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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

JANETE SCHELEDER

ATIVIDADES FORMATIVAS: PRODUÇÃO DE RECURSOS DIDÁTICOS PARA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO

ENSINO FUNDAMENTAL

CURITIBA2012

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

JANETE SCHELEDER

ATIVIDADES FORMATIVAS: PRODUÇÃO DE RECURSOS DIDÁTICOS PARA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO

ENSINO FUNDAMENTAL

Artigo apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, sob orientação da professora PhD. Sonia Maria Chaves Haracemiv da Universidade Federal do Paraná-UFPR.

CURITIBA2012

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ATIVIDADES FORMATIVAS: PRODUÇÃO DE RECURSOS DIDÁTICOS PARA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Janete Scheleder1

[email protected]

Orientação: Profª. PhD. Sonia Maria Chaves Haracemiv2

[email protected]

RESUMO: Este artigo visa orientar os futuros professores na pesquisa e produção de materiais didáticos, devendo os mesmos selecionar e avaliar a pertinência à realidade escolar. A referida produção abrangeu desde a concepção teórico-metodológica, confecção e utilização, voltada ao desenvolvimento cognitivo nas diferentes áreas do conhecimento da Educação Infantil e Anos iniciais. Buscou-se subsidiar os alunos do curso Formação de Docentes no desenvolvimento de ações que possam aprimorar a prática educativa, oportunizando a identificação das potencialidades de aplicação destes recursos na prática pedagógica. Foram criados espaços de reflexão e conhecimento sobre Tecnologias da Informação e Comunicação na escola. Foi aplicado um instrumento de pesquisa visando identificar os recursos didáticos, como também se realizou oficinas de produção dos mesmos pelos alunos. O material produzido foi aplicado na escola campo de estágio pelos alunos de Prática de Ensino no Estágio Supervisionado, avaliando-se a aprendizagem das crianças. Houve exposição dos trabalhos realizados visando socializar o conhecimento produzido. As discussões realizadas no GTR - Grupo de Trabalho em Rede, constituído por professores da rede estadual, contribuíram e muito com a prática educativa dos participantes que refletiram sobre os recursos utilizados e sua importância no processo ensino aprendizagem.

Palavras-chave: Atividades Formativas; Produção de materiais didáticos; Prática docente: espaço de formação.

Introdução

Este artigo relata o desenvolvimento do projeto realizado pela professora

pedagoga da Rede Estadual de Ensino, participante do PDE - Programa de

Desenvolvimento Educacional, com o tema “Atividades formativas: produção de

recursos didáticos para Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental”.

Desde 2005 no trabalho com a disciplina de Prática de Ensino, do Curso

Formação de Docentes, de Ensino Médio na rede Estadual do Paraná, observou-se

1 Profª, PDE 2010, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Pedagoga. Pós-graduada em Psicopedagogia. Atua no Colégio Estadual Presidente Abraham Lincoln na Orientação Educacional e professora do Curso de Formação de Docentes.

2 Profª. PhD. do Departamento de Teoria e Prática de Ensino do Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná. Pós-Doutora em Currículo e Avaliação. Atua no Programa de Pós-Graduação em Educação na Linha Cognição, Aprendizagem e Desenvolvimento Humano.

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que os planos de aula dos alunos não apresentavam estratégias didáticas no uso de

materiais pedagógicos, necessários à regência de classes de Educação Infantil e

Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

O principal objetivo deste projeto foi o de desenvolver a produção de materiais

didático-pedagógicos com os alunos, visando à aprendizagem docente para o

trabalho com crianças, proporcionando subsídios teórico-práticos no

desenvolvimento de ações que possam aprimorar a prática educativa na própria

prática, oportunizando a pesquisa e exploração no processo de formação inicial do

profissional docente, de diferentes recursos didáticos tão necessários ao cotidiano

escolar.

Os alunos foram levados a pesquisar vários materiais, como também a

produzir e utilizar estes materiais de maneira mais criativa e dinâmica, apresentando

a importância no processo de ensino e aprendizagem como também, regras básicas

para a construção dos mesmos.

O trabalho docente constitui o exercício profissional do professor e este é o

seu primeiro compromisso com a sociedade. “A responsabilidade do professor é

preparar os alunos para se tornarem cidadãos ativos e participantes na família, no

trabalho, nas associações de classe, na vida cultural e política” (LIBÂNEO, 1994,

p.47).

Hoje em dia o professor precisa mais do que ensinar “Não cabe a ele apenas

organizar a aula, as atividades do dia-a-dia. É preciso fazer a criança refletir e

aprender. É com a reflexão que ocorre o verdadeiro aprendizado. A sala de aula

precisa ser prazerosa, ativa e energizada. E isso é resultado de muito trabalho”

(PEREIRA, 2006, p. 35).

Muitas pessoas acreditam que o desempenho satisfatório do professor na sala de aula depende da vocação natural ou somente de experiência prática, descartando-se a teoria. É verdade que muitos professores manifestam especial tendência e gosto pela profissão, assim como se sabe mais tempo de experiência ajuda no desempenho profissional. Entretanto o domínio das bases teórico-científicas e técnicas, e sua articulação com as exigências concretas de ensino, permitem maior segurança profissional, de modo que o docente ganhe base para pensar sua prática e aprimore sempre mais a qualidade do seu trabalho (LIBÂNEO, 1994, p. 28).

Repensando o perfil do educador

Ser um educador é uma tarefa difícil, pois a sociedade exige muito do

profissional, e isto implica muita competência, atualização e criatividade. Segundo

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Rubem Alves (1995), “Professores, há aos milhares. Mas o professor é profissão,

não é algo que se define por dentro, por amor. Educador, ao contrário, não é

profissão; é vocação”. O que é então ser um Educador?

Eu diria que os educadores são como as velhas árvores. Possuem uma face, um nome, uma “estória” a ser contada. Habitam um mundo em que o que vale é a relação que os liga aos alunos, sendo que cada aluno é uma “entidade”, sui generis, portador de um nome, também de uma “história”, sofrendo tristezas e alimentando esperanças (ALVES, 1995, p.16).

