cartilha sobre o conselho municipal de juventude · população e abrir espaço para que cada um...

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ApresentAção

o que é o Conselho MuniCipAl dA Juventude?

queM pode pArtiCipAr do Conselho MuniCipAl dA

Juventude?

Atribuições do Conselho MuniCipAl dA Juventude

orientAções pArA CriAção do Conselho MuniCipAl dA Juventude

sugestão de Modelo de regiMento interno pArA Conselho

MuniCipAl dA Juventude

Modelo de proJeto lei pArA CriAção do Conselho MuniCipAl

dA Juventude

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Com o objetivo de promover a participação do jovem na elaboração de políticas públicas, o governo de goiás,

através da secretaria de estado de Articulação institucional, (superintendência da Juventude) vem incentivando a criação de Conselhos Municipais da Juventude, órgão de participação da

população Jovem.

os jovens têm direito a uma política que vá ao encontro de suas reais necessidades e o Conselho Municipal da Juventude

é uma importante ferramenta para iniciar um processo de conscientização quanto aos problemas sociais, e, na

busca por soluções, e ainda, instrumento de participação e interlocução da população com o município, no planejamento

e acompanhamento da execução das políticas públicas de Juventude.

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os Conselhos são instâncias de participação e interlocução da sociedade com o estado no planejamento e acompanhamento da execução das políticas públicas. embora alguns tenham sido implantados ainda na década de 1980, foi somente após a criação do Conselho nacional de Juventude, da secretaria nacional de Juventude, e de programas específicos para a juventude que o processo ganhou impulso. sua importância está relacionada à construção de um canal de comunicação (direto ou indireto) entre a juventude e os responsáveis pela elaboração e execução das políticas públicas voltadas para este público.

ligados ao poder executivo em todos os níveis (Municipal, estadual e nacional); são nestes espaços que a sociedade civil organizada pode debater sobre os projetos e necessidades comuns e inseri-los na agenda governamental.

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Atualmente, existem centenas de conselhos espalhados pelo país, com diferentes formatos e estruturas de funcionamento. boa parte deles foi criada ao final da década de 1990, quando entrou em vigor a lei que condiciona o recebimento dos recursos destinados às áreas sociais, por parte dos Municípios, à existência de conselhos.

o Conselho estadual da Juventude de goiás foi criado em 1987 e se encontra atualmente em fase de reestruturação.

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A composição e forma de funcionamento dos conselhos é muito variada, refletindo em parte a diversidade sociocultural do país, estados e Municípios, além da diversidade de situações quanto à efetividade das políticas públicas. os formatos são definidos combinando diversas possibilidades, que variam de acordo com o seu foco, o cenário político e a cultura de participação dos envolvidos, entre outras.

podem participar do Conselho Municipal da Juventude as autarquias locais e todas as organizações de juventude que reúnam os seguintes requisitos:

• Tenham a sua sede e desenvolvam atividades na área do conselho;

• Incluam na composição dos respectivos organismos diretivos elementos jovens;

• Desenvolvam atividades organizadas por jovens e/ou para jovens e defendam interesses juvenis nas suas diferentes expressões;

• Desenvolvam iniciativas de interesse público, que contribuam para a dinamização de variadas atividades culturais, desportivas, sociais e outras, junto à juventude;

• Em casos devidamente fundamentados e, revestindo-se a associação em causa de inquestionável interesse para a juventude, permitindo a participação da mesma no Conselho, desde que se faça representar por elementos jovens.

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o Conselho Municipal da Juventude, órgão de caráter consultivo e deliberativo, fiscalizador e colaborador tem como principais atribuições, discutir e deliberar a respeito do conteúdo das políticas públicas relativas à sua temática e área de atuação. isto não significa, no entanto, que a deliberação deve ser, de imediato e integralmente acatada por todos, exceto nos casos específicos previstos em lei.

de acordo com a forma de intervenção, os conselhos podem receber no texto do ato legal de criação, a qualificação de:

• Consultivos – quando oferecem recomendações e sugestões de quais devem ser as diretrizes e perspectivas das políticas e do orçamento. neste caso, o gestor não é obrigado a acatar o parecer emitido.

