são tomé e príncipe
DESCRIPTION
História e poetas de S. Tomé e PríncipeTRANSCRIPT
São Tomé e Príncipe
http:/
/kley
1984
.no.co
munid
ades
.net/
imag
ens/
so_to
m1.gi
f
Págin
a2
As ilhas de S. Tomé e Príncipe foram descobertas pelos marinheiros portugueses João de Santarém e
Pedro Escobar.
Estes encontravam-se ao serviço do comerciante Fernão Gomes, que obteve o direito de exploração de
100 léguas anuais da costa africana do rei D. Afonso V em nome da Coroa Portuguesa, embora com
custos por sua conta.
Ao povoamento da ilha de São Tomé e Príncipe associam-se algumas dúvidas. Assim, acredita-se
que terão sido os portugueses os primeiros a chegarem às ilhas, cabendo-lhes a decisão quanto ao seu
futuro. A ilha de São Tomé terá estado desabitada (tese maioritária) até 1470/1471 e a do Príncipe até 1471/ 1472.
A primeira tentativa de povoamento da Ilha de São Tomé aconteceu em 1485, por João de Paiva, mas sem sucesso. Uma nova tentativa,
aconteceu em 1493, por Álvaro de Caminha. Quanto à Ilha do Príncipe só teve o seu primeiro povoamento em 1500.
O encontro entre portugueses e angolares (habitantes da zona sul da Ilha de S. Tomé) foi marcado por conflitos, que culminaram com a
submissão dos angolares, tendo-se tornado escravos dos portugueses.
http:/
/i.co
lnect.
net/
imag
es/f
/132
6/40
2/Pe
dro-E
scob
ar-an
d-Jo
ao-d
e-Sa
ntar-e
acute
-m.jp
g
Págin
a3
A população de S. Tomé e Príncipe resulta de uma miscigenação, descendentes de escravos vindos de África e europeus, nomeadamente,
portugueses. Estes grupos deram origem a uma população com enorme riqueza cultural.
Nas últimas décadas, esta população tem crescido consideravelmente, todavia, com cerca de 151.912 habitantes esta nação é uma das
mais pequenas de África. Cerca de um quarto da população reside na cidade de S. Tomé.
Do séc. XV ao séc. XX (1975) foi uma colónia de Portugal. A 12 de julho de 1975 foi proclamada a sua independência.
POETAS DE S. TOMÉ
ALDA ESPÍRITO SANTO
http:/
/3.bp
.blog
spot.
com/
-ijzCV
UqOz
6w/U
xx1H
ouAm
TI/AA
AAAA
AAS3
g/6L
-
Ori5k
ASw/
s160
0/Po
etisa
+Alda
+Esp
%C3%
ADrito
+San
to.jp
g
Págin
a4
ANGOLARES
Canoa frágil, à beira da praia, panos preso na cintura, uma vela a flutuar… Caleima, mar em fora canoa flutuando por sobre as procelas das águas, lá vai o barquinho da fome. Rostos duros de angolares na luta com o gandu por sobre a procela das ondas remando, remando no mar dos tubarões p’la fome de cada dia. Lá longe, na praia, na orla dos coqueiros
quissandas 4 em fila, abrigando cubatas,
http:/
/3.bp
.blog
spot.
com/
_2P3
Aqv7
0N2E
/R2x
YLA4
0OsI/
AAAA
AAAA
BPk/
rnQFW
YBsU
as/S
259/
100-
0012
_IMG.
JPG
Págin
a5
izaquente 5 cozido em panela de barro. Hoje, amanhã e todos os dias espreita a canoa andante por sobre a procela das águas. A canoa é vida a praia é extensa areal, areal sem fim. Nas canoas amarradas aos coqueiros da praia. O mar é vida. P’ra além as terras do cacau nada dizem ao angolar “Terras tem seu dono”.
E o angolar na faina do mar, tem a orla da praia as cubatas de quissandas 4 as gibas pestilentas mas não tem terras. P’ra ele, a luta das ondas, a luta com o gandu, as canoas balouçando no mar e a orla imensa da praia. (É nosso o solo sagrado da terra) Alda Espírito Santo
Págin
a6
ILHA NUA Coqueiros e palmares da Terra Natal
Mar azul das ilhas perdidas na conjuntura dos séculos
Vegetação densa no horizonte imenso dos nossos sonhos.
Verdura, oceano, calor tropical
Gritando a sede imensa do salgado mar
No deserto paradoxal das praias humanas
Sedentas de espaço e devida
Nos cantos amargos do ossobô
Anunciando o cair das chuvas
Varrendo de rijo a terra calcinada
Saturada do calor ardente
Mas faminta da irradiação humana
http:/
/2.bp
.blog
spot.
com/
_98W
lY2FIL
Cc/S
YeEjZ
AjkLI/
AAAA
AAAA
Ce4/
0PF2
iEmrQ
Ig/s4
00/p
ara%C
3%AD
so.jp
g
Págin
a7
Ilhas paradoxais do Sul do Sará
Os desertos humanos clamam
Na floresta virgem
Dos teus destinos sem planuras…
Alda Espírito Santo
http:/
/med
ia-cd
n.trip
advis
or.co
m/me
dia/p
hoto-
s/01
/18/
56/9
b/bo
m-bo
m-res
ort-v
iew-fr
om.jp
g
Págin
a8
CONCEIÇÃO LIMA
http:/
/www
.unila
b.edu
.br/w
p-co
ntent/
uploa
ds/2
012/
11/C
once
i%C3
%A7%
C3%A
3o-L
ima.j
pg
Págin
a9
PRESSA1
1 http://bibliotecariodebabel.com/geral/seis-poemas-de-conceicao-lima/
Ficam mais curtas as horas
Se tombam caminhos.
***
O GUARDIÃO
Sobre todas as coisas, o guardião
venera o eco da própria voz.
No anel de bondade em redor do trono
decretou a obediência do vento
e a vassalagem dos frutos.
***
MULABO I
Onde o tamanho das vozes
Encolhe o nome e o rosto da urbe.
***
OCULTO
Não lhe vi o rosto
Não lhe viste o rosto
Não lhe viram o rosto
Não lhe vimos o rosto
Estava de bruços.
***
Págin
a10
Vim tocar as tábuas da profecia.
Acostumo-me ao perpétuo fogo
Na fronte de Acra.
Que diriam as palavras
O que diriam
Sobre o árduo fulgor da tua mortalha?
in O País de Akendenguê, Caminho, 2011
ESTÁTUAS
Neste país as estátuas desdenham alturas.
Traficam na praça, devassam estradas
Têm mãos pensativas e barro na planta dos pés.
***
KWAME
Deixei longe o clarim.
Vim ouvir a alegria das rosas
Ébrias gaivotas
Esta frescura tingindo de princípio o teu canto.
Além dos retalhos do mapa