Para se tornar um bom educador, conforme as exigências da sociedade e

do mercado de trabalho, o profissional necessita desenvolver-se no sentido de:

Ler e escrever (recorrer a fontes variadas / estabelecer critérios de escolha de textos); Localizar informações (ser curioso e olhar as coisas com mais atenção / utilizar fontes de pesquisa muito além da internet, livros, jornais, revistas e vídeos / consultar pessoas da comunidade); Apreciar a cultura (assistir filmes, peças teatrais, ir a shows e espetáculos de dança, festas populares, conhecer o artesanato da região, etc.); Trabalhar em grupo (saber pedir ajuda / ouvir os outros / oferecer informações/ trocar idéias); Tornar-se criativo (viver diferentes experiências / ter vários modelos / experimentar coisas e sensações / abrir possibilidades para solucionar questões / ficar atento para os fatos e estabelecer relações / procurar alternativas); Ser ético (refletir sobre as ações de ordem moral e atitudes do dia a dia / ser coerente e estabelecer critérios de avaliação justos na sua prática / entender pressupostos éticos como a solidariedade e a generosidade / conhecer alguns princípios e valores essenciais que estão presentes na Declaração Universal dos Direitos Humanos) (PELLEGRINI, 2002, p.54 - 55).

Para ensinar bem numa sociedade em que o conhecimento está cada vez

mais acessível e em maior volume é imprescindível saber:

1. Organizar e dirigir situações de aprendizagem; 2. Administrar a progressão das aprendiza-gens; 3. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação; 4. Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho; 5. Trabalhar em equipe; 6. Participar da administração da escola; 7. Informar e envolver os pais; 8. Utilizar novas tecnologias; 9. Enfrentar os deveres e os dilemas éti-cos da profissão; 10. Administrar sua própria formação contínua (PERRENOUD, 2000, p.14).

Sabemos que toda informação é obtida através dos sentidos, assim sendo,

para que haja aprendizagem na escola é certo que devemos estimular todos os

sentidos da criança. “(...) Um aluno que presta atenção retém aproximadamente

10% do que lê, 20% do que ouve, 30% do que vê, 50% do que vê e ouve ao mesmo

tempo, 80% do que diz e 90% do que diz fazendo qualquer coisa a propósito da qual

reflete e na qual se implica pessoalmente” (ROCHA, 1988, p. 176).

Em “Conversas com quem gosta de ensinar”, Rubem Alves (1995) questiona

(...) com que instrumentos trabalha o educador? Com a palavra. O educador fala. Mesmo quando o seu trabalho inclui as mãos, como o mestre que ensina o estudante a manejar o microscópio, todos

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os seus gestos são acompanhados de palavras. São as palavras que orientam as mãos e os olhos (ALVES, 1995. p. 31- 32).

Marta Kohl de Oliveira (2005), em seu debate com outros autores, sobre as

contribuições de Piaget e Vygotsky, afirma que

(...) as relações entre desenvolvimento e aprendizagem propostas por Vygotsky, podemos dizer, em primeiro lugar, que desenvolvimento e aprendizagem são processos intimamente relacionados: imerso em um contexto cultural que lhe fornece a “matéria prima” do funcionamento psicológico, o indivíduo tem seu processo de desenvolvimento movido por mecanismos de aprendizagem acionados externamente. Por outro lado, embora processos de aprendizagem ocorram constantemente na relação do indivíduo com o meio, quando existe a intervenção deliberada de outro social nesse processo, ensino e aprendizagem passa a fazer parte de um todo único, indissociável, envolvendo quem ensina quem aprende e a relação entre essas pessoas (CASTORINA; FERREIRO; LERNER; KOHL. 2005. p. 58).

No processo ensino-aprendizagem a motivação deve estar sempre presente.

A utilização de recursos didáticos apropriados para cada situação facilitará o

trabalho do professor. Cabe então ao professor, ao ministrar os conteúdos em sala

de aula, utilizar-se de vários recursos os quais devem ser interessantes e cumprir o

papel de facilitadores no dia a dia da escola.

Metodologia da Pesquisa na intervenção docente

Este projeto foi realizado com os alunos do Curso Formação de Docentes de

um estabelecimento de ensino do município de Colombo, Área Metropolitana Norte,

no segundo semestre do ano letivo de 2011.

A implementação ocorreu com base nas seguintes ações:

1ª AÇÃO - Reunião com à Direção, Equipe Pedagógica e professores do

Curso de Formação de Docentes para apresentação do projeto.

2ª AÇÃO – Apresentação do projeto aos alunos do Curso Formação de

Docentes visando:

• Organização das atividades e aplicação de questionário para análise de

dados;

• Estudos das concepções teórico-metodológicas sobre os recursos didáticos

pesquisados;

• Realização de oficinas para produção de recursos didáticos;

• Aplicação na escola campo de estágio dos recursos produzidos;

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• Avaliação da postura pedagógica dos alunos de Prática de Ensino e da

aprendizagem das crianças. Análise dos registros do trabalho;

• Exposição dos trabalhos realizados visando socializar o conhecimento

produzido.

3ª AÇÃO – Discussão com os professores da rede pública do estado do Paraná.

• Grupo de Trabalhos em rede (GTR) 2011.

4ª AÇÃO – Socialização do trabalho produzido.

• Produção de Artigo Final com o parecer dos resultados alcançados durante a

implementação.

O projeto foi desenvolvido com duas turmas do Curso Formação de Docentes,

sendo uma turma do terceiro ano do Ensino Regular, com um número de 26 alunos

com idade entre 17 e 74 anos e outra turma de terceiro ano de Aproveitamento de

Estudos com idade entre 20 a 44 anos.

Primeiramente aplicou-se um questionário para levantamento de informações

sobre o que aluno conhecia e desconhecia sobre os recursos didáticos, contendo as

seguintes questões:

O que você reconhece como recurso didático?

Para que servem os recursos didáticos?

Nos planos de aula necessários a regência, quais recursos você mais utiliza?

A partir do levantamento de dados iniciou-se um trabalho de apresentação

dos recursos didáticos existentes, com sua descrição e aplicação. Os alunos foram

levados a pesquisar, confeccionar e apresentar aos colegas um plano de aula

utilizando este recurso.

Os estudos e pesquisas aconteceram e levaram o aluno a refletir sobre sua

importância para o aprendizado no Ensino Fundamental, cuja aprendizagem, em

diferentes áreas do conhecimento, desde muito tempo era considerada passiva,

sendo que o aluno apenas memorizava regras, conceitos, procedimentos, fórmulas

que eram repassadas pelo professor, o qual tinha o papel de transmissor e expositor

de conteúdos.

O uso de materiais e recursos que reforçassem os conteúdos eram pouco

utilizados, sendo considerados até perda de tempo, e até mesmo atrapalhavam o

transcurso da aula. Os professores que utilizavam recursos o faziam apenas para

auxiliar na visualização, exposição e memorização do conteúdo pelo aluno. Até hoje

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existem escolas que trabalham desta forma, ignoram os vários recursos existentes

que auxiliam na aprendizagem do aluno.

