que em seu planejamento estão previstas

ações para o fortalecimento e divulgação cultural das Comunidades

Quilombolas através de editais que priorizarão as Comunidades, enquanto

estratégia de afirmação de identidade e valorização da cultura local. É

importante dizer que a referida Secretaria foi criada em janeiro de 2011,

pois anteriormente estava agregada a Secretaria de Educação.

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A representante do Projeto Cooperar/Paraíba, Mônica Tavares,

enfatizou a concessão de créditos para agricultura familiar em áreas de

assentamento, bem como ações do Programa do Governo federal para

redução da pobreza, porém estes são quase inexistentes nas comunidades

quilombolas. Para 2012, enfatizou a compromisso do Cooperar para

assessorar as comunidades na elaboração de projetos produtivos e a

reserva de recurso público, oriundo do governo do estado e do Banco

Mundial, para apoiar esses projetos.

A senhora Joana Darc, representante da CAGEPA - Companhia de

Água e Esgotos da Paraíba justificou que a abrangência das ações do

órgão se restringe as áreas urbanas e que por isso não tem como atender

a maioria das Comunidades Quilombolas que se encontram em áreas

rurais. Geilza Roberto, representando a CECNEQ, questionou a ausência de

ações dos governo estadual e municipais em relação à efetivação de

políticas para as Comunidades Quilombolas e apresentou várias demandas,

enfatizando ainda que as lideranças quilombolas estão cansadas de

reivindicarem e não serem atendidas; o Delegado Bergson Vasconcelos, da

Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS), ponderou a invisibilidade em

relação aos crimes de racismo e em alguns momentos explicitou

dificuldades em relação a percepção de situações nas quais o racismo é

determinante das iniqüidades vivenciadas pela população negra, ao mesmo

tempo se mostrou sensível em relação a preparação dos agentes de

segurança pública para abordagem humanizada e não racista. Hígia

Margarete, representante da Secretaria de Estado da Educação, (SEE)

apresentou ações em relação a implementação a Lei 10.639/03, a criação

do Prêmio Estadual de Educação para Equidade Racial João Balula, que

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objetiva premiar experiências pedagógicas de implementação da referida

Lei, em escolas estaduais de ensino médio, além disso a realização de

formaçaõ de professoras/es a partir do Projeto A Cor da Cultura, realizado

em outubro. O Fórum Estadual de Educação para a Diversidade Etniorracial

tem se tornado um espaço de diálogo entre a gestão e as organizações da

sociedade civil, pautando ações de enfrentamento ao racismo, como

também ações de promoção da igualdade racial. Contudo, percebe-se que

o caminho ainda a ser percorrido ainda é longo para a real implementação

dessa Lei; Ivanalda Dantas, da EMATER - Empresa de Assistência Técnica

e Extensão Rural da Paraíba, enfatizou a falta de recursos humanos para

atender a vasta demanda das comunidades. O representante do INCRA

não compareceu. A técnica da CEHAP – Companhia Estadual de Habitação

Popular estave presente no período da manhã e informou que existem

recursos destinados a construção de 150 unidades habitacionais em

comunidades quilombolas, priorizando aquelas comunidades que ainda

possuem casas de taipa. Todas as intervenções feitas pelas representações

das comunidades quilombolas presentes no seminário, ressaltaram a

ausência de políticas nas comunidades quilombolas, e a falta de

resolutividade dos governos em relação as demandas colocadas pelas

comunidades, assim como questionaram a ausência de representante do

INCRA, de representantes das Secretarias de Estado da Juventude Esporte

e Lazer, Secretaria de Estado da Infra-Estrutura, Secretaria Estadual de

Saúde e Projeto Empreender, dos 25 gestoras/res municípais convidados

apenas 2 mandaram representantes e das 38 Comunidades existentes na

Paraíba, apenas 9 estiveram representadas no Seminário, apesar da

articulação feita com a CECNEQ, através de suas regionais e das visitas

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realizadas em algumas comunidades. Algumas lideranças fizeram

suposições de que a ausência de outras estava relacionada ao descrédito

quanto a efetivação das políticas, uma vez que já apresentaram suas

demandas.

No 2º dia, 07/12/2011, as/os participantes foram reunidas/os no

auditório do ESPEP para as devidas orientações sobre os grupos de

trabalhos – GT’s, os quais foram divididos por eixos, a saber: 1) saúde,

facilitado pelo Sr. Dalmo Oliveira/CEPPIR; 2) educação, facilitado pela Sra.

Paula Fernandes/SEE, 3) desenvolvimento local e inclusão produtiva, infra-

estrutura básica, facilitado pela Sra. Rosangela Silva/SEMDH; 4)

regularização fundiária, facilitado pelo Sr. Ricardo Ihou/ SECTMA. Nos

GT’s, os/as participantes discutiram as problemáticas vivenciadas pela

população quilombolas e apresentaram propostas de ações/políticas para o

estado e municípios. A dinâmica do trabalho dos GT’s se deu a partir do

quadro de ações previstas no planejamento da Gerência Executiva de

Equidade Racial da SEMDH, para o qual os participantes puderam analisar

as ações da gerência e propor outras ações de acordo com suas

demandas. Encerrado os GT’s aconteceu uma plenária de apresentação e

aprovação das propostas elaboradas. Assim, conforme segue anexo Nº

III, temos um quadro com as propostas aprovadas por todos/as presentes,

devendo estas ações subsidiar a elaboração do plano estadual de políticas

publicas para as comunidades quilombolas.

