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RRPP Revista semestral. Curso de Relações Públicas/Famecos/PUCRS - Ano 20 n° 35 - Porto Alegre, RS, Brasil - Julho 2013 Versão digital: www.rrpponline.com.br Atualidades COMUNICAÇÃO POR MÚSICA Instituto de Cultura Musical da PUCRS sai em busca de novos públicos. Sobremesa Musical é uma das iniciativas. FERNANDA DALKE/ RRPP CAMILA MORAES Eles levam alegria aos hospitais DOUTORZINHOS Ação social de voluntários OUVIDORIA Sociedade atual exige respostas Universidade ouve seus públicos Tatuagem ainda pode prejudicar a imagem? PROFISSÃO

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RRPPRevista semestral. Curso de Relações Públicas/Famecos/PUCRS - Ano 20 n° 35 - Porto Alegre, RS, Brasil - Julho 2013

Versão digital:www.rrpponline.com.br Atualidades

COMUNICAÇÃOPOR MÚSICAInstituto de Cultura Musical da PUCRS sai em busca de novos públicos. Sobremesa Musicalé uma das iniciativas.

FERNANDA DALKE/ RRPP

CAMILA MORAES

Eles levamalegria aoshospitais

DOUTORZINHOS

Ação socialde voluntários

OUVIDORIA

Sociedadeatual exigerespostasUniversidadeouve seus públicos

Tatuagemainda podeprejudicara imagem?

PROFISSÃO

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2 RRPPAtualidades/Julho 2013

AberturA

Destaque para a inovação• O relações-públicas, para acompanhar o atual mercado,deve ser inovador e ter perfil de empreendedor

O profissional de Relações Públicas deve ser cada vez mais completo, saber sobre diferentes áreas e ter conhecimentos variados. Nessa pers-pectiva, o empreendedorismo, por buscar novas oportunidades, inovação e exigência de qualida-de, tem tudo para agregar nessa trajetória.

O momento do mercado é altamente com-petitivo, no qual o público consumidor pensa e opina sobre a empresa, e as novas tecnologias deixam as ações cada vez mais transparentes. Percebe-se uma maior preocupação das organi-zações em manter um bom relacionamento com seus públicos e a preocupação com a imagem.

Nesse cenário, o profissional de Relações Públicas entra com papel importante, sendo res-ponsável por todas essas preocupações. Paulo Nassar, professor do curso de Relações Públicas da ECA-USP, afirma que o profissional de Rela-ções Públicas deve ir além do conhecimento da sua área, para entender também sobre conheci-mentos políticos, econômicos e da própria cul-tura da empresa, já que esses fatores têm forte influência para as organizações.

Para agregar ainda mais valor à sua carrei-ra, o relações-públicas poderá adotar um perfil de empreendedor. Busca de oportunidades, ini-ciativa, persistência, comprometimento, busca pela inovação, saber estabelecer metas, buscar exigência de qualidade e eficiência são algumas das várias características do empreendedor. Ser um empreendedor vai além de ter negócio pró-prio, significa ser empreendedor em tudo que se faz, incluindo dentro de uma organização. Signi-fica ser um colaborador ao invés de ser apenas um funcionário, significa procurar agregar valo-res, além de simplesmente cumprir tarefas.

A estudante de Relações Públicas e sócia di-retora da Cinco Marias Agência Digital, Telma Lampert, comenta que o empreendedorismo está presente em sua vida de todas as maneiras. “Todas minhas ações são bem planejadas, vivo o empreendedorismo intensamente, já que tudo pode influenciar o negócio, seja de forma positi-va ou até mesmo negativa”, observa Telma.

A jovem acredita que o empreendedorismo pode ajudar o relações-públicas na questão da inovação, permitindo apresentar novas ideias para o mercado e através da atualização cons-tante de conhecimentos, o profissional tem a chance de se destacar. “Um negócio realizado com dedicação, planejamento, organização, qualidade e vontade pode sim dar certo e isso só ajuda o profissional perante o mercado, au-xiliando, inclusive, na sua legitimação como relações-públicas”, afirma a estudante.

