secretaria de desenvolvimento social, criança e juventude · nesse sentido, o processo é mais...

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude Secretaria Executiva de Assistência Social Gerência de Projetos e Capacitação Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e CapacitaçãoCentro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

INDICADORES PARA DIAGNOSTICO E

ACOMPANHAMENTO DO SUAS E ESTRATEGIAS DE

ENFRENTAMENTO À POBREZA

CURSO

Facilitador(a): Andrea Perotti

Unidade 3Diagnóstico Socioterritorial

e Planejamento no SUAS

Vídeo

Foco na Tarefa x Foco no

Resultadohttps://www.youtube.com/results?search_query=foco+na+t

arefa+x+foco+no+resultado

• O planejamento é uma característica inerente à atividadehumana. A mais simples tarefa de sair diariamente para otrabalho exige desde a divisão do tempo entre as rotinasdomésticas, de higiene pessoal, alimentação e escola dosfilhos até a opção pelo meio de transporte a ser utilizado,a definição do trajeto e previsão de possíveis imprevistoscom o trânsito.

• A organização do dia-após-dia é comum a todo tipo depessoas. Sejam agricultores, donas de casa, viajantes ougente que adota modelos mais alternativos de vida. Ohábito dos dias e o percorrer do calendário, que podeparecer condição automática, exige do ser humano umcomplexo exercício de premeditação, de organizaçãoprévia, de controle e distribuição dos recursos disponíveis.

O que é planejamento?

• O vivente do cotidiano é sim um gerenciador detarefas, de tempo, de recursos, de riscos eimprevistos. É especialmente o gestor deobjetivos e ambições mais particulares. Omovimento do dia a dia não acontece sempropósito. Cada qual, independente da ordemde grandeza, decide sobre o seu pódio dechegada, a sua meta pessoal e as suas própriasestratégias.

!!! Portanto, ao discutir os conceitos emetodologias de planejamento, deve-se considerarinicialmente que esse é um tema com o qual todosjá têm afinidade.

Todos(as) somos planejadores(as)!

• O planejamento no ambiente institucional ou naimplementação de políticas públicas parte dosmesmos princípios já conhecidos e praticados portodos, entretanto está submetido a um conjunto denormas e códigos exatamente por tratar de questõesque transcendem a decisão particular.

• Em via de regra envolve um conjunto de atores comvisões e expectativas diversas e uma infinidade defatores políticos-institucionais que norteiam oprocesso de tomada de decisão e regulam da práticacotidiana comum, cuja responsabilidade por seu êxito,passa a ser de uma coletividade, e não mais doindivíduo em seu universo pessoal.

• Neste contexto, o planejamento caracteriza-se comoferramenta de trabalho utilizada por um conjunto deatores envolvidos para tomar decisões e organizarações de modo a promover as transformaçõesdesejadas na realidade da instituição ou da sociedade.

“É o cálculo que precede e preside a ação”.

(Carlos Matus, 1985)

“É o processo sistemático e ordenado de tomada de decisões”.

(Sergio Buarque, 1999)

“O planejamento envolve a utilização do conhecimento para modelar uma trajetória futura. Planejar é construir

o futuro desejado e não se deixar ser arrastado pelos acontecimentos”.

(Carlos Matus, 1985)

Um elemento fundamental na conceituação doplanejamento é a sua compreensão enquanto processo. Oproduto de um processo de planejamento é o plano. Nãose deve confundi-los.

O plano é um instrumento de orientação que reúne asconclusões do processo de planejamento. É um compostode várias declarações. Declarações estas que buscamdefinir com a maior precisão possível o que se pretendeexatamente e como alcançar o proposto.

O processo de planejamento proporciona a participação ea aprendizagem a todos os envolvidos e promove apactuação de um projeto coletivo mediante a tomadaconjunta de decisão.

!!! Nesse sentido, o processo é mais importante que oproduto.

PLANEJAMENTO É PROCESSO!

Planejamento é Processo

Plano é Produto

• Os modelos de planejamento são metodologias para a elaboraçãodos planos.

• No planejamento tradicional, de caráter normativo, durante muitotempo utilizado no planejamento governamental, o ator maisimportante é o formulador, indivíduo que detém conhecimentotécnico e trabalha a serviço dos que têm poder de decisão.

• Entre várias metodologias de planejamento, o Caderno do Cursistadestaca o Planejamento Estratégico Situacional (PES) idealizado porCarlos Matus, a partir da análise das experiências do planejamentonormativo na América Latina. Matus acreditava que o planejamentoera a expressão da liberdade conquistada pelos indivíduos deescolher seu futuro. Pois planejar é criar o futuro e não serarrastado pelos acontecimentos.

• Este prevê a participação de diferentes agentes, considerando aimportância dos diferentes saberes, e não só o conhecimentotécnico.

MODELOS DE PLANEJAMENTO

Do Normativo

Ao Participativo

Resultado dos avanços no processo de democratização

Planejamento Operacional – Executivo

• Abrange um conjunto de metas e atividades que remete àoperação propriamente dita. Indica quais atividades serãorealizadas no período, seus respectivos cronogramas,profissionais responsáveis e recursos disponíveis.

• É comum que as instituições possuam plano anual detrabalho. É também recorrente que as equipes se reúnamcom seus coordenadores diretos para traçar planos deação periódicos - trimestrais, bimestrais, mensais etc. -assim como também avaliar os êxitos e as dificuldades doperíodo anterior como forma de planejar o períodoseguinte.

• Normalmente adota-se a forma de matrizes, tabelas ouplanilhas

• É um importante instrumento de gestão de curto e médioprazo. Tem caráter dinâmico onde frequentementeocorrem mudanças e replanejamentos.

EXPRESSÕES MAIS USUAIS DO PLANEJAMENTO

Planejamento Estratégico

• Utiliza projeções de tendências para o futuro,baseadas em dados históricos e atuais.

• Elege temas prioritários, de maior impacto para ainstituição, projeto ou política.

• Envolve a definição de objetivos e projetosestratégicos e tem seus próprios planosoperacionais.

• Ele é voltado operacionalização de estratégias.

• Trata sempre de período de tempo maior.

• Não substitui outros planos e deve serimplementado de forma concomitante. Em geral, osoutros planos se orientam por suas opçõesestratégicas. É o instrumento mestre numa gestãoestratégica.

EXPRESSÕES MAIS USUAIS DO PLANEJAMENTO

O planejamento envolve um ciclo básico dedesenvolvimento.

!!! São inúmeras as metodologias eferramentas à disposição. Mas, quase semexceção, todas elas orientam-se para queperguntas essenciais sejam respondidas naforma de plano.

1. Qual o estado atual da realidade sobre aqual se planeja intervir?

2. Qual o futuro desejado?3. Quais os obstáculos, potencialidades e

oportunidades?4. Quais os meios disponíveis e necessários

para que o projetado seja possível?

O CICLO DO PLANEJAMENTO

!!! Processo cíclico e ininterrupto de planejamento onde a realidade desejada se converte em realidade atual a cada

renovação de ciclo

Qual a realidade

atual?

Qual a realidade desejada?

Como vamos

chegar lá?

Diagnóstico

Objetivos, Resultados Esperados e

Metas

Estratégias, Ações,

Recursos

Um processo de planejamento se dá sempre numcontexto de mudança. Obviamente de umasituação original para uma situação melhoradaatravés do enfrentamento de problemas eaproveitamento de oportunidades.

Conhecer a situação original, realizar um precisodiagnóstico da realidade atual sobre a qual seplaneja uma ação interventiva é o para adeflagração do processo de planejamento.