O quadro de giz e o livro, materiais didáticos muito utilizados na educação

tradicional, são instrumentos importantes, mas não o suficiente, diante de inúmeras

opções de materiais que se encontram a disposição do professor.

Hoje em dia, o uso das novas tecnologias favorece o ensino e aprendizagem,

mas também não podemos nos esquecer que, às vezes, nos deixam na mão, isto

quando, há falta de energia, ou mesmo quando o material que produzimos não é

aceito pelo sistema, e assim nosso trabalho foi em vão, e isto nos deixa muito

frustrados. Para momentos como este é importante que o professor tenha a mão

outro recurso disponível.

O trabalho com recursos como: jornais revistas, jogos, filmes, portfólios, são

instrumentos que facilitam o aprendizado e tornam nossas aulas mais interessantes.

Os recursos didáticos, quando bem escolhidos e adequados ao planejamento

do professor, são instrumentos de grande valia e apoio no processo ensino e

aprendizagem.

Segundo comenta FARIAS (2009)

A aula se constitui, por conseguinte, como um lugar privilegiado para a efetivação do processo de aprendizagem, pois, nesse espaço-tempo, professores e alunos podem desenvolver ações interativas, de forma a transformá-la em um campo de debates sobre os temas em foco (FARIAS et. al. 2009, p.156).

É de suma importância que o professor torne a sua aula significativa e

prazerosa e, por conseguinte, utilize recursos que facilitem o aprendizado dos

alunos, desenvolva seu raciocínio lógico e que o torne um pesquisador.

O olhar de uma educadora durante anos na sala de aula

O trabalho com alunos do Curso Formação de Docentes desde o ano de

2005 permitiu observar que a prática dos alunos em suas regências não era das

melhores. Faltava algo mais em seus planos de aula que motivassem os alunos em

sala de aula.

Os planos elaborados pelos alunos eram simples demais e não tinham a

motivação necessária para o aprendizado. Os recursos didáticos utilizados não

eram eficazes e não despertavam o interesse do aluno em aprender.

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Despertar nos alunos o prazer em aprender era fundamental. Foi a partir da

realidade encontrada é que se desenvolveu o projeto numa tentativa de melhorar a

qualidade da prática docente, de forma a elaborar melhor os planos de aula e levar o

aluno do Curso Formação de Docentes perceber a importância dos recursos

didáticos no processo ensino e aprendizagem.

O professor não nasce feito ele está sempre em construção, pois o fazer

docente é uma atividade que exige um caminho a ser seguido e muita partilha.

Todo professor traz consigo uma história de vida, a sua identidade e as

experiências pessoais que fazem parte do processo de formação docente. É

necessário que o professor assuma uma postura de aprendiz, um ser em constantes

transformações, desenvolvendo-se como pessoa e profissional, mas um profissional

que “faça a diferença”.

As experiências familiares e escolares são consideradas como fatores

determinantes na constituição da identidade pessoal e profissional dos professores,

e as influências dos grupos de convívio, influem não só na escolha profissional, mas

também na orientação e nas práticas pedagógicas.

Ensinar exige respeito as individualidades de cada um. O professor precisa

tomar decisões e agir corretamente. E dentro de sala deve-se lembrar que,

(...) o professor em aula todos os dias, com o mesmo grupo de alunos, não é o mesmo professor, assim como os alunos também não são os mesmos. Por isso, refletir sobre a prática cotidiana, tomando-a como ponto de partida e de chegada, é uma necessidade que se transforma em desafio constante a ser enfrentado nos processos formativos (FARIAS et. al. 2009, p.71).

Como defende Veiga (2006), não se pode pensar o ensino desvinculado do

contexto social mais amplo. Dessa forma, professor e alunos precisam relacionar-se

de forma que, mediados pelo diálogo, interajam e produzam saberes reais,

historicamente situados e necessários para a sua formação plena.

Material Didático: representação e usos

Ao se iniciar os relatos após o momento de intervenção, quando da aplicação

do projeto na escola, foi necessário fazer a seguinte pergunta: Afinal o que é um

recurso didático?

De acordo com SOUZA (2007), “recurso didático é todo material utilizado

como auxílio no ensino - aprendizagem do conteúdo proposto para ser aplicado pelo

professor aos seus alunos”. E ainda comenta que

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O professor deve ter formação e competência para utilizar os recursos didáticos que estão a seu alcance e muita criatividade, ou até mesmo construir juntamente com seus alunos, pois, ao mani-pular esses objetos a criança tem a possibilidade de assimilar melhor o conteúdo. Os recursos didáticos não devem ser utilizados de qualquer jeito, deve haver um planejamento por parte do professor, que deverá saber como utilizá-lo para alcançar o objetivo proposto por sua disciplina (SOUZA, 2007, p.111).

Em corroboração com a fala do autor acima descrito, o projeto de pesquisa foi

encaminhado de forma a ouvir os participes quanto ao uso de material didático. Para

tanto no segundo semestre de 2011, o projeto foi apresentado à Direção Geral da

Escola, aos professores e alunos do Curso de Formação Docente.

Primeiramente aplicou-se um instrumento de pesquisa, um questionário

dividido em três partes: 1 - Identificação, 2 – O que você reconhece como recurso

didático, 3- Para que servem os recursos didáticos, 4- Nos planos de aula

necessários a regência, quais recursos você mais utiliza.

Foram distribuídos vinte e um questionários para os alunos do Ensino Regular

e dezenove questionários para os de Aproveitamento de Estudos.

Os 21 alunos da turma de Ensino Regular, e 19 alunas da Turma de

Aproveitamento de Estudos responderam o questionário, permitindo traçar o perfil da

turma.

Quanto a Identificação dos alunos na turma Regular, 28% deles tem idade de

16 anos, 48% de 17 anos, 9% de 18 anos, 5% de 19 anos, 5% de 35 anos e 5% de

74 anos, sendo 1 do sexo masculino e 20 do sexo feminino. Enquanto que na turma

de Aproveitamento de Estudos constatou-se que toda turma era feminina, e que

25% das alunas tem idade entre 20 a 29 anos, 5% com 31 anos, 20% com 32 anos,

15% com 33 e 34 anos, 15% com 35 anos, 20% com 36 a 39 anos de idade. A turma

de Aproveitamento apresenta alunos com faixa etária maior que a dos alunos da

turma Regular, isso se deve ao fato da continuidade de estudos, ao passo que na de

Aproveitamento muitas alunas apresentam uma descontinuidade no processo de

escolarização.

