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São Tomé e Príncipe Inquérito Demográfico e Sanitário 2008-2009

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  • So Tom e Prncipe

    Inqurito Demogrfico e Sanitrio 2008-2009

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  • REPBLICA DEMOCRTICA DE SO TOM E PRNCIPE

    Inqurito Demogrfico e Sanitrio

    (IDS STP 2008-2009)

    Instituto Nacional de Estatstica Ministrio da Sade

    So Tom, So Tom e Prncipe

    MEASURE DHS ICF Macro

    Calverton, Maryland, U.S.A.

    Julho de 2010

  • Anlise do relatrio: Mohamed Ayad Mhamed Ayed

    Badressalem Bel Hadj Ali Monique Barrre Helder Salvaterra

    Elsa Cardoso Jose Manuel Carvalho

    Maria Elizabeth Carvalho

    Reviso do relatrio Mohamed Ayad

    Victria Menezes D'Alva Jose Manuel Carvalho

    Helder Salvaterra Elsa Cardoso

    Ren Charles Sylva

    Traduo do francs para portugus Ren Charles Sylva

    Este relatrio apresenta os principais resultados do Inqurito Demogrfico e Sanitrio em So Tom e Prncipe (IDS STP), realizado de Setembro de 2008 a Maro de 2009, pelo Instituto Nacional de Estatstica (INE) e pelo Ministrio da Sade.

    O IDS STP um projecto do governo da Repblica Democrtica de So Tom e Prncipe (STP), cujos objectivos so recolher, analisar e divulgar informaes relativas fecundidade, mortalidade das crianas menores de cinco anos, ao planeamento familiar, sade materna e infantil, ao paludismo, aos conhecimentos, comportamentos e atitudes em relao ao VIH/sida, s IST, violncia domstica, as medidas antropomtricas, bem como medir a prevalncia da Anemia, da Hepatite B e do VIH/sida. As informaes obtidas permitem avaliar o impacto dos programas implementados e planificar novas estratgias para a melhoria da sade e do bem-estar da populao.

    O inqurito teve a assistncia tcnica de ICF Macro, no mbito do programa mundial MEASURE DHS. A

    realizao do IDS STP foi possvel graas ao financiamento do Governo de STP, da Agncia para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos da Amrica, (USAID), Projecto de Apoio ao Sector Social (PASS-Sade), Banco Mundial, UNFPA, PNUD, Cooperao Portuguesa atravs do Projecto de Sade para Todos, UNICEF, e a Cooperao Taiwanesado). Este relatrio a obra dos autores e no traduz necessariamente o ponto de vista, nem a poltica dos organismos de Cooperao.

    Informaes complementares sobre o IDS STP podem ser disponibilizadas pelo Instituto Nacional de

    Estatstica, C.P. 256, So Tom, So Tom e Prncipe, (telefone: + (239) 22 19 82/22 13 13/ 22 21 98/ 24 18 50; Fax : + (239) 22 21 98/ 22 19 82; E-mail: [email protected]; Internet: http://www.ine.st/home.html.

    Ainda, informaes podem ser obtidas junto de ICF Macro., 11785 Beltsville Drive, Calverton, MD 20705,

    USA, (telefone: +(301) 572-0200; Fax: +(301) 572-0999; E-mail: [email protected]; Internet: http://www.measuredhs.com). Referncia recomendada para citao: Instituto Nacional de Estatstica (INE) [So Tom e Prncipe], Ministrio da Sade, e ICF Macro. 2010. Inqurito Demogrfico e Sanitrio, So Tom e Prncipe, IDS STP, 2008-2009. Calverton, Maryland, USA: INE.

  • Indice | iii

    INDICE

    Page

    Lista dos quadros e grficos............................................................................................................... ix Prefcio ......................................................................................................................................... xvii Agradecimentos............................................................................................................................ xvix Siglas .............................................................................................................................................. xxi Resumo ........................................................................................................................................ xxiii Objectivos do Milnio das Naes Unidas .................................................................................... xxix Mapa de So Tom ....................................................................................................................... xxx CAPTULO 1 APRESENTAO DO PAS, OBJECTIVO E METODOLOGIA DO INQURITO 1.1 CARACTERSTICAS GERAIS E GEOGRFICA DO PAS...........................................1 1.2 OBJECTIVOS DO INQURITO ..............................................................................2 1.3 METODOLOGIA DO INQURITO ........................................................................3 CAPTULO 2 CARACTERSTICAS DOS AGREGADOS FAMILIARES 2.1 ESTRUTURA POR IDADE E POR SEXO DA POPULAO ...................................11 2.2 TAMANHO E COMPOSIA DOS AGREGADOS FAMILIARES ..........................12 2.2.1 Sexo do chefe do agregado familiar .......................................................12 2.2.2 Tamanho dos agregados familiares.........................................................13 2.2.3 Crianas no vivendo com os pais rfs nos agregados...........................13 2.3 CONDIES DE VIDA DAS CRIANAS E DOS RFOS....................................14 2.4 NIVL DE INSTRUO E FREQUNCIA ESCOLAR..............................................15 2.5 CARACTRISTICAS DOS ALOJAMENTOS E POSSE DE BENS PELOS AGREGADOS FAMILIARES ..................................................................................20 2.5.1 Acesso gua potvel............................................................................20 2.5.2 Tipo e utilizao das casas de banho .....................................................23 2.5.3 Caractersticas dos alojamentos..............................................................23 2.5.4 Posse de bens duradouros .....................................................................26 2.5.5 ndice do bem-estar econmico ............................................................26 2.6 REGISTO DE NASCIMENTO................................................................................27 CAPTULO 3 CARACTERSTICAS DAS MULHERES E DOS HOMENS INQUIRIDOS 3.1 CARACTRISTICA SCIODEMOGRFICAS DOS INQUIRIDOS..........................29 3.2 NIVEL DE INSTRUO POR CARACTERSTICAS SCIODEMOGRFICAS ........31

  • iv Indice

    3.3 ALFABETIZAO.................................................................................................33 3.4 EXPOSIO AOS MEIOS DE COMUNICAO SOCIAL .....................................35 3.5 ACTIVIDADE ECONMICA ................................................................................38 3.6 COBERTURA MDICA.........................................................................................46 3.7 CONHECIMENTO E ATITUDES SOBRE A TUBERCULOSE ..................................48 3.8 CONHECIMENTO E ATITUDES SOBRE O TABAGISMO .....................................50 CAPTULO 4 FECUNDIDADE 4.1 NIVEL DA FECUNDIDADE E FECUNDIDADE DIFERENCIAL ...............................54 4.2 TENDNCIAS DA FECUNDIDADE.......................................................................57 4.3 PARIDADE E ESTERILIDADE PRIMRIA...............................................................59 4.4 INTERVALO INTERGENSICO.............................................................................60 4.5 IDADE AO PRIMEIRO NASCIMENTO..................................................................63 4.6 GRAVIDEZ E FECUNDIDADE DAS ADOLESCENTES ...........................................64 CAPTULO 5 PLANEAMENTO FAMILIAR 5.1 CONHECIMENTO DOS MTODOS CONTRACEPTIVOS....................................67 5.2 UTILIZAO PASSADA DE METODOS CONTRACEPTIVOS...............................70 5.3 UTILIZAO ACTUAL DA CONTRACEPO .....................................................72 5.4 NMERO DE FILHOS AQUANDO DA PRIMEIRA UTILIZAO .........................75 5.5 CONHECIMENTO DO PERODO FRTIL............................................................76 5.6 FONTES DE OBTENO DE METODOS CONTRACEPTIVOS.............................77 5.7 INFORMAES RELATIVAS AOS MTODOS CONTRACEPTIVOS......................78 5.8 UTILIZAO FUTURA DA CONTRACEPO.....................................................79 5.9 FONTES DE INFORMAO SOBRE A CONTRACEPO ...................................81 5.10 DISCUSSO DO PLANO DE PLANEAMENTO FAMILIAR COM O CNJUGUE.........................................................................................................85 CAPTULO 6 NUPCIALIDADE E EXPOSIO AO RISCO DE GRAVIDEZ 6.1 ESTADO CIVIL....................................................................................................87 6.2 POLIGAMIA.........................................................................................................89 6.3 IDADE NA PRIMEIRA UNIO..............................................................................91 6.4 IDADE NAS PRIMEIRAS RELAES SEXUAIS ......................................................95 6.5 ACTIVIDADE SEXUAL RECENTE ..........................................................................98 6.6 EXPOSIO AO RISCO DE GRAVIDZ ............................................................ 100 6.7 MENOPAUSA ................................................................................................... 103 CAPTULO 7 INTENES REPRODUTIVAS E PLANEAMENTO DA FECUNDIDADE 7.1 DESEJO DE TER FILHOS (SUPLEMENTARES).................................................... 105 7.2 NECESSIDADES EM MATRIA DE PLANEAMENTO FAMILIAR ......................... 109 7.3 NUMERO IDEAL DE FILHOS............................................................................ 113 7.4 PLANEAMENTO DOS NASCIMENTOS............................................................. 115

