saúde s/a - ed. 04

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A revista dos líderes da área da saúde.

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Page 1: Saúde S/A - Ed. 04

NÁUTICA Descubra os prazeresda vida em mar aberto

Deputado Darcísio Perondi fala sobre política e saúde

ENTREVISTA

Estudo mostra problemas enfrentadospelos gestores nas equipes de enfermagem

QUALIFICAÇÃO DAENFERMAGEM

Evento aponta tendênciasna administração hospitalar

HMS

COPA 2014: Estrutura da saúde será suficiente?

ENTIDADES MÉDICAS DEFENDEM UM “CHOQUE DE GESTÃO” PELA MELHORIA DO SISTEMA

A REINVENÇÃO DO

A REVISTA DOS LÍDERES DA ÁREA DE SAÚDE Nº 04 ANO 01

Page 2: Saúde S/A - Ed. 04

Análise de Risco em Saúde é assim:ou você conta com a solução da NAGIS Health, ou é

melhor começar a pensar em "métodos alternativos".

Entre em contato aindahoje e descubra como omaior estudo de ANÁLISEDE RISCO já realizadopoderá mudar a maneiracomo você faz a gestão desua operadora de saúde!

Con�ra aqui as ações que a NAGIS Healthpotencializará em sua operadora:

de custo das patologias previstas;

custos e morbidades previstos;

baseados nas patologias previstas para cada grupo/contrato;

curva de custo das patologias mais importantes;

saúde com a curva de custos de cada patologia;

NAGIS Health

www.nagis.com.br [email protected](41) 3014 2345

Page 3: Saúde S/A - Ed. 04

Análise de Risco em Saúde é assim:ou você conta com a solução da NAGIS Health, ou é

melhor começar a pensar em "métodos alternativos".

Entre em contato aindahoje e descubra como omaior estudo de ANÁLISEDE RISCO já realizadopoderá mudar a maneiracomo você faz a gestão desua operadora de saúde!

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Page 4: Saúde S/A - Ed. 04

CONSELHO EDITORIAL

CONSELHO TÉCNICO-CIENTÍFICO

Dr. José Luiz Gomes do AmaralPresidente da AMBDr. José Luiz Gomes do AmaralPresidente da AMB

Ruy Salvari Baumer Presidente do SINAEMO

Drª Denise Rodrigues Eloi de BritoPresidente da UNIDASDrª Denise Rodrigues Eloi de Brito

Dr. Arlindo de Almeida Presidente da ABRAMGEDr. Arlindo de Almeida Presidente da ABRAMGE

Dr. Eudes de Freitas Aquino Presidente da UNIMED do BrasilDr. Eudes de Freitas Aquino Presidente da UNIMED do Brasil

Dep. Fed. Darcísio Perondi Presidente da Frente Parlamentar de Saúde

Dep. Fed. Darcísio Perondi Presidente da Frente Parlamentar de Saúde

Dr. José Reinaldo Nogueira de Oliveira jr. Presidente da CMB

de Saúde

Dr. José Reinaldo Nogueira de Oliveira jr. Presidente da CMB

Dr. Benno Kreisel Vice-Presidente da FBHDr. Benno Kreisel Vice-Presidente da FBH

Franco PallamollaPresidente da ABIMOFranco PallamollaPresidente da ABIMO

Gabriela Tannus Vice-Presidente da ISPORGabriela Tannus Vice-Presidente da ISPOR

Dr. Henrique Moraes Salvador SilvaPresidente do Conselho Deliberativo da ANAHP

Dr. Henrique Moraes Salvador SilvaPresidente do Conselho Deliberativo da ANAHP

Dr. Luiz Fernando Buainain Presidente da ABAFARMA

CONSELHO TÉCNICO-CIENTÍFICO

Dr. Luiz Fernando Buainain Presidente da ABAFARMA

Dr. José Cechin Diretor Executivo da FENASAÚDEDr. José Cechin Diretor Executivo da FENASAÚDE

Drª. Telma GobbiDoutora em patologia bucalDrª. Telma Gobbi

Dr. Edison Tizzot Doutor em cirurgia clínica

Dr. Abel MagalhãesSecretário-Geral da SBISDr. Abel MagalhãesSecretário-Geral da SBIS

Temos a enorme satisfação de apresentar nossos Conselhos Editorial e Técnico Científico, formados por gestores e forma-dores de opinião dos diversos segmentos da área de saúde. Seus conselhos embasam o nosso conteúdo crítico e sempre atual, na busca não só de informar, mas também de promover o debate em torno do desenvolvimento da Saúde Brasileira.

CONSELHOS | Saúde S/A

Page 5: Saúde S/A - Ed. 04

BIG

Chegou a hora de os brasileiros se prepararem para o maior evento que o país já recebeu. Temos muito o que fazer e várias oportunidades pela frente. Nas áreas de Turismo, Hospitalidade, Gestão, Comércio, Idiomas ou Saúde, conte com o Senac: a maior referência em educação profi ssional em todo o Brasil.

Procure o Senac e comece já a se preparar.

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Page 6: Saúde S/A - Ed. 04

IMAGENS: Serene Assir / Shutterstock

EDITORIAL

EM BUSCA DE UMA VISÃO CRÍTICA E IMPARCIAL DA SAÚDE

Edição nº 4. ano 1Publicação trimestral

Circulação dirigidaTiragem:

6000 unidades

Envie suas sugestões,

comentários e assuntos de seu

interesse para: [email protected]

Um sistema público de saúde com qualidade no atendimento e nos serviços prestados à população. Esse é o conceito do nosso Sistema Único de Saúde, criado após a Constituição Federal de 1988, e que deveria preservar e cuidar da saúde de 150 milhões de brasileiros que não possuem planos de saúde privada, mas que na prática enfrenta grandes desafios e gargalos que emperram o desenvolvimento pleno do sistema pelo Brasil a fora.Nesta edição realizamos um verdadeiro “raio-x” do SUS, com a ajuda da Comissão Nacional Pró-SUS, analisamos quais são os maiores desafios que emperram a consolidação de um sistema de saúde, que é tido por outros países como os EUA, como uma referência no atendimento universalizado da saúde. Passando pela falta de profissionais médicos, equipamentos chegando até a falha na gestão desses recursos.Do ponto de vista político acompanhamos o processo moroso da regulamentação da Emenda 29, que estabelece novos percentuais de repasses de verbas da União, Estados e Municípios para a saúde pública. Em trâmite desde 2000 a Emenda pode significar o acréscimo de R$ 32 bilhões anuais no orçamento da saúde pública brasileira.Também abordamos a oportunidade única que o Brasil terá com a Copa do Mundo em 2014 no âmbito da saúde, os desafios que deverão ser enfrentados pelos governos e pela saúde privada, muito antes da bola rolar. Esta será uma chance sem precedentes para que o Brasil seja campeão também na saúde.Passando para o setor privado analisamos o impacto do novo rol de procedimentos da ANS para as operadoras de saúde. Se por um lado essa medida garante o direito a milhares de beneficiários que aguardam decisões judiciais para conseguirem realizar procedimentos e tratamentos de saúde que agora são obrigatórios, por outro o impacto financeiro desta resolução pode colocar em risco a sustentabilidade das pequenas e médias operadoras.No âmbito da indústria farmacêutica conversamos com a ANVISA e o setor de medicamentos para entender a demora na consolidação da venda dos medicamentos fracionados no Brasil, medida que favorece os consumidores, mas ainda causa apreensão em parte do setor industrial de medicamentos.Com uma visão cada vez mais crítica, analítica e como sempre, imparcial do mercado da saúde brasileira, esperamos cada vez mais, contribuir para o desenvolvimento deste setor que é fundamental para a economia do país, movimentando cerca de R$ 160 bilhões por ano e que emprega 9 milhões de pessoas.

EQUIPE REVISTA SAÚDE S/A

As opiniões manifestadas nas entrevistas e nas colunas

publicadas na Revista Saúde S/A são de inteira responsabilidade

de seus respectivos autores.

EM BUSCA DE UMA VISÃO

EDITORIAL | Saúde S/A

EXPEDIENTE

EDITOR CHEFELeandro Espínola Araújo Abecassis

REDATORESLeandro Espínola Araújo Abecassis

Karin Louise KaudyAna Maria Neumann

DIRETOR DE ARTERenan Dequêch Ferreira

COLUNISTALiliane Barreiros

CONSELHO EDITORIALDr. Benno Kreisel

Dr. Henrique Moraes Salvador Silva Dr. Eudes de Freitas Aquino

Drª. Denise Rodrigues Eloi de BritoDr. José Reinaldo N. de Oliveira Jr.

Dr. Luiz Fernando BuainainDr. Arlindo de Almeida

Dr. José Luiz Gomes do AmaralDr. José Cechin

Sr. Rui Salvari BaumerDeputado Federal Darcísio Perondi

CONSELHO TÉCNICO- CIENTÍFICODr. Edison TizzotDrª. Telma Gobbi

Dr. Abel MagalhãesSrª. Gabriela Tannus

Sr. Franco Pallamolla

GERENTE DE NEGÓCIOSPaulo Grein

[email protected]

Page 7: Saúde S/A - Ed. 04

40

ÍNDICE | Saúde S/A

Um gol de placa para a saúde?

Emenda 29

Medicamentos fracionados

CAPA - Reinvenção do SUS

Novo rol de procedimentos

Produtos

Mercado

Eventos

Evento Fehospar

Evento HMS

Fatos & Fotos

Personalidade em destaque:Dep. Fed. Darcísio Perondi

........... 08

......................................... 12

................ 14

............. 16

................ 24

............................................ 28

............................................. 30

.............................................. 32

................................ 36

....................................... 38

..................................... 41

................. 42

.......... 58

............................ 62

............................................... 66

............................. 70

................................................. 73

.................................................. 74

Design de Interiores: O Arquiteto da Saúde - Por Liliane Barreiros

Viagem: Budapeste

Iatismo

Branquinho Básico

Filmes

Livros

ÍNDICE

66

NEGÓCIO SAÚDE

CULTURA E LAZER

4224

16

46

54

54................................. 46

............ 50

..................... 54

Doutor Software

Qualificação em enfermagem

Médicos sem fronteiras

GESTÃO

Page 8: Saúde S/A - Ed. 04

08 IMAGENS: UrosK / ShutterstockWWW.SAUDESA.COM.BR

NEGÓCIO SAÚDE | Saúde S/A

país, pois o turismo não se limitará apenas aos jogos da Copa do Mundo e impactará posi-tiva-

Em 2014, o Brasil será o palco do maior evento esportivo do mundo, o Mundial de Futebol da FIFA. Muito antes do apito do árbitro, o Brasil já entrou em campo, tanto na formação da equipe que pretende lutar pelo título dentro de casa como na organização do maior evento esportivo do mundo. Nos bastidores, o trabalho é intenso para entregar as obras de infraestrutura, já que, mesmo faltando quase três anos para o início da Copa, ainda precisam de muitos ajustes e investimentos, tudo diante de um prazo que fica cada vez mais apertado. Boa parte desta infraestrutura deverá estar pronta para a Copa das Confederações, evento que ocorre um ano antes do Mundial e serve como um “teste” para o país e algumas das cidades-sede do torneio.Ao todo, o Brasil espera receber durante o Mundial da FIFA, que acontecerá entre os dias 12 de junho e 13 de julho de 2014, em torno de 600 mil turistas estrangeiros e três milhões de brasileiros que viajarão pelo país somente para o evento esportivo. Isso ampliará consideravelmente a demanda de infraestrutura nas doze cidades-sede e nos já tradicionais pontos turísticos do

Perto de receber o maior evento esportivo do mundo, o país tem a chance de marcar um gol de placa para a saúde brasileira

UM GOLDE PLACAPARA A SAÚDE?

Page 9: Saúde S/A - Ed. 04

09WWW.SAUDESA.COM.BR

NEGÓCIO SAÚDE | Saúde S/A

de turistas durante os jogos. Segundo as estatísticas do Ministério do Turismo, somente durante o evento serão 3,7 milhões de pessoas circulando pelo país, fator que colocará em teste o sistema de saúde do país, sobretudo o SUS, que necessita urgentemente de melhorias e reestruturação tanto física como de gestão.De acordo com o presidente da FENAM, Dr. Cid Carvalhaes, esta será uma oportunidade única para o país alavancar o desenvolvimento do sistema público de saúde. “Acredito que esta será uma chance ímpar para o Brasil melhorar consideravelmente a infraestrutura e a qualidade do nosso sistema público de saúde”, afirma o presidente. Para a entidade, apesar do tempo que falta para a Copa do Mundo, faz-se necessário iniciar um planejamento e cronograma de ações e voltadas para este objetivo.

GOVERNOS SE MOBILIZAM POR UMA COPA SAUDÁVELCom o foco voltado exclusivamente para a melhoria do sistema de saúde para a Copa, foi criada uma Câmara Temática, que conta com a participação de repre-sentantes do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, da Agência Nacional de Saúde Suple-mentar, e das 12 cidades-sede e estados onde serão realizadas as partidas.Para o coordenador da Câmara Temática da Saúde para a Copa, Dr. Adriano Massuda, serão necessárias melhorias na infraestrutura de saúde em todas as 12 cidades-sede. “Temos trabalhado para identificar as necessidades de investimento em infraestrutura para a Copa. As cidades-sede, em geral, apresentam necessidades de adequação da rede de assistencial de urgência e emergência, como reforma de Pronto-Atendimentos, construção de novas Portas de Urgência, ampliação do número de leitos de UTI, entre outras”.Diante do grande número de turistas durante o evento, já que somente durante os jogos são esperados cerca de 3,7 milhões de pessoas viajando pelo país, a Câmara Temática acredita que a criação ainda este ano de uma Força Tarefa do SUS, que possuirá equipes de saúde do governo federal para atender os estados e municípios em situação de catástrofes. “O propósito da Força é buscar assegurar apoio do governo federal à rede de serviços de saúde de estados e municípios em situações de

catástrofes que superem a capacidade de resposta loco-regional. Além disso, investiremos no aprimoramento da rede de urgência e emergência das 12 cidades, no âmbito do Plano Nacional de Urgência e Emergência”, afirma Massuda.

FALTA DE LEITOS E MÉDICOS AINDA PREOCUPAM GESTORESA falta de leitos é um dos pontos que precisam ser sanados até que as primei-ras seleções de futebol e torcedores comecem a chegar no Brasil para atender uma população flutuante de 3,6 milhões de turistas. Mesmo com a complementação do sistema privado de saúde - que cumpre um papel de complementar ao invés de suplementar, ou seja, ela acaba por tapar buracos onde a saúde pública é deficitária - a infraestrutura precisará melhorar, e muito, para que o Mundial de Futebol de 2014 não fique marcado por problemas extra-campo.Segundo o 2º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Aloísio Tibiriçá, a falta de profissionais médicos é um problema tão grande que nem o próprio Ministério da Saúde sabe ao certo o número de profissionais necessários para sanar o problema. Somente no Rio de Janeiro, que será a principal cidade-sede do torneio, a situação é caótica. De acordo com Aloísio, a ausência de concursos públicos com remuneração digna fez crescer o número de médicos com contratos temporários nas emergências. “Nos hospitais federais do Rio de Janeiro são cerca de 50% do quadro. Nos estaduais, entre 60% e 50% nos hospitais da prefeitura”, alega Tibiriçá. Ainda segundo o 2º vice-presidente, seriam necessários mais 223 médicos para as emergências e UTI´s federais e mais de 90 médicos para as três maiores

mente em todas as regiões do país. Segundo um estudo divulgado pela Embratur, a expectativa é de que, até o Mundial, o Brasil tenha um crescimento constante passando dos atuais 5 milhões de turistas para cerca de 7,2 milhões em 2014. Enquanto os grandes meios de comuni-cação destacam basicamente as obras de construção dos estádios, melhorias no sistema de transportes do país com a ampliação de muitos aeroportos, construção de estradas e implantação de redes de metrô, muito pouco é debatido - ou pelo menos divulgado - sobre os projetos de melhorias e ampliação da infraestrutura da saúde nas cidades-sede do Mundial.

OPORTUNIDADE OU DESAFIO?Ao todo, a Copa do Mundo deve movimentar a economia nacional injetando um valor aproximado de R$ 142 bilhões no país, segundo estudo divulgado pela Ernest Yang – Consultoria Especializada, em parceria com a Funda-ção Getúlio Vargas. Essa perspectiva positiva de entrada de recursos e oportunidades de negócios pode não se concretizar por completo diante de um dos grandes gargalos do país, a sua

infraestrutura deficiente. Problema este que ocorre em muitas áreas

como a de transportes, segurança e também na

saúde, onde apesar do constante aumento dos

recursos investidos, ainda não foi possível sanar os

maiores gargalos do d e s e nvo l v i m e n t o pleno de um sistema de saúde brasileiro que deve ser universal, gratuito e de qualidade.Diante deste cenário, o Brasil vem buscando soluções para o quadro que a saúde brasileira vive e procu-rando melhorar a infraestrutura de saúde, principal-mente nas cidades-sede da

Copa, que receberão um

número considerável

A copa será uma oportunidade ímpar para o Brasil melho-

rar a infraestrutura e a qualidade do nosso

sistema público de saúde.

a qualidade do nosso sistema público de

a qualidade do nosso sistema público de

saúde.

Page 10: Saúde S/A - Ed. 04

10 IMAGENS: ShutterstockWWW.SAUDESA.COM.BR

NEGÓCIO SAÚDE | Saúde S/A

que num país com dimensões continen-tais a pluralidade de problemas e situações regionais pode colocar em xeque todo o sucesso de um evento esportivo do porte do Mundial de futebol.Com um país onde no mês de julho a temperatura pode variar de 40°c a -5°c, o clima pode ser um desafio a mais para quem viajará o país acompanhando os jogos. A questão da alimentação também é um tema que está sendo

emergências da cidade-sede da Copa, justamente na cidade onde ocorrerá a final da Copa do Mundo de 2014.

PROBLEMAS REGIONAIS SÃO OS MAIORES DESAFIOSAlém das dificuldades de infra-estrutura e a falta de profissionais capacitados nas instituições de saúde, outro grande fator que pode causar dor de cabeça aos gestores da saúde brasileira durante a Copa é a questão geográfica do país, já

debatido por todas as cidades-sede na Câmara Temática da Copa, já que com uma grande diversidade regional há também uma imensa variedade de pratos típicos de cada região. No último encontro ocorrido em Fortaleza, uma das 12 cidades-sede da Copa, todos os representantes apresentaram a preocu-pação de capacitar os trabalhadores deste setor a seguirem o Manual de Boas Práticas da Manipulação dos Alimentos, editado pela Anvisa.

A média de leitos por mil habitantes recomendada pela OMS é de 2,1 e pelo Ministério da Saúde é entre 2,5 e 3. A escassez de leitos na rede pública deixa o sistema dependente do suporte da rede privada de saúde.

NÚMERO DE LEITOS DA REDE PÚBLICA NAS 12 CIDADES-SEDE

FONTE: IBGE - Senso da Saúde 2010

BELO HORIZONTEBELO HORIZONTEBELO HORIZONTEBELO HORIZONTEBELO HORIZONTE

3434

1,4 / milhabitantes

BRASÍLIABRASÍLIA

3616

1,4 / milhabitantes

CUIABÁCUIABÁ

343

0,6 / milhabitantes

FORTALEZAFORTALEZA

2803

1,1 / milhabitantes RIO DE JANEIRORIO DE JANEIRORIO DE JANEIRO

101891,6 / mil

habitantes

PORTO ALEGREPORTO ALEGRE

1533

1 / milhabitantes

RECIFERECIFERECIFE

38362,4 / mil

habitantes

SÃO PAULOSÃO PAULOSÃO PAULO

103510,9 / mil

habitantes

MANAUSMANAUS

2533

1,4 / milhabitantes

CURITIBACURITIBA

1247

0,7 / milhabitantes

SALVADORSALVADOR

2692

1 / milhabitantes

NATALNATAL

1217

1,5 / milhabitantes

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12 IMAGENS: ShutterstockWWW.SAUDESA.COM.BR

NEGÓCIO SAÚDE | Saúde S/A

partidos de oposição ao governo, repudiaram a iniciativa do presidente da Casa, ameaçando uma obstrução da pauta para pressionar pela agilidade na regulamentação do tema.O presidente da Frente Parlamentar de Saúde, Darcísio Perondi (PMDB-RS), elogiou a proposta de Maia, chamando os governadores para participarem da regulamentação da Emenda da Saúde, mas ressaltou a importância da urgência da aprovação do tema, principalmente por conta da grave crise que a saúde brasileira enfrenta. “A Câmara quer votar, mas o Governo Federal não quer deixar. Eu espero que a Casa tenha altivez, autonomia e independência nesse processo. A Câmara precisa ser protago-nista e não ficar a reboque do Governo e da área econômica”, afirmou o parlamen-tar.

