estudo literÁrio - biblioteca...

23
ESTUDO LITERÁRIO 1 Secretaria de Cultura do Amazonas Biblioteca Virtual do Amazonas Autor da obra: Joaquim Manuel de Macedo Autor do Estudo: João Batista Gomes A MORENINHA NOTA BIOGRÁFICA Nascimento e Morte Joaquim Manuel de Macedo nasceu em São João do Itaboraí, Rio de Janeiro, a 24 de junho de 1820. Faleceu a 11 de abril de 1882 (62 anos de idade). A família era abastada, e Macedo soube aproveitar a oportunidade, dedicando-se aos estudos. Médico e escritor Formou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1844, aos 24 anos de idade. Nesse mesmo ano, publicou o romance A Moreninha que lhe trouxe logo prestígio e lhe decidiu o rumo a seguir: pouco vocacionado para a atividade médica entregou-se ao jornalismo e à política. Revista Guanabara Em 1849, fundou, com Araújo Porto Alegre e Gonçalves Dias, a revista Guanabara. Já era, então, membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico. Deputado e professor Aproveitou a popularidade que lhe trouxe a novela A Moreninha e fez-se deputado por várias legislaturas pelo Partido Liberal. Ingressou no magistério (professor de História e Geografia no Colégio Pedro II). Fama em vida Macedo foi uma figura popular, admirado por todos os leitores do Rio de Janeiro de sua época. O próprio José de Alencar declarou que, quando estudante de Direito, "era entusiasta do Dr. Joaquim Manuel de Macedo, que há pouco havia publicado o seu primeiro e gentil romance A Moreninha". Tudo isso graças ao esquema novelesco, sentimental ou cômico, que descobriu para os seus livros: o namoro difícil ou impossível, o mistério sobre a identidade de uma figura importante na intriga, o conflito entre o dever e a paixão, as galhofas de estudantes...

Upload: vunguyet

Post on 18-Jan-2019

246 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ESTUDO LITERÁRIO - Biblioteca Virtualbv.cultura.am.gov.br/templates/areatematica/conhecimento... · A MORENINHA NOTA BIOGRÁFICA Nascimento e Morte Joaquim Manuel de Macedo nasceu

ESTUDO LITERÁRIO

1

Secretaria de Cultura do Amazonas Biblioteca Virtual do Amazonas

Autor da obra: Joaquim Manuel de Macedo Autor do Estudo: João Batista Gomes

A MORENINHA NOTA BIOGRÁFICA Nascimento e Morte

Joaquim Manuel de Macedo nasceu em São João do Itaboraí, Rio de Janeiro, a 24 de

junho de 1820. Faleceu a 11 de abril de 1882 (62 anos de idade). A família era abastada, e Macedo soube aproveitar a oportunidade, dedicando-se aos estudos.

Médico e escritor

Formou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1844, aos 24 anos de

idade. Nesse mesmo ano, publicou o romance A Moreninha que lhe trouxe logo prestígio e lhe decidiu o rumo a seguir: pouco vocacionado para a atividade médica entregou-se ao jornalismo e à política.

Revista Guanabara

Em 1849, fundou, com Araújo Porto Alegre e Gonçalves Dias, a revista Guanabara.

Já era, então, membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico.

Deputado e professor

Aproveitou a popularidade que lhe trouxe a novela A Moreninha e fez-se deputado por várias legislaturas pelo Partido Liberal. Ingressou no magistério (professor de História e Geografia no Colégio Pedro II).

Fama em vida

Macedo foi uma figura popular, admirado por todos os leitores do Rio de Janeiro de

sua época. O próprio José de Alencar declarou que, quando estudante de Direito, "era entusiasta do Dr. Joaquim Manuel de Macedo, que há pouco havia publicado o seu primeiro e gentil romance – A Moreninha". Tudo isso graças ao esquema novelesco, sentimental ou cômico, que descobriu para os seus livros: o namoro difícil ou impossível, o mistério sobre a identidade de uma figura importante na intriga, o conflito entre o dever e a paixão, as galhofas de estudantes...

Page 2: ESTUDO LITERÁRIO - Biblioteca Virtualbv.cultura.am.gov.br/templates/areatematica/conhecimento... · A MORENINHA NOTA BIOGRÁFICA Nascimento e Morte Joaquim Manuel de Macedo nasceu

ESTUDO LITERÁRIO

2

Amigo da família imperial

Por meio da literatura, Macedo granjeou fama e fez amizades ilustres. Fez-se, por

exemplo, amigo da família imperial, tendo sido professor dos filhos da princesa Isabel. Muitos romances

Macedo produziu 18 romances e 15 peças de teatro, mas apenas dois livros foram

lidos e admirados: A Moreninha e O Moço Loiro. O tempo fez a obra de Macedo cair no esquecimento.

Fama histórica

O fato de ter inaugurado o romance no Brasil (A Moreninha, 1844) fez de Macedo

um escritor de leitura obrigatória. Ninguém pode esquecer que ele introduziu na Literatura Brasileira um modelo de narrar e contar histórias. Não houve, porém, uma evolução de técnica, sendo logo superado por outros autores da época.

Um mundo sem conflitos

Macedo registrou, na sua literatura, "uma visão paradisíaca da vida, um mundo sem

conflitos, restrito ao círculo de uma classe branca, rica, ociosa e feliz". E tudo isso num país em que reinava a escravidão!

Patrono na A. B. L.

Quando a Academia Brasileira de Letras foi fundada (1896, por Machado de Assis e

outros), coube a Macedo ser o patrono da cadeira número 20.

Cronologia Bibliográfica

– A Moreninha – romance, 1844 – O Moço Loiro – romance, 1845 – Os Dois Amores – romance, 1848 – Rosa - romance, 1849 – Vicentina – romance, 1853 – A Carteira do Meu Tio – romance, 1855 – O Forasteiro – romance, 1855 – O Culto do Dever – romance, 1865 – Memórias do Sobrinho do Meu Tio – romance, 1868 – O Rio do Quarto – romance, 1869 – A Luneta Mágica – romance, 1869 – As Vítimas Algozes – romance, 1869 – Nina – romance, 1869 – A Namoradeira – romance, 1870 – Mulheres de Mantilha – romance, 1871

ESTUDO LITERÁRIO

2

Amigo da família imperial

Por meio da literatura, Macedo granjeou fama e fez amizades ilustres. Fez-se, por

exemplo, amigo da família imperial, tendo sido professor dos filhos da princesa Isabel. Muitos romances

Macedo produziu 18 romances e 15 peças de teatro, mas apenas dois livros foram

lidos e admirados: A Moreninha e O Moço Loiro. O tempo fez a obra de Macedo cair no esquecimento.

Fama histórica

O fato de ter inaugurado o romance no Brasil (A Moreninha, 1844) fez de Macedo

um escritor de leitura obrigatória. Ninguém pode esquecer que ele introduziu na Literatura Brasileira um modelo de narrar e contar histórias. Não houve, porém, uma evolução de técnica, sendo logo superado por outros autores da época.

Um mundo sem conflitos

Macedo registrou, na sua literatura, "uma visão paradisíaca da vida, um mundo sem

conflitos, restrito ao círculo de uma classe branca, rica, ociosa e feliz". E tudo isso num país em que reinava a escravidão!

Patrono na A. B. L.

Quando a Academia Brasileira de Letras foi fundada (1896, por Machado de Assis e

outros), coube a Macedo ser o patrono da cadeira número 20.

Cronologia Bibliográfica

– A Moreninha – romance, 1844 – O Moço Loiro – romance, 1845 – Os Dois Amores – romance, 1848 – Rosa - romance, 1849 – Vicentina – romance, 1853 – A Carteira do Meu Tio – romance, 1855 – O Forasteiro – romance, 1855 – O Culto do Dever – romance, 1865 – Memórias do Sobrinho do Meu Tio – romance, 1868 – O Rio do Quarto – romance, 1869 – A Luneta Mágica – romance, 1869 – As Vítimas Algozes – romance, 1869 – Nina – romance, 1869 – A Namoradeira – romance, 1870 – Mulheres de Mantilha – romance, 1871

Page 3: ESTUDO LITERÁRIO - Biblioteca Virtualbv.cultura.am.gov.br/templates/areatematica/conhecimento... · A MORENINHA NOTA BIOGRÁFICA Nascimento e Morte Joaquim Manuel de Macedo nasceu

ESTUDO LITERÁRIO

3

– Um Noivo e Duas Noivas – romance, 1871 – Os Quatro Pontos Cardeais – romance, 1872 – A Baronesa do Amor – romance, 1876

DADOS TÉCNICOS

Estrutura da obra TÍTULO A MORENINHA – O título do livro foi dado pelo próprio Augusto, em homenagem a Carolina. Durante toda a história, evidenciam-se os traços da protagonista, principalmente a cor do rosto: pele morena. Por isso, as pessoas mais íntimas chamavam-na de Moreninha. GÊNERO ROMANCE – A Moreninha foi o primeiro romance do Brasil, no sentido amplo que a palavra romance enfeixa. As tentativas anteriores, como a de Teixeira e Sousa com O Filho do Pescador (1843), foram devoradas pelo tempo e pelo desprezo do leitor. UM CONTO DE FADAS – O sucesso de A Moreninha está vinculado à capacidade do autor de imergir o leitor na atmosfera de lenda e de sonho, onde o tempo, o sofrimento e o trabalho parecem não existir. CAPÍTULOS 23 CAPÍTULOS – O romance compõe-se de 23 capítulos, todos acompanhados de um título. Para finalizar, um epílogo curtíssimo (apenas uma página). HERÓIS E VILÕES UM ROMANCE SEM ANTAGONISTA – Em A Moreninha, não há o tradicional rival das histórias românticas. Augusto e Carolina são os protagonistas e não têm que lutar contra ninguém para ver culminados os sonhos de felicidade. DOIS PERSONAGENS TRAPALHÕES – O alemão Keblerc, que se embriaga e leva à embriaguez a ama-de-leite de Carolina, e a senhora D. Violante quebram um pouco a harmonia social em que a história se desenrola. Mas a paz burguesa, com total ausência de preocupações com o trabalho e sem referência à pobreza, não chega a ser ameaçada pela ação dos dois personagens trapalhões. PLANO NARRATIVO TERCEIRA PESSOA – O romance é narrado na terceira pessoa, por um narrador onisciente. Aqui e ali, ele se intromete um pouco na história, bancando o moralista, pondo em evidência um modo de narrar que, anos mais tarde, deu fama a Machado de Assis. Não chega, porém, a ser o narrador onisciente-intruso.

ESTUDO LITERÁRIO

3

– Um Noivo e Duas Noivas – romance, 1871 – Os Quatro Pontos Cardeais – romance, 1872 – A Baronesa do Amor – romance, 1876

DADOS TÉCNICOS

Estrutura da obra TÍTULO A MORENINHA – O título do livro foi dado pelo próprio Augusto, em homenagem a Carolina. Durante toda a história, evidenciam-se os traços da protagonista, principalmente a cor do rosto: pele morena. Por isso, as pessoas mais íntimas chamavam-na de Moreninha. GÊNERO ROMANCE – A Moreninha foi o primeiro romance do Brasil, no sentido amplo que a palavra romance enfeixa. As tentativas anteriores, como a de Teixeira e Sousa com O Filho do Pescador (1843), foram devoradas pelo tempo e pelo desprezo do leitor. UM CONTO DE FADAS – O sucesso de A Moreninha está vinculado à capacidade do autor de imergir o leitor na atmosfera de lenda e de sonho, onde o tempo, o sofrimento e o trabalho parecem não existir. CAPÍTULOS 23 CAPÍTULOS – O romance compõe-se de 23 capítulos, todos acompanhados de um título. Para finalizar, um epílogo curtíssimo (apenas uma página). HERÓIS E VILÕES UM ROMANCE SEM ANTAGONISTA – Em A Moreninha, não há o tradicional rival das histórias românticas. Augusto e Carolina são os protagonistas e não têm que lutar contra ninguém para ver culminados os sonhos de felicidade. DOIS PERSONAGENS TRAPALHÕES – O alemão Keblerc, que se embriaga e leva à embriaguez a ama-de-leite de Carolina, e a senhora D. Violante quebram um pouco a harmonia social em que a história se desenrola. Mas a paz burguesa, com total ausência de preocupações com o trabalho e sem referência à pobreza, não chega a ser ameaçada pela ação dos dois personagens trapalhões. PLANO NARRATIVO TERCEIRA PESSOA – O romance é narrado na terceira pessoa, por um narrador onisciente. Aqui e ali, ele se intromete um pouco na história, bancando o moralista, pondo em evidência um modo de narrar que, anos mais tarde, deu fama a Machado de Assis. Não chega, porém, a ser o narrador onisciente-intruso.