  • Indice | v

    CAPTULO 8 SADE REPRODUTIVA 8.1 CUIDADOS PR-NATAIS.................................................................................. 119 8.1.1 Componentes dos cuidados pr-natais ................................................... 121 8.1.2 Vacina anti-tetnica................................................................................ 123 8.2 PARTO ............................................................................................................. 125 8.2.1 Local do parto........................................................................................ 125 8.2.2 Assistncia durante o parto..................................................................... 126 8.3 CUIDADOS PS-PARTO................................................................................. 127 8.4 ACESSO AOS CUIDADOS DE SADE............................................................. 128 CAPTULO 9 SADE DA CRIANA 9.1 PESO AO NASCIMENTO.................................................................................. 131 9.2 VACCINAO DAS CRIANAS........................................................................ 133 9.3 DOENAS DAS CRIANAS .............................................................................. 136 9.3.1 Infeces respiratrias e febre ................................................................ 136 9.3.2 Diarreia.................................................................................................. 139 9.4 PRTICAS EM MATRIA DE HIGINE............................................................... 145 CAPTULO 10 PALUDISMO 10.1 ACESSO AOS MOSQUITEIROS ........................................................................ 147 10.2 TRATAMENTO PREVENTIVO INTERMITENTE (TPI) .......................................... 152 10.3 FEBRE E TRATAMENTO ANTIPALDICO......................................................... 153 CAPTULO 11 SITUAO NUTRICIONAL DAS CRIANAS E DOS ADULTOS 11.1 ESTADO NUTRICIONAL DAS CRIANAS ........................................................ 157 11.2 AMAMENTAO E SUPLEMENTOS ALIMENTARES ......................................... 162 11.2.1 Incio da amamentao ..................................................................... 162 11.2.2 Amamentao exclusiva e alimentao de complemento................... 164 11.2.3 Durao e frequncia da amamentao............................................. 166 11.2.4 Tipo de alimentos de complemento .................................................. 167 11.2.5 Prticas de alimentao da criana .................................................... 168 11.3 PREVALNCIA DA ANEMIA NAS CRIANAS .................................................... 170 11.4 CONSUMO DE MICRO NUTRIENTES NAS CRIANAS.................................... 172 11.5 CONSUMO DO SAL IODADO NOS AGREGADOS ......................................... 174 11.6 SITUAO NUTRICIONAL DAS MULHERES ................................................... 175 11.7 PREVALNCIA DA ANEMIA NAS MULHERES E NOS HOMENS ....................... 176 11.8 CONSUMO DAS MICRONUTRIENTES NAS MULHERES ................................. 179

  • vi Indice

    CAPTULO 12 MORTALIDADE DAS CRIANAS 12.1 DEFINIO, METODOLOGIA E QUALIDADE DOS DADOS ........................... 181 12.2 NVEIS E TENDNCIAS ..................................................................................... 182 12.3 MORTALIDADE DIFERENCIAL ......................................................................... 183 12.4 COMPORTEMENTOS REPRODUTIVOS DE RISCO.......................................... 186 CAPTULO 13 MORTALIDADE ADULTA E MORTALIDADE MATERNA 13.1 INTRODUO................................................................................................. 189 13.2 RECOLHA DE DADOS ..................................................................................... 190 13.3 AVALIAO DA QUALIDADE DOS DADOS.................................................... 190 13.4 ESTIMATIVA DIRECTA DE MORTALIDADE ADULTA ....................................... 192 13.5 ESTIMATIVAS DIRECTAS DA MORTALIDADE MATERNA................................. 194 CAPTULO 14 CONHECIMENTO, ATITUDES E COMPORTAMENTOS RELATIVAMENTE S IST/SIDA 14.1 CONHECIMENTO DO VIH/SIDA E DAS FORMAS DE PREVENO ................ 197 14.1.1 Conhecimento do VIH/sida ................................................................ 197 14.1.2 Conhecimento das formas de preveno do VIH ................................ 197 14.1.3 Conhecimento da preveno da transmisso do VIH, da me para o filho. ........................................................................................ 203 14.2 ESTIGMATIZAO DAS PESSOAS VIVENDO COM O VIH .............................. 205 14.3 OPINIES SOBRE A PREVENO DAS IST E DO VIH ..................................... 207 14.3.1 Negociao de relao sexual segura com o cnjuge .......................... 207 14.3.2 Ensinar a utilizao do preservativo aos jovens de 12-14 anos ............ 209 14.4 RELAES SEXUAIS DE ALTO RISCO E USO DO PRESERVATIVO .................. 210 14.4.1 Relaes sexuais pagas e uso do preservativo...................................... 213 14.5 TESTE DO VIH.................................................................................................. 214 14.5.1 Teste do VIH para o conjunto dos inquiridos ...................................... 214 14.5.2 Teste do VIH entre as mulheres grvidas............................................. 217 14.6 INFECES SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS ................................................. 218 14.6.1 Prevalncia declarada das IST ............................................................. 218 14.7 PREVALNCIA DAS INJECES ....................................................................... 219 14.8 JOVENS DE 15-24 ANOS E O VIH/SIDA........................................................... 220 14.8.1 Conhecimento completo do VIH/sida e conhecimento de uma fonte de obteno do preservativo.................................................... 221 14.8.2 Idade na primeira relao sexual entre os jovens e uso do preservativo ........................................................................................ 223 14.8.3 Relaes sexuais pr-maritais e uso do preservativo durante as relaes sexuais pr-maritais.............................................................. 225

  • Indice | vii

    CAPTULO 15 PREVALNCIA DO VIH E FACTORES ASSOCIADOS 15.1 INTRODUO................................................................................................. 233 15.2 Protocolo do Teste do VIH................................................................................ 233 15.2.1 Objectivo do teste do VIH .................................................................. 233 15.2.2 Teste do VIH ...................................................................................... 233 15.2.3 Despistagem e confirmao ................................................................ 234 15.2.4 Tratamento informtico ...................................................................... 235 15.3 Cobertura do Teste do VIH ............................................................................... 235 15.4 Prevalncia do VIH ........................................................................................... 238 15.4.1 Prevalncia do VIH segundo algumas caractersticas socioeconmicas e sociodemogrficas ................................................ 238 15.4.2 Prevalncia do VIH segundo algumas caractersticas do comportamento sexual ....................................................................... 242 15.4.3 Prevalncia do VIH entre os jovens de 15-24 anos ............................. 245 15.4.4 Prevalncia do VIH segundo os antecedentes de IST e segundo o teste do VIH anterior ao IDS-STP..................................................... 248 15.4.5 Prevalncia do VIH no seio do casal ................................................... 249 CAPTULO 16 PREVALNCIA DA HEPATITE B 16.1 METODOLOGIA .............................................................................................. 251 16.2 RESULTADOS................................................................................................... 252 CAPTULO 17 ESTATUTO DA MULHER 17.1 EMPREGO E TIPO DE REMUNERAO ........................................................... 255 17.2 CONTROLO DO RENDIMENTO DAS MULHERES........................................... 256 17.3 PARTICIPAO DAS MULHERES NA TOMADA DE DECISO......................... 257 17.4 ATITUDES SOBRE O PAPEL DOS GNEROS.................................................... 259 17.4.1 Aprovao pelas mulheres e pelos homens de certas razes que justificam o facto de bater nas mulheres ...................................... 259 17.4.2 Aprovao pelas mulheres e pelos homens de certas razes que justificam a recusa das relaes sexuais com o seu marido/parceiro.................................................................................. 262 CAPTULO 18 VIOLNCIA DOMSTICA 18.1 METODOLOGIA .............................................................................................. 265 18.2 VIOLNCIA DOMSTICA ................................................................................. 267 18.2.1 Violncia fsica desde a idade de 15 anos ........................................... 267 18.2.2 Violncia Fsica durante a gravidez ..................................................... 269 18.3 VIOLNCIA SEXUAL ......................................................................................... 269 18.4 CONTROLO EXERCIDO PELO MARIDO/COMPANHEIRO .............................. 271 18.5 VIOLNCIA CONJUGAL................................................................................... 272

  • viii Indice

    18.5.1 Prevalncia das violncias exercidas pelos cnjuges ............................ 272 18.5.2 Violncia conjugal, estatuto da mulher e caractersticas dos cnjuges....................................................................................... 274 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS.....................................................................................277 ANEXO A PLANO DE SONDAGEM .............................................................................. 279 A.1 INTRODUO ................................................................................................ 279 A.2 BASE DE SONDAGEM ..................................................................................... 279 A.3 AMOSTRAGEM................................................................................................ 280 A.4 PROBABILIDADES DE SONDAGEM ................................................................ 280 A.5 RESULTADOS DOS INQURITOS ................................................................... 281 ANEXO B ERROS DE SONDAGEM ........................................................................285 ANEXO C QUADROS DE AVALIAO DA QUALIDADE DOS DADOS ................. 293 ANEXO D LISTA DO PESSOAL ...................................................................................... 299 ANEXO E QUESTIONRIOS......................................................................................... 303

  • Lista dos quadros e grficos | ix

    LISTA DOS QUADROS E GRFICOS

    Page CAPTULO 1 APRESENTAO DO PAS, OBJECTIVO E METODOLOGIA DO INQURITO Quadro 1.1 Resultados da amostra .........................................................................................5 CAPTULO 2 CARACTERSTICAS DOS AGREGADOS FAMILIARES Quadro 2.1 Populao dos agregados familiares por grupo etrio, sexo e meio de residncia .....................................................................................................11 Quadro 2.2 Composio dos agregados familiares ................................................................13 Quadro 2.3 Crianas rfs e residncia das crianas .............................................................15 Quadro 2.4.1 Nvel de instruo da populao dos agregados familiares .................................16 Quadro 2.4.2 Nvel de instruo da populao dos agregados familiares .................................17 Quadro 2.5 Taxa de frequncia escolar ................................................................................19 Quadro 2.6 Fonte de gua para beber usada nos agregados familiares..................................22 Quadro 2.7 Tipo de retrete que utilizam os agregados familiares ..........................................23 Quadro 2.8 Caractersticas dos alojamentos..........................................................................25 Quadro 2.9 Bens duradouros dos agregados familiares .........................................................26 Quadro 2.10 Quintis de bem-estar econmico.......................................................................27 Quadro 2.11 Declarao das crianas menores de cinco anos ao registo ................................28 Grfico 2.1 Pirmide de idades da populao .....................................................................12 Grfico 2.2 Caractersticas dos alojamentos por meio de residncia .....................................24 CAPTULO 3 CARACTERSTICAS DAS MULHERES E DOS HOMENS INQUIRIDOS Quadro 3.1 Caractersticas sociodemogrficas dos inquiridos................................................30 Quadro 3.2.1 Nvel de instruo: Mulheres .............................................................................32 Quadro 3.2.2 Nvel de instruo: Homens ..............................................................................33 Quadro 3.3.1 Alfabetizao: Mulheres ....................................................................................34 Quadro 3.3.2 Alfabetizao : Homens.....................................................................................35 Quadro 3.4.1 Exposio a meios de comunicao: Mulheres ..................................................36 Quadro 3.4.2 Exposio a meios de comunicao: Homens....................................................37 Quadro 3.5.1 Emprego: Mulheres ...........................................................................................39 Quadro 3.5.2 Emprego: Homens.............................................................................................40 Quadro 3.6.1 Ocupao: Mulheres .........................................................................................43 Quadro 3.6.2 Ocupao: Homens ..........................................................................................44 Quadro 3.7 Tipo de emprego: Mulheres ..............................................................................45 Quadro 3.8.1 Cobertura mdica: Mulheres .............................................................................47 Quadro 3.8.2 Cobertura mdica: Homens ..............................................................................48 Quadro 3.9.1 Conhecimento e atitudes sobre a tuberculose: Mulheres ...................................49