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• Normativos – quando são dotados de poder regulamentar e normativo, que se expressa por meio de resoluções, portarias, deliberações, instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos.

• Deliberativos – quando possibilitam aos conselheiros participar das decisões sobre determinadas questões específicas, no sentido de determinar a forma de execução de políticas, programas e ações concretas para a comunidade. exemplo: Conselho nacional dos direitos da Criança e do Adolescente (ConAndA).

de acordo com a sua finalidade, os Conselhos variam entre:

• Conselhos de Programas – estão vinculados à operacionalização de ações governamentais específicas. exemplo: Conselhos de Acompanhamento e Controle social do Fundo de desenvolvimento da educação básica (Fundeb).

• Conselhos de Segmentos – são focados em temas específicos comodireitos humanos, políticas destinadas à população negra, mulheres, crianças e adolescentes, juventude, etc.

• Conselhos Setoriais – estão voltados para a formulação, implementação e monitoramento de políticas públicas universais. geralmente, a gestão pública precisa tê-los para receber recursos da política setorial (como na saúde, assistência social e educação).

em relação à composição, um conselho pode ser paritário (metade dos representantes da sociedade civil e metade do poder público), ou seguir uma proporção maior de representantes da sociedade civil, como é o caso do Conselho nacional de Juventude. em termos quantitativos, esta composição pode ser bastante heterogênea. no Conselho nacional de saúde, por exemplo, trabalhadores do setor, governo, usuários e prestadores de serviços possuem assento no órgão.

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o primeiro passo deve ser sensibilizar as secretarias que serão envolvidas e, em especial, o núcleo do governo (prefeito, vice, secretário de governo, etc). sem esta disposição, a estruturação do conselho pode nunca sair do papel.

deve-se considerar também a importância da parceria com o legislativo, afinal, são os vereadores que aprovarão o projeto de lei de criação do Conselho e outras propostas que podem ser apresentadas futuramente.

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PASSO A PASSO DAS AÇÕES

1- Mobilização da sociedade

quanto maior a participação popular, maior a chance de o Conselho funcionar com efetividade. por isso, a etapa de mobilização é fundamental. se não existe discussão sobre a temática juvenil no seu município ou estado, é preciso começar o debate, reunindo jovens e entidades que tenham este foco, especialistas na área e famílias. é importante incluir ao máximo a diversidade dos segmentos (étnico-racial, gênero, pessoas com deficiência, urbano-rural, orientação sexual, comunidades tradicionais), para se ter um olhar mais heterogêneo sobre as questões da juventude e refletir a pluralidade dos atores que atuam no tema na base da criação do Conselho. isso pode ser feito por meio da realização de encontros nas comunidades, seminários, audiências públicas, etc. se houver uma previsão de realização de uma conferência nacional no mesmo período, é interessante se inserir neste calendário e alinhar-se com as temáticas que estão sendo debatidas. o importante é reunir a população e abrir espaço para que cada um expresse seus anseios e inquietações e coloque a sua disponibilidade de se envolver neste processo. o debate nos encontros pode incluir a realização coletiva de um diagnóstico sobre a juventude no município, levantando potencialidades e necessidades e suas prioridades. o registro destas definições pode subsidiar futuramente a construção de plano Municipal.

2- Formalização

Feito o diálogo com a sociedade, o passo seguinte é apresentar as propostas para o decreto ou lei que regulamentará a criação

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do Conselho. o decreto é assinado pelo prefeito ou governador e pode ser revogado numa gestão posterior. o projeto de lei precisa ser aprovado pela Câmara dos vereadores, portanto, oferece uma garantia maior para que a instância seja mantida independente das mudanças no cenário ou no grupo político que estiver à frente da administração. o documento da lei ou decreto deve conter os objetivos do Conselho, como ele será estruturado (comissões, papéis e atribuições) e definir critérios para sua composição. não é preciso começar do zero. pode-se aproveitar as experiências de outros municípios e estados e basear-se nos documentos por eles produzidos, adequando às suas necessidades.

