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ESTUDOS LITERÁRIOS 1 Secretaria de Cultura do Amazonas Biblioteca Virtual do Amazonas Autor da obra: Gracialiano Ramos Autor do Estudo: João Batista Gomes São Bernardo NOTA BIOGRÁFICA Alagoano de Quebrangulo GRACILIANO RAMOS nasceu em Quebrangulo, estado de Alagoas, no dia 27 de outubro 1892. Filho de Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ferro Ramos, casal que teve dezesseis filhos, sendo Graciliano o primogênito. Faleceu no dia 20 de março de 1953, no Rio de Janeiro. Muitas mudanças Tendo que acompanhar a família (o pai era magistrado), Graciliano morou em muitos lugares. Passou grande parte da infância e da adolescência em Alagoas, principalmente nos municípios de Viçosa e Palmeira dos Índios. Mudança para o Rio Em 1914, com pouco mais de 20 anos, Graciliano foi para o Rio de Janeiro e tornou-se revisor de três jornais: Correio da Manhã, A Tarde e O Século. Colabora com o jornal Paraíba do Sul, assinando R.O. Publica vários contos inéditos. Retorno à terra natal Em 1915, Graciliano Ramos regressou para Palmeira dos Índios. Casou-se com Maria Augusta Ramos. Abriu uma loja de fazendas e tornou-se comerciante. Prefeito Em 1927, é escolhido para prefeito, destacando-se como bom administrador; ficou no cargo até 1930.

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ESTUDOS LITERÁRIOS

1

Secretaria de Cultura do Amazonas Biblioteca Virtual do Amazonas

Autor da obra: Gracialiano Ramos Autor do Estudo: João Batista Gomes

São Bernardo

NOTA BIOGRÁFICA Alagoano de Quebrangulo GRACILIANO RAMOS nasceu em Quebrangulo, estado de Alagoas, no dia 27 de outubro 1892. Filho de Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ferro Ramos, casal que teve dezesseis filhos, sendo Graciliano o primogênito. Faleceu no dia 20 de março de 1953, no Rio de Janeiro. Muitas mudanças Tendo que acompanhar a família (o pai era magistrado), Graciliano morou em muitos lugares. Passou grande parte da infância e da adolescência em Alagoas, principalmente nos municípios de Viçosa e Palmeira dos Índios. Mudança para o Rio Em 1914, com pouco mais de 20 anos, Graciliano foi para o Rio de Janeiro e tornou-se revisor de três jornais: Correio da Manhã, A Tarde e O Século. Colabora com o jornal Paraíba do Sul, assinando R.O. Publica vários contos inéditos. Retorno à terra natal Em 1915, Graciliano Ramos regressou para Palmeira dos Índios. Casou-se com Maria Augusta Ramos. Abriu uma loja de fazendas e tornou-se comerciante. Prefeito Em 1927, é escolhido para prefeito, destacando-se como bom administrador; ficou no cargo até 1930.

ESTUDOS LITERÁRIOS

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Estréia literária Em 1933, Graciliano Ramos publicou seu primeiro romance, Caetés, no Rio de Janeiro, retratando a vida simples do interior de Alagoas. Prisão Em 1936, quando morava em Maceió e era diretor da Instrução Pública, foi preso sob a vaga acusação de comunista e levado para o Rio de Janeiro, onde passou por muitas humilhações e teve a saúde seriamente abalada. Memórias do Cárcere Em 1953, logo depois do falecimento do autor, foi publicada Memórias do Cárcere, livro que retrata os vexames e todos os acontecimentos por que passou o escritor enquanto esteve preso. Realismo crítico As principais obras de Graciliano Ramos (São Bernardo, Angústia e Vidas Secas) caracterizam-se pela presença de um “realismo crítico”, com apresentação de heróis que receberam da crítica especializada a pecha de “herói-problema”: não aceita o mundo, nem os outros, nem a si mesmo. Obras de 01. Caetés (romance) – 1933 02. São Bernardo (romance) – 1934 03. Angústia (romance) – 1936 04. A Terra dos Meninos Pelados (infantil) – 1937 05. Vidas Secas (romance) – 1938 06. Histórias de Alexandre (contos/crônicas) – 1944 07. Infância (memórias) – 1945 08. Insônia (contos) – 1947 09. Memórias do Cárcere (memórias) – 1953 10. Viagem (crônicas) – 1953 11. Viventes das Alagoas (crônicas) – 1962 12. Alexandre e outros heróis (crônicas) – 1962 13. Linhas tortas (crônicas) – 1962

ESTUDOS LITERÁRIOS

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Estréia literária Em 1933, Graciliano Ramos publicou seu primeiro romance, Caetés, no Rio de Janeiro, retratando a vida simples do interior de Alagoas. Prisão Em 1936, quando morava em Maceió e era diretor da Instrução Pública, foi preso sob a vaga acusação de comunista e levado para o Rio de Janeiro, onde passou por muitas humilhações e teve a saúde seriamente abalada. Memórias do Cárcere Em 1953, logo depois do falecimento do autor, foi publicada Memórias do Cárcere, livro que retrata os vexames e todos os acontecimentos por que passou o escritor enquanto esteve preso. Realismo crítico As principais obras de Graciliano Ramos (São Bernardo, Angústia e Vidas Secas) caracterizam-se pela presença de um “realismo crítico”, com apresentação de heróis que receberam da crítica especializada a pecha de “herói-problema”: não aceita o mundo, nem os outros, nem a si mesmo. Obras de 01. Caetés (romance) – 1933 02. São Bernardo (romance) – 1934 03. Angústia (romance) – 1936 04. A Terra dos Meninos Pelados (infantil) – 1937 05. Vidas Secas (romance) – 1938 06. Histórias de Alexandre (contos/crônicas) – 1944 07. Infância (memórias) – 1945 08. Insônia (contos) – 1947 09. Memórias do Cárcere (memórias) – 1953 10. Viagem (crônicas) – 1953 11. Viventes das Alagoas (crônicas) – 1962 12. Alexandre e outros heróis (crônicas) – 1962 13. Linhas tortas (crônicas) – 1962

ESTUDOS LITERÁRIOS

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Cronologia biográfica 1892 – No dia 27 de outubro, nasce Graciliano Ramos, em Quebrangulo, Alagoas. Filho de Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ferro Ramos, casal que teve dezesseis filhos, sendo Graciliano o primogênito. 1894 – A família muda-se para Buíque, Estado de Pernambuco. 1898 – Graciliano passa pelos primeiros exercícios de leitura. 1900 – A família muda-se para Viçosa, Alagoas. 1904 – Fundação de um jornal para crianças, Dilúculo, do qual Graciliano foi diretor. 1905 – É matriculado no Colégio do Professor Agnelo, como aluno interno, em Maceió. Aparecem os primeiros poemas (sonetos), publicados com pseudônimo. 1910 – A família muda-se para Palmeira dos Índios. Graciliano trabalha no comércio do pai. 1915 – Graciliano vai para o Rio de Janeiro e torna-se revisor de três jornais: Correio da Manhã, A Tarde e O Século. Colabora com o jornal Paraíba do Sul, assinando R.O. Publica vários contos inéditos. 1915 – Graciliano Ramos regressa para Palmeira dos Índios. Casa-se com Maria Augusta Ramos. Abre uma loja de fazendas e torna-se comerciante. 1920 – Graciliano fica viúvo com quatro filhos menores. 1921 – Colabora no jornalzinho O Índio, dirigido por Pe. Macedo, com pseudônimo de J. Calixto. 1925 – Principia a obra Caetés. 1926 – Torna-se presidente da Junta Escolar de Palmeira dos Índios. 1927 – Torna-se prefeito de Palmeira dos Índios. 1928 – Toma posse do cargo de Prefeito. Casa-se, em Maceió, com Heloísa de Medeiros. Termina de escrever Caetés. 1929 – Envia o primeiro relatório do prefeito de Palmeira dos Índios ao governador do Estado. 1930 – Envia o segundo relatório. Renuncia ao cargo de prefeito e é nomeado Diretor da Imprensa Oficial do Estado de Alagoas. Muda-se para Maceió. Colabora em diversos jornais, assinando-se Lúcio Guedes em alguns textos. 1931 – Demite-se do cargo de Diretor da Imprensa Oficial. 1932 – Graciliano volta a Palmeira dos Índios. Funda uma escola na sacristia da Igreja Matriz, onde foram escritos os primeiros capítulos de São Bernardo. 1933 – Graciliano é nomeado Diretor da Instrução Pública de Alagoas. Publica seu primeiro romance: Caetés. Começa a escrever Angústia. 1934 – Graciliano publica o romance São Bernardo. 1936 – Graciliano é preso, sem processo, em Maceió. É levado para Recife e, depois, para o Rio de Janeiro. É demitido do cargo de Diretor de Instrução Pública. – Publicação do romance Angústia.

ESTUDOS LITERÁRIOS

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Cronologia biográfica 1892 – No dia 27 de outubro, nasce Graciliano Ramos, em Quebrangulo, Alagoas. Filho de Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ferro Ramos, casal que teve dezesseis filhos, sendo Graciliano o primogênito. 1894 – A família muda-se para Buíque, Estado de Pernambuco. 1898 – Graciliano passa pelos primeiros exercícios de leitura. 1900 – A família muda-se para Viçosa, Alagoas. 1904 – Fundação de um jornal para crianças, Dilúculo, do qual Graciliano foi diretor. 1905 – É matriculado no Colégio do Professor Agnelo, como aluno interno, em Maceió. Aparecem os primeiros poemas (sonetos), publicados com pseudônimo. 1910 – A família muda-se para Palmeira dos Índios. Graciliano trabalha no comércio do pai. 1915 – Graciliano vai para o Rio de Janeiro e torna-se revisor de três jornais: Correio da Manhã, A Tarde e O Século. Colabora com o jornal Paraíba do Sul, assinando R.O. Publica vários contos inéditos. 1915 – Graciliano Ramos regressa para Palmeira dos Índios. Casa-se com Maria Augusta Ramos. Abre uma loja de fazendas e torna-se comerciante. 1920 – Graciliano fica viúvo com quatro filhos menores. 1921 – Colabora no jornalzinho O Índio, dirigido por Pe. Macedo, com pseudônimo de J. Calixto. 1925 – Principia a obra Caetés. 1926 – Torna-se presidente da Junta Escolar de Palmeira dos Índios. 1927 – Torna-se prefeito de Palmeira dos Índios. 1928 – Toma posse do cargo de Prefeito. Casa-se, em Maceió, com Heloísa de Medeiros. Termina de escrever Caetés. 1929 – Envia o primeiro relatório do prefeito de Palmeira dos Índios ao governador do Estado. 1930 – Envia o segundo relatório. Renuncia ao cargo de prefeito e é nomeado Diretor da Imprensa Oficial do Estado de Alagoas. Muda-se para Maceió. Colabora em diversos jornais, assinando-se Lúcio Guedes em alguns textos. 1931 – Demite-se do cargo de Diretor da Imprensa Oficial. 1932 – Graciliano volta a Palmeira dos Índios. Funda uma escola na sacristia da Igreja Matriz, onde foram escritos os primeiros capítulos de São Bernardo. 1933 – Graciliano é nomeado Diretor da Instrução Pública de Alagoas. Publica seu primeiro romance: Caetés. Começa a escrever Angústia. 1934 – Graciliano publica o romance São Bernardo. 1936 – Graciliano é preso, sem processo, em Maceió. É levado para Recife e, depois, para o Rio de Janeiro. É demitido do cargo de Diretor de Instrução Pública. – Publicação do romance Angústia.

ESTUDOS LITERÁRIOS

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– Graciliano ganha o prêmio Lima Barreto (Revista Acadêmica) pela publicação de Angústia. 1937 – Graciliano é solto. Obtém o prêmio de literatura infantil do Ministério da Educação com a obra A Terra dos Meninos Pelados. 1938 – Graciliano publica o romance Vidas Secas. 1939 – Graciliano é nomeado Inspetor Federal no ensino secundário. 1942 – Publicação de Brandão entre o Mar e o Amor, romance em colaboração com Rachel de Queiroz, José Lins do Rego, Jorge Amado e Aníbal Machado. A parte de Graciliano ramos intitula-se "Mário". – Pelo conjunto de suas obras, Graciliano recebe o prêmio Felipe de Oliveira. 1944 – Graciliano publica Histórias de Alexandre, crônicas e/ou contos de conteúdo humorístico. 1951 – Graciliano é eleito Presidente da Associação Brasileira de Escritores. Comparece ao 4.o Congresso de Escritores, em Porto Alegre. 1952 – É reeleito Presidente da Associação Brasileira de Escritores. Visita União Soviética, Portugal, França e Theco-Eslováquia. Regressa ao Rio de Janeiro e adoece gravemente. – Viaja para a Argentina, onde é operado sem êxito. Retorna ao Rio de Janeiro. Comemora-se, solenemente, seu 60.o aniversário. 1953 – Internado em uma casa de saúde de Botafogo, Graciliano falece a 20 de março. Na manhã do dia seguinte, é supultado no Cemitério São João Batista, saindo o corpo do salão nobre da Câmara dos Vereadores. – Publicação de Memórias do Cárcere. 1954 – Publicação de Viagem. 1961 – Lançamento oficial das obras completas de Graciliano Ramos, pelo Ministério da Educação e Cultura. Cronologia dos principais romances da década de 30 1928 – A Bagaceira, de José Américo de Almeida. 1928 – Macunaíma, de Mário de Andrade. 1930 – O Quinze, de Rachel de Queiroz. 1931 – O país do carnaval, de Jorge Amado. 1932 – João Miguel, de Rachel de Queiroz. 1932 – Menino de Engenho, de José Lins do Rego. 1933 – Doidinho, de José Lins do Rego. 1933 – Bangüê, de José Lins do Rego. 1933 – Cacau, de Jorge Amado. 1933 – Clarissa, de Érico Veríssimo.

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– Graciliano ganha o prêmio Lima Barreto (Revista Acadêmica) pela publicação de Angústia. 1937 – Graciliano é solto. Obtém o prêmio de literatura infantil do Ministério da Educação com a obra A Terra dos Meninos Pelados. 1938 – Graciliano publica o romance Vidas Secas. 1939 – Graciliano é nomeado Inspetor Federal no ensino secundário. 1942 – Publicação de Brandão entre o Mar e o Amor, romance em colaboração com Rachel de Queiroz, José Lins do Rego, Jorge Amado e Aníbal Machado. A parte de Graciliano ramos intitula-se "Mário". – Pelo conjunto de suas obras, Graciliano recebe o prêmio Felipe de Oliveira. 1944 – Graciliano publica Histórias de Alexandre, crônicas e/ou contos de conteúdo humorístico. 1951 – Graciliano é eleito Presidente da Associação Brasileira de Escritores. Comparece ao 4.o Congresso de Escritores, em Porto Alegre. 1952 – É reeleito Presidente da Associação Brasileira de Escritores. Visita União Soviética, Portugal, França e Theco-Eslováquia. Regressa ao Rio de Janeiro e adoece gravemente. – Viaja para a Argentina, onde é operado sem êxito. Retorna ao Rio de Janeiro. Comemora-se, solenemente, seu 60.o aniversário. 1953 – Internado em uma casa de saúde de Botafogo, Graciliano falece a 20 de março. Na manhã do dia seguinte, é supultado no Cemitério São João Batista, saindo o corpo do salão nobre da Câmara dos Vereadores. – Publicação de Memórias do Cárcere. 1954 – Publicação de Viagem. 1961 – Lançamento oficial das obras completas de Graciliano Ramos, pelo Ministério da Educação e Cultura. Cronologia dos principais romances da década de 30 1928 – A Bagaceira, de José Américo de Almeida. 1928 – Macunaíma, de Mário de Andrade. 1930 – O Quinze, de Rachel de Queiroz. 1931 – O país do carnaval, de Jorge Amado. 1932 – João Miguel, de Rachel de Queiroz. 1932 – Menino de Engenho, de José Lins do Rego. 1933 – Doidinho, de José Lins do Rego. 1933 – Bangüê, de José Lins do Rego. 1933 – Cacau, de Jorge Amado. 1933 – Clarissa, de Érico Veríssimo.