Alguma das metodologias de planejamento maisutilizadas referem-se a esse momento comoAnálise de Ambiente, Análise de Cenário, ouEstudo de Contexto ou simplesmente Diagnóstico.

PLANEJAMENTO NUM CONTEXTO DE MUDANÇA

Ao se concluir a etapa de diagnóstico, avança-se no ciclo rumo àdefinição da realidade desejada por meio da formulação de objetivos.É comum a utilização dos termos objetivo geral e objetivosespecíficos.

Para alcançar os objetivos propostos rumo à realidade desejada,apontam-se um conjunto de meios tais como, estratégias, metas,ações, atividades e indicadores de desempenho.

A presença de um ou outro destes elementos, assim como a posiçãoque ocupam no conjunto do plano, é variável conforme o métodoescolhido. Da mesma forma a terminologia e conceitos utilizados.

DIMENSÕES TÉCNICA E POLÍTICA DO PLANEJAMENTO

Dimensão Técnica

Dimensão Política

O envolvimento de uma coletividade nainterpretação de uma dada realidade e numprocesso de tomada de decisão conferedimensões técnica e política ao planejamento.

Dimensão Técnica

O caráter técnico do planejamento revela-sequando o mesmo se configura como uminstrumento de organização ação interventiva,quando sistematiza o conjunto das informaçõesinstitucionais, quando zela pelo tratamentotécnico e científico dos dados e quando, a partirdestes, subsidia a tomada de decisões.

PLANEJAMENTO EPODER

Dimensão PolíticaO planejamento manifesta seu aspecto político quando se traduzenquanto instrumento de negociação e pactuação de interesses,enquanto se propõe ferramenta de suporte ao processo deescolhas e tomada de decisões, enquanto comunica e expressa aopção política dos atores que planejam.

A dimensão política do planejamento refere-se também a suaestreita relação com as estruturas de poder numa instituição ouna sociedade. Neste sentido, o planejamento PODE-SE REVELARCOMO A EXPRESSÃO DE UM AMPLO PROCESSO PARTICIPATIVO EDEMOCRÁTICO OU COMO A DECLARAÇÃO DE UMA HEGEMONIAOU VONTADE DOMINANTE.

!!! A percepção do planejamento enquanto “síntese técnico-política” (Buarque, 1999) é determinante para a compreensãoplena de sua matriz conceptiva

Conhecimento da realidade

Tomada de decisão

Execução

Monitoramento

e

Avaliação

Engrenagem

Política

EMPODERAMENTO

Conhecimento

Planejamento, monitoramento

e avaliação

Aprendizagem

Vídeo

Amyr Klink – Entre Céu e Mar

Identificar os elementos de diagnóstico e planejamento no

relato do navegador.

O planejamento governamental é a atividadeque, a partir de diagnósticos e estudosprospectivos, orienta as escolhas de políticaspúblicas.

Historicamente, o Brasil teve momentos distintosde realizar o planejamento governamental,começando pela fase em que planejar eraprivilégio da tecnocracia, depois evoluiu para omodo normativo e, posteriormente, para omomento atual, de forma estratégica eparticipativa.

PLANEJAMENTOGOVERNAMENTAL E OCICLO DE GESTÃO DEPOLÍTICAS PÚBLICAS

POLÍTICAS PÚBLICASSão aquelas que requerem a participação ativa doEstado, sob o controle da sociedade, noplanejamento e execução de procedimentos emetas ,voltados para a satisfação de necessidadessociais (PEREIRA, 2008, p. 173).

A sociedade brasileira produziu relevantes mudançasquando lutou pela democratização e pelos direitossociais para todos os seus cidadãos, o queposicionou o Estado no papel de ser o viabilizadordas necessidades e demandas sociais da população.

A sociedade demonstrou sua vocação participativanos temas que afetam suas condições de vida,explicitando sua “pluralidade da representaçãopolítica e a intensa mobilização que ocorre nasociedade brasileira com vista à promoção e à defesade seus particulares interesses” (REZENDE, 2010, p.32).

A política de assistência social no Brasil é uma política setorial quese constituiu como política pública a partir da luta pela democratização e pela conquista dos direitos sociais, materializada na Constituição Federal

de 1988 e vem avançando na formulação de planos para ampliar o profissionalismo e transparência na gestão da coisa pública.

A aliança entre o conhecimento no uso da estratégia deplanejamento e a capacidade política dos governos é necessáriapara o alcance dos propósitos emanados das diretrizes eobjetivos da Política de Assistência Social.

Torna-se importante considerar, nos processos de planejamento,as especificidades advindas da densidade demográfica e portesdos municípios, mas não só, devem-se considerar tambémaspectos vinculados à ruralidade, ao mundo urbano; àsespecificidades regionais; características de grupospopulacionais, a localização (fronteiras, áreas de desastresecológicos) dentre outros.

O planejamento está inserido em todas as etapas do CICLO DEGESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS. Este ciclo é composto por fasesque correspondem a momentos específicos e ao mesmo tempo,interdependentes, requeridos para a efetivação das políticaspúblicas.

CICLO DE GESTÃODE POLÍTICASPÚBLICAS

Definição da Agenda

Formulação das

Alternativas

Tomada de Decisão

Implementação

Avaliação dos Resultados

I. Definição da agenda: etapa na qual um problema adquirerelevância política, tal que passará a receber atenção prioritáriados gestores públicos. São várias as questões de políticaspúblicas, mas apenas algumas se tornam problemas de políticaspúblicas, ou seja, entram na agenda. A definição do problema,quando entra na agenda, tem impactos diretos sobre asalternativas e as soluções que a ele serão apresentadas.

II. Formulação das alternativas: etapa que consiste na definiçãodas alternativas possíveis de tratamento do problema, conformeos objetivos a serem alcançados e os meios disponíveis para asolução do problema identificado. Envolve, pelo menos, umaavaliação preliminar sobre os custos e benefícios das váriasopções de ação disponíveis, assim como uma avaliação daschances do projeto se impor na arena política.

ETAPAS DO CICLO DE GESTÃO DEPOLÍTICAS PÚBLICAS

III. Tomada de decisão: etapa em que se adota uma ou um conjuntode alternativas possíveis, ponderando expectativas de resultados ecustos para sua obtenção, segundo os meios a serem empregados.Normalmente precedem ao ato de decisão processos de conflito e deacordo envolvendo os atores mais influentes na política e naadministração.

IV. Implementação: etapa em que se procede à execução das açõesplanejadas para a consecução dos objetivos delineados. Aimplementação estabelece a conexão entre a intenção doplanejamento e o resultado alcançado. Nesta etapa se põe à prova aqualidade da decisão tomada e sua adequação ao mundo do possível.No momento da implementação surgem os obstáculos, previstos ounão, à execução do planejado, exigindo desenvoltura e liderança dosgestores para superá-los. Durante a implementação, surgemproblemas menores, relativas à formulação das alternativas e detomada de decisão, que podem “subir” para os tomadores dedecisão, mas muitas vezes permanecem no nível dosimplementadores.

V. Avaliação dos resultados: etapa em que seapreciam os RESULTADOS e os IMPACTOS produzidospela política, a partir da OBSERVAÇÃO E ANÁLISE DEINDICADORES. Busca-se verificar o atendimento e onão atendimento dos resultados esperados, assimcomo os efeitos colaterais indesejados, visandodeduzir as ações necessárias daí em diante: seja asuspensão da política, seja sua modificação oumanutenção. Trata-se de uma fase de importanteaprendizagem (BRASIL, 2013 a, p. 67).