3- Composição

não existe uma norma de padronização da composição dos Conselhos. Alguns possuem o mesmo número de representantes do poder público e da sociedade civil, outros optaram por um terço e dois terços, respectivamente. há Conselhos de juventude que têm a idade como um critério, priorizando a participação juvenil, outros reservaram cadeiras para especialistas no tema. A escolha depende do modelo da gestão municipal ou do contexto local, dos recursos, etc.

Seja qual for o formato escolhido, algumas dicas são importantes:

• Na hora de articular quais serão as secretarias que terão assento no Conselho, é mais produtivo priorizar as que têm uma relação mais direta com as questões da juventude (educação, saúde e trabalho, entre outros.). A mesma lógica deve ser seguida com relação à escolha de quem irá representar cada secretaria. o representante deve necessariamente estar ligado a uma ação ou setor que tenha este foco, ou seja, que tenha vivência no tema. Assim, é garantido um envolvimento maior e uma ocupação mais qualificada;

• Embora existam experiências de composição da representação

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da sociedade civil a partir de indicações governamentais, é mais adequado que seja formado por um processo de eleição que, preferencialmente, deve acontecer durante uma assembléia pública ou conferência, a partir de critérios transparentes e compartilhados. é recomendável abrir um espaço para que as entidades possam se articular internamente, nos segmentos com os quais se identifiquem. isto deve acontecer de forma autônoma, permitindo que os acordos e as escolhas aconteçam sem interferência do poder público. onde não houver um consenso, a escolha pode ser norteada por critérios objetivos, como a freqüência de participação nos debates, a amplitude da sua atuação. outros critérios importantes a serem observados são a dimensão étnico-racial, gênero, urbano-rural, orientação sexual, as comunidades tradicionais e a inclusão de pessoas com deficiência.

Já na definição dos representantes, sejam do poder público, sejam da sociedade civil, algumas capacidades e habilidades devem ser levadas em conta na definição de sua capacidade de representação, decisão, expressão, defesa de propostas e negociação, como a transparência, a disponibilidade para informar e sua habilidade de fiscalizar, se comunicar com a mídia e mediar conflitos.

Após a identificação dos membros do conselho, é necessário que eles sejam formalizados, com uma nomeação oficial, ritualizada com a cerimônia de posse aberta à sociedade.

Conselho formado, é hora de arregaçar as mangas e iniciar as atividades. para começar, é necessário elaborar e aprovar o Regimento Interno.

este instrumento deve estar em consonância com a lei ou decreto de criação e definir quais são as atribuições e o modo de funcionamento do Conselho, incluindo a periodicidade de reuniões (ordinárias e extraordinárias), mecanismos de deliberação, organização interna, comissões e grupos de trabalho, etc

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o Conselho Municipal de Juventude de _____________________ elabora este regimento interno de acordo com o projeto de lei de criação do Conselho Municipal de Juventude respeitando as características específicas de sua realidade a respeito de como deve ser seu próprio regimento.

Capitulo I

Art. 1º - o presente regimento interno disciplina o funcionamento do Conselho Municipal de Juventude de ___________________________.

Art. 2º - o Conselho funcionará (local e endereço).Art. 3º - o Conselho realizará sessões plenárias mensais, conforme

calendário a ser ajustado, por convocação da presidência ou por requerimento firmado pela maioria absoluta de seus membros.

Capítulo II

dA nAtureZA e CoMposição

Art. 4º - o Conselho de Juventude é por sua natureza órgão normativo, consultivo, deliberativo e controlador das políticas públicas de juventude.

§1º-Como órgão normativo deverá expedir resoluções definindo e disciplinando a política de promoção, atendimento e defesa dos jovens.

§ 2º - Como órgão consultivo emitirá parecer, através de comissões especiais, sobre todas as consultas que lhe forem dirigidas, após a aprovação do plenário.

§ 3º - Como órgão deliberativo reunir-se-á em sessões plenárias, decidindo, após discussão e por maioria simples de votos, todas as matérias de sua competência.