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1933 – Caetés, de Graciliano Ramos. 1934 – São Bernardo, de Graciliano Ramos. 1934 – Suor, de Jorge Amado. 1934 – Os Ratos, de Dyonélio Machado. 1935 – O Moleque Ricardo, de José Lins do Rego. 1935 – Jubiabá, de Jorge Amado. 1936 – Mar morto, de Jorge Amado. 1936 – Angústia, de Graciliano Ramos. 1937 – Capitães da areia, de Jorge Amado. 1937 – Caminhos de Pedras, de Rachel de Queiroz. 1938 – A Estrela Sobe, de Marques Rebelo. 1938 – Vidas Secas, de Graciliano Ramos. 1938 – Olhai os Lírios do Campo, de Érico Veríssimo. 1942 – Terras do sem fim, de Jorge Amado. 1943 – Fogo Morto, de José Lins do Rego. 1949 – O Tempo e o Vento, de Érico Veríssimo. Dados técnicos TÍTULO NOME DA FAZENDA – O título da obra é o nome da fazenda que Paulo Honório comprou e modernizou. A fazenda São Bernardo passa a ser na região (interior de Alagoas) símbolo de modernidade e de êxito econômico: o dono obtinha lucro fornecendo gêneros alimentícios às cidades vizinhas. NÚMERO DE CAPÍTULOS O romance São Bernardo tem 36 capítulos sem títulos. GÊNERO ROMANCE – São Bernardo é o melhor exemplo de romance regionalista modernista, com preocupações sociais, políticas e psicológicas. Pertence à safra que ficou conhecida com o nome de “romance da década de 30”. CLASSIFICAÇÃO DO ROMANCE ROMANCE SOCIAL E PSICOLÓGICO – São Bernardo é um romance social e psicológico em primeiro plano, seguindo a linha do neonaturalismo. Mais duas classificações podem ser dadas à obra: “tragédia do ciúme”, no plano afetivo e “romance do desencontro entre ter (Paulo Honório) e ser (Madalena)”.

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1933 – Caetés, de Graciliano Ramos. 1934 – São Bernardo, de Graciliano Ramos. 1934 – Suor, de Jorge Amado. 1934 – Os Ratos, de Dyonélio Machado. 1935 – O Moleque Ricardo, de José Lins do Rego. 1935 – Jubiabá, de Jorge Amado. 1936 – Mar morto, de Jorge Amado. 1936 – Angústia, de Graciliano Ramos. 1937 – Capitães da areia, de Jorge Amado. 1937 – Caminhos de Pedras, de Rachel de Queiroz. 1938 – A Estrela Sobe, de Marques Rebelo. 1938 – Vidas Secas, de Graciliano Ramos. 1938 – Olhai os Lírios do Campo, de Érico Veríssimo. 1942 – Terras do sem fim, de Jorge Amado. 1943 – Fogo Morto, de José Lins do Rego. 1949 – O Tempo e o Vento, de Érico Veríssimo. Dados técnicos TÍTULO NOME DA FAZENDA – O título da obra é o nome da fazenda que Paulo Honório comprou e modernizou. A fazenda São Bernardo passa a ser na região (interior de Alagoas) símbolo de modernidade e de êxito econômico: o dono obtinha lucro fornecendo gêneros alimentícios às cidades vizinhas. NÚMERO DE CAPÍTULOS O romance São Bernardo tem 36 capítulos sem títulos. GÊNERO ROMANCE – São Bernardo é o melhor exemplo de romance regionalista modernista, com preocupações sociais, políticas e psicológicas. Pertence à safra que ficou conhecida com o nome de “romance da década de 30”. CLASSIFICAÇÃO DO ROMANCE ROMANCE SOCIAL E PSICOLÓGICO – São Bernardo é um romance social e psicológico em primeiro plano, seguindo a linha do neonaturalismo. Mais duas classificações podem ser dadas à obra: “tragédia do ciúme”, no plano afetivo e “romance do desencontro entre ter (Paulo Honório) e ser (Madalena)”.

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FOCO NARRATIVO PRIMEIRA PESSOA – O romance São Bernardo é narrado na primeira pessoa. O narrador (Paulo Honório) conta a sua história depois de a ter vivido, ou seja, vale-se das lembranças para expor fatos do presente e do passado, dando à história feições de memórias. DUAS FACES – Paulo Honório, o narrador, exibe duas faces distintas: o narrador-fazendeiro (capaz até de crimes para ampliar as suas ambições) e o narrador-escritor (consciente da existência que o fez assim). LINGUAGEM CONCISÃO – Graciliano Ramos usa, em São Bernardo, uma linguagem concisa, direta e seca, às vezes brutal. SEM ENFEITES – Graciliano não gostava de “enfeites”. Procurava cortar os excessos, buscando uma expressão sóbria, condizente com a realidade que narrava. LINGUA CULTA – Graciliano consegue, em São Bernardo, uma grande proeza de estilo: usar uma linguagem muito próxima da coloquial, mas filtrada pelas normas gramaticais do chamado “código culto”, próprio das elites citadinas. METALINGUAGEM – O narrador-escritor coloca em discussão, no texto, a linguagem a ser utilizada para a composição do livro, abominando a “língua de Camões”, ou seja, complexa, cheia de termos cultos e de erudição. TEMPO TEMPO CRONOLÓGICO – Em São Bernardo, as ações das personagens seguem o tempo cronológico, quase linear, valorizando-se as ações passadas. TEMPO PSICOLÓGICO – O tempo psicológico (interior, aquele que transcorre dentro das personagens, marcado pela ação da memória, das reflexões) é valorizado para exposição do drama íntimo de Paulo Honório. TEMPO HISTÓRICO – No caso da época, o romance é bastante preciso. O último evento – exposto no último capítulo da obra – data de 1932 aproximadamente, pois Madalena morre pouco antes da eclosão da Revolução de 30. Isso combina com as informações fornecidas pelo narrador a respeito de sua idade: tinha 45 anos ao se casar e completa 50 pela época em que termina de escrever sua biografia. Conclui-se que Paulo Honório nasceu por volta de 1882.

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FOCO NARRATIVO PRIMEIRA PESSOA – O romance São Bernardo é narrado na primeira pessoa. O narrador (Paulo Honório) conta a sua história depois de a ter vivido, ou seja, vale-se das lembranças para expor fatos do presente e do passado, dando à história feições de memórias. DUAS FACES – Paulo Honório, o narrador, exibe duas faces distintas: o narrador-fazendeiro (capaz até de crimes para ampliar as suas ambições) e o narrador-escritor (consciente da existência que o fez assim). LINGUAGEM CONCISÃO – Graciliano Ramos usa, em São Bernardo, uma linguagem concisa, direta e seca, às vezes brutal. SEM ENFEITES – Graciliano não gostava de “enfeites”. Procurava cortar os excessos, buscando uma expressão sóbria, condizente com a realidade que narrava. LINGUA CULTA – Graciliano consegue, em São Bernardo, uma grande proeza de estilo: usar uma linguagem muito próxima da coloquial, mas filtrada pelas normas gramaticais do chamado “código culto”, próprio das elites citadinas. METALINGUAGEM – O narrador-escritor coloca em discussão, no texto, a linguagem a ser utilizada para a composição do livro, abominando a “língua de Camões”, ou seja, complexa, cheia de termos cultos e de erudição. TEMPO TEMPO CRONOLÓGICO – Em São Bernardo, as ações das personagens seguem o tempo cronológico, quase linear, valorizando-se as ações passadas. TEMPO PSICOLÓGICO – O tempo psicológico (interior, aquele que transcorre dentro das personagens, marcado pela ação da memória, das reflexões) é valorizado para exposição do drama íntimo de Paulo Honório. TEMPO HISTÓRICO – No caso da época, o romance é bastante preciso. O último evento – exposto no último capítulo da obra – data de 1932 aproximadamente, pois Madalena morre pouco antes da eclosão da Revolução de 30. Isso combina com as informações fornecidas pelo narrador a respeito de sua idade: tinha 45 anos ao se casar e completa 50 pela época em que termina de escrever sua biografia. Conclui-se que Paulo Honório nasceu por volta de 1882.

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DÉCADAS DE 10 E 20 – Há uma óbvia concentração de eventos nas décadas de 10 e 20. Supõe-se que a compra da fazenda São Bernardo tenha sido realizada em meados da década de 10, pois a nova sede da propriedade termina de ser construída logo no início da década de 20. O texto não informa, por exemplo, quantos anos Paulo Honório exerceu a profissão de mascate, iniciada em 1904, aos 22 anos de idade. CENÁRIO INTERIOR DE ALAGOAS – O cenário de São Bernardo é uma região não muito distante da costa, nas imediações de Viçosa, no Estado de Alagoas. Lá se localiza a fazenda São Bernardo, palco da maioria dos acontecimentos. ESTILO DE ÉPOCA ROMANCE DE 30 – São Bernardo enquadra-se, dentro do movimento modernista brasileiro, no chamado Romance de 30: denominação dada a um conjunto de obras de ficção produzidas no Brasil a partir de 1928, ano de publicação de A Bagaceira, de José Américo de Almeida. MODELO – São Bernardo é, para muitos críticos, o melhor exemplo do Romance de 30, tanto do ponto de vista temático quanto formal. ÉPOCA HISTÓRICA DÉCADA DE 20 – A história de São Bernardo retrata o interior de Alagoas por volta de 1920, época em que o narrador, já maduro, lança-se no ambicioso projeto de transformar uma propriedade improdutiva em algo lucrativo. TEMÁTICA ÊXITO ECONÔMICO – Paulo Honório, um arrivista, luta para tornar produtiva a fazenda em que trabalhara como empregado e que conseguira comprar (quase tomar) de um herdeiro fracassado. O projeto econômico – obter lucro a qualquer custo – tem completo êxito. FRACASSO FAMILIAR – O sucesso no plano econômico não se fez acompanhar pela realização familiar. O fracasso na construção de uma família – único meio para a preparação de um herdeiro – deitou por terra todos os planos de Paulo Honório. PERSONAGENS ESFÉRICAS, DENSAS – As personagens de São Bernardo, principalmente Paulo Honório e Madalena, são esféricas, densas. Não há preocupação com aspectos exteriores, aflorando o lado íntimo ou psicológico.

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DÉCADAS DE 10 E 20 – Há uma óbvia concentração de eventos nas décadas de 10 e 20. Supõe-se que a compra da fazenda São Bernardo tenha sido realizada em meados da década de 10, pois a nova sede da propriedade termina de ser construída logo no início da década de 20. O texto não informa, por exemplo, quantos anos Paulo Honório exerceu a profissão de mascate, iniciada em 1904, aos 22 anos de idade. CENÁRIO INTERIOR DE ALAGOAS – O cenário de São Bernardo é uma região não muito distante da costa, nas imediações de Viçosa, no Estado de Alagoas. Lá se localiza a fazenda São Bernardo, palco da maioria dos acontecimentos. ESTILO DE ÉPOCA ROMANCE DE 30 – São Bernardo enquadra-se, dentro do movimento modernista brasileiro, no chamado Romance de 30: denominação dada a um conjunto de obras de ficção produzidas no Brasil a partir de 1928, ano de publicação de A Bagaceira, de José Américo de Almeida. MODELO – São Bernardo é, para muitos críticos, o melhor exemplo do Romance de 30, tanto do ponto de vista temático quanto formal. ÉPOCA HISTÓRICA DÉCADA DE 20 – A história de São Bernardo retrata o interior de Alagoas por volta de 1920, época em que o narrador, já maduro, lança-se no ambicioso projeto de transformar uma propriedade improdutiva em algo lucrativo. TEMÁTICA ÊXITO ECONÔMICO – Paulo Honório, um arrivista, luta para tornar produtiva a fazenda em que trabalhara como empregado e que conseguira comprar (quase tomar) de um herdeiro fracassado. O projeto econômico – obter lucro a qualquer custo – tem completo êxito. FRACASSO FAMILIAR – O sucesso no plano econômico não se fez acompanhar pela realização familiar. O fracasso na construção de uma família – único meio para a preparação de um herdeiro – deitou por terra todos os planos de Paulo Honório. PERSONAGENS ESFÉRICAS, DENSAS – As personagens de São Bernardo, principalmente Paulo Honório e Madalena, são esféricas, densas. Não há preocupação com aspectos exteriores, aflorando o lado íntimo ou psicológico.

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Paulo Honório SÍMBOLO DO CAPITALISMO – Paulo Honório, o narrador, é construído pelo autor para o ser o símbolo do capitalismo: caracteriza-se pelo obsessivo desejo de possuir bens e dinheiro. Reduz as pessoas a objetos de uso e de lucro. Madalena SÍMBOLO DO HUMANISMO – Madalena é a encarnação do humanismo e da solidariedade social, fazendo oposição ao capitalismo selvagem de Paulo Honório. Germana Primeira namorada de Paulo Honório. “Cabritinha sarará danadamente assanhada” de quem Paulo Honório gostava. Ela se enxeriu com João Fagundes e provocou uma tragédia: Paulo bateu em Germana e esfaqueou o rival, indo parar na cadeia por três anos, nove meses e quinze dias. Ali aprendeu a ler com Joaquim Sapateiro. Joaquim Sapateiro Na cadeia, ensinou Paulo Honório a ler. Casimiro Lopes Amigo de Paulo Honório desde os tempos difíceis. Corajoso, laça, rasteja, tem faro e fidelidade de cão. Executa as ordens de Paulo Honório sem discuti-las. Mendonça Tinha barba branca e nariz curvo. Dono da fazenda Bom-Sucesso, vizinha à São Bernardo. Certo domingo, quando voltava da eleição, recebeu um tiro de tocaia e morreu na estrada. Seu Ribeiro Era alto, magro, curvado, amarelo, de suíças. Tinha setenta anos. Paulo Honório encontrou-o em Maceió, trabalhando na Gazeta. Simpatizou com ele e levou-o para São Bernardo para ser guarda-livro. Negra Margarida Protegeu o narrador quando ele era menino. Num gesto de gratidão, Paulo Honório, depois de rico, traz a negra Margarida (que ele chama de mãe) para morar na fazenda São Bernardo. Salustiano Padilha Ex-dono da fazenda São Bernardo, pai de Luís Padilha. O velho morreu sem realizar o sonho de ver o único filho doutor.

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Paulo Honório SÍMBOLO DO CAPITALISMO – Paulo Honório, o narrador, é construído pelo autor para o ser o símbolo do capitalismo: caracteriza-se pelo obsessivo desejo de possuir bens e dinheiro. Reduz as pessoas a objetos de uso e de lucro. Madalena SÍMBOLO DO HUMANISMO – Madalena é a encarnação do humanismo e da solidariedade social, fazendo oposição ao capitalismo selvagem de Paulo Honório. Germana Primeira namorada de Paulo Honório. “Cabritinha sarará danadamente assanhada” de quem Paulo Honório gostava. Ela se enxeriu com João Fagundes e provocou uma tragédia: Paulo bateu em Germana e esfaqueou o rival, indo parar na cadeia por três anos, nove meses e quinze dias. Ali aprendeu a ler com Joaquim Sapateiro. Joaquim Sapateiro Na cadeia, ensinou Paulo Honório a ler. Casimiro Lopes Amigo de Paulo Honório desde os tempos difíceis. Corajoso, laça, rasteja, tem faro e fidelidade de cão. Executa as ordens de Paulo Honório sem discuti-las. Mendonça Tinha barba branca e nariz curvo. Dono da fazenda Bom-Sucesso, vizinha à São Bernardo. Certo domingo, quando voltava da eleição, recebeu um tiro de tocaia e morreu na estrada. Seu Ribeiro Era alto, magro, curvado, amarelo, de suíças. Tinha setenta anos. Paulo Honório encontrou-o em Maceió, trabalhando na Gazeta. Simpatizou com ele e levou-o para São Bernardo para ser guarda-livro. Negra Margarida Protegeu o narrador quando ele era menino. Num gesto de gratidão, Paulo Honório, depois de rico, traz a negra Margarida (que ele chama de mãe) para morar na fazenda São Bernardo. Salustiano Padilha Ex-dono da fazenda São Bernardo, pai de Luís Padilha. O velho morreu sem realizar o sonho de ver o único filho doutor.

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Luís Padilha Foi vítima dos planos de posse de Paulo Honório. Depois da morte do pai, entregou-se à bebida, à farra e às mulheres. Endividado, passou a fazenda São Bernardo para o nome do narrador. Depois, numa espécie de compensação, Paulo Honório contratou-o para ser professor, apesar das idéias socialistas. Dona Glória Tia de Madalena. Paulo Honório tem por ela uma aversão incompreensível. Azevedo Gondim Lúcio Gomes de Azevedo Gondim é redator e diretor do jornal O Cruzeiro. Jornalista, amigo de Paulo Honório, freqüenta-lhe a casa. Achava que um artista não pode escrever como fala. Por isso, desentendeu-se com o narrador. João Nogueira Advogado, amigo de Paulo Honório, freqüenta-lhe a casa. No início, foi convidado para participar da composição das memórias. Queria compor o livro em língua culta, à maneira de Camões. Dr. Magalhães Juiz de Direito, amigo de Paulo Honório, freqüenta-lhe a casa. Na ambição de conquistar mais terras, Paulo indispõe-se com todos os vizinhos, menos com Dr. Magalhães. Mestre Caetano Tomava conta da pedreira. Adoeceu de tanto trabalhar. Não fosse Madalena, morreria à míngua. Marciano Tomava conta dos bichos. Certa vez, Paulo Honório deu-lhe uns tapas e, por isso, indispôs-se com Madalena. Era marido de Rosa, mulher com quem o narrador se envolvia às escondidas. Costa Brito Jornalista que tentou extorquir dinheiro de Paulo Honório. Não conseguindo, promoveu uma campanha de difamação na Gazeta contra o narrador. Apanhou de chicote, no meio da rua. Tubarão Cão de Paulo Honório; está presente no livro desde o início.