Quanto ao reconhecimento dos recursos didáticos, na turma Regular 72% dos

alunos citaram que reconhecem como “todo e qualquer material que é utilizado com

o intuito de facilitar o processo de ensino e aprendizagem dentro da sala de aula”, e

28 % citaram apenas o nome de alguns recursos didáticos que conhecem. Já na

turma de Aproveitamento, 58% das alunas citaram que reconhecem como recurso

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didático “todo material utilizado pelo professor para tornar a aula mais interessante e

agradável e facilitar a aprendizagem do aluno”, sendo que 42 % citaram apenas o

nome de alguns recursos didáticos que conhecem.

Na turma Regular e de Aproveitamento, quando questionados quanto a

utilidade dos recursos didáticos, 100% dos alunos apontaram que os recursos

didáticos servem para favorecer a aprendizagem.

Nos planos de aula necessários a regência, os recursos mais utilizados pelos

alunos da turma Regular, o mais citado foi o quadro de giz, ficando em 2º lugar,

cartaz e rádio; 3º lugar: jogos, livros, TV e DVD; 4º lugar, gravuras; 5º lugar,

computador e data show; 6º lugar, fantoches; 7º lugar, revistas; 8º lugar, maquetes;

9º lugar: jornal, mapas e mural; e os menos conhecidos foram: o álbum seriado,

quadro de pregas e flanelógrafo, e o mais interessante é que muitos dos alunos nem

conheciam estes recursos.

Já na turma de Aproveitamento os planos de aula os recursos necessários a

regência, dentre vários recursos descritos, apontaram em 1º lugar o quadro de giz e

cartazes; 2º lugar, livros; 3º lugar: jogos e revistas; 4º lugar, gravuras; 5º lugar,

rádio; 6º lugar, história em quadrinhos; 7º lugar: jornal, DVD, TV, fantoches; 8º lugar,

mural; 9º lugar: computador, data show e maquete. Também como na turma

Regular, essa turma citou como os recursos menos conhecidos, os seguintes: álbum

seriado, quadro de pregas e flanelógrafo.

Um segundo questionário foi entregue a 40 alunos, para que os mesmos

pesquisassem nas escolas campo de estágio com os professores da Educação

Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, sobre uso dos recursos didáticos em

sala de aula. Retornaram apenas 27 questionários. Os resultados foram analisados

por turma, iniciando-se pela Educação Infantil.

No Berçário observou-se que os recursos didáticos mais utilizados são

rádios, brinquedos e livros que são utilizados diariamente. Para o professor

entrevistado os recursos ajudam o professor a tornar as aulas mais criativas e

lúdicas e facilitam a aprendizagem. O professor sabe utilizar os recursos

adequadamente, sendo que participa de cursos para orientação e produção de

recursos, utiliza as novas tecnologias no dia a dia.

No Maternal os professores entrevistados citaram que os recursos usados

diariamente são: fantoches, livros, TV, varal didático, sendo o rádio o mais utilizado.

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Os que nunca foram utilizados são: a lousa digital, data show e flanelógrafo. Para os

professores do Maternal os recursos enriquecem o ambiente de aprendizagem,

ajudam a interagir, divertem e auxiliam o trabalho. Todos sabem utilizá-los e

somente 50% usam as novas tecnologias.

No Pré I os recursos existentes na sala de aula são: rádio, DVD, livros,

fantoches, cartazes e varal didático. Porém, os mais utilizados são: o rádio, a TV e

livros, com freqüência de duas a três vezes por semana, sendo que o data show

nunca foi utilizado. Para estes professores os recursos didáticos tornam a aula mais

atraente e ajudam na ludicidade. Sabem utilizá-los e usam as tecnologias sempre

que possível.

No Pré II os recursos existentes são livros, cartazes, jogos, TV, rádio, quadro

de giz, mural, DVD, varal, Revistas e cartaz de pregas. Os mais utilizados são rádio,

TV, cartaz, livros, DVD, mural e quadro de giz, usados diariamente. Os recursos

nunca utilizados são o data show, álbum seriado e flanelógrafo. Para o professor os

recursos didáticos ajudam a ensinar de maneira diferenciada e são facilitadores da

aprendizagem. Mais da metade dos professores entrevistados, 61 % não utilizam as

novas tecnologias.

No Pré III os recursos existentes são fantoches, varal, cartazes, quadro de

giz, mural e rádio. Os mais utilizados são cartazes num total de 70% usados

diariamente pelos entrevistados; e o quadro de giz e varal num total de 30% de uso.

O recurso que nunca foi utilizado por 50% dos professores é o data show e

flanelógrafo. Para estes professores o recurso didático auxilia na aprendizagem e

estimula o aluno. Um total de 65% dos professores não utiliza as novas tecnologias.

Os dados obtidos nas turmas dos anos iniciais do Ensino Fundamental

foram os seguintes:

Observa-se que no 1º ano os recursos citados existentes em sala são: rádios,

livros, brinquedos pedagógicos, fantoches, cartazes, quadro de giz, jogos e TV. Mas,

os recursos mais utilizados pelos professores são os brinquedos pedagógicos,

quadro de giz, livros, jogos e cartazes: sendo que são utilizados por 60% dos

professores diariamente e 40% utilizam duas vezes por semana. Os recursos que

nunca foram utilizados são: data show e o flanelógrafo. Cartazes e quebra-cabeças

são os recursos mais confeccionados pelos professores. Para estes profissionais os

recursos ajudam a tornar a aula mais criativa e lúdica melhoram a aprendizagem,

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sendo que 100% deles sabem utilizá-los adequadamente. Exatamente 80% já

participaram de cursos de capacitação para orientação e produção dos recursos

didáticos. E os dados indicam que 60% dos professores utilizam as novas

tecnologias em sala de aula.

No 2º ano observa-se que os recursos existentes em sala, citados por 60%

dos professores, são: TV, rádio, mural e cartazes, e 40% citaram varal, fantoches e

quadro de giz. E os mais utilizados são cartazes, rádio e quadro de giz, sendo que,

30% dos professores utilizam diariamente e 30% uma vez por semana. Os recursos

que nunca foram utilizados são o computador e o flanelógrafo. Cartazes, murais e

fantoches são os recursos mais confeccionados pelos professores. Para estes

profissionais os recursos melhoram a compreensão do conteúdo, sendo que 100%

deles sabem utilizá-los adequadamente, já participaram de cursos de capacitação

para orientação e produção dos recursos didáticos e utilizam as novas tecnologias

em sala de aula.