  • x | Lista dos quadros e grficos

    Quadro 3.9.2 Conhecimento e atitudes sobre a tuberculose: Homens.....................................50 Quadro 3.10.1 Consumo de tabaco: Mulheres ..........................................................................51 Quadro 3.10.2 Consumo de tabaco: Homens ...........................................................................52 Grfico 3.1 Trabalho das mulheres e dos homens de 15-49 anos .........................................41 Grfico 3.2 Tipo de remunerao das mulheres de 15-49 anos............................................46 CAPTULO 4 FECUNDIDADE Quadro 4.1 Fecundidade actual ...........................................................................................54 Quadro 4.2 Fecundidade por caractersticas sociodemogrficas............................................56 Quadro 4.3 Tendncia da fecundidade por grupo etrio ......................................................58 Quadro 4.4 Filhos nascidos vivos e filhos sobreviventes das mulheres ...................................60 Quadro 4.5 Intervalo intergensico.......................................................................................62 Quadro 4.6 Idade ao nascimento do primeiro filho ..............................................................63 Quadro 4.7 Idade mediana ao primeiro nascimento.............................................................64 Quadro 4.8 Gravidez e fecundidade das adolescentes..........................................................65 Grfico 4.1 Taxa de fecundidade geral por grupo etrio e meio de residncia......................55 Grfico 4.2 ndice Sinttico de Fecundidade e descendncia atingida aos 40-49 anos ........................................................................................................57 Grfico 4.3 Taxa de fecundidade por grupo etrio e por perodo de cinco anos precedentes o IDS STP 2008-2009 ....................................................................58 CAPTULO 5 PLANEAMENTO FAMILIAR Quadro 5.1 Conhecimento de mtodos contraceptivos ........................................................69 Quadro 5.2 Conhecimento de mtodos contraceptivos por caractersticas sociodemogrficas .............................................................................................70 Quadro 5.3 Utilizao de mtodos contraceptivos num momento qualquer: Mulheres ........71 Quadro 5.4 Uso actual de mtodos contraceptivos por grupo etrio.....................................73 Quadro 5.5 Uso actual de mtodos contraceptivos por caractersticas sociodemogrficas .............................................................................................74 Quadro 5.6 Nmero de filhos na poca do uso do primeiro mtodo....................................76 Quadro 5.7 Conhecimento do perodo frtil.........................................................................77 Quadro 5.8 Fonte de obteno de mtodos contraceptivos modernos..................................78 Quadro 5.9 Informaes relativas aos mtodos contraceptivos..............................................79 Quadro 5.10 Utilizao futura ................................................................................................80 Quadro 5.11 Razes para no usar mtodos contraceptivos ...................................................80 Quadro 5.12 Preferncia de mtodo para uso futuro..............................................................81 Quadro 5.13 Contacto com mensagens sobre o planeamento familiar ....................................82 Quadro 5.14 Contacto das mulheres no usurias de mtodos contraceptivos com agentes do planeamento familiar .......................................................................84 Quadro 5.15 Conhecimento do marido/parceiro da utilizao de mtodo contraceptivo pela mulher .................................................................................85

  • Lista dos quadros e grficos | xi

    Grfico 5.1 Prevalncia da contracepo entre as mulheres casadas/em unio segundo algumas caractersticas socidemogrficas..............................................75 CAPTULO 6 NUPCIALIDADE E EXPOSIO AO RISCO DE GRAVIDEZ Quadro 6.1 Estado civil actual ..............................................................................................88 Quadro 6.2.1 Nmero de co-esposas ......................................................................................89 Quadro 6.2.2 Nmero de esposas ...........................................................................................91 Quadro 6.3 Idade na primeira unio ....................................................................................92 Quadro 6.4.1 Idade mediana na primeira unio: Mulheres .....................................................93 Quadro 6.4.2 Idade mediana na primeira unio: Homens.......................................................94 Quadro 6.5 Idade na primeira relao sexual .......................................................................95 Quadro 6.6.1 Idade mediana na primeira relao sexual: Mulheres.........................................96 Quadro 6.6.2 Idade mediana na primeira relao sexual: Homens..........................................97 Quadro 6.7.1 Actividade sexual recente: Mulheres..................................................................98 Quadro 6.7.2 Actividade sexual recente: Homens ................................................................ 100 Quadro 6.8 Quadro 6.8 amenorreia, abstinncia sexual, e no-suceptibilidade ps-parto........................................................................................................ 101 Quadro 6.9 Durao mediana da amenorreia, da abstinncia ps-parto e da no-susceptibilidade ps-parto ....................................................................... 102 Quadro 6.10 Menopausa..................................................................................................... 103 Grfico 6.1 Proporo de mulheres e homens solteiros por idade ........................................88 Grfico 6.2 Proporo de mulheres em unio poligmica por caractersticas sociodemogrficas .............................................................................................90 Grfico 6.3 Idade mediana na primeira unio para as mulheres e os homens.......................94 Grfico 6.4 Idade mediana na primeira relao sexual entre as mulheres de 25-49 anos......97 CAPTULO 7 INTENES REPRODUTIVAS E PLANEAMENTO DA FECUNDIDADE Quadro 7.1 Intenes reprodutivas por nmero de filhos vivos.......................................... 106 Quadro 7.2.1 Desejo de limitar os nascimentos: Mulheres ................................................... 107 Quadro 7.2.2 Desejo de limitar os nascimentos: Homens..................................................... 108 Quadro 7.3.1 Necessidades em matria de planeamento familiar para mulheres actualmente casadas/ em unio ...................................................................... 110 Quadro 7.3.2 Necessidades em matria de planeamento familiar para todas as mulheres e para as mulheres no actualmente casadas/ no em unio............ 111 Quadro 7.4 Nmero ideal de filhos ................................................................................... 114 Quadro 7.5 Nmero ideal de filhos por caractersticas sociodemogrficas.......................... 115 Quadro 7.6 Planeamento da fecundidade ......................................................................... 116 Quadro 7.7 Taxa de fecundidade desejada........................................................................ 116 Grfico 7.1 Desejo de filho suplementar para as mulheres casadas/em unio, segundo o nmero de filhos vivos .................................................................................. 107 Grfico 7.2 ndice Sinttico de Fecundidade e ndice Sinttico de Fecundidade Desejada por caractersticas seleccionadas ..................................................... 117

  • xii | Lista dos quadros e grficos

    CAPTULO 8 SADE REPRODUTIVA Quadro 8.1 Cuidados do pr-natal .................................................................................... 120 Quadro 8.2 Assistncia no pr-natal por nmero de consultas e idade gestacional na primeira consulta ....................................................................................... 121 Quadro 8.3 Exames realizados e medicao recebida durante o controlo pr-natal ........... 122 Quadro 8.4 Vacinao anti-tetnica................................................................................... 124 Quadro 8.5 Local do parto ................................................................................................ 125 Quadro 8.6 Assistncia durante o parto ............................................................................. 127 Quadro 8.7 Cuidados ps-parto ........................................................................................ 128 Quadro 8.8 Problemas de acesso aos cuidados de sade................................................... 129 CAPTULO 9 SADE DA CRIANA Quadro 9.1 Tamanho e peso da criana ao nascer ............................................................ 132 Quadro 9.2 Vacinao por fonte de informao ................................................................ 133 Quadro 9.3 Vacinao por caractersticas sociodemogrficas ............................................. 135 Quadro 9.4 Vaccinations au cours de la premire anne ................................................... 136 Quadro 9.5 Prevalncia e tratamento de sintomas de Infeco Respiratria Aguda (IRA) .................................................................................................... 137 Quadro 9.6 Prevalncia e tratamento da febre .................................................................. 139 Quadro 9.7 Prevalncia da diarreia ................................................................................... 140 Quadro 9.8 Tratamento da diarreia ................................................................................... 142 Quadro 9.9 Prticas alimentares durante a diarreia............................................................ 144 Quadro 9.10 Conhecimento dos pacotes de SRO ou de lquidos prcondicionados, .......... 145 Quadro 9.11 Tratamento das fezes das crianas................................................................... 146 Grfico 9.1 Cobertura vacinal das crianas de 12-23 meses por tipo de vacina segundo o IDS-STP 2008-2009 ...................................................................... 134 Grfico 9.2 Prevalncia das IRA, da febre e da diarreia entre as crianas menores de cinco anos, por idade ................................................................................ 141 CAPTULO 10 PALUDISMO Quadro 10.1 Posse de mosquiteiros .................................................................................... 148 Quadro 10.2 Utilizao de mosquiteiros nas crianas .......................................................... 149 Quadro 10.3.1 Utilizao de mosquiteiros nas mulheres ........................................................ 150 Quadro 10.3.2 Utilizao de mosquiteiros nas mulheres grvidas ........................................... 151 Quadro 10.4 Tratamento antipaldico preventivo e Tratamento Preventivo Intermitente (PPI) nas mulheres grvidas ......................................................... 152 Quadro 10.5 Prevalncia da febre e tratamento precoce ..................................................... 154 Quadro 10.6 Diferentes antipaldicos e tratamento precoce ............................................... 155 Quadro 10.7 Disponibilidade de antipaldicos nas casas das crianas que tiveram febre .................................................................................................. 155

