cartilha juventude

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1ª Edição 2011 Cartilha da Juventude Cartilha da Juventude

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juventude 2010

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Page 1: Cartilha juventude

1ª Edição

2011

Cartilha da JuventudeCartilha da Juventude

Page 2: Cartilha juventude

1ª Edição

2011

1ª Edição

2011

Redação:

Flávia FrançaGustavo DiasLeonardo Távora

Arte & Design:

Hélio Coelho

Page 3: Cartilha juventude

PRIMEIRAS PALAVRAS

Política é algo fascinante. Desperta sentimentos nas pessoas

que vão além do simples “isso eu quero, isso não quero”. Estamos

falando aqui de uma arte. A arte de conciliar os contrários e de

decidir em nome de uma coletividade. Nada fácil, mas também nada

tão complicado assim. Estamos falando aqui de uma área de atuação

eminentemente humana, onde máquinas têm uma participação

muito tópica. O essencial é conversar. Afinal de contas, é dialogando

que nos entendemos.

Quando adicionamos juventude à política, o resultado é

interessante. O jovem trás não apenas sua vitalidade e sua

disposição para as lutas diárias desse campo, mas também a

renovação das ideias, importante para que possamos oxigenar a

própria vida. Isso torna a política mutável, e com uma velocidade que

algumas vezes assusta quem não possui o pique necessário para esse

tipo de atuação.

Nas próximas páginas você poderá observar os aspectos que

formam o pensamento social-democrata, além de conhecer a história

do PSDB e de sua juventude. Isso é importante, pois é necessário se

conhecer bem o que se faz, e entender a história de construção que

os tucanos vêm fazendo pelo Brasil é essencial para que possamos

cada vez mais contribuir efetivamente para o crescimento profundo

e responsável do nosso país, da nossa sociedade.

Obrigado e boa leitura.

ADRIANO FARIA

Presidente JPSDB-MG

abc

1

Page 4: Cartilha juventude

A t u a l m e n t e , o c o n c e i t o q u e t e m o s d e é t i c a

apr ox ima-se do con ce i to de mor a l pr oven ien te do

l a t im. Por ém, uma s ig n i f i cação a in da maior l he é

at r ibu ída . L og o, se um in div íduo é con s ider ado ét ico ,

o q ue está em q uestão n ão só são seus costumes , mas ,

seus bon s costumes .

En ten de-se por bon s costumes aq uel es q ue são

con comitan tes com a von tade dos demais e l emen tos

do g r upo soc ia l ao q ua l per ten ce o in d iv iduo em

q uestão . Em uma democr ac ia , os bon s costumes devem

ser en car ados como aq uel es q ue estão de acor do com

a von tade con str u ída pe l a maior ia de seus c idadãos .

No meio po l í t i co - e ten do em v i s ta um con tr ato soc ia l ,

o u s e j a , a i n s e r ç ã o d o i n d i v i d u o n a s o c i e d a d e ,

ace i tan do suas l e i s e seus pr ece i tos - os b on s costumes

p o d e m s e r e n t e n d i d o s c o m o a q u e l e s e m q u e a

pr eser vação da v ida soc ia l , q ue é , seg un do o con tr ato ,

a von tade pr imei r a do povo, es tá asseg ur ada .

Emb or a a h i s tór ia do Br as i l e da h uman idade

ten tam r eg is t r ados per son ag en s q ue n ão hon r ar am

seus postos e n ão for am con dizen tes com a postur a

ét ica apr esen tada ac ima, é jus to r essa l tar q ue houve ,

de ig ua l for ma e , ta l vez , em maior n úmer o , homen s

i l us t r es q ue mar car am sua atuação com r et idão e t r ato

com a co isa públ ica da for ma esper ada , d ig n i f i can do

sua passag em pe l a h i s tór ia .

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E NTE NDE NDO A SO C IAL DE MO C RAC IA

O r eg ime da Soc ia l Democr ac ia tem suas r a ízes

i n t i m a m e n t e l i g a d a s a o m o v i m e n t o m a r x i s t a e

a c r e d i t a n u m a r e f o r m a g r a d a t i v a d o s i s t e m a

capi ta l i s ta , v i san do uma d is t r ibu ição de r en da mais

ig ua l i tár ia e a r edução da des ig ua l dade soc ia l em

todos os âmb i tos .

O q ue d i fer e o s i s tema soc ia l -democr ata dos

demais r eg imes soc ia l i s tas é a adoção de uma postur a

q u e o d i r e c i o n a a a d o t a r m e i o s p r i m o r d i a l m e n t e

p o l í t i c o s , n ã o e c o n ô m i c o s , p a r a a t i n g i r o s s e u s

o b j e t i v o s . D e s s a f o r m a , t o r n a - s e p o s s í v e l

c o m p r e e n d e r m o s a u t i l i z a ç ã o d e m é t o d o s

p o l i t i c a m e n t e m a i s m o d e r a d o s , e m d e t r i m e n t o d e

outr os como a l uta de c l asses ( opos ição en tr e os

“ r i c o s ” e o s “ p o b r e s ” e l u t a p e l a a s c e n s ã o d o s

seg un dos) .