No 3º ano os recursos existentes em sala apontados por 60% dos

professores são cartazes e varal, e 30% citaram rádio e jogos, e 10% livros e

fantoches. E os mais utilizados pelos professores são cartazes, mural e jogos, sendo

que 60% dos professores utilizam diariamente e 40% de uma a duas vezes por

semana. Os recursos que nunca foram utilizados são: computador, data show,

flanelógrafo e álbum seriado. Cartazes, jogos e fantoches são os recursos mais

confeccionados. Para estes profissionais os recursos tornam as aulas mais

interessantes e facilitam a aprendizagem, sendo que 100% deles sabem utilizá-los

adequadamente, mas ainda não utilizam as novas tecnologias em sala de aula, 80%

deles já participaram de cursos de capacitação para orientação e produção dos

recursos didáticos.

No 4º ano os recursos existentes em sala citados por 60% dos professores

são cartazes e livros, e 30% quadro de giz, e 10% rádio, jogos, mural, revistas, TV e

fantoches. E os mais utilizados são livros apontados por 60% dos professores, e

cartazes por 40%. Sendo que são utilizados por 90% dos professores diariamente e

10% uma vez por semana. Os recursos nunca utilizados foram apontados por 50%

dos professores como sendo o computador, 30% álbum seriado e a lousa, 20%

nunca utilizaram o flanelógrafo e o quadro de pregas. Os Cartazes foram citados por

50% dos professores como sendo os recursos mais confeccionados. Para 60% dos

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profissionais os recursos facilitam a aprendizagem, e para 20% deles ajudam na

compreensão. Sabem utilizar os recursos adequadamente e já participaram de

cursos de capacitação para orientação e produção dos recursos didáticos 90% dos

professores. E os dados indicam que 80% dos professores entrevistados ainda não

utilizam as novas tecnologias em sala de aula.

Segundo Cervi e Filipak (2002), o processo de ensino e aprendizagem

(...) se desenvolve em lugar especializado ou ambiente que, além de suas dimensões e condições de temperatura, iluminação, deve contar com outros recursos físicos e tecnológicos que apóiam, de modo restrito, o trabalho didático do professor. Tradicionalmente, os recursos didáticos se resumiram em quadro de giz, giz e meios figurativos (mapas e gravuras), além dos manuais escolares. O ambiente escolar, hoje, não só expandiu o seu acervo de meios multisensoriais, como a aprendizagem cruzou o muro da escola e os recursos didáticos podem ser considerados como infinitos (p. 370).

A utilização de recursos didáticos exige alguns critérios para uma escolha

mais eficiente, dos quais se destacam os seguintes:

(...) a. adequação aos objetivos, ao conteúdo e ao grau de desenvolvimento dos alunos, aos seus interesses e necessidades; b. Adequação à função que se quer desenvolver (cognitiva afetiva ou psicomotora); c. Simplicidade: fácil manejo, baixo custo, manipulação acessível; d. Qualidade e exatidão; e. Atrativos: devem despertar interesse e curiosidade (HAYDT, 1997).

Do conhecimento e aprendizagem de elaboração à Prática docente instrumentalizada

As oficinas realizadas com os alunos do Curso de Formação Docente levaram

o aluno a perceber a importância do seu uso nas aulas de estágio.

Observou-se que durante a confecção dos materiais, foi constatado que o

professor que está se formando, deve estar preparado para saber qual dentre os

recursos didáticos os mais apropriados para cada aula, também, identificar quais

deles farão com que o aluno aprenda significativamente, favorecendo a assimilação

do conteúdo.

Ao fazer a escolha de recursos didáticos o professor precisa observar os

seguintes aspectos:

• Tem-se domínio do recurso que vai utilizar;

• O local permite ou possibilita o uso do recurso escolhido;

• O tempo de aplicação é compatível com a programação;

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• Apresentam visualização adequada;

• Motivam e despertam o interesse dos alunos;

• Favorecem o desenvolvimento da capacidade de observação;

• Permitem a fixação da aprendizagem;

• Oferecem informações e dados;

• Permitem a troca de diferentes saberes;

• Desenvolvem a criticidade;

• Dinamizam o trabalho pedagógico;

• Foram confeccionados dentro dos padrões;

• Foi produzido com antecedência;

• Estão de acordo com seus objetivos.

Após a confecção dos recursos didáticos nas oficinas, os trabalhos foram

expostos e apresentados para todas as turmas do curso Formação de Docentes. As

turmas que estavam participando do projeto de implementação tiveram que elaborar

planos de aula. Assim que os mesmos foram avaliados, foram aplicados nas escolas

campo de estágio. Os resultados alcançados foram satisfatórios, e todos os alunos

sem exceção foram elogiados pelo trabalho realizado nas escolas.

Mas devemos lembrar que, para que o professor obtenha sucesso nas

atividades desenvolvidas em sala de aula, ele deve ter a formação necessária para

desenvolver o seu trabalho com identidade docente, definida como

(...) uma construção para a qual contribuem diversos fatores, dentre eles a história de vida do professor, a formação vivenciada em sua trajetória profissional e o significado que cada professor confere à atividade docente no seu cotidiano com base em seus saberes, em suas angústias e anseios. Esses elementos são contribuidores das maneiras como ele se faz e refaz dialeticamente como profissional (FARIAS et. al. 2009, p.60).

A formação do professor é responsável pela transformação das práticas

pedagógicas e a inserção de novas mídias tornaria a sala de aula interativa,

(...) o ambiente em que o professor interrompe a tradição do falar/ditar, deixando de identificar-se como o contador de histórias, e adota uma postura semelhante a do designer de software interativo. Ele constrói um conjunto de territórios a serem explorados pelos alunos e disponibiliza co-autoria e múltiplas conexões, permitindo que o aluno também faça por si mesmo. (...) O aluno, por sua vez, passa de espectador passivo a ator situado num jogo de preferências, de opções, de desejos, de amores, de ódios e de estratégias, podendo ser emissor e receptor no processo de

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intercompreensão. E a educação pode deixar de ser um produto para se tornar processo de troca de ações que cria conhecimentos e não apenas os reproduz (SILVA, 2002, p. 23).