POLITIZAÇÃO DA SAÚDE Dr. Arsênio Rodrigues, doutor em Direito Tributário, condenou a demora pela regulamentação da Emenda 29. “Mais uma vez por questões políticas, os interesses do país ficam em segundo plano, por que na verdade o PMDB travou a pauta do Congresso em razão de um boicote do PMDB, em protesto às denúncias de corrupção no Ministério da

A discussão sobre a regulamentação da Emenda 29 na Câmara Federal emperrou a votação da matéria, que acabou sendo prorrogada para o mês de outubro. O capítulo mais recente dessa novela, que já dura onze anos (a Emenda foi aprovada em 2000), foi a sugestão do presidente da Câmara, deputado Marco Maia, que apresentou aos líderes partidários, no último dia 09 de agosto, a sugestão de um cronograma contendo 41 votações que deverão ocorrer até o mês de outubro, incluindo no pacote a Emenda 29. A proposta do presidente da Câmara é que a votação da emenda aconteça apenas em 19 de outubro, frustrando a expectativa de muitos parlamentares que esperavam a regulamentação da emenda na primeira quinzena de agosto.Uma das justificativas apresentadas pelo presidente da Câmara é a necessidade de uma maior participação dos governos estaduais no processo de regulamenta-ção, incluindo uma série de reuniões com os governadores. “É uma proposta que não traz todos os temas da oposição nem todos os temas do governo, mas tenta atender às questões principais”, alegou o presidente.O cronograma proposto pelo presidente gerou discussão entre situação e oposição. Líderes do DEM e PSDB,

Cultura”, criticou. De acordo com Rodrigues, a expectativa é que a emenda seja votada apenas na segunda quinzena de outubro. Para o especialista, a aprovação da Emenda 29 não garante automatica-mente a melhoria da Saúde, mas acaba gerando mais impostos para o bolso do brasileiro. “Teremos a recriação da CPMF com uma nova roupagem, agora chamada Contribuição Social da Saúde (CSS), e mais uma vez o Brasil perde a oportunidade de se discutir uma reforma tributária”, adiantou Rodrigues.

REFORMAS ESTRUTURAISCom as crises financeiras internacionais que devem chegar ao Brasil em pouco tempo, Rodrigues afirma que a realiza-ção de uma série de reformas estruturais (política, tributária, fiscal) são necessárias para que o Brasil se fortaleça como Estado, alterando a máquina de custeio do governo. “Infeliz-mente essas reformas não irão acontecer e mais uma vez a população terá que arcar com a criação de mais um imposto. Hoje temos uma carga tributária em torno de 38,5%. Mais uma vez vamos ter o famoso “jeitinho brasileiro” e a sociedade continua pagando a conta”, condenou o jurista.

Discussão ficou para outubro e brigas partidárias substituem debate técnico.

MAIS UMA VEZ.

NEGÓCIO SAÚDE | Saúde S/A

MAIS UMA VEZ.

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NEGÓCIO SAÚDE | Saúde S/A

que adotaram modelos de gestão da saúde privada conseguem atender muito mais pacientes e com uma qualidade muito melhor, enquanto o hospital público com um modelo de gestão pública gasta mal e atende muito mal a população”.De acordo com o 2º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) e presidente da Comissão Pró-SUS, Aloísio Tibiriçá, o Brasil precisa de um “choque de gestão” na saúde, com a profissional-ização dos gestores do SUS tornando o sistema mais eficiente. “O Brasil precisa de um projeto real de qualificação da gestão pública em saúde e não de forma

improvisada e com indicações políticas como acontece hoje, afirma Tibiriçá.

MOBILIZAÇÃO PELA REGULAMENTA-ÇÃO DA EMENDA 29Diante deste impasse em torno da regulamentação da proposta entidades como o Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Associação Médica Brasileira (AMB) e parlamentares que represen-tam a saúde no Congresso já programa-ram uma série de ações entre reuniões e manifestações pela regulamentação da Emenda 29, que já tem sido adiada constantemente.

FALTA DE GESTÃODe acordo com Rodrigues, a falta de políticas de gestão do SUS é o maior problema, muito maior que a falta de recursos. “Recursos faltam, mas não no montante que é divulgado. Infelizmente, hoje nós temos um Estado que gasta muito mal e de forma inadequada e não acaba atingindo exatamente aquela parcela da população que mais precisa de suporte do sistema público de saúde”, afirma. Ele aponta que os hospitais e estabelecimentos públicos de saúde sofrem com a falta de gestão. “Essas instituições precisam de uma gestão especializada. Hoje os hospitais públicos

Ano após ano, a Saúde Pública do Brasil vem recebendo cada vez mais recursos, passando dos R$ 54 bilhões em 2006 para R$ 77 bilhões neste ano. O crescimento da economia brasileira foi o principal fator que garantiu o crescimento constante dos recursos destina-dos à pasta do Ministro Alexandre Padilha.

A regulamentação da Emenda 29 deverá injetar um adicional

estimado de R$ 32 bilhões anuais na Saúde Pública do Brasil.

O real impacto da Emenda 29 para a saúde do Brasil

R$ 54 bilhões2006

R$ 58 bilhões2007

R$ 55 bilhões2008

R$ 61 bilhões2009

R$ 67 bilhões2010

R$ 77 bilhões2011

A regulamentação da Emenda 29 deverá injetar um adicional

estimado de R$ 32 bilhões anuais na Saúde Pública do Brasil.

A regulamentação da Emenda 29 deverá injetar um adicional

estimado de R$ 32 bilhões anuais na Saúde Pública do Brasil.

Page 14: Saúde S/A - Ed. 04

C I O

14 IMAGENS: Sérgio Mena Barreto / ShutterstockWWW.SAUDESA.COM.BR

NEGÓCIO SAÚDE | Saúde S/A

Em 2006, a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 80/06 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) abriu a possibilidade para que drogarias e farmácias fracionassem medicamentos para venda. A idéia é que esses produtos possam ser dispensados na quantidade prescrita pelos médicos, evitando assim o acúmulo de fármacos em casa, que na maioria das vezes acabam perdendo a validade e podem ser consumidos de forma indiscriminada.Mesmo com a possibilidade de econo-mia para os consumidores, as dificul-dades para a consolidação desta idéia parecem não ter fim. Apesar do cresci-mento do número de medicamentos fracionáveis produzidos pela indústria, a questão cultural e a falta de informações técnicas para os consumidores parecem minar a iniciativa, já que, além da dificul-dade em ter acesso a estes medicamen-tos, a população ainda vê com desconfi-ança a segurança destes produtos.

ENTIDADES CONDENAM POLÍTICA DE FRACIONAMENTOApesar da resolução já ter completado cinco anos em maio deste ano, a sua efetividade tem sido questionada por entidades que representam a indústria farmacêutica. Para o presidente da ABRAFARMA, Dr. Sérgio Mena Barreto, a medida não garante o direito ao consumidor e impacta diretamente na indústria farmacêutica. “A venda fracio-nada depende de mudanças profundas no setor produtivo, incluindo reestrutura-ção massiva das linhas de produção. Ademais, a meu ver isso é um desastre sanitário, prejudicando principalmente a população. A idéia de implantar o fracio-namento no Brasil vem na contramão de todo o esforço mundial de combate à falsificação de medicamentos. A OMS, Organização Mundial de Saúde, considera a circulação de medicamentos inaptos e falsos como a maior e mais perigosa epidemia mundial dos últimos anos”, afirma Barreto.Para o presidente da Abrafarma, o risco no aumento da falsificação de medica-mentos a partir desta prática é imenso. “Somente em 2010, mais de 180 tonela-das de medicamentos falsos ou impróprios foram apreendidos pela Anvisa, apesar de operarmos com embalagens secundárias, com selo holográfico, raspadinha etc. Com o fracionamento, tal situação provavel-mente fugirá do controle, potenciali-

Há cinco anos, a Anvisa autorizou farmácias e drogarias a venderem medicamentos fraciona-dos, mas até hoje a medida não “pegou”

UM DIREITOUM DIREITOUM DIREITO

F R A

AN

OD

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15WWW.SAUDESA.COM.BR

NEGÓCIO SAÚDE | Saúde S/A

Estimula o uso racional dos medi-camentos;Economia para o consumidor;Redução do risco de intoxicação com medicamentos;

Linhas de produção das indús-trias precisam ser reformuladas;Custo da adequação pode cair no bolso do consumidor;Coloca em risco a rastreabilidade dos medicamentos;

BENEFÍCIOS DOFRACIONAMENTO

RISCOS DOFRACIONAMENTO

é primordial quando há interesse do usuário no fracionamento de medica-mentos isentos de prescrição, pois o farmacêutico o orientará quanto à quanti-dade ideal para atender às suas necessi-dades terapêuticas”, diz a Anvisa em resposta à Saúde S/A.Outro ponto defendido pelo órgão federal é que o fracionamento propicia benefícios para os hospitais, incluindo o Sistema Único de Saúde, que individual-izam doses para seus pacientes, às vezes em condições que podem colocar em risco a qualidade do produto, já que nem todas as embalagens estão adequa-das para o fracionamento. Este acaba sendo mais um ponto importante a favor da política nacional de fracionamento de medicamentos.

INDÚSTRIA VAI SE ADAPTANDO COM O TEMPOPrimeira a adaptar a sua estrutura para a fabricação dos medicamentos fraciona-dos, o Prati-Donaduzzi, localizado na cidade de Toledo (PR), aposta no Uso Racional de Medicamentos. Para o presidente da empresa, Dr. Luiz Dona-duzzi, essa ação reflete a prática de responsabilidade social da empresa. “Buscamos constantemente inovar no sentido de tornar a vida das pessoas melhor, mais saudável”, afirma Dona-duzzi.Para a empresa, a medida da Anvisa, além de beneficiar a população evitando a compra desnecessária de medicamen-tos, é uma arma importante no combate à intoxicação com medicamentos, fato muito comum com crianças que acabam consumindo os medicamentos sobres-salentes que ficam guardados em casa. De acordo com uma pesquisa da Funda-ção Oswaldo Cruz, somente no ano de 2009 foram registrados 21.582 casos de intoxicação por medicamentos, que ocasionaram em 71 mortes.Apesar da dificuldade na consolidação deste novo modelo de produto no mercado, o número de registros de medicamentos fracionáveis vem aumentando. Desde 2006 até junho deste ano já foram registrados 752 medi-camentos com embalagens fracionadas.

zando o problema da falsificação, que já é muito grave”, finaliza o presidente.

DESCONHECIMENTO E RESTRIÇÕES SÃO OS DESAFIOSApesar de ser um direito do consumidor, o acesso aos medicamentos na quanti-dade exata prescrita pelo médico ainda encontra muitas restrições. Muitas farmácias ainda não oferecem os medi-camentos de forma fracionada e até mesmo as farmácias conveniadas do Programa Farmácia Popular, que atende cerca de 6,2 milhões de pessoas, ainda não oferecem os medicamentos de forma fracionada, pois não há ainda uma liberação da Anvisa sobre a distribuição destes medicamentos para as redes e drogarias que fazem parte do programa.

ANVISA DEFENDE INICIATIVADe acordo com a Anvisa, órgão que regulamenta a fabricação e distribuição de medicamentos no país, não há “dificuldades significativas e onerosas que a ponto de inviabilizar a atividade de fracionamento dos produtos”. A agência afirma que muitas indústrias já possuem a tecnologia necessária para produzir os medicamentos no modelo fracionado e acredita que a preparação de farmácias e drogarias não exige grandes mudanças estruturais nos estabelecimentos.“Mesmo assim, infelizmente tem preva-lecido o mito de complexidade dos procedimentos relacionados ao fraciona-mento e certa apologia aos riscos e complicações que essa medida poderia supostamente propiciar para o mercado de medicamentos no país”, afirma a agência.Segundo a agência, a resolução nº 80/06 é uma grande conquista para a socie-dade, já que a partir de agora o consumi-dor não precisa adquirir uma quantidade excedente de medicamentos, que termi-navam vencendo o prazo de uso e colocavam em risco a saúde da popula-ção, já que o fato da pessoa possuir medicamentos em casa acaba incenti-vando a auto-medicação, um risco muito sério à saúde, assim como gerando uma economia de recursos desses gastos com medicamentos sobressalentes.“A venda de medicamentos fracionados representa, também, um importante passo para a qualificação e para a orien-tação das ações e dos serviços farmacêuticos do país, aproximando o profissional farmacêutico do cidadão e usuário de medicamentos. Tal interação

BENEFÍCIOS DOFRACIONAMENTO

Visão ContráriaSérgio Mena Barreto, presidente da Abrafarma, acredita que a medida impactará na necessidade de mudanças nas linhas de produção dos laboratórios.

A idéia de implantar o fracionamento no

Brasil vem na contramão de todo o

esforço mundial de combate à falsificação

de medicamentos.

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66 IMAGENS: UrosK / ShutterstockWWW.SAUDESA.COM.BR

NEGÓCIO SAÚDE | Saúde S/A

A REINVENÇÃODOA REINVENÇÃODOA REINVENÇÃODOA REINVENÇÃO

SUS

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NEGÓCIO SAÚDE | Saúde S/A

O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição Federal em 1988, com a tarefa de oferecer atendi-mento médico gratuito e universal a mais de 180 milhões de pessoas, num país de dimensões geográficas continen-tais, com os mais variados contrastes econômicos, culturais e sociais. Desde o seu surgimento, o sistema vem sendo alvo de críticas severas quanto à sua ineficiência e condições precárias de atendimento à população nas unidades e hospitais que integram a sua rede, tornando-se sinônimo de descaso e incompetência. Situações críticas, com pessoas enfer-mas aguardando atendimento pelos corredores das emergências, hospitais inacabados, unidades sem profissionais de saúde suficientes, equipamentos ultrapassados, ou até mesmo equipa-mentos novos parados. Cenas corriquei-ras que se repetem por todo o país, demonstrando a quantidade e o tamanho dos desafios a serem supera-dos pelos gestores do sistema, seja na esfera federal, estadual e principalmente na municipal, que é o maior responsável pelo atendimento à população.Recentemente, os 27 Conselhos Regionais de Medicina apresentaram ao CFM relatos da difícil situação do SUS nos seus estados, que são cenários dos mais diversos problemas. Demora no atendimento, precariedade das instala-ções de diversas instituições de saúde, falta de profissionais médicos, entre outras situações críticas que prejudicam a qualidade do atendimento à saúde da população. Esses são apenas alguns dos reflexos causados, na sua maior parte, pela ineficiência, ou em alguns casos pela completa falta de gestão dos ainda insuficientes recursos que são destina-dos à saúde pública brasileira. A burocra-cia e a lentidão nos repasses de pagamentos de procedimentos realiza-dos em hospitais privados pelo SUS também demonstram claramente a ineficiência na gestão dos recursos.Em 2011, o orçamento da União destinou R$ 68,4 bilhões para gastos em ações e serviços de saúde, recursos que são destinados pelo Governo Federal para melhorias da infra-estrutura do setor, qualificação dos profissionais de saúde e a ampliação das ofertas de serviço, aumentando o acesso da população aos serviços públicos de saúde de qualidade.Mesmo com um crescimento constante nos últimos anos dos recursos do

orçamento destinados à saúde, que em 2007 eram de apenas R$ 44,3 bilhões, ainda falta para atender a grande demanda de saúde da população brasileira. Segundo o Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass), seriam necessários pelo menos R$ 100 bilhões para que houvesse uma melhora significativa no setor.

SAÚDE DOS BRASILEIROS DEMO-ROU A SE TORNAR PRIORIDADECom sérios problemas desde bem antes da criação do SUS, a falta de preocupa-ção e de informação dos governos brasileiros com a saúde da população marcou o início da saúde pública brasileira. Um conceito mais moderno de saúde surgiu no início do século XX com a chegada da República, que via a saúde como fator preponderante para o cresci-mento econômico do país. Inicialmente com o objetivo de garantir a sanidade de áreas consideradas vitais para a saúde econômica do país, como os portos e as grandes cidades, que vislumbravam um crescimento avassalador com o surgimento das grandes indústrias, sobretudo na cidade de São Paulo.Para realizar as medidas sanitárias necessárias, o governo paulista criou os primeiros institutos de pesquisas, que mais tarde se tornariam o Instituto Butantã e Adolfo Lutz. Diante desse interesse do governo de São Paulo, os serviços de saúde do Estado passaram a servir de referência para o resto do país, muito carente de ações de saúde pública. Em 1930, na era Vargas, o governo institucionalizou a saúde, criando o Ministério da Educação e da Saúde Pública que, na realidade, apenas gerou uma burocracia centralizadora do poder nas mãos do Governo Federal. Estados mais ricos que já possuíam sistemas próprios de saúde considera-ram desnecessária a intervenção federal, que acabou prejudicando o atendimento à população. Nos estados mais pobres, onde praticamente não existia sistema de saúde pública, a chegada das ações do governo federal causaram boa impressão na população.Na década de 50, o Brasil investia em torno de 1,2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em saúde, número que cresceu até o início do regime militar em 1964, fato que ocasionou o abandono de investimentos neste setor, já que diante da política de “segurança e desenvolvi-

Estudo realizado pelo CFM aponta as falhas e os de-safios de um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo

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Norte, que sofre com a sobrecarga diária de 50% acima da sua capacidade. Uma característica preocupante em muitos Estados das regiões norte e nordeste é a taxa de dependência da população do SUS, que nos estados do Acre, Roraima, Pará, Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia, Paraíba e Alagoas superam a marca de 90%.No estado do Maranhão, o panorama de hospitais fechados para reforma, falta de leitos, infraestrutura precária e o número insuficiente de profissionais de saúde são rotina em boa parte dos municípios do estado, principalmente nos localiza-dos no interior, justamente onde a falta de recursos e de gestão desses poucos recursos fica mais evidente. “É uma vergonha. Em São Luís, há pacientes oriundos de todo o interior do Maranhão à espera de atendimento”, afirmou o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado, Abdon Murad, também conselheiro federal. Nem mesmo no Distrito Federal – a Capital do Poder do país – as condições de atendimento à população pelo SUS estão próximo de se tornarem uma referência de qualidade. A falta de profis-sionais médicos e de saúde e uma

mento de programas, fato que estacionou a saúde pública brasileira até o final do regime, que só ocorreu em 1985.O SUS surgiu com a Constituição Federal de 1988, com o objetivo de oferecer um sistema de saúde público, universal e de qualidade para uma população carente de atenção à saúde. Apesar dos seus 22 anos, o SUS obteve muitas conquis-tas, mas ainda está longe de conseguir cumprir na totalidade o seu objetivo. A falta de infraestrutura, de recursos, interferên-cias políticas, graves crises de gestão e casos de corrupção fazem parte da rotina de profissionais de saúde, gestores e pacientes que procuram hospitais públicos e unidades de saúde espa- lhadas pelo país.

Relatos dos Conselhos Regionais de Medicina de todo o Brasil e visitas realizadas pela Comissão Pró-SUS, grupo que tem a participação de represen- tantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB) e da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), apontam as falhas do sistema e as dificuldades enfrentadas diariamente por milhares de profission-ais de saúde e milhões de pacientes que buscam o SUS para realização de atendi-mentos médicos de urgência e consultas com especialistas. Cenas de superlotação nos hospitais com pacien-tes aguardando atendimento nos corre-dores, a precariedade da infra-estrutura em boa parte das unidades e hospitais públicos e a sobrecarga de um trabalho já naturalmente estressante dos profis-sionais de saúde, são um dos fatores que colocam em xeque a qualidade do atendimento à saúde da população.Em muitos Estados, como no nordeste do Brasil, a ausência de estabelecimen-tos de saúde nos municípios do interior gera a superlotação dos grandes centros de saúde públicos das Capitais. É o caso do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, capital do Rio Grande do

infraestrutura extremamente deficitária são gargalos que causam transtornos diários nos grandes hospitais públicos da Capital Federal. A falta de medicamentos e insumos básicos e a falta de manuten-ção em equipamentos de raio-x e tomo-grafia são rotina que prejudicam o atendi-mento à população.De acordo com o levantamento do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal, no Hospital de Base, o maior do DF, as condições são extremas com falta de leitos, superlotação e cenas lamentáveis de acompanhantes dormindo debaixo de macas devido à falta de espaço na enfermaria da unidade.Apesar da situação do SUS demonstrar ser mais crítica nos estados do norte e do nordeste, a crise do sistema é muito parecida em todos os estados. De acordo com o 2º vice-presidente do CFM e atual presidente da Comissão Pró-SUS, Dr. Aloísio Tibiriçá, os problemas do SUS existem de norte a sul. “A situação é crítica em todas as regiões, com muitos hospitais e clínicas conveniadas deixando de atender por falta de recur-sos e na rede própria do SUS, que enfrenta a falta de financiamento, estru-

RAIO-X APONTA FALHAS

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tura, gestão, que refletem na falta de pagamento dos profissionais”, afirma.Dr. Cid Carvalhaes, presidente da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), entidade que também faz parte da Comissão Pró-SUS e visitou diversos hospitais pelo país, analisa que o sistema de saúde pública brasileiro encontra-se em crise em todos os Estados. Para o presidente a ação dos agentes de saúde do Programa Saúde da Família é distorcida e a implantação das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), tem resolvido de forma superfi-cial os gargalos da área.

