secretaria de desenvolvimento social, criança e juventude · 2018-03-20 · toda a equipe de...

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude Secretaria Executiva de Assistência Social Gerência de Projetos e Capacitação Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e CapacitaçãoCentro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

Módulo IIPROVIMENTO DOS SERVIÇOS

SOCIOASSISTENCIAIS: QUE TRABALHO É ESSE

O QUE precisamos compreender:

Trabalho em equipes de referência, que prática é essa;Interdisciplinaridade no SUAS;Dimensão ética e politica do trabalho social;Trabalho social com famílias;Dimensão técnica da intervenção profissional;Educação Permanente no Suas, o que é isso?

...Vamos Começar!

Para a implementação do SUAS e para alcançar os objetivos previstos na PNAS/20004, é necessário tratar a

gestão do trabalho como uma questão estratégica. A qualidade dos serviços socioassistenciais disponibilizados à

sociedade depende da estruturação do trabalho, da qualificação e valorização dos trabalhadores atuantes no SUAS.

(NOB/SUAS, 2011, p.17).

- É o grande marco político e institucional na gestão do trabalhodo SUAS por disciplinar seus atributos essenciais e algunsparâmetros transformados em requisitos relacionados aofinanciamento e ao reconhecimento público da integração dosentes federativos ao SUAS;- Os conteúdos da NOB-RH/SUAS demandam compreensão dadimensão ética e política que temos hoje para qualificar aoferta dos serviços e consolidar o direito socioassistencial;- Estabelece a contratação de trabalhadores medianteconcursos públicos, formatação de planos de cargos, carreiras esalários em todos os níveis, a criação de Mesas de Negociaçãoentre empregadores e empregados e educação permanente.

NORMA BÁSICA DE RECURSOS HUMANOS DO SUAS-NOB RH (2006)

Gestão do trabalho no SUAS: o que é isso?

À Luz da NOB-RH/SUAS...

A execução de um serviço, envolve considerar osvários fatores que ele nos apresenta: quem vai

fazer (equipes de referência), como fazer (princípioséticos), para quem vou fazer (usuários do serviço),onde fazer (quais suportes institucionais) e como

continuar a fazer (formação e educaçãopermanentes).

É necessária a articulação e integração entre as ações, apontando para a

promoção de um diálogo interdisciplinar, que aproxime os saberes específicos

oriundos das diferentes profissões que se juntam na gestão e provimento dos

serviços, programas, projetos, benefícios

e transferência de renda ! ! ! !

Toda a equipe de referência do CRAS, do CREAS, Centro POP e serviços de

acolhimento institucional seja composta por servidores públicos efetivos. Tal

determinação reconhece que a baixa rotatividade é fundamental para que se

garanta a continuidade, a eficácia e a efetividade dos serviços e ações

ofertadas, bem como para potencializar o processo de educação permanente dos

profissionais! ! ! !

TRABALHO EM EQUIPE DE REFERÊNCIA

O que entendemos por trabalho em equipe ...

TODA EQUIPE É UM GRUPO, PORÉM, NEM TODO GRUPO É EQUIPE”!

1. O que significa construir referências?

2. A referência é válida para quem?

3. Como funciona uma equipe de referência?

TRABALHO EM GRUPO

O QUE É EQUIPE DE REFERÊNCIA???

• Equipes de referência: São aquelasconstituídas por servidores efetivosresponsáveis pela organização e ofertade serviços, programas e benefícios deproteção social, básica e especial,levando-se em consideração o númerode famílias e indivíduos referenciados,o tipo de atendimento e as aquisiçõesque devem ser garantidas aos usuários.

(NOB-SUAS, 2011).

As equipes de referência dos serviçossocioassistenciais devem instituir espaçoscompartilhados de reflexão crítica sobre assituações de trabalho, demandas, necessidadessociais da população usuária dos serviços, adinâmica do trabalho; enfim, devem proporcionara construção de uma atuação coletiva entre osdiferentes saberes profissionais que as compõem;

A construção dessa atuação deve transversalizaros saberes e os diferentes serviços que compõema rede. Colocá-la em diálogo dinâmico favorece acontinuidade e qualidade do serviço oferecido.

