saúde - 21 de setembro de 2014

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Sa úde Caderno F e bem- estar MANAUS, DOMINGO, 21 DE SETEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017 DIVULGAÇÃO Nova pílula revoluciona o mercado Saúde e bem-estar F4 Mau hálito, um problema de saúde pública no país No Dia Nacional do Combate ao Mau Hálito, Associação Brasileira de Halitose alerta sobre as causas da halitose É uma situação chata. A gente sente, mas a outra pessoa, muitas das vezes, ignora que tem um pro- blema. Você sente aquele odorzi- nho ruim emanando da boca do colega, e é constrangedor falar algo – tendo intimidade ou não. A halitose é um problema difícil de conviver, que causa impacto na qualidade de vida do indivíduo. Mais conhecida como mau hálito, atinge 50 milhões de brasileiros, o que representa 30% da popu- lação do país, segundo dados da Associação Brasileira de Halitose (Abha). Esse número alarman- te representa um problema de saúde pública no Brasil e pode causar problemas socioemocio- nais, depressão e dificuldade nas relações interpessoais, além de poder estar associada a algum problema de saúde. “É chato. Minha chefe tem esse problema, e é constrangedor ficar ao lado dela. Um terror quando ela precisa falar algo mais perto de mim. Mas como é que reagimos a uma situação dessa? Não dá para falar nada – eu, pelo menos, não consigo”, lamenta a relações- públicas K. A., 21. A situação em que vive K. é a mesma de muitas pessoas. E, diante desse panorama, o cirurgião-dentista Marcos Mou- ra, presidente da Abha, explica que a entidade instituiu o Dia Nacional do Combate ao Mau Hálito, celebrado anualmente amanhã, dia 22 de setembro, como forma de chamar a aten- ção da população sobre como lidar com essa condição. “Apesar de não ser uma doença, a halitose pode indicar que há algo errado no organismo e deve ser identificado por meio de um correto diagnóstico e tratado ade- quadamente quando o problema torna-se crônico”, relata Moura. Moura afirma ainda que o mau hálito pode estar associa- do a aproximadamen- te mais de 60 tipos de cau- s a s distintas, como jejum prolonga- do, hábitos de alimentação ina- dequados, alterações no padrão salivar, sinusites, fumo, uso de drogas e ingestão de bebidas alcoólicas, entre outros. Entre- tanto, há um aspecto que precisa ser desmistificado em relação ao mau-hálito. “É comum relacionar problemas no estômago como o principal responsável pelo hálito alterado. Na verdade, trata-se de uma crença com pouca evidência científica ou clínica”, esclarece o presidente da Abha. A literatura registra que de 90% a 95% das halitoses são causa- das no ambiente bucal, principal- mente na língua, e cerca de 5% a 10% têm causas sistêmicas. A língua possui diversas papilas gustativas entre as quais se for- mam criptas, ou seja, saquinhos que retêm resíduos de alimentos, células epiteliais descamadas e placas bacterianas que começam a fermentar e a liberar odor de enxofre. O tratamento da halitose pode ser multidisciplinar, mas, como cerca de 90% dos casos de halitose são de origem bucal, o profissional de primeira escolha no diagnostico e tratamento do mau hálito deve ser um dentista capacitado. A halito- se pode ser indicativo de várias doenças, caso seja necessário, o dentista capacitado poderá indi- car o paciente a outras especiali- dades para realizar o tratamento de forma conjunta. Enxaguante bucal Para remediar, muita gente opta pelo uso do enxaguatório bucal. Os benefícios são inúme- ros: ajuda a eliminar as bactérias que causam a gengivite, a placa bacteriana, o mau hálito e a cá- rie dentária. Mas é preciso ter cuidado com o uso excessivo do produto, como explica a dentista Alessandra Rodrigues. “Existem diversos enxaguantes no mercado com diversas formu- lações e sabores, mas é impor- tante que contenha flúor para ajudar a reduzir o risco de cárie dentária. Evite os que possuem o sabor muito forte de menta, pois podem ressecar a boca”, diz. Outro ponto levantado pela pro- fissional é o álcool presente nos enxaguantes. “Ele contribui para o aumento das taxas de câncer oral de forma similar às bebidas alcoólicas, sendo o segundo fator de risco que influencia no surgi- mento da doença. Além disso, seu uso resseca a mucosa e provoca descamação, que podem formar saburra lingual, motivo do mau hálito”, diz. Ela reforça, ainda, que é importante atentar para não engolir o produto, pois pode fazer mal ao estômago. Em relação ao tempo, é re- comendado bochechar durante 45 segundos. “Ultrapassar esse tempo pode manchar os dentes e alterar o paladar e a cor da lín- gua. Para as crianças, é recomen- dado que os pais procurem um odontopediatra. Dê preferência a produtos infantis aplicados com cotonete sobre a superfície dos dentes, assim, não há o risco de ingerir todo o líquido colocado na boca”, finaliza. E, antes de qualquer compra, verifique se o produto possui registro na Anvisa. MELLANIE HASIMOTO Equipe EM TEMPO

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Saúde - Caderno de saúde e bem-estar do jornal Amazonas EM TEMPO http://www.emtempo.com.br

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Page 1: Saúde - 21 de setembro de 2014

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e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 21 DE SETEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017

DIVULGAÇ

ÃO

Nova pílula revoluciona o mercado Saúde e bem-estar F4

Mau hálito, um problema de saúde pública no país

No Dia Nacional do Combate ao Mau Hálito, Associação Brasileira de Halitose alerta sobre as causas da halitose

É uma situação chata. A gente sente, mas a outra pessoa, muitas das vezes, ignora que tem um pro-

blema. Você sente aquele odorzi-nho ruim emanando da boca do colega, e é constrangedor falar algo – tendo intimidade ou não. A halitose é um problema difícil de conviver, que causa impacto na qualidade de vida do indivíduo. Mais conhecida como mau hálito, atinge 50 milhões de brasileiros, o que representa 30% da popu-lação do país, segundo dados da Associação Brasileira de Halitose (Abha). Esse número alarman-te representa um problema de saúde pública no Brasil e pode causar problemas socioemocio-nais, depressão e difi culdade nas relações interpessoais, além de poder estar associada a algum problema de saúde.

“É chato. Minha chefe tem esse problema, e é constrangedor fi car ao lado dela. Um terror quando ela precisa falar algo mais perto de

mim. Mas como é que reagimos a uma situação dessa? Não dá para falar nada – eu, pelo menos, não consigo”, lamenta a relações-públicas K. A., 21.

A situação em que vive K. é a mesma de muitas pessoas. E, diante desse panorama, o cirurgião-dentista Marcos Mou-ra, presidente da Abha, explica que a entidade instituiu o Dia Nacional do Combate ao Mau Hálito, celebrado anualmente amanhã, dia 22 de setembro, como forma de chamar a aten-ção da população sobre como lidar com essa condição.

“Apesar de não ser uma doença, a halitose pode indicar que há algo errado no organismo e deve ser identifi cado por meio de um correto diagnóstico e tratado ade-quadamente quando o problema torna-se crônico”, relata Moura.

Moura afi rma ainda que o mau hálito pode estar associa-do a aproximadamen-te mais de 60 tipos de cau-s a s

distintas, como jejum prolonga-do, hábitos de alimentação ina-dequados, alterações no padrão salivar, sinusites, fumo, uso de drogas e ingestão de bebidas alcoólicas, entre outros. Entre-tanto, há um aspecto que precisa ser desmistifi cado em relação ao mau-hálito. “É comum relacionar problemas no estômago como o principal responsável pelo hálito alterado. Na verdade, trata-se de uma crença com pouca evidência científi ca ou clínica”, esclarece o presidente da Abha.