CENÁRIOS DE GUERRA“Mas o mais sério é a urgência e emergência do país. É uma situação desumana que não respeita os direitos humanos”. A preocupação do atendi-mento nas urgências e emergências pelo Brasil é um dos maiores desafios da saúde brasileira. Segundo o presidente da FENAM, muitos pacientes são impro-visados nas emergências em beliches, poltronas e macas, pois as unidades não possuem leitos adequados, o que ocasiona o óbito de muitos pacientes, causando um desconforto muito grande

Falta de gestão dos recursos?O crescimento constante no valor dos repasses de verbas do SUS para os Estados não garante a melhoria na qualidade dos serviços e do atendimento à população. Para especialistas e entidades médicas, a péssima gestão dos recursos da saúde é o maior desafio para que o SUS cumpra com os seus objetivos de garantir um atendimento universal, gratuito e de qualidade.

SUDESTENORTE NORDESTE

0,6

BILH

ÃO

1,7

BILH

ÃO

0,8

BILH

ÃO

1,9

BILH

ÃO

2 BI

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ES 4,3

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2,9

BILH

ÕES

7 BI

LHÕ

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5,9

BILH

ÕES

11,7

BIL

ES

FON

TE:

IBG

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10

CENTRO-OESTE

SUL2003 2009 2003 2009 2003 2009 2003 2009 2003 2009

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RAIO-X DA SAÚDE PÚBLICA

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ALAGOASAPROXIMADAMENTE

92%da populaçãodepende do SUS

RONDÔNIAcerca de

pessoasaguardam por cirurgias no Hospital de Base de Porto Velho,

600que possui 24 leitosde UTI, quando deveria possuir 114.

ESPÍRITOSANTONos hospitais da Grande Vitóriaberços improvisados em cadeiras,infiltração, macas enferrujadas e

SUPERLOTAÇÃOsão cenas rotineiras.

PARANÁNo Hospital Universitário de Maringá, o pronto-socorro tem apenas

para uma demanda diária de31 LEITOS80 PACIENTES

DISTRITOFEDERALproblemas como a defasagem de médicos,

insumos básicos e de manutenção nos equipamentos para exames, como tomógrafos e aparelhos de Raio-X estão presentes nos maiores hospitais da Capital Federal.

FALTA DE ME-DICAMENTOS

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Citado como referência na campanha eleitoral do atual presidente norte-americano Barack Obama, o SUS, com o seu caráter universal e gratuito, se tornou um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo, responsável pela manutenção da saúde de mais de 150 milhões de brasileiros que não possuem assistência médica privada.Com a redemocratização, em 1990, a saúde voltou a ter um status mais adequado à sua importância, com maior espaço no orçamento da União e mais

planejamento das ações de Estado para o setor. Políticas públicas para a saúde passaram a fazer pauta das principais casas legislativas, seja no Congresso, seja nas Câmaras Municipais.No âmbito federal, o Brasil possui diversos programas de referência, como o Programa Saúde da Família (PSF), Sistema de Atendimento Médico de Urgências (SAMU) e as Unidades de Pronto Atendimento UPA´s, que fazem parte de uma estratégia da Política Nacional de Atenção às Urgências, criada em 2003.O objetivo dessa integração no atendi-mento é o combate à superlotação dos hospitais e grandes centros de saúde, principalmente nas capitais, estratégia que segundo o ministério vem dando certo, já que de acordo pesquisa do

IBGE, cerca de 56,8% das pessoas procuram o primeiro atendimento numa unidade de saúde. Esses dados que constam no Relatório do Ministério da Saúde – 2003-2010, não condizem com as cenas apresentadas nos relatórios dos CRMs que apresentam cenas de pacientes empilhados nas emergências.

PROCEDIMENTOS, CONSULTAS E EXAMES PELO SUS CRESCEMO crescimento do número de procedi-mentos, exames e consultas realizadas

no âmbito do SUS não pode ser negado. Mesmo que a situação esteja longe do ideal pelos estabelecimentos de saúde da rede pública, houveram grandes avanços no sentido de ampliar o atendi-mento à população. De 2003 para 2009 houve um crescimento de 68,4% no número de cirurgias realizadas, 17,11% no número de consultas e 31,5% no número de procedimentos de quimiote-rapia e radioterapia.O investimento do ministério em procedimentos de alta complexidade quase dobrou nos últimos sete anos, passando de R$ 4,2 bilhões para R$ 8,3 bilhões em 2009. Se encaixam como de alta complexidade os procedimentos como cirurgia cardiovascular, radiotera-pia, quimioterapia, implantação de marcapassos e hemodiálise.

para os médicos. “Queremos informar a população dos seus reais direitos, por isso realizaremos a paralisação no dia 29 de outubro. É um movimento a favor da população, queremos discutir de maneira técnica para que possamos debater a crise da saúde e apresentar as demandas que ocorrem no dia a dia”, afirma Carvalhaes.Aloísio Tibiriçá, que também visitou diversos hospitais pelo Brasil, apresenta um cenário de guerra, visualizado nas imagens cedidas pelos CRMs dos estados. “Muitas emergências pelo Brasil enfrentam uma situação de guerra. Recentemente estive em Alagoas, onde pude comprovar superlo-tação, com falta de profissionais sufici-entes, sem ter para onde enviar os pacientes que continuam a chegar pela emergência, já que não tiveram a oportunidade de ter um pré-atendimento adequado”, finaliza.

FALTA DE GESTÃOSegundo Tibiriçá, a falta de qualificação na gestão do SUS é apontada como o principal gargalo que emperra o desen-volvimento do sistema no país. “Quere-mos um projeto real com cronograma de qualificação da gestão pública em saúde, pois o Brasil trabalha nessa questão de forma improvisada e com resquícios de indicações políticas numa área que precisa ser eminentemente técnica com gestores formados”, defende o presidente da Comissão.De acordo com o médico, a necessidade de um “pacto pela saúde” é real e urgente. “Queremos um projeto nacio-nal de saúde. Existem programas, mas queremos um projeto nacional, situando todos os ramos da assistência e preven-ção dentro de um planejamento adequado. Que contemplem a assistên-cia no interior do país, nas capitais, que regule as emergências, onde você tenha onde mandar o paciente, que a saúde seja encarada de forma científica”.

O LADO DO GOVERNOÉ inegável o avanço que o Sistema Único de Saúde (SUS) obteve nos últimos anos. Com uma economia em cresci-mento constante nos últimos dez anos, o Brasil deu passos importantes para a melhoria do sistema público de saúde, mas a sua consolidação ainda depende de soluções de gestão e questões regionais que empacam um desenvolvi-mento pleno e contínuo do sistema.

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SAMU Sistema de Emergências é considerado uma referência de boa gestão no SUS.

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22 IMAGENS: Divulgação / Min. Saúde / ShutterstockWWW.SAUDESA.COM.BR

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ção de áreas físicas, equipamentos, capacitação de recursos humanos e incentivos de custeio para o atendi-mento aos usuários, desde a situação de casos agudos que chegam às unidades básicas, ampliação da cobertura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e construção e reformas de Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs), até investimentos em cerca de 230 hospitais de urgência e emergência e em leitos de retaguarda

para as urgências”, afirma o coordenador.Apesar das críticas de entidades médi-cas e da população quanto à ineficiência do SUS, o Sistema de Atendimento Médico de Urgências (SAMU), é citado pelo presidente da FENAM, Cid Carva- haes como uma referência de sucesso da saúde pública. “Hoje, os óbitos de rua reduziram drasticamente, o que de- monstra a eficácia do SAMU em estabili-zar as vítimas. Esse modelo de gestão e eficiência deve ser seguido pelos hospi-tais públicos tanto para o primeiro atendimento como para a sequência de tratamentos posteriores”, finaliza.Para o presidente da Comissão Pró-SUS, Dr. Aloísio Tibiriçá, a ampliação do SAMU pelo país é positiva, mas não resolve o maior gargalo da saúde pública, que de acordo com Tibiriçá é a falta de um plane-jamento de gestão do SUS. “O Brasil

Apesar da redução da desigualdade na distribuição dos recursos de saúde para as regiões do Brasil (veja gráfico), as dificuldades regionais permanecem sendo o principal desafio para a univer-salização de um atendimento de saúde pública com qualidade. A falta de capaci-tação dos gestores do sistema público, tanto nos estados como nos municípios, é apontado como a maior falha do sistema, já que os recursos disponíveis ainda estão longe do ideal para suprir

todas as necessidades de recursos materiais, humanos e gerenciais do SUS.Com o desenvolvimento econômico, o repasse de recursos da saúde pública para Estados cresceu, reduzindo a desigualdade de repasses entre as regiões do país, o que em tese de- monstra ser um avanço da saúde brasileira. Na prática, ainda é pouco sentida pela população que depende de atendimento nas emergências de hospi-tais e unidades de saúde da rede pública.

SAMU É CITADO COMO REFERÊNCIA Para o Coordenador Nacional de Urgên-cia do Ministério da Saúde, Dr. Paulo de Tarso, o fortalecimento da Rede de Urgências e Emergências é uma priori-dade para o Governo Federal. “Em parce-ria com estados e município, o Ministé-rio da Saúde deverá investir em adequa-

precisa de um “choque de gestão” no seu sistema de saúde, apenas bons programas não resolverão o problema, pois são ações isoladas e a saúde precisa ser pensada como um sistema único”.

INVESTIMENTO FORTALECE ECONOMIADesde o ano de 2003 até o ano de 2009, o Ministério da Saúde investiu R$ 6 bilhões em pesquisa, infraestrutura e tecnologia na área de saúde, forta- lecendo a produção nacional de medica-mentos, equipamentos e insumos para a área. De acordo com o relatório do Ministério da Saúde, o ministério econo-miza R$ 170 milhões por ano somente com a produção nacional de medica-mentos que antes precisavam ser importados.A produção nacional na área de saúde, além de gerar economia para os gover-nos, amplia o acesso da população a exames, medicamentos e produtos de saúde, garantindo mais qualidade no atendimento e uma maior variedade de produtos e procedimentos oferecidos aos brasileiros.Num mercado que movimenta R$ 160 bilhões por ano e emprega cerca de 9 milhões de pessoas, o desenvolvimento de tecnologias nacionais que gerem produtos com um menor custo, aliada à uma melhor capacitação dos gestores do SUS podem ter como conseqüência a melhoria no atendimento à população.

PARALISAÇÃOAs três entidades médicas integrantes da Comissão Pró-SUS marcaram para o dia 25 de outubro, o dia de Paralisação Nacional em favor do SUS. Composta pelo CFM, FENAM e AMB, a comissão acredita que com o protesto chamará a atenção da sociedade e dos governos para os problemas enfrentados por médicos, gestores, profissionais de saúde e pacientes que vivem no dia a dia as dificuldades do SUS.Para o presidente da Comissão Pró-SUS os discursos dos governos não se concretizam em ações reais que apontem uma real percepção de mudança. “A paralisação nacional propõem a valorização da saúde pública no Brasil, incluindo a valorização do médico, que hoje você tem carência de assistência por falta de médicos, por conta de baixos honorários e falta de condições de trabalho”, afirma Tibiriçá.

PROTESTO Manifestações pela melhora da saúde pública repetem-se por todo o país.

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procedimentos específicos inclusos agora pela agência. Ao todo, são cerca de 60 novos procedi-mentos, sendo 41 novas cirurgias por vídeo, 13 novos exames, ampliação do número de consultas com nutricionistas, novos tratamentos para artrite reumatóide, artrite psoriática, Doença de Chron e espondilite anquilosante. Novas tecnologias também estão incluídas nos

novos procedimentos obrigatórios como a oxigenoterapia hiper-

bárica, utilizada no tratamento do pé diabético e a Pet-Scan, procedimento para tratamento de pacien-tes portadores de

A Resolução Normativa nº 262 da Agên-cia Nacional de Saúde Suplementar (ANS), publicada no início de agosto, que atualiza o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde obrigatórios aos planos de saúde, gerou comemoração

por parte de muitos beneficiários que esperavam há muito

tempo a cober-tura de

câncer colo retal com metástase parcial-mente ressecável.Para Martha Oliveira, Gerente-Geral de Regulação Assistencial da ANS, a evolução constante das práticas de assistência à saúde deve ser acompan-hada pela cobertura dos planos de saúde, sempre procurando proporcionar aos beneficiários uma assistência de qualidade baseada nas melhores evidên-cias científicas. “As últimas revisões têm focado também a realização de procedimentos de prevenção de doen-ças e promoção à saúde, diminuindo a morbidade da população atendida, em benefício tanto dos consumidores quanto das operadoras de planos de saúde”, afirma Martha.

A resolução da ANS provocou reações contrárias de operadoras e entidades representativas.

NOVO ROLDE PROCEDIMENTOS:QUANDO O DIREITOAMEAÇA A SUSTENTABILIDADE

Pet-ScanUm dos novos exames disponíveis aos

beneficiários de planos de saúde

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cálculos atuariais específicos de custos sobre custos de serviços e eventos de saúde não são levados pelo órgão regula-dor da saúde suplementar.A ANS defende o novo rol, já que ele foi idealizado através da Consulta Pública nº 40, que tratou sobre o novo Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde e ficou aberta à participação da sociedade durante 36 dias, e contou com a partici-pação de consumidores, representantes de operadoras, gestores, prestadores de serviços e para a sociedade em geral. A consulta encerrou-se em 21 de maio deste ano. Antes de ser publicado, o novo rol de procedimentos foi revisado por um grupo técnico que contou com representantes da Câmara Suplementar, incluindo os órgãos de defesa do consumidor, representantes de operado-ras e de conselhos profissionais.Em entrevista, o Diretor de Integração Cooperativista da Unimed do Brasil, Dr. Valdmário Rodrigues Junior, analisa os dois lados atingidos pela medida da ANS. Do ponto de vista do cliente é bom, pois ele tem acesso a uma gama maior de procedimentos cobertos. Por outro lado, a medicina tem um custo e se não haver contrapartidas para o lado das operado-ras a situação tornar-se-á insustentável. Portanto, não somos contra a incorpora-ção de novos procedimentos, só que defendemos a compensação do acréscimo de custos que eles geram”, afirma Rodrigues.A falta de previsibilidade de custos é a maior preocupação para as operadoras como a Unimed, que é responsável pela saúde cerca de 17 milhões de

beneficiários e realiza uma média anual de 57 milhões de consultas, 2 milhões de internações e 115 milhões de exames complementares. Ainda não podemos precisar este impacto, mas seguramente será acima de 2% nos custos das opera-doras. Só a partir de janeiro de 2012, quando o novo Rol passará a vigorar é que teremos como medir qual é o impacto real”, analisa o diretor da opera-dora.“As inclusões de procedimentos têm sido acompanhadas das chamadas Diretrizes de Utilização. São critérios que definem quando a cobertura a um procedimento é obrigatória, visando a um uso mais eficiente das tecnologias, evitando desperdícios. As operadoras podem e devem observar estes critérios. Além disso, a realização de programas de prevenção de doenças e promoção à saúde é estimulada pela ANS, como uma forma de se obter um conjunto de beneficiários mais saudáveis, evitando gastos com internações e procedimen-tos curativos”, finaliza a Gerente-Geral de Regulação Assistencial da Agência Nacional de Saúde Suplementar.A Agência que regula a saúde suplemen-tar afirma que o impacto das inclusões será calculado a posteriori. Na última revisão do rol, calculou-se um aumento de 1% nas mensalidades em função das novas coberturas, que foi incorporado no reajuste anual dos planos individuais e familiares.

A reação de muitos beneficiários que brigam na justiça há anos pela cobertura de muitos destes procedimentos foi de alívio e esperança. Atualmente, nos tribunais brasileiros existem cerca de 240 mil processos judiciais na área da saúde, na maioria beneficiários de planos de saúde que vão em busca de apoio judiciário para terem acesso a exames e tratamentos não cobertos pelas opera-doras.Embora a atualização publicada pela ANS possa ser motivo de comemoração para muitos beneficiários que aguardavam decisões judiciais para realizarem exames e tratamentos específicos, a medida da agência pode acabar impac-tando drasticamente na sustentabilidade financeiras de muitas operadoras, princi-palmente as de pequeno e médio porte. Em nota à imprensa, a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), que possui 245 operadoras associadas representando cerca de 20 milhões de beneficiários da saúde suple-mentar brasileira, condenou a atualiza-ção realizada pela ANS. “Os planos de saúde de todo o país deverão cobrir esses novos procedimentos a partir de janeiro de 2012 e, mais uma vez, essa inclusão será feita sem qualquer pagamento ou retribuição financeira para os planos de saúde. Os custos sobre esses novos procedimentos serão calcu-lados pela ANS somente em 2013”, diz a nota da entidade.Como conseqüência, esta medida, considerada “absurda” pela Abramge, poderá levar a falência de muitas opera-doras, principalmente as pequenas e médias que já enfrentam diversas dificul-dades tributárias e financeiras para se manterem no mercado. “O novo rol acarretará mais dificuldade para a sustentabilidade dessas operadoras, importantes na capilaridade do sistema em todo País”, argumenta a Abramge.Outro ponto que preocupa a entidade é a falta de recursos e profissionais capa- citados para a realização destes procedi-mentos fora dos grandes centros urbanos, o que poderia acarretar numa “superlotação” da infraestrutura de hospitais e estabelecimentos de saúde que atendem aos beneficiários dos planos de saúde.Para fechar a nota, a Abramge afirma que as empresas de saúde suplementar possuem uma receita financeira prevista, mas seus custos são totalmente imprevisíveis, já que seus

VideolaparoscopiaProcedimentos complexos entraram para a

lista de cobertura dos planos de saúde

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APARELHO MELHORA CONDICIONA-MENTO RESPITRATÓRIOProduzido pela NCS Indústria e Comér-cio, o Respiron é um aparelho portátil projetado para o exercício respiratório que tem como principal objetivo a melhora do condicionamento físico-respiratório. Produto simples e de baixo custo, com um componente lúdico que estimula seu uso frequente e diário, o aparelho ajuda as pessoas que precisam melhorar sua capacidade respiratória e portadores de condições respiratórias mais graves, como DPOC e ASTHMA O aparelho foi desenvolvido com base nas técnicas de resistência de fluxo de ar objetivando principalmente a expansão ou a reexpansão pulmonar e o fortaleci-mento da musculatura inspiratória. É encontrado nas farmácias sem necessi-dade de prescrição.

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NOVO MEDICAMENTO APRESENTA MELHORA E PRESERVAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL EM PACIENTES CRÔNICOSAs empresas Reata Pharmaceuticals e a Abbott anunciam o início de um estudo clínico de Fase 3 para avaliar a segurança e eficácia de metil bardoxolona em pacientes com doença renal crônica e diabetes tipo 2. Esse é o primeiro estudo multinacional estruturado para avaliar o impacto de metil bardoxolona nos pacien-tes em importantes desfechos clínicos. Aproximadamente, 1.600 pacientes de 300 centros em todo o mundo, incluindo Alemanha, Austrália, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Israel, México e Suécia, fazem parte do estudo e foram escolhi-dos aleatoriamente à proporção de 1:1, para receber, uma vez ao dia, 20 mg de uma versão reformulada de metil bardoxolona ou placebo. Os resultados são esperados para 2013.

PRIMEIRO TRATAMENTO PARA DISFUNÇÃO ERÉTIL EM COMPRIMIDOS QUE DISSOLVEM NA BOCA A Bayer HealthCare Pharmaceuticals traz para o Brasil uma nova formulação do medicamento para tratar disfunção erétil (DE): Levitra® ODT 10 mg (vardenafila HCI), um comprimido que dissolve na boca em segundos, sem a necessidade de líquido, com sabor de menta e que pode ser consumido sob demanda, momentos antes da relação sexual. Trata-se do primeiro medicamento para DE com esse tipo de apresentação disponível para os homens brasileiros. “É um tratamento de primeira linha para a disfunção erétil, em uma formulação que permite o uso do medicamento mais cômodo e discreto”, afirma o Dr. Archimedes Nardozza Junior, urologista e presidente da Sociedade Brasileira de Urologia – Seção São Paulo (SBU-SP).

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ROCHE DIAGNÓSTICA LANÇA EQUIPAMENTO PARA LABORATÓRIOS DE GRANDE PORTEA Roche Diagnóstica apresentou um novo equipamento, um analisador modular para área de soro em laboratórios com alto volume, durante o 45º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica (SBPC), que aconteceu em Florianópolis/SC no mês de agosto. O Cobas 8000 é o principal lançamento da área Roche Professional Diagnostics em 2011 e pode cobrir um intervalo de rendimentos de 3 a 15 milhões de testes em sorologia ao ano. Uma configuração do equipamento consiste em até quatro módulos analíticos e está construída com uma unidade central. As combinações destes módulos oferecem mais de 19 configurações com muitas opções para soluções personal-izadas que atendam as necessidades individuais de cada laboratório. A possibilidade de expansão no local de instalação e o potencial de consolidação flexível do equipamento permitem uma gestão eficiente de mudanças, o que gera economia de recursos.

