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Gerson Machade de Avillez - Universo Diamante - O Império do Tempo

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Gerson Machade de Avillez

- Universo Diamante -

O Império do Tempo

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O IMPÉRIO DO TEMPO ®

Gerson Machado de Avillez

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Copyright © Gerson Machado de Avillez 2012

Todos os direitos reservados a Gerson Machado de Avillez

Twitter: www.twitter.com/GersonAvillez

E-mail: [email protected]

Blog: http://filoversismo.blogspot.com

Facebook: www.facebook.com/Filoversismo

Título Original

O Império do Tempo

Capa

Gerson Machado de Avillez

Revisão

Gerson Machado de Avillez

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Prefácio: Brainset

“O Território é o Tempo, a História é o mapa, uma péssima história é

sinal de que não sabemos de onde viemos e nem para onde vamos”.

Gerson Machado de Avillez

Aqui a narrativa episódica de contos foi substituída por uma

narrativa em continuo ao contrário dos dois primeiros livros ‘Crônicas

do Tempo’ e ‘Crônicas Atemporais’. Mas sempre tendo-se em mente

que sem criatividade e originalidade não há nada que se crie de legal.

O que tento criar, assim, não são personagens unidimensionais

moralmente, mas quadrimencionais, navegantes do tempo tanto

externo quanto interno, o da mente, o enaltecer do pensamento

criativo mesmo mediante o existente das protociências ascendentes

mesmo que atrelado inevitavelmente a argumentos filosóficos, aqui

sob respaldo de licenças poéticas que fugiram um pouco ao ‘hard’ do

gênero científico em ficção.

A Proposta conceitual dos próprios universos paralelos

pressupõe variáveis flexíveis não somente numa direção, mas em

todas direções temporalmente, este não é tão diferente sob tal aspecto,

tendo-se porém, que são ressonantes não necessariamente físicos.

Não obstante, a envergadura dos ramos conhecidos sob a ótica

do 'tudo' do filoversismo ganha status cujo fundamento principal é o

revolucionário, original, e autêntico inovando verdadeiramente além

dos parâmetros de forma pré-concebidos e o fundamental de levantar

perguntas inerente ao nosso próprio saber, torna-se necessário se

abstrair do egocentrismo a salvo, autocrítico assim como ausências de

proporções torcivas que criam apenas abismos de extremos. Tornou-

se necessário ser verdadeiramente original para se tentar alcançar o

status da genialidade e sobreviver mesmo sob o risco tradicionaloide

dos opositores vos chamar de louco, tão comum a outros que se

aventuraram no pioneirismo e que justamente pela condição de

perseguição acaba-se comprovadamente por exemplos anteriores,

como alavancas ao sucesso inevitável. Nota-se aqui, pioneirismo não

é ser apenas o primeiro em gênero, mas em liberdade acima deste,

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propondo-se romper conceituais arcaicas que plenamente

comprovadas como quimeras maléficas e reprovadas pela história

perante a humanidade, os grilhões dos rótulos preconceituosos –

factualmente - entre outros que levaram as maiores mazelas socio-

políticas.

Sob tal hipótese é justamente esta ferramenta que tenho de mais

importante, utilizar da própria agressividade e força estúpida do

inimigo contra si próprio, tal como suas ferramentas que me exploram

para contra os mesmos se tornando vítimas de si próprios, e sua

verdadeira ignorância fruto da soberba e injustiça cuja ótica é torciva

ao mundo, fazendo preferir o meu próprio mundo criado mentalmente

como exercício da funcionalidade, que o “real contrafactoide” deles

não apresenta.

Aqui, este mundo conhecido acabou, mas com o fim a

humanidade se dividiu em dois, aqueles que subiram ao firmamento

buscando novos mundos a habitar, e aqueles que retrocederam

fugitivos de seu próprio fim a descobrirem uma linhagem dentre os

quais se revelou o mor da filosofia científica, em busca de um

recomeço e impedir o fim, daqueles que sucumbiram a ao

amargeddon. Porém com a descoberta da rede de wormholes

descobriram que não são os únicos viajantes ao lado da vil e anômica

Bug´s Time que apenas trabalha para algo maior e cruel sendo

responsável por tal apocalipse. Terão, assim, de enfrentar as

Ramificações da Bug´s Time através dos tempos.

O teor de romance/thriller é mais presente de modo a apresentar

maior continuidade seguinte. O livro pode ser lido facilmente de

modo isolado, mas para se compreender com maior complexidade o

Universo proposto torna-se necessário ler os livros anteriores, e por tal

um resumo do anterior foi feito como modo de se tornar mais

facilmente compreensível os eventos propostos neste ‘O Império do

Tempo’.

"A maior dor do vento é não ser colorido."

Mário Quintanda

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Resumo: Acrologias – O Megalítico do Tempo

Após encontrar os destroços de um carro laranja nas ruínas da cidade

secreta, os agora fugitivos da TEMPUS se deparam com um dilema

de paradoxo, enquanto buscam a tecnologia necessária para re-

começar suas operações a caça da Bug´s Time, enquanto pistas os

levam a um local onde encontrarão o necessário para recomeçar (Neu

Sschwabenland). O carro que seria pertencente a John Octavios num

vislumbre paralelo seria duma realidade paralela verdadeira ou um

desvio temporal? Tão logo, Octavios descobre que uma série de

anomalias surgiram e que destas surgem outras consecutivamente, os

obrigando a procurar as principais para elimina-las até sua fonte

original, onde estaria a Bug´s Time.

John Octavios descobre o ponto de desvio temporal de Tesla

por uma anomia originalizada no inicio do século, em Londres

(Sombras de Apocon). Ao chegar lá descobre um ancião canceroso

que parece saber os segredos da TEMPUS após a invasão da ZT de

Londres, narrando as histórias de Joseph Ávila, que impediu um

atentado contra a Rainha, com a construção de um muro para isolar as

ruínas da TEMPUS

Após retornar Octavios relata o caso do sobrevivente da

TEMPUS e de que mudanças temporais estão em curso numa

sucessão de ataques de terrorismo temporal, mas sem serem capazes

de localizar o período do tempo em que a Bug´s Time se encontra

naquele mesmo lugar o que os levam suspeitar de que tenham aberto

algum tipo de dimensão provocada pela anomia, onde um personagem

seria vital para os dois lados, os fazendo realizar uma missão nunca

antes realizada num desvio temporal para resgatar um homem que

somente existe nesta versão por ter algo em seu código genético que

pode dar pistas importantes a mudar o rumo da guerra temporal,

inclusive um lugar que a Bug´s Time tanto busca como meio para

atingir o que eles chamam de O Megalítico do Tempo.

Enquanto isso após um estranho incidente de discrepância

temporal provocado por mais um ataque da Bug´s Time, três

testemunhas, são obrigadas não somente lidar com os traumas, mas

com o surgimento de estranhos poderes que teriam ligação com uma

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estranha epidemia, entre os quais o gênio Malcolm Laureen que teria

quartoze anos de idade de acordo com os anos bissextos e Richard

Frontness sinesteta daltônico que sente o cheiro dos infectados,

obrigando a mais uma incursão da TEMPUS.

Dentro da anomia um grupo de sobreviventes antes

desaparecidos no Triangulo das Bermudas descobrem um mundo que

parece subverter as leis universais onde Croatoan é um tipo de “deus”,

levando-os encontrar uma cidade onde é a sede da Bug´s Time e

descobrirem que tal foi uma subversão variável criada durante a

Segunda Guerra Mundial e onde agora planejam explodir o sol para

terem força suficiente a viajar toda teia de wormholes.

Após descobrirem que uma expedição da Bug´s Time já havia

sido mandada a um lugar chamado En-Migrom construído em

cooperação com um dos sobreviventes da TEMPUS e um ser

aparentemente alienígena, John Octavios lidera um grupo formado por

Max Zulu, Dominic Kaspar e Joseph Ávila, onde após ser abordado

por uma entidade celestial chamado Uriel, prosseguem encontrando

sobreviventes, e parte da equipe da Bug´s Time morta fossilizada.

Enquanto isso a história de alguns sobreviventes da TEMPUS é

narrada onde após pararem em meio a um povo primitivo vê num

conflito que culminou em violência entre o povo à oportunidade de

usar seus conhecimentos para criar um tipo de religião para controla-

los, mesmo que tais entidades possam existiriam.

Quando finalmente chegam ao local, somente é permitido a

Octavios adentrar onde encontra um ser que lhe dá instruções sobre

como chegar a anomia e o leva ao começo de tudo, um monumento

megalítico criado nos primórdios da terra para orientar viajantes

espaciais e temporais, o objetivo central da Bug´s Time.

John Roberts então é designado aos demais após ter alguns

infiltrados no mundo anomia que finalmente conseguem sabotar os

esforços da Bug´s Time de destruir as legislações temporais e suas

próprias raízes do passado tal como o megalítico do tempo, contando

com o auxílio de Apocon Keystone que teria contato incluindo o

misterioso semideus chamado Chronis, uma forma de vida quântica

que teria os salvo no incidente dos simetric twits. Mas após seu

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sucesso na missão, Designium foge e misteriosamente John Roberts

desperta num hospício onde é considerado um esquizofrênico após um

acidente que matou Watchman.

"São as famosas sequels, muitas vezes mal traduzidas entre nós como

seqüelas."

Gérson Lodi-Ribeiro

Índice:

Supernova mainstream – Pág.10

Hindsight - Pag.25

Constantes inconstantes - Pág.41

Coronal Cronal - Pág.54

Onde Einstein Errou - Pág.72

Setbox of Time: The Place Doesn´t Matter - Pág.85

Sons of Time - Pág.98

Topicset - Pág.128

Epilogos Ad Tempus - Pág.152

Appendix - Pág.171

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Parte I

Supernova mainstream

“A loucura é o sonho de uma única pessoa [e a] razão é, sem dúvida,

a loucura de todos”.

André Suarès - Nouvelle Vague

Aagje Stoneset, acorda atordoada com um forte vento sobre sue

rosto, sem fazer a menor idéia de onde esteja se levanta e concebe-se

num lugar diferente de tudo que já viu. Ela segura o cabelo o tirando

da frente do rosto quando observa diante dela uma enorme cidade de

concreto a uma altura formidável, a cidade de Nova York do século

XX ou XXI. Repentinamente surge John Roberts vestindo um

estranho uniforme rasgado e com marcas de sague, ofegante corre em

sua direção perguntando como ela estava, e suado olha ao redor e

coloca as mãos na cabeça em desespero. Estica então a manga de seu

uniforme maltrapilha e com sua pulseira quântica faz leituras para

determinar o local e periodo. Dia 11 de setembro de 2001, 08:39 da

manhã sete minutos antes do avião 747 do Vôo 11 da American

Airlines atingir a torre norte, exatamente onde estavam. No topo da

torre, ao lado, uns três turistas que se divertiam sem ter a menor idéia

do que ocorreria a seguir. Seus olhos se arregalam e Aagje, nervosa ao

vê-lo assim perguntou.

- Que lugar é este John? O que está acontecendo?

- Não tenho tempo para explicar agora - respondeu ele puxando-

a pela mão.

Correram de um lado a outro quando um segurança colocou-se

diante dele os bloqueando e disse.

- Para onde vão com tanta pressa?

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Mas nisto um ruído começava a surgir no horizonte e alguns

turistas rindo tiraram fotos, o Boeing se aproximava mesmo que os

turistas apenas o olhassem ainda com curiosidade. Ao ouvir o ruído,

Roberts empurrou o guarda o fazendo cair no chão, mas este gritando

chamou mais outros dois, quando ele disse.

- Esse prédio vai explodir!

- Temos um lunático aqui - falou o outro guarda pelo rádio, mas

Roberts insistiu.

- Olhem!

O guarda observou e notou que realmente se aproximava o

avião e curioso chegou da cabeceira do terraço quando cada vez maior

o zumbido chamou a atenção dos demais as janelas quando o enorme

maquinário voador numa súbita colisão fez tremer todo prédio

fazendo-os gritam em polvorosa. O tremor foi tanto que um dos

turistas na beirada deslizou caindo daquela altura, e alguns vidros

racharam. O guarda que se encontrava no chão se levantou e olhou

diretamente para Roberts e em seguida correu para a sacada do prédio.

- Aagje, lamento, mas temos de conseguir fugir daqui. - falou

Roberts segurando seu rosto com as duas mãos.

São Paulo, 20 de dezembro de 2012

John Roberts acorda, talvez mais um surto de loucura, ou não.

Lá fora o ruído de carros buzinando e roncando eram evidentes, mas

como ele conseguiria ter saudades de uma mulher que nem ao menos

dizem ter existido? Senta-se ele na cadeira e liga uma Tv, e um

repórter fazia uma reportagem área sobre a manutenção do World

Trade Center.

- Estamos sobrevoando a torre sul, onde funcionários trabalham

limpando as vidraças de uma das maiores construções humanas.

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Uma súbita sensação de estranheza lhe sobreveio, pois cria ele

que as duas torres haviam caído a mais de 11 anos. Mas o repórter

prosseguiu.

- As duas torres sofreram atentados terroristas como o ocorrido

numa garagem por um carro em 1993, e mesmo em 2001 o FBI e a

CIA revelaram um complô do Al-Quaeda para derruba-lo

conseguindo o impedir. Na verdade tal concepção seria inviável,

mesmo se um avião bate-se nestas torres elas não cairiam tão

facilmente.

John Roberts só poderia estar louco realmente, ele correu para

fora de seu pequeno e sujo apartamento e diante da rua viu

repentinamente seu nariz sangrar. Um embaralho de memórias, uma

tontura, atordoamento, quando as forças de seu corpo lhe fugiram e

ele empalideceu desmaiando ali na calçada, quando tudo se escureceu

a seu entorno.

Somente quando recobrou seus sentidos viu-se cercado por

vultos falantes que gradualmente entraram em foco se tornando

reconhecíveis, seu rosto molhado por alguém lhe ter jogado água em

seu rosto por achar que se tratava de ter passado mal com o calor, e ao

vê-lo acordado lhe ofereceu água. Mas ao se levantar notou um

homem que conhecia de algum lugar mesmo que não se lembrasse

claramente com precisão de quem seria ele.

O sujeito se dirigiu em sua direção enquanto no rádio

tocava uma música de Elvis Presley, Temporal Boy, o nome desta. O

sujeito diante dele parou dizendo o conhecer para os que envolta dele

se encontravam e lhe estendeu a mão para se levantar. O homem de

meia idade com cabelos grisalhos com um sorriso harmônico em seu

rosto o fez se levantar e em seguida cutucou seu braço com que

levantou como se tivesse algum jeito nele.

- São estes implantes de engenharia genética por mais

perfeito que sejam sempre provoca alguns pequenos revés. – falou o

sujeito de grande carisma e seguiu – Bom, presumo que esteja um

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pouco confuso, por isso me apresentarei, meu nome é Apocon,

Apocon Keystone.

Neste momento John Robert cerrou os olhos sobre ele como se

tentasse puxar pela memória que o seria, quando como num estalo

falou que parecia se lembrar vagamente dele. Mas como um devaneio.

- Você não existe ou não deveria existir, pelo que sei não seria

fruto de minha insanidade?

- Depende do que você tem por insanidade. Pois chamo de

princípio de narcose temporal.

- Mas então afinal estive no futuro?

- Sim e não. Pois este ainda não aconteceu de fato, na verdade,

ou melhor, na realidade, aquele mundo deixou de acontecer ou existir,

assim por dizer, por isso você está aqui. Mas vamos, vou lhe pagar

uma bebida. Você é importante para nós.

Os dois caminharam sem dar-se conta do pessoal em torno deles

observando a situação, e abrindo caminho entre estes rapidamente as

pessoas se dispersaram enquanto eles atravessavam a rua ao um bar

do outro lado, uma tabacaria daquelas requintadas onde pessoas

boemias ou aposentados estilosos paravam pra tomar uma cervejinha,

comprar charutos ou meramente para tomar um café. Vendo que

Roberts ainda estava um pouco zonzo daquela situação Apocon lhe

puxou uma cadeira para ele se sentar a direcionando com sua mão

com grande cordialidade.

- Nunca havia ouvido Temporal Boy de Elvis Presley. – falou

Apocon – e você?

- Não estou certo disso.

- Bom, talvez porque ele tenha morrido em nosso mundo natal,

vamos ver isto. – falou ele abrindo a manga de sua camisa longa

revelando o visor de quantum com uma tela. – Elvis Presley, se

recuperou do vício de drogas após uma parada cardíaca em 1964, e

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morreu somente em 1993. Tal lhe deu oportunidade de fazer digamos

outras grandes criações como esta no top das baladas ainda hoje.

- Você vai dizer que John Lennon também não morreu pelas

mãos de um fã extremista?

- John Lennon morreu num acidente de carro, na verdade o

mesmo “fã” jogou um caminhão pra cima dele.

- Credo.

- Mas aqui estamos, conseguimos superar mais um grande

obstáculo mesmo que tenho de admitir que temos ainda o que fazer.

Mas não tenhamos pressa, o tempo é apenas uma questão de tempo. E

confesso que me divirto com as flutuações temporais as pesquisando.

Sabe que em nossa sede no futuro deveríamos criar um programa

dedicado a história paralela?

- O famoso ‘E se...’

- Precisamente

- Me diga porque não consigo me lembrar de tudo que ocorreu e

o que me lembro foi como um tipo de sonho?

- Porque tudo não passa de uma grande sala de espelhos onde

por vezes o reflexo se confunde com o original, a fonte dos

simulacros. Você sabia que Chaplin entrou num concurso para

disputar consigo próprio e ficou em terceiro lugar?

- Não, mas considero por demais bizarro e surreal.

- Surreal é a palavra, na verdade um parâmetro aos simulacros,

neste caso pálido exemplo do que se propõe – o garçom veio sobre a

mesa lhes perguntando se queriam algo – aceitamos uma Pepsi, se

neste mundo houver. – O sujeito fez uma cara com que estivessem

loucos e com um sorriso, mas seguiu. – Mas fiquei curioso, o que foi

de Chaplin neste mundo, deixe-me ver...

Apocon começou a mexer em sua pulseira de quantum, um

pouco mais moderna que aquelas com o quão Roberts lidava na

TEMPUS podendo exibir projeções mesmo. Mas interrompendo o

silêncio ele disse.

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- Você quer dizer que este mundo não existe, é como uma

simulação de computador?

- Mais ou menos, poderíamos dizer o Universo é o maior

equipamento moto-perpeuo de medida.

- Medida do que, para o que?

- Creio que Deus criou o Universo ainda que sem traços dEle a

não ser da bíblia, como um espelho, uma tese para Ele próprio se

medir, por isso somos semelhantes, mas que paradoxalmente foi o que

Watchman acreditou onde Ele falhou, nós somos a falha em sua tese,

a própria flutuação por simplesmente sermos semelhantes a Ele. Não

foi por acaso que Watchman pesquisando sobre a Realidade Virtual

do TerrAlfa de seu mundo chegou a este “brilhante” insight, notou

que a realidade não seja necessariamente falsa, mas que refletia algo

mais real, a sobrerealidade, por isso o objetivo inicial dele era a

virtualidade o verdadeiro começo da Bug´s Time, mas na realidade

como Alfred Hitchcock dizia de seus atores um mero gado a agir

como um menino com uma arma afiada na mão.

- Como assim, você esta sugerindo que meu mundo não é o

mesmo que o seu?

- Pode se dizer que sim, para ti o futuro não existe, para mim é

uma base sólida, mas a origem da Bug´s Time, o mundo reflexo de

onde veio é a origem da flutuação dos bugmans. Mas observe, como

herdamos a capacidade de Deus, nossa própria mente se tornou,

abaixo Dele, o maior ferramenta de medida que existe no Universo,

nosso consciente, o livre-arbítrio são não mais que suas resultantes e

por tal a essencialidade destas flutuações. Para este problema, Deus

tentou, assim digamos mandar cartinhas aos seus, nas ditas profecias.

- Não havia pensado deste modo, no entanto, nunca haviam me

dito isto! – falou Roberts ao pegar seu refrigerante e tomar lentamente

a seguir.

- Pois creio ser irrelevante dado a natureza de nossos estudos,

principalmente tratando-se do tempo. – Apocon fez uma pausa e

olhando para o visor disse – curioso, Chaplin não entrou no dito

concurso de sósias aqui!

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- Talvez porque não fosse ele mesmo! – falou de modo

sarcástico

- Boa questão – respondeu Apocon introspectivamente

O Tempo passou naquele lugar enquanto Apocon e Roberts

viam as variáveis temporais daquele mundo se divertindo quando

Apocon prosseguindo falou.

– Tal mundo desde a fissão anulativo do Halo do tempo, tem

apenas um dia, aparentemente a fissão solar provocou uma reação em

cadeia igualmente reflexiva atingindo este mundo, que você veio parar

como uma flutuação.

- Mas e John Octavios, ele trabalha numa catedral.

- Curioso, um reflexo dele aqui, pois Octavios encontra-se na

TEMPUS neste momento, ou melhor, em nossa linha temporal, após o

incidente, somente você veio para aqui.

- Você sugere que Octavios vai morrer com este mundo?

- Não, necessariamente, mas creio que a concepção do Gato de

Schödinger pode-se aplicar nestes casos. Não obstante, na linha

temporal o passado é eterno. Como diz você mesmo num dos mundos

pesquisados por mim, o futuro vem, o presente vai, mas o passado é

eterno.

Neste momento um carro com homens estranhos param diante

do bar onde estavam, chamando atenção deles, um dos homens

Roberts conhecia perfeitamente com lembranças traumáticas, o

terrível Tatsuya, um fascista bugman que Roberts jurou de pés juntos

ter morrido no halo temporal.

- O que há de bons reflexos, ocorrem de maus, creio que nos

encontraram, a sabedoria dos tempos – falou Apocon. – talvez nossa

apreciação tenha que se adiada para outro momento mais oportuno.

Os dois se levantaram discretamente como se não os visse e

saíram do bar após pagar dando uma gorda gorjeta ao sujeito que lhes

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havia servido na mesa. – Faço, isso, pois outro mundo você depois de

fugir da Bug´s Time trabalhou como garçom, muito mal retribuído

diga-se de passagem.

Mas os homens dentro do carro pareciam não ser igualmente

discretos e ao verem eles em sua humilde soberba se levantaram

abrindo suas portas e Tatsuya em sua direção sacou uma arma

apontando a Apocon e disse.

- Não sei quem são vocês, mas Deus vai castiga-los por servir

Chronos! Roberts é nossa criação, ele é meu!

Apocon tranqüilamente sorriu e olhou para o céu em direção ao

sol que se punha, quando falou.

– Meu caro, certa vez Carl Sagan de modo correto disse, que

seu aniversário não era comemorado meramente anual, mas por

quantas voltas conseguíamos dar em torno de nosso astro sol. Que

neste caso os tolos foram estúpidos o suficiente para destruí-lo.

- Cale a boca desgraçado! Roberts tem que morrer, é morrer,

ééé!

- Não considero muito espirituoso isto vindo de ti – respondeu

Apocon apertando algo em sua pulseira e desaparecendo diante dos

olhos deles e de poucos mais, uma vez que a rua havia se esvaziado

diante da situação.

Ao surgirem na sala de transporte temporal da TEMPUS

haviam outros homens da TEMPUS da sede do futuro presentes

reunindo relatórios e realizando atualizações mútuas de re-

estabelecimento de conexão de linha temporal fechada em tempo real.

Seguindo preceitos anteriores aprendidos, algumas atualizações

foram feitas em suas tecnologias para corrigir as bolhas temporais que

acarretaram num incidente que culminou na destruição da TEMPUS

de Londres onde antes era situada a base central de triangulação

temporal.

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Ao passar pelos corredores a sensação de De Javú de John

Roberts constante se tornou presente quando finalmente Apocon lhe

ofereceu sentar-se num confortável e agradável recinto onde um tipo

de “ondulador mental” lhe foi colocado em sua cabeça, segundo este

para aguçar as memórias lineares a sintoniza-lo com tal linha natural a

que ele pertence para conter a recém descoberta narcose temporal.

Após passar o procedimento e sentindo um súbito mal estar por

desorientação de memórias, Roberts porém, rapidamente se focou de

onde veio e quem antes era. Pensou de súbito outra vez em sua

mulher, mas sabendo ele que o tempo, como diziam eles era apenas

uma questão de tempo, e assim independente do tempo que levou em

missão poderia perfeitamente chegar com apenas poucos minutos de

diferença da saída.

- Porque falaram Chronos? – perguntou John Roberts sobre

Tatsuya que antes havia morrido uma vez pelas mãos de um dos

agentes, Max Zulu, mas ali parecia novamente para inferniza-lo e

desejar que morresse, pouco diferente de quando o conheceu.

- Alguns acreditam que Chronos seja o princípe do tempo, um

tipo de criador de realidades, mas na verdade algumas correntes

cristãs crêem que sejam um demônio, na realidade um arquidemônio

do tempo.

- Perfeitamente - chegou Octavios quase interrompendo os dois

- Li algo do tipo no diário de Joseph Ávila e adições ao seu próprio

Tratactus ad Tempus. Segundo pesquisas a Ordo Christianitas Ad

Ventus depois da segunda geração teve um bispo que teria o

enfrentado, Chronos.

- Você sugere que devemos fazer exorcismo temporal? -

perguntou sarcasticamente John Roberts, mas Octavios seguiu.

- Chronos foi descrito pela primeira vez na mitologia grega

como o deus do tempo, tendo uma cabeça humana, uma de leão e

outra de touro, visto como canibal, cruel e impiedoso. Na realidade

algumas correntes do cristianismo crêem que Satanás seja capaz de

viajar no tempo, o que para a OCAV ocorre graças a Chronos, como

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um dos principais elementos responsáveis pelo Echochronos, as

reflexões temporais graças a seu poder de manipular o tempo.

- Um semideus similar a Chronis? Não seria o próprio?

- Não, leituras de Chronis demonstram que este ser, seja o que

for, transcende a forma de vida como conhecemos, mas sendo uma

forma de vida quântica, por isso seu 'dom' nato de viajar no tempo.

- Creio que seja um tipo de complemento de Lúcifer, o grande

ilusionista, Chronos tem o poder de estabelecer ciclos temporais e

mesmo loops criando os halos do tempo onde a Bug´s Time subsistiu.

- seguiu completando Apocon - tive eu um vislumbre dele através

sonhos, e digo é muito forte, prefiro chamá-lo de Dragão do Tempo.

- Dragão, porque é um devorador rouba todas as riquezas para

si, como sedento insaciável?

- Por ai... – respondeu rindo Apocon.

- Mas me diga como é o mundo de onde vieram? – perguntou

Octavios - Sou muito diferente?

- Digamos que você não fosse tal útil e importante como é neste

lugar. – falou Roberts o respondendo.

- Aquele mundo é tão diferente assim do nosso?

- Podemos dizer que Elvis não morreu verdadeiramente. –

respondeu em tom sarcástico Apocon. – Mas creio que tenhamos mais

o que fazer no momento, Roberts você tem um dia de descanso após

esse turbilhão temporal.

Os dois saíram daquela simpática sala deixando Roberts

confortável com orientações a seguir até seu quarto após a aula de

espiritualidade. Ao ver aquilo, notou que na cronologia interna de

tempo da TEMPUS fazia apenas 2 horas que ele tinha saído para sua

missão. Mas sabendo que a Bug´s Time não media esforços para

saquear e destruir tudo que pudesse, certamente teve a certeza de que

teriam problemas sérios pela frente.

Na sala de comando, outros soldados e mesmo um repórter

parecia entrevistando Max Zulu com uma câmera esquisita tipo como

se captura-se a imagem dele de todos os ângulos para provável

projeção tridimensional aperfeiçoada. O sujeito feliz a colher alguns

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bons loiros pela situação anteriormente passada esperou poder curtir

com algumas boas fãs no futuro. Mas nisto a câmera se virou por uma

sutil interrupção de Octavios dizendo.

- Este homem é um típico caso de patologia de personalidade

anti-social a ser curado de seus genes neandertais em sua

ancestralidade primitiva e selvagem, hoje a gradual melhora

comprova a funcionalidade do tratamento genético fazendo ser um de

nossos bons homens civilizados que controlam seus impulsos

violentos.

Com a mão sobre o ombro de Max, octavios parecia orgulhoso,

mas como se quisesse desviar a atenção para outrem, e quando a

câmera se afastou lhe chamou para lhe falar.

- Tenho uma missão a ti, você precisa retornar a ZT de Londres

pré-colapso para nos auxiliar finalizando esse elo. Enquanto você

Joseph Ávila – falou apontando para o agente Ávila que se encontrava

próximo – designado está para uma missão na mesma Londres no

começo do século XXI, num desvio temporal que localizamos.

- Mas vocês já não saíram da ZT de Londres? – retrucou Max

- Pode chamar isto de operação ‘amarra pontas’ – falou

Octavios - Temos muito o que fazer, inclusive salvar Montgomery

que apesar de não ter sido engolido pela fissão da bomba de antitempo

criou um desvio e foram parar na Era do gelo.

- Receio, porém, ter um problema como o senhor disse, a linha

temporal minha se for afetada com o não retorno pode criar

implicações flutuantes a atingir o próprio John Roberts.

- A não ser que você queira perder literalmente a

cabeça, sugiro que por hora fique conosco. – respondeu Octavios a

Ávila, mas nisto a voz grave de Apocon os interrompeu.

- Ou podemos recriar a cabeça de Ávila por engenharia

genética e analisar um modo de coloca-la numa situação onde estes a

peguem.

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- Mas para isto temos que estudar as circunstâncias em que

Ávila seria morto por eles. Ou seja formular toda uma equipe de

pesquisa e atuação em campo especificamente para isto!

- Suporte e pessoal temos de sobra, sem falar em tempo. A

equipe pode ser enviada diretamente da sede do futuro. – responde

Apocon.

As discussões ali estabelecidas eram para definir os próximos

procedimentos a serem tomados para que pudessem se ajustar

temporalmente as suas mudanças mesmo que o objetivo central ainda

nem tivesse sido tocado em relação à continuidade da busca pela

aparente fuga de o bugman-chefe Designnium e alguns dos seus.

No briefing de missão central na sala de conferências o assunto

tratado de modo pertinente rigidamente às leis que por sua vez

defendem as leis do universo antes os que conseguiram não somente

as burlar como as quebrar, estas leis visavam não oprimir e suplantar

o livre-arbítrio alheio, mas combater as oscilações provocadas pelos

transtornos da Bug´s Time em sua constante luta para perverter a

humanidade a escravidão se tornando donos de todas as criações

humanas antecipadamente para que assim ainda os explorassem

descartavelmente. Deste modo a autoridade recém aclamada por

Hebert Stoneset e Teogoras, antes chefe daquela equipe, permitiu que

John Octavios se apresentasse como tal aos superiores do futuro

incluindo o próprio Apocon em hierarquia.

- Como podemos ver, tivemos um grande êxito apesar dos

reveses proporcionados pelos malévolos da Bug´s Time e suas

entidades sombrias. Mesmo com o desligamento da ZT de Londres

com a sede temporal do futuro, conseguimos com auxílio de último

instante de Apocon Keystone localizar um halo temporal que resultou

num mundo anômalo onde residia a Bug´s Time lançando uma bomba

de antitempo para anular esta zona de convergência de oscilações

temporais. Porém, como notamos Designium obteve sucesso ao

conseguir explodir o sol desta versão não somente criando outras

flutuações como lhe fomentando energia suficiente para percorrer a

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rede de wormholes a um ponto ainda em pesquisa por nós. Abram

suas pastas.

Os homens fardados com belos uniformes com o símbolo da

TEMPUS e outras organizações competentes do futuro, responsáveis

pela manutenção e proteção não somente das leis humanas como

temporais e do Universo, lhes escutaram, pois sabiam que o assunto

ali tratado dependia o próprio mundo de não ser destruído num futuro

próximo deles.

- Algumas coisas devem-se saber, primeiro que a extensão de

tempo é muito maior que a de espaço em proporção, nisto consiste os

lugares secretos do espaço e do tempo, inclusive algumas ressoantes

como en-migrom. Segundo, o cruzamento de dados e informações

fornecidas pelo próprio Apocon, descrevemos uma possível

conspiração em decorrer proveniente de nosso futuro com ligações a

Bug´s Time, cujas intenções e deliberadamente sabotar as legislações

do Universo sob todo tipo de transtorno e por tal os Seth são alvos

preferenciais. Em vossas pastas consta-se documentos e inclusive um

mapa com transcrições espaço-temporais de locais secretos que em

muitos casos são protegidas por seres de origem ainda não esclarecida

por nós. Onde creio ser o alvo central um lugar que tive a

oportunidade de encontrar, chamado o Megalítico do Tempo. – o

sujeito fez uma pausa e virou uma página ligando uma tela

tridimensional em seguida – Tal são provas definitivas de interações

de entidades superiores em inteligência e tecnologia que nós, cujas

descrições aparentam ser serem sexuados e com estruturas baseadas

não em carbono, mas quantum. O problema de se alcançar este

megalítico ocorre, pois os bugmans cuja intenção é justamente

transgredir as legislações será de utilizar os conhecimentos futuros

deste para manipular e transtornar o tempo a sem bel prazer, como

ditar mortes e roubar descobertas. Mas, creio que por sua vez seja um

modo ainda mais eficiente de se encontrar outro lugar temporal ainda

mais secreto, o Império do Tempo cuja existência parece saltar.

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- Como aquela música Brigadoon? Em que fala de uma cidade

que somente de cem em cem anos surge? – falou um dos

uniformizados

- Mais ou menos isto! Mas cremos que em diversos momentos

ela surgiu no Brasil sendo conhecida pelo nome de Akakor ou como

popularmente ficou conhecido no periodo como El dorado. – A tela

mudou revelando outras imagens de artefatos pré-históricos e então

continuou a falar – Há milhares de anos um personagem chamado Fo-

Hi surgiu na China revelando conhecimentos que superaram

quaisquer outros e mencionando o império do Tempo, de modo que

com o conhecimento de uma fonte de energia sustentável poderemos

alcançar numa missão assim como no passado longínquo com auxílio

da sede do futuro, algo que Designnium pode ter conseguido com

êxito através de sociedades secretas a serem assimiladas pela linha

temporal vigente.

- Qual o objetivo disto?

- Achar não somente um caminho ao Megalítico do Tempo

antes deles como do próprio Império do Tempo, por crer segundo a

entidade que me abduziu se tratar de uma guerra espaço temporal.

- Você sugere uma invasão alienígena espaço e temporal?

- Possivelmente, mas ainda não temos informações suficientes,

porém de imediato temos de procurar Fo-Hi estabelecendo um

periodo preciso para encontra-lo.

- Para isto creio termos descoberto um novo modo de decifrar a

linha quântica de informação dum modo traduzível do qual

aparentemente não somente traços temporais da consciência de

antepassados, mas os próprios como recentemente nosso temponauta

de honra John Roberts, poderiam ter ficado detidos dentro desta rede

quântica, em suas residuais. Como se pode observar a matéria se

torce, estica e ganha outras proporções em velocidades próximas da

luz, logo os elementos de tamanho a partir de determinados

fenômenos ao atingir singularidade podem variar perfeitamente aos

extremos. Tal explicaria o porque da aparente morte de Octavios e

Dayane. Tal mecanismo nos servirá que pela utilização das leituras de

identidade quântica se proceder num modo de busca-los pela linha do

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tempo inclusive nas oscilações como uma identidade mais singular

mesmo que as próprias digitais dos dedos e íris. Isto nos servirá para

permitir procurar Designium e outros.

Tendo uma vez concluída a reunião, os superiores da TEMPUS

do futuro ficaram muito satisfeitos com os avanços e descobertas

feitas dizendo que o investimento de grandes verbas em tal projeto se

justificou apesar dos erros de percursos proporcionados pela Bug´s

Time, mas, sobretudo por terem conseguido uma real possibilidade de

impedir o evento que culminará na destruição da terra no futuro. Os

homens cumprimentaram Octavios se dirigindo a sala de transporte

temporal e lhes desejando sorte no seguimento sob o suporte

necessário para isto. Ficaram satisfeitos, sobretudo por terem

recrutado John Roberts que se demonstrou surpreendente após ser

tirado do cativeiro na criação da Ordo Christianita Ad Ventus como

modo temporário de proteção temporal assim como Joseph Ávila

liberto da escravidão e garantia de ser morto. Lugar de homens (e

mulheres) habilidosos eram num mundo onde a justiça legislativa

fosse imparcial.

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Parte II

Hindsight

"As pessoas acham que o tempo passa, mas o tempo acha que as

pessoas passam."

Ditado popular

John Octavios estava certo, o tempo é muito maior que o espaço

em extensão e como dimensão, por isso quando os primeiros

navegadores portugueses começaram a viajar pelo mundo estavam

apenas a explorar o espaço que como tal limitado e esgotável, mas o

mundo gira assim como os ponteiros do relógio onde o aparente

eterno retorno está na realidade a tudo transformar, pela força-mor do

sincronismo que é o Tempo. A Terra por si só foram vários mundos

num só, nos tempos da pangéia aos continentes perdidos, a das

reflexões-ecos do que aparentemente nunca existiu.

A área de exploração do tempo é muito maior e em

conseqüência o mesmo espaço em diversos tempos, de modo que

assim se faz com a terra. Nisso consiste o império imprescindível do

tempo sobre cronológico numa acrologia, não somente em três

tempos, mas ínfimas reflexões direcionais de destino perante o 'vento

do Tempo'.

6 de abril de 1423, algum lugar do Atlântico

O céu límpido de poucas nuvens, cuja nitidez permitia ter a

visão a se perder ao último ponto do horizonte azul do mar, tão logo

ouviu-se gritos de homens a revelar diversos navios, mais de uma

centena destes em disposição navegando de vento em polpa em

direção ao vazio do horizonte. Eram chineses enviados pelo imperador

chinês Zhu Di que dentro desta esquadra chegam aos três mil

espalhados em enormes caravelas de junco com 150 metros de

comprimento e liderados por um homem chamado Hong Bao, um

chinês mulçumano alto que tendo vestido quase aos pés cujos tecidos

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esvoaçavam contra o vento se dirigiu a um homem lhe chamando em

chinês dizendo:

- Zheng He, sinais de terras próximas!

- Por Zhu Di, Fo-Hi sempre esteve certo! Como previsto -

respondeu o mongol He. - Sinto o cheiro de terra fresca!

Na dianteira em tecnologias aos paises do periodo, muito antes

de ficarem famosos por pastelarias, os amarelos estiveram perto de

algo. Tão logo que desembarcaram em terra firme o vislumbre de

terras tropicais as portas do Amazonas. Zheng He se agachou tocando

o solo da praia pegando um mote de terra em suas mãos e em seguida

a cheirando. Olhou em volta enquanto outros dos seus vinham em

pequenos barcos desembarcando aos gritos e puxando-os para terra

firme em seguida.

Pássaros voavam ao redor, inicialmente gaivotas típicas do

litoral, mas tão logo, à medida que Zheng He avançou a uma mata

notou enormes e belos pássaros azuis de bicos amarelos, araras,

enquanto outro encantando apontou para outro pássaro de enorme

bico amarelo o que provocou algum tipo de piada entre eles

intraduzível, mas o tucano pouco se importou com aquilo.

Mas ao fim da tarde Zheng He e Hong Bao já estavam numa

pequena base de campo montada por tendas de bambu enquanto o

entardecer revelava tons de indescritíveis amarelos e âmbar

predominante de modo reflexivo nas nuvens esparsas.

Com algumas tochas de fogo já acessas, Hong Bao tirou de um

aparente códice um tipo de pergaminho o desenrolando, era um mapa

similar ao de Pire Reis.

- Segundo nossos cálculos devemos viajar mais ao sul e

adentrar terra por longos quilômetros para encontrar o império de Fo-

Hi. - falou Zheng He apontando no detalhado mapa que mostrou

desenhos mesmo topográficos da região que hoje é conhecido por

Mato Grosso.

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- Ótimo prepare relatórios e divida a comitiva para este trajeto

em sigilo. Para a equipe designada somente os separados poderão

saber.

Alguns dias após, porém, quando o grupo selecionado já

adentrava a floresta tropical notaram algo a se mover pela mata

fechada como alguma pessoa, e temendo serem índios canibais Zheng

He mandou que imediatamente se organizassem em ataque quando

repentinamente um dos homens dele desmaiou sucumbido de joelhos

ao chão, fazendo surgir a sua frente, entretanto, um homem de

aparência européia vestindo um longo capuz e com peças metálicas

que se estendiam das mãos aos braços com luzes diabólicas acessas e

num chinês forçado apenas lhes disse para dali não avançarem lhe

dando uma carta de quem seria a do próprio Fo-Hi, lhe dizendo que

havia chegado o fim dos avanços tecnológicos por eles mal utilizados

os pedindo para retornarem sem relatar o ocorrido, e temendo aqueles

homens assim fizeram.

Na base da Antártida John Roberts acabara de acordar e

caminhando pelos movimentados corredores a todo vapor de

funcionamento observou a concentração destes enquanto seguindo o

procedimento de investigação temporal, Octavios lançou sondas de

tempo nas mediações espaço-temporais da China onde teria vivido

Fo-Hi, mas sem encontrar indícios coerentes de ser o periodo correto.

Tendo-se em vista que não tinham nenhum sinal de leitura como

assinatura para se buscar Octavios começou a crer se tratar de como

achar uma agulha no palheiro, perto da imensidão de séculos a

presença de Fo-hi era apenas uma fagulha de tempo dentro do periodo

determinado de quando teria existido.

Naquele momento receberam notícias de que Montgomery

retornou, não sem ter reclamado das condições do lugar onde haviam

parado.

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- Quase morri num ataque de mamutes! Isso é uma loucura! -

falou ele ainda esfregando os braços um nos outros para se aquecer do

frio daquele lugar de onde veio.

Um dos que o acompanhavam rindo falou que chegou mesmo

ser divertido, uma aula de pré-história para dar inveja a qualquer

professor ou estudioso. Logo, em seguida retornou Max de sua missão

falando do desespero deles com a eminente implosão da ZT de

Londres.

- Receio ser uma lástima não falar que vocês conseguiriam

sobreviver.