Page 4: ESTUDO LITERÁRIO - Biblioteca Virtualbv.cultura.am.gov.br/templates/areatematica/conhecimento... · A MORENINHA NOTA BIOGRÁFICA Nascimento e Morte Joaquim Manuel de Macedo nasceu

ESTUDO LITERÁRIO

4

LINGUAGEM SIMPLICIDADE – Macedo compôs A Moreninha numa linguagem simples, fiel ao modismo literário de seu tempo. O autor registra um vocabulário que, se bem analisado, documenta o modo citadino de falar do carioca (e, por extensão, do brasileiro) na primeira metade do século XIX. EXCESSO DE ADJETIVOS – Fiel à época romântica, Macedo exagera no uso dos adjetivos, tornando a linguagem prolixa, derramada. Os rodeios excessivos fazem par com descrições exaustivas, cansando o leitor moderno. TEMPO TEMPO LINEAR – Em A Moreninha, o tempo é linear, ou seja, os acontecimentos vão sendo incorporados à história em ordem cronológica, sem recuos nem avanços. TRINTA DIAS – Os eventos narrados desenrolam-se durante os trinta dias pelos quais a aposta era válida. A aposta foi feita em 20 de julho de 1844, uma segunda-feira (capítulos I e II). Deveria vencer, pois, dia 19 de agosto, mas, na contagem de Macedo, venceu dia 23, o quinto domingo subseqüente à aposta. RECUO AO PASSADO – Quando a história se inicia, Augusto já estava no quinto ano de Medicina e conquistara, entre os amigos, a fama de inconstante. Nos capítulos VII e VIII, o autor conta-nos a origem da instabilidade amorosa do herói. Tudo começara há oito anos, quando Augusto contava 13, e Carolina 7 anos de idade. CENÁRIO RIO DE JANEIRO – O cenário de A Moreninha é a cidade do Rio de Janeiro, embora a maioria das cenas aconteçam numa ilha. Trata-se, pois, de cenário urbano. Há, inclusive, a preocupação do autor de evidenciar o contraste entre Carolina, moça da corte, e o próprio Augusto, moço que proveio da roça, da fazenda. ESTILO DE ÉPOCA ROMANTISMO – A obra contém traços evidentes do Romantismo. Cronologicamente (1844), é o primeiro romance do Romantismo brasileiro (perdendo apenas para O Filho do Pescador, de Teixeira e Sousa, publicado em 1843, mas que não alcançou fama literária). FIGURAS DE LINGUAGEM METÁFORA – A principal figura de linguagem do livro é a metáfora: comparação sutil entre elementos afins. SÍMILE – O uso de símiles (comparação comum) é prática comum no livro e passou a caracterizar, depois de Macedo, outros autores românticos, Alencar à frente. NÚCLEO TEMÁTICO FIDELIDADE AO AMOR DE INFÂNCIA – A história de A Moreninha questiona, na verdade, a fidelidade amorosa entre jovens urbanos no Brasil da primeira metade século XIX. A

ESTUDO LITERÁRIO

4

LINGUAGEM SIMPLICIDADE – Macedo compôs A Moreninha numa linguagem simples, fiel ao modismo literário de seu tempo. O autor registra um vocabulário que, se bem analisado, documenta o modo citadino de falar do carioca (e, por extensão, do brasileiro) na primeira metade do século XIX. EXCESSO DE ADJETIVOS – Fiel à época romântica, Macedo exagera no uso dos adjetivos, tornando a linguagem prolixa, derramada. Os rodeios excessivos fazem par com descrições exaustivas, cansando o leitor moderno. TEMPO TEMPO LINEAR – Em A Moreninha, o tempo é linear, ou seja, os acontecimentos vão sendo incorporados à história em ordem cronológica, sem recuos nem avanços. TRINTA DIAS – Os eventos narrados desenrolam-se durante os trinta dias pelos quais a aposta era válida. A aposta foi feita em 20 de julho de 1844, uma segunda-feira (capítulos I e II). Deveria vencer, pois, dia 19 de agosto, mas, na contagem de Macedo, venceu dia 23, o quinto domingo subseqüente à aposta. RECUO AO PASSADO – Quando a história se inicia, Augusto já estava no quinto ano de Medicina e conquistara, entre os amigos, a fama de inconstante. Nos capítulos VII e VIII, o autor conta-nos a origem da instabilidade amorosa do herói. Tudo começara há oito anos, quando Augusto contava 13, e Carolina 7 anos de idade. CENÁRIO RIO DE JANEIRO – O cenário de A Moreninha é a cidade do Rio de Janeiro, embora a maioria das cenas aconteçam numa ilha. Trata-se, pois, de cenário urbano. Há, inclusive, a preocupação do autor de evidenciar o contraste entre Carolina, moça da corte, e o próprio Augusto, moço que proveio da roça, da fazenda. ESTILO DE ÉPOCA ROMANTISMO – A obra contém traços evidentes do Romantismo. Cronologicamente (1844), é o primeiro romance do Romantismo brasileiro (perdendo apenas para O Filho do Pescador, de Teixeira e Sousa, publicado em 1843, mas que não alcançou fama literária). FIGURAS DE LINGUAGEM METÁFORA – A principal figura de linguagem do livro é a metáfora: comparação sutil entre elementos afins. SÍMILE – O uso de símiles (comparação comum) é prática comum no livro e passou a caracterizar, depois de Macedo, outros autores românticos, Alencar à frente. NÚCLEO TEMÁTICO FIDELIDADE AO AMOR DE INFÂNCIA – A história de A Moreninha questiona, na verdade, a fidelidade amorosa entre jovens urbanos no Brasil da primeira metade século XIX. A

Page 5: ESTUDO LITERÁRIO - Biblioteca Virtualbv.cultura.am.gov.br/templates/areatematica/conhecimento... · A MORENINHA NOTA BIOGRÁFICA Nascimento e Morte Joaquim Manuel de Macedo nasceu

ESTUDO LITERÁRIO

5

inconstância de Augusto, motivo de alarme para muitas moças, também se revela nas mulheres, algumas correspondendo-se com vários rapazes ao mesmo tempo. TRAÇOS DO ROMANTISMO IDEALIZAÇÃO DA MULHER – A heroína é descrita como um ser humano perfeito, desde o físico até o caráter. Carolina é endeusada pelo autor, que a transforma numa espécie de anjo especial. PREDOMÍNIO DA EMOÇÃO – Há, como em toda história do Romantismo, nítido predomínio da emoção sobre a razão. Veja que Augusto, ao saber que é amado por Carolina, põe o casamento em primeiro plano, esquecendo a responsabilidade de tornar-se médico (estava no quinto ano de Medicina). VALORIZAÇÃO DA NATUREZA – A natureza ganha destaque de duas maneiras dentro do livro. Na caracterização do cenário (a ilha é descrita como se fosse um paraíso) e nas constantes comparações dos traços positivos da heroína a elementos da natureza. A insistência de que Carolina é um beija-flor é o exemplo mais visível. FINAL FELIZ – A vitória do amor é traço marcante na época romântica. O final feliz, normalmente marcado pelo casamento, é presença obrigatória na maioria dos romances da época. Em A Moreninha, o autor poupa-nos da descrição da cerimônia, mas tudo estava preparado para que ela se realizasse. CRÍTICA SOCIAL CASAMENTO – Lendo A Moreninha, temos uma noção exata de como o casamento era tratado no Brasil pela burguesia dominante da metade do século XIX. O ajuste matrimonial era feito pelos pais dos jovens. A união dos filhos ganhava, pois, conotações de negócio indissolúvel, tratado com a seriedade dos adultos pensantes, conseqüência clara do amor arrebatador dos jovens. REFERÊNCIA À ESCRAVIDÃO – Embora sem grande relevo, há, em A Moreninha, referência ao trabalho escravo e aos castigos corporais a que os negros eram submetidos. Rafael, o criado de Augusto, sofre os maus-tratos do amo (capítulo XIX) por conta da insatisfação que domina este por estar ausente da ilha e da presença de Carolina. Veja um trecho do referido capítulo: "O nosso Augusto, por exemplo, está agora bronco para as lições e impertinente com tudo. Rafael é quem paga o pato; se o inocente moleque lhe apronta o chá muito cedo, apanha meia dúzia de bolos, porque quer ir vadiar pelas ruas; se no dia seguinte se demora só dez minutos, leva dois pescoções, para andar mais ligeiro. Não há, enfim, coisa alguma que possa contentar o Sr. Augusto." PERSONAGENS

PERSONAGENS ESTEREOTIPADOS – Todos os personagens de A Moreninha são estereotipados, planos, lineares. Isto quer dizer que eles não mudam de personalidade, não

ESTUDO LITERÁRIO

5

inconstância de Augusto, motivo de alarme para muitas moças, também se revela nas mulheres, algumas correspondendo-se com vários rapazes ao mesmo tempo. TRAÇOS DO ROMANTISMO IDEALIZAÇÃO DA MULHER – A heroína é descrita como um ser humano perfeito, desde o físico até o caráter. Carolina é endeusada pelo autor, que a transforma numa espécie de anjo especial. PREDOMÍNIO DA EMOÇÃO – Há, como em toda história do Romantismo, nítido predomínio da emoção sobre a razão. Veja que Augusto, ao saber que é amado por Carolina, põe o casamento em primeiro plano, esquecendo a responsabilidade de tornar-se médico (estava no quinto ano de Medicina). VALORIZAÇÃO DA NATUREZA – A natureza ganha destaque de duas maneiras dentro do livro. Na caracterização do cenário (a ilha é descrita como se fosse um paraíso) e nas constantes comparações dos traços positivos da heroína a elementos da natureza. A insistência de que Carolina é um beija-flor é o exemplo mais visível. FINAL FELIZ – A vitória do amor é traço marcante na época romântica. O final feliz, normalmente marcado pelo casamento, é presença obrigatória na maioria dos romances da época. Em A Moreninha, o autor poupa-nos da descrição da cerimônia, mas tudo estava preparado para que ela se realizasse. CRÍTICA SOCIAL CASAMENTO – Lendo A Moreninha, temos uma noção exata de como o casamento era tratado no Brasil pela burguesia dominante da metade do século XIX. O ajuste matrimonial era feito pelos pais dos jovens. A união dos filhos ganhava, pois, conotações de negócio indissolúvel, tratado com a seriedade dos adultos pensantes, conseqüência clara do amor arrebatador dos jovens. REFERÊNCIA À ESCRAVIDÃO – Embora sem grande relevo, há, em A Moreninha, referência ao trabalho escravo e aos castigos corporais a que os negros eram submetidos. Rafael, o criado de Augusto, sofre os maus-tratos do amo (capítulo XIX) por conta da insatisfação que domina este por estar ausente da ilha e da presença de Carolina. Veja um trecho do referido capítulo: "O nosso Augusto, por exemplo, está agora bronco para as lições e impertinente com tudo. Rafael é quem paga o pato; se o inocente moleque lhe apronta o chá muito cedo, apanha meia dúzia de bolos, porque quer ir vadiar pelas ruas; se no dia seguinte se demora só dez minutos, leva dois pescoções, para andar mais ligeiro. Não há, enfim, coisa alguma que possa contentar o Sr. Augusto." PERSONAGENS

PERSONAGENS ESTEREOTIPADOS – Todos os personagens de A Moreninha são estereotipados, planos, lineares. Isto quer dizer que eles não mudam de personalidade, não

Page 6: ESTUDO LITERÁRIO - Biblioteca Virtualbv.cultura.am.gov.br/templates/areatematica/conhecimento... · A MORENINHA NOTA BIOGRÁFICA Nascimento e Morte Joaquim Manuel de Macedo nasceu

ESTUDO LITERÁRIO

6

evoluem durante toda a história. Mais ainda: não têm complexidade, sendo caracterizados pelos detalhes físicos, exteriores.

Rafael Escravo, criado de Augusto, espécie de pajem ou moleque de recados. É quem lhe

prepara os chás e quem lhe atura o mau humor, levando castigos corporais (bolos) por quase nada.

Tobias Escravo, criado de D. Joana, prima de Filipe. O negro tem dezesseis anos, é bem-

apessoado, falante, muito vivo quanto à questão de dinheiro. Paula

Ama-de-leite de Carolina; incentivada por Keblerc, bebeu vinho e ficou bêbada. D. Ana

D. Ana, avó de Filipe, é uma senhora de espírito e alguma instrução. Tem sessenta anos, cheia de bondade. Seu coração é o templo da amizade cujo mais nobre altar é exclusivamente consagrado à querida neta, Carolina, irmã de Filipe.

Carolina Travessa, inconseqüente e, às vezes, engraçada; viva, curiosa e, em algumas

ocasiões, impertinente. Na visão de D. Clementina: "Ela é travessa como o beija-flor, inocente como uma

boneca, faceira como o pavão, e curiosa como... uma mulher." É a protagonista da história, detentora de qualidades que remetem à perfeição.

Augusto Protagonista da história. Tem 21 anos de idade e está no quinto ano de Medicina.

Granjeou, entre os amigos, fama de inconstante. Mas há um motivo secreto para tal comportamento: fidelidade a um amor da infância que, na sua visão, tornar-se-á realidade mais tarde.

Filipe Irmão de Carolina, neto de D. Ana. Amigo de Augusto, Fabrício e Leopoldo.

Também estudante de Medicina. D. Violante

"D. Violante era horrivelmente horrenda, e com sessenta anos de idade apresentava um carão capaz de desmamar a mais emperrada criança." Meio estabanada, ela quebra a harmonia reinante no ambiente burguês, sem causar transtornos graves.

Keblerc Alemão que, diante das garrafas de vinho, prefere ficar com elas a tomar parte na

festa que se desenrola na ilha. Embriaga-se, mas não perturba o clima de harmonia em que se desenvolve a história.

Fabrício Amigo de Augusto, também estudante de Medicina. Está apaixonado por Joaninha,

mas dela quer livrar-se por causa das exigências extravagantes da moça. Chega a pedir a ajuda de Augusto para livrar-se da namorada exigente.

Leopoldo Amigo de Augusto, Filipe e Fabrício; também estudante de Medicina.

Joaninha Prima de Filipe, namorada de Fabrício. Exigia que o estudante lhe escrevesse cartas

de amor quatro vezes por semana; que passasse por defronte da casa dela quatro vezes por

ESTUDO LITERÁRIO

6

evoluem durante toda a história. Mais ainda: não têm complexidade, sendo caracterizados pelos detalhes físicos, exteriores.

Rafael Escravo, criado de Augusto, espécie de pajem ou moleque de recados. É quem lhe

prepara os chás e quem lhe atura o mau humor, levando castigos corporais (bolos) por quase nada.

Tobias Escravo, criado de D. Joana, prima de Filipe. O negro tem dezesseis anos, é bem-

apessoado, falante, muito vivo quanto à questão de dinheiro. Paula

Ama-de-leite de Carolina; incentivada por Keblerc, bebeu vinho e ficou bêbada. D. Ana

D. Ana, avó de Filipe, é uma senhora de espírito e alguma instrução. Tem sessenta anos, cheia de bondade. Seu coração é o templo da amizade cujo mais nobre altar é exclusivamente consagrado à querida neta, Carolina, irmã de Filipe.

Carolina Travessa, inconseqüente e, às vezes, engraçada; viva, curiosa e, em algumas

ocasiões, impertinente. Na visão de D. Clementina: "Ela é travessa como o beija-flor, inocente como uma

boneca, faceira como o pavão, e curiosa como... uma mulher." É a protagonista da história, detentora de qualidades que remetem à perfeição.

Augusto Protagonista da história. Tem 21 anos de idade e está no quinto ano de Medicina.

Granjeou, entre os amigos, fama de inconstante. Mas há um motivo secreto para tal comportamento: fidelidade a um amor da infância que, na sua visão, tornar-se-á realidade mais tarde.

Filipe Irmão de Carolina, neto de D. Ana. Amigo de Augusto, Fabrício e Leopoldo.

Também estudante de Medicina. D. Violante

"D. Violante era horrivelmente horrenda, e com sessenta anos de idade apresentava um carão capaz de desmamar a mais emperrada criança." Meio estabanada, ela quebra a harmonia reinante no ambiente burguês, sem causar transtornos graves.

