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Entrevistas Exclusivas do Som do Rock. Com os MoonShade e Inseniter (Grécia). Biografias de Dawn of Ruin e Under the Pipe. Muito mais com novas Secções. Edição nº 2 2015 Fevereiro Som do Rock Portugal

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Nesta edição: Entrevistas Exclusivas do Som do Rock. Com os MoonShade e Inseniter (Grécia). Biografias de Dawn of Ruin e Under the Pipe. Destaque para o Labirinto Lisboa e muito mais.

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Entrevistas Exclusivas do Som do Rock. Com os MoonShade e Inseniter (Grécia). Biografias de Dawn of Ruin e Under the Pipe. Muito mais com novas Secções.

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A banda alagoana X AVENGER foi inicialmente um projeto idealizado pelos irmãos THYAGO VEGA

(Ex Living in the hell, Ex Shadow Lord) e THALES HARRY (Ex Wanted) entre os anos de 2004 e

2005, onde deram início as composições musicais com ênfase nos riffs pesados e marcantes das

guitarras, com a proposta de executar um Heavy Metal direto, com influências de bandas clássi-

cas como JUDAS PRIEST, SAVATAGE e ANNIHILATOR.

As letras buscam passar a mensagem de que nem tudo está perdido quando você não desiste facilmente do que almeja, um sentimento de fazer vingar suas vontades e sair em busca do au-toconhecimento, introspecção. Após o período de composição, os irmãos acabaram que por deixar de lado o projeto, e após 10 anos, no final de 2014, uniram forças com o baixista CHRISTIAN DAVID (AUTOPSE) e decidiram iniciar as gravações do primeiro EP, o que gerou a gravação da música “GOD FORSAKEN LANDS” que serviu como um teste para os músicos, que por anos estiveram afastados da música.

O lançamento do single “GOD FORSAKEN LANDS” foi feito através do Programa Insana Harmo-

nia do site Arena Metal,

Agora podes fazer o Download no nosso site ou BandCamp.

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Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 03

Indice:

Pag: 04—Editorial

Noticias

Pag: 05- SWR BARROSELAS METALFEST 18

Pag: 06–Apostatet

Pag: 07—VALLENFYRE em Portugal este mês

de Fevereiro

Pag; 09—Labirinto Lisboa

Pag: 10– "A GUARDIÃ" - O LIVRO, A MINHA OPI-

NIÃO

Entrevistas

Pag: 11– Entrevista exclusiva –Moonshade

Pag: 14– Entrevista exclusiva—Insaniter

Cronica

Pag: 15— Á conversa com...

Ricardo Rodrigues (Labirinto Lisboa)

Biografias

Pag: 16-Dawn of Ruin

Pag: 18— Under the Pipe

Cinema:

Pag: 19—

Depois da loucura que foram os SALDOS do Black January, voltamos já no primeiro fim-de-semana de

Fevereiro com novas bancas!

Um novo conceito de mercado a acontecer na zona dos Anjos em Lisboa.

São mais de 70 bancas com artigos vintage, segunda mão e usados a preços baixos.

A Feira das Almas tornou-se também um local para apresentação de projectos e outras ideias em fase

experimental. Recebemos jovens artistas e exploramos hipóteses de exposições e performances.

O horário é o habitual, das 11h às 19h.

Entrada grátis.

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Feira das Almas --- 7 e 8 de Fevereiro

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Page 4: Sdr mag n 2

Edição nº2 2015 Fevereiro Som do Rock—Portugal

Editorial: Bem Vindos.

O Numero 1 foi um sucesso ultrapassou a quantidade

de leituras e impressões que esperávamos. Também

recebemos vários e-mail´s a dar conta da satisfação

pelo trabalho realizado, o que justificou a nossa ale-

gria e vontade de fazer mais.

Neste numero vamos ter noticias, entrevistas reporta-

gem em forma de cronica e biografias.

Podem enviar as vossas sugestões para o seguinte e-

mail.

[email protected]

Obrigado

Paulo Teixeira

Ficha Técnica:

Propriedade: Som do Rock

Data : Janeiro de 2015

Preço: Grátis (Proibido a sua impressão e venda)

Colaboradores:

Redação / Paginação e conteúdos:

Paulo Teixeira

Reportagem/ Entrevistas:

Lunah Costa

Carolina Lobo

Cronicas:

Ricardo Pato

É proibido a reprodução total e ou parcial de texto /

Fotos sem a previa autorização. Pedidos de

autorização : [email protected]

Page 5: Sdr mag n 2

O SWR regressa em força para a sua décima oi-

tava edição, a decorrer de 30 de Abril a 2 de

Maio. A um alinhamento que conta com clássicos

como Entombed A.D., Shining, Impaled Nazare-

ne, Ahab, Minsk e Internal Suffering, juntam-se

agora os belgasENTHRONED, verdadeiros vetera-

nos do black metal rápido e sem tretas, os cana-

dianos SKULL FIST, banda de heavy metal

clássico orelhudo em que cada música é um hino

ao metal da velha guarda, os le-

tões SKYFORGER, reis e senhores do paga-

nismo báltico que cantam aos deuses antigos

com a sua mistura de folk e black metal, os norte

-americanos NIGHTBRINGER, que com o seu

último álbum «Egos Dominus Tuus» causaram

furor entre as hostes do black metal mais ne-

gro, LVCIFYRE, uma banda multinacional

que toca uma fusão caótica de black e death me-

tal à moda antiga, na veia de Dead Congregation

e Grave Miasma, os brasileirosCLAUSTROFO-

BIA com o seu thrash/death notoriamente influ-

enciado pelo melhor de Sepultura e, por fim os

belgas EMPTINESS, que lançaram também

este ano um disco memorável de black/death que

dizem os conhecedores estar entre os melhores

do género. Por confirmar estão ainda onze ban-

das espalhadas pelos dois palcos interiores do

festival.