A literatura registra que de 90% a 95% das halitoses são causa-das no ambiente bucal, principal-mente na língua, e cerca de 5% a 10% têm causas sistêmicas. A língua possui diversas papilas gustativas entre as quais se for-mam criptas, ou seja, saquinhos que retêm resíduos de alimentos, células epiteliais descamadas e placas bacterianas que começam a fermentar e a liberar o d o r de enxofre.

O tratamento da halitose pode ser

multidisciplinar, mas, como cerca de 90% dos casos de halitose são de origem bucal, o profi ssional de primeira escolha no diagnostico e tratamento do mau hálito deve ser um dentista capacitado. A halito-se pode ser indicativo de várias doenças, caso seja necessário, o dentista capacitado poderá indi-car o paciente a outras especiali-dades para realizar o tratamento de forma conjunta.

Enxaguante bucalPara remediar, muita gente

opta pelo uso do enxaguatório bucal. Os benefícios são inúme-ros: ajuda a eliminar as bactérias que causam a gengivite, a placa bacteriana, o mau hálito e a cá-rie dentária. Mas é preciso ter cuidado com o uso excessivo do produto, como explica a dentista Alessandra Rodrigues.

“Existem diversos enxaguantes no mercado com diversas formu-lações e sabores, mas é impor-tante que contenha fl úor para ajudar a reduzir o risco de cárie dentária. Evite os que possuem o sabor muito forte de menta, pois

podem ressecar a boca”, diz.Outro ponto levantado pela pro-

fi ssional é o álcool presente nos enxaguantes. “Ele contribui para o aumento das taxas de câncer oral de forma similar às bebidas alcoólicas, sendo o segundo fator de risco que infl uencia no surgi-mento da doença. Além disso, seu uso resseca a mucosa e provoca descamação, que podem formar saburra lingual, motivo do mau hálito”, diz. Ela reforça, ainda, que é importante atentar para não engolir o produto, pois pode fazer mal ao estômago.

Em relação ao tempo, é re-comendado bochechar durante 45 segundos. “Ultrapassar esse tempo pode manchar os dentes e alterar o paladar e a cor da lín-gua. Para as crianças, é recomen-dado que os pais procurem um odontopediatra. Dê preferência a produtos infantis aplicados com cotonete sobre a superfície dos dentes, assim, não há o risco de ingerir todo o líquido colocado na boca”, fi naliza. E, antes de qualquer compra, verifi que se o produto possui registro na Anvisa.

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

nais, depressão e difi culdade nas relações interpessoais, além de poder estar associada a algum problema de saúde.

“É chato. Minha chefe tem esse problema de saúde.

“É chato. Minha chefe tem esse problema de saúde.

problema, e é constrangedor fi car ao lado dela. Um terror quando ela precisa falar algo mais perto de

torna-se crônico”, relata Moura. Moura afi rma ainda que o mau

hálito pode estar associa-do a aproximadamen-te mais de 60 tipos de cau-s a s

que retêm resíduos de alimentos, células epiteliais descamadas e placas bacterianas que começam a fermentar e a liberar o d o r de enxofre.

O tratamento da halitose pode ser

Alessandra Rodrigues. “Existem diversos enxaguantes

no mercado com diversas formu-lações e sabores, mas é impor-tante que contenha fl úor para ajudar a reduzir o risco de cárie dentária. Evite os que possuem o sabor muito forte de menta, pois

odontopediatra. Dê preferência a produtos infantis aplicados com cotonete sobre a superfície dos dentes, assim, não há o risco de ingerir todo o líquido colocado na boca”, fi naliza. E, antes de qualquer compra, verifi que se o produto possui registro na Anvisa.

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MANAUS, DOMINGO, 21 DE SETEMBRO DE 2014F2 Saúde e bem-estar

As práticas médicas oitocentistas retomaram nova tentati-va de ordenar a dor, adap-tando-a às concepções da fi siologia”

EditoraVera [email protected]

RepórterMellanie Hasimoto

Expediente

www.emtempo.com.br

DICAS DE SAÚDE

Colocou suas mãos sobre meus ombros e me fez chegar até a varanda da casa de uma de suas fi lhas e apontando em direção ao horizonte passou a falar da cheia que havia visitado aquela localidade. Co-mentou sobre as balsas e os barcos e da difi culdade que se instalará naquele período. Após um momento de intenso relato se pode notar que sua preocupação dera lugar a sere-nidade, parecendo regozijar-se com o recuo das águas.

Ele continuava a apontar rumo ao horizonte e eu me esforçava em compreender sua percepção e tudo quanto narra-va. A questão é que seu Chico, ao relatar sobre a dança das águas, apontava para uma rua, na verdade, apontava para uma ladeira em certo bairro de Ma-naus. Seu Chico não falava de um presente e sim rememorava o passado vivido no interior. Seu Chico tem Alzheimer e tal como as águas se vê atribulado pelas ondas mnemônicas de sua própria existência.

Assim como seu Chico muitos idosos sofrem na atualidade com a demência de Alzheimer. Uma doença que tem como prin-cipal fator de risco a idade e que tem se revelado uma patologia

insidiosa em todo o mundo, as-sim como no Brasil. O Alzheimer não tem cura e seu diagnóstico precoce é o alvo de interesse de todos nós profi ssionais da saúde. Infelizmente ainda há muito desconhecimento acerca dessa demência e as difi culda-des relacionadas ao convívio do idoso com seus familiares ajuda a mascarar uma doença que é lenta e progressiva.

A doença de Alzheimer possui três fases ou etapas e assim, vemos um paciente com sinais iniciais relacionados com a me-mória para fatos recentes e no fi nal de seu curso, temos um paciente acamado e que perde gradativamente suas funções vitais. Seu Chico não sabe, mas sua doença avança a cada dia.... A cada dia um pouco do que sabe sobre si mesmo se per-de pelo avanço da patologia. Assim como o ritmo das águas a doença cumpri um rito de es-vaziar tudo o que o defi ne como sujeito de sua história.

Se pudesse dizer algo aos familiares de seu Chico, bem como aos familiares de outros pacientes acometidos pelo Alzheimer, diria que vocês devem aproveitar ao máximo cada átomo de lucidez de seu familiar... Registre e se faça

tocar pela vida e obra do seu ente querido. Quando ele esquecer seu nome não fi ca chateado e com raiva aprenda a contornar as difi culdades, assim como a água. Aprecie a ideia de um cuidador, uma pessoa qualifi cada que poderá ser o apoio e o auxílio para suportar a dor de ver alguém que se ama morrer em vida.

Assim como seu Chico muitos idosos sofrem na atualidade com a demência de Alzheimer. Uma doença que tem como principal fator de risco a idade e que tem se revelado uma patologia insidiosa em todo o mundo, assim como no Bra-sil. O Alzheimer não tem cura e seu diagnóstico precoce é o alvo de interesse de todos nós profi ssionais da saúde. Infelizmente ainda há muito desconhecimento acerca des-sa demência e as difi culdades relacionadas ao convívio do idoso com seus familiares aju-dam a mascarar uma doença que é lenta e progressiva... Tal qual a vazante de um rio, seu Chico perderá as memórias de toda uma vida e antes que esse fatídico rito se cumpra é importante que seus familiares aproveitem ao máximo de sua lucidez e presença.

O vinho de boldo é um excelente digestivo. Um cálice dele antes das refeições previne gases e torna a diges-tão mais leve. Tudo graças a presença da lactona, uma substância que ajuda a digerir gorduras. O boldo também serve para estimular o funcionamento do coração. E isso graças a uma substância encontrada nele, a vernonina, um glicosídeo cardiotônico. Para fazer a bebida, use uma garrafa de vinho branco; 3 colheres (sopa) de folhas de boldo picadas; lave as folhas de boldo; pique-as e coloque dento da garrafa de vinho branco; feche a garrafa (aperte bem a rolha) e deixe-a descansar por 5 dias. Após esse tempo, o vinho já poderá ser consumido. Mas não abuse da bebida, o recomendado é apenas uma taça de vinho por dia, de preferência às refeições.