Keblerc Alemão que, diante das garrafas de vinho, prefere ficar com elas a tomar parte na

festa que se desenrola na ilha. Embriaga-se, mas não perturba o clima de harmonia em que se desenvolve a história.

Fabrício Amigo de Augusto, também estudante de Medicina. Está apaixonado por Joaninha,

mas dela quer livrar-se por causa das exigências extravagantes da moça. Chega a pedir a ajuda de Augusto para livrar-se da namorada exigente.

Leopoldo Amigo de Augusto, Filipe e Fabrício; também estudante de Medicina.

Joaninha Prima de Filipe, namorada de Fabrício. Exigia que o estudante lhe escrevesse cartas

de amor quatro vezes por semana; que passasse por defronte da casa dela quatro vezes por

Page 7: ESTUDO LITERÁRIO - Biblioteca Virtualbv.cultura.am.gov.br/templates/areatematica/conhecimento... · A MORENINHA NOTA BIOGRÁFICA Nascimento e Morte Joaquim Manuel de Macedo nasceu

ESTUDO LITERÁRIO

7

dia; que fosse a miúdo ao teatro e aos bailes que freqüentava; que não fumasse charutos de Havana nem de Manilha, por ser falta de patriotismo.

Quinquina Moça volúvel, namoradeira. Namorava um tenente Gusmão da Guarda Nacional. Na

festa da ilha, recebeu um cravo de um velho militar e ia passá-lo adiante, a um jovem de nome Lúcio. O cravo terminou, por acaso, nas mãos de Augusto.

Clementina Moça que cortou uma madeixa dos cabelos, fez um embrulho e deixou-o sob uma

roseira para ser apanhado por Filipe. Augusto antecipou-se ao colega e guardou o pacotinho.

Gabriela Moça que, por cartas, se correspondia com cinco mancebos. Certo dia, a senhora

encarregada de distribuir as correspondências enganou-se na entrega de duas; trocou-as e deu a de lacre azul ao Sr. Juca e a de lacre verde ao Sr. Joãozinho.

RESUMO DA OBRA IAposta imprudente

Filipe, depois de ser vaiado pelos amigos enquanto tentava dizer-lhes alguma coisa,

convida-os para passar a véspera e o dia de Santa'Ana na ilha de Paquetá: "– Estou habilitado para convidá-los a vir passar a véspera e dia de Sant'Ana

conosco, na ilha de..." "– Eu vou, disse prontamente Leopoldo." "– E dois, acudiu Fabrício." "Augusto só guardou silêncio." Os argumentos de Filipe para fazer Augusto ir à festa estavam esgotando-se. Ele não

se interessou pela avó (D. Ana tinha 60 anos de idade), pela lista de convidados, pela beleza da ilha. Mas quando Filipe falou das primas (Joana, 17 anos, cabelos negros, pálida e Joaquina, 16 anos, loira, de olhos azuis, faces cor-de-rosa... seio de alabastro... corada), Augusto ficou vivamente interessado. Ainda havia, de quebra, a irmã: uma moreninha de quatorze anos. Pronto, Augusto estava decidido: ia visitar a avó de Filipe, passar três dias de patuscada.

Quando questionado sobre qual das três ele preferiria, respondeu que melhor era ficar com as três. Augusto fez um discurso sobre a inconstância. Era volúvel, sim, mas era feliz assim.

Nasceu, então, uma aposta. Filipe apostou que, ao final dos três dias de festa, Augusto estaria apaixonado por uma de suas primas. E o prêmio?

"– Nem almoço, nem camarote, concluiu Filipe; se perderes, escreverás a história da tua derrota, e se ganhares, escreverei o triunfo da tua inconstância."

Redigiu-se, então, um documento assinado por Augusto e Filipe e tendo Fabrício e Leopoldo por testemunhas.

ESTUDO LITERÁRIO

7

dia; que fosse a miúdo ao teatro e aos bailes que freqüentava; que não fumasse charutos de Havana nem de Manilha, por ser falta de patriotismo.

Quinquina Moça volúvel, namoradeira. Namorava um tenente Gusmão da Guarda Nacional. Na

festa da ilha, recebeu um cravo de um velho militar e ia passá-lo adiante, a um jovem de nome Lúcio. O cravo terminou, por acaso, nas mãos de Augusto.

Clementina Moça que cortou uma madeixa dos cabelos, fez um embrulho e deixou-o sob uma

roseira para ser apanhado por Filipe. Augusto antecipou-se ao colega e guardou o pacotinho.

Gabriela Moça que, por cartas, se correspondia com cinco mancebos. Certo dia, a senhora

encarregada de distribuir as correspondências enganou-se na entrega de duas; trocou-as e deu a de lacre azul ao Sr. Juca e a de lacre verde ao Sr. Joãozinho.

RESUMO DA OBRA IAposta imprudente

Filipe, depois de ser vaiado pelos amigos enquanto tentava dizer-lhes alguma coisa,

convida-os para passar a véspera e o dia de Santa'Ana na ilha de Paquetá: "– Estou habilitado para convidá-los a vir passar a véspera e dia de Sant'Ana

conosco, na ilha de..." "– Eu vou, disse prontamente Leopoldo." "– E dois, acudiu Fabrício." "Augusto só guardou silêncio." Os argumentos de Filipe para fazer Augusto ir à festa estavam esgotando-se. Ele não

se interessou pela avó (D. Ana tinha 60 anos de idade), pela lista de convidados, pela beleza da ilha. Mas quando Filipe falou das primas (Joana, 17 anos, cabelos negros, pálida e Joaquina, 16 anos, loira, de olhos azuis, faces cor-de-rosa... seio de alabastro... corada), Augusto ficou vivamente interessado. Ainda havia, de quebra, a irmã: uma moreninha de quatorze anos. Pronto, Augusto estava decidido: ia visitar a avó de Filipe, passar três dias de patuscada.

Quando questionado sobre qual das três ele preferiria, respondeu que melhor era ficar com as três. Augusto fez um discurso sobre a inconstância. Era volúvel, sim, mas era feliz assim.

Nasceu, então, uma aposta. Filipe apostou que, ao final dos três dias de festa, Augusto estaria apaixonado por uma de suas primas. E o prêmio?

"– Nem almoço, nem camarote, concluiu Filipe; se perderes, escreverás a história da tua derrota, e se ganhares, escreverei o triunfo da tua inconstância."

Redigiu-se, então, um documento assinado por Augusto e Filipe e tendo Fabrício e Leopoldo por testemunhas.

Page 8: ESTUDO LITERÁRIO - Biblioteca Virtualbv.cultura.am.gov.br/templates/areatematica/conhecimento... · A MORENINHA NOTA BIOGRÁFICA Nascimento e Morte Joaquim Manuel de Macedo nasceu

ESTUDO LITERÁRIO

8

II Fabrício em apuros

Fabrício, por meio de longa carta, conta a Augusto sobre uma paixão platônica,

romântica que resolveu experimentar, seguindo os conselhos do próprio Augusto. Está namorando uma moça que, por coincidência, é a prima de Filipe, D. Joana. O namoro toma-lhe boa parte da mesada: tem que despender dinheiro para o Tobias, criado de Joana, para as entradas no teatro, para o papel em que escreve as cartas...

No final da carta, Fabrício pedia que Augusto, nos três dias de festa que iam passar na Ilha de Paquetá, fizesse corte a D. Joana. Era a estratégia para ele, Fabrício, alegando ciúmes, livrar-se desse amor romântico que o martirizava.

III

Manhã de sábado

Augusto chegou à Ilha de Paquetá às onze horas da manhã. Foi recebido por Leopoldo e Filipe. O autor faz uma breve descrição da paisagem e da casa. Augusto notou que, na sala, havia uma dúzia de jovens interessantes: "pareceu ao estudante um jardim cheio de flores ou um céu semeado de estrelas."

"Filipe apresentou o seu amigo à sua digna avó e a todas as outras pessoas que aí se achavam."

Primeira decepção de Augusto na ilha: sentou-se ao lado de D. Violante, uma velhinha feia, de conversa maçante que o reteve por demoradas horas, contando-lhe a vida e as doenças.

IV

Falta de condescendência

Augusto negou-se, terminantemente, a ajudar Fabrício na farsa contra Joaninha. A moça estava apaixonada, e Fabrício não tinha o direito de magoá-la. Os dois amigos, então, declararam guerra um ao outro durante os dias de festa. A primeira batalha estava marcada para a hora do jantar.

V

Jantar conversado

O jantar contava com 26 pessoas entre homens e mulheres. D. Clementina, com voz de cronista, ia falando das moças com um tom de ironia. Quando se referiu à Moreninha (era assim que Carolina era tratada na intimidade), conteve a língua e disse apenas o seguinte:

"– Ela é travessa como o beija-flor, inocente como uma boneca, faceira como o pavão, e curiosa como... uma mulher."

Carolina impressionou a todos durante o jantar com sua prosa irônica e espirituosa. Impressionou, porém, de modo especial, Augusto. Ele que, de início, a achara feia, começava a vê-la com outros olhos.

ESTUDO LITERÁRIO

8

II Fabrício em apuros

Fabrício, por meio de longa carta, conta a Augusto sobre uma paixão platônica,

romântica que resolveu experimentar, seguindo os conselhos do próprio Augusto. Está namorando uma moça que, por coincidência, é a prima de Filipe, D. Joana. O namoro toma-lhe boa parte da mesada: tem que despender dinheiro para o Tobias, criado de Joana, para as entradas no teatro, para o papel em que escreve as cartas...

No final da carta, Fabrício pedia que Augusto, nos três dias de festa que iam passar na Ilha de Paquetá, fizesse corte a D. Joana. Era a estratégia para ele, Fabrício, alegando ciúmes, livrar-se desse amor romântico que o martirizava.

III

Manhã de sábado

Augusto chegou à Ilha de Paquetá às onze horas da manhã. Foi recebido por Leopoldo e Filipe. O autor faz uma breve descrição da paisagem e da casa. Augusto notou que, na sala, havia uma dúzia de jovens interessantes: "pareceu ao estudante um jardim cheio de flores ou um céu semeado de estrelas."

"Filipe apresentou o seu amigo à sua digna avó e a todas as outras pessoas que aí se achavam."

Primeira decepção de Augusto na ilha: sentou-se ao lado de D. Violante, uma velhinha feia, de conversa maçante que o reteve por demoradas horas, contando-lhe a vida e as doenças.

IV

Falta de condescendência

Augusto negou-se, terminantemente, a ajudar Fabrício na farsa contra Joaninha. A moça estava apaixonada, e Fabrício não tinha o direito de magoá-la. Os dois amigos, então, declararam guerra um ao outro durante os dias de festa. A primeira batalha estava marcada para a hora do jantar.

V

Jantar conversado

O jantar contava com 26 pessoas entre homens e mulheres. D. Clementina, com voz de cronista, ia falando das moças com um tom de ironia. Quando se referiu à Moreninha (era assim que Carolina era tratada na intimidade), conteve a língua e disse apenas o seguinte:

"– Ela é travessa como o beija-flor, inocente como uma boneca, faceira como o pavão, e curiosa como... uma mulher."

Carolina impressionou a todos durante o jantar com sua prosa irônica e espirituosa. Impressionou, porém, de modo especial, Augusto. Ele que, de início, a achara feia, começava a vê-la com outros olhos.

Page 9: ESTUDO LITERÁRIO - Biblioteca Virtualbv.cultura.am.gov.br/templates/areatematica/conhecimento... · A MORENINHA NOTA BIOGRÁFICA Nascimento e Morte Joaquim Manuel de Macedo nasceu

ESTUDO LITERÁRIO

9

Começou, então, a guerra entre Fabrício e Augusto. A acusação principal daquele contra este era de frivolidade: o rapaz não conseguia ficar apaixonado por alguém por mais de três dias. Augusto rebateu: a culpa era de Fabrício que lhe tirava as namoradas.

O jantar terminou em brinde de champanha. Cada mancebo brindou à letra inicial do nome de uma donzela por quem sentia paixão. Augusto brindou ao alfabeto inteiro.

VI

Augusto com seus amores

Depois do jantar, todos os convidados foram passear no jardim, com exceção do alemão Keblerc, que ficou fazendo companhia às garrafas de vinho. Os pares foram-se formando naturalmente. Augusto e Carolina caminhavam, porém, separados. Ele, a contragosto; ela, por prazer.

Fracassadas as tentativas de companhia, Augusto achou, finalmente, uma senhora que teve piedade dele: Dona Ana, avó de Carolina.

Em companhia tão confiável, Augusto confessou que já amava uma mulher, por isso era inconstante com as demais. Entraram numa pequena gruta, isolando-se das outras pessoas, e Augusto preparou-se para contar, pela primeira vez, a história dos seus amores.

VII

Os dois breves, branco e verde

Augusto tinha treze anos quando conheceu, numa bela praia do Rio de Janeiro, uma menina que não tinha, talvez, oito. Rapidamente, tornaram-se amigos e começaram a brincar na areia, fazendo mil travessuras. Ela, em dado momento, disse-lhe que, quando crescessem, haviam de se casar. Passaram a tratar-se, então, de "meu marido" e "minha mulher". "Nós estávamos como dois antigos camaradas, quando fomos interrompidos em nossas travessuras por um outro menino que para nós corria chorando."

O menino pedia ajuda para o pai que estava morrendo em um casebre próximo. Ao redor de um ancião moribundo, a família chorava. Os dois meninos, descobrindo que também a fome pode matar, deram esmolas para a família pobre. O velho, em sinal de agradecimento, previu que os dois, no futuro, iam-se casar. Para provar que não era delírio, fez ali uma troca de presentes: deu ao menino um breve branco contendo uma esmeralda da menina; a ela, deu um breve verde, contendo um camafeu do menino. Abençoou a união dos dois e pediu que eles fossem embora para não ver um pobre velho morrer.

Já era tarde, e o casal de meninos separou-se sem sequer perguntar o nome um do outro.

Pareceu a Augusto que, enquanto contava essa história a D. Ana, alguém ouvia na entrada da gruta. Ele foi averiguar e viu apenas Carolina quieta, meio meditativa.

VIII

Augusto prosseguindo

Apesar de D. Ana querer tomar a palavra, Augusto continuou a história que iniciara. O pai dele, no mesmo dia à noite, descobriu o destino do camafeu ao ler a história que o

ESTUDO LITERÁRIO

9

Começou, então, a guerra entre Fabrício e Augusto. A acusação principal daquele contra este era de frivolidade: o rapaz não conseguia ficar apaixonado por alguém por mais de três dias. Augusto rebateu: a culpa era de Fabrício que lhe tirava as namoradas.