Telma Lampert destaca o diferencial de um relações-públicas que tem perfil de empreende-dor: “Os principais diferenciais são a vontade de

aprender, de realizar um sonho e correr atrás dos seus objetivos, de propor mudanças e novas ideias, de aceitar desafios, de ser autoconfiante, de vislumbrar resultados, de não medir esfor-ços para realizar algo, de se comprometer, de ter prazer naquilo que faz, de não ter medo das responsabilidades, de querer ser independente, de agarrar as oportunidades, de valorizar cada conquista e também reconhecer cada fracasso e tentar outra vez, de cobrar de si mesmo pela excelência e qualidade do trabalho, enfim, de ser um profissional que quer sempre mais!”

Anna Moser Dietschi

ARTE: ANNA MOSER DIETSCHI

∆ Telma Lampert

• Autoconfiança• Iniciativa• Comprometimento• Exigência de qualidade e eficiência• Independência• Correr riscos calculados• Saber estabelecer metas

• Buscar informações• Planejar e monitorar sistematica-

mente• Capacidade de persuasão e de formar

rede de contatos• Estar sempre em busca de novas

oportunidades

As características que o empreendedor deve possuir:

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3Julho 2013 /RRPPAtualidades

Em pesquisa realizada pelo site Carrer-Cast.com, as Relações Públicas apresen-tam um nível de estresse de 48.52 sobre

um total de 100 pontos, o que reforça a ideia de que as relações interpessoais vêm “incomodan-do” cada vez mais. E muito. Lidar com o outro, relacionar-se e, por fim, a mais difícil de todas as tarefas, comunicar-se, são, sem dúvida, práti-cas bastante complicadas. Isso porque os profis-sionais de Relações Públicas fazem a gestão de relacionamentos e, mesmo que trabalhem pela harmonia total nas relações, sabem que esta é uma realidade inatingível. A comunicação exce-lente ocorreria apenas se conseguíssemos mer-gulhar no outro e sentirmos de fato aquilo que ele procura e realmente quer ouvir, enxergar e obter.

Quando Sartre atribuiu o “inferno” aos outros talvez nem fizesse ideia de que as Rela-ções Públicas surgiriam justamente para gerir e amarrar tudo isso. É uma fórmula equivalen-te, se há crise, há RP. Um exemplo de geren-ciamento de crise que, não foi perfeito, é claro, mas representou muito, muito estresse, foi o da Companhia Aérea TAM. O pronunciamento tardio e frio da gestão de comunicação referen-te ao acidente do voo 3054, ocorrido em 2007, contribuiu para que a imagem e a reputação da organização fossem afetadas. O sucesso total do gerenciamento da crise não foi possível, porque não há como sentir exatamente da mesma for-ma como sentiram as 187 famílias que perderam pessoas queridas.

A Coordenadora da Assessoria de Comuni-cação da PUCRS (ASCOM), Ana Maria Roig, vê a crise como consequência de uma atitude ina-dequada ou surpreendente, pois “normalmente esse impasses ocorrem a partir de uma decisão

errada ou acidente. Como no caso da TAM, que gerou uma crise com potencialidade de inter-ferência da imprensa”. Questionada sobre o nível de estresse das Relações Públicas, a coor-denadora garante que “a área de gestão de re-lacionamento em Relações Públicas é realmente estressante devido à diferença dos interesses, principalmente em nível de conflito, afinal lida-mos com a existência de impasse entre as pesso-as e isso está implícito no relacionamento”.

A atividade de Relações Públicas, portanto, não é nada fácil. A utopia de relações plenas e harmoniosas deverá parar de causar tanto es-tresse, na medida em que os profissionais da área cada vez mais se conscientizem do seu es-paço no conflito e na busca pela excelência, mes-mo que ela jamais venha a existir.