C a b e a o s s o c i a l - d e m o c r a t a s r e f o r m a r o

c a p i t a l i s m o d e f o r m a d e m o c r á t i c a , e n g l o b a n d o

e l emen tos tan to do s i s tema capi ta l i s ta q uan to do

soc ia l i smo, ut i l i zan do-se , par a tan to de r ecur sos como

a r eg ul ação estata l e a adoção de pr og r amas soc ia i s ,

min imizan do, ass im, os pr ob l emas mais in t r ín secos ao

capi ta l i smo.

2

Page 5: Cartilha juventude

H á q u e s e d i f e r e n c i a r o s p a r t i d o s s o c i a l -

democr atas dos soc ia l i s tas democr át icos . En q uan to os

pr imei r os apr esen tam uma postur a mais median a e

men os cen tr a l i zador a e r evo l uc ion ár ia , os seg un dos

ob jet ivam a r evo l ução democr át ica , ao pé da l e t r a , ou

se j a , mob i l i zação popul ar de massa or ien tada a uma

tomada de poder imposta . Em a l g un s pa íses , as duas

v ias , apr esen tam-se in t imamen te l ig adas . Por ém, é

n ecessár io q ue o l imi te se ja c l ar o e q ue os seg un dos

se j am v i s tos , po l i t i camen te , pos ic ion ados à esq uer da

dos pr imei r os

A soc ia l -democr ac ia é v i s ta como a for ma idea l

de democr ac ia r epr esen tat iva , por poss ib i l i tar , de

fato , q ue o povo g over n e par a o povo e em fun ção

deste . É , tamb ém, a ún ica for ma de g over n o capaz de

r e d u z i r s u b s t a n c i a l m e n t e a s d e s i g u a l d a d e s

p r o d u z i d a s p o r u m g o v e r n o t o t a l m e n t e l i b e r a l .

Seg un do os pr in c íp ios soc ia l -democr atas as ig ua l dade

e j us t i ça devem ser impor tan tes e impr esc in díve is n ão

só em face da l e i , mas , tamb ém econ ômica e , c l ar o ,

soc ia l men te fa l an do.

3

O Q U E A J U VE NTU DE E STÁ FAZE NDO ?

Desde Dezemb r o de 2009 sob o coman do do

Pr es iden te Adr ian o Far ia , a Juven tude do PSDB de

M in as G er a is r ea l i za f r eq uen temen te r eun iões on de

s ã o d i s c u t i d o s t e m a s r e l a c i o n a d o s a o d i r e t ó r i o

es tadual . As r eun iões são aber tas e todos têm d i r e i to

d e o p i n a r s o b r e o a s s u n t o q u e e s t á e m p a u t a .

Atua l men te a juven tude ex pl or a de man ei r a in c i s iva a

r ede da in ter n et at r avés de b l og s , twi t ter , faceb ook,

or kut temas r e l ac ion ados ao PSDB. Esta r ede co l abor a

n o q ues i to de at r a i r pessoas in depen den temen te de

ser em f i l iadas ao par t ido .

O s i te é atua l i zado d iar iamen te at r avés de tex tos

ob j et ivos e v ídeos . O papel pr in c ipa l da in ter n et é

poss ib i l i tar a in ter ação pr át ica e e f i caz en tr e pessoas ,

ass im, a ut i l i zação das mais var iadas fer r amen tas

poss íve i s per mite um a l can ce cada vez maior e t r az

uma v i s ib i l idade maior par a as causas do par t ido .

É TIC A NA P O LÍTIC A

A pa l avr a ét ica , em sua or ig em, ethos ( do g r eg o) ,

n ão s ig n i f i cava n ecessar iamen te a l g o de n atur eza boa

c o m o n a s i g n i f i c a ç ã o q u e a t r i b u í m o s a e l a h o j e .

S ig n i f i cava , s impl esmen te , o modo de ser , car áter de

um in div íduo. Com a apr opr iação do l a t im a pa l avr a

r eceb eu s ig n i f i cação espec ia l de costume, ou mor a l .

!

?