O jantar terminou em brinde de champanha. Cada mancebo brindou à letra inicial do nome de uma donzela por quem sentia paixão. Augusto brindou ao alfabeto inteiro.

VI

Augusto com seus amores

Depois do jantar, todos os convidados foram passear no jardim, com exceção do alemão Keblerc, que ficou fazendo companhia às garrafas de vinho. Os pares foram-se formando naturalmente. Augusto e Carolina caminhavam, porém, separados. Ele, a contragosto; ela, por prazer.

Fracassadas as tentativas de companhia, Augusto achou, finalmente, uma senhora que teve piedade dele: Dona Ana, avó de Carolina.

Em companhia tão confiável, Augusto confessou que já amava uma mulher, por isso era inconstante com as demais. Entraram numa pequena gruta, isolando-se das outras pessoas, e Augusto preparou-se para contar, pela primeira vez, a história dos seus amores.

VII

Os dois breves, branco e verde

Augusto tinha treze anos quando conheceu, numa bela praia do Rio de Janeiro, uma menina que não tinha, talvez, oito. Rapidamente, tornaram-se amigos e começaram a brincar na areia, fazendo mil travessuras. Ela, em dado momento, disse-lhe que, quando crescessem, haviam de se casar. Passaram a tratar-se, então, de "meu marido" e "minha mulher". "Nós estávamos como dois antigos camaradas, quando fomos interrompidos em nossas travessuras por um outro menino que para nós corria chorando."

O menino pedia ajuda para o pai que estava morrendo em um casebre próximo. Ao redor de um ancião moribundo, a família chorava. Os dois meninos, descobrindo que também a fome pode matar, deram esmolas para a família pobre. O velho, em sinal de agradecimento, previu que os dois, no futuro, iam-se casar. Para provar que não era delírio, fez ali uma troca de presentes: deu ao menino um breve branco contendo uma esmeralda da menina; a ela, deu um breve verde, contendo um camafeu do menino. Abençoou a união dos dois e pediu que eles fossem embora para não ver um pobre velho morrer.

Já era tarde, e o casal de meninos separou-se sem sequer perguntar o nome um do outro.

Pareceu a Augusto que, enquanto contava essa história a D. Ana, alguém ouvia na entrada da gruta. Ele foi averiguar e viu apenas Carolina quieta, meio meditativa.

VIII

Augusto prosseguindo

Apesar de D. Ana querer tomar a palavra, Augusto continuou a história que iniciara. O pai dele, no mesmo dia à noite, descobriu o destino do camafeu ao ler a história que o

Page 10: ESTUDO LITERÁRIO - Biblioteca Virtualbv.cultura.am.gov.br/templates/areatematica/conhecimento... · A MORENINHA NOTA BIOGRÁFICA Nascimento e Morte Joaquim Manuel de Macedo nasceu

ESTUDO LITERÁRIO

10

próprio Augusto escrevera num papel. O velho da praia morreu no outro dia, e o pai de Augusto custeou as despesas do funeral e amparou financeiramente a família.

Augusto nunca mais encontro a "sua mulher"; não a tirou, porém, da alma e do pensamento. Aos dezoito anos, começou a se envolver com outras mulheres. Primeiro, uma morena que o deixou por um velho de sessenta anos; depois, uma moça branca e corada que o namorava apenas para se divertir. Veio outra de cor pálida que se correspondia comigo e com um primo, de nome Jorge, ao mesmo tempo.

Nasceu, então, o propósito de Augusto de amar todas as mulheres, sem ser fiel a nenhuma. Talvez até ficar solteirão.

IX

A Sra. D. Ana com suas histórias

D. Ana, depois de ouvir Augusto com paciência, contou-lhe a história de dois índios: uma tamoia de nome Ahy e um guerreiro de nome Aoitin. A índia ficou perdida de amores pelo guerreiro, mas este a ignorava sempre. Então, ela começou a chorar e a cantar para despertar-lhe a atenção. O guerreiro, porém não conseguia vê-la nem ouvir o seu canto. As lágrimas foram amolecendo a rocha e, devagar, formando a fonte que hoje é perene. O guerreiro, à medida que foi absorvendo a água da gruta, foi descobrindo que amava a índia tamoia. Uniram-se para sempre.

D. Ana explicou a Augusto que, ainda hoje, existe a crença de que a água da fonte faz de quem bebe um apaixonado por alguém da ilha.

Pela terceira vez, Augusto teve o pressentimento de que alguém ouvia sua conversa com D. Ana. Ao averiguar, apenas viu Carolina, que parecia preocupada com outras coisas.

X

A balada do rochedo

Ao saírem da gruta, Augusto viu Carolina sobre o rochedo da fonte. Olhava para o mar e cantava a balada da índia Ahy.

A balada contém 23 estrofes (sextilhas), com versos hexassílabos. A leitura é meio cansativa.

XI

Travessuras de D. Carolina

Quase todos os rapazes que estavam na ilha estavam gostando de Carolina. A primeira travessura da moça foi apertar os dedos de Fabrício contra os espinhos de um talo de rosa, ferindo-o. Augusto e Fabrício tentaram fazer as pazes. Num incidente hilário, Fabrício caiu na grama, e Augusto teve a calça branca manchada de café.

XII

Meia hora embaixo da cama

Filipe levou Augusto ao banheiro para tentar tirar a mancha da calça e da camisa. O anfitrião incentivou o amigo a ir trocar-se no gabinete das mulheres, falando de cremes,

ESTUDO LITERÁRIO

10

próprio Augusto escrevera num papel. O velho da praia morreu no outro dia, e o pai de Augusto custeou as despesas do funeral e amparou financeiramente a família.

Augusto nunca mais encontro a "sua mulher"; não a tirou, porém, da alma e do pensamento. Aos dezoito anos, começou a se envolver com outras mulheres. Primeiro, uma morena que o deixou por um velho de sessenta anos; depois, uma moça branca e corada que o namorava apenas para se divertir. Veio outra de cor pálida que se correspondia comigo e com um primo, de nome Jorge, ao mesmo tempo.

Nasceu, então, o propósito de Augusto de amar todas as mulheres, sem ser fiel a nenhuma. Talvez até ficar solteirão.

IX

A Sra. D. Ana com suas histórias

D. Ana, depois de ouvir Augusto com paciência, contou-lhe a história de dois índios: uma tamoia de nome Ahy e um guerreiro de nome Aoitin. A índia ficou perdida de amores pelo guerreiro, mas este a ignorava sempre. Então, ela começou a chorar e a cantar para despertar-lhe a atenção. O guerreiro, porém não conseguia vê-la nem ouvir o seu canto. As lágrimas foram amolecendo a rocha e, devagar, formando a fonte que hoje é perene. O guerreiro, à medida que foi absorvendo a água da gruta, foi descobrindo que amava a índia tamoia. Uniram-se para sempre.

D. Ana explicou a Augusto que, ainda hoje, existe a crença de que a água da fonte faz de quem bebe um apaixonado por alguém da ilha.

Pela terceira vez, Augusto teve o pressentimento de que alguém ouvia sua conversa com D. Ana. Ao averiguar, apenas viu Carolina, que parecia preocupada com outras coisas.

X

A balada do rochedo

Ao saírem da gruta, Augusto viu Carolina sobre o rochedo da fonte. Olhava para o mar e cantava a balada da índia Ahy.

A balada contém 23 estrofes (sextilhas), com versos hexassílabos. A leitura é meio cansativa.

XI

Travessuras de D. Carolina

Quase todos os rapazes que estavam na ilha estavam gostando de Carolina. A primeira travessura da moça foi apertar os dedos de Fabrício contra os espinhos de um talo de rosa, ferindo-o. Augusto e Fabrício tentaram fazer as pazes. Num incidente hilário, Fabrício caiu na grama, e Augusto teve a calça branca manchada de café.

XII

Meia hora embaixo da cama

Filipe levou Augusto ao banheiro para tentar tirar a mancha da calça e da camisa. O anfitrião incentivou o amigo a ir trocar-se no gabinete das mulheres, falando de cremes,

Page 11: ESTUDO LITERÁRIO - Biblioteca Virtualbv.cultura.am.gov.br/templates/areatematica/conhecimento... · A MORENINHA NOTA BIOGRÁFICA Nascimento e Morte Joaquim Manuel de Macedo nasceu

ESTUDO LITERÁRIO

11

espelhos, perfumes e outras coisas tentadoras. Augusto foi. Mal se despira, porém, várias moças entraram no gabinete, obrigando o estudante a recolher a roupa e esconder-se debaixo de uma cama ao fundo do quarto. O desespero aumentou quando D. Joaninha, D. Quinquina, D. Clementina e uma outra por nome Gabriela resolveram ir para o compartimento onde ficava a cama. As quatro puseram-se, então, a falar mal das outras moças, a contar vantagens amorosas e, para surpresa de Augusto, a depreciá-lo por conta da sua sabida inconstância.

De repente, ouviu-se um grito de dor lá fora. Alguma coisa acontecera a D. Carolina. As quatro moças retiraram-se às pressas, e Augusto, aproveitando a confusão, escapou sem ser visto.

XIII Os quatro em conferência

O grito de dor de Carolina foi em função de ver Paula, sua ama, caída no jardim. A

boa senhora resolveu seguir os brindes do alemão Keblerc e terminou embriagada. Os quatro estudantes (Filipe, Fabrício, Leopoldo e Augusto) logo descobriram a

doença de Dona Paula. Para não contrariar Carolina, inventaram uma conferência. Um por vez, fizeram desfilar coisas absurdas sobre a doença e sobre o tratamento a ser adotado. O último a falar foi Augusto, que logo teve a preferência de Carolina para cuidar da enferma.

XIV

Prelúdio sentimental

Enquanto todos se divertiam, Augusto mostrava desagrado porque não via Carolina no salão. Foi ter com Dona Ana que indicou o paradeiro da neta: o quarto de Paula. Augusto foi até lá e viu uma cena encantadora. Carolina, ternamente, dava o escalda-pés na ama-de-leite. Augusto juntou-se a ela, tomando-lhe o lugar e completando o trabalho. Saíram dali para o salão de mãos dadas.

XV

Um dia em quatro palavras

Metade do dia seguinte, os convidados da ilha gastaram-na em atividades corriqueiras. Houve até o julgamento de Carolina por ter dado morte a uma flor de propriedade de Augusto. A criminosa foi sentenciada a dar um beijo no dono da flor e, à frente de todos, pedir perdão ao estudante. Apesar dos protestos das juradas, que queriam o beijo, Augusto concedeu-lhe o perdão e beijou-lhe a mão.

XVI

O sarau

O autor descreve, neste capítulo, uma festa típica da sociedade carioca dos meados do século XIX. Especial importância é dada a Carolina: a vivacidade, o traje, o diálogo inteligente com Augusto.

Ao final da festa, Augusto havia feito declaração de amor a quatro moças: D. Quinquina, D. Clementina, D. Joaninha e D. Gabriela. As quatro combinaram, então, uma

ESTUDO LITERÁRIO

11

espelhos, perfumes e outras coisas tentadoras. Augusto foi. Mal se despira, porém, várias moças entraram no gabinete, obrigando o estudante a recolher a roupa e esconder-se debaixo de uma cama ao fundo do quarto. O desespero aumentou quando D. Joaninha, D. Quinquina, D. Clementina e uma outra por nome Gabriela resolveram ir para o compartimento onde ficava a cama. As quatro puseram-se, então, a falar mal das outras moças, a contar vantagens amorosas e, para surpresa de Augusto, a depreciá-lo por conta da sua sabida inconstância.

De repente, ouviu-se um grito de dor lá fora. Alguma coisa acontecera a D. Carolina. As quatro moças retiraram-se às pressas, e Augusto, aproveitando a confusão, escapou sem ser visto.

XIII Os quatro em conferência

O grito de dor de Carolina foi em função de ver Paula, sua ama, caída no jardim. A

boa senhora resolveu seguir os brindes do alemão Keblerc e terminou embriagada. Os quatro estudantes (Filipe, Fabrício, Leopoldo e Augusto) logo descobriram a

doença de Dona Paula. Para não contrariar Carolina, inventaram uma conferência. Um por vez, fizeram desfilar coisas absurdas sobre a doença e sobre o tratamento a ser adotado. O último a falar foi Augusto, que logo teve a preferência de Carolina para cuidar da enferma.

XIV

Prelúdio sentimental

Enquanto todos se divertiam, Augusto mostrava desagrado porque não via Carolina no salão. Foi ter com Dona Ana que indicou o paradeiro da neta: o quarto de Paula. Augusto foi até lá e viu uma cena encantadora. Carolina, ternamente, dava o escalda-pés na ama-de-leite. Augusto juntou-se a ela, tomando-lhe o lugar e completando o trabalho. Saíram dali para o salão de mãos dadas.

XV

Um dia em quatro palavras

Metade do dia seguinte, os convidados da ilha gastaram-na em atividades corriqueiras. Houve até o julgamento de Carolina por ter dado morte a uma flor de propriedade de Augusto. A criminosa foi sentenciada a dar um beijo no dono da flor e, à frente de todos, pedir perdão ao estudante. Apesar dos protestos das juradas, que queriam o beijo, Augusto concedeu-lhe o perdão e beijou-lhe a mão.

XVI

O sarau

O autor descreve, neste capítulo, uma festa típica da sociedade carioca dos meados do século XIX. Especial importância é dada a Carolina: a vivacidade, o traje, o diálogo inteligente com Augusto.

Ao final da festa, Augusto havia feito declaração de amor a quatro moças: D. Quinquina, D. Clementina, D. Joaninha e D. Gabriela. As quatro combinaram, então, uma

Page 12: ESTUDO LITERÁRIO - Biblioteca Virtualbv.cultura.am.gov.br/templates/areatematica/conhecimento... · A MORENINHA NOTA BIOGRÁFICA Nascimento e Morte Joaquim Manuel de Macedo nasceu

ESTUDO LITERÁRIO

12

vingança. Escreveram um bilhete, convidando o conquistador para um encontro, com uma delas, ao amanhecer, no banco de relva da gruta.