Aprenda como fazer o saudável vinho de boldo

Você já deve ter ouvido falar de hibisco, não é? Pois é, o hibisco usado no chá é o hibiscus sabdariff a, diferente da fl or ornamental hibisco rosa-sinensis. O hibiscus sabdariff a é defi nido como planta medicinal, possuindo propriedades antiespasmódicas, diuréticas, digestivas, também utilizado como laxante suave, co-rante, aromatizante e calmante. Atualmente, a planta vem sendo utilizada como coadjuvante no tratamento da obesidade e na modulação do equilíbrio orgânico. Por ser rico em fl avonoides, o chá como poderoso antioxidante, auxiliando no combate aos radicais livres, protegendo o coração de doenças e a pele do envelhecimento.

Conheça os benefícios do poderoso chá de hibisco

DiagramaçãoKleuton Silva

RevisãoDernando Monteiro e Gracycleide Drumond

Tratamentos da dor até o século 20

João Bosco [email protected] / www.historiadamedicina.med.br

João Bosco Botelho

João Bosco Botelho

Membro Emérito do Colégio Brasileiro

de Cirurgiões

Rockson Pessoapsicólogo

Rockson Pessoa [email protected]

A memória de Chico

Os tratamentos oferecidos pela medicina para vencer a dor, na Europa central, no medievo, es-tavam atados aos preceitos de Hipocrates, século 4 a.C., e Galeno, século 1 d.C.: o desequilíbrio dos humores levaria às doenças e, em consequência, alteraria os tempe-ramentos, causando dores.

O famoso médico francês Guy de Chauliac, em 1363, na sua obra Gran-de Cirurgia, defi niu a dor como sendo qualquer fator que determinasse o desequilíbrio dos humores. Como todos os tratamentos estavam ba-seados na intenção de equilibrar os humores por meio de retirada intencional de sangue e secreções do corpo, os tratamentos consistiam nas sangrias, vomitórios, cataplas-mas e vegetais, como a salsaparri-lha, para provocar a diarreia.

Novos entendimentos da dor atados ao sofrimento coletivo fo-ram provocados quando os países europeus, além de suportarem as mortes provocadas nas guerras intestinas, foram dizimados pela peste negra. As terríveis dores e sofrimentos antecedendo a morte inevitável nos pestilentos, mesmo sendo interpretados como sinais da cólera de Deus, empurraram a busca de respostas que pudessem cessar o desespero.

O Renascimento trouxe o desven-dar dos corpos. Os estudos da ana-tomia são retomados e, em 1543, é publicado o extraordinário livro La fabrique du corps humain, de André Vesálio. Os corpos abertos e o afrouxamento das proibições pela igreja impulsionam novos avanços.

As mudanças já iniciadas, o des-vendar dos corpos pela anatomia e a posição dos fi lósofos, mesmo com a condenação de Galileu, em 1633, instigam novas leituras da dor, acompanhadas de inevitáveis rupturas com o Cristianismo.

Destacam-se, no século 17, o médico inglês Harvey, em 1628, com a publicação do Exercitatio anatomica de motu cordis et san-guinis in anima, demonstrando os erros de Galeno sobre a circula-ção do sangue e Marcelo Malpighi, em 1666, com o livro De viscerum structura inaugurando micrologia. Esses livros determinaram o início do processo de enfraquecimento das teorias de Hipócrates e Galeno, até então, aceitas como dogmas, nas universidades cristãs.

Na segunda metade do século 18, os intelectuais, laicizaram a dor. Na França, as rápidas mudanças sociais provocadas pela revolução trouxeram à lembrança os horrores da peste negra e induziram a maior

valorização da dor sob a compre-ensão laica. Entre essas mudanças, destacaram-se: proibição dos se-pultamentos nas igrejas, constru-ção dos esgotos e reservatórios de água potável, normas rígidas de higiene pública, desvinculação das universidades do poder eclesial e construção de hospitais sem laço administrativo com a igreja.

As práticas médicas oitocentistas retomaram nova tentativa de orde-nar a dor, adaptando-a às concep-ções da fi siologia e do pensamento micrológico: dor tensiva (redução da fratura); dor pulsátil (acompanha o ritmo das artérias); dor gradual (pre-sença de líquido na cavidade, como da hidropisia; dor pruriginosa (no prurido intenso, como na sarna).

O século 19 colhendo os frutos da anatomia e da fi siologia ama-durece a busca da dor no nível celular, em estreita consonância com a tendência de levar a doença à célula, iniciada no século 17 por Marcelo Malpighi. No século 20, os progressos para os tratamentos das dores alcançaram dimensão nunca imaginada ser possível. Os estudos genéticos possibilitaram que os analgésicos conseguissem controlar a dor lancinante contínua, como as causadas por alguns tipos de câncer em fase terminal.

O Alzheimer não tem cura e seu diagnós-tico precoce é o alvo de interesse de todos nós profissionais da saúde”

Conheça os benefícios do

Aprenda como fazer o

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MANAUS, DOMINGO, 21 DE SETEMBRO DE 2014 F3Saúde e bem-estar

Associação de tratamentos promove resultados rápidos Veja quais são as técnicas utilizadas e como elas funcionam para a diminuição efetiva e gradual da gordura localizada

Exibir um corpo enxuto é o desejo de muitos homens e mulheres. Mas, além de investir

em um cardápio balanceado e na prática de atividades físicas diariamente, é pre-ciso contar com a ajuda de outros aliados para manter as curvas em dia.

Isso porque gordura localiza-da é um problema que não é exclusivo de pessoas que estão acima do peso. Até mesmo quem é magro, pode apre-sentar alguns pneuzinhos. “O acúmulo de células adiposas é muito comum em áreas como quadril, cintura e barriga. Isso ocorre porque os alimentos que ingerimos em excesso acabam sendo estocados pelo organis-mo em forma de gordura loca-lizada”, afi rma a fi sioterapeuta Mariana Moraes.

De acordo com a especialista, a região na qual a gordura será depositada irá depender de fa-tores ligados à genética. “Cada pessoa nasce com uma quan-tidade de células de gordura, que pode ser maior ou menor do que a de outros indivíduos. Por este motivo, mesmo quem é magro pode apresentar um acúmulo de gordurinhas, espe-cialmente, na região abdomi-nal. Entretanto, os pneuzinhos

podem ser nocivos para a saúde e contribuir para o surgimento de diversas doenças”, alerta.

Curvas mais enxutas, já!Existem diversos trata-

mentos que ajudam a afinar

a silhueta. Porém, um que tem conquistado cada vez mais adeptos é o programa Tripla Redução, que utiliza manobras de massagens potentes e aparelho para reduzir as gordurinhas, prin-cipalmente, na região abdo-minal e no quadril.

“Fazemos a associação de três técnicas na mesma sessão: manthus, massagem modeladora localizada e crio-terapia. O objetivo é acelerar o resultado do tratamento”, afi rma Mariana.

REVOLUÇÃOPara quem não curte se matar fazendo abdo-minais, a medida mais indicada é recorrer aos tratamentos estéticos modernos e sofi sticados, que surtem efeito em menor espaço de tempo e com menos esforço

Com a ajuda dos equipamentos cer-tos fica mais fácil eliminar as medidas indesejadas

DIVULGAÇÃO

ManthusTrata-se de uma técnica de ultrassom associada a um estímulo elétrico que atua re-movendo a gordura de dentro das células adiposas, fazendo com que ela caia na circulação sanguínea e seja eliminada pela urina e suor. “A gordura se transforma em partículas mui-to fi nas que caem na circulação linfática e o estímulo elétrico faz com que esta gordura saia

do organismo com mais faci-lidade”, indica Moraes.