No âmbito escolar,

(...) utilizar as redes para fins de formação nas diversas disciplinas escolares, impõe-se um mínimo de precauções. Todavia para que os alunos não se tornem escravos das tecnologias e façam escolhas lúcidas, o desenvolvimento do espírito crítico e de competências aguçadas parece mais eficaz do que as censuras (PERRENOUD, 2000, p.136).

Hoje em dia temos que aprender a viver no mundo da comunicação, estar

atento as novas tecnologias da informação que estão aí para proporcionar aos

alunos e professores um mundo de conhecimentos, e para isto é necessário

(...) que as estruturas educacionais proporcionem aos seus professores condições de se atualizarem, não apenas em seus conteúdos, mas didaticamente. Aprender não apenas os conteúdos e as metodologias de suas disciplinas, mas as possibilidades tecnológicas que a evolução do conhecimento humano torna acessível a toda sociedade (VEIGA org. 2000, p.144).

Enfim, após a realização de todas as etapas, houve uma avaliação da postura

pedagógica dos alunos de Prática de Ensino e da aprendizagem das crianças, e

consequentemente uma análise dos registros do trabalho.

GTR e suas contribuições

O Grupo de Trabalhos em Rede – GTR faz parte de uma das atividades do

Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, constituindo-se numa interação

virtual entre o professor PDE e os demais professores da Rede Pública Estadual,

integrante do Programa de Formação Continuada em Educação/SEED-PR.

As atividades propostas no GTR apresentaram o relato das experiências dos

professores quanto ao uso de recursos didáticos no cotidiano escolar. Foram

trabalhadas três temáticas, sendo:

Temática I, intitulada “Reflexão sobre o Projeto de Intervenção Pedagógica

nas escolas”, que tinha por objetivo avaliar e dar sugestões sobre o projeto

desenvolvido.

No desenvolvimento dessa temática os professores cursistas comentaram

sobre o Projeto intitulado “Atividades Formativas: produção de recursos didáticos

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para Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental”, e destacaram pontos

positivos.

Os recursos didáticos segundo o comentário de um professor cursista “são

muito importantes no trabalho e quando bem elaborados e planejados, o interesse

por aprender se torna maior e com certeza mais fácil de atingir os objetivos

propostos” (GTR, 2011).

Outro participante afirmou que os recursos “são indispensáveis, sendo eles

dentro das novas tecnologias ou ainda nas formas mais tradicionais, porém,

repletos de significação” (GTR, 2011).

Na prática do dia a dia devemos perceber a importância de se utilizar os

recursos, pois, segundo outra fala são

(...) os motivadores da aprendizagem, despertando o interesse dos alunos, favorecendo desta forma o desenvolvimento da capacidade de observação, aproximando o aluno à realidade. Através dos recursos o aluno consegue visualizar ou concretizar os conteúdos, oferecendo também, informações e dados, permitindo desta forma a fixação da aprendizagem, tornando-a prazerosa (GTR, 2011).

E independente de qual recurso utilizamos, devemos saber que devem

(...) ser usados de maneira adequada, pois colaboram para: motivar e despertar o interesse dos alunos; favorecer o desenvolvimento da capacidade de observação; visualizar ou concretizar os conteúdos da aprendizagem; oferecer informações e dados; permitir a fixação da aprendizagem; ilustrar noções mais abstratas; desenvolver a experimentação concreta (GTR, 2011).

É necessário proporcionar aos professores ferramentas para poderem

pesquisar e tornarem suas aulas mais interessantes para os alunos. Os professores

cursistas do GTR apresentaram experiências de sua atividade docente, relatando

que “não existe atividade de ensino sem recursos didáticos, sejam eles da última

geração tecnológica, tradicionais ou simplesmente um recurso de entonação de voz,

expressão corporal ou um jogo de cores no quadro de giz” (GTR, 2011).

Uma das observações feitas por um dos cursistas, quando estamos enviando

nossos alunos do Curso de Formação Docente aos campos de estágio é que vem

sendo comum

(...) em nossas idas e vindas pelas escolas que ofertam Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, momentos em que estamos acompanhando as práticas de observação, auxílio e regência de nossos alunos do Curso de Formação Docente, presenciamos quão teórico tem se tornado o ensino, utilizando minimamente os vários sentidos, e privilegiando aulas essencialmente expositivas que privilegiam aqueles com boa capacidade de memorização (GTR, 2011).

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Dentre os depoimentos prestados, ficou claro que uma das preocupações dos

professores do Curso Formação de Docentes, é que a realidade nos mostra a

direção que

(...) devemos dar ao curso, e que se torna urgentes e necessários que nossos alunos preparem suas aulas de forma a contemplar o uso dos vários sentidos, para que culmine a atividade docente com o desenvolvimento do aluno e a aprendizagem refletida na compreensão dos conceitos, os quais futuramente instrumentalizarão os alunos para tomada de sábias decisões nas interações necessárias em seus contextos de vida (GTR, 2011).

Os professores do CFD devem estar sempre se questionando sobre o fazer

pedagógico, pois nossos alunos “vivem em um mundo com vários estímulos e

tecnologias e, nós como professores temos que nos aperfeiçoar cada vez mais,

usando vários recursos para que nossos alunos tenham uma aprendizagem

significativa” (GTR, 2011).

Os recursos didáticos são importantíssimos em nosso planejamento, mas

como comenta um professor cursista,

(...) não devemos centralizar ou afunilar nossos planejamentos em um recurso somente, não devemos esquecer que cada criança é uma, e aprende de várias formas e maneiras, talvez uma aprenderá de forma tradicional e outra de uma forma construtivista, devemos sim tentar transmitir o conhecimento da forma mais fácil à elas e creio que os recursos didáticos são uma ajuda essencial para transmitir os conhecimentos, mostramos a nossas alunas de formação a importância de uma aula dinâmica, reforçamos diariamente isto a elas, agora esperamos nelas para que estes discursos não acabem sendo em vão ( GTR, 2011).

A Temática II, intitulada “Reflexão crítica sobre a relevância da Produção

Didático-Pedagógica para a realidade da escola pública”, que tinha por objetivo o

parecer sobre o material didático, as atividades aplicadas, e sua relevância para a

escola, e como está a formação do professor para trabalhar com as mídias.

Nessa temática a “Produção Didático-Pedagógica” foi questionada e como

a formação do professor contribui para trabalhar com as mídias.

A questão da formação do professor foi um dos pontos mais colocado pelos

partícipes, como pode ser confirmada na fala de que “a formação do professor para

trabalhar com as mídias ainda deixa muito a desejar. Um grande número de

profissionais sente-se inseguros frente às novidades do momento, as quais muitas

vezes são de domínio do aluno e não do professor” (GTR, 2011).