A sistematização do ciclo de gestão de políticas públicas permite a compreensão da dimensão do trabalho a ser realizado para na política de assistência social. Para este

planejamento, numa perspectiva estratégica e participativa, vários atores são partícipes, configurando-se em um processo que envolve a interação de muitos agentes, com

diferentes interesses. Faz parte deste processo a presença de movimentos de apoios, assim como de resistências, repleto de avanços e retrocessos, e com acontecimentos não

necessariamente na sequência esperada e não plenamente antecipáveis (JANNUZZI, 2013).

• O ciclo de planejamento posiciona-se como instrumentode relevância extrema na organização da oferta deserviços, benefícios e programas da assistência social,desde a sua concepção e ACOMPANHAMENTO, atédefinição de sua base metodológica.

• É um poderoso meio de promover a ampla participação eengajamento, dos diversos segmentos da sociedade, emprocessos de reconhecimento e reflexão acerca darealidade, de decisão coletiva sobre os rumos da políticae, especialmente, de seu CONTROLE EACOMPANHAMENTO.

• É também um poderoso instrumento de comunicação ede divulgação das prioridades e compromissos de umgoverno para com a população pobre e vulnerável emdado território, assim como de seus RESULTADOS eIMPACTOS.

Todos os governantes brasileiros deverão inserirem suas peças orçamentárias as políticas públicaspara a área de Assistência Social, conformeprevisto em seus principais normativos – PNAS,NOBSUAS 2012.

Para que as ações de Assistência Social sejamimplementadas precisam estar contempladas noPPA, na LDO e na LOA.

A Política Nacional de Assistência Social (PNAS),determina que o PPA, a LDO e a LOA contemplema apresentação dos programas e das ações,considerando os níveis de complexidade dosserviços, programas, projetos e benefícios,alocando-os como sendo de proteção social básicae proteção social especial de média e/ou de altacomplexidade (BRASIL, 2004, p. 120).

ARTICULAÇÃO DOSINSTRUMENTOS DEPLANEJAMENTO COMA POLÍTICA DEASSISTÊNCIA SOCIAL

O orçamento da Assistência Social deverá ser inserido na proposta deL ei Orçamentária, na função 08 – Assistência Social, sendo osrecursos destinados às despesas correntes e de capital relacionadasaos serviços, programas, projetos e benefícios governamentais e não-governamentais alocados nos Fundos de Assistência Social(constituídos como unidades orçamentárias) e aqueles voltados àsatividades-meio, alocados no orçamento do órgão gestor dessapolítica na referida esfera de governo” (BRASIL, 2004, p.120).

A PNAS fornece a diretriz e a plataforma conceitual para a elaboraçãodos Planos de Assistência Social, a começar pelo Plano Decenal deAssistência Social

O Plano Decenal de Assistência Social deve se refletir no Pacto deAprimoramento do SUAS, tanto da gestão nacional como da gestãoestadual.

O Plano Municipal de Assistência Social, por sua vez, deve contemplaras prioridades e metas previstas no Pacto de Aprimoramento do SUAS- nacional e estadual.

ARTICULAÇÃO ENTRE PLANO DECENAL, PACTODE APRIMORAMENTO E PLANO MUNICIPAL DEASSISTÊNCIA SOCIAL

Plano Decenal de Assistência Social

Pacto de Aprimoramento do

SUAS

Plano Municipal de Assistência Social

Instrumento de planejamento estratégico queorganiza e orienta a execução da PolíticaNacional de Assistência Social na perspectiva doSistema Único de Assistência Social – SUAS(BRASIL, 2012).

Para que se faz necessário o Plano de AssistênciaSocial?

Para que se cumpram as definições e osobjetivos da LOAS:

Art. 1º - “A assistência social, direito do cidadãoe dever do Estado, é Política de SeguridadeSocial não contributiva, que provê os mínimossociais, realizada através de um conjuntointegrado de ações de iniciativa pública e dasociedade, para garantir o atendimento àsnecessidades básicas” (BRASIL, 1993).

O QUE É OPLANO DEASSISTÊNCIASOCIAL?

• A NOB/SUAS 2012 determina que é uma responsabilidade dos governosorganizar e coordenar o SUAS em seu território.

• Nesse contexto, o Plano de Assistência Social é uma ferramenta para dardiretrizes, priorizar, organizar e operacionalizar a Política de AssistênciaSocial.

• O Plano é uma ferramenta de gestão que dá foco e direcionamento aosgovernos, pois nele estão contidos os objetivos da gestão e as ações queserão desenvolvidas para alcançá-los.

• Além de um instrumento de gestão, o Plano também é um mecanismo detransparência, pois torna pública as intenções dos gestores públicos eoferece um parâmetro para avaliação da administração.

• O Plano de Assistência Social deve ser elaborado pelo órgão gestor daassistência social

• O Plano de Assistência Social deve ser apreciado, a discutido e aprovadopelo Conselho de Assistência Social

• Deve conter os programas e ações que serão executados durante esseperíodo.

O Plano de Assistência Social é também a condiçãopara os repasses financeiros dos recursos da Uniãoaos Municípios, aos Estados e ao Distrito Federal,como previsto na LOAS (BRASIL, 2004) no seuartigo 30, que também requer a efetiva instituiçãoe funcionamento de:

I. Conselho de Assistência Social, de composiçãoparitária entre governo e sociedade civil

II. Fundo de Assistência Social, com orientação econtrole dos respectivos Conselhos de AssistênciaSocial

III. Plano de Assistência Social, com aprovação dosrespectivos Conselhos de Assistência Social

!!! O Plano, juntamente com o Fundo e o Conselhode Assistência Social, é uma exigência para ocofinanciamento federal.

A NOB/SUAS 2012, em seu artigo 22, informa que os Planos devemobservar:

I. Deliberações das conferências de assistência social para a União, osEstados, o Distrito Federal e os Municípios

II. Metas nacionais pactuadas, que expressam o compromisso para oaprimoramento do SUAS para a União, os Estados, o Distrito Federal e osMunicípios

III. Metas estaduais pactuadas que expressam o compromisso para oaprimoramento do SUAS para Estados e Municípios

IV. Observar as prioridades do Plano Decenal

V. Ações articuladas e intersetoriais

VI. Ações de apoio técnico e financeiro à gestão descentralizada do SUAS.

Os planos devem ser elaborados acada quatro anos, de acordo com o

período de elaboração do PPA (Art. 19 da NOB/SUAS 2012).

O processo de elaboração do Plano deve nortear-se pela identificação das vulnerabilidades,violações de direitos e desproteções sociaisexistentes nos territórios de abrangência do PAS.

Os territórios se diferem em razão da suatrajetória histórica e das dinâmicas que nelesocorrem e que podem variar no tempo, ou seja, hárelações que ocorrem simultaneamente e queincidem no território, como também há umatrajetória que deixa marcas e produzespecificidades.

O SUAS, ao adotar a lógica territorial como um de seus pressupostos de gestão, o fez naperspectiva de aprimorar o conhecimento da realidade social; de melhorar o acesso dosdestinatários aos serviços e benefícios; de favorecer a articulação da rede de serviços;de potencializar a intersetorialidade como estratégia de gestão; de possibilitar aintegração entre serviços e benefícios; e de aprofundar e materializar processosparticipativos.

São consideradas instâncias de participação e deliberação, osconselhos, as conferências, as comissões bipartites e tripartites, osdiferentes e diversos fóruns (trabalhadores, usuários) e outrasorganizações instituídas.

Destaca-se, no entanto, que os conselhos e as conferências estãopresentes em todas as esferas governamentais, pois são requisitosfundamentais para a implementação do SUAS.

Já as comissões de pactuação (CIB e CIT) correspondem àsinstâncias de governos estaduais e federal.