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ANVISA LANÇA GUIA DE ASSOCIAÇÕES PARA MEDICAMENTOS SINTÉTICOSCom o objetivo de orientar e incentivar as empresas sobre os registros de novas associações em dose fixa de medicamentos sintéticos e semi-sintéticos para uso oral, a Anvisa lançou o “Guia para Registros de Novas Associações em Dose Fixa”. O projeto faz parte de uma parceria com o Instituto de Ciências Farmacêuticas (ICF) e contém fórmulas desenvolvidas para facilitar a vida de farmacêuticos e médicos.De acordo com a Anvisa, algumas patologias necessitam ser tratadas com vários medicamentos e a idéia, com o projeto da Anvisa, é reduzir a apenas um. Segundo a entidade, isso poderá proporcionar poder de escolha aos especialistas da saúde e um melhor trato aos pacientes.

STENT CARDIOVASCULAR MULTI-LINK 8 DE ULTIMA GERAÇÃO DISPONÍVEL NO BRASILA Abbott recebeu aprovação da Anvisa para a família de Stents Cardiovasculares Multi-Link 8, para o tratamento de doença arterial coronariana. O Multi-Link 8 é a oitava geração de stent metálico desenvolvida com base na plataforma Multi-Link, analisada em mais de 11 estudos clínicos, e implantada em mais de 8 milhões de pacientes em todo mundo desde 1995.O Stent cardiovascular Multi-Link 8 possui design avançado e é produzido em cromo-cobalto (liga biocompatível). Suas junções não lineares facilitam o acesso em diferen-tes tipos e espessuras de vasos, apresentando também melhor impulsão até atingir a lesão. É indicado para o tratamento de infarto agudo do miocárdio (exceto as medi-das "SV" - small vessels).

ANTICOAGULANTE ORAL DA BAYER É APROVADO PELO FDAO Food and Drug Administration (FDA) acaba de aprovar a rivaroxabana (Xarelto, da Bayer HealthCare Pharmaceuti-cals), para a prevenção da trombose venosa profunda (TVP). Trata-se do primeiro tratamento oral de dose única para prevenção da TVP em pacientes submetidos à cirurgia de artroplastia de quadril ou joelho. O medica-mento é o único anticoagulante oral com aprovação norte-americana para a profilaxia da TVP em pacientes submetidos a esse tipo de cirurgia, à qual são submeti-dos cerca de 800 mil norte-americanos por ano, de acordo com a American Academy of Orthopedic Surgeons.O Xarelto já foi lançado no Brasil, aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a mesma indicação. O tratamento profilático oral à base de rivaroxabana já é disponível em mais de 100 países.

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oitava geração de stent metálico desenvolvida com base na plataforma Multi-Link,

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CFM CONTRA A PROPAGANDA ENGANOSAUma nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) proíbe os médicos de anunciar técnicas “milagrosas” ou aparelhos com capacidade privilegiada. Os profissionais também não poderão participar de concursos ou premiações para eleger o “Médico do Ano” ou o “Profissional de Destaque”.Os anúncios não poderão ter imagens dos pacientes para falar dos resultados de um tratamento, os conhecidos “antes” e “depois”, mesmo com autorização do paciente. Está vedado o uso do nome, imagem e voz de pessoas famosas em propagandas de serviços médicos.Outra proibição é conceder entrevistas para autopromoção e divulgar o consultório nas redes sociais. De acordo com o CFM, o profissional poderá usar as redes sociais, como blog, para divulgar informações de caráter educacional ou preventivo, como descrever os sintomas de uma determinada doença.Os médicos estão impedidos de fazer consultas pela internet ou por telefone, mesmo que para atender parentes.

IMAGENS: Divulgação / Shutterstock

GRUPO M.CASSAB FECHA ACORDO COM BARRERA PHARMAO Grupo M. Cassab, empresa nacional com 15 unidades de negócios, especial-izado na importação, distribuição, trading e produção de insumos para diversos segmentos – anuncia que a Barrera Pharma, empresa de importação e exportação, com atuação nacional e internacional, agora faz parte de suas operações.Ao adquirir uma empresa focada no desenvolvimento de projetos com produtos inovadores e assistência técnica e regulatória intensa, a área farmacêutica do Grupo M. Cassab caminha para uma integração de diversos serviços relacionados à cadeia de suprimentos da indústria farmacêu-tica. A empresa passa a atuar fortemente desde a formulação de um novo produto, até o fornecimento dos serviços logísti-cos para atender à demanda imediata de cada uma das matérias-primas relaciona-das ao projeto.

COLEÇÃO ACHÉ DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDEO laboratório Aché lançou em agosto a 6ª edição do projeto Coleção Aché de Educação para a Saúde, este ano com o tema “Mídias Sociais: Tenha uma vida digital saudável!”. O evento aconteceu na sede da empresa, em Guarulhos (SP), com palestra do professor Gil Giardelli e distribuição de cartilhas informativas obtidas a partir da venda de materiais recicláveis separados no laboratório durante o ano. A Coleção Aché de Educação para a Saúde já abordou os temas “Educação: ensinando seu filho a voar”, do psiquiatra Içami Tiba; “Sexualidade: amor, prazer e informação”, do ginecologista Eliano Pellini; “Equilíbrio – sete vidas bem vividas”, do economista Tom Coelho; “Drogas: sua liberdade por um fio”, do professor Ricardo Galhardo Blanco; e “Alimentação: Sirva-se do que é melhor para você!”, da nutricionista Tânia Rodrigues. As cartilhas estão disponíveis no site do Aché, pelo link: www.ache.com.br/Corp/publicacoes.aspx.

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COLEÇÃO ACHÉ DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE

mercado

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SAÚDE PÚBLICA E SEGURANÇA EM BAIXAPesquisa de opinião do Instituto Sensus mostrou que a saúde e a segurança pública são os setores do governo da presidente Dilma Rousseff mais mal avaliados pela população. Já o ensino público recebeu a maior nota da pesquisa.Em uma escala de 0 a 10, a nota média para a rede pública de saúde e para a segurança pública foi a mesma: 4,5. A escola pública e o transporte receberam as notas mais altas, respectivamente 5,9 e 5,4. As estradas brasileiras receberam nota 4,8.

CRISTÁLIA PASSA A REPRESENTAR NAGOR NO BRASILO laboratório Cristália fecha uma parceria estratégica com a Nagor, líder e primeira fabricante de implante mamários da Europa. A partir deste mês, o Cristália passa a representar com exclusividade os implantes mamários da Nagor no Brasil. As duas empresas firmaram um contrato inicial de cinco anos. A Nagor, uma das mais antigas fabricantes mundiais de implantes de silicone de alta qualidade é comprometida com a inovação, por este motivo foi a empresa britânica que melhor atendeu os quesi-tos para essa exclusiva parceria. Qualquer prótese Nagor será vendida no Brasil por R$ 2 mil. O laboratório também inova ao criar um sistema de financiamento próprio para torná-la acessível também à classe C. As pacientes poderão parce-lar o pagamento em até 20 vezes, sem juros.

MODELO MATEMÁTICO PODE REVOLUCIONAR GESTÃO NA SAÚDEEquipes de saúde pública e privada agora têm como realizar busca ativa de casos iminentes que, se tratados a tempo, podem evitar ou minimizar o impacto dos desfechos de doenças crônicas, reduzindo custos, óbitos e morbi-dade.Um estudo inédito, desenvolvido pelo Instituto Ébera, conseguiu desenvolver um sofisticado algoritmo capaz de prever com grande precisão o que ocorrerá com a saúde de uma população ou grupo de pessoas em determinado tempo.Segundo Dr. Edison Tizzot, coordenador do curso de Medicina da Universidade Federal do Paraná e coordenador médico do projeto, “o algoritmo resultante desse estudo terá muitas aplicações práticas, como permitir que se possa atuar com mais facilidade antes que agravos de saúde ocorram com determina-dos grupos de pessoas. É o início de um modelo que nos permite agir mais proativamente”, adiantou.O projeto exigiu 4 anos de pesquisa, envolvendo o estudo do comportamento epidemiológico de 7 milhões de pessoas e mais de 10.000 horas de processa-mento e análise de dados.

PHILIPS LANÇA PROGRAMA PARA DESCARTE DE EQUIPAMENTOS MÉDICOSA Philips lançou no Brasil o projeto Ação Verde, um programa de reciclagem que prevê, como maior objetivo, recolher todos os equipamentos que a empresa coloca no mercado, após entrarem em obsolescência. Em sua primeira fase, o projeto encaminhará para reciclagem produtos da linha de Monitoramento de Paciente & Cuidados Terapêuticos (PM&TC) como moni-tores, oxímetros e desfibriladores, das marcas Philips e Dixtal. Além disso, serão oferecidas condições comerciais especiais para quem entregar os equipamentos antigos na atualização de sua base tecnológica.Para participar do programa é necessário que os equipamentos encaminhados para o descarte sejam obsoletos ou estejam fora de linha, mas contendo todas as peças, mesmo que sem funcionamento.

DROGASIL E DROGA RAIA ANUN-CIAM ASSOCIAÇÃOA Drogasil e a Droga Raia comunicam que firmaram um acordo de associa-ção que contempla a reunião da totalidade dos acionistas das duas empresas em uma única companhia, Raia Drogasil S.A., que será listada no Novo Mercado da BM&FBovespa e terá free float de aproximadamente 50% do seu capital.Com R$ 4,1 bilhões de receita bruta, R$ 224 milhões de Ebtida nos 12 meses encerrados em 31 de março de 2011 e uma rede com mais de 700 drogarias em nove estados, que representam 78% do mercado farmacêutico brasileiro, a Raia Droga-sil S.A. surge como sétimo maior grupo varejista do País e líder absoluta do varejo farmacêutico brasileiro, com uma participação combinada de mercado de 8,3%. A nova empresa operará as duas marcas: Droga Raia e Drogasil.

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CRISTÁLIA PASSA A REPRESENTAR NAGOR NO BRASILO laboratório Cristália fecha uma parceria estratégica com a Nagor, líder e primeira fabricante de implante mamários da Europa. A partir deste mês, o Cristália passa a representar com exclusividade

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SETEMBROSOGESP – CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIAData: de 1° a 03 de setembro de 2011Local: Transamerica Expo Center – São Paulo – SPInformações e inscrições: www.sogesp.org.br

SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ANESTESIA DO HIAEData: de 02 a 04 de setembro de 2011Local: Auditório Moise Safra do Hospital Israelita Albert Einstein – São Paulo – SPInformações e inscrições: www.einstein.br

CINOSP – CONGRESSO INTERNACIONAL DE ODONTOLOGIA DA ABO SÃO PAULOData: de 04 a 07 de setembro de 2011 Local: Palácio das Convenções do Anhembi – São Paulo – SP Informações: www.abosp.org.br

XVI CONGRESSO BRASILEIRO DE ACUPUNTURA – A ARTE DE CURARLocal: Hotel Bahia Othon Palace – Av. Oceânica, 2294 Ondina – Salvador – BAData: de 07 a 10 de setembro/ 2011Informações: www.cmba.org.br/downloads/folder-congresso-2011.pdfSecretaria do evento: (81) 3269-8104 / (81) 8855-2107 ou e-mail: [email protected]

SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE DO IRSData: de 15 a 17 de setembro de 2011Local: Auditório Moise Safra do Hospital Israelita Albert EinsteinInformações e inscrições: www.einstein.br

CONGRESSO NACIONAL DE HOSPITAIS PRIVADOSData: de 20 a 30 de setembro de 2011Local: Hotel Unique – Av. Brigadeiro Luís Antônio, 4700 – 01402-002 – São PauloInformações e inscrições: www.anahp.com.br/

IV SIMPÓSIO DE FISIOTERAPIA DO HOSPITAL SAMARITANO – SPData: 23/09/2011Horário: 07h30 às 18hLocal: Auditório do Hospital Samaritano – Rua Conselheiro Brotero, 1486

JOINT MEETING HOSPITAL FOR SPECIAL SURGERYData: de 22 a 24 de setembro de 2011

Local: Auditório Moise Safra do Hospital Israelita Albert EinsteinInformações e inscrições: www.einstein.br

SIMPÓSIO DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DO HIAEData: 23 e 24 de setembro de 2011Local: Auditório Kleinberger do Hospital Israelita Albert EinsteinInformações e inscrições: www.einstein.br

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Data: de 1° a 03 de setembro de 2011Local: Transamerica Expo Center – São Paulo – SPInformações e inscrições: www.sogesp.org.br

SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ANESTESIA DO HIAEData: de 02 a 04 de setembro de 2011Local: Auditório Moise Safra do Hospital Israelita Albert Einstein – São Paulo – SPInformações e inscrições: www.einstein.br

EVENTOS

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Prepare-se desde já para visitar o evento e acompanhe todas as novidades pela Internet: www.hospitalar.com

Empreendimento Gestão e Realização Patrocínio Institucional

FEDERAÇÃO NACIONAL DOS ESTABELECIMENTOS DE

SERVIÇOS DE SAÚDE

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CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA MÉDICO-ODONTOLÓGICA

Expo Center Norte São Paulo

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Negócios, Relacionamento e Atualização em Saúde

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34 IMAGENS: ShutterstockWWW.SAUDESA.COM.BR

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OUTUBRO

EXPO ENFERMAGEM 2011 – FEIRA INTERNACIONAL DE PRODUTOS E SERVIÇOS PARA ENFERMAGEMData: de 04 a 07 de outubro de 2011Local: Palácio de Convenções do AnhembiInformações e inscrições: www.expoenfermagem.com

CONGRESSO BRASILEIRO DE ANGIOLOGIA E CIRURGIA VASCULARData: de 11 a 15 de outubro de 2011Local: Palácio das Convenções do AnhembiInformações e inscrições: www.sbacv.com.br

CIO – CONGRESSO INTERNACIONAL DE ODONTOLOGIAData: de 17 a 21 de outubro de 2011Local: Uniban – Campus Vila GuilhermeInformações e inscrições: www.7congressointernacionaldeodontologia.blogspot.com/

CONGRESSO INTERNACIONAL DO HOSPITAL SÃO CAMILOData: de 20 a 22 de outubro de 2011Local: Centro Fecomecio de Eventos – São Paulo – SPInformações e inscrições:

63º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENFERMAGEMData: de 03 a 06 de outubro de 2011Local: Centro de Convenções de Maceió - ALInformações e inscrições: www.abeneventos.com.br/63cben

11º CONGRESSO BRASILEIRO DE CLÍNICA MÉDICAData: 26 a 29 de outubroLocal: Expo Unimed Curitiba (Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 - Campo Comprido - Curitiba - PR)Informações e Inscrições: www.congressosbcm2011.com.br

NOVEMBROHEMO 2011 – CONGRESSO BRASILEIRO DE HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIAData: de 10 a 13 de novembro de 2011Local: Sheraton São Paulo WTC HotelInformações e inscrições: www.hemocentro.fmrp.usp.br/cbh

CBOT 2011 – CONGRESSO BRASILEIRO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIAData: de 13 a 15 de novembro de 2011Local: Transamerica Expo CenterInformações e inscrições: www.cbot2011.com.br/

SIMPÓSIO INTERNACIONAL EINSTEIN DE CIRURGIA CARDÍACA MINIMAMENTE INVASIVAData: de 17 a 19 de novembro de 2011Local: Auditório Moise Safra do Hospital Israelita Albert EinsteinInformações e inscrições: www.einstein.br

SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE VENTILAÇÃO MECÂNICAData: dias 26 e 27 de novembro de 2011

Local: Auditório Moise Safra do Hospital Albert EinsteinInformações e inscrições: www.einstein.br

CIO – CONGRESSO INTERNACIONAL DE ODONTOLOGIA

SIMPÓSIO INTERNACIONAL EINSTEIN DE CIRURGIA CARDÍACA MINIMAMENTE INVASIVAData: de 17 a 19 de novembro de 2011Local: Auditório Moise Safra do Hospital Israelita Albert EinsteinInformações e inscrições: www.einstein.br

Local: Auditório Moise Safra do Hospital Albert EinsteinInformações e inscrições: www.einstein.br

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36 IMAGENS: Assessoria de Imprensa FEHOSPARWWW.SAUDESA.COM.BR

Debates promoveram a troca de idéias e experiências entre gestores hospitalares do Paraná

PARANAENSEENCONTRO

DE SAÚDE 2011

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conhecimento, questão que pode ser minimizada ou até mesmo resolvida através da troca de experiências e informações.Com o intuito de debater o setor da saúde nos aspectos econômico, humano e jurídico, o encontro trouxe diversos especialistas para avaliar as diversas questões que abrangem esses aspectos no setor, dentre eles o “Assédio Moral nas Relações de Trabalho, voltado para as instituições de saúde, “Estudo sobre a Qualidade dos Profissionais de Enfer-magem de Nível Médio”, “Desafios do Setor de Saúde para os Próximos Anos”, todos debatidos no primeiro dia que teve como foco os desafios econômicos e na saúde.Para abordar o tema relacionado à qualifi-cação do corpo de enfermagem dos hospitais, Margareth Bertoli Grassani, Gerente de RH do Hospital Pequeno Príncipe em Curitiba e Patrícia Forte Rauli, Diretora Geral das Faculdades Pequeno Príncipe, apresentaram um estudo abordando os desafios para os gestores de RH na busca pela qualifica-ção dos profissionais de ensino médio.O evento marcou o lançamento do ICH (Índice de Custos Hospitalares) – ISAE/FGV, um indicador que avalia a inflação de preços do setor hospitalar, que tem o objetivo de promover aos estabelecimentos de saúde e à socie-dade, estimativas mais seguras sobre os valores dos custos operacionais de hospitais e santas casas.No segundo dia, o tema das palestras foi o “Direito Aplicado em Saúde”, que abordou diversas questões jurídicas de

relevância para o setor, como as ações que a Confederação Nacional de Saúde impetra contra projetos e de lei e legisla-ções que interferem negativamente no mercado da saúde. Participaram do painel o Coordenador Jurídico da Confed-eração Nacional de Saúde, Dr. Alexandre Venzon Zanetti e Dra. Eriete Ramos Teixeira, assessora jurídica do Sindihosp e Fehosp.O presidente do Sindipar, Dr. Luis Rodrigo Milani, declarou na abertura do evento que aquele era um momento muito importante para o setor hospitalar e de saúde do Estado, já que era chegada a hora da união de todos os players do setor de saúde. “Precisamos caminhar todos juntos, demonstrar a nossa união e encarar os desafios do nosso setor. Esperamos que todos possam tirar o máximo proveito deste evento, que estimula a troca de experiências enfrentadas no dia a dia dos hospitais paranaenses”. O presidente destacou que é preciso que os estab-elecimentos estejam cada vez mais preparados para enfrentar as mudanças drásticas e rápidas que acontecem no mercado da saúde.Prestigiando o evento, o presidente da Federação Brasileira de Hospitais, Dr. Luiz Aramicy B. Pinto, destacou uma inquietação do setor com a mudança de governo. “A mudança de postura na condução da saúde causa um pouco de inquietação no setor, por isso as entidades nacionais precisam intensifi-car a troca de experiências, para se fortalecerem”, defendeu o presidente da FBH.O diretor executivo da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Santa Catarina (Fehoesc), Dr. Braz Vieira, também defendeu a importância destes encontros para a troca de informações e experiências. “Encontros como este são fundamentais para o aprimoramento do conhecimento sobre procedimentos, oportunizando a integração entre os estabelecimentos para que todos possam conhecer as diferentes realidades”, concluiu Vieira.O evento, que reuniu mais de 300 partici-pantes para os dois dias de palestras, superou as expectativas iniciais da organização que já decidiu pela realiza-ção de um 2º Encontro Estadual de Saúde em 2012, estimulando a troca de experiências entre o setor hospitalar paranaense.

Organizado pela Federação dos Hospi-tais e Estabelecimentos de Saúde do Paraná (Fehospar) e Sindicato dos Hospi-tais do Paraná (Sindipar), e realizado na sede do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), o Encontro Estadual de Saúde 2011, reuniu nos dias 18 e 19 de agosto em Curitiba, centenas de pessoas, entre diretores, gestores, administradores, advogados e profis-sionais que atuam em hospitais e esta- belecimentos de saúde do Paraná e de todo o país.A recepção ao público foi feita pelos presidentes do Sindipar e da Fehospar, as duas instituições promotoras que estão comemorando os seus 50 anos e 20 anos, respectivamente, de fundação. Luis Rodrigo Milano e Renato Merolli agradeceram à platéia, destacando a importância das duas instituições do setor de saúde atuarem de forma integrada, manifestando as suas dificul-dades e necessidades de atualização de

Precisamos caminhar todos juntos, de- monstrar a nossa

união e encarar os desafios do nosso

setor. Esperamos que todos possam tirar o

máximo proveito deste evento, que

estimula a troca de experiências.

organização que já decidiu pela realização de um 2º Encontro Estadual de Saúde em 2012, estimulando a troca de experiências entre o setor hospitalar

deste evento, que estimula a troca de

deste evento, que estimula a troca de

experiências.Dr. Luis Milani, presidente da Sindipar.