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JUSTIFICATIVA

”quilombo não significou apenas um lugar de refúgio de escravos fugidos, mas a organização de uma sociedad e livre

formada de “homens e mulheres que se recusavam vive r sob o regime da escravidão e desenvolviam ações de rebeld ia e de luta

contra esse sistema” MUNANGA & GOMES (2006).

O Regime de escravidão no Brasil durou quase quatro séculos e com a formalização do seu fim o Estado brasileiro não formulou políticas para as demandas desse contingente populacional, deixando-os a própria sorte. A partir dos anos 70, a questão quilombola foi recolocada no contexto nacional com a “descoberta das comunidades quilombolas”, graças, em grande parte, ao movimento negro contemporâneo e ao exercício intelectual de vários autores como Abdias do Nascimento, Clóvis Moura, Beatriz Nascimento, Lélia Gonzalez, Joel Rufino, Kabengele Munanga, dentre outros. Ao lado disso, é importante mencionar a mobilização política que culminou na publicação de um artigo das Disposições Transitórias (68), da Constituição de 1988, que dá direito à titulação das terras ocupadas. (SILVA SANTOS, 2004).

Apenas em 2003, o Governo brasileiro inicia, de forma efetiva, ações para a população negra com a criação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR, enquanto órgão estratégico para a articulação, proposição e monitoramento de ações para superação do racismo.

Segundo o senso demográfico 2010, o estado da Paraíba possui

3.766.528 habitantes, deste total 2.199.587 (58,39%) são negros/as

(IBGE, 2010). Embora, segundo dados do IBGE de 2010, a população

paraibana tenha a sua maioria negra, se aproximando dos 60%, isso

não tem significado equidade no que diz respeito ao acesso a bens

materiais, culturais, serviços e políticas públicas. Pelo contrário dados

oficiais nos mostram que essa parcela da população tem liderado

diversos índices como de analfabetismo, violências, desemprego ou

sub-emprego, mortalidade materna, homicídios, entre outros. Índices

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que desvelam o racismo enquanto estruturante e estruturador das

iniqüidades e injustiças sócias e que ainda presentes na sociedade

paraibana.

Em 2011 é criada na Paraíba a Secretaria da Mulher e da

Diversidade Humana como estratégia fundamental para superação do

racismo, sexismo e discriminação contra lésbicas, gays, bissexuais,

travestis e transexuais, com papel de articular ações para a promoção e

garantia da cidadania das mulheres, população negra e LBBT entre as

secretarias estaduais e prefeituras municipais. Nesse sentido, foi criada

a Gerência Executiva de Equidade Racial na estrutura da SEMDH que

tem como objetivo de orientar, acompanhar, coordenar, apoiar e

executar ações e programas voltadas à implementação de políticas e

diretrizes para a promoção da igualdade e da proteção dos direitos das

pessoas e grupos raciais e étnicos, afetados pela discriminação racial e

demais formas de intolerância, no estado da Paraíba.

Na perspectiva da implementação de políticas públicas voltadas

para promoção da igualdade racial, a Paraíba se encontra muito

incipiente. A quase total inexistência de organismos de governo com

essa especificidade reforça a falta de acesso dessa população aos bens

e direitos fundamentais e universais para seu desenvolvimento como

cidadão/ cidadã. Porém, um avanço identificado é a implementação do

Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial – CEPIR, órgão

deliberativo e consultivo de políticas para equidade racial, efetivamente

instalado em meados de 2011, encontrando-se em funcionamento.

Nesse sentido, a articulação junto as Secretarias de Estado se

configura como um desafio para o enfrentamento às diversas formas de

exclusão vivenciadas pela população negra e quilombola na Paraíba. No

tocante a população quilombola, algumas ações encontram-se

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pulverizadas nas secretarias e órgãos, como a distribuição de cesta

alimentação, programa do leite, construção de casas e os processos de

regularização fundiária sem haver o diálogo e a complementação das

ações na perspectiva da intersetorialidade.

No âmbito dos municípios, encontramos apenas em João Pessoa,

a Assessoria da Diversidade Humana, alocada na Secretaria de

Desenvolvimento Social – SEDES, criada em 2005 e que tem

desenvolvido ações de enfrentamento ao racismo institucional, a

exemplo da Campanha contra o Racismo Institucional, lançada em

março de 2011.

A população quilombola como tema prioritário de política pública

envolve desafios particulares para a ação governamental. A questão

fundiária incorpora outra dimensão, pois o território – espaço geográfico-

cultural de uso coletivo, diferentemente da terra como mero fator de

produção econômica – é elemento constitutivo da realidade social,

cultural e política, vinculado ao seu direito de auto-definição. Temas

como desenvolvimento sustentável, equidade e identidade se

apresentam de forma indissociável, criando desafios para a política

pública que exigem um alto nível de integração entre as ações

governamentais. Portanto, é urgente a criação e efetivação de um Plano

de Ações para as Comunidades Quilombolas paraibanas, tendo como

referencial o Programa Brasil Quilombola, Plano Nacional de Promoção

da Igualdade Racial – PLANAPIR e o Estatuto da igualdade Racial.

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CONTEXTUALIZAÇÃO SÓCIO - HISTÓRICA

Como reflexo das políticas públicas federais, o ano de 2004 marca

o inicio da visibilização das comunidades quilombolas no estado da

Paraíba e traz a tona no âmbito da sociedade civil, as iniqüidades por

elas vivenciadas.