Mas muitas outras vozes no local se ouviam, cientistas teóricos

e Apocon junto de Hebert Stoneset discutiam uma estratégia mais

eficiente para a missão enquanto aguardavam o sinal da Zona

Temporal do futuro como sinal para prosseguirem na localização

provável de Designnium no passado. Nunca John Roberts tinha visto

aquele lugar tão movimentado, muito bom fazer parte de algo assim.

Assim convocado à sala de conferências para suceder mais uma

missão, John Octavios parecia sinceramente atribulado com a

ordenação de tantas missões simultâneas ao lado da base central, mas

ainda assim entrou na sala meio desorientado, mas sorrindo dizendo.

- Boas-vindas a ti pioneiros do tempo!

Roberts não se incomodou com o fato de já ter lhe dirigido a

palavra quando retornou, mas sim de aparentemente Octavios não

saber exatamente o que tinha de fazer enquanto seguiu olhando para

um monitor oculto por de trás da bancada no elevadinho do palanque

onde algumas palestras menores ocorriam, quando finalmente ele

interrompeu o silêncio.

- Lamento, pois tem sido muita informação num curto periodo

de tempo para mim, faz-me lembrar a febre da narcose temporal.

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Neste momento temos algumas sondas na década de 70 no Brasil

vasculhando a área do Amazonas ao Mato Grosso procurando

quaisquer vestígios da cidade perdida, mas somente conseguimos

algumas dores de cabeça com a Operação Prato.

- Como o que – retrucou Jonh Roberts

- Bom além de ter encontrado com outras formas não identificas

de artefatos que parecem igualmente procurar algo, creio que

tenhamos sido confundidos com eles. Já ouviu falar da Operação

Prato?

Max Zulu esboçou um riso e balançando os ombros apenas

seguiu perguntando.

– algo haver com campanha contra fome?

Jonh Roberts deu um risinho sarcástico se virando para ele e

explicando ser na realidade uma investigação conduzida pela Força

Aérea brasileira sobre os fenômenos de OVNIs.

- Correto! – exclamou Octavios cortando os dois para tentar dar

seguimento. – Muito impressionante como casualmente amarramos

algumas pontas sem querer, mas temos de seguir pelo brienfing. –

uma pausa se fez e em seguida mexendo na tela como se lesse algum

texto seguiu – como se sabe, não paramos de descobrir uma sucessão

de saídas de wormholes naturais com duração muito maiores que

previstas que permeia diversos lugares do globo no espaço-tempo,

deste modo o túnel no tempo é um caminho na quarta dimensão. Bom,

não fomos capazes de descobrir o paradeiro de Designium, mas

seguindo leituras encontramos lugares onde algumas assinaturas de

alterações provocada por ele persistiu como rastros, e como se sabe

sendo uma cópia “aperfeiçoada” de John Roberts – Octavios fez

aquele sinal com os dois dedos de cada mão indicando a aspas – tem

curiosamente um tipo de leitura quântica quase idêntica a de Roberts,

por isso conseguimos determinar uma aparente interferência dele ao

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menos resultando no século do nascimento de Cristo, justamente

relacionada com uma tentativa de mata-lo!

- John Roberts não seria uma variação dele? - indagou Max

Zulu

- Não, os seth apresentam sempre a mesma leitura quântica, mas

a dele é parecida, porém, inversa. Fora concebido como um embrião

em condições quânticas diferenciadas.

- Mas deixe-me ver se entendi. – interrompeu John Roberts -

Designium tentou matar Jesus Cristo antes de nascer como modo

conseqüente de acabar com o Cristianismo mesmo antes de surgir?

- Perfeitamente. Mas o tiro saiu pela cultura, aparentemente ele

foi um dos responsáveis pelo conhecimento que levou os reis magos

até ao menino Jesus, mas estes como se percebe sucumbiram à

tentação de não mata-lo. Mas a missão de vocês é justamente se

passarem por membros do império romano onde Max deverá se passar

de seu escravo enquanto você recolhe informações sobre a

procedência das informações. Porém, não sabemos se tal foi realizado

antes da destruição do Halo temporal ou posterior, de modo que

deverão isto determinar e em caso de positivo, procurar de onde

vieram às informações, onde um artefato do megalítico aparece, que

nos leva a crer que ele conseguiu o encontrar.

- Qual será o periodo preciso? – falou John Roberts enquanto

Max Zulu demonstrou certo desconforto em fingir ser uma

propriedade de Roberts.

- Ilha de Patmos, periodo posterior a de Cristo, encontrar um

quase louco apostolo João. Cremos ele sabe de informações vitais que

incluem as sete cartas do Apocalipse. Algo que talvez não saiba

conscientemente.

- Lamento, Max, mas não será hoje que você verá meu Cristo

sofrer na cruz. – respondeu John Roberts debochadamente.

Ao finalizar o dialogo os outros companheiros de suporte de

base – que sempre apareciam junto ao brienfing foram apresentados

como parte de acompanhamento técnico fixa – se retiraram enquanto

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Octavios recolhendo papéis da bancada viu Max sair para se preparar

para a missão.

- Espero que o relacionamento entre vocês dois tenha

melhorado. – falou Octavios

Mas John Roberts notando uma certa tristeza nele o observou

caladamente, pois mesmo que perante sua mulher não tenham vivido

uma vida interira lado a lado para os dois, a proximidade era grande,

vendo a preocupação de Octavios então falou.

- Algo mais lhe incomoda, talvez pessoal. Se quiser falar, aqui

estou.

- Nada de tão relevante – respondeu Octavios – somente Joseph

Ávila que ao retornar nos falou de um certo Magister Maskmelin com

quem Ávila teria aprendido mágica, havia alguma menção dele nos

diários, mas creio que tenha algo mais além de ter feito parte de uma

certa Seven Circle que tinha informações interessantes sobre a

Segunda Guerra antes de ocorrer.

- Talvez tenham sido instruído por Ávila, para combater as

nuances temporais.

- Não, tem laços de parentesco com Jhenny.

- Seriam então consangüíneos? Ramificação Seth?

- Não sei ao certo, mas poderia explicar o nome não? Como se

sabe, alguns dos nossos tem mais filhos por ai do que sabemos, logo

um rastreamento completo torna-se muito difícil. Mas como nosso

tempo tem sido dedicado a missão central creio deixarmos isto pra

outra oportunidade.

Ao se dirigirem à sala de transporte de wormholes, John

Roberts e Max Zulu trajando-se de modo conforme a época pedia para

se dirigiram ao lado de um tradutor tendo-se em vista que não eram

fluentes na língua natural. Deste modo mesmo sendo estrangeiros, não

de lugar meramente, mas de tempo, os três tentariam não somente se

comportarem discretamente como forasteiros na ilha de Patmos, o

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sucesso de sua missão em campo dependia estritamente de se

passarem como oriundos daquele tempo, e se possível, nativos do

local, sem grandes interações além das necessárias para se obter

informações de uma mente cansada da opressão que se tornou o

apostolo João.

Vestindo-se de túnicas, longos panos lhes cobriam assim como

a do tradutor Francis Fawcett, um pesquisador temporal vindo

diretamente da base do futuro para tal missão, como intermediário e

observador da CEET de assuntos internos. Agentes que fervilhavam a

base da Antártida após o incidente ocorrido na Zona Neutra de

Londres, onde mesmo Dayane - uma deles - se tornou uma das

interrogadas.

Tão logo a concentração exponencial de energia comprovou a

tecnologia recém descoberta por Octavios deixando os observadores

da CEET impressionados com o desempenho mesmo que podendo ser

igualmente perigoso se perdesse o controle criando uma anomia

expondecialmente crescente. Mas o campo gerado contido por uma

grade quântica com tecnologia já anteriormente criada parece

controlar tudo aquilo, logo a fissão dimensional diante de seus olhos

se abriu sob o monitoramento e filmagem documental do que para o

pessoal do futuro ainda era um experimento científico renomado.

Como nos tempos mais imemoráveis e pré-históricos o homem

aprendeu a fazer e controlar o fogo, desde a roda aos engenhos que

burlavam a gravidade como o avião, o ser humano viu-se diante de

um desafio-mor como se utilizar de uma única centelha quântica para

se abrir e estabilizar os chamados wormholes, talvez contrariando

previsões literalmente eram aptos a fazer camelos passar por um fio

de agulha, mas quem se importa, na bíblia disseram ser difícil, mas

não impossível!

Lá estava diante de todos mais um magnífico engenho não do

homem, mas certamente motivo de se orgulhar com o poder de sua

ciência sobre a natureza poderosa do quantum e do tempo,

estabilizando-o e mesmo se nutrindo de seu poder, lhes concediam a

capacidade de compartilhar de tal. Mas quem poderia ser dono

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daquilo? Falam eles do universo do qual apenas seus descobridores

positivamente devem em obrigação ser lembrados.

Diante daquilo Octavios apenas acenou com a cabeça para os

três seguirem buraco adentro quando Roberts sorrindo virou para

Francis e lhe disse.

- Pronto para a toca do coelho?

Uma música ecoava por um grande templo onde cabeças

silenciosas aguardavam um homem subir no púlpito e diante do altar

pregar. Por trás alguns chapéus, cabelos ruivos, loiros, castanhos e

calvos, mas dentre deles de um menino que assistia ansioso o sermão

do pastor. Porém, sua ansiedade não era para com o sermão, mas para

sair do local.

- Como podemos ver, o homem em sua soberba se considerou

maior que Deus e resolveu ditar sua vontade e com sua capacidade

tomar o poder conferido pela tecnologia a seu favor para que

reinassem como deuses neste mundo. Porém, como apenas do pó que

viemos por Deus sabem que pouco ou nada podem fazer neste

momento se um abalo sísmico ou mesmo um asteróide nos atingir, são

vulneráveis mesmo a um engasgue em sua presunção.

Uma pausa se fez e alguns "aleluias" se ouviram no tempo

sendo seguido por um 'cof cof' tímido no fundo, de alguém com uma

irritante tosse.

- Não são as armas dos homens que os salvarão, ou sua

tecnologia, ou a violência! Nada provam neste mundo, pois não fazem

milagres! Mas Deus está aqui neste momento para ouvi-los em nosso

clamor, para resgatar nossas almas da dor para nos perdoarmos!

Amém!

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O menino se irritou naquele momento após acordar de um

cochilo durante o sermão quando novamente viu-se diante do

reverendo na sexta fileira da igreja, ao lado de seu pai e sua mãe.

- Pois existem vários senhores, mas somente um é capaz de

ressuscitar mortos e fazer paralíticos andar! Neste que nós cremos, um

Deus sobre todos os males, violência à moléstia!

O culto se encerrou com uma oração barulhenta dos irmãos que

oravam em voz alta, quando todo o povo saiu do templo com um

fundo musical do mesmo órgão que tocava e um coral de vozes

cantavam uma música "Poderoso Deus". O garoto ficou aliviado.

Finalmente fora daquele lugar onde as pessoas falavam de milagres,

do inexplicável que ele nunca viu, algo absurdo, uma provável

invenção para se controlar fiéis, uma forma de controle em massa

pensou em seu íntimo.

Ao entrar no carro, o menino ouviu sua mãe lhe pedindo para

colocar seu sinto quando ao saírem de carro repentinamente um carro

de polícia se jogou diante do carro que seu pai dirigia e um tiroteio

começou. De um lado marginais e de outro policiais tendo apenas

mais uns dois carros civis no meio quando uma rajada de tiros atingiu

o carro onde ele estava passando pela janela aberta dando apenas

tempo da garota abaixar a cabeça quando tudo repentinamente se

silenciou.

Lentamente então, o garoto ergueu a cabeça assustando quando

viu cacos de vidro, portas de carros abertas e corpos ao chão. Todos

dentro do carro se ergueram, a mãe e pai do garoto perguntando-se se

todos estavam de modo adequado. As pessoas do carro ao lado

encontravam-se mortos e dois policiais do outro, mas naquele carro

nada havia ocorrido. Para certificar-se sua mãe num pulo foi ao garoto

e perguntou.

- John Roberts, você foi ferido filho?

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Roberts, nada havia sofrido, mas quando virou-se o rosto viu

em meio a fumaça cinza de um monte de pneus queimados um rosto

que jamais esqueceu, um homem vestindo preto com uma cartola e

rosto perfeitamente simétrico, Designnium.

Ao surgirem na ilha de Patmos viram-se os três agentes num

lugar estranho, repleto de rochas e uma nevoa que encobria o lugar

apenas tornando possível se ouvir o ruído constante das ondas

quebrando lentamente nas pedras. As condições climatológicas

perfeitas para uma "aparição espontânea", desta vez para aquele

mundo eles eram o milagre, mesmo que tecnológico.

Caminharam eles tendo-se no visor leituras para saberem para

onde irem, mais precisamente, quando Roberts tropeçou numa pedra

vinho com as mãos no chão. Sem pestanejar Max antes seu inimigo

quase genético lhe estendeu a mão para ele se levantar e seguir

adiante. Quando a nevoa se dispersando tornou-se possível ver

algumas pessoas que caminhavam carregando lenha e outro

conduzindo cabras por uma longa corda enquanto elas faziam seu

ruído próprio.

Francis parecia claramente empolgado com aquilo e resolveu

arriscar as primeiras palavras naquele dialeto sendo olhado meio de

banda por não saberem que eram. "Chegamos num barco pesqueiro

que acabou de sair" falou Francis que tendo-se em vista a nevoa

pouco restou a questionar o morador local, mesmo que isto não fosse

suficiente para que acreditassem neles.

Caminharam então até um local onde puderam perguntar por

um certo apóstolo quando um soldado que bebia num bar riu

sarcasticamente dizendo em seu dialeto "Procuras o promotor daquele

certo Jesus? O homem é um louco como o Deus que promove".

John Roberts sentiu-se sinceramente ofendido ao ter tais

palavras traduzidas em seus ouvidos, mas pouco se importou quando

lhes foi informado onde se encontrava o homem. Um velho barbudo

muito cheio de rancor por tanto que já havia passado anteriormente,

chegando mesmo a se isolar por longos períodos numa caverna

enquanto escrevia.

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Seguiram a um local onde finalmente viram a silhueta contra o

sol de um homem curvado que caminhava com longas roupas subindo

a colina rochosa de onde se podia ver numa só reta o mar a sua frente.

O vento soprava forte balançando a vegetação rasteira do local

enquanto zunia nos ouvidos de todos que lá estavam, quem diria uma

reta ao longe ser redondo.

Ao abordarem o sujeito, Roberts ao ter a confirmação de quem

era tirou o pano que cobria sua cabeça se inclinando levemente em

cumprimento. O homem de idade avançada com os olhos azulados de

uma catarata eminente tinha longas barbas e carregava uns

pergaminhos no braço esquerdo quando balbuciou algumas palavras

meio de mau humor e quase lhes deu as costas quando Francis

dizendo em sua língua afirmou ser um cristão que disfarçadamente

aquele local chegou para ter com ele.

Pobres homens que mal sabiam que faria parte do livro mais

vendido de todos os tempos como sua última parte, lá estando

repletamente cheio de receio das intenções daqueles três homens que

com ele vieram ter, talvez mais usurpadores como alguns que apenas

pesquisou dizendo-se cristão para escrever uma história apócrifa num

pergaminho soterrado em qualquer lugar do mar morto.

- Não são estes malditos escribas? - perguntou João. - Talvez

mais um Barjesus, ou mesmo seguidores do Iscariotes, cainitas

astutos!

- De modo algum, viemos a ti para saber deste Deus que pregas

- falou Francis sem revelar sua intenções que apesar de não ser

mentira, desejava obter informações sobre os reis magos.

João acenou com a cabeça pedindo-lhe para que os seguisse

enquanto se apoiavam num cajado até uma pequena edificação de

pedra que fazia uma barreira ao vento e estes puderam ver a

simplicidade, para não dizer imprópria pobreza em que vivia. João

sentou-se numa mesa de madeira apontando onde havia água para

beberem - aceitando cordialmente - enquanto ele abriu um

pergaminho e começava a escrever em sua língua "e do abismo

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vieram seres como gafanhotos" e disse quase baixinho o que

desejavam saber.

- Sabemos nós que Jesus, o nazareno recebeu uma visita no dia

em que nasceu, na manjedoura. - falou Francis em sua língua quando

João subitamente parou de escrever permanecendo em silêncio.

Depois de um certo momento virou-se para ele colocando a

pena segura no tinteiro e começou a falar com uma voz grave e lenta,

quase como rouco.

- Vos digo que estes homens não eram maus, mas lá foram

mandados para mata-lo assim como buscam a mim.

Francis se atrapalhou ligeiramente para traduzir o que disse

João, mas prosseguiu falando lentamente em retorno.

- Quem os mandou?

- O mesmo que sussurrou nos ouvidos de Judas, o Iscariotes.

Satanás! - respondeu de modo quase sarcástico, mas obviamente nada

respondendo.

Francis ficou impaciente piscando os olhos nervososamente

vendo que o homem voltou a escrever o pergaminho o desenrolando à

medida que passava para as linhas de baixo onde viram outras frases

como a "estrela que veio do céu e tornou as águas amargas".

- Talvez o senhor não tenha compreendido, fora um rei, mas

quem o fez o rei mandar. - falou facilitadamente Francis para João.

- Certamente algo antigo, que esteve com Daniel, mas não

descrito em seus livros, mas igualmente certo que sabiam assim como

Isaías o soube. - fez uma pausa se erguendo e coçando a barba - mas

sei de um certo manuscrito que estes tinham que falava de um

homem, um demônio, creio, que caminhou e lhes deu descrições

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celestes precisa de quando um homem muito mal viria a tentar

destruí-los, meu Jesus, ora, como se pode engana-los deste modo!

- Neste livro há algo sobre como era?

- Um demônio cuja face direita era como da esquerda, e a

esquerda como da direita e sem quaisquer pelos no corpo, no mais se

passou por anjo parando os ventos e cerrando o tempo em seus

punhos, um demônio muito mal, mas não sei sobre ele.

A mesma tecnologia que faziam eles fazer milagres nas mãos de

outros eram usado para impressionar de modo que assim como os

crédulos e ignorantes no saber se levavam por qualquer show, show

que poderiam eles mesmos fazer naquele momento, mas

exibicionismo de poder não era exatamente a intenção deles.

- Amado irmão poderia me informar quando e onde?

João, parou de escrever e se levantou de súbito sem olha-los e

seguiu a uma pequena estante de madeira mexendo em alguns objetos

e tirando uma espécie de carta e seguindo a eles falou ao estender as

mãos para ele.

- Vos entrego então este, é uma carta de demônios creio! Tem

mesmo palavras que só demônios devem entender! Foi mandada a

Herodes naquele julgamento. Escribas hipócritas! Eles sabiam o

tempo todo e nada fizeram!

Ao abrir o selo da carta Francis entendeu o que dizia, quando

nesta falavam de uma estrela no céu que deveria ter sido o sinal para

matar um menino que nasceu, mas lendo-se mais viu eles letras

dizendo em claro inglês "matar Jesus e Pedro"

Aquela palavra entenderam todos no local, mesmo que não

fossem demônios, mas se o falassem certamente o pobre homem que

se sentou novamente iria repreende-los, talvez lhes expulsando

demônios. No mais a carta dizia que tal fora mandado de exatos 126

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anos antes do nascimento do Cristo que com as datas atualizadas seria

a mais de 200 anos atrás.

Quando saiam do lugar, o homem segurou porém, os braços de

Max e lhe olhou diretamente a seus olhos e disse em sua língua algo

que não entendeu puxando o braço repentinamente sem disfarçar o

susto. O homem então levantou o braço e dizendo em voz alto

continuou a falar em seu idioma fazendo Francis parar diante dele e

abaixar a cabeça respondendo algo em troca e saindo em seguida.

Ao caminharem pelo mesmo caminho retornando Max Zulu

inquieto não segurou-se e perguntou a ele, o que havia lhe dito.

- "Tu se curaste da marca de Caim, mas podes tropeçar. No

mais os ventos do tempo dirão a ti e este jovem." Foi algo assim que

ele disse. - respondeu Francis segurando a carta em mãos enquanto se

dirigiam a um ponto deserto para retornarem a base.

- Creio que temos mais uma relíquia em tanto - falou John

Roberts - ainda não acredito que tenha encontrado Apostolo João!

Quando chegaram de volta a base na Antártida viram-se em

meio a diversos funcionários retirando algumas pedras com desenhos

estranhos como homens sobre dinossauros surgiam. Com a

desorientação repentina da “transladação” John Roberts ouvi Octavios

gritando para que os homens andassem rápido, mas cuidadosamente

com tais pedras, quando se viraram para.

- Obtiveram dados? – perguntaram - Me perdoe acabamos de

retornar de uma missão em Ica, no Peru. Mas com falsificações ficará

difícil pesquisar pedra por pedra para se saber quais correspondem aos

fatos.

- Tais pedras mostram convivência humana com dinossauros? –

perguntou Francis

- Mesmo que nossas pesquisas sobre a pré-história tenham sido

limitadas pegadas de humanos fossilizadas ao lado a de dinossauros

parece ser um indicio interessante. – falou Octavios.

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- Talvez nós mesmo numa missão do futuro, ou melhor, no

passado, mais longicuo – comentou sarcasticamente Roberts enquanto

caminhava pela sala de transporte que era similar a um grande galpão

como um hangar.

- Não poderia afirmar, mas acreditamos que teriam codificadas

dados sobre a localização do Império do Tempo, mas têm dificuldade

de encontrar as originais mediante as falsificações de Basílio Uchoa.

Mas faremos leituras quânticas para determinar o tipo de assinatura

que possa nos dar uma data de concepção com maior precisão. – falou

Octavios recebendo uma prancheta com papel com o catalogo dos

artefatos recebidos. – Espero que não tenham provocado nenhum

paradoxo do avô.

- Tirando-se o fato de que Apostolo João acreditava que o inglês

era uma língua de demônios? Imagino o português. – falou o tradutor

Francis.

- Algo diferente a povos mais ignorantes sempre provocam isto.

A dificuldade em aceitar sempre proporciona saídas místicas como

escoro ao preconceito. – falou Dayane entrando na sala. – Vamos,

sigam-me temos muito o que fazer.

Ao chegarem na sala, refeitos da viagem sentaram-se numa

mesa onde Max colocou o papel recebido de João em que falava do

nome de Jesus e Pedro. Aquilo chamou atenção de John Roberts pelo

fato de crer - em parte pelo mero nome – de que tal apostolo fosse

descente dele. Bobagem, respondeu Dayane, apesar de não terem sem

dúvidas reconhecido todas as ramificações de tal linhagem com

misturas seria por demais especular.

Com os registros feitos, graças a um preciso sistema de

relatórios, cadastros, notificações que administrativamente eram

perfeitos para não houve quaisquer lacunas vazias ou para que desse

margem a erros e buracos nas regras do funcionamento da TEMPUS,

seguiu-se eles para seus aposentos a fim de ter seu merecido descalço

para passarem a seguir por mais um exame psicotécnico e psicológico.

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Parte III

Constantes inconstantes

"Nós mudamos o mundo quando o observamos"

Werner Heisenberg

Tal lugar procurava os seus como pessoas de QI acima da

médica capazes de lidar com o desdobramento temporal e paradoxos

não lineares, mas uma vez passados naqueles exames e testes como

para detecção de tendências a violência gratuita, psicopatia e mesmo

andarem com vendas nos olhos por um periodo determinado, o que

seguiam eram procedimentos padrões para analisar exames

psicológicos e de tomografia, pois houveram casos de viajantes que

tiveram tumor após viagens a exemplo da Narcose Temporal, que

John Roberts já apresentaram alguns indícios dos estágios iniciais

chegando a ser operado uma vez. Investigavam, assim como John

Octavios se curou de tal síndrome após ressurgir o que serviu de

parâmetro para uma possível cura para moléstia que com um cérebro

adaptado na realidade se tornava uma benção.

Mas as notícias não eram das melhores, ao se constatar que

estes viajantes da Bug´s Time chegaram aos tempos de Caim, uma

missão estava aparentemente fora de cogitação por não terem

encontrado qualquer brecha temporal que para lá levasse tornando-os

com certa vantagem, mesmo que temessem onde mais poderiam ir,

demonstrando outra limitação inerente a tais viagens temporais cujos

locais específicos pareciam bloqueados através de períodos e espaços.

Milhares de anos atrás, algum lugar da Palestina.

Um homem corre pelo deserto desesperado com panos cobrindo todo

seu corpo diante de um sol escaldante. Transpirando e ofegante, seu

temor parecia ser além de morrer por insolação ou desidratação, mas

como se fugisse de algo parecia correr não em direção a um lugar,

mas para longe de algum outro ponto, de onde vieram. Talvez tal

homem perdido naquela solidão tentasse fugir de si próprio pelo crime

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que cometera cruel e vil, retratado na bíblia sagrada como o primeiro

homicídio. Caim matou Abel.

Mas mesmo com sua respiração ofegante, o irmão traidor como

presente indicio inerente ao nascimento da concepção de um crime em

seu sentido nato parecia nutrir desonra aos seus próprios genes que

carregava onde orientado pela inveja e ganância se induziu

automaticamente a tal crime imoral. Mas ao cambalear pelas dunas,

como se trocando já suas próprias pernas viu a uma quadra daquele

lugar a imagem tremule de outros homens num acampamento, o sol

refletido no chão pelo acúmulo de calor somado a um mente calçada à

exaustão, pelo sol cruel concebeu consigo próprio ao cerrar a visão

como sendo uma miragem ou alucinação. Olhou então a volta, e sem

pestanejar correu como quem depende-se para se viver. A imagem foi

ficando mais nítida e menos tremule e logo aqueles homens pararam

para observa-lo se aproximar. Vestindo roupas estranhas perto das

dele, Caim porém, pouco se importou e ao se aproximar caiu de

joelhos exausto pelo calor e sede implorando com um gesto a sua

boca o que necessitava. Os homens sorriram e se entreolharam quando

um dentre eles surgiu, Designnium, que completamente destituído de

pelos com seu corpo uniforme acenou com as mãos pedindo para que

desse a ele água.

Dois dos homens então o arrastaram para dentro de uma das

barracas quando Designnium e outro homem entraram vendo-o

deitado com a mão sobre o peito ainda ofegante enquanto os panos da

tenda balançavam suavemente. Designium falou algo em sua língua

perguntando-o qual era seu nome e ele respondeu. Caim, fazendo

Designnium sorrir como feliz em encontrar tal homem.

Passou-se alguns dias, quando Caim parecia entrosado com

aquele grupo prosseguindo em caças, e procurando água do qual

subsistiam enquanto trocavam constantes olhares com Lucine Strix,

com quem sempre passou a andar. Aquela mulher, uma dos membros

da Bug´s Time que lá fora parar tinha um DNA 75% neandertal o que

se traduzia como nefelin aquele povo que os confrontou com o fim

conhecido de sua espécie, e como tal, tinha hábitos muito primitivos

como predileções ao ilícito e a violência. Pouco a pouco Designnium

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começou a contar-lhes as lendas de onde vieram, mesmo que torcidas

a seu modo para que este fossem os heróis.

Os anos se passaram, enquanto Designnium já avançado de

idade estabeleceu uma cidade onde a família da Caim cresceu e se

firmou como mercadores, mas Designnium esperava algo pelo qual

todos os dias olhavam para o céu, algo que pelo seu conhecimento já

deveria ter ocorrido. Foi ele quem tentou firmar com Caim um retorno

as suas terras de origem para procurar um certo megalítico em suas

redondezas, porém, este jamais visto pelo próprio não era acessível a

humanos comuns, o que Designnium encheu-lhe de idéias sobre tal

injustiça.

Numa certa noite quando Designnium repousava em cadeiras

diante do céu estrelado notou luzes e clarões no horizonte de onde

vinha Caim, quanto tais desceram a ele assombrando a todos, mesmo

aqueles traidores do tempo em seu conhecimento futuro. Caim, ainda

muito mais firme fisicamente para sua idade caiu de joelhos perante

aqueles que vinham do céu, fazendo juramentos e suplicasse sob o

nome de Anunnaki e lhes oferecendo suas netas e filhas a seres

estranhos, que de lá saíram para lhe perguntar quem estes eram.

- Somos Bug´s Time, vossos servos e defensores, nós clamamos

para tocar os tesouros escondidos que Aquele protege. O megalítico

do tempo.

Na TEMPUS acreditando que a missão de investigação no Peru

fora quase perda de tempo, um jovem apressou-se pelos corredores da

TEMPUS e com entusiasmo se aproximou deles dizendo que algumas

das pedras tinham datações completamente diferentes das demais

demonstrando uma variação de anos de séculos e milênios.

- Como podem haver padrões comuns a demonstrarem

exatamente como sendo de mesma procedência ter tamanha

defasagem de tempo? - indagou Octavios - Verificou quais foram às

falsificações?

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- Perfeitamente, na realidade grande maioria foi descartado

como artefato autêntico se não cópias das demais. - o garoto abaixou

uma das pedras e pegando num papel com gráficos de diversos testes

continuou enquanto via-os - Porém um pequeno grupo destes artefatos

apesar de reunidos parecem terem sido feitos em períodos muito

longicuo o que arqueologicamente é inconsistente.

- Periodo?

- 1.100 a.c. aproximadamente e século VII d.C. e este aqui

aparentemente do século XV.

- Periodo do começo da colonização.

- Exato. Talvez justifique as lendas indígenas do periodo que

levaram os espanhóis a procurarem el dorado.

- Faz completo sentido. Talvez de algum modo tais pedras

sejam resultantes das reflexões periódicas da cidade, mesmo Coronel

Hollanda no século XX afirmou nos documentos da Operação Prato

que pilotos visualizaram construções douradas no meio da Amazônia.

- refletiu Octavios enquanto John Roberts lhe observava ao lado dos

demais companheiros de equipe - Quando tiverem dados mais

precisos vamos enviar sondas específicas aos locais à procura de

assinaturas.

- Porque não tentamos entrar em contato com a ZT de São

Paulo? - sugeriu John Roberts - Mesmo que tenha caído algum

contato sigiloso justifica-se, podem ter informações valiosas sobre tais

possíveis assinaturas, talvez mediante dados cruzados com o periodo

da operação prato sabendo que tal cidade não é espacial, mas

temporal.

- Creio que é pertinente a alguns protocolos de sigilo científico -

respondeu Dayane se aproximando - temos investigado o que ocorreu

com a ZT de São Paulo e é perturbador, sugestiono que tal

investigação possa ser importante para a CEET.

- Qual é o Protocolo de Sigilo Científico? - indagou Octavios

- O 37 creio. Tenho que verificar, é algum que diz sobre

procedimentos de contatos com outras ZT sem alternância temporal

de cronologia comum apenas em casos de sigilo sob informações

futuras.

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- Ótimo vamos formar uma equipe e mandar, entre em contato

com Apocon, para autorização desta missão por ser imperceptível a

interação com os nossos próprios.

Aos saírem de lá, Octavios caminhou ao lado de John Roberts

enquanto este se indagava sobre a missão a Patmos vendo a

necessidade das misteriosas mensagens por eles encontradas. Sem

dúvidas estavam construindo um mosaico temporal cujas peças de

diversos casos apontavam para direções comuns, mesmo que em outro

aspecto sendo o caso em que procuravam os remanescentes vilões da

Bug´s Time que sabendo-se a procura pelo mesmo El Dorado tinham

em mente tentar antecipa-los antes que mesmo pudessem destruir

estes como tudo que fazem.

- Talvez o Apocalipse de Apóstolo João tenham mensagens

cifradas ou pelo modo escrito possa haver algo não compreendido

pelo teor por demais alegórico.

- Alguns crêem que as sete cartas do Apocalipse a sejam, algo

como variações temporais, temos a equipe de Dayane trabalhando

nisto junto com sua mensagem, mas mandarei a sugestão a eles.

Porém, nisto Octavios fora solicitado quando a porta de seus

aposentos se abria diante dele o fazendo olhar para Roberts com um

sorriso sarcástico com quem não o deixassem em paz.

- Se quiser me aguardar aqui, fique a vontade.

No comando onde era ele chamado, de onde algumas linhas

temporais distintas eram monitoradas por leituras de quaisquer tipos

de alterações potenciais. Apocon encontrava-se de costas com os

braços cruzados diante de uma tela translúcida onde as imagens se

moviam com gráficos mostrando números como datas e estatísticas

quando outros homens sentados em estações de trabalho menores

comentavam algo entre si movendo braços a apontando para as telas.

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- Mesmo com nossa dificuldade em monitorar alguns pontos do

espaço e do tempo notamos por resultantes circundantes alterações

nestes. - falou Apocon após lhe olhar rapidamente - E repentinamente

todas flutuações temporais apontaram para o megalítico como

demonstrado na posição aproximada por ti. Mas Octavios disse que as

passagensa seriam seledas para os malevolos.

- Ele fora atacado? Por isso me chamou aqui?

- Esses Bugmans são os mais vis terroristas temporais, se

conseguiram isto destroem maravilhas potenciais que poderiam nos

trazer inúmeras respostas. – prosseguiu Apocon quase ignorando

assustado com aquilo e disse - Fiquei sabendo da proposta de contato

com a ZT de São Paulo antes da invasão pelo mesmo, creio que

estamos atrasados se com todo tempo for possível, forme um grupo de

campo e prossigam mediante rápido brienfing, pois acabaram de

mandar um pedregulho no tempo a criar ondas por todos os tempos.

Octavios apenas acenou com a cabeça e em seguida olhou para

os gráficos que mediam o diâmetro de alcance daquelas alterações

sejam quais fossem a se espalhar criando discrepâncias temporais em

diversos tempos o que tornavam os alarmes de alerta deles dispararem

sem parar como se oscilações e variações pipocassem por todos os

cantos, talvez gerando novos desvios e oscilações.

Enquanto Octavios saia da sala central algumas pessoas

passaram por ele correndo a dar suporte a Apocon quando Teogoras

passou por ele com aquela muleta no corredor e lhe disse.

- Pelo jeito Designnium mesmo depois da Bug´s Time continua

a criar problemas não? Qualquer hora as leis temporais vão virar do

avesso por tais anomalias.

- Qual tal ocorrer sabemos nós o que será do universo? -

perguntou respondendo Octavios quando Francis passou entre eles

apenas acenando com a cabeça como permissão.

- Afinal o que tem neste Megalítico do Tempo? – seguiu

perguntando ao quase mudar de assunto demonstrando interesse

mesmo que com tal idade estivesse afastado se não como conselheiro.

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- Pelo jeito muito mais do que meus olhos viram, talvez algum

meio de alcançar o dito Império do Tempo e ataca-lo, como

saberemos? Mas estamos planejando uma operação contingente neste

momento para investigar sua localização mais próxima. Outro

caminho, sem ser pelo em-migrom.

Na sala de brienfing alguns minutos depois, quando Octavios já

havia solicitado a presença dos indicados a formar aquela equipe,

John Roberts ao lado de Dominic estavam sentados enquanto Roberts

de braços cruzados observava Apocon entrar ao lado de Octavios e

Stoneset apenas para comprovar a gravidade da situação, fora os

problemas internos de terem enviado viajantes em missão sem o

devido treinamento.

- Senhores, todos aqui presentes são pessoas experimentadas em

campo, ainda que alguns sem o devido treinamento, a fim de atuar em

situações de grande importância. Temos monitorado várias linhas

temporais e estamos organizando mais outra missão enquanto vos

falo. Tudo com o mesmo interesse e objetivo comum: a de impedir

que os bugmans encontrem o Império do tempo antes de nós mesmo

que nossa tecnologia por mais avançada que seja façam estes parecer

como sabonete a escorregar por nossos dedos. - Apocon que dirigia a

palavra a todos apenas fez uma rápida pausa enquanto virou-se para a

tela e continuou ao verem as luzes da sala se escurecerem -

Particularmente tenho crido que o objetivo comum como

compreendido por Octavios - falou Apocon lhe apontando ao seu lado

- que após discutirmos tais tem o império do Tempo como meio, não

fim. Acreditamos que queiram encontrar o mítico Typhon, substancial

e hipotético mundo apenas ressoado com lenda mesmo para nós, e

onde aparentemente contatos com Chronis mora seu maior adversário,

Chronos, considerados por alguns religiosos da Ordo Christianita Ad

Ventus como algum tipo de arquidemônio do Tempo.

Apocon ao concluir aquelas palavras virou-se para Octavios que

deu seguimento ao discurso dele se movendo pela sala em direção a

tela que passou a mostrar gráficos que revelavam por diversas leituras

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o que eles chamavam de esboço dos locais escondidos do tempo e

disse.

- Antes que Roberts me pergunte, não, não estamos perseguindo

um mero demônio. Apesar de não sabermos do que se trate, cremos

ser algum tipo de ser cujo corpo não é baseado em carbono e água

como nós, mas quântico similarmente a Chronis. Porém, por

precaução estamos nós passando o brienfing de uma missão ao

Vaticano no século XX a procura de relatos de um confronto de um

membro da Ordo Christianistas Ad Ventus com Chronos, que

naturalmente resultou em sua morte, na realidade podemos afirmar

que o bispo viu seu próprio cadáver antes de morrer mesmo que os

arquivos sejam difusos se não meramente pertinente à literatura de

ficção interna a deles. Porém, como estamos em outra missão, temos

particularidades a serem verificadas para a CEET em virtude do

ocorrido no primeiro incidente junto com a Bug´s Time, mas que por

aparentemente ter ocorrido algo nas mediações do Megalítico do

Tempo ao menos, nos tem oferecido grandes problemas de

instabilidade na abertura dos wormholes. Temos recebido todo tipo de

flutuações reflexivas como se fossem ondulações temporais a se

cruzarem e se auto-refletindo, por isto todo cuidado é pouco e o

mínimo tem de ser relatado em nítidos detalhes. O Nome da Operação

é Paytime.

Naquele momento, porém, um homem entrou na sala, era

Francis que veio a Stoneset e sussurrou algo em seu ouvido que

apenas com um olhar em seguida para Octavios, fez com que este

apenas disse.

- Creio que passado tais informações e lido o formulário, se

dirijam à sala de transporte, pois aparentemente conseguimos

condições adequadas ao transporte de wormhole estabilizado.

Max Zulu que estava na sala se levantou com aquela mesma

afeição fria com seus lábios grossos quando as luzes da sala se

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acenderam e John Roberts ao pegar os papéis a seu entorno junto à

prancheta virou-se para ele sarcasticamente e disse.

- Sobreviveu ao tratamento? Parece quase esboçar emoções

positivas.

Ao invés de responder apenas esboçou um sorriso torto de

desprezo com a piada de Roberts enquanto os demais colegas se

levantavam em direção a Octavios para lhes fazer algumas perguntas,

enquanto Roberts caminhava ao lado de Max até a porta de vidro que

voltava se tornar transparente com o acender das luzes do local

enquanto uma imagem aparecia nela piscando orientando para onde

eles tinham de ir, quando Dominic se juntou a eles.

- Vocês conseguem acreditar nisto de Chronos e cidades que

parecem saltar no tempo, o tal Império do Tempo? - perguntou ele

colocando a prancheta debaixo do braço.

- Tendo-se em vista que mesmo você veio de uma cidade

perdida no meio da África antiga onde vivia como quase robô, porque

não acreditar nisto? Já vimos de tudo, mesmo o impossível! - Falou

Roberts olhando para frente enquanto caminhava pelo corredor ao

lado de Zulu calado.

Os três viraram numa porta que se abriu enquanto Joseph Ávila

colocava roupas civis do século XX e Dayane já arrumada se

aproximava do lugar com toda sua exuberância ímpar e invulgar com

um sorriso a Roberts.

- O bom deste trabalho é que ganhamos um tour não só pelo

mundo, mas pelo tempo. Sempre tive vontade de conhecer a Santa Sé.

- disse ela para Roberts.

- Então vocês são os de missão ao século XX? - perguntou

Dominic com a mesma curiosidade típica de quando ainda era novato.

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- Nosso amigo Dominic tem dúvidas sobre a realidade em que

vivemos, talvez você tenha algo a explicar para ele - sugeriu Roberts a

Dayane com uma ponta de humor diante daquilo.

Ela com um vestido azul com uns óculos escuros sobre o cabelo

e um lenço amarelo amarrando seu cabelo ajeitava a sandália também

amarela em seus pés enquanto com um sorriso cordial respondeu.

- Bom, os antigos criam que o Universo fosse mental, que como

uns dos princípios das artes marciais prezavam o domínio da mente

sobre o corpo. Mentes sãos, corpos são. A própria matéria não é algo

tão como se pensa, mas reflexões das vibrações, vibrações somente

permitidas pelo tempo. Obviamente se torcemos o tempo, torcemos

tais vibrações e conseqüentemente a matéria.

- Fato, ao menos é o que garantem o Sr.Stoneset e Apocon, mas

já que os próprios fatos podem ser sabotados pelos viajantes piratas

dos bugmans creio que entremos numa discussão mais ostensiva sobre

o que é fato, de fato. - seguiu Roberts o comentário de Dayane.

- Eles podem simplesmente roubarem descobertas e voltarem no

tempo se dizendo donos às "descobrindo" antes. - sugeriu Dominic. -

Mas eles mesmos no futuro roubassem deles mesmos e voltassem no

tempo se dizendo os criadores quem seria o criador?

- Boa pergunta. Talvez faça valer o ditado que ladrão que rouba

ladrão cem anos de perdão. Porém, como membro do CEET temos

leis rígidas que impedem tamanho ato obsceno contra a ciência,

respeitamos as descobertas científicas no linear comum e antes a

protegemos. - completou Dayane - Você vê aquele vidro na parede

com um papel?

- Sim.

- É um exemplar do convite da festa do viajante do tempo de

Stephen Hawkins, entre as peças raras de nossa coleção. Por de trás

daquilo há toda uma história.

- Ah Dayane não precisamos ouvi-la novamente - falou Ávila

interrompendo e apontando a porta aberta do lugar - creio que é nossa

"hora" de viajar.

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Ávila e Dayane seguiram pela porta junto a mais dois membros

da TEMPUS quando ela virando-se para trás sorriu em despedida e

como exemplo de pessoa tão agradável que sempre foi.