22

Page 6: Cartilha juventude

I n ev i tave l men te , com a evo l ução do pen samen to

soc ia l i s ta e a imposs ib i l idade de r e f r ear o avan ço

capi ta l i s ta , as po l í t i cas econ ômicas soc ia l -democr atas

v i r am-se in c l in adas a seg ui r o pr in c íp io da median ia e

pr ocur ar n or tear seus pen samen tos dan do mar g em a

en tr ada das v i sões n eol iber a i s . Dessa for ma, in s t i tu iu -

s e a c h a m a d a T e r c e i r a V i a . T a l m u d a n ç a ,

eq uivocadamen te v i s ta como r eest r utur an te , g er ou

a t r i t o s e n t r e a q u e l e s q u e a c o n s i d e r a v a m m u i t o

r ad ica l e desaten ta aos idea is soc ia l i s tas .

O Par t ido da Soc ia l Democr ac ia Br as i l e i r a é o

r e p r e s e n t a n t e , b r a s i l e i r o , q u e a p r e s e n t a a m a i o r

iden t idade com a T er ce i r a V ia . T en do, como pon to de

r e fer ên c ia , an tes de q ua l q uer outr o , o in ter esse r ea l ,

pr ior i tár io e mais n ecessár io do povo, o PSDB b usca ,

h i s tor icamen te , con st r u i r um g over n o moder ado e

fog e de ex tr emos , q ue imposs ib i l i tam a v iab i l i zação de

um camin ho q ue busq ue o con sen so , se j a e f i caz e

aten da o q ue se pr esta a aten der , o povo.

Atr avés de po l í t i cas públ icas d i tas ( sem o dev ido

c u i d a d o ) n e o l i b e r a i s , p o i s é n e c e s s á r i o q u e

obser vemos o cun h o soc ia l e democr át ico , o par t ido

fez e faz o q ue é n ecessár io ser fe i to , n o momen to em

q ue pr ec i sa , ten do o cu idado de despr en der - se de

r ó t u l o s s o c i a l i s t a s , n e o l i b e r a i s o u d e q u a l q u e r

n a t u r e z a q u e s e j a m , p a r a a t e n d e r , e m ú l t i m a

in stân c ia , sempr e , o povo.

4

Q U AL A IMP O RTÂNC IA DO VO TO ?

O voto é o in st r umen to pe l o q ua l é poss íve l

medi r a von tade de um co l et ivo de pessoas . Em uma

soc iedade or g an izada , o voto apr esen ta - se como meio

q ue poss ib i l i ta a tomada de dec i sões impor tan tes e

r e l at ivas aos seus memb r os .

No q ue d iz r espe i to a um r eg ime democr át ico , o

v o t o é i n s t r u m e n t o d e o r g a n i z a ç ã o e o r i e n t a ç ã o

pol í t i ca . Ou se j a , per mite q ue os c idadãos , membr os

daq uel e cor po pol í t i co se man i festem e ex pon ham sua

von tade .

M ui tas pessoas n ão con h ecem o poder do voto e

o s ig n i f i cado q ue a po l í t i ca tem em suas v idas . Numa

democr ac ia , como ocor r e n o Br as i l , as e l e ições são de

fun damen ta l impor tân c ia . A l ém de r epr esen tar um ato

d e c i d a d a n i a , p o s s i b i l i t a m a e s c o l h a d e

r epr esen tan tes e g over n an tes q ue fazem e ex ecutam

l e i s q ue in ter fer em d i r etamen te em n ossas v idas .

O ex er c íc io do voto deve ser va l or izado e ocor r er

de for ma con sc ien te . É impor tan te a con st r ução de

uma con sc iên c ia soc ia l q ue dê con ta da d i fer en ça

e x i s t e n t e n a s a ç õ e s é t i c a s r e l a t i v a s à s r e l a ç õ e s

human as . L og o, é também n ecessár ia a con st r ução da

s a b e d o r i a p o l í t i c a , p o i s , é a t r a v é s d e s t a q u e

poder emos n os dar con ta da poss ib i l idade dos n ossos

r epr esen tan tes fa l h ar em e ser á poss íve l r ea l i zar mos as

esco l h as mais b em or ien tadas .

21

Page 7: Cartilha juventude

Naq ui l o q ue faz r e fer ên c ia aos j oven s , o par t ido

po l í t i co os or ien ta a buscar pe l os seus d i r e i tos de

man ei r a or g an izada e democr át ica . A l ém d isso , é

impor tan te q ue ten hamos con sc iên c ia de q ue , em um

r e g i m e d e m o c r á t i c o , o p o d e r p o l í t i c o e s t á

con cen tr ado n as mãos da maior ia . L og o, é pr ec i so q ue

as r e l ações en tr e aq uel es q ue tem pon tos de v i s ta em

comum se jam fe i tas , com a f in a l idade de buscar em, em

c o n j u n t o , a t i n g i r e m s e u s o b j e t i v o s . J u s t i f i c a - s e ,

por tan to , a in ser ção do in d iv íduo, en q uan to c idadão,

em uma in st i tu ição par t idár ia .