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38 IMAGENS: UrosK / ShutterstockWWW.SAUDESA.COM.BR

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da primeira sessão de quimioterapia, que com os dados que coletamos, levava de 44 a 86 dias. É danoso para o seu tratamento, já que ele precisa passar várias vezes pelo hospital para fazer todo o processo até fazer essa sessão”, acres-centa. Uma das soluções foi a padroniza-ção de trabalho dos atendentes, com tarefas a serem cumpridas com prazos definidos e o agendamento das quimioterapias, aumentando a produtivi-dade na ala em 20%.Ruy Cortez de Oliveira, CEO do Kaizen Institute do Brasil, falou da excelência operacional na gestão hospitalar, agregando aspectos complementares do assunto. Kaizen (kai: mudar e zen: melhor) visa em difundir a melhoria contínua diária de todos os processos (daily kaizen), promovendo uma reestru-turação global em busca de índices de desempenho melhores. “A primeira coisa que se deve fazer quando há um problema dentro do hospital é ver onde ocorre este problema, go to gemba (onde ocorre) e em seguida ver as coisas reais (gembutsu), o problema como um todo, evitando o desperdício (muda) e observando a variedade e a dificuldade (mura e muri). Esse processo não é para ser visto só em relatórios, deve visto. Depois desse diagnóstico, faça Kaizen”, ressalta Oliveira. No Kaizen, os proces-sos de aproveitamento de tempo englo-bam kanbans (registros ou placa visível) e os sistemas para programação do fluxo de trabalho, incluídos desde construção do hospital até a rotina hospitalar.Os trabalhos dos dias 23 e 24 foram presididos pela administradora hospitalar e de saúde Patrícia Severo Lins. Para ela, o HMS teve a chance de divulgar inova-ções agregadas em hospitais de

Os hospitais podem ser considerados empresas? Como investir em inovação com desalinhamento da gestão? E pensar em RH se tem Departamento Pessoal? Essas questões foram discuti-das durante o Hospital Management Summit (HMS), ocorrido entre 22 e 24 de agosto último no Amcham Business Center (SP).Promovido pelo Informa Group Latin America, o fórum de inovações e negó-cios contou com representantes das principais instituições do setor, que discutiram ações de gestão com aspec-tos na sustentabilidade, profissionaliza-ção e atenção ao paciente.A boa administração hospitalar está na estratégia. A afirmativa foi realçada no seminário especial do dia 22, que tratou da “Gestão de projetos e processos em hospitais”. Ronaldo Mardegan, sócio-diretor da Hominiss Consulting (São Carlos/SP), especializada em prática de Sistemas de Produção Enxuta, explanou sobre como o método de operações das melhores empresas do mundo pode ser aplicado em hospitais. O profissional explicou que um dos entraves na agilidade do atendimento está no gasto em atividades que não têm valor agregado (NAV) - sobrecarga de tarefas, marcação de consultas/cadastros ineficiente, filas, e outros trâmites burocráticos - sobres-saindo as de valor agregado (AV) - rapidez na entrega de exames e diminu-ição da espera para consulta, resultando em lead times longos. Mardegan expôs um case, implementado no início do ano, no Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho (SP), que recebe cerca de 90% dos atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Focamos o início

diversos portes. “O evento foi dese- nhado em cima do cenário atual, das necessidades do setor em levar uma percepção do que esses hospitais estão fazendo para melhorar sua gestão, quais as suas mudanças e demandas”.Paulo Feldmann, coordenador de proje-tos da Fundação Instituto de Administra-ção (FIA), palestrou sobre perspectivas globais na gestão e profissionalização

Hospital Management Summit traça panorama do segmento de gestão no País

EM CHECK UPHOSPITAIS

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frisou a atuação de profissionais que não são da Saúde nas instituições. Ele, que veio da área de bancos de investimen-tos, exemplifica com a criação, há cerca de um ano e meio, do sistema de relacio-namento médico no viValle. “As atenden-tes, que não são da área da saúde, atuam como gerentes de contas, indo a campo e ouvindo os médicos de sua carteira, conforme cada especialidade. Mensalmente, são encaminhados para

nós relatórios de satisfação e podemos estreitar o relacionamento hospital e corpo clínico”, comenta.Na exposição do diretor da divisão em saúde e coordenador das demandas estratégicas do SUS na Secretaria Estadual de Saúde de SP, Marcello Scattolini destacou estratégias para agilizar a obtenção de medicamentos de alto custo a pacientes junto à justiça. “Evitar o máximo possível a parte diplomática junto ao judiciário é essen-cial para salvar a vida do paciente. E muitas vezes isso ocorre por conta de problemas simples, como erros no preenchimento de prescrição ou mesmo interpretações erradas de qual medica-mento e itens que o paciente necessita”, diz Scattolini.A necessidade de boas práticas de gestão com ênfase na educação foi o norte da palestra de Ana Lúcia Zanovello, executiva de contas corporativas do Senac/SP. “Hoje devemos investir na educação corporativa e em planeja-mento estratégico, dando valor ao capital intelectual da organização”, comenta Ana, acrescentando que os gestores dos

hospitalar no Brasil. O profissional reforça que o hospital deve ser uma instituição engajada nas inovações e incentivos para melhoria de sua gestão. “É interessante introduzir estratégias de incentivo de acordo com a produtividade do hospital, e é necessária uma cultura de buscar a inovação obstinadamente”.Após sua apresentação, Feldmann compôs o Painel de Dirigentes, junto com André Luiz da Silva, superinten-dente geral do Hospital Vita Curitiba e proprietário da SCH Consultoria Hospi-talar e Felipe Ciotola Bruno, diretor geral do Hospital viValle (São José dos Campos/SP). Silva conta que hospitais buscam a qualidade, destacando as acreditações como exemplo. Observou que incentivo a colaboradores é amplo, que não se resume a adição de benefí-cios. “Esses incentivos devem ter engajamento por parte do hospital. É importante que se saiba o que esse colaborador quer, se ele precisa investir nos estudos, pagar a faculdade de um filho e o hospital pode auxiliar nesses benefícios”, pontua.Já Felipe Bruno, do Hospital viValle,

Muito se fala em ge- renciamento de riscos, segurança e qualidade, mas ainda são palavras.

As organizações de saúde devem conter

visão, educação e informação.

As organizações de saúde devem conter

visão, educação e informação.

Gonzalo Vecina Neto, Superintendente Corporativo do Hospital Sírio Libanês (SP)

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Rafael Almeida, do Hospital Santa Paula.

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Paulo, Roberto Campos de Lima. Sua empresa possui ferramentas para admi- nistração e dispõe de consultores, que fazem uma avaliação do gestor. “O foco é levar ações estratégicas em toda a cadeia da saúde para o seu alinhamento organizacional”, endossa.

EDUCAÇÃO COMO FERRAMENTA Profissionalização, qualidade em atendi-mento, acreditações e (possível) alcance da excelência delinearam o último dia de HMS. O superintendente do Hospital da Baleia (Fundação Benjamin Guimarães/MG), Francisco de Assis Figueiredo, apresentou sua experiência como consultor e administrador para mudar a gestão da instituição filantrópica, há qual atua desde 2008. Ações de responsabilidade social e na atenção às pessoas foram instrumentos imprescindíveis para profissionalização e efetividade empresarial. “Para alcançar o

hospitais devem valorar os conhecimen-tos que seus funcionários já têm, investindo e qualificando esses profis-sionais para crescimento da instituição.Pensando no cenário da saúde no país e impactos causados na gestão dos custos hospitalares, o superintendente financeiro do Hospital Moinhos de Vento (RS), Mohamed Parrini, detalhou em seu discurso que o gestor não pode ver o hospital pelo prisma financeiro. “Se você vê o cenário da saúde no departamento financeiro ou pelas operadoras, certa-mente ‘quebrará a cara’, já que o foco está no paciente. O hospital não pode ser considerado só como uma caixa de cimento. O diferencial na gestão está na estratégia e não na estética”, aponta Parrini.O período da tarde foi dedicado às sessões simultâneas. Uma delas foi realizada pelo sócio-diretor da 3 Gen Gestão Estratégica, consultoria de São

sucesso, é preciso trabalhar com competências, habili-dades e atitudes com foco em resultados. O hospital passa pelas pessoas e os gestores devem ter análise crítica em relação ao atendimento a este consumidor. Deve ter olho no olho, ver com o coração”, reforça.Envolvimento com o paciente e o abismo que permeia o corpo clínico e instituições de Saúde foram também o mote do Painel de Players com os diretores técnicos dos hospi-tais TotalCor e Santa Paula (ambos em SP), respectiva-mente, Valter Furlan e Rafael Munerato de Almeida. Antes de pensar em acreditações, a segurança é o indicador para a excelência em atender o paciente. “Se pensarmos na questão da segurança, não há um ‘gap’ e sim um abismo. Muitos pacientes não recebem atendimento

adequado por conta do simples fato do médico, na maioria das vezes, não verificar prontuários, ou mesmo pergun-tar ao paciente o que ele tem”, elucidou Furlan, informando que o TotalCor conta com política de relatórios de acompanha-mento e desempenho de médicos, além de fazer benchmarking com outras instituições internacionais para entender esta mecânica. “O médico não é um ‘supermédico’ e o hospital precisa reforçar essa cultura, estudando e mensurando estratégias para minimizar os erros. E isso vai além da hierarquia, ou seja, uma enfermeira pode sim reportar ao doutor que ele está errado. Se o médico não tiver essa consciência, o seu aprendizado em gestão está fadado ao fracasso”, reflete Rafael Almeida, do Hospital Santa Paula (SP).Gonzalo Vecina Neto, superintendente corporativo do Hospital Sírio-Libanês (SP) finalizou a manhã de debates, priori-zando importância da informação para estabilização e crescimento da gestão hospitalar. “Muito se fala em gerencia-mento de riscos, segurança e qualidade, mas ainda são palavras. As organizações de Saúde devem conter visão, educação e informação. Sem informação não há feedback nem crescimento”, conclui Vecina.

O médico não é um ‘supermédico’ e o hospital precisa reforçar essa cultura, estudando e mensu-rando estratégias para minimizar os erros. E isso vai além da hierarquia, ou seja, uma enfermeira pode sim reportar ao doutor que ele está errado.

O médico não é um ‘supermédico’ e o hospital precisa reforçar essa cultura, estudando e mensurando estratégias para minimizar os erros. E isso vai

O médico não é um ‘supermédico’ e o hospital precisa reforçar essa cultura, estudando e mensurando estratégias para minimizar os erros. E isso vai

Rafael Almeida, do Hospital Santa Paula.

além da hierarquia, ou seja, uma enfermeira pode sim reportar ao doutor que ele está errado.

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Dr. Luiz Aramicy B. Pinto (Presidente da Federação Brasileira de Hospitais) na abertura do I Encontro Paranaense de Saúde, realziado nos dias 18 e 19 de agosto na sede do CRM-PR.

Centenas de profissionais da área de sáude prestigiaram o 1º. Hospital Management Summit, realziado nos dias 22, 23 e 24 de agosto em São Paulo .

Felipe Ciotola Bruno, Presidente do Hospital Vivalle de São José dos Campos - SP.

Convidados prestigiando o Jantar de confraternização do I Encontro Paranaense de Saúde, no Graciosa Country Club de Curitiba, que comemorou os 50 anos de fundação do SINDIPAR e os 20 anos de história da FEHOSPAR.

Philippe Prufer, Sócio-fundador e Presidente do Conselho de Administração da GTT HEALTHCARE.

Jantar de confraternização do I Encontro Paranaense no Graciosa Country Club em Curitiba reuniu cerca de 200 convidados.

Paulo Feldmann, professor da Universidade de São Paulo e Coordenador da FIA – Fundação Instituto de Administração.

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média 75% em cada cem reais em saúde. Surpreendentemente, o relatório da ONU de 2009 constatou que o Governo Federal gasta menos que os pobres países africanos, colocando o Brasil entre os vinte países do mundo que menos gastam em saúde pública. E a Justiça Federal não enquadra alguns governos estaduais ricos, como Rio Grande do Sul e Minas Gerais, que não cumprem a constituição. Esse conjunto leva ao desfinanciamento. No entanto, a saúde pública no país melhorou se comparada há vinte cinco anos atrás, isso é indiscutível. Se olharmos os

Médico graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o Depu-tado Federal Darcísio Perondi é hoje um dos mais fervorosos defensores do Sistema Único de Saúde (SUS) e presidente da Frente Parlamentar da Saúde. Ele falou à revista Saúde S/A sobre as dificuldades enfrentadas pelo SUS e como a regulamentação da Emenda 29 traria uma reestruturação na saúde pública do Brasil.

Quais são os principais dilemas enfrentados pela saúde pública no Brasil hoje?Nós temos um sistema de saúde que é novo, com pouco mais de vinte anos, porém com uma resposta extraordinária considerando-se os recursos que dispõe e que sofre pesadamente o desfinancia-mento. Em primeiro lugar, eu colocaria esse desfinanciamento, especialmente em nível federal. Em segundo lugar, a falta de eficiência, especialmente em nível municipal, que cumpre a Constitu-ição Federal, mas precisa melhorar. A situação é grave. Hoje no Brasil, de cada R$ 100,00 gastos em saúde, R$ 62 são gastos privados e só R$ 38,00 são verbas públicas, quando deveria ser, no mínimo, o contrário. Países com sistema de saúde universal estão gastando em

números de atendimento do SUS, passa-mos de R$ 4 bilhões por ano em procedi-mentos. Os estudiosos estrangeiros ficam surpresos com esses números. Nenhum hospital público, filantrópico ou privado que vende serviços para o SUS suporta uma diária de R$ 478,00 em uma UTI quando o custo dela é R$ 1.200,00. A contratualização, que foi algo positivo implantado pelo SUS no país, há seis anos não tem reajuste. Se os funcionários públicos do país não tivessem reajuste todo ano, parariam o país. Os hospitais, todavia, não conse- guem parar, porque tem um compro-misso com a saúde, e o governo não enxerga. Hoje, o capital humano do SUS - médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem - estão se descredenciando pela baixa remuneração. As Santas Casas devem hoje, no mínimo, R$ 8 bilhões para bancos e dívida fiscal, sendo os maiores parceiros do SUS, incluindo as organizações sociais, que atendem 52% de todas as internações do Brasil, mais que os hospitais públicos, e 2/3 dos atendimentos oncológicos estão nas mãos dos hospitais filantrópicos. O Distrito Federal, que recebe dinheiro generoso da União e até gasta mais que 12%, é incompetente para cobrar vagas privadas nos hospitais.

Presidente da Frente Parlamentar de Saúde, o deputado tem sido um incansável defensor da saúde brasileira.

DEPUTADO FEDERALPERSONALIDADE EM DESTAQUE

DARCÍSIOPERONDI

Quem afirma que o sistema público de saúde possui os recursos necessários não conhece o SUS. O SUS faz milagre com o dinheiro que tem.

não conhece o SUS. O SUS faz milagre não conhece o SUS. O SUS faz milagre com o dinheiro que

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encaminhe a matéria, que é de autoria do Senador Tião Viana para o Senado e vote o texto inicial, anteriormente aprovado. O projeto inicial é o melhor, que a Câmara piorou e, por essa razão, o Senado precisa restabelecer sua proposta, que estabelece o seguinte: definir com clareza ações e serviços de saúde para evitar os desvios de algumas prefeituras e da metade dos Estados brasileiros e o outro eixo muda o indexa-dor do orçamento federal.

Quais serão os impactos da regula-mentação da Emenda 29 na saúde brasileira?A Emenda 29 e o piso mínimo existem desde o ano 2.000. O nosso intuito é apenas trocar o piso mínimo da União, que é todo o gasto do ano anterior mais o PIB nominal, para no mínimo 10% das receitas correntes brutas do Governo Federal, o que colocaria 30 bilhões a mais no orçamento a partir do ano que vem. Esse Destaque Supressivo, apoiado pela maioria esmagadora e que o governo bloqueia, é uma votação que durará meia hora, e irá retirar a Contri-buição Social da Saúde do projeto. Uma vez aprovado pelo Senado e mais a contribuição dos Estados, fechando os desvios da saúde que alguns Estados e prefeituras cometem, colocaria 35 a 40 bilhões no orçamento do SUS do Brasil como um todo. Isso dá um impacto substancial no financiamento. Com esse impacto e mais investimento em gestão, o SUS começará a se consolidar. O foco maior é rediscutir e fazer um novo desenho do SUS. O que deu certo e o que deu errado, valorizando o capital humano, trabalhando com metas, bem

Estamos vivenciando a banalização da morte. As pessoas morrem e o sistema não reage, enquanto o governo brasileiro arrecada como nunca em toda a história da economia brasileira. Nos primeiros seis meses desse ano, o Governo arrecadou R$ 50 bilhões a mais do que no mesmo período do ano passado. O Governo lançou o plano “Brasil Maior” para salvar a indústria, mas qual é a crise mais importante, a da indústria ou da saúde no Brasil? A crise na indústria não é grave, a crise da saúde é grave. Nós estamos vivendo hoje uma questão de escolha. Existem recursos, mas o governo fez outras escolhas, indústria, estrada, trem-bala e não educação e saúde.

Até que ponto a saúde suplementar se converteu em saúde complementar em conseqüência das deficiências que o SUS apresenta?Eu não concordo. A saúde suplementar não é complementar pelo fato de, em atendimentos de alta complexidade, utilizar o próprio SUS. Mas paralelo a isso eu afirmo, com segurança, que se a saúde suplementar parasse haveria um caos absoluto no SUS. São duas respos-tas que podem ser contraditórias, porém reais. Essa é a grande discussão que o Supremo Tribunal Federal não discutiu ainda.

Quais são as propostas que a Frente Parlamentar da Saúde tem para combater esses problemas?Defendemos que o Parlamento tenha autonomia e independência e vote a regulamentação da Emenda 29 sem a Contribuição Social para Saúde e

como discutir implantação da meritocra-cia no SUS, o que iria fortalecer as auditorias. A subcomissão ligada à Comissão de Seguridade Social e Família, comandada pelos deputados João Ananias e Rogério Carvalho, presidente e vice respectivamente, vem estudando um novo desenho do SUS, porém o Governo foge como o diabo da cruz. Não é escolha, o governo não tem atitude.

Muitas pessoas afirmam que o Sistema Público de Saúde possui os recursos necessários. O senhor concorda com esse conceito, ou entende que a dotação orçamentária atual é insuficiente?Quem afirma isso desconhece o SUS. O SUS faz milagres com o dinheiro que tem. No entanto, a melhoria da gestão salvaria mais pessoas. Por isso o objetivo é redesenhar o SUS, trabalhando com meritocracia e metas. A contratualização foi uma bela proposta, que é reavaliada, mas não são discutidos os valores anual-mente, como gasolina e impostos. O contrato que compra serviços do SUS, que cuida do elemento mais importante no Brasil, que é o brasileiro, não é avaliado. A presidente Dilma confia no SUS, mas tem essa visão e isso condena o SUS. O ministro Alexandre Padilha quer trabalhar com metas e contrato de gestão. Nisso eu dou nota 10 para ele e nota 1 para a presidente Dilma, pelo desconhecimento que ela tem do SUS.

Há esperanças para a saúde pública brasileira ou a tendência é um agrava-mento geral desse quadro?A saúde no Brasil tem melhorado nos últimos vinte anos, eu não sou cavaleiro do caos, mas se não enfrentar prioritari-amente o desfinanciamento, mais pessoas irão morrer, ainda mais com a banalização da morte que já está ocorrendo.

Como o senhor avalia a estrutura dos SUS para a Copa de 2014?Eu sou contra a Copa e o trem-bala, pois vão consumir recursos que o Brasil poderia investir em um verdadeiro choque na educação. O Brasil precisa de uma nova onda de conhecimento, que vai nos levar a ser um grande país e enfrentar do desfinanciamento do SUS, como também reavaliar a política macro-econômica do país, que prioriza o capital financeiro e industrial.

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DOUTORSOFTWAREVeja como os programas de gestão são cada vez mais utilizados na área da saúde

Largamente utilizados por empresas de diversos segmentos, os softwares de gestão começam a fazer parte também da administração de empresas do setor de saúde. Essas novas ferramentas tecnológicas são fundamentais para o aperfeiçoamento do trabalho dos profis-sionais de saúde. Utilizando softwares de prontuários eletrônicos, médicos e enfermeiras podem visualizar de forma mais ampla o quadro clínico do paciente, possibilitando maior agilidade para o diagnóstico e definição do tratamento. Esses fatores impactam positivamente na redução de custos para hospitais, operadoras de saúde e para o sistema público de saúde.Mesmo com o crescimento deste setor, muitas operadoras e instituições de saúde ainda encontram dificuldades para filtrar e organizar essas informações, transformando-as em dados que irão direcionar a gestão do negócio. Muitas instituições de saúde já têm acesso a informações vitais para o seu processo de gestão, como os números relaciona-dos à sinistralidade, custos de aquisição de equipamentos, insumos, produtos médico-hospitalares, mas ainda não sabem utilizar esses dados a ponto de incrementar o desempenho econômico e financeiro.Para muitas empresas, a enorme quanti-dade de informações desencontradas transforma-se em um grande quebra-cabeça e, ao invés de ajudar na tomada

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de decisões, acabam se tornando um desafio. Além disso, a falta de uma visão mais ampla e moderna do negócio ainda faz com que os softwares de gestão sejam vistos na área da saúde como custo.