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Luís Padilha Foi vítima dos planos de posse de Paulo Honório. Depois da morte do pai, entregou-se à bebida, à farra e às mulheres. Endividado, passou a fazenda São Bernardo para o nome do narrador. Depois, numa espécie de compensação, Paulo Honório contratou-o para ser professor, apesar das idéias socialistas. Dona Glória Tia de Madalena. Paulo Honório tem por ela uma aversão incompreensível. Azevedo Gondim Lúcio Gomes de Azevedo Gondim é redator e diretor do jornal O Cruzeiro. Jornalista, amigo de Paulo Honório, freqüenta-lhe a casa. Achava que um artista não pode escrever como fala. Por isso, desentendeu-se com o narrador. João Nogueira Advogado, amigo de Paulo Honório, freqüenta-lhe a casa. No início, foi convidado para participar da composição das memórias. Queria compor o livro em língua culta, à maneira de Camões. Dr. Magalhães Juiz de Direito, amigo de Paulo Honório, freqüenta-lhe a casa. Na ambição de conquistar mais terras, Paulo indispõe-se com todos os vizinhos, menos com Dr. Magalhães. Mestre Caetano Tomava conta da pedreira. Adoeceu de tanto trabalhar. Não fosse Madalena, morreria à míngua. Marciano Tomava conta dos bichos. Certa vez, Paulo Honório deu-lhe uns tapas e, por isso, indispôs-se com Madalena. Era marido de Rosa, mulher com quem o narrador se envolvia às escondidas. Costa Brito Jornalista que tentou extorquir dinheiro de Paulo Honório. Não conseguindo, promoveu uma campanha de difamação na Gazeta contra o narrador. Apanhou de chicote, no meio da rua. Tubarão Cão de Paulo Honório; está presente no livro desde o início.

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Resumo Capítulo 1 PRIMEIRO FRACASSO – Paulo Honório quer escrever um livro, espécie de autobiografia. Para isso, pede contribuição a alguns amigos: padre Silvestre (a parte moral e as citações latinas), João Nogueira (pontuação, ortografia e sintaxe), Arquimedes (composição tipográfica) e Lúcio Gomes de Azevedo Gondim (jornalismo). O fracasso veio em uma semana. Afastados o padre e João Nogueira, o narrador apegou-se a Gondim. SEGUNDO FRACASSO – Durante quinze dias, Paulo Honório e Gondim tentaram produzir as primeiras páginas do livro. Quando o redator apresentou os dois primeiros capítulos datilografados, o narrador zangou-se: mandou Gondim para o inferno e acusou-o de “acanalhar” o livro. Ninguém poderia falar daquela forma. Gondim protestou: a linguagem da literatura era diferente da fala cotidiana. Sempre foi assim. Capítulo 2 SEM COLABORADORES – Paulo Honório livrou-se dos colaboradores e resolveu, ele próprio, contar a sua história. Iniciou a composição quando ouviu pio de coruja. Confessa que não tem instrução para escrever com desembaraço. E aos cinqüenta anos, não absorveria noções que não obteve na mocidade. OBJETIVO NA VIDA – Paulo confessa o seu principal objetivo quando mais novo: apossar-se das terras de São Bernardo, construir a casa em que mora, plantar algodão, mamona, levantar a serraria e o descaroçador, introduzir a pomicultura e a avicultura, adquirir um rebanho bovino regular. Tais preocupações não lhe deixaram tempo para as letras. Capítulo 3 NOME, PESO, IDADE... – O narrador diz o nome (Paulo Honório), o peso (oitenta e nove quilos) e a idade (cinqüenta anos pelo São Pedro). Na certidão de batizado, consta o nome dos padrinhos, mas não menciona pai nem mãe. Na infância, houve um cego que lhe puxava as orelhas e a velha Margarida que, hoje, centenária, mora em São Bernardo, numa casinha limpa. GERMANA – Aos dezoito anos, Paulo Honório gostou de Germana, “cabritinha sarará danadamente assanhada”. Ela se enxeriu com João Fagundes e provocou uma tragédia:

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Resumo Capítulo 1 PRIMEIRO FRACASSO – Paulo Honório quer escrever um livro, espécie de autobiografia. Para isso, pede contribuição a alguns amigos: padre Silvestre (a parte moral e as citações latinas), João Nogueira (pontuação, ortografia e sintaxe), Arquimedes (composição tipográfica) e Lúcio Gomes de Azevedo Gondim (jornalismo). O fracasso veio em uma semana. Afastados o padre e João Nogueira, o narrador apegou-se a Gondim. SEGUNDO FRACASSO – Durante quinze dias, Paulo Honório e Gondim tentaram produzir as primeiras páginas do livro. Quando o redator apresentou os dois primeiros capítulos datilografados, o narrador zangou-se: mandou Gondim para o inferno e acusou-o de “acanalhar” o livro. Ninguém poderia falar daquela forma. Gondim protestou: a linguagem da literatura era diferente da fala cotidiana. Sempre foi assim. Capítulo 2 SEM COLABORADORES – Paulo Honório livrou-se dos colaboradores e resolveu, ele próprio, contar a sua história. Iniciou a composição quando ouviu pio de coruja. Confessa que não tem instrução para escrever com desembaraço. E aos cinqüenta anos, não absorveria noções que não obteve na mocidade. OBJETIVO NA VIDA – Paulo confessa o seu principal objetivo quando mais novo: apossar-se das terras de São Bernardo, construir a casa em que mora, plantar algodão, mamona, levantar a serraria e o descaroçador, introduzir a pomicultura e a avicultura, adquirir um rebanho bovino regular. Tais preocupações não lhe deixaram tempo para as letras. Capítulo 3 NOME, PESO, IDADE... – O narrador diz o nome (Paulo Honório), o peso (oitenta e nove quilos) e a idade (cinqüenta anos pelo São Pedro). Na certidão de batizado, consta o nome dos padrinhos, mas não menciona pai nem mãe. Na infância, houve um cego que lhe puxava as orelhas e a velha Margarida que, hoje, centenária, mora em São Bernardo, numa casinha limpa. GERMANA – Aos dezoito anos, Paulo Honório gostou de Germana, “cabritinha sarará danadamente assanhada”. Ela se enxeriu com João Fagundes e provocou uma tragédia:

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Paulo bateu em Germana e esfaqueou o rival, indo parar na cadeia por três anos, nove meses e quinze dias. Ali aprendeu a ler com Joaquim Sapateiro. TEMPOS DIFÍCEIS – Depois que saiu da cadeia, Paulo Honório só pensava em ganhar dinheiro. Viajou pelo sertão, negociou com redes, gado, imagens, rosários, miudezas... Sofreu sede e fome, dormiu ao relento, brigou com gente grande e realizou transações comerciais de armas engatilhadas. Desses tempos difíceis, restou Casimiro Lopes: faro e fidelidade de cão. Capítulo 4 TERRA NATAL – Depois das dificuldades iniciais, Paulo Honório voltou para sua terra natal, município de Viçosa, Alagoas. Formou logo o plano de comprar São Bernardo, propriedade onde trabalhou no eito com salário de cinco tostões. AMIZADE COM PADILHA – Luís Padilha era o herdeiro de São Bernardo. Paulo foi encontrá-lo em uma casa de jogo, bêbado. Em dois meses de amizade, Paulo emprestou-lhe dois contos de réis. Depois, mais quinhentos mil réis. E para completar, vinte contos (menos o que devia e os juros). Padilha não aplicou nada na agricultura: comprou uma tipografia e fundou o Correio de Viçosa que teve apenas quatro números. COMPRA DE SÃO BERNARDO – Vencidas as letras, Paulo Honório foi atrás de Luís Padilha na fazenda São Bernardo. Depois de muita discussão e ameaças, só restou uma opção a Padilha: vender a propriedade. O negócio foi fechado em quarenta e dois contos pela propriedade e mais uma casa na rua no valor de oito contos. Padilha assinou a escritura no dia seguinte. Capítulo 5 MENDONÇA – O primeiro obstáculo com que Paulo Honório se deparou foi a rivalidade do vizinho Mendonça, proprietário da fazenda Bom-Sucesso. Havia briga por causa dos limites das duas propriedades. Falou-se em justiça e agrimensor, e a guerra entre os dois era iminente. Depois de mostrar que tinha coragem e homens, Paulo Honório aceitou as amabilidades do vizinho. Mas havia uma ameaça velada. Casimiro Lopes, homem de confiança do narrador, queria resolver a questão com mortes. Paulo Honório recuou. Capítulo 6 SEGUNDO ANO – O segundo ano foi de dificuldades para Paulo Honório. Os preços da mamona e do algodão caíram, e as dificuldades financeiras aumentaram. Certa noite, Paulo

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Paulo bateu em Germana e esfaqueou o rival, indo parar na cadeia por três anos, nove meses e quinze dias. Ali aprendeu a ler com Joaquim Sapateiro. TEMPOS DIFÍCEIS – Depois que saiu da cadeia, Paulo Honório só pensava em ganhar dinheiro. Viajou pelo sertão, negociou com redes, gado, imagens, rosários, miudezas... Sofreu sede e fome, dormiu ao relento, brigou com gente grande e realizou transações comerciais de armas engatilhadas. Desses tempos difíceis, restou Casimiro Lopes: faro e fidelidade de cão. Capítulo 4 TERRA NATAL – Depois das dificuldades iniciais, Paulo Honório voltou para sua terra natal, município de Viçosa, Alagoas. Formou logo o plano de comprar São Bernardo, propriedade onde trabalhou no eito com salário de cinco tostões. AMIZADE COM PADILHA – Luís Padilha era o herdeiro de São Bernardo. Paulo foi encontrá-lo em uma casa de jogo, bêbado. Em dois meses de amizade, Paulo emprestou-lhe dois contos de réis. Depois, mais quinhentos mil réis. E para completar, vinte contos (menos o que devia e os juros). Padilha não aplicou nada na agricultura: comprou uma tipografia e fundou o Correio de Viçosa que teve apenas quatro números. COMPRA DE SÃO BERNARDO – Vencidas as letras, Paulo Honório foi atrás de Luís Padilha na fazenda São Bernardo. Depois de muita discussão e ameaças, só restou uma opção a Padilha: vender a propriedade. O negócio foi fechado em quarenta e dois contos pela propriedade e mais uma casa na rua no valor de oito contos. Padilha assinou a escritura no dia seguinte. Capítulo 5 MENDONÇA – O primeiro obstáculo com que Paulo Honório se deparou foi a rivalidade do vizinho Mendonça, proprietário da fazenda Bom-Sucesso. Havia briga por causa dos limites das duas propriedades. Falou-se em justiça e agrimensor, e a guerra entre os dois era iminente. Depois de mostrar que tinha coragem e homens, Paulo Honório aceitou as amabilidades do vizinho. Mas havia uma ameaça velada. Casimiro Lopes, homem de confiança do narrador, queria resolver a questão com mortes. Paulo Honório recuou. Capítulo 6 SEGUNDO ANO – O segundo ano foi de dificuldades para Paulo Honório. Os preços da mamona e do algodão caíram, e as dificuldades financeiras aumentaram. Certa noite, Paulo

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e Casimiro pressentiram gente rondando a casa. Era, com certeza, cabra do Mendonça tocaiando Paulo Honório. As obras na fazenda seguiam lentas: apenas um pedreiro na construção da casa, mestre Caetano quase sozinho na pedreira, poucos homens no açude. MORTE DE MENDONÇA – Paulo Honório e Casimiro Lopes acertam um negócio às vésperas da eleição (que seria no domingo). “Domingo à tarde, de volta da eleição, Mendonça recebeu um tiro na costela mindinha e bateu as botas ali mesmo na estrada, perto de Bom-Sucesso”. Na hora do crime, Paulo Honório estava na igreja, conversando com padre Silvestre. Capítulo 7 SEU RIBEIRO – Era alto, magro, curvado, amarelo, de suíças. Tinha setenta anos. Paulo Honório encontrou-o em Maceió, trabalhando na Gazeta. Simpatizou com ele e levou-o para São Bernardo para ser guarda-livros. No passado, quando moço, fora muito feliz. GLÓRIA E DECADÊNCIA – No lugar onde morou quando jovem, seu Ribeiro era respeitado e admirado: lia cartas, decidia questões de terras e de casamentos, era tido como major. Tinha família pequena e casa grande. Mas a vila cresceu, virou cidade, e tudo mudou. Os dois filhos (um casal) desapareceram: ela pelas fábricas, ele no exército. Seu ribeiro virou indigente: dormia nos bancos dos jardins, vendia bilhetes de loterias. Dez anos depois, era gerente e guarda-livros no jornal A Gazeta, onde Paulo Honório o encontrou. Capítulo 8 MAIS MORTES – O caboclo mal-encarado que andava rondando a casa de Paulo Honório também foi assassinado. O narrador fala de “limpeza”, dando a entender que outros também morreram nas mesmas condições. SALTO DE CINCO ANOS – Cinco anos depois, a casa da fazenda estava pronta e mobiliada. Muitos obstáculos foram vencidos. Com a morte do Mendonça, o narrador derrubou a cerca velha e levou-a para além do ponto devido. As filhas órfãs reclamaram, mas Paulo Honório não as ouviu. Fez mais: invadiu a terra do Fidélis (paralítico de um braço) e dos Gama (estudavam Direito no Recife). Mas respeitou o engenho do dr. Magalhães, Juiz de Direito. FAMA – Depois de tudo pronto (o açude, o pomar, a pedreira, a criação de aves, a serraria, o descaroçador), Paulo Honório ganhou fama de doido. Recebeu até a visita do governador do Estado. Foi quando prometeu à autoridade que iria construir uma escola para os filhos dos colonos.

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e Casimiro pressentiram gente rondando a casa. Era, com certeza, cabra do Mendonça tocaiando Paulo Honório. As obras na fazenda seguiam lentas: apenas um pedreiro na construção da casa, mestre Caetano quase sozinho na pedreira, poucos homens no açude. MORTE DE MENDONÇA – Paulo Honório e Casimiro Lopes acertam um negócio às vésperas da eleição (que seria no domingo). “Domingo à tarde, de volta da eleição, Mendonça recebeu um tiro na costela mindinha e bateu as botas ali mesmo na estrada, perto de Bom-Sucesso”. Na hora do crime, Paulo Honório estava na igreja, conversando com padre Silvestre. Capítulo 7 SEU RIBEIRO – Era alto, magro, curvado, amarelo, de suíças. Tinha setenta anos. Paulo Honório encontrou-o em Maceió, trabalhando na Gazeta. Simpatizou com ele e levou-o para São Bernardo para ser guarda-livros. No passado, quando moço, fora muito feliz. GLÓRIA E DECADÊNCIA – No lugar onde morou quando jovem, seu Ribeiro era respeitado e admirado: lia cartas, decidia questões de terras e de casamentos, era tido como major. Tinha família pequena e casa grande. Mas a vila cresceu, virou cidade, e tudo mudou. Os dois filhos (um casal) desapareceram: ela pelas fábricas, ele no exército. Seu ribeiro virou indigente: dormia nos bancos dos jardins, vendia bilhetes de loterias. Dez anos depois, era gerente e guarda-livros no jornal A Gazeta, onde Paulo Honório o encontrou. Capítulo 8 MAIS MORTES – O caboclo mal-encarado que andava rondando a casa de Paulo Honório também foi assassinado. O narrador fala de “limpeza”, dando a entender que outros também morreram nas mesmas condições. SALTO DE CINCO ANOS – Cinco anos depois, a casa da fazenda estava pronta e mobiliada. Muitos obstáculos foram vencidos. Com a morte do Mendonça, o narrador derrubou a cerca velha e levou-a para além do ponto devido. As filhas órfãs reclamaram, mas Paulo Honório não as ouviu. Fez mais: invadiu a terra do Fidélis (paralítico de um braço) e dos Gama (estudavam Direito no Recife). Mas respeitou o engenho do dr. Magalhães, Juiz de Direito. FAMA – Depois de tudo pronto (o açude, o pomar, a pedreira, a criação de aves, a serraria, o descaroçador), Paulo Honório ganhou fama de doido. Recebeu até a visita do governador do Estado. Foi quando prometeu à autoridade que iria construir uma escola para os filhos dos colonos.

