saude

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Resumo para apresentação no Sindees A SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL NÃO PODE MORRER “Nao ha como esconder: a saude no Brasil vai mal” INTRODUÇÃO Quatro noticias, veiculadas na grande imprensa do país no mês de julho revelam a situação da saúde no Brasil: Notícia 1, jornal nacioal, dia 15 de julho: desdentados Efetivação da implementação 29. da Lei nº 6.050, de 24 de maio de l974, que obriga a todos os municípios do Brasil com estação de tratamento d’água a adicionar flúor na água do abastecimento de suas cidades, como forma de garantir a redução dos índices de cárie na população e o controle multisetorial dessa aplicação (heterocontrole). Que seja retirado do Congresso Nacional o projeto de lei contra a fluoretação das águas de abastecimento, benefício este indispensável para a prevenção de doenças bucais e para a promoção da saúde humana. Noticias 2, jornal o Estado de São Paulo: MPF indicia governo por deixar de investir 5,5 bi tal qual Notícia 3, OESP, mulher grávida morre de gripe suína na fila da H1N1. Noticia 4, jornal nacional, José Alencar foi operado pela enésima vez e retirou 16 tumores, depois de ir nos EUA, mais uma vez, sucesso Sirio Libanês. Sobrevive a um câncer letal há 10 anos, tratmento nos EUA e em um dos melhores hospitais do mundo, hospital privado, Sirio Libanês. Quando José Alencar morrer será transformado em um mártir. Estas notícias revelam que a Saúde no Brasil está privatizada. O SUS, por falta de financiamento, perde a universalidade, sendo a cada dia um serviço para os pobres, e nesta sociedade dividida em classes, “um serviço para pobres será sempre um serviço pobre” Lord Beveridge, idealizador do sistema de saúde inglês, um dos mais conhecidos modelos de acesso universal, justificava o valor da universalidade ao expressar que serviços exclusivos para os pobres serão sempre serviços pobres. A criança pobre que morreu na fila do SUS será mais um número nas estatísticas. A história deste país continua sendo a história dos ricos, apesar de um ex retirante nordestino presidir o país. Este estudo é dedicado a todas as crianças pobres que não conseguiram sobreviver devido à ganância do sistema capitalista, que transforma tudo que toca em morte e destruição.

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saude nao pode morrer

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Resumo para apresentação no Sindees A SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL NÃO PODE MORRER “Nao ha como esconder: a saude no Brasil vai mal” INTRODUÇÃO Quatro noticias, veiculadas na grande imprensa do país no mês de julho revelam a situação da saúde no Brasil: Notícia 1, jornal nacioal, dia 15 de julho: desdentados Efetivação da implementação 29. da Lei nº 6.050, de 24 de maio de l974, que obriga a todos os municípios do Brasil com estação de tratamento d’água a adicionar flúor na água do abastecimento de suas cidades, como forma de garantir a redução dos índices de cárie na população e o controle multisetorial dessa aplicação (heterocontrole). Que seja retirado do Congresso Nacional o projeto de lei contra a fluoretação das águas de abastecimento, benefício este indispensável para a prevenção de doenças bucais e para a promoção da saúde humana. Noticias 2, jornal o Estado de São Paulo: MPF indicia governo por deixar de investir 5,5 bi tal qual Notícia 3, OESP, mulher grávida morre de gripe suína na fila da H1N1. Noticia 4, jornal nacional, José Alencar foi operado pela enésima vez e retirou 16 tumores, depois de ir nos EUA, mais uma vez, sucesso Sirio Libanês. Sobrevive a um câncer letal há 10 anos, tratmento nos EUA e em um dos melhores hospitais do mundo, hospital privado, Sirio Libanês. Quando José Alencar morrer será transformado em um mártir. Estas notícias revelam que a Saúde no Brasil está privatizada. O SUS, por falta de financiamento, perde a universalidade, sendo a cada dia um serviço para os pobres, e nesta sociedade dividida em classes, “um serviço para pobres será sempre um serviço pobre” Lord Beveridge, idealizador do sistema de saúde inglês, um dos mais conhecidos modelos de acesso universal, justificava o valor da universalidade ao expressar que serviços exclusivos para os pobres serão sempre serviços pobres. A criança pobre que morreu na fila do SUS será mais um número nas estatísticas. A história deste país continua sendo a história dos ricos, apesar de um ex retirante nordestino presidir o país. Este estudo é dedicado a todas as crianças pobres que não conseguiram sobreviver devido à ganância do sistema capitalista, que transforma tudo que toca em morte e destruição.

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1. INDICADORES DA SAÚDE NO BRASIL E NO MUNDO

Nos Estados Unidos,país imperialista mais importante, a saúde não é universalizada até hoje. sistema só fornece proteção, mesmo assim precariamente, a cerca de 90 milhões de cidadãos, um contingente equivalente a 30% da população. Brasil aponta no sentido da privatização como nos EUA.

Canadá é, ao lado de alguns países europeus, referência internacional na assistência à saúde, com a totalidade de sua população atendida pelo sistema estatal.

6,2

5,1 5,0 4,9 4,8

3,8 3,7 3,6 3,5 3,2 3,1 3,12,7 2,6 2,3

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

Cuba

Argentina

Uruguai

Costa Rica

VenezuelaBrasil

Chile

ParaguaiPeru

Equador

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De maneira geral, nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, a maior parte do financiamento da saúde provém de fontes públicas e de recursos geridos por operadoras de planos e empresas de seguros privados. O desembolso direto, forma mais iníqua e excludente de financiamento é, paradoxalmente, maior nos países mais pobres (OMS, 2000). Nos países de renda alta as fontes administradas pelo setor público se responsabilizam, em média, por mais de 60% do gasto total, enquanto nos países de renda baixa a participação do setor público não chega a 25% do dispêndio total (SCHIEBER et al, 2006). Na América Latina e no Caribe a participação de recursos públicos é, em média, inferior a 50%. De acordo com estimativas da OMS, o Brasil gastou cerca de 7,9% do PIB com saúde em 2005. Desse montante, o gasto privado (das famílias e das empresas) responde por 55,9% do gasto total e o desembolso no ato (out-ofpocket) 19, isoladamente, atinge cerca de 30% do total (OMS, 2008). Ou seja, como parcela do PIB o país gasta valores próximos aos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), mas, ao contrário destes, no Brasil a participação do gasto público, como percentual do gasto total, é muito menor20 (tabela 1). Um relatório da OMS sobre o desempenho dos sistemas nacionais de saúde classificou o Brasil em 125º lugar entre 191 países e em 28º na América Latina e Caribe (de 33).

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2. A IMPLANTAÇÃO DO SUS E A SAÚDE PRIVADA NO BRASIL O valor social atribuído a essa questão é confirmado por pesquisas de opinião que colocam a saúde como o maior problema enfrentado no dia-a-dia, segundo 24,2% da população, seguido pelo desemprego (22,8%), situação financeira (15,9%), violência (14%) (CONASS, 2003). Ou, ainda, como o pior dos problemas nacionais, junto com a violência, de acordo com 21% dos brasileiros (Datafolha , 2007, apud Sinmed-MG, 2007). Nos termos da CF de 1988, saúde é direito do cidadão brasileiro, assegurado por políticas sociais e econômicas e pelo acesso universal e igualitário aos serviços de saúde (artigo 196). Ao mesmo tempo, a CF determina que é dever do Estado garantir o exercício desse direito (artigo 196), por força de sua responsabilidade tanto no campo específico das ações e serviços públicos de saúde, exercida por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), como, no âmbito geral, ao promover o desenvolvimento social e atuar sobre os determinantes das condições de saúde. Embora livres à iniciativa privada (artigo 199 caput), as ações e serviços de saúde são de “relevância pública”, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle (CF, artigo 197). Resolução importante da Constituição de 1988: universalização da Saúde (constituição do SUS), porém veio com um vírus dentro do sistema (saúde complementar privada) que contaminou e dominou todo o organismo social da saúde no Brasil. Hoje a saúde no Brasil é privada e o governo sucateia o SUS para que todos migrem para o setor privado. Isso é o que demonstraremos neste estudo. Outro parasita que acompanhou o surgimento do SUS foi a municipalização da Saúde no Brasil. Isto desobrigou o governo federal com a saúde, favorecendo o sucateamento da saúde pública em favor da saúde privada. Atualmente, embora mais de 90% da população seja usuária do SUS, apenas 28,6% utilizam exclusivamente o sistema público, o que é pouco quando comparado com os percentuais de países com sistemas universais de saúde consolidados há mais tempo. Aqui, a maioria (61,5%) utiliza o SUS e outras modalidades (plano de saúde, pagamento direto). Os não usuários são 8,7% (CONASS, 2003).IMPORTANTE POIS JÁ NÃO É UNIVERSAL PELAS DEBILIDADES DO SUS. As quatro vias de acesso da população aos serviços de saúde: a) o SUS, de acesso universal, gratuito e financiado, exclusivamente, com recursos públicos (impostos e contribuições sociais); b) o segmento de planos e seguros privados de saúde, de vinculação eletiva, financiado com recursos das famílias e/ou dos empregadores; c) o segmento de atenção aos servidores públicos, civis e militares, de acesso restrito a essas clientelas, financiado com recursos públicos e dos próprios servidores, junto com o anterior formam os chamados sistemas de “clientela fechada”; e d) o segmento de provedores privados autônomos de saúde, de acesso direto mediante pagamento no ato (out-of-pocket) (RIBEIRO; PIOLA; SERVO, 2006). Mudanças no financiamento público A aprovação da Emenda Constitucional (EC) no 29, em 2000, conferiu maior estabilidade ao financiamento federal da saúde e propiciou alteração significativa na participação relativa dos estados e dos municípios no financiamento do SUS1