Até 2011, a Paraíba possui 38 (trinta e oito) comunidades

remanescentes de Quilombo reconhecidas pela Fundação Palmares,

localizadas desde o litoral até o sertão. Destas, apenas 1 (uma)

comunidade quilombola (comunidade do Bonfim), localizada no

Município de Areia/PB recebeu sua titulação, em 14 de abril de 2011.

Estima-se que 2.400 famílias vivam em território quilombola na Paraíba.

Neste contexto, a população quilombola do estado vive, de forma

ainda mais acentuada, os problemas originados pelo racismo

institucional, marcado pela quase total ausência de políticas públicas

para esta população. Os processos de exclusão vivida pela população

quilombola são relatados por estes sujeitos que convivem no dia-dia as

mais diversas formas de exclusão. Assim, apresentamos algumas

considerações que traçam um perfil das comunidades quilombolas, do

litoral ao sertão, no estado da Paraíba.

A realidade ora apresentada revelam o empobrecimento e a

insegurança alimentar presente nas comunidades. Outros problemas

estruturais também foram relatados os quais tem provocados sérias

conseqüências nas comunidades. O trabalho sazonal tem provocado a

migração de jovens e adultos para outras cidades ou regiões do país,

em busca de condições de trabalho.

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Problemas se caracterizam também na área de educação, onde a

realidade escolar nas comunidades se apresenta com a ausência de

escolas ou escolas precárias e ensino inadequado que não se pautam

na Lei 10.639/03. Os dados mostram a existência de 18 (dezoito)

escolas de ensino fundamental em território quilombola, dessas 2 (duas)

são escolas estaduais. Identificamos também a ausência de merenda

diferenciada, inexistência de formação continuada dos professores/as,

desconhecimento e não aplicação da Lei 10.639/03.

Em contraponto, destacamos a experiência da Escola Municipal de

Educação Infantil e Ensino Fundamental Firmo Santino da Silva,

localizada na Comunidade Quilombola de Caiana dos Crioulos,

município de Alagoa Grande, brejo paraibano, que recebeu o Selo

Educação para a Igualdade Racial, concedido pela Secretaria Especial

de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR, no ano de

2010.

A saúde desta população, que tem suas especificidades,

especificidades a exemplo de doenças prevalentes na população como

a hipertensão arterial, diabetes melitos e anemia falciforme, tem sido

tratada com falta de cuidado por parte do poder público com

atendimento insuficiente ou inexistente nas comunidades. Atualmente,

existem 05 (cinco) unidades de saúde da família localizadas no território

quilombola, contudo, isso não tem garantido um atendimento

diferenciado, levando em consideração as peculiaridades daquela

população. As demais comunidades, precisam se deslocar até o

município mais próximo, podendo chegar até 15 km para garantir

atendimento médico. Outra situação muito encontrada é a ausência dos

profissionais de saúde (médicos, dentistas, enfermeiras) na USF.

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Embora o estado tenha realizado este ano o II seminário Estadual e I

Seminário Municipal sobre Saúde da População Negra, a Política

Nacional de Atenção a Pessoas com Anemia Falciforme e a Política

Nacional de Saúde Integral da População Negra não estão implantadas;

apenas a fase II do teste do pezinho entrou em vigor em 2010 com

atendimento apenas na capital.

A infra-estrutura básica segue a mesma lógica e a carência

aparece nas precárias vias de acesso às comunidades, na insuficiência

ou falta de abastecimento de água, na falta de reservatórios de água,

como cisternas, poços e açudes etc.

A situação habitacional desta população está marcada por falta de

moradia ou casas precárias. Identificamos em grande parte dessas

comunidades, a existência de casas de taipa. Numa amostra de 11

comunidades que responderam questionário aplicado pela SEMDH,

encontramos a existência de 140 casas de taipa em 08 comunidades.

Este ano, a CEHAP destinou casas para quilombolas dentro do

programa de habitação rural, totalizando o número de 150 unidades

habitacionais.

Com maior gravidade, temos a situação territorial e falta de

demarcação das áreas quilombolas, visto que a maioria das

comunidades não tem terra para trabalhar, plantar ou morar. Como já

citado anteriormente, apenas a comunidade quilombola de Bonfim

recebeu a titulação do território.

No geral, algumas prioridades foram apontadas pelas

comunidades, a saber: regularização da terra pelo INCRA, construção

de banheiros, viabilizar a rede de abastecimento de água, melhoria das

estradas de acesso a comunidade pelo município, construção de poços,

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geração de emprego e renda, construção da rede de saneamento dos

esgotos, iluminação pública, bem como sanar os problemas destacados

anteriormente.

Portanto, a realização do I Seminário Estadual de Políticas para as

Comunidades Quilombolas se configurou como um espaço fundamental

de diálogo entre o poder público e as lideranças quilombolas para o

aprofundamento de debates para a construção do Plano de Trabalho

para Ações Integradas do Programa Brasil Quilombola. Enfatizamos a

importância da pactuação entre governo federal e governo do estado da

Paraíba para a execução do Plano Brasil Quilombola na Paraíba, com o

fortalecimento da intersetorialidade no governo do estado.

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Referências Bibliográficas

CECNEQ, Contexto Sócio Econômico e os Desafios dos Quilombo s da Paraíba. Mímeo, 2010.

IPEA. 2011. Dinâmica Demográfica Da População Negra Brasileira. Cadernos IPEA n. 91. Brasília.

IPEA. 2008. Desigualdades Raciais, Racismo E Políticas Públicas : 120 Anos Após A Abolição. Cadernos IPEA n.4. Brasília.