- Quando foi que essa gente desceu pelo tempo como Moisés

carregando novas leis científicas antes desconhecidas?

- Quando não é importante, Dominic - completou Roberts -

Porém, certamente Hawkins saltaria da cadeira se os vissem na festa.

Max Zulu com roupas adequadas para o local, típica dos tempos

medievais iria disfarçado de escravo o que lhe fez ter certo desdém ao

se olhar no espelho. Não era a primeira vez que tal havia ocorrido.

Roberts e Dominic olhavam pelo vidro os temponautas

adentrarem em meio a oscilações de luz o wormhole aberto enquanto

sumiam em meio aquele turbilhão e quando se fechava apenas viam

um enorme espaço vazio onde antes estavam.

- O milagre científico da ampliação e estabilização de micro-

fissuras temporais. - falou Roberts quando a porta se abriu.

- Vocês são da próxima equipe? - perguntou um homem

franzino meio careca.

- Prontos pra agitar como se fôssemos todinhos através do

tempo. - responde de modo sarcástico Dominic.

Naturalmente eles sempre tinham medo de adentrarem num

wormhole, diziam eles que a sensação era de formigamento seguindo

de tontura quando chegavam ao local. Apesar de terem ocorrido

poucos incidentes com este, alguns relatos, entretanto expressavam

dilemas e paradoxos complexos que resultavam em leis de conduta

moral igualmente rígida contra sabotadores e a concorrência desleal

dos bugmans que eram não tão diferentes daqueles encontros bizarros

com o que eles chamavam por homo nulus, que diziam mesmo atuar

tornando instável tais micro-fissuras torcendo o ponto do espaço e do

tempo a ir os jogando a outro lugar ou mesmo - num caso obscuro a

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lança-los sobre a rocha fazendo-os simplesmente "surgirem" fundido

as pedras.

Todos os cuidados possíveis eram tomados, pois todo o mais era

o impossível que ocorria, e por isso não menos os faziam serem tipos

por deuses entre povos mais primitivos. Se tratando dos bugmans

estes sempre iam preparados para todo tipo de ataque sem moral e

contra as leis, onde mesmo comum aos membros da TEMPUS eram

sobreviventes destes que tinham a pretensa soberba de nada menos

que subverter as leis do universo fazendo para tal todo tipo de ato

cruel, sujo, para seus fins sem sentido para anular os Seths.

Resumindo, não eram pessoas sociáveis ou agradáveis de se conviver,

antes Roberts que chegou a ser seqüestrado por um viveu, na

escravidão por algum tempo até ser liberto.

Ao entrarem no local, mesmo preocupados e ansiosos pela

abertura do wormhole sentiam-se confortáveis com as previsões

antecessoras que normalmente tinham sobre monitoramentos, porém,

não desta vez por simplesmente as condições de estabilidade estarem

bastante oscilantes.

Octavios se juntou a eles lhes acenando com a cabeça e parando

do lado de Dominic quando saltou sobre eles um rápido clarão

seguido do turbilhão oscilante do túnel quando entraram juntos e

juntos sumiram diante dos olhos de Apocon e Stoneset.

Ao aparecerem no local, o sol forte sobre a cabeça deles não

facilitou a condição pós-viagem fazendo Dominic de debruçar e

vomitar, enquanto Max Zulu se curvou sobre ele e colocando a mão

sobre o ombro se inclinou.

- Este é um dos motivos de não se comer antes de viajar no

tempo. - falou Dominic se erguendo.

- Se o fez nem preciso dizer não? - perguntou Octavios com os

braços cruzados.

- As guloseimas do futuro são uma tentação.

Assim que se recobraram, os quatro seguiram por ruas de pedra

enquanto algumas carroças passavam e repentinamente Max viu um

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negro a receber açoites de chicote de um senhor de engenho parando.

Mas nisto Octavios para e colocando a mão em seu ombro apenas

sugere o óbvio, que não se intrometam nos casos daquele mundo

quando tal prática mesmo que subumana era legal. Não aos olhos de

Zulu.

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Parte IV

Coronal Cronal

"O que antes demorava anos agora demoram meses e não passara

muito e demorará dias, até que demore apenas uma hora."

Apocalipse 17:12-13

Rapidamente, de modo disfarçado Octavios olhou para baixo da

manga onde havia o monitorador de quantum a observar para onde

tinham de ir quando encontraram um bar repleto de homens que

pareciam ter saído do comérci,o a beber quando Octavios colocando a

mão dentro do bolso tirou alguns réis, moeda oficial daquela época e

se dirigiu ao balcão pedindo para que os seguissem, mas Dominic

ainda pálido das ânsias de vômito se incomodou com os risos de

alguns homens no lugar que jogavam cartas enquanto xingavam e

falavam alto no lugar.

- Desejo que saiba o que esteja fazendo, talvez tenhamos que

esperar até fechar o bar para encontrar a entrada no subterrâneo. -

falou Roberts

- Confie em mim. - apenas respondeu com isto e seguiu ao

homem do bar.

O sujeito que parecia irritado com a bagunça no lugar pedia

inúmeras vezes para aqueles homens se calarem, porém, pouco se

importavam e ainda zombavam dele quando o fazia.

Roberts do outro lado apenas ouvia o que outros homens

falavam numa mesa, onde se referia com sarcasmo um jovem negro,

ex-escravo que morrera num poço, o que parecia deixar Max fora de

si.

Lá dentro Octavios ao ter com o homem do balcão sugeriu

como gorda gorjeta se o permitisse vasculhar os esgotos a procura de

ratos do qual se ganhava muito dinheiro na época como recurso do

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governo para se combater e impedir a peste negra, mas o sujeito

negou.

- Talvez esteja se sentido perturbado com estes sujeitos rirem

não, e se eu os ensinar a pararem de rir?

- Vois me cê sugere conter estes ordinários?

Octavios apenas acenou com a cabeça e se virando em direção a

eles, colocou a outra mão discretamente sobre a manga que cobria o

pulso e a apertando fez com que os homens rapidamente parassem de

rir. E mexendo um pouco mais aqueles homens pareciam rapidamente

ir das gargalhadas a depressão mudando o semblante e fazendo com

que muitos se levantassem saindo do lugar, quando Octavios

novamente se virou para ele e perguntou.

- Então? Me permite?

A resposta do homem sem nada dizer foi apenas apontar a

direção do lugar, a porta de serviço para onde se dirigiu apenas

chamando seus demais companheiros de missão.

- Tecnologia em prol da persuasão. - comentou sussurrando

com Roberts enquanto desciam pelo sistema de esgotos de São Paulo,

após o sujeito abrir o lugar para entrarem e mesmo recusar o dinheiro

de Octavios pelo grande favor que lhe prestou.

- Tal pode provocar tantos risos quanto choros, foi-me de

serventia ao re-encontrar um amigo nosso naquela velha Londres.

- Já tentaram utilizar em Max? - perguntou Dominic fazendo

Roberts rir - Só vejo este homem sentir raiva. Rir é bastante

terapêutico.

Ao caminharem por alguns minutos, entretanto, Octavio notou

algo estranho nos sinais que recebia. Instruído a procurar o chefe

daquela ZT sob a prioridade do protocolo 37, sem nada expor aos

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próprios, parecia, todavia não ter quaisquer sinais no lugar

demonstrando estranheza por parte dele.

Quando chegaram na parede que separava a Zona Temporal dos

esgotos, a notaram derrubada, enquanto alguns ratos corriam por entre

os tijolos de pedra e barro espalhados pelo chão com a chegada deles.

- Bug´s Time? - perguntou Roberts sugerindo ser a responsável

enquanto entravam no lugar e encontravam apenas o lugar todo vazio.

- Concorrência sem moral. - falou Max sério.

- Certamente fora alguém, sem espírito esportivo. – Completou

Roberts enquanto John Octavios apenas observava atento.

O lugar parecia nunca antes ter sido utilizado, apesar de

construído, os fazendo caminhar por um vão quando ao fazer leituras

Octavios perplexo temendo terem sido mandados ao local errado do

tempo, coçava a cabeça pensativo sobre o que poderia ter ocorrido

quando notou algum tipo de luz no fundo do lugar, a reagir com a

aproximação deles se escondendo.

Os quatros após serem sinalizados por John Octavios seguiram

rapidamente colocando as interfaces de consciência em desmaio, e

servindo-se das luzes de seus equipamentos para tentarem enxergar

algo em silêncio quando Dominic tropeça em algo, um relógio do

século XX. Ao se abaixar nota ao lado uma lata de coca-cola

amassada e sinaliza de volta a John Octavios.

- Habitat contaminado. Estranho – sussurrou Octavio fazendo

leituras quânticas de alterações no campo cronal do lugar.

O mais incrível, entretanto, era o fato do relógio ainda estar

funcionando perfeitamente com seus ponteiros de segundos a se

mover e marcando um horário desconforme ao da cronologia local,

5:25. Mas repentinamente uma voz fala algo em sua direção os

pedindo para se renderem.

Contagens... Milênios, séculos, décadas, anos,

semestres, meses, semanas, dias, horas, minutos e segundos o tempo

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não pode ser expresso como um objeto ou partícula e mesmo a menor

fração, a do tempo do Plank é de 10-43 segundos, uma "definição"

entre aspas. Deste modo os ponteiros do relógio a cada 60 minutos e

12 horas fazem um círculo, assim como a dos segundos a cada 60

segundos marcam um círculo como ciclo de contagem mesmo que

meramente humano. Mas aquele relógio parecia diferente,

rapidamente Roberts quando iria sinalizar para Octavios e Dominic ao

encontrar outro relógio percebem que definitivamente não estavam

sozinhos naquele lugar, lançando-lhe luz sobre eles, impedido que

fossem vistos.

- Então são vocês que estão por trás destes discrepância

temporal, Meggido Incorporated, presumo. – falou a voz do homem

misterioso.

O sujeito abaixou o facho da lanterna para o chão vendo os

relógios próximo deles. Era um mulato alto e calvo cujo bigode fazia

parecer não tão diferente dos nativos temporais do local. Rapidamente

o homem nota em seus pulsos aquele artefato exibindo luzes com

leituras num pequeno monitor e então vendo-se rendidos os agentes

da TEMPUS apenas levantam as mãos quando Octavios diz.

- Que trambicagem prepararam desta vez, Bugmans? O que é a

Meggido?

- O que tem feito por aqui, fugiram da prisão dos homens que

não existem, seus cronoterroristas banais, o que raios é um bugman?

Os quatros ficaram completamente confusos com os termos

utilizados por aquele homem que parecia, entretanto, designar

elementos comuns aos analisados pela TEMPUS sob outros termos

mesmo que estes desconhecessem por completo a tal prisão de

homens que não existem.

- Somos da TEMPUS, viemos investigar algo onde exatamente

se encontraria uma de nossas sedes.

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- TEMPUS? – perguntou o homem. – Somos a única agência do

Tempo por aqui.

- Time Experience and Mirror Pesperctive Unith Search,

traduzindo Unidade de Procura e Experiência Temporal de

Perspectiva Espelhar. – respondeu Roberts.

- Mandados por Claire von Bauer? – perguntou então o homem

ao surgir ao seu lado.

- Não fazemos idéia de quem seja esta pessoa.

- Vocês estão num ponto de desvio temporal meus caros, ano

1494 por isso estamos investigando pelo CET.

- Não são da Bug´s Time? Aqui não é o ano 1494! – exclamou

Octavios em dúvida.

- Não?

Neste momento o sujeito igualmente ficou confuso observou o

relógio no chão exclamando preocupado com a estranheza da situação

e então seguiu dizendo.

- O que havia neste lugar?

- Ao menos quando saímos de nossa base deveria ser a Zona

Temporal Neutra de São Paulo antes da invasão pela Bug´s Time, mas

há algo nas leituras muito estranho.

O Sujeito então pegou um comunicador de parecer bastante

convencional e sinalizando para seu companheiro apenas falou algo

como problema na CET da LT. Quanto repentinamente aproveitando

o momento de distração Max Zulu avançou sobre ele o desarmando, e

fazendo com que Octavios atacasse o companheiro daquele homem

mais próximo, os rendendo.

- Agora vocês dirão quem são de verdade! – falou Octavios

- Sou agente Antonio Queiroz da Intempol, agência de

monitoramento e correção do tempo.

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Nisto John Roberts fez leituras deles notando que as assinaturas

quânticas não eram compatíveis com a Linha Temporal deles.

- Talvez eles sejam fruto de algum desvio temporal. Octavios

veja as assinaturas.

Mas Octavios ficou interessado em ver o que aquele sujeito

tinha em mãos, uma espécie de caixa pedindo para vê-la.

- Não sabemos quem são, por isso temos de ter cuidado. Quais

são seus interesses e o que é isto em vossas mãos.

- Nossa saída deste lugar.

Nisto Dominic apontou seu leitor e notou ser algum tipo de

aparelho similar ao do pulso deles, algo que permitia a estabilização

de um wormhole para saírem do lugar.

- É uma caixa cronal para retornarmos a nossa sede na Rio

Branco, em 2000.

Os quatro ficaram confusos diante daquilo, por não terem

conhecimento por qualquer leitura da existência de atividades

temporais naquele local do espaço e do tempo, quando o homem

perguntou.

- Vocês vieram dos Anos Interdinos?

Octavios parecendo entender o que disse seguiu.

- Não, mas creio que procuremos algo assim, pode-se afirmar. O

ponto isolado do espaço-tempo, Akator, já ouviram falar?

- Lógico! Será que podem parar de me apontar estas coisas

luminosas em seus pulsos para mim? Vocês são agentes nível cinco

com brinquedinhos novos? – comentou Antonio Queiroz.

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John Roberts sinalizou para Max Zulu que soltou-o e então

ajeitando a gola de sua roupa parecendo naturalmente incomodado

com o ataque de Max prosseguiu.

- Vamos acertar o mal entendido por aqui. Me parece que vocês

não são meus adversários e nem eu o de vocês, acho que todos

estamos de acordo nisto. Certamente podemos tentar esclarecer o que

está ocorrendo aqui de modo civilizado, podemos cooperar

mutuamente. Seja o que for que tenha ocorrido aqui, tem criado

flutuações, somos crononautas e junto a outros pontos do espaço-

tempo estamos tentando corrigi-los.

- E quais seriam os períodos? – perguntou Octavios

- Os anos 376, 853, 1494 e 2000, mas nosso alcance é limitado

se não por alguns segredinhos como a do agente Morton de 100.000

anos no passado e até o século XXV.

- Conhecem algum Apocon desse futuro?

- Definitivamente não.

Aquilo os deixaram realmente confusos porém, antes que

seguissem com aquela situação algo no monitoramento de Octavios

pareceu saltar dando alarme. Nisto o agente Queiroz olhou para o

relógio no chão, e notou ele parar assim como o outro próximo deles.

- Os relógios pararam juntos, o que está acontecendo? –

perguntou o parceiro de Queiroz

Aquele lugar não era o que ambos lados pensavam, mas parecia

estar sofrendo interferências de algo a criar flutuações temporais de

modo que nem ao menos Roberts conseguia estabelecer contato a

Zona Neutra do Tempo de Antártida, os fazendo olharem em volta

enquanto caminhavam.

- Vamos sair daqui – sugeriu Octavios a todos eles.

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Aparentemente seus equipamentos pareciam estar surtando

fazendo leituras que saiam da escala comum como numa

singularidade de leituras e variações quânticas tão grandes que

justificava o porque dos relógios surtarem como bússolas no

Triangulo das Bermudas. O Tempo naquele lugar, estava

completamente perdido em si mesmo, quando aqueles homens uns

estranhos a outros seguiram juntos sentindo súbita sensação de

vômitos e tontura ao se deram conta no lugar que cabos percorriam os

túneis de esgotos, enquanto mesmo os roedores pareciam estar em

delírio.

- Já não sei mais onde estamos! – falou Octavios. – Mas não

parece o lugar aonde chegamos originalmente talvez estejamos preso

dentro de alguma bolha temporal similar a ocorrida na ZT de Londres.

- Pode ser fruto do ataque da Bug´s Time. – sugeriu John

Roberts – Talvez esteja provocando interferências tanto à frente

quanto no passado como o Bóson de Higgs de Cole.

- Certamente justificaria o porque de encontrarmos esses

companheiros até então desconhecidos. – falou Dominic tentando

disfarçar as ânsias de tontura – Vocês são alguma agência

internacional como nós.

- Positivo, normalmente formado por agentes Federais e

digamos pessoas que tenham tido participação involuntária em nossos

casos.

Aquele lugar parecia os fornecer estranhamente sensações de

De Javú como se de algum modo àqueles estranhos mútuos fossem já

não tão estranhos a eles com aquela sensação de que estivessem

participando de algum caso em cooperação algum tempo, talvez fruto

das reflexões temporais por aquele fenômeno de singularidade atípica

cujos efeitos sem dúvidas poderiam criar problemas imprevistos para

os Cronologos da TEMPUS e por isso tinham que contar com auxílio

mútuo daqueles agentes cujos objetivos pareciam ser comuns: a de

estabelecer o equilíbrio no universo temporal impedindo

tempoterroristas. Porém, ao saírem no final do túnel e levantarem a

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tampa do esgoto se viram em meio a uma rua movimentada quando

um ônibus vinha em direção a eles dando tempo apenas de Max

abaixar a tampa assustado.

- Creio que não estamos na Cisplatina.

Ao esperarem melhor condição procuraram outra saída, num

beco, onde uma senhora observou aqueles homens estranhos com

roupas fora de época saírem de um buraco no chão a fazendo fixar

seus olhos assustada como típica fofoqueira de plantão.

O lugar era diferente de tudo que já tinham visto antes, prédios

competiam espaço como construções que não seguiam nada da cidade

habitual de São Paulo do século XXI, mesmo que a língua comum

fosse o português, constatamente quando outro sujeito apareceu ao

lado do senhor a dizer-lhes.

- Ai manos que estão fazendo nestes esgotos? Estas áreas estão

de quarenta pela pandemia da peste negra, tão sabendo?

Porém, sem dar-lhe muita atenção ao saírem na rua notaram

caminhões passarem repletos de corpos como se o lugar realmente

estivesse tendo problemas de saúde pública.

- É como se este lugar fosse algum tipo de resultante

embaralhado de outras épocas, um amalgama temporal. Nunca vi nada

parecido antes – falou Queiroz – Creio estarmos num mundo paralelo.

- Cruzamentos reflexivos Temporais – concluiu Octavios. –

Talvez ocorra de modo similar quando mudanças temporais são

assimiladas por nossa linha temporal, mas aqui como resultantes de

suas flutuações como suas sobras criando este continuo paralelo

similar ao mundo da Bug´s Time, algum halo do tempo.

Nisto eles notaram entre homens que andavam de mascaras nas

ruas por causa da doença uma tela, tela cuja programação da Tv local

fora interrompida dizendo.

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- A rede bandeirantes de televisão exibirá agora o grande sorteio

do jogo do bicho.

Ao verem aquilo tiraram todas suas dúvidas, estavam ambos

num desvio temporal. As pessoas começam a olha-lo quando os seis

homens resolveram atravessar a rua parando na frente de um

jornaleiro quando viram notícias estranhas como 'A ciência ainda não

tem resposta para as estranhas realidades fantasmas' e 'Septímio Verus

é pego em escândalo sexual' o que fez o agente Queiroz se queixar

diante daquilo dizendo.

- Septímio Verus, é um dos nossos agentes, fora vítima, ele foi

morto!

- Mas não neste mundo meu caro, talvez ele seja algum tipo de

Seth.

- Seth?

- Constante temporal sobre todas flutuações, alguma versão

nossa. Ao menos o nome parece ser sugestivo.

- Nunca havíamos lidado com isto antes. - retrucou ele.

- Talvez porque não lidam com as nuances temporais como nós

lidamos. Porém, de todo modo é estranho que tal, se for um seth,

tenha morrido como você disse. - respondeu Octavios. - Mas nos

tentamos combater tais flutuações e nuances temporais por tanto

tempo em seu foco, quando apenas parece alterar tal fonte, por isso

procuramos Akator.

- Ninguém há de saber se existe! - exclamou o agente

- Acredite, existe, resta saber quando e onde. Quanto o mais,

temos semelhanças também existem tempos interdinos, pontos

isolados do espaço e do tempo que a viagem estranhamente é vetada

como a do Megalítico do tempo, creio num passado comum a nós.

- Talvez neste lugar certamente teria informações cifradas sobre

estas flutuações, como a própria Intempol - sugeriu John Roberts.

- Realmente é impressionante para pessoas que não existem. -

falou Queiroz.

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- Existir é um disparate perceptivo, daqui os senhores é quem

são meros reflexos de flutuações temporais.

- Tenho alma, se é o que quer dizer!

- Não temos dúvidas, mesmo Zulu tem! - falou Roberts

implicando com o colega.

- Todavia, o fenômeno que se pode entender por alma, não se

repete como numa clonagem qualquer. - respondeu Octavios com uma

revista nas mãos dizendo na capa: “o novo bilionário da ciência”.

- Então como é esse negócio de reflexões temporais?

- Platão falou do que está encima quanto embaixo, havendo o

antes e depois, mas esqueceu-se das variações interativas destes entre

si por reflexões pelas viagens no tempo, como se colocássemos

espelhos frente a espelhos. Creio que isto pode explicar. - Octavios

então desfolhou as páginas da revista e segui dizendo - Deste modo

Queiroz, você não é uma extensão da alma alheia, mas pode ser

reflexo de outra pessoa num universo real, extensão do consciente

dela, a não ser que exista apenas nesta realidade como alguns

descobertos em casos nossos, o que sempre são fruto das sabotagens

dos bugmans e homo nulus a destituir o existir ao vácuo existencial,

porém os Seth estão presentes em todas variações com poucas

variações, compreende?

- E como saberão qual é o universo real?

- Octavios, acho que está pergunta é muito pertinente sem

dúvida - repercutiu Roberts sob os olhares preocupados de Dominic.

- Creio que temos que discutir tal em outro momento, pois neste

"agora" temos é de sair deste lugar.

O lugar tinha uma construção que apesar de aparentemente

irregular do alto formava um quase mosaico onde as ruas ligavam-se

de tal modo a expressar algum desenho num labirinto de ruas e

prédios do qual visto do céu pareciam formar estranhamente de modo

labirintíco o símbolo da rosa dos ventos como relevos. Para dificultar

aquele lugar parecia ter o tempo fragmentado o que faziam como uma

vitrola arranhada saltar. Mas neste momento Octavios notou numa das

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páginas, uma coluna com ditos de Herbet Stoneset como nesta época,

o que levou Octavios a se indagar consigo mesmo.

Porém, nem ao menos poderiam dizer que época era. Inerente a

um agora que parecia fomentar numa quase loucura temporal,

discrepâncias tamanhas que talvez cressem mais estar num devaneio

compartilhado em coletivo que em algum tipo de realidade, porém,

neste momento Octavios teve uma idéia.

- Precisamos localizar o condutor constante deste lugar, o Seth

presente, talvez deste modo consigamos sair daqui estabilizando

melhor nossos equipamento. Stoneset - apontou ele para a revista.

Porém, naquele momento um telefone tocou ao lado dele, um

orelhão que pareceu fazer o leitor de quantum novamente saltar em

alarmes em seu pulso o chamando atenção e o fazendo se dirigir a ele.

- Alô? - falou Octavios ao tirar o telefone do gancho.

- Quem fala? - respondeu a voz do outro lado que

estranhamente parecida à do próprio que o motivou a responder.

- John Octavios.

- Eu? Pois então tenho algo e lhe dizer com que acabei de

sonhar, ou quer seja tal parte do sonho. É muito importante proteger

Stoneset dos homo nulus ele é parte do Império do Tempo.

- E porque acreditaria em você.

- Porque, você me conhece como ninguém, eu sou você, e

porque lhe mentiria ou a querer lhe matar? Seria como um suicídio

não?

O telefone desligou quando Octavio viu todos os demais

companheiros o observando a cena, quem seria o sujeito a ligar?

- Seja qual fora a ligação, creio ter falado comigo mesmo agora.

- Seria egocêntrico, se não fosse surreal tal situação. - concluiu

Roberts.

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Enquanto isso naquele momento, ou não, Dayane Conrad e

Joseph Ávila caminhavam na praça de São Pedro no Vaticano

enquanto entusiasmados discutiam até chegarem a biblioteca do

Vaticano onde no acervo particular tinham alguns segredinhos que

mesmo não fazendo parte de Fátima tinham o porque de serem

protegidos.

- Vocês falam como se o tempo assim como escoa por um

buraco negro podem ter uma fonte central com o inicio do tempo,

vocês falam de um centro do universo hipotético?

- O centro do Universo, ninguém sabe ao certo o que pode

haver. O único ponto fixo e central do Universo, o espaço zero de

onde surgiu o tempo e o espaço, seria como o centro do relógio de

onde os ponteiros transcorrem a girar sucessivamente. - respondeu

Dayane olhando um pequeno mapa do Vaticano em suas mãos - Deste

modo 'de um ponto a outro' pode ser uma leda quimera vã do saber

humano impregnado por comparações, mesmo que algumas se façam

necessárias. Como se diz ‘Nequaquam Vacuum’.

- Mas e para que serviria saber algo do qual não se pode

alcançar?

- Mesmo que não se alcance certamente será a maior e mais

perfeita bússola espaço-temporal do universo, o seu centro, sabermos

de onde viemos e para onde iremos. É de onde se recebeu instruções

para a Ordo Christianitas Ad Ventus, a rosa dos ventos não apontam

apenas para uma direção, mas sempre mostra os horizontes de opções

além da falácia das duas opções, não escolhas duais.

- Impressionante seu conhecimento de Chronologa.

- Sabe o que acho, tal termo não é tão adequado. Chronos é tão

limitado, Kairos, é o nome que confere aplicação mais ampla do

tempo ao contrário do cronológico-linear. Porém, na etimologia nem

sempre a origem do nome justifica se não associação posterior. Afinal

átomo sugere indivisível quando o é.

- Certamente se você dissesse isto para os bispos daqui alguns

séculos atrás seria queimada como bruxa na fogueira.

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- Incrível como por tempos diferentes o mesmo lugar seja

diferente – refletiu ela quase que consigo mesma – Onde um dia foi

cinema vira igreja, onde havia prostíbulo torna-se instituição do

governo, tempos diferentes locais diferentes, talvez por isto Fo-Hi

supunha que o maior território é o tempo.

Neste momento Dayane riu da situação, enquanto atravessavam

a imponente praça de São Pedro falavam de algo do qual naquele

mesmo lugar com uma defasagem de tempo seriam trucidados pela

inquisição que lá se dizia santa, o que separa a estupidez do bom

senso é apenas o tempo, como sempre mestre da razão, como dizia

algumas perolas de redes sociais do século XXI "Espere o mais sábio

dos conselhos: o tempo".

Ao entrarem no lugar a enorme biblioteca como monumento ao

saber fazia jus ao título de detentores do saber onde livros eram

encarcerados como os seus condenados em masmorras dos tempos

medievais, a bom tempo àquela ditadura que proibia o saber havia

caído para alivio dos formadores de opinião e da liberdade de

expressão, sobretudo a um futuro onde o conhecimento e os livros em

todos seus formatos mediante seus autores seriam os que indicassem

os verdadeiros valores da economia mesmo que noutro aspecto

voltasse a alimentar ditadores e traficantes de informações como os

bugmans cujo saber visava apenas se proibido e censurado em

detrimento próprio, quando não saqueados de seus autores.

Nisto Dayane chamou um jovem frade que lhe atendo

cordialmente lhe cumprimentou com suas mãos juntas por dentro das

mangas opostas de sua batina.

- Procuro o caso de Andréa Lopez, tenho permissão emitida da

Ordo Christianistas Ad Ventus.

Ao ver as credenciais nas mãos da exoticamente bela mulher o

sujeito arregalou os olhos assustados por saber que ninguém tinha

conhecimentos daquelas informações sobre tais documentos, pelo fato

de tal sujeito no periodo colonial ter sido impedido pelo Vaticano de

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seguir suas investigações sobre Akator. Aquele frade se retirou

sumindo em meio às fileiras internáveis de livros que se estendiam

por corredores altos e compridos de puro saber, havendo documentos

da inquisição ainda não expostos a público tanto quando de nomes

como Galileu, do qual quem diria séculos atrás quase morreu por

propor a posição heliocêntrica do sistema solar, porém, não menos

diferente alguns dos oprimidos futuro por descobertas sobre o tempo e

o mesmo centro do universo, desta vez por pessoas diferentes.

Surgiu então um outro homem que sob o olhar desconfiado

pediu para que o seguisse, sendo o mesmo guardião do Tratactus Ad

Tempus que Octavios encontrou num outro caso, porém, muito mais

velho pelos anos passados.

Chegaram numa sala repleta de documentos, onde peças raras e

pergaminhos se dispunham onde ela viu o Tratactus Ad Tempus de

Roberts fazendo tal jovem autor parecer tão velho quanto tal obra pela

relatividade temporal de Einstein. Ávila parou diante do vidro a

observar em ótimo estado de conservação aquele livro exposto para

poucos, ao menos livre das traças que corroem a tudo assim como os

bugmans.

- Andréa Lopez, mandado ao Brasil apesar de receber

indicações do Vaticano para não prosseguir com as investigações

sobre Akator, este fez um pouco mais pelas mediações da Amazônia. -

respondeu o sujeito com certa dificuldade no italiano de forte sotaque.

- Qual o interesse de vocês nisto?

- Pesquisas arqueológicas do governo brasileiro. - respondeu

Dayane.

O homem com aparência de estar em dúvida sobre confiar neles

entregou o documento nas mãos deles para que manuseassem dentro

da sala quando em seguida olhou para o relógio e disse.

- Os senhores têm duas horas até fecharmos a biblioteca.

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Os Seis homens que se encontravam naquele lugar inóspito cuja

cidade parecia um louvor a Stoneset sentiam-se não somente

estranhos fisicamente, se não como se suas memórias por vezes lhe

dessem algum tipo de nó ao conceberem fatos que desconheciam até

então.

- Se este mundo é um reflexo amalgámatico pressupõe um

original anacrônico. - refletiu alto John Roberts - quando se algo aqui

reflete assim pressupõe a causa do original.

- Sem dúvidas não existe efeito sem causa, assim como não

existe efeito e depois causa para a linearidade. Porém, o reflexo sem o

original nada é.

Talvez tal tenha ocorrido justamente por romper as leis da

termodinâmica pelas viagens temporais. - concluiu Octavios.

- Como se fossem reflexões fragmentadas, como um espelho

partido onde cada caco reflete fragmentos torcidos. Mas seria um

lapso temporal ou uma repetição de entropia?

- Não creio. Um deja vu coletivo pressupõe não

necessariamente vivência repetitiva fisicamente, mas ressonâncias do

que viverão.

- Algo como ressonâncias temporais futuras, fantasmas

temporais? - apontou Roberts gesticulando com as mãos entorno da

cidade.

- Possível. Talvez um rebate em feedback consciente com ao

tempo.

- Como se eles vivessem seus próprios ecos passado no futuro?

Assim como quem você falou, consigo mesmo.

- Não é possível saber ao certo, porém seria concernente a

alguns métodos advinhatórios que apesar de ser rudimentares e

imperfeitos podem conseguir alguns positivos. Entretanto quando a lei

mais primordial da causa ou concausa inicial é rompida, é o

detrimento-base de todas as demais legislações que somente podem

ser rompidas por um paradoxo negativo, a anomia.

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Ouvindo aquela discussão e sinceramente sem muito entender o

que diziam, o agente da Intempol, Queiroz, interrompeu perguntando.

- Porque anomia?

- Porque como uma anomalia se estende fora das leis

conhecidas as excedendo, não sobre esta como os ditos milagres, mas

algo inominável e subversivo a esta.

Os seis homens então se viram diante de um prédio de onde

estava a sede da empresa de Stoneset naquele mundo estranho mas

que como Seth de alto quilate pouco temiam que fosse alguma versão

dele torcida, se não certo de que fiel aos mesmos preceitos de

personalidade comum e rigidez moral a respeitar inclusive as

descobertas científicas em seu natural, por seus autores, ao contrário

dos “vampiros temporais” da Bug´s Time, autocaricaturas humanas

sedentas pelo que não lhes pertenciam ou foram por eles criados.

Ao chegarem na portaria notaram eles que os guardas

conversavam de mascarás negando-lhes a entrada por estarem sem seu

kit anticontagio.

- Estranhos, sem seus kits são suspeitos de contaminação. –

falou um deles

Quem diria num lugar estranho serem chamados eles de

estranhos. Porém, Dominic notou pouco mais ao fundo através de um

vidro um homem parado a falar com um guarda descontraidamente,

Stoneset o fazendo rapidamente cutucar Max e Roberts que se

dirigiram próximo ao vidro, perto o suficiente para ouvirem ele

conversar, quando Roberts acenou pelo vidro olhando para seu visor.

- Então, não havendo “porque”, “como”, ou “pra que”,

desconfie de quem são estas pessoas em seus atos, pois quando o

fazem ciente são maus, quando não são loucos. – falava Stoneset com

seu guarda que parecia mais amigo que funcionário assalariado.

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Ao notar o vidro sendo batido, o guarda acenou para Stoneset

que parou de falar virando-se para os que estavam do lado de fora,

como quem se indagasse se Stoneset os conhecessem.

- Não estou certo se já os vi, mas não me é familiar o rosto

daquele jovem.

Sem pensar duas vezes Stoneset se dirigiu ao vidro e começou a

falar.

- Quem são e o que querem? Porque estão sem seus kits, não

podemos nem nos falar pessoalmente, vosso ar está contaminado por

este vírus hediondo.

John Octavios, sabendo perfeitamente que já tinha o que lhe era

necessário para tentar focar seu aparelho – afinal nenhum deles eram

constantes naquele mundo – apenas orientou os demais a se

posicionarem em alinhamento com seus aparelhos notando que já

havia tido foco suficiente para contatar a TEMPUS, Stoneset havia se

tornando uma antena temporal em tanto. E quando menos esperava

aquele Stoneset junto ao guarda viram aqueles seis homens sumirem

diante dos seus olhos, deixando Queiroz e seu companheiro lá

perdidos não sem antes os Chronologos da TEMPUS dizerem.

- Foi bom participar com vocês senhores, sugiro que aproveitem

a sintonia e liguem vossas caixas cronais para saírem de mais esta

prisão de existir torcido, como aquela vossa prisão de ressoantes

quando os mesmos são. Não existe “ninguém”, amigos, se pensam

existem, e refletir é existir. – falou Roberts.

Os dois homens da Intempol olharam então para sua caixa

cronal, e mexendo nela rapidamente os dois igualmente sumiram

notando que haviam condições de saírem daquele lugar que sob os

olhos assustados de Stoneset, e aquele guarda, apenas assistiam

imóveis sem reação diante do ato inóspito.

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Parte V

Onde Einstein Errou

"A glória do tempo é acalmar os reis em conflito."

William Shakespeare in The Rape of Lucrece

Local do espaço e do tempo indeterminado

O tempo está com ótima visibilidade, no céu azul uma aeronave

avançava cortando a atmosfera até que a seu entorno uma quase

proteção surgia até ser rompida num boom sônico e que então

finalmente o azul do céu se convertia a um escuro entrecortado pelo

brilho de diversas estrelas a serem sentidas pela ausência da gravidade

em constatação contrastada da mediocridade daqueles que lá ficaram

em meio aquela sopa azul de terra e água que persistentemente

diminuía. Deste modo a aeronave desapareceu aos olhos do radar

longe de qualquer monitoração a jamais ter sido encontrada após

entrar num túnel aspiral em meio ao Triangulo das Bermudas.

Porém, sob a óptica do piloto a viagem prosseguiu sinuosa e

turbulenta ao surgir de outra extremidade a um lugar que jamais vira

antes. Similar ao visualizado na Amazônia por pilotos da FAB,

notaram eles que – o piloto e co-piloto – edificações de esplendor sem

igual onde torres com palácios dourados se erguiam entre arvores

tropicais que se tornava nítidas a refletir a luz do sol mediante a

pureza do ar local sem quaisquer fumaças produzidas pelos

lenhadores da Amazônia moderna dando tempo ao piloto apenas

remeter a aeronave para não colidir com a cúpula de um dos castelos

reluzentes. Vendo-se apenas a seguir sobre uma aldeia cujas casas

construídas de palha e folhas de palmeiras fizeram os índios se

assustarem com o boom sônico da aeronave que rompeu sem saber os

limites o império mais protegido e seguro de todos os tempos, pois era

o Império do Tempo.

Aqueles homens, porém, assustaram-se com o avião assim

como os navegantes com as edificações que acabaram de assistir e

ainda com seus equipamentos enlouquecidos não se deram conta de

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que no rasante a aeronave sem estabilidade desceu a rapinar num

grande rastro aberto em meio a mata virgem a colisão da nave com o

solo, abrindo um tipo de precursor da Transamazônica, e fazendo os

índios em seus idiomas nativos falarem e correrem em direção ao

onde a “nave” caíra, não sem antes o cacique ao sair da oca falar algo

que intraduzível o fez pegar um pequeno objeto dourado e entregar

nas mãos de um homem. Objeto cujas formas eram similares a de um

avião, um Mig como aquele que lá caíra. Cacique era o profeta.

O quão temeroso seria tal acidente aos temponautas e

cronologos da TEMPUS que em mãos de pessoas primitivas poderiam

conceber todos os tipos de erros conseqüentes perante a linha do

tempo e o próprio poder que concebia podendo gerar poder ainda

maiormente maléfico como a exemplo dos bugmans, como não tão

diferente levou os ordinários nazistas em segredo a procurar as ruínas

da mítica El Dorado, visando apenas terem o poder e controle

conseqüente sobre o mundo para poderem fazer tudo o quanto seus

desejos torcidos assim concebessem.

Todos ao voltarem a ZT da Antártida, os relatos insólitos da

equipe de Octavios foram passados para uma Dayane Conrad

abismada diante do encontro com similares a eles mesmo que com

notáveis diferenças no modus operandi assim como atuação

demasiadamente limitada sob os aspectos reflexivos.

- Incrível que não tenhamos quaisquer registros anteriores da

existência destes agentes paralelos ao nosso mundo. Abre precedentes

interessantes. – ressaltou Apocon

- Vocês não pegaram o telefone deles? – perguntou Ávila

ironizando-os

- Estamos vasculhando a partir daquele ponto e da versão de

Stoneset daquele tempo algo que nos leve a assinatura temporal deles,

mas até agora nada. – falou Francis como suporte do Stoneset da

TEMPUS.

- Porém talvez Apocon Tenha traçado sinais que sugeria que

algo num outro espectro da linha temporal reflexiva estivesse criando

flutuações. Porque as mudanças temporais que não são assimiladas

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caóticas que refletem por toda linha do tempo criando outras sub-

ramificações posteriores ou ecos fractais escalares de repetições como

falha na linha temporal.

- Certamente identifica o porque desta zona de oscilação – falou

Apocon – e que talvez podem estar agindo como em algum outro tipo

de halo temporal como o confrontado por nós. Se a própria Intempol

não for algum tipo de resultante de um destes halos.

- Poucos elementos explicam o porque destas interações talvez

tenha algo haver com os frágeis crânios de cristais encontrados no

Peru, talvez a sensibilidade destes artefatos podem ressoar

manifestações destas reflexões. – propôs octavios.

- Faz sentido. – respondeu Apocon – porém, somente fazendo

exames empíricos mais específicos saberemos se não é meramente

especulativo de sua parte.

Recursos não faltavam para a TEMPUS mesma a própria

tecnologia deles parecia estar a algum nível mais avançada que

daqueles quase irmãos da Intempol nas investigações dos fenômenos

abrangentes do tempo, talvez pelo fato da Intempol se ater mais a

investigações meramente criminais ao contrário da TEMPUS cujo

motivo inicial fora de analisar as características interagentes do

tempo, sendo neste caso muito mais forense que de campo mesmo que

desenvolvendo características comuns de atuação que menos

intervissem na linha nativa donde visitavam que a Intempol, do qual

após os ataques da subversiva Bug´s Time muito no modus operandi

fora alterado incluindo a própria criação de mecanismos internos

como a CEET para corrigir e se automonitorar mediante as rígidas leis

criadas de seu futuro oriundo.

Porém, mesmo que aquela parte da operação Paytime tenha sido

completamente em vão, justificou o porque somente pelas

características incomuns das descobertas ocasionais que realizaram e

naturalmente que após aquela estranha missão o descanso merecido de

seus agentes era permitido enquanto os dados colhidos por Dayane e

Ávila eram analisados ao caso após a entrega de seus relatórios de

operação de campo, tendo justificável folga no setor de divertimento

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da TEMPUS construída no futuro como clube exclusivo aos membros

da importante agência de pesquisa temporal.

Dayane Conrad em trajes mais adequados ao seu tempo – o

futuro – surgiu com seus longos cabelos que de tão loiros eram quase

brancos com panos leves sobre seu corpo alvo e seus olhos profundos

e expressivos a sentar-se agradavelmente numa mesa onde o

restaurante era de iguarias temporais, somente para os emissários de

mais alto calão da TEMPUS e do governo daquele promissor futuro.

Tendo por companhia John Octavios e Stoneset em trajes civis, mas

não menos imponentes resolveram eles apenas socializar enquanto

suas cabeças refrescavam a quem sabe terem algum insight importante

sobre o caso de prioridade elementar para o próprio mundo deles.

- Não permita mais que os nossos comam antes de fazer as

viagens temporais Octavios. – falou Dayane – pelo afirmando não é

de bom grado ter agentes com náuseas durante missão.

- Não foi permitido, é que aparentemente algumas iguarias são

por demais atraentes para os nossos familiares integrantes.

Repentinamente surgiu um elegante garçom onde ofereceu o

vinho envelhecido na câmara temporal da TEMPUS, aprimoramento

tecnológico em pro do sabor – gostava de dizer Teogoras.

- Certamente a produção destes vinhos é melhor que os deixa-

los a deriva numa linha temporal por décadas. O último incidente do

tipo aparentemente tornou os viking beberões. – comentou Octavios

rindo enquanto tomava o vinho numa taça de cristal.