§ 4º - Como órgão controlador visitará e fiscalizará as entidades, governamentais e não governamentais, delegacias e unidades de aplicação sócio-educativas, receberão comunicações oficiais, representações ou reclamações de qualquer cidadão sobre violação ou ameaça de violação de direitos, deliberando em plenário e dando solução adequada.

§ 5º - o Conselho é composto por: (inserir número de componentes

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do Conselho e discriminar a sua composição: órgão governamental e entidades representativas da sociedade civil).

parágrafo único: os suplentes assumirão automaticamente nas ausências e impedimentos dos conselheiros titulares, sendo recomendada suas presenças em todas as reuniões plenárias nas quais poderão participar dos assuntos e matérias discutidas, porém só votarão quando substituindo os titulares.

Capítulo III

dos Órgãos do Conselho MuniCipAl

Art. 6º - são órgãos do conselho: a) plenário; b) a diretoria; c) as Comissões especiais.

Seção I

do plenÁrio e sessões

Art. 7º - o plenário compõe-se dos conselheiros em exercício pleno de seus mandatos e é órgão soberano das deliberações do Conselho.

Art. 8º - o plenário só poderá funcionar com a presença da maioria absoluta dos conselheiros e as deliberações serão tomadas por maioria simples de votos dos conselheiros presentes à sessão, respeitadas as disposições definidas em lei.

Art. 9º - As sessões plenárias serão: ordinárias, extraordinárias ou solenes.

parágrafo único: As sessões terão início sempre com a leitura da ata da sessão anterior, que, uma vez aprovada, será assinada por todos os presentes. em seguida, se fará a nomeação e distribuição às comissões e só então terão início as deliberações.

Art. 10º - de cada sessão plenária do Conselho será lavrada uma ata pelo secretário, assinada pelo presidente e demais conselheira presentes, contendo em resumo os assuntos tratados e as deliberações que forem tomadas.

Art. 11º - As deliberações do Conselho serão proclamadas pelo presidente com base nos votos da maioria e terão a forma de resolução, a natureza decisória ou opinativa, se for o caso.

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Seção II

dA diretoriA

Art. 12º - a diretoria cuida dos processos de administração do conselho, é reguladora dos seus trabalhos e fiscal de sua rotina, tudo de conformidade com o presente regimento. A diretoria será pelo plenário do Conselho.

§ 1º - A presidência será exercida pelo presidente do Conselho (inserir o nome do município) e, em sua ausência ou impedimento, pelo vice-presidente.

§ 2º - ocorrendo a ausência do vice-presidente, a presidência será exercida pelo secretário geral.

§ 3º - nos casos de vacância do cargo de presidente, o vice- presidente completará o mandato.

§ 4º - o mandato da diretoria coincidirá com o mandato dos conselheiros.

Art. 13º - são atribuições do presidente:i – presidir as sessões plenárias, tomando parte nas discussões e

votações, com direito a voto;ii – decidir soberanamente as questões de ordem, reclamações e

solicitações em plenário;iii – convocar sessões ordinárias, extraordinárias ou solenes;iv – proferir voto de desempate nas sessões plenárias;v – distribuir as matérias às comissões especiais;vi – nomear membros das comissões especiais e eventuais relatores

substitutos;vii – assinar a correspondência oficial do Conselho;viii – representar o conselho nas solenidades e zelar pelo seu

prestígio;iX – providenciar, junto ao poder público Municipal, a designação

de funcionários, alocação de bens e liberação de recursos necessários ao funcionamento do Conselho.

X – enviar ao Ministério público competente, após aprovação do plenário, as listas com os nomes das pessoas, e respectivos números das cédulas de identidade, com direito a voto, e as chapas inscritas para homologação e instituir o processo da eleição dos Conselhos.

Art. 14º - compete ao vice-presidente:

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i – substituir o presidente nas suas ausências ou impedimentos;ii – participar das discussões e votações nas sessões plenárias;iii – participar das comissões especiais quando indicado pelo

presidente;

Seção III

dAs CoMissões téCniCAs

Art. 15º - As Comissões técnicas são órgãos delegados e auxiliares do plenário, a que compete verificar, vistoriar, fiscalizar, opinar e emitir parecer sobre as matérias que lhes forem atribuídas.