BRASIL. Estatuto da Igualdade Racial. Brasília, 2010. Disponível em: http://www.njobs.com.br/seppir/pt/. Acessado no dia 10 de agosto de 2011.

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ANEXOS

Av. Epitácio Pessoa, 1457, 2º Andar, Fone: (83) 3218 .7298 Fax – (83) 3218.7184

Bairro dos Estados - CEP: 58030 001 – João Pessoa – PB

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Anexo I – Programação do I Seminário Estadual de Políticas para as Comunidades quilombolas

Dia 06 de dezembro 8h30 – Mística de abertura e apresentação do Coco de Roda da Comunidade Quilombola de Caiana dos Crioulos – Alagoa Grande/PB 9h - Mesa de boas vindas 9h30 - Diagnóstico das Comunidades e apresentação das ações realizadas e previstas nas áreas de Desenvolvimento social, Cultura, Segurança Alimentar e Inclusão Produtiva 12h – Almoço

14h Diagnóstico das Comunidades e apresentação das ações realizadas e previstas nas

áreas de Educação, Saúde e Segurança Pública

15h30 – Merenda Diagnóstico das Comunidades e apresentação das ações realizadas e previstas nas áreas de regularização fundiária, habitação, infra-estrutura básica – luz, água, saneamento e acesso Dia 07 de dezembro

8h – Boas vindas e orientação aos participantes sobre a metodologia de trabalho em grupo

8h30 - Grupos de Trabalho: Saúde; Educação; Desenvolvimento Local e Inclusão Produtiva; Regularização Fundiária; Infra-estrutura Básica – luz, água, saneamento, habitação e acesso 12h30 – Almoço 14h – Plenária de Apresentação dos grupos

16h - Encaminhamentos 17h – Merenda/ Encerramento

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Anexo II – Resultado dos Grupos de Trabalho

Ação Objetivos Público Resultados Parceria Mapeamento das Comunidades Quilombolas no Estado da Paraíba

Articular com outras secretarias para realizar o Mapeamento das comunidades Quilombolas no Estado da Paraíba

Comunidades Quilombolas

Mapeamento concretizado

CECNEQ/PB UFPB UEPB Fundação Palmares MDS

Encontro Estadual das Comunidades Quilombolas

Apoiar a realização do Encontro Estadual das Comunidades Quilombolas

Comunidades Quilombolas

Divulgação das ações previstas e realizadas

Secretarias do governo CECNEQ/PB ACAADE

Reuniões com as regionais da CECNEQ

Realizar reuniões regionais preparatórias para o Encontro Estadual das Comunidades Quilombolas

Comunidades Quilombolas

Reuniões regionais realizadas

CECNEQ/PB

Sensibilização das prefeituras para as pautas quilombolas

Articular com as prefeituras onde estão inseridas as comunidades quilombolas para sensibilização das pautas quilombolas

Gestoras e gestores dos municípios onde estão inseridas as comunidades quilombolas

Gestoras/gestores sensibilizados para as pautas

CECNEQ Prefeituras onde estão as comunidades

Lançamento do Programa Brasil Quilombola na Paraíba

Articular com secretarias do governo o lançamento do Programa Brasil Quilombola (Agenda Social Quilombola)

Comunidades Quilombolas

Programa Brasil Quilombola lançado na Paraíba

SEPPIR Secretarias de Governo CEHAP Municípios CECNEQ CEPIR

Instalação de um Instalar um Comitê Gestor Gestoras/Gestores Comitê instalado e Secretarias

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Comitê Gestor Estadual do Programa Brasil Quilombola

Estadual do Programa Brasil Quilombola (regularização fundiária, infra-estrutura e qualidade de vida, inclusão produtiva e desenvolvimento local, e direitos e cidadania)

Estadual, Gestores/Gestoras Municipais e comunidades quilombolas

funcionando de Estado CEHAP CECNEQ AACADE CEPIR

Articulação com a Rádio Tabajara para incluir na programação produções culturais quilombolas

Articular com a Rádio Tabajara a inclusão de produções culturais quilombolas nos programas radiofônicos existentes (Programa Afro Brasil)

Rádio Tabajara Rádio Tabajara articulada para incluir produções quilombolas

Rádio Tabajara

EDUCAÇÃO Caravana em prol da implementação da Lei 10.639

Realizar em parceria com a SEE ações de sensibilização dos gestores/as e coordenadores/as pedagógicos sobre a implementação da Lei 10.639

Gestores/gestoras e coordenadores/as pedagógicos

Gestores/gestoras de educação dos municípios sensibilizados para importância da implementação da Lei 10.639

SEE GOIESC e Regionais de ensino SEJEL SEDH Fórum SEAP

Prêmio João Balula de Educação para Igualdade Racial

Realizar em parceria com a SEE o Prêmio João Balula de Educação para Igualdade Racial

Comunidade escolar paraibana

Escolas envolvidas no prêmio

SEE – GOIESC e Regionais de ensino SEJEL SECULT SEDH Fórum SEAP

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CEPIR Formação continuada dos docentes (escolas estaduais e municipais) na Lei 10.639

Discutir a inclusão das temáticas abordadas na Lei 10.639 e 11.645 na formação continuada dos professores/as estadual e municipais

Docentes das escolas estaduais e municipais

Professores/as da rede de ensino (estadual e municipal) formados

SEE – GOIESC e Regionais de ensino Fórum de educação

Revista eletrônica e impressa: Diversidade

Compor a comissão editorial da “Revista eletrônica e impressa Diversidade” Incentivar a produção de materiais, pesquisas, artigos para a Revista eletrônica