  • Lista dos quadros e grficos | xiii

    CAPTULO 11 SITUAO NUTRICIONAL DAS CRIANAS E DOS ADULTOS Quadro 11.1 Estado nutricional das crianas........................................................................ 159 Quadro 11.2 Amamentao inicial ...................................................................................... 163 Quadro 11.3 Situao da amamentao por idade da criana ............................................. 165 Quadro 11.4 Durao mediana e frequncia da amamentao ........................................... 166 Quadro 11.5 Alimentos e lquidos consumidos pelas crianas no dia ou na noite anterior ao inqurito....................................................................................... 167 Quadro 11.6 Prticas alimentares dos lactentes e da pequena infncia ................................ 169 Quadro 11.7 Prevalncia da anemia nas crianas ................................................................ 171 Quadro 11.8 Consumo de micronutrientes.......................................................................... 173 Quadro 11.9 Sal iodado no agregado .................................................................................. 174 Quadro 11.10 Estado nutricional das mulheres...................................................................... 176 Quadro 11.11.1 Prevalncia da anemia nas mulheres............................................................... 177 Quadro 11.11.2 Prevalncia da anemia nos homens ................................................................ 178 Quadro 11.12 Consumo de micronutrientes pelas mes ........................................................ 180 Grfico 11.1 Estado nutricional das crianas menores de cinco anos ................................... 160 Grfico 11.2 Prtica de amamentao das crianas menores de 3 anos .............................. 165 CAPTULO 12 MORTALIDADE DAS CRIANAS Quadro 12.1 Quocientes de mortalidade das crianas menores de 5 anos........................... 182 Quadro 12.2 Mortalidade das crianas por caractersticas socio-econmicas ....................... 184 Quadro 12.3 Quocientes de mortalidade das crianas por algumas caractersticas demogrficas da me e das crianas ............................................................... 185 Quadro 12.4 Comportamentos reprodutivos de alto risco.................................................... 188 Grfico 12.1 Tendncia da mortalidade infantil e da mortalidade infanto-juvenil ................ 183 Grfico 12.2 Mortalidade infantil e comportamento reprodutivo......................................... 185 CAPTULO 13 MORTALIDADE ADULTA E MORTALIDADE MATERNA Quadro 13.1 Cobertura da informao referente aos irmos e irms.................................... 190 Quadro 13.2 Indicadores da qualidade dos dados referentes aos irmos e irms ................. 191 Quadro 13.3 Estimativa da mortalidade adulta por idade .................................................... 193 Quadro 13.4 Estimativa directa da mortalidade materna...................................................... 195 Grafico 13.1 Taxa de mortalidade por grupo etrio para o perodo 0-9 anos anteriores ao IDS-STP e taxas das tbuas tipo de mortalidade ......................... 194 Grfico 13.2 Mortalidade materna em STP e em frica subsariana...................................... 196 CAPTULO 14 CONHECIMENTO, ATITUDES E COMPORTAMENTOS RELATIVAMENTE S IST/SIDA Quadro 14.1 Conhecimento do VIH.................................................................................... 198 Quadro 14.2 Conhecimento de meios de preveno do VIH .............................................. 199

  • xiv | Lista dos quadros e grficos

    Quadro 14.3.1 Conhecimento completo da sida: Mulheres.................................................... 201 Quadro 14.3.2 Conhecimento completo da sida : Homens .................................................... 202 Quadro 14.4 Conhecimento da preveno da transmisso do VIH da me para filho .......... 204 Quadro 14.5.1 Atitudes de tolerncia em relao as pessoas portadoras do VIH/sida: Mulheres ........................................................................................................ 206 Quadro 14.5.2 Atitudes de tolerncia em relao as pessoas portadoras do VIH/sida: Homens.......................................................................................................... 207 Quadro 14.6 Opinio sobre a negociao de uma relao sexual segura com o marido/companheiro ...................................................................................... 208 Quadro 14.7 Adultos favorveis ao ensino do uso do preservativo s crianas de 12-14 anos como meio de preveno da transmisso da sida ......................... 209 Quadro 14.8.1 Parceiros sexuais mltiplos e uso do preservativo nos 12 ltimos meses: Mulheres ........................................................................................................ 211 Quadro 14.8.2 Parceiros sexuais mltiplos e uso do preservativo nos 12 ltimos meses: Homens.......................................................................................................... 212 Quadro 14.9 Relaes relaes sexuais pagas e uso do preservativo na ltima relao sexual paga......................................................................................... 213 Quadro 14.10.1 Populao que fez o teste de despistagem do VIH : Mulheres ........................ 215 Quadro 14.10.2 Populao que fez o teste de despistagem do VIH : Homens.......................... 216 Quadro 14.11 Mulheres grvidas que receberam aconselhamento e fizeram um teste do VIH ................................................................................................... 217 Quadro 14.12 Prevalncia declarada das Infeces Sexualmente Transmissiveis (IST) e sintomas declarados de IST .......................................................................... 218 Quadro 14.13 Prevalncia das injeces feitas por um agente de sade ................................ 220 Quadro 14.14 Conhecimento completo sobre o VIH e conhecimento de um um lugar onde se procurar um preservativo entre os jovens .................................. 222 Quadro 14.15 Idade na primeira relao sexual entre os jovens ............................................ 223 Quadro 14.16 Uso do preservativo durante a primeira relao sexual entre os jovens ........... 225 Quadro 14.17 Relaes sexuais pr-maritais e uso do preservativo durante as relaes sexuais pr-maritais entre os jovens ................................................................ 226 Quadro 14.18.1 Relaes sexuais de alto risco entre os jovens e uso do preservativo durante a ltima relao sexual de alto risco nos ltimos 12 meses : Mulheres ........................................................................................................ 228 Quadro 14.18.2 Relaes sexuais de alto risco entre os jovens e uso do preservativo durante a ltima relao sexual de alto risco nos ltimos 12 meses : Homens.......................................................................................................... 229 Quadro 14.19 Diferena de idade entre parceiros sexuais nas mulheres adolescentes de 15-19 anos ................................................................................................ 230 Quadro 14.20 Teste recente do VIH entre os jovens.............................................................. 231 CAPTULO 15 PREVALNCIA DO VIH E FACTORES ASSOCIADOS Quadro 15.1 Cobertura do teste do VIH segundo o meio de residncia .............................. 236 Quadro 15.2 Cobertura do teste do VIH segundo algumas caractersticas sociodemogrficas .......................................................................................... 237 Quadro 15.3 Prevalncia do VIH segundo a idade .............................................................. 238 Quadro 15.4 Prevalncia do VIH por algumas caractersticas socioeconmicas.................... 240

  • Lista dos quadros e grficos | xv

    Quadro 15.5 Prevalncia do VIH por algumas caractersticas sociodemogrficas.................. 241 Quadro 15.6 Prevalncia do VIH por algumas caractersticas do comportamento sexual ............................................................................................................. 243 Quadro 15.7 Prevalncia do VIH entre os jovens segundo algumas caractersticas sociodemogrficas .......................................................................................... 245 Quadro 15.8 Prevalncia do VIH entre os jovens segundo algumas caractersticas do comportamento sexual .............................................................................. 247 Quadro 15.9 Prevalncia do VIH segundo outras caractersticas .......................................... 248 Quadro 15.10 Teste do VIH anterior ao inqurito segundo o estatuto serolgico actual......... 249 Quadro 15.11 Prevalncia do VIH nos casais......................................................................... 250 Grfico 15.1 Algoritmo de despistagem do VIH................................................................... 235 Grfico 15.2 Prevalncia do VIH por sexo e idade .............................................................. 239 CAPTULO 16 PREVALNCIA DA HEPATITE B Quadro 16.1 Prevalncia da hepatite B entre as mulheres ................................................... 252 Quadro 16.2 Prevalncia da hepatite B entre os homens..................................................... 253 Grfico 16.1 Prevalncia da hepatite B por regio............................................................... 254 CAPTULO 17 ESTATUTO DA MULHER Quadro 17.1 Emprego e tipo de remunerao nas mulheres actualmente casadas/ em unio ........................................................................................................ 255 Quadro 17.2 Controlo do rendimento das mulheres e importncia dos ganhos em comparao com os do marido ...................................................................... 256 Quadro 17.3 Participao das mulheres na tomada de deciso ........................................... 257 Quadro 17.4 Participao das mulheres na tomada de deciso por algumas caractersticas sociodemogrficas ................................................................... 258 Quadro 17.5.1 Opinio concernente o facto do marido bater na mulher : Mulheres .............. 259 Quadro 17.5.2 Opinio concernente o facto do marido bater na mulher : Homens ............... 261 Quadro 17.6.1 Opinio das mulheres sobre a recusa em ter relaes sexuais com o marido/companheiro ...................................................................................... 263 Quadro 17.6.2 Opinio dos homens sobre a recusa da mulher em ter relaes sexuais com o marido/companheiro ........................................................................... 264 CAPTULO 18 VIOLNCIA DOMSTICA Quadro 18.1 Experincia de violncia domstica ................................................................ 267 Quadro 18.2 Perpetrador da Violncia fsica........................................................................ 268 Quadro 18.3 Violncia durante a gravidez........................................................................... 269 Quadro 18.4 Violncia sexual.............................................................................................. 270 Quadro 18.5 Grau de controlo exercido pelo marido/companheiro..................................... 271 Quadro 18.6 Violncia conjugal .......................................................................................... 273 Quadro 18.7 Violncia conjugal, estatuto da mulher e caractersticas dos cnjuges.............. 275

  • xvi | Lista dos quadros e grficos

    Grfico 18.1 Percentagem de mulheres alguma vez casadas/em unio que sofreram diversos tipos de violncia exercidos pelo marido/companheiro ..................... 274 ANEXO A PLANO DE SONDAGEM Quadro A.1 Distribuio de DR e de agregados por regio e por domnio ......................... 279 Quadro A.2 Distribuio da amostragem por estrato .......................................................... 280 Quadro A.3 Distribuio de agregados familiares e mulheres que se espera entrevistar com sucesso ................................................................................................... 280 Quadro A.4 Resultados do inqurito; Mulheres.................................................................. 282 Quadro A.5 Resultados do inqurito: Homens................................................................... 283 ANEXO B ERROS DE SONDAGEM Quadro B.1 Variveis utilizadas para o clculo dos erros de sondagem .............................. 287 Quadro B.2 Erros de amostragem; amostra nacional .......................................................... 288 Quadro B.3 Erros de amostragem: amostra regio Centro .................................................. 289 Quadro B.4 Erros de amostragem: amostra regio Sul ........................................................ 290 Quadro B.5 Erros de amostragem: amostra regio Norte.................................................... 291 Quadro B.6 Erros de amostragem : amostra regio do Principe .......................................... 292 ANEXO C QUADROS DE AVALIAO DA QUALIDADE DOS DADOS Quadro C.1 Distribuio da populao dos agregados familiares por idade........................ 293 Quadro C.2.1 Distribuio das mulheres por idade............................................................... 294 Quadro C.2.2 Distribuio dos homens por idade................................................................. 294 Quadro C.3 Cobertura do registo ....................................................................................... 295 Quadro C.4 Nascimentos por anos do calendrio desde o nascimento............................... 295 Quadro C.5 Declarao da idade ao bito em dias ............................................................ 296 Quadro C.6 Declarao da idade ao bito em meses......................................................... 297

  • Prefcio | xvii

    PREFCIO

    A realizao do primeiro Inqurito Demogrfico Sanitrio o IDS 2008-2009, constitui para So Tom e Prncipe um instrumento de transcendental importncia no quadro da monitorizao e da avaliao do impacto de programas sociais nomeadamente alguns programas de sade publica implementados pelo Governo.