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ESCOLA E IGREJA – De uma só empreitada, o narrador começou a construir uma escola e uma igreja. PROTEÇÃO ÀS FILHAS DO MENDONÇA – Paulo Honório tomou uma decisão: ia proteger as filhas do Mendonça. Associava a morte do velho à sua prosperidade. Mandou limpar o algodão da fazenda vizinha. Capítulo 9 ELOGIO ÀS PERNAS – Neste capítulo, Madalena aparece pela primeira vez. Paulo Honório toma conhecimento da existência dela por meio de Padilha e Gondim: estavam elogiando-lhe as pernas e os seios. NOTÍCIAS DA VELHA MARGARIDA – Gondim descobrira o paradeiro da velha Margarida: estava morando em Jacaré-dos-Homens, lá para as bandas do Pão-de-Açúcar. Paulo Honório queria trazê-la para a fazenda. PADILHA PROFESSOR – Padilha aceitou ser professor na escola que Paulo Honório ia construir. Prometeu levar a sério a profissão e não beber enquanto trabalhava. Reclamou do ordenado: era pouco, mas queria abraçar a nova carreira. Capítulo 10 CASIMIRO LOPES – Paulo Honório fala um pouco de Casimiro Lopes. Tem vocabulário mesquinho, meia dúzia de palavras. No sertão, ficava sempre calado. Na cidade, andou decorando termos novos e empregando-os fora de propósito. VISITA À VELHA MARGARIDA – O encontro entre Paulo Honório e “mãe Margarida” (como ele a chama) é emocionante. O narrador fala à velha da felicidade de encontrá-la. Ela reclama do luxo: “– Para que tanto luxo? Guarde os seus troços, que podem servir. Em cama não me deito. E quem dá o que tem a pedir vem.” Capítulo 11 IDÉIA DE CASAMENTO – Certo dia, Paulo Honório amanheceu pensando em casar. Decepcionado com as mulheres que conhecera, pensava mais num herdeiro do que em felicidade conjugal.

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ESCOLA E IGREJA – De uma só empreitada, o narrador começou a construir uma escola e uma igreja. PROTEÇÃO ÀS FILHAS DO MENDONÇA – Paulo Honório tomou uma decisão: ia proteger as filhas do Mendonça. Associava a morte do velho à sua prosperidade. Mandou limpar o algodão da fazenda vizinha. Capítulo 9 ELOGIO ÀS PERNAS – Neste capítulo, Madalena aparece pela primeira vez. Paulo Honório toma conhecimento da existência dela por meio de Padilha e Gondim: estavam elogiando-lhe as pernas e os seios. NOTÍCIAS DA VELHA MARGARIDA – Gondim descobrira o paradeiro da velha Margarida: estava morando em Jacaré-dos-Homens, lá para as bandas do Pão-de-Açúcar. Paulo Honório queria trazê-la para a fazenda. PADILHA PROFESSOR – Padilha aceitou ser professor na escola que Paulo Honório ia construir. Prometeu levar a sério a profissão e não beber enquanto trabalhava. Reclamou do ordenado: era pouco, mas queria abraçar a nova carreira. Capítulo 10 CASIMIRO LOPES – Paulo Honório fala um pouco de Casimiro Lopes. Tem vocabulário mesquinho, meia dúzia de palavras. No sertão, ficava sempre calado. Na cidade, andou decorando termos novos e empregando-os fora de propósito. VISITA À VELHA MARGARIDA – O encontro entre Paulo Honório e “mãe Margarida” (como ele a chama) é emocionante. O narrador fala à velha da felicidade de encontrá-la. Ela reclama do luxo: “– Para que tanto luxo? Guarde os seus troços, que podem servir. Em cama não me deito. E quem dá o que tem a pedir vem.” Capítulo 11 IDÉIA DE CASAMENTO – Certo dia, Paulo Honório amanheceu pensando em casar. Decepcionado com as mulheres que conhecera, pensava mais num herdeiro do que em felicidade conjugal.

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IDÉIAS SUBVERSIVAS – Padilha foi flagrado por Paulo Honório pregando idéias subversivas a Marciano e a Casimiro Lopes. “– Um roubo. É o que tem sido demonstrado categoricamente pelos filósofos e vem nos livros. Vejam: mais de uma légua de terra, casas, mata, açude, gado, tudo de um homem. Não está certo.” Paulo Honório ameaçou demiti-los, humilhou-os, pregou sermões, e tudo voltou ao normal. IDÉIA ESCORREGADIA DE CASAMENTO – Entre um problema e outro, a composição de uma mulher ideal ia sendo adiada. O narrador chega a delinear nomes (uma Mendonça, a Gama, a irmã do Gondim, dona Marcela do dr. Magalhães). Concentrou-se na última, mas reprovava a tinta no rosto e o excesso de esses na conversa. Capítulo 12 LOURINHA MISTERIOSA – Com dona Marcela na cabeça, Paulo Honório fez uma visita ao juiz, dr. Magalhães. Lá conheceu de vista uma lourinha delicada, olhos claros, acompanhada de uma senhora magra. A diferença entre a Marcela e a lourinha era gritante. A beleza da segunda saltava aos olhos: traços finos, rosto bem feito, tudo cheirando a perfeição. A conversa acabou, Paulo foi embora, e a curiosidade não se consumou. Não sabia sequer o nome da desconhecida. Capítulo 13 SURRA DE CHICOTE – Brito, um jornalista, começou a escrever artigos na Gazeta difamando Paulo Honório. Motivo: o narrador não quis doar-lhe dinheiro. Paulo muniu-se de um rebenque (pequeno chicote) e foi atrás do difamador. Pegou-no meio da rua, em frente ao jornal, e deu-lhe várias chicotadas, atraindo os transeuntes e a polícia. O jornalista conseguiu escapar, e Paulo foi parar na delegacia. Teve que gastar dinheiro com advogado, mas vinte e quatro horas depois estava livre: podia voltar para a fazenda. AMIZADE COM DONA GLÓRIA – Na viagem de trem para Viçosa, Paulo Honório conheceu dona Glória, tia de Madalena. A conversa girou em torno de fazenda, cidade, salário de professores, criação de galinhas. Paulo sustentou a teoria de que criar galinhas era negócio rendoso. Capítulo 14 MISSÃO DE GONDIM – Na estação de Viçosa, Paulo Honório conheceu pessoalmente Madalena. Fez-lhe elogios e convidou-a para visitar a fazenda São Bernardo. As duas (tia e sobrinha) não aceitaram, mas Paulo insistiu. No hotel, enquanto jantava, o narrador deu a

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IDÉIAS SUBVERSIVAS – Padilha foi flagrado por Paulo Honório pregando idéias subversivas a Marciano e a Casimiro Lopes. “– Um roubo. É o que tem sido demonstrado categoricamente pelos filósofos e vem nos livros. Vejam: mais de uma légua de terra, casas, mata, açude, gado, tudo de um homem. Não está certo.” Paulo Honório ameaçou demiti-los, humilhou-os, pregou sermões, e tudo voltou ao normal. IDÉIA ESCORREGADIA DE CASAMENTO – Entre um problema e outro, a composição de uma mulher ideal ia sendo adiada. O narrador chega a delinear nomes (uma Mendonça, a Gama, a irmã do Gondim, dona Marcela do dr. Magalhães). Concentrou-se na última, mas reprovava a tinta no rosto e o excesso de esses na conversa. Capítulo 12 LOURINHA MISTERIOSA – Com dona Marcela na cabeça, Paulo Honório fez uma visita ao juiz, dr. Magalhães. Lá conheceu de vista uma lourinha delicada, olhos claros, acompanhada de uma senhora magra. A diferença entre a Marcela e a lourinha era gritante. A beleza da segunda saltava aos olhos: traços finos, rosto bem feito, tudo cheirando a perfeição. A conversa acabou, Paulo foi embora, e a curiosidade não se consumou. Não sabia sequer o nome da desconhecida. Capítulo 13 SURRA DE CHICOTE – Brito, um jornalista, começou a escrever artigos na Gazeta difamando Paulo Honório. Motivo: o narrador não quis doar-lhe dinheiro. Paulo muniu-se de um rebenque (pequeno chicote) e foi atrás do difamador. Pegou-no meio da rua, em frente ao jornal, e deu-lhe várias chicotadas, atraindo os transeuntes e a polícia. O jornalista conseguiu escapar, e Paulo foi parar na delegacia. Teve que gastar dinheiro com advogado, mas vinte e quatro horas depois estava livre: podia voltar para a fazenda. AMIZADE COM DONA GLÓRIA – Na viagem de trem para Viçosa, Paulo Honório conheceu dona Glória, tia de Madalena. A conversa girou em torno de fazenda, cidade, salário de professores, criação de galinhas. Paulo sustentou a teoria de que criar galinhas era negócio rendoso. Capítulo 14 MISSÃO DE GONDIM – Na estação de Viçosa, Paulo Honório conheceu pessoalmente Madalena. Fez-lhe elogios e convidou-a para visitar a fazenda São Bernardo. As duas (tia e sobrinha) não aceitaram, mas Paulo insistiu. No hotel, enquanto jantava, o narrador deu a

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Gondim uma missão: sondar Madalena sobre a possibilidade de ela largar o emprego na cidade e tornar-se professora na fazenda, em lugar do Padilha. Capítulo 15 PROPOSTA DE CASAMENTO – Umas três semanas depois que se conheceram formalmente, Paulo Honório fez a Madalena uma proposta de casamento. Ela alegou que os dois pouco se conheciam, sem contar com as diferenças (ele já completara 45; ela, 27 anos). Paulo não se deixou abater: com um pouco de boa vontade, em duas semanas estariam na igreja. VANTAGENS PARA MADALENA – Educadamente, Madalena expôs a Paulo Honório o que achava da proposta. “– O seu oferecimento é vantajoso para mim, seu Paulo Honório, murmurou Madalena. Muito vantajoso. Mas é preciso refletir. De qualquer maneira, estou agradecida ao senhor, ouviu? A verdade é que sou pobre como Job, entende?” Capítulo 16 PRESSA DE PAULO HONÓRIO – Paulo Honório demonstrava pressa, queria casar-se logo. As pessoas conhecidas comentavam a união dos dois, mesmo sem nada acertado. Madalena, cautelosa, confessou-lhe que não sentia amor. “– Ora essa! Se a senhora dissesse que sentia isso, eu não acreditava. E não gosto de gente que se apaixona e toma resoluções às cegas. Especialmente uma resolução como esta. Vamos marcar o dia. Estavam acertados: casar-se-iam dali a uma semana. Paulo Honório deu a notícia a dona Glória. Ela começou a chorar. Capítulo 17 ENFIM, CASADOS – O casamento aconteceu na capela de São Bernardo. Casou-os o padre Silvestre. Uma semana depois, Paulo Honório estava assustado com Madalena: ela já enjoara o Padilha, metera-se no escritório, andara pelo algodoal e já exigia providências do marido para casos que ela considerava de injustiça. CASO DO MESTRE CAETANO – Madalena descobriu que a família de mestre Caetano sofria privações. Paulo Honório, ao ouvir a reclamação da esposa, colocou a culpa no próprio empregado, mas terminou autorizando que a família fosse remediada.

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Gondim uma missão: sondar Madalena sobre a possibilidade de ela largar o emprego na cidade e tornar-se professora na fazenda, em lugar do Padilha. Capítulo 15 PROPOSTA DE CASAMENTO – Umas três semanas depois que se conheceram formalmente, Paulo Honório fez a Madalena uma proposta de casamento. Ela alegou que os dois pouco se conheciam, sem contar com as diferenças (ele já completara 45; ela, 27 anos). Paulo não se deixou abater: com um pouco de boa vontade, em duas semanas estariam na igreja. VANTAGENS PARA MADALENA – Educadamente, Madalena expôs a Paulo Honório o que achava da proposta. “– O seu oferecimento é vantajoso para mim, seu Paulo Honório, murmurou Madalena. Muito vantajoso. Mas é preciso refletir. De qualquer maneira, estou agradecida ao senhor, ouviu? A verdade é que sou pobre como Job, entende?” Capítulo 16 PRESSA DE PAULO HONÓRIO – Paulo Honório demonstrava pressa, queria casar-se logo. As pessoas conhecidas comentavam a união dos dois, mesmo sem nada acertado. Madalena, cautelosa, confessou-lhe que não sentia amor. “– Ora essa! Se a senhora dissesse que sentia isso, eu não acreditava. E não gosto de gente que se apaixona e toma resoluções às cegas. Especialmente uma resolução como esta. Vamos marcar o dia. Estavam acertados: casar-se-iam dali a uma semana. Paulo Honório deu a notícia a dona Glória. Ela começou a chorar. Capítulo 17 ENFIM, CASADOS – O casamento aconteceu na capela de São Bernardo. Casou-os o padre Silvestre. Uma semana depois, Paulo Honório estava assustado com Madalena: ela já enjoara o Padilha, metera-se no escritório, andara pelo algodoal e já exigia providências do marido para casos que ela considerava de injustiça. CASO DO MESTRE CAETANO – Madalena descobriu que a família de mestre Caetano sofria privações. Paulo Honório, ao ouvir a reclamação da esposa, colocou a culpa no próprio empregado, mas terminou autorizando que a família fosse remediada.

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Capítulo 18 BATE-BOCA OITO DIAS DEPOIS DE CASADOS – Aconteceu durante o jantar, oito dias depois do casamento. Madalena disse que o salário de seu Ribeiro era pouco. Paulo protestou, e dona Glória emitiu opinião, concordando com a sobrinha. Foi a gota d’água. O narrador disse palavras pesadas às duas e levantou-se. Capítulo 19 CONFUSÕES MENTAIS – Neste capítulo, o narrador começa a mostrar que realidade e fantasia, presente e passado misturam-se na sua memória. Mestre Caetano já morreu, mas Paulo Honório manda-o trabalhar. Madalena aparece e desaparece, numa confusão de imagens que perturba o narrador. O pio da coruja de agora confunde-se com o pio de há dois anos. A imagem de Casimiro Lopes assomando à janela de quando em quando é confusa: seria realidade ou fantasia? Capítulo 20 CRONOLOGIA RETOMADA – O narrador retoma a história contando o que se passou depois da discussão na hora do jantar. Madalena foi ter com ele, pediu-lhe desculpas, e tudo ficou em paz. ORIGEM DA RIQUEZA – Paulo Honório conta a Madalena como tudo começou. Toda a sua riqueza provém de cem mil réis que o ladrão do Pereira lhe emprestou a juros de cinco por cento ao mês. DESCULPAS A DONA GLÓRIA – Madalena, a pedido do narrador, encarrega-se de pedir desculpas à dona Glória. Depois disso, passaram um mês em perfeita harmonia. Madalena insistiu em trabalhar. “– Faça a correspondência. Quer ordenado. Perfeitamente, depois combinaremos isso. Seu Ribeiro que lhe abra uma conta.” Capítulo 21 SURRA EM MARCIANO – Logo depois que se espantou diante da fatura de material de apoio para a escola, pedido por Madalena, Paulo Honório foi ter ao estábulo e notou que os animais estavam sem comida. A culpa era de Marciano. Foi encontrar o moleque em prosa com o Padilha. A agressão foi inevitável. Vários tapas seguidos de quedas, e Marciano saiu sangrando e trocando as pernas. Padilha, amedrontado, tratou de defender-se.

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Capítulo 18 BATE-BOCA OITO DIAS DEPOIS DE CASADOS – Aconteceu durante o jantar, oito dias depois do casamento. Madalena disse que o salário de seu Ribeiro era pouco. Paulo protestou, e dona Glória emitiu opinião, concordando com a sobrinha. Foi a gota d’água. O narrador disse palavras pesadas às duas e levantou-se. Capítulo 19 CONFUSÕES MENTAIS – Neste capítulo, o narrador começa a mostrar que realidade e fantasia, presente e passado misturam-se na sua memória. Mestre Caetano já morreu, mas Paulo Honório manda-o trabalhar. Madalena aparece e desaparece, numa confusão de imagens que perturba o narrador. O pio da coruja de agora confunde-se com o pio de há dois anos. A imagem de Casimiro Lopes assomando à janela de quando em quando é confusa: seria realidade ou fantasia? Capítulo 20 CRONOLOGIA RETOMADA – O narrador retoma a história contando o que se passou depois da discussão na hora do jantar. Madalena foi ter com ele, pediu-lhe desculpas, e tudo ficou em paz. ORIGEM DA RIQUEZA – Paulo Honório conta a Madalena como tudo começou. Toda a sua riqueza provém de cem mil réis que o ladrão do Pereira lhe emprestou a juros de cinco por cento ao mês. DESCULPAS A DONA GLÓRIA – Madalena, a pedido do narrador, encarrega-se de pedir desculpas à dona Glória. Depois disso, passaram um mês em perfeita harmonia. Madalena insistiu em trabalhar. “– Faça a correspondência. Quer ordenado. Perfeitamente, depois combinaremos isso. Seu Ribeiro que lhe abra uma conta.” Capítulo 21 SURRA EM MARCIANO – Logo depois que se espantou diante da fatura de material de apoio para a escola, pedido por Madalena, Paulo Honório foi ter ao estábulo e notou que os animais estavam sem comida. A culpa era de Marciano. Foi encontrar o moleque em prosa com o Padilha. A agressão foi inevitável. Vários tapas seguidos de quedas, e Marciano saiu sangrando e trocando as pernas. Padilha, amedrontado, tratou de defender-se.