População geral Revista lançada e alimentada

SEE - GOIESC SEJEL SECULT SEDH SEAP Fórum de educação

Inclusão do curso de Farmácia nas graduações oferecidas pelo PRONERA

Dialogar com PRONERA e universidades a inclusão do Curso de Farmácia com habilitação em Fitoterapia

PRONERA Universidades Comunidades Quilombolas INCRA

Curso de Farmácia com habilitação em fitoterapia

INCRA CEPIR PRONERA

Articulação com municípios para instalação de Escolas Quilombolas

Articular junto SEE (articule com os municípios) ampliação das Escolas Quilombolas

SME onde estão inseridas as Comunidades Quilombolas

Escolas Quilombolas Municipais instaladas e funcionando

SME CEPIR CECNEQ

Implementar política de permanência dos cotistas na UEPB

Articular a inclusão da política de permanência dos cotistas da UEPB

UEPB Garantia de permanência das/os estudantes cotistas na UEPB

UEPB CEPIR

Instalação de Escolas Quilombolas de Ensino médio

Articular com a SEE a instalação de Escolas Quilombolas de Ensino

SEE Escolas Quilombolas de Ensino médio instaladas e

SEE CEPIR

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Médio nas regiões onde estão inseridas as Comunidades Quilombolas

funcionando

Acompanhamento da distribuição da Merenda Diferenciada para escolas onde estão inseridas as Comunidades Quilombolas

Articular com a SEE e SME para acompanhar a distribuição da Merenda Diferenciada para escolas onde estão inseridas as comunidades quilombolas

SEE – Núcleo de Educação Etnico-racial e Quilombola Secretarias Municipais de Educação onde estão as comunidades quilombolas

Secretarias de Educação articuladas para acompanhar a distribuição da merenda

SEE CECNEQ SME Associações

I Seminário Estadual de Educação Quilombola

Integrar a comissão de elaboração do Seminário Estadual de Educação Quilombola

Comissão de elaboração do Seminário

Seminário realizado SEE UDIME Fórum estadual da Diversidade Étnico Racial CEPIR CECNEQ AACADE

SAÚDE Traçar o levantar o perfil epidemiológico das comunidades quilombolas, com recorte de gênero e geração

Identificar o perfil epidemiológico das populações quilombolas

SES Perfil epidemiológico realizado e divulgado

SES e SMS CECNEQ ACAADE

Ampliação e capacitação de ESF para atuar de forma exclusiva dentro das

Sensibilizar a SES para importância do reordenamento dos distritos nas comunidades

SES SMS Comunidades quilombolas

Implementação e funcionamento dos programas de saúde da família, nas

SES SMS Comunidades quilombolas

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comunidades Quilombolas

quilombolas comunidades quilombolas

Implantação e implementação de Comitês Técnicos de Saúde da População Negra, apresentando pautas referentes a Saúde dos Quilombolas

- Acompanhar o Comitê Técnico Estadual da Saúde da População Negra - Incentivar e acompanhar a implantação de Comitês Regionais/Municipais de saúde da População Negra

SES SMS

Comitês em pleno funcionamento

SES SMS CEPIR Organizações negras ASPAH

Implantar serviços de Testagem e orientação genética para a doença Falciforme nas comunidades quilombolas

Articular junto a SES ação de testagem para Anemia Falciforme nas Comunidades Quilombolas; oferecer serviços de orientação genética.

SES Comunidades Quilombolas

Identificação/notificação de casos de Anemia Falciforme nas Comunidades Quilombolas; orientação genética das famílias e pré-nupcial.

SES, SMS, HU’s, Hemocrentros AACADE ASPPAH

Identificação, mobilização e capacitação; Encontro Estadual das Parteiras Tradicionais

Realizar em parceria com a SES Encontro Estadual das parteiras tradicionais (Quilombolas e indígenas

Parteiras tradicionais

Seminário realizado SES Comunidades tradicionais Curumim/ MS

Identificação das parteiras atuantes bem como de jovens aprendizes nas comunidades quilombolas

Inserir as parteiras e jovens aprendizes, nas formações da SES para parteiras

Comunidades Quilombolas

Parteiras identificadas e formações realizadas

SES SMS Comunidades quilombolas

Articulação para instituir políticas de reservas de vagas para seleção de profissionais de saúde

Pactuar com gestões municipais a inserção de profissionais originários das comunidades

SES SMS

Profissionais quilombolas inseridos

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das comunidades, visando inseri-los nos serviços de saúde dessas comunidades

quilombolas na prestação de serviços de saúde nessas comunidades

REGULARIZAÇAÕ FUNDIÁRIA Articulação entre Governo do Estado, Governo Federal - INCRA para acelerar o Processo de Regularização dos Territórios Quilombolas

Articular com INCRA para garantir a contratação de Antropólogos suficiente para atender as demandas de Regularização de Territórios Quilombolas

Governo Federal Governo do Estado

Pactuação realizada e titulações emitidas

INCRA DNOCS Marinha

Provocar reunião com os órgãos IBAMA, SUDEMA, DNOCS, SERHMACT, INCRA.

Resolver questões de fiscalização e autuações ambientais na Região de Coremas - PB

IBAMA, SUDEMA, DNOCS, SERHMACT, INCRA.

Comunidades Quilombolas da Paraíba

IBAMA, SUDEMA, DNOCS, SERHMACT INCRA.