SWR BARROSELAS METALFEST 18

Recapitulando, as bandas anunciadas até agora são: ENTOMBED A.D., SHINING, IMPALED NA-ZARENE, ENTHRONED, SKULL FIST, AHAB, SKYFORGER, MINSK, INTERNAL SUFFERING, ZATOKREV, NIGHTBRINGER, INCINERATE, LVCIFYRE, CLAUSTROFOBIA, MIDNIGHT PRIEST, EMPTINESS, KILLIMANJARO, NEUROMA e EQUA-LEFT. Os Christmas packs, contendo bilhete para os três dias, t-shirt exclusiva desenhada por André Coelho, 3 Steels, copo, cup holder, postal de natal, uma carteirinha de cromos e saco encon-tram-se já à venda em www.naam.pt/store pelo preço de 70€. Se os quiserem receber antes do Natal, há também uma modalidade de envio por correio por mais 4€. Se compras pela net não são convosco, os packs serão também colocados em diversos pontos de venda espalhados pelo país. Fonte: LOUD!

Notícia:

Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 05

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Os mais antigos protagonistas da Ucrânia de Metal Doom da velha escola, vem libertar o seu infernal e inspirado horror num segundo álbum, intitulado "Time of Terror". Fãs de Hooded Menace, Eye of Solitude e Uncoffi-ned devem de ficar com uma boa perspectiva desta festa profana de condenados e fúria de death metal! Biografia:

No ano de 1993, uma nova força na doomed

up Death/Black Metal foi gerado nos recessos

escuros da Ucrânia. APOSTATE nasceu de um

desejo de criar algo que vem de uma triste

existência solitária e trazer uma desolação

abrangente para um mundo desprevenido. Ori-

ginalmente começou como BLACK MOON

FRANKNESS antes de tomar o nome APOSTA-

TE e iria passar a divulgar a sua demo de es-

tréia, "Consign to Oblivion", em 1995. Seguin-

do a mesma linha até então lançaram o EP "A

Song of the Dead Lake" em 1997, antes de se

dividirem em 1998.

No entanto há pouco mais de uma década

depois, em 2009, e na sequência de uma

compilação lançada em 2007, de obras anti-

gas, intitulado “From Consign to Oblivion to

a Song of the Dead Like...” APOSTATE seria

retirados e lançados em forma de grito da

sepultura onde estavam por Alexander

Kostko (baixo) , o único membro sempre

presente. Então veio 2010 Kostko veria o

lançamento do debut álbum completo

de APOSTATE “Trapped in a Sleep”. Agora,

com a sua nova line up firme e cimenta-

da APOSTATE, a mais antiga banda de

Doom Metal ucraniano, estão por toda a

Eurpoa a apresentar a sua música. "Time of

Terror", seu segundo álbum que deve ser

lançado no início de 2015. Esteja preparado!

Line-up:

Alexander Kostko – bass

Bohdan Kozub – vocals

Nikita Holovin – drums

Vlad Filimon – guitar

Yuriy Savchuk – guitar

Tracklist:

1. Solar Misconception

2. Pale Reflection

3. Pain Served Slow

4. Memory Eclipse

5. World Undying

APOSTATE ( UKRAIN) - LANÇAM "TIME OF TERROR"

Notícia:

Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 06

Page 7: Sdr mag n 2

Notícia:

VALLENFYRE em Portugal este mês de Fevereiro

Por esta altura já devem ter percebido que,

sim, os VALLENFYRE são uma super-banda, à

semelhança de tantas outras que, hoje em dia,

surgem em catadupa todos os meses. Há, no

entanto, traços que os separam desde logo da

competição. Quando, no final de 2009, Gregor

Mackintosh foi confrontado com a trágica mor-

te do seu pai, o talentoso e influente guitarris-

ta dos britânicos Paradise Lost optou por refu-

giar-se na música para fazer o luto. No espaço

de apenas uns meses escreveu os esqueletos

para uma coleção de temas que, já em 2011,

acabariam por transformar-se em «A Fragile

King», a estreia desta nova aventura musical

que decidiu levar a cabo com a ajuda de alguns

amigos... Nada mais nada menos que Hamish

Glencross (ex-My Dying Bride) na guitarra,

Adrian Erlandsson (dos At The Gates, The

Haunted e Paradise Lost) na bateria e Scoot

(dos Doom e Extintion Of Mankind) no baixo.

Uma verdadeira constelação de estrelas do un-

derground extremo, que se vai estrear final-

mente em Portugal com uma data-dupla. A 6 e

7 de Fe- vereiro sobem ao palco do RCA

Club e do Hard Club, em Lisboa e no

Porto, respetivamente.

Durante as últimas décadas, a história

ensinou-nos que a união de músicos famosos,

por muito bem intencionada que seja, nem

sempre é sinónimo de resultados explosivos.

No entanto, a fusão de death e doom metal,

apimentada por elementos crust/punk, delapi-

dada pelos VALLENFYRE provocou uma vaga de

aplausos consensuais por parte do público e da

imprensa a partir do momento em que, há três

anos, o disco de estreia do coletivo britânico foi

editado. As calorosas reações a esse primeiro

álbum acabaram por inspirar a gravação e edi-

ção do devastador «Splinters» já em 2014 e

basta tomar contacto com «Scabs», o demoli-

dor tema de abertura deste segundo disco, pa-

ra perceber de imediato que a sinergia entre os

quatro músicos está ainda mais focada do que

quando gravaram o registo de estreia. No côm-

puto geral, este registo afirma-se como ainda

mais sólido que o seu antecessor – um autênti-

co petardo de death metal bruto e de influência

old school (Celtic Frost e Entombed são duas

influências mais que óbvias), injetado da dose

certa de d-beat vicioso e condimentado por

uma latência doom que só vem reforçar a ver-

satilidade do que esta formação de luxo pode

fazer em estúdio e em palco.