. Nos anos 1990, os recursos federais correspondiam a cerca de 73% do gasto público com saúde (BARROS; PIOLA; VIANNA, 1996). Em 2000, essa participação tinha decrescido para cerca de 60% (PIOLA; BIASOTO, 2001). Em 2005, a participação federal ficou em torno de 50%.

A E.C.29 garante 10% da Receita Corrente Bruta do geverno federal para a saúde (Aumento Progressivo) LULA JÁ DISSE QUE VAI VETAR POIS CAIU A CPMF E GOVERNO NÃO TEM COMO BANCAR

1 A EC nº 29, de 2000, vinculou recursos para ações e serviços públicos de saúde nas três esferas de governo. Para a esfera federal a base foi o orçamento executado em 1999, mais 5%, para o ano 2000 e daí para frente seriam feitas correções com base no crescimento nominal do PIB. Para estados e municípios foram vinculados 12% e 15% da receita própria, respectivamente, partindo-se de um patamar de 7% em 2000. A própria emenda prevê a revisão/ confirmação dos critérios a cada cinco anos no máximo

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A EC no 29, proporcionou um aumento nos recursos públicos destinados à saúde no período 2000-2005, tanto no volume total, como em valores per capita. Também cresceu o percentual do gasto do SUS em relação ao PIB2. As taxas de crescimento dos gastos com saúde nas três esferas de governo, contudo, não foram idênticas. Os recursos aplicados pelos estados e pelos municípios apresentaram taxas de crescimento maiores que as do governo federal3

.

JULHO 2009: O ministro da Saúde, José Gomes Temporão representantes de diversas entidades ligadas à área de saúde e integrantes da Frente Parlamentar da Saúde estiveram reunidos nesta quinta-feira com o presidente da Câmara, Michel Temer, para pedir prioridade para a votação do Projeto de lei Complementar 306/08, que regulamenta a Emenda Constitucional 29. O texto aprovado pelo Senado previa a correção do orçamento da saúde com base nas receitas correntes brutas da União, de forma escalonada, começando com um percentual de 8,5% até alcançar os 10% ao final de 4 anos. Com foi modificado na Câmara, terá que ser analisado novamente pelos senadores. Perondi afirma que as entidades ligadas ao setor consideram o texto aprovado pelo Senado o melhor, pois destina mais recursos para a saúde, cerca de R$ 24 bilhões por ano além do orçamento atual. APESAR DOS AVANÇOS, MORTALIDADE INFANTIL E ESPERANÇA DE VIDA, INDICADORES BÁSICOS PARA A SAÚDE NO BRASIL: CONCEITOS E APLICAÇÕES – BRASILIA 2008 – DATASUS – INDICADORES E DADOS BÁSICOS DA SAUDE – IDB

2 A despesa dos três níveis de governo com o SUS cresceu de 2,89% do PIB em 2000 para 3,47% em 2005 3 Isso decorre, em parte do esforço maior exigido dos estados, Distrito Federal e municípios, pela EC nº 29.

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ENQUANTO AUMENTA AS FILAS POR CIRURGIAS, DIMINUI O NÚMERO DE LEITOS

DIMINUI GASTO FEDERAL COM SAUDE, MUNICIPALIZAÇÃO É DESOBRIGAÇÃO

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MUNICIPALIZAÇÃO DA SAUDE Tabela 6: Evolução do Gasto com Ações e Serviços de Saúde, por esfera de governo -2000/04/07

PORQUE A SAUDE NO BRASIL ESTÁ PRIVATIZADA? AQUI TÁ A ORIGEM DE TODO MAL Também, o art. 24 da Lei n.º 8080/90 estabelece que “quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura assistencial à população uma determinada área, o Sistema Único de Saúde – SUS poderá recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa privada." O que ocorreu, de fato, com as terceirizações previstas na Lei das OSs foi a transferência, pelo Estado, de suas unidades hospitalares, prédios, móveis, equipamentos, recursos públicos e, muitas vezes, pessoal para a iniciativa privada. A introdução da administração gerenciada, como mecanismo de gestão para o SUS, é um subterfúgio para a terceirização e a privatização de serviços do setor saúde e se transforma em problemas previsíveis a) transferência de "poupança pública" ao setor privado lucrativo; b) repasse de patrimônio, bens, serviços, servidores e dotação orçamentária públicos a empresas de Direito Privado; g) a dispensa de licitação em qualquer caso é ilegal e fere a Constituição IMPORTANTE SUBSIDIO ESTATAL AO SETOR PRIVADO 66,4% PRIVADO. A SAUDE É UMA MERCADORIA A hegemonia privada na oferta de serviços médico-hospitalares e a ênfase na recuperação da saúde, uma constante ao longo da história do país, foram robustecidas a partir de 1974 graças à sinergia entre os financiamentos subsidiados do Fundo de Assistência Social (FAS) da Caixa Econômica Federal (CEF) para ampliar e modernizar a rede privada e a garantia de mercado proporcionada pelos contratos previdenciários de compra de serviços. No país como um todo,em que pesem o crescimento da rede pública e a queda em número dos leitos hospitalares privados desde 1984, o setor privado permanece majoritário. Em 2005, do total de leitos existentes no país, 66,4% eram privados.

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DADO SUPER IMPORTANTE QUE MOSTRA QUE A SAÚDE NO BRASIL NÃO É PUBLICA E SIM PRIVADA. OS MAIS PBRES PAGAM CERCA DE 15% DO RENDIMENTO EM SAÚDE. NOS UDESTE CHEGA A 20% DA RENDA DOS MAIS POBRES NA SAUDE. é a persistência de padrões clientelistas na utilização de serviços públicos, que privilegiam o acesso a procedimentos de maior complexidade para pacientes encaminhados pelo sistema privado. FRASE BANCO MUNDIAL “O Brasil gasta mais com saúde do que outros países de renda média: 8,3% do PIB (US$ 566,00 per capita em paridade de poder de compra) em 2002, sendo que 45% desse valor vêm de fontes públicas. Mesmo assim, o país atinge apenas resultados medianos. Isso também é verdadeiro em relação ao subsetor hospitalar, que conta com cerca de meio milhão de leitos e produz 20 milhões de internações. O cenário é dominado por provedores privados, que respondem por 70% de todos os leitos, mas a maior parte do atendimento hospitalar é custeada pelo SUS por meio de uma variedade de mecanismos de repasses e pagamentos que vêm sendo consolidados e racionalizados.” Uma comparação entre as taxas de pagamento do SUS com os custos reais de uma amostra de procedimentos de internação mostra que, em média, o SUS paga valores bem inferiores ao custo. Além disso, os incentivos embutidos nas taxas de pagamento são distorcidos. Procedimentos de alta complexidade, como cirurgia cardíaca e transplantes de órgãos, são reembolsados bem acima do custo, enquanto que procedimentos básicos, de baixa complexidade, são remunerados a menos de 30% do custo, em média. Essa estrutura de incentivos distorcida ajuda a explicar o excesso de oferta de equipamentos e serviços de alta complexidade e a crescente especialização de hospitais privados nesses procedimentos lucrativos . O capítulo também mostra que pagamentos abaixo do custo contribuíram para a crise financeira das instituições sem fins lucrativos, altamente dependentes do SUS. Essas unidades recorrem cada vez mais a subsídios públicos pontuais ou de emergência para fechar as contas. Esses auxílios , por sua vez, oferecem pouco incentivo para a busca da eficiência. “Retiraram o percentual da saúde da Receita da Previdência. Hoje teríamos 40 bilhões a mais no orçamento, o que poderia ajudar o SUS”. ATRAVÉS DA DRU O presidente da Comissão de Seguridade Social (CSS), Jofran Frejat (PR-DF) BALANÇO DE 20 ANOS DO SUS FEITO PELO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA “Desta forma, o SUS, já no seu nascedouro(NEOLIBERALISMO), enfrentou uma realidade política e econômica adversa, que gerou o seu desfinanciamento progressivo, com a conseqüente falta de recursos, uma vez que a Constituição de 1988 previa que a verba para o SUS seria de 30% do orçamento da seguridade social. Esse percentual significaria atualmente, pelo menos, o dobro do orçamento atual do SUS. No entanto, com o tempo, foram encontrados artifícios legais para que o orçamento fosse diminuindo. (...) SAUDE NO BRASIL É PRIVATIZADA O SUS atende a 80% da população brasileira, aproximadamente 150 milhões de pessoas, e consome 45% do total de gasto com saúde no país. Enquanto o setor de saúde suplementar, representado pelos planos de saúde, tem 40 milhões de usuários, que representam 20% da população e consomem 55% desse total de gastos. ministro da Saúde, José Gomes Temporão – dia 28 de maio de 2009.