• As CIBs (Comissões Integestoras Bipartites) estão compostas pelarepresentação de gestores municipais e gestores estaduais.

• A CIT (Comissão Integestora Tripartites), instância de pactuaçãoinstituída em nível federal, está composta por representantesdos colegiados dos gestores municipais, estaduais e o gestorfederal.

O PAPEL DAS INSTÂNCIAS DE PARTICIPAÇÃO, DELIBERAÇÃO,PACTUAÇÃO E CONTROLE SOCIAL NA CONSTRUÇÃO DOPLANO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

A elaboração do Plano Municipal de Assistência Social deve considerar as decisõestomadas no âmbito das comissões bipartites e tripartites, pois definem metas deaprimoramento a serem cumpridas por todas as esferas de governo.

As instâncias de pactuação foram criadas pela Norma Operacional Básica da AssistênciaSocial de 1998. Estas instâncias, em conjunto com as instâncias de deliberação, compõemo processo democrático de gestão do SUAS (BRASIL, 2005).

Mas por que PACTUAR?

O processo de descentralização das políticas públicas no país, decorrente do processo dedemocratização, e institucionalizado na Constituição Federal de 1988, criou a necessidadede existirem instâncias de pactuação para que os entes federados possam fazer acordossobre o cumprimento de suas responsabilidades

!!!!!! É importante saber que o Brasil tem um sistema federativo de tripla soberania. Aunião, os estados, o distrito federal, e os municípios são entes autônomos, comautoridade administrativa e jurídica própria, não havendo hierarquia entre os mesmos.

A Constituição Federal de 1988 marca um importanteprocesso de democratização da sociedade brasileira etambém da gestão das políticas sociais, pois ao definir assuas diretrizes, aponta para a necessidade de que a gestãodas políticas públicas seja participativa. No caso específicoda Assistência social as diretrizes constam do art. 204:

As ações governamentais na área da assistência social serãorealizadas com recursos do orçamento da seguridade social,previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadascom base nas seguintes diretrizes:

I - descentralização político-administrativa, cabendo acoordenação e as normas gerais à esfera federal e acoordenação e a execução dos respectivos programas àsesferas estadual e municipal, bem como a entidadesbeneficentes e de assistência social;

II - PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO, POR MEIO DEORGANIZAÇÕES REPRESENTATIVAS, NA FORMULAÇÃO DASPOLÍTICAS E NO CONTROLE DAS AÇÕES EM TODOS OSNÍVEIS. (BRASIL/Constituição Federal de 1988)

A CONSTRUÇÃODEMOCRÁTICA EPARTICIPATIVADO PLANO DEASSISTÊNCIASOCIAL

Esse processo participativo exige tanto a adoção de um modelo degestão que permita aos diferentes sujeitos (conselho, usuários,trabalhadores, gestores e entidades) dialogarem continuamentenos processos decisórios, quanto o respeito e fortalecimento deinstâncias participativas.

Dentre essas instâncias reconhece-se que os conselhos deassistência social têm atribuição pública para a função do controlesocial, pois estes devem ter representação de todos os segmentospresentes da política de assistência social.

No que tange à participação no processo elaboração,acompanhamento e monitoramento do plano, é de fundamentalimportância que o gestor e o conselho definam metodologias ecaminhos para que se ampliem o diálogo e a capacidade dereconhecer e articular diferentes posicionamentos, pois esseprocesso permitirá o avanço na política de assistência social.

!!! Destaca-se a importância de se ter um cronograma de

atividades e que sejam privilegiados espaços de diálogos com osusuários e a rede de serviços em seus territórios.

PREFEITURA (ÓRGÃO GESTOR MUNICIPALDE ASSISTÊNCIA SOCIAL E OUTRASPOLÍTICAS SETORIAIS)

CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIASOCIAL

REDE SOCIOASSISTENCIAL

CÂMARA MUNICIPAL

TRABALHADORES DO SUAS

USUÁRIOS DO SUAS

OUTROS ATORES DE BASE TERRITORIAL

ATORESENVOLVIDOS NACONSTRUÇÃO DOPLANO

Diagnóstico socioterritorial

• Objetivos gerais e específicos

• Diretrizes e prioridades deliberadas

• Ações estratégicas correspondentes para sua implementação

• Metas estabelecidas

• Resultados e impactos esperados

• Recursos materiais, humanos e financeiros disponíveis e necessários

• Mecanismos e fontes de financiamento

• Cobertura da rede prestadora de serviços

• Indicadores de monitoramento e avaliação• Espaço temporal de execução

ESTRUTURA DOPLANO DEASSISTÊNCIASOCIALNormatizada naNOB/SUAS (2012)

VídeoA Ultima Entrevista de Paulo

Freire – Parte I https://www.youtube.com/wa

tch?v=Ul90heSRYfE

INTERCÂMBIO DE EXPERIÊNCIAS ENTRE MUNICÍPIOS

1. Você conhece o PAS do seu município?

2. Como se dá o processo de elaboração do PAS no seu município?

3. As equipes participam?

4. Os usuários participam? Qual as possibilidades de elaborar o Plano de AssistênciaSocial assegurando o modelo democrático e participativo, envolvendo o conjuntode atores indicados pela Política?

5. O Plano contempla as deliberações das Conferências?

6. Os aspectos de cada território são considerados? Existe um diagnosticosocioterritorial prévio?

7. O Plano inclui metas relacionadas a gestão do trabalho no SUAS?

8. O Plano contempla as metas dos Pactos de Aprimoramento do SUAS?

9. O Plano contempla as prioridades do Plano Decenal?

10. O PPA da Assistência Social reflete as definições do Plano?

11. O Conselho tem tido uma participação qualificada no processo de elaboração doPlano (para além das aprovações formais)?

Exercício 1:

Produzam uma caracterização que traga os elementos comuns aos municípios. Podem indicar particularidades locais, sobretudo boas práticas!

VídeoFattorelli fala à CDH sobre PEC 55

https://www.youtube.com/watch?v=XrU1wyehbjc&t=196s

GráficoOrçamento Geral da União

(Executado em 2015)

Pergunta Orientadora:1. Quais são os desafios de planejar a

política de assistência social nocontexto de um projeto nacionalde ajuste fiscal e congelamento dorepasse de recursos e de ameaçasàs conquistas da classetrabalhadora?

Exercício 2

INTERCÂMBIO ENTRE MUNICÍPIOS

Texto de Apoio:O NOVO REGIME FISCAL E SUAS

IMPLICAÇÕES PARA A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL NO BRASIL

O QUE É DIAGNÓSTICO ?

• O diagnóstico é uma análise interpretativa quepossibilita ler e compreender a realidade social.

• É a etapa do ciclo de políticas públicas que segue àdefinição da agenda e antecede a formulação dasalternativas possíveis.

• Com frequência ouve-se nos meios políticos etécnicos de que “não é por falta de diagnósticos quea Política Pública não é mais efetiva” (BRASIL, 2010,p. 1). Contudo, essa afirmação é equivocada. Aleitura precisa e comprometida da realidade conduzas decisões políticas para o acerto.

• O diagnóstico é um importante instrumento aauxiliar a tomada de decisão ao dar tratamentoadequado a um volume significativo de dados sobrediferentes aspectos sociais, econômicos eambientais dos municípios.

O diagnóstico reúne e transforma esses dados eminformação útil, a orientar a gestão municipal nosprocessos de implementação e acompanhamento depolíticas e programas sociais.

Às vezes, pode-se estar buscando combater umproblema social com uma ação inadequada ou, então,poderiam ser obtidos melhores resultados caso oatendimento fosse centrado nas zonas mais vulneráveisdo município.