INFRA-ESTRUTURA E HABITAÇÃO Abastecimento de água para comunidades Quilombolas

Articular juntamente a FUNASA E SEDH para construção de cisternas

FUNASA SEDH

Comunidades quilombolas com abastecimento de água potável

CAGEPA CECNEQ AACADE

Estradas e rodagens de acesso as comunidades quilombolas – Programa Caminhos da Paraíba

Pactuar para inserir no Programa Caminhos da Paraíba, melhoria das estradas e rodagens e acesso as comunidades quilombolas

SEIE SEG DER

Estradas construídas e/ou ampliadas

CEPIR DER

Política Pública de Habitação para Comunidades Quilombolas

Adequar o Programa de Habitação a realidade social no qual o Programa Minha Casa Minha Vida não contempla as

CEHAP Construção de 450 casas de no mínimo 54 m² e Reforma de no mínimo 600 casas para contemplar as

Governo Federal Governo do Estado Prefeituras,

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Comunidades Quilombolas.

demandas das 38 Comunidades Quilombolas

Emater

Criação de Programa Permanente de Melhoria de Infraestrutura de estradas e acessos as Comunidades

Evitar isolamento das Comunidades em período de chuvas devido a característica de topologia elevada e possibilitar o escoamento de Produção.

DER Melhoria de Infraestrutura e acesso as Comunidades Quilombolas.

Governo Federal Governo do Estado Prefeituras, Projeto Cooperar, Emater

Construção de Banheiros para casas que não possuem essa estrutura

Articular com a FUNASA – governo federal a construção de banheiros nos domicílios quilombolas

FUNASA Governo federal

Domicílios com banheiro

FUNASA, Governo do Estado Governo Federal Prefeituras Emater

Articular para construir cisternas/ cisternões, barragens subterrâneas

Articular para incluir nos programas já existentes do Governo do Estado e/ou Federal a construção de cisternas/cisternões e barragens nas comunidades

Governo do Estado Governo Federal, Projeto Cooperar, Emater

Cisternas construídas CEPIR MDS CECNEQ AACADE

Iluminação Pública para as Comunidades Quilombolas

Articular com os municípios e governo federal a ampliação dos programas direcionados para iluminação pública

Gestão municipal onde estão localizadas as comunidades

Comunidades com luz elétrica

Governo do Estado SEPPIR Prefeituras

Criação de programas de saneamento ambiental para as comunidades

Articular com gestão estadual e municipal para implantar programas de saneamento ambiental

SES SMS CAGEPA

Redução dos indicadores epidemiológicos

SES, SEMAN, SUDEMA e Infra

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quilombolas nas comunidades quilombolas

estrutura,

Implantação da coleta seletiva do lixo nas comunidades

Articular com municípios para implantação de programa de coleta seletiva de lixo

Municípios onde estão localizadas as comunidades

Programas implantados

Implantar Política de escoamento de Resíduos Sólidos das Comunidades Quilombolas

Provocar a obrigação da coleta onde for possível o acesso e achar uma solução onde não for possível o acesso

Gestão municipal onde estão localizadas as comunidades

DESENVOLVIMENTO LOCAL E INCLUSÃO PRODUTIVA Divulgação e comercialização das produções artesanais e culturais da população quilombola

Articular uma Feira Estadual com produções artesanais e culturais da população quilombola, com observância aos princípios da Ecosol

População em geral

Produções artesanais e culturais divulgados e comercializados

MDS PBTUR SEBRAE

Acesso à linha de crédito no Empreender PB e Projeto Cooperar para Empreendimentos Quilombolas

Articular com EMPREENDER PB e o Projeto Cooperar critérios para acesso a linha de credito para os povos quilombolas

EMPREENDER PB Projeto Cooperar Povos Quilombolas

Povos Quilombolas acessando linhas de crédito no EMPREENDERPB e Projeto Cooperar

CEPIR CECNEQ Empreender PB e Projeto Cooperar

Projeto de Segurança Alimentar e Nutricional para as Comunidades Tradicionais - SEDH

Elaborar e Executar conjuntamente com a SEDH o Projeto de Segurança Alimentar para as Comunidades Tradicionais – Quilombola e Indígena

SEDH

Projeto executado SEDH SUDEMA IBAMA MDS CONSEA CEPIR

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SEGURANÇA PÚBLICA Programa de proteção a todas as Comunidades e Povos Tradicionais - CPTs ameaçados

Articular para criação de um Programa de proteção a pessoas ameaçadas

SEDS Articulação realizada para criação de um Programa de Proteção a pessoas ameaçadas

SESPDS Procuradoria da Justiça

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Anexo III – Lista das comunidades quilombolas da Paraíba

MUNICÍPIO COMUNIDADE 1. Alagoa Grande Caiana dos Crioulos 2. Areia Engenho Bonfim 3. Engenho Novo Mundo 4. Cacimbas Serra Feia 5. Cajazeirinhas Umburaninhas 6. Vinhas 7. Catolé do Rocha Lagoa Rosa 8. Jatobá/Curralinho 9. São Pedro dos Miguéis 10. Conde Gurugi 11. Ipiranga 12. Mituaçu 13. Coremas Mãe D’água 14. Santa Tereza 15. Barreiras 16. Diamante Vaca Morta 17. Barra de Oitis 18. Dona Inês Cruz da Menina 19. Gurinhém Matão 20. Ingá Pedra D’água 21. João Pessoa Paratibe 22. Lagoa Timbaubinha 23. Livramento Sussuarana 24. Areia de Verão 25. Vila Teimosa 26. Manaíra Fonseca 27. Picuí Serra do Abreu 28. Pombal Comunidade dos Daniel 29. Rufino 30. Riachão do Bacamarte Grilo 31. Santa Luzia Serra do Talhado 32. Talhado Rural 33. São Bento Contendas 34. São José de Princesa Sítio Livramento 35. Serra Redonda Sítio Matias 36. Tavares Domingos Ferreira 37. Triunfo Comunidade dos Quarenta 38. Várzea Pitombeira