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3. O GOVENRO FEDERAL SUCATEIA O SUS, PARA AMPLIAR A REDE PRIVADA Em 2007, por exemplo, o Brasil pagou 160 bilhões de reais em juros da dívida,valor este que é mais do triplo do que todo o orçamento do Ministério da saúde para aquele ano. Gráfico: Evolução das despesas com ações e serviços de saúde do Ministério da Saúde e dos Juros da Dívida, ambos em proporção do PIB, em % - 1995 – 2006 O governo Lula,portanto,não cumpre nem a constituição burguesa que jurou defender. VER 10% DA RECEITA BRUTA DA UNIÃO o estado brasileiro gasta pouco com saúde.Vamos aos números: O SUS gastou em 2008 103,3 bilhões de reais, enquanto que o sistema complementar gastou 56,9 bilhões.Os gastos de famílias (consultas particulares,compra de medicações em farmácias,etc...) somaram 55,5 bilhões.Acontece que o SUS gastou os 103,3 bilhões para atender os 189,6 milhões de habitantes,enquanto que o sistema complementar gastou seus 56,9 bilhões para atender,no máximo, quarenta milhões de pessoas.Traduzindo para números mais simples,o SUS gastou em 2008 a quantia de 1,49 reais por pessoa por dia,enquanto que o sistema complementar gastou 3,89 reais por dia por paciente, duas vezes e meia a mais do que o SUS. o sistema complementar é falho e economiza dinheiro mandando pacientes caros para o SUS (politraumatizados,terminais,psiquiátricos, transplantes e AIDS) Desde 1995 (governo FHC) até 2008,a porcentagem do PIB gasta pelo ministério da saúde é dramaticamente fixa,flutuando entre 1,5 e 1,7% do PIB. A OMS (organização mundial da saúde) preconiza que o gasto público mínimo em saúde aceitável para países com a saúde universalizada é de 6% do PIB.Em 2007 o Brasil gastou 3,34% do PIB- entram aí os gastos do Ministério da Saúde (1,7% do PIB),governos estaduais (0,9%do PIB) e municípios (0,9% do PIB). Existe um claro corte de classe,aonde a burguesia, aclasse média e setores privilegiados da classe trabalhadora recorrem majoritariamente aos convênios/planos de saúde ou serviços privados. 50 MILLHÕES SAÚDE PRIVADA E 140 MILHÕES SUS Brasil o estado de uma nação

7,5

5,85,2

7,99,1

7,2 7,3

8,59,3

7,38,1

6,9

1,73 1,47 1,65 1,56 1,72 1,73 1,73 1,67 1,60 1,68 1,73 1,76

0,001,002,003,004,005,006,007,008,009,00

10,00

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Em %

PIB

Despesa Ações e Serv Saúde % PIB Despesa Juros e Encargos Dívida % PIB

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IPEA – 2007 Tomando-se a despesa efetiva total da União como parâmetro de comparação, verifica-se que a despesa federal com a implementação das políticas sociais diminuiu de 59,3% em 1995 para 56,5% em 2005 (apesar do aumento, absoluto e relativo, verificado anteriormente); enquanto a despesa financeira aumentou de 19,6% para 27,2%. LULA MANTEVE FHC E PIOROU NO ATENDIMENTO COM GASTOS SOCIAIS, FAZENDO FIRULA COM BOLSA FAMÍLIA

ANOS ESTÃO TROCADOS NO GRAFICO PROVA DA DESOBRAGAÇÃO DO GOVENRO COM SAÚDE E CRESCIMENTO DO SETOR PRIVADO

Boa parte dos serviços financiados pelo SUS é na verdade prestada por prestadores privados filantrópicos ou lucrativos contratados pelo SUS ou através de convênios. O governo federal, através do Ministério da Saúde, é o principal financiador do SUS, responsabilizando-se por cerca de 53% do gasto público total em saúde.

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Os pagamentos federais através dos sistemas AIH e SIA correspondem a 35% da receita recebida pelos hospitais federais, 38% e 28% nos hospitais estaduais e municipais respectivamente, e 58% nos hospitais filantrópicos privados que possuem contratos com o SUS. Os hospitais privados contratados pelo SUS dependem mais de recursos federais do que os hospitais públicos sub-nacionais. Esses últimos recebem receita dos orçamentos sub-nacionais. Entre os hospitais públicos, 40% dos hospitais federais obtêm receita de planos privados de saúde e pacientes particulares

Privado inclui 10 hospitais filantrópicos e 1 lucrativo, todos com contratos com o SUS. 60% DO FINANCIAMENTO DOS HOSPITAIS PRIVADOS VEM DE FINANCIAMENTO PÚBLICO A PNAD 1998, entretanto oferece dados interessantes e coerentes com os desta pesquisa. Dos pacientes internados em hospital público, 2,5% pagaram pelo atendimento – o que é proibido pela legislação do SUS – e 42% pagaram totalmente ou parcialmente pela sua medicação. As proporções são semelhantes para o atendimento ambulatorial ou diagnóstico /terapêutico em hospitais públicos (1.2% pagaram pelo atendimento e 40,5% por medicamentos). Porém, as proporções são sensivelmente mais altas nos prestadores privados do SUS: 48% pagaram por medicamento em internação e 56% em atendimento ambulatorial. O GOVERNO LULA SEGUE A RISCA A RECEITA DE PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE DO BANCO MUNDIAL Frases do Banco Mundial – estudo de La Forgia: “Ao contrário da maioria dos países, o Brasil tem um sistema hospitalar altamente pluralista, composto por uma gama de arranjos financeiros, organizacionais e de propriedade que abrangem tanto o setor público quanto o privado. O Brasil também é único em sua longa tradição de financiar prestadores privados com recursos públicos.” “Como os hospitais são a maior fonte de gastos dentro do sistema de saúde brasileiro, e quase 60% desse gasto é financiado por dinheiro público, a contenção do aumento de gastos se tornou um tema importante para a política de saúde em todos os níveis do governo.”

HOSPITAIS NO PAÍS

Hospitais Públicos Federal 55

2.812 Estadual 544 Municipal 2.213

Hospitais Privados Sem Fins Lucrativos 1.728

4.687 Lucrativos 2.959

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Hospitais Universitários e de Ensino 186 186 TOTAL 7.685 Fonte DATASUS - 08/2008

HOSPITAIS DISPONIBILIZADOS AO SUS

Hospitais Públicos Federal 28

2.777 Estadual 536 Municipal 2.213

Hospitais Universitários

186 186 TOTAL 2.963

Hospitais Privados Filantrópicos 1.651

3.134 Lucrativos 1.483

TOTAL 6.097 Fonte DATASUS - 08/2008

LEITOS DE HOSPITAIS

LEITOS 2005 2006 2007 2008

Leitos SUS 380.572 375.682 372.811 357.299

Leitos não SUS 123.430 122.915 130.414 145.211

TOTAL 504.002 498.697 503.225 502.510

Fonte DATASUS - 08/2008

LEITOS SUS Não SUS TOTAL Leitos UTI 10.874 26.595 37.469 Leitos Cirúrgicos 75.938 37.403 113.341 Leitos Psiquiatria 43.166 9.261 52.427 Leitos Reabilitação 1.036 265 1.301 TOTAL 131.014 73.524 204.538 Fonte DATASUS - 08/2008 PROPOSTA DE LULA PARA PRIVATIZAR A SAÚDE BANCO MUNDIAL “Finalmente, no início de 2007 o MS desenvolveu uma proposta legislativa para converter hospitais públicos da administração direta em fundações independentes, regidas pelo direito privado. A proposta envolve o estabelecimento de conselhos de governança, com autoridade para tomada de decisões referentes à utilização de todos os recursos. Até a finalização deste relatório (dezembro de 2007), o projeto de lei ainda dependia de aprovação no Congresso.” Há claros riscos destas Fundações Estatais de Direito Privado chegarem a promover compras sem licitação, com favorecimento a setores empresariais ou familiares, como mostra o exemplo recente ocorrido na Secretaria de Saúde do Tocantins, e brilhantemente desembaraçado pelo Tribunal de Contas da União, uma vez que, em nome da Cantilena da Agilidade, a OSCIP BRASIL recebeu de mão beijada toda a Gestão do SUS naquele estado. Será que o interesse central está na tentativa de garantir maior autonomia à FIOCRUZ, INCA, INTO, Grupo Hospitalar Conceição, como fizeram com os Hospitais da antiga Fundação das Pioneiras Sociais, refundada como Associação, hoje gestora do Grupo Sarah Kubitschek, que passa longe do Controle Social e dos princípios e diretrizes do SUS?