O diagnóstico ajuda na precisão das medidas adotadas,direcionando o atendimento às regiões necessitadas eoferecendo às famílias os serviços de que elas precisame os benefícios a que têm direito.

!!! Integrando o ciclo de planejamento, o

diagnóstico também está submetido a diversasleituras políticas da realidade...

NO QUE CONSISTE UM DIAGNÓSTICOSOCIOECONÔMICO ?

Todo diagnóstico socioeconômico deve contemplar informações acerca:

i) das características do público-alvo que será atendido;

ii) das potencialidades e fragilidades da base econômica local eregional, que podem criar condições melhores ou mais desafios para oprograma;

iii) dos condicionantes ambientais, inclusive climáticos, que restringemcertas estratégias de desenvolvimento e potencializam outras;

iv) da capacidade e experiência de gestão local e regional, que indicama maior ou menor complexidade de realização da intervenção pública;

v) do nível de participação da sociedade, que pode garantir maiorcontrole social dos recursos e dos resultados dos programas.

ESTRUTURA DE TÓPICOS TRATADOS EM UMDIAGNÓSTICO PARA PROGRAMA SOCIAL

Análise do público-alvo a atender

- Tendências do crescimento demográfico.

- Perspectivas de crescimento futuro da população e do públicoatendido

- Características educacionais, habitacionais e da saúde da população

- Condição de atividade da força de trabalho, ocupação erendimentos

- Beneficiários de outros programas sociais

Análise do contexto econômico regional

- Tendências do desenvolvimento regional (indústria, comércio,agropecuária)

- Perspectivas de investimento público e privado

- Infraestrutura viária, transporte e comunicações

- Estrutura do emprego e ocupações mais e menos dinâmicas

Análise dos condicionantes ambientais

- Características climáticas de influência

- Identificação de áreas de proteção e restrições

- Passivos e agravos ambientais

- Oportunidades de exploração do turismo e desenvolvimentosustentável

Análise da Capacidade de Gestão Local

- Estrutura administrativa já instalada

- Quantidade e características do pessoal técnico envolvido oudisponível

- Experiência anterior na gestão de programas

Análise da Participação Social

- Comissões de participação popular/social existentes

- Histórico/cultura de participação

• Existe uma quantidade significativa de dados acerca dessesdiferentes aspectos sociais, econômicos e ambientais da realidadedos municípios brasileiros.

• Precisam ser tratados adequadamente para se transformar eminformação útil que possa orientar a gestão municipal naimplementação e no acompanhamento de políticas e programassociais.

• O diagnóstico visa justamente organizar dados para a tomada dedecisão.

• Para ser útil, o diagnóstico deve consistir em um estudo da situaçãode uma determinada população e sua região, com textosdescritivos ou analíticos, tabelas de dados, cartogramas e,especialmente, indicadores específicos sobre os vários aspectos darealidade local e regional. Bons diagnósticos socioeconômicosempregam, com maior ou menor abrangência, informações e dadosda economia local, além de informações de saúde, de educação, demercado de trabalho, de habitação, de infraestrutura urbana, derenda e desigualdade.

ATENÇÃO!

A quantidade de temas e a profundidade de seu detalhamento são decisões críticas a serem tomadas quando

da elaboração de um diagnóstico. Se muito abrangente, o diagnóstico perde o foco e a objetividade, fundamentais para

auxiliar o gestor na tomada de decisão. Se muito restrito, pode comprometer a formulação da política pública, ao não

explicitar as dimensões que determinam ou afetam a problemática social, econômica ou ambiental em questão.

NO QUE CONSISTE UM DIAGNÓSTICOSOCIOTERRITORIAL?

• No campo da promoção e da proteção social, o território éentendido como o eixo para a compreensão da dinâmica dosproblemas sociais relacionados às situações de vulnerabilidadee risco, assim como o lócus para seu enfrentamento.

• É no território, pelas questões de proximidade e de identidadecultural, onde acontecem as relações sociais mais identificadascom as reais demandas por direitos, serviços e benefíciossociais.

• É onde são produzidas as necessidades dos cidadãos, comomoradia, transporte, educação, saúde, saneamento e tantasoutras. Para as políticas sociais, essas necessidades deixam deter caráter individual e passam a ser percebidas comodemandas coletivas.

• O território é o “chão da cidadania”

• É no território que direitos são negados ou assegurados.

Uma boa atividade de planejamento da intervenção governamentaldepende do reconhecimento da realidade do território no qual se estáinserido.

Os municípios possuem estruturas, realidades, dimensões territoriais epopulacionais distintas. Por isso, seus diagnósticos devem serterritorializados, levando em consideração as particularidades locais dasdiferentes regiões (bairros), a fim de que se conheça a real demanda porproteção social dos cidadãos, segundo as características da comunidadelocal.

o diagnóstico socioterritorial consiste em uma análise situacional domunicípio, compreendendo a caracterização (descrição interpretativa), acompreensão e a explicação de uma determinada situação, detalhada,sempre que possível, segundo diferentes recortes socioterritoriais(microterritórios)

EM GERAL, O DIAGNÓSTICO SOCIOTERRITORIAL ABRANGE AS SEGUINTES QUESTÕES:

Informações sobre a realidade local

i) uma análise histórico-conjuntural da realidade, tendo como baseinformações sociais, demográficas, educacionais e econômicas (identificaçãoda vocação econômica e das potencialidades)

ii) uma descrição da rede socioassistencial e de sua cobertura

Demandas da população destinatária

i) na identificação de demandas expressas, emergentes e potenciais

ii) na identificação de territórios com concentração da população em situaçãode vulnerabilidade social

“GEORREFERENCIAMENTO”

VídeoVulnerabilidade e Proteção Social

https://www.youtube.com/watch?v=Xnr0cRdMiQg&t=2s

O diagnóstico socioterritorial possibilita aos gestores e operadoresda política de assistência social compreender as particularidades decada território.

Por meio da análise de dados socioeconômicos levantados nodiagnóstico socioterritorial, o gestor municipal é capaz de desenharo mapa de vulnerabilidades e riscos do município, identificando asáreas de concentração de famílias com alguma vulnerabilidadeassim como torna-se capaz de responder a perguntas fundamentaispara a intervenção governamental, tais como:

Quantas famílias ganham menos de um salário mínimo percapita?

Onde há a maior concentração delas?

Quantas têm moradias precárias, sem banheiro ou luzelétrica?

As crianças trabalham em vez de ir à escola?

Informações georreferenciadas são fundamentais paraconhecer a distribuição das necessidades e demandasdentro do município, com a finalidade de:

• direcionar a realização da estratégia de BuscaAtiva

• identificar as regiões com concentração do públicoque demanda por programas, serviços e benefíciosda assistência assim como de seus equipamentos(CRAS, CREAS, Centro POP)

• planejar investimentos e mobilizar novos recursos

!!!! Trata-se de uma forma de atuação que visa romper com a lógica da demanda

espontânea (pela qual cabe às famílias procurar os serviços públicos) em prol deuma lógica segundo a qual o Estado vai ao encontro das famílias, assegurando-lhes direitos e ofertando-lhe oportunidades. Destaca-se inclusive o caráterpreventivo dessa forma de atuação, que objetiva evitar o agravamento dassituações de risco e vulnerabilidade já vivenciadas pelas famílias.

QUEM É RESPONSÁVEL PELO DIAGNÓSTICOSOCIOTERRITORIAL NO MUNICÍPIO?