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Anexo V – Fotos das visitas realizadas às comunidades

Comunidade Quilombola de Lagoa Rasa – Catolé do Roc ha

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Comunidade Quilombola de Matão – Gurinhém

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Reunião com as comunidades Quilombolas do alto sert ão – POMBAL

Comunidade Quilombola de São Sebastião – Santa Luzi a

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Reunião com as Comunidades Quilombolas do médio ser tão – TAVARES

Comunidades Quilombola de Caiana dos Crioulos – Ala goa Grande

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E-mail : [email protected]

CONTEXTO SOCIO ECONOMICO E OSDESAFIOS DOS QUILOMBOS DA PARAÍBA

O marco inicial do aparecimento no cenário do estado das comunidades quilombolas foi em 2004. A partir desta data começou-se de fato tomar conhecimento da real situação dos quilombos na Paraíba.

1- Os problemas enfrentados pelas comunidades quilombolas

• Empobrecimento: insegurança alimentar

• Abandono por parte do poder publico • Discriminação e preconceito • Saída dos jovens para as cidades em busca de trabalho

2- Problemas estruturais

• Educação: Escolas precárias e ensino inadequado; • Saúde: atendimento insuficiente e/ou inexistentes; • Infraestrutura :estradas: de péssima qualidade • Agua: falta de agua e/ou agua inadequada para consumo humano;

faltam reservatórios para abastecimento: cisternas, poços, açudes, • Habitação: falta de moradia e/ou precariedade das casas;

• Território/ terra- falta na maioria das comunidades terra para trabalhar

Proposta do movimento quilombola da Paraíba

Que o próximo governo estadual em parceria com o governo federal e municipal assuma compromisso com o segmento quilombola para a:

• Construção em conjunto com o segmento quilombola de um espaço e uma política governamental permanente para implementar politicas publicas para as comunidades quilombolas tais como:

• Politica de habitação adequada à realidade quilombola • Melhoramento das estradas de acesso às comunidades • Construção de reservatórios para agua: cisternas; • Postos de saúde e atendimento médico que contemple a peculiaridade

quilombola;

• Ensino de qualidade e adequado a realidade quilombola. • Segurança alimentar;

• Programa de geração de emprego e renda de acordo com as especificidades das regiões e comunidades;

• Formação dos professores a temáticaquilombola,

CECNEQ

Coordenação Estadual das Comunidades Negras e Quilombolas CNPJ 09.421.053/0001-50

Endereço: Rua Duque de Caxias, 59 -Centro - João Pessoa - Paraíba Sala: 01CEP: 58010-820 Telefone (83) 88517568

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Especificidades das Comunidades Quilombolas da Paraíba

TERRITORIO LITORAL

Comunidades: Gurugi, Mituaçu, Paratibe, Ipiranga 1- Colocar a frente dos órgãos abaixo, pessoas habilitadas para trabalhar com as

Comunidades Quilombolas.

• Saúde • Educação

• EMATER • INTERPA • SEDHS

2 – Cuidar com urgência da infraestrutura das comunidades Quilombolas: água, habitação, segurança, saúde, escola, lazer, cultura, esporte.

1- Efetivação das Politicas Públicas e dos projetos já encaminhados: construção de

casas e reformas;

2- Implementar as Leis 10.639 e 11.645 nas comunidades quilombolas do Estado;

3- Considerar e garantir que a assistência técnica e demais serviços como saúde,

educação entre outros possa ser executadopor quilombolas;

4- Desenvolver e dinamizar em todo estado, uma politica de personalização de

quilombolas, considerando a Politica Nacional de Educação no Campo.

5- Implementação do Programa Brasil Alfabetizado nas comunidades quilombolas,

garantindo a participação direta de quilombolas nesse processo;

6- Implantação do PROJETO EMPREENDER nas comunidades quilombolas

7- 9- Subsidiar as associações Quilombolas para construção de sedes próprias para

melhor organização do nosso povo, inclusive com equipamentos;

8- Criação de estação de informática para as comunidades quilombolas para que as

mesmas sirvam de fonte de pesquisa e estudo para estudantes de todos os níveis

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TERRITORIOBREJO, AGRESTE,CURIMATAÚ Comunidades, Matias, Grilo,Cruz da Menina, Bomfim, Mundo Novo.

Pedra D’água- Município de Ingá

• Educação; Capacitação de professores dentro das necessidades da escola( implementação da lei 10.639)

• Construção de casas e reformas;

• Construção de mais cisternas;

• Melhoramento de Estradas;

Matão- Municipio de Gurinhém

• Saúde- Não possui posto de saúde e os agentes de saúde não são da comunidade.