Massagem modeladora localizada

Realizada por meio de mano-bras manuais com movimen-tos vigorosos, fortes e precisos nas regiões com gordura lo-calizada, como bumbum, co-xas e abdômen, ela melhora a oxigenação dos tecidos e atua quebrando as molécu-

las de gordura. “A massagem modeladora agirá modelando a região na qual acabou de passar pelo tratamento de quebras de gordura por meio do ultrassom. Essa técnica é indolor e não deixa o corpo com hematomas”, informa a especialista.

CrioterapiaEsse tratamento é realizado por meio da aplicação - em

áreas de gorduras localizadas - de um gel a base de cânfora e mentol com bandagens para reduzir a temperatura no local alvo. “Para recuperar o equi-líbrio térmico, o organismo utiliza os lipídios (gorduras) de reserva para recuperar seu equilíbrio térmico, e desta for-ma há redução de volume, o que ajuda a potencializar o resultado do tratamento”, conclui Mariana.

Entenda como é realizada cada técnica

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 21 DE SETEMBRO DE 2014 F5

Chegou a pílula quase ‘natural’ Novo contraceptivo oral tem estrogênio estruturalmente idêntico ao produzido pelo corpo e a mesma quantidade de hormônios em todas as pílulas ativas. Com a novidade, aumentam as opções para a mulher escolher o melhor método

Há exatos 54 anos, quando a primeira pílula contraceptiva foi lançada, a mu-

lher conquistou o direito de escolher o melhor momento para ter fi lhos e pôde, enfi m, evitar uma gravidez não pla-nejada. De lá para cá, muita coisa se modernizou no mundo da contracepção. Se, no início, os métodos eram bombas de hormônio, com o passar dos anos, foram reproduzindo a fi siologia do organismo e mol-dando-se às necessidades in-dividuais de cada mulher, de acordo com seu estilo, hábitos diários e histórico médico. Pí-lulas com menor dosagem de hormônio e formas de contra-cepção alternativas surgiram, a exemplo do anel contracep-tivo, do implante subcutâneo, do adesivo e do DIU.

Agora, a contracepção oral vai além, ao oferecer à mulher uma opção mais próxima da natural. Chega ao mercado este mês uma pílula com combinação inovadora de hormônios semelhantes aos produzidos naturalmen-te pelo organismo feminino. A combinação da progeste-rona acetato de nomegestrol com o estrogênio 17B-es-tradiol chega como opção aos demais contraceptivos orais combinados.

Vendida comercialmente com o nome de Stezza*, a nova pílula tem ainda o regime monofásico como diferencial, ou seja, seus 24 comprimidos ativos são iguais em quantida-

de de hormônios, o que pode facilitar os procedimentos em caso de esquecimento da pí-lula. Esquemas multifásicos (quando os comprimidos de uma mesma cartela têm cores e quantidades de hormônios diferentes) tornam a admis-tração mais complexa.

A cartela é composta por 28 comprimidos – 24 ativos (com medicamento) e 4 placebos (sem hormônios) –, o que pode ajudar a mulher a evitar os

esquecimentos no início da cartela. A combinação única de hormônios também pode propiciar períodos menstru-ais curtos e com pouco volume de sangramento.

“Hoje, toda mulher pode e deve decidir em conjunto com seu médico o método contra-ceptivo mais adequado para ela. A chegada de uma pílula que se aproxima do hormô-nio que a mulher produz, com um regime monofásico, é um grande avanço entre as op-ções que existem no mercado. A nova pílula pode ser apro-

priada para mulheres de qualquer idade, in-cluindo as j ove n s que pro-c u r a m contra-c e p ç ã o h o r m o n a l oral e q u e , p o t e n -cialmente, terão longo período de exposição a mé-todos hormonais”, comenta o Dr. César Eduardo Fer-nandes**, Diretor Científi co da Sogesp (Associação de Gine-cologia e Obstetrícia de São Paulo).

Efi cácia e tolera-bilidade comprovadas

A efi cácia e a tolerabili-dade da nova pílula foram avaliadas em dois estudos realizados com mais de 3.400 mulheres com idade entre 18 e 50 anos, em 95 centros da Europa, Ásia e Austrália, e 89 centros da América Latina, Canadá e Estados Unidos. De acordo com esse estudo, as usuárias da nova pílula tiveram uma média de três a quatro dias de sangramento, em comparação com cinco dias das usuárias da pílula comparada. De acordo com a bula do produto, 4,6% das mulheres apresentaram au-sência de sangramento em cada um dos três primeiros ciclos de uso.

Adotar um contraceptivo baseado na experiência de amigas ou na indicação do atendente da farmácia pode ser perigoso. Isso porque a escolha do método vai muito além das afi nidades e da adaptação: deve levar em consideração a história clí-nica, o estilo de vida e as necessidades individuais de cada mulher.

Por isso é importante saber os fatores que interferem

na adoção do anticoncep-cional e sempre seguir a recomendação médica. Co-nhecer cada uma das op-ções disponíveis é o primeiro passo para a escolha, que sempre deve ser feita sob a orientação do profi ssional. Apesar de o método oral ser a opção da maioria das mulhe-res que desejam evitar uma gravidez, existem diversos contraceptivos disponíveis no mercado. Mesmo as pí-

lulas têm variações: podem ser de baixa, média ou alta dosagem, com um único hor-mônio ou combinações.

“O aconselhamento médi-co é fundamental na escolha do método contraceptivo, visto que o profi ssional é ca-pacitado a avaliar condições impeditivas à prescrição de um determinado método e tem o papel fundamen-tal de orientar a paciente, dando-lhe informações so-

bre efi cácia, modo de ação, frequência e facilidade de uso, efeitos colaterais e via de administração. Depois dessa orientação, a mulher pode exercer seu direito de escolher o método contra-ceptivo de acordo com seu estilo de vida”, explica a Dra. Cristina Guazzelli, professo-ra associada livre-docente de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Escolher o anticoncepcional é um direito

Independentemente da escolha, a mulher deve se sentir segura e confi ante com o método. Para ajudar nessa tarefa, selecionamos alguns aspectos que devem ser levados em consideração na hora de defi nir o contraceptivo:

✓ Tenho alguma restrição médica que impeça o uso desse método?✓ Qual é a efi cácia do método e a frequência de uso (diário, mensal, trimestral)? ✓ Desejo prevenir a gravidez em curto, médio ou longo prazo?✓ O modo de tomada é conveniente para mim? Vou me lembrar de usá-lo adequadamente? ✓ Estou confortável com a via de administração (oral, vaginal, subcutânea)?✓ Esse método interfere na frequência e na intensidade da minha menstruação? ✓ Esse método apresenta efeitos colaterais ou complicações em potencial que vão me prejudicar? ✓ Esse método tem benefícios que outros não oferecem?✓ Esse método é acessível para mim fi nanceiramente? ✓ Esse método é reversível? Posso engravidar logo após parar de usá-lo?

Conheça os métodos contraceptivos

Frequência de uso: diária

Utilização: método que combina dois hormônios (estrogênio e progesterona). De ingestão oral diá-ria, no mesmo horário. Existem vários tipos dife-rentes em quantidade de comprimidos, dosagens e tipos de hormônios, alguns iguais aos produzidos pelo organismo da mulher.