É responsabilidade da Vigilância Socioassistencial elaborar e atualizarperiodicamente o diagnóstico socioterritorial, por meio da coleta eanálise de dados e de informações produzidas tanto pelo GovernoFederal, quanto pelo próprio município – especialmente o CadastroÚnico.

As informações produzidas pela Vigilância Socioassistencial, devem serrepassadas, de forma detalhada, às equipes dos serviços, sobretudo,aos CRAS, para que sejam realizadas as ações de Busca Ativa

Por exemplo:A Vigilância pode fornecer aos CRAS ou às equipes volantes o nome e o endereço depessoas idosas que moram sozinhas ou de famílias com presença de pessoas comdeficiência, de famílias extremamente pobres com elevado número de crianças, atémesmo de famílias que descumpriram as condições do Programa Bolsa Família,situação que, em geral, provoca ou decorre do agravamento das vulnerabilidadesvivenciadas.

Também é de responsabilidade da Vigilância agestão e a alimentação de sistemas de informaçãoque geram dados sobre os indivíduos e famílias,bem como sobre a rede socioassistencial e osatendimentos por ela realizados.

Mas quem alimenta a Vigilância Social com informações?

Além de fontes de dados externas, as equipes de referência dos serviços e equipamentosda assistência social são as responsáveis por registrar e alimentar instrumentos como oProntuário SUAS e o Registro Mensal de Atividades (RMA), gerando um fluxo recíproco deprodução e uso qualificado da informação, especialmente no Cadastro Único

VIGILÂNCIA SERVIÇOS

!!!! O ZELO PELA QUALIDADE DAS INFORMAÇOES REGISTRADAS É PARTE DA A DIMENSÃO ÉTICA E POLÍTICA DO TRABALHO NO SUAS

Como são conceitos abstratos, para seremdiagnosticados, monitorados e avaliados,risco e vulnerabilidade necessitam sertraduzidos em medidas objetivas equantificáveis por meio de algum recursometodológico simples e padronizado. Orecurso metodológico mais utilizado são osINDICADORES.

COMO MENSURAR VULNERABILIDADE E RISCO ?

BONS DIAGNÓSTICOS REÚNEM: Indicadores de saúde (leitos por mil habitantes, percentual de crianças nascidas

com baixo peso adequado, por exemplo)

Indicadores educacionais (taxa de analfabetismo, escolaridade média da populaçãode quinze anos ou mais, etc.)

Indicadores de mercado de trabalho (taxa de desemprego, rendimento médio realdo trabalho, etc.)

Indicadores habitacionais (posse de bens duráveis, densidade de moradores pordomicílio, etc.)

Indicadores de segurança pública e justiça (mortes por homicídios, roubos à mãoarmada por cem mil habitantes, etc.)

Indicadores de infraestrutura urbana (taxa de cobertura da rede de abastecimentode água, percentual de domicílios com esgotamento sanitário ligado à rede pública,etc.)

Indicadores de renda e desigualdade (proporção de pobres, índice de Gini, etc.)

(JANNUZZI, 2009).

O QUE SÃO INDICADORES E PARA QUE SERVEM?

Os indicadores sociais são medidas usadas paratransformar conceitos abstratos, como “fome” ou“miséria”, em algo que possa ser analisado equantificado.

Transformam aspectos da realidade em números, taxas erazões, seja essa uma realidade dada (situação social) ouconstruída (decorrente da intervenção governamental),tornando possível sua observação e avaliação.

Exemplos:

Proporção de pobres, taxa de analfabetismo, rendimento médio dotrabalho, taxas de mortalidade infantil, taxas de desemprego,índice de Gini, proporção de crianças matriculadas em escolas são,neste sentido, indicadores sociais, ao traduzir em cifras tangíveis eoperacionais várias das dimensões relevantes, específicas edinâmicas da realidade social (JANNUZZI, 2009).

Os indicadores servem para:

subsidiar e facilitar as atividades deplanejamento público e a formulação depolíticas sociais nas diferentes esferas degoverno

monitorar e avaliar os resultados das açõesgovernamentais sobre as condições de vidae bem-estar da população, alimentando oprocesso decisório com informaçõesqualificadas

aprofundar a investigação acadêmica sobrea mudança social e sobre os determinantesdos diferentes fenômenos sociais

(JANNUZZI, 2009).

COMO CONSTRUIR INDICADORES SOCIAIS?

A primeira etapa da construção de um indicadorconsiste na DECISÃO SOBRE QUAL DIMENSÃO OUFENÔMENO DA REALIDADE SOCIAL SE DESEJAMENSURAR, isto é, cabe definir qual o objetivo dapolítica pública. Por exemplo: melhorar a saúde domunicípio, a educação, a segurança pública, etc.

Contudo, por serem abstratos, esses objetivos nãosão diretamente observáveis e mensuráveis, sendodifícil a apreensão de sua situação por parte dosformuladores das políticas públicas, políticos epopulação em geral. Portanto, é necessárioOPERACIONALIZÁ-LOS DE MANEIRA QUANTITATIVA,de modo a facilitar o diagnóstico, o monitoramentoe a avaliação da melhora, piora ou estabilidade dasituação.

A partir da definição do objetivo de, por exemplo, melhorar asaúde da população, É NECESSÁRIO REFLETIR E DELINEAR QUAISDADOS TRADUZEM O CONCEITO abstrato “saúde”.

Por exemplo,

• Anos de vida da população;

• Número de nascidos vivos;

• Número de leitos na cidade;

• Número de médicos;

• Número de estabelecimentos de saúde;

• Número de internações por doença relacionadas aosaneamento básico.

Esses dados geralmente são públicos e administrativos, sendogerados no âmbito dos programas governamentais e estandodisponíveis em CADASTROS OFICIAIS, REGISTROS DEATENDIMENTO DE SERVIÇOS, BEM COMO EM ESTATÍSTICASPÚBLICAS, produzidas pelo IBGE e outras instituiçõescongêneres.

COMBINADOS na forma de taxas, proporções, índices oumesmo em valores absolutos, esses dados se transformamem indicadores sociais.

No caso da saúde, teríamos os seguintes indicadores:

• Esperança de vida ao nascer;

• Taxa de mortalidade infantil;

• Número de leitos por mil habitantes;

• Número de empregos médicos por mil habitantes;

• Número de estabelecimentos de saúde por mil habitantes;

• Número de internações por doenças relacionadas aosaneamento ambiental inadequado – DRSAI – por cem milhabitantes.

ETAPAS DE CONSTRUÇÃO INDICADORES SOCIAIS

REALIDADESOCIAL

OBJETIVODEFINIÇÃOOBJETIVA

DADOSBRUTOS

INFORMAÇÃOPARA ANÁLISE

E DECISÕES

Eventos empíricos

O que atacar

Faces do problema

Estatísticas públicas

IndicadorSocial

ATENÇÃO!

Não confunda dado (estatística pública) com indicador.

Estatística pública é o dado social em sua forma bruta, sem estar embasado numa Teoria Social e sem finalidade programática. Esses

dados são levantados nos censos demográficos, pesquisas amostrais ou por registros administrativos, e servem para a construção de

indicadores. Exemplo: número de óbitos, número de nascimentos, número de alunos, número de professores.

Já os indicadores são expressos em números, médias, razões, proporções, taxas, incidência ou prevalência. Cada um tem uma lógica própria de construção. Exemplo: taxa de mortalidade infantil (por mil

nascidos vivos), incidência de novos casos de tuberculose em 2012, razão entre o número de mulheres e homens beneficiários do Bolsa

Família.

NOMENCLATURAS E FÓRMULAS DOS INDICADORES

NÚMERO

Indicadores cuja definição é iniciada por umnúmero ou população. São o resultado de umacontagem ou estimativa em valor absoluto, sãodados comuns que, por terem sido dotados deum significado ou conceito, passam a serconsiderados indicadores.