- Escolheram seu menu? – perguntou Stoneset

- Bife de ave elefante é uma iguaria preciosamente saborosa

para ocasiões como esta. – falou Dayane.

- Aqui está o periodo. Direto do século XIII, caçadas como

vítimas do vulcão que as matariam. – seguiu Octavios – mas prefiro o

acompanhamento de salada de Criptósporos, provaram?

- Não gosto do nome parece remédio. – retrucou Stoneset

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- Deveras, certamente tem propriedades medicinais

desconhecidas ao século XX e a frente, não fosse nossas viagens, mas

apesar de levemente amargo com temperos adequados é saboroso,

desmancha na boca.

- Se Dominic estivesse aqui pediria omelete de ovo de

estauricossauro. – riu Dayane.

- Ainda não chegamos a tanto. – respondeu Stoneset rindo.

- Bom fico com a salada de Criptósporos com Cosmochlaina,

uma planta nematófito similares a tubos, com aquele molho chinês é

inigualável. Indico-lhes.

- O que um bom chefe de cozinha não faria com uma máquina

do tempo na cozinha não? – falou Stoneset rindo.

Aqueles conversaram após ser interrompido por um colega da

ZT de São Paulo, após ficar sabendo do estranho caso onde

encontraram os agentes da Intempol, apesar de convidado a sentar-se

com eles enquanto observavam a esplendorosa panorâmica de algum

lugar de Cancun antes de sua descoberta onde estava aquele pequeno

paraíso temporal acessível apenas aos membros e familiares do

mesmo. O céu límpido ausente de qualquer tipo de poluição

discutiram itinerários de viagens para as férias, John Octavios

normalmente preferindo se aventurar em lugares naturais em meio a

espécies extintas em sua época, como na Austrália em meio a tigres da

tasmânia. Quantos homens e mulheres ganhavam passagens para

passear pelo tempo? As milhas dos playboys do século XXI não eram

nada perto das milhagens temporais dos afortunados temponautas.

- Certamente indico o flamengo antes de ser descoberto pelos

portugueses e verás certamente o que é tão belo o revoar dos

flamengos onde hoje é o aterro. – sugeriu Dayane a Octavios enquanto

saboreava o vinho.

- Teu menu turístico temporal sempre tentador Dayane, se

continuar assim me apaixonarei por seu estilo vivanti.

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Todos eles se divertiram em mesa enquanto comiam, e Stoneset

contou pouco mais sobre as coisas que fez, sugerindo agradável

intimidante social entre os superiores da TEMPUS não por menos

diante de tal lugar intocado pelo homem a inspiração social era natural

e somente não acessível a algum tipo, digamos, menos elevado em

civilidade. Stoneset então tirou de seu bolso do paletó com gravata

borboleta, um tipo de palm onde tinha suas fotos de turismo temporal,

a mostrá-los.

- Quão lindo é o mundo a salvo estas fotos pós-históricas, no

passeio neste dia cometi um vermecídio. – retrucou Stoneset ao

contemplar nas fotos o horizonte a aridez daquele lugar. – Há vermes

gigantes, espécimes notáveis e perigosos que naturalmente não é de

conhecimento comum. Pena que só podemos viver uma vez o mesmo

tempo.

- O que ocorreram com os nativos sobreviventes desta época

Hebert? – perguntou Dayane.

- Não foram muitos, mas certamente os conhecidos resgatados,

eles tinham mesmo adquirido formas estranhas de religião. Foram

mobilizados a outro ponto do espaço e do tempo onde não

intervinham com o conhecimento presente.

- Imagino. – respondeu Octavios rindo enquanto via as fotos.

Na base da Antártida John Roberts, que lá preferiu ficar a fim

de pesquisar um pouco sobre o seu estranho sonho no World Trade

Center parece demonstrar preocupação em sondar suas próprias

memórias enquanto Dominic e Ávila no centro de recreação por lá

mesmo levantado com o aumento de movimentação entre agentes do

futuro se encontram com os mesmos acessórios antes utilizados por

Roberts em jogo de projeção mental onde por um capacete imagens e

sentidos de ambos se projetam pelo sensorial cirando alucinações e os

fazendo terem emoções estranhas.

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- Este é o tipo de diversão mais estranha que tenho visto, ou

não. - disse Ávila tendo a sensação de que estava sendo perseguido na

realidade pelo invisível dentro daquela sala toda acolchoada.

- Esse lance de projetar pensamentos na mente desperta de outro

pode ser perigoso. - respondeu Dominic - Juro que me vi num navio

negreiro.

- De certo modo você também conheceu a escravidão cara.

- Não de modo tal impalpável. Vamos tentar o nível seguinte?

- Não acho aconselhável, não deve ser agradável tomar o

domínio da mente de outro e passar a ver por seus olhos.

Porém, sem pestanejar Ávila retirou o capacete de sua cabeça e

alterou o nível de intensidade de interação mental para "projeção de

consciente e controle mental remoto".

Ao colocar novamente este nele, num súbito salto Dominic

pareceu tremer ficando parado.

- Você alterou?! - exclamou em indagação sentindo-se

incomodado por repentinamente perder o controle sobre seu corpo. - é

muito evasiva essa merda!

Neste momento a pesperctiva de Ávila se alterou para a de

Dominic assistindo de seu próprio angulo enquanto este ainda

consciente disto nada conseguia fazer a não se falar.

Nisto porém, o chamado tocou no interfone os solicitando e

fazendo Ávila desligar o aparelho para o alívio de Dominic que

reclamou.

- Jamais faz tal novamente!

- Fato, que este equipamento poderia ser adaptado para

invasões, não diversões. - respondeu ele batendo de leve no ombro de

Dominic com pedido de desculpas.

Dominic era homem rústico, não era de grandes preferências e

simples não era mesmo chegado as "frescuras do estilo dos ricos"

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sendo nenhum um pouco fino e com o gosto um pouco duvidoso ao

contrário de Ávila que apesar de ter sido escravizado pelos

descendentes de Watchman, o mesmo que autrora seqüestrada

Roberts, era o tipo de sujeito que tinha boas preferências.

Ao se dirigirem para a sala de conferências ao lado da sala de

missão e brienfing, Dayane que já havia retornado de suas agradáveis

e curtas férias estava com seu carismático sorriso diante de Octavios

sentada numa mesa enquanto mexia num tipo de palm translúcido,

quando a porta de vidro alterou sua cor dando alarme de que pediam

para entrar.

Por esta passaram Roberts e os dois companheiros Ávila e

Dominic enquanto Max Zulu surgiu em seguida junto a outro punhado

de agentes que sentaram-se em suas cadeiras.

- Agradecido pela livre presença de todos. - interrompeu

Octavios o leve cochichar dos membros ao se organizarem nas

cadeiras - Tal breve conferência não é obrigação a não ser que todas

as equipes fiquem cientes do caso geral do qual todos temos

trabalhado. Como sabe-se os bugmans como maus perdedores não

desistem do recurso baixo de tentar com a perda de seu suporte

desestabilizar o tempo conhecido sabotando a linha temporal, que

nestes casos por se tornarem impossibilitados de viajarem no tempo

resolveram atacar literalmente a fonte de onde o mundo hoje se é

conhecido. O Megalítico do Tempo.

Dayane então se levantou e pediu para que as luzes da sala se

apagassem fazendo apenas seu corpo branco realçar no escuro da sala

diante da tela que se ascendeu e olhando para ela Octavios passou a

vez lhe apontando com suas mãos.

- Como todos aqui tem o mínimo de instrução nos campos da

física, sendo não obstante em grande parte pessoas que autrora

sobreviveram aos ataques pouco morais dos Bugmans. Sabemos dos

adiantamentos do universo holográfico inicialmente das supercordas

em reflexões indefinidas a comprovar, porém, termos antes não

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compostos pela teoria original. Entretanto tal visão limitada do tempo

como continum não permitia nós medirmos o tempo se não

exclusivamente por uma direção, campo que se abrangeu mais

amplamente com o advento quântico graças a nomes como Leonel

Lennox, do qual somente com as interações temporais descobrimos

algo sobre as leis conhecidas até então da termodinâmica a criar

desdobramentos de paradoxos auto-alimentáres como a exemplo da

anomia, resultado do auto-anulativo o que estende ainda mais nuances

temporais que somente com tal tecnologia nos permitiram. A solução

encontrada por algo que ainda não compreendemos completamente

parece refletir nas consciências de modo atemporal onde mesmo

alguns concluem se tratar das profecias a exemplo das bíblicas. Aqui

na tela - virou-se então Dayane mostrando páginas originais do

Apocalipse de Apóstolo João - as sete cartas do apocalipse que

parecem ganhar status da personificação destas oscilações de entropia

crescente no futuro. O livro foi escrito de modo atemporal

descrevendo os três tempos, da queda de satanás - seja qual for o

significado - ao império final, mediante tais interações temporais onde

as constantes são determinadas pelos Seth em variações específicas

demonstrando a verdadeira e factual função destes em nosso mundo

ao menos. Perguntas?

Falando isto, Octavios então virou-se para ela e o pessoal e

tentando descontrair disse.

- Resumindo, não subestime o poder do átomo, o último que o

fez assistiu a fissão nucelar.

- Porém, é tal o que parecem fazer os bugmans contra nós ao

tentar desviar todos os fatos na pretensa de corrompe-los alimentando

apenas a anomia crescente que desestabiliza o mundo ao menos. Com

os dados colhidos pelas observações realizadas por nós e em campo

como por mim no Vaticano do século XX, conseguimos reunir

poderoso material à percepção que não somente nós procuramos o

Império do Tempo de Fo-Hi onde provavelmente de algum modo

Designnium mesmo passou informações para os nazistas, que durante

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a segunda guerra mundial procuraram secretamente sobre outros

pretextos Akator no Brasil, tanto quanto a base da Antártida sendo

encontrada por eles e ostensivamente ocupada após sairmos daqui

num tempo ainda não determinado.

Ao ouvir aquilo John Roberts sugeriu.

- Porque não servem-se do Protocolo 37 de sigilo científico para

investigarem no futuro quando e porque sairemos daqui?

- O tempo é apenas uma questão de tempo, o fato de séculos a

frente este lugar não estar habitado não signifique que fomos

atacados, mas que simplesmente as operações da TEMPUS em

extensão deste periodo pode ter concluído seu propósito. - respondeu

Octavios e então pediu para que Dayane seguisse.

- No ano de 1001 o Papa Silvestre II após desenvolver o

primeiro relógio mecânico para a cidade Magdeburg aparentemente

teria trabalhado em segredo após algo que dizem ter recebido, não

sabendo de quem, como ou porque, o que nos fazem ter suspeitas.

Entretanto, este construiu um artefato que justificou pela primeira vez

o uso do sistema arábico de em relação à numeração romana, fora

tornar viável o uso do Astrolábio, ábaco dos sarracenos e um

primitivo relógio de pêndulo. Tais tecnologias na realidade apenas

eram associadas resultantes de o projeto intitulado secretamente de

Legis Ad Ventus do qual a Ordo Christianita Ad Ventus fundada por

nosso amigo John Roberts investigou ostensivamente nos anos

seguintes a fundação, e presente nos documentos do Vaticano. Apesar

de não conseguirmos tal artefato em mãos acreditamos que ele tenha

como objetivo comum identificar posições de locais secretos do

espaço e do tempo servindo-se de rudimentares sistemas hidráulicos e

pendular.

- Seria como um precursor do pêndulo de Focault? - perguntou

Joseph Ávila.

- Possível, não nega-se mesmo que este seguinte tenha outros

objetivos aparentemente distantes deste original. Porém, o ponto é que

justamente tal tem por função mediante ajustes que descrevem

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semelhança dos desenhos com o megalítico do tempo a localização de

lugares e mesmo variações temporais mediante as oscilações do

mesmo, sendo mais amplo em seus anéis externos como ondulações

que ao crescerem tornam-se mais voláteis. O que parece, entretanto,

que mediante a intensidade das nuances provocadas pelos bugmans

tornar ainda mais difíceis de se conseguir, nos restando em vista ao

objetivo alcançado desta primeira fase nos focarmos em localizar a

posição deste artefato como recurso de localizar Akator enquanto

mandamos missão de observação nos períodos onde tais visualizações

supostas ocorreram. O que pedimos a todos agentes de campo é que

tais fragmentos e peças deste mosaico não caiam em mãos erradas

como ocorreu em sociedades secretas como a que resultou no

nazismo, pois os resultando podem ser ainda mais voláteis por não

compreenderem a extensão do mesmo servindo apenas aos propósitos

próprios e apenas a criar mais problemas temporais. Estas fotos

demonstram justamente tal, em 2017 um homem com aparentes

ligações com Designnium resolveu planejar por fogo literalmente em

grandes extensões de mata amazônica, como montes, no Brasil a fim

de deixar o solo visível à procura de algumas ruínas, o que não estava

previsto na linha temporal original, fora o fato de ser bastante

antiecológico. Tal grupo que passou a se fingir de viajantes temporais

era liderado por Henry Quindo por conhecimentos adquiridos de

modo pouco correto ou legal não bastando ter um currículo bastante

negro e duvidoso. Naturalmente que não temos tempo para este tipo

de trambique. Deste modo receberão ao formarem equipes o brienfing

de uma operação onde seguiremos alguns rastros de fenômenos

estipulados por anotações como no Tratactus ad Tempus crendo que

algumas das anomalias do Triangulo das bermudas possam levar a

Akator.

Ao sair da sala de conferências Albert Tucson cumprimenta

Max Zulu por ter ficado algum periodo no futuro, porém, quando

vinha Roberts atrás repentinamente Max Zulu parece dar um surto de

risos fazendo todos colegas ao saírem da sala o observar surpresos

inclusive Dominic que parou para observar com um sorriso de

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deboche a cena inóspita para aquele homem enorme e conhecido por

ser sério e perverso originalmente, e o pior, sem motivos aparentes.

Sem conter os risos pareceram disparar enquanto ele se virou à volta e

notou que Roberts estava com aquele aparelho que induz consciências

o fazendo rir.

- Me perdoe, mas Dominic e eu não resistimos a tentação da

piada.

- Não hajam feito crianças temos trabalho a fazer - respondeu

Octavios ao ver a cena e olhando para Roberts vendo com autor da

brincadeira.

- Tais brinquedinhos que Chieko Chiraru criou podem ser

evasivos, porém realmente são entretenimento puro. - falou Dominic

ao colocar a mão sobre o ombro de John Roberts e saírem andando

enquanto sem graça Max Zulu ainda se recobrava da cena.

Como se pode conceber tal cena de descontração com aqueles

que apesar de quase familiares - de algum jeito sempre há alguma

hereditariedade não hierárquica - estarem a se divertir quando

simplesmente discutiam modos de tentar impedir algo que destruísse o

mundo em seu próprio passado, os anulando e tornando-os com os

próprios ecos existenciais?

Naturalmente com o nível de responsabilidade que tinham não

somente era de direito, mas quase dever a descontração daqueles

presentes fora do presente habitual a exemplo de quem lê o livro, se

não seguindo cronologia acronológica mediante o linear comum, a

não tornar o termo "bolha temporal" num sentido próprio por viverem

fora do mundo comum e com estilo de vida bastante notáveis.

Mesmo que tivessem eles decodificado um mapa de alguns

locais desconhecidos do espaço e do tempo junto a informações no

DNA junk de um sujeito que somente existia em certa linha temporal,

estes, entretanto não conseguiam o mesmo com o Megalítico que, por

exemplo, o acesso parecia vetado de algum modo os permitindo

meramente a analisar seu entorno temporal. E exatamente por este

motivo que resolveram eles mandar uma equipe especificamente para

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tal local, 50 anos fora do periodo vetado, para quem saber descobrir

algo, alguma pista ou provas materiais no que poderia naquele periodo

ser apenas ruínas, enquanto sondas seriam mandadas para tentar

localizar algum caminho natural pelos fenômenos datados do

Triangulo das Bermudas. Após passarem o brienfing a equipe

selecionada pelo próprio Apocon Keystone fora Tucson, Roberts e

Dayane que por ser perita evidencial em analisar os referidos fatos

atemporais ou conhecidos como ETA (Evidências de Temporalidade

Alterada) como provas de sabotagens temporais, fraudes e mesmo

contaminação casual de linha temporal.

- Aquele mapa temporal no sangue de pouco serviu? Poderiam

ao menos dizer se tal lugar nas mediações de Açores era realmente a

tão falada Atlântida. - falou Tucson após estudar casos quando passou

a integrar o corpo da TEMPUS

- Não sei, mas temos pistas que levam a crer mesmo que

Designnium este presente nos tempos do Egito antigo se intitulado o

deus Seth. – respondeu Dayane

- Não há nada que essa gente pode crer ter o direito de fazer

contra qualquer lei? Quanto tempo será que Designnium anda por ai

varando culturas pelo tempo?

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Parte VI

Setbox of Time: The Place Doesn´t Matter

Simile s.m. (lat. similie). 1. Qualidade do que é semelhante. 2.

Comparação das coisas semelhantes; analogia. adj. 2.Semelhante,

análogo.

O Megalítico do Tempo, milênios atrás

No horizonte fumaça negra a cobrir os céus enquanto no subir de uma

colina que rapidamente se tornava turva ao dourado do céu pela luz

solar que varava o ar límpido ausente de qualquer poluição, um ponto

luminoso apareceu cortando os céus quando homens e mulheres

subiam uma colina cujo capim era movimentado pelo vento agora se

tornando atípico pela coluna de fumaça. Aquelas eram famílias que

fugiam, os Seth originais que ao conceberem que estavam sendo

atacados por homens de fora da li a fim de saqueá-lo e mesmo

seqüestrando suas mulheres e tirando alguns filhos estes viram

nenhuma escolha a não se fugir daqueles ordinários quer quem fosse

parecendo ter domínio de algo ainda mais cruel de fora do mundo

conhecido. Quando a mulher de um destes parou e virando-se para

alguns homens perguntou na língua original deles.

- Barseth ainda não retornou porque ele foi ao Megalítico?

- Tentou tirar alguns dos segredos para não cair nas mãos dos

malignos ordinários, ele está com dois dos nossos.

Porém, lá naquele horizonte, em meio a fumaça surgiu

Designnium que já avançado em dias notou com prazer o que estava

fazendo enquanto os bugmans sobreviventes arrastavam duas crianças

e mulheres não sem tal praguejar não estar com seus utensílios para

experimentos genéticos com eles.

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- Tirem todos os conhecimentos possíveis deste Megalítico e

pegue as informações pertinentes com Barseth se o encontrarem, o

torture e depois mate, ele tem de nos servir de adubo!

Seu olhar impassivo diante de uma enorme fogueira no monte o

fazia cruzar os braços e com um sorriso sádico a contemplar quando

um menino apareceu ao seu lado lhe segurando a mão e disse.

- Porque está fazendo isto com eles papai? Apenas queriam

viver em seu mundo.

Porém, ao invés de responder este apenas o empurrou dando-lhe

um tapa no rosto e dizendo para se calar, pois não deveria questionar

as ações dele. O garoto correndo em meio os escombros das casas de

pedra derribadas pelos homens enquanto as sombras provocadas pela

coluna de fumaça fazia as sombras quase se moverem como quem

tivesse vivas quando entrou num cômodo já saqueado por bugmans

quando o último saiu lá de dentro carregando madeira para jogar a

fumaça.

Quando ele notou um ruído por debaixo do assoalho o fazendo

silenciosamente procura-lo, por uma fresta o menino parou a observar

um vulto se mover e a sussurrar algo com alguém, quando mais

homens passaram falando alto dizendo que poderiam aproveitar as

casas para eles morarem e talvez se passarem pelos Seth.

Do outro lado algo se movem no canto do chão daquele cômodo

quando o menino vê com seus pequenos olhos de jovem menino a

sombra de algum homem se estender tirando algo por debaixo de onde

saiu.

- Vamos não temos muito tempo até nos descobrirem! –

exclamou o homem numa língua estranha. – Se nos pegarem vão nos

matar a tortura, e roubar estes artefatos.

Quando os dois homens já haviam saído e tirando pedras que

tinham a metade do tamanho daquele menino aquele homem se virou

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dando de cara com o jovem, que de é estático parecia ter se tornado

uma estátua com medo ou mera curiosidade. O homem gelou ao ver

que não era uma das crianças deles e apesar de tentar esboçar palavras

para que nada dissesse dando tempo para eles conseguirem fugir e

sobreviver àqueles ataques o menino saiu correndo do lugar. Nisto o

homem, que eram Barseth virando-se aos seus companheiros apenas o

olhou e rapidamente pegaram as pedras tentando fugir do lugar na

certeza de que o menino chamaria os seus.

Ficou rapidamente escuro e aqueles homens correram mesmo já

tendo perdido um dos seus ao tentarem salvar algo secretamente

quando ouviu uma voz ao fundo falando no incompreensível – para

eles – o inglês ‘stop’. Não lhes dando atenção o lugar tento por luzes

apenas os focos oscilantes de luz do fogo no local continuaram a

correr quando tiros lhe veio derrubando Barseth pelas costas ao chão

sob o gramado e deixando uma das pedras caírem a rolar o gramado

antes límpido. O companheiro dele já carregando dois fragmentos do

Megalítico nos braços seguiu se inclinando após apenas rapidamente

olhar para trás vendo Barseth se contorcer pelo tiro covarde que levou

por aqueles nefelins primatas, e dando apenas tempo de fugir

enquanto a outra pedra rolou a cair num poço que lá havia.

176 anos após

Aquele mesmo lugar havia se tornando desértico onde o arenoso

aparentemente por constantes tempestades de areia cobriam o lugar de

pó e areia tornando os cascalhos que se tornaram predominantes na

paisagem autrora irretocável apenas lembranças imortais da

atemporalidade daquele lugar se tornando como descrito por Dayane

Conrad o tempo como verdadeiro território onde aquele lugar não

mais o era, se não potencial campo arqueológico a algum tipo de

estudo pouco conhecido à civilização comum, a dos arqueólogos

temporais.

Os pés daqueles temponautas pisaram no lugar a fim de revelar

e re-descobrir o antes coberto pela aparente destruição de seus algozes

bugmans, perseguidores da Legis Ad Tempus descrita por Silvestre II

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do qual a equipe de apoio haviam partido em paralelo a missão de

busca por tal artefato singular.

- O que pode cobrir os fatos temporais se não o pó da

mediocridade – ressoou John Roberts ao ver aquele lugar muito

diferente do dito por Octavios. – Não há nada de impossível ocultar na

linha do tempo, mesmo apaga-la cria ressonâncias. Por isso amo seu

trabalho Dayane, já disseram que tens estilo?

- Às vezes. – respondeu ela se agachando ao notar que aquele

local realmente não havia sido habitando nos últimos 50 anos.

- O que está procurando?

- Como você disse, os fatos, certamente o ataque aqui deve ter

sido bem cruel. E a mais de 50 anos.

- Não compreendo ainda hoje o porque desta gente ser tão

perversa assim. – falou Tucson enquanto observava o lugar e Dayane

fazendo leituras quânticas do solo.

- Descobri algo. – falou ela então a seguir. – espero que

possamos identificar a procedência e autoria disto, Octavios fez

algumas leituras do Megalítico quando o visitou com este tal de

Chronis.

- Não entendo porque tal criatura é tão oportuna - respondeu

Roberts – Somente surge do nada quando aprovem.

- Mistérios do quantum ou como diz Octavios mil negativos! –

falou Tucson rindo em sarcasmo.

- O mundo conhecido prestes a acabar e vocês ai brincando, me

ajudem a desenterrar este lugar. – pediu Dayane olhando para um

lugar quando repentinamente o chão cedeu.

Dayane caiu parando na altura da cintura graças a seus braços

que se abriram como reflexo na hora que o buraco a tentou traga-la

como quem fosse um gigante adormecido a querer engoli-la. Os dois

rapidamente correram para socorre-la a puxando pelos braços

agachados e a fazendo sair sacudindo o pó de sua roupa.

- É muito fundo? – perguntou Tucson.

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- Talvez ela não quisesse descobrir deste modo – respondeu

Roberts olhando para seu braço arranhado.

Tucson se aproximou da beirada notando que o escuro em seu

interior era único constante a contrastar do exterior e por isto deste

modo pegando seu visor acendeu a luz indo ao fundo, uns três metros

onde havia alguns vasos e o que parecia ser uma ossada.

- Ninguém nunca descobriu este lugar no futuro? – indagou

consigo mesmo Tucson.

- Daqui cerca de duzentos anos um meteoro caí aqui devastado

cerca de três mil metros quadrados, então fica difícil lhe responder. –

falou Dayane enquanto Roberts limpava a ferida dela.

Nisto Tucson tomando a dianteira resolveu descer o próprio

através daquele buraco por ficar evidente que não era do feitio de

Dayane tal trabalho, fazendo algumas leituras apenas avisou a Roberts

para que ficassem olhando caso algo estranho ocorresse, afinal casos

de incidentes com viajantes temporais estavam se tornando cada vez

comuns mesmo que ali as leituras parecessem estáveis quando voz

dele ecoou do fundo após dois minutos de descida a anunciar que

havia encontrado algo.

John Roberts olhou para Dayane e vendo seus aranhões falou

que desceria para poder pagá-la ao descer em seguida. E assim

fizeram.

Lá embaixo o terreno irregular com pedras de cascalho parecia

denunciar o que autrora fora um poço ou algo similar mesmo que seja

como fosse alguém parece ter se servido do lugar para esconder

alguns artefatos de depredadores e vândalos pilhadores. Com as luzes

das lanternas caminharam lentamente enquanto Dayane realizava

leituras detalhadas dos vasos quando Roberts a interrompeu quando

tirava o pó de algo que parecia parcialmente enterrado na areia local.

- Acho que encontrei algo aqui!

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Tucson parou de fazer o que fazia no outro canto, e seguiu até

ele enquanto Dayane se levantou seguindo-o. Roberts ergueu uma

pedra com desenhos incrustados que de modo aparentemente

simbólico – lá eles não compreendiam tal língua – com as duas mãos

virou-a para Dayane com leituras que disse.

- As leituras padrões batem com as das demais pedras que

temos na TEMPUS, talvez seja a parte restante.

- Não era um pilar tal? – perguntou Tucson

- Mesmo que tenham supostamente utilizado das pedras

posteriormente para tentar cria-lo como um tipo de pilar, não o era,

tais são lendas posteriores de um culto chamado setianismo. –

respondeu Dayane.

- Então somos adorados por algum tipo de culto? Como aqueles

que matam o que dizem amar? – perguntou Roberts

- Não sei ao certo, pois não é relevante a pesquisa de

arqueologia temporal. – respondeu ele enquanto após fazer leituras

observava os desenhos e comentou – Me parece tal gravação inscrita

num tipo de material que por meio de lascas simplesmente quebraria a

pedra, como eles fizeram isto?

Tucson e Roberts se debruçaram sobre a pedra a observar que

realmente parecia semitranslúcida como se fosse algum tipo de cristal

ou sabe-se lá o que.

Algum lugar do oriente médio, final do século XI

Max zulu como um árabe caminhou entre dois membros da TEMPUS

vestindo túnicas sobre camelos e com os rostos cobertos por pano.

Dominic, Francis e Octavios seguindo os rastros do artefato do Legis

Ad Tempus criado supostamente pelo Papa Silvestre II, homem culto

e de conhecimentos avançados para seu periodo onde tecnologias

pareciam lhe ter servido de inspiração para obras pouco aceitas entre o

povo. Porém, tinham cuidado, pois naqueles tempos a ferocidade da fé

de alguns culminavam no que era esperança de alguns, e miséria de

outros, como os judeus que carregavam o fardo de seu Judas que

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matara o dito messias, e por este motivo hostilizado frequentemente

como uma das origens do anti-semitismo moderno.

Adentraram um povoado onde autrora abrigara os jardins

suspensos como uma das sete maravilhas do mundo antigo e hoje uma

cidade em fragmentos perdido entre todo tipo de comerciante

especialmente o de vidas humanas negociadas abertamente como de

povos atacados adquiridos como espólios da eterna guerra de fé que

produzia na realidade apenas miséria e sofrimento.

- Não compreendo, porque estamos no Oriente Médio quando

os artefatos como o órgão produzido pelo Papa foram parar na

Alemanha? – perguntou Dominic a Octavios.

- Segundo nossas informações rastreamos o envio do artefato

para estas mediações. – repentinamente ao responder isto ele parou o

camelo e levantando-se apontou para uma pequena edificação de

pedra no alto do monte dizendo – creio estar exatamente ali.

Os homens seguiram tentando não chamar atenção como

forasteiros e com algumas moedas de ouro preparadas para percalços

como serem abordados por algum ordinário perseguidor se não

mesmo algum bugmans desgarrado a procurar o mesmo artefato.

Naturalmente que para estes os viajantes temporais eram alvos

segundo estes primordiais e não sabendo-se das condições oriundas

daquele espaço e tempo – afinal muitos viajantes passaram

discretamente integrar a linha temporal em diversos tempos, para

espionagem de outros viajantes ou mesmo pesquisas particulares –

temiam a qualquer um, afinal eram apenas quatro naquele momento

em meio a populações carentes de milagres e extremistas loucos pelo

sangue alheio.

Saltaram eles finalmente dos camelos os amarrando num toco

de madeira e seguiram a pé observando o monte após dar uma moeda

de ouro para um menino pobre que lá estava, para em troca vigiar o

local e os avisar caso algo suspeito ocorresse. Cordialidade do

pequeno tradutor a tira colo, Francis.

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Antes de subirem a colina, Francis lhe perguntou se havia visto

movimentos suspeitos naquele lugar recebendo por resposta apenas

que alguns monges ali visitaram há uma semana, carregando uma

pequena caixa de madeira.

Enquanto subiam Octavios – que preferiu chamar-se por via das

dúvidas de Otávio Ramos - ficou ligeiramente perturbado com aquilo

lembrando os agentes da Intempol e se perguntando se mesmo os

próprios não teriam ido ao lugar, afinal seus transportes temporais

eram caixas sabe-se lá com que havia dentro talvez algum tipo de

gerador de campo quântico para estabilizar wormholes, mas tal

tecnologia era vetada assim como a deles para os crononautas como se

intitulavam.

- Desejo que não tenhamos problemas com competição

ordinária. – falou já demonstrando cansaço Dominic naquela subida. –

Aquele caso com a Intempol foi demasiado estranho.

- Não se preocupe, nem tão pouco víemos furtar o artefato, mas

apenas tentar conseguir as informações necessárias dele. – retrucou

Octavios estendendo a mão para Dominic subir sobre uma pedra

sobressalente. – Não queremos transtornar o tempo nesta linha.

- Chegamos – falou Max abaixando o capuz do rosto suado pelo

calor e pela subida – se estes bugmans estiverem aqui os esmago antes

de fazerem agente de suco de laranja para ficarem batendo no peito

como se fossem os bam bam bam.

- Temamos, pois neste lugar os conceitos de lei são muito

rudimentares, basta-se alguém ter conhecidos e dinheiro para

conseguir condenar ou inocentar qualquer pessoa. – ressaltou

Octavios – sejamos rápidos e incisivos.

O lugar porém, parecia vazio e silencioso apenas entrecortado

pelo vento que fazia algo ruidoso de mover constantemente, talvez

alguma janela aberta. Sentido algo estranho no ar, Octavios pediu para

Max que fossem para trás da edificação verificar se havia algo quando

notou pela janela aberta um braço estendido no chão como quem

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tivesse morto. Max apenas sinalizou para Octavios que tirou seu

aparelho por de baixo da grossa manga, e com Francis adentraram a

porta que estava entreaberta encontrando um monge morto ao chão.

Fizeram então leituras e notaram que havia algo fora do comum

naquele lugar.

- Algum viajante temporal, alguém fora desta época aqui esteve

ou ainda está. – falou Octavios movendo ao redor fazendo leituras. –

Coloquem seus equipamentos em coma.

- Ai ai, e se souberem que aqui estamos e nos emboscarem num

massacre bem ao gosto daquela cambada de usurpadores? – retrucou

Dominic demonstrando sincero medo.

- Não é possível, sondamos todo o local antes de virmos.

- Porém, não demoremos sabemos que honestidade nunca foi

virtude comum a deles. Como sempre abióticos.

Porém, nisto a voz de Francis os interromperam dizendo ter

achado algo de relevante. O dito artefato.

- Vejam a configuração parece como a descrita naquela gravura.

Confere?

Octavios parou diante dele e verificando-o as leituras

aparentemente batiam com outras obras de Silvestre II.

- Então como faremos para aprender mexer nisto? – indagou

Francis

- Não precisamos, apenas faço uma leitura tridimensional e o

recriamos na TEMPUS, não há qualquer tipo de material

essencialmente atípico aqui. – respondeu Octavios apenas ajustando o

visor onde a imagem era traçada gradualmente por algum tipo de

leitura tridimensional do artefato que ainda trazia descrições dos

materiais utilizados na confecção.

- Impressionante este visor não, parece o cinto de utilidades do

Batman pós-moderno. – falou Dominic rindo.

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Entretanto naquele momento um som surdo soou como se

alguém se movesse no lugar, sorrateiro, fazendo Octavios vira-se para

Max que de guarda seguiu olhando ao assoalho de cima, no teto, que

ao ser notado por Zulu este olhou para os demais como concordando-

se mutuamente e apontou seu equipamento para cima fazendo estes

correr.

Max Zulu foi atrás, não como o psicopata anti-social que o era,

mas como homem a cumprir seu dever daqueles que lhe salvara, os

melhores patrões de todos os tempos, literalmente. Porém, o homem

tinha alguns truques e virando-se com algo nas mãos como algum tipo

de luva mecânica atirou algo contra este o fazendo cair ao chão em

choque. Octavios concluiu a revisão do aparelho e se agachando pediu

para cada um ir a um lado tomar guarda para tentar impedir aquele

homem de capuz marrom, quando repentinamente surgiu como num

salto temporal de frente ao artefato dando tempo apenas de Octavios

apontar-lhe o visor tentando o impedir em desmaio, porém o sujeito

pareceu zombar deles literalmente, usurpando para si o artefato e

sumindo tão repentinamente quanto apareceu, apenas deixando

residuais de seu crime temporal.

- Bugmans? – perguntou Dominic

- Ordinário, concerteza. – falou Octavios vendo no monitor e

indo em direção ao ponto que atravessou notando residuais quânticas

que saltavam na tela. – Não sei de onde veio, mas sei para onde foi, os

tempos em que nossos agentes Dayane e Roberts estão.

Enquanto isso abaixo daquele solo quente e arenoso de abiose

que se tornou onde autrora era moradia dos Seth originais, o vento

soprava fazendo areia entrar pelo buraco de onde desceram quando

Roberts notou uma sombra passar no lado exterior, o que os fez alertar

sem companheiro de campo. Dayane colocou a pedra dentro de uma

bolsa de pano grosso, pois mesmo o lugar estava aparentemente

inabitado temiam ser encontrados por algum viajante errante mesmo

mediante observações.

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Tucson escorado pelas mãos de Roberts tenta se erguer para

fora do buraco olhando em volta e nada notando enquanto tira maior

parte de seu corpo, quando ao virar para trás apenas assiste uma

botina vir em direção a eles a lhe acertar o fazendo desmaiar, e sendo

puxado para fora. Dayane grita enquanto Roberts faz leituras

temporais notando pouco, a não ser de alguém fora do tempo local,

mas como se as mediações temporais foram averiguadas em semanas

antes semanas depois da visita deles? Somente poderia ser algum

outro viajante temporal a se apresentar notando a presença igualmente

deles.

Porém, alguma pedra foi arrastada do local tentando fechar o

buraco onde estava fazendo a escuridão cobrir o lugar quando uma

voz em alto e objetivo português lhes disse.

- Entreguem a pedra ou ficarão ai trancados!

- Quem é você e o que quer de nós? Podemos sair daqui se

quisermos! – falou Dayane nervosa.

- Não se isolarmos o campo quântico ao redor impedindo

qualquer interação com as micro-fissuras temporais! – responde a voz

misteriosa plenamente compreendida por Roberts. – Passe a pedra,

não encontrarão o Império do Tempo.

- Não somos nós a desejar ataca-los! Mas sim a Bug´s Time,

Designnium, o usurpador! – respondeu Roberts. – se tu és guardião

responda-nos.

Naquele momento o silêncio se fez sendo apenas interrompido

pelo ruído do vento quando fez areia cair nos olhos de Roberts, o

limpando, e olhando pelo buraco tentando reconhecer a feição do

sujeito que coberto com capuz lá estava, quando algo lhe puxou o

fazendo cair, Tucson. Porém, lá encima o sujeito desapareceu em suas

mãos enquanto Tucson tentava ainda se levantar da pancada na

cabeça. Re-aparecendo dentro do buraco atrás deles Roberts ao virar-

se apenas notando um flash tomou um único soco enquanto indo

certeiro na bolsa de Dayane a pegou sem resistência vendo que aquele

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homem tinha tecnologia de mobilidade temporal ainda mais avançada

que a deles. Não conseguiam fazer aqueles súbitos saltos temporais.

- Diga-nos que és ao menos? – perguntou Dayane enquanto

Roberts com as mãos no rosto tentava se recobrar agachado.

- Jack, Jack Fawcett! Guardião atual das entradas do Império!

Todo descobridor há de protege-lo por passar fazer parte. Lamento.

O sujeito ao falar aquilo apenas sorriu e em seguida sua imagem

se embaralhou ficando torcida sumindo de súbito na frente deles como

se fosse sugado por algum buraco, e os deixando de mãos vazias

como antes na missão de São Paulo.

Sede da TEMPUS na Antártida

Do calor ao frio do brancor do pólo sul que fomentava

segurança necessária de quaisquer viajantes aventureiros ou errantes

antes da colonização ao passar os relatórios diretamente para Stoneset

e Apocon estes sentiram-se profundamente intimidados por aquele

caso temendo mesmo que pudesse receber algum tipo de visita não

convidada a qualquer momento.

- Como é possível alguém em dois tempos simplesmente

desarmar homens altamente treinados e preparados para a missão com

tecnologia suficiente? – falou Apocon em tom severo e continuou –

Tem um homem hospitalizado por compulsões daquele tipo de arma

que parece ter desestabilizado mesmo o equilíbrio celular de Max.

Conhecemos o futuro, somos do futuro e não sabemos de avanços

tecnológicos melhores que o nosso!

- Encontramos pessoas de linha temporal ressoante como a

Intempol, quem garante que não são do mesmo, talvez outra linha

mais avançada que a nossa! Não por menos se chamam de Império do

Tempo. – falou Roberts apesar de assustado entusiasmado com aquilo.

- Que legal temos então um desaparecido que se tornou

simplesmente um guardião mais poderoso que nós! Só falta agora o

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tal de Chronis surgir aqui querendo dar recados insólitos e

sobrenaturais.

- Talvez nos tenha dado preciosa pista! Podemos pesquisar a

linha temporal de Jack Fawcett no periodo e mediação em que

desapareceu junto a seu pai Percy e Raleigh Rimmell e descobrir a

entrada para tal lugar. – sugeriu Octavios.

- Já verificamos, e não existe nada a não ser um grande vácuo

existencial como se Jack Fawcett tivesse entrado num buraco negro,

simplesmente não fazemos leituras! – falou Stoneset

- Sabemos que eles têm tecnologia para bloqueios temporais

talvez tenha se utilizado disto para impedir serem detectados por nós.

Acreditamos que tenham ficado tempo suficiente lá a ponto de

aprender de algum modo português.

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Parte VII

Sons of Time

"O vento e as ondas estão sempre a favor do navegador habilidoso".

Edward Gibbon

Após aquele incidente Apocon pediu para que a base ficasse em

alerta sobre qualquer alteração quântica naquele lugar não bastando

ter o isolamento quântico necessário para se abster de qualquer

interação exterior com a linha temporal mesmo que criasse uma bolha

temporal corrigido periodicamente por algum escoamento a pontos de

fora da terra a fim de não repetir o ocorrido com a ZT de Londres.

Como poderiam conceber aquela situação de baixo do

conhecimento dele por anos e anos quando mesmo lendas locais

permeavam pelo Brasil ecoando por toda América do sul como parte

cultural dos mitos indígenas e mesmo dos então colonizadores. A

mítica cidade perdida de Akator agora dominada pelos temores de

viajantes temporais pensou-se menos que até tivesse sido descoberta

por parcialmente por ruínas durante a Terceira Guerra Mundial

mesmo que não descrevesse as possibilidades de outros contatos

visuais do mesmo.

Porém, tinham ainda quão belo trunfo em mãos, as leituras

efetuadas por Octavios do artefato original tirado deles que recriadas

com materiais específicos diretamente do futuro, parecia funcionar de

modo similar, sendo apenas papel para Chieko decifrar o

funcionamento num elaborado quebra-cabeças de peças metálicas

enquanto as leituras de períodos distintos do tempo no Triangulo das

bermudas – mesmos aqueles dos quais ninguém o soube – trouxeram

o voto de que haviam encontrado entradas naturais e espontâneas para

locais específicos do tempo, mesmo dois deles considerados

impossíveis de se visitar artificialmente do qual entre eles estava a do

Brasil no coração da Amazônia permanecendo como possibilidade de

ser para o dito Império do Tempo mesmo que parecesse saltar

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literalmente como a ecoar pelos tempos não muito diferente das

lendas de Brigadoo.

Joseph Ávila e outro agente foram selecionados para uma

missão de investigar na Londres do século XXI nas mediações onde

havia a ZT de Londres, no complexo de metrô, vestígios de um tipo

de agência de espionagem intitulado The Seven Circle do qual Percy

Fawcett havia participado como agente duplo recrutado por

MaskMelin, o líder daquele grupo que autrora resistiu contra as

atrocidades do nazismo. Porém, aparentemente de algum modo

mesmo mediante a tecnologia de não interação a transtornar aquela

linha temporal que adentraram proporcionou alterações substanciais a

criarem uma ondulação temporal que por algum mistério resultou no

fatídico terremoto do Big One na Califórnia comprovando os danos

que alterações temporais poderiam exercer no tempo quando sem

seguir as leis estipuladas.