XVII

Foram buscar lã e saíram tosquiadas

Augusto, indo pegar o casaco, encontrou, no bolso, o bilhete em que era convidado

para estar na gruta ao amanhecer. Em outro bolso, encontrou, surpreso, outro bilhete. Alguém o advertia sobre as quatro moças que dele queriam zombar lá na fonte. Meio em dúvida, compareceu ao encontro. Sem deixar que as moças tomassem a iniciativa de agredi-lo, Augusto, depois de beber da água que permitia revelar segredos, começou a dissertar sobre as moças presentes.

Augusto levou-as à fonte, uma de cada vez, e ali, em nome da fada, revelou-lhes segredos que colhera enquanto esteve debaixo da cama (capítulo XII). As moças ficaram assustadas, crendo deveras que algum poder sobrenatural fora dado a Augusto. Ele já se achava sozinho e vitorioso quando uma voz veio assustá-lo.

"– Agora, Sr. Augusto, é chegada a sua vez..."

XVIII Achou quem o tosquiasse

A voz era de Carolina que, ao fundo da gruta, confessou que estava ali para vingar,

em nome da fada, as zombarias feitas às quatro moças. Depois de beber da água da fonte, Carolina perguntou se Augusto queria saber do passado, do presente ou do futuro. Principiou com o passado. Falou-lhe da promessa que ele fizera a uma menina da infância, das várias decepções amorosas que se seguiram, enfim, tudo que ouvira, claro, quando Augusto contou seus segredos a D. Ana.

Augusto não sabia se acreditava em tudo quanto ouvia. Mas a verdade é que Carolina desfilava verdades bem íntimas do estudante. Tudo terminou quando ele resolveu duvidar de vez da veracidade das adivinhações. Terminou confessando a Carolina que estava apaixonado. Quando ia dizer o nome da moça, ela alertou que alguém os vigiava na entrada da gruta. Ele foi ver quem era e, quando voltou, ela havia desaparecido.

XIX

Entremos nos corações

Na cidade, Augusto não consegue concentrar-se nos estudos. Os olhos estão nos livros, mas o pensamento está na ilha, em Carolina. A menina enfeitiçou-o deveras, ele não sente vergonha de admitir que está amando.

Na ilha, Carolina perdeu a sua habitual alegria. O mau humor da menina era visível e contagiava todos em redor. Também admitia, em silêncio, que estava amando Augusto.

O capítulo termina com a notícia, dada por Filipe, de que Augusto passará o domingo na ilha. Carolina chora de prazer.

ESTUDO LITERÁRIO

12

vingança. Escreveram um bilhete, convidando o conquistador para um encontro, com uma delas, ao amanhecer, no banco de relva da gruta.

XVII

Foram buscar lã e saíram tosquiadas

Augusto, indo pegar o casaco, encontrou, no bolso, o bilhete em que era convidado

para estar na gruta ao amanhecer. Em outro bolso, encontrou, surpreso, outro bilhete. Alguém o advertia sobre as quatro moças que dele queriam zombar lá na fonte. Meio em dúvida, compareceu ao encontro. Sem deixar que as moças tomassem a iniciativa de agredi-lo, Augusto, depois de beber da água que permitia revelar segredos, começou a dissertar sobre as moças presentes.

Augusto levou-as à fonte, uma de cada vez, e ali, em nome da fada, revelou-lhes segredos que colhera enquanto esteve debaixo da cama (capítulo XII). As moças ficaram assustadas, crendo deveras que algum poder sobrenatural fora dado a Augusto. Ele já se achava sozinho e vitorioso quando uma voz veio assustá-lo.

"– Agora, Sr. Augusto, é chegada a sua vez..."

XVIII Achou quem o tosquiasse

A voz era de Carolina que, ao fundo da gruta, confessou que estava ali para vingar,

em nome da fada, as zombarias feitas às quatro moças. Depois de beber da água da fonte, Carolina perguntou se Augusto queria saber do passado, do presente ou do futuro. Principiou com o passado. Falou-lhe da promessa que ele fizera a uma menina da infância, das várias decepções amorosas que se seguiram, enfim, tudo que ouvira, claro, quando Augusto contou seus segredos a D. Ana.

Augusto não sabia se acreditava em tudo quanto ouvia. Mas a verdade é que Carolina desfilava verdades bem íntimas do estudante. Tudo terminou quando ele resolveu duvidar de vez da veracidade das adivinhações. Terminou confessando a Carolina que estava apaixonado. Quando ia dizer o nome da moça, ela alertou que alguém os vigiava na entrada da gruta. Ele foi ver quem era e, quando voltou, ela havia desaparecido.

XIX

Entremos nos corações

Na cidade, Augusto não consegue concentrar-se nos estudos. Os olhos estão nos livros, mas o pensamento está na ilha, em Carolina. A menina enfeitiçou-o deveras, ele não sente vergonha de admitir que está amando.

Na ilha, Carolina perdeu a sua habitual alegria. O mau humor da menina era visível e contagiava todos em redor. Também admitia, em silêncio, que estava amando Augusto.

O capítulo termina com a notícia, dada por Filipe, de que Augusto passará o domingo na ilha. Carolina chora de prazer.

Page 13: ESTUDO LITERÁRIO - Biblioteca Virtualbv.cultura.am.gov.br/templates/areatematica/conhecimento... · A MORENINHA NOTA BIOGRÁFICA Nascimento e Morte Joaquim Manuel de Macedo nasceu

ESTUDO LITERÁRIO

13

XX Primeiro domingo: ele marca

Augusto foi muito bem recebido na ilha. D. Ana mostrava-se feliz, Carolina não

cabia em si de contentamento, Filipe estava contente com a presença do amigo. Carolina tentou dar aulas de bordado para Augusto: era uma boa desculpa para os

dois ficarem juntos. Terminadas as lições, o aprendiz prometeu à mestra um nome bordado por suas próprias mãos. Na despedida, ficou o compromisso de se verem no próximo domingo.

XXI

Segundo domingo: brincando de bonecas

Augusto, domingo cedinho, chegou à ilha. Carolina esperava-o no rochedo e só

desceu de lá para recebê-lo. Na sala, quis logo saber se o aprendiz bordou o nome prometido. Ele exibiu um belo lenço com o nome de Carolina bordado nos quatro cantos. Trabalho de perfeição admirável. Em vez de elogiar, a mestra zangou-se. Compreendeu logo que o trabalho fora feito por outra mulher. Chegou a chorar e a rasgar o lenço, numa típica cena de ciúmes. O aprendiz explicou que uma mulher realmente fizera o trabalho, mas uma mulher idosa.

Encerradas as lições de bordado, Carolina convidou Augusto para conhecer-lhe as bonecas. Ele logo se habituou com os nomes, com as roupas, com o parentesco que havia entre elas.

Em passeio pelo jardim, Augusto confessou que amava Carolina. Ela quase retribuiu a confissão, mas conteve-se.

XXII

Mau tempo

Depois de saber que era amado, Augusto deparou-se com a presença do pai. O velho já sabia de muitas coisas, principalmente das aulas a que o filho estava faltando. Vieram os conselhos, as recriminações. A semana esvaía-se, e o pai de Augusto não mostrava sinais de que iria embora.

No sábado, o estudante pediu permissão ao pai para ir passar o domingo na ilha e recebeu um "não" categórico. Mais ainda: Augusto foi trancado no quarto. Não dormiu e, no outro dia, amanheceu abatido e doente. Veio o médico, e o estudante confessou-lhe a moléstia: amor. Os remédios mostraram-se inúteis. Três dias depois, Augusto definhara a olhos vistos, preocupando a todos. O velho, então, temendo a morte do filho, fez-lhe as vontades.

XXIII

A esmeralda e o camafeu

ESTUDO LITERÁRIO

13

XX Primeiro domingo: ele marca

Augusto foi muito bem recebido na ilha. D. Ana mostrava-se feliz, Carolina não

cabia em si de contentamento, Filipe estava contente com a presença do amigo. Carolina tentou dar aulas de bordado para Augusto: era uma boa desculpa para os

dois ficarem juntos. Terminadas as lições, o aprendiz prometeu à mestra um nome bordado por suas próprias mãos. Na despedida, ficou o compromisso de se verem no próximo domingo.

XXI

Segundo domingo: brincando de bonecas

Augusto, domingo cedinho, chegou à ilha. Carolina esperava-o no rochedo e só

desceu de lá para recebê-lo. Na sala, quis logo saber se o aprendiz bordou o nome prometido. Ele exibiu um belo lenço com o nome de Carolina bordado nos quatro cantos. Trabalho de perfeição admirável. Em vez de elogiar, a mestra zangou-se. Compreendeu logo que o trabalho fora feito por outra mulher. Chegou a chorar e a rasgar o lenço, numa típica cena de ciúmes. O aprendiz explicou que uma mulher realmente fizera o trabalho, mas uma mulher idosa.

Encerradas as lições de bordado, Carolina convidou Augusto para conhecer-lhe as bonecas. Ele logo se habituou com os nomes, com as roupas, com o parentesco que havia entre elas.

Em passeio pelo jardim, Augusto confessou que amava Carolina. Ela quase retribuiu a confissão, mas conteve-se.

XXII

Mau tempo

Depois de saber que era amado, Augusto deparou-se com a presença do pai. O velho já sabia de muitas coisas, principalmente das aulas a que o filho estava faltando. Vieram os conselhos, as recriminações. A semana esvaía-se, e o pai de Augusto não mostrava sinais de que iria embora.

No sábado, o estudante pediu permissão ao pai para ir passar o domingo na ilha e recebeu um "não" categórico. Mais ainda: Augusto foi trancado no quarto. Não dormiu e, no outro dia, amanheceu abatido e doente. Veio o médico, e o estudante confessou-lhe a moléstia: amor. Os remédios mostraram-se inúteis. Três dias depois, Augusto definhara a olhos vistos, preocupando a todos. O velho, então, temendo a morte do filho, fez-lhe as vontades.

XXIII

A esmeralda e o camafeu

Page 14: ESTUDO LITERÁRIO - Biblioteca Virtualbv.cultura.am.gov.br/templates/areatematica/conhecimento... · A MORENINHA NOTA BIOGRÁFICA Nascimento e Morte Joaquim Manuel de Macedo nasceu

ESTUDO LITERÁRIO

14

No sábado, D. Ana tentou confortar Carolina contando a ela que Augusto não viera porque fora atacado por grave enfermidade. Tranqüilizou-a, dizendo que a doença já se fora, e que o moço estava em plena recuperação.

No domingo cedinho, Carolina pôs-se a cantar a balada de Ahy em cima do rochedo. O barco esperado chegou, trazendo Augusto e seu pai.

Depois de longa conferência entre D. Ana e o pai de Augusto, os dois namorados foram chamados. Quando a Moreninha foi questionada sobre querer ou não casar-se com Augusto, prometeu responder em meia hora, depois de ir consultar a fonte da gruta. Augusto, depois de uns instantes, foi ter com ela. Ali, depois de algumas maldades de Carolina, os dois provaram que eram as duas crianças que haviam trocado juras de amor na infância.

Epílogo

Filipe, Fabrício e Leopoldo chegaram logo depois à ilha. O próprio Filipe tratara dos

arranjos para o casamento da irmã. Em conversa amigável, constataram que, naquele domingo, 20 de agosto, completava um mês desde o dia da aposta inicial. Augusto estava devendo, pois, um romance. Quando questionado sobre o assunto, respondeu:

"– Já está pronto, respondeu o noivo. "– Como se intitula? "– A Moreninha."

TESTES

01. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) O sucesso de A Moreninha está vinculado à capacidade do autor de imergir o leitor na atmosfera de lenda e de sonho, onde o tempo, o sofrimento e o trabalho parecem não existir. 2. ( ) A divisão tradicional do livro, composto de heróis e vilões, é um dos aspectos que o vinculam ao Romantismo. 3. ( ) Dois personagens do livro quebram a harmonia social da história: o alemão Keblerc, que se embriaga e leva à embriaguez a ama-de-leite de Carolina, e a senhora D. Violante. 4. ( ) O romance é narrado em primeira pessoa, pelo próprio Augusto. 02. Relacione corretamente: a) O Ateneu b) A Hora da Estrela c) A Moreninha 1. ( ) Romance narrado na primeira pessoa, pelo próprio personagem, em tom de memorialista. 2. ( ) Romance narrado ora na primeira, ora na terceira pessoa, por um narrador criado pela própria autora. 3. ( ) Romance narrado na terceira pessoa, por um narrador onisciente que banca o moralista.

ESTUDO LITERÁRIO

14

No sábado, D. Ana tentou confortar Carolina contando a ela que Augusto não viera porque fora atacado por grave enfermidade. Tranqüilizou-a, dizendo que a doença já se fora, e que o moço estava em plena recuperação.

No domingo cedinho, Carolina pôs-se a cantar a balada de Ahy em cima do rochedo. O barco esperado chegou, trazendo Augusto e seu pai.

Depois de longa conferência entre D. Ana e o pai de Augusto, os dois namorados foram chamados. Quando a Moreninha foi questionada sobre querer ou não casar-se com Augusto, prometeu responder em meia hora, depois de ir consultar a fonte da gruta. Augusto, depois de uns instantes, foi ter com ela. Ali, depois de algumas maldades de Carolina, os dois provaram que eram as duas crianças que haviam trocado juras de amor na infância.

Epílogo

Filipe, Fabrício e Leopoldo chegaram logo depois à ilha. O próprio Filipe tratara dos

arranjos para o casamento da irmã. Em conversa amigável, constataram que, naquele domingo, 20 de agosto, completava um mês desde o dia da aposta inicial. Augusto estava devendo, pois, um romance. Quando questionado sobre o assunto, respondeu:

"– Já está pronto, respondeu o noivo. "– Como se intitula? "– A Moreninha."

TESTES

01. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) O sucesso de A Moreninha está vinculado à capacidade do autor de imergir o leitor na atmosfera de lenda e de sonho, onde o tempo, o sofrimento e o trabalho parecem não existir. 2. ( ) A divisão tradicional do livro, composto de heróis e vilões, é um dos aspectos que o vinculam ao Romantismo. 3. ( ) Dois personagens do livro quebram a harmonia social da história: o alemão Keblerc, que se embriaga e leva à embriaguez a ama-de-leite de Carolina, e a senhora D. Violante. 4. ( ) O romance é narrado em primeira pessoa, pelo próprio Augusto. 02. Relacione corretamente: a) O Ateneu b) A Hora da Estrela c) A Moreninha 1. ( ) Romance narrado na primeira pessoa, pelo próprio personagem, em tom de memorialista. 2. ( ) Romance narrado ora na primeira, ora na terceira pessoa, por um narrador criado pela própria autora. 3. ( ) Romance narrado na terceira pessoa, por um narrador onisciente que banca o moralista.