T or n a -se impr esc in díve l , ass im, q ue os j oven s

vo l tem a se in ter essar por po l í t i ca , pr in c ipa l men te a

po l í t i ca de seu pa ís . M ostr em de for ma pac i f i ca e

in ten sa von tade de mudan ça . A in ten ção de con str u i r

um pa ís mel h or .

20

C O NH E C E NDO O P SDB

O Par t ido da Soc ia l Democr ac ia Br as i l e i r a , como

in st i tu ição par t idár ia , tem sua fun dação datan do do

p e r í o d o r e f e r e n t e a o s t r a b a l h o s d a A s s e m b l é i a

c o n s t i t u i n t e d e 1 9 8 7 . P a r a s e r m a i s p r e c i s o , f o i

fun dado em 25 de jun h o de 1988. Por ém, é bastan te

comum en con tr ar mos r eg is t r os h i s tór icos da l uta pe l a

Soc ia l Democr ac ia por par te de seus fun dador es ao

l on g o das décadas an ter ior es .

A maior ia de n ossos l íder es par t idár ios atua is

in teg r ar am o chamado “PM DB h is tór ico” e , em v i r tude

d i sso , es t iver am à f r en te das dec i sões po l í t i cas mais

pr ofun damen te ed i f i can tes do q ue en ten demos hoj e

por democr ac ia b r as i l e i r a . En tr etan to , as sucess ivas

v i tór ias e con tr ib u ições q ue o par t ido deu ao pa ís

t o r n a r a m - n o p o p u l a r e , d e s s a f o r m a , d i v e r s o s

seg uidor es for am atr a ídos . Por ém, com o cr esc imen to

da en t idade , mui tos de seus n ovos membr os n ão

estavam tota l men te a l in hados aos idea is h i s tór icos

q ue a es t r utur avam. L og o, po is , a l g umas l ider an ças

começar am a ava l iar a poss íve l for mação de um n ovo

par t ido .

!

5

Page 8: Cartilha juventude

O r u m o d o s a c o n t e c i m e n t o s p o l í t i c o s ,

i n e v i t a v e l m e n t e l e v a r i a m a c r i a ç ã o d o P S D B .

En tr etan to , a c r iação de uma en t idade par t idár ia sér ia

e c o m p r o m e t i d a p r e c i s a v a s e r a m a d u r e c i d a e

e s t u d a d a . A l é m d i s s o , o s p r i n c i p a i s l í d e r e s d e s s e

p r o c e s s o e n c o n t r a v a m - s e e n v o l v i d o s c o m a

A s s e m b l é i a C o n s t i t u i n t e . P e r m a n e c e r , a i n d a p o r

a l g um tempo, n o PM DB, er a n ecessár io , a f im de

poss ib i l i tar uma in f l uên c ia d i r eta n a e l abor ação da

Car ta Con st i tu in te .

Em 25 de j un ho de 1988, após a pr omul g ação da

Con st i tu ição br as i l e i r a , Fun dava -se o Par t ido da Soc ia l

D e m o c r a c i a B r a s i l e i r a : e m m e i o a u m a r e v o l u ç ã o

h i s t ó r i c a e d e f e n d e n d o u m s i s t e m a p a r t i d á r i o

p l ur a l i s ta mais só l ido e uma democr ac ia .

A po l í t i ca es t r utur a l do PSDB de h oje é f r uto da

con sc iên c ia po l í t i ca de seus fun dador es . M ui tos dos

q ua is in teg r avam a l in ha de f r en te de movimen tos

impor tan t í ss imos em defesa da democr ac ia br as i l e i r a ,

como q uan do l ider ar am a l uta pe l o r es tabe l ec imen to

d a s e l e i ç õ e s d i r e t a s , a t r a v é s d o m o v i m e n t o d a s

“Di r etas Já” .

6

E por q ue n ão d iscut i r em sa l a de au l a o q ue são

i m p o s t o s ? P o r q u e o s p a g a m o s ? O q u e d e v e m o s

r eceber em t r oca do Estado? Como f i sca l i zar as con tas

públ icas? Esta é a n ecess idade de con stan te r e f l ex ão.

O cu idado q ue deve ser tomado, ao in t r oduz i r o

en s in o de ét ica n as esco l as , é n ão per mit i r o uso

in dev ido desta d i sc ip l in a por in st i tu ições par t idár ias .

U m e x e m p l o d e a p r o p r i a ç ã o i n d e v i d a é o q u e

a c o n t e c e u c o m e n s i n o r e l i g i o s o . A m a t é r i a ,

g er a l men te , n ão ab or da democr at icamen te todas as

c r en ças . É impor tan te q ue cada a l un o ten ha o d i r e i to

de ex er cer sua c idadan ia e se in ser i r n a soc iedade,

r e l ig iosa e po l i t i camen te da man ei r a q ue j u l g ar mais

con ven ien te .

Q U AL O P AP E L DO

P ARTIDO P O LÍTIC O P ARA O S J O VE NS?