Cada equipe de referência é encarregadade intervir junto a um determinadonúmero de usuários, que apresentamdeterminadas situações de vulnerabilidadeou risco social e pessoal, de acordo com onível de proteção social em que se insere(básica ou especial, de média ou altacomplexidade) e o tipo de serviçosocioassistencial operado. Isto significadizer que a equipe se torna referência paraum determinado número de usuários,criando vínculos de confiança com eles.

Portanto o trabalho em equipes de referência...

...Pressupõe a realização de um trabalhointerdisciplinar, isso põe em debate a dimensãoética e política do trabalho no SUAS e a qualidadedos serviços socioassistenciais, na construção deprocessos interventivos que promovamprotagonismo dos usuários, fortalecimento daprática democrática e da cultura de direitos.

(SILVEIRA, 2011, .57).

Por meio da partilha de saberes entre os diferentes profissionais, surge a possibilidade

construção de conhecimentos que poderão ser postos em prática a serviço da garantia dos

direitos socioassistenciais.

Mas, afinal, qual a natureza da referência construída pelas equipes

de referência do SUAS?

É uma só: produzir para o cidadão a certeza de que ele encontrará

acolhida, convívio e meios para a garantia de proteção social. Esse entendimento traz maior clareza

sobre a articulação necessária entre as equipes da proteção social básica

e especial.

INTERVEÇÕES ISOLADAS

FRAGMENTAÇÃO DAS RESPOSTAS

SENSAÇÃO DE SOBRECARGA OU INSATISFAÇÃO

EQUIPES PROFISSIONAIS CIDADÃO

Dimensão Interdisciplinar:

Uma das prerrogativas estabelecidas em todas as normativas do SUAS enfatizam a necessidade de

articulação e integração entre as ações, apontando para a promoção de um diálogo interdisciplinar, que

aproxime os saberes específicos oriundos das diferentes profissões que se juntam na gestão e provimento dos serviços, programas e projetos

Socioassistenciais.

(Resolução CNAS nº 4 de 13 de Março de 2013.)

Interdisciplinaridade:

Processo dinâmico, consciente e ativo de reconhecimento da complexidade multifatorial que envolve os riscos e as vulnerabilidades das

pessoas. Portanto, exige uma compreensão interligada ao contexto do sujeito em questão,

construída coletivamente;

Elege uma plataforma de trabalho conjunta, por meio da escolha de princípios e escolhas

comuns;

O trabalho, em uma perspectiva interdisciplinar, deverá reconhecer a

diversidade de conhecimentos, habilidades e atitudes entre os membros de uma equipe,

que não só se complementam, e sim enriquecem o trabalho como um todo, “que tem também um objetivo compartilhado e

um projeto comum para alcançá-lo”

(MUNIZ, 2011, p.93).

Interdisciplinaridade no SUAS

O esforço de incorporar a interdisciplinaridade éessencial a uma perspectiva pedagógica que pretendequalificar os trabalhadores que atuam no contexto deequipes multidisciplinares e que cotidianamentemobilizam processos laborais e práticas profissionaisque lidam com contextos de vidas experimentados porindivíduos e famílias, cuja compreensão não é possívelpor meio da perspectiva isolada.

(Resolução CNAS nº 4 de 13 de Março de 2013.).

O que é preciso considerar acerca da ótica dotrabalho no SUAS:

- É orientado por projetos profissionais que podem convergir,mas também se contrapor;

- Incorpora o acúmulo e as contribuições de diferentesprofissões;

- Deve assimilar criticamente os conhecimentos e aportesdaquelas que vem assumindo o protagonismo histórico naelaboração de conhecimentos teóricos, técnicos e políticosque subsidiam os avanços da assistência social no país.

Interdisciplinaridade

Como direcionamos o trabalho em equipe a partir das diferenças que possam existir? Qual o projeto comum que

construímos no SUAS?

A dimensão ética e política da relação entre profissional e usuário.