Page 15: ESTUDO LITERÁRIO - Biblioteca Virtualbv.cultura.am.gov.br/templates/areatematica/conhecimento... · A MORENINHA NOTA BIOGRÁFICA Nascimento e Morte Joaquim Manuel de Macedo nasceu

ESTUDO LITERÁRIO

15

4. ( ) Romance com aparência de diário íntimo. 5. ( ) A heroína detém todas as características positivas do ser humano. 6. ( ) A personagem principal tem dezenove anos, é feia e migrou de Alagoas para o Rio de Janeiro. 03. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) O narrador onisciente intromete-se um pouco na história, bancando o moralista. 2. ( ) A linguagem do autor é sóbria, concisa, direta. Neste aspecto, o livro antecipa características do Realismo. 3. ( ) O excesso de adjetivos e de comparações tornam a linguagem derramada. 4. ( ) Em A Moreninha, o tempo é linear, ou seja, os acontecimentos vão sendo incorporados à história em ordem cronológica, sem recuos nem avanços. 04. Relacione corretamente: a) O Ateneu b) A Hora da Estrela c) A Moreninha 1. ( ) Glória, Madama Carlota, Olímpico de Jesus 2. ( ) Cândido e Tourinho 3. ( ) Rafael, Tobias, Paula 4. ( ) Rodrigo S. M., Raimundo Silveira 5. ( ) D. Ana, Filipe, Carolina 6. ( ) Aristarco, Bento Alves, Sanches, Egbert 05. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) Os eventos narrados desenrolam-se durante os trinta dias pelos quais a aposta era válida. 2. ( ) Aquilo que parecia inconstância do herói era, na verdade, fidelidade a um amor de infância. 3. ( ) O pai de Augusto era um rico comerciante da cidade. 4. ( ) O uso de símiles (comparação comum) é prática corriqueira no livro e passou a caracterizar, depois de Macedo, outros autores românticos. 06. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) A história de A Moreninha questiona, na verdade, a fidelidade amorosa entre jovens urbanos no Brasil da primeira metade do século XIX. 2. ( ) A heroína é descrita como um ser humano perfeito, desde o físico até o caráter. Carolina é endeusada pelo autor, que a transforma numa espécie de anjo especial. 3. ( ) O livro mostra que o contraste social (Carolina era pobre e Augusto, rico) não é empecilho para o amor puro e verdadeiro. 4. ( ) A linguagem regionalista fica evidente na maneira de falar de Carolina, que morava numa ilha. 07. Relacione corretamente: a) O Ateneu b) A Hora da Estrela

ESTUDO LITERÁRIO

15

4. ( ) Romance com aparência de diário íntimo. 5. ( ) A heroína detém todas as características positivas do ser humano. 6. ( ) A personagem principal tem dezenove anos, é feia e migrou de Alagoas para o Rio de Janeiro. 03. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) O narrador onisciente intromete-se um pouco na história, bancando o moralista. 2. ( ) A linguagem do autor é sóbria, concisa, direta. Neste aspecto, o livro antecipa características do Realismo. 3. ( ) O excesso de adjetivos e de comparações tornam a linguagem derramada. 4. ( ) Em A Moreninha, o tempo é linear, ou seja, os acontecimentos vão sendo incorporados à história em ordem cronológica, sem recuos nem avanços. 04. Relacione corretamente: a) O Ateneu b) A Hora da Estrela c) A Moreninha 1. ( ) Glória, Madama Carlota, Olímpico de Jesus 2. ( ) Cândido e Tourinho 3. ( ) Rafael, Tobias, Paula 4. ( ) Rodrigo S. M., Raimundo Silveira 5. ( ) D. Ana, Filipe, Carolina 6. ( ) Aristarco, Bento Alves, Sanches, Egbert 05. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) Os eventos narrados desenrolam-se durante os trinta dias pelos quais a aposta era válida. 2. ( ) Aquilo que parecia inconstância do herói era, na verdade, fidelidade a um amor de infância. 3. ( ) O pai de Augusto era um rico comerciante da cidade. 4. ( ) O uso de símiles (comparação comum) é prática corriqueira no livro e passou a caracterizar, depois de Macedo, outros autores românticos. 06. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) A história de A Moreninha questiona, na verdade, a fidelidade amorosa entre jovens urbanos no Brasil da primeira metade do século XIX. 2. ( ) A heroína é descrita como um ser humano perfeito, desde o físico até o caráter. Carolina é endeusada pelo autor, que a transforma numa espécie de anjo especial. 3. ( ) O livro mostra que o contraste social (Carolina era pobre e Augusto, rico) não é empecilho para o amor puro e verdadeiro. 4. ( ) A linguagem regionalista fica evidente na maneira de falar de Carolina, que morava numa ilha. 07. Relacione corretamente: a) O Ateneu b) A Hora da Estrela

Page 16: ESTUDO LITERÁRIO - Biblioteca Virtualbv.cultura.am.gov.br/templates/areatematica/conhecimento... · A MORENINHA NOTA BIOGRÁFICA Nascimento e Morte Joaquim Manuel de Macedo nasceu

ESTUDO LITERÁRIO

16

c) A Moreninha 1. ( ) Romance de traços impressionistas. 2. ( ) Romance que deu início à ficção na Literatura Brasileira. 3. ( ) O romance consegue aliar crítica social e literatura introspectiva, de profundidade psicológica. 4. ( ) A justaposição de quadros selecionados pela memória do narrador mostra ao leitor um mundo de hipocrisias e falsidades. 5. ( ) Há uma alegoria significativa: a heroína simboliza todos os migrantes nordestinos que se deslocam para o Sudeste e fracassam. 6. ( ) O livro contém confissões que dificilmente seriam feitas a outras pessoas, envolvendo intimidades sexuais vexatórias. 08. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) O predomínio da razão destoa dos padrões românticos. Augusto só aceita casar-se com Carolina quando concluir o curso de Medicina. 2. ( ) A natureza ganha destaque de duas maneiras dentro do livro. Na caracterização do cenário (a ilha é descrita como se fosse um paraíso) e nas constantes comparações dos traços positivos da heroína a elementos da natureza. 3. ( ) O livro só não termina em casamento porque o pai de Augusto propõe que a cerimônia só se realize quando o filho estiver formado em Medicina. 4. ( ) O livro mostra a vitória do amor. Mesmo contra a vontade dos adultos (pai do Augusto e avó de Carolina), eles se casam. 09. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) Embora sem grande relevo, há, em A Moreninha, referência ao trabalho escravo e aos castigos corporais a que os negros eram submetidos. 2. ( ) Todos os personagens de A Moreninha são esteriotipados, planos, lineares, exceção feita apenas aos dois heróis: Augusto e Carolina. 3. ( ) Os personagens de A Moreninha não têm complexidade, sendo caracterizados pelos detalhes físicos, exteriores. 4. ( ) Rafael é escravo, criado de Augusto, espécie de pajem ou moleque de recados. É quem lhe prepara os chás e quem lhe atura o mau humor, levando castigos corporais (bolos) por quase nada. 10. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) Tobias é escravo, criado de D. Joaninha, prima de Filipe. O negro tem dezesseis anos, é bem-apessoado, falante, muito vivo quanto à questão de dinheiro. 2. ( ) Paula é ama-de-leite de Carolina; incentivada por Keblerc, bebeu vinho e ficou bêbada. 3. ( ) D. Ana, avó de Filipe, é uma senhora de espírito e alguma instrução. Tem sessenta anos, cheia de bondade. Seu coração é um templo da amizade. 4. ( ) Fabrício envolveu-se com D. Joana, prima de Filipe. O namoro tomava-lhe boa parte da mesada: tinha que despender dinheiro para o Tobias, criado de Joana, para as entradas no teatro, para o papel em que escrevia as cartas... 11. Relacione corretamente:

ESTUDO LITERÁRIO

16

c) A Moreninha 1. ( ) Romance de traços impressionistas. 2. ( ) Romance que deu início à ficção na Literatura Brasileira. 3. ( ) O romance consegue aliar crítica social e literatura introspectiva, de profundidade psicológica. 4. ( ) A justaposição de quadros selecionados pela memória do narrador mostra ao leitor um mundo de hipocrisias e falsidades. 5. ( ) Há uma alegoria significativa: a heroína simboliza todos os migrantes nordestinos que se deslocam para o Sudeste e fracassam. 6. ( ) O livro contém confissões que dificilmente seriam feitas a outras pessoas, envolvendo intimidades sexuais vexatórias. 08. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) O predomínio da razão destoa dos padrões românticos. Augusto só aceita casar-se com Carolina quando concluir o curso de Medicina. 2. ( ) A natureza ganha destaque de duas maneiras dentro do livro. Na caracterização do cenário (a ilha é descrita como se fosse um paraíso) e nas constantes comparações dos traços positivos da heroína a elementos da natureza. 3. ( ) O livro só não termina em casamento porque o pai de Augusto propõe que a cerimônia só se realize quando o filho estiver formado em Medicina. 4. ( ) O livro mostra a vitória do amor. Mesmo contra a vontade dos adultos (pai do Augusto e avó de Carolina), eles se casam. 09. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) Embora sem grande relevo, há, em A Moreninha, referência ao trabalho escravo e aos castigos corporais a que os negros eram submetidos. 2. ( ) Todos os personagens de A Moreninha são esteriotipados, planos, lineares, exceção feita apenas aos dois heróis: Augusto e Carolina. 3. ( ) Os personagens de A Moreninha não têm complexidade, sendo caracterizados pelos detalhes físicos, exteriores. 4. ( ) Rafael é escravo, criado de Augusto, espécie de pajem ou moleque de recados. É quem lhe prepara os chás e quem lhe atura o mau humor, levando castigos corporais (bolos) por quase nada. 10. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) Tobias é escravo, criado de D. Joaninha, prima de Filipe. O negro tem dezesseis anos, é bem-apessoado, falante, muito vivo quanto à questão de dinheiro. 2. ( ) Paula é ama-de-leite de Carolina; incentivada por Keblerc, bebeu vinho e ficou bêbada. 3. ( ) D. Ana, avó de Filipe, é uma senhora de espírito e alguma instrução. Tem sessenta anos, cheia de bondade. Seu coração é um templo da amizade. 4. ( ) Fabrício envolveu-se com D. Joana, prima de Filipe. O namoro tomava-lhe boa parte da mesada: tinha que despender dinheiro para o Tobias, criado de Joana, para as entradas no teatro, para o papel em que escrevia as cartas... 11. Relacione corretamente:

Page 17: ESTUDO LITERÁRIO - Biblioteca Virtualbv.cultura.am.gov.br/templates/areatematica/conhecimento... · A MORENINHA NOTA BIOGRÁFICA Nascimento e Morte Joaquim Manuel de Macedo nasceu

ESTUDO LITERÁRIO

17

a) O Ateneu b) A Hora da Estrela c) A Moreninha 1. ( ) Fiel à sua época, o autor exagera no uso dos adjetivos, tornando a linguagem prolixa, derramada. Os rodeios excessivos fazem par com descrições exaustivas, cansando o leitor moderno. 2. ( ) O tema principal do livro é a crítica social. Investiga-se o destino de uma moça nordestina pobre que se aventura na cidade grande. 3. ( ) A linguagem do autor faz lembrar o estilo barroco: vocabulário rebuscado, preferência pela ordem inversa, uso de expressões latinas. 4. ( ) A heroína, quando tinha fome à noite, mastigava papel bem mastigadinho e engolia. 5. ( ) Os eventos narrados desenrolam-se no período de trinta dias. 6. ( ) A descrição dos personagens, salvo raras exceções, tem traços satíricos. 12. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) Augusto e Carolina, quando crianças, viram um pobre velho morrer na praia. Antes da morte, o moribundo previu que os dois, no futuro, casar-se-iam. 2. ( ) Antes de conhecer Carolina, Augusto jamais se envolveu com outra mulher, fiel à promessa feita na infância. 3. ( ) Durante o sarau, Augusto fez declaração de amor a quatro moças: D. Quinquina, D. Clementina, D. Joaninha e D. Gabriela. 4. ( ) A primeira declaração de amor que Augusto fez a Carolina foi no sarau, enquanto dançavam. 13. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) Quando Paula, ama de Carolina, ficou bêbada, os estudantes de Medicina ocultaram tal fato à Carolina para não a magoar. 2. ( ) Um bilhete de Carolina evitou que Augusto fosse motivo de zombaria na gruta: o estudante, sabendo do plano das moças, não compareceu ao encontro. 3. ( ) Joaninha, Quinquina, Clementina e Gabriela pegaram Augusto nu no banheiro das mulheres. O escândalo foi abafado por Filipe. 4. ( ) No início, Augusto chegou a achar Carolina feia. Logo depois, começou a enxergar nela alguns dotes especiais. Em dois dias, estava apaixonado. 14. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) Há, no livro, uma cena de tragédia: Paula, a ama-de-leite de Carolina, foi assassinada pelo alemão Keblerc. 2. ( ) O amor entre Augusto e Carolina nasceu da convivência, da admiração mútua ao longo de vários anos. 3. ( ) Antes de se apaixonar por Augusto, Carolina havia tentado namorar outros rapazes. 4. ( ) A mãe de Carolina suicidou-se quando a filha era criança. D. Ana, a avó, criou-a como filha. 15. Relacione corretamente:

ESTUDO LITERÁRIO

17

a) O Ateneu b) A Hora da Estrela c) A Moreninha 1. ( ) Fiel à sua época, o autor exagera no uso dos adjetivos, tornando a linguagem prolixa, derramada. Os rodeios excessivos fazem par com descrições exaustivas, cansando o leitor moderno. 2. ( ) O tema principal do livro é a crítica social. Investiga-se o destino de uma moça nordestina pobre que se aventura na cidade grande. 3. ( ) A linguagem do autor faz lembrar o estilo barroco: vocabulário rebuscado, preferência pela ordem inversa, uso de expressões latinas. 4. ( ) A heroína, quando tinha fome à noite, mastigava papel bem mastigadinho e engolia. 5. ( ) Os eventos narrados desenrolam-se no período de trinta dias. 6. ( ) A descrição dos personagens, salvo raras exceções, tem traços satíricos. 12. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) Augusto e Carolina, quando crianças, viram um pobre velho morrer na praia. Antes da morte, o moribundo previu que os dois, no futuro, casar-se-iam. 2. ( ) Antes de conhecer Carolina, Augusto jamais se envolveu com outra mulher, fiel à promessa feita na infância. 3. ( ) Durante o sarau, Augusto fez declaração de amor a quatro moças: D. Quinquina, D. Clementina, D. Joaninha e D. Gabriela. 4. ( ) A primeira declaração de amor que Augusto fez a Carolina foi no sarau, enquanto dançavam. 13. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) Quando Paula, ama de Carolina, ficou bêbada, os estudantes de Medicina ocultaram tal fato à Carolina para não a magoar. 2. ( ) Um bilhete de Carolina evitou que Augusto fosse motivo de zombaria na gruta: o estudante, sabendo do plano das moças, não compareceu ao encontro. 3. ( ) Joaninha, Quinquina, Clementina e Gabriela pegaram Augusto nu no banheiro das mulheres. O escândalo foi abafado por Filipe. 4. ( ) No início, Augusto chegou a achar Carolina feia. Logo depois, começou a enxergar nela alguns dotes especiais. Em dois dias, estava apaixonado. 14. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) Há, no livro, uma cena de tragédia: Paula, a ama-de-leite de Carolina, foi assassinada pelo alemão Keblerc. 2. ( ) O amor entre Augusto e Carolina nasceu da convivência, da admiração mútua ao longo de vários anos. 3. ( ) Antes de se apaixonar por Augusto, Carolina havia tentado namorar outros rapazes. 4. ( ) A mãe de Carolina suicidou-se quando a filha era criança. D. Ana, a avó, criou-a como filha. 15. Relacione corretamente:

Page 18: ESTUDO LITERÁRIO - Biblioteca Virtualbv.cultura.am.gov.br/templates/areatematica/conhecimento... · A MORENINHA NOTA BIOGRÁFICA Nascimento e Morte Joaquim Manuel de Macedo nasceu

ESTUDO LITERÁRIO

18

a) O Uraguai b) Caramuru c) Marília de Dirceu d) Cartas Chilenas 1. ( ) Poema épico em que é flagrante a imitação de Os Lusíadas, de Camões. 2. ( ) Poema épico em versos brancos que não segue a tradição de Os Lusíadas, de Camões. 3. ( ) Poesias satíricas contra o governador de Minas Gerais, Luís da Cunha Meneses. 4. ( ) Poesias lírico-amorosas. 5. ( ) A parte mais importante da obra é a morte de Moema. 6. ( ) A parte mais importante da obra é a morte de Lindóia. 16. Nos itens seguintes, fez-se resumo de episódios do livro A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo. Qual deles distorce a história do livro? a) No momento de ajustar os últimos detalhes para o casamento, Carolina confessou a Augusto que era a criança que com ele trocara presentes na infância. b) Augusto, ao encontrar o convite para estar na gruta ao amanhecer, pensou logo em Carolina. Quando foi averiguar, não era uma moça só, eram quatro. c) Na cidade, depois da festa de Sant'Ana, Augusto não consegue concentrar-se nos estudos. Os olhos estão nos livros, mas o pensamento está na ilha, em Carolina. A menina enfeitiçou-o deveras, ele não sente vergonha de admitir que está amando. d) Na ilha, depois da festa de Sant'Ana, Carolina perdeu a sua habitual alegria. O mau humor da menina era visível e contagiava todos em redor. Ela admitia, em silêncio, que estava amando Augusto. e) No primeiro domingo de namoro, Carolina tentou dar aulas de bordado para Augusto: era uma boa desculpa para os dois ficarem juntos. 17. Com base na leitura e análise de A Moreninha, classifique as afirmativas seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) O maior empecilho que Augusto enfrentou para conquistar Carolina foi a inimizade com Filipe. Os dois estudantes odiavam-se por causa de disputas amorosas. 2. ( ) Houve um incidente desagradável na ilha: a troca de socos entre Augusto e Fabrício. 3. ( ) Augusto aceitou casar-se com Carolina em troca de um dote de vinte contos de réis, oferecido por D. Ana. 4. ( ) A última cena do livro é o casamento, à beira-mar, de Augusto e Carolina. 18. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) No segundo domingo de namoro, Carolina chegou a chorar e a rasgar o lenço que Augusto trouxera da cidade, numa típica cena de ciúmes. 2. ( ) Ainda no segundo domingo de namoro, Carolina convidou Augusto para brincar de boneca. O rapaz recusou o convite, no que foi apoiado por D. Ana. 3. ( ) No terceiro domingo de namoro, Augusto e Carolina confessaram a D. Ana que estavam apaixonados. Agora, só restava fazer a mesma confissão ao pai de Augusto. 4. ( ) A Moreninha é o primeiro, o melhor e o romance mais lido de Joaquim Manuel de Macedo.

ESTUDO LITERÁRIO

18

a) O Uraguai b) Caramuru c) Marília de Dirceu d) Cartas Chilenas 1. ( ) Poema épico em que é flagrante a imitação de Os Lusíadas, de Camões. 2. ( ) Poema épico em versos brancos que não segue a tradição de Os Lusíadas, de Camões. 3. ( ) Poesias satíricas contra o governador de Minas Gerais, Luís da Cunha Meneses. 4. ( ) Poesias lírico-amorosas. 5. ( ) A parte mais importante da obra é a morte de Moema. 6. ( ) A parte mais importante da obra é a morte de Lindóia. 16. Nos itens seguintes, fez-se resumo de episódios do livro A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo. Qual deles distorce a história do livro? a) No momento de ajustar os últimos detalhes para o casamento, Carolina confessou a Augusto que era a criança que com ele trocara presentes na infância. b) Augusto, ao encontrar o convite para estar na gruta ao amanhecer, pensou logo em Carolina. Quando foi averiguar, não era uma moça só, eram quatro. c) Na cidade, depois da festa de Sant'Ana, Augusto não consegue concentrar-se nos estudos. Os olhos estão nos livros, mas o pensamento está na ilha, em Carolina. A menina enfeitiçou-o deveras, ele não sente vergonha de admitir que está amando. d) Na ilha, depois da festa de Sant'Ana, Carolina perdeu a sua habitual alegria. O mau humor da menina era visível e contagiava todos em redor. Ela admitia, em silêncio, que estava amando Augusto. e) No primeiro domingo de namoro, Carolina tentou dar aulas de bordado para Augusto: era uma boa desculpa para os dois ficarem juntos. 17. Com base na leitura e análise de A Moreninha, classifique as afirmativas seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) O maior empecilho que Augusto enfrentou para conquistar Carolina foi a inimizade com Filipe. Os dois estudantes odiavam-se por causa de disputas amorosas. 2. ( ) Houve um incidente desagradável na ilha: a troca de socos entre Augusto e Fabrício. 3. ( ) Augusto aceitou casar-se com Carolina em troca de um dote de vinte contos de réis, oferecido por D. Ana. 4. ( ) A última cena do livro é o casamento, à beira-mar, de Augusto e Carolina. 18. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) No segundo domingo de namoro, Carolina chegou a chorar e a rasgar o lenço que Augusto trouxera da cidade, numa típica cena de ciúmes. 2. ( ) Ainda no segundo domingo de namoro, Carolina convidou Augusto para brincar de boneca. O rapaz recusou o convite, no que foi apoiado por D. Ana. 3. ( ) No terceiro domingo de namoro, Augusto e Carolina confessaram a D. Ana que estavam apaixonados. Agora, só restava fazer a mesma confissão ao pai de Augusto. 4. ( ) A Moreninha é o primeiro, o melhor e o romance mais lido de Joaquim Manuel de Macedo.

Page 19: ESTUDO LITERÁRIO - Biblioteca Virtualbv.cultura.am.gov.br/templates/areatematica/conhecimento... · A MORENINHA NOTA BIOGRÁFICA Nascimento e Morte Joaquim Manuel de Macedo nasceu

ESTUDO LITERÁRIO

19

19. A respeito de A Moreninha, opte pela afirmativa incoerente: a) A obra é a primeira tentativa de romance no Brasil a fazer sucesso. b) A simplicidade temática e a linguagem sem afetação são os ingredientes responsáveis pelo sucesso do romance entre os leitores menos exigentes. c) A fantasiosa história de amor entre dois adolescentes numa paradisíaca ilha tropical guarda o encanto de um verdadeiro conto de fadas. d) A ilha em que moram Carolina e a avó é descrita pelo autor como um verdadeiro paraíso, sem as preocupações corriqueiras de trabalho ou de pobreza. e) Da história lida, depreende-se que a inconstância amorosa era atributo exclusivo dos homens. 20. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) A história começa pelo final: logo no primeiro capítulo já se sabe que Augusto e Carolina vão-se unir em matrimônio. 2. ( ) Há semelhança entre o herói, Augusto, e o próprio autor. Este também estudou Medicina e, ao final do curso, publicou um livro. 3. ( ) Entre os amigos estudantes, percebe-se um clima de competição que os torna rivais. 4. ( ) D. Ana não gostou, inicialmente, de Augusto. Depois, aprendeu a admirá-lo. 21. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) Augusto sustentava a teoria de que não se deve louvar a mulher, mas a beleza dela. Assim, ele adorava todas as mulheres bonitas. 2. ( ) A aposta feita entre Filipe e Augusto tinha o seguinte teor: Filipe estava apostando que Augusto se apaixonaria por alguma jovem na ilha, e que esta paixão duraria pelo menos um mês. 3. ( ) O segredo de sua infidelidade, Augusto revelou-o, pela primeira vez, a D. Ana. 4. ( ) D. Ana contou a Carolina o segredo que Augusto lhe revelou na gruta. Assim, a neta fica sabendo que Augusto é a pessoa com quem ela trocou presentes na infância. 22. Sobre o romance A Moreninha, eleja a afirmativa com informações falsas: a) A narrativa na terceira pessoa permite ao narrador saber os segredos mais íntimos dos seus personagens. b) A idealização da mulher é característica romântica perceptível no livro. c) O predomínio da emoção sobre a razão fica evidente quando Augusto abandona a faculdade de Medicina para se casar com Carolina. d) As jovens que aparecem no romance são todas bonitas, perfeitas, encantadoras. e) Entre a razão do pai de Augusto e a paixão arrebatadora do estudante, venceu a segunda. 23. Relacione corretamente: a. D. Violante b. Joaninha c. Quinquina d. Tobias e. Rafael f. Keblerc

ESTUDO LITERÁRIO

19

19. A respeito de A Moreninha, opte pela afirmativa incoerente: a) A obra é a primeira tentativa de romance no Brasil a fazer sucesso. b) A simplicidade temática e a linguagem sem afetação são os ingredientes responsáveis pelo sucesso do romance entre os leitores menos exigentes. c) A fantasiosa história de amor entre dois adolescentes numa paradisíaca ilha tropical guarda o encanto de um verdadeiro conto de fadas. d) A ilha em que moram Carolina e a avó é descrita pelo autor como um verdadeiro paraíso, sem as preocupações corriqueiras de trabalho ou de pobreza. e) Da história lida, depreende-se que a inconstância amorosa era atributo exclusivo dos homens. 20. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) A história começa pelo final: logo no primeiro capítulo já se sabe que Augusto e Carolina vão-se unir em matrimônio. 2. ( ) Há semelhança entre o herói, Augusto, e o próprio autor. Este também estudou Medicina e, ao final do curso, publicou um livro. 3. ( ) Entre os amigos estudantes, percebe-se um clima de competição que os torna rivais. 4. ( ) D. Ana não gostou, inicialmente, de Augusto. Depois, aprendeu a admirá-lo. 21. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) Augusto sustentava a teoria de que não se deve louvar a mulher, mas a beleza dela. Assim, ele adorava todas as mulheres bonitas. 2. ( ) A aposta feita entre Filipe e Augusto tinha o seguinte teor: Filipe estava apostando que Augusto se apaixonaria por alguma jovem na ilha, e que esta paixão duraria pelo menos um mês. 3. ( ) O segredo de sua infidelidade, Augusto revelou-o, pela primeira vez, a D. Ana. 4. ( ) D. Ana contou a Carolina o segredo que Augusto lhe revelou na gruta. Assim, a neta fica sabendo que Augusto é a pessoa com quem ela trocou presentes na infância. 22. Sobre o romance A Moreninha, eleja a afirmativa com informações falsas: a) A narrativa na terceira pessoa permite ao narrador saber os segredos mais íntimos dos seus personagens. b) A idealização da mulher é característica romântica perceptível no livro. c) O predomínio da emoção sobre a razão fica evidente quando Augusto abandona a faculdade de Medicina para se casar com Carolina. d) As jovens que aparecem no romance são todas bonitas, perfeitas, encantadoras. e) Entre a razão do pai de Augusto e a paixão arrebatadora do estudante, venceu a segunda. 23. Relacione corretamente: a. D. Violante b. Joaninha c. Quinquina d. Tobias e. Rafael f. Keblerc

Page 20: ESTUDO LITERÁRIO - Biblioteca Virtualbv.cultura.am.gov.br/templates/areatematica/conhecimento... · A MORENINHA NOTA BIOGRÁFICA Nascimento e Morte Joaquim Manuel de Macedo nasceu

ESTUDO LITERÁRIO

20

1. ( ) Escravo, criado de Augusto, espécie de pajem ou moleque de recados. 2. ( ) Alemão que, diante das garrafas de vinho, prefere ficar com elas a tomar parte na festa que se desenrola na ilha. 3. ( ) Exigia que o namorado lhe escrevesse cartas de amor quatro vezes por semana; que passasse por defronte da casa dela quatro vezes por dia. 4. ( ) Escravo, criado de D. Joana, prima de Filipe. O negro tem dezesseis anos, é bem-apessoado, falante e muito vivo. 5. ( ) Moça volúvel, namoradeira. Namorava um tenente Gusmão da Guarda Nacional. 6. ( ) Com sessenta anos de idade, apresentava um carão capaz de desmamar a mais emperrada criança. 24. Opte pela afirmativa falsa sobre Joaquim Manuel de Macedo: a) Macedo registrou, na sua literatura, "uma visão paradisíaca da vida, um mundo sem conflitos, restrito ao círculo de uma classe branca, rica, ociosa e feliz". E tudo isso num país em que reinava a escravidão! b) Formou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1844, aos 24 anos de idade. Neste mesmo ano, publicou o romance A Moreninha que lhe trouxe logo prestígio e lhe decidiu o rumo a seguir: pouco vocacionado para a atividade médica, entregou-se ao jornalismo e à política. c) Macedo produziu 18 romances e 15 peças de teatro, mas apenas dois livros foram lidos e admirados: A Moreninha e O Moço Loiro. O tempo fez a obra de Macedo cair no esquecimento. d) O fato de ter inaugurado o romance no Brasil (A Moreninha, 1844) fez de Macedo um escritor de leitura obrigatória. Ninguém pode esquecer que ele introduziu na Literatura Brasileira um modelo de narrar e contar histórias. e) No Romantismo, Macedo mostrou tanta evolução de técnica que só foi superado pelos autores do Realismo. 25. Depois de várias dificuldades, o suspense desfaz-se: os dois desvendam seus segredos e percebem que são aquelas duas crianças que trocaram juras de amor há muito tempo. Referência ao romance: a) O Moço Loiro b) Os dois Amores c) A Escrava Isaura d) Senhora e) A Moreninha 26. Todas as características seguintes podem ser atribuídas a Carolina, exceto: a) travessa b) inconseqüente c) engraçada d) curiosa e) leviana 27. Todas as características seguintes podem ser atribuídas a Carolina, exceto: a) cabelos ondulados e negros. b) olhos de uma viveza incomum. c) sorriso engraçado e picante quase sempre presente nos lábios. d) atitudes de criança peralta e corpo de mulher.