Pílula combinada

Frequência de uso: diária

Utilização: comprimido diário apenas com progeste-rona, que deve ser tomado todos os dias, sempre no mesmo horário. Com esse tipo de pílula, não há intervalo entre as cartelas. Podem ser:

- de média dose (pílula contendo desogestrel): age inibindo a ovulação exatamente como os métodos combi-nados. Esse método pode ser usado na amamentação e fora dela, por apresentar mecanismo de ação semelhante às pílulas combinadas.

- de baixa dose (minipílula): age deixando o muco cervical mais espesso, alterando a motilidade da trompa e também inibindo a ovulação, porém com menor fre-quência. Por isso é pouco usado fora da amamentação pois tem efi cácia reduzida.

Pílula só de progesterona

Frequência de uso: 3 anos

Utilização: bastonete de 4 cm de comprimento com apenas etonogestrel (um tipo de progestagênio) em sua composição, que é liberado gradualmente, impedindo a ovulação. Deve ser inserido pelo médico abaixo da pele do braço, com anestesia local.

Implante subcutâneo

Frequência de uso: semanal

Utilização: colocado sobre a pele das costas, do braço ou das nádegas a cada sete dias, durante três semanas consecutivas, com uma de intervalo. Age liberando hor-mônios (estrogênio e progesterona) continuamente.

Adesivo transdérmico

Frequência de uso: DIU – até 10 anos (dependendo do modelo); SIU – 5 anos

Utilização: dispositivo com ou sem hormônio, introduzido no útero pelo ginecologista

Diu e SiuFrequência de uso: mensal ou trimestral

Utilização: libera estrogênio e progesterona (mensal) ou só progesterona (trimestral) gradual-mente, impedindo a ovulação. É aplicado no músculo (normalmente nádegas ou braço).

Injetável

Frequência de uso: mensal

Utilização: o anel, transparente e flexível, deve ser inserido na vagina pela própria mulher. Age liberando hormônios (estrogênio e progesterona) continuamente. Tem duração de três semanas com uma semana de intervalo.

Anel contraceptivo

NOVA OPÇÃOA combinação da pro-gesterona acetato de nomegestrol com o estrogênio 17B-estradiol chega como opção aos demais contraceptivos orais combinados. Com isso, a mulher ganha novas possibilidades

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 21 DE SETEMBRO DE 2014 F5

Chegou a pílula quase ‘natural’ Novo contraceptivo oral tem estrogênio estruturalmente idêntico ao produzido pelo corpo e a mesma quantidade de hormônios em todas as pílulas ativas. Com a novidade, aumentam as opções para a mulher escolher o melhor método

Há exatos 54 anos, quando a primeira pílula contraceptiva foi lançada, a mu-

lher conquistou o direito de escolher o melhor momento para ter fi lhos e pôde, enfi m, evitar uma gravidez não pla-nejada. De lá para cá, muita coisa se modernizou no mundo da contracepção. Se, no início, os métodos eram bombas de hormônio, com o passar dos anos, foram reproduzindo a fi siologia do organismo e mol-dando-se às necessidades in-dividuais de cada mulher, de acordo com seu estilo, hábitos diários e histórico médico. Pí-lulas com menor dosagem de hormônio e formas de contra-cepção alternativas surgiram, a exemplo do anel contracep-tivo, do implante subcutâneo, do adesivo e do DIU.

Agora, a contracepção oral vai além, ao oferecer à mulher uma opção mais próxima da natural. Chega ao mercado este mês uma pílula com combinação inovadora de hormônios semelhantes aos produzidos naturalmen-te pelo organismo feminino. A combinação da progeste-rona acetato de nomegestrol com o estrogênio 17B-es-tradiol chega como opção aos demais contraceptivos orais combinados.

Vendida comercialmente com o nome de Stezza*, a nova pílula tem ainda o regime monofásico como diferencial, ou seja, seus 24 comprimidos ativos são iguais em quantida-

de de hormônios, o que pode facilitar os procedimentos em caso de esquecimento da pí-lula. Esquemas multifásicos (quando os comprimidos de uma mesma cartela têm cores e quantidades de hormônios diferentes) tornam a admis-tração mais complexa.

A cartela é composta por 28 comprimidos – 24 ativos (com medicamento) e 4 placebos (sem hormônios) –, o que pode ajudar a mulher a evitar os

esquecimentos no início da cartela. A combinação única de hormônios também pode propiciar períodos menstru-ais curtos e com pouco volume de sangramento.

“Hoje, toda mulher pode e deve decidir em conjunto com seu médico o método contra-ceptivo mais adequado para ela. A chegada de uma pílula que se aproxima do hormô-nio que a mulher produz, com um regime monofásico, é um grande avanço entre as op-ções que existem no mercado. A nova pílula pode ser apro-

priada para mulheres de qualquer idade, in-cluindo as j ove n s que pro-c u r a m contra-c e p ç ã o h o r m o n a l oral e q u e , p o t e n -cialmente, terão longo período de exposição a mé-todos hormonais”, comenta o Dr. César Eduardo Fer-nandes**, Diretor Científi co da Sogesp (Associação de Gine-cologia e Obstetrícia de São Paulo).

Efi cácia e tolera-bilidade comprovadas

A efi cácia e a tolerabili-dade da nova pílula foram avaliadas em dois estudos realizados com mais de 3.400 mulheres com idade entre 18 e 50 anos, em 95 centros da Europa, Ásia e Austrália, e 89 centros da América Latina, Canadá e Estados Unidos. De acordo com esse estudo, as usuárias da nova pílula tiveram uma média de três a quatro dias de sangramento, em comparação com cinco dias das usuárias da pílula comparada. De acordo com a bula do produto, 4,6% das mulheres apresentaram au-sência de sangramento em cada um dos três primeiros ciclos de uso.

Adotar um contraceptivo baseado na experiência de amigas ou na indicação do atendente da farmácia pode ser perigoso. Isso porque a escolha do método vai muito além das afi nidades e da adaptação: deve levar em consideração a história clí-nica, o estilo de vida e as necessidades individuais de cada mulher.

Por isso é importante saber os fatores que interferem

na adoção do anticoncep-cional e sempre seguir a recomendação médica. Co-nhecer cada uma das op-ções disponíveis é o primeiro passo para a escolha, que sempre deve ser feita sob a orientação do profi ssional. Apesar de o método oral ser a opção da maioria das mulhe-res que desejam evitar uma gravidez, existem diversos contraceptivos disponíveis no mercado. Mesmo as pí-

lulas têm variações: podem ser de baixa, média ou alta dosagem, com um único hor-mônio ou combinações.

“O aconselhamento médi-co é fundamental na escolha do método contraceptivo, visto que o profi ssional é ca-pacitado a avaliar condições impeditivas à prescrição de um determinado método e tem o papel fundamen-tal de orientar a paciente, dando-lhe informações so-

bre efi cácia, modo de ação, frequência e facilidade de uso, efeitos colaterais e via de administração. Depois dessa orientação, a mulher pode exercer seu direito de escolher o método contra-ceptivo de acordo com seu estilo de vida”, explica a Dra. Cristina Guazzelli, professo-ra associada livre-docente de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Escolher o anticoncepcional é um direito

Independentemente da escolha, a mulher deve se sentir segura e confi ante com o método. Para ajudar nessa tarefa, selecionamos alguns aspectos que devem ser levados em consideração na hora de defi nir o contraceptivo:

✓ Tenho alguma restrição médica que impeça o uso desse método?✓ Qual é a efi cácia do método e a frequência de uso (diário, mensal, trimestral)? ✓ Desejo prevenir a gravidez em curto, médio ou longo prazo?✓ O modo de tomada é conveniente para mim? Vou me lembrar de usá-lo adequadamente? ✓ Estou confortável com a via de administração (oral, vaginal, subcutânea)?✓ Esse método interfere na frequência e na intensidade da minha menstruação? ✓ Esse método apresenta efeitos colaterais ou complicações em potencial que vão me prejudicar? ✓ Esse método tem benefícios que outros não oferecem?✓ Esse método é acessível para mim fi nanceiramente? ✓ Esse método é reversível? Posso engravidar logo após parar de usá-lo?