SISTEMA SAÚDE DE COTIA APOSTA NA TIO município de Cotia, no interior de São Paulo, implantou um sistema de gestão que abrange toda a sua rede municipal de saúde. Com uma população de mais de 200 mil habitantes, a melhoria no atendimento e nos serviços de saúde oferecidos à população após a implanta-ção do sistema de gestão da saúde é significativa. Para o secretário de saúde do município, Antônio Melo, a utilização da ferramenta tecnológica já melhorou a organização dos dados do setor. “Hoje já é possível obter as informações fidedig-nas provenientes do arquivo físico com a perfeita localização em um menor tempo que antes provenientes da organização do ambiente de arquivo tanto para a centralização dos SAMEs quanto para os arquivos administrativos desta secre-taria”, comemora o secretário.O sistema unifica todas as informações médicas do paciente, facilitando o trabalho dos médicos. “Com uma base organizada, primeiramente estamos conseguindo atender as legislações existentes e teremos uma base única e integrada dos dados locais, dando acesso aos médicos a toda informação em tempo real de cada paciente deste município. Além disso, a automatização de todos os processos e a possibilidade de fácil captação de dados dos pacientes permite uma vasta opção de análise de todos munícipes”, afirma Melo. A unifica-ção de todas as informações serão válidas também para a identificação de problemas de saneamento em determi-nadas regiões, assim como agilizar a identificação do risco de possíveis epidemias.Desenvolvido pela OM30, empresa de desenvolvimento de softwares de gestão em saúde, o sistema permite, através da integração das informações, um maior controle financeiro de todos os equipamentos de saúde do município. Para Marcello Burattini, CEO da empresa, com a implantação do sistema o município passa a ter uma visão mais ampla do sistema de saúde. “Por meio desta integração, possibilitaremos que o relacionamento com o SUS, a compra de

medicamentos, materiais de saúde, e muitos outros processos financeiros sejam feitos de forma integrada. Colocando todas estas informações em uma base de dados única, o município passa a ter uma visão muito mais detalhada de tudo aquilo que está sendo gasto, evitando desperdícios e principal-mente dando maior inteligência no planejamento de gastos”, afirma Marcello.Disponibilizado inicialmente em duas unidades (Atalaia e CEFOR I) para o corpo clínico, a consulta aos prontuários digitalizados e o programa deve ser estendida para as demais unidades de saúde do município até o final do próximo ano. “Temos como meta atender até o final deste ano outras sete unidades que são consideradas primordi-ais e de maiores volumes de atendi-mento com este sistema. Para o próximo ano, chegaremos a todas as unidades, promovendo ainda a integra-ção de um cartão de assistência social e saúde para nossos munícipes”, antecipa.

RECURSO ESTRATÉGICOPara os grandes centros médicos, a aquisição desses sistemas se tornou quase obrigatória, já que, diante de uma demanda gigantesca de informações, a organização e análise dos dados são de extrema importância para a sobrevida da instituição. A Rede Hospitalar São Camilo, que possui três hospitais de grande porte na capital paulista, adquiriu recentemente o software Business Intelligence (BI), uma ferramenta que une numa única plataforma as informa-ções de todas as unidades hospitalares da rede, permitindo um acompanha-mento on-line das informações pelos gestores dos diversos níveis de opera-ção. Essa nova ferramenta permite o aperfeiçoamento da gestão hospitalar e da qualidade dos serviços prestados nos quase três milhões de atendimentos anuais realizados pela rede.De acordo com o Coordenador de Business Intelligence da Rede São Camilo, Laércio Santos de Souza, a implantação do novo sistema permitiu o surgimento de uma nova cultura de gestão estratégica para a rede. “Nos hospitais, em geral, os processos de planejamento estratégico são incomple-tos, complicando a gestão voltada à informação, controlada e voltada para o mercado. A implantação de um sistema de BI proporciona ganhos nos processos

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performance dos médicos e facilitando a gestão, o que contribuía diretamente para a sustentabilidade financeira das operadoras, principalmente das peque-nas.Essa decisão da ANS levantou um debate importante no setor. É errado planejar e monitorar o seu negócio? Longe da questão do cerceamento da liberdade dos médicos, afinal, este não é o objetivo dos softwares de gestão, e sim indicar onde se encontram as possíveis falhas, excessos e vícios que podem impactar negativamente no negócio. Essas são informações funda-mentais para a sustentabilidade de muitas operadoras, principalmente num período onde muitas pequenas operado-ras encontram imensas dificuldades financeiras, fato que infelizmente não é exclusivo delas, já que muitas médias e grandes operadoras também sofrem para se manterem competitivas no mercado.

A REVOLUÇÃO NA SAÚDESeguindo o exemplo do que acontece em todas as áreas, a tecnologia da informação trouxe benefícios à área da saúde. Melhorias na comunicação, na busca e na organização de informações entre os mais diversos segmentos no mundo todo, possibilitaram novos horizontes dentro das empresas. Isso também é vislumbrado na saúde, onde a TI pode se tornar uma grande arma para uma verdadeira revolução, não somente nos resultados financeiros das empresas privadas, como em todo o sistema público de saúde, que em a possibilidade de planejar melhor os custos, remane-

decisórios gerenciais e da alta adminis- tração”, afirma Santos.Para ele, a informação na saúde é um recurso altamente estratégico, que permite a realização de um planejamento efetivo para a instituição, possibilitando a identificação e correção de falhas geren-ciais em busca da melhoria no atendi-mento oferecido aos pacientes.A aquisição do sistema custou cerca de R$ 300 mil e, inicialmente, todos os gerentes e líderes foram treinados a extrair as informações desejadas. “Hoje, estamos disponibilizando também para os profissionais multidisciplinares, tais como médicos, enfermeiros, nutricionis-tas e farmacêuticos, um cubo com informações clínicas baseadas em documentos eletrônicos, os quais possi-bilitam a geração de indicadores e controles que tornam os processos mais seguros para os pacientes”, afirma o coordenador. São inúmeros os softwares desenvolvi-dos e utilizados nas mais diversas institu-ições de saúde, que melhoram a qualidade da informação, disponibili-zando uma nova visão do negócio aos gestores. O fato é que a filtragem e organização dessas informações são dois fatores fundamentais para o um aproveitamento pleno do sistema, possi-bilitando melhores resultados tanto financeiros, como de gestão e melhoria no atendimento oferecido aos usuários, tanto para operadoras de planos de saúde, como para os estabelecimentos de saúde, sejam eles mantidos pelo poder público ou pela iniciativa privada.

BLOQUEIO ÀS OPERADORASRecentemente, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou uma resolução proibindo o pagamento por performance. A prática era utilizada pelas operadoras de planos de saúde como ferramenta de apoio no planejamento estratégico do negócio, melhorando a

jando o sistema de acordo com suas necessidades e características próprias.Para Marcello Burattini, CEO da OM30, essa revolução na saúde já está ocorrendo. “Cada vez mais o governo e os hospitais privados têm aumentado os investimentos em TI. Antigamente, trabalhar inovação no setor da saúde era sempre relacionado a máquinas e equipamentos. Hoje em dia, já há maior percepção de que o investimento correto em tecnologia da informação impacta diretamente na qualidade do atendimento aos pacientes e também na gestão da saúde”, afirma Marcello Burattini.No que tange à criação de um sistema de informações nacional de saúde, o CEO acredita nessa possibilidade do ponto de vista dos softwares, mas do ponto de vista técnico ainda há muitos obstáculos a serem supera-dos. “Sob uma perspectiva mais técnica, esta integração de informa-ções enfrentaria grandes desafios, por conta dos problemas de infra-estrutura que o país enfrenta. Ainda há muitas cidades sem acesso a banda larga, equipamentos muito antigos e profis-sionais sem preparo técnico”, finaliza o CEO, que também acredita que um projeto deste porte enfrentaria diversos obstáculos políticos, tanto no setor público com o setor privado.Certamente, a utilização desse recurso será de grande valia para a universaliza-ção do acesso à saúde em todo o mundo, impactando diretamente em melhores condições de atendimento aos usuários e resultados mais positivos para as empresas.

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Cada vez mais gover-nos e hospitais priva-dos tem aumentado os investimentos em

TI. Impactando direta-mente na qualidade

do atendimento.Marcello Burattini, CEO da OM30.

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“Quando eu percebi, ela já estava lá.Meus movimentos fi caram mais lentos, comecei a tremer. Procurei um médico,

e ele diagnosticou.”Paulo Borges, 55 anos, professor.

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Infelizmente, esse é um problema que muitas vezes só fica evidenciado em situações críticas, como na falta de profissionais nas instituições ou, em muitos casos, em falhas que vão desde a aplicação de dosagem errada de medica-ções, a falta de higiene e até a falta de uma postura humanizada. Todas essas situações podem colocar em risco a saúde e o bem-estar do paciente.Um estudo realizado em 12 hospitais de médio e grande porte de Curitiba identifi-cou diversos problemas enfrentados pelos gestores de RH das instituições de saúde, para a contratação e manutenção

do seu corpo de equipes de enfermagem de nível médio. Justamente na função que fica mais próxima e por mais tempo do paciente, a dificuldade em encontrar profissionais de enfer-magem de nível médio capacita-dos é um desafio diário para os gestores da saúde.Uma das coordenadoras do estudo e Gerente de RH do Hospital Pequeno Príncipe, Margareth Bertoli Grassani, afirma que o maior desafio para os gestores de RH é encontrar profissionais da área de saúde que sejam generalistas, que possuam uma visão sistêmica e globalizada do cuidado humano atuando na saúde em geral, prevenção de doenças, tratamento e reabilitação. “Outro desafio é despertar nos cola- boradores a motivação para a busca contínua do aprimora-mento técnico e humanizado, a fim de que possam pensar sobre as dificuldades dos pacientes, que compreendam seus sofrimentos e que reflitam a

A falta de qualificação é um grande desafio para os gestores de qualquer setor, situação que emperra o cresci-mento e o desenvolvimento de áreas estratégicas de qualquer país em desen-volvimento como o Brasil. A área da saúde é uma das mais sensíveis a este problema, pois diante da falta de qualifi-cação profissional, muitos gestores de instituições e estabelecimentos de saúde encontram sérias dificuldades para preencher as vagas abertas, e principalmente para manterem o corpo de funcionários sempre preparado e atualizado.

respeito dos cuidados que devem prestar não só em relação à situação da doença física, mas também levarem em conta o estado emocional do paciente em situação de internamento hospitalar,” relata Margareth.O estudo, realizado apenas com profis-sionais recém-formados nos cursos técnicos de enfermagem e que ainda não haviam adentrado ao mercado de trabalho, demonstrou a preocupação dos gestores na busca de uma melhor qualifi-cação dos profissionais de enfermagem. Idealizado pelo Grupo RH+, a pesquisa foi elaborada por um grupo de RH que se reúne mensalmente na sede da Federa-ção dos Hospitais do Estado do Paraná (Fehospar) e também teve a coordena-ção da Gestora de RH da Maternidade Nossa Senhora de Fátima, Maria Pérola Salani Nogueira.No primeiro semestre de 2011, nas doze instituições avaliadas no estudo, foram ofertadas 684 vagas de auxiliares e técnicos de enfermagem, para as quais 2.017 candidatos se inscreveram, mas apenas 1.593 compareceram à seleção.

EM BUSCA DE UMA SOLUÇÃOComo forma de tentar reverter esse quadro preocupante, a coordenadora da pesquisa acredita que cabe não somente aos Gestores de RH, como também aos gestores das diversas áreas das institu-ições de saúde, a responsabilidade de darem mais atenção às necessidades dos colaboradores no desenvolvimento de suas atividades laborais. “Essas necessidades podem ser tanto de ordem do conhecimento, quanto de ordem emocional e social, principal-mente por trabalharem na área da saúde, na qual lidar com a doença e algumas vezes com a morte é uma rotina para o profissional”, finaliza Margareth.

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Estudo aponta as dificuldades encontradas pelos gestores de hospitais para comporem seus quadros de enfermagem de nível-médio.

NA ENFERMAGEMQUALIFICAÇÃO

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Outro ponto destacado pelos pesquisa-dores é a possibilidade de proporcionar aos profissionais de enfermagem ações que desenvolvam tanto o conhecimento teórico como prático, por meio de treinamentos e educação continuada como estratégia de profissionalização. “Como oportunidade para o profissional recém-formado expor sua dificuldade, não na prática com os pacientes, mas nos laboratórios de ensino e nas salas de treinamento. A aprendizagem que se desenvolve no momento desses treinamentos e da educação em serviço é a integração entre a teoria e a prática, é um momento único, excepcional e exclu-sivo do profissional no qual se reúnem o “saber e o fazer”.

PROBLEMA TAMBÉM PREOCUPA COREN-PRAlém de preocupar os gestores de hospi-tais e instituições de saúde, a falta de qualificação dos profissionais de enfer-magem de nível técnico também gera preocupação para a classe. Para a conselheira do Conselho Regional de Enfermagem – PR, Valdirene Polônio, os profissionais de enfermagem de todos os níveis não chegam ao mercado de trabalho com os conhecimentos necessários. “Os profissionais de enfer-magem, de todos os níveis, chegam ao mercado de trabalho sem conhecimen-tos básicos, sem domínios técnicos e sem idéia da amplitude da assistência, dos riscos e da importância de uma atenção profissional de qualidade. Continuam vindo ao mercado de trabalho com a expectativa de aprender na prática e não é assim. O profissional tem que fazer na prática o que aprendeu na teoria e saber por que faz”, afirma a conse- lheira.“O mercado de trabalho exige que o profissional de enfermagem se preocupe com a questão financeira, com o crescimento, evolução, que seja empreendedor, que se preocupe com a qualidade da assistência, com o conteúdo familiar do paciente, não somente o cuidado com o paciente, mas com todo o contexto que envolve o paciente”, afirma Valdirene. Para a conse- lheira do Coren-PR, o mercado mudou, mas o profissional não, ele continua apenas cumprindo o seu horário.Algumas soluções apontadas por Marga-reth Bertoli, Gerente de RH do Hospital Pequeno Príncipe, são o estímulo às instituições e ao corpo docente para que

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VAGAS PARA TÉCNICO DE ENFERMAGEM PARA O PRIMEIRO SEMESTRE DE 2011 NOS 12 MAIORES HOSPITAIS DE CURITIBA

DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS GESTORES

26%

22%

13%

10%

5%

14%

candidatos convocados

Conhecimento teórico ou prático

Postura ética e profissional

Relacionamento com a equipe

Comprometimento e interesse profissional

Gramática e matemática básica

Outros

2017foram à

entrevista

1593aprovados na seleção

653candidatos contratados

405candidatos efetivados

209vagas

disponíveis

684

AtualizaçãoWorkshop organizado pelo COREN-PR atualiza o conhecimento dos profissionais de enfermagem do estado.

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52 IMAGENS: Assessoria de imprensa CORENWWW.SAUDESA.COM.BR

Workshop de Enfermagem do Paraná

O Workshop de Enfermagem é um evento que tem como objetivo principal aproximar o Conselho da comunidade acadêmica e principalmente dos profis-sionais de enfermagem através de palestras com professores com titulação mínima de “Mestre”. Ele é dividido em duas partes. A primeira conta com palestrantes representantes de entidades da enfermagem, como Associação Brasileira de Enfermagem, Sindicatos e Universidades. A Segunda parte é formada por cursos práticos.

ção e atualização dos profissionais de enfermagem. “Estamos com a mesma grade curricular de 10 anos atrás ou mais. A tecnologia inova, as indústrias farmacêuticas inovam, o mercado financeiro inova, a medicina inova e a assistência de enfermagem continua em Wanda Horta. A enfermagem trabalha sem planejamento e diariamente se desgasta fazendo retrabalho. As escolas precisam trabalhar planejamento estraté-gico, gerenciamento de equipe, além de potencializar o desenvolvimento técnico e cientifico que hoje reflete no mercado através dos profissionais de forma imatura e insegura”, finaliza.Para Margareth, a atual defasagem do conteúdo curricular das instituições de ensino é um dos principais fatores que prejudicam a qualidade da formação dos profissionais e essa realidade precisa ser mudada tanto por instituições de ensino, instituições de saúde e as autoridades competentes. “É preciso desencadear uma discussão e aproximação entre a área da Educação e a área das Relações do Trabalho sobre a formação profis-sional de acordo com a realidade da saúde nos tempos atuais”, afirma a

acompanhem mais efetivamente o desempenho dos alunos no mercado de trabalho, aproximando-os da realidade enfrentada nos hospitais, assim como o incentivo aos alunos para buscarem oportunidades de estágios extracurricu-lares para aprimorar os conhecimentos. Valdirene afirma que os profissionais de enfermagem de hoje muitas vezes se limitam à prestação de um serviço específico. “O profissional tem que se preocupar com a visão empresarial, financeira, jurídica. A assistência vai além do cuidado ao paciente, ela interfere a vida do paciente, tanto positiva como negativamente. A enfer-magem precisa ampliar seu campo visual, sair da dependência do outro (enfermeiro ou médico) e assumir seu compromisso de dar a atenção devida à sua competência individual dentro de uma equipe”, defende Valdirene.

DEFASAGEM CURRICULAR AFETA FORMAÇÃOA atualização curricular constante também é vista, tanto pela classe como pelos gestores, como uma das armas fundamentais para a melhoria na forma-

gestora.De acordo com Valdirene nos últimos anos o mercado de trabalho se expandiu criando uma exigência maior e conse-quentemente uma maior qualificação. “Precisamos de um estreitamento maior com o MEC e criar Câmaras Técnicas que envolvam profissionais professores de instituições para debater a grade curricular, fazendo a ponte entre os profissionais que estão lecionando com os que estão fiscalizando, impulsionando essa mudança com discussões e trazendo para a sala de aula a realidade. A escola precisa se envolver no mercado de trabalho. O sujeito mais preparado para fazer essa ponte é o Conselho”.O Coren - PR identificou, ao longo dos anos, uma queda no nível da qualificação dos profissionais. Por isso iniciou uma conversação com o Ministério da Educa-ção e Cultura (MEC) em busca de uma parceria em prol da melhora na qualidade da formação destes profissionais, visando a melhoria no aperfeiçoamento dos profissionais recém formados, o Coren realiza cursos com aulas de aperfeiçoamento gratuito que são suporte técnico aos profissionais.

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Cursos do PAPE (Programa de Aper-feiçoamento Profissional de Enferma-gem)

O CorenPR realiza cursos de capacitação gratuitos para a categoria de enferma-gem e estudantes da área. Os cursos são ministrados por profissionais volun-tários, pagos e por instituições de ensino parceiras. Durante o ano, os cursos foram realizados nas dependências da sede regional do CorenPR e cidades do interior do estado. Já participaram mais de 15 mil profissionais nos cursos do PAPE, que é considerado hoje o maior programa de aperfeiçoamento do sistema Cofen/Conselhos regionais.

Ciclo de Palestras de Enfermagem

O Ciclo promove palestras com person-alidades de renome nacional e interna-cional com temas gerenciais. É um evento exclusivo a Responsáveis Técnicos, Gerentes de Enfermagem e formadores de opinião da categoria. Essa segmentação pretende criar um ambiente de discussão crítico e de qualidade, estimulando a excelncia dos profissionais convidados nos serviços de saúde em que atuam.

QUALIFICAÇÃO NA ENFERMAGEM EM DISCUSSÃO

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hoje cerca de 22 mil p r o f i s s i o n a i s espalhados por 65 países. É patrocinada em grande parte pela filantropia de organizações privadas que enxergam sob o mesmo prisma a ajuda incondicional em favor das populações de risco. Em reconhecimento dessa benevolência, o MSF recebeu diversas homenagens por suas atividades, em especial o Prêmio Nobel da Paz de 1.999, fundamental para a criação da Campanha de Acesso a Medicamentos Essenciais.

Missão. É isso que define a vida de profissionais que abdicam de seus interesses primordiais, como família, emprego, conforto e segurança, para se dedicar a levar socorro e esperança a pessoas ao redor do mundo em situações de extrema calamidade provo-cadas por desastres naturais, fome, conflitos e doenças negligenciadas. Fundamentada nesse princípio, a organização médico-humanitária interna-cional “Médicos Sem Fronteiras” (MSF) nasceu na França, há 40 anos. Fundada por jovens médicos e jornalistas, que atuaram como voluntários no fim dos anos 60 na Nigéria, a entidade possui

A organização trabalha com extrema agilidade e liberdade, o que torna possível oferecer ajuda humanitária aonde for necessário, além de estar presente em locais onde o sistema de saúde não funciona, ou não existe,

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ONG alia voluntariado,organização e coragempara ajudar pessoas ao redor do mundo.

de 22 mil

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uma vida permitida a apenas 1,5% dos brasileiros, entendo que o mínimo que posso fazer é aquilo que Deus nos ensinou: aquele que faz a estes pequeni-nos é como se estivesse fazendo a mim”, diz Marques. Sua contribuição com o projeto foi mais do que mera ajuda financeira, uma vez que já esteve em missão com o MSF em Moçambique em 2008, onde foi possível perceber o sofrimento dos Moçambicanos. ”É triste ver o sofrimento deles, a expectativa de vida é de apenas 45 anos e mais de um terço da população tem AIDS contraída pela promiscuidade. Isso fortificou a minha determinação de continuar firme na minha missão de proporcionar melhor qualidade de vida às pessoas, ensinando-as no caminho em que devem andar”, finaliza.