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FÚRIA DE MADALENA – Madalena saiu-se em defesa de Marciano, questionando o comportamento do marido. Ele tentou explicar-lhe que aquilo era normal: Marciano não era gente, era um molambo. Os sopapos eram necessários para que ele cumprisse as obrigações. “– Mas é uma crueldade. Para que fez aquilo?” “– Fiz aquilo porque achei que devia fazer aquilo. E não estou habituado a justificar-me, está ouvindo? Era o que faltava. Grande acontecimento, três ou quatro muxicões num cabra. Que diabo tem você com Marciano para estar tão parida por ele?” Capítulo 22 GUERRA DECLARADA A DONA GLÓRIA – As relações entre dona Glória e Paulo Honório pioraram. O narrador cismou que a tia de Madalena atrapalhava seu Ribeiro no escritório. Mandou pregar um cartaz proibindo a entrada de pessoas estranhas. Madalena tentou explicar por que dona Glória se comportava assim, tentando ajudar aqui e ali. Contou ao marido a vida sofrida que as duas tiveram que levar em função da pobreza extrema. GRAVIDEZ DE MADALENA – Neste capítulo, fica-se sabendo que Madalena está grávida. Por conta da gravidez, ela diz coisas desagradáveis ao marido, e ele finge não compreender. Não quer contrariá-la. Capítulo 23 INSATISFAÇÃO – Paulo Honório estava insatisfeito. Tudo o irritava. Qualquer coisa errada, e a culpa era de Madalena. Achava que a esposa andava desperdiçando dinheiro, gastando à toa. Dentro de casa, nada lhe dava prazer. Fora dela, achava que Madalena, Padilha e dona Glória reuniam-se para falar mal dele. PENSAMENTOS DESAGRADÁVEIS – Paulo Honório, na varanda da fazenda, mantém-se afastado do grupo (Madalena, Padilha, dona Glória, seu Ribeiro). Pensa na pedreira. Estava parada, mas mestre Caetano, doente, continuava a receber dinheiro e rancho enviados por Madalena. Desperdício. NASCEU O FILHO – Madalena deu à luz um menino; o narrador, porém, não deu importância ao acontecimento. A informação aparece no fim deste capítulo, quase por acaso.

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FÚRIA DE MADALENA – Madalena saiu-se em defesa de Marciano, questionando o comportamento do marido. Ele tentou explicar-lhe que aquilo era normal: Marciano não era gente, era um molambo. Os sopapos eram necessários para que ele cumprisse as obrigações. “– Mas é uma crueldade. Para que fez aquilo?” “– Fiz aquilo porque achei que devia fazer aquilo. E não estou habituado a justificar-me, está ouvindo? Era o que faltava. Grande acontecimento, três ou quatro muxicões num cabra. Que diabo tem você com Marciano para estar tão parida por ele?” Capítulo 22 GUERRA DECLARADA A DONA GLÓRIA – As relações entre dona Glória e Paulo Honório pioraram. O narrador cismou que a tia de Madalena atrapalhava seu Ribeiro no escritório. Mandou pregar um cartaz proibindo a entrada de pessoas estranhas. Madalena tentou explicar por que dona Glória se comportava assim, tentando ajudar aqui e ali. Contou ao marido a vida sofrida que as duas tiveram que levar em função da pobreza extrema. GRAVIDEZ DE MADALENA – Neste capítulo, fica-se sabendo que Madalena está grávida. Por conta da gravidez, ela diz coisas desagradáveis ao marido, e ele finge não compreender. Não quer contrariá-la. Capítulo 23 INSATISFAÇÃO – Paulo Honório estava insatisfeito. Tudo o irritava. Qualquer coisa errada, e a culpa era de Madalena. Achava que a esposa andava desperdiçando dinheiro, gastando à toa. Dentro de casa, nada lhe dava prazer. Fora dela, achava que Madalena, Padilha e dona Glória reuniam-se para falar mal dele. PENSAMENTOS DESAGRADÁVEIS – Paulo Honório, na varanda da fazenda, mantém-se afastado do grupo (Madalena, Padilha, dona Glória, seu Ribeiro). Pensa na pedreira. Estava parada, mas mestre Caetano, doente, continuava a receber dinheiro e rancho enviados por Madalena. Desperdício. NASCEU O FILHO – Madalena deu à luz um menino; o narrador, porém, não deu importância ao acontecimento. A informação aparece no fim deste capítulo, quase por acaso.

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Capítulo 24 DOIS ANOS DE CASAMENTO – Paulo Honório e Madalena estavam casados há dois anos. Por isso, vieram padre Silvestre, João Nogueira e Azevedo Gondim para jantar com o casal. A essa altura, por causa de umas coisas ditas por Padilha, o narrador andava com umas suspeitas sobre Madalena. MADALENA COMUNISTA – Durante o jantar, o assunto político aflorou, e as discussões ficaram calorosas. Padre Silvestre tinha idéias revolucionárias; Padilha e Madalena mostravam traços comunistas; Paulo Honório limitava-se a ouvir. De repente, uma idéia invadiu-lhe a mente: Madalena era comunista. Isso mesmo. Ele ia construindo, e ela desmanchando. No momento, pareceu-lhe que ela não tinha religião: era materialista. Além de comunista, materialista. Capítulo 25 CIÚMES – Paulo Honório começou a sentir ciúmes de Madalena. Por isso, afastou Padilha da casa grande, prendendo-o na escola: lá comia, dormia, vivia. Ficou quatro meses sem receber o ordenado: era a vingança do narrador. PRIMEIRO SUSPEITO: JOÃO NOGUEIRA – A suspeita surgiu na noite do jantar, aquela dos dois anos de casamento. Paulo Honório viu que, pela janela, Madalena sorria para João Nogueira. SEGUNDO SUSPEITO: PADILHA – Mentalmente, o narrador vai considerando-se traído. No seu modo de ver, Madalena era muito íntima do Padilha. TERCEIRO SUSPEITO: GONDIM – Antes de se casar, Madalena e Gondim pareciam unha e carne. Casou-se, mas continuou colaborando com o jornal de Gondim. O FILHO – O menino engatinhava, meio abandonado pelos pais. Era magro, tinha cabelos louros como os da mãe, os olhos claros e o nariz chato. Não havia nele sinais do narrador, nem de outro homem. Chorava muito, era feio e tinha braços e pernas finas. A única pessoa a se interessar por ele é Casimiro Lopes. Capítulo 26 DE MAL A PIOR – Os ciúmes de Paulo Honório iam levando-o à loucura. Desconfiava de tudo e de todos. Deu para mexer nas coisas da esposa, na correspondência, à procura de provas.

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Capítulo 24 DOIS ANOS DE CASAMENTO – Paulo Honório e Madalena estavam casados há dois anos. Por isso, vieram padre Silvestre, João Nogueira e Azevedo Gondim para jantar com o casal. A essa altura, por causa de umas coisas ditas por Padilha, o narrador andava com umas suspeitas sobre Madalena. MADALENA COMUNISTA – Durante o jantar, o assunto político aflorou, e as discussões ficaram calorosas. Padre Silvestre tinha idéias revolucionárias; Padilha e Madalena mostravam traços comunistas; Paulo Honório limitava-se a ouvir. De repente, uma idéia invadiu-lhe a mente: Madalena era comunista. Isso mesmo. Ele ia construindo, e ela desmanchando. No momento, pareceu-lhe que ela não tinha religião: era materialista. Além de comunista, materialista. Capítulo 25 CIÚMES – Paulo Honório começou a sentir ciúmes de Madalena. Por isso, afastou Padilha da casa grande, prendendo-o na escola: lá comia, dormia, vivia. Ficou quatro meses sem receber o ordenado: era a vingança do narrador. PRIMEIRO SUSPEITO: JOÃO NOGUEIRA – A suspeita surgiu na noite do jantar, aquela dos dois anos de casamento. Paulo Honório viu que, pela janela, Madalena sorria para João Nogueira. SEGUNDO SUSPEITO: PADILHA – Mentalmente, o narrador vai considerando-se traído. No seu modo de ver, Madalena era muito íntima do Padilha. TERCEIRO SUSPEITO: GONDIM – Antes de se casar, Madalena e Gondim pareciam unha e carne. Casou-se, mas continuou colaborando com o jornal de Gondim. O FILHO – O menino engatinhava, meio abandonado pelos pais. Era magro, tinha cabelos louros como os da mãe, os olhos claros e o nariz chato. Não havia nele sinais do narrador, nem de outro homem. Chorava muito, era feio e tinha braços e pernas finas. A única pessoa a se interessar por ele é Casimiro Lopes. Capítulo 26 DE MAL A PIOR – Os ciúmes de Paulo Honório iam levando-o à loucura. Desconfiava de tudo e de todos. Deu para mexer nas coisas da esposa, na correspondência, à procura de provas.

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TROCA DE PALAVRÕES – Discussão feia aconteceu quando Paulo Honório quis que Madalena lhe mostrasse uma carta que estava escrevendo a Azevedo Gondim. Ela se recusou, ele tentou tomar-lhe o papel, xingando-a de perua, galinha, cachorra. Ela respondia no mesmo tom: canalha, miserável, assassino. Dona Glória interveio e foi mandada à puta que a pariu; saiu chorando. OBSESSÃO PELAS MÃOS – A essa altura, o narrador vive depreciando-se: julga-se velho, feio, sujo, com barba por fazer. O oposto de Madalena: delicada, frágil, intelectual. Preocupam-no as próprias mãos: muito grandes, grossas, calosas, impróprias para acariciar uma fêmea. Capítulo 27 AMEAÇAS AO PADILHA – No outro dia, cabeça no lugar, Paulo estava arrependido. Mas que isso: convicto de que Madalena era honesta. A culpa era do Padilha. Convinha despedi-lo. Não foi fácil. O mestre-escola defendeu-se, alegou que nada contara a Madalena sobre o passado do narrador, exceto sobre a morte do Mendonça, mas coisas que todos comentavam. A conversa terminou com uma frase que ficou martelando no cérebro do narrador: “O senhor conhece a mulher que possui.” Capítulo 28 DÚVIDAS – O narrador atribui todo o seu sofrimento (também o de Madalena) à dúvida. Madalena era ou não honesta? Traía ou não traía? Se tivesse certeza de sua honestidade, cobri-la-ia de presentes e atenção, deixá-la-ei fazer todas as caridades que quisesse. Se soubesse que era adúltera, matá-la-ia. Melhor: abandoná-la-ia à própria sorte. Capítulo 29 QUASE MALUCO – Paulo Honório chegou quase à loucura. Até padre Silvestre, quando foi visitá-lo, entrou no rol dos amantes de Madalena. Tinha sonhos e visões, desconfiava de todos, até dos peões, dos trabalhadores braçais. Achava que dona Glória era alcoviteira. Capítulo 30 TIROS NA NOITE – O narrador praticamente não dormia. Ouvia passos no jardim, assobios ao longe: seriam sinais combinados com Madalena? E lá ia um tiro no meio da noite, assustando os moradores e deixando Madalena em pânico e em choro.

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TROCA DE PALAVRÕES – Discussão feia aconteceu quando Paulo Honório quis que Madalena lhe mostrasse uma carta que estava escrevendo a Azevedo Gondim. Ela se recusou, ele tentou tomar-lhe o papel, xingando-a de perua, galinha, cachorra. Ela respondia no mesmo tom: canalha, miserável, assassino. Dona Glória interveio e foi mandada à puta que a pariu; saiu chorando. OBSESSÃO PELAS MÃOS – A essa altura, o narrador vive depreciando-se: julga-se velho, feio, sujo, com barba por fazer. O oposto de Madalena: delicada, frágil, intelectual. Preocupam-no as próprias mãos: muito grandes, grossas, calosas, impróprias para acariciar uma fêmea. Capítulo 27 AMEAÇAS AO PADILHA – No outro dia, cabeça no lugar, Paulo estava arrependido. Mas que isso: convicto de que Madalena era honesta. A culpa era do Padilha. Convinha despedi-lo. Não foi fácil. O mestre-escola defendeu-se, alegou que nada contara a Madalena sobre o passado do narrador, exceto sobre a morte do Mendonça, mas coisas que todos comentavam. A conversa terminou com uma frase que ficou martelando no cérebro do narrador: “O senhor conhece a mulher que possui.” Capítulo 28 DÚVIDAS – O narrador atribui todo o seu sofrimento (também o de Madalena) à dúvida. Madalena era ou não honesta? Traía ou não traía? Se tivesse certeza de sua honestidade, cobri-la-ia de presentes e atenção, deixá-la-ei fazer todas as caridades que quisesse. Se soubesse que era adúltera, matá-la-ia. Melhor: abandoná-la-ia à própria sorte. Capítulo 29 QUASE MALUCO – Paulo Honório chegou quase à loucura. Até padre Silvestre, quando foi visitá-lo, entrou no rol dos amantes de Madalena. Tinha sonhos e visões, desconfiava de todos, até dos peões, dos trabalhadores braçais. Achava que dona Glória era alcoviteira. Capítulo 30 TIROS NA NOITE – O narrador praticamente não dormia. Ouvia passos no jardim, assobios ao longe: seriam sinais combinados com Madalena? E lá ia um tiro no meio da noite, assustando os moradores e deixando Madalena em pânico e em choro.

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Capítulo 31 PEDAÇO DE UMA CARTA – Paulo Honório encontrou um papel no chão, provavelmente voara do escritório. A letra era de Madalena. Levou muito tempo para entender o escrito: era uma carta para um homem. Mas faltava a primeira parte. Era a prova de que Paulo precisava para se livrar da esposa-problema. ENCONTRO NA CAPELA – O narrador foi encontrar a consorte na saída da capela. Obrigou-a a entrar e, aos brados, quis saber da carta: escrevera para quem? Ela, sem perder a calma, explicou-lhe que a outra parte estava no escritório. Era só ir lá para conferir. Assegurou-lhe que não era coisa para se preocupar. PROPOSTA DE VIAGEM – Paulo Honório, mais calmo, propôs uma viagem depois da safra. Iriam ao Rio de Janeiro, depois a São Paulo. Madalena parecia não ouvi-lo. Falou de morte: se morresse de repente, que desse suas roupas à Rosa do Marciano, os livros ao Padilha, a seu Ribeiro e ao Gondim. DESPEDIDA À MEIA-NOITE – Enquanto Paulo pensava em viagem, o relógio anunciou meia-noite. Madalena despediu-se: “– Adeus, Paulo. Vou descansar.” “Voltou-se da porta:” “– Esqueça as raivas, Paulo.” MADALENA MORTA – Paulo Honório adormeceu na capela. Acordou já de manhã, corpo dolorido como se tivesse levado uma surra. Primeiro andou à toa, depois voltou para casa. Foi quando ouviu gritos horríveis no interior da residência. Correu para lá, e Madalena estava morta: suicidara-se durante a noite. A OUTRA PARTE DA CARTA – No desespero, o narrador foi ao escritório e encontrou sobre a mesa o envelope com a outra parte do escrito: era uma carta de despedida para Paulo Honório. Capítulo 32 DESPEDIDA DE DONA GLÓRIA – Dona Glória arrumou suas coisas e foi despedir-se de Paulo Honório. Apesar dos pedidos e das ameaças veladas, estava disposta a ir embora sem nada. Depois de muita insistência, Paulo conseguiu que aceitasse os salários atrasados de Madalena, condução até a cidade e uma pensão para o sustento mensal. DESPEDIDA DE SEU RIBEIRO – Dias depois da ida de dona Glória, seu Ribeiro demitiu-se. Paulo ainda tentou segurar-lhe em São Bernardo, mas em vão.

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Capítulo 31 PEDAÇO DE UMA CARTA – Paulo Honório encontrou um papel no chão, provavelmente voara do escritório. A letra era de Madalena. Levou muito tempo para entender o escrito: era uma carta para um homem. Mas faltava a primeira parte. Era a prova de que Paulo precisava para se livrar da esposa-problema. ENCONTRO NA CAPELA – O narrador foi encontrar a consorte na saída da capela. Obrigou-a a entrar e, aos brados, quis saber da carta: escrevera para quem? Ela, sem perder a calma, explicou-lhe que a outra parte estava no escritório. Era só ir lá para conferir. Assegurou-lhe que não era coisa para se preocupar. PROPOSTA DE VIAGEM – Paulo Honório, mais calmo, propôs uma viagem depois da safra. Iriam ao Rio de Janeiro, depois a São Paulo. Madalena parecia não ouvi-lo. Falou de morte: se morresse de repente, que desse suas roupas à Rosa do Marciano, os livros ao Padilha, a seu Ribeiro e ao Gondim. DESPEDIDA À MEIA-NOITE – Enquanto Paulo pensava em viagem, o relógio anunciou meia-noite. Madalena despediu-se: “– Adeus, Paulo. Vou descansar.” “Voltou-se da porta:” “– Esqueça as raivas, Paulo.” MADALENA MORTA – Paulo Honório adormeceu na capela. Acordou já de manhã, corpo dolorido como se tivesse levado uma surra. Primeiro andou à toa, depois voltou para casa. Foi quando ouviu gritos horríveis no interior da residência. Correu para lá, e Madalena estava morta: suicidara-se durante a noite. A OUTRA PARTE DA CARTA – No desespero, o narrador foi ao escritório e encontrou sobre a mesa o envelope com a outra parte do escrito: era uma carta de despedida para Paulo Honório. Capítulo 32 DESPEDIDA DE DONA GLÓRIA – Dona Glória arrumou suas coisas e foi despedir-se de Paulo Honório. Apesar dos pedidos e das ameaças veladas, estava disposta a ir embora sem nada. Depois de muita insistência, Paulo conseguiu que aceitasse os salários atrasados de Madalena, condução até a cidade e uma pensão para o sustento mensal. DESPEDIDA DE SEU RIBEIRO – Dias depois da ida de dona Glória, seu Ribeiro demitiu-se. Paulo ainda tentou segurar-lhe em São Bernardo, mas em vão.