Amanda Dhein e Francielle Falavigna

∆ Ana Roig : “Relações Públicas é estressante porque lida com a diferença de interesses”

O INFERNO SÃO OS OUTROS• Profissão de Relações Públicas é eleita a 5ª mais estressante

1ª – Militar2ª – General

3ª – Bombeiro4ª – Piloto comercial aéreo

5ª – Relações-Públicas6ª – Chefe de corporação executiva

7ª – Fotojornalista8ª – Repórter jornalístico

9ª – Taxista10ª – Policial

As 10 profissões maisestressantes em 2013:

FRANCIELLE BENETT FALAVIGNA

PARA ENTENDER MELHOR RPAs concepções de estética, moral e ética podem e, de fato, auxiliam

muito na compreensão das Relações Públicas. O conceito de estética associado à RP está vinculado ao retorno satisfatório das estratégias e atividades realizadas, especialmente no ramo empresarial. Se as fun-ções forem menos táticas e mais estratégicas, logo se obterá sucesso nas atividades desempenhadas. A moral, que consiste em um conjunto de normas e costumes habituais, também aplicados à profissão, esclare-ce dúvidas acerca do que vem a compor as Relações Públicas. Avaliar, prognosticar, diagnosticar as políticas de relacionamento, pesquisar e implantar ações e programas estratégicos são atividades que legitimam a moral da profissão.

Os profissionais de Relações Públicas são responsáveis por estudar

a moral da atividade para que possam entender melhor o ofício, atuar de forma eficaz, assim como construir uma reputação sólida e uma imagem que transmita confiança aos seus mais variados públicos. Esse estudo se chama ética e é a partir dele que se desenvolvem práticas que possam garantir sucesso.

É imprescindível entender a moral de uma profissão, ou seja, o que realmente é, para que possamos concluir julgamentos sustentados em dados concretos. De nada vale construirmos opiniões em cima de infor-mações não consistentes. O que realmente constitui a profissão (a iden-tidade) é o que você imagina ser RP (a visão).

Amanda Dhein e Francielle Falavigna

AberturA

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4 RRPPAtualidades/Julho 2013

O evento Chocofest acontece há cerca de 20 anos, com atrações no período da Páscoa, na cidade de Gramado, e há quatro anos conta com os desfiles

de moda produzidos pelo Senac-RS, na Rua Co-berta. Em 2011, a Instituição trouxe um desfile inspirado na rainha Maria Antonieta, com orna-mentos feitos em açúcar. No ano de 2012, o cho-colate branco encantou os espectadores, com o desfile “Universo Polar”. Já em 2013, foi a vez dos 90 quilos de chocolate ilustrarem a história da moda do século xx, o único desfile no mundo a apresentar roupas totalmente feitas com cho-colate.

A produção dos desfiles cresce a cada ano. A cidade de Gramado conta com a visita de turis-tas de outros estados, gera grande repercussão e, inclusive, foi parar em programas da Rede Globo, como “Encontro”, da repórter e apre-sentadora Fátima Bernardes, no último desfile (2013), e no programa “Mais Você”, da apresen-tadora Ana Maria Braga (2012).

O sucesso desse trabalho deve-se ao em-penho da equipe de colaboradores do Senac--RS, entre eles o coordenador do curso de moda Márcio Weiss, a coordenadora do curso de gas-tronomia Úrsula Silva, e as coordenadoras do evento Fernanda Romangnoli e Fernanda Bugs, que, através de inovações, buscam surpreender o público.

No seu segundo ano coordenando o evento, Fernanda Bugs, Analista II de Eventos da Asses-

soria de Marketing do Senac-RS, ex-famequiana formada em Relações Públicas, pós-graduada em Gestão Estratégica de Pessoas, na Faculda-de Senac Porto Alegre, é um exemplo do esforço realizado para que tudo dê certo e traga sucesso. Fernanda contou, em entrevista, como é traba-lhar na área de eventos e a importância do pro-

fissional de Relações Públicas nas produções. A RP participa da organização dos desfiles

de moda do Senac-RS na Chocofest desde o iní-cio e diz que ele é o seu “xodozinho”. “Como no desfile realizado na Chocofest, todos os eventos deveriam ter um profissional da área, assim como todas as empresas, independentemente do segmento. O papel desse profissional é essencial para que a coisa funcione”, assegura.