FAZER O BEM FAZ BEMApesar de todas as dificuldades enfren-tadas por esses verdadeiros guerreiros engajados no projeto, desde 2006, o número de saídas para as missões multi-plicaram em mais de 1.000% até 2010, e esse número não para de crescer. São colaboradores que não cessam suas atividades até que sintam sua missão foi cumprida, embora saibam que muito mais pode ser feito em socorro dos povos necessitados.Para comprovar esse nobre intuito inerente na carreira desses profissionais, selecionamos, na próxima página, alguns testemunhais que demonstram que altruísmo e boa ação podem fazer uma grande diferença na vida dessas pessoas negligenciadas, de diversas formas, desde suas origens.

levando cuidados de saúde básica e de prevenção em campos de refugiados, áreas de grande instabilidade ou extremamente isoladas.

INDEPENDÊNCIA E ORGANIZAÇÃO PARA AJUDARAcionados por governos nacionais, organizações internacionais ou organiza-ções não governamentais, a MSF trabalha com uma logística impecável que possibilita agir com eficiência diante de uma situação de crise. Antes de começar efetivamente uma missão, uma equipe é enviada ao local para avaliar a situação, como o número de pessoas afetadas, infra-estrutura de transporte,

água e saneamento, o ambiente local e a capacidade local para responder

ao problema. Uma vez feito isso, é definido se haverá intervenção

ou não naquele país, quais são as prioridades sanitárias e equipes de ação são forma-das, bem como todos os recursos necessários para iniciar o projeto.Em situações de emergência, uma intervenção pode ser efetuada entre 48 e 72 horas, depois de ocorrido o problema. A MSF possui quatro centros de logística na Europa e no leste da África e estoques de equipamento na América e no leste da Ásia. Dessa

forma, materiais podem ser enviados de avião para

regiões em crise dentro de 24 horas.

Uma vez supridas as necessi-dades que levaram à instalação

do projeto, a equipe começa grada-tivamente a se retirar do local, sendo

que todas as missões têm prazo para se encerrar, repassando as atividades para ONG’s locais ou ao governo do país.

FRUTOS DE UMA MISSÃOÉ a fidelidade e generosidade dessas organizações que permitem salvar milhares de vidas diariamente. Marken-son Marques, empresário e um dos patrocinadores do projeto, diz que o foco de sua contribuição nunca foi trazer resultados para sua empresa. “Sou um homem de origem simples. Se Deus me abençoou ao ponto de hoje desfrutar de

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das, bem como todos os das, bem como todos os das, bem como todos os das, bem como todos os recursos necessários para recursos necessários para iniciar o projeto.Em situações de emergência, uma

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CONFLITOS ARMADOSMais da metade dos programas da MSF é destinada a vítimas de conflitos armados e instabilidade interna. A organização presta assistência a feridos em zonas de guerra em cerca de 25 países, entre eles República Democrática do Congo, Haiti, Somália, Chechênia, Iraque, Colômbia.

EPIDEMIASA MSF tem experiência em responder a manifestações epidêmicas de cólera, meningite, sarampo, malária e outras doenças infecciosas que se espalham rapidamente.

DESNUTRIÇÃOA desnutrição está associada à metade das mortes de crianças com menos de cinco anos. Quando uma pessoa sofre de desnutrição, o sistema imunológico fica comprometido, e doenças banais como gripe e gastrenter-ite podem levar à morte. A patologia é causada pela falta de nutrientes básicos na alimentação, e que muitas vezes não fazem parte dos alimentos distribuídos em situações emergenciais.

DESASTRES NATURAISDesastres naturais podem afetar severamente a estrutura de saúde de uma região ou país em questão de minutos. Por isso, MSF está sempre a postos para intervir com a rapidez necessária por contar com projetos e missões em diversas partes do mundo. Foi assim quando um terremoto atingiu o sul da China, em 2008, e um furacão passou pela região da Caxemira, na Índia e Paquistão, em 2005, além da grande tsunami no sudeste asiático, em 2004. EXCLUSÃO DE CUIDADOS DE SAÚDEMesmo em países e regiões onde não ocorram conflitos, algumas pessoas acabam excluídas do sistema de saúde por razões sociais. São, em geral, moradores de rua, migrantes, refugiados, populações que vivem em áreas de vulnerabilidade social, grupos étnicos e outras minorias que acabam expostas à violência e a doenças contagiosas.

EIXOS DE ATUAÇÃO

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56 IMAGENS: ©Brendan Bannon / ShutterstockWWW.SAUDESA.COM.BR

grande parte dos pacientes vivendo com HIV por aqui morrerá por complicações da TB. Quando eu cheguei, os pacientes com TB eram atendidos em uma tenda abafada e umedecida pelas chuvas, que são diárias nesta época do ano. Minha primeira providência foi abrir a outra porta e as janelas da tenda para permitir a circulação de ar. Alguns dias depois do inicio do tratamento, o paciente já deixa de ser bacilífero, e desta forma não contamina mais ninguém. Às vezes trabalhamos muito sem perceber nenhuma mudança, e às vezes a gente se surpreende. Em 2009, apenas 47% dos pacientes HIV eram investigados para TB, até maio de 2010, 100% dos pacientes tiveram a investigação clínica para tuberculose feita. Um verdadeiro sucesso.”

DAVID SOUZA, MÉDICO GENERAL-ISTA – KAMBATA - ETIÓPIA“Os dias aqui são muito intensos e uma semana parece um mês. A missão de emergência nutricional da MSF está dividida em algumas áreas do país, basicamente onde a situação é mais preocupante. Estou na zona de Kambata, onde iniciamos o atendimento às pessoas gravemente desnutridas.

DÉBORA DUARTE, PSICÓLOGA - DAADAB-QUÊNIA”Eu vim para implementar um projeto de apoio psicológico para as pessoas com transtornos mentais que já são acom-panhadas pela MSF, dentro do Programa de Saúde Mental. Eu sou a primeira psicóloga desse departamento de saúde mental, que já funciona há mais de dois anos, mas que ainda não contava com a colaboração de um psicólogo. Esse é um trabalho muito importante, pois a comu-nidade sofre com a falta de conscientiza-ção sobre sintomas dos transtornos mentais e com o estigma, que acaba as impedindo de procurar tratamento. Muito há de ser feito no campo psicológico. As pessoas precisam ser ouvidas. É preciso ajudá-las a reencon-trar suas habilidades internas como, por exemplo, o que as deixa feliz, o que realmente gostam e sabem fazer, mas que deixaram de lado por conta da situação. É preciso ajudá-las a resgatar tudo isso. “

RAFAEL SACRAMENTO, MÉDICO INFECTOLOGISTA – LICHINGA - MOÇAMBIQUE“HIV e tuberculose (TB) são doenças que caminham de mãos dadas. De fato,

Sabemos que alguém está severamente desnutrido quando, ao medir a circunfer-ência do braço, a quantidade de músculo é tão pequena que numa fita plástica chamada Muac, que é colocada ao redor do braço, a coloração fica vermelha, indicando necessidade de ajuda urgente e risco de morte. Algumas crianças têm tanta carência de proteína que ficam edemaciadas, outro sinal da severidade da desnutrição. Os pacientes internados nos Centros de Estabilização passam por três fases até receberem alta e voltarem para suas casas.Cada vez que esse estágio é atingido e um paciente é liberado do nosso programa, dá aquela alegria difícil de explicar. No caso das crianças, o rostinho muda tanto, que parece que a mãe entrou com um filho e saiu com outro. A criança desnutrida tem uma cara de velhinho, não sorri, é triste. Algumas têm a carinha inchada e até deformada pelo edema e cada vez que isso regride, o ar entra mais fácil nos nossos pulmões. Não dá para descrever a sensação de ver uma criança morrer de fome. Muitas mães aqui choram cantando. Cantam um canto tão triste! Outro dia, meu tradutor disse que é, na realidade, uma oração. Espero que seja atendida.”

Criança severamente desnutrida é avaliada por um profissional de Médicos Sem Fronteiras em Dagahaley, um dos três acampamentos que formam o campo de refugiados em Dadaab. Centenas de pessoas chegam todos os dias ao acampa-mento, fugindo da seca e da guerra civil na Somália.

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Prêmios Abramge deMedicina e de Jornalismo

Domingos de Lucca Júnior

2011

Tema para 2011HPV – Prevenção e TratamentoParticipantes: Médicos e Jornalistas

PrêmiosMédicos: R$ 15.000,00 (quinze mil reais) brutos, troféu e diplomaJornalistas: R$ 10.000,00 (dez mil reais) brutos, troféu e diploma

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CULTURA E LAZER | Saúde S/A

58 IMAGENS: Divulgação IPH / ShutterstockWWW.SAUDESA.COM.BR

atuais na arquitetura hospitalar brasileira, ressaltando a preocupação com o ser humano e a qualidade de atendimento que até hoje beneficiam médicos e pacientes.

O INTERESSE PELA ARQUITETURA DE HOSPITAISEm 1937, ainda estudante de Engenharia Civil da Escola Politécnica da USP, iniciou suas atividades construindo casas popu-lares, assentadas a barro, na periferia de São Paulo. Depois, casas residenciais, fábricas e prédios, em sociedade com seu irmão, Mauricio Karman, advogado,

Em uma época em que o Brasil engatin-hava no setor de saúde e grande parte da população não dispunha de condições básicas de saúde e higiene, o arquiteto Jarbas Karman compreendeu as dificul-dades no setor e se propôs a enfrentar o problema. Assumiu grandes desafios em regiões distantes do país, vivenciou contrastes imensos e buscou conhecimento internacional para trazer soluções práticas e viáveis para aplicar nos esta- belecimentos de saúde do Brasil.O resultado dessa dedicação foram idéias e conceitos que se mantém

contador e titular da Sociedade Urbaniza-dora de São Paulo, construtora fundada por eles.Em 1949, foi contratado pelo SESP - Serviço Especial de Saúde Pública (hoje Fundação SESP), que contava com a recém-criada cooperação do programa Ponto Quatro, do governo americano, para atuar na Amazônia, no Vale do Rio São Francisco, Vale do Rio Tocantins e no Vale do Rio Doce.Incumbido do planejamento, da construção, reformulação e equipa-mento de dezenas de instituições da saúde, seu trabalho teve como sede,

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O ARQUITETO

DA SAÚDEDESIGN DE INTERIORES

Jarbas Karman dedicou a vida a humanizar a arquitetura dos hospitais brasileiros

UruguaiHospital Geral de Canelones, feito em 1986 em parceria com o arquiteto Domingos Fiorentini.

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Universidade de Yale. O curriculum incluía curso de Administração Hospi-talar, na mesma faculdade. Uma segunda bolsa permitiu sua inscrição no Curso de Assepsia Hospitalar no Canadá, bem como participação nas aulas de administração hospitalar na Northwest-errn University, EUA.A etapa SESP teve o mérito de ter sido o estágio preparatório para o seu salto americano. Foi como uma transição de um pólo onde tudo estava por fazer em matéria de racionalização da saúde - para outro onde a racionalização da saúde se encontrava em frenética ebulição.Foi lhe dado o privilégio de se envolver e de acompanhar de perto a revolucionária transformação médico-hospitalar ameri-cana, de partilhar o salto para a moderni-dade da saúde, da medicina, da arquite-tura, da administração e engenharia hospitalares. Karman percorreu os Estados Unidos de costa a costa, estudando e fotografando dezenas de hospitais e unidades

sanitárias, como parte integrante do trabalho de campo programado por seu orientador da Universidade de Yale.De volta a São Paulo, organizou em 1953, no IAB de São Paulo, juntamente com os arquitetos Rino Levi e Amador Cintra do Prado, o primeiro curso de Planejamento Hospitalar e, em 1954, o segundo curso, ambos grandemente concorridos. Em 1954, editou o livro Planejamento de Hospitais, de 528 páginas, que se revelou marco da moderna arquitetura hospitalar brasileira. Em 1955, publicou o primeiro número da Revista Hospital de Hoje, órgão oficial do IPH - Instituto Brasileiro de Desen-volvimento e de Pesquisas Hospitalares, fundado em 1954, e que foi o mantene-dor da primeira faculdade de Administra-ção Hospitalar da América Latina, e publicando posteriormente os livros “Iniciação à Arquitetura Hospitalar” (1973) e “Manutenção Hospitalar Predi-tiva” (1994).

TRAJETÓRIA PROFISSIONALA trajetória profissional de Jarbas Karman é fundamental para entender sua obra e importância para a arquitetura brasileira. Fundou, junto com o irmão Mauricio Karman, a Sociedade Urbaniza-dora de São Paulo, trabalhou no programa Ponto Quatro da SESP, criou o IPH (Instituto Brasileiro de Desenvolvim-ento e Pesquisas Hospitalares), fundou o próprio escritório de projetos arquitetô-

primeiro, Belém do Pará e depois o Rio de Janeiro. Uma de suas primeiras descobertas foi a estreita vinculação entre arquitetura hospitalar, administra-ção hospitalar, condição humana e realidade cultural. Na área hospitalar, igualmente, vivenci-aria: a falta de “clima”, de mentalidade e de condições para a implantação de saneamento básico; a precaução contra o desperdício e a prevenção de infecção hospitalar; a administração com técnica, planejamento lógico e desempenho funcional. Talvez, algumas das maiores contri-buições dadas pelo SESP tenham sido seus ensinamentos e exemplos quanto à objetividade, às realizações concretas e judiciosa aplicação de recursos. Ao lado das condições de saneamento básico, eram desenvolvidas, nas cidades ribeir-inhas, campanhas sanitárias junto a adultos e crianças, com foco na educa-ção sanitária.

CONTRASTES SOCIAIS REFLETIDOS NA SAÚDEO SESP e o Brasil interiorano consti-tuíam dois mundos em contraste: de um lado, a evoluída escola de saúde pública americana; de outro, o atraso da cultura sanitária vigente. Para poder enfrentar dificuldades decorrentes dessas condições precárias em seus hospitais, o arquiteto precisou criar cursos de manutenção e de operadores de equipa-mentos. Às cidades localizadas ao longo do Rio Amazonas, chegava-se ou por barco ou pelo pesado hidroavião Catalina. Por ocasião das enchentes na região do Rio Tocantins, a cidade de Marabá (PA) inchava. Milhares de garimpeiros e catadores de castanhas afluíam. Com eles igualmente aumentavam as doen-ças transmissíveis, herpes genital, sífilis, dermatites, etc. Há mais de 50 anos, a assistência médica nessas regiões era precária e a vida pouco valorizada. Por isso, os hospitais que estavam sendo construídos naquela região eram providos de recursos para atuar, também, como amplas unidades de pacientes externos, de atenção primária, centro de vacinação e prevenção.

EXPERIÊNCIA INTERNACIONALComo prêmio pelo desempenho de suas funções, o SESP concedeu ao arquiteto uma bolsa de estudos para o curso de Mestrado em Arquitetura Hospitalar na

A trajetória profis-sional de Jarbas Karman é de funda-mental importância para a arquitetura hospitalar brasileira.

PelotasHospital de Clínicas, feito em 1956 em parceria com o arquiteto Alfred Willer.

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Preditivas (2008), além de diversos artigos e participações em publicações nacionais e internacionais.Em maio de 2011, o IPH lançou o último livro escrito pelo arquiteto Jarbas Karman, chamado Manutenção e Segu-rança Hospitalar Preditivas (Ed.Estação Liberdade). Este livro é a expressão das experiências acumuladas em uma vida inteira dedicada à arquitetura, adminis- tração e manutenção de hospitais.

O IPH HOJEAtualmente o IPH – Instituto de Pesqui-sas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, é responsável pelo acervo da obra completa do arquiteto e disponibi-liza informações para a capacitação dos profissionais e estudantes na área de planejamento de hospitais.

nicos hospitalares, onde projetou mais de 400 instituições de saúde.Acumulava diversos cargos e títulos, como membro da UIA-PHG (Grupo de Saúde Pública da União Internacional de Arquitetos), membro da Academia Brasileira de Administradores Hospitala-res, Membro da ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado,Ventilação e Aqueci-mento), Membro da ABDEH (Assoc. Bras. para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar), Presidente Vitalício do IPH, consultor do Ministério da Saúde em temas relacionados à arquitetura, infecções, equipamentos, consultor do NUTAU-USP (Núcleo de Pesquisa em Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo), entre outros .

LIVROSJarbas Karman escreveu 3 livros, Inicia-ção à arquitetura hospitalar(1973), Manutenção hospitalar preditiva (1994), Manutenção e Segurança Hospitalar

IMAGENS: UrosK / Shutterstock

O DIFERENCIAL NOS PROJETOS DE JARBAS KARMAN:- Escolha adequada do lote onde a unidade de saúde será construída.- Sempre que possível, adotar a tipologia horizontal para a unidade de saúde.- Humanização do espaço, com iluminação natural e ventilação cruzada.- Desenvolvimento do plano diretor, prevendo futuras expansões.- Unidades de internação dupla-mente carregadas (com quartos nas duas faces do corredor), para diminuir o percurso da equipe de enfermagem, otimização da construção e racionalização das instalações.- Circulações diferenciadas, circulações externas e internas, sem cruzamentos para facilitar os procedimentos internos do hospital.

PRINCIPAIS CONCEITOS:- Espaços técnicos integrados.- Postos de enfermagem descen-tralizados (postinhos).- Conceito de manutenção preditiva.- Conceito de passos (prioridade em deslocamentos).- Conceito de Valencia.

ALGUNS PROJETOS:- Hospital de Clínicas de Pelotas (RS)- Hospital São Domingos (MG)- Hospital de Aeronáutica do Galeão (RJ)- Ampliação do Hospital Albert Einstein (SP)- Instituto Nacional de Câncer e Queimados (Paraguai)- Hospital de Câncer de Barretos – Fundação Pio XII (SP)- Hospital Geral de Palmas (TO)- Hospital Madrecor (MG)

HOSPITAISAcima o Hospital Israelita Albert Einstein de Saõ Paulo, ampliado em 1985 em parceria com Domingos Fiorentini e Jorge Wilheim. Abaixo o Hospital de Aeronáutica do Galeão, no Rio de Janeiro, projetado em 1976.

IMAGENS: UrosK / Shutterstock

Liliane Barreiros é colunista da revista Saúde S/A e designer de interiores - ABD 9561.

planejamento de hospitais.

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GESTÃO INTEGRADADA QUALIDADE E RISCOSHOSPITALARES

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ACREDITAÇÃO GESTÃO DE RISCOS SEGURANÇA DO PACIENTE AUDITORIA GESTÃO DA INFORMAÇÃO EDUCAÇÃO CONTINUADA HOTELARIA HOSPITALAR CORPO CLÍNICO

09 e 10 de Novembro de 2011Hotel Pergamon

Realização: Apoio:

Conferência

Participações Confirmadas:

Reduza Eventos Adversos, Fidelize os Pacientes, e Desenvolva a VisãoSistêmica Entre as Equipes Assistenciais e Gerenciais

Alexandre Lobo - Rio Day HospitalDra. Ana Elisa A. Corrêa de Siqueira - Grupo Hospitalar

Santa CelinaDr. Carlos Alberto da Rocha Lara Jr. - Hospital Municipal

de IbiúnaCarlos Lobbé - Hospital de Clínicas Padre Miguel

Diniz Domingues Conde - Hospital Novo AtibaiaGilberto Costa - Hospital Daher Lago Sul

Dra. Heda Maria Barska dos Santos Amarante - Hospital de Clínicas da Universidade Federal do ParanáIsabel Miranda Bonfim - Hospital A. C. Camargo

Jacaúna de Alcântara - ABAH – Associação Brasileira de Administração Hospitalar

Dr. Jamir Piquini - Hospital ABC - Unidade Materno Infantil

Dr. José Geraldo de Castro - Hospital Unimed Volta RedondaLuciana Pazini - Hospital Vita Batel

Dr. Marco Aurelio Dainezi - São Joaquim Hospital e Maternidade – Franca-SP

Marisa Aquino - ICESP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo

Dra. Mônica Giesta - Hospital de Clínicas Padre MiguelDr. Rafael Munerato Almeida - Hospital Santa Paula

Renato Rocha Rabelo - Hospital Vera CruzRonaldo Mardegan - Hominiss Consulting

Sandra Francisca Pereira - Hospitais Amilpar – SPDr. Sérgio Ruffini - Hospital Mãe de Deus

Vânia Pereira - ICESP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo

Vera Lúcia Borrasca - Hospital Sírio Libanês

Participe Também de Nossos Workshops Pós-Conferência:10 de Novembro de 2011

1) Saiba Criar Indicadores Assistenciais que Direcionema Gestão de Qualidade de Forma Eficiente e Eficaz

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BUDAPESTECom suas colinas e bela arquitetura, a capital da Hungria recebe a Euroecho deste ano!