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Este contrabando teve a assistência direta dos tecnocratas do Banco Mundial Em maio passado, O Globo revelou que “o relatório do Banco Mundial foi coordenado pelo especialista-líder em saúde do Bird no Brasil, Gerard La Forgia”. Estes e outros fatos graves confirmam a suspeita de que as fundações estatais fazem parte da estratégia mundial do sistema financeiro para abocanhar altos lucros nos serviços públicos privatizados. O projeto também garante que “as fundações estatais que atuarem nas áreas sociais gozarão de imunidade tributária sobre o patrimônio, renda ou serviços relacionados com suas finalidades essenciais e serão isentas da contribuição da seguridade social”. Esta outra aberração, bem ao gosto do “deus-mercado”, permitirá que as fundações utilizem os recursos do Estado, mas não contribuam para a formação do fundo da seguridade que sustenta a própria política social. Ao ficarem isentas de impostos e contribuições, elas serão alvo da cobiça das empresas privadas, representarão mais um fardo nas receitas do Estado e fragilizarão a seguridade social. PROVA QUE LULA CONTINUOU OBRA DO FHC E PRIVATIZA SAÚDE: mercantilização da saúde. implantação de um novo modelo de gestão: as Fundações Estatais de Direito Privado. A implantação das Fundações Estatais de Direito Privado (FEDP), significa a defesa escancarada pela privatização da saúde pública, perdas de direitos dos trabalhadores e desrespeito aos princípios do SUS. Através das FEDP será possível transpor, de forma mais extrema, a lógica empresarial para o SUS, principalmente no tocante à precarização do trabalho em saúde e a abertura para a iniciativa privada. A FEDP prevê modificações na forma de contratação da força de trabalho, os profissionais de saúde serão contratados por meio da CLT (Consolidações das Leis de Trabalho). Os trabalhadores de saúde perderão a estabilidade garantida pelo Estatuto do Funcionalismo Público e serão obrigados a seguirem metas de produtividade indicadas pelas fundações, As fundações também poderão buscar parcerias com o capital privado. Frase do temporão defendendo as FDP “É exatamente por isso que eu sou um absoluto defensor do projeto que cria as fundações estatais de direito privado. Essa nova figura jurídica trará mais agilidade e eficiência na administração de serviços prestados à população. O projeto muda completamente a qualidade do funcionamento do serviço público e resolve problemas estruturais, especialmente na área social. Dispomos de formas precárias e, muitas vezes, irregulares de contratação de pessoal nos hospitais públicos. Por meio de metas de prestação de serviços e de qualidade, a fundação estatal de direito privado favoreceria a regularização dessa situação.” José Gomes Temporão – entrevista ao jornal do Conselho Federal de Medicina número 177 de maio junho de 2009. O Conselho Nacional de Saúde recusou a proposta de Fundação Estatal para o Sistema Único de Saúde, em sua 174ª Reunião, de 13 de junho de 2007

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O governo federal encaminhou ao Congresso, no dia 13 de julho DE 2007, o projeto de lei que cria as Fundações Estatais de Direito Privado (FEDP). O modelo, que conta com apoio de setores de governos estaduais e do Ministério da Saúde, apresenta uma “nova” roupagem de terceirização e privatização para funções que por lei são deveres do Estado. Embora constituídas como prestadoras de serviço público, as Fundações Estatais são submetidas às regras de gestão aplicadas no setor privado, como já acontece com as OS’s e OSCIP´s, implementadas em alguns estados.

Segundo nota da Central Única dos Trabalhadores, “o projeto de Fundação Estatal interrompe a consolidação do SUS e entra em confronto com seus princípios fundamentais, colocando em risco o atendimento ao usuário, tanto no acesso como na qualidade dos serviços. Abandona a perspectiva da construção de uma carreira única para os profissionais da saúde, e não prevê a estabilidade para os futuros empregados destas fundações, o que representa a retirada de direitos sociais historicamente conquistados pelos servidores públicos”. Para o conselheiro nacional de saúde e diretor do SIND-SAÚDE/MG, Eni Carajá, essa proposta quer implantar fundações, “substituindo o SUS”, em pelo menos 10 hospitais federais e 48 hospitais universitários. “Travamos uma luta histórica contra a privatização e a precarização dos serviços públicos, que agora aparece com o nome de fundação estatal. Os trabalhadores já estão se mobilizando para impedir esse absurdo”, alertou Eni

4. NO BRASIL, SAÚDE RIMA COM LUCRO Privatização em sp NOTE4 BEM, DINHEIRO PUBLICO PARA SETOR PRIVADO As organizações sociais – Na segunda metade dos anos 1990, a defesa de uma administração pública gerencial, contraposta ao modelo “burocrático” tradicional, conduziu, em decorrência da política de reforma do Estado, a proposta de criação da Organização Social (OS), um tipo de entidade que adota um estilo gerencial privado, mas que atua sob controle do poder público mediante contrato de gestão. Quando qualificada como OS, uma entidade privada sem fins lucrativos estará habilitada a receber recursos financeiros e a administrar bens e equipamentos do Estado. Em contrapartida, ela se obrigará a celebrar um contrato.. o modelo de OS acabou sendo adotado pelo governo do Estado de São Paulo, A caracterização jurídica das OSs paulistas é a de entidades privadas que prestam serviços sob incentivo público, de acordo com os princípios que regem o SUS, conforme determinado no contrato de gestão. As OSs realizam com o SUS uma “parceria completa” de serviços, com base fundamentalmente em patrimônio público, posto à disposição da entidade em regime de comodato. num dos slogans da reforma do Estado: “fazer mais com menos”, ou seja, com menos recursos financeiros, humanos e materiais. Há indícios concretos que as OSs fazem mais com menos? Um estudo realizado por Ibañez et. al. (2001), mostrou que os padrões de despesa das unidades hospitalares sob regime de OS são relativamente altos. As receitas obtidas com internação, recebidas do SUS (MS) na forma de Autorização de Internação Hospitalar (AIH), correspondem de 28% a 48% das despesas globais com cada internação. A diferença é coberta com recursos da secretaria estadual. Em comparação, nos hospitais filantrópicos, as receitas provenientes do SUS cobrem, em geral, mais de 50% das despesas realizadas com internação.

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Segundo o estudo, embora configurado numa avaliação preliminar, esse dado “aponta para a preocupação futura de manutenção do sistema”. Contudo, uma avaliação realizada em 2005 pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, comparando 13 hospitais em regime de OS com 13 hospitais da administração direta, indicou que os primeiros apresentavam um custo médio por internação 24% menor. Atualmente a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo opera em regime de OS um número razoável de unidades: 19 hospitais (4.300 leitos), três ambulatórios e um laboratório de análise clínica. Em 2006, a prefeitura da capital, inspirada no exemplo estadual, qualificou cinco entidades como OS para operar unidades da rede municipal do SUS. DIEESE – ABRIL DE 2009. a saúde complementar realiza de 30% a 60% de todos os serviços de apoio à diagnose e terapia no país. oferta de planos de saúde privados individuais e coletivos, por parte de empresas chamadas de operadoras de planos de saúde. O atendimento se verifica por meio de uma rede de atendimento formado pelo que se chama de prestadoras, que são os estabelecimentos de saúde privados. Esse mercado é regulado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar. Há cerca de 30 milhões de usuários de planos coletivos privados de assistência médica no Brasil, e aproximadamente 9 milhões de usuários de planos coletivos privados exclusivamente odontológicos, regulados pela ANS. São, portanto, quase 40 milhões, que representam 73% dos 50 milhões de usuários de planos de saúde no Brasil. Quase a totalidade dos usuários de planos coletivos privados de saúde são trabalhadores e suas famílias. Faz parte da dinâmica da negociação de um grande número de sindicatos no Brasil a temática do plano de saúde coletivo privado, como uma reivindicação expressa dos trabalhadores. O setor de saúde suplementar surgiu em meados dos anos 60 e se expandiu significativamente nos anos 80 e 90. A regulação do setor se deu, no entanto, em 1998 com a publicação da Lei 9.656. Em 2000, é criada a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) com a Lei 9.961 Entre 2000 e 2008, a saúde suplementar no Brasil teve forte crescimento, no que se refere ao número de vínculos a planos de saúde totais e coletivos.