Art. 16º - As Comissões técnicas serão compostas de um presidente, um relator, e por especialistas na sua área de atuação, que emitirão parecer sobre todas as matérias que forem distribuídas.

§ 1º - os componentes das Comissões serão nomeados pelo presidente do Conselho.

§ 2º - os pareceres das Comissões serão apreciados, discutidos e votados em sessão plenária.

§ 3º - no caso de rejeição do parecer, será nomeado um novo relator, que emitirá o parecer, retratando a opinião dominante do plenário.

§ 4º - os pareceres aprovados pelo Conselho poderão ser transformados em resoluções.

dA seCretAriA eXeCutivA

Art. 17º - A secretaria do Conselho será exercida pelo secretário geral, com assessoria técnica e apoio administrativo da secretaria Municipal /Departamento ao qual estiver vinculado o Conselho.

parágrafo Único; nas ausências ou impedimentos do secretário geral, o presidente indicará um substituto para o exercício de suas funções.

Art. 18º - A secretaria manterá:i – registro de correspondência recebida e remetida com os nomes

dos remetentes e destinatários e respectivas datas;ii – livro de ata das sessões plenárias;iii - livro de registro da posse dos Membros do Conselho.iv – cadastros das entidades governamentais e não governamentais

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que prestam assistência e atendimento á jovens, contendo a denominação, localização, regime de atendimento, número de jovens atendidos, diretoria, a relação dos nomes das pessoas, com número de suas cédulas de identidade.

v – cadastro dos membros do Conselho, com anotação quanto á posse, exercício, férias, licenças, afastamento, vacância e demais circunstâncias pertinentes à vida funcional, com arquivo em pasta individual e cópia dos documentos apresentados.

Art. 19º - Ao secretário – geral compete:i – secretariar as sessões do Conselho;ii – manter sob sua supervisão livros, fichas, documentos, papeis do

Conselho;iii – prestar as informações que forem requisitadas e expedir

certidões;iv – propor ao presidente a requisição de funcionários dos órgãos

governamentais que compõem o Conselho, para execução dos serviços da secretaria;

v – orientar, coordenar e fiscalizar os serviços da secretaria;vi – remeter á aprovação do plenário os pedidos de registros das

entidades governamentais e não governamentais que prestam ou pretendem prestar atendimento á juventude;

vii – orientar a atualização cadastral das entidades governamentais e não-governamentais que prestem assistência e atendimento á jovens.

Capítulos IV

dAs AlterAções

Art. 20º - o presente regimento poderá ser alterado somente com a aprovação de no mínimo dois terços de seus membros.

Art. 21º - este regimento entrará em vigor a partir da data de sua aprovação.

________________,___de_________ de _________________.

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PROJETO DE LEI Nº ____ /2011 Cria o Conselho Municipal de Juventude – CMJ.

Art. 1º Fica criado o Conselho Municipal de Juventude – CMJ, órgão

de apoio específico, de caráter deliberativo, consultivo e fiscalizador, de representação da população jovem do Município de ___________, vinculado à secretaria de ______.

Art.2º Compete ao CMJ: i – estudar, analisar, elaborar, discutir, propor e aprovar planos,

programas e projetos relativos à juventude.ii – participar da elaboração e da execução de políticas públicas de

juventude, em colaboração com os órgãos públicos municipais, além de cooperar com a Administração Municipal na implementação de políticas públicas voltadas para o atendimento das necessidades da juventude;

iii – desenvolver estudos e pesquisas relativas à juventude, objetivando subsidiar o planejamento das ações públicas para este segmento no Município;

iv – promover e participar de seminários, cursos, congressos e eventos correlatos para a discussão de temas relativos à juventude e que contribuam para o conhecimento da realidade do jovem na sociedade;

v – fiscalizar e exigir o cumprimento da legislação que assegure os direitos dos jovens;

vi – propor a criação de canais de participação dos jovens junto aos órgãos municipais;

vii – fomentar o associativismo juvenil, prestando apoio e assistência quando solicitado, além de estimular sua participação nos organismos públicos e movimentos sociais;

viii – examinar propostas, denúncias e queixas relacionadas a ações voltadas à área da juventude, encaminhadas por qualquer pessoa ou entidade e a elas responder;

iX – elaborar e aprovar o seu regimento interno e normas de funcionamento;

X – convocar a Conferência Municipal de Juventude; Xi – aprovar o regimento interno e as normas de funcionamento

da Conferência Municipal de Juventude.