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Capítulo 33 PADILHA E PADRE SILVESTRE: REVOLUCIONÁRIOS – Estourou a revolução. Paulo Honório colaborou com armas e homens. Padilha e padre Silvestre sumiram-se: incorporaram-se às tropas revolucionárias e conseguiram galões. Capítulo 34 PLANOS PARA O FILHO – Com a revolução, os inimigos de Paulo Honório ganharam importância. Padilha levou consigo uns dez ou doze caboclos que trabalhavam na fazenda. O narrador olhava para o filho, mas admitia que não gostava dele. Se continuasse franzino, colocá-lo-ia nos estudos para virar doutor. Se melhorasse de corpo, entregar-lhe-ia a serraria. NOTÍCIAS DA REVOLUÇÃO – O assunto em voga era a revolução. João Nogueira e Azevedo Gondim vinham semanalmente discutir política com Paulo Honório. Ele opinava, meio frouxo, pois o pensamento quase sempre estava em Madalena. Capítulo 35 TEMPOS RUINS – A revolução trouxe falência e quebradeira. Paulo Honório teve que desativar algumas atividades da fazenda. Os bancos fecharam-lhe as portas, as fábricas deixaram de adiantar-lhe dinheiro, passando a comprar fiado a safra de algodão. O narrador teve que vender o automóvel para honrar dívidas. Capítulo 36 DOIS ANOS SEM MADALENA – Dois anos depois da morte da esposa, Paulo Honório considera-se fracassado. Nem os amigos que vinham para discutir política aparecem mais. IDÉIA DO LIVRO – Sem os amigos e com corujas piando à noite, veio a idéia de escrever o livro. As primeiras tentativas fracassaram. Sozinho, Paulo Honório vai enfrentando as dificuldades da nova profissão: fazendeiro-escritor. CINQÜENTA ANOS PERDIDOS – Paulo Honório considera-se velho. Acha que gastou a vida a maltratar a si e aos outros. Toda uma vida de sacrifícios em prol de nada. Os principais projetos da fazenda estão abandonados. As cercas dos vizinhos vão engolindo as terras de São Bernardo.

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Capítulo 33 PADILHA E PADRE SILVESTRE: REVOLUCIONÁRIOS – Estourou a revolução. Paulo Honório colaborou com armas e homens. Padilha e padre Silvestre sumiram-se: incorporaram-se às tropas revolucionárias e conseguiram galões. Capítulo 34 PLANOS PARA O FILHO – Com a revolução, os inimigos de Paulo Honório ganharam importância. Padilha levou consigo uns dez ou doze caboclos que trabalhavam na fazenda. O narrador olhava para o filho, mas admitia que não gostava dele. Se continuasse franzino, colocá-lo-ia nos estudos para virar doutor. Se melhorasse de corpo, entregar-lhe-ia a serraria. NOTÍCIAS DA REVOLUÇÃO – O assunto em voga era a revolução. João Nogueira e Azevedo Gondim vinham semanalmente discutir política com Paulo Honório. Ele opinava, meio frouxo, pois o pensamento quase sempre estava em Madalena. Capítulo 35 TEMPOS RUINS – A revolução trouxe falência e quebradeira. Paulo Honório teve que desativar algumas atividades da fazenda. Os bancos fecharam-lhe as portas, as fábricas deixaram de adiantar-lhe dinheiro, passando a comprar fiado a safra de algodão. O narrador teve que vender o automóvel para honrar dívidas. Capítulo 36 DOIS ANOS SEM MADALENA – Dois anos depois da morte da esposa, Paulo Honório considera-se fracassado. Nem os amigos que vinham para discutir política aparecem mais. IDÉIA DO LIVRO – Sem os amigos e com corujas piando à noite, veio a idéia de escrever o livro. As primeiras tentativas fracassaram. Sozinho, Paulo Honório vai enfrentando as dificuldades da nova profissão: fazendeiro-escritor. CINQÜENTA ANOS PERDIDOS – Paulo Honório considera-se velho. Acha que gastou a vida a maltratar a si e aos outros. Toda uma vida de sacrifícios em prol de nada. Os principais projetos da fazenda estão abandonados. As cercas dos vizinhos vão engolindo as terras de São Bernardo.

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RECONSTRUÇÃO PARA QUÊ? – Paulo pensa que seria possível reconstruir tudo. Mas faltaria Madalena para humanizar suas atitudes. CASA DESERTA – À noite, Paulo Honório não consegue dormir. O pensamento está em Madalena. Falta a casa ruídos de pessoas: todos foram embora. E se fosse possível recomeçar? O narrador não se engana: aconteceria tudo outra vez. Ele não consegue modificar-se. E esse é o seu maior tormento. CULPA DA PROFISSÃO – Paulo Honório atribui o egoísmo e a brutalidade que o caracterizam à profissão. “Creio que nem sempre fui egoísta e brutal. A profissão é que me deu qualidades tão ruins. E a desconfiança terrível que me aponta inimigos em toda a parte! A desconfiança é também conseqüência da profissão. Foi este modo de vida que me inutilizou. Sou um aleijado. Devo ter um coração miúdo, lacunas no cérebro, nervos diferentes dos nervos dos outros homens. E um nariz enorme, uma boca enorme, dedos enormes.” TESTES 1 01. Para compor o livro, Paulo Honório cercou-se de colaboradores porque achava que não possuía instrução suficiente para a tarefa. Relacione, a seguir, o nome de cada colaborador ao papel que iria desempenhar na composição da obra. a) Padre Silvestre b) João Nogueira c) Arquimedes d) Azevedo Gondim 1. ( ) Informações jornalísticas. 2. ( ) Correção gramatical. 3. ( ) Composição tipográfica. 4. ( ) Parte moral da história e as citações latinas. 02. O autor confessa que não conheceu pai nem mãe. Da infância e da adolescência, lembra-se de um cego, da velha Margarida, de Germana, de João Fagundes e de Joaquim Sapateiro. Relacione-os corretamente. a) Cego b) Margarida c) Germana d) João Fagundes e) Joaquim Sapateiro

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RECONSTRUÇÃO PARA QUÊ? – Paulo pensa que seria possível reconstruir tudo. Mas faltaria Madalena para humanizar suas atitudes. CASA DESERTA – À noite, Paulo Honório não consegue dormir. O pensamento está em Madalena. Falta a casa ruídos de pessoas: todos foram embora. E se fosse possível recomeçar? O narrador não se engana: aconteceria tudo outra vez. Ele não consegue modificar-se. E esse é o seu maior tormento. CULPA DA PROFISSÃO – Paulo Honório atribui o egoísmo e a brutalidade que o caracterizam à profissão. “Creio que nem sempre fui egoísta e brutal. A profissão é que me deu qualidades tão ruins. E a desconfiança terrível que me aponta inimigos em toda a parte! A desconfiança é também conseqüência da profissão. Foi este modo de vida que me inutilizou. Sou um aleijado. Devo ter um coração miúdo, lacunas no cérebro, nervos diferentes dos nervos dos outros homens. E um nariz enorme, uma boca enorme, dedos enormes.” TESTES 1 01. Para compor o livro, Paulo Honório cercou-se de colaboradores porque achava que não possuía instrução suficiente para a tarefa. Relacione, a seguir, o nome de cada colaborador ao papel que iria desempenhar na composição da obra. a) Padre Silvestre b) João Nogueira c) Arquimedes d) Azevedo Gondim 1. ( ) Informações jornalísticas. 2. ( ) Correção gramatical. 3. ( ) Composição tipográfica. 4. ( ) Parte moral da história e as citações latinas. 02. O autor confessa que não conheceu pai nem mãe. Da infância e da adolescência, lembra-se de um cego, da velha Margarida, de Germana, de João Fagundes e de Joaquim Sapateiro. Relacione-os corretamente. a) Cego b) Margarida c) Germana d) João Fagundes e) Joaquim Sapateiro

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1. ( ) Primeira namorada de Paulo Honório; “cabritinha sarará dana-damente assanhada”. 2. ( ) Motivado pelo ciúme, o narrador esfaqueou-o, indo parar na cadeia por três anos, nove meses e quinze dias. 3. ( ) Vendia doces; foi quem criou Paulo Honório. Quando enriqueceu, o narrador tentou recompensá-la, dando-lhe um lugar limpo para morar. 4. ( ) Castigava o narrador, puxando-lhe as orelhas. 5. ( ) Com ele, na prisão, Paulo Honório aprendeu a ler e a escrever. 03. Depois que saiu da cadeia, Paulo Honório: a) Casou-se com Madalena; juntos, adquiriram a fazenda São Bernardo. b) Tornou-se mascate e boiadeiro: negociava com com redes, gado, imagens, rosários, miudezas... c) Tornou-se agiota: emprestava dinheiro a juros, explorando a boa-fé dos sertanejos ingênuos. d) Ingressou na política; depois de alguns mandatos, comprou a fazenda São Bernardo. e) Montou um jornal em Viçosa, interior de Alagoas. Com o tempo, juntou dinheiro e tornou-se fazendeiro. 04. Em 1933, Graciliano Ramos publicou seu primeiro romance, no Rio de Janeiro, retratando a vida simples do interior de Alagoas. a) São Bernardo b) Angústia c) Vidas Secas d) Caetés e) Memórias do Cárcere 05. As principais obras de Graciliano Ramos (São Bernardo, Angústia e Vidas Secas) têm em comum: a) a presença de um “realismo crítico”, com apresentação de heróis que receberam da crítica especializada a pecha de “herói-problema”: não aceita o mundo, nem os outros, nem a si mesmo. b) a tendência para a autobiografia, retratando a vida do autor quando menino, no engenho do avô. c) uma linguagem com excesso de adjetivos, dando ao texto escrito um aspecto poético. d) a tendência para retratar o drama do homem citadino, oprimido pelo excesso de afazeres que a sociedade moderna lhe impõe. e) o enfoque dos problemas sociais em tom futurista, prevendo o que iria acontecer no Brasil do século XXI.

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1. ( ) Primeira namorada de Paulo Honório; “cabritinha sarará dana-damente assanhada”. 2. ( ) Motivado pelo ciúme, o narrador esfaqueou-o, indo parar na cadeia por três anos, nove meses e quinze dias. 3. ( ) Vendia doces; foi quem criou Paulo Honório. Quando enriqueceu, o narrador tentou recompensá-la, dando-lhe um lugar limpo para morar. 4. ( ) Castigava o narrador, puxando-lhe as orelhas. 5. ( ) Com ele, na prisão, Paulo Honório aprendeu a ler e a escrever. 03. Depois que saiu da cadeia, Paulo Honório: a) Casou-se com Madalena; juntos, adquiriram a fazenda São Bernardo. b) Tornou-se mascate e boiadeiro: negociava com com redes, gado, imagens, rosários, miudezas... c) Tornou-se agiota: emprestava dinheiro a juros, explorando a boa-fé dos sertanejos ingênuos. d) Ingressou na política; depois de alguns mandatos, comprou a fazenda São Bernardo. e) Montou um jornal em Viçosa, interior de Alagoas. Com o tempo, juntou dinheiro e tornou-se fazendeiro. 04. Em 1933, Graciliano Ramos publicou seu primeiro romance, no Rio de Janeiro, retratando a vida simples do interior de Alagoas. a) São Bernardo b) Angústia c) Vidas Secas d) Caetés e) Memórias do Cárcere 05. As principais obras de Graciliano Ramos (São Bernardo, Angústia e Vidas Secas) têm em comum: a) a presença de um “realismo crítico”, com apresentação de heróis que receberam da crítica especializada a pecha de “herói-problema”: não aceita o mundo, nem os outros, nem a si mesmo. b) a tendência para a autobiografia, retratando a vida do autor quando menino, no engenho do avô. c) uma linguagem com excesso de adjetivos, dando ao texto escrito um aspecto poético. d) a tendência para retratar o drama do homem citadino, oprimido pelo excesso de afazeres que a sociedade moderna lhe impõe. e) o enfoque dos problemas sociais em tom futurista, prevendo o que iria acontecer no Brasil do século XXI.

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TESTES 2 01. Desde que saiu da cadeia, Paulo Honório trabalhou com um único objetivo: juntar dinheiro e comprar as terras de São Bernardo – fazenda localizada no município de Viçosa, Alagoas, terra natal do narrador. A transação para aquisição da propriedade: a) foi feita com lisura: Paulo Honório pagou a Padilha um valor que correspondia à realidade do mercado de imóveis. b) foi feita sob ameaças: Padilha assinou a escritura, vendendo a propriedade por um valor irrisório se comparado à realidade do mercado de imóveis. c) foi feita com a presença de testemunhas: Paulo Honório não queria prejudicar Padilha – pagou-lhe um preço justo pela propriedade. d) foi realizada amigavelmente: Padilha ofereceu a fazenda a Paulo Honório que, depois de regatear no preço, pagou ao herdeiro o valor merecido. e) foi intermediada pelo juiz da comarca, Dr. Magalhães. Com essa atitude, Paulo Honório queria mostrar o seu lado honesto. 02. Depois de adquirir São Bernardo, Paulo Honório indispôs-se com os vizinhos (o Mendonça, o Fidélis, os Gama e o dr. Magalhães). A seguir, relacione os nomes ao que lhes aconteceu. a) Mendonça b) Fidélis c) os Gama d) Dr. Magalhães 1. ( ) Era paralítico de um braço; teve as terras invadidas por Paulo Honório, mas não criou confusão. 2. ( ) Os proprietários estudavam Direito em Recife; Paulo Honório invadiu-lhes as terras sem derramamento de sangue. 3. ( ) Com a morte do vizinho, Paulo Honório derrubou a cerca velha e levou-a para além do ponto devido. 4. ( ) Teve o engenho respeitado – Paulo Honório não lhe invadiu as terras. 03. Identifique a personagem. Era alto, magro, curvado, amarelo, de suíças. Tinha setenta anos. Paulo Honório encontrou-o em Maceió, trabalhando na Gazeta. Simpatizou com ele e levou-o para São Bernardo para ser guarda-livros. No passado, quando moço, fora muito feliz. a) Casimiro Lopes b) Mestre Caetano c) Marciano d) Seu Ribeiro e) Luís Padilha

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TESTES 2 01. Desde que saiu da cadeia, Paulo Honório trabalhou com um único objetivo: juntar dinheiro e comprar as terras de São Bernardo – fazenda localizada no município de Viçosa, Alagoas, terra natal do narrador. A transação para aquisição da propriedade: a) foi feita com lisura: Paulo Honório pagou a Padilha um valor que correspondia à realidade do mercado de imóveis. b) foi feita sob ameaças: Padilha assinou a escritura, vendendo a propriedade por um valor irrisório se comparado à realidade do mercado de imóveis. c) foi feita com a presença de testemunhas: Paulo Honório não queria prejudicar Padilha – pagou-lhe um preço justo pela propriedade. d) foi realizada amigavelmente: Padilha ofereceu a fazenda a Paulo Honório que, depois de regatear no preço, pagou ao herdeiro o valor merecido. e) foi intermediada pelo juiz da comarca, Dr. Magalhães. Com essa atitude, Paulo Honório queria mostrar o seu lado honesto. 02. Depois de adquirir São Bernardo, Paulo Honório indispôs-se com os vizinhos (o Mendonça, o Fidélis, os Gama e o dr. Magalhães). A seguir, relacione os nomes ao que lhes aconteceu. a) Mendonça b) Fidélis c) os Gama d) Dr. Magalhães 1. ( ) Era paralítico de um braço; teve as terras invadidas por Paulo Honório, mas não criou confusão. 2. ( ) Os proprietários estudavam Direito em Recife; Paulo Honório invadiu-lhes as terras sem derramamento de sangue. 3. ( ) Com a morte do vizinho, Paulo Honório derrubou a cerca velha e levou-a para além do ponto devido. 4. ( ) Teve o engenho respeitado – Paulo Honório não lhe invadiu as terras. 03. Identifique a personagem. Era alto, magro, curvado, amarelo, de suíças. Tinha setenta anos. Paulo Honório encontrou-o em Maceió, trabalhando na Gazeta. Simpatizou com ele e levou-o para São Bernardo para ser guarda-livros. No passado, quando moço, fora muito feliz. a) Casimiro Lopes b) Mestre Caetano c) Marciano d) Seu Ribeiro e) Luís Padilha

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04. Faça opção pela informação errada sobre Paulo Honório. a) É narrador onisciente. b) É construído pelo autor para o ser o símbolo do capitalismo: caracteriza-se pelo obsessivo desejo de possuir bens e dinheiro. Reduz as pessoas a objetos de uso e de lucro. c) Pode ser chamado de “narrador-fazendeiro”: explorador que faz de tudo para preservar e ampliar a fazenda São Bernardo. d) Pode ser chamado de “narrador-escritor”: tem consciência de que não age corretamente com as pessoas, mas nada pode fazer para mudar a realidade. e) Tem o comportamento determinado pelo trabalho ou profissão. 05. Julgue o que se afirma sobre o romance São Bernardo. a. ( ) No fim da história, Paulo Honório, movido pelo ciúme doentio, assassina Madalena. b. ( ) O livro é narrado na terceira pessoa: o narrador não participa da história. c. ( ) Paulo Honório é símbolo da personagem plana, linear ou estereotipada. d. ( ) A linguagem do autor é prolixa, derramada, com excesso de adjetivos. e. ( ) O narrador tem os traços físicos valorizados em detrimento do lado psicológico. TESTES 3 01. Julgue o que se afirma sobre o romance São Bernardo. a. ( ) No fim da história, Madalena suicida-se, e Paulo Honório casa-se novamente, tendo o cuidado de escolher uma mulher submissa. b. ( ) Casimiro Lopes foi o primeiro a abandonar Paulo Honório, logo após a morte de Madalena. c. ( ) Madalena suicidou-se porque Paulo Honório descobriu que ela era amante de Luís Padilha. d. ( ) O nascimento do filho significou uma trégua nas rivalidades entre Paulo Honório e Madalena. e. ( ) Apesar de dar à velha Margarida uma casa limpa, com bastante conforto material, ela não se contenta e quer mais atenção do narrador. 02. Relacione corretamente. a) Dona Marcela b) Madalena c) Dona Glória d) Costa Brito 1. ( ) Lourinha delicada, olhos claros, traços finos, rosto bem feito, tudo cheirando a perfeição. 2. ( ) Tinha uma beleza grosseira: excesso de pintura no rosto e de esses na fala.