Apesar de no período de sua formação ter encontrado dificuldades por não haver tanto es-paço no mercado de trabalho, nunca desistiu da profissão. Afirma que hoje isso vem se reverten-do. O mercado abre espaço e percebe a impor-tância desse profissional em qualquer área.

Ela emociona-se e levanta a bandeira da profissão. Mostra-se apaixonada pela ativida-de, pois é uma profissão agregadora e que va-loriza o trabalho em equipe, assim como a área de Eventos, em que sempre esteve envolvida desde o início do curso. “Um evento envolve o imaginário das pessoas, a dedicação e o esforço de todos e, apesar do grande trabalho e da gran-de administração que se deve ter, é um apren-dizado enorme. É gratificante porque o evento é a realização das pessoas, do cliente”, afirma. E acrescenta: “Se você acha RP só faz festinha, então você vai ter o melhor evento”.

Caroline ChavesNair Ilha

Stéphanie Mross

RP só fazfestinha?• Uma relações-públicas por trás de um grande evento.

STÉPHANIE MROSS

∆ Fernanda Bugs, 26 anos, relações-públicas

STÉPHANIE MROSS

∆ As modelos encantaram o público ao desfilarem com roupas de chocolate, produzidas com 90 quilos de cacau, na Chocofest, em Gramado

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5Julho 2013 /RRPPAtualidades

Relações Públicas é a ação que está à frente de toda e qualquer comunicação. Essa é a opinião de Márcio Oliveira, em entrevista à re-vista RRPP Atualidades. Graduado em Comunicação Social – Habilita-ção em Relações Públicas (2012/2) pela PUCRS, ele está inserido no mercado de trabalho, como RP, desde seu segundo semestre na faculdade. Foi um dos primeiros a par-ticipar do Espaço Ex-periência. “Ali apren-di tudo o que sei hoje sobre ser relações -públicas e, principalmente, a como produzir um evento. Do Núcleo de Eventos, para uma oportunidade no mercado como efetivado, foi um pulo”, revela.

Analista de Eventos na Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Ale-gre (CDL-POA), inserido na área de Marketing, atuando no setor de eventos, Márcio relata seu maior desafio profissional: encontrar no mercado de trabalho relações--públicas na área de eventos. “Na faculdade aprendemos que esse trabalho faz parte das atividades de RP e quando vamos para o merca-do existem administradores, arqui-tetos, engenheiros, pedagogos pro-duzindo eventos”, surpreendeu-se. “Eu me perguntava como isso era possível. Até eu compreender isso

demorou. Mas hoje, acredito que nós mesmos não nos colocamos como deveríamos no mercado, por isso, deixamos espaço para outras profissões exercerem nossas fun-ções.”

Ele diz que o evento é o mo-mento que a organização pode

concretizar o relacio-namento com seu pú-blico-interesse e pro-mover seus produtos ou serviços. “Como Analista de Eventos é exigido estratégias para conseguirmos atingir ao público da

organização, deixo de ser um exe-cutor de tarefas para assumir um papel de estrategista”, afirma.

O relações-públicas deixa uma mensagem para os que preten-dem seguir a área de eventos. Os estudantes devem se posicionar, mostrar e executar as estratégias comunicacionais aprendidas, para, a partir disso, fazer a diferença no setor. “Procurem entender e sa-ber de todas as nossas funções, se possível, atuem um pouco em cada uma, depois sigam suas carreiras na que mais se identificam, mas é importante que saibamos trabalhar a comunicação no todo e não parte dela”, ressalta.