N u m a d e f i n i ç ã o m o d e r n a d o c o n c e i t o , u m

par t ido po l í t i co é uma "un ião vo l un tár ia de c idadãos

com af in idades ideol óg icas e po l í t i cas , or g an izada e

com d isc ip l in a , v i san do a d i sputa do poder po l í t i co" .

O par t ido po l í t i co , em um r eg ime democr át ico

s o b e r a n o , é o m e i o p e l o q u a l o c i d a d ã o c o m u m

en con tr a for ma de dar voz po l í t i ca às suas op in iões

r e l at ivas aos assun tos con cer n en tes à soc iedade. Ou

se j a , a in s t i tu ição par t idár ia é a por ta de en tr ada dos

c idadãos par a a v ida po l í t i ca .

19

Page 9: Cartilha juventude

P O L ÍTIC A NAS E SC O L AS

P r e c i s a m o s d e b r a s i l e i r o s m a i s c o n s c i e n t e s .

D issemin ar a po l í t i ca n as esco l as é fun damen ta l par a

i s so . At ivar o deb ate po l í t i co n o meio j ovem n ão é

tar efa d i f í c i l . H á assun tos q ue n ão pr ec i sam ser mui to

fomen tados par a g er ar d i scussões in f l amadas . I s to se

d á c o m a q u e l e s q u e p a r t i c i p a m f o r t e m e n t e d o

cot id ian o da maior ia das pessoas , po is es tas se sen tem

à von tade par a fa l ar daq ui l o q ue con hecem, aq ui l o

q ue l hes é ín t imo. No caso do Br as i l , a po l í t i ca o

futebol e o car n ava l são as b ases do n osso un iver so

cu l tur a l .

Não obstan te , os pr ofessor es dever iam desper tar

o in ter esse dos es tudan tes assoc ian do os temas q ue j á

vêm t r ab a l h an do em sa l a de au l a aos impor tan tes

a c o n t e c i m e n t o s d o m u n d o , d e s c o r t i n a n d o - l h e s a

ut i l idade pr át ica . O meio pe l o q ua l i s so poder ia se dar

ser ia o en s in o de ét ica , a t r avés da f i l osof ia , d i sc ip l in a ,

a l iás , q ue é sempr e a pr imei r a a ser r et i r ada das g r ades

cur r icu l ar es q uan do temos a l g um estado de ex ceção

n as democr ac ias moder n as .

E ass im, tan to em b io l og ia q uan to em ar tes , por

ex empl o , poder iam mobi l i zar o pen samen to d i scen te

s o b r e t e m a s c o m o a i m p o r t â n c i a d a l e i d a

b i o s e g u r a n ç a o u d a r e v o l u c i o n á r i a e i n s p i r a d o r a

Seman a da Ar te M oder n a ; fa tos es tes q ue , en tr e tan tos

outr os de ár eas d iver sas , mar car am a v ida po l í t i ca da

n ação.

18

D e n t r e o s r e s u l t a d o s m a i s e x p r e s s i v o s d o

par t ido , devemos destacar a e l e ição pr es iden c ia l de

1994. Daq uel e p l e i to sa iu ven cedor , a in da em pr imei r o

t u r n o , o n o s s o P r e s i d e n t e d e h o n r a F e r n a n d o

H en r iq ue Car doso . Como r esu l tado de um g over n o

e x e m p l a r e d a c o n q u i s t a d a c o n f i a n ç a d o p o v o

br as i l e i r o , FH C fo i r ee l e i to em 1998.

A t u a l m e n t e , o P a r t i d o d a S o c i a l D e m o c r a c i a

Br as i l e i r a é r epr esen tado em âmb ito feder a l por 10

sen ador es , den tr e e l es o Sen ador Aéc io Neves . Na

C â m a r a F e d e r a l M i n a s G e r a i s c o n t a c o m 5 3

r epr esen tan tes , dos q ua is , 8 são tucan os : Bon i fác io de

An dr ada, Eduar do Azer edo, Car l a i l e Pedr osa , M ar cus

Pestan a , Domin g os Sáv io , Eduar do Bar b osa , Paul o Abi -

A c k e l , R o d r i g o d e C a s t r o . O D e p u t a d o N á r c i o

Rodr ig ues se a fastou das at iv idades par l amen tar es

par a assumir a Secr etar ia de C iên c ia , T ecn ol og ia e

En s in o Super ior n o G over n o de M in as .