    Alm de permitir a determinao dos nveis de variveis scio-demogrficas e sanitrias com

    particular nfase para as relacionadas com a sade reprodutiva e a sobrevivncia da criana, em relao a muitas delas anteriormente estudadas o IDS-2008-2009 enquanto operao estatstica representou uma ocasio mpar para a determinao da prevalncia da anemia, dos nveis de sero-prevalencia do VIH na populao de mulheres de 15-49 anos e homens de 15-59 anos, bem como a prevalncia do vrus da hepatite B.

    Para alm destes indicadores sanitrios o IDS 2008-2009 ajudou a conhecer um pouco mais um

    fenmeno social em ascenso que a violncia com base no gnero que afecta bastante e sobretudo a sade sexual e reprodutiva das mulheres.

    Os resultados deste inqurito revelam ganhos extraordinrios na sade em So Tom e Prncipe,

    mas tambm desafios que a todos interpelam, ao estado, ao Governo, as comunidades, as famlias, ao cidado e a sociedade em geral.

    Os dados indicam que o nvel de fecundidade das mulheres so-tomenses ainda elevado

    situando-se em 4,9 filhos por mulher e sendo a prevalncia contraceptiva de cerca de 38%. 98% das mulheres grvidas assistiram ao menos a uma consulta pr-natal e 82% das mesmas foram assistidas no parto por um pessoal qualificado. A cobertura vacinal das crianas de So Tome e Prncipe alta. O acesso ao tratamento das principais doenas da infncia e practica do aleitamento materno exclusivo boa o que tem contribudo para a reduo das taxas de mortalidade infantil rumo ao cumprimento de um dos ODM. No obstante prevalecem ainda indicadores que nos deixam apreensivos como a prevalncia da anemia nas crianas (62%) e respeitante ao estado nutricional das mesmas. 29% de crianas sofrem de malnutrio crnica.

    Pela abrangncia do inqurito, o nvel de informao sobre o VIH/sida pode ser considerado

    bom: todos os cerca de 100% das pessoas conhece ou ouviu falar do VIH. A prevalncia do VIH em So Tome e Prncipe de 1,5%. A prevalncia do VHB de cerca de 6,1% nas mulheres e 10% nos homens dos 15-49 anos.

    Como teria dito anteriormente os resultados deste inqurito encorajam-nos. Os trabalhos

    realizados ao longo dos anos mas deram frutos positivos. Todavia, coloca-nos a todos importantes desafios para o futuro. A reorientao das nossas estratgias programticas com vista a satisfao total das necessidades das nossas populaes em particular os grupos vulnerveis e mais desfavorecidos se nos impe e eu acredito que com o trabalho abnegado de todos e de cada um atingiremos os objectivos preconizados.

    Assim, endereo os agradecimentos s populaes de mulheres e homens que colaboraram nesta

    pesquisa, permitindo assim a sua realizao.

  • xviii | Prefcio

    Em nome do Governo de So Tome e Prncipe quero tambm enderear os sinceros agradecimentos a todas instituies estatais nomeadamente o INE e a DCS atravs do Programa de Sade Reprodutiva, bem como a todos os nossos parceiros de desenvolvimento pelo contributo dado para o sucesso deste inqurito, particularmente o UNFPA, o UNICEF, o PNUD, o Banco Mundial, Cooperao Portuguesa atravs do Projecto Sade para Todos, a Embaixada da China-Taiwan e Macro International, esta ultima, pela assistncia tcnica em todas as fases da pesquisa.

    Finalmente os nossos agradecimentos aos tcnicos do INE e do Ministrio da Sade que no

    pouparam esforos para o sucesso desta operao de grande envergadura. Os nossos agradecimentos so tambm extensivos aos agentes supervisores, aos controladores, inquiridores, agentes de digitao e condutores que permitiram a recolha dos dados e a sua explorao. Bem-haja a todos

  • Agradecimentos | xxv

    AGRADECIMENTOS

    com grande satisfao que o Instituto Nacional de Estatstica e o Ministrio da Sade, apresentam os resultados finais do Inqurito Demogrfico Sanitrio (IDS) tecnicamente coordenado pela Macro-Internacional, cujos dados foram recolhidos de Setembro de 2008 Fevereiro de 2009.

    Este relatrio apresenta os principais resultados do Inqurito relativamente aos aspectos demogrficos, sade materno-infantil, com destaque a planeamento familiar VIH/sida a nvel nacional.

    Com a realizao deste inqurito que faz parte de um Programa Internacional de Inquritos Demogrfico Sanitrios (IDS), So Tom e Prncipe junta-se pela primeira vez a lista de pases que j o realizaram.

    O INE expressa os seus profundos agradecimentos todas as entidades que contriburam para a realizao deste projecto com sucesso, em especial ao escritrio do UNFPA em So Tom e Prncipe.

    Salientamos em particular o apoio financeiro recebido da Agncia para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos da Amrica, (USAID), Projecto de Apoio ao Sector Social (PASS-Sade), Banco Mundial, UNFPA, PNUD, Cooperao Portuguesa atravs do Projecto de Sade para Todos, UNICEF, e a Cooperao Taiwanesa, por terem verdadeiramente compreendido a importncia desta operao para a obteno de informao estatstica necessria para a tomada de decises.

    Desejamos tambm manifestar o nosso maior reconhecimento aos tcnicos do INE, do Ministrio da Sade, aos supervisores, controladores, digitadores, programadores, motoristas cuja participao foi indispensvel para o sucesso desta operao estatstica.

    Finalmente gostaramos de agradecer a todas as famlias (homens e mulheres) que aceitaram colaborar neste inqurito.

    SoTom, Maio de 2010

    Elsa Cardoso

    Directora Geral do INE

  • Siglas | xix

    SIGLAS

    ASPAF Associao de Planeamento Familiar

    BCG Bacilo de Calmette e Guerin (Vacina anti-tuberculose)

    CDC Centers for Disease Control and prevention (Estados Unidos) CRC Conveno das Naes Unidas relativo aos Direitos da Criana CTA Combinao teraputica com base de artemisinina CV Coeficiente de Variao

    DCoq Difteria, Ttano, Coqueluche DIU Dispositivo Intra-uterino DR Distrito de Recenseamento DST Doena Sexualmente Transmissvel

    IDSR (DHS) Inqurito Demogrfico e de Sade Reprodutiva IRA Infeces Respiratria Aguada ISF ndice Sinttico de fecundidade ISFD ndice Sinttico de Fecundidade Desejada IST Infeco Sexualmente transmissvel

    MAMA Mtodo do Aleitamento Materno e Amenorreia MII Mosquiteiro Impregnado de Insecticidas MNN Mortalidade Neonatal

    OMS Organizao Mundial da Sade

    PAV Programa Alargado de Vacinao PF Planeamento familiar PNN Mortalidade ps-neonatal PNUD Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento

    REPS Raiz Quadrado do Efeito do Plano de sondagem RGPH Recenseamento Geral da Populao e da Habitao

    SCR Soluo caseira recomendada SIDA Sindroma de Imuno-Deficincia Adquirida SRO Soro de Re-hidratao Oral STP So Tom e Prncipe

    TBN Taxa bruta de Natalidade TGF Taxa Global de Fecundidade TRO Terapia de Re-hidratao Oral

    UEP Unidade Estatstica Primria UNFPA Fundo da Naes Unidas para a Populao UNGASS United Nations General Assembly Special Session UNICEF Fundo das Naes Unidas para a Infncia USAID Agncia Americana para o Desenvolvimento Internacional

    VIH Vrus da Imuno-deficincia Humana

  • Resumo | xxiii

    RESUMO

    O Inqurito Demogrfico e Sanitrio de So Tom e Prncipe (IDS-STP) o primeiro inqurito do gnero realizado no pas. O IDS-STP um inqurito por amostragem, com uma representatividade nacional, promovido pelo Governo de STP e liderado pelo Instituto Nacional de Estatstica (INE), com assistncia tcnica de ICF Macro, uma instituio de cooperao americana encarregada do programa Internacional de Pesquisas Demogrficas e de Sade (IDS). O projecto IDS-STP recebeu apoio financeiro da Agncia para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos da Amrica (USAID), Projecto de Apoio ao Sector Social (PASS-Sade), Banco Mundial, UNFPA, PNUD, Cooperao Portuguesa atravs do Projecto de Sade para Todos, UNICEF e a Cooperao Taiwanesa.

    O IDS-STP fornece informaes sobre os

    nveis de fecundidade, a actividade sexual, as intenes reprodutivas (preferncias em matria de fecundidade), o conhecimento e a utilizao dos mtodos de planeamento familiar, as prticas de aleitamento materno, o estado nutricional das mulheres e das crianas menores de cinco anos, a mortalidade infantil, a mortalidade materna, a sade da me e da criana, e sobre os conhecimentos, atitudes e comportamentos em relao sida e outras infeces sexualmente transmissveis. Novas vertentes includas na recolha incidem sobre a violncia domstica, o Estatuto da mulher, a utilizao de mosquiteiros e os testes do VIH, da anemia e da hepatite B.