A proteção social deve ofertar seus serviços comconhecimento e compromisso ético e político dosprofissionais que operam técnicas e procedimentosimpulsionadores;

Na reflexão sobre o trabalho no campo da proteçãosocial, a construção de vínculos com o usuário écondição fundamental, para potencializar a autonomia ea cidadania, promovendo a sua participação durante aprestação de serviços

(MUNIZ, 2009).

Princípios éticos que orientam os profissionais do SUAS:

- Defesa dos direitos socioassistenciais;- Compromisso em ofertar serviços, programas ebenefícios de qualidade que garantam a oportunidade deconvívio e fortalecimento dos vínculos familiares e sociais;- Promoção aos usuários do acesso à informação,garantindo conhecer o nome e a credencial de quem osatende;- Reconhecimento do direito dos usuários a ter acesso abenefícios e renda e a programas de oportunidades parainserção profissional e social;

- Compromisso em garantir atenção profissional direcionadapara construção de projetos pessoais e sociais para autonomiae sustentabilidade;- Proteção à privacidade dos usuários, observado o sigiloprofissional, preservando sua privacidade e opção e resgatandosua historia de vida;- Incentivo aos usuários para que estes exerçam seu direito de participar de fóruns, conselhos, movimentos sociais e cooperativas populares de produção;- Garantia do acesso da população à política de assistênciasocial sem discriminação de qualquer natureza (gênero, raça/etnia, credo, orientação sexual, classe social, ououtras), resguardados os critérios de elegibilidade dos diferentes programas, projetos, serviços e benefícios;

- Devolução das informações colhidas nos estudos e nas pesquisas aos usuários, no sentido de que estes possam usá-las para o fortalecimento de seus interesses;- Contribuição para a criação de mecanismos que venham desburocratizar a relação com os usuários, no sentido de agilizar e melhorar os serviços prestados.

ATIVIDADE DIRECIONADAPrincípios Éticos

TRABALHO EM GRUPO

AMIZADE! ! ! ! !

VÍDEO:

A dimensão técnica da intervenção profissional

As novas requisições para o trabalho na assistência social exigem a capacidade de exercer a autonomia, a

crítica e a criatividade nos processos de desenvolvimento de protagonismo, autonomia e

participação, no projeto de ampliação dos direitos e dos mecanismos democráticos com a reestruturação

do setor público na assistência social

(SILVEIRA, 2011, p.33).

Então, de que maneira se expressa a “competência teórico- metodológica” no

trabalho profissional no SUAS?

- Por meio da realização de uma leitura crítica da realidade social sem, contudo, deixar de estabelecer os nexos com as determinações históricas e estruturais da questão social;

- Pela destreza do manuseio do instrumental técnico em todos os níveis de atuação (atendimento direto, planejamento, gestão,articulação, dentre outras);

Então, de que maneira se expressa a “competência teórico- metodológica” no

trabalho profissional no SUAS?

- Quando se parte do pressuposto de que as condições de pobreza e vulnerabilidade apresentadas pelos usuários são multidimensionais; portanto, para além da recomposiçãoda renda, há necessidade de oferecer uma série de serviçosconsubstanciados na ação profissional que permitam colher e buscar formas de atender os cidadãos;

- Pela valorização da dimensão do território como lócus da ação da política de assistência social;

Então, de que maneira se expressa a “competência teórico- metodológica” no

trabalho profissional no SUAS?

- No momento em que ocorre a superação da cisão entre os que pensam e os que executam;

- Por intermédio dos trabalhadores, quando estes ocupam os espaços de tomada de decisão, assim como se apropriam de saberes referentes à planificação, à avaliação e ao financiamento;

- Por meio da instituição da gestão democrática e pela valorização do protagonismo dos usuários em quaisquer que sejam os espaços profissionais e institucionais

(RIZZOTTI, 2011).

Outro aspecto que integra a dimensão técnica e ética da

intervenção profissional se refere aos cuidados e registros para o

alcance de resultados e garantia de direitos dos usuários da

política.