Ávila, vendo então a alteração impediu que um jornalista que

investigava a suposta existência dos temponautas fosse salvo de ser

morto por algum tipo de seita de setianistas que viviam nos

subterrâneos da Londres, Kelvin, o jornalista parecia surpreso diante

de tais maravilhas. E o caso pouco resolveu sobre o incidente se não

apenas revelar que aparentente algum tipo de contato secreto fora feito

por Percy Fawcett com seu amigo, o escritor, Arthur Conan Doyle, o

que alguns religiosos mesmo creram se tratar de uma aparição astral

ou algo do tipo.

- Muito comum confundirem fenômenos temporais com

fantasmas resultantes de ressoantes temporais interagentes, na

realidade mesmo as propostas do tempo ondular fora confundida no

século XXI como as propostas espíritas do etéreo cósmico. – falou

Dayane algo lado de Stoneset.

- Acho que é momento de pedir conselhos de Teogoras de sua

aposentadoria sobre este caso – sugeriu Octavios quase a

interrompendo enquanto falava para Ávila.

- O étero são propostas de fluídos não temporais, mas de

atemporalidade relacionada às emoções e idéias, como alternativa a

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explicação do mundo espiritual para os espíritas, como proposta da

matéria primordial não ondular temporal tendo apenas por semelhança

o fato de propor que tal "matéria" determinam as demais velocidades.

O tempo não é criador, se não o que concebe as condição a tal.

Sobretudo deste modo as concepções de “ninguém” das interessantes

propostas da Prisão de homens que não existem passadas por vocês no

contado da Intempol parecem justificar como apenas uma abordagem

que não cometemos, evidentemente, pois mesmo mediante este

contexto realmente tudo que há de existir, mesmo sabotado pelos

bugmans ficam gravados como ressoantes. – completou Dayane

sempre motivada sobre tais assuntos.

O que não sabiam, porém, é que tal caso mediante as sempre

grandes oscilações temporais provocadas pela perversão dos bugmans

em querer destruir os fatos e as leis temporais levaram a conceber

alterações substanciais posteriores onde o jornalista Kelvin após

retornar a sua terra aterrada pelo tremor do Big One descobre

elementos que ligam os viajantes temporais a Akator que mesmo

sendo considerado sensacionalismo resolve seguir seus traços o que

leva ele a um contato inesperado no Brasil.

A mesma equipe fora do Brasil ao caminhar por terras do

interior do Brasil nas mediações da Serra do Roncador, no Mato

Grosso tenta seguir os vestígios deixados por Percy e os outros dois

homens e sabendo que já havia antes mesmo sofrido ameaças e

sabotagens, inicialmente por um mero tipo de culto que tentava se

passar por viajantes temporais segue não dando crédito por óbvia

ausência de poder correspondente ao contrário do visto por aqueles

temponautas da TEMPUS onde tal tecnologia parecia corresponder o

equivalente a milagres naquele mundo.

Não bastando tal terra tropical estar repletas de casos de ONVIS

cujo poder transcendia o conhecimento como a visualização de um

arco âmbar nos céus como se pegasse fogo a se recriar

indefinidademente em três partes, concebia apenas a mentes vãs

tentarem criar imaginativamente algo a tentar preencher tais lacunas

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em sua presunção sempre relacionada a tal como culto de extremistas,

o que não ocorre a ciência setiana.

Porém, naquele dia assustado por andar em terras cujas matas

fechadas apenas demonstravam a mesma vulnerabilidade que Percy e

seus amigos sofreram por índios que se diziam mesmo guardiões do

lugar quando o que surgir diante dele na realidade fora quem menos

esperava, o sujeito europeu, branco que se identificou por Jack

Fawcett, mesmo que fizessem décadas após sumirem demonstrando

que tinham pouco envelhecido.

- Você já descobriu o bastante para alguém como ti, sabendo,

porém que tal tempo que vives se alterou em desvio, apenas lhe dou

duas escolhas ser, como nosso guardião ou daqui não mais sair.

Naquilo outro homem surgiu, Raleigh Rimmell, amigo de Jack,

homens de aventuras e muito sociais. Kelvin sentiu-se estranho diante

daquilo mesmo que por outro lado estar aliviado em não ser índios

canibais. Ficou extasiado com a tecnologia daqueles homens que

excediam a de qualquer outro extremista fanático em sua presunção, e

Kelvin então não mais apareceu mesmo que de algum modo às

interações naquele desvio temporal tivessem levado a uma invasão

dos chineses nos Estados Unidos por conseqüência numa disputa

sigilosa pela procura de tal mundo mesmo que os chineses

advogassem o terem feito antes.

29 de maio de 1925

Ofegantes após caminharem por dias intermináveis, extensões

da mais densa floresta tropical, Percy Fawcett com um bigode

pontudo e engraçado após retirar seu estranho chapéu envia

mensagem telegrafada a sua amada e agradável mulher enquanto seu

filho Jack Fawcett junto a seu amigo Raleigh Rimmell sentados numa

varanda naquele lugar que apesar de pobre o telegrafo já havia

chegado graças aos esforços iniciais do General Rondon como

desbravador daquele pais tropical que era quase um mundo.

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De certo parecia como um dia a outro qualquer onde algumas

precipitações naquelas mediações do povoado enquanto prosseguiam

com excursão, pareciam se formar gradualmente por nuvens cinzas

que se acumulavam ao topo daquela serra cujo verde agora escurecido

trazia em vossas mentes a precipitação de chuva, e dificuldades

posteriores em meio à lama e trilhas fechadas mesmo que contando

com apoio de dois indígenas locais para tal aventura. Porém, o que

não sabiam é que a Cidade 'Z' como preferiam chamá-la estava mais

próxima do que concebiam em princípio por de trás do aparente do

céu nublado e da densa floresta em grande parte virgem para o homem

ocidental ao menos.

Foram meses enfrentando mosquitos, onças, e mesmo índios

canibais cujas ameaças pareciam seguir por alguns dias à medida que

se aproximavam do lugar com a intenção de irem onde na expedição

anterior não foram. Sem esperar por qualquer precipitação de chuva

seguiram eles o caminho quando tal ocorreu sobre eles em forte lama.

O que viveram naquele momento não fora relatado em quaisquer

livros de história conhecidos. Chovia torrencialmente e mesmo o

índio que com eles estavam parecia temeroso acreditando ser a ira dos

deuses a impedi-los de prosseguir. Negando a supertição dos nativos e

não havendo lugar a estes simplesmente levantarem acampamento

seguiram com grande dificuldade com suas botinas afundado na

espessa lama que se formava, tornando o lugar um terreno pantanoso

em meio às grossas raízes das arvores que cresciam no lugar, os

fazendo a todo instante mesmo que a chuva somente lhes atingisse por

eventuais gotas que espaculiam das densas folhas das floresta estarem

a cortar todo instante a vegetação com facões, abrindo caminho como

Anibal a percorrer a trilha, eventualmente observando sua bússola.

Prezavam lendas diversas, mesmo aquelas dos quais pequenos

artefatos feitos por povos primitivos concebessem algo na semelhança

de aviões modernos no nivelador e tudo o quanto mais, sob a feitura

de ouro que segundo o índio nos momentos de pausa relatava que seu

bisavó jurou o tê-lo visto como “um pássaro de ferro brilhante a

produzir forte ruído no céu mesmo que as flechas não os

alcançassem”. Porém, ali na trilha a chuva e a situação sufocava

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mesmo a respiração ofegante deles pelo esforço enquanto o suor

misturava-se as gotas de água como se fosse lágrimas das flores

mediante a pequena corrente de água que crescente a redor,

denunciava a enxurrada eminente naquele lugar.

Todavia naquele momento, quando parou para respirarem

Percy, pegou seu cantil e em seguida notou que a chuva de súbito não

parecia estar sobre eles como se tivesse chegado a outro lugar.

Raleigh Rimmell tentou em vão subir uma das arvore a fim de tentar

ver o céu, mas antes que o descesse Percy ao ver a bússola se

impressionou ao notar estar apontando para o lado oposto de onde

havia apontando anteriormente. Virou-se então para o índio a

perguntar se era o sentido correto que seguiam, porém este com o

sotaque carregado apenas respondeu que “os deuses queriam que

estivesse a voltarem, por isso mostrou o sentido oposto”. Não

satisfeito com a saída de crendice deste, respirou fundo e bateu o

facão sobre a raiz da arvore olhando ao redor quando as horas já se

avançavam e resolveram seguir.

Mais 15 minutos eles pararam e Percy sob os olhares de seu

filhe e Raleigh Rimmell novamente verificou a bússola a notar que

desta vez parecia louca a girar oscilante para vários lados. Naquele

momento Percy sentiu uma pontada profunda de medo. Estando em

meio à mata praticamente virgem o homem civilizado do ocidente

acostumado com técnicas para orientação se via literalmente no

desafortunio de estar no meio de um labirinto de troncos e folhas sob

córregos pluviais de lama a penetrarem em suas botas enquanto

encharcados a brancura aparente parecia tornar-se em palidez de medo

em sucumbirem naquele local.

Tornando, porém, isto em raiva a concentrar seus esforços a

passos largos, continuaram a frente mesmo sem saber para que

direção mais iam assim foram mesmo que o índio agora com olhos

arregalados de medo parecia segui-los, não mais guia-los. Mesmo este

vendo-se conhecedor dos segredos da floresta, preferia a Campânia

daqueles homens ao arriscar retornar pelo caminho que vieram,

quando finalmente encontraram uma clareira onde puderam acampar.

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Dois dias se passaram, entretanto a continuar naquela mesma

condição mediante a bússola sem saberem para onde irem ou de onde

vieram quando o cansaço agora mental tomava a mente deles

silenciosamente a transfigurarem o gradual crescimento do medo em

seus rostos exaustos da solidão em grupo, quando notou Raleigh

Rimmell sucumbir ao cansaço e como se tivesse adquirido uma

doença fraquejou e caiu ao solo úmido, de joelhos.

O índio tentou-lhe fazer algo com plantas e outros ingredientes,

mas rapidamente a febre daquela malária lhe devorava as forças de

seu corpo já exausto, quando Percy resolveu deixa-lo num

acampamento e seguir com Raleigh. Horas se passaram até que num

ato de desespero na esperança de encontrar algum povoado ou aldeia

indígena Raleigh com seu facão seguiu a gritos quando todo o mais a

sua volta se silenciou. Percy havia sumido.

Num ato de desespero correu ele para qualquer lado e mesmo

ofegante gritou praguejando contra a mata quando repentinamente

notou estar próximo a uma clareira do alto de uma colina. Ao chegar

lá o que viu porém, destoou de tudo que jamais vira antes. Na

extensão do horizonte, não mais havia florestas como um mar verde

interminável, porém como edificações de ouro, torres e palácios se

erguiam sob nuvens que voavam baixo como se fosse o castelo que

João alcançou ao plantar os míseros feijões no solo aparentemente

pouco fértil. Como uma miragem de uma mente tomada pelo cansaço

físico e mental a refletir de modo torto o óptico em meio ao deserto

excessivamente biótico como se encontrar um McDonald em terreno

marciano. Encontrara El Dorado tornando suas palavras antes amargas

em néctar doce, o fazendo retirar seu chapéu e se agachando ainda

ofegante se silenciar permitindo apenas que a indescritível vista

falasse por si enquanto raios solares não menos dourados ressoavam o

brilho das cúpulas de algumas das edificações em meio ao canto de

pássaros quando ao interrompeu o silêncio.

- Raleigh Rimmell – falou a voz de Percy. – Get out!

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Ao se virar notou que Percy apesar de cita-lo parecia pálido não

diante daquela visão, mas por medo com seus olhos vidrados como se

algo o coagisse a tal.

- O que houve?

Antes mesmo que respondesse tal perguntou saíram homens que

com armaduras douradas lhe apontaram algo similar a lanças, mas

com as pontas luminosas como se fosse algum tipo de choque,

homens estes de pareciam europeus não orientais, mesmo que alguns

demonstrassem algum parecer ancestral com os mongóis. E então

nunca mais se ouviram falar neles.

Zona Neutral da Antártida

A situação que lhes ocorreram ainda deixou perplexo Apocon

não bastando à descoberta por Octavios na mesma América de

entidades aparentemente alienígenas ou no mínimo extratemporais

como forma de vida quântica a suplantar as formas comuns de

carbono e água conhecidas da humanidade. Talvez o dilema proposto

tenha sido justamente o mesmo advento proporcionado na confusão

daquele povo ao crer que ele fosse Kukulcán a serpente voadora. E se

este mito fosse o mesmo viajante que alcançou a China séculos antes,

o lendário Fo-Hi? Certamente conhecimentos e informações eram

escassos mesmo com os recursos de arqueólogos a viajar no tempo a

procurar de pistas afinal nas lendas de Fo-Hi pouco havia para se dizer

ao menos o parecer deste lendário homem. Porém crendo ser humanos

– não aquelas entidades como Chronis ou simetric twins – sabiam

lidar com algo complexo que excedia a tecnologia deles. Foi assim

que Apocon tem um insight interessante enquanto os dois gênios

japoneses desvendavam os mistérios do artefato de Silvestre II,

pesquisar temporalmente quando e onde supostamente os chineses

teriam vindo o Brasil antes da descoberta.

Apesar de todos naquela sala de monitoramento central do

SAW (que significa Sistema Atemporal de buracos de minhoca)

ficarem particularmente desgastado com tal busca teve poucos

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resultados resolveram apóia-lo em mais esta missão temporal temendo

que os usurpadores da Bug´s Time atingissem seus fins

obsessivamente diabólicos enquanto os dados capitalizados das

missões anteriores e da constante visualização temporal depois de

analisados por Dayane Conrad levou a ela compreender o porque das

oscilações ao menos sentidas no caso da ZT de São Paulo por

assinaturas residuais comuns, quando interrompeu o silêncio daqueles

homens e disse.

- Detectamos que as flutuações foram provocadas por emissões

de fótons do sol mesmo que não houvesse no periodo qualquer indicio

de tempestade solar o que nos leva a crer ser resultante do atentado

dos bugmans no mundo "paralelo".

- Como assim? Sugerem que o cataclismo do sol numa

ressoante paralela se dispersou temporalmente para os lados.

- Sim, provavelmente pelo fato de que os maléficos bugmans

sabiam o que se difere ressoante de real é a transferência de energia

ocorrida por estes elementos, a final o reflexo apenas rebate a imagem

de luzes recebidas, por exemplo, não representando o objeto original e

por este motivo quando o original é destruído o reflexo também. De

igual modo que a observação criminosa pode resultar, por isso os

isolantes quânticos.

- A não ser que tire uma foto. – retrucou sarcasticamente John

Roberts.

- Muito sério isto gente, pois acreditamos todos estarmos em

risco por pessoas de tão extremo perigo amoral perante as legislações.

– falou Octavios repreendendo Roberts sutilmente. – Tais atos de

ataques podem ter repercussão que não podemos conceber a extensão.

A pergunta relevante, porém, é: e se tal explosão ecoou não somente

lateralmente pelo tempo como atrás ou à frente?

- Certamente isto não podemos identificar por nossa tecnologia,

a não ser compor quadros que tentem traçar a extensão que tal atingiu.

- Então faça! – respondeu Stoneset

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Mal parecia terem descansado ao perceberem que já estavam

exaustos mentalmente de tanto quebrarem cabeça tentando desvendar

aquela situação tento-se em mente que deste modo o que Designnium

fez, estava feito irreparavelmente, pois mesmo se o impedisse em

outra linha temporal, tal teria sempre ocorrido os levando apenas a

desvios temporais que ao invés de corrigir desestabilizasse ainda mais

o Tempo criando oscilações e variações entrópicas perante as leis da

termodinâmica, talvez o objetivo destes simplesmente tentar atacar

tais leis como se as rompendo conseguissem ser deuses, o perigo

maior de pessoas sem consciência moral com tamanho poder em

mãos.

Quando com os dados capitalizados, notaram eles que

localizaram o local e periodo aonde chegaram os viajantes chineses,

imediatamente uma equipe para lá foi organizada, não sem menos

receberem o resultado do experimento de Chieko, eles decifraram o

artefato que para a surpresa deles ao procurarem o ponto específico do

espaço e tempo isolado descobriram um nas mediações da América

Latina que parecia se alternar em data e local simplesmente resultando

em algo atípico que mediante as flutuações – aparentemente previstas

por aquele aparelho – conseguiam suplantar mesmo as previsões mais

precisas da TEMPUS sobre tais nuances como se algo de fora do

tempo simplesmente às tivessem passado, prevendo como o Demônio

de Laplace todas as variações possíveis como um notável precursor

dos computadores.

- Podemos afirmar que não pode ter sido nós no futuro. – falou

Apocon – tenho eu conhecimento de todo extenso trabalho da

TEMPUS até seu fim servindo-se, naturalmente do protocolo 37 para

não vos revelar.

- E poderiam ao menos nos fornecer respostas de como a

TEMPUS conclui seu trabalho? – perguntou Roberts.

- Sei como não acaba e o que não ocorre com alguns inclusive

eu.

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- Como pode o lendário e poderoso Apocon não saber disto?

Seria a trama de conspiração futura?Como, se viste mesmo o fim do

mundo? – perguntou Dayane.

- Não exatamente.

Apocon Keystone sentiu-se seriamente desconfortável com

aquilo e preferindo não mais falar sobre o assunto resolveu voltar a

tratar da missão.

- O que vem ao caso é que temos o acerto que fiz casualmente,

quer seja pelo fato de ser tão íntimo do quantum ou por pura sorte.

Entre os lugares onde surge a manifestação de Akator é justamente no

periodo quando os chineses chegam ao Brasil.

- Finalmente então temos o problema resolvido, formemos um

grupo grande e altamente armado que desta vez nem mesmo esse tal

de Fawcett nos segura, precisamos de respostas!

Passaram-se dias naquela base desde que o plano de missão foi

discutido e analisado cuidadosamente após o envio de sondas,

observações de leitura tempo-quântica a notarem que justamente

alguma manifestação de leituras similares a de Fawcett fora detectada

nas mediações o que lhes davam vantagem crucial sobre estes

viajantes, os chronologos surgiriam sobre este, quer fosse Fawcett

tentando impedir os chineses de adentrar o Império ou não. Tão

rapidamente o briefing formulado, levaram os selecionados pelo

próprio Apocon e Stoneset para a sala de Brienfing onde estavam

Albert Tucson, Francis na eventualidade de traduções do chinês, John

Roberts, Dayane Conrad como perita central, Max Zulu responsável

pela segurança e encabeçada por John Octavios sob o constante

contato com a ZT da Antártida.

Mesmo que Herbet Stoneset tivesse se proposto a ir, o sujeito já

algum tempo aposentado se recuperava ainda por tratamento genético

de seu dano na coluna não bastando ser uma missão de alto risco.

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- Esta missão é pra valer, porém, justamente por isto

preparamos um plano contingente. Estaremos mandando outra equipe

de apoio. - falou Apocon

- Muito bom, talvez pela retaguarda. - falou John Roberts

- Nossa estratégia não é espacial, mas temporal, Roberts.

Estaremos mandando outra equipe pelo outro ponto de onde surge

hipoteticamente Akator. Acreditamos que de algum modo o Império

do tempo surge em momentos chave onde desvios temporais ocorrem,

na curva deles, só não sabemos como segue a linearidade própria

deles, a cronologia interna.

- Se for como saídas a tempos diferentes, mas no mesmo

momento para eles? - perguntou Dayane. - Certamente as chances de

atingi-los seriam maiores.

- Lembremos que não é um ataque, não acreditamos que eles

são nossos inimigos, pelo contrário como seres com tal tipo de

conhecimento acreditamos que sejam fiéis para com as legislações

como nós por critérios morais, porém precisamos de respostas. - falou

gesticulando com as mãos Apocon apontaqndo-as para a tela

translúcida cujos mapas sobrepostos demonstravam as regiões e o

tempo que iriam atuar - Cometemos erros antes, mesmo quando a

propostas como a de crer que a família real inglesa seria importante na

criação da TEMPUS como apoio, algo que por mistério se torceu

temporalmente alterando o rumo dos acontecimentos no que pode se

chamar por destino.

- E se os bugmans chegarem ao mesmo local de algum modo? –

perguntou Dominic

- Este é o ponto. Acreditando que os guardiões deste Império

tenham mais poder que mesmo nós podemos incorrer a possibilidade

dos mesmos impedirem os bugmans, porém acreditando que estes

alcançaram o Megalítico do Tempo, certamente conseguiram

instruções precisas sobre as entradas do mesmo em impedimento

graças as suas alianças com os homo nulus. Exatamente por isto

preparamos a equipe contingente formada Éderson Montgomery,

Dominic Kaspar, Joseph Ávila, Richard Frontness e Malcolm crendo

que se tentarem atacar maciçamente tais entradas serão por algumas

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destas ao mesmo tempo que nós evidentemente, portanto estejam

preparados para um confronto direto. Mais perguntas?

- Como conseguiriam viajar para tais entradas? – indagou

Roberts

- Do mesmo modo que viajaram para o megalítico

provavelmente com auxílio dos homo nulus, os seres do vácuo

existencial se não o próprio Croatoan que acreditamos ser uma

variação anomia de Watchman. No suporte de base estarão Chieko

Chiharu, Chikako Aiko Kame e pessoalmente eu e Stoneset,

oferecendo todo suporte enquanto preparamos reforços diretamente do

futuro. Estão liberados para o preparo de embarque.

Quando estes e levantaram de seus acentos ao invés da confusão

de sussurros que permeavam normalmente o que se ouviu foi não

mais que o silêncio irrompido apenas pelos passos e ruídos do

levantar daqueles acentos demonstrando a clara preocupação dos

chronologos com tal missão. Porém seguindo igualmente silenciosos

para o setor de embarque não se preocuparam eles com roupas

tradicionais dos períodos equivalentes colocando os habituais

uniformes junto com armas de ataque, geradores de partículas de

dispersão que provocava o coma em suas vítimas por serem contra o

uso de armas letais no futuro e, evidentemente, de alterações na linha

temporal comum, não se tratando daquele caso, naturalmente.

Tão logo no local de embarque os cinco adentraram fortemente

armados enquanto a outra equipe aguardava os primeiros resultados

da investida para partirem para o outro front. Foi deste modo que estes

adentraram o wormhole sumindo as vistas se não pela monitoração

temporal de Apocon e seus companheiros a procura do menor dos

quantos que indicassem qualquer alteração temporal.

Brasil, século XV

As densas florestas faziam parecer o Brasil apenas uma colossal

reserva biológica sob o ruído intermitente das cigarras e o abafado

local pela umidade escaldante que subia dentre as arvores. Ao

surgirem os cinco estes caminharam ainda tontos ao redor daquele

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verde e calor a constatar que estavam próximos do grupo de chineses

quando Dayane com seu binóculo o direcionou em direção a estes que

pareciam ter parado repentinamente enquanto estes a sorrateiro

observavam em silêncio do alto da colina.

Ali surgiu Jack Fawcett diante dos homens esboçando

palavras ensaiadas de chinês como se tivesse decorado algum recado

para eles serem passados e em seguida entregando o mais em papel

físico. Porém, quando este vendo que o grupo de chineses

visivelmente assustados com o encontro se retirava decepcionados –

afinal com a grande viagem aparentemente em vão – a andarem em

direção a floresta desaparecendo em meio às árvores, quando Jack se

virou após olhar para algo em suas mãos ao redor, como se tivesse de

algum modo notado a presença deles naquele lugar e então

desapareceu.

Dayane ficou preocupada quando Roberts dizendo que

achava que ele tinha detectado a presença deles, ao se virar deu de

cara com o próprio parado diante sem qualquer temor diante do

número maior de pessoas, quando apenas apontou as mãos para Max

Zulu dizendo “certamente não vai querer levar outro tonteio como

aquele, não?”

- Viemos em paz Jack, sabemos que és e tememos que

estejam para ser atacados. – falou Roberts.

- Não tema por nós, não será qualquer vão amoral que

conseguirá em sua presunção de soberba atacar nosso mundo. Porém

anotem tais palavras: “Quando suave sussurra, quando veloz arrasta,

onipresente ninguém impede”. Com sua ausência o ar estagna, mofa.

Invisível, apenas sentimos, sempre sopra com sentido a alguma

direção. O Advento não é de Apocon, se não o próprio Apocon.

Desejamos que esteja apto para assumir o que lhe pertence.

Ao ouvirem isto todos ali presentes ficaram confusos

com tal alegação dando tempo apenas para Dayane perguntar o que

havia com Apocon Keystone. Porém, nisto algo interrompeu-a antes

mesmo que completasse suas palavras por algum ataque de algum

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lugar dentre as árvores os fazendo fazerem leituras quando

repentinamente Jack sumiu novamente sobre os olhos deles. Eram os

bugmans exatamente como haviam previsto no brienfing.

Lá da base na Antártida as leituras do ataque ficaram

claras o suficiente para mandarem outra equipe ao encalço, por outro

tempo fazendo aqueles homens se armando para a guerra eminente

embarcarem.

Ao surgirem no lugar nota-se que apesar de outra época,

a aparência não era tão diferente de onde a equipe principal havia ido.

Cercado por densas florestas a se perder no horizonte a salvo a serra

cujo cume permanecia nublado como se fosse algum tipo de muralha

natural para o clima atmosférico. Caminharam um pouco Éderson em

direção ao mesmo, aparentemente pouco notado de perigo, quando

repentinamente alguma leitura denunciou ameaças de alteração

temporal. Eles estavam acompanhados.

Um ruído infernal irrompeu por entre as árvores os

fazendo correrem para de trás da mais espessa árvore enquanto

tentavam enxergar de onde vinham quando um homem surgiu dentre

as árvores gritando.

- Vocês estão aqui também? Deste vez não ficaram por

nosso caminho, viemos tomar o que agora tem que ser nosso!

O homem vestindo preto era calvo similarmente a

Designnium e junto a outros homens surgiram com armas que mesmo

conseguiam destruir espessos troncos de árvores centenárias a caírem

uma por cima das outras, levantando fuligem e fazendo mesmo os

animais de lá correrem. Os usurpadores sádicos que eram bugmans

pouco se importavam com o que estivesse entre eles e seus objetivos

obsessivos vendo aqueles homens em maus bocados, e procurando o

quando poderiam tirar proveito da situação.

No outro ponto de entrada do Império do tempo,

Roberts notou vultos de pessoas correrem na parte de baixo entre as

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árvores armados com armas similares a de projeteis, mas que

lançavam os mesmos tiros que rasgavam a floresta que certamente

sobre uma pessoa, tal seria simplesmente estraçalhada. De lá então

surgiu o mesmo homem, mas que, porém, ao apontar para os

chronologos da TEMPUS surgiu Jack Fawcett, à frente dele lhe

desferindo um soco certeiro e em seguida com as mãos em direção a

outros três homens lançou tal carga de energia que os fizeram voarem

por dois metros desacordados. Os homens de Octavios então

desceram a colina atirando em direção aos demais quando de ataque

passaram a fugir da ofensiva de contra-ataque. Aqueles malévolos

bugmans, entretanto, pareciam acompanhado daquelas sorrateiras

sombras dos homo nulus que permaneciam na penumbra das árvores

junto a outro homem conhecido da TEMPUS, Gene Ravell, quando se

levantou ajeitando sua roupa preta e cerrando seu olhar malévolo

gritou para seus homens baterem em retirada desaparecendo entre as

arvores sombreadas por algo cruel.

Diante daquilo rapidamente o silêncio voltou a tomar conta

daquela floresta, enquanto os chineses a tal altura quando ouviram tais

barulhos teriam certamente corrido em desespero. Subindo então a

colina ressurgiu Jack Fawcett com olhar sereno apesar da situação em

que acabara de enfrentar, como se tivesse na maior tranqüilidade do

mundo, como se todo o mais que fizesse não passasse de rotina.

- Vocês querem realmente conhecer o Império não? – Disse ele.

Na outra linha temporal, onde na realidade pareciam ter corrido

o estranho sujeito, e o Ravell pareciam ter que enfrentar desta vez sem

Jack aqueles viajantes da TEMPUS, o sujeitos mesmo vendo-se em

desvantagem da primeira tentativa, a determinação obsessiva deles era

notória em querer penetrar naquele mundo que não lhes pertencia.

Partiram então sobre os Chronologos que sem poupar tiros de tonteio

lançaram estes mesmo em meio a arvores que começaram a cair que

do alto parecia formar uma clareira em meio à fuligem que tais tiros

do bugmans efetuavam, quando repentinamente algo vindo das

sombras das árvores tragou para dentro da mata Richard Frontness,

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enquanto tentando impedir Malcolm atirava em direção, porém em

vão por não se tratar de nada humano conhecido diante de tais leituras

como se o próprio vácuo existencial o tivesse tragado.

- Pegaram Richard Frontness! – gritou Malcolm para os demais

que seguiram em direção dele.

No ponto de outra entrada, Jack Fawcett os solicitou, quando

repentinamente olhou para sua mão como se lesse algo e apenas disse

que voltaria rapidamente desaparecendo diante deles e surgindo não

menos repentino naquele lugar quando o companheiro dele

igualmente surgiu, Raleigh Rimmell ao lado, dele lançando algo pelo

equipamento que tinham ligado em suas mãos desta vez a fazerem

estes sumirem daquele tempo e local, resolvendo rapidamente aquele

ataque deixando aqueles homens para trás.

- Sejam quem forem vocês, realmente são poderosos! – falou

Malcolm ao ver que havia encontrado Richard Frontness caído ao

chão desacordado.

- Estais certamente com os homens de Apocon? – falou Raleigh

Rimmell sem se identificar.

- Como sabem? – indagou Dominic Kaspar ainda ofegante – são

aqueles seres como dizem, extratemporais?

- Não, mas estamos com seus colegas na outra entrada de nosso

mundo. Os bugmans vão voltar se é que pode se chamar persistência

em virtude nestes casos, só vão levar algum tempo, pois estão,

digamos um pouco longe no tempo.

- Imagino. – respondeu Joseph Ávila com um sorriso de certa

satisfação.

Naquele momento, porém, estes sentiram uma súbita tonteira,

ressurgindo em outra floresta, desta vez diante da outra equipe, a de

Octavios. “Como aqui surgiram?” Perguntou Roberts assustado.

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- Eu iria perguntar a mesma coisa! – respondeu Dominic

quando os dois estranhos viajantes surgiram entre eles.

- Se quiserem conhecer os que poucos o fizeram, venham. –

falou Raleigh Rimmell que simplesmente os fizeram saltar

temporalmente sem qualquer esforço aparente.

***

Lá na base da Antártida, porém, Apocon surtou ao ver os saltos

nas leituras daqueles tempos os deixando tão tontos quanto os

viajantes temporais ao serem arrastados por aqueles dois poderosos

viajantes.

Porém, eles naquele momento não mais usaram seus poderes

daquela supertecnologia apenas os orientando a caminharem por

alguns minutos entre trilhas por dizerem ser as portas do Império

Temporal mesmo que não se diferencia-se de qualquer floresta

tropical. Rapidamente Octavios e os demais notaram que seus

equipamentos ficaram surtados fazendo leituras que saiam da escala e

não conseguindo se estabelecer em contato continuo com a ZT da

Antártida os fazendo se sentirem inseguros diante daqueles homens

mesmo que fossem maioria e aqueles aparentemente honestos e de

bom intento. John Octavios não sabia como se pegou temendo, sendo

líder do grupo maior que o deles, dez contra dois. Talvez pela

tecnologia destes serem destoantemente mais eficaz que as deles.

- Como vocês aprenderam português? – perguntou Roberts

- Tivemos muito tempo para aprender não somente esta língua,

mas a nossa natural, o latim. – respondeu Jack

- Legal, mas e Percy, seu pai como está, certamente sabes que

muitos lhes procuraram por décadas! – retrucou Dayane vermelha

com o suor do calor e umidade local enquanto caminhava.

- Certamente é guardião de outras entradas, somos nós da ZTL.

Zona Temporal Latina. – respondeu Jack – acho que estamos perto,

recebemos permissão de levarem vocês até lá, por Apocon.

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Sobretudo aquela condição que fez Octavios sentir-se inseguro

os deixaram fora realmente todos dez completamente confusos, pois

tinham os mesmos perdido contado com Apocon na ZT Antártida

quando repentinamente uma densa nevoa os tomaram a redor

impedindo enxergar poucos metros adiante, talvez uns dois ou três,

quando esta em minutos sumiu tão repentinamente quando surgiu

enquanto os dois se orientavam por algo em suas mãos que parecia

não sofrer interferência daquelas aparentes anomalias climático e

eletromagnético de concausas quânticas, quando se depararam com

uma visão do alto de uma colina realmente singular, tal como as

descrições de seus aparelhos em singularidades de leituras.

Edificações douradas cortavam os céus entre nuvens enquanto aves

belíssimas voavam livres com esplendor indescritível tal como os

próprios conceberam ao encontrar tal lugar pela primeira vez. Diante

daquela cena todos pararam e sem palavras observavam aquela visão

como se fosse o próprio paraíso quando interrompendo o silêncio

John Roberts perguntou dizendo.

- Por acaso algum Enoque mora com vocês?

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Parte VIII

Kairos: Timewave Zero

"Para mim, o importante em poesia é a qualidade da eternidade que

um poema poderá deixar em quem o lê sem a ideia de tempo".

La corriente infinita: crítica y evocación? - Página 178, de Juan

Ramón Jiménez, Francisco Garfias - Publicado por Aguilar, 1961 -

336 páginas

Ao descerem a colina pelo gramado límpido e esvoaçante

mesmo o ar naquele lugar parecia mais puro e leve de se respirar

mesmo que restrito a qualquer outra pessoa e aos malignos

usurpadores bugmans, quando viram homens e mulheres caminharam

com panos leves e confortáveis tendo alguns a pararem para observa-

los entrarem e cochicharem entre si sobre aqueles forasteiros.

Pareciam ser pessoas normais como quaisquer outras, mesmo que em

lugar tão esplêndido como aquele onde mesmo o chão parecia ser

dourado como ouro a justificar o título de El Dourado. John Roberts

deveria estar concebendo em sua mente encontrar algo como Deus ou

o mágico de oz naquele lugar, sentindo-se como o leão a pedir novo

coração, quando uma voz os interromperam, era o homem que a tanto

procuravam aventureiros no Brasil, Percy Fawcett que apesar de

parecer estar mais velho ainda nutria o mesmo bigode pontudo da

foto.

- Iustitia et misericordia coambulant! – falou ele em latim -

Finalmente chega-se o momento de conhecer nosso começo e fim,

ficamos felizes em ver os desventureiros da TEMPUS, boas-vindas,

desfrute de nosso mundo, caros cordiais!

- Que lugar é este? – indagou Dayane vendo que o leitor quântico

simplesmente estava isolado de qualquer leitura.

- A pergunta correta não é que lugar, mas sim que tempo! –

respondeu Percy com bom sorriso no rosto.

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As pessoas naquele lugar pareciam reconhecer-lhes como se já

os soubessem que eram mesmo que somente fossem famosos na linha

temporal de onde vieram, o futuro, ou não. Naquele momento um

homem interrompeu o caminhar daquele sobre a brisa orientado por

Percy dizendo primeiramente algo em latim.

- Avarum irritat, non satiat pecunia! Senhor, temos aqui

bugmans de volta, aparentemente os sombrios tentam invadir por duas

entradas.

Sem pouco demonstrar preocupação, apenas com o mesmo

sorriso falou “Vas malum non frangitur” e seguiu pedindo para enviar

mais dois homens, pois estava responsável por aquelas visitas durante

sua folga de supervisor de guardiões. Aquele homem então sinalizou,

e vieram correndo dois sujeitos com armaduras douradas com

algumas luzes em seus braços indo para a direção de onde vieram.

- Então, nos diga o porque deste mundo ser flutuante. – falou

Dayane

- Não é este mundo o flutuante ou ressoante meus caros, mas

sim vosso mundo. Somos o futuro presente e onipresente por reflexos

para vocês. Uma criação dos engenheiros do Tempo.

- Então estão nos sugerindo que o futuro de onde veio Apocon

não existe de verdade, é uma flutuação assim como nós? –

interrompeu Octavios

- Certamente somente alguém pode responder estas perguntas e

não sou eu. Temos tido alguns problemas e realmente tais entidades

são mandadas por Chronos, ele quer nos destruir a todo custo.

- Pensávamos que a entrada para onde ele está, Typhon, é aqui.

– retrucou Dayane.

- Não é mentira, porém, o que estes querem não é apenas atingir

Typhon, se não a linha temporal tronco-central que é esta, pois liga-se

ao futuro interplanetário. – respondeu Percy – este império que vos

vêem é o império dos Seth enquanto a de vocês como flutuantes se

tornaram constantes temporais nas oscilações resultadas pela Bug´s

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Time e as entidades sombrias. Por causa dos amantes da queda, os

nefelins. A fonte de toda anomia e tristeza do mundo de vocês, sendo

por sua vez reflexão de vocês, negativa. Não é tão diferente de uma

equação do qual os Seth são chave central para o re-equilibrio deste

mundo por algo maior. Enquanto os tolos ficam presos a paradigmas

de nações como cães a rosnar em seu território, aqui, porém

encontramos o esplendor tecnológico cujo território é o tempo.

- O que Fo-Hi costumava falar. Está nos levando a ele? –

indagou John Octavios, porém, Percy apenas respondeu rindo.

- Somente no momento oportuno meus amados! Nós mesmo por

este momento aguardamos!

Mesmo que tenham sido tão recebidos cordialmente pelo mito

ambulante de Percy Fawcett, Octavios e Dayane sentiram-se

sutilmente ressentidos com a afirmação de que o mundo futuro era

reflexivo, fazendo-os se sentirem como meros reflexos que

pensassem, mesmo que ao lado deles houvesse Éderson Montgomery

que o mesmo seria. Dayane então pensou em perguntar-lhe sobre

onde, e quais eram as torções desvios daquele mundo, porém

sentindo-se constrangida nada falou até que Percy parecendo ler seus

pensamentos falou.

- Certamente sabendo-os que o futuro de onde vem a TEMPUS

pouco real é, certamente, porém, digo que o é o suficiente para

transpassar o espelho, e reflexo a se tornar real.

- E como poderiam saber isto? – perguntou Dayane quase

evasivamente mesmo em tamanho lugar como se tivesse morrido

estando no paraíso.

- Magis experiendo quam discendo cognoscitur – respondeu ele

em latim e continuou – As oscilações temporais não pareceram

mesmo tornar sombras vivas? Ora, que pesadelo deves pensar! Porém,

o que digo é justamente isto: penso logo existo, são notáveis

simulacros, mesmo Roberts sabes disto, o que interage se torna real,

do pensamento ao ato, assim vieram vocês do futuro ao passado, sim

o futuro por acaso existe para os nativos? São presos do agora o único

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ponto de existir para estes! Porém, tudo que fizeram no passado existe

e faz parte, mesmo que como se tivessem aos leigos vindo do “nada”

mas não como o nada existencial. A final que tipo de louco seria por

falar com nada? O verbo se tornar carne.

- Muito prosaico, mas não responde o que ela perguntou – falou

Octavios.

- Não entenderam? O que é um pensamento até tornar-se real?

Vitiis nemo sine nascitur! O ponto de desvio, bom, são vários e este

Império cruza muitos e alguns cruzam com estes assim como eu que

para mim foi como imã. Porém, meras nuances que criam variações

menores, mas que quanto mais distante, maiores se tornam. Porém,

digo que torção grande foi a do começo do século XXI, mais

precisamente em 2001 em vossa cronologia.

- O World Trade Center?

- Não confundam a reação com ação e muito menos concausa,

11 de setembro apenas foi a resultante da anomalia.

- Heim! Tive um sonho com isto! – exclamou Roberts – Era

como se tivesse minha esposa presa no alto da torre.

- Desde quando tornou-se profético? – respondeu Percy

perguntando

- Não é profecia, afinal em minha cronologia já ocorreu.

- O que são profecias se não ondulações no tempo a ressoar por

mentes perceptivas e receptivas? São como sonares temporais. Ah

quisera tê-lo visto antes de vir pra cá.

- Então o senhor sugere que realmente seqüestram minha

mulher em alguma linha do tempo?

- Não falarei sobre o seu instinto paterno, seu sonar por demais

é bom. Pronto chegamos!

Mal sabiam eles para onde iam se não apenas conceber onde

estavam. O lugar não menos bonito parecia um tipo de mirante cuja

vista era de 360 graus pelo horizonte entre nuvens como algodão e

aquela vegetação cintilante e oscilante pelo vento repleto de flores. O

lugar de estruturas douradas tinham entalhes de pedras aparentemente

preciosas – sejam quais forem – e como ouro parecia reluzir com a luz

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do dia que fez Roberts notar alguma ponta amassada para tirar a

conclusão de ser ouro. Porém, ainda não entendiam o porque de

estarem naquele lugar até que Percy lhes falou.

- Olhe ao chão, como fazem os humildes para não tropeçar.

Ao olharem notaram, porém, o mesmo desenho da rosa dos

ventos, mas estilizado como chinês e inscrições em latim.

- A cada direção um destino, um tempo, uma saída deste ponto.

Porém, sim, aqui o tempo muda como o clima altera as nuvens as

oscilações estão a sempre alterar estes rumos. Sobretudo, daqui vemos

nas sutis diferenciações saídas para muitos lugares do espaço e do

tempo, não por acaso se não por tudo num propósito do sempre eterno

porque, porque que vocês buscam e começam a ser respondidos,

afinal fui instruído por quem vocês conhecem, por Fo-Hi. Parte das

oscilações eram provocadas por nós mesmos daqui ao empurrar a

anomia a se alterar como um tumor sem forma, do qual o impacto dos

Seth são mais que sólidos constantes, se não bólidos no tempo.

Eles ficaram apenas calados a observar aquele lugar cuja vista

já sem falarem era simplesmente notável com o céu dourado o todo

mais a exalar harmonia como ao menos trecho do paraíso. Octavios e

Dayane então resolveram verificar com seus leitores quânticos ao

longe para cada direção a constatar períodos diferentes como o mesmo

descreveu, e mesmo saídas para o Triangulo das bermudas.

- A pergunta então é como? – falou ela.