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Para Kenski (2008), a sociedade atual necessita de um homem melhor

formado, não apenas pelas aquisições cognitivas, mas ampliando seus valores,

possuindo uma postura crítica, que seja autônomo ao pensar e agir, uma pessoa

que constantemente aprende e se comunica com o mundo.

O professor sente-se inseguro e intimidado por expor-se em situações que não se sente preparado para enfrentar, a contento, caso ocorra imprevistos, os quais não são raros, quando se trata do uso das novas tecnologias que estão no mercado atual e também nas escolas. Mas, por outro lado, percebe-se cada vez mais, os profissionais procurando ajuda, participando de capacitações e interagindo com aqueles que já dominam o uso dos recursos tecnológicos e os aplicam pedagogicamente na área da educação (GTR, 2011). Os professores precisam aprender a utilizar a mídia,

(...) não como resolução dos problemas impostos pela prática didática, mas como proposta que traga uma fonte de aprendizado a mais para ser trabalhada em sala de aula. Esta visão implica ter uma atitude sem preconceito, não somente porque colabora para desnudar a noção de verdade perpassada pelas mídias e aceita por um expressivo número de cidadãos, mas também porque pensa esse fenômeno como parte da nossa realidade (GAIA, 2001, p.35)

É comum observarmos professores que não sabem utilizar os recursos e ao

mesmo tempo “negam-se a aprender, dizendo muitas vezes, que estão muito tempo

na carreira, ou já estão para se aposentar e não necessitam de novas tecnologias.

E, então pergunto como lidar com profissionais com esta mentalidade?” (GTR,

2011).

Segundo uma cursista, é fato que os professores de uma maneira geral não

são capacitados para trabalhar com as tecnologias, mas

(...) compartilha da ideia de que todos fossem capacitados para o uso adequado das mesmas. No colégio onde trabalho, são poucos os professores que utilizam o laboratório de informática, muitos por não conhecerem o sistema LINUX que é bem diferente do WINDOWS, e outros também por não sentirem-se seguros quanto ao uso desta ferramenta: o COMPUTADOR. Isto é fato! (GTR, 2011).

A capacitação de todos os professores se torna urgente e necessária como

relata uma professora participante do GTR,

(...) torna-se essencial proporcionar treinamentos e disponibilizar pessoal de apoio nos laboratórios para que o uso dessas tecnologias se efetive nos ambientes de ensino e aprendizagem, o que poderá ser implementado através de parcerias com entidades de ensino superior ou através de alunos com o necessário conhecimento na área de informática que podem cooperar com a capacitação dos docentes e demais pessoas envolvidas nas tarefas da escola. Muito que se ouve é o tradicional "não sei mexer", mesmo tendo todas passadas por capacitação, mas outras, ainda, não incorporaram seu uso em meio a sua rotina de sala (GTR, 2011).

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É certo que o primeiro passo deve ser dado: a capacitação. Mas na

sequência,

(...) o convencimento, a divulgação de experiências positivas, a motivação daqueles que já estão envolvidos no processo, farão o resto. É impossível no contexto atual, manter-se à margem da avalanche tecnológica que inundou a vida de todos (GTR, 2011).

Os recursos tecnológicos só vieram para acrescentar e enriquecer o trabalho

em sala de aula, e

(...) muito se pode fazer com aulas elaboradas e criativas, principalmente se tratando de recursos áudio visuais, as crianças demonstram mais interesse, interagem e com certeza aprendem com mais facilidade, é claro que este recurso é de apoio, não podemos transformá-lo em ferramenta principal (GTR, 2011).

Dentre os depoimentos realizados, destaca-se um muito interessante,

relatado por uma cursista, uma experiência que deu certo em sua escola foi a

(...) elaboração de pequenos tutoriais, com o "passo a passo" de como proceder nas atividades mais corriqueiras, desde simples comandos para encontrar slides prontos de determinados conteúdos ou produzi-los na íntegra, o uso de imagens e até mesmo a instalação de um data show (GTR, 2011).

Em relação aos novos professores que estão se formando, os mesmos

devem estar super preparados, pois de que adianta uma escola equipada com

diversos materiais didáticos se

(...) não há conhecimento de seu uso. Observa-se o grande despreparo com o qual professores estão chegando às salas de aula, encontrando dificuldade em envolver seus alunos nos seus ensinamentos, e mesmo assim, sem a busca de como reverter esta situação, criando um “campo de batalha” no local próprio à aquisição de conhecimentos. Ou seja, o professor vem se dobrando mais e mais frente aos seus desafios. Mas, muitas vezes, a culpa não pode recair somente nas costas deste profissional, pois há falha também nas instituições formadoras destes, de onde saem conhecendo pouco sobre o assunto (GTR, 2011).

Um relato sobre o projeto, muito interessante, foi a declaração feita por uma

cursista com 25 anos de magistério, afirmando que ao

(...) iniciar um trabalho junto a alunos no curso de Formação de Docentes será como a concha lançada ao mar, onde alguém já estará fazendo a diferença. Quanto material existente apresentado e que nem mesmo eu tinha conhecimento de todos, nos meus quase 25 anos de atuação. Considerei importantíssimas as atividades que colocam os alunos analisando a utilização deles, o que estaria mais adequado de acordo com seu plano de aula, a observação de outro profissional levando-os a refletir quanto à quantidade de recursos disponíveis ao professor, frequência do uso, se o faz de forma correta e se faz uso das novas tecnologias (GTR, 2011).

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Aprender a conviver e utilizar as mídias na escola é fundamental, é

necessária uma nova postura,

(...) a escola precisa repensar urgentemente a sua relação com os meios de comunicação, deixando de ignorá-los ou considerá-los inimigos. A escola também não pode pensar em imitá-los, porque nos meios predomina a função lúdica, de entretenimentos, não a de organização, de compreensão do mundo e das atitudes (MORAN, 1993, p.180).

Na Temática III, intitulada “Socialização dos avanços e desafios enfrentados

durante a fase de Intervenção Pedagógica”, que tinha por objetivo a reflexão e a

opinião dos participantes do GTR sobre os resultados apresentados, e o relato de

suas experiências na utilização de recursos didáticos.

Quando indagados sobre a “Implementação do Projeto”, os cursistas

apontaram pontos positivos e negativos.