Enquanto o total de vínculos a planos de saúde com cobertura de assistência médica cresceu 35%, os vínculos a planos coletivos com o mesmo tipo de cobertura aumentaram em 234%, passando de 30% do total em março de 2000, para 73% em setembro de 2008. DINHEIRO PUBLICO PARA SETOR PRIVADO – LEITOS NO BRASIL – SAUDE É PRIVADA E GPVERNOP SUBSIDIA CONSULTA Em 2005, o setor privado como um todo operou 57,6% dos cerca de 330 mil leitos disponíveis para o SUS4. O segmento privado sem fins lucrativos contribuiu com 37,2% do total de leitos, enquanto o segmento com fins lucrativos teve uma participação bem menor, 20,4%. A participação pública, 42,4% do total, é compartilhada entre a União (4,1% dos leitos), estados (17,6% dos leitos) e municípios (20,7% dos leitos)5

4 A categoria “leitos disponíveis ao SUS” é comumente usada para caracterizar aqueles leitos que podem ser utilizados por pacientes do SUS. Esta categoria decorre de duas situações: a) quando alguns estabelecimentos públicos (estatais, mas não de acesso universal), como, por exemplo, os hospitais das forças armadas, alocam parte de seus leitos para o SUS; e b) nos hospitais privados contratados refere-se aos leitos colocados à disposição do SUS, uma vez que geralmente a maior parte é destinada para pacientes de planos de saúde e aos que pagam diretamente pelos serviços prestados.

.

5 A participação privada também pode ser auferida pela proporção de internações providas pelo SUS. Em 2005, 57,2% de 11,4 milhões de internações registradas no sistema do MS foram realizadas por entidades privadas. Os estabelecimentos sem fins lucrativos (conveniados) contribuíram com 39,8% do total de internações (4,54 milhões), enquanto os estabelecimentos com fins lucrativos (contratados) contribuíram com apenas 17,4% (1,99 milhão) de acordo com o Datasus

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DADOS IMPORTANTES DA ANS – OPERADORAS PRIVADAS – DADOS 2009.

A distribuicao dos vinculos dos benefi ciarios pelas 1.549 empresas com benefi ciarios mostra que 43 delas concentravam 50,9% do total dos benefi ciarios, sendo que apenas tres reuniam 11,8%. Alem disso, 90% do total de benefi ciarios estavam concentrados em 441 empresas, enquanto os 10% restantes se dividiam por mais de 1.100 operadoras (Figura 4).

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A receita de contraprestacoes das operadoras de planos privados de saude (Tabela 3) passou de 32 bilhoes de reais em 2004 para 58 bilhoes em 2008, o que representou uma variacao de 80,8%, enquanto a variacao do gasto assistencial foi de 78,3% (Tabela 4). Considerando que o numero de benefi ciarios cresceu 33,3% e que a infl acao, medida pelo Indice de Precos ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 20,6%, o crescimento real estimado da receita foi de 12,5% e o da despesa de 10,9% nesse periodo. A relacao entre a despesa assistencial e a receita das operadoras (sinistralidade) manteve- se em torno de 80,0% (20% LUCRO) nas operadoras medico-hospitalares e 50,0% nas operadoras odontologicas no periodo analisado (Tabela 5). IMPORTANTE BALANÇO TOTAL DAS OPERADORAS ATÉ 2008 – COLOCAR BEM ACIMA DO PONTO QUE MOSTRA PESO PRIVADO E RELACIONAR COM OS LUCROS DOS PLANOS DE SÁUDE, ETC DA EXAME E SOMAR LABORATORIOS, FARMÁCIAS, ETC. INTERESSANTE NOTAR OS LUCROS DAS FILATRÓPICAS. IR PARA O COMEÇO DO TEXTO – MOSTRA PRIVATIZAÇÃO E ONDE ESTÁ INDO O DINHEIRO PUBLICO

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Nas filantropias, observou-se o menor percentual de benefi ciarios, distribuido em 97 entidades. Já as seguradoras de saude, apesar de somarem apenas 13 empresas, concentravam 11,8% dos benefi ciarios. As 225 autogestoes concentravam 10,1% dos benefi ciarios.

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só fica no SUS quem não tem recursos para comprar um plano (...); quem pode pagar tem plano de saúde (...); e o SUS pode cuidar melhor dos pobres . Caderno de Informação da Saúde Suplementar: Beneficiários, Operadoras e Planos JUNHO 2009 O mercado de planos privados de saúde teve, em 2008, uma receita de 59 bilhões de reais, 14,0% maior que a de 2007. A receita média de contraprestações (razão entre a receita e o número de benefi ciários) passou de R$ 89,21, em 2007, para R$ 93,99, em 2008, ou seja, um aumento de 5,4% (muito próximo da variação do IPCA/ IBGE, neste período, que foi de 5,9%) Dados da AMS de 2005 mostraram que naquele ano existiam no país pouco mais de sete mil estabelecimentos com internação e 443 mil leitos. O setor privado era o principal provedor de serviços hospitalares, com cerca de 62% dos estabelecimentos e aproximadamente 66% dos leitos4 No que diz respeito à natureza pública ou privada dos estabelecimentos, a sua distribuição por região e tipos de convênio, os dados do CNES mostraram que, no Brasil, 61,6% dos estabelecimentos com internação, 70,4% dos que prestavam atendimento ambulatorial e 72% dos que prestavam serviços de apoio à diagnose e terapia (SADT) eram privados.

MUITO IMPORTANTE POIS MOSTRA A PRIVATIZAÇÃO

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LUCROS DO SETOR PRIVADO EM 2008 – REVISTA EXAME PLANO DE SAUDE

empresa vendas 2008 (mi U$)

AMIL 2.036.605.000,00

Unimed 3.658.300.000,00

Medial Saude 845.600.000,00

Golden Cross 566.000.000,00

Intermédica 519.500.000,00

DASA 339.800.000,00

Mediservice 226.500.000,00

HapVida 141.700.000,00

Odontoprev 132.800.000,00

Omint 193.900.000,00

Sulamed 127.800.000,00

Total 8788505000,00 LABORATORIOS

empresa país vendas 2008 (mi U$)

Sanofi-Aventis francês 1.228.900.000,00

Novartis suíço 1.115.500.000,00

Roche canadense 734.800.000,00

Pfizer americano 666.100.000,00

Astra Zeneca anglo-sueco 584.400.000,00

Lilly americano 545.200.000,00

Aché brasileiro 455.800.000,00

EMS Sigma Pharma brasileiro 445.000.000,00

Eurofarma brasileiro 423.600.000,00

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Biosintética brasileiro 381.900.000,00

Merck alemão 332.300.000,00

Wyeth americano 332.300.000,00

Cristália brasileiro 254.900.000,00

Bristol-Myers Squibb americano 253.100.000,00

Medley brasileiro 243.100.000,00

Biolab Sanus brasileiro 211.100.000,00

Hospfar brasileiro 159.200.000,00

União Farmaceutica brasileiro 156.700.000,00

Neoquimica brasileiro 147.800.000,00

Teuto brasileiro 113.700.000,00

Fort Dodge brasileiro 92.400.000,00

Valleé brasileiro 86.300.000,00

Total 8.964.100.000,00 FARMACIAS

empresa vendas 2008 (mi U$)

Profarma 1.294.100.000,00

Panarello 1.250.000.000,00

Pague Menos 688.600.000,00

São Paulo 627.200.000,00

Drogasil 589.100.000,00

Pacheco 554.400.000,00

Droga Raia 528.800.000,00

Panvel 454.600.000,00

Araújo 263.500.000,00

Santana 1.435.000.000,00

Total 7.685.300.000,00 SEGURADORAS

Seguradora Saúde vendas 2008 (mi U$)

Bradesco Saúde (Previdência) 3.417.300.000,00

Sul América Saúde 1.907.900.000,00

Mapfre Seguro e Previdencia 383.000.000,00

Porto Saúde 284.900.000,00

Metlife 238.300.000,00

Allianz Saúde 155.900.000,00

Unimed Seguros Saúde 153.500.000,00

Unibanco Saúde 147.000.000,00

Marítima Saúde 137.100.000,00

Tokio-Marine Vida 109.800.000,00

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Dix Saúde (AMICO-AMIL) 488.700.000,00

Total 7.423.400.000,00 HOSPITAIS

hospital vendas 2008 (mi U$)