Caroline ChavesNair Ilha

Stéphanie Mross

Mais que executor, um estrategista• Márcio Oliveira faz a diferençana área de eventos como profissionalde Relações Públicas

“É importanteque saibamostrabalhar a

comunicaçãono todo”

FLICKR EU SOU FAMECOS

O Brasil é marcante por sua diversidade cultural, de hábitos, costumes e tradições, distribuídos em mais de 8 500 000 km². Nes-sa perspectiva, identificamos uma diferença de tradições muito gran-de, oriundas de nossa formação. Segundo a jornalista e relações-públicas Neka Machado, isso reflete di-retamente na diferença de consumos culturais, conforme cada região. Cada estado brasileiro possui seus eventos im-portantes, como Festival de Teatro de Belo Horizonte, Planeta Atlân-tida/RS-SC, Festival de Verão de Salvador. Ainda há eventos mar-cantes que tem alcance no país in-teiro, como Rock In Rio, e futuros eventos, como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Cada evento que ocorre no Brasil, seja religioso, esportivo ou cultural, é imprescindível na for-mação da identidade do povo e do país. “Em um sentido amplo, acre-ditamos que os eventos brasileiros podem despertar um incentivo cultural para o povo. Estes eventos “operam” na sensibilização de seus sujeitos consumidores. Paixão, co-nhecimento, prazer, trabalho, fé, respeito às tradições, entre outros aspectos, são elementos que cons-tituem este processo. E que aca-

bam por refletir na cultura de cada sujeito”, enfatiza a professora.

Para Neka Machado, duas es-feras identificam a importância dos eventos brasileiros. A primeira de quem produz, em seu sentido mais amplo: os envolvidos diretos

e indiretos nos processos, os que geram trabalho e renda e em escalas diver-sas e segmentadas (tu-rismo, divisas, hotelaria, restaurantes, comércio, indústria, economia...). “A segunda esfera, a dos

que “consomem” — independente do campo, religioso, esportivo, ar-tístico, gastronômico... é a sensa-ção prazerosa que geram”, destaca.

Cada evento que ocorre no Brasil, seja de pequeno ou gran-de alcance, tem um reflexo direto no dia a dia dos cidadãos, e nessa perspectiva devem ter a impor-tância que merecem, já que são parcialmente responsáveis pela ca-racterização do país e de seu povo. “Se fizéssemos uma busca online ficaríamos surpresos com tantos acontecimentos e mercado para nós relações-públicas. No mais, é repertório, conhecimento, compe-tência e uma “saudável” rede de relacionamentos. E mãos à obra. Muito trabalho”, conclama a pro-fessora.

Anna Moser Dietschi

Os eventos brasileiros caracterizam seu povo

FLICKR EU SOU FAMECOS

Identificam o país a partir da integração das pessoas e da sensibilizaçãoque esses eventos provocam

“São impor-tantes pela sensação prazerosa

que geram”

∆ Neka Machado defende a importância dos eventos para o Brasil

∆ Márcio se destacou na produção de eventos desde a época da faculdade

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6 RRPPAtualidades/Julho 2013

UNIVERSO PARALELO

Novas experiências, sensação de bem--estar, aumento do interesse sexual, de-sinibição, euforia, aumento da extrover-

são e sociabilização, são alguns dos efeitos que os jovens desejam ao consumirem a droga do amor, mais conhecida como ecstasy. Nas raves, a droga é denominada, por usuários e distribuidores, como “bala”, a fim de evitar a identificação dos seguranças.

O que muitos não sabem é que, nesse mesmo cenário, há uma con-siderável perda de líquidos, gerando desidratação ao usuário. E o pior: um grande aumento da temperatura corporal, por consequente, pode pro-vocar hemorragia interna e levá-lo à morte.

O ecstasy surgiu em 1914 com o nome de MDMA, quando uma in-dústria farmacêutica a produziu com o intuito de tirar a fome e o sono dos militares durante a Primeira Guerra Mundial. Porém, dizem que ela nunca chegou a ser utilizada com essa finalidade. A partir dos anos 60, psicoterapeutas passaram a utilizá-la para elevar o ânimo de seus pacien-tes. Logo a seguir, nos anos 70, começou a ser usufruído de forma recreativa, sendo procurado principalmente por estudantes universitários.