- Sim, naturalmente. – falou Percy sorrindo – Porém, lembrando

que evidentemente as mesmas se alteram constantemente por outras

saídas como o clima. Deste lugar é muito especial por experimentos

realizados e, sobretudo pelo ‘como’ foi construído este lugar,

sobretudo porque descobrimos que as verdadeiras fronteiras não são

como as de paises se não a do tempo, fronteira que ninguém até então

soube derrubar. Para cada uma destas há seu cartão, há permissão,

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pois em cada há reação. Construídos para este Império ser não o

centro do mundo, mas o centro do Tempo, mesmo que longe de sua

fonte.

- E o megalítico? – perguntou mais uma vez ela.

- Aquele é nosso cartão de visitas, a entrada de boas-vindas aos

extratemporais. O megalítico era apenas um mapa aos viajantes.

- Mas porque afinal extratemporais? Não são extraterrestres? –

perguntou Roberts.

- Quantas perguntas e dúvidas há em vossos corações! Como

cientistas feridos pela fé, e como religiosos, céticos! Porém, aqui

ambas coexistem em harmonia. O que vive pelo tempo é temporal,

temporário, o que vive no tempo, sobre o tempo e do tempo é

extratemporal, seres cuja dimensão de tamanho pouco importa, mas

sim dimensão de duração, a extensão deles é o poder que se tem de

interagir com o mesmo, por isso viajantes temporais por natureza. Por

tanto esperem o anoitecer e verão uma estrela como nenhum de vocês

jamais viram, é o motivo de lhes trazer aqui. Typhon.

Fora uma overdose de informações que mesmo cientistas de um

futuro de maravilhas, não “agora” não tão reais, poderiam conceber do

qual o espaço havia se tornado obsoleto no quesito de que por vezes o

mesmo lugar era mostrado como outro por meramente ser de outro

tempo, sem falar nas variações. Entretanto tais respostas, ainda pouco

acalentaram seus corações e mentes dentre tantas outras sem respostas

assim tal vista, seriam wormholes abertos em continuo oscilante?

Certamente, porém, aquele Império é o maior e mais magnífico

observatório temporal que jamais conceberam, onde cruzam uma

gama de buracos de minhocas. E maravilhados viram o anoitecer em

poucos minutos com a brisa em seus rostos praticamente em silêncio,

todos os dez, a observarem aquele magnífico pátio, quando uma

estrela surgiu nos céus a brilhar mais intenso que muitos, se não como

quase uma lua, três vezes menor.

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- Então, o que fazemos agora? – falou Roberts como

simplesmente seu sentido de viver tivesse sido completamente

preenchido naquele momento com a busca dos sonhos.

- Há uma guerra acontecendo caro Roberts – falou Percy

ressurgindo – e aquele é o lugar, o campo não tão diferente quanto

nossos corações e mentes. Há seres extratemporais que vem e vão

para aquela guerra contra Chronos, e vocês fazem parte disto!

John Roberts e os demais certamente pensavam no absurdo

daquela situação, como se simplesmente fossem ir a um lugar antes

mesmo da hipotética fundação daquele mundo a enfrentar um deus da

mitologia grega. Como poderia tal conceber romper os milhões de

anos ao passado a atingir o mundo quando ainda era sem forma e

vazia? Algo que jamais conceberam a TEMPUS em sua tecnologia

que por mais energia que utilizassem jamais alcançaria a metade do

percurso de tempo para aquele mundo.

- Peço-lhes para que nos sigam. – solicitou Percy interrompendo a

esplendia vista a noite.

Seguiram eles quando luzes suaves se acendiam as ruas até um lugar

do qual o brilho igualmente suave era intermitente com outras luzes

menores que piscavam oscilando como se estivessem a realizar

leituras, a tecnologia coexistindo com aquela arquitetura que tinha

traços greco-romanos com mesmo da cultura chinesa numa curiosa

síntese cultural. Lá dentro pessoas trabalhando em meio a projetores

que “imprimiam” os gráficos no ar de modo que estes mesmo os

manipulavam como se fossem objetos fotônicos em meio a conversas

baixas e mapas diversos.

- Aqui é nosso centro de operações, monitoramos tudo pelas aberturas

sem interagir negativamente a criar mais flutuações. Porém, neste

complexo conseguimos muito mais que viajar temporalmente pelas

redondezas terrenas como devem ter notado com Typhon. A rede de

wormholes, como Octavios ficou certamente sabendo por Chronos,

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abrange o extenso universo em três tempos o fazendo muito maior do

que se pense mesmo que tais distâncias sejam limitadas por fatores de

ventos cósmicos como supernovas e fenômenos de singularidade para

nos permitir viagens. – falou Percy.

- Marte já teve vida? – perguntou Dayane que como bióloga era de

grande valor tal pergunta.

- Não complexa como a deste mundo, porém, habitados por alguns de

nós em seu belo passado com rios e clima equatorial.

- Vocês se tornaram os extraterrestres? – perguntou rindo Roberts.

- Neste caso são apenas pesperctivas caro Roberts. Sigam-me.

Ao caminharam por corredores translúcidos onde conseguiam ver a

extensão daquele lugar em diversas salas, inclusive o chão o que os

faziam ter a impressão de estarem quase flutuando viam pessoas a

caminharem nos andares de baixo e acessando suas estações de

trabalho de modo vislumbrante aqueles crononautas a ponto de se

sentirem desta vez os primitivos naquele lugar.

- Naturalmente que houveram dissidentes, e destes alguns casos de

torções adaptativas por vezes graças a recursos tecnológicos diversos.

Não muito diferente de alguns dos seus.

- En-Migrom. – falou Octavios.

- Exato. Definitivamente aprimoramos nossos corpos algo que vocês

faziam similarmente em seu tempo ressoante, porém, aqui adaptações

e alterações mais que genéticas se não a nível quântico para nos

adaptar melhor as viagens temporais. Neste momento se observarem a

sua direita duas salas à frente por estas paredes verão o grupo de

assalto se preparando para ser enviado junto a vocês para Typhon, eles

não sofreram a narcose temporal

- Não, primeiro temos que contatar nossa base!

- Não se preocupem vocês serão apenas observadores convidados

nesta viagem. Inclusive algo que vocês tem dentro de seus visores de

quantum tem origem lá e de sete-estrelo. São pedras com propriedades

diferenciadas quânticamente.

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Quando estes chegaram ao local viram-se cercados por homens com

armaduras douradas similares aquelas que vieram ter com Percy

colocando equipamentos a notarem ser mais que meras armaduras de

aparência medieval, mas quase exoesqueletos que naturalmente lhe

dariam maior força e poder de locomoção temporal similar àquelas

vistas dos guardiões como Jack Fawcett. Octavios então resolveu

separar o grupo e crendo que embarcariam num tipo de nave espacial,

pediu para que seis de seus homens ficassem em base os aguardando

retornar. Todavia, aqueles homens apesar de ter meios de locomoção

espacial-flutuante não as utilizariam sendo transportados diretamente

pelo que eles chamam por ponte temporal, um wormhole estabilizado

como fissura temporal semipermanente entre a Terra e Typhon.

- Aqui neste gráfico vemos todo geografia de Typhon. – falou Percy

revelando uma imagem enorme a girar em torno deles mostrando

detalhes do planeta. – Podem se aproximar, pois vocês surgirão aqui –

falou ele apontando para um tipo de cratera cercada por montes que

pareciam haver construções. – construímos nós uma base temporal

que tem sofrido constantes ataques dos extratemporais sombrios

vindos de Chronos, o mais poderoso destes. O que este tem tentado é

que aparentemente ao perceber que este mundo se tornou volátil e

moribundo, que atravessar o tempo a alcançar a terra, e nisto tem

utilizado de seus emissários temporais por brechas a recrutar

batedores como os da Bug´s Time facilitando as oscilações temporais

que permitam a ruptura do ondular temporal o permitindo passagem.

- Porém, como então temos conhecimentos de encontro de

Chronos na terra como a com um padre? – perguntou Dayane.

- Acreditamos ser inevitável impedir sua passagem, porém,

podemos impedi-lo de atuar na linha temporal vigente se não apenas

nas ressoantes. – respondeu Percy. – Neste exato momento vemos os

filho daquele que vocês chamam por Designnium, que não por menos

é uma cópia alterada geneticamente de John Roberts a tentar

transpassar, apesar deles não oferecerem risco, notamos que tais

entidades extratemporais estão com eles.

- Vocês não a podem destruir? – retrucou Roberts.

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- São feitas as bases de antimatéria, é como se não existissem,

apenas podemos os compreender com ataques de proporções de

cargas opostas apenas a contê-los. Aquele alarme constata exatamente

este ataque subversivo as legislações. São formas de vidas similares

aos extratemporais como Chronis, porém, a base deles é de

antimatéria quântica a agirem nas memórias do quantum o

desestabilizando.

Inquestionáveis eram aquelas palavras diante de fatos

igualmente incríveis sob os olhos do abastados chronologos por

estarem naquele lugar a vislumbrar tamanho poder tecnológico,

porém, mesmo que muitos destes estivessem tendo dificuldade

confessa de assimilar todas aquelas informações – tendo-se em vista

que muitos destes vinham de épocas mais primitivas em saber e

entregues a todo tipo de misticismo – quando novamente Percy

interrompeu a fim de finalizar aquele esplêndido tour intertemporal.

- Memória quântica – indagou Octavios.

- O que os senhores vêem na sala adiante é o departamento de

genética onde o DNA é estudado e alterado quando necessário. Neste

lugar é onde codificamos mesmo mensagens cifradas no RNA

sabendo-se do potencial deste em gravar informações do qual é

baseado parte de nosso banco de dados, por assim dizer, vivo. – Percy

então se movimentou em direção as paredes translúcidas os

chamando.

- Éderson – falou Octavios apontando para o companheiro atrás

– foram vocês...

- Sim, nós codificamos parte do mapa com os locais secretos do

espaço tempo em seu DNA Junk sabendo-se que somente em

condições tecnológicas e morais adequadas seriam capazes de

decodificar.

- Como? – indagou agora o próprio sentindo-se como um mapa

ambulante.

- Através da viagem temporal analisados os genes futuros de

sua genealogia e realizamos como contraparte algo que completa-se

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em linguagem, este a resultar na mensagem, o que, porém somente

ocorre por certa margem de oscilação temporal. Realmente nenhuma

mensagem se perde no universo. Porém, espero que estejam prontos

para embarcar na maior das aventuras.

Percy sorrindo apontou para os homens que agora pareciam de

prontidão com suas armaduras douradas acessas por mecanismos

elaborados como exoesqueleto a protege-los e conceber maior força,

sem serem tão pesados ou volumosos. De certo estes visitantes da

TEMPUS temiam por si próprios naquele lugar para onde se dirigiam.

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Parte IX

Topicset

"Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistiguível da

mágica."

Arthur C. Clarke escritor de ficção científica.; "3001: the final

odyssey?" - página 36, de Arthur C. Clarke - Ballantine Books, 1998,

ISBN 0345423496, 9780345423498 - 274 páginas

Os visitantes não receberam os mesmos acessórios segundo

estes por não ser necessário aquele tour pelo espaço e tempo, porém,

mesmo estes já conhecendo tais criaturas extratemporais pouco

conhecimento tinha destas como forma de vida quântica e mesmo

formada por antimatéria a exemplo do que eles chamavam não tão

erroneamente por homo nulus. Tinham inúmeras perguntas ainda

sobre isto, principalmente Dayane que como bióloga tinha antes se

esforçado em estudar tais mediante o limitado conhecimento de dados

colhidos e mesmo de tecnologia para analisa-los melhor.

- Estes seres extratemporais são sexuais? – perguntou ela

intrigada.

- Não pelo conceito que se tem comumente por sexo, não são

compostos por carbono e água, e sendo diferentes parecem praticar

algum modo de cruzamento de informações de modo reflexivo, criam

algo como se fossem amalgamas interagentes.

- Sem menstruação. – completou ela quase os invejando.

Todos presentes naquele lugar seguiram em formação, quando

parte das paredes, que lá pareciam de vidro, porém, mesmo poderiam

demonstrar imagens e de algum modo alterar a forma por não ser feito

de qualquer tipo de liga conhecida se não por fótons re-agrupados por

algum tipo de força central inteligente, algum tipo de

supercomputador baseado alternadamente em armazenamento de

informações por DNA e para transmissões quânticamente, porém, de

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modo muito mais aprimorado que a máquina deles. A imagem que

viram foi do céu como poucas vezes visto. Estrelas brilhavam como o

pó cósmico de onde seres baseados em carbono vieram mesmo que

em sua presunção e arrogância, se digladiassem por motivos não

menos primitivos. Porém, ali os segredos pareciam não existir como

verdadeiros pesquisadores e cientistas mesmo que com tais avanços

tudo o quanto visto parecia mesmo para os Chronologos milagre

genuíno.

Apenas com o estender das mãos o líder do grupo, que

chamava-se Zeh-hu-Kahn – cujo significado derivava-se de um

aprimoramento na linguagem chinesa não presente na linha temporal

comum – apenas virando o pulso vez com que não menos diferente de

um pulso algo se abri-se diante de seus olhos como algum tipo de

lente a tornar próxima a imagem do planeta, muito antes mesmo dos

dinossauros habitarem aquele mundo que nem ao menos existia se não

como pó orbitante. E todos ali presentes foram bilocados espaço-

temporalmente surgindo numa superfície de planeta completamente

diferente da vista na terra.

O lugar parecia-se como de eterna noite, porém iluminado

grandemente pela enormidade de estrelas que ali pareciam brilhar,

mesmo que no Império do Tempo, doutro lado o sol que mesmo um

pouco mais distante parecia-se como uma estrela apenas ligeiramente

maior que outras naquele lugar por ter a atmosfera mais tênue e menos

espessa que a terrena – por isso o céu não era azul tão pouco - dando-

lhes a impressão de na realidade estarem em outro canto da galáxia

em meio a dezenas de sóis que ficavam subitamente obscurecidos por

asteróides que circundavam nas redondezas a espremer o incrível de

sempre não ser atingido pelo mesmo, mesmo que dentro de uma

cratera estivessem, mas que por algum tipo de campo eletromagnético

mais forte que o terreno, que na terra apenas era capaz de desviar as

tempestades solares da terra, mas que aqui literalmente ofereciam

algum tipo de antigravidade acima da atmosfera, não sabendo eles se

fora construído ou natural.

Tendo-se os argumentos falsídicos que lá primitivos teriam não

somente um sol a adorar em seu conhecimento conseqüentemente

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limitados, se não toda vastidão, porém, lá fora concebida de algum

modo às formas de vidas quânticas que sendo muito mais potentes que

as habituais de carbono e água, provavelmente pelas propriedades

singulares lá presentes fora o forte campo que cercava o lugar, que

fazia o tempo daquele planeta que era três vezes menor que a terra,

fazer o tempo transcorrer diferentemente da terra, mesmo que para

eles, naturalmente fosse imperceptível se não pelo sinalizador da base

terrena demonstrando constantes ajustes temporais por este ser cinco

vezes mais rápido que na terra, o que sem dúvidas dificultava a

comunicação continua. Os dias em nossos sentidos comuns de registro

eram de 13 horas e 47 minutos, tendo o movimento de transladação

que levava similarmente ao terreno por se ater a uma órbita similar

com 357 dias.

O clima, entretanto, era incomum, apesar da temperatura

sempre ser a mesma com poucas variações – não tendo quase

diferenças entre os equinócios e estações – eram a sobrecarga atípica

de radiação que tornaria a vida como conhecida, mesmo a

extremófilos, completamente inviável. O tipo de radiação

devidamente isolada por um campo gerado pela tecnologia dos

viajantes, os imperionautas, como preferiram referir os chronologos,

os protegiam deste que em questão de minutos simplesmente os

desintegrariam, mas que para aqueles seres era como um tipo de

atmosfera plenamente suportável a sustentar como alimento suas

formas de vidas quânticas que não por menos tinha o poder de alterar

partículas por conseqüência de seu poder sobre o tempo.

Caminharam eles então por algum tempo a notarem a superfície

com montes e depressões numa geologia que nunca parecia expressar

modificações hidrográficas por naturalmente não haver água, a não ser

pequenas quantidades de gelo nos pólos, os únicos lugares onde o frio

era mais intenso. Mesmo que o ar fosse respirável dentro daquele

campo, era muito mais rarefeito, o que tornava a caminhada somente

suportável pela gravidade mais amena, Zeh-hu-Kahn interrompeu o

silêncio e disse aos quatro presentes em sua língua mesmo que

carregado no sotaque.

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- Aquele monte ao final certamente é de onde acreditamos que

as pedras que tens em seus visores de quantum vieram.

Aquele monte a alguns metros a diante parecia luzir sutilmente

destoando-se dos demais, mesmo que houvessem outros similares fora

do campo de visão. Eram formações de cristais hexagonais cujo

tamanho variava de 50 cm a 4 metros dando a impressão ao longe de

um monte de espinhos que cujas nuances de cores do verde oscilavam

mesmo com a presença deles como se reagisse ao serem observados.

Ao se aproximarem, estes tocaram tais estranhos objetos e fazendo

leituras Octavios e Dayane ficaram impressionados ao notar ter os

mesmos tipos de propriedades até então desconhecidas que as pedras

que portavam.

- Como é possível? – indagou Dayane ao observar.

- Acreditamos que fora graças a este tipo de componente é que

tornou a vida quântica possível – falou Zeh-hu-Kahn – se notarem tais

leituras parece não somente ser uma fonte de energia se não de

interação temporal emitindo um tipo de radiação que preferimos

chamar por bio-quântica.

- É como se fossem quase conscientes! – exclamou Octavios

sob os olhos de seus outros três companheiros.

- Vosso cérebro não é tão diferente, apenas está reagindo como

refletindo a interação, neste caso sempre proporcional, sem dúvida um

precedente notório do que se tem por consciência e vida por assim

dizer. Sobretudo por ser não somente de modo espacial, mas temporal

podendo mesmo antecipa-los. – completou Zeh-hu-Kahn – vaidas a

beira da singularidade, por isso aptas a transpassa-las.

- Simplesmente incrível!

Mesmo que à vontade destes fossem ficar observando aquele

lugar por longos minutos por algo que inicialmente tornou possíveis

as viagens temporais por somente através dos componentes destas

pedras fossem capazes de estabilizar o campo quântico dos

wormholes para impedir que estes simplesmente se auto-alimentar-se

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exponencialmente, seguiram sob o pedido deste guia inusitado que era

Zeh-hu-Kahn, por um mundo completamente diferente do que

concebiam.

Quando estes seguiam adiante notaram algo como flashes de

luzes e ecoarem por todo o vale, mas de modo silencioso se não por

ruídos abafados os fazendo rapidamente perguntarem do que se

tratava aquilo e fora respondido por um dos homens de Zeh-hu-Kahn

como sendo “a guerra” onde mais adiante havia o que eles chamavam

por campo de batalha por mais estranho que parecesse.

- O que os senhores estão prestes a ver não é um tipo de guerra

como conhecem, mas que sem dúvidas pode exceder o entendimento

mediante o conhecimento comum. Desejo que vossas mentes estejam

abertas! – desejou Zeh-hu-Kahn.

Porém, como não estar diante de tantas revelações que lhes

ocorreram nos minutos que seguiram desde quanto encontraram os

imperionautas? Viram que a linha temporal a que pertenciam não era

a linha-tronco, de mesmo modo que havia tecnologia cujo poder

alcançou algo maior e mais sublime. Quem diria John Roberts

presente no grupo constatar sobreviver por pessoas cuja soberba e

presunção se limitavam a todo tipo de violência e roubo

considerando-se melhores, boas vindas a Typhon onde a vida é a

própria quimera existencial.

Conceber que não somente nos extremos terrenos a vida

subsistia, a não ser do maior ao menor com o quantum a persistir

mesmo no menor dos tempos o rompendo, do qual a dimensão de

espaço pouco importava quando se a medida se tratava de tempo, mas

que como singularidades mesmo o consciente humano munido da

mais avançada tecnologia poderia conceber de modo suficientemente

claro a compreender por completo com aquelas consciência auto-

sexuais quânticamente a interagirem consigo mesmas, e naquela

guerra tentar continuamente se anular a demonstrar que mesmo

aparentemente “mais evoluídas”, o arcaico conceito de guerra mesmo

lá persistia. Como seria Chronos? E o que seria guerra mediante

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aquilo se não como um conflito de forças destoantes no lar dos homo

nulus?

Repentinamente surge à frente deles aquele que Octavios teve

oportunidade de encontrar outras duas vezes, Chronis. Com seu

parecer esbelto e pálido como se poucas emoções tivesse, parecia

destoar por completo do suposto clima que se instaurava naquele

lugar. Este caminha em direção a ele e levantando sua mão lisa em

direção a eles revelando sua palma sem quaisquer desenhos.

- Vejo que finalmente encontrou seus amigos de carbono e

água, como autrora fui. - falou Chronis para John Octavios tentando

esboçar algum sorriso no rosto com certo esforço a fim de parecer

mais humano. - Porém, certamente o que verão aqui não é algo

compatível com vossas bioformas e consciências por mais

aprimoradas que tenham se tornado.

- Os imperionautas sabem perfeitamente disto. - respondeu

Octavios enquanto o líder do grupo tático Zeh-hu-Kahn permaneceu

calado, vendo que se conheciam anteriormente. - Viemos descobrir o

que querem os bugmans, os homo nulus se aliaram junto a eles.

- Interessante vosso questionamento - respondeu Chronis -

porém, o que Chronos conceberia se não utiliza-los como meros

joguetes, pontes ao seu fim, quer apenas se libertar ao seu mundo

sabendo que este está ruindo a sugar a essência de seus corpos.

- Não é isto que crêem os bugmans. - respondeu John Roberts,

tomando a frente. - Nos vimos de tudo em nossas viagens e mesmo

Watchman se tornar algum tipo de entidade alterada ou chame como

quiser. Porém, se este conseguiu, certamente eles devem ter outro fim

em mente que não sabes. Sombras ganhando vida.

- Watchman? Bom, vejamos aqui, ressoantes interagentes é uma

contra-parte homo nulus que em vossa linguagem gerou híbridos, por

isso tivera tal impressão.

- Watchman era um homo nulus encarnado? - falou John

Roberts com certo ceticismo.

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- Chame como preferir, nem mesmo a condição deles o era

antes de tal, suas formas bio-quântica se alteraram graças aos conflitos

por isso antimatéria.

- Este lugar é somente habitat de perpetuação, temos muitos e

não são espaços físicos.

- Chronis não é de Typhon? - retrucou o líder Zeh-hu-Kahn

sinceramente confuso com aquilo.

- Emissários, na hierarquia de formas. O poder se personifica e

mesmo os imperionautas não estão no mais alto nível que o é se não o

salto que vocês poderiam chamar por evolucional. A singularidade já

atravessaram, vossa consciência já se alterou, somente vosso líder os

orientará a revelação final.

- Fo-Hi. - falou Octavios olhando para os líderes de grupo

tático.

- Sem mais tempos para mesquinharias tipicamente humanas,

receio que o legado dos Bugmans se faz presente.

- Não ainda! - falou Zeh-hu-Kahn - Não recebemos leituras

residuais deles, não passaram de nossos portões temporais! Deixe eles

conosco.

- Não sob a perspectiva de meu consciente.

Nisto porém, um estrondo surdo ecoou por aquele lugar cujas

sombras pareciam cada vez mais tremular e se sentir sob os pés

daqueles visitantes, para aquele lugar extraTyphonanos, sabendo

então que mesmo Chronis não era um Typhoniano, apesar da

semelhança com o nome. Notaram que o campo de batalha se

expandiu a parecer atingir a estrutura do mundo, e vendo aquelas

notáveis pedras terem oscilações ainda maiores como se reagissem

diante daquilo.

Rapidamente surgiram outros seres que emergindo no habitat

como um tipo de fantasma reflexivo deixavam rastros de variáveis

pelo caminho com alternações temporais, parecendo por vezes haver

vários de apenas um destes. Surgiram outros similares, e Chronis

vendo isto simplesmente desapareceu diante dos olhos deles e re-

surgindo diante de outros os tocando dum modo que as formas por

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vezes pareciam colidir se fundindo a eclodir os flashes como se

fossem curtos que viam ao longe emanando altos índices de energia a

alteram em singularidades o tempo, parecendo um emaranhado de

espectros que pareciam eclodir em formas difusas por não depender

da forma físico-espacial se não como visualização residual como se

fossem espectros.

- Creio que estamos seguros dentro deste campo. - respondeu

Zeh-hu-Kahn diante daquilo para tranqüiliza-los.

- Nunca vi nada parecido com isto! É como se conseguissem

mesmo alterar a matéria neste confronto. - respondeu Dayane. - como

se fossem colisão de forças inteligentes.

- O que não é mentira deste modo.

Aquelas formas eram semitranslúcidas podendo, porém, ver-se

através delas a imagem difusa do habitat como se o tempo através

deles estivesse alterando-se. Porém, mais um tremor forte se sentiu

naquele lugar quando notaram as alterações temporais aumentarem a

transmudar mesmo pedras em tons dourados, o que deixaria mesmo os

alquimistas em sua busca satisfeitos, graças ao poder de interação a

nível quântico conseguiam alterar as propriedades químicas assim

como o tempo. Talvez por interação tempo-gravidade que conseguiam

alterar podendo forjar mesmo pequenos diamantes como em colisões

de asteróides o formavam.

Naquele momento um sinal foi recebido da base central

dos imperionautas denunciando o que Chronis já havia dito, os

bugmans por um ataque dos homo nulus haviam transpassado o portal

na Amazônia adentrando os perímetros do Império do Tempo

enquanto tais entidades atacavam seus habitantes. Vendo isto Zeh-hu-

Kahn não viu outra opção se não retornarem a base a fim de juntar-se

aos demais na defesa do perímetro, quando, porém, outro grupo surgiu

diante deles, os bugmans liderados por um homem cujo parecer

similar ao de Designium caminhou com um sorriso sádico armado

com armas de alguns dos seus.

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- Não concebem sem violência? – falou John Roberts. –

O que lhes restaram subverter?

- Como assim, meu meio pai! – falou o homem

deixando Roberts perplexo – Como pode assim tratar aquele do qual

tem seu sangue?

- Do que você está falando? Não tive filhos e vocês não

honra se quer vossos genes, os servindo apenas para designar a

anomia!

- Pouco importa o que penses em suas interações

limitadas com as legislações do universo! Chegou nosso momento de

encontrar-se como deuses perante Chronos! Finalmente nosso

objetivo fora atingido!

- Certamente não sabes que tipo de entidades vocês

lidam! – respondeu Zeh-hu-Kahn mostrando algo a poucos metros

deles quando um dos seres vieram em direção aos bugmans.

O filho de Designnium abriu os braços como se quisesse

recebe-lo se ter, porém, qualquer campo de proteção, porém este indo

em direção a um dos homens dele, atravessou o corpo deste o fazendo

fulminar como se por alguns instantes tivesse mesmo tomado controle

de seu corpo. E a terra local tremeu novamente fazendo todos

presentes simplesmente oscilarem nas bases e antecipando o retorno

vendo que mesmo fendas no lugar se abriam e as montanhas pareciam

serem engolidas pelo próprio terreno naquele lugar. Porém, Zeh-hu-

Kahn vendo o que tinham em mãos, simplesmente lançou um tiro em

direção ao equipamento de bilocação os deixando a deriva naquele

mundo quando o líder dos bugmans nervoso gritou de raiva indo de

encontro a eles, mas estes desaparecendo em seguida deixando-os

bugmans presos naquele mundo a ruir.

Quando retornaram ao local a defasagem de tempo parecia

demonstrar ser o exato instante em que os bugmans tinham adentrado

aquela sala de bilocação a se transportassem pela abertura ao Typhon,

sob orientação dos homo nulus enquanto Percy ainda tonto se erguia

do chão por algum tipo de golpe deferido por eles.

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- Como vocês estão? – perguntou Zeh-hu-Kahn enquanto seus

homens corriam a se juntar aos demais naquele lugar para defender o

perímetro ajustando as armas para tiros de partículas que anulassem a

essência dos seres de antimatéria.

- Parece que encontraram alguma falha na abertura para

entrarem, porém, estamos os contendo, não sem antes aqueles

ordinários conseguirem penetrar nosso centro de bilocação a Typhon.

– respondeu Percy se recobrando.

- Parece que nossa estimativa esteve correta sobre o fim de

Typhon. – falou Zeh-hu-Kahn – Todos estão a postos para defender o

perímetro?

- O alarme já foi soado, a penetração foi contida. – respondeu

Percy virando-se a um monitor translúcido. A instabilidade no planeta

Typhon aumentou exponencialmente acredito, que nas próximas horas

o colapso será inevitável. O bugmans ficaram presos lá?

Zeh-hu-Kahn apenas acenou com a cabeça tendo o bastão de

energia em mãos e em seguida cumprimentando os chronologos e

correndo em direção aos seus homens para auxilia-los, enquanto as

últimas entidades sombrias eram destituídas do local.

Enquanto isto em Typhon, quase todos os homens de

Designnium Jr. Pareciam consumidos, simplesmente vendo suas

carnes a se tornarem pó poucos instantes após caírem jazidos pelo

contado direto com tais entidades. Este então correndo em direção

àqueles enormes cristais os viram desmoronar diante de seus olhos o

fazendo gritar quando algo de trás das pedras pareceu eclodir num

súbito clarão fazendo outros fragmentos serem arremessados, e um

destes atravessar seu ombro o fazendo cair no chão com algo em meio

aquelas pedras, cuja luminosidade parecia saltar constantemente,

emergiu sendo maior que qualquer outra das demais presentes.

Chronos numa manifestação aparentemente se libertando.

Aquilo veio em direção a ele feroz e veloz, porém parando

rapidamente diante de sua fronte e manifestando um rosto humanóide

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que, porém no alto de sua cabeça como espinhos surgiam diversas

pontas. Parado diante dos olhos de Designnium Jr. Parecia o

contemplar de alto a baixo como se o lesse por completo quando

disse.

- Serviram a seu propósito, como peças restantes.

- Liberte-me a vislumbrar o universo acima das legislações! –

falou ele balbuciando nervosamente vendo que o cristão em sua pele

parecia fazer sua pele arredor necrosar. – revele-me a mor sabedoria

dos tempos!

Porém, nisto Chronos apenas deu um grito quando outro clarão

surgiu, algum ataque de Chronis sobre ele o fazendo virar-se em sua

enormidade, mas que, porém apenas pegando um dos enormes cristais

o lançou contra Chronis simplesmente o fazendo desintegrar-se a

desaparecer em partículas enquanto a mesma pedra tornava-se pó.

Virou-se então de volta a Designnium Jr. O erguendo no ar e disse.

- Volte, digo eu! Volte e destrua as sementes dos Seth a

começar por Roberts! Que lançarei a ruína deste mundo como

maldição a terra! Apague-os da existência.

O solo tremeu retumbantemente enquanto nem mesmo os

bugmans mais restavam pó, fazendo pedras em meio às explosões se

erguerem como se rompesse a gravidade local e com apenas um

apertar de mãos Designnium Jr. apareceu diante daquele mundo

através dos tempos como se lhe bilocasse a algum ponto que somente

sua mente quântica fosse capaz de compreender. E o mundo tremeu

mais, e mesmo as formas de vida bio-quântica aliadas a Chronis de lá

fugiram para algum lugar que não era no espaço, enquanto as demais

de Chronos pareciam simplesmente agonizarem em meio a um tipo de

fogo azulado que vinha do interior das fendas que engoliam o mundo,

quando Chronos erguendo os braços num súbito grito pareceu

coincidir com um clarão que fez todo o mais naquele mundo ser

tomado.

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Na base dos imperionautas ao monitorarem aquilo ficaram

perplexos notando a fissão daquele mundo como um tipo de bomba

quântica quando centenas de fragmentos se expandiram num enorme

anel crescente a se colidir com outros fragmentos de pó cósmico

presente nos arredores assim como o próprio anel do planeta, porém,

com a dispersão do campo de antigravidade que protegia aquele

mundo centenas de microfissuras temporais se abriram engolindo

vários fragmentos que desapareciam em rastros luminosos de energia

restando estes apenas a registrar os periodo em que adentrara.

- Identifique para onde e quanto estão indo tais fragmentos! –

falou Zeh-hu-Kahn tenso diante daquele evento de singularidade.

- Senhor creio que sejam muitos para poder se monitorar por

completo, porém, quase todos parecem estar se dirigindo a terra do

passado.

- Espere, temos um fragmento maior que parece ter ido a

atravessar ressoantes temporais.

- identifique!! – falou Zeh-hu-Kahn.

- São as ressoantes de Apocon Keystone senhor!

Ao ouvir aquilo, Zeh-hu-Kahn, levantou seu semblante perplexo

tentando compreender o como e porque daquilo numa clara tentativa

de aniquilar talvez Apocon, sabendo-se ser importante para os

próprios. Este então virou-se para Octavios e seus homens a apenas

lhes acenar com os olhos como se quisesse dizer algo que antes não

compreendia nem mesmo o próprio. Quando qualquer vestígio do

planeta pareceu se juntar aos demais pó cósmicos a se aglutinarem

como se daquilo fosse surgir a terra. Aquela observação por aquela

fissura temporal diretamente ao passado os fez ter a completa

percepção do passado e origem de nosso mundo como a mais remota

arqueologia terrena. E mesmo Zeh-hu-Kahn parecia transpirar de

nervoso diante daquilo, quando tudo o mais cessou.

- E Chronos? - perguntou Octavios.

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- Não estou certo, mas aparentemente o próprio interagiu com o

campo de antigravidade de Typhon sendo responsável pela dispersão

e o mesmo transpassou o tempo, junto a fragmentos do planeta de

acordo com leituras. – respondeu Zeh-hu-Kahn sob os olhares de

Percy que pouco sabia o que ocorria se não o para ele instruído.

Algum breve silêncio se fez naquela sala, enquanto os demais

imperionautas observavam através das paredes a comentarem o que

ocorria sob sussurros com os demais. Porém, a seguir Zeh-hu-Kahn

lhes disse que havia chegado o momento, quer qual fosse estes.

- Faremos uma visita a vossa TEMPUS receio que vossa missão

fora completa. – falou Zeh-hu-Kahn ao lado de Percy.

Os homens de Octavios que lá ficaram pareciam não menos

perplexos diante de tudo aquilo sabendo que certamente mudaria tudo

o mais o que conheciam. E sendo orientados a saírem de volta em

meio à floresta Amazônica, desta vez acompanhados de Zeh-hu-Kahn

e Percy Fawcett, rapidamente quando a TEMPUS recebeu o sinal de

volta dos seus homens, uma mensagem diretamente de Apocon

ressoou no visor de Octavios que o atendeu.

- Perdemos seus sinais por dois minutos como se fosse algum

vácuo temporal, ou camuflagem! O que houve? Estamos tendo

leituras discrepantes de tempo. Retornem a base agora e façam

relatório da situação!

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Parte X

Setwire Feedtime

"A idéia do futuro, prenhe de uma infinidade de possíveis, é pois mais

fecunda do que o próprio futuro, e é por isso que há mais encanto na

esperança do que na posse, no sonho do que na realidade."

Henri Bergson - Ensaio sobre os dados imediatos da consciência

Sem saberem das visitas que tinham, todos na base ficaram

assustados a notarem que os dois grupos mandados a períodos

separados retornaram juntos na mesma linha temporal sem utilizar-se

do sistema de wormholes deles e com a presença de mais dois homens

que temendo ser algum tipo de invasão rapidamente foram recebidos

sob a mira de suas armas não letais.

- Não temas que não viemos com os olhos traiçoeiros dos

usurpadores bugmans, porém, com a resolução de vosso problema. –

falou Zeh-hu-Kahn estendendo as mãos e tendo o apoio de Octavios.

- Percy Fawcett? Como vocês conseguiram? – indagou Stoneset

ao reconhecer aqueles homens.

- Somos o Império do Tempo, viemos em paz. – falou Percy. –

Faço eu parte com eles, pois desde que me perdi me achei.

Neste momento adentrou a sala Apocon Keystone sob passos

nervosos o obstinados a oferecer algum tipo de repreensão ao grupo

de campo, porém parando de súbito diante daqueles dois viajantes

junto a seus homens.

- Quem são... – falou ele, mas sendo interrompido por Percy!

- Honras a este! A quem aguardava! – falou Percy se abaixando

em reverência e sendo seguido por Zeh-hu-Kahn. – Perdoe-nos o

modo como lhes viemos, porém lhes pedidos que compreenda a

situação em que nos encontramos.

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- Certamente tens muito o que explicar! – falou Apocon meio

que quebrantado pela recepção daqueles homens.

Ao irem a sala de comando os imperionautas relataram tanto o

mais sobre eles e a verdade sobre o tempo de onde vieram mostrando

provas tecnológicas não meramente perceptivas sobre tais linhas

temporais.

- Vossa luta contra a Bug Time na realidade a causou

indiretamente, compreenda. – falou Zeh-hu-Kahn.

- É um ato de loucura tal proposta! Cometermos um suicídio

existencial. – falou Stoneset.

- Vitiis nemo sine nascitur! De sobremaneira que não. Vossas

ressoantes nesta linha temporal existem assim como nós falamos com

vocês, Éderson sabes perfeitamente disto, porém, viveram como

exilados temporais por bolha existencial a salvo neste tempo. A final

o futuro não existe.

- continuaremos a operar na Antártida? E o mais serão

ressoantes assim como a Intempol nos é? – perguntou Stoneset a

Octavios.

- Mais ou menos isto. – respondeu ele. - unus pro omnibus,

omnes pro uno!

- Certamente a o propósito das ressoantes assim como os genes

de Éderson, ela serviram para gerar Apocon Keystone, que apesar de

Seth vossa existência é singularmente própria a tal linha, por isto que

Chronos vos atacaram a impedi-los. Cada Seth expressa posições e

funções próprias. Octavios, como oito acima do designado, sobre

designo, por isso infinito, John Roberts, constante variável peça chave

a este mosaico e assim segue através dos tempos apenas a orientar

vosso líder maior, Apocon Keystone o mais poderoso dos Seth

terreno. Certamente por isto as tramas de mata-lo, certamente por isso

a destruição de vosso mundo ligado ao passado de Typhon, por um

asteróide que na realidade transpassou o tempo. Ao estudarem as

ressonâncias temporais verdadeiramente não sabiam ser os próprios as

constantes como parte das ressonâncias interagentes contra os tolos e

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usurpadores bugmans que vos invejavam. Mesmo que como formas

de carbono apresentam propriedades de centelha quântica a estarem

em tal condição.

Apocon respirou fundo diante daquelas revelações assustadoras

sobre os próprios e se apoiando em seus braços inclinado diante de

uma das estações de trabalho enquanto Stoneset coçava a cabeça

perplexo este falou.

- Receio que a missão da TEMPUS esteja completa, talvez

finalizamos nossos trabalhos sabendo que involuntariamente nossa

própria existência criou a Bug´s Time. Servimos a função de lutar

contra a anomia, de refletir as nuances e nos tornarmos pilares do

tempo em meio às ondulações. – falou ele olhando para os seus

homens num tom de tristeza. – Encerremos nossos trabalhos por hora,

para que permaneçam os ecos de nossos feitos a tornar meramente os

bugmans como nosso maior erro involuntário com parte a grande

equação do tempo oscilante pelos discrepantes. Fomos nós as

contrapartes seguras e estáveis, fomos nós a conceber o porque

existencial do consciente mesmo reflexivo, pois todos refletimos por

isso pensamos, por isso existimos!

Ironia de investigar as ressoantes temporais como reflexo,

porém, ao atingir a TEMPUS de origem, o subseqüente desaparece, e

assim conseguem finalmente destruir a bug´s time corrigindo o tempo,

a anomia temporal dos aberrantes das legislações. Todos presentes

naquele lugar pareciam emocionados ao concordarem como se já

sentissem saudades de suas funções e cargos. Quão belas eram as

histórias as dezenas e centenas que compartilharam. John Roberts a

fugir dos seus algozes a adentrar uma fissura temporal em meio a um

iceberg, John Octavios a sobreviver nos esgotos londrinos em meio a

uma guerra até ganhar sentido de viver por seus então companheiros,

Dayane a ser resgatada de um bólido aeronáutico por ataque dos

malignos bugmans, todos ecos, porém, todos reais, eram de carne,

pensavam, interagiam, tiveram filhos.

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Apocon ligou o monitor onde o contato com seu futuro era

estabelecido a notar que falavam com ressonâncias não menos vivas,

porém, sem saber o que dizer, e o silêncio como poucas vezes tomou

aquela sala magnífica, mesmo mediante tantos sentimentos que jamais

os diferenciavam dos demais! Não era o fim, nunca seria, não poderia,

seu trabalho havia sido real não como um devaneio ou sonho. Por eles

as ressonâncias interferem no tempo.

Todavia, John Roberts perguntou sobre sua amada tão real no

passado quanto todos ali presentes. Aagje Stoneset, como se qualquer

tempo tivesse passado e tendo agora eles a escolha a fazer como ex-

chronologos.

- Prefiro eu voltar aos braços de Aagje Stoneset – pediu Roberts

a Zeh-hu-Kahn – seguir a linhagem como resultante as ressoantes ou

não.

Zeh-hu-Kahn acenou com a cabeça sabendo que a jovem esposa

apenas o aguardava em seu leito quente junto a seus filhos enquanto

todos os mais pegavam suas coisas de desligavam os equipamentos

para viverem no Império do Tempo como convidados de honra.