Albert Einstein 571.800.000,00

SPDM 510.400.000,00

Santa Catarina 387.800.000,00

Santa Casa de SP 265.800.000,00

Sírio-Libanês 259.700.000,00

Rede Sarah 240.300.000,00

Nossa Sra. Da Conceição 212.500.000,00

Hosp. Das Clinicas POA 181.800.000,00

Beneficiência Portuguesa 173.500.000,00

ASSIM 157.400.000,00

Santa Casa de POA 153.800.000,00

A.C. Camargo 135.600.000,00

São Rafael 126.700.000,00

Santa Lucia 83.100.000,00

Santa Helena 54.600.000,00

Santa Luzia 53.900.000,00

Total 3.568.700.000,00 SOBRE SETOR FILATRÓPICO Dimensionamento dos planos de saúde comercializados por hospitais filantrópicos RELATÓRIO FINAL - Rio de Janeiro, 2004 O setor hospitalar filantrópico no Brasil é atualmente responsável por cerca de 1/3 do parque hospitalar existente no país. São 1.917 unidades com aproximadamente 132 mil leitos2, sendo a quase totalidade constituída de prestadores de serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS) e cerca de 70% destas, simultaneamente prestadores para o sistema suplementar. No passado foram os benfeitores ou abastados mantenedores da filantropia que configuraram uma clientela particular das chamadas “santas casas” ou as comunidades específicas nos hospitais beneficentes. Hoje, seja na forma de “planos de associados”, carnês, ou nos planos de saúde regulamentados, os segmentos médios da população optam por ser clientes privados dos hospitais filantrópicos. Trata-se de operadoras que claramente se situam em condições especiais no mercado: de um lado, aquelas únicas no município concorrem na prática com o próprio SUS, diferenciando seus produtos (basicamente na hotelaria) e, de outro, aquelas localizadas em municípios de maior porte têm como fator competitivo os seus preços, inferiores aos do mercado. O menor preço provavelmente é propiciado pelos incentivos fiscais disponíveis e, ainda, pelo fato do prestador ser próprio. De outro modo, a oferta concomitante ao SUS amortizaria boa parte dos investimentos, propiciando igualmente preços inferiores no segmento de operadoras de planos. setor hospitalar filantrópico, que hoje se volta mais a atividades empresariais no campo do ensino, principalmente, mas também a cemitérios e funerárias até mesmo à gestão de outras empresas, embora as atividades de assistência médico-hospitalar continue sendo a mais importante, seguida da operação de planos de saúde.

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Destaca-se a importante participação do segmento filantrópico na prestação de serviços ao SUS (mais de 80% dos hospitais nos 3 grupos) Cresce o número d e hospitais privados lucrativos, financiados pelo Estado por meio de empréstimos subsidiados pelo Fundo de Apoio do Desenvolvimento Social (FAS), que são a primeira opção da Previdência para a compra de serviço hospitalar. “contratação de serviços de terceiros em detrimento [da ampliação e melhoria] dos serviços próprios da Previdência Social” Desde a Constituição de 1946, essas instituições estão isentas do pagamento de impostos sobre o patrimônio, a renda e os serviços prestados, seja no âmbito federal, estadual e municipal. Essas entidades gozam ainda da isenção do imposto de importação, do imposto sobre produtos industrializados, quandO estes produtos forem para uso próprio da entidade ou de distribuição gratuita; do pagamento da previdência social IAPAS (somente aquelas que adquiriram esse direito até 1977), da contribuição para o FINSOCIAL e da contribuição sindical. Têm tratamento especial quanto ao FGTS e ao PIS. As pessoas físicas ou jurídicas que façam doações para manutenção dessas entidades obtêm deduções no imposto de renda. Estas entidades podem também ser reconhecidas como de utilidade pública pelo Estado, recebendo, nesse caso, recursos dos cofres públicos. A condição de entidade de utilidade pública solicitada à União, estados e municípios obedece à legislação própria de cada nível de poder. Esta transformação dos hospitais filantrópicos em operadores de saúde, sem deixar de ganhar com a prestação de serviços médicos aos convênios particulares, tem como objetivo propiciar a continuidade de seu próprio processo de acumulação como empresa capitalista, especializada na comercialização da atenção médico-hospitalar. GASTOS COM FARMACIA E MEDICAMENTOS DEFICIT IMPORTAÇÃOMEDICAMENTOS No balanço de pagamentos, por sua vez, somente a importação de fármacos e medicamentos – sem incluir, portanto, equipamentos e outras tecnologias de ponta do setor –, tem apresentado um déficit superior a US$ 3,5 bilhões nos últimos anos (GADELHA, 2008). GENERICOS Foram introduzidos, em média, com preços 40% menores do que os medicamentos de referência e esta diferença tendeu a aumentar ao longo do tempo. Comparando a diferença de preço do genérico em relação ao seu medicamento de referência observou-se aumento de 68% nos quatro anos seguintes ao seu lançamento”. Outro mecanismo de regulação de preços passa pela via tributária. Em 2001, por exemplo, os medicamentos de uso continuado e os antiinfecciosos – inclusive antibióticos – foram desonerados do PIS/Cofins (Lei no 10.147). TRANSFERENCIA DE DINHEIRO PÚBLICO PARA SETOR PRIVADO Mais recentemente o governo tem procurado facilitar o acesso a medicamentos por meio do programa Farmácia Popular. No programa Farmácia Popular 1, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma das executoras do programa, seria responsável por adquirir os medicamentos de laboratórios farmacêuticos públicos ou do setor privado e disponibilizá-los nas farmácias populares a preço de custo para a população.

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5. A SAÚDE EM MINAS GERAIS E BH

ISTO SIGNIFICA QUE 21% DA POPULAÇÃO DE MG PAGA R$ 100 REAIS POR MÊS COM SAÚDE

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DADOS DA SAUDE DE MINAS GERAIS Ano-Base 2008 - ANUAL UF: Minas Gerais - MG

Indicador Valor

1.1 Participação da receita de impostos na receita total do Estado 70,31 %

1.2 Participação das transferências intergovernamentais na receita total do Estado 28,65 %

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1.3 Participação % das Transferências para a Saúde (SUS) no total de recursos transferidos para o Estado

14,5 %

1.4 Participação % das Transferências da União para a Saúde no total de recursos transferidos para a saúde no Estado

93,8 %

1.5 Participação % das Transferências da União para a Saúde (SUS) no total de Transferências da União para o Estado

24,5 %

1.6 Participação % da Receita de Impostos e Transferências Constitucionais e Legais na Receita Total do Estado

79,7 %

2.1 Despesa total com Saúde, sob a responsabilidade do Município, por habitante 200,07

2.2 Participação da despesa com pessoal na despesa total com Saúde 14,84 %

2.3 Participação da despesa com medicamentos na despesa total com Saúde 10,23 %

2.4 Participação da desp. com serviços de terceiros - pessoa jurídica na despesa total com Saúde

22,04 %

2.5 Participação da despesa com investimentos na despesa total com Saúde 11,93 %

3.1 Participação das transferências para a Saúde em relação à despesa total do Município com saúde

29,64 %

3.2 Participação da receita própria aplicada em Saúde conforme a EC 29/2000 12,19 %

A RECEITA CORRENTE LÍQUIDA DE MG EM 2008 FOI DE 29.242 BI GASTO COM SAÚDE: R$ 2.794 BI INCLUI GASTOS COM SANEAMENTO, PREVIDÊNCIA, ETC. QUE É ILEGAL. GASTO REAL SEM ESTES ITENS FOI DE R$ 1.458.833.592,98I (CERCA DE 5%, TERIA QUE SER NO MÍNIMO 12%), SENDO QUE TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS DA UNIÃO E DOS MUNICÍPIOS PARA O ESTASDO FOI DE R$ 1.177.2006.516,69 DESPESAS COM SAÚDE (por subfunção) LIQUIDADAS Jan a Dez 2008

Atenção Básica 780.577.155,14 Assistência Hospitalar e Ambulatorial 1.206.497.846,39 Suporte profilatico e terapêutico 35.957.375,61

Vigilancia Sanitária 12.127.707,27

Vigilância Epidemiológica 28.398.712,59

Alimentação e nutrição 887.500,00

Outras Subfunções 1.907.133.661,03

TOTAL 3.971.579.958,03 6. A REDE DE SAÚDE PRIVADA DE BH

BELO HORIZONTE

Elevação da Receita Corrente Líqüida de BH entre 2002 e 2008

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2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Educação 326.761.2 356.723.9 428.139.6 471.702.4 528.890.0 620.466.4 749.499.2