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04. Faça opção pela informação errada sobre Paulo Honório. a) É narrador onisciente. b) É construído pelo autor para o ser o símbolo do capitalismo: caracteriza-se pelo obsessivo desejo de possuir bens e dinheiro. Reduz as pessoas a objetos de uso e de lucro. c) Pode ser chamado de “narrador-fazendeiro”: explorador que faz de tudo para preservar e ampliar a fazenda São Bernardo. d) Pode ser chamado de “narrador-escritor”: tem consciência de que não age corretamente com as pessoas, mas nada pode fazer para mudar a realidade. e) Tem o comportamento determinado pelo trabalho ou profissão. 05. Julgue o que se afirma sobre o romance São Bernardo. a. ( ) No fim da história, Paulo Honório, movido pelo ciúme doentio, assassina Madalena. b. ( ) O livro é narrado na terceira pessoa: o narrador não participa da história. c. ( ) Paulo Honório é símbolo da personagem plana, linear ou estereotipada. d. ( ) A linguagem do autor é prolixa, derramada, com excesso de adjetivos. e. ( ) O narrador tem os traços físicos valorizados em detrimento do lado psicológico. TESTES 3 01. Julgue o que se afirma sobre o romance São Bernardo. a. ( ) No fim da história, Madalena suicida-se, e Paulo Honório casa-se novamente, tendo o cuidado de escolher uma mulher submissa. b. ( ) Casimiro Lopes foi o primeiro a abandonar Paulo Honório, logo após a morte de Madalena. c. ( ) Madalena suicidou-se porque Paulo Honório descobriu que ela era amante de Luís Padilha. d. ( ) O nascimento do filho significou uma trégua nas rivalidades entre Paulo Honório e Madalena. e. ( ) Apesar de dar à velha Margarida uma casa limpa, com bastante conforto material, ela não se contenta e quer mais atenção do narrador. 02. Relacione corretamente. a) Dona Marcela b) Madalena c) Dona Glória d) Costa Brito 1. ( ) Lourinha delicada, olhos claros, traços finos, rosto bem feito, tudo cheirando a perfeição. 2. ( ) Tinha uma beleza grosseira: excesso de pintura no rosto e de esses na fala.

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3. ( ) Filha do dr. Magalhães, Juiz de Direito. 4. ( ) Jornalista em quem Paulo Honório bateu: levou uma surra de chicote no meio da rua. 5. ( ) Tia de Madalena; Paulo Honório tem por ela uma antipatia incompreensível. 03. Na estação de Viçosa, Paulo Honório conheceu pessoalmente Madalena. Fez-lhe elogios e convidou-a para visitar a fazenda São Bernardo. As duas (tia e sobrinha) não aceitaram, mas Paulo insistiu. No hotel, enquanto jantava, o narrador deu a Gondim uma missão: sondar Madalena sobre a possibilidade de ela largar o emprego na cidade e tornar-se professora na fazenda, em lugar do Padilha. O que se seguiu foi o seguinte: a) Madalena aceitou a proposta, e Luís Padilha, que vivia fazendo pregações subversivas aos empregados da fazenda, foi demitido. b) Madalena aceitou a proposta, mas exigiu que Luís Padilha ficasse. c) Madalena não aceitou a proposta, provando que era mulher cautelosa. Paulo Honório fez-lhe, então, proposta de casamento. d) Madalena não aceitou a proposta porque não gostava da vida campestre. e) Madalena aceitou a proposta, mas exigiu compensação salarial que Paulo Honório não estava disposto a pagar. 04. Uma semana depois do casamento, Paulo Honório estava assustado com Madalena: ela já enjoara o Padilha, metera-se no escritório, andara pelo algodoal e já exigia providências do marido para casos que ela considerava de injustiça. Madalena descobriu que a família de mestre Caetano (tomava conta da pedreira) sofria privações. Paulo Honório, ao ouvir a reclamação da esposa: a) colocou a culpa no próprio empregado, mas terminou autorizando que a família fosse remediada. b) culpou o empregado pela miséria em que estava e proibiu que Madalena se intrometesse em tais questões. c) Proibiu que Madalena se envolvesse com os empregados e mandou demitir mestre Caetano. d) prometeu que ia ajudar a família do empregado, mas não cumpriu a promessa. e) culpou o empregado pela miséria em que estava e brigou pela primeira vez com Madalena. 05. O primeiro bate-boca agressivo entre Paulo Honório e Madalena: a) aconteceu antes do casamento, por causa de dona Glória. b) aconteceu oito dias depois do casamento, durante o jantar. Madalena disse que o salário de seu Ribeiro era pouco, dona Glória opinou sobre a questão, e Paulo Honório mostrou seu lado agressivo.

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3. ( ) Filha do dr. Magalhães, Juiz de Direito. 4. ( ) Jornalista em quem Paulo Honório bateu: levou uma surra de chicote no meio da rua. 5. ( ) Tia de Madalena; Paulo Honório tem por ela uma antipatia incompreensível. 03. Na estação de Viçosa, Paulo Honório conheceu pessoalmente Madalena. Fez-lhe elogios e convidou-a para visitar a fazenda São Bernardo. As duas (tia e sobrinha) não aceitaram, mas Paulo insistiu. No hotel, enquanto jantava, o narrador deu a Gondim uma missão: sondar Madalena sobre a possibilidade de ela largar o emprego na cidade e tornar-se professora na fazenda, em lugar do Padilha. O que se seguiu foi o seguinte: a) Madalena aceitou a proposta, e Luís Padilha, que vivia fazendo pregações subversivas aos empregados da fazenda, foi demitido. b) Madalena aceitou a proposta, mas exigiu que Luís Padilha ficasse. c) Madalena não aceitou a proposta, provando que era mulher cautelosa. Paulo Honório fez-lhe, então, proposta de casamento. d) Madalena não aceitou a proposta porque não gostava da vida campestre. e) Madalena aceitou a proposta, mas exigiu compensação salarial que Paulo Honório não estava disposto a pagar. 04. Uma semana depois do casamento, Paulo Honório estava assustado com Madalena: ela já enjoara o Padilha, metera-se no escritório, andara pelo algodoal e já exigia providências do marido para casos que ela considerava de injustiça. Madalena descobriu que a família de mestre Caetano (tomava conta da pedreira) sofria privações. Paulo Honório, ao ouvir a reclamação da esposa: a) colocou a culpa no próprio empregado, mas terminou autorizando que a família fosse remediada. b) culpou o empregado pela miséria em que estava e proibiu que Madalena se intrometesse em tais questões. c) Proibiu que Madalena se envolvesse com os empregados e mandou demitir mestre Caetano. d) prometeu que ia ajudar a família do empregado, mas não cumpriu a promessa. e) culpou o empregado pela miséria em que estava e brigou pela primeira vez com Madalena. 05. O primeiro bate-boca agressivo entre Paulo Honório e Madalena: a) aconteceu antes do casamento, por causa de dona Glória. b) aconteceu oito dias depois do casamento, durante o jantar. Madalena disse que o salário de seu Ribeiro era pouco, dona Glória opinou sobre a questão, e Paulo Honório mostrou seu lado agressivo.

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c) aconteceu um mês depois do casamento. Madalena queria trabalhar, e Paulo Honório mostrou-se contra; os dois discutiram. d) aconteceu um mês depois do casamento, por causa de Padilha. Paulo Honório desconfiava da relação da esposa com o empregado. e) aconteceu oito dias depois do casamento, por causa da agressão de Paulo Honório contra Marciano. 06. Julgue o que se afirma sobre o romance São Bernardo. a. ( ) Os acontecimentos narrados têm como espaço geográfico as imediações de Viçosa, Estado de Alagoas. b. ( ) A linguagem de Graciliano Ramos no livro é realista, direta, sóbria, às vezes brutal, com economia de palavras. c. ( ) O final da história (morte de Madalena e fracasso de Paulo Honório) coincide com a eclosão da Revolução de 30. d. ( ) O fracasso de Paulo Honório pode ser atribuído à idade com que se casou: tinha cerca de 20 anos quando se uniu a Madalena. e. ( ) Paulo Honório foi guia de cego, trabalhador braçal, mascate e boiadeiro antes de se tornar empreendedor de sucesso. 07. Relacione corretamente. a) Paulo Honório b) Madalena c) Casimiro Lopes d) Luís Padilha e) Germana 1. ( ) Não resiste ao confronto com o mundo masculino e acaba pagando com a vida (suicidou-se) sua rápida ascensão econômica. 2. ( ) Tinha a idéia fixa de reduzir coisas e pessoas a simples instrumento de lucro. 3. ( ) Professor primário com idéias socialistas; ex-dono de São Bernardo. 4. ( ) Capanga, amigo fiel, uma espécie de “cão de guarda” de Paulo Honório. 5. ( ) Primeira namorada de Paulo Honório; era sarará (tinha cabelos ruivos e crespos); tornou-se prostituta. TESTES 4 01. Julgue o que se afirma sobre o romance São Bernardo. a. ( ) Madalena é a única a ter condições – por sua instrução e por ser “moderna”, urbana – de enfrentar Paulo Honório e, em conseqüência, de mostrar-lhe as limitações e ameaçá-lo, mesmo sem querer, em sua posição. b. ( ) Ao contrário de Paulo Honório, Madalena não vê o casamento como um negócio vantajoso.

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c) aconteceu um mês depois do casamento. Madalena queria trabalhar, e Paulo Honório mostrou-se contra; os dois discutiram. d) aconteceu um mês depois do casamento, por causa de Padilha. Paulo Honório desconfiava da relação da esposa com o empregado. e) aconteceu oito dias depois do casamento, por causa da agressão de Paulo Honório contra Marciano. 06. Julgue o que se afirma sobre o romance São Bernardo. a. ( ) Os acontecimentos narrados têm como espaço geográfico as imediações de Viçosa, Estado de Alagoas. b. ( ) A linguagem de Graciliano Ramos no livro é realista, direta, sóbria, às vezes brutal, com economia de palavras. c. ( ) O final da história (morte de Madalena e fracasso de Paulo Honório) coincide com a eclosão da Revolução de 30. d. ( ) O fracasso de Paulo Honório pode ser atribuído à idade com que se casou: tinha cerca de 20 anos quando se uniu a Madalena. e. ( ) Paulo Honório foi guia de cego, trabalhador braçal, mascate e boiadeiro antes de se tornar empreendedor de sucesso. 07. Relacione corretamente. a) Paulo Honório b) Madalena c) Casimiro Lopes d) Luís Padilha e) Germana 1. ( ) Não resiste ao confronto com o mundo masculino e acaba pagando com a vida (suicidou-se) sua rápida ascensão econômica. 2. ( ) Tinha a idéia fixa de reduzir coisas e pessoas a simples instrumento de lucro. 3. ( ) Professor primário com idéias socialistas; ex-dono de São Bernardo. 4. ( ) Capanga, amigo fiel, uma espécie de “cão de guarda” de Paulo Honório. 5. ( ) Primeira namorada de Paulo Honório; era sarará (tinha cabelos ruivos e crespos); tornou-se prostituta. TESTES 4 01. Julgue o que se afirma sobre o romance São Bernardo. a. ( ) Madalena é a única a ter condições – por sua instrução e por ser “moderna”, urbana – de enfrentar Paulo Honório e, em conseqüência, de mostrar-lhe as limitações e ameaçá-lo, mesmo sem querer, em sua posição. b. ( ) Ao contrário de Paulo Honório, Madalena não vê o casamento como um negócio vantajoso.

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c. ( ) Madalena pode ser considerada personagem alegórica, simbolizando a encarnação do humanismo, da solidariedade e do desejo de transformação social. d. ( ) A negra Margarida protegeu o narrador quando ele era menino. Num gesto de gratidão, Paulo Honório, depois de rico, nega ajuda àquele que praticamente o criou. e. ( ) Mendonça, vizinho de Paulo Honório, foi morto em tocaia porque se negava a devolver as terras de São Bernardo que ela invadira. 02. Espantado diante da fatura de material de apoio para a escola, pedido por Madalena, Paulo Honório foi ter ao estábulo e notou que os animais estavam sem comida. A culpa era de Marciano. A agressão foi inevitável: vários tapas seguidos de quedas, e Marciano saiu sangrando e trocando as pernas. Diante do ocorrido, Madalena: a) ficou do lado do marido, apoiando-o na atitude tomada. b) saiu em defesa de Marciano, questionando a atitude do marido. c) fingiu-se indiferente, mas por dentro sentiu-se revoltada. d) aceitou as explicações do Marido: Marciano precisava apanhar par cumprir as obrigações. e) pela primeira vez, xingou o marido de assassino. 03. Julgue o que se afirma sobre o romance São Bernardo. a. ( ) No capítulo 22, fica-se sabendo que Madalena está grávida. A certeza de que um herdeiro vai nascer muda completamente a vida do casal. b. ( ) Madalena deu à luz um menino; o narrador não dá importância ao acontecimento que, para ele, simboliza a esperança de uma vida melhor. c. ( ) Depois que o filho nasceu, nasceram as suspeitas de Paulo Honório. Ele achava que a esposa o traía com alguns empregados da fazenda; o suspeito número um era o Padilha. d. ( ) O filho de Paulo Honório e Madalena chorava muito, era feio e tinha braços e pernas finas. A única pessoa que se interessava por ele era Casimiro Lopes. e. ( ) Os ciúmes de Paulo Honório iam levando-o à loucura. Desconfiava de tudo e de todos. Vivia remexendo as coisas da esposa à procura de provas. 04. A crise entre Paulo Honório e Madalena chegou ao auge quando ela não lhe quis mostrar uma carta que estava escrevendo a Azevedo Gondim (cap. 26). Ele tentou tomar-lhe o papel, xingando-a de perua, galinha, cachorra. Madalena: a) respondeu no mesmo tom, xingando-o de canalha, miserável, assassino. b) limitou-se a chorar, aceitando passivamente as agressões do marido. c) agrediu-o com tapas, complicando mais ainda a situação entre os dois. d) confessou que o traía; ele ameaçou matá-la. e) vingou-se no filho, agredindo-o à frente do marido.