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Quem visita Budapeste conhece a soma de duas cidades, Buda, de colinas e a que conserva a parte histórica e Peste, a parte plana mais movimentada. Cortada pelo Rio Danúbio, a capital e maior cidade da Hungria sediará um dos maiores encontros educacionais e cientí-ficos de diagnóstico cardiovascular não-invasivo, o Euroecho. Esse evento anual da Associação Européia de Ecocar-diografia (EAE), um ramo registrado da Sociedade Européia de Cardiologia (ESC), acontecerá entre 7 e 10 de dezembro deste ano nessa fascinante cidade que desempenhou papel impor-tante na história européia e que detém uma arquitetura de encher os olhos. O Euroecho 2011 terá como temas principais a doença cardíaca vascular e a disfunção ventricular esquerda, além dos simpósios de costume, cursos de ensino avançado e o curso mais completo de educação em ecocardiografia, que oferecerá aos participantes uma oportunidade única para se aprofundar sobre exames não invasivos por imagem para doenças cardiovasculares. Não obstante, o Euroecho traz a oportunidade única para seus participantes apresenta-rem os resultados de seus estudos científicos para competir no Prêmio Jovens Pesquisadores, entre outras categorias que incentivam a apresenta-ção de pesquisas originais.No entanto, o Congresso não é apenas ciência, é uma oportunidade única de conhecer os maiores especialistas em diagnóstico cardiovascular do mundo, para trocar idéias com colegas com o mesmo interesse profissional vindos de todo mundo e para visitar uma das maiores exposições sobre imagem cardiovascular e produtos relacionados. E, claro, como pano de fundo se encon-tra a cidade de Budapeste onde é possível dar um longo passeio pelo Rio Danúbio, que nos presenteia com uma vista maravilhosa por toda sua extensão e deixa fluir todo o encantamento e riqueza de sua história. De fazer bem ao coração de qualquer um.

BUDA E PESTEOriginalmente separadas, Buda era a antiga província romana de Aquincum quando se fundiu no século passado com a cidade vizinha Peste, dando origem a capital da Hungria. Portanto, para organizar o passeio pela cidade, começaremos por Buda. Situada na

margem direita do Rio Danúbio, é rodeada por colinas e florestas, e aonde se concentrava grande parte da aristoc-racia húngara. Com arquitetura clássica e medieval, é um excelente começo da jornada turística em Budapeste.O passeio tem início em frente a Ponte Széchenyi, ou Ponte das Correntes – sim, a língua é tão difícil que dizem que é a única que o diabo respeita – que nos leva a uma agradável subida pela colina até a entrada do Palácio, construído no século XIII em estilo barroco, foi comple-tamente queimado, durante um golpe revolucionário 500 anos depois, e logo reconstruído, porém perdeu muito do seu charme e requinte após a Queda do Império Austro-Húngaro.Ainda neste lado da cidade está o Bastião dos Pescadores, uma espécie de terraço-fortaleza em estilo neo-gótico romanesco, construído com sete torres que representam as sete tribos magiares que ocuparam a região em fins do século X. Dali, se tem uma bela vista de Peste, na outra margem do Danúbio.Ao lado do Bastião está Igreja de São Matias, construída há 700 anos, com seu telhado revestido em cerâmica colorida brilhante, como outras construções pela cidade, que dão um tom e um charme ao clima cinzento da cidade. Pois, parafrase-ando Chico Buarque em seu livro, Buda-peste é amarela.A cidade é recortada por ruelas medi-evais cheias de história, onde é possível sentar e degustar um bom café, ou se deliciar na culinária rica, barata e cheia de carne dos restaurantes. Finalizando a parte Buda da viagem, prepare suas pernas para uma boa subida! Pois para chegar até a Citadela e seus arredores é preciso subir morro acima, porém a vista que se tem do alto vale a pena o esforço: o Danúbio e Peste em toda sua plenitude. A região de Peste fica à esquerda do Rio Danúbio e possui uma bela arquitetura em estilo clássico românico, contrapondo a antiguidade da região de Buda, e onde se concentram a maioria das atrações de Budapeste. Desse lado da cidade se encontra o monumental Parlamento Nacional da Hungria, que é a maior edificação do país e o segundo maior parlamento da Europa. Feita em estilo neo-gótico, possui surpreendentes 17 mil m2, mais de 600 cômodos e incríveis 10 pátios internos. Um verda-deiro deslumbre.

BUDAPESTE

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64 IMAGENS: Divulgação / ShutterstockWWW.SAUDESA.COM.BR

Outro ponto singular é a Catedral de São Estevão, que junto ao parlamento formam os dois maiores prédios da cidade com 96 m de altura. O interior da Basílica é esplendoroso como sua fachada renascentista já anuncia. Demorou 54 anos para ser finalizada em 1905, em virtude da queda do domo em 1868, tendo que ser demolido e re- construído novamente. Ao chegar no terraço se tem uma bela vista panorâmica da cidade, e o melhor de tudo, a subida é de elevador.Outro cartão postal da cidade, já visto em alguns filmes, é a Praça Deak, onde começa a importante Avenida Andrássy Ut, conhecida como Champs Élysées húngara. Palacetes e residências elegan-tes se concentram ao redor, bem como o pomposo prédio da Ópera Nacional da Hungria.No entanto, um bom passeio não traz toda a vitalidade se não vier acompa- nhado de um bom prato. Assim sendo, nas imediações do Castelo de Vajdahun-yad, se encontra o tradicional restau-rante Gundel, que funciona desde 1894 e famoso pela requintada culinária. E como aperitivo turístico, pegue o mais antigo metrô europeu, com destino a cidade e vá até a Rua Váci Utca, onde encontrará toda sorte de restaurantes e delicie-se com o famoso Gulash, uma sopa apimentada de carne e feijão. E apesar de todas as atrações turísticas encantadoras, o personagem principal da cidade aguarda elegantemente cada turista. O famoso Rio Danúbio não é apenas para ser contemplado dos altos das torres e edifícios, como é possível navegar por ele, especialmente ao cair da noite, quando o entardecer re- cepciona as luzes da cidade. Nos quadros ao lado você pode conhecer alguns dos mais encantadores pontos turísticos da cidade.Uma coisa é garantida, é impossível não se impressionar com a vasta beleza de Budapeste. Nas longas caminhadas, aproveite para apreciar todos os detalhes dos prédios, fachadas, varanda e monu-mentos que guardam silenciosamente a história de uma nação.Para falar um pouco mais sobre o Euroecho, entrevistamos os presidentes do EAE, Sr. Patrizio Lancellotti e Sr. Luigi Badano, que discorreram sobre as expectativas do Congresso e a escolha da cidade de Budapeste, também conhecida como a “Pérola do Danúbio”.

Budapeste é bela de um extremo do Rio Danúbio ao outro, portanto, aqui vão mais algumas dicas turísticas para você aproveitar completamente sua viagem!

MUSEU NACIONAL

É o melhor monu-mento da arquitetura

húngara clássica.

PASSEIO PELO RIO DANÚBIO

O passeio sai da doca, próximo à Ponte Elizabeth e circunda a Ilha

Margareth, passando pelos principais pontos da cidade. A

duração é de uma hora e o custo é de aproximadamente 10 euros.

COLINA DO CASTELO

Um lugar magnífico para caminhar pelas ruas medievais e apreciar o panorama de todo o lado de Peste.

LAGO BALATON

É um lago com 80 km de comprimento na região central da Hungria e também chamado o Mar da Hungria, já que o país não tem qualquer mar.

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O que motivou a escolha dos principais temas: doença das válvulas cardíacas e disfunção ventricular esquerda?A avaliação da geometria e disfunção ventricular esquerda, bem como da anatomia e gravidade da doença das válvulas do coração, são as indicações mais freqüentes para realizar um estudo ecocardiográfico. Embora a doença cardíaca valvular (VHD) seja menos comum em países industrializados do que a doença coronária, insuficiência cardíaca ou hipertensão, a VHD é de interesse para os médicos porque é comum e muitas vezes necessita de intervenção. A tomada de decisão para a intervenção é complexa e depende principalmente do valor de diagnóstico de imagem multi-modalidades e mais especificamente ecocardiografia. De fato, a ecocardiografia é a técnica- chave usada para confirmar o diagnóstico de VHD, bem como para avaliar a sua gravidade e prognóstico. O advento de novas modalidades de ecocardiografia mudou a nossa forma de avaliar esses pacientes, nossa compreensão da fisiopato-logia e para melhor encaminhamento desses pacientes à cirurgia ou intervenção percutânea. A avaliação da disfunção do ventrículo esquerdo (LV) é uma parte fundamental da avaliação cardíaca em todas as doenças cardíacas, fornecendo informa-ções essenciais para diagnóstico, tratamento e prognóstico. O que os visitantes podem esperar esse ano do Euroecho?Esse ano o nome formal do evento foi alterado para Euroecho & Other Imaging Modalities. O Congresso irá lidar com mais de 80 sessões ao longo de um período de 4 dias e é um lugar para crescer juntos, trocar, interagir com seus colegas de diferentes países e de continentes diferentes. Este ano o congresso se concentrará em como modalidades de imagem podem afetar a tomada de decisão clínica e nos resultados. Os objetivos serão concentrar-se numa abordagem integrada de imagem cardíaca, onde o paciente assume o papel central. Esse evento não é apenas europeu, mas também um encontro internacional com mais de 86 países participantes de todo o mundo. Estamos orgulhosos e felizes por atender nossos colegas provenientes da Ásia, América do Norte e América do Sul.A cidade de Budapeste foi escolhida para o evento este ano, em sua opinião, o que o visitante pode explorar?Estamos muito satisfeitos por organizar, pela primeira vez o Euroecho na Hungria. Budapeste tem muito a oferecer, museus, galerias, palácios e edifícios históricos, banheiras e piscinas estão à disposição do visitante. É uma das mais agradáveis e deliciosas cidades da Europa. Graças a sua localização perfeita, hospitalidade húngara e monumentos memoráveis, tem sido chamada de “Pequena Paris da Europa Central” e a “Pérola do Danúbio”.

A SINAGOGA DOHÁNY

É a segunda maior do mundo e tem capacidade

para 3 mil fiéis. Sua fachada mourisca é um marco na

cidade e foi construída no século XIX.

PARLAMENTE NACIONAL

Abriga a coleção de jóias da Hungria e para os privilegiados

que têm passaporte europeu, a entrada é gratuita.

PRAÇA DOS HERÓIS

Rodeada por dois prédios imponentes, o Museu das Belas Artes e a Sala de Exposições, na praça ergue-se um obelisco com a imagem do arcanjo Gabriel segurando o símbolo do reino húngaro.

BANHOS SZECHENYI

Budapeste é uma cidade de termas, então aproveite as 15 piscinas com águas termais ricas em minerais com temper-aturas que variam de 24 a 36 graus C.

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NÁUTICACULTURA E LAZER | Saúde S/A

66 IMAGENS: André Assef / ShutterstockWWW.SAUDESA.COM.BR

Onde a paixão pelo oceano fala mais alto

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durante uma ressa-

ca em Guara-tuba, quando um

barco maior, que estava ancorado ao lado do meu,

acabou passando por cima do meu barco”, lembra-se.

As dificuldades ficaram para trás, mas a paixão pelo mar não. Pelo contrário, a convivência se transformou em compro-misso e, hoje, Dr. Assef é um dos diretores do Iate Clube de Guaratuba, principal clube náutico do Paraná. Ele comenta que a classe médica e da saúde em geral é grande adepta dos esportes náuticos. “É uma classe que gosta muito de navegar, tenho muitos colegas médi-cos de várias especialidades”, afirmou.Em comum, todos os adeptos de esportes náuticos têm a paixão pelo mar e o contato com a natureza acaba se tornando a forma de driblar o stress do dia a dia. “Quando saio com o barco, a sensação é de que os problemas ficaram para trás e a cabeça está leve”, comenta o implantodontista.Outro ponto em comum entre os praticantes de esportes náuticos é que a paixão pelo mar acaba contagiando toda a família. “Esta é a essência de qualquer atividade náutica, independente da

condição financeira e do tamanho da embarcação. Seja em um barco a remo, uma pequena lancha de alumínio ou em um iate de mais de 36 pés, o importante é unir a família pelo objetivo comum que é estar perto do mar”, concluiu.A adoração pelo oceano faz parte da história da humanidade. Descobertas e conquistas que mudaram o mundo começaram justamente no mar, graças à coragem dos desbravadores europeus, que se aventuravam pelos sete mares em busca de novas terras e riquezas. Atualmente, milhões de pessoas parecem ter herdado o espírito aventu-reiro dos desbravadores, e buscam no mar um tesouro dos mais preciosos: a paz de espírito e o contato com a natureza.Nas próximas páginas, você saberá um pouco mais sobre esse estilo de vida que une milhões de pessoas de todas as partes do mundo e curiosidades sobre o esporte pelos quatro cantos do mundo.

“ U m dia, eu ainda

vou ter um desses”. Era o que pensava o garoto

André quando estava pescando sobre as pedras da baía de Guaratuba, no litoral paranaense, e via passar os barcos que levavam os pescadores para o interior da baía atrás dos famosos robalos, tipo de peixe comum naquela região.O tempo passou e o menino André tornou-se o Dr. Assef, implantodontista. Sim, ele conseguiu realizar seu sonho e, atualmente, são raros os finais de semana em que ele não desce a Serra do Mar com toda a família para mais um encontro com o mar.É claro que as coisas não foram tão fáceis assim. Até conseguir realizar seu sonho – o que só foi possível depois de vários anos reunindo os amigos na famosa “vaquinha” para alugar barcos para um dia de pescaria - Dr. Assef passou por muitas dificuldades, e chegou a v seu sonho naufragar, literal-mente. “Meu primeiro barco afundou

Em alto mar!Dr. Assef com suas filhas curtindo um passeio náutico.

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No mundo todo, existem aproximada-mente 35 milhões de barcos de recreio. Metade deles está nos Estados Unidos e Canadá, 24% na Europa e, o restante, distribuído por outros países.

O Caribe continua sendo a meca do turismo náutico mundial, mas nem tudo é “céu azul”por lá. A atividade se retrai durante o período dos furacões, quando severas tormentas tropicais atingem a região.

O Mar Mediterrâneo, que banha países como França, Espanha, Itália, Turquia e Portugal, tem uma das maiores concen-trações de embarcações de recreio do mundo.

Os Estados Unidos têm mais de 12.000 marinas, totalizando mais de 1 milhão de vagas. Isso representa metade das vagas para barcos em todo o mundo.

Atualmente, o Brasil é reconhecido como um dos países com maior potencial no mundo em atividades náuticas e vem atraindo a atenção de um setor que representa um faturamento anual de US$ 17 bilhões de dólares. Salvador (BA), Ilha Bela (SP), Porto Belo (SC) e Angra dos Reis (RJ) são algumas das cidades náuticas mais procuradas pelos turistas.

Itajaí (SC) é a única cidade da América do Sul que será ponto de parada da Volvo Ocean Race, regata de volta ao mundo que é considerada a “Fórmula 1” da vela. A competição passa pela cidade em abril de 2012 e a prefeitura mandou até instalar um painel que conta os dias para a chegada dos barcos. A previsão é que o evento atraia 200 mil visitantes à cidade.

No entanto, os números do setor não refletem o tamanho e as condições favoráveis do Brasil para a prática de esportes náuticos: o país tem 130 mil barcos registrados, apenas 27 marinas e cerca de 200 garagens náuticas e iates-clubes.

68 IMAGENS: UrosK / ShutterstockWWW.SAUDESA.COM.BR

NO BRASIL

PELO MUNDO

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Durante o inverno, o lago Michigan (USA) congela e um milhão e meio de embarcações de recreio precisam ser retiradas para a terra firme.

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Page 72: Saúde S/A - Ed. 04

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IMAGENS: Divulgação

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de como deseja terminar a vida diante de doenças terminais. Acom-panhado pela irmã Margo Janus e pelo amigo médico Neal Nicol, Jack passa a fazer "consultoria de morte", que ele chamou de "serviço médico". No qual visitava os pacientes que desejam morrer e os entrevistava sobre os motivos, sempre filmando tudo. Após, aplicava seu procedimento o qual auxiliava a pessoa a cometer suicídio. Até criou em 1988, uma "máquina" que possibilitava aos pacientes a cometer suicídio puxando uma cordinha que liberava uma série

de drogas no organismo. O Dr. Kevork-ian ajudou em mais de uma centena de suicídios assistidos, o que provocou fúria de promotores locais e de parte da popu-lação, e o apoio de Janet Good, presidente do Hemlock Society. Em 1999 foi condenado a uma pena de 10 a 25 anos de prisão pelo assassinato de um doente de esclerose lateral amiotrófica, a quem administrou uma dose de drogas letais. As imagens deste momento foram filmadas por Kevorkian e exibidas pelo programa 60 Minutes, do canal CBS.Jack Kevorkian faleceu em 3 de junho deste ano aos 83 anos e foi um dos primeiros a defender o que considerava uma morte digna a doentes terminais, a eutanásia. Procedimento que continua em discussão e é proibido em diversos países.O telefilme foi indicado para quinze prêmios Emmy, vencendo para melhor ator e melhor roteiro (Adam Mazer) e Brenda Vaccaro foi premiada como melhor atriz coadju-vante no Satellite Awards.

Produção para TV produzida pelo canal HBO, "Você Não Conhece Jack" é um cinebiografia do controvérsio "Dr. Morte", Jack Kevorkian. O longa mostra a trajetória do médico que nas décadas de 80 e 90 causou polêmica ao defender a eutanásia e ajudar a mais de cem suícidios assistidos de pacientes em estado terminal.O filme conta com Al Pacino no papel de Jack, com uma atuação perfeita que lhe rendeu prêmios como o Emmy e o Globo de Ouro. Além disso, estão no elenco Susan Saradon (Janet Good), John Good-man (Neal Nicol) e Brenda Vaccaro (Margo Janus). A direção ficou por conta de Barry Levinson (Rain Man).A história mostra o médico estudine-dense que defendia o direito à escolha

DOUTORYOU DON’T KNOW JACK:A HISTÓRIA DO

MORTE

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EM UM MUNDO MELHORDinamarca / Suécia - drama - 2010Anton é um médico que divide sua vida entre o trabalho num campo de refugiados na África e sua vida na Dinamarca. Ele e sua família enfrentam conflitos que os levam à difícil escolha entre a vingança e o perdão.

SPLICECanadá/França/EUA - ficção científica - 2010Sarah e Adrien são dois jovens cientistas rebeldes que desafiam os limites da ciência e da lei e criam um perigoso experimento: um organismo criado a partir de DNA humano e animal.

GREY'S ANATOMYABC - Drama - 8ª TemporadaDrama médico que mostra a rotina dentro do Hospital Seattle Grace. A série foca suas vidas amorosas e as dificuldades que passam no trabalho. A 8ª tempo-rada estréia em 22 de setembro.

HOUSEDinamarca / Suécia - drama - 2010Contando a história de um médico polêmico, irreverente e anti-social que não confia em ninguém, muito menos em seus pacientes. House estreia, nos EUA, em 3 de outubro sua 8ª temporada.

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EM UM MUNDO MELHOR

Page 74: Saúde S/A - Ed. 04

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HOSPITABILIDADE - NA PERSPECTIVA DA GASTRO-NOMIA E DA HOTELARIA, de Ernesto Lima Gonçalves (Ed. Saraiva, 344 páginas, R$98,00)

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CONVERSAS COM LÍDERES SUSTENTÁVEISRicardo Voltolini (Ed. Senac São Paulo, 252 páginas,

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Page 75: Saúde S/A - Ed. 04

Nós, da NAGIS Health, temos 10 ótimas razões

para comemorar o primeiro semestre

deste ano!

Dez novos clientes em nosso programa de Atenção à Saúde

Se sua operadora ainda não iniciou ações efetivas dentro da medicina preventiva, conforme preconiza a ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar, este é o convite para que sua organização seja nosso feliz décimo primeiro cliente, colhendo todos os benefícios que somente nossas soluções podem agregar para você.

Somente no primeiro semestre a NAGIS Health teve o prazer de somar 10 novos clientes a sua carteira do Programa de Atenção à Saúde.Esta é mais uma prova da qualidade que dedicamos aos nossos produtos, serviços e clientes, bem como a importância que os programas de atenção à saúde vêm recebendo por parte do mercado.

QUEM CONHECE SEMPRE INDICA"Somos clientes da NAGIS há bastante tempo. Mas, recentemente, aderimos ao módulo de

Gerenciamento de Saúde para nos ajudar em nosso programa de medicina preventiva.

Ficamos surpresos com os resultados e, em menos de um ano, já obtivemos uma previsão de

redução de custos anuais na casa dos R$800 mil reais. Este é um produto que ajuda muito na

implementação estratégica e e�caz do gerenciamento de projetos, sem o qual �ca difícil

compreender e mensurar os resultados."

Apas Bauru - Consaude - Unimed Barra do Piraí - Unimed Campina Grande - Unimed Costa-Oeste

do Paraná - Unimed Petrópolis - Agemed -Unimed Pindamonhangaba - Doctor Clin -

Unimed Sao José dos Campos.

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Saúde Integrada e sócio-diretor da

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