O projeto apresenta ao mesmo tempo, na visão dos alunos, positividade e

negatividade, pois, segundo a fala de um deles

(...) ao chegar ao meu conhecimento e de meus colegas recursos que ainda não conhecemos, verificando a sua relevância na aprendizagem de nossos alunos, bem como os mais adequados à realidade destes ”e como ponto negativo”, infelizmente, acolhemos estagiários que não se dedicam o suficiente e acabam por tomar nosso tempo ao invés de contribuir para melhor utilização deste (GTR, 2011).

Outra participante comentou que “as crianças aprendem com mais

entusiasmo quando utilizamos as tecnologias. A aula fica mais atraente e a

aprendizagem com certeza será mais significativa” (GTR, 2011). Sendo que outra

participante concluiu que o

(...) projeto é essencialmente positivo. Muito contribui na formação dos alunos do CFD - Curso de Formação Docente, ampliando-lhes os olhares em relação ao binômio “teoria/prática” e a transposição didática dos conteúdos escolares, exercitando-os no uso adequado e consciente dos recursos didáticos (GTR, 2011).

Dentre muitos depoimentos o que ficou claro é que para muitos profissionais

da educação o projeto “proporcionou a reflexão sobre a temática, redirecionando

algumas posturas pedagógicas que se tornam, muitas vezes automatizadas pelo

cotidiano, não tendo coisa melhor, que uma parada para reavaliação” (GTR, 2011).

Segundo uma participante do GTR,

(...) nunca atingiremos 100% de nossos alunos como gostaríamos, mas vamos acreditar naqueles que assumirão e disseminarão a proposta em seu trabalho de educador. A semente está plantada,

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cuidemos dela com carinho, regando e adubando e quando percebermos os frutos baterão às nossas portas. Com certeza não somente alunos mudarão sua postura, mas também muitos professores saberão reconhecer e adotar o uso dos recursos didáticos rotineiramente (GTR, 2011).

Os incentivos diários são essenciais e é indispensável para o sucesso do

educador, que

(...) seu trabalho seja reconhecido e valorizado, não apenas economicamente, mas também, ouvir um sincero "parabéns colega" alimenta o ego de qualquer um e impulsiona a continuidade do trabalho iniciado. E não nos custa nada dar atenção ao que acontece à nossa volta, cotidianamente (GTR, 2011).

A reflexão sobre nossa prática pedagógica e o uso de recursos didáticos é

muito importante, melhor ainda é

(...) ouvirmos os alunos das instituições campo de estágio, quando afirmam que querem que nossas estagiárias voltem para sua escola em função de levarem "atividades ou recursos inovadores", que na grande maioria das vezes nem são tão inovadores assim, mas quebram a rotina da escola e motivam os alunos para a aprendizagem (GTR, 2011).

Para uma professora participante que trabalha numa Escola de Surdos os

recursos visuais são de extrema importância na metodologia de ensino. Comenta

que na escola

(...) utilizamos diariamente diferentes recursos que devem ser preparados ou escolhidos com antecedência para que nossos alunos possam visualizar tocar ou construir. A alfabetização de alunos surdos acontece por letramento. Com o apoio da internet e dos próprios surdos professores como H. R. pesquisamos e construímos tais recursos. Depois que comecei a trabalhar com crianças surdas, percebi o quanto me fez falta não ter tido a capacitação no curso de Formação Docente. Acho importante colocar isto, pois estamos trabalhando com a inclusão, no entanto como incluir sem capacitar? ( GTR, 2011).

Quanto ao Fórum Vivenciando a prática, observou-se que muitos dos

professores cursistas ao relatar suas experiências já utilizam em sua prática

pedagógica os recursos didáticos, uns com a parceria de outras instituições, outros

com a equipe pedagógica e professores, mas todos incluindo em suas atividades

rotineiras o seu uso.

O que é preciso é que todos os profissionais da educação de uma maneira

geral, compreendam que os recursos didáticos e as novas tecnologias estão aí a

seu favor, e incorporá-las em nossa prática pedagógica é nosso dever. Nossas

crianças só têm a agradecer!

Considerações finais

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O desenvolvimento deste projeto deixou bem claro a importância dos recursos

didáticos na prática docente. Os recursos se bem utilizados garantem o sucesso do

processo ensino e aprendizagem. Durante as práticas realizadas observou-se o

encantamento e o prazer de ensinar pelas alunas do Curso de Formação Docente.

Os recursos didáticos produzidos pelas alunas foram sem dúvida nenhuma,

uma das formas de colocarem em prática algo que já sabiam que era fundamental,

mas que somente a prática proporcionou uma visão dos benefícios causados pelo

seu uso, garantindo assim o sucesso nas aulas de regência.

O sucesso pode ser avaliado no estágio dos alunos. O projeto possibilitou

uma avaliação diferenciada. Segundo Vasconcellos (1995), “enquanto o professor

não mudar a forma de trabalhar em sala de aula, dificilmente conseguirá mudar a

prática de avaliação formal”. E para tanto, trabalhar com criatividade utilizando

todos os recursos possíveis contribui, e muito, para a melhoria da aprendizagem.

De acordo com Carvalho (2005), no Programa 4, da TV Escola, para a

avaliação do resultado da utilização de um material didático, devem ser feitos os

seguintes questionamentos:

(...) O material foi fácil ou difícil para os alunos? A utilização do material transcorreu como previsto? O que funcionou bem? O que não funcionou? Os alunos pareciam interessados? O tempo previsto foi muito curto ou excessivo? O que deveria ser modificado para a próxima vez? O professor considera que os objetivos pretendidos foram alcançados? Em que grau? Como avaliar a contribuição do material para a aprendizagem, para o enriquecimento cultural ou para a prática da cidadania dos alunos? (CARVALHO, 2005, p. 48).

Segundo depoimentos prestados pelas alunas do Curso de Formação

Docente, o trabalho desenvolvido com recursos didáticos foi: “produtivo, trouxe

qualidade no ensino, contribuiu enormemente para a aquisição do conhecimento, a

atenção dos alunos foi maior, e aprimorou-se a prática docente” (ALUNOS, 2011).

Após os estudos, o aluno foi capaz de reconhecer os recursos didáticos

existentes, suas características e utilização como apoio ao processo de

aprendizagem.

A conclusão a que se chegou foi que, os alunos do Curso Formação de

Docentes mudaram sua postura, e todas as informações que foram repassadas

durante toda a implementação do projeto foram assimiladas por todos. O projeto

obteve resultados positivos e mudou a prática docente dos alunos do curso, que era

o principal objetivo deste trabalho.

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