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c. ( ) Madalena pode ser considerada personagem alegórica, simbolizando a encarnação do humanismo, da solidariedade e do desejo de transformação social. d. ( ) A negra Margarida protegeu o narrador quando ele era menino. Num gesto de gratidão, Paulo Honório, depois de rico, nega ajuda àquele que praticamente o criou. e. ( ) Mendonça, vizinho de Paulo Honório, foi morto em tocaia porque se negava a devolver as terras de São Bernardo que ela invadira. 02. Espantado diante da fatura de material de apoio para a escola, pedido por Madalena, Paulo Honório foi ter ao estábulo e notou que os animais estavam sem comida. A culpa era de Marciano. A agressão foi inevitável: vários tapas seguidos de quedas, e Marciano saiu sangrando e trocando as pernas. Diante do ocorrido, Madalena: a) ficou do lado do marido, apoiando-o na atitude tomada. b) saiu em defesa de Marciano, questionando a atitude do marido. c) fingiu-se indiferente, mas por dentro sentiu-se revoltada. d) aceitou as explicações do Marido: Marciano precisava apanhar par cumprir as obrigações. e) pela primeira vez, xingou o marido de assassino. 03. Julgue o que se afirma sobre o romance São Bernardo. a. ( ) No capítulo 22, fica-se sabendo que Madalena está grávida. A certeza de que um herdeiro vai nascer muda completamente a vida do casal. b. ( ) Madalena deu à luz um menino; o narrador não dá importância ao acontecimento que, para ele, simboliza a esperança de uma vida melhor. c. ( ) Depois que o filho nasceu, nasceram as suspeitas de Paulo Honório. Ele achava que a esposa o traía com alguns empregados da fazenda; o suspeito número um era o Padilha. d. ( ) O filho de Paulo Honório e Madalena chorava muito, era feio e tinha braços e pernas finas. A única pessoa que se interessava por ele era Casimiro Lopes. e. ( ) Os ciúmes de Paulo Honório iam levando-o à loucura. Desconfiava de tudo e de todos. Vivia remexendo as coisas da esposa à procura de provas. 04. A crise entre Paulo Honório e Madalena chegou ao auge quando ela não lhe quis mostrar uma carta que estava escrevendo a Azevedo Gondim (cap. 26). Ele tentou tomar-lhe o papel, xingando-a de perua, galinha, cachorra. Madalena: a) respondeu no mesmo tom, xingando-o de canalha, miserável, assassino. b) limitou-se a chorar, aceitando passivamente as agressões do marido. c) agrediu-o com tapas, complicando mais ainda a situação entre os dois. d) confessou que o traía; ele ameaçou matá-la. e) vingou-se no filho, agredindo-o à frente do marido.

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05. Julgue o que se afirma sobre o romance São Bernardo. a. ( ) O principal sofrimento do narrador é a dúvida. Madalena era ou não honesta? Se tivesse certeza de sua honestidade, cobri-la-ia de presentes e atenção, deixá-la-ei fazer todas as caridades que quisesse. b. ( ) Até padre Silvestre entrou no rol dos amantes de Madalena – tamanha era a confusão mental do narrador. c. ( ) O drama interior faz que Paulo Honório se julgue o oposto de Madalena. Ela, delicada, frágil, intelectual. Ele, velho, feio, sujo, mãos grossas, calosas, impróprias para acariciar uma fêmea. d. ( ) A idéia de casar-se surge logo depois que Paulo Honório adquire as terras de São Bernardo. Queria uma mulher que o ajudasse na modernização da propriedade. e. ( ) Paulo Honório, no intuito de comprar São Bernardo, finge-se amigo do herdeiro (Padilha): empresta-lhe dinheiro, põe-lhe na cabeça projetos inexeqüíveis. 06. Não faz parte da linguagem de Graciliano Ramos em São Bernardo: a) metalinguagem. b) concisão. c) clareza. d) economia de palavras. e) enfeites para caracterizar a figura feminina. 07. Julgue o que se afirma sobre o fator tempo em São Bernardo. a. ( ) As ações das personagens seguem o tempo cronológico, quase linear, valorizando-se as ações passadas. b. ( ) O tempo psicológico é valorizado para exposição do drama íntimo de Paulo Honório. c. ( ) Há uma óbvia concentração de eventos nas décadas de 10 e 20. d. ( ) O fecho do romance coincide com a eclosão da Revolução de 30. e. ( ) Paulo Honório tem 45 anos ao se casar e completa 50 pela época em que termina de escrever sua biografia. TESTES 5 01. Julgue o que se afirma sobre o romance São Bernardo. a. ( ) O projeto econômico de Paulo Honório – obter lucro a qualquer custo – tem completo êxito. b. ( ) O sucesso no plano econômico não se fez acompanhar pela realização familiar. O fracasso na construção de uma família – único meio para a preparação de um herdeiro – deitou por terra todos os planos de Paulo Honório.

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05. Julgue o que se afirma sobre o romance São Bernardo. a. ( ) O principal sofrimento do narrador é a dúvida. Madalena era ou não honesta? Se tivesse certeza de sua honestidade, cobri-la-ia de presentes e atenção, deixá-la-ei fazer todas as caridades que quisesse. b. ( ) Até padre Silvestre entrou no rol dos amantes de Madalena – tamanha era a confusão mental do narrador. c. ( ) O drama interior faz que Paulo Honório se julgue o oposto de Madalena. Ela, delicada, frágil, intelectual. Ele, velho, feio, sujo, mãos grossas, calosas, impróprias para acariciar uma fêmea. d. ( ) A idéia de casar-se surge logo depois que Paulo Honório adquire as terras de São Bernardo. Queria uma mulher que o ajudasse na modernização da propriedade. e. ( ) Paulo Honório, no intuito de comprar São Bernardo, finge-se amigo do herdeiro (Padilha): empresta-lhe dinheiro, põe-lhe na cabeça projetos inexeqüíveis. 06. Não faz parte da linguagem de Graciliano Ramos em São Bernardo: a) metalinguagem. b) concisão. c) clareza. d) economia de palavras. e) enfeites para caracterizar a figura feminina. 07. Julgue o que se afirma sobre o fator tempo em São Bernardo. a. ( ) As ações das personagens seguem o tempo cronológico, quase linear, valorizando-se as ações passadas. b. ( ) O tempo psicológico é valorizado para exposição do drama íntimo de Paulo Honório. c. ( ) Há uma óbvia concentração de eventos nas décadas de 10 e 20. d. ( ) O fecho do romance coincide com a eclosão da Revolução de 30. e. ( ) Paulo Honório tem 45 anos ao se casar e completa 50 pela época em que termina de escrever sua biografia. TESTES 5 01. Julgue o que se afirma sobre o romance São Bernardo. a. ( ) O projeto econômico de Paulo Honório – obter lucro a qualquer custo – tem completo êxito. b. ( ) O sucesso no plano econômico não se fez acompanhar pela realização familiar. O fracasso na construção de uma família – único meio para a preparação de um herdeiro – deitou por terra todos os planos de Paulo Honório.

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c. ( ) As personagens de São Bernardo, principalmente Paulo Honório e Madalena, são esféricas, densas. Não há preocupação com aspectos exteriores, aflorando o lado íntimo ou psicológico. d. ( ) Paulo Honório tem envolvimento amoroso com a Rosa, mulher de Marciano. e. ( ) Paulo Honório tem um animal de estimação: o cachorro Tubarão, que aparece umas duas vezes na narrativa. 02. Relacione corretamente. a) Mestre Caetano b) Marciano c) Rosa d) Costa Brito e) Joaquim Sapateiro 1. ( ) Jornalista que tentou extorquir dinheiro de Paulo Honório. Apanhou de chicote, no meio da rua. 2. ( ) Tomava conta dos bichos. Certa vez, Paulo Honório deu-lhe uns tapas e, por isso, indispôs-se com Madalena. 3. ( ) Mulher com quem o narrador se envolvia às escondidas. 4. ( ) Tomava conta da pedreira. Adoeceu de tanto trabalhar. Não fosse Madalena, morreria à míngua. 5. ( ) Na cadeia, ensinou Paulo Honório a ler. 03. Paulo Honório encontrou um papel no chão, provavelmente voara do escritório. A letra era de Madalena. Levou muito tempo para entender o escrito: era uma carta para um homem. Mas faltava a primeira parte. A carta em questão: a) era uma confissão: Madalena estava envolvida com um homem cuja identidade morreu sem revelar. b) era uma despedida para o próprio Paulo Honório. c) era incompleta: Paulo Honório jamais encontrou a outra parte. d) era uma confissão: Madalena estava envolvida com Azevedo Gondim. e) era uma despedida para a tia de Madalena, dona Glória. 04. Com a morte de Madalena: a) Paulo Honório expulsou dona Glória da fazenda. b) Paulo Honório arranjou outra mulher: a filha do dr. Magalhães. c) Dona Glória foi embora e levou consigo o filho de Paulo Honório. d) Casimiro Lopes foi embora, rompendo uma amizade de longos anos. e) Paulo Honório perdeu o ânimo para trabalhar e prosperar.

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c. ( ) As personagens de São Bernardo, principalmente Paulo Honório e Madalena, são esféricas, densas. Não há preocupação com aspectos exteriores, aflorando o lado íntimo ou psicológico. d. ( ) Paulo Honório tem envolvimento amoroso com a Rosa, mulher de Marciano. e. ( ) Paulo Honório tem um animal de estimação: o cachorro Tubarão, que aparece umas duas vezes na narrativa. 02. Relacione corretamente. a) Mestre Caetano b) Marciano c) Rosa d) Costa Brito e) Joaquim Sapateiro 1. ( ) Jornalista que tentou extorquir dinheiro de Paulo Honório. Apanhou de chicote, no meio da rua. 2. ( ) Tomava conta dos bichos. Certa vez, Paulo Honório deu-lhe uns tapas e, por isso, indispôs-se com Madalena. 3. ( ) Mulher com quem o narrador se envolvia às escondidas. 4. ( ) Tomava conta da pedreira. Adoeceu de tanto trabalhar. Não fosse Madalena, morreria à míngua. 5. ( ) Na cadeia, ensinou Paulo Honório a ler. 03. Paulo Honório encontrou um papel no chão, provavelmente voara do escritório. A letra era de Madalena. Levou muito tempo para entender o escrito: era uma carta para um homem. Mas faltava a primeira parte. A carta em questão: a) era uma confissão: Madalena estava envolvida com um homem cuja identidade morreu sem revelar. b) era uma despedida para o próprio Paulo Honório. c) era incompleta: Paulo Honório jamais encontrou a outra parte. d) era uma confissão: Madalena estava envolvida com Azevedo Gondim. e) era uma despedida para a tia de Madalena, dona Glória. 04. Com a morte de Madalena: a) Paulo Honório expulsou dona Glória da fazenda. b) Paulo Honório arranjou outra mulher: a filha do dr. Magalhães. c) Dona Glória foi embora e levou consigo o filho de Paulo Honório. d) Casimiro Lopes foi embora, rompendo uma amizade de longos anos. e) Paulo Honório perdeu o ânimo para trabalhar e prosperar.

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05. O narrador atribui o seu fracasso no plano familiar e humano: a) a Madalena. b) à profissão. c) ao fato de não ter estudado. d) à educação que recebeu quando criança. e) à pouca experiência com as mulheres. 06. O suicídio de Madalena tem a ver com: a) a diferença cultural entre ela e o marido. b) a incompatibilidade com alguns empregados da fazenda. c) a incompreensão e o autoritarismo do marido. d) a inadaptação à vida rural. e) a falta de liberdade a que era subjugada: não podia sair da fazenda para passear e divertir-se. 07. Por meio do personagem Costa Brito, Graciliano faz crítica: a) ao jornalismo venal. b) à corrupção no poder público. c) ao sistema judiciário que privilegia os ricos. d) à Reforma Agrária. e) à política salarial aplicada aos professores da época. 08. Escolha o item em que todas as obras pertençam a Graciliano Ramos: a) Caetés, São Bernardo, Vidas Secas, Menino de Engenho b) Caetés, Angústia, Vidas Secas, Memórias do Cárcere c) Caetés, Angústia, Vidas Secas, Fogo Morto d) Caetés, Angústia, Vidas Secas, O Quinze e) Caetés, Angústia, Vidas Secas, A Bagaceira 09. Relacione corretamente. a) Caetés b) Angústia c) São Bernardo d) Vidas Secas 1. ( ) Paulo Honório e Madalena 2. ( ) Fabiano e Sinhá Vitória 3.( ) Luís da Silva, Marina e Julião Tavares 4. ( ) João Valério, Luíza e Adrião

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05. O narrador atribui o seu fracasso no plano familiar e humano: a) a Madalena. b) à profissão. c) ao fato de não ter estudado. d) à educação que recebeu quando criança. e) à pouca experiência com as mulheres. 06. O suicídio de Madalena tem a ver com: a) a diferença cultural entre ela e o marido. b) a incompatibilidade com alguns empregados da fazenda. c) a incompreensão e o autoritarismo do marido. d) a inadaptação à vida rural. e) a falta de liberdade a que era subjugada: não podia sair da fazenda para passear e divertir-se. 07. Por meio do personagem Costa Brito, Graciliano faz crítica: a) ao jornalismo venal. b) à corrupção no poder público. c) ao sistema judiciário que privilegia os ricos. d) à Reforma Agrária. e) à política salarial aplicada aos professores da época. 08. Escolha o item em que todas as obras pertençam a Graciliano Ramos: a) Caetés, São Bernardo, Vidas Secas, Menino de Engenho b) Caetés, Angústia, Vidas Secas, Memórias do Cárcere c) Caetés, Angústia, Vidas Secas, Fogo Morto d) Caetés, Angústia, Vidas Secas, O Quinze e) Caetés, Angústia, Vidas Secas, A Bagaceira 09. Relacione corretamente. a) Caetés b) Angústia c) São Bernardo d) Vidas Secas 1. ( ) Paulo Honório e Madalena 2. ( ) Fabiano e Sinhá Vitória 3.( ) Luís da Silva, Marina e Julião Tavares 4. ( ) João Valério, Luíza e Adrião

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RESPOSTAS TESTES 1 01. Respostas: 1. (d) 2. (b) 3. (c) 4. (a) 02. Respostas: 1. (c) 2. (d) 3. (b) 4. (a) 5. (e) 03. Resposta: B 04. Resposta: D 05. Resposta: A TESTES 2 01. Resposta: B 02. Respostas: 1. (b) 2. (c) 3. (a) 4. (d) 03. Resposta: D 04. Resposta: A 05. Respostas: a. (F) b. (F) c. (F) d. (F) e. (F) TESTES 3 01. Respostas: a. (F) b. (F) c. (F) d. (F) e. (F) 02. Respostas: 1. (b) 2. (a) 3. (a) 4. (d) 5. (c) 03. Resposta: C 04. Resposta: A 05. Resposta: B 06. Respostas: a. (V) b. (V) c. (V) d. (F) e. (V) 07. Respostas: 1. (b) 2. (a) 3. (d) 4. (c) 5. (e) TESTES 4 01. Respostas: a. (V) b. (F) c. (V) d. (F) e. (V) 02. Resposta: B 03. Respostas: a. (F) b. (F) c. (V) d. (V) e. (V) 04. Resposta: A 05. Respostas: a. (V) b. (V) c. (V) d. (F) e. (V) 06. Resposta: E 07. Respostas:

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RESPOSTAS TESTES 1 01. Respostas: 1. (d) 2. (b) 3. (c) 4. (a) 02. Respostas: 1. (c) 2. (d) 3. (b) 4. (a) 5. (e) 03. Resposta: B 04. Resposta: D 05. Resposta: A TESTES 2 01. Resposta: B 02. Respostas: 1. (b) 2. (c) 3. (a) 4. (d) 03. Resposta: D 04. Resposta: A 05. Respostas: a. (F) b. (F) c. (F) d. (F) e. (F) TESTES 3 01. Respostas: a. (F) b. (F) c. (F) d. (F) e. (F) 02. Respostas: 1. (b) 2. (a) 3. (a) 4. (d) 5. (c) 03. Resposta: C 04. Resposta: A 05. Resposta: B 06. Respostas: a. (V) b. (V) c. (V) d. (F) e. (V) 07. Respostas: 1. (b) 2. (a) 3. (d) 4. (c) 5. (e) TESTES 4 01. Respostas: a. (V) b. (F) c. (V) d. (F) e. (V) 02. Resposta: B 03. Respostas: a. (F) b. (F) c. (V) d. (V) e. (V) 04. Resposta: A 05. Respostas: a. (V) b. (V) c. (V) d. (F) e. (V) 06. Resposta: E 07. Respostas:

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a. (V) b. (V) c. (V) d. (V) e. (V) TESTES 5 01. Respostas: a. (V) b. (V) c. (V) d. (V) e. (V) 02. Respostas: 1. (d) 2. (b) 3. (c) 4. (a) 5. (e) 03. Resposta: B 04. Resposta: E 05. Resposta: B 06. Resposta: C 07. Resposta: A 08. Resposta: B Menino de Engenho e Fogo Morto: José Lins do Rego O Quinze: Rachel de Queiroz A Bagaceira: José Américo de Almeida 09. Respostas: 1. (c) 2. (d) 3. (b) 4. (a)

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a. (V) b. (V) c. (V) d. (V) e. (V) TESTES 5 01. Respostas: a. (V) b. (V) c. (V) d. (V) e. (V) 02. Respostas: 1. (d) 2. (b) 3. (c) 4. (a) 5. (e) 03. Resposta: B 04. Resposta: E 05. Resposta: B 06. Resposta: C 07. Resposta: A 08. Resposta: B Menino de Engenho e Fogo Morto: José Lins do Rego O Quinze: Rachel de Queiroz A Bagaceira: José Américo de Almeida 09. Respostas: 1. (c) 2. (d) 3. (b) 4. (a)