PLANEJAMENTO DO TRABALHO

Plano de Ação do Serviço, defineobjetivos, metas, estratégias, recursosnecessários para execução dos serviçosa serem operacionalizados emdeterminado período de tempo.

O planejamento requer a realização deREUNIÕES DAS EQUIPES internas decada unidade socioassistencial etambém reuniões integradas com asdemais unidades e serviços.

PLANO DE TRABALHO

O plano de trabalho é algo pactuado de comum acordo na equipe de referência,

e isso pressupõe o respeito às competências individuais, o

reconhecimento e particularidades, o reconhecimento das diferenças de

saberes e a necessidade de somá-los e multiplicá-los diante das necessidades das condições de vida dos cidadãos e

usuários dos serviços.(MUNIZ, 2011).

REGISTRO DE INFORMAÇÕES

Constitui-se como elemento fundamental para gestão,

monitoramento e avaliação, e consequentemente, para o

aprimoramento das ações e serviços do CRAS e dos serviços a ele

referenciados.

REGISTRO DE INFORMAÇÕES

INFORMAÇÕES PARA ACOMPANHAMENTO

DAS FAMÍLIAS

A utilização de prontuários pela rede socioassistencial contribui

para a coleta de informações sobre as famílias mediante o registro de

questões como histórico pessoal/familiar; eventos de

violação de direitos; entre outros, o que qualifica o processo de

acompanhamento das famílias.

REGISTRO DE INFORMAÇÕES

Todos os serviços socioassistenciais –ofertados no CRAS ou a ele

referenciados – deverão manter registros de frequência, permanência,

atividades desenvolvidas e desligamento. Os registros de

encaminhamentos (para serviços da proteção básica e especial, bem como

para outras políticas setoriais) também são importantes fontes de

informação para vigilância socioassistencial.

INFORMAÇÕES PARA MONITORAMENTO

DAS AÇÕES

Os trabalhadores da política de assistência social desempenham um papel fundamental na operacionalização de toda a engrenagem do SUAS. É no trabalho que os profissionais acionam um conjunto de instrumentos, que, para além de um arsenal de técnicas, envolve conhecimentos, habilidades e atitudes –pressupostos éticos que subsidiam o exercício profissional.

(BRASIL, 2013,p 11).

Educação permanenteA Política Nacional de EducaçãoPermanente do SUAS tem como objetivogeral: “institucionalizar, no âmbito do SUAS, aperspectiva político-pedagógica e a cultura daEducação Permanente, estabelecendodiretrizes e princípios, e definindo os meios,mecanismos, instrumentos e arranjosinstitucionais necessários à suaoperacionalização e efetivação”

(BRASIL, 2013,p 11).

•Educação PermanenteA NOB-RH/SUAS determina que toda a equipe de referência (do CRAS, do CREAS, Centro POP e serviços deacolhimento institucional) seja composta por servidorespúblicos efetivos: tal determinação reconhece que a baixarotatividade é fundamental para que se garanta acontinuidade, a eficácia e a efetividade dos serviços e ações ofertadas, bem como para potencializar o processo de EDUCAÇÃO PERMANENTE dos profissionais.

•Capacita SUASPrograma que integra a Política de Educação Permanente do SUAS (estabelecida na RESOLUÇÃO do CNAS Nº 4, DE 13 DE MARÇO DE 2013, por efeito da NOB RH) em perspectiva de:- Consolidação de um modelo de atenção cidadã na perspectiva do direito.- Desprecarização do trabalho, dos trabalhadores e agentes sociais do SUAS através do esforço coletivo e integrado.- É espaço de trocas e debates que permitam aos participantes suspender seu cotidiano e reconstruí-lo à luz de conceitos e paradigmas.

ATIVIDADE DIRECIONADAExercício 6

TRABALHO EM GRUPO

ORQUESTRA ! ! ! ! !

VÍDEO:

Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e Capacitação

www.sigas.pe.gov.brE-mail: [email protected]

Telefone: 81 3183 0702

Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

E-mail: [email protected]: (081) 2103-2096