    Durante o inqurito feito no terreno, de

    Setembro de 2008 a Maro de 2009, foram inquiridas com sucesso 3.536 famlias (sendo uma taxa de resposta de 94,2%); nessas famlias, 2.615 mulheres de 15-49 anos e 2.296 homens com idades entre 15-59 foram entrevistados com sucesso e entre esses inquiridos, 2.378 mulheres e 2.110 homens com idades entre 15-49 foram

    realmente testados relativamente ao HIV (amostra ponderada).

    As informaes recolhidas no inqurito so

    representativas ao nvel nacional, bem como por meio de residncia (urbano e rural) e nas quatro regies administrativas.

    Os principais resultados desenvolvidos neste

    relatrio encontram-se resumidos a seguir.

    CARACTERSTICAS DOS AGREGADOS FAMILIARES

    Mais de metade dos agregados familiares em

    STP tem electricidade (57%) e 94% tem acesso a fontes melhoradas de gua potvel, principalmente fontanrios pblicos ou gua da torneira. Apenas 13% dos agregados dispe de um retrete com autoclismo e mais de 61% das famlias no tm retrete no seu alojamento.

    Esta pesquisa mostra que 39% dos chefes de

    agregados familiares so mulheres. Quase a metade das crianas (49%) menores de 15 anos vivem com ambos os pais biolgicos e 16% no vivem com um dos pais biolgicos.

    FECUNDIDADE

    Nvel e tendncia da fecundidade. Os dados do IDS-STP mostram que a fecundidade das mulheres em 2008-2009, ainda elevada em STP. Com os nveis actuais, cada mulher daria luz em mdia, at ao final da sua vida reprodutiva 4,9 filhos. Essa fecundidade tambm precoce, visto que 23% das raparigas menores de 20 teve pelo menos um filho nascido vivo ou estava grvida no momento do inqurito. Em STP, menos de 1% das mulheres actualmente casadas ou em unio de facto e de idade entre 45-49 anos, nunca tiveram filhos e poderiam ser consideradas estris.

  • xxiv | Resumo

    Fecundidade diferencial. Diferenas significativas em matria de fecundidade aparecem entre os meios de residncia: uma mulher urbana tem uma taxa de fecundidade significativamente menor (ISF de 4,4) do que uma mulher rural (5,5). Alm disso, o nmero mdio de filhos por mulher varia em funo da regio; de 4,4 crianas na Regio Centro, passa para 5,7 filhos na Regio Norte. Este ndice tambm varia de acordo com o nvel de escolaridade das mulheres (4,2 filhos por mulher entre aquelas que tenham atingido o nvel de ensino secundrio ou mais, contra 5,5 para aquelas com o nvel primrio) e o nvel de bem-estar dos seus agregados: 3,9 filhos em mdia para as mulheres pertencentes s famlias mais ricas, contra 5,6 filhos para aquelas de famlias mais pobres.

    NUPCIALIDADE

    Entre as mulheres de 15-49 anos, 62% vivia em unio (casadas ou em unio de facto) na altura do inqurito, e a proporo de mulheres que ainda permanece solteira numa idade superior a 40 anos ligeiramente superior a 1%. Alm disso, a prtica da poligamia relativamente generalizada; uma em cada quatro mulheres (25%) vive em unio poligmica. O incio da vida em unio continua precoce: 37% das mulheres com idade entre 20-49 vivia em unio aos 18 anos e metade das mulheres entra em primeira unio com a idade de 18,9 anos. As primeiras relaes sexuais tambm ocorrem cedo e no so determinadas essencialmente pela entrada da vida em unio; 53% das mulheres com idade entre 20-49 j tinham tido as suas primeiras relaes sexuais e a metade das mulheres era sexualmente activa aos 17,8 anos.

    Os homens comeam a sua primeira unio

    muito mais tarde; a idade mediana da primeira unio para os homens de 20-59 anos, de 23,4 anos. A idade na primeira relao sexual para os homens com idade entre 20-59 anos, de 17,9 anos, o que significa que, ao contrrio das mulheres, os homens comeam a sua vida sexual muito antes da entrada em unio.

    PLANEAMENTO FAMILIAR

    Conhecimento dos mtodos contraceptivos. O conhecimento de mtodos contraceptivos generalizado (99% das mulheres de 15-49 anos conhece, pelo menos, um mtodo moderno), e a utilizao da contracepo moderna relativamente alta em So Tom e Prncipe (33% entre as mulheres de 15-49 anos casadas ou vivendo em unio, utiliza actualmente um mtodo moderno).

    Prevalncia contraceptiva. Com efeito, a taxa

    de prevalncia contraceptiva entre as mulheres casadas ou vivendo em unio de 38% para todos os mtodos e 33% para os mtodos modernos. Os mtodos mais utilizados so a plula (15%), os injectveis (12%) e o preservativo masculino (5%).

    Necessidades no satisfeitas. As necessidades

    em matria de planeamento familiar so importantes para as mulheres em unio. Mais de 37% das mulheres casadas ou em unio de facto expressam essa necessidade, tanto para o espaamento (19%) como para a limitao dos nascimentos (18%). Actualmente, entre as mulheres em unio, 51% da demanda potencial total de planeamento familiar satisfeita em STP. Se todas as necessidades fossem satisfeitas, a prevalncia contraceptiva das mulheres em unio seria de 76% ou seja, mais do que o dobro do nvel actual.

    SAUDE DA ME

    No que diz respeito aos cuidados pr-natais e s

    condies do parto, verificou-se que para os nascimentos ocorridos nos cinco anos anteriores ao inqurito, quase todas as mes (98%) tiveram pelo menos uma consulta pr-natal com pessoal qualificado, e 72% tiveram quatro ou mais. Entre as mulheres de 15-49 anos que tiveram um filho nascido vivo, durante os cinco anos anteriores ao inqurito, mais da metade (52%) recebeu durante a ltima gravidez, duas ou mais doses da vacina contra o ttano neonatal, e 81% das mes com os ltimos nascimentos vivos, estavam protegidas contra o ttano neonatal. Cerca de oito em cada dez nascimentos (79%) ocorreram num estabelecimento de sade; 82% deles beneficiou da assistncia de um pessoal de sade durante o parto.

  • Resumo | xxv

    SAUDE DA CRIANA A vacinao das crianas. Para a cobertura

    vacinal das crianas, de notar que a grande maioria recebeu algumas vacinas: 96% das crianas de 12-23 meses recebeu o BCG; 87% recebeu as trs doses da DTCoq, 87% as trs da poliomielite e 84% foi vacinada contra o sarampo antes da idade de 12 meses. No total, mais de trs quarto das crianas de 12-23 meses (77%) recebeu todas as vacinas do Programa Alargado de Vacinao (PAV) (sem febre amarela), antes da idade de 12 meses. Por outro lado, apenas 3% das crianas de 12-23 meses no recebeu nenhuma vacina.

    Doenas da infncia. Em STP, as infeces

    respiratrias agudas (IRA), a febre e a diarreia so os principais problemas de sade nas crianas. Cerca de uma criana em cada dez (9%) sofria de tosse, com falta de ar, durante as duas semanas anteriores ao inqurito e 17% teve febre durante esse perodo. Quanto diarreia, 16% teve um ou mais episdios de diarreia no mesmo perodo. Durante os episdios de diarreia, 57% das crianas recebeu uma TRO (SRO ou uma soluo caseira) e em 10% dos casos, no recebeu nenhum tratamento.

    POSSE E USO DE MOSQUITEIROS

    O uso dos mosquiteiros um meio eficaz de proteco contra os mosquitos que transmitem o paludismo. Para os mosquiteiros tratados com insecticida (MII), os resultados do inqurito indicam que apenas 61% dos agregados declarou possuir pelo menos um e 36% tm dois ou mais. O percentual de domiclios com pelo menos um mosquiteiro MII maior nas zonas rurais (52%) do que urbanas (59%). Nos agregados dispondo de MII, trs em cada quatro crianas menores de 5 anos, 71% de todas as mulheres de 15-49 anos e 72% das gestantes tinham dormido sob um MII na noite anterior ao inqurito.

    NUTRIO

    Amamentao das crianas. Quase todas as crianas (98%) nascidas durante os cinco anos anteriores ao inqurito foram amamentadas.

    Embora a maioria das crianas (86%) tinha sido amamentada no prazo de 24 horas aps o nascimento, 12% recebeu alimentos antes do incio do aleitamento.

    Desmame e suplementos alimentares. A partir

    de 6 meses, todas as crianas deveriam receber uma alimentao suplementar. Pois, a partir dessa idade, o leite materno somente no suficiente para o bom crescimento da criana. Em STP, uma proporo significativa de crianas consome alimentos complementares antes da idade de seis meses. Contudo, entre 6 e 8 meses, idade em que todas as crianas j deveriam estar recebendo alimentos de complemento, alm do leite materno, apenas 73% so alimentadas dessa forma; na idade de 9-11 meses, esta proporo atinge quase nove crianas em cada dez (89%).

    Suplemento em vitamina A. A carncia de

    vitamina A (avitaminose A) afecta o sistema imunolgico e aumenta o risco da criana morrer de doenas da infncia. A avitaminose A tambm pode prejudicar a viso e causar cegueira nocturna nas crianas, tambm pode afectar a sade das mulheres grvidas ou das lactantes. Em geral, cerca de uma criana em cada duas (48%) recebeu suplementos em vitamina A. As crianas cuja me tem o nvel de instruo secundrio ou mais (59%) foram as que mais beneficiaram deste suplemento nutricional, do que as de me com apenas o nvel primrio (45%) ou sem nenhuma instruo (35%).

    Prevalncia da anemia nas crianas. Os

    resultados do inqurito mostram que mais de seis crianas com idades entre 6-59 meses, em cada dez (62%) so anmicas: 33% de forma leve; 28%, moderada e apenas mais de 1% sofreu de anemia grave. Diferenas no desprezveis so observadas, em funo da regio e do nvel de escolaridade das mes.

    O estado nutricional das crianas. Os ndices

    do estado nutricional mostram que 29% das crianas sofreu de atraso de crescimento em STP e 12% sofreu de atraso de crescimento grave (ndice altura-por-idade). No que diz respeito emaciao (peso-por-altura), mais de uma criana em cada dez (11%) atingida pela magreza sob a forma moderada ou grave. As crianas de 6-8 meses sofrem mais frequentemente deste tipo de desnutrio. De acordo

  • xxvi | Resumo

    com o ndice peso-por-idade, mais de 13% sofreu de insuficincia ponderal e 3% de insuficincia ponderal grave.