Conheça os métodos contraceptivos

Frequência de uso: diária

Utilização: método que combina dois hormônios (estrogênio e progesterona). De ingestão oral diá-ria, no mesmo horário. Existem vários tipos dife-rentes em quantidade de comprimidos, dosagens e tipos de hormônios, alguns iguais aos produzidos pelo organismo da mulher.

Pílula combinada

Frequência de uso: diária

Utilização: comprimido diário apenas com progeste-rona, que deve ser tomado todos os dias, sempre no mesmo horário. Com esse tipo de pílula, não há intervalo entre as cartelas. Podem ser:

- de média dose (pílula contendo desogestrel): age inibindo a ovulação exatamente como os métodos combi-nados. Esse método pode ser usado na amamentação e fora dela, por apresentar mecanismo de ação semelhante às pílulas combinadas.

- de baixa dose (minipílula): age deixando o muco cervical mais espesso, alterando a motilidade da trompa e também inibindo a ovulação, porém com menor fre-quência. Por isso é pouco usado fora da amamentação pois tem efi cácia reduzida.

Pílula só de progesterona

Frequência de uso: 3 anos

Utilização: bastonete de 4 cm de comprimento com apenas etonogestrel (um tipo de progestagênio) em sua composição, que é liberado gradualmente, impedindo a ovulação. Deve ser inserido pelo médico abaixo da pele do braço, com anestesia local.

Implante subcutâneo

Frequência de uso: semanal

Utilização: colocado sobre a pele das costas, do braço ou das nádegas a cada sete dias, durante três semanas consecutivas, com uma de intervalo. Age liberando hor-mônios (estrogênio e progesterona) continuamente.

Adesivo transdérmico

Frequência de uso: DIU – até 10 anos (dependendo do modelo); SIU – 5 anos

Utilização: dispositivo com ou sem hormônio, introduzido no útero pelo ginecologista

Diu e SiuFrequência de uso: mensal ou trimestral

Utilização: libera estrogênio e progesterona (mensal) ou só progesterona (trimestral) gradual-mente, impedindo a ovulação. É aplicado no músculo (normalmente nádegas ou braço).

Injetável

Frequência de uso: mensal

Utilização: o anel, transparente e flexível, deve ser inserido na vagina pela própria mulher. Age liberando hormônios (estrogênio e progesterona) continuamente. Tem duração de três semanas com uma semana de intervalo.

Anel contraceptivo

NOVA OPÇÃOA combinação da pro-gesterona acetato de nomegestrol com o estrogênio 17B-estradiol chega como opção aos demais contraceptivos orais combinados. Com isso, a mulher ganha novas possibilidades

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MANAUS, DOMINGO, 21 DE SETEMBRO DE 2014F6 Saúde e bem-estar

O pré-natal deve-se iniciar o mais precoce possível, desde que falte a menstruação e/ou o teste de gravidez resulte positivo. Ademais, este processo dever-se-ia iniciar mesmo antes da gravidez, pois é neste período que o casal deve se preparar para uma gestação, constatando uma boa forma de saúde física e mental, excluindo possíveis alterações no organismo que possam trazer danos ao futuro bebê.

Assim, deverá o futuro pai estar com seus exames em dia, como por exemplo um exame simples de urina ou se este estiver altera-do, identificar presença de vírus, fungos ou bactérias que possam estar presentes no organismo sem causar sintomas e que não poderá levar para sua esposa mesmo sem engravidar e menos ainda quando ela pretende ou esteja grávida. Um espermogra-ma para análise da contagem e motilidade do sêmen além da espermatocultura para identificar possíveis germes na próstata, uretra ou vesículas seminais. Acrescidos de sorologias para pesquisa de doenças infecto-contagiosas que as vezes cursam sem sintomas.

Para a esposa, da mesma forma deve estar em dia com seus exames, como os acima citados, além do Papanicolaou; assegurar que não apresente anemia, nem outra patologia ginecológica possível, como a presença de miomas, pólipos ou cervicites.

Aliás, estes exames devem ser realizados durante o período de noivado, pois, ao se diagnosticar alguma alteração neste período, haverá tempo para corrigir.

Ao se defi nir que devem ter fi lhos, a esposa deverá iniciar uso de ácido fólico e alguma vitamina para reforçar seu organismo contra as doenças do sistema nervoso central de seu futuro bebê.

Não se admite mais que a gravidez chegue como surpresa para o casal.

Feito o diagnóstico de gravidez, a agenda deve ser aberta à qualquer hora, para aten-dimento pré-natal por médico ou enfermeiro treinado, ou para atividades em grupo, amplian-do-se as possibilidades de recepção e ingresso da gestante no pré-natal efetivo. Os seguintes passos serão então dados para prevenir, diag-nosticar e/ou corrigir alguma patologia própria da gravidez ou concomitante a mesma:

• Solicitação de teste gravidez ou pedido dos exames de rotina no momento do agen-damento.

• Atendimento de pré-natal com consultas

intercaladas, entre o enfermeiro e o obstetra que trabalhem em equipe.• Estratégia de retornos marcados para

dia preferencial de pré-natal favorecendo as atividades em grupo prévias à consulta (sala de espera).

• Preenchimento obrigatório do Cartão de Pré-natal, visando garantir a qualidade das informações à respeito do atendimento à gestante.

• Referenciamento das gestações de ris-co para atendimento em níveis de maior complexidade.

• Encaminhamento das gestantes para o parto em maternidades de referência distrital, através do formulário de referência e contra referência fornecido no centro de saúde ou no consultório médico. É de suma importância que a grávida conheça o local onde vai ter seu bebê durante a gestação, evitando assim, transtor-nos e mal-entendidos na hora do parto.

• Integração com o projeto de prevenção e combate à desnutrição (alimentação alterna-tiva, distribuição de farinha enriquecida) para gestantes e nutrizes.

• Garantia de agendamento da revisão pós-parto, quando a paciente trará informações sobre o parto e será introduzida em outros grupos (planejamento familiar, crescimento e desenvolvimento, atenção ao desnutrido...).

Devem estar acompanhados de exame de ultra som:

- Gestação múltipla (3 fetos ou mais)- polidrâmnios- oligohidrâmnios- crescimento intra uterino retardado

(CIUR)- anomalias uterinas (útero bicorno, sep-

tado)- placenta prévia total- mal formação fetalDevem estar acompanhados de teste de

Coombs indireto positivo:- Isoimunização feto-materna (Doença he-

molítica perinatal ou eritoblastose fetal)Devem estar acompanhados de exame la-

boratorial específi co positivo:- Infecções (Toxoplasmose, sífilis com

tratamento não penicilínico ou complicada, HIV/Aids)

Outras indicações de encaminhamentos deverão ser acompanhadas de minucioso re-latório médico e resultados de exames que as justifi quem. O encaminhamento deve ser o mais precoce possível.