Nesta Splinters Over Iberia Tour, os VALLENFYRE

surgem acompanhados pelos espanhóis FOSCOR,

que acabam de editar o seu quarto longa-

duração. «Those Horrors Wither» apresenta-se

como o álbum da emancipação, um romper com

as amarras do black metal tradicional e ortodoxo,

uma década depois de terem lançado o registo de

estreia. Formados no final de 1997 como um dos

poucos projetos de dark metal oriundos de Barce-

lona, os músicos catalães desenvolveram desde

muito cedo um estilo pessoal e único, que mistura

as raízes do black metal dos anos 90 com outras

linguagens musicais tão ou mais agressivas –

uma fusão que lhes permite terem hoje um dis-

curso transversal a vários quadrantes do extre-

mismo sonoro. Baseando-se no período moder-

nista da arte catalã, o quarteto formado por Fal-

ke, Fiar, Necrhist e A.M. gravou três álbuns entre

2004 e 2009 – a estreia «Entrance To The Sha-

dows' Village», «The Smile Of The Sad Ones»,

«Groans To The Guilty» – e, graças a uma lingua-

gem muito dinâmica, agressiva e emotiva em pal-

co, alcançou um status bastante respeitável a ní-

vel mundial.

06 Fevereiro - RCA Club (Lisboa) 07 Fevereiro - Hard Club (Porto) 1ª Parte: Foscor Abertura de Portas: 20h00 - Inicio es-petáculo: 21h00

Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 07

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No centro de Lisboa, renasceu um mal antigo.

Existem lendas esquecidas, lendas que regressam,

lendas VERDADEIRAS!

Portugal tem um passado sombrio de lendas distor-

cidas e espíritos atormentados, histórias de mortes

e assassínios, contadas em segredo apenas pelos

mais corajosos. Lendas esquecidas pelas páginas

da História e perdidas na neblina dos tempos. Mas

as lendas vivem dentro das catacumbas do Labirin-

to Lisboa, onde os espíritos maléficos do passado

regressaram mais uma vez, trazendo-as de volta à

vida.

O Tribunal da Inquisição

O Grande Inquisidor, Cardeal D. Henrique, vai jul-

gar-te e condenar-te a uma tenebrosa viagem ao

Inferno.

O Poço dos Esquecidos

Deambula pelo pátio onde encontrarás o espírito há

muito esquecido do assassino Occulta.

A Capela dos Ossos

Feita de ossos humanos, vais conhecer o Irmão Ta-

vares, o monge fantasma que te espera nas som-

bras.

O Túnel de Claustrofobia

Sustém a respiração, enquanto passas por esta es-

cura e apertada catacumba.

O Sanatório da Serra da Estrela

Entra na ala de tuberculosos do antigo sana-

tório, onde tens uma consulta com o maca-

bro Doutor Mallum.

O Corredor Assombrado

Atravessa o corredor de uma antiga man-

são, onde nada é o que parece.

O Sótão Sangrento

Conhece pessoalmente a infame assassina

de bebés e mais terrível serial-killer portu-

guesa, Luísa de Jesus.

O Covil Ardente

Visita Gertrudes Maria, a cara-metade do

ladrão Diogo Alves, no seu assustador covil.

A Caverna do Gigante

O monstro dos mares Adamastor, depois de

séculos a assombrar os nossos navegado-

res, espera por ti na sua caverna.

A Padaria de Aljubarrota

Conhece a padeira Brites de Almeida, que

na sua padaria prepara o forno para te rece-

ber.

O Circo das Aberrações

Conhece Svengali, um boneco com o qual

não vais querer brincar.

A Sala do Trono

Se conseguires atravessar o nosso Labirinto

vais chegar à presença do Rei D. Sebasti-

ão onde uma terrível surpresa te aguarda no

fim da tua viagem através do passado mais

sombrio de Portugal. IRÁS SOBREVIVER AO LABIRINTO LIS-

BOA?

Notícia:

Labirinto Lisboa—Destaque

Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 08

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Notícia:

"A GUARDIA " - O LIVRO, A MINHA OPINIA O

Se há criticas que custam a fazer, não por se-rem más, mas por serem muitos boas, esta é uma delas. Escrever sobre “A Guardiã” não é fácil. Já ten-tei escrever várias vezes e sempre apaguei. É difícil escrever sobre algo que está acima do bom, lembro-me de querer incluir passagens do livro conforme vou falando do mesmo, mas para isso tinha que transcrever a obra quase por inteiro. Vou assim tentar não ser muito longo e escrever o que sinto. Tomei conhecimento do livro por acaso, estava a falar no facebook com alguns amigos, quan-do alguém partilhou no meu mural a sinopse do livro. Desde logo fiquei fascinado com o conteúdo, procurei o autor e tivemos algumas conversas. Disse para mim, ora ai está um livro que tenho a certeza de que irei gostar de ler. Desde en-tão tenho seguido com atenção tudo o que diz respeito á obra. O António e eu acabámos por ficar amigos e ter longas conversas sobre o tema. O fantástico sempre me deu boas horas de lei-

tura e então quando se junta num único livro o

meu tema preferido acompanhado da minha

música de eleição, fico com o melhor dos dois

mundos. Estive na apresentação do livro no

Club Noir entre as pessoas presentes estava o

Leonel vocalista do Mindfeeder, que durante a

apresentação disse tratar-se de um livro cine-

matográfico com banda sonora incluída, nada

mais verdadeiro.

Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 10

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Entrevista:

Entrevista Exclusiva: MOONSHADE com Lunah Costa

Inspirado na cena death metal melódico nór-dico e com multiplicidade de diferentes influ-ências,os Moonnshade, “misturam” elemen-tos pesados com sons melódicos, obtendo as-sim o seu próprio estilo.

Sofrendo algumas alterações no nucleo da banda, esta encontra-se mais sólida do que nunca e com um novo EP, menos DOOM e mais pesado “Dream I Oblivion” que prome-te agarrar os ouvintes.