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Art. 3º o CMJ terá a seguinte composição: i – 5 (cinco) representantes do poder público Municipal, sendo: a) 1 (um) representante da secretaria Municipal de educação; b) 1 (um) representante da secretaria Municipal de saúde; c) 1 (um) representante da secretaria Municipal da indústria e

Comércio;d) 1 (um) representante da secretaria Municipal de Agricultura; e) 1 (um) representante do gabinete do prefeito; ii – 13 (treze) representantes indicados pelas entidades elencadas

abaixo e nomeados pelo prefeito Municipal, distribuídos da seguinte forma:

a) 1(um) representante da entidade de representação máxima de estudantes até o ensino médio;

b) 1(um) representante do corpo discente de cada universidade com sede no Município;

c) 1(um) representante de Associações de bairro;d) 1(um) representante de clubes de serviço jovens; e) 1(um) representante Associações esportivas com atuação voltada

aos jovens até 35 anos; § 1º A cada representante titular corresponderá 1 (um) suplente,

indicado pela entidade ou grupo que representa. § 2º As funções dos membros do CMJ serão voluntárias. iii - os membros do CMJ deverão residir no Município de

_____________ e ter idade igual ou inferior a 35 (trinta e cinco) anos. iv - os membros do CMJ terão mandato de 2 (dois) anos, permitida

1 (uma) única recondução. Art. 4º o CMJ terá 1 (um) presidente, 1(um) vice presidente e 1 (um)

secretário, eleitos entre seus pares, por votação aberta realizada na primeira reunião ordinária do CMJ. parágrafo único. Até a eleição do presidente, vice presidente e do secretário, caberá ao representante do gabinete do prefeito a presidência provisória do CMJ.

Art. 5º o CMJ reunir-se-á, ordinariamente, de forma mensal, podendo ser convocado, extraordinariamente, por solicitação de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) de seus membros ou pelo presidente.

§ 1º As reuniões do CMJ serão ampla e previamente divulgadas, com participação livre a todos os interessados, que terão direito a voz.

§ 2º As deliberações e os comunicados de interesse do CMJ deverão

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ser publicados e afixados em local de fácil acesso e visualização a todos os usuários e interessados.

§ 3º As decisões do CMJ serão tomadas por maioria simples, exigida a presença da metade mais 1(um) de seus membros para deliberar.

Art. 6º o poder executivo Municipal proporcionará ao CMJ suporte técnico, Administrativo e outros meios necessários, garantindo-lhe condições para o seu pleno e regular funcionamento.

Art. 7º deverá ser realizada, de dois em dois anos, a Conferência Municipal de Juventude, com representação dos diversos setores da sociedade, a fim de avaliar a situação da população jovem do Município, propor diretrizes para a formulação de políticas públicas voltadas para este segmento.

§ 1º A Conferência Municipal de Juventude terá sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio, aprovado pelo CMJ.

§ 2º o poder executivo Municipal poderá prover recursos humanos, materiais e outros meios necessários para a realização da Conferência Municipal de Juventude.

Art.8º esta lei entra em vigor na data de sua publicação.[5]

________________, ______ de ____________ de 2011.

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Secretaria de Articulação InstitucionalSuperintendência da Juventude

Fone: (62) 3201-5632

email: [email protected]

site: www.juventude.go.gov.br

endereço: Rua 82 s/nº Palácio Pedro Ludovico Teixeira 6ºAndarsetor sul - Cep: 74.083-010 - goiânia – go.

@JuventudeGoias

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