7

Page 10: Cartilha juventude

Na Assembl é ia L eg is l a t iva de M in as G er a is o

PSDB con ta atua l men te com 13 deputados . São e l es :

An a M ar ia Resen de, Car l os M oscon i , Cé l io M or e i r a ,

D a l m o R i b e i r o S i l v a , D i n i s P i n h e i r o , J o ã o L e i t e ,

L eon ar do M or e i r a , L u iz H umber to Car n e i r o , M aur i

T o r r e s , R ô m u l o V i e g a s , L u i z H e n r i q u e , B o n i f á c i o

M o u r ã o , Z é M a i a . A f a s t a r a m - s e p a r a f u n ç ã o n o

g over n o min e i r o o Deputado L afayet te An dr ada, q ue

r e s p o n d e p e l a p a s t a d a D e f e s a S o c i a l n a g e s t ã o

An astas ia . Con tamos a in da , em M in as G er a is , com 153

pr efe i tos e 1033 ver eador es .

O Q U E É SE R J O VE M

A juven tude é uma idade s in g ul ar n as v idas de

cada um de n ós . C l ar o , é impor tan te como cada

passag em de n ossas v idas . M as , por es tar n o in ic io ,

como pr ecur sor a da v ida adul ta , é um momen to d i f í c i l ,

po is , de uma h or a par a a outr a , o j ovem se vê d ian te de

dec i sões q ue pr ec i sam ser tomadas por e l e , e q ue

a fetar ão sua v ida por mui tos an os . Não d ig o aq ui a

ex pr essão “v ida in te i r a” , po is todos n ós sabemos q ue

so mo s ser es mu tá v e i s , e , c o mo ta l , po demo s da r

d iver sos r umos par a n ossas v idas . M as são dec i sões

i m p o r t a n t e s p a r a u m a p e s s o a q u e t i n h a u m a

ex is tên c ia pacata n o se io de sua famí l ia .

?

8

C O MO SE FILIAR?

( com base n a L e i n º 9 .096, de 19/09/1995, e n a Reso l ução n º

19 .406, de 05/12/1995)

Par a a f i l iação o e l e i tor deve está em d ia com a

jus t i ça e l e i tor a l e com idade a par t i r de 16 an os . O

e l e i tor se d i r ig e à sede do par t ido ao q ual pr eten da se

f i l ia r com seu t í tu l o de e l e i tor e pr een ch e a f i ch a de

f i l iação , em model o pr ópr io do par t ido . A f i l iação é

comun icada à Just iça E l e i tor a l .

A J u s t i ç a E l e i t o r a l a r q u i v a a s i n f o r m a ç õ e s

r e c e b i d a s d o s p a r t i d o s , a l é m d o c o n t r o l e d o

cumpr imen to dos pr azos de f i l iação par t idár ia par a

e fe i to de r eg is t r o de can didatur a . Par a con cor r er a

q ua l q uer car g o e l et ivo , o e l e i tor dever á es tar f i l iado a

um par t ido po l í t i co até pe l o men os um an o an tes da

e l e ição .

No PSDB, a f i l iação é fe i ta n o mun ic íp io on de

v o t a o c i d a d ã o q u e d e s e j a i n g r e s s a r n o p a r t i d o ,

p o d e n d o s e r f e i t a , o n d e n ã o h á r e p r e s e n t a ç ã o

par t idár ia , pe l a ex ecut iva es tadual do PSDB, q ue f i ca

in cumb ida de in for mar ao T RE q uem são seus f i l iados

n aq uel es mun ic íp ios .

17

Page 11: Cartilha juventude

A JPSDB j á r ea l i zou cen ten as de con g r essos

mun ic ipa is , a l ém de in úmer os en con tr os es taduais .

P r o m o v e u , a i n d a , p a l e s t r a s , s e m i n á r i o s e c u r s o s .

D e s t a q u e e s p e c i a l p a r a o s L a b o r a t ó r i o s d e

Apr en dizag em Pol í t i ca ( L AP 's ) , em par cer ia com o

I n st i tuto T eotôn io V i l e l a , q ue v i sam à in for mação e à

for mação pol í t i ca da Juven tude. Dessa for ma, a JPSDB

vem mob i l i zan do mi l h ar es de j oven s , em todas as

r eg iões do pa ís .

Es ta é a for ma q ue o PSDB en con tr a de t r azer os

j oven s par a a mi l i tân c ia , n ão apen as par a abr i l h an tar

as campan h as com o v ig or j uven i l , mas também dan do

o espaço suf ic ien te par a q ue este j ovem se pos ic ion e

den tr o dos assun tos in ter n os do PSDB, pr in c ipa l men te

n o q ue d iz r espe i to aos j oven s , e tamb ém n o q ue toca à

j uven tude for a da v ida par t idár ia .