Saúde 180.880.2 226.801.3 266.699.4 288.214.9 344.163.9 394.139.8 510.782.1

Saneamento 117.384.6 148.071.3 161.240.6 186.504.7 217.547.4 256.053.5 337.385.5

Habitação/Urbanismo 151.677.1 231.457.7 192.444.0 210.129.8 372.590.9 386.532.7 591.443.9

Transporte 88.153.65 95.662,00 67.015.14 71.533.18 66.119.46 72.888.53 85.905.18

Terceirização 701.115.7 725.974.6 814.248.1 921.145.4 978.738.8 1.088.679 1.169.814

0,00

200.000.000,00

400.000.000,00

600.000.000,00

800.000.000,00

1.000.000.000,00

1.200.000.000,00

1.400.000.000,00

Investimentos sociais X terceirização 2002-2008 – em milhões de reais

Fonte: relatórios financeiros da Prefeitura de BH – 2002-2008

VER RELATORIO GERAL GASTOS DA PREFEITURA COM A SAÚDE (MINIMO É 15% E PAGA MEDIA DE 10%)

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INDICADORES MUNICIPAIS Ano-Base: 2008 - Anual Município: Belo Horizonte - MG

Indicador Valor

1.1 Participação da receita de impostos na receita total do Município 27,71 %

1.2 Participação das transferências intergovernamentais na receita total do Município

41,79 %

1.3 Participação % das Transferências para a Saúde (SUS) no total de recursos transferidos para o Município

37,06 %

1.4 Participação % das Transferências da União para a Saúde no total de recursos transferidos para a saúde no Município

95,90 %

1.5 Participação % das Transferências da União para a Saúde (SUS) no total de Transferências da União para o Município

71,41 %

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1.6 Participação % da Receita de Impostos e Transferências Constitucionais e Legais na Receita Total do Município

50,85 %

2.1 Despesa total com Saúde, sob a responsabilidade do Município, por habitante R$ 501,87

2.2 Participação da despesa com pessoal na despesa total com Saúde 44,01 %

2.3 Participação da despesa com medicamentos na despesa total com Saúde 1,17 %

2.4 Participação da desp. com serviços de terceiros - pessoa jurídica na despesa total com Saúde

43,28 %

2.5 Participação da despesa com investimentos na despesa total com Saúde 3,32 %

3.1 Participação das transferências para a Saúde em relação à despesa total do Município com saúde

65,72 %

3.2 Participação da receita própria aplicada em Saúde conforme a EC 29/2000 20,97 %

SIOPS 2008

DESPESAS COM SAÚDE (por subfunção)

DESPESAS EXECUTADAS

LIQUIDADAS Jan a Dez (d)

INSCRITAS EM RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS (e)

% ((d+e)/c)

Atenção Básica N/A 93.867.302,00 70.393.022,38 19.653.912,25 6,67 Assistência Hospitalar e Ambulatorial 715.625.938,00 638.797.298,89 54.330.839,00 51,36

Vigilância Epidemiológica 27.984.590,00 15.424.301,87 11.282.279,33 1,97

Outras Subfunções 555.654.007,00 497.250.647,73 42.374.034,42 39,98

TOTAL 1.393.131.837,00 1.221.865.270,87 127.641.065,00 100

INFORMAÇÕES DA SMS DE BH Há atualmente na Central de Internação de Belo Horizonte, 62.500 pessoas aguardando por uma cirurgia. Todos os meses a Central recebe 3.800 novos pedidos de procedimentos cirúrgicos. O SUS-BH realizava, em junho de 2009, aproximadamente 2.400 cirurgias eletivas por mês, uma média de 80 cirurgias por dia. a previsão é que, em até três anos, a fila seja zerada. Esse tempo varia de sete a 67 meses dependendo da especialidade.

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7. PELA UNIVERSALIZAÇÃO DO SUS E PELA ESTATIZAÇÃO DE TODA A REDE PRIVADA, SEM INDENIZAÇÃO Implantar o SUS definitivamente sem um aumento substancial de verbas para a saúde não mudará a essência dos problemas e deficiências do sistema.Sem aumento de verbas o sistema se deteriora e cresce a grita pela privatização do mesmo (LINHA DO FHC QUE LULA CONTINUOU).Por outro lado, é um crime aumentar os gastos de saúde para financiar as organizações sociais DE DIREITO PRIVADO, QUE É O EIXO DA PRIVATIZAÇÃO DO GOVERNO SERRA EM SP E QUER IMPLANTAR LULA EM TODO O PAÍS COM AS FDP.

DEFENDEMOS INCONDICIONALMENTE O SUS, EXIGIMOS UNIVERSALIZAÇÃO TOTAL E ESTATIZAÇÃO DE TODO O SISTEMA, HOSPITAIS, CLÍNICAS, LABORATORIOS FARMACIAS, TODOS OS HOSPITAIS PRIVADOS INCLUSIVE FILANTROPICOS E ISONOMIA SALARIAL E CONTRATAÇÃO TODOS PELO ESTADO, FIM DAS TERCEIRIZAÇÕES, REDUÇÃO DA JORNADA, GERARÁ MAIS 10 MILHÕES DE EMPREGOS PÚBLICOS.

REIVINDICAR SUS E FINANCIAMENTO SAÚDE PUBLICA - Retomar os princípios da Reforma Sanitária no que diz respeito à saúde como direito de seguridade social e componente indissociável do desenvolvimento social, fortalecendo as relações entre os diversos setores, cumprindo a legislação do SUS, em particular no que tange ao acesso universal de atenção à saúde. Efetivar a saúde como direito de todos e dever do Estado (Art. 196). Garantir, nas três esferas de governo, o repasse dos recursos da seguridade social ao financiamento das áreas de assistência social, previdência social e saúde, destinando 30% ao orçamento da Saúde e retomando o seu princípio da unicidade. FINANCIAMENTO DA SAÚDE, SEM GASTO COM SANEAMENTO – NOTE BEM Reivindicar junto ao Senado Federal a aprovação imediata do PLC 89/2007 (nova denominação do PLP 01/2003), mantendo os avanços pela Câmara dos Deputados, em 31/10/2007, e os já conquistados, resgatando o texto que constava do substitutivo aprovado em agosto de 2004 pela Comissão de Seguridade Social e Família, que tem como referência a Resolução CNS nº 322, de 8 de maio de 2003, garantindo a fixação definitiva para o financiamento das ações de saúde do SUS, o percentual mínimo de 10% da receita corrente bruta da União, que poderá ser escalonado, sendo 8,5% para o ano de 2008, 9% para o ano de 2009, 9,5% para o ano de 2010 e 10% para o ano de 2011, a ser aplicado em ações e serviços de saúde por parte do Governo Federal, em consonância com as deliberações da 12ª Conferência Nacional de Saúde e do Conselho Nacional de Saúde, garantindo, também, que o financiamento das ações e dos serviços de saúde seja feito de forma tripartite, fiscalizando-se o seu cumprimento com rigor, por meio de ações do controle social e do Legislativo, de forma transparente, para distribuição, aplicação e avaliação efetiva dos resultados obtidos com os recursos aplicados, priorizando as ações de saúde, promoção e prevenção, e mantendo- se a interlocução com o Ministério Público nos casos de descumprimento. O Ministério da Saúde, em parceria com as secretarias estaduais e municipais de saúde, deve rever a porcentagem repassada pelo estado para a saúde, de 12% para 15%, bem como os limites financeiros da assistência de média e de alta complexidade, das internações, de forma transparente e objetiva. Garantir, nas três esferas de governo, a recuperação do conceito da unicidade do Orçamento da Seguridade Social (OSS), com financiamento solidário das áreas de assistência social, previdência social e saúde, destinando-se 30% do OSS para as ações de saúde. - Assegurar mais recursos e responsabilidades do Estado brasileiro no financiamento da saúde, exigindo o fim da Desvinculação de Recursos da União (DRU), que retira 20% dos recursos constitucionalmente destinados às áreas sociais e recursos específicos para ações e serviços de saúde, o fim da meta de geração de superávit primário e a realização da reforma tributária, com o intuito de fortalecer estados e municípios, sem aumento na carga tributária, e com o combate à sonegação fiscal. - Exigir que os gastos com saneamento básico não sejam usados como contrapartida do orçamento de saúde nas três esferas de governo.