Pedro Quelhas (guitarrista) e Ricardo Pereira (vocalista/letrista) aceitaram o nosso convite para nos apresentar este novo EP.

Lunah Costa: Boas. Antes de mais, obrigada por terem aceitado fazerem esta entrevista.

Pedro: De nada, obrigado nós pelo vosso in-teresse na nossa banda. Ricardo: Boas!

L.C: Para começar, como surgiu a ideia de formarem uma banda?

Pedro: Basicamente eu e nosso antigo bate-rista Cristiano Brito estávamos um bocado cansados da banda que tínhamos, e como eu tinha composto algumas músicas mais na on-da melodeath decidimos começar um projeto novo. Eventualmente o projeto que tínhamos deixou de fazer sentido e passamos a dedicar-nos a 100% a Moonshade.

Ricardo: Entretanto entrou o Dinis para gui-

tarrista e mais tarde entrei eu, nós e o Pedro

somos os que sobraram da formação inicial.

L.C: Porquê o nome Moonshade?

Pedro: Sempre gostei da ideia de ambientes taciturnos, florestas ao luar, etc. Soa um pouco foleiro, eu sei, mas achei o nome Moonshade adequado, tendo em conta que na altura a so-noridade era mais doom.

L.C: Falem-me sobre como a vossa música foi mudando desde do ínicio dos Moonshade até ao presente?

Ricardo: Não houve uma mudança muito acen-

tuada a nível de género musical, continua a ser

death-metal melódico. Talvez tenhamos perdi-

do um pouco aqueles aspetos mais relaciona-

dos com doom que estavam presentes no The

Path Of Redemption e os tenhamos substituído

por um som mais agressivo, mas isso aconte-

ceu porque além de ser mais do nosso gosto,

pretendemos que cada lançamento de Mo-

onshade seja único até certo ponto, mesmo

que um desses lançamentos seja uma demo,

no caso do primeiro EP. Não há necessidade de

repetir milimetricamente o mesmo estilo ad

nauseam.

L.C: São uma das poucas bandas do norte do estilo Death Metal Melódico. Porque que esco-lheram este estilo de música?

Pedro: Esta é fácil. Basicamente porque gosta-mos. No meu caso em particular é o meu sub-género preferido. O resto dos membros tam-bém gostam bastante do género.

Ricardo: Todos ouvimos coisas diferentes de

vários géneros musicais, mas o que nos une a

nível de gostos pessoais são bandas que possu-

em aquela mistura de peso e melodia, e muitas

delas são de melodeath.

Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 11

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L.C: Mudaram de formação. Uma formação dife-rente, trouxe novas influências à banda e mu-danças ou a base do vosso trabalho mantem-se? Se sim, quais foram?

Ricardo: Na minha opinião, o Sandro e o Afonso trouxeram diferentes perspetivas musicais à ban-da, o que melhorou bastante a diversidade. Além disso são bons músicos com quem podemos con-tar e que realmente “usam a camisola” com or-gulho.

L.C: Em relação ao progresso da banda no pano-rama musical, vocês tornaram-se conhecidos do público, isso foi fácil ou encontraram dificuldades pelo caminho? Como superaram?

Ricardo: Eu não nos apelidaria de “conhecidos pelo público”, mas são opiniões! As únicas dificul-dades que tivemos foram as constantes mudan-ças de formação nas posições de baterista e de baixista. Muitos dos que saíram tiveram de sair por razões pessoais ou por discordância relativa-mente ao rumo musical que a banda estava a tomar, o que é normal! No entanto, outros deci-diram usar o nome Moonshade para brincar às bandas, algo que ainda hoje me irrita porque só serviu para aumentar a entropia e atrasar o pro-gresso da banda.

L.C: Muitas bandas queixam-se da falta de ade-são do público aos concertos das bandas nacio-nais. Vocês sentem o mesmo?

Ricardo: Nota-se que há menos público, é com-

preensível, as coisas estão difíceis. No entanto, é

uma questão dos fãs gerirem prioridades… As

bandas que não são apoiadas resignam-se a to-

car apenas na sala de ensaios ou acabam. Não

acho que ninguém seja obrigado a ir a concertos,

mas se querem que a banda que gostam conti-

nue a atuar ou até a existir, devem contribuir

para que isso aconteça. Se acham que a nossa

banda vale realmente a pena apoiem o projeto e

apareçam nos concertos, e o mesmo vale para

qualquer outra banda, se-

ja underground ou mainstream.

L.C: Certas bandas também dizem que os con-

certos cobrem apenas as despesas e que é dificil

lucrar com os espetáculos, principalmente por

causa das deslocações. Concordam?

Ricardo: A verdade é que não fazemos isto por

dinheiro, mas não estamos dispostos a ter de

pagar pelo “privilégio” de tocar, ainda somos da-

queles que entendem que dar um concerto é,

acima de tudo, um serviço… Mas é complicado.

Se o nosso cachet for X, há sempre uma banda

disposta a tocar por metade desse valor, outra

disposta a tocar por um terço, outra disposta a

tocar de graça, e a qualidade nem sempre é pro-

porcional ao cachet. Além disso, cada vez menos

pessoas aparecem nos concertos e as organiza-

ções raramente podem ou estão dispostas a pa-

gar muito, o que é de levar uma banda à loucu-

ra, mas pronto, assim até tem mais piada. Afinal

de contas quem precisa de sanidade mental? Lu-

xos.

L.C: Sentem-se injustiçados em relação aos apoios que as bandas estrangeiras têm e as ban-das nacionais não?

Ricardo: Seria completamente ingénuo pedir a um governo como o nosso para apostar na arte visto que não se demonstram dispostos a apos-tar em coisas mais essenciais, como saúde e educação. Não vale a pena os artistas esperarem apoios das mesmas pessoas que são capazes de dormir bem de noite sabendo que deixam um idoso sem reformasuficiente para comprar medi-camentos, seria insano. Seria ótimo receber mais apoio, mas é simplesmente como as coisas são, têm de ser os fãs e as bandas a mexerem-se porque o governo não nos vai ajudar, e eu pessoalmente não me sinto injustiçado porque nunca esperei absolutamente nada da parte de-les.