L. R. DE SOUZA(*)Professor Associado 4 de Tocoginecologia da Universidade Federal do Amazonas. Mestre e Doutor em Tocoginecologia pela Unicamp. Felow em Reprodução Humana pelo Instituto Valenciano de Infertilidade – Espanha.Diretor do LaVitta – Centro de Medicina Reprodutiva e Infertilidade da Amazônia Ltda

ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL

L. R. de Souza Prof. Dr. Lourivaldo Rodrigues de Souza CRM-AM: 960 TEGO: 090/85

A esposa deverá iniciar uso de ácido fólico e algu-ma vitamina para reforçar seu organis-mo contra as doenças do sistema ner-voso central de seu futuro bebê”

Procedimento revoluciona a rápida redução do peso Nova técnica ajuda o paciente a obter uma perda signifi cativa de peso, mas algumas pessoas voltam a engordar

A obesidade é um pro-blema que afeta pes-soas em todo o mun-do. Homens, mulheres,

idosos e até mesmo crianças e adolescentes sofrem com o excesso de peso. Ela é prove-niente dos maus hábitos do cotidiano, como má alimen-tação e sedentarismo e está associada ao desenvolvimen-to de diversas doenças, como pressão alta, problemas cardí-acos e diabetes, a obesidade é pode levar à morte.

Por esta razão, muitos bra-sileiros, recorrem às cirurgias bariátricas. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirur-gia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), estima-se que nos últimos dez anos cerca de 400 mil brasileiros foram submeti-dos à cirurgia bariátrica para perda de peso. Mas, embora o procedimento ajude o paciente a obter uma perda signifi cativa de peso, em torno de 10% des-sas pessoas voltam a engordar com o passar do tempo.

Uma das razões para esse acontecimento é anastomose (região onde o alimento passa) com tamanho dilatado. E o que fazer para conseguir elimi-nar os quilinhos readquiridos? Uma alternativa é o plasma de argônio, um procedimen-

to endoscópico que provoca a cauterização do tecido e, posteriormente, uma retração na sua cicatrização.

Para que não haja dúvidas, consiste em uma espécie de raio laser que é aplicado ao redor da costura entre o estômago e o intestino a fi m de provo-car uma queimadura no local. Diante disso, por causa da re-tração da cicatriz faz com que o

estômago reduza de tamanho. São necessárias, em média, três sessões com intervalos de oito semanas entre cada uma delas, mas pode variar conforme a necessidade do paciente.

O indivíduo consegue per-der em torno de 20% do peso inicial, desde que faça um acompanhamento multidis-ciplinar com o médico. Perder peso sem grandes sacrifícios pode ser um fato, mas o difícil é manter o novo peso e evitar os excessos alimentares

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AÇÃO

Difi culdade para alcançar suas metas?Para alcançar qualquer

objetivo seja passar de ano, no vestibular, no concurso público ou numa prova de trainee é preciso se dedicar aos estudos. Algumas pessoas podem ter uma difi culdade em se concentrar para estudar, o que difi culta ainda mais esse processo.Não basta você passar o dia todo lendo, estudando, fazendo testes ou provas se está faltando à motivação.

A motivação pode ser a chave para o sucesso de muitas pessoas e ela deve ser levada em considera-ção durante o preparo para uma prova final.

Segundo a terapeuta e coach Erica Aidar, que tem como vivência como con-sultora no serviço público e privado, com ações de empowering, motivação e treinamento, a motivação não deve ser descartada. “A motivação é caracterizada como uma energia que é responsável por ajudar o indivíduo a alcançar um de-

safi o. É por causa da motiva-ção que muitos conseguem conquistar suas metas e ser bem sucedido’, afi rma.

A motivação precisa es-tar presente no dia a dia, seja para ir à academia, ler um livro ou começar um novo curso. “Esse sen-timento é capaz de induzir o ser humano a desenvolver a alguma ação que irá lhe fazer bem. Quando o indi-víduo não tem a motiva-ção ele encontra diversos obstáculos que o impedem de realizar o seu objetivo”, explica a terapeuta.

No caso dos estudos, quando o aluno encontra-se desmotivado ele apresenta uma difi culdade maior em prestar atenção, raciocinar as questões da prova, além da baixa autoestima porque acredita que ele não irá conseguir passar no teste. “A desmotivação é muito infl uenciada pelos pensa-mentos pessimistas como, por exemplo, eu não vou con-seguir passar nesse teste.Ou, então, o indivíduo acaba

colocando outras priorida-des na frente para fugir do problema”, ressalta Aidar.

A motivação precisa ser trabalhada a longo prazo. “É importante acreditar em si mesmo e sempre lembrar das vitórias e der-rotas no decorrer do seu caminho.Muitos coaching recomendam criar um cenário de motivação e se fortalecer por meio de representações visuais da-quilo que se deseja alcan-çar”, sugere a terapeuta.

Esse exercício pode aju-dar na hora que a desmoti-vação bater quando for pe-gar um livro para estudar novamente. “Se você quer passar no trainee de deter-minada empresa, imagine o ambiente de como será a sua sala naquela empre-sa, os colegas de trabalho, a sala de reunião, o seu chefe, detalhe o melhor possível.Essas descrições podem ajudar a superar o medo e motivá-lo ainda mais a estudar”, recomen-da a Dra. Erica.

Para cada novo, desafi o busque novas soluções e parta do princípio da crença em si mesmo

DIVULGAÇÃO

MOTIVAÇÃO

RETROCESSONos últimos 10 anos cresceu signifi cativa-mente o número de pacientes que se subme-tem à cirurgia bariátri-ca, mas dados apontam que pelo menos dez por cento voltam a ganhar peso após algum tempo

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MANAUS, DOMINGO, 21 DE SETEMBRO DE 2014 F7Saúde e bem-estar

Você costuma cuidar da saúde dos seus pés? Se sua resposta for negativa, é bom rever as cautelas com a região. Poucos têm conhe-cimento, mas não é apenas a higiene que merece atenção. O uso de sapatos apertados ou des-confortáveis pode causar defor-midade e processos infl amatórios que podem provocar distúrbios na marcha e, consequentemente, dores nas costas.

Além desses, lesões de liga-mentos, fraturas, problemas neurológicos periféricos e outros distúrbios que possam levar a alterações na marcha são ca-pazes de afetar a região lombar. “Os pés possuem ossos que são mais frágeis do que os de ou-tras regiões do corpo. Esses, porém, são ligados por tendões e ligamentos, que os deixam

mais forte. No entanto, mesmo com uma resistência maior, eles sentem o esforço”, afi rma o neu-rocirurgião Paulo Porto de Melo, colaborador do Departamento de Neurocirurgia da Universidade de Saint Louis (Missouri- EUA), introdutor e pioneiro da neuroci-rurgia robótica no Brasil.

De acordo com o especialista, os joanetes estão como uma das deformidades mais corriqueiras na região, sendo caracterizado pelo desvio lateral do primeiro dedo. Além do desvio, é comum que elas estejam associados a incômodos ou dores que atacam as articulações, provocando ainda um aumento do osso. “O joanete causa uma alteração na pisada e, por consequência, na postura do indivíduo ao caminhar. Ou seja, todos os danos que afetam o de-

dão do pé causa um desequilíbrio postural. Com o tempo, esse mau hábito postular acaba gerando as dores nas costas”, descreve.

Outras possibilidadesQuando uma dor inicia nas cos-

tas e se irradia para os pés, pode indicar uma infl amação do nervo ciático. “Esse nervo se inicia na região lombar e é o maior do corpo humano”, diz Melo.

A infl amação do nervo pode ser proveniente de diferentes fatores. A causa mais comum é prove-niente de uma infl amação secun-dária por causa da compressão em qualquer nível de seu trajeto, podendo gerar uma hérnia de disco na região lombar. “Contudo, tumores, contraturas musculares, bicos de papagaio, quedas ou acidentes, bem como o acome-

timento de doenças raras podem causar um comprometimento do nervo”, esclarece Paulo.

A infl amação do nervo ciático é seguida por um inchaço, que causa uma compressão das raízes nervosas que integram o ciático, causando as dores.