As salas já se encontravam vazias e seus equipamentos

desligados cujas estações antes ocupadas por diversos dos

especialistas da TEMPUS agora dava espaço a melancolia em meia

luz presente pelo desligamento de todos equipamentos tornando

mesmo os monitores pedaços de vidro sem função aparente. O futuro

como mera flutuação continuaria e existir em vossas mentes a se

lembrarem assim como olharem-se diante do espelho que a TEMPUS

sempre existiu e sempre existirá, enquanto todos separados em grupos

eram bilocados para o Império do Tempo, de Chieko a Chikako os

tecnólogos japoneses, de Éderson Montgomery, o ressoante, a

Dominic Kaspar o ex-escravo de uma cidade medíocre qualquer,

Joseph Ávila, o decapitado salvo, Zulu, o ex-psicopata, Richard

Frontness e Malcolm os alterados quânticamente, prontos a

conhecerem o íntimo das vísceras do tempo como futuros

Imperionautas, todos com lágrimas em olhos brilhantes de emoção

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entre os horizontes temporais que se abririam a aventuras que seus

conscientes agora amplificados não concebiam, fazendo pouco a

pouco o eco daquela sala repercutir como as memórias destes em suas

mentes e mesmo Octavios agora a ter respondido por ser tão difícil

sucumbir como sobrevivente à narcose temporal como fugaz nostalgia

humana de tantas vidas que já viveu. Restando apenas naquela sala

Zeh-hu-Kahn enquanto Percy recebia os demais em seu mundo,

quando somente John Roberts aguardava o embarque a local diferente

aos demais rumo aos braços de sua amada, quando aquele formidável

túnel se abriu diante de seus olhos formando aquela espiral nevoenta

que parecia eclodir ressoante ao vazio da sala, quando John Roberts

tendo seus equipamentos essenciais e sob instruções de contato a

aquele momento – caso necessitasse, mesmo com o passar dos anos –

seguisse seu percurso.

Quando este adentrou o minhocão do tempo, como Dominic se

referia carinhosamente, Apocon, porém ao fazer leituras do local

percebeu algo estranhamente atípico, apenas esperando o retorno de

Roberts para saberem do que se tratava.

Ao chegar naquele lugar John Roberts sentindo-se feliz por

finalmente poder tirar as saudades de sua amada seguiu pela trilha

local por alguns minutos até ao horizonte visualizar sua simpática e

humilde casa aprova de psicotapas e qualquer tipo de intervenção

maligna, ao menos até aquele presente momento. Ao caminhar pelo

verde gramado e aliviado, notou, porém algo estranho no clima local

como se estagnasse apertando seu coração como alerta.

Caminhou e mais próximo notou uma cadeirinha de madeira

derrubada ao chão junto a xícaras com líquido espalhado ao chão.

Temendo o que poderia ter ocorrido apertou seus passos à medida que

seu coração apertou, seriam os tiranos bugmans a ditar dores mesmo a

seu lar? Não resistiu e então correu em direção a porta entreaberta ao

ouvir choros preencher o ruído do vento como sempre em brisa, mas

agora denunciante. O que teria ocorrido ao caloroso ninho de

perpetuação de Roberts?

Quando adentrou o local percebeu este a cortina derrubada ao

chão e procurando de onde vinha o choro começou este a clamar o

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nome de sua amada e filhos quando encontrou sua estimada prole ao

canto presas por abraços de medo, por algum ataque cruel.

- O que ocorreu aqui! – Exclamou Roberts nervoso e sentindo-

se sinceramente furioso.

O menino então se levantou e correu para seu pai dizendo.

- Papai, um homem muito mal atacou a casa e levou a mamãe!

Eles sumiram diante de nossos olhos, e disse que voltaria assim que

você saiu.

Rapidamente ele correu a porta e pegando seu comunicador

colocando-o sobre o pulso tratou e contratar a TEMPUS em tom

emergencial a ponto de mesmo trocar os botões em desespero diante

da situação com aquela que ele sempre amou.

- Atenda Apocon, atenta! – falou ele consigo mesmo.

Foi assim que suas preces atendidas ao ouvir a voz não de

Apocon, mas de Zeh-hu-Kahn que lhe disse.

- Estranhamente lhe aguardava a poucos minutos de sairmos

daqui.

- Seqüestraram minha mulher pelo tempo! – exclamou ele - Tire

eu e meus filhos daqui!

- Certamente temos que pensar sobre isto – respondeu ele no

visor com algumas interferências de variáveis. – Porém, dentro de 3

minutos alguns estarão chegando ao local para protege-lo e se

certificar do que ocorreu. Faça leituras de onde se transportaram.

John Roberts perguntando ao seu filho ainda com o rosto

molhado por lágrimas da violência daquele homem cruel apontou para

o local próximo a janela o fazendo a passos largos ir ao local notando

que o gramado ali parecia estranhamente ter crescido mais que o outro

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e mesmo uma flor fora de época ter desabrochado. Apontou então seu

visor para fazer leituras do nível de entropia no local sob os olhos de

estranheza de seus filhos o vendo mexer naquela estranha “arma”

quando percebeu a defasagem de tempo a indicar que a deslocação

teria ocorrido ao futuro, mais precisamente em 11 de setembro de

2001 em Nova York.

Sem poder detalhar melhor com precisão o local do espaço-

tempo, mas temendo onde seria dada a perversidade daquele homem

repassou os dados à base da ZT da Antártida quando alguns homens

chegaram no local, imperionautas mandados por Zeh-hu-Kahn.

- Receamos que nós teremos que bilocar todos vocês para nosso

mundo. – falou um destes com sua armadura dourada e lanças quando

seus filhos se assustaram com a aproximação deles. – Chronos anda a

solta neste mundo e com seus batedores não se pode confiar.

- E minha mulher? – perguntou Roberts – Me transporte para o

periodo para onde foram!

Estes em seus comunicadores – num bracelete similar ao da TEMPUS

– pareciam receber informações e falando em latim disseram “Oculum

pro óculo, dentem pro dente”.

- re-equilibremos o tempo na dosagem original – falou o

imperionautas esquerdo.

Porém, antes que fosse e ainda nervoso se abaixou aos seus filhos

pedindo para que confiassem naqueles homens, pois tão logo os

encontrariam num lugar seguro enquanto ele procuraria a mamãe.

Correu então ele para dentro da casa e revirando algo em seus

pertences, falou para estes os levarem junto aos filhos deixando

apenas um pote no local, quando ele parecia rabiscar algo na parede

de madeira, antes de sair e se bilocar pela tecnologia dos próprios. E

assim fez Roberts.

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11 de setembro de 2001, Torre norte do World Trade Center, Nova

York

Quando surgiu naquele local um forte golpe de vento atingiu Roberts

quando ainda tonteado pela bilocação cambaleou até finalmente focar-

se e se equilibrar sob seus próprios pés como se o chão tivesse de

súbito surgido sob ele. Olhou então à volta quando o visor registrou a

adequação temporal local com precisão invejável aos melhores

relógios atômicos, 8:39. Ao ver isto finalmente percebeu estar do alto

do WTC mesmo que jamais o visitara antes tendo um vislumbre da

torre sul ao lado. Porém, seu pensamento era exclusivamente um,

Aagje Stoneset.

Correu ele por toda sacada até finalmente encontra-la se

levantando do terraço igualmente tonta, e então ele se abaixou diante

dela quando ela o reconheceu. Após finalmente recobrarem-se diante

de tal Roberts a puxou não sem antes alguns o acharem louco tal

como em seu aparente devaneio. Porém, antes mesmo que

constatassem tal, Aagje Stoneset parecia perguntar-se se estavam do

alto de algum tipo de montanha e ela atônita tentou parar para trás ao

ver o que ela pensava ser um pássaro de prata indo encontra-los.

- Aqueles são maus Aagje, precisamos sair daqui! – falou ele

nervosamente, porém, sem tempo suficiente quando o avião

desapareceu num enorme estrondo que fez todo lugar tremer.

De louco, as pessoas passaram a ver como algum tipo de herói

profético, ou seja, o que for que desse tempo de especular diante

daquilo. Estando eles a mais de 400 metros de altura viram apenas

uma coluna de fumaça se erguer dos andares inferiores a cobrir

rapidamente o horizonte naquele lado. Estavam eles no andar 107, tal

como o seu QI, talvez como algum tipo de travessura pervertida do

filho do Designnium seja qual fosse seu nome. Puxando-a pelo braço

Roberts tentou focar o visor para saírem dali indo em direção a saída

do restaurante que tinha acabado de abrir e vendo o nome Windows

on the World.

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Aquela torre sendo a maior que a do sul, tinha uma antena de 90

metros instalada em 1978, três anos após um incêndio ter ocorrido no

lugar, em 13 de fevereiro, o lugar tinha 99 elevadores, porém,

nenhuns deles mais funcionavam quando todos presentes tentavam em

vão fugir por eles, estavam numa prisão de destruição eminente,

malditos extremistas, pensou Roberts consigo mesmo, enquanto

tentava focar seu visor sem resultados positivos. A tramóia daquele

homem tinha sido realmente uma boa maldição contra Roberts queria

que sua mulher desabasse junto aquele colosso de metais e concreto

tal como costumavam sabotar o tempo com seus bugmans contra

todos os fatos.

Roberts então seguiu para o outro lado da torre onde uma vista

maravilhosa se estendia diante deles parecendo indiferente ao que

acabara de ocorrer se não o nervosismo deles.

- Atendam ao menos, precisamos de uma saída emergencial deste

lugar! – exclamou ele quase batendo em seu visor enquanto Aagje

estava agarrada a seu braço como se fosse uma boa salva vidas de um

titanic a afundar após colidir com o Iceberg.

Porém, haviam interferências locais que pareciam ter valido os

esforços dos terroristas como se tivessem em comum acordo com o

filho de Designnium, monstros! Em desespero tentou bilocar-se para

qualquer lugar longe do espaço e tempo presentes, porém, fazendo

apenas uma mesa desaparecer sobre os olhos de outros dois homens

que passavam os fazendo parar mesmo em pânico.

Finalmente o sinal estabilzou-se e viu a imagem torcida de Apocon no

monitor mesmo que repleta de interferências variáveis e ecoantes

dizendo que estavam a fazer exatamente isto, retira-los daquele lugar.

- Conseguimos estabilizar o sinal do wormhole local mesmo que tal

lugar temporal pareça sofrer mesmo ataques quânticos! – falou a voz

de Apocon.

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Porém, John Roberts em mais um ato de humanidade olhou para os

homens próximos a ele assim como uma mulher que surgiu em

desespero e pediu para que os transportassem igualmente.

- Péssimo momento para atos de altruísmo heróico John!

- Vamos, mal vão encontrar os ossos deles nos escombros!

Mesmo que com alguma resistência Apocon na base olhou para Zeh-

hu-Kahn que concordou acenando-lhe e assim fizeram tirando as

pessoas da parte alta da torre tornando Windows on the World em

Windows on the Time.

Ao ressurgirem na TEMPUS da Antártida a sala vazia apenas Roberts

dos recém chegados parecia aliviado tendo os demais além de tontos

apenas se sentirem duplamente deslocados com aquilo assim como

sua esposa Aagje que agora mais do que nunca apertava o braço de

Roberts como se nunca mais o fosse soltá-lo, até que Aagje viu seus

filhos no lugar ao lado dos imperionautas mandados por Zeh-hu-Kahn

e soltando o braço de Roberts correu para eles em alívio.

- Onde estamos? - exclamaram os demais bilocados presentes.

Falando os imperionautas pedindo-lhes para que se aclamassem até

que tudo fosse explicado – o que levaria algum tempo – aos nativos

temporais sabiam que tinham agora a responsabilidade similar aos

resgatados temporais da TEMPUS mediante os ordinários bugmans

quer estivessem pro de trás dos atentados ou não e pouco importando

ao momento. Porém, o que é o mal se não o vácuo da moralidade.

Apocon Keystone ainda pensava sobre o que fazer sobre a

segurança de Roberts naquela linha temporal sabendo-se que a

genealogia tinha que seguir mesmo que este já tivesse sido

selecionado como ressoante de modo seguro. Deste modo, vendo-se

que mesmo Aagje agora sabia dos segredos de seu marido e do tempo

foram todos remanejados para o Império do Tempo, o futuro de onde

vinham, para que decidissem o que seria feito.

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O que não esperava, porém, era a recepção que Apocon teria ao

chegar no local. Quando aqueles homens e mulheres adentraram as

portas daquele formidável lugar – se assim pudesse ser considerado –

Percy, Jack e muitos dos demais habitantes surgiram diante de

Apocon Keystone e se abaixando em reverência, Percy a frente dos

demais disse.

- Sic illa ad arcam reversa est! Contra todas as torções das

legislações tú Fo-hi retornaste ao que lhe pertence! Toda a TEMPUS

se justificou pelos tempos a ti, no verdadeiro tempo futuro!

Apocon Keystone ao ver seus então funcionários surgirem

parecia completamente deslocado com tudo aquilo para não se dizer

envergonhado, as oscilações temporais serviram ao propósito de

produzir aquele homem mediante os seths no propósito de encontrar o

equilíbrio no desequilíbrio como as constantes numa equação

inconstante mesmo que por vezes existente apenas na mente de um

escritor, assim como o que vos escreve por estas simples letras.

Fo-Hi o mito do tempo. O título que tinha e recebido como o

começo e fim daquele mundo onde o próprio dizia-se instruir Percy

sobre o que fazer para o mesmo encontra-lo antes de morrer, o círculo

se fecha, os fatos se amarram e mesmo que anomia solta a proferir

como o cancro a devorar o que é correto, para aqueles homens pouco

importavam se não o capitão, o líder, o presidente daquele mundo que

para os de fora nada mais era que um devaneio da mente de um mero

escritor. Fo-hi ganhou sua missão, pelos tempos, pelos tempus, a

instruir e ser instruído, a completar as lacunas antes esvaziadas de

moral pelos perseguidores bugmans a desvendar os segredos íntimos

mais que do espaço, se não do tempo. O mundo mais seguro de todos,

assim como nossa própria mente do qual mesmo as moscas não

podem penetrar, este é o Império do Tempo assim como império da

mente.

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Epilogos Ad Tempus

Enhanced Temporal Experience

Tunguska, 30 de junho de 1908

Os primeiros raios solares emergiam do horizonte junto ao canto dos

pássaros diante do ar frio que eram das mediações da Sibéria. As

árvores semelhantes as encontradas no Canadá e em clima equatorial

demonstravam grande beleza mesmo presente ao clima de frio severo,

nas mediações do lago Baikal que parecia como um espelho refletir as

nuvens se tornando douradas no pacífico céu enquanto um cervo

surgia dentre as árvores para beber água criando ondulações.

Eram sete horas e quinze minutos quando porém, algo mais

intenso que os raios solares refletiu nas águas límpidas do lado, e

apareceu a se tornar rapidamente em algo como um sol a cortar os

céus como uma bola de fogo o rasgando, parecia crescer fazendo com

que o cervo corresse rapidamente do local sem nada adiantar, o bólido

literalmente explodiu criando uma onda de impacto equivalente a uma

bomba de 14 megatons, muito mais forte mesmo que a bomba de

Hiroshima destruindo 80 milhões de árvores em 2150 quilômetros

quadrados com efeitos conseqüentes de abalos sísmicos de cinco

graus na escala Richter. A bola de fogo cresceu nos céus tornando-o

momentaneamente mais claro do que em qualquer momento do dia

consumindo mesmo as sombras que pareciam definhar entre as

árvores que se tornaram como carvão em poucos minutos em seu

lastro mais próximo.

Assim que levantou ao perceber a intensidade daquela luz, o

morador mais próximo, a muitos quilômetros dali ficou simplesmente

paralisado diante daquela imagem quando a bola se dissipou. Porém,

um forte vento veio a seguir arrastando e dobrando mesmo as árvores

e o arremessando a metros de onde se encontrava de pé em frente a

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sua casa, dando-lhe tempo de apenas a seguir levantar sua cabeça a

contemplar aquele estranho espetáculo.

Naquele mesmo momento porém, um homem que se tornou

comum conhecido da TEMPUS realizava mais daqueles

experimentos, desta vez na torre Wardenclyffe, enquanto seu amigo

Robert Peary realizava expedição ao pólo norte. Nikola Tesla, estava

treinando seu raio da morte que ao receber tal notícia da explodiu

acreditou se tratar do resultado do mesmo.

Daquele lugar, no epicentro do impacto permanecia, porém,

estranhamente algumas árvores de pé sem quaisquer galhos quando

em seu solo algo estranho parecia haver, a lançar algum tipo de brilho

estranho esverdeado enquanto o clarão agora dando lugar às cinzas e a

fumaça parecia esconder algo como sombras a correrem pelo solo.

Zona Temporal Neutra de São Paulo, Brasil

O monitoramento do tempo era sempre realizado de modo

simultâneo em três tempos junto as outras ZT´s espalhadas em locais

e períodos diferentes naquele tempo do Experimento de ressonância

Temporal, quando porém, algo atípico foi detectado simultaneamente

em dois tempos diferentes para os presentes da ZT de São Paulo, no

Brasil em tempos do colonialismo primitivo ainda presentes. Sentado

diante dos monitores cujas telas translúcidas pareciam transmitir

dados em Tempo Tridimensional real - como preferiam referir-se -

detectavam toda e qualquer ressonância e eco temporal em simultâneo

no continuo, ou nem tão continuo...

- Sr.Labvin - chamou o operador ao ver o alarme soando. - creio

termos uma anomia saltando na tela!

O homem que com um jaleco branco se levantou e cerrou a

visão diante do monitor em seguida reclamando.

- Preciso fazer outra correção celular nas minhas vistas, acho

que é esta resina que está envelhencedo.

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Porém, com mais concentração ficou assustado perceber leituras

comuns e típicas aos dois incidentes dando outro alarme em seguida,

séculos atrás daquele periodo que se encontravam, na Antártida.

- O que que é isso? - exclamou ele - faça leituras mais

detalhadas e chamem a equipe de apoio.

Entretanto uma interferência estática temporal surgiu

rapidamente entre as estações impedido deles tentar compartilhar

aqueles dados com as demais ZT´s.

- Sr.Labvin! Não vai acreditar no que temos aqui! - falou

novamente o jovem quando outro adentravam a sala a passos largos.

- Prossiga! - falou Edmund Labvin, aquele homem com cabelos

grisalhos e esbelto com certo charme.

- Os sinais são de asteróides com o mesmo tipo de assinatura

como se viessem de um só lugar fragmentando, mas rompendo o

tempo. E me parece conter exatamente as descrições das pedras que

são colocadas em nossos visores de quantum!

- Não acredito nisto! - resmungou Labvin praticamente

correndo de volta.

- Não obstante, parece carregar os mesmos tipos de entidades de

darktrons que a ZT de Londres identificou.

- Aquele Teogoras, estava certo! - resmungou novamente

Labvin quando mais dos demais se inclinavam no lugar observando

leituras enquanto comentavam-se entre si.

- Vamos organizar uma equipe de campo para Tunguska, quero

Adalberto Sekanina na equipe de pesquisas avançadas.

Aquele lugar era diferente do ambiente comum da ZT da

Antártida após a destruição daquele mesmo lugar mesmo que

equipamentos de tecnologias comuns a estes fossem os mesmos,

porém, tendo muito mais funcionários Chronologos oriundos daquele

períodos de espaço que das demais. Sekanina era um destes, o

português vindo nas primeiras caravelas portuguesas mal sabia dos

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segredos que iria desvendar nos subterrâneos daquele lugar enquanto

toda uma cidade crescia na superfície, como se encima ou embaixo

importasse se não passado e futuro. Labvin seguiu saindo da sala a

passos largos pelo corredor de paredes brancas enquanto outros iam a

sentido oposto para sala de onde vinham, quando uma mulher passou

por ele lhe parando dizendo.

- Sr.Labvin, creio que acabamos de descobrir o que nos permite

viajar no tempo? Como é possível?

- Ainda não sabemos Michele, porém, se estiver interessada em

seu primeiro passeio de campo...

- O senhor está organizando uma equipe para o local de

impacto? - perguntou a jovem entusiasmada, chamada Michelle.

- Apenas dentro de 30 minutos esteja na sala de conferências. -

responde Labvin saindo quase lhe dando as costas mesmo com o largo

sorriso que a morena lhe deu ao saber.

Entretanto ao resolver ir ao banheiro algum ruído lhe chamou a

atenção, pensando se tratar de algum Chronologo aspirante que estava

se engalfinhando com alguma cadete pelos cantos durante a folga ele

fechou sua calça indo em direção ao local onde o material de limpeza

se encontrava quando a luz se acendeu com sua presença, suave.

Porém, o que este viu lhe deixou confuso e perplexo o fazendo quase

gritar por socorro.

- Não grite! - falou a voz de um homem que parecia ter saído de

lugar algum se não através das paredes com algum tipo de armadura

dourada.

- Recebi instruções para encontrar o líder deste local, como

vocês chamam Zona Temporal Neutra. Tenho pouco tempo, se não a

pretensa de evocar o Protocolo 37 sob o mando de Apocon Keysotne.

Nisso o alarme de intrusão rapidamente soou no local

demonstrando que identificaram algum tipo de sinal atípico no lugar,

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algo que rompeu a barreira temporal ondular e naturalmente torcendo

o quantum.

- É sobre o impacto dos asteróides, estamos os catalogando de

Typhon, um planeta antes do surgimento da Terra de onde vem vossas

pedras. Vocês não eram para ter detectado tais entradas atmosféricas,

mas creio estarem lidando com algo maior, uma entidade bio-quântica

extremamente poderosa.

- O que você quer que façamos? Chame a polícia? a CEET? Se

souberem vão me dar ponta pé no traseiro! Você não poderia ter

invadido deste modo!

- Há muito mais em jogo do que legislações administrativas! -

falou o estranho viajante. – selecione a equipe evocando o Protocolo

37, do qual somente estes farão os relatos que vos encontro no sítio do

epicentro em Tunguska, o local e tempo do evento para passar-lhe

mais informações.

- Onde exatamente neste local? - falou Labvin nervoso olhando

para trás.

- Onde não importa, mais sim quando. Eu te encontrarei!

Ao falar isto, o sujeito virou-se e em seguida acionou algo em

seu braço luzindo, o fazendo ser bilocados apenas deixando residuais

reflexivas, pouco mais que sombras, quando abriram a porta do lugar.

- Sr.Labvin! Como o senhor está! Detectamos aberrações

quântico-temporais no lugar! Algo transpassou! - falou Michele com

um leitor de quantum em mãos detectando as residuais por onde

aquele homem saiu.

Porém, Labvin referiu-se que apenas havia notado algum tipo

de flutuação atípica talvez proporcionada pelo campo de isolamento

quântico local como uma bolha demonstrando falha, porém, não

convenceu os ali presentes quanto mais ao verem que o rastro

temporal indicava locomoção ao periodo do evento de Tunguska,

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como se aquele estranho já tivesse indo a encalço deles antes mesmo

de partir.

Porém, Labvin insistiu no nível emergencial da missão

imediatamente solicitando o Protocolo 37 de sigilo científico dizendo

ter recebido tal notificação pessoal do próprio Apocon, o mentor de

toda a TEMPUS e assim foram para a sala de conferência os nomes

solicitados.

Edwand Sekanina, era um descendente estrangeiro que se

tornou precursor no futuro de estudos de extremófilos sugerindo

outras variáveis de formas de vida por componentes pouco conhecidos

fora o carbono e a água normalmente ligados a eventos cósmicos

como asteróides e um dos descobridores das propriedades incomuns

das pedras do Alasca. Como biólogo e geólogo, disciplinas comuns

destes no avanço da exobiologia se tornou chave, porém, dos estudos

de entidades extratemporais e sua posição relação com tais pedras que

agora souberam não se tratar de comuns ao sítio do Alasca.

Quando Sekanina, Labvin e Michele Stoneset se encontravam

na sala de conferências a presença de Julio Machado foi requerida

como auxiliar de segurança por temores de Labvin pelo viajante

misterioso para então finalmente Labvin relatar os acontecimentos de

discrepância ocorridos naquele local sob o mando do Protocolo 37.

Naturalmente houveram discussões sob em seguir as orientações de

tal viajante sem sabe-lo por fatos quem era. Mas temendo a

procedência e as implicações ficaram de acordo mediante relatos em

continuo por códigos criptográficos quânticamente para a TEMPUS

caso algo lhes ocorresse.

Trajando roupas simples com macacões pretos, seguiram a sala

de embarque tendo seus acessórios rotineiros e o pessoal da base

recebendo apenas a instrução de salvarem os registros criptografados

recebidos sem tentar abri-los sob o pedido do dito 37, e assim

seguiram pelo wormhole aberto e estabilizados as coodernadas para o

local do evento de Tunguska, 8 horas após o incidente como os rastros

deixados pelo viajante estranho.

Ao surgirem no local completamente devastado do fim de tarde,

porém, por estar encoberto de uma espessa nevoa provocada pela

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fuligem e fumaça esbranquiçada pouco conseguiam enxergar e

perceberam ainda que muitas das árvores ainda se encontravam com

seus troncos em brasa pela súbita explosão. Não demorou muito a

perceberem leituras do mesmo material utilizados por eles em seu

visor a poucos metros a adiante e imediatamente para tal ponto

chegaram quando notaram um vulto em meio a nevoa.

Temendo que fosse algumas daquelas entidades Labvin fez

leituras apontando seu visor percebendo não o eram se não o estranho

viajante que havia acabado de chegar naquele instante.

- Congratulações Labvin e vossa equipe por seguir minhas

instruções, percebo que se anteciparam. Perdoe-me o modo de

abordagem, meu nome é Zeh-hu-Kahn, imperionautas de, ao vosso

ver, ressoantes.

- Por tanto agora nos diga o que há neste lugar! - exclamou

Edmund Labvin lhe apontando os visores - Todos os dados

monitorados tem sido passados diretamente a TEMPUS de modo

criptografado, se for alguma cilada saberão.

- Certamente que o não, se o fosse não estaríamos nem nos

falando. - ressaltou Zeh-hu-Kahn cruzando os braços.

Realmente a tecnologia para aqueles parecia ser muito mais

avançada que o comum gerando algum tipo de campo que facilitasse

muito mais a locomoção temporal que o de hábito sem a necessidade

de todo um anteparo de localização, orientação e estabilização na rede

de wormholes. Porém, nisto interrompeu Sekanina os fazendo

olharem para ele que se encontrava agachado sobre uma das pedras

cujo brilho era oscilante.

- Incrível a leitura destas pedras, sãos exatamente as mesmas

que a nossa! Como é possível o mesmo material colidir com a terra

em períodos diferentes?

- Certamente tal vem de Typhon, terra natal de algumas das

entidades bio-quânticas que investigam, estas criaram a explosão,

certamente não estamos sozinhos aqui. - falou Zeh-hu-Kahn olhando

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ao redor e fazendo leituras. - Percebo que somente a jovem entre

vocês é a Seth do grupo.

- Como conseguem registrar isso em vosso equipamento? -

indagou Labvin de modo curioso - aparentemente não há nada

indistinto nestes para conseguir se registrar tal a nível quântico. Ela é

uma novata na TEMPUS, recém formada.

- Sutilezas que não descobriram meus caros irmãos

temponautas, e de igual modo posso determinar para onde alguns dos

extraterrenos aqui presentes se locomoveram pelo espaço e tempo.

Tinham de ter trazido alguns Seth mais instruídos.

- Não falem de mim como se não tivesse presente! - reclamou

Michele - o fato de ter entrado a pouco não faz de mim inferior.

- Abundans cautela non nocet - falou Zeh-hu-Kahn -

Naturalmente que não, porém o caso é por demais severo para maiores

explicações, estas entidades se dispersam rápido pelo tempo quando

livres.

- Sabemos que poucos danos podem fazer diretamente se não

por reação. - ressaltou Edwand Sekanina com uma das pedras em

mãos e colocando dentro de um anteparo - atual apenas sobre a

caótica induzindo acidentes.

- O azar do mundo - completou Michele. - Porque temos de

recolher este material em sigilo para nossa própria gente?

- Porque assim consta-se na linha temporal favorável a Apocon.

- Zeh-hu-Kahn.

- Não compreendo. - falou Edmund Labvin

- As sombras de Apocon, são as sobras flutuantes do Tempo, a

anomia que tenta anular sua existência em suas sementes, fazendo

parte deste evento que liberou entidades sombrias. Chronos está livre,

você estão lidando com entidade mais poderosa que toda vossa

tecnologia.

Naquele momento porém, Julio Machado gritou por eles

estando a poucos metros dali onde as leituras eram mais precisas a

procura de quaisquer alterações atípicas. Todos eles viraram-se em

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direção a este quando seu vulto se tornou visível até o próprio ter a

fisionomia reconhecível em meio a nevoa.

- Senhor, leituras atípicas em movimento, parece seguir algum

padrão inteligente! - relatou Julio com uma arma em mãos.

- Como disse temos companhia, porém, não parem de colher

todo material extratemporal, contenho tais por algum tempo. - falou

Zeh-hu-Kahn acenando para Julio - venha comigo!

Rapidamente Edmund Labvin começou a percorrem o local

inicialmente colhendo os fragmentos do asteróide a vista deles e

posteriormente pelo registro de localização do visor de quantum que

naturalmente não era uma mera pulseira de adorno a vaidade.

Quando estes acreditavam estar chegando ao fim da busca de

coleta de todo material ruído de tiros diferentes do de Julio soaram

pela nevoa entre os troncos de árvores sem poderem ver o que ocorria

no local, Edmund acreditou se tratar da arma de Zeh-hu-Kahn em

vista que a de Julio era um inibidor de consciência podendo lançar

tiros proporcionais de partículas positivas que enfraquecessem

entidades de antimatéria.

Não demorou todavia que as dúvidas de Michele, Edmund e

Edwald fossem destituídas quando viram surgir da nevoa tanto Julio

quanto Zeh-hu-Kahn surgirem correndo desviando-se dos troncos

ainda em brasa.

- São muitos! e estão vindo de todos os lados, vamos temos

pouco tempo! - falou Zeh-hu-Kahn.

Temerem então profundamente aqueles seres malévolos como

se transpirassem o vazio existencial do qual parecia se alimentar

convertendo matéria em antimatéria as tragando não tão diferente de

um buraco negro a sugar tudo a sua volta. Edmund fechou então caixa

com as pedras para que aqueles monstruosos seres não os devorassem

e partiram sob o escoro de Zeh-hu-Kahn que em seguida desapareceu

os lembrando do que tinham se comprometido.

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Ao retornarem na sala de bilocação temporal foram indagados

pelo pessoal de base sobre o que tinha ocorrido no local e o que

tinham naturalmente recolhido no campo. Porém, foram prontamente

não respondidos por Edmund alegando o Protocolo 37. Ao escrever o

relatório pensou imediatamente em contatar Apocon Keystone e assim

o fez quando lhe perguntou sobre a natureza do incidente e tendo por

negativa o fato de seu completo desconhecimento sobre o caso.

- Não faço idéia de que seja este Zeh-hu-Kahn, porém realmente

fora estranhos os sinais destes incidentes, mantenha o Protocolo 37

sobre o caso.

- Pediu Apocon interessado e mesmo cogitando visitar aquela

ZT para acompanhar de perto as investigações do incidente pela

equipe seleta.

- Assim que retornei a base houve outra manifestação de

impacto atípico nas mediações do litoral do Alasca, no século VII,

estamos perplexos e nossos funcionários pedem respostas senhor! -

falou Edmund

- A Tempus surgiu como um experimento sobre as teóricas do

tempo ondular a pesquisar sobre as ressoantes temporais a explicar

diversos fenômenos até então inexplicáveis como alguns tipos de

alucinações, previsões proféticas e mesmo alguns casos de fantasmas

como residuais temporais, a matéria espelhada espacial. Entretanto

ganhou maior ampliação de abrangência com descobertas não

previstas e mesmo agora este como você disse ser imperionautas que

pode perfeitamente ser ressoante como casos anteriores demonstram. -

falou Apocon bastante calmo para Edmund - Lidamos basicamente

com a analise da natureza do Tempo e sua interação com o universo,

sendo muito mais essencial que se pensava anteriormente pela física

clássica, porém, assim como se amplia a percepção e consciências

humanas a outro nível de nossos funcionários o mesmo está

incumbido para nós podendo ter eventuais interações extratemporais

entre nós mesmos justificando a essencialidade do Protocolo 37.

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- Realmente não vi nada parecido com isto! - retrucou Edmund -

tente conter a CEET, pois realmente não sei como proceder com a

papelada com este caso.

- Estarei investigando e retornarei a ti. Confio em sua

capacidade de improvisar, desligando.

Apocon desligou seu contato com o futuro tão repentinamente

que pareceu mesmo nada ter sanado de dúvidas tendo-se em vista que

este jamais ouvira falar do tal imperionautas sei lá das quantas.

Entretanto naquele momento adentrou na sala Julio Machado e

Michele lhe solicitando permissão para descanso, por stress mental.

- Senhor a natureza do incidente parece realmente ter deixando

não somente eu, mas Michele confusos em relação a estes paradoxos.

Não sabemos como prosseguir com os relatórios até porque o

Protocolo 37 não parece ser tão abrangentes administrativamente,

todos estão curiosos e estamos sendo pressionados. O incidente parece

algo sem proporção ao contrário do que nos foi ensinado. - falou Julio

em quase desabafo.

- Olhe-se no espelho, não vendo a si próprio se não como seus

próprios atos como se fosse contra ti mesmo para saberes quem és

pelo que deseja deste modo. É exatamente deste modo que os

fenômenos temporais ondulares ocorrem a consciência não é tão

diferente, pois ela apenas reflete. - sugeriu Edmund e lhes concedendo

permissão para o restante do dia de folga.

Ao se dirigirem a seus aposentos Michele com seus cabelos

castanhos encaracolados tomou um banho tentando se desligar do

caso e começando a ver as notícias e "novidades" de quando veio -

meados do século XXI - pegou no sono adormecendo quando teve um

sonho.

Parecia estar apenas com as roupas leves de linho sobre seu

corpo com sua pele fina e sem quaisquer marcas quando em seu

tempo parecia estar ao lado de seu então marido indo à frente do

espelho para se observar. Notou ela porém que seu reflexo não parecia

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comum, simetricamente oposto, mas como se estivesse no lado

invertido a sua frente o que a deixou tonta quando quase bateu de

cabeça no espelho e seu marido Igor Fortes lhe segurou.

- Não vá quebrar o espelho viu? São sete anos de azar! Não tem

ainda tantos meses para começar a desmaiar. - falou o homem a

fazendo perceber que estava grávida.

Diante daquilo ela despertou assustada enquanto a tela

translúcida da TV passava um seriado de seu tempo 'O homem que

não sabia dançar', ela tentou se recobrar ajeitando o travesseiro

habitual, mas ao lembrar que estava grávida quando a tentaram mata-

la começou a chorar.

Pela manhã, Michele procurou o psicólogo local que resolveu

pedir para que lhe passasse relatórios detalhados de seus sonhos por

temer sofrer princípio de narcose temporal, tendo inclusive

monitoramento das ondas cerebrais noturnas.

Ao seguir para o comando local Edmund estava debruçado

sobre gráficos de analises dos incidentes fazendo registros de

proveniência comum dos asteróides num completo trabalho do que

chamam por Cronografia que os levavam a conclusão comum de que

aquele viajante estranho realmente estava certo sobre a procedência

das pedras, algum lugar anterior a Terra.

O que os deixaram, porém intrigados não foram à conclusão

tirada por dados capitalizados de Cronografia pelos rastros de

trajetória espaço-temporal dos bólidos em seus diversos graus e

tamanhos, se não a presença incomum do que aparentava ser algum

outro viajante cujos sinais se diferenciavam daquele chinês que lhes

encontraram e mesmo os antecipavam no sítio de Tunguska.

- Como não fomos capazes de detectar antes? - retrucou

Edmundo com as mãos na mesa.

- Os sinais são muito sutis e difusos não parece ser por meio de

tecnologia comum a nossa. - falou o operador.

- Como a do chinês?

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- Não, parece algo de residual comum similar a fenômenos

naturais, porém, deixando no lastro o sinal humano.

- Talvez seja tais entidades bio-quanticas, afinal o viajante disse

que estes tinham transpassado o tempo - sugeriu Edwald

- O Tempo do sítio é 3:53 minutos após o incidente, condições

ainda bastante abióticas para um humano no epicentro não acham? -

respondeu perguntando Edmund.

- Talvez mandemos a mesma equipe ao local sob o respaldo do

Protocolo 37. As vezes podem ser leituras difusas e por isso mesmo

quem sabe algum sobrevivente?

- Os oriundos temporais não podem vê-los, as conseqüentes

vocês conhecem. - respondeu Edmund concordando e aparentemente

dizendo que não estaria presente na missão desta vez.

Ao saírem da sala Michele entregou o atestado que porém, ela

disse estar em condições aptas para serviços de campo, sendo apenas

avaliações pisco-temporais, observação por temer-se estar com

princípios da Narcose Temporal, e mesmo tendo-se em vista que

sendo mulher era comum o pessoal da TEMPUS tomar maiores

cuidados, vendo-se que normalmente as condições de trabalho não

eram apenas remunerados se não psicologicamente com muitas folgas

mediante o stress proporcionado pelo serviço. Porém, Edmund aceitou

que esta fosse para o campo novamente. Foi neste momento que

surgiu Julio Machado falando para Michele em tom descontraído.

- O que é o que? Está sempre está passando e nunca acaba de

passar?

- O tempo, sem sombra de dúvidas! - respondeu ela como se

pouco surpreendida estivesse.

- Porque pessoas inteligentes sempre têm o dom de tirar a graça

das minhas piadas? - resmungou ele.

Ao receber porém, a noticia que estaria no próximo grupo de

campo, Julio que era conhecido pelo bom humor mesmo sendo

responsável pela segurança, foi com Michele até a sala de brienfing

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enquanto conversavam pelos corredores sempre movimentados

mesmo que aquela ZT fosse menor que a de Londres e mesmo a dos

Estado Unidos antes da colonização inglesa.

- Não se há motivo para se mistificar como os primitivos do

passado. Tais presunções apenas levaram ao preconceito e as maiores

atrocidades que a humanidade passou. Havia certo animal que mesmo

quase fora extinto por considerarem que trazia azar. Essa coisa de

espelhos de seu sonho, pode ter sido apenas algo psicológico de seu

subconsciente por tanto estudar sobre isto. - respondeu Julio ao ter o

sonho dela contado para ele.

Ao entrar na sala somente Edwald Sekanina estava presente do

comando, e o briefing curto, por não ser nada complexo seria apenas

tentar procurar maiores leituras daquela presença aparamente atípica

no local.

- Apesar de estarmos nesta missão sob o mando do Protocolo de

Sigilo Científico, o 37, temos trocado informações sobre estes

incidentes com as demais ZT´s que nos forneceram dados não

somente para poder se determinar a localização de origem dos

asteróides porém estranhas relações entre si, que infelizmente não

pudemos compartilhar em retorno com estes. - falou Edwald sob uma

mesa enquanto na tela os gráficos eram exibidos. - Recentemente a

Zona Temporal Neutra de Londres teve um estranho incidente de

flutuação temporal que levou um certo agente chamado John Octavios

a interagir com Nikola Tesla. O interessante é que o mesmo,

considera-se responsável pelo incidente de Tunguska enquanto

descobrimos que algumas leituras mentais dele demonstram alteração

em seu lóbulo temporal a justificar o porque de estranhos sonhos

premonitórios e mesmo de tecnologia. Não sabemos o que há de em

comum destes casos entre si, porém, estamos investigando. No

momento, porém, vocês terão de apenas monitorar o sítio a procura

destas assinaturas que vocês vêem no tempográfico. - parou ele

mostrando na tela translúcida que mudou. - Perguntas?

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- Não senhor. - respondeu Julio com o consentimento de

Michele.

Ao embarcarem, Michele confessou para Julio que sentia-se

nervosa talvez por ser novata e que a última missão simplesmente a

bilocação não foi das mais agradáveis. Nada que não se acostumassem

com a experiência requerida para seus cargos, disse enfaticamente

Julio Machado.

Ao surgirem lá, notaram o mesmo cenário desolado ainda em

chamas. Fumaça por todos os lados e troncos caídos parecia não dar

margem para qualquer forma de vida subsistir por longo periodo no

local, porém, as leituras pareciam ser claras e nítidas ali, mesmo com

a interferência das pedras: algum humano cujos sinais biométricos

conseguiram mesmo identificar seu sexo como masculino a estar

naquele sítio a exatos 13 minutos e 53 segundos. Seguiram em direção

ao sinal cujo rastro parecia evidentemente ser rastreado por travessia

do futuro, 11 de setembro de 2001, direto de Nova York,

aparentemente no local e tempo dos atentados do World Trade Center.

- Alguém sabe dizer se Osama Bin Ladden tenha acesso à

tecnologia temporal? - perguntou Julio claramente confuso. - Talvez

os pilotos terroristas tenham se transportado no momento da colisão! -

concluiu ele rindo em tom de sarcasmo.

Porém, naquele momento eles viram algo se mover entre as

nuvens de fumaça espessa como um vulto que sentiu a presença deles.

Naquele momento Edwald acenou com a cabeça para Julio partir a seu

encalço apontando as armas mentais quando tal se vendo encurralado

levantou as mãos com sinal de rendição. Era o filho de Designnium

que porém, não faziam idéia de quem fosse.

- Não atirem! Foi isso que restou do WTC? Não sei o que

ocorreu, estava naquele lugar quando repentinamente aparecia aqui.

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Aquele papo realmente não convenceu Julio nem ninguém

presente, principalmente porque tal arma mental não somente era

capaz de fazer estes emergirem num coma como fazer leituras

emocionais e perceberam se tratar e provável mentira, e o

fundamental, parecia estar colhendo pedras do sítio. O que fez com

que Julio pedisse para que imediatamente as largassem, visivelmente

aquele sujeito estava se fantasiado de vítima dos atentados como

alguns religiosos no século XXI se travestiam de viajantes temporais

para justificar seus atos, digamos, pouco condizente com as

legislações temporais da TEMPUS, sem falar na recém conhecida

deles a Bug´s Time cujas características comuns eram aquelas

personalidades pouco sociáveis e repletas de preconceito.

Todavia aquele homem não tinha qualquer aparato tecnológico

em mãos o que parecia dar alguma veracidade o que ele dizia, e vendo

a condição do local não viram outra alternativa se não move-lo para a

ZT deles onde o interrogariam e tentariam localizar realmente de

quem tempo era oriundo. O homem surgiu na sala de transporte

demonstrando o típico sinal de atordoamento sob os olhares de

Edmund. Porém, estes logo se recobrou a observar tudo ao entorno, da

tecnologia as pessoas e mesmo num breve momento o viram parado

diante de um mapa da ZT, quando foi interrompido.