16

T r atar do tema da in c l usão soc ia l de joven s ,

e s p e c i a l m e n t e o s d e s f a v o r e c i d o s , é a l g o q u e , n a

po l í t i ca , por mui tas vezes n ão passa do d i scur so . Em

s o c i e d a d e s o n d e a i n d a i m p e r a o p a t r i a r c a l i s m o

pol í t i co , com cor on éis q ue v ivem de man obr ar as

m a s s a s e m p r o l d e s u a v o n t a d e p e s s o a l , e n ã o

pen san do n o bem co l et ivo , o j ovem é v i s to com a l g uma

d e s c r e n ç a , q u a n d o é n o t a d o . J á e m s o c i e d a d e s

cosmopol i tas , é poss íve l n otar um pouco mais de voz

dada aos j oven s , sobr etudo se e l es se or g an izam em

en t idades como a UNE e a UEE, por ex empl o . M as

a i n d a p o d e m o s n o t a r c e r t a d i f i c u l d a d e e a t é

r e s i s t ê n c i a d a s p e s s o a s q u a n d o q u e m f a l a o u

apr esen ta um pr o j eto é um jovem.

M as o q ue é ser j ovem? Seg un do o P l an o Nac ion al

de Juven tude, q ue t r amita n o Con g r esso Nac ion al ,

jovem é aq uel a pessoa q ue possu i de 15 a 29 an os de

idade . H oje , con for me dados do IBG E, o Br as i l possu i

mais de 50 mi l h ões de j oven s . É mais ou men os toda a

p o p u l a ç ã o d a I t á l i a . E m M i n a s G e r a i s , s ã o 3 , 3 4

mi l hões , de acor do com o l evan tamen to mais r ecen te ,

de 2007. Bastan te g en te , n ão é? Rea l men te es te é um

n úmer o q ue deve ser l evado em con s ider ação. É

p r e c i s o t e r p o l í t i c a s p ú b l i c a s q u e a t r a v e s s e m o

d i s c u r s o e p a s s e m p a r a a a ç ã o , e m t e r m o s d e

capac i tação in te l ectua l , a té mesmo par a q ue este

jovem con s ig a se in ser i r n o mer cado de t r aba l h o de

modo mais con cr eto . Em M in as i s so acon tece!

9

Page 12: Cartilha juventude

O G over n o de Aéc io Neves in veste n o jovem

desde seu in ic io , em 2003, q uan do cr iou um espaço

p r ó p r i o p a r a o d e s e n v o l v i m e n t o d e s t a s p o l í t i c a s

púb l icas par a a j uven tude. O g r an de pr obl ema par a a

ex i s tên c ia de ações vo l tadas par a a j uven tude é q ue

n ão se possu i uma l eg is l ação espec í f i ca par a os joven s ,

pr obl ema q ue poder á ser san ado com a apr ovação do

P l an o Nac ion al de Juven tude pe l o n osso Con g r esso .

Es te p l an o asseg ur a aos c idadãos com a fa ix a etár ia

ac ima c i tada os d i r e i tos con st i tuc ion ais q ue já es tão

g ar an t idos às c r ian ças , adol escen tes e idosos , n o q ue

t a n g e a l i m e n t a ç ã o , s a ú d e , e d u c a ç ã o , l a z e r ,

capac i tação pr of i ss ion a l e cu l tur a . A pr oposta j á fo i

apr ovada pe l a Câmar a dos Deputados e en con tr a - se

em t r amitação n o Sen ado da Repúb l ica , e dever á ser

votada em b r eve por es ta casa l eg is l a t iva .

O m u n d o e s t á m u d a n d o a u m a v e l o c i d a d e

in cr íve l . E q uem mel hor acompan h a essa r ap idez é o

j ovem, q ue tem uma men te p l en amen te d i spon íve l

par a c r iar n ovas idé ias e mex er com o mun do em q ue

v ive . Dotar es te j ovem de uma est r utur a mín ima q ue o

per mita ex pl or ar o seu poten c ia l c r ia t ivo e , desta

for ma, se in ser i r n o mun do adul to é mais q ue uma

pol í t i ca públ ica . T r ata - se de uma dever do Estado q ue

se pr eocupa com seus c idadãos .

10

• I C o n g r e s s o E x t r a o r d i n á r i o N a c i o n a l d a

Juven tude do PSDB - Fo i r e for mul ado o seu Estatuto .

Na Con ven çãzo Nac ion al do Par t ido , par a Refor ma

Estatutár ia , ocor r ida n o d ia 8 de mar ço de 1996, em

Br as í l ia -DF , a JPSDB fo i o f i c ia l i zada como Secr etar ia

N a c i o n a l , d e v e n d o s e d e s d o b r a r e m o r g a n i s m o s

estaduais e mun ic ipa is . O n ovo Estatuto do PSDB

p r e v ê a f i l i a ç ã o e a p a r t i c i p a ç ã o e m a t i v i d a d e s

p a r t i d á r i a s d e j o v e n s e m i d a d e i n f e r i o r a d o

a l i s t a m e n t o m i l i t a r , d á a o D i r e t ó r i o N a c i o n a l d o

Par t ido a tar efa de d i spor sobr e a or g an ização e o

fun c ion amen to da JPSDB.