L.C: Na vosso opinião, o quanto é importante para a banda, as pessoas irem aos vossos con-certos e aos concertos em geral?

Pedro: Sendo muito sincero, e acho que nesse caso falo por quase todas as bandas do underground, nós não fazemos ideia das pes-soas que gostam realmente da nossa música, a não ser que elas estejam presentes nos concer-tos. Podemos ler mensagens no Facebook, etc., mas só temos real noção que somos apoiados se essas pessoas comparecerem. E não estou a fa-lar dos amigos, ou membros das outras bandas, pois esses não contam. Falo sim do resto, dos que ouvem a música no Youtube/Bandcamp, que gostam em silêncio. Nós, muito mais que as grandes bandas, precisamos que o público se manifeste.

Não vou ser hipócrita, eu faço música porque gosto, e faço para meu gosto pessoal, mas se souber que há expectativas da parte do público, essas expectativas funcionam como um catalisa-dor para que mais e melhor música seja feita por nós. Por isso, se quiserem continuar a ver as bandas que gostam vivas, compareçam nos con-certos, e contribuam.

Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 12

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L.C: Estiveram um pouco afastados dos palcos, isso deveu-se à gravação do vosso novo EP? Torna-se importante “fecharem-se” em estúdio por algum motivo em especial?

Ricardo: Esse hiato deveu-se a uma mistura entre ficarmos sem baterista e termos um EP para gravar. Pedimos ao Luís Neto, de Shell From Oceanic, para nos compor e gravar as partes de bateria, e entretanto o Sandro apare-ceu e ficamos com a setlist pronta.

L.C: Quanto tempo demoraram a compor e a gravar este EP?

Pedro: Demasiado tempo… Foi muito complica-do ficar sem membros na banda sucessivamen-te. O período de integração demorou imenso, estivemos algum tempo sem sala de ensaio, demoramos muito tempo a ter baterista novo, enfim foi complicado para banda, e foi necessá-ria muita perseverança para não acabar.

Mas se contarmos o tempo real para compor, diria cerca de 6 meses, por aí. Depois demorou um bom bocado a gravar pois na altura tam-bém não tínhamos baterista etc.

L.C: O que vos inspira para compor?

Pedro: Nada de especial. Depende mais do es-tado de espírito do momento, e/ou da inspira-ção sentida na sala de ensaio. Maior parte das vezes começa com um riff quem alguém trás de casa e com essa base constrói-se o resto da música.

L.C: O que vos motiva e vos dá determinação para compor um novo EP?

Ricardo: Creio que o principal fator motivador é fartarmo-nos de tocar sempre as mesmas mú-sicas nos ensaios e ao vivo aliado a um desejo de fazer sempre mais e melhor … Nós gosta-mos e temos orgulho das nossas composições, mas tudo cansa eventualmente, e quando tal acontece necessário renovar e melhorar o re-pertório.

L.C: Quais são, na vossa opinião, as diferenças entre o primeiro EP “The Path os Redemption”e este mais recente “Dream I Oblivion”?

Ricardo: A produção é uma diferença notória. O Pedro evoluiu bastante como produtor no tem-po de intervalo entre os dois EP’s. Há também uma maior complexidade de composição em todos os sentidos.

L.C: Já tocaram, pelo menos, uma das vossas novas músicas ao vivo, “Dawn Of A New Era”. Como descrevem a reação do público?

Ricardo: Creio que a reação foi globalmente boa, e foi uma afirmação relativamente à nova linha de sonoridade que escolhemos seguir.

L.C: Quais são as vossas espectativas em rela-ção ao novo EP?

Pedro: Acima de tudo esperamos que o público goste tanto do EP como nós. Exigiu bastante tra-balho da nossa parte, e estamos satisfeitos com o resultado. Próximo passo é compor um álbum!

L.C: Como descrevem o “Dream I Oblivion”?

Ricardo: É um EP conceptual com reflexões sobre a morte, a espiritualidade e principalmente o de-sespero face a um mundo decadente, onde toda a história se passa na mente do protagonista, que por sua vez termina a obra com o término de si próprio.

L.C: Enquanto músicos num país como o nosso, qual é o vosso objetivo enquanto banda?

Pedro: Penso que o nosso principal objetivo é fazer boa música que seja do nosso agrado, mas também aspiramos algum reconhecimento da parte do público e adorávamos dar um espetácu-lo num grande festival.

L.C: Vocês já têm data para a apresentação do vosso EP, no dia 29 de Novembro, no Metalpoint. Estão ansiosos para ver como será a reação do público ou estão descontraídos, porque confiam no vosso trabalho?

Ricardo: Tivemos um grande trabalho em organi-zar o evento e escolher duas bandas de apoio brutais, e continuamos a ter um grande trabalho em afinar a nossa performance para esse dia. O nosso objetivo é que as pessoas que vão se sin-tam bem recebidas e que se divirtam, e o mes-mo vale para as bandas convidadas Destroyers Of All e Survive The Wasteland. Creio que só fi-caremos descontraídos quando verificarmos que isso foi uma realidade.

L.C: Já têm mais datas de concertos?

Ricardo: Ainda estamos a combinar outros possí-veis concertos, quando houverem confirmações de novos eventos anunciaremos pelo Facebook em www.facebook.com/moonshadeofficial.

L.C: Quero agradecer o tempo que me disponi-bilizaram para esta entrevista, fico grata, porque pessoalmente, aprecio bastante o vosso traba-lho.

Pedro: Mais uma vez, obrigado pela oportunida-de.

Para finalizar, deem aos nossos leitores um bom motivo para ouvir e comprar o vosso novo EP “Dream | Oblivion e outro bom motivo para as-sistir aos vossos concertos.