Exemplos:Número de casos de dengue no Estado em 2008.População residente no município em julho de 2009.

Média =

Soma da renda de todos trabalhadores formais com nível superior

Trabalhadores formais com nível superior

MÉDIA

É o valor que representa um conjunto de valoresda população. É definida como a soma de todosos valores da população, dividida pelo númerode observações.

Exemplos:Esperança média de vida ao nascer em 2007.Renda média do trabalhador formal com nívelsuperior no país em 2008.

Razão =

Número de homensAlfabetizados

Número de mulheresalfabetizadas

X 100

RAZÃO

Razão entre dois números (quantidades) nada mais édo que a divisão entre duas medidas, sendo que odenominador não inclui o numerador, ou seja, sãoduas medidas separadas e excludentes. É geralmenteexpressa como “razão de a para b”, indicando quantasvezes a primeira medida contém a segunda. Quando oquociente resultante é inferior a 1, pode sermultiplicada por 100 para melhor interpretação.

Exemplo:Razão entre homens e mulheres alfabetizadas no país em 2008.

Proporção =

Número de pessoas com renda familiarper capita inferior a 1/2 salário mínimo

População TotalX 100

PROPORÇÃO

É o coeficiente entre duas medidas, sendo onumerador o número de casos específicos e odenominador o número de casos possíveis napopulação, multiplicado por 100, estando sempreo numerador incluído no denominador. Pode serusada para estimar a probabilidade de um evento.

Exemplo:Proporção de pessoas abaixo da linha da pobreza na população do Estado em 2008.

TAXA =

Número de óbitos de crianças menoresde um ano de idade em 2007

Número de crianças nascidasvivas em 2007

X 1.000

TAXA

E utilizada especialmente para acompanhar avariação de determinado fenômeno, emdeterminado tempo, estando associada com avelocidade e a direção (padrões) da mudança emprocessos dinâmicos. É um coeficiente assim como aproporção, mas o resultado é multiplicado porqualquer potência de 10 (100, 1 mil, 10 mil...), a fimde tornar o resultado de mais fácil compreensão.

Exemplo:Taxa de mortalidade infantil (a cada mil nascidos vivos) no estado em 2007.

INCIDÊNCIA =

Número de casos de HIV/AIDSregistrados no ano de 2008

População em 2008

X 100.000

INCIDÊNCIA

Número de novos casos ou ocorrências surgidosem relação a uma determinada população e emum determinado intervalo de tempo. Podeavaliar, por exemplo, o ritmo de avanço dedeterminadas doenças ou epidemias.

Exemplo:Número de novos casos de AIDS registrados emrelação à população do país em 2008.

PREVALÊNCIA =

Número de pessoas portadoras dovírus HIV/AIDS no ano de 2008

População total em 2008

X 100.000

PREVALÊNCIA

Número de casos existentes em relação a umadeterminada população e em um determinadomomento temporal. Na área da saúde, aprevalência ajuda o profissional a conhecer aprobabilidade ou risco de um indivíduo sofrer dedeterminada doença.

Exemplo:Número de portadores de HIV/AIDS em relação à população do país em 2008

Quando um indicador for construído para umdiagnóstico, monitoramento ou avaliação de umadada realidade social, é recomendável aelaboração de uma ficha técnica do indicador,composta por METADADOS.

METADADOS são informações que descrevem osindicadores, facilitando o entendimento de seuuso e viabilidade, bem como sua recuperação poroutros que não os responsáveis inicialmente porsua construção.

FICHA TÉCNICA DO INDICADOR

1. Nome

2. Definição

3. Interpretação e uso

4. Restrições de uso (se houver)

5. Fórmula de cálculo

6. Variáveis que permitem o cálculo

7. Unidades de medida

8. Desagregação e subgrupos

9. Periodicidade de cálculo

10. Responsável pela geração e divulgação dos dados que alimentam o indicador

11. Intervalo de validade e/ou interpretação

12. Fonte das variáveis (onde e como elas são capturadas).

COMPÕEM A FICHA TÉCNICA DE UM INDICADOR

Sabemos que a realidade é MULTIFACETADA e, portanto, não pode ser captadae retratada por apenas uma imagem simplificada, isto é, por apenas umindicador.

Um diagnóstico socioeconômico consistente não pode se resumir em apenasum ou em alguns indicadores quantitativos.

É necessária a construção de um conjunto de indicadores sociais referidos aosdistintos aspectos da REALIDADE SOCIAL DE INTERESSE (JANNUZZI, 2009).

UM INDICADOR NÃO É CAPAZ DE RETRATAR, SOZINHO, UM

FENÔMENO MULTIDIMENSIONAL COMO A VULNERABILIDADE SOCIAL

ATENÇÃO!

OBJETIVO: “Melhorar Condições de Vida”

DEFINIÇÃO: “Condições de vida” significam o nível de atendimento dasnecessidades materiais básicas para sobrevivência e reprodução social dacomunidade.

FACES DO PROBLEMA:

DELIMITAÇÃO DAS DIMENSÕES QUE COMPÕES O FENOMENO: condiçõesde moradia, de saúde, de educação e de trabalho.

DELIMITAÇÃO DOS ELEMENTOS QUE COMPÕEM CADA DIMENSÃO:descrição objetiva, de modo a construir medidas que as operacionalizem.

Condições de moradia: número de domicílios situados em determinadaregião; tipo de material usado nas paredes, tetos e pisos; quantasmoradias são servidas ou não por água encanada e ligação de esgotos,etc.

EXEMPLO DO PERCURSO DE CONSTRUÇÃODE INDICADOR A PARTIR DE UMACATEGORIA ABSTRATA

Condições de saúde: anos de vida da população,número de nascidos vivos, número de leitos nacidade, número de médicos, número deestabelecimentos de saúde, número deinternações por doença relacionadas aosaneamento básico, etc.

Condições de educação da população em idadeescolar: número de pessoas frequentando aescola, nível de reprovação e evasão,desempenho em provas de avaliação deconhecimentos e habilidades, número dematrículas, etc.

Condições do mercado de trabalho: volume deempregados e desempregados, rendimentos eformalidade do contrato de trabalho, número deestabelecimentos formais, etc.

DADOS BRUTOS: Os dados sobre elementos quecompõem as distintas dimensões do fenômeno“condições de vida” podem ser buscadas emuma série de estatísticas públicas, registrosadministrativos e cadastros, tais como: oCadastro Único, o Censo Demográfico, a PesquisaNacional por Amostra de Domicílios (PNAD), oDataSUS, o CadSUAS (Cadastro Nacional doSUAS), o Programa de Disseminação dasEstatísticas do Trabalho, a Pesquisa Básica deInformações Municipais, entre outros.

INFORMAÇÃO PARA ANÁLISE E DECISÕES: Essesdados, computados em taxas, médias, razões,etc., transformam-se em indicadores queoperacionalizam o conceito abstrato “condiçõesde vida”.

Busca e combinação de dados de diferentes fontes e pesquisas: Cadastros Públicos / Pesquisas do IBGE e outras instituições / Registros de programas sociais

Melhorias das

Condições de

Vida

Condições de

Moradia

Taxa de coberturade rede de

abastecimentode água

Situação de

Saúde

Taxa de mortalidade

infantil

Perfil

EducacionalTaxa de Evasão

Inserção

OcupacionalTaxa de desemprego

Exe

mp

los

de

po

ssív

eis

in

dic

ado

res

QUAIS INDICADORES TRADUZEM RISCO EVULNERABILIDADE SOCIAL?