• VI Con g r esso – Na G estão de San dr o Resen de

fo i c r iado o L abor atór io de Apr en dizag em Pol í t i ca -

L AP, pr o j eto r evo l uc ion ár io de n ossa for mação de

mi l i tân c ia po l í t i ca .

• VI I , V I I I e IX Con g r essos – E l e ição de n ovas

ex ecut iv as , mas man ten do-se a base da j uven tude

tucan a.

• X C o n g r e s s o – A J P S D B d e c i d i u d a r

con t in u idade aos t r ab a l h os e em r econ hec imen to a

g r an de impor tân c ia da for mação de n ovos l íder es ,

in ic ia - se , em 2007, a I I I e tapa do L AP, n o f r eq uen te

desaf io de sen s ib i l i zar o j ovem par a a impor tân c ia de

uma atuação pol í t i ca d i r eta , compr omet ida com a

ét ica , a r ea l idade , a competên c ia e a hon est idade q ue

mar cam a h i s tór ia do PSDB.

15

Page 13: Cartilha juventude

A Juven tude T ucan a sur g iu jun to com a fun dação

do Par t ido da Soc ia l Democr ac ia Br as i l e i r a , em 25 de

j un ho de 1988, f r uto do dese j o de mui tos joven s q ue j á

mi l i tavam em ag r emiações como o PM DB, e em ór g ãos

n ão-g over n amen ta is ( ONG s) , movimen tos es tudan t i s ,

q ue acr ed i tar am n essa ide ia de ter um Par t ido q ue

defen desse a Soc ia l -Democr ac ia n o Br as i l . A campan ha

de M ár io Covas par a Pr es iden te do Br as i l , em 1989,

deu um for te impul so n esse movimen to j ovem den tr o

do PSDB.

Desde 1989, a JPSDB or g an iza con g r essos par a a

or g an ização in ter n a , e também par a def in i r r otas e

t r açar metas . For am e l es :

• I C o n g r e s s o - I n i c i o u - s e u m p r o c e s s o d e

in ter ior ização e de or g an ização n ac ion al . C l áudio

Sen a , da JPSDB de São Paul o , fo i e l e i to como pr imei r o

Coor den ador G er a l .

• I I C o n g r e s s o - A p r o v o u - s e o E s t a t u t o d a

Juven tude Nac ion al do PSDB, sen do r ee l e i to C l áudio

Sen a .

• I I I C o n g r e s s o - P a u l o S e n a , S P , f o i e l e i t o .

Dec id iu - se pe l a opos ição ao G over n o Col l or de M el l o e

o in íc io da campan h a pe l o Par l amen tar i smo.

• I V Con g r esso - A juven tude tucan a ader iu à

campan ha pe l o “ impeach men t” do Pr es iden te Col l or .

• V C o n g r e s s o – A J P S D B d e c i d i u a p o i a r a

c a n d i d a t u r a d e F e r n a n d o H e n r i q u e C a r d o s o à

Pr es idên c ia da Repúbl ica .

14

O J O VE M NA P O LÍTIC A: A H ISTÓ RIA DA J P SDB

Neste r i tmo ve l oz das mudan ças dos par adig mas

do mun do, o jovem se vê n o meio de uma en cr uz i l h ada ,

sem sab er q ua l r umo tomar , se ja n as esco l h as par a a

pr ópr ia v ida , se j a n as esco l h as q ue a fetam tamb ém as

v idas de outr as pessoas . Ass im é com as dec i sões

po l í t i cas . Es ta é ta l vez uma das mais impor tan tes

dec i sões do in íc io da v ida de uma pessoa . E se dec id i r

u m v o t o é c o m p l i c a d o , a o o b s e r v a r o p a n o r a m a

pol í t i co q ue os meios de comun icação apr esen tam, o

jovem acab a n utr in do um g r an de des in ter esse pe l os

assun tos po l í t i cos , e , por vezes , descon hecen do até a

impor tân c ia da po l í t i ca n a v ida das pessoas .

Por descon hecer o pr ocesso po l í t i co , e l e se sen te

i n i b i d o a i n g r e s s a r n a p o l í t i c a , e a c a b a n ã o

pr ocur an do pe l o g r upo on de suas ide ias possam ser

aco l h idas da mel hor for ma. Ass im a l g un s ta l en tos

po l í t i cos podem se per der n o tempo, in fe l i zmen te . O

PSDB t r aba l h a par a mudar essa r ea l idade . Atr avés de

uma juven tude bem or g an izada , es te par t ido pr ocur a

at r a i r os joven s par a um ambien te on de e l es possam

sen t i r - se à von tade par a ex por suas ide ias , e começar

essa d i f í c i l camin h ada em pr o l do c r esc imen to do pa ís .

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