O efeito da droga dura de quatro a oito ho-ras, variando de acordo com o organismo de cada pessoa. Há diferentes modos de uso, mas o ecstasy é mais comum em pílulas. A base da dro-ga costuma ser misturada ou diluída com várias substâncias, e muitas vezes, com outras drogas.

Após o consumo, podem ocorrer alguns efeitos colaterais: aumento da temperatura cor-

poral, da tensão muscular e da atividade motora, dores de cabeça, perda de apetite, náusea, visão borrada, insônia, crise de pânico, oscilação da pressão arterial, entre outros.

A maioria dos usuários são jovens adultos, com predominância da classe média e média

alta, inseridos no mercado de traba-lho e com boa escolaridade. O preço de um comprimido de ecstasy varia de R$30 a R$50.

O organizador e dj de raves, Gui-lherme Rosa, se mostra preocupado com consumo de drogas ilícitas nos eventos. Ele relata que sua equipe revista todas as pessoas a partir do momento em que entram no evento, afim de reduzir ao máximo qualquer inci-dente que possa acontecer.

Porém, afirma que é muito complicado lidar com esse tipo de situação, e que não é um problema específico das ra-ves: “...afinal, a droga está presente nos estádios de futebol, nos parques e pra-ças, em todos os lugares”.

Ao organizar esses eventos, Gui-lherme e a equipe fazem uma seleção do público que querem atingir, levando em conta o estilo musical, no caso, a música ele-trônica. Primeiro eles montam o “line-up” (or-dem/horário dos djs), depois, procuram estabe-lecer o contrato com o locatário do espaço onde será realizado o evento, e em seguida começam a produção das peças gráficas, como logomarca, pulseiras e/ou ingressos.

A duração de uma rave depende do seu por-

te. Guilherme conta que existem raves menores, conhecidas como PVT’s, que duram no máximo dez horas. E, acima disso, já são raves com in-vestimentos um pouco maiores. Em média, elas duram entre 16, 18 horas. Mas existem festas de até 24 horas ou mais. A idade média do público é de 18 a 25 anos.

Como dj, ele revela o que mais lhe chama atenção: “As pessoas gostam tanto deste ‘life sty-le’, que acabam fazendo disso uma religião. Elas acordam cedo, dormem tarde e dedicam o seu final de semana somente à música eletrônica. É um público muito fiel. Enquanto estiver tocando algum dj, eles permanecem”.

Quanto à interferência da polícia, Guilher-me afirma que no decorrer do even-to, não ocorre interferência. Eles fazem o trabalho deles, nós fazemos o nosso. “Não é de nossa responsa-bilidade se alguém está com entor-pecentes.” Quanto à segurança, eles possuem uma equipe terceirizada e orientada por um chefe de segu-rança, normalmente indicado pela própria empresa, que trabalha de maneira muito próxima com al-guém da equipe.

No final da entrevista, Guilher-me faz citação a uma frase de Anthony Papa (au-tor do livro: 15 to life): “Se você não consegue controlar o uso de drogas dentro de um presídio de segurança máxima, como vai controlar em uma sociedade, livre?”

Roberta Pimentel Vitória Zanini

• Ecstasy: a droga que provoca um perigoso brilho em eventos jovens RODRIGO FAVERA

“As pesso-as gostam

tanto deste ‘life style’,

que acabam fazendo

disso uma religião”.

“...a droga está presente nos estádios de futebol,

nos parques e praças, em

todos os lugares.”

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7Julho 2013 /RRPPAtualidades

O que as empresas cada vez mais vêm buscando é o desenvolvimento de relacionamentos efetivos e duradou-ros com seus públicos de interesse. O

Marketing de Relacionamento, que não é “mo-dismo”, é necessário para conquistar ou man-ter relações, satisfatórias, com seus parceiros a longo prazo. É um processo de gerenciamento estratégico de relacionamento, que permite a participação do cliente no desenvolvimento dos pro-dutos ou serviços das em-presas.