    MORTALIDADE INFANTIL

    Nvel de mortalidade. Para o perodo mais

    recente (0-4 anos anteriores ao inqurito), os resultados mostram que em cada 1000 nados-vivos, 38 morrem antes de completar o seu primeiro aniversrio (18 entre 0 e 1 ms completo e 20 entre 1 e 12 meses); em cada 1000 crianas de um ano, 25 morrem antes do seu quinto aniversrio.

    Globalmente, o risco de morrer entre o

    nascimento e o quinto aniversrio de 63 por mil nascimentos, ou seja cerca de 1 criana em cada 16.

    Mortalidade diferencial. Os nveis de

    mortalidade so consideravelmente mais baixos nas cidades do que nas zonas rurais: a mortalidade infantil de 42, em reas urbanas (50 nas reas rurais); para a mortalidade infanto-juvenil, os ndices so, respectivamente, de 74 e 69. As crianas de me com o nvel de ensino secundrio ou mais e aquelas de me de agregados mais ricos tambm tm o risco de morte significativamente menor do que as outras.

    MORTALIDADE MATERNA

    A mortalidade materna o indicador de

    sade que mostra a maior disparidade entre os pases em desenvolvimento e os pases desenvolvidos. Na frica Sub-Sahariana, uma mulher tem um risco sobre 12 de morrer durante a gravidez ou o parto, contra uma possibilidade em 4 000 nos pases ricos.

    A estimativa directa da taxa de mortalidade

    materna, dada pelo IDS-STP, para o perodo 1999-2008 de 158 bitos maternos por 100.000 nascidos vivos. Esta taxa uma das mais baixas da frica ao Sul do Sahara.

    HEPATITE B A infeco com a hepatite B diagnosticada

    atravs da deteco do vrus no sangue total, o soro ou o plasma. A prevalncia da infeco pelo VHB de 6,1% entre as mulheres de 15-49 anos e de 9,3% entre os homens de 15-59 anos (10% entre os homens de 15-49 anos).

    A Regio do Prncipe tem menor taxa de

    prevalncia tanto entre as mulheres (3,2%) como entre os homens (6,5%) e a maior taxa observada na Regio Centro (6,6% entre as mulheres e 11% para os homens).

    VIH/SIDA

    Conhecimento da Sida. O VIH/sida

    conhecido por praticamente toda a populao (99% das mulheres e dos homens). Globalmente, 68% das mulheres e 70% dos homens disseram que se poderia reduzir o risco de contrair o VIH/sida, usando o preservativo durante as relaes sexuais e limitando as relaes sexuais a um nico parceiro fiel e no infectado.

    A maioria das mulheres (65%) e dos homens

    (57%) relatou que uma me pode transmitir o vrus HIV para o filho atravs da amamentao.

    Sida e estigma. O comportamento que as

    pessoas adoptariam perante as pessoas vivendo com o HIV/Sida um ndice do nvel de estigma e discriminao contra as pessoas infectadas com o vrus. Cerca de 77% das mulheres disseram que estariam dispostas a acolher em suas casas e a cuidar de um membro da famlia com sida. Entre os homens com idade entre 15-49 anos, esta proporo de 83%.

    PREVALNCIA DO VIH

    Taxa de cobertura. Os resultados do IDS-STP

    indicam que cerca de oito em cada dez pessoas deram algumas gotas do seu sangue para serem testadas ao VIH. A taxa de cobertura maior entre as mulheres (88%) do que entre os homens (71%).

  • Resumo | xxvii

    Taxa de prevalncia. Os resultados do IDS-STP de 2008-2009 mostram que 1,5% dos adultos no So Tom e Prncipe, com a idade de 15-49 so seropositivos relativamente ao VIH. A taxa de seroprevalncia entre os homens de 15-49 anos maior do que a das mulheres da mesma faixa etria: 1,7%, contra 1,3%. Isso indica que o rcio de infeco entre os homens e as mulheres de 1,31 ou seja, existe 131 homens infectados para cada 100 mulheres.

    VIOLNCIA DOMSTICA Os resultados do IDS-SPT indicam que um tero

    das mulheres (33%) referiu ter sido vtima da violncia fsica a um determinado momento, desde a idade de 15 anos; e em 21% dos casos, as mulheres foram vtimas de actos de violncia durante os ltimos doze meses. Na maioria das vezes, o autor dessa violncia o marido ou o parceiro.

    Os resultados mostram globalmente que em

    STP, 34% das mulheres j sofreu violncia emocional, fsica ou sexual por parte dos seus maridos ou companheiros. Ao examinar esses resultados de acordo com cada tipo de violncia, podemos ver que a violncia fsica foi a mais frequentemente declarada pelas mulheres (27%). Alm disso, mais de 8% sofreu de violncia sexual. Por outro lado, actos de violncia emocional afectaram 23% das mulheres.

  • Objectivos do milenio | xxix

    Objectivos do Milnio das Naes Unidas, IDS-STP 2008-2009

    Valor

    Objetivo Indicador Masculino Feminino Total

    1. Erradicar a extrema pobreza e a fome

    Prevalncia de crianas (com menos de 5 anos) abaixo do peso (%) 15,7 10,5 13,1

    Taxa lquida de frequncia no ensino primrio (%) 91,5 92,0 91,7

    Proporo de alunos que iniciam o 1. e atingem o 6. ano (%) 90,7 87,7 89,2

    2. Atingir o ensino primrio universal

    Taxa de alfabetizao na faixa etria de 15 a 24 anos (%) 94,9 89,1 91,8

    Rcio meninas/meninos no ensino primrio, secundrio e superior (%)

    92,1 93 8 Rcio entre mulheres e homens alfabetizados na faixa etria de 15 a 24 anos (%)

    93,8

    3. Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres

    Percentagem de mulheres assalariadas no setor no- agrcola (%)

    46,1

    Quociente de mortalidade infanto-juvenil (por mil nascimentos vivos)

    62,6

    Taxa de mortalidade infantil (por mil nascimentos vivos) 25,3

    4. Reduzir a mortalidade infantil

    Crianas de um ano vacinadas contra o sarampo (%) 86,3 81,3 84,0

    Taxa de mortalidade materna (por 1000 000 nascimentos vivos) 158 Proporo de partos assistidos por profissionais de sade qualificados (%) 80,7 82,7 81,7

    5. Melhorar a sade materna

    Utilizao de mtodos contraceptivos dos 15-49 anos (%) - 38,4 - Cobertura de cuidados pr-natais (pelo menos uma consulta, e pelo menos quatro consultas) (%) - 72,4 -

    Necessidades insatisfeitas de planeamento familiar (%) - 37,2 -

    Taxa de prevalncia de VIH/sida dos 15 -24 anos (%) 1,0 0,6 0,8

    Uso de preservativo durante as relaes sexuais de alto risco (%) 63,6 54,4 60,7 Percentagem de homens e mulheres dos 15-24 anos que conhecem os dois meios de preveno do VIH 43.4 42.6 43.0 Percentagem dos usurios actuais de mtodos contraceptivos que esto usando o preservativo 47,1 13,4 23,6 Rcio de frequncia escolar dos rfos em relao frequncia escolar de no rfos, com idades entre 10-14 anos 1,1 1,0 1,1 Proporo de crianas menores de 5 anos dormindo sob mosquiteiros tratados com insecticida 55,6 56,4 56,0

    6. Combater o VIH/sida, o paludismo e outras doenas

    Proporo de crianas menores de 5 anos com febre que foram tratadas com medicamentos antimalricos adequados 8,1 8,8 8,4

    Proporo da populao que utiliza fontes melhoradas de gua potvel. 99,2 88,9 94,1

    42,5 26,6 34,6

    7. Garantir a sustentabilidade ambiental Proporo da populao que utiliza instalaes sanitrias

  • xxx | Mapa de SoTom

  • Apresentao do pas, objectivo e metodologia do inqurito | 1

    APRESENTAO DO PAS, OBJECTIVO E METODOLOGIA DO INQURITO 1

    Este captulo baseia-se sobre as caractersticas gerais e geogrfica do pas, o objectivo central e

    objectivos especficos desta operao estatstica, bem como a metodologia utilizada no respectivo inqurito. 1.1 CARACTERSTICAS GERAIS E GEOGRFICA DO PAS

    A Republica Democrtica de So Tom e Prncipe um conjunto de 2 ilhas, situada entre os paralelos 0 01 de latitude sul e 1 144 de latitude norte e o meridiano 6 28 de longitude este e 7 28 de longitude oeste de Greenwich.

    Com uma superfcie terrestre de cerca de 1001 km2, as ilhas de So Tom e Prncipe so montanhosas, sendo o Pico de So Tom, o maior com cerca de 2024 metros de altitude.

    Antiga colnia portuguesa, So Tom e Prncipe independente desde 12 de Julho de 1975, sendo a cidade de So Tom a capital do Pais, situada na ilha do mesmo nome.

    Em 2001, a Republica Democrtica de So Tom e Prncipe tinha 137.599 habitantes, uma taxa de mortalidade infantil de 54,2%o, de mortalidade geral de 8,3%o e uma ndice Sinttico de Fecundidade de cerca de 4,7 crianas por mulher.

    Com uma populao crescendo em mdia cerca de 1,6% ano, o que traduz numa populao que ronda 158 mil em 2008, tendo no mesmo perodo So Tom e Prncipe atingido um PIB de cerca de 181,3 milhes de US $, crescendo em termos reais a uma taxa mdia anual de 4%, de que resulta um PIB/percapita de 1.148,6 US $. O desemprego ainda elevado, pois atinge em 2008 cerca de 14% da populao activa, o que certamente explica em parte que cerca de 15,1% da populao viva abaixo do limiar da pobreza fixado em menos de 1 US $.

    No obstante os ganhos apreciveis em matria sanitria, subsistem importantes problemas de sade pblica. O paludismo constitui o principal problema de sade pblica, colocando obstculos no negligenciveis ao desenvolvimento do Pas, designadamente pela mortalidade que provoca, por contribuir negativamente para a atractividade dos produtos tursticos que o Pas oferece, mas tambm pelo seu impacto negativo na produtividade dos diversos sectores econmicos, como tambm pelas suas implicaes em matria de despesa de sade.