Ricardo: Creio que a música fala por si. Aos que ouviram e gostaram, apareçam dia 29 de No-vembro no Metalpoint e ajudem a formar um evento épico!

Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 13

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Entrevista:

Entrevista Exclusiva com Peter de Insaniter

SdR - Para primeira pergunta , eu gostava de saber como esta conexão á música surgiu e por que o metal?

1.Comos todos nós sabemos o início de metal é como uma revolução! É uma música que ex-pressa nossos sentimentos, melhor do que ou-tro tipo de música e faz com que a nossa raiva se liberte. Eu era criança quando ouvi jazz, rock, blues, punk, é tudo boa música, com grandes músicos, mas o metal é mais essencial e mais poderoso. Metal sempre ajuda quando você precisar dele! Então, eu queria fazer a mi-nha música, minha música do metal extremo!

SdR - O nome da banda tem um significado es-pecial?

2. Insaniter significa maníaco, para algumas

pessoas louco, louco por música, metal, e seus

meios que nós mesmos somos. Insaniter são as

pessoas que não dão a mínima para dinheiro,

política e outros funcionários similar. Insaniter

significa Thrash maníacos!

SdR - A banda existe desde 2011 e agora está sozinho é uma opção preferida?

3 Neste momento não existem opções! Você

deve tentar com todo o seu poder, se você qui-

ser fazer alguma coisa! Você sabe, se você ti-

ver três membros, há mais ideias, mais espírito

de cooperação, que tem mais fãs, mas sempre

existem alguns problemas.

Agora eu posso escrever o que eu quiser, como guitarras técnicas que eu quero, e sim fazer algo exatamente como você imagina. Desta vez eu estou escrevendo guitarras tambores vocais graves, eu realmente gosto dele, e eu acho que eu estou dando um bom resultado. O único que eu mudaria, seria os vocais! Prefiro vocais mais violentos como Kreator ou Randy Rampage!

SdR - O que segnificou para você o lançamento do EP "Initium" em 2014?

4.Não há palavras. Nesta situação, é tão difícil fazer um cd sozinho, sem dinheiro, sem tempo. Você sabe, um monte de gente acha que é fácil fazer um cd. Isto é triste, um monte de pesso-as que não percebem o quão difícil é isso. Te-nho orgulho para o Initium, é um ótimo cd, não é uma obra-prima, mas tem apenas boas músi-cas, boas idéias, o thrash sentido, sem riffs de cópia de outras bandas e eu acho que as pes-soas vão gostar dele!

SdR - Nós todos sabemos que a atual crise na Europa afeta nossas vidas de muitas maneiras, como você acha que isso afetou o metal na Grécia.

5.Sim que está correto! A crise afeta a todos na Grécia, assim como o metal. Mas se você não tem dinheiro ou você tem que trabalhar 10 horas por 400 € mês, sim, é difícil fazer um bom cd ou para fazer um bom show ao vivo. Mas isso não é apenas a crise. Nossa mentali-dade bloquea a nós mesmos. As revistas, os locais e os promotores ainda promover as mes-mas bandas há 30 anos, e seus próprios ami-gos (bandas). O mesmo acontece com os shows ao vivo! Devemos trabalhar juntos e apoiar um ao outro .penso que as pessoas que-rem ouvir novas bandas, e há um monte gran-des bandas, mas ninguém lhes dar a oportuni-dade! O dinheiro tem tomar o controle. O me-tal deve ser mais uma vez uma espécie de re-volução (Não quero dizer que com o sentido político), neste momento o metal é uma ferra-menta, nada mais, os verdadeiros fãs de metal são menos do que os outros, mas eu acho que ser sempre verdadeiros metalheads.

SdR - Para terminar esta pequena entrevista, qual é a mensagem que gostaria de deixar aos nossos leitores?

6.Primeira de tudo eu quero agradecer-lhe pelo

apoio! Pessoas como você está dando a nós o

poder para continuar! Sobre seus leitores, que-

ro dizer que a vida real e metal real está lá fo-

ra, Insaniter vai trazer thrash por muito mais

anos para nos dar uma chance para mostrar o

que tem tudo a ver! Thrash-los todos!

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Cronica:

Á conversa com...

Ricardo Rodrigues (Labirinto Lisboa)

Nesta entrevista damos a conhecer Ricardo Ro-drigues, o fundador da casa de terror Labirinto Lisboa, localizada perto do Cais do Sodré. Um sítio de passagem obrigatória para os amantes de emoções fortes. A casa esteve fechada devi-do a um incêndio em Maio, mas já tem data de reabertura oficial marcada para Sexta-feira 13 de Fevereiro. Sexta-feira 13… será coincidência?

- Porque é que quis começar este projecto?

Sou fã de casas de terror desde criança. Tive oportunidade de viajar bastante na minha infân-cia e adolescência o que me permitiu experi-mentar variadíssimas atracções do género. Em Portugal desde o fim da Feira Popular que não existe nada assim no nosso país e era um sonho antigo meu ser proprietário de uma atracção destas, idealizada e criada por mim, proporcio-nando aos portugueses e a quem nos visita uma experiência única e memorável que os faça lem-brar Portugal de um forma diferente e original.

- Houve algum tipo de inspiração noutra casa de terror nacional ou internacional?

A ideia foi pensada por mim há vários anos e amadurecida com o passar do tempo à medida que o projecto se tornava realidade. Uma atrac-ção feita especificamente para Portugal e para ser única e exclusiva, diferente de todas as ou-tras. Naturalmente que há materiais, efeitos e conceitos que resultam bem em todo o lado e se podem adaptar a todas as realidades e atrac-ções. No entanto, apesar disso, a experiência como um todo vivida no Labirinto Lisboa é única e não pode ser vivida em nenhuma outra atrac-ção internacional.

- No website do Labirinto diz que esta atração "é a primeira e única em Portugal", mas já hou-ve uma casa de terror na feira popular, o Labi-rinto é um conceito diferente?