Em 2005, a NOB/SUAS elencou as variáveis que determinam apopulação vulnerável, como o conjunto de pessoas residentes queapresentem pelo menos uma das características relacionadas aseguir:

1. Famílias com serviços de infraestrutura inadequados:

1.1. Abastecimento de água provenientes de poço ou nascenteou outra forma

1.2. Sem banheiro ou sanitário

1.3. Destino do lixo inadequado conforme legislação

1.4. Mais de 2 moradores por dormitório

2. Famílias com renda familiar per capita inferior ¼ salário mínimo:

3. Família com renda familiar per capita inferior ½ salário mínimo:

3.1. Com pessoas de 0 a 14 anos

3.2. Com responsável com menos de 4 anos de estudo

4. Família no qual há um chefe de família mulher, semcônjuge:

4.1. Com filhos menores de 15 anos

4.2. Ser analfabeta

5. Família no qual há uma pessoa com 16 anos oumais:

5.1. Desocupada (procurando trabalho)

5.2. Com quatro ou menos anos de estudo

6. Família na qual uma pessoa de 10 a 15 anostrabalhe

7. Família na qual há uma pessoa de 4 a 14 anos quenão estude

8. Família com renda familiar per capita inferior a ½salário mínimo:

8.1. Com pessoa com deficiência

8.2. Com pessoa de 60 anos ou mais

Além dessas taxas, há uma série de outros indicadoresúteis para a elaboração do diagnóstico socioterritoriale da análise do risco e vulnerabilidade social de umacomunidade.

Na Pág.88 Caderno do Cursista, listam-se algunsoutros exemplos de indicadores que traduzem asdiferentes dimensões que compõem os conceitos derisco e vulnerabilidade social. São apenas algumasentre as inúmeras opções de indicadores existentes,não esgotando as possibilidades. São consideradas osseguintes temas: Rendimento, Saúde, Educação,Demografia, Habitação, Violência e Segurança Pública,Poluição, Saneamento, Quadro Econômico, Padrõesde Produção e Consumo e Mercado de Trabalho.

Ainda, dependendo das especificidades locais, aconstrução de indicadores específicos quedimensionem a realidade do território sejanecessária.

É fundamental que o diagnóstico social não serestrinja ao levantamento de dados eindicadores quantitativos, e alcance também acaptação de elementos qualitativos queexpressem aspectos culturais, valores,expectativas e outros traços da populaçãoresidente no território, permitindo uma leituramais próxima à complexa realidade social.

Algumas técnicas para a captação de aspectosqualitativos da realidade social de uma população:1) os estudos de caso; 2) as observações participantes; 3)as investigações documentais; 4) as entrevistas breves ouem profundidade, dirigidas, semidirigidas ou abertas; 5)as histórias de vida ou outras formas de estudosbiográficos; 6) os grupos de discussão, grupos focais ouestratégias afins; e 7) as observações planejadas dediferentes formas, conforme os objetivos dainvestigação.

!!!! Além do risco e das vulnerabilidadessociais, o diagnóstico socioterritorial develevantar dados sobre a rede socioassistencialdo território.

O objetivo é verificar quantas famílias jáestão sendo atendidas pela redesocioassistencial, bem como quantas famíliassão demandantes, mas ainda não estãosendo adequadamente atendidas.

O mapeamento da rede prestadora deserviços é fundamental tanto para conhecera oferta já existente quanto para subsidiar aapresentação de propostas em atendimentoàs demandas atuais e às projeções dedemandas futuras.

1) Unidades públicas e privadas da rede referenciada, isto é, a rede deproteção social de Assistência Social.

Número e localização de CRAS, CREAS, bem como o quantitativo deusuários e famílias atendidas; número e localização de entidades deacolhimento institucional para crianças e adolescentes; número elocalização de instituições de longa permanência para idosos;serviços, projetos e programas socioassistenciais desenvolvidos nomunicípio por organismos governamentais e não governamentais,entre outros.

O DIAGNÓSTICO TAMBÉM DEVEREFERENCIAR:

Relação entre a oferta e a demanda da rede socioassistencial e o impacto que ela gera sobre a realidade local, além da necessidade de melhorar essa atuação.

2) Unidades públicas e privadas de outras políticas públicas que possamauxiliar no desenvolvimento da capacidade de proteção das famílias;

Escolas, unidades de saúde da família, núcleos de inclusão produtiva,conselhos tutelares, entre outras.

VídeoMDS | 2015 | Diagnóstico

Socioterritorialhttps://www.youtube.com/

watch?v=yMtsn7wxyqA

EXERCÍCIO FINAL

INTERCÂMBIO ENTRE MUNICÍPIOS COM FINALIZAÇÃO COLETIVA

Pergunta Orientadora:Quais os indicadores essenciais a serem

identificados e analisados para o exercício de elaboração do Diagnóstico

Socioterritorial

Referências

ALAGOAS. Governo do Estado de Alagoas. Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social. Manual deElaboração do Plano Municipal de Assistência Social. Maceió: Seades, 2010.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Cadernos de Informação: Diagnóstico para gestãomunicipal. Brasília, DF: MDS, 2010.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Caderno de Informações: Elaborando um diagnósticopara a gestão municipal. Brasília, DF: MDS/Sagi, 2008. Disponível em:<http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/dadosSv/Boletim-diag-mun.pdf>. Acesso em: 26 jul. 2013.

BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos.Indicadores de programas: Guia Metodológico. Brasília, DF: MP, 2010. Disponível em:<http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/spi/publicacoes/100324_indicadores_programas-guia_metodologico.pdf>. Acessoem: 26 jul. 2013.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Cadernos de Informação: diagnóstico para gestãomunicipal. Brasília, DF: MDS, 2010.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. O SUAS no Plano Brasil sem Miséria. Brasília, DF: MDS,2013.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Planos de Assistência Social: diretrizes para elaboração.São Paulo: Instituto de Estudos Especiais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; Brasília, DF: MDS, 2008.

BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Indicadores: Orientações básicas aplicadas à gestão pública.Brasília: MP, Secretaria de Orçamento Federal. Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos, 2012.

FUNDAÇÃO PREFEITO FARIA LIMA; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. Construindo o diagnóstico municipal: umametodologia. São Paulo: Unicamp, 2008. Disponível em:<http://www.cepam.sp.gov.br/arquivos/Diagnostico_Municipal/diagnostico_municipal_TR.pdf>. Acesso em: 26 jul 2013.

JANNUZZI, P. M. Indicadores para diagnóstico, monitoramento e avaliação de programas sociais no Brasil. Revista do ServiçoPúblico, Brasília, DF, v. 56, n.2, p. 137-160, abr.-jun. 2005.

JANNUZZI, P. M. Indicadores sociais no Brasil: conceitos, fonte de dados e aplicações. Campinas: Alínea, 2001.

JANNUZZI, P. M. Indicadores socioeconômicos na gestão pública. Florianópolis:UFSC, Departamento de Ciências daAdministração; Brasília: Capes,UAB, 2009.

JANNUZZI, P. M.; PASQUALI, F. A. Estimação de demandas sociais futuras parafins de formulação de políticas públicasmunicipais: notas para discussão. Revistade Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 33, n. 2, p. 75-94, mar./abr.1999.

SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA. Departamento Regional do Estado do Paraná. Construção e Análise de Indicadores. Curitiba:Serviço Social da Indústria, Observatório Regional Base de Indicadores de Sustentabilidade, 2010.

Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e Capacitação

www.sigas.pe.gov.brE-mail: [email protected]

Telefone: 81 3183 0702

Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

E-mail: [email protected]: (081) 2103-2096