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FIM DA TERCEIRIZAÇÃO E CAMPANHA PARA DERROTAR A PROPOSTA DO GOVERNO LULA DE PRIVATIZAÇÃO, QU ESTÁ NO CONGRESSO NACIONA, AS FDP REPUDIO a terceirização do Sistema Único de Saúde, que vem causando muitas perdas à população brasileira, tendo como grande problema o distanciamento entre a necessidade real da atenção dos serviços de saúde que o usuário recebe e do que efetivamente precisa. Repudiamos também a falta de leitos que, com a privatização, diminuem. EIXO DO ATAQE A LULA – VER PL 92/07 – VER TERCEIRIZAÇÕES NO GOVERNO LULA Repudiamos e exigimos a retirada do PL nº 92/07, em tramitação no Congresso Nacional, que cria as Fundações Estatais do Direito Privado, e todo o modelo de terceirização e privatização da saúde pública. EIXO DE DENUNCIA DO GOVERNO LULA Moção de apoio à regulamentação da Emenda Constitucional nº 29 no Senado com garantia mínima de 10% da receita corrente bruta da União para a saúde. LULA DISSE QUE VAI VETAR ESTATIZAÇÃO DE TODOS OS HOSPITAIS, CLÍNICAS PRIVADAS E FILANTRÓPICOS – RECENTRALIZAÇÃO DA SAÚDE, FIM DA MUNICIPALIZAÇÃO ESTATIZAÇÃO DE TODA A REDE PRIVADA, SEM INDENIZAÇÃO, É O CENTRO DO NOSSO PROGRAMA, JUNTO COM ISSO A ESTATIZAÇÃO PARA A CRIAÇÃO DE UM VERDADEIRO SUS, DE FATO ÚNICO, UNIVERSAL, EQUITATIVO CENTRAL NO PROGRAMA – VER GASTO DE LULA COM TERCEIRIZAÇÃO TOTAL E NA SAÚDE Fortalacer a gestão e a rede pública de saúde e rejeitar a adoção do modelo de gerenciamento por fundação estatal de direito privado, organizações sociais e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), bem como regimes de concessão pública, ampliando os serviços públicos como condição para efetivar a universalidade e a integralidade da atenção. Proibir a cessão de servidores públicos para as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) e coibir que hospitais privados usem recursos e patrimônios públicos. Recomendar ao Congresso Nacional e ao Senado Federal a rejeição e/ou a retirada do Projeto de Lei nº 92/07 e determinar ao Ministério da Saúde e às secretarias de saúde a realização de auditorias nas unidades e serviços de saúde terceirizados, contratualizados e em regimes de concessão pública efetivados pelo SUS, com o objetivo de realizar um progressivo cancelamento dos termos celebrados e avançar em direção à completa prestação de serviços pelo setor público. Não privatizar o SUS. Que a 13ª Conferência Nacional de Saúde se posicione contra o projeto de Fundação Estatal de Direito Privado e/ou organização social, e/ou Oscip em qualquer esfera do governo (federal, estadual e municipal), tendo em vista ferir os princípios do SUS e do controle social, pondo em risco o acesso com qualidade dos serviços aos usuários. Que o Ministério da Saúde retire do Congresso Nacional o projeto de lei, que dá direito a contratar serviços de saúde por intermédio de fundações estatais Que a 13ª Conferência Nacional de Saúde vete a terceirização das ações de Vigilância Sanitária por serem atribuições exclusivas do Estado brasileiro nas suas três esferas. revisão de todos os contratos de terceirização, extinguindo a possibilidade de novos contratos dessa natureza, pois encontra-se sem consonância com os princípios e diretrizes do SUS. QUEBRA DE PATENTES E ESTATIZAÇÃO DE TODOS OS LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS E GRANDES REDES DE FARMÁCIA - Que o Governo Federal utilize os acordos internacionais e decrete a quebra de patentes, investindo na produção nacional de medicamentos genéricos como estratégia de ampliação de acesso e redução de preços de medicamentos.

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PLANO DE CARREIRA ÚNICO, A PARTIR DA ESTATIZAÇÃO QUE GARANTA SALÁRIOS PARA MÉDICOS, ENFERMEIRAS, TECNICOS E AUXILIARES COM MESMO SALÁRIO, JORNADA, ETC NACIONAL COM PISO NACIONAL ÚNICO DO DIEESE COM 30 HORAS SEMANAIS - Aumento geral de salários do setor privado para equiparar com o setor público da Saúde. A defasagem em BH é mais ou menos de 30% como mostram as tabelas abaixo: - Pela absorção dos(as trabalhadores(as) do setor privado pelo govenro federal e a contratação dos profissionais para que façam parte de PCCS-SUS acabando assim as terceirizações e a precarização desse setores, que ocorrem hoje nas unidades de saúde do setor público. Contratação de profissionais de Saúde em todos os níveis, incluído os médicos, abertura imediata de concursos públicos para tal; ISONOMIA E ESTATIZAÇÃO Criar política de desprecarização garantindo os direitos trabalhistas e os meios de efetivação de todos os trabalhadores da saúde nos vários níveis de atenção, teto salarial, isonomia salarial para profissionais de mesmo nível de formação e de carga horária, adicionais de insalubridade, risco de vida e periculosidade aos profissionais de saúde, em exercício nos serviços de saúde, nos índices de 40% sobre o piso salarial, bem como recompor o salário dos trabalhadores de saúde com o acréscimo das perdas salariais não atendidas em anos anteriores e cumprir a reposição salarial anual e o 13º salário para todos. Encaminhar e garantir as regulamentações e o piso salarial nacional, no âmbito do SUS, para todos os profissionais e trabalhadores, em especial: auxiliares e técnicos de laboratório, instrumentação cirúrgica, agente redutor de riscos, auxiliares de enfermagem e auxiliares de consultório dentário. Que seja garantida a isonomia do piso salarial mínimo do DIEESE de R$ 2.036,00 a todos os trabalhadores da saúde no Brasil. Regulamentar a jornada de trabalho de 30 horas semanais para todos os trabalhadores da saúde que não têm regulação específica e garantir o seu cumprimento, visando ao funcionamento dos serviços de acordo com as necessidades dos usuários. Garantir que as unidades de saúde que possuem atendimento 24h cumpram a Resolução n.º 4.836/03 da Presidência, que determina 30h semanais para os trabalhadores que fazem turno ininterrupto de revezamento, principalmente nos hospitais das forças armadas e hospitais universitários. Fazer cumprir, pelos três níveis de governo, a Lei nº 13.228, que se refere ao assédio moral, inclusive aos mandatários de cargos nomeados e estabelecendo o fluxo de apuração de denúncias e de responsabilização. Se não tiver em BH exigir no programa Fortalecer as Escolas Técnicas da Saúde e transformando-as em verdadeiros centros de referência regional/estadual, favorecendo a unificação de informações estratégicas para a atuação profissional. SAÚDE E A SEGURANÇA DO(A) TRABLHADOR(A) DA SAÚDE VER ESTA JURISPRUDÊNCIA – IMPORTANTE NO PROGRAMA DO SINDEES Implementar as políticas e as normas relacionadas 100. à saúde do trabalhador, fomentar e implementar ações de promoção, pesquisa e prevenção por meio da elaboração do mapeamento de risco ocupacional e do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional para planejamento de ações visando à adequação e à melhoria do ambiente e das condições de trabalho, garantindo os direitos de todos os trabalhadores , bem como garantir o adicional de insalubridade para todos trabalhadores da saúde, e a revisão do índice, conforme jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST). INSALUBRIDADE DOS TRABALHADORES DA SAÚDE: Realizando um rápido levantamento entre artigos técnico-científicos e outras fontes de consulta, como algumas dissertações e teses, os acidentes com exposição a material biológico atingiriam aproximadamente 20 a 50% dos trabalhadores dos serviços de saúde, incluindo os profissionais de saúde e outros trabalhadores, como os da limpeza. Essa taxa também varia de acordo com a função e com o procedimento realizado, sendo significativa a subnotificação. Do total de acidentes, aqueles relacionados aos perfurocortantes têm representado a maioria, por volta de 80%.

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PROPOSTAS ESPECÍFICAS PROPOSTA PARA SANTA CASA E TODOS HOSPITAIS FILANTRÓPICOS, ALÉM DE ESTATIZAÇÃO Implantar e garantir que os cargos de diretor e gerente das unidades públicas de saúde, incluindo os hospitais de pequeno, médio e grande porte, sejam escolhidos pelos trabalhadores e usuários por meio de eleições diretas HOSPITAIS DITOS “FILANTRÓPICOS” EM BH/MG

• Hospital da Baleia – PRIVADO - FILATROPICO • Hospital Evangélico - FILANTROPICO • Hospital Felício Rocho – PRIVADO - FILANTROPICO • Hospital Luxemburgo – PRIVADO - FILANTROPICO • Hospital Madre Teresa – PRIVADO - FILANTROPICO • Hospital Nossa Senhora Aparecida - FILANTROPICO • Hospital Paulo de Tarso – Geriatria e Reabilitação - FILANTROPICO • Santa Casa de Belo Horizonte – PRIVADO – FUNDAÇÃO SEM FINS LUCRATIVOS • Hospital São Francisco de Assis – PRIVADO FILANTROPICO • Hospital Sofia Feldman – PRIVADO FILANTROPICO