Este nosso posicionamento comercial levantou algumas questões e dúvidas na altura. É apenas uma questão de interpretação. O que afirmamos é que o Labirinto Lisboa é realmente a primeira atracção pensada e feita em Portugal, exclusiva-mente para Portugal, e propriedade de uma em-presa Portuguesa, ou seja, neste sentido é de facto a primeira atracção de terror nacional. A casa de terror da Feira Popular era uma impor-tação espanhola – chamada Pasaje Del Terror. A atracção de Lisboa era igual às que existiam em Espanha e em outros países onde estavam. A experiência era replicada e igual em todas as atracções, sem identidade específica para cada país. Nunca fazemos comparações com eles, pois são épocas totalmente distantes e atrac-ções completamente distintas. Não há melhor ou pior, são atracções diferentes. Reconhece-mos aliás todo o mérito à Pasaje Del Terror, de quem eu era pessoalmente um grande fã.

- O incêndio foi algo difícil de superar?

O incêndio foi um golpe duríssimo. Depois de três anos de tanto trabalho, com tantas dificul-dades burocráticas pelo meio - o facto de ser algo fora do comum dificultou bastante a per-cepção e compreensão do conceito para aprova-ção - a última coisa que a pessoa espera que aconteça foi o que aconteceu. Foi muito difícil de superar, até porque a nível de segurança e emergência fomos bastante controlados, tendo sido feitas duas vistorias pelos Bombeiros antes da abertura e de termos soluções de emergência únicas no interior do espaço, que mais nenhuma atracção internacional tem. No fim de contas o fogo veio do exterior de um edifício em frente. Inacreditável. Estivemos dez dias abertos, dos quais apenas sete em funcionamento, o que foi, naturalmente, uma realidade muito dura e difícil de aceitar. A tristeza e a revolta foram grandes, o desgaste físico e psicológico imensos, e entre a desistência e a resistência – tentando juntar as forças necessárias para voltar a montar tudo de novo – a linha foi muito ténue. Mas estamos de volta!

- Quais são as projeções para o futuro do Labi-rinto?

O Labirinto Lisboa tem todo o potencial para crescer e se estabelecer como uma atracção de referência na cidade de Lisboa e para quem nos visita. Não há outra oferta igual, as pessoas pro-curam emoções fortes, gostam deste tipo de adrenalina, que serve até para espantarem os males diários e as preocupações do quotidiano. Além disso temos perfeita confiança na qualida-de geral do nosso espectáculo, tanto a nível de equipamentos como de cenografia, assim como no grande talento dos nossos actores. Acredita-mos sem qualquer tipo de presunção que o Labi-rinto Lisboa concorre directamente com as me-lhores e mais conhecidas casas de terror que existem na Europa e no Mundo.

Ricardo Pato

Cronica de Ricardo Pato

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DAWN OF RUIN - A BIOGRAFIA

Biografia:

A história dos Dawn of Ruin remonta a

2003, ano em que a vocalista V. Hemi-

azygos e o guitarrista Shadow se reu-

niram com o intuito de criar temas de

Black Metal mórbido e abrasivo, com

uma boa dose de influências old-school. Aos

primeiros originais juntaram-se ainda algumas

versões de temas clássicos de bandas de refe-

rência dentro do género. Ao duo, entretanto

batizado de Ekhidna, juntou-se pouco depois o

teclista Sytry. Nesta primeira fase, a secção

rítmica esteve a cargo de uma série de músicos

de sessão. Esta formação acabou por gravar a

malograda demo “Queen of the Graveyard”,

que ainda hoje não é considerada digna de au-

dição, exceção feita aos amigos mais próximos

da banda.

Após uma série de alterações de formação, a

banda recrutou o atual baterista Nazgul e o

baixista Koja, ex-Extreme Unction. As suas ex-

periências e gostos musicais diversificados aju-

daram a definir o estilo dos Ekhidna, que cada

vez mais se aproximava de géneros como o

Thrash e o Melodic Death Metal. Tornou-se ha-

bitual a gravação de ensaios e demos simples

das músicas, prática integrada numa aborda-

gem mais estruturada e organizada à composi-

ção musical.

Sytry abandonou a banda em 2006 para se de-

dicar ao seu novo projeto, Obscvrii Lvnae. Nes-

se ano, a banda mudou de nome para Tetra-

plegic God.

Em 2007, à medida que se iam ambientando

ao novo local de ensaio, V. Hemiazygos saiu da

banda com vista à procura de novos horizontes

musicais, tendo sido substituída por Valtherion.

Durante o seu período ativo na banda, esta

mudou de nome pela segunda e, espera-se,

As mudanças de formação começavam a tor-

nar-se num hábito: pouco depois, Valtherion

saiu e foi substituído pelo Conde Satan.

Em 2008, os Dawn of Ruin tocaram pela pri-

meira vez ao vivo, no Summer Enslavement

Festival, na Marinha Grande (ver secção de

vídeos). Foram planeados outros concertos,

mas a banda foi, uma vez mais, vítima da in-

constância, quando o baixista Koja optou por

se dedicar a outras áreas, tanto musicais co-

mo pessoais, deixando vago o posto das 4

cordas.

Os restantes membros mostravam uma von-

tade irreprimível de tocar e continuar a traba-

lhar em novos temas, desejo aguçado pelos

constantes reveses. Esta vontade manteve-os

no ativo durante os momentos mais complica-

dos, alturas que aproveitaram para afinar as-

petos técnicos e gravar um conjunto de temas

novos e antigos. E mais não ocorreu em 2009,

contando-se pelo caminho uma série de ten-

tativas de integrar mais um guitarrista, para

de alguma forma compensar a ausência do

som de um baixo.

Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 16

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Em 2010, a banda tornou a ser um duo, por

alguns meses, após a saída do vocalista Con-

de Satan. Pouco depois, Shadow e Nazgul

contaram com a entrada do ex-Obscvrii Lvnae

Prometheus, como segundo guitarrista. Embo-

ra várias faixas já tivessem arranjos para uma

segunda guitarra, muito material e linhas har-

mónicas novas foram acrescentados ou aper-

feiçoados, o que acabou por orientar o som da

banda para domínios mais melódicos, intensos

e, por vezes, dramáticos. Carpathian Wolf,

que também se dedicava ao BM nos extintos

Obscvrii Lvnae, foi convocado para assegurar

as vocalizações. Ao longo dos meses que se

seguiram, as faixas foram meticulosamente

analisadas e, em termos gerais, sofreram uma

remodelação. A ideia de regressar aos palcos

e às gravações começou a surgir em conversa

com cada vez mais frequência. Para a concre-

tizar, faltava ultrapassar a ausência de baixis-

ta, processo que culminou na entrada da

Niggurath para a banda.

Com uma formação completa e um som mais

coeso, Dawn of Ruin não tardaram a regressar

aos palcos. Entre 2012 e 2014, tocaram em

espaços como o Vinícola (Barreiro), o Birras

Bar (Covilhã), o In Live Caffé (Moita), o

Stairway Club (Cascais), o Cais na Planície

(Beja) e o Side B (Benavente). Simultanea-

mente, a banda concentrou a sua energia co-

letiva na gravação e produção da demo em

CDr "Poço da Infâmia", que apresenta 4 te-

mas gravados no local de ensaio e outras 4

faixas bónus, captadas ao vivo. Em meados

de 2014, no momento em que a demo foi lan-

çada, a baixista Niggurath saiu do país, e con-

sequentemente da banda, deixando o lugar a

Loki que ocupou assim o lugar de baixista.

DAWN OF RUIN - A BIOGRAFIA - continuaça o.

Biografia:

Foto: Sofia

Garrido

Fotos: F.Fraquito

Photography

Som do Rock Magazine nº 2 / Fevereiro 2015 pag 17

Page 18: Sdr mag n 2

Biografia:

UNDER THE PIPE - A BIOGRAFIA OFICIAL.

Under The Pipe é um projecto de Portugal

inserido no Post Rock, desde Dezembro de

2010 com Valério Paula como criador. Mu-

sico desde 1992, no qual já participou em

vários gêneros dentro da música, tocando

Thrash Metal -1994 / 1999, Black Metal -

2001 / 2005, Grunge -2005 / 2010. Já tra-

balhou com grandes artistas e músicos co-

mo: Ana Malhoa, Tear (Desire), Sam Forest

(Nine Black Alps), Paulo Vieira (The

Firstborn), Hugo e Pardal (Swithchtense);

Nuno Loureiro (Painstruck / Floyd Studios)

entre outros.

Guitarrista de rock desde 2005 até os dias

actuais. Já esteve em contracto com gran-

des e pequenas editoras como Dark Profa-

nation (UK / PT), Nemesis Musica

(Portugal), Vergasta Records (Brasil) e Be-

lieve Digital (France), trabalhou com Yan-

nick Jame da Lx Music Publish, o ex- direc-

tor da Polygram da França (Fonzie, Clã),

também com Denis Ladegaillerie da empre-

sa Believe Digital / Virgin Music França que

tem em seu catalogo Madonna, Mariah Ca-

rey entre outros.

Valério foi o criador dos Skewer (banda de

grunge). Agora concentra-se em Under The

Pipe em composições que expressam um

pouquinho o que vem na alma.

Em Setembro 2011 os Under The Pipe as-

sinam acordo com a Awal Records do Rei-

no Unido na distribuição do EP "Fix You,

You are not Alone"

Awal tem em seu catalogo de distribuição

artistas como: Moby, Radiohead, The Arc-

tic Monkeys, The Klaxons, Skunk Anansie,

Editors, Linda Martini, WE TRUST entre ou-

tros grandes nomes.

2013 fecham acordo com a editora Ethe-

real Sound Works E o lançamento físico de

"After Sound Comes Silence" acontece em

27 de Maio de 2013.

Under The Pipe Discografia:

Past And Future EP - 2011 - MIMI Records

(Japan/Portugal) (Digital )

Start Over Again CD - 2011 - Believe Digi-

tal / Virgin (Digital)

Fix You, You Are Not Alone EP - 2012 -

Awal Records (UK / Worldwide) (Digital )

After Sound Comes Silence CD - 2013 -

Ethereal Sound Works

Ethereal Sound Works-http://

www.etherealsoundworks.com/index.php?

under-the-pipe,72

Facebook Under The Pipe-https://

www.facebook.com/pages/Under-The-

Pipe/164653436920236?ref=hl

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O Sétimo Filho (I) (2014)

"Seventh Son" (título original)

M / 12 102 min - Ação | Aventura | Fantasia - 1 de

Janeiro de 2015 (Portugal)

Cinema:

O jovem Thomas é aprendiz do Mago local

para aprender a lutar maus espíritos. Seu

primeiro grande desafio vem quando a po-

derosa Mãe Malkin escapa seu confinamento

enquanto o Mago está fora.

Diretor: Sergey Bodrov (como Sergei Bo-

drov)

Escritores: Charles Leavitt (roteiro), Steven

Cavaleiro (roteiro)

Estrelas: Ben Barnes, Julianne Moore, Jeff

Bridges

Insurgente (2015)

"Insurgent" (título original)

- Ação | Aventura | Ficção Científica - 19 de Março de 2015

(Portugal)

Beatrice Prior deve enfrentar seus demônios

interiores e continuar sua luta contra uma po-

derosa aliança que ameaça destruir sua socie-

dade à parte com a ajuda de outras pessoas do

seu lado.

Diretor: Robert Schwentke

Escritores: Veronica Roth (baseada no romance

de), Mark Bomback (roteiro),

Shailene Woodley Estrelas:, Ansel Elgort, Theo

James

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