ESTUDO LITERÁRIO

20

1. ( ) Escravo, criado de Augusto, espécie de pajem ou moleque de recados. 2. ( ) Alemão que, diante das garrafas de vinho, prefere ficar com elas a tomar parte na festa que se desenrola na ilha. 3. ( ) Exigia que o namorado lhe escrevesse cartas de amor quatro vezes por semana; que passasse por defronte da casa dela quatro vezes por dia. 4. ( ) Escravo, criado de D. Joana, prima de Filipe. O negro tem dezesseis anos, é bem-apessoado, falante e muito vivo. 5. ( ) Moça volúvel, namoradeira. Namorava um tenente Gusmão da Guarda Nacional. 6. ( ) Com sessenta anos de idade, apresentava um carão capaz de desmamar a mais emperrada criança. 24. Opte pela afirmativa falsa sobre Joaquim Manuel de Macedo: a) Macedo registrou, na sua literatura, "uma visão paradisíaca da vida, um mundo sem conflitos, restrito ao círculo de uma classe branca, rica, ociosa e feliz". E tudo isso num país em que reinava a escravidão! b) Formou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1844, aos 24 anos de idade. Neste mesmo ano, publicou o romance A Moreninha que lhe trouxe logo prestígio e lhe decidiu o rumo a seguir: pouco vocacionado para a atividade médica, entregou-se ao jornalismo e à política. c) Macedo produziu 18 romances e 15 peças de teatro, mas apenas dois livros foram lidos e admirados: A Moreninha e O Moço Loiro. O tempo fez a obra de Macedo cair no esquecimento. d) O fato de ter inaugurado o romance no Brasil (A Moreninha, 1844) fez de Macedo um escritor de leitura obrigatória. Ninguém pode esquecer que ele introduziu na Literatura Brasileira um modelo de narrar e contar histórias. e) No Romantismo, Macedo mostrou tanta evolução de técnica que só foi superado pelos autores do Realismo. 25. Depois de várias dificuldades, o suspense desfaz-se: os dois desvendam seus segredos e percebem que são aquelas duas crianças que trocaram juras de amor há muito tempo. Referência ao romance: a) O Moço Loiro b) Os dois Amores c) A Escrava Isaura d) Senhora e) A Moreninha 26. Todas as características seguintes podem ser atribuídas a Carolina, exceto: a) travessa b) inconseqüente c) engraçada d) curiosa e) leviana 27. Todas as características seguintes podem ser atribuídas a Carolina, exceto: a) cabelos ondulados e negros. b) olhos de uma viveza incomum. c) sorriso engraçado e picante quase sempre presente nos lábios. d) atitudes de criança peralta e corpo de mulher.

Page 21: ESTUDO LITERÁRIO - Biblioteca Virtualbv.cultura.am.gov.br/templates/areatematica/conhecimento... · A MORENINHA NOTA BIOGRÁFICA Nascimento e Morte Joaquim Manuel de Macedo nasceu

ESTUDO LITERÁRIO

21

e) aparentemente inconstante no amor.

RESPOSTAS 01. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 2. (F) Não há vilões. Os heróis (Augusto e Carolina) estão inseridos num ambiente de paz e tranqüilidade. 3. (V) 4. (F) O romance é narrado em terceira pessoa, pelo próprio autor. 02. Relacione corretamente: 1. (a) 3. (c) 5. (c) 2. (b) 4. (a) 6. (b) 03. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 3. (V) 2. (F) 4. (V) 04. Relacione corretamente: 1. (b) 3. (c) 5. (c) 2. (a) 4. (b) 6. (a) 05. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 2. (V) 3. (F) O pai de Augusto era um rico fazendeiro; morava no interior. 4. (V) 06. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 2. (V) 3. (F) Não há contraste social entre Augusto e Carolina. Ambos pertencem a famílias abastadas. 4. (F) Carolina é moça urbana. A ilha em que ela mora, espécie de paraíso tropical, é mais um jardim do que um ambiente rústico. A educação da moça é citadina. 07. Relacione corretamente: 1. (a) 3. (a-b) 5. (b) 2. (c) 4. (a) 6. (a) 08. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (F) Há predomínio da emoção. O casamento de Augusto e Carolina vai ser imediato. 2. (V) 3. (F) O livro termina com o casamento já totalmente arranjado. O autor apenas nos poupa da cerimônia. 4. (F) Não há oposição ao amor dos heróis.

ESTUDO LITERÁRIO

21

e) aparentemente inconstante no amor.

RESPOSTAS 01. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 2. (F) Não há vilões. Os heróis (Augusto e Carolina) estão inseridos num ambiente de paz e tranqüilidade. 3. (V) 4. (F) O romance é narrado em terceira pessoa, pelo próprio autor. 02. Relacione corretamente: 1. (a) 3. (c) 5. (c) 2. (b) 4. (a) 6. (b) 03. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 3. (V) 2. (F) 4. (V) 04. Relacione corretamente: 1. (b) 3. (c) 5. (c) 2. (a) 4. (b) 6. (a) 05. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 2. (V) 3. (F) O pai de Augusto era um rico fazendeiro; morava no interior. 4. (V) 06. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 2. (V) 3. (F) Não há contraste social entre Augusto e Carolina. Ambos pertencem a famílias abastadas. 4. (F) Carolina é moça urbana. A ilha em que ela mora, espécie de paraíso tropical, é mais um jardim do que um ambiente rústico. A educação da moça é citadina. 07. Relacione corretamente: 1. (a) 3. (a-b) 5. (b) 2. (c) 4. (a) 6. (a) 08. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (F) Há predomínio da emoção. O casamento de Augusto e Carolina vai ser imediato. 2. (V) 3. (F) O livro termina com o casamento já totalmente arranjado. O autor apenas nos poupa da cerimônia. 4. (F) Não há oposição ao amor dos heróis.

Page 22: ESTUDO LITERÁRIO - Biblioteca Virtualbv.cultura.am.gov.br/templates/areatematica/conhecimento... · A MORENINHA NOTA BIOGRÁFICA Nascimento e Morte Joaquim Manuel de Macedo nasceu

ESTUDO LITERÁRIO

22

09. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 2. (F) Todos os personagens de A Moreninha são estereotipados, planos, lineares, sem exceção. 3. (V) 4. (V) 10. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 3. (V) 2. (V) 4. (V) 11. Relacione corretamente: 1. (c) 3. (a) 5. (c) 2. (b) 4. (b) 6. (a) 12. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (F) O velho estava moribundo, mas Augusto e Carolina não o viram morrer. 2. (F) Augusto só veio a conhecer verdadeiramente Carolina quanto ela já tinha quinze anos. O rapaz, então, granjeara fama de inconstante. 3. (V) 4. (F) A primeira declaração de amor que Augusto fez a Carolina foi enquanto passeavam pelo jardim, no segundo domingo de namoro. 13. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 2. (F) Mesmo tendo sido alertado, Augusto compareceu à gruta e, sabiamente, desdenhou das moças. 3. (F) Augusto estava apenas de cuecas no banheiro das mulheres, mas não foi flagrado por ninguém porque se escondeu embaixo de uma cama. 4. (V) 14. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (F) O alemão Keblerc incentivou Paula a beber vinho, embriagando-a. 2. (F) O amor entre Augusto e Carolina nasceu em dois dias de convivência, selando um compromisso assumido na infância. 3. (F) Carolina, aos quinze anos, ainda não havia namorado. Augusto foi o sem primeiro amor. 4. (F) O autor não diz como morreu a mãe de Carolina. 15. Relacione corretamente: 1. (b) 3. (d) 5. (b) 2. (a) 4. (c) 6. (a) 16. Resposta: B b) Augusto encontrou, nos bolsos, dois bilhetes. Um era um convite de uma mulher; o outro, um alerta de Carolina: na gruta, não ia estar uma mulher, e sim quatro. Mesmo assim, o estudante compareceu ao encontro.

ESTUDO LITERÁRIO

22

09. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 2. (F) Todos os personagens de A Moreninha são estereotipados, planos, lineares, sem exceção. 3. (V) 4. (V) 10. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 3. (V) 2. (V) 4. (V) 11. Relacione corretamente: 1. (c) 3. (a) 5. (c) 2. (b) 4. (b) 6. (a) 12. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (F) O velho estava moribundo, mas Augusto e Carolina não o viram morrer. 2. (F) Augusto só veio a conhecer verdadeiramente Carolina quanto ela já tinha quinze anos. O rapaz, então, granjeara fama de inconstante. 3. (V) 4. (F) A primeira declaração de amor que Augusto fez a Carolina foi enquanto passeavam pelo jardim, no segundo domingo de namoro. 13. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 2. (F) Mesmo tendo sido alertado, Augusto compareceu à gruta e, sabiamente, desdenhou das moças. 3. (F) Augusto estava apenas de cuecas no banheiro das mulheres, mas não foi flagrado por ninguém porque se escondeu embaixo de uma cama. 4. (V) 14. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (F) O alemão Keblerc incentivou Paula a beber vinho, embriagando-a. 2. (F) O amor entre Augusto e Carolina nasceu em dois dias de convivência, selando um compromisso assumido na infância. 3. (F) Carolina, aos quinze anos, ainda não havia namorado. Augusto foi o sem primeiro amor. 4. (F) O autor não diz como morreu a mãe de Carolina. 15. Relacione corretamente: 1. (b) 3. (d) 5. (b) 2. (a) 4. (c) 6. (a) 16. Resposta: B b) Augusto encontrou, nos bolsos, dois bilhetes. Um era um convite de uma mulher; o outro, um alerta de Carolina: na gruta, não ia estar uma mulher, e sim quatro. Mesmo assim, o estudante compareceu ao encontro.

Page 23: ESTUDO LITERÁRIO - Biblioteca Virtualbv.cultura.am.gov.br/templates/areatematica/conhecimento... · A MORENINHA NOTA BIOGRÁFICA Nascimento e Morte Joaquim Manuel de Macedo nasceu

ESTUDO LITERÁRIO

23

17. Com base na leitura e análise de A Moreninha, classifique as afirmativas seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (F) Como já dissemos, não há oposição ao amor dos heróis. 2. (F) Houve um duelo verbal entre os dois estudantes, sem agressões grosseiras. 3. (F) Não houve dote nessa história. 4. (F) O livro termina com casamento ajustado, mas sem a cerimônia. 18. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 2. (F) Carolina convidou Augusto para brincar de boneca , e ele aceitou. 3. (F) No terceiro domingo de namoro, Augusto não pôde comparecer à ilha: estava prisioneiro do pai. 4. (V) 19. Resposta: E e) A inconstância amorosa de Augusto tinha uma explicação: ele tentava ser fiel a um amor de infância. Também as moças eram inconstantes. 20. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (F) A narrativa é linear, sem recuos ou avanços no tempo. 2. (V) 3. (F) Augusto, Filipe, Fabrício e Leopoldo são amigos leais, brincalhões, espécie de irmãos unidos. 4. (F) D. Ana gostou de Augusto à primeira vista. 21. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 2. (V) 3. (V) 4. (F) Carolina descobriu o segredo ao ouvir a história que Augusto contou a D. Ana na gruta. 22. Resposta: C c) Augusto não abandonou o curso de Medicina. Mas é verdade que predominou a emoção. O lógico seria esperar a conclusão do curso para, então, falar em casamento. 23. Relacione corretamente: 1. (E) 2. (F) 3. (B) 4. (D) 5. (C) 6. (A) 24. Resposta: E e) Dentro do próprio Romantismo, Macedo foi superado por Alencar. 25. Resposta: E 26. Resposta: E 27. Resposta: E

ESTUDO LITERÁRIO

23

17. Com base na leitura e análise de A Moreninha, classifique as afirmativas seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (F) Como já dissemos, não há oposição ao amor dos heróis. 2. (F) Houve um duelo verbal entre os dois estudantes, sem agressões grosseiras. 3. (F) Não houve dote nessa história. 4. (F) O livro termina com casamento ajustado, mas sem a cerimônia. 18. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 2. (F) Carolina convidou Augusto para brincar de boneca , e ele aceitou. 3. (F) No terceiro domingo de namoro, Augusto não pôde comparecer à ilha: estava prisioneiro do pai. 4. (V) 19. Resposta: E e) A inconstância amorosa de Augusto tinha uma explicação: ele tentava ser fiel a um amor de infância. Também as moças eram inconstantes. 20. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (F) A narrativa é linear, sem recuos ou avanços no tempo. 2. (V) 3. (F) Augusto, Filipe, Fabrício e Leopoldo são amigos leais, brincalhões, espécie de irmãos unidos. 4. (F) D. Ana gostou de Augusto à primeira vista. 21. Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 2. (V) 3. (V) 4. (F) Carolina descobriu o segredo ao ouvir a história que Augusto contou a D. Ana na gruta. 22. Resposta: C c) Augusto não abandonou o curso de Medicina. Mas é verdade que predominou a emoção. O lógico seria esperar a conclusão do curso para, então, falar em casamento. 23. Relacione corretamente: 1. (E) 2. (F) 3. (B) 4. (D) 5. (C) 6. (A) 24. Resposta: E e) Dentro do próprio Romantismo, Macedo foi superado por Alencar. 25. Resposta: E 26. Resposta: E 27. Resposta: E