- Precisamos fazer alguns exames e lhes indagar algumas coisas

pertinente ao caso. Normalmente apenas recrutamos pessoas com

talentos e capacidades próprias a natureza de nosso projeto e

experimento, sendo pessoas que na linha temporal comum teriam

morrido por sabotagem ou acidente. Este é o primeiro caso do tipo,

porém. – falou Edmund. – Comecemos por seu nome.

- Sim, perfeitamente, meu nome é Saul Astrix. – respondeu com

certa hesitação a Edmund.

- O que fazia na Torre Norte do World Trade Center? Trabalho?

– indagou Edmund ao lado de Michele que tinha recebido treinamento

em interrogatórios sob monitoração sem saber para que não ficasse

nervoso.

- Era corretor de seguros itinerante. Porque?

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Eles sentiram a hesitação do sujeito em responder, pois sabia

que certamente todos os dados estaria sendo analisados na linha

temporal onde se dizia vir, a procura de registros que demonstrasse

que realmente tal homem existia naquele tempo.

- Sou da FedEX seguros, repartição da empresa de entregas.

- Talvez o senhor tenha então confundido as pedras como

mercadorias de entrega? – indagou Edmund que apesar do sarcasmo

aparente foi feito de modo sério.

- Apenas achei bonito o brilho delas. – falou Saul

- Para alguém deslocado temporal parecia estar bastante

confortável. – falou Michele – Talvez queria nos revelar algo, pois

como se sabe temos aparatos que analisam mesmo assinaturas

temporais genética, por demonstrações de paralelo em mutações

recentes com as antigas, e note que interessante que acabamos de

receber, seus genes parece ser tão antigo mesmo que com misturas

mais recentes, tem algo a dizer sobre isto?

- Tendo-se em vista que a natureza deste encontro não inclui

advogados, afinal desconheço qual crime cometi, não saberia nem o

que dizer!

- Talvez você esteja aqui para nos estudar deliberadamente,

como os bugmans sob a pretensa de nos sabotar e naturalmente nos

usurpar. – falou Edmund.

- Quem são estes Bugmans? Algum tipo de inseto humanóide?

Tudo isso é estranho para mim gente, é sério – respondeu ele, porém,

com claro sinal de mentira.

Naquele momento Edmund Labvin respirou fundo e olhou para

Michele em meio ao silêncio deixado pela resposta dele ao verem o

sinal de leitura mental. O que os fizeram verdadeiramente o colocar na

sala de quarentena até decidirem o que fazer com aquele provável

falsário.

Como observavam eles nas pesquisas de ressonâncias

temporais, as discrepâncias interagentes mentalmente nunca

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resultavam em efeitos de consciências sobrepostas ou de

conhecimentos que literalmente saltavam temporalmente ao passado

sem seu 'mentor', os casos eram das chamadas profecias sempre em

tom defensivo com se fosse algum reflexo instinto de mentes mais

evoluídas assim por dizer. Passaram-se então dois dias após este, e

todo o tipo de baterias de exames genéticos e de assinatura quântica

foram realizados a constatarem não se tratar daquele quem dizia,

afinal nem ao menos registros temporais foram encontrados no tempo

oriundo em que disse este, desconhecendo qualquer Saul em

repartição de seguros da FedEx, crendo ser algum replicante que fora

mandado para estudados, quando determinaram estar em mãos um

caso mais complexo do que imaginara e mesmo que o Protocolo de

Sigilo Cientifico concebe-se perante o conhecimento em voga deles

que nem mesmo Apocon sobre o mando do mesmo conseguia

compreender pedindo o arquivamento até que maiores fatos viessem.

Entretanto, subitamente algum alarme soou no local a perceberem se

tratar do literal rompimento do isolamento bioquântico do local

simplesmente os fazendo entrar me pânico temendo se tratar de algum

tipo de assalto. Porém, Edmundo notou que tal vinha da sala de

quarentena solicitando toda segurança ao local, e quando lá chegaram

Edmund e Michele viram algo dos mais estranhos como se todo o

lugar estivesse oscilante como água em sua imagem e viram então

Saul desaparecer diante de seus olhos diante de algo que tomava

contornos estranhos e humanóides que se virou para eles dizendo.

- Setres, morram! Não ficarão na existência!

O alarme ressoava por todo lugar e pareciam saltar em diversos

pontos simplesmente fazendo-se ter leituras estranhas em diversos

tempos, em especifico dos sítios onde foram atingidos pelos impactos

do asteróide.

- O que é isto? Aparentemente algum tipo de força parece agir

quase que simultaneamente em vários pontos do tempo! - falou

Edwald quase em pânico.

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- Provavelmente é Chronos - como disse Edmund.

Nisso notaram a interação de tal provocou flutuações mesmo na

ZT de Londres, sendo registrada por eles como anomia em 1876 e

fazendo algumas pessoas desaparecerem da superfície.

- Relatório imediato! Nome dos pessoas atingidas pela

discrepância temporal, e a integridade de nossa ZT.

- É estranho senhor, aparentemente é como se tivéssemos sido

deslocados do tempo original e perdemos contato com as demais ZT´s

a algum tipo de linha oscilante, talvez ressoante. - falou Julio

perplexo.

- Entre os nomes temos alguns de 1876, senhor.

- Fale.

- Rudolf Fentz, que aparentemente foi bilocado para 1939,

porém, temos bloqueios como se... - Edwald interrompeu

estranhamente - como se não estivéssemos no tempo onde estávamos.

Enquanto isso no local e tempo onde se encontrava a ZT do

Brasil, simplesmente um enorme vácuo existencial deu lugar a um

imenso salão vazio tento apenas dois relógios convencionais

utilizados como enfeite que haviam desaparecido de dentro do lugar

deles, enquanto em meio a Big Apple de 1939 em Nova York um

certo Rudolf Fentz saiu perplexo e confuso as ruas quando fora

atropelado de súbito por um táxi. A ZT do Brasil da TEMPUS parou

em algum lugar que os mesmos desconheciam dando-se a impressão

de mesmo estar sendo invadida, quando ao saírem na superfície

daquele local sem saberem ainda onde estavam Michele notou um

floco de neve cair suavemente até a palma de sua mão que ao próximo

revelava fractais cada qual tão original que jamais se repetiam, porém,

aquele parecia formar sinal muito familiar a eles, a de uma estrela de

oito pontos como quase identicamente a flor do tempo chinesa do

Império do Tempo.

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APPENDIX

"Quando você elimina o impossível, o que sobra por mais incrível que

pareça só pode ser a verdade."

Arthur Conan Doyle

Mesmo que a trama do livro percorra lugares como Antártida e

locais dos períodos bíblicos, o centro do enredo foca-se na América

Latina, onde tal estabelece íntima ligação ancestral com as raízes

latinas em origem com seus mitos não somente limitado ao Brasil,

mas a de povos nativos, principalmente Brasil, Peru, Chile e Bolívia

por compreender a cultura de um período muito anterior ao opressor

império norte-americano.

Ucronia, dos mundos paralelos é uma concepção temática do

sci-fi, marginal as evidências e a história oficial presente como

universo sem relação ao vigente como etimologia da junção de 'U'

como negação ou ausência e cronia de tempo do qual o subgênero

Steampunk nutre algumas semelhanças de desenvolvimento

tecnológico paralelo ou marginal a exemplo das extraordinárias

tecnologias derivadas de avanços sobre o vapor, não sendo pertinente

aos universos paralelos em si.

Como discutido nos demais apêndices, entres os defensores do

multiversos encontra-se Brian Greene que em seu livro The Hidden

propõe mediante descobertas recentes que nosso universo poderia ser

um dentre vários no multiversos, nada de inovação, mas apenas

afirmando preceitos anteriores mesmo que nunca comprovados

veemente.

Porém, propostas mais prosaicas e fisicamente plausíveis como

a do Demônio de Laplace num pressuposto de onisciência prevê na

realidade por variáveis perante o conhecimento de cada movimento e

rumo (direção) das partículas elementares variáveis de modo a

traduzir um universo de futuro oscilante previsto pelas teorias do

tempo ondular como reflexivos, traduzindo, estes universos paralelos

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podem ser não mais que reflexos de variáveis como "fantasmas" pela

proporção de energia.

Nos livros desta série como nos labirintos pistas falsas são

colocadas, assim o faço mesmo na ficção com armadilhas subjetivas

poucas vezes reais a enganar aquele que quer ver o que quer, mas qual

autor cria um labirinto no qual ele mesmo está a se perder se por estes

meios seguir, sendo os fatos reais à parte mais ilustrativamente

interessantes do livro. Aqui as verdades factuais, porém serão ditas

separando-se ficção, especulação de realidade.

As relações sobre Zhu Di na descoberta do Brasil 70 anos antes

de Portugal são propostas no livro '1421: O Ano em que a China

Descobriu o Mundo' do historiador britânico Galvin Menzies onde

mesmo sugere que somente descobriram posteriormente - e

oficialmente - graças a cartas marítimas deixadas, segundo Menzies

"os livros de história já estão sendo reescritos" pois contém muitas

mentiras e torções, fato comprovado aos infiéis para com a verdade,

onde a própria série de livros faz um protesto sobre esta 'Estória', não

'História', escondida da humanidade como kripto.História mesmo que

tais neste livro sejam meramente ilustrativos. Porém, as ligações entre

tal mítico reino do tempo de Fo-Hi cujos mitos se assemelham

grandemente com os mitos de outras cidades são apenas hipóteses

onde igualmente as referências das cartas e mapas de Pire-reis não são

confirmadas de modo algum, sendo associações meramente

especulativas mesmo que outros personagens com traços similares

podem ser percebidos como Kukulcán, a serpente emplumada.

Percy Harrison Fawcett nascido em 18 de agosto de 1867 foi

um coronel inglês e agente da inteligência MI6 sendo agente duplo da

The Seven Circle - casos realmente curiosos que se amarram com o

conto Ilusões do Tempo do livro Crossovers Tales. -, sendo amigo

pessoal do escritor Arthur Conan Doyle - o mesmo que criou Conan, o

bárbaro – e inspirando a história The Lost World, além de ter

inspirado Steven Spilberg no personagem Indiana Jones com as

histórias de aventuras como no Brasil que o tornou famoso, a busca

pela Cidade Z, popularmente conhecido como El Dorado, vindo a

desaparecer em 1925 junto a seu filho Jack Fawcett e Raleigh

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Rimmell nas mediações do Alto xingú, Serra do Roncador, mantendo

seu último contato com a civilização em 29 de maio deste ano.

Por mais incrível que pareça os relatos de visualizações por

pilotos da FAB de algum tipo de cidade com edificações douradas são

verídicos e relatados nos dossiês da Operação Prato, mesmo que no

instante seguinte por algum mistério tal não estivesse lá como se fosse

algum tipo de reflexo ou eco. São inúmeros os relatos pela América

do sul de tal cidade perdida ganhando nomes diferentes nos paises que

fazem fronteiras (ver Kriptus: A Ciência do desconhecido) como

Paititi, Akator e El Dorado.

Entre outros personagens que realmente existiram estão a de

Andréa Lopez, cujos relatos realmente atestam que ele descobriu algo

sobre Akator, mas fora suprimido pelo Vaticano por crerem se tratar

de heresia tipicamente do pensamento estreito da época.

As pedras de Ica, no Peru, por sua vez, é um assunto

controverso sobre a autenticidade destes artefatos. Contendo gravuras

sobre operações cirúrgicas, caçadas com animais pré-históricos e

utilização de aves gigantes e pterodátilo utilizados como montarias

para transporte e caça que pressuponha ser do periodo Mesozóico.

Popularizado de fato pelo Dr. Javier Cabrera Darquea alegando ter

sido um presente, rendeu o livro "Existiu Outra Humanidade" de Juan

José Benítez onde hipóteses são demonstradas sobre os mapas de

continentes estranhos e eventos celestiais que se tornaram precursores

da teoria de cataclismos que aniquilou os dinossauros. O problema é

que as cerca de 11 mil pedras teriam sido confessamente falsificadas

pelo fazendeiro Basílio Uschuya, após ser preso por supostamente

vender tais artefatos arqueológicos. Apesar de ter alegado

posteriormente que tal confissão foi, para ser liberto, em 1977, o

próprio produziu uma destas pedras para o documentário da BBC,

Caminho para os Deuses. Mesmo que tal tenha alegado que algumas

destas tenham sido verdadeiras não há nada que comprove sua

autenticidade, porém, as supostas pegadas encontradas na Califórnia

são verdadeiras.

Muitos outros possíveis argumentos de viagens

temporais são discutidos no Appendix de ‘Crossovers Tales’ que

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levam a conclusão de que tirando-se alguns artefatos, grande maioria

dos casos são hoaxs ou enganos categóricos. Porém, em junho de

1950 um caso chamou atenção em Nova York. Um homem

identificado por Rudolf Fentz surgiu em trajes completamente atípicos

para a época em plena Time Square. Vestindo um casaco com botões

nas costas, sapatos altos de fivela e chapéu alto surgiu atônito numa

encruzilhada as 23:15 em meio a uma pequena multidão de pessoas

que saiam do teatro. Parecia deslocado ao observar os faróis dos

carros quando fora atropelado por um táxi vindo a morrer em seguida

antes que o policial que o teria visto o alcançasse. No necrotério,

encontraram objetos estranhos e datados de 1876 como uma moeda de

bronze, uma nota de estrebaria para alimentação de cavalo da

Lexington Avenue, 70 dólares em notas do periodo, uma carta

dirigida ao portado com carimbo do periodo, e alguns cartões de visita

com o nome deste que aparentava ter por volta de 30 anos. O

encarregado das investigações, Hubert Rhim, notou que seu nome não

constava na lista telefônica nem em bancos de dados de digitais e

mesmo tais objetos não pareciam desgastados pelo tempo e o

endereço encontrado, na Quinta avenida correspondia a um armazém.

O único nome encontrado na lista telefônica de 1939 foi de Rudolf

Fentz Jr. que se ao investigar consta-se que este com seus setenta anos

relatou que uma mulher, supostamente viúva, ainda vivia na Florida

tendo um marido com este nome vindo a desaparecer em 1876 vindo a

figurar a lista dos desaparecidos da época conforme constato pela

investigação sob procuras da família pelo mesmo. Sendo este caso

anedótico ou não, permanece a estranheza ainda não plenamente

esclarecida do mesmo a alimentar lendas urbanas do tipo.

Os agentes da Intempol são personagens e universo criado por

Otávio Aragão cujas histórias são escritas por diversos escritores entre

eles Gerson Lódi-Ribeiro o que tiveram vários livros e contos

publicados na internet. Não há qualquer atributo deliberado entre o

nome deste autor com a do personagem de John Octavios sendo

meramente coincidente. Separo mais algumas observações relevantes

e creditáveis por responsabilidade factual.

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- Os Criptósporos no nada convencional e chique banquete de

Dayane, Stoneset e Octavios são esporos de plantas primitivas

fossilizados, que surgem pela primeira vez no registro fóssil durante o

final do Ordovício e início do Silúrico. Naturalmente que se

desconhece quaisquer propriedades e proteínas destes presentes no

cardápio.

- O Papa Silvestre II realmente existiu e fora o responsável pelo

primeiro relógio mecânico do mundo em 996 d.C. entre a confecção

mesmo de um órgão a vapor para uma cidade alemã, só não sendo

responsável por qualquer artefato hipotético.

- Typhon, foi o nome dado a um provável cometa que teria

passado na terra a milhares de anos, sendo derivado do rei do Egito e

África no periodo, e sendo considerado terrível, aqui associado à

colisão das prováveis pedras do Alasca mesmo que o último grande

impacto ocorrido tenha sido em Tunguska na Sibéria no início do

século XX e dizimando centenas de quilômetros quadrados. Outro

nome foi dado anteriormente a este planeta pré-terreno, Orpheu,

derivado do personagem da mitologia grega conhecido pelo dom

notório com poesia e música onde seu mito o relacionava mesmo que

os pássaros paravam para ouvir quando este tocava, sendo provável

filho de Apolo. Tal nome, porém foi retirado mesmo que associado a

teorias sobre a origem da terra por considerar-se pouco em comum

com o proposto.

- O final deste O Império do Tempo, é referente à passagem de

Apocalipse 12.5-8 referindo-se similarmente ao arrebatamento ao

contrário do vulgo genocída. Não por menos o nome do personagem é

Apocon é referente ao mesmo livro cujo final já estava escrito, desde

as relações ressoantes das sete cartas, por isso o flerte de campo com

apóstolo João em Patmos.

- A citação "Espere o mais sábio dos conselhos: o

tempo" é derivada da rede social Orkut nas mensagens diárias de

Sorte do dia.

Os mitos de um planeta anterior a terra - a quem se refira a este

como Orpheu - são verídicos e compartilhados por várias religiões e

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mitologias cada qual com seu nome, e mesmo por correntes do

cristianismo do qual alguns dizem ter sido lar de outros seres hoje

vistos por demônios antes da terra ser formada. Apesar das

semelhanças com a Krypton do Super-homem o mesmo deriva-se

deste e não por menos recebendo tal nome como derivação de

Kryptus, oculto, secreto. Não por menos o mesmo personagem dos

quadrinhos é mencionado no conto 'Terras do Amanhecer Eterno' de

Crossovers Tales, notando as semelhanças.

Não obstante, não há qualquer relação empírica com a ciência

vigente sendo mera especulação insondável mesmo que aceito entre

alguns cientistas como proposta de explicar o surgimento do planeta

terra. Somente a lua, alguns cientistas propõe ter se formado dos

restos do que formou a Terra se tornando o ponto de equilíbrio da

mesma, e mesmo como escudo - basta ver as marcas de crateras para

constatar. Somente existe outro mito pertinentemente similar e

relacionado ao livro anterior 'Megalítico do Tempo', a de Typhon

como também referido pelos astrônomos como Planeta X.

Os sumérios consideram como o décimo segundo planeta do

sistema solar a 6000 anos normalmente associando estes a tragédias,

podendo, para alguns ser algo similar a um cometa por considerarem

uma estrela anã marrom, mas que pelo nome parece se ater como algo

a manter algum tipo órbita significando 'planeta que cruza' entre marte

e júpiter podendo levar o periodo de 3.600 anos a ressurgir e

ganhando o nome de Marduk pelos babilônios, em ambos casos

fomentadores de suas respectivas religiões e deuses.

Especula-se que sua presença poderia ser hipoteticamente

sentida por alterações gravitacionais entre Urano e Plutão -

desqualificado como planeta pela astronomia - de acordo com um

artigo publicado em 19 de julho de 1982 certo Dr. Thomas Van

Flandern do Observatório Naval dos Estados Unidos, a possibilidade

do chamado Planeta X entre estes, sendo posteriormente detectado

algo nas mesmas mediações pelo satélite IRAS (Infrared

Astronomical Satellite) descrito pelo chefe do projeto Jet Propulsion

Lab, da Califórnia, Gerry Neugebauer como "um pesadíssimo corpo,

possivelmente maior que o planeta gigante Júpiter”. Tais propostas

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foram seguidas igualmente por Rodney S. Gomes, do Observatório

Nacional, e Sylvio Ferraz Mello, do Instituto Astronômico e Geofísico

de São Paulo mediante observações similares, porém, ainda hoje não

se sabe comprovadamente do que se trate sendo, porém, certo existir

algo. Aqui, porém, tal tema é proposto similarmente no livro de ficção

científica 'Adormecidos'.

Sobre as pedras utilizadas pelos chronologos em seus visores e

isolantes quânticos nutrem grande semelhança em cor com a

kriptonita, porém, não mais que isto, tais parece ter reações a nível

quântico diferenciados de qualquer propriedade conhecida e por isso

não menos especulação. As fontes inspirativas da kriptonita podem se

identificar como falado nos apêndices anteriores como versão

diferenciadas do graal pedra onde a lenda especula ter caído da testa

de Lúcifer durante sua queda do paraíso - de Orpheu? - nutrindo não

menos semelhanças com o mesmo, mesmo que seja Chronos tal

entidade aqui, resumindo: as semelhanças com superman derivam-se

apenas das fontes que tem em comum (ver 'Anticorpos: Immunitas'

para lerem mais sobre o assunto).

A possibilidade de outros tipos de formas de vida baseadas em

silício, por exemplo, são promissoras entre teóricos, em particular da

exobiologia que analisam as propostas de extremófilos e mesmo

físicos propõe a possibilidade de algum tipo de forma bio-quântica,

mesmo que não passem de teorias, assim como seres de antimatéira.

Entretanto alguns dados interessantes sobre o incidente de Tunguska.

Dos impactos de asteróides relatados no livro o evento de Tunguska é

verídico e ainda hoje gera muitas especulações algumas pouco

científicas. O astrônomo F. J. W. Whipple propôs que tal impacto

teria sido causado por um fragmento de cometa que por ser feito de

poeira e gelo não teria deixado vestígios. Mesmo que tal teoria tenha

sido corrobada por Lubor Kresák em 1978 alegando ser parte do

cometa Encke, que teria ficado conhecido pela chuva de meteoros de

beta taurídeos, materiais encontrados em 1990 por pesquisadores

italianos constataram que na resina das árvores do epicentro do

impacto contia materiais comuns a de meteoros corrobando as

propostas de Zdeněk Sekanina – inspiração do nome de um dos

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personagens - em 1983 e de Farinella, Foschini em 2001 que propôs

pela trajetória de impacto que tal teria vindo do cinturão de asteróides,

podendo ser algum tipo de rocha porosa justificando-se explodir na

atmosfera baixa.

Lincoln LaPaz, porém, propôs em 1941 que tal poderia ter sido

provocado por algum pedaço de antimatéria similar a propostas das

entidades sombrias, mesmo que não exista indícios de tais pedaços de

antimatérias pelos astrônomos, mas sendo seguida por Cowan, Atluri

e Libby em 1965 o que não explicava a existência de materiais

minerais encontrados no local, aqui sendo justificado mesmo que

meramente ficção.

Mesmo que Nikola Tesla tenha realizado realmente um

experimento no mesmo horário com seu raio da morte, na torre de

Wardenclyffe, não existe qualquer relação comprovada com o evento,

mesmo que outras teorias ainda mais curiosas propõem que tal

explosão fosse resultado de um micro-buraco negro que teria

atravessado a terra de acordo com Albert A. Jackson e Michael P.

Ryan em 1973 não explicando, porém a ausência de efeitos como de

tremores que deveria ter ocorrido caso tal fosse verídico, parecendo

compartilhar traços com teorias não menos especulativas do que a do

livro 'Eram os deuses astronautas' de Daniken que propõe ser

provocadas por fissões nucleares, ou até mesmo por colisão de uma

astronave alienígena, segundo Dr.Yuri Labvin.

Propostas tão espetaculares quando mesmo a de seriados como

Arquivo X, de Chris Carter, que propõe que teria junto trazido o

chamado óleo negro, uma forma de entidade alienígena infecciosa

como um líquido similar a petróleo.

Outros elementos ainda não explicados poderiam se adequar

como algum tipo de indicio a favor das objeções temporais propostas

no livro ‘Chronogenises: O Livro do Tempo’. As relações de simetrias

e assimetrias no universo sempre são relacionadas a proporções de

forças interagentes e mesmo em composição com o Tempo ondular.

Em 2011 o observatório Calar Alto notou o que acreditam ser algum

subtipo de supernovas, que aparentemente não são esféricas

produzindo o típico anel de impacto. O que poderia proporciona-lo se

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não a interação de algum outro tipo de força? Certamente tais

poderiam mesmo ser relações temporais em vista dos desdobramentos

gravimétricos de singularidades que estes eventos proporcionam.

Mesmo que o destaque deste livro não tenha sido a tecnologia

algumas propostas de inovação tecnológica são lançadas como a das

paredes translúcidas do Império do Tempo. A inspiração aqui, é a

referida Projeção Articulada, transcrito de modo que as cores mesmo

se alternem não sendo somente de movimentos e forma. A versão

hipoteticamente original seria possível graças a nano-robores ópticos

orientados por algum tipo central de cérebro que passa as informações

para as articulações a formar projeções sólidas em 3D. Não sendo

como descrito em fotões tal apenas ganha forma pela projeção

holográfica deste sobre os nano-robores que acompanham a projeção,

dando inclusive a impressão luminosa do mesmo, algo que

cientificamente apenas dá os primeiros passos nutrindo semelhanças

com a camuflagem de invisibilidade como a vista no filme ‘Predador’.

Tradução das frases em Latim

Diversas frases são ditas pelos Imperionautas em latim, sendo todos

provérbios e termos comuns nesta língua considerada morta, assim

como ao longo de todos os livros de Saga dos Tempos, em particular

de ‘Crônicas Atemporais’ onde mesmo a Ordo Christianita Ad Ventus

lida-se com estes termos. A seguir separa-se seus significados assim

como a procedência de algumas destas ditas pelos imperionautas.

- Vas malum non frangitur - Vaso ruim não se quebra

- Sic illa ad arcam reversa est - E assim, ela [a pomba] voltou à

arca (subtraído do lema da cidade de Salvador, Brasil).

- Iustitia et misericordia coambulant - a justiça e a misericórdia

andam juntas.

- Magis experiendo quam discendo cognoscitur - mais se sabe

por experiência que por aprender.

- Vitiis nemo sine nascitur - Ninguém nasce sem defeitos.

- unus pro omnibus, omnes pro uno – um por todos, todos por

um (lema da Suíça)

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- Oculum pro oculo, dentem pro dente - Olho por olho, dente

por dente.

- Abundans cautela non nocet - Cautela em excesso não faz mal

a ninguém

Fundamentos do Império do Tempo

As legislações do Império do Tempo não encontram-se de modo tão

diferente das leis TEMPUS, sendo este, porém, mais abrangente

mediante a anomia pelos óbvios conhecimentos mais avançados

destes em relação aos cronologos, que antes parecem mesmo interagir

de algum modo com esta a direcionando a flutuações específicas. A

seguir são separadas as notadas leis fundamentais dos imperionautas

sobre as concepções destes em relação ao Tempo.

1 - O tempo como dimensão é maior que o espaço, de modo que o

mesmo espaço pode ser explorado diferentemente em outros tempos.

Pois não se pode viver duas vezes o mesmo tempo.

2 – Não se pode encontrar a si próprio nas viagens temporais, dois

corpos não podem ocupar o mesmo espaço assim como o mesmo não

pode ocupar o mesmo tempo.

3 – Todos os supostos mundos paralelos são apenas reflexões de

desvios e inerentes a flutuações proporcionadas pelo livre arbítrio em

atuante ressoante do tempo ondular.

4 – O Tempo não volta atrás. As viagens temporais físicas são apenas

possíveis pela rede interligada de wormholes, mediante a estabilização

e orientação a salvo os fenômenos de procedência natural.

5 – Alterações temporais são terminantemente proíbidas fora o

cronológico comum oriundo, sendo vedado a orientação da anomia a

direção comum.

6 – A anomia considera-se indistrutível, sendo apenas direcionada,

como flutuante padrão dentro da própria condição do tempo e do

universo.

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O Treinamento de um temponauta

Não é qualquer um que pode fazer parte integrante da TEMPUS

(Time Experience and Mirror Pesperctive Unith Search) sendo

pessoas com conhecimentos de mecânica quântica e física. Porém,

entre os exames são testadas as capacidades tanto morais quanto de

pensamento e raciocínio em dimensão temporal tanto quanto espacial

no tocante dos paradoxos, que os aceitos são instruídos dentro da

disciplina do reflexologismo e ostensivo treinamento em diversos

campos. Não bastando, porém tais virtudes e talentos comuns, é

necessário sorte, e realmente ter algo incomum que chame a atenção

do grupo experimental ou como ser salvo de ataques de seus

adversários, os bugmans. Aqui serão listadas tanto as fases de seleção

quanto de treinamento.

Exames: No aspecto teórico são avaliados os candidatos por

Psicotécnico e detector de psicopatia por monitoramento de ondas

cerebrais como capacidades de mentir, e desvios comportamentais e

emocionais, onde o desvio de personalidade anti-social e tendências

violentas são detectadas, podendo ter proveito mediante tratamento

genético e psicológico, ou não.

Ainda são analisadas nesta fase as capacidades motoras e dos

diversos tipos de inteligências como física, matemática,

conhecimentos gerais, história entre outros. O teste de coodernação,

por exemplo, são selecionados quando eliminatória os candidatos que

conseguirem fazer um círculo à mão livre mais próximo da perfeição

simétrica.

O exame físico não tenta somente a condicionalidade corporal

tal como a resistência em seus limites como modo de seleção para

agente de campo ou operador, analisando predisposições genéticas por

doenças como câncer entre outros, e em casos positivos propondo

tratamento preventivo com o moderno aparato tecnológico da

TEMPUS onde pode incluir aprimoramento genético, entre outros.

Treinamento: Tais se separam não somente nos campos teóricos

quanto práticos por aulas onde são aprimorados não somente os

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conhecimentos e habilidades defensivas e de ataque tático temporal

onde são demonstradas as legislações internas da atuação temporal e

atemporal tanto em campo quanto de operações em base. Aulas de

paradoxismo e reflexionismo são necessárias e de utilização

tecnológica temporal tanto quando das disciplinas que abordam os

temas físicos e quânticos do Experimento de Reflexo Temporal.

Podendo este ser seletivo mediante notas e aptidões do ingressante.

No curso prático alguns modos de treinar a percepção são

ensinados como derivações de práticas marciais orientais - que são

ensinadas inclusive no curso - a exemplo do treinamento cego que

consiste em instruir o membro com uma venda nos olhos por três dias

a fim de aprimorar os demais sentidos onde este deve cumprir tarefas

simples que necessitem dos sentidos secundários, assim como

posteriormente o oposto.

Ainda encontra-se entre o treinamento a corrida física onde num

ponto temporalmente isolado os candidatos são compelidos por tempo

estipulado subirem uma montanha carregando uma fina folha de pedra

facilmente quebrável do qual o que a quebrar pode ser desqualificado,

assim como o treinamento de combate tático temporal na sala de

espelhos como veremos a seguir.

Reflexões na sala de Espelhos

Como parte do treinamento dos aprovados nas fases anteriores, tal

fase não é eliminatória, se não classificatória. Não abrangendo

meramente a perícia de mira e locomoção num labirinto propondo-se

os desdobramentos e desvios ressoantes, temporais, em relação à

habilidade do cadete se não a aptidão deste diferenciar os reflexos

entre si não atingindo os espelhos - reflexos - se não os originais. Para

isto existem dois tipos de dificuldades, a Junior, que serve-se destes

com trajes comuns e a Sênior, onde todos utilizam-se de uniformes e

mascarás iguais para se dificultar. Aqui, a lição é filosófica e

fisicamente justificável: mediante as ressonâncias temporais

demonstrar habilidade mental em distinguir os objetos replicantes e

ressoantes (cópias) dos originais, o que pode abranger mesmo

paradoxos que em contraparte temporal serve para exemplificar casos

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de paradoxos como paradoxo do avô ao se cometer suicídio

existencial atirando no próprio reflexo, mediante complexo

monitoramento inteligente por sensores nos espelhos e visual.

O espelho reflete em dobro simetricamente inverso, e os demais

espelhos fomentam uns frente a outros a percepção da reflexão infinita

exatamente como proposto nos mundos ressoantes das conceituas da

Flor de Mil pétalas.

Fatos e indícios que corroboram a teoria dos setianos e o

Megalítico

- Pesquisadores concluem que mesmo o Stohegne é uma versão

de algum megalítico anterior.

- Os seths eram agrícola, ou seja, somente colhiam o que

plantavam, de tal prática veio o conceito bíblico de "cada um colher o

que plantou" assim como "cada arvore com seu fruto", algo não

concernente aos maus a exemplo da linhagem de Caim. Um

megalítico assim como a compreensão da astronomia auxiliaria no

plantio e na lavoura, mas mediante os primeiros profetas surgir o

conceito igualmente de datar eventos futuros tendo por ponto de

partida a posição do "firmamento".

- Uma das possiveis provas ou indicios que apontariam essa

relação e eventos futuros com datação astronômica está no fato dos

três reis magos terem encontrado o lugar e momento do nascimento de

Jesus.

- As concepções de linhas ley indicam relações entre

construções antigas de modo interligado não somente propondo uma

civilização de alcance global (construções nas Américas também

correspondem a tais) assim como igual correspondência astronômica

de modo a sugerir que possa ter vindo de um ponto "zero", onde

teorizo ter sido construído o megalítico em tempos remotos do qual

jamais ficaria deafazado com o tempo mas antes teria ajustes a futura

posição das estrelas.

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- Como somente com Moises tais histórias foram passadas com

seus livros, a Torá? Não crendo que ele seria um profeta do passado.

Dada a o status coerente e de riqueza de detalhes tão pouco não

poderia ser uma transcrição de oralidade do povo judeu como meros

mitos folclóricos, de modo que mesmo tais se encaixam perfeitamente

com os fatos inerentes aos povos antigos. Tal fato indica que Moiseis

talvez tivesse acesso ao conhecimento fora do império Egípcio do

qual era instruído. Isso nos leva a concepção de Josefo sobre os

pilares de Seth, teria Moisés o encontrado?

- Os próprios pilares de Seth são uma concepção de poderia

indicar ter sido uma construção carregada de outro ponto anterior,

seria os restos do megalítico?

Cronograma de Variáveis interagentes ou divergentes

Aqui são separadas as flutuações temporais da linha-tronco de onde

personagens vem a interagir no passado, ignorando as demais

flutuações laterais detectadas pela TEMPUS como ressoantes da flor

de mil petálas. Os pontos convergentes em comum com outras linhas

por fatores históricos que se interagiram de algum modo são assim

marcados seja como ponto de desvio ou junção.

Oscilação temporal de 2001-a

2001 – As duas torres do WTC são derrubadas fraturando o tempo em

duas flutuações.

2012 (ponto convergente) – Secretamente John Octavios consegue

impedir o avanço da anomia, culminando no fim do mundo.

2015 - Primeiros casos provocados pela Bug´s Time, envolvendo o

TerrAlfa, o rapto de John Roberts pelo mesmo. Anos após ocorre o

primeiro salto temporal cronológico moderno.

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2022 - Recrutamento de Jonathan Haydan Strong, por viajantes

temporais.

2043 - Período de recrutamento de John Octavios em meio a III

Guerra Mundial que devasta Londres.

2052 - O primeiro experimento temporal realizado por Leonnel

Lennox, no Arkansas, Texas.

2055 – A nave Apocon em órbita da terra adentra ao primeiro

wormhole estabilizado do mundo, porém, falha a engole pela metade a

local desconhecido.

2071 – seis anos após outra nave é enviada pelo portal

quadridimencional perdendo contato com a terra, possivelmente indo

parar no que chamam de centro do universo.

2072 – Apocon Keystone torna-se o primeiro temponauta do mundo e

funda a TEMPUS estabelecendo laços com o futuro quebrando a

cronologia comum.

2107 – Sinal decifrado com a descoberta do código quântico-universal

revela a posição do centro do universo onde estaria o nave perdida em

2071 e tornando necessário mais uma missão.

2118 – descoberto o poder bio-quântico da linhagem Seth mediante as

viagens temporais.

Maio de 2217 - Tentativa de matar Apocon torna eminente o

Apocalipse.

Oscilação temporal de 2001-b

2001 (ponto convergente) - O WTC permanece intacto e Roberts é

considerado louco.

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2017 – Ocorre o Big One na Califórnia após reporter descobrir

segredo sobre viajantes temporais; neo-americanismo ao lado do neo-

nazismo passa a ser considerado crime e conspiração por considerar-

se extorsivo subversivo aos valores norte-americanos, genocída e

monopolista contra povos estrangeiros.

2020 (ponto convergente) – Misterioso artefato vindo da Nuvem de

Oort cai na terra inicial destrutiva guerra inter-espécies, provocando

provável desvio temporal.

2023 - Os Estados Unidos fragmentam-se em pequenos estados-

nação; A républica do Texas é a primeira tendo por presidente George

W.Bush.

2100 – A tecnologia alienigena parece adaptada plenamente a

civilização criando a modalidade da oniriweb, mundos onirícos. Novo

desvio de oscilação temporal.

2105 – descoberta da viagem de consciência é controlado no artefato

da Amazônia e derivando o Oneirochronos e o misterio lapso

temporal por discrepância no tempo do qual somente Ofir é elo.

Oscilação temporal de anomia

20 de dezembro de 2012 (ponto convergente) – cientistas desenvolve

projeto capaz de criar o primeiro moto perpetuo, porém, culminando

numa reação em cadeia que destroi o planeta.

Vertente do Império do Tempo

2015 – Descoberto modos de produzir alimentos do petroleo e

extração de ouro microscópico por bactérias alteradas geneticamente.

Muitas outras aplicações são realizadas.

2016 – Estabelecido o SMAO com a função de monitorar os sete

mares impedido acidentes e crimes em águas internacionais; estebece

o Setor Zero originalmente entre o Hawaii e Estados unidos.

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2018 – Setor Zero é movido até sítio onde cratera fora encontrada a

custo de milhões de euros.

2020 (ponto convergente) – O efeito oposto a anomia é sentido no

desvio onde a terra encontra a zona de singularidade quântica ligada a

origem da vida fomentando salto evolucional ao ter leis anmtes

desconhecidas descritas pelo projeto Wolley realizado no Setor Zero.

2022 – O Projeto Wolley após a singularidade descobre modos de

expandir seu projeto a flutuações temporais de modo ocasional, e

inicialmente por consciência. Descoberto modo de interpretação da

comunicação das baleias no misterio quântico, e transmissão de

energia tanto como de dados por emaranhamento criando o primeiro

computador bio-quântico do mundo. Enquanto um projeto de

realidade aumentada é exposto revelando a verdade sobre um projeto

negro mais macabro.

2024 – RIF Unit são finalmente detidos por completo da construção

da máquina de ataque quântico e revelam todos os conhecimentos que

haviam roubado da SIDE entre mais cientistas.

2028 – São estabelecidos técnicas de sintonia quântica onde se

consegue realizar leituras bio-quânticas de todo cosmos, topando

acidentalmente com a rede de wormholes.

2029 – encontrada cura para a moléstia do neandertalismo, ou TPA,

Transtorno de Personalidade Antisocial, que havia se tornando

pandemia após atravessar a singularidade.

2037 – Partindo de estudos avançados do evolucionismo bio-quântico

cientistas constroem em orbita terrestre – pela ausência de gravidade -

artefato maior que o nucleo do giroscópio que é um SIDAN, capaz de

produzir energia por supercondutividade assim como luz pelo

aprimoramento do W.O.L.L.E.Y.; Descobrem o poder da linhagem

Seth e algum sinal quantico codificado na estática dos televisores

provinientes do primórdio dos tempos de uma nave humana

desconhecida.

2046 – Por meio do SIDAN consegue-se estabilizar viagens espaço e

temporais ao longicuo quando conseguem determinar o centro do

universo, a origem do tempo.

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2070 – As descobertas e a singularidade estabelecem alto parametro

socio-moral no fundamento do que eles chamam por Império do

Tempo onde conseguesse abrir portas para locais do espaço e do

tempo. Concílio decreta a regulamentação das leis temporais e

quânticas.

Vocabulário:

Typhon: Planeta anterior a

Terra onde morava Chronos.

Extratemporal, ser: Entidade

bio-quância de existência

atemporal podendo ser os

homo nulus formados por

antimatéria e darktrons.

Bio-Quântica, forma de

vida: Entidades não baseadas

em carbono e água, se não de

interação quântica.

Cronografia: Conhecido

igualmente por Tempografia, é

disciplina do tempo ondular que

analisa especificações por

mapeamento quadridimensional

das oscilações.

Nomes

Adições de personagens ao vocábulo do segundo livro.

Edmund Labvin: Líder interino

da ZT do Brasil envolvido no

incidente de Tunguska sob o

mando do Protocolo 37.

Edwand Sekanina: Biólogo e

geólogo precursor de teorias de

formas bio-quântica e

pesquisador das propriedades

atípicas das pedras do Alasca.

Julio Machado: brasileiro e

membro da TEMPUS responsável

pela segurança tática de campo.

Jack Fawcett: Filho de Jack,

personagem real.

Michele Stoneset: descendente de Hebert

Stoneset e novata carreirista

na TEMPUS

Percy Fawcett: Coronel e

agente duplo da MI6 na The

Seven Circle que se perdeu

na floresta Amazônica.

Zeh-hu-Kahn:

Imperionauta chinês do

grupo tático cujo nome

deriva-se de um dialeto

desconhecido no mundo da

TEMPUS.

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Considerações finais

São muitos os nomes não de colaboração com este trabalho, se não

dos que apóiam igualmente não somente como Liberdade de

Expressão como importante a muitos como parte do Filoversismo

(não qualquer outro grupo que tenha colaborado apenas com meu

sofrimento), em contraposição aos profanadores em discriminação e

preconceito. Tais amigos e amigas invisíveis sendo pessoas que

infelizmente não sei os nomes e de igual tantas outras que tornam o

mínimo possível, mediante o que suporto aos fracos em moralidade, e

por estas amizades a quem veto todo meu carinho e motivo de

prosseguir como libertação pessoal as torções do que me é importante,

assim como para estes em honestidade e sendo coerentes.

Porém, a perturbação de meu trabalho por atos de soberba por

verdadeiros anormais em sabotagens do qual transtorna qualquer

possibilidade civilizadamente de prosseguir mediante a condição

sobre terríveis forças que impõe a miséria e sofrimento contra

qualquer legislação natural e humana conhecida, tem se tornando mais

do que problema, se não o supra-sumo do que pode representar de

mais vil na humanidade em risco para a própria. Mesmo mediante o

quão importante são tais teses descobertas comprovadamente criadas

por mim que tento qualquer fugir de correntes subterrâneas ocultas e

negativas de pensamento, mas que são constantemente por estes são

utilizadas como, contudo a seus atos vis onde a soberba se prontifica

em minha humilhação, sendo pessoas de impossível conviver e

coexistir por ausência de sociabilidade civilizada.

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Fontes:

- Chronogenises: O Livro do Tempo – 2010 – Gerson Machado de

Avillez

- Adormecidos (Sleepners) – 2010 - Gerson Machado de Avillez

- Anticorpos: Immunitas – 2010 – Gerson Machado de Avillez

- Eram os deuses astronautas – Eric Von Daniken