As pessoas caminham até 5 km para buscar atendimento

• Construção de casas e reformas;

Bonfim Município de Areia

• Construção de Poços e melhoramento de barreiros

• Melhorar o atendimento medico

Matias Município de Serra Redonda

• Fragilidade no Programa do leite

• Construção de casas e reformas

• Melhoramento de Estradas;

• Criação de sistemas de creche

Cruz da Menina Município de Dona Inês

• Educação: escola com seriesmultiseriada

• Saúde- Crianças com problemas mentais não são atendidas de acordo com as

necessidades

• Construção de casas e reformas

• Construção de mais cisternas;

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Caiana dos Crioulos – município de Alagoa Grande

• Construção e reformas de casas

• Construção de melhorias sanitárias

• Melhoramento das Estradas

São Pedro dos Migueis- Município de Catolé do Rocha

• Geração de Renda

• Moradia

• Distribuição de rede de agua para casas

• Lavanderias

• Posto de saúde com atendimento medico

Comunidade Barreiras Município de Coremas

• Moradias

• Regularização do Território

• Cestas Básicas

• Escola

• Estrada

• Apoio a geração de Renda

Comunidade Santa Tereza Município de Coremas

• Cestas Básicas

• Escola

• Estrada

• Apoio a geração de Renda

• Radio Comunitária

ComunidadesVinhas e Umburaninha– Cajazeirinhas

• Construção de Moradias

• Regularização do Território

• Agua

• Apoio à geração de Renda • Escola

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ComunidadesBarra de Oitis e Vaca Morta município de Diamante

• Abastecimento de Agua

• Regularização das terras quilombolas

• Moradia

• Transporte escolar para estudantes de Ensino Médio

• Reformas de guarda esportiva

• Combate ao analfabetismo com incentivo alimentar aos alunos

• Melhoramento de Estradas de acesso

ComunidadesLagoa Rasa Curralinho/Jatobá, Pau de leite, São Pedro

• Passagem Molhada

• Construção de Moradias e reformas

• Abastecimento de agua através de perfuração de poços

• Assistência medica

• Geração de Renda

• Distribuição de rede de agua para casas

• Lavanderias

• Posto de saúde com atendimento medico

Comunidade Serra do Abreu

• Acesso ao Programa do leite

• Abastecimento de Agua

• Acesso a programas de capacitação

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Comunidade Quilombola do Domingos Ferreira

Dificuldades e desafios A. Caminhos Prioridades

Banheiros Funasa

Falta de água Abastecimento do acúde

para a comunidade Funasa

e SRI.

Banheiros

Cursos de capacitação para a

comunidade Plantec, senac Abastecimento de água,

Capacitação para professores

sobre o povo negro

Governo Municipal e

Estadual

Solicitação da

regularização da Terra ao

Incra

Dificuldade de acesso à

saúde,

Secretária de saúde

municipal e estadual

Estradas Secretária de Obras

Acesso a Terra Solicitação ao Incra

Comunidade Quilombola Serra feia e Aracati - chã

Dificuldades e desafios Caminhos Prioridades

Saúde Médicos para visitar a

comunidade. Agente de

saúde

Reuniões da comissão das

comunidades quilombolas

do sertão a cada 2 meses

Transporte Melhoria das estradas pelo

município

Moradia Construir casas pela funasa

Falta de acesso a água Cisternas, reservatórios de

água

Reservatório de água

Programa de aquisição de

documentos

Órgãos públicos, ministério

público.

Programa de aquisição de

documentos

Transporte escolar Secretária Municipal Transporte escolar

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Comunidade Quilombola Livramento

Dificuldades e desafios Caminhos Prioridades

Acesso a terra Fazer todo o acesso para o

quilombo em pedra bruta

Melhorar o acesso

Falta de poços para

atender as necessidades

da comunidade

Fazer escavação de poços

buscando autorização do

dono do terreno e apoio

de órgãos municipais

Construir poços e

construir banheiros

Falta de saneamento

básico(banheiros)

Fazer projetos para

construção de banheiros

sanitários

Condições físicas para

trabalhar a cultura

Elaborar projetos para

construção de um centro

cultural e oficinas de

artesanato e enviar aos

órgãos competentes

Comunidade Quilombola Fonseca

Dificuldades e desafios Caminhos Prioridades

Moradia Solicitação a funasa

(urgente)

Moradias

Estradas Secretária de transportes

Falta de água Construções de poços e

cisternas Acesso à água

Reformas das casas Solicitação a Funasa

Terra Regularização pelo INCRA

Acesso à saúde. Falta de

médicos (dentistas e no

PSF)

Secretária de saúde,

Av. Epitácio Pessoa, 1457, 2º Andar, Fone: (83) 3218 .7298 Fax – (83) 3218.7184

Bairro dos Estados - CEP: 58030 001 – João Pessoa – PB

Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana

Comunidade Pitombeira

Dificuldades e desafios Caminhos Prioridades

Falta de acesso à água Poços, cisternas, Projetos artesanais para

mulheres

Fumaça do lixão de Santa

Luzia (insetos, mosquitos

etc)

Buscar o ministério

público, enviar ofícios para

a prefeitura, criar baixo

assinado.

Poços e cisternas

Falta de acesso á saude Visitas de médico

mensalmente

Comunidade Quilombola do Talhado Urbano-Bairro São Sebastião

Dificuldades e desafios Caminhos Prioridades

Necessidade de uma sede para comunidade

Fazer um projeto para conseguir recursos

Necessidade de uma sede para comunidade

Oportunidades de trabalhos e cursos para os jovens

Cursos através de órgãos competentes

Falta de acesso a saúde e educação

Melhoria no atendimento à saúde e educação

Acesso a saúde e educação

Moradia Construção de casas pela FUNASA

Esgoto atingindo as famílias da comunidade

Secretária de meio ambiente

Falta de iluminação Secretária infraestrutura