    Outros problemas de sade pblica subsistem como a infertilidade, mas tambm as doenas sexualmente transmissveis que em si facilitam a propagao do VIH/sida, numa situao em que a prevalncia do uso do preservativo ainda relativamente reduzida e em que reconhece-se a insuficincia da informao e educao para a sade reprodutiva.

    A Repblica Democrtica So Tom tem, na presente etapa, fixadas as principais agendas de desenvolvimento, nomeadamente no domnio sanitrio.

  • 2 | Apresentao do pas, objectivo e metodologia do inqurito

    Assim, no incio deste milnio So Tom e Prncipe dotou-se de um Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitrio (o primeiro), enquanto instrumento de implementao da poltica nacional de sade cobrindo o perodo o 2001-2005, tendo como principais objectivos:

    A promoo de igualdade de oportunidades na prestao de cuidados de sade pelo reforo

    do contedo funcional das estruturas sanitrias; A garantia progressiva da melhoria de qualidade na prestao dos cuidados de sade; A melhoria do acesso aos servios e humanizao da prestao de cuidados de sade e

    aumento da satisfao dos utentes; A melhoria da gesto dos recursos afectos sade pelo reforo da descentralizao para os

    distritos sanitrios, e uma maior diferenciao da prestao e gesto de cuidados a nvel central visando a melhoria do funcionamento do sistema.

    Em 2003, as autoridades de So Tom e Prncipe adoptaram a poltica nacional de sade

    reprodutiva e a poltica nacional de luta contra o VIH/sida., e consequentemente o plano estratgico de luta contra o VIH/sida e o plano estratgico de sade reprodutiva.

    A poltica nacional de sade reprodutiva estipula que o desenvolvimento da investigao dever contribuir para melhorar a sade sexual e reprodutiva das pessoas e devem ser implementadas quer para avaliar o desempenho dos servios assim como do impacto destes nas comunidades nomeadamente a satisfao dos utentes.

    A informao estatstica disponvel sobre a fecundidade, a sade reprodutiva e o VIH/sida ainda bastante lacunria e insuficiente. A necessidade do aprofundamento do conhecimento da realidade nacional foi reconhecida em sede de instrumentos de cooperao.

    neste contexto que o Instituto Nacional de Estatstica e o Ministrio da Sade da Repblica Democrtica de So Tom e Prncipe realizaram o Inqurito Demogrfico e Sanitrio (IDS-2008) procurando fornecer estimativas fiveis para vrios indicadores sobre a situao actual no sector da sade, com particular interesse sade reprodutiva, ao VIH/sida e s infeces sexualmente transmissveis, agregando o teste do VIH.

    Assim, o IDS-2008/09 disponibiliza informaes para a avaliao de diferentes programas, e fornecer dados a partir dos quais sero traadas novas linhas de orientao em matria de populao e desenvolvimento. 1.2 OBJECTIVOS DO INQURITO

    O IDS-2008/09 visa a obteno de informaes actualizadas e detalhadas sobre a fecundidade, a mortalidade das crianas menores de cinco anos, assim como sobre a sade reprodutiva, a prevalncia do VIH/sida e da Anemia e os conhecimentos e atitudes face ao VIH/sida e outras IST, incluindo a Hepatite B, mortalidade materna e informaes sobre a violncia domstica.

    Constituem objectivos especficos do IDS-2008/09 os seguintes aspectos:

    Conhecer os nveis e tendncias da fecundidade e da mortalidade infantil e juvenil, bem como os factores determinantes da sua evoluo;

    Medir as taxas de conhecimento e de prtica do contraceptivo por mtodo, por meio de residncia (urbano/rural) e por regio e distrito.

  • Apresentao do pas, objectivo e metodologia do inqurito | 3

    Obter informaes sobre nmero ideal de crianas e a atitude face a planificao familiar das mulheres e dos homens;

    Recolher dados de qualidade sobre a sade materna: consultas pr-natais e ps-natais, assistncia ao parto e aleitamento materno;

    Recolher dados de qualidade sobre a sade das crianas, nomeadamente a vacinao, a prevalncia de anemia, a frequncia de doenas diarreicas, as infeces respiratrias agudas (IRA), a preveno e o tratamento de outras doenas das crianas menores de cinco anos;

    Recolher dados sobre a utilizao dos mosquiteiros e do tratamento do paludismo, em particular nas mulheres grvidas e crianas menores de cinco anos;

    Medir o estado nutricional das mulheres e das crianas menores de cinco anos, atravs de medidas antropomtricas (peso e altura), e por recolha de sangue para determinar o nvel de Anemia, bem como da Hepatite B;

    Recolher dados sobre o conhecimento, atitude e comportamento sexual das mulheres e dos homens, incluindo os jovens e adolescentes em relao s DST e sida;

    Medir as taxas de mortalidade materna a nvel nacional;

    Medir a taxa de prevalncia do VIH a nvel nacional, por meio de residncia, sexo, e regio e distrito;

    Recolher informaes sobre a violncia domstica. 1.3 METODOLOGIA DO INQURITO

    A semelhana dos outros inquritos desta natureza, a metodologia para a recolha de dados foi realizada recorrendo ao Mtodo de Entrevista Directa, ou seja, a aplicao dos questionrios foi atravs da recolha por entrevista directa, junto dos agregados previamente seleccionados, sendo o Questionrio Mulher administrado por Inquiridoras, enquanto que os Inquiridores se responsabilizam pelo Questionrio Homem.

    O IDS-2008/09 teve representatividade nacional, a nvel urbano e rural, bem como a nvel regional, constituindo desta forma de domnios de estudo.

    Para se conseguir alcanar os objectivos preconizados com IDS-2008/09, foi necessrio interrogar uma amostra de 3.000 indivduos para cada sexo, sendo respectivamente mulheres em idade de procriar (15-49 anos) e homens de 15-59 anos. Plano de Sondagem

    Utilizou-se o mtodo de amostragem probabilstica, sistemtica, estratificada e multi-etpica (2 graus), habitualmente usado neste tipo de amostras, baseada na listagem de unidades das reas de enumerao no mbito da grande operao estatstica designadamente, o Censo 2001.

    Constituiu a base de amostragem as 149 reas de enumerao que foram seleccionadas na primeira etapa, seguindo-se dos alojamentos (agregado familiar) que so as principais unidades de

  • 4 | Apresentao do pas, objectivo e metodologia do inqurito

    amostragem, por ser unidades estatsticas estveis, de fcil identificao e relativamente simples de actualizar. Com efeito, a unidade estatstica de amostra o alojamento.

    O universo foi constitudo por indivduos que residem num determinado agregado familiar seleccionado, como unidade de observao principal, nos seus respectivos alojamentos previamente seleccionados.

    As unidades primrias de amostragem foram constitudas por conglomerados, ou seja, 149 reas de enumerao actualizadas durante a operao cartogrfica de 2001, como suporte do terceiro recenseamento geral da populao e da habitao levado ao cabo em Agosto/Setembro de 2001, foram seleccionadas sistematicamente durante a primeira etapa.

    Por outro lado, as unidades secundrias da amostra que so os alojamentos, foram seleccionadas na segunda etapa como uma sub-amostra autoponderada, na qual cada alojamento ter igual probabilidade de seleco na respectiva rea escolhida. A unidade de observao nos alojamentos o agregado familiar e os indivduos que a compem.

    A estratificao da populao visou sobretudo melhorar as estimativas para o conjunto da populao e assegurar uma preciso para as estimativas dos diferentes subconjuntos da populao.

    O desenho da amostra para o IDS-STP no incidiu na populao residente em instituies no residenciais, como hotis, hospitais, quartis militares, etc., ou seja, visou a populao dos indivduos que residem nos agregados familiares ordinrios. O tamanho da amostra a nvel nacional foi de 3865 agregados. Foi uma amostra estratificada visando uma representatividade adequada dos meios de residncia (Urbano e Rural), bem como os 4 domnios do estudo, que constitui as 4 regies do pas (Centro, Norte, Sul e Regio Autnoma do Prncipe), permitindo disponibilizar uma estimativa de todos os indicadores chave.

    Como fora j mencionado, o procedimento para a tiragem da amostra aleatria, estratificada e a dois graus. No primeiro grau, foram extradas as 104 reas de enumerao, seleccionadas sistematicamente com uma probabilidade proporcional ao seu tamanho. Cada uma das reas seleccionadas foi devidamente actualizada, fornecendo desta forma uma listagem de agregados familiares, que permitiu proceder a tiragem sistemtica do segundo grau da amostra das famlias com uma probabilidade de seleco igual.

    Habitualmente, nos inquritos desta natureza, a unidade estatstica central a analisar, ou seja, a unidade de anlise o agregado familiar, j que se pretende, essencialmente, conhecer as caractersticas sociais e demogrficas dos agregados.

    O teste do VIH foi feito a todas as mulheres de 15-49 anos e homens de 15-59 anos de idade identificados como elegveis atravs do questionrio dos agregados familiares, enquanto o teste de hemoglobina foi realizado com sangue capilar em todos agregados familiares, sendo todas as crianas menores de 5 anos, homens e mulheres elegveis. As crianas foram elegveis no seio dos agregados, bem como homens e mulheres.

    Tambm foi inquirido em 1/3 dos agregados familiares sobre questes de violncia domstica (Seco 12 do Questionrio Mulher). Para esta seco, apenas 1 mulher foi seleccionada para responder as questes inseridas no respectivo mdulo.

  • Apresentao do pas, objectivo e metodologia do inqurito | 5

    De acordo com a quadro que se segue, pode-se constatar que o respectivo estudo identificou cerca de 2.913 mulheres elegveis, tendo por conseguinte sido inquiridas por volta de 2.615 (90%), por outro lado foram identificados cerca de 3.047 homens elegveis, dos quais 2.296 foram inquiridos (75%).

    Um total de 3.865 agregados familiares foi seleccionado no seio das 104 reas de enumerao, sendo que destes 3.775 foram identificados e ocupados no momento do inqurito