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AÇÃO Dor na coluna? Cuide melhor dos pés

Algumas lesões de ligamentos podem afetar a lombar

A enfermidade, que designa outras como artrite, artrose ou osteoartrose afeta cartilagens e articulações e causa dor

Fisioterapia, uma aliada na cura do reumatismo

Com o tratamento adequado e muita persistência, o paciente poderá obter alívio para as dores causadas pela enfermidade

No senso comum, as doenças reumáticas acometem apenas a população idosa.

Mas a realidade é que elas podem ser identifi cadas mui-to antes da fase adulta e do avanço da doença.

O Ministério da Saúde alerta para a necessidade de cons-cientização sobre o reumatis-mo, doença que afeta apro-ximadamente 12 milhões de brasileiros. O reumatismo nos ossos deve ser tratado com a ingestão de analgésicos, anti-infl amatórios e fi sioterapia.

A fi sioterapia é uma grande aliada para a maior parte dos pacientes diagnosticados com reumatismo, pois ajuda a dimi-nuir a infl amação e melhorar a capacidade física, segundo explica o doutor em fi siotera-pia, Daniel Xavier. “Para quem tem o diagnóstico deve ser realizada se possível, todos os dias, ou pelo menos 3 vezes por semana”, destacou.

De acordo com Daniel, a principal função da fi siote-rapia é prevenir e tratar os distúrbios de movimento de-correntes de alterações de órgãos ou sistemas. “Sendo assim, a fi sioterapia utiliza-se de exercícios para preservar, manter, desenvolver ou reabi-litar algumas funções”.

Conceitualmente, ele expli-ca que o reumatismo é uma enfermidade que designa outras como artrite, artrose, ou osteoartrose, que afetam cartilagens e articulações, mas também órgãos internos, como coração e rins.

No tratamento para o reumatismo se utiliza de

aparelhos e métodos como: bolsas de água morna e fria, exercícios com o objetivo de recuperar a mobilidade das juntas e articulações, sendo seu principal foco o combate a dor.

Além desses métodos, ou-tros como: hidroterapia, hi-droginástica e natação são excelentes ferramentas no combate e prevenção ao reumatismo. “O objetivo da fi sioterapia reumatologica é minimizar dores e incapaci-dades geradas por tais doen-ças por meio da utilização de recursos eletroanalgésicos, da aplicação de técnicas de terapia manual e de atividades que estimu-lem a movimentação articular fortalecen-do e alongando os músculos envolvi-dos buscando assim prevenir a instalação de deformidades, bem como evi-tar a progressão de deformi-dades já instaladas, buscando sempre manter uma boa qua-lidade de vida”.

Daniel Xavier destaca que dependendo da doença, o tra-tamento pode ser muito demo-rado e a melhora igualmente lenta, mas se o paciente não realizar estes tratamentos a doença poderá evoluir e tornar o seu dia a dia mais difícil.

“Ter uma dieta equilibrada, estar dentro do peso ideal e praticar algum tipo de ativi-dade física diminuem o risco do indivíduo sofrer de reuma-tismo na vida futura e diminui o tempo de tratamento, caso ele seja diagnosticado com a doença”, disse.

Nas pessoas idosas, as dores causadas pelo reumatismo costumam ser mais presentes e mais intensas e exigem cuidados

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F8 MANAUS, DOMINGO, 21 DE SETEMBRO DE 2014Saúde e bem-estar

Teste do pezinho em casaObrigatórios por lei, os exames da Triagem Neonatal agora já podem ser feitos no aconchego do lar, sem a necessidade de sair de casa, para isso, já existe em Manaus um laboratório que oferece o serviço com qualidade

Capaz de identificar pre-cocemente doenças que não apresentam sintomas nos primei-

ros dias de vida, o chamado ‘teste do pezinho’ é muito im-portante para os recém-nas-cidos e a cada ano vem se popularizando mais e mais en-tre as famílias brasileiras. Isso porque, como já resumia o po-eta Vinícius de Moraes em seu poema “Enjoadinho”, os filhos são os maiores tesouros dos pais, que fazem de tudo para protegê-los, especialmente quando são bebês.

Obrigatória por lei no Bra-sil, a Triagem Neonatal (teste do pezinho) deve, preferen-cialmente, ser feita entre o segundo e o quinto dia de vida da criança. Para quem prefere, porém, preservar o filho nos pri-meiros dias de vida da ida a um laboratório, há a possibilidade de fazer o exame no aconchego do lar, sem a necessidade de sair de casa.

Em Manaus, o Laboratório Sabin, com cinco unidades na capital, é o primeiro a ofere-cer o serviço de coleta dos testes de Triagem Neonatal domiciliar, o qual pode ser realizado tanto na versão bá-sica quanto nas modalidades ampliada, plus e máster, cada um deles com um número crescente de exames.

O objetivo é detectar, pre-cocemente, doenças metabó-

licas, genéticas e/ou infecio-sas que poderão causar lesões irreversíveis no bebê, como, por exemplo, retardo mental. “Todos os tipos do teste do pezinho podem ser realizados em domicílio. Não há restrições quanto a isso. Ao realizar a coleta no ambiente familiar, isso proporciona maior con-forto para a mãe e para a criança, evita deslocamentos e exposição do recém-nascido a aglomerações de pessoas”, salienta o gestor técnico do Sabin na capital amazonen-se, o farmacêutico-bioquímico Régis Torres Silva.

Segundo o gestor da filial, na versão básica são triadas doenças como o hipotireoi-dismo congênito, a fenilceto-núria e hemoglobinopatias, como a anemia falciforme. A cada tipo do teste do pezinho são incluídas a triagem para outras patologias metabóli-cas e infecciosas, se triando cerca de 40 a 50 patologias na versão mais completa, explica Torres.

Pensando nos filhosProfessora no âmbito da

Secretaria de Estado de Edu-cação (Seduc), Viviane Bitar espera, junto ao marido, Ân-gelo Bitar, o primeiro filho. Na residência, os preparativos estão a todo o vapor para a tão aguardada chegada de Bernardo Filipe, previsto para nascer em novembro.

Viviane sabe dos cuidados necessários para zelar pela saúde do filho, por isso acre-dita que é sempre bom con-tar com uma oportunidade a mais, especialmente quando se trata de exames na própria residência. De acordo com ela, “todo serviço disponibilizado sem que você tenha que sair de casa, mesmo sendo pago, torna-se interessante”.

A jornalista Ana Paula Sena deu à luz sua segunda criança em junho e compartilha a mes-ma opinião. Ela ainda destaca que, para a mulher que faz cesariana, é complicado sair andando pouco tempo após o parto. “O exame e algumas vacinas têm de ser feitos logo na primeira semana do bebê. Por isso, dependendo do custo, vale a pena este tipo de servi-ço”, complementa Ana.

CoberturaAssim como para o teste do

pezinho, o Laboratório Sabin oferece o serviço de coleta em domicílio para diversos outros tipos de exames e para todos os públicos, além de estendê-lo também a ambientes de traba-lho e até mesmo a hotéis.

Os profissionais que reali-zam o procedimento são os mesmos coletores das uni-dades Sabin espalhadas pela cidade, com equipamentos destinados à proteção e pre-servação das amostras.

Teste do pezinho, assim como outros exames e vacinas, devem ser realizados o quanto antes

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AÇÃO

Outra boa notícia é que o Laboratório Sabin possui um aplicativo para iPhone, iPad e aparelhos com sistema ope-racionalAndroid, possibilitan-do o acesso gratuito a laudos

e histórico de exames, além de outras funcionalidades, in-formações sobre os exames com valores de referência das análises, localizador de unidades integrado com o

Google Maps e notícias de saúde. Os agendamentos podem ser feitos pelo te-lefone (92) 2126-8000 ou pelo [email protected].

Tecnologia e agendamentos

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