Algumas organizações estão preparadas para exe-cutar o Marketing de Rela-cionamento, sendo preciso, às vezes, apenas algumas mudanças no paradigma da empresa, para eficácia do processo. Entretanto, para aquelas que não possuem base para aderir a essa forma de ma-rketing, o investimento poderá ser maior. É im-portante analisar o que deve ser feito para aten-der às necessidades dos públicos de interesse e construir o relacionamento certo. Para tanto, deve-se ter conhecimento dos clientes e analisar

o que eles esperam da organização. Geralmente, as instituições de maior porte já possuem essa visão.

As empresas estão valorizando os profissio-nais da área e aprendendo a importância dessas ações. Conforme a concorrência aumenta, mais o mercado é competitivo. Então a dica é: invista em marketing de relacionamento.

Em uma entrevista concedida para a re-vista RRPP Atualidades da PUCRS, a coordenadora de marketing do Senac-RS, formada em Administração de Empresas e pós gradua-da em Comunicação Estra-tégica de Marketing, Anna Quadros, afirma: “Para fa-zer bem feito, é preciso pla-nejamento e conhecimento, ações isoladas não caracte-

rizam relacionamento.” Muitas empresas dizem fazer o Marketing de Relacionamento, mas na verdade não o fazem. “É importante que o clien-te esteja inserido dentro da cultura da empresa, e essa tem de ter a visão do cliente e não apenas no cliente, caso contrário apenas a execução das ações não será suficiente”, completa.

É importante que as empresas invistam em profissionais especializados para atuar no seg-mento, e estejam sempre se atualizando. Para Anna Quadros, não é necessário que todos os profissionais envolvidos venham com o conhe-cimento de mercado, desde que tenham iden-tificação com a área e gostem de trabalhar com clientes. Segundo ela, além do conhecimento, o colaborador deve ter paixão, se identificar com esse trabalho e saber identificar as reais necessi-dades dos seus clientes.

O principal objetivo do Marketing de Rela-cionamento é garantir a lealdade do cliente com a organização. Assim, além de aumentar a lucra-tividade, conseguirá ter o cliente como aliado, e mantendo uma parceria, fará com que ele espa-lhe para a sua rede de contatos a boa imagem da organização.

O Marketing de Relacionamento vem para agregar no mercado, cada vez mais competitivo e com clientes exigentes. Investir em relaciona-mentos duradouros e efetivos é crucial para que as organizações fidelizem seus clientes e perpe-tuem no mercado.

Caroline ChavesNair Ilha

Stéphanie Mross

O marketing derelacionamento• Fidelização é competência de relacionamento

“Para fazer bem feito,é preciso planejamento

e conhecimento,ações isoladas

não caracterizamrelacionamento.”

∆ Anna Quadros, coordenadora de marketing

ARQUIVO PESSOAL

Como fazer a diferença

Uma profissional que lidera atualmente 21 colaboradores na Assessoria de Comu-nicação e Marketing do Senac-RS. Cláudia Maria Beretta tem 44 anos, casada, dois fi-lhos, formada em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela PUCRS, pós-graduada em Marketing pela ESPM-Sul, mestre em Comunicação pela Unisinos, atua há quase dez anos na instituição. Cláudia concede uma entrevista para mostrar um pouco da sua experiência como gerente de Comunicação e Marketing:

Você se vê aplicando a teoria aprendida no ambiente profissional?

Sim, eu considero a teoria muito impor-tante, ela embasa as práticas.

Acredita que há preconceito com a área da comunicação? Qual a sua im-portância para uma organização?

Não vejo preconceito com a área, mas temo pelos maus profissionais. Em todas as organizações que trabalhei sempre foi uma área importante, cabe aos profissionais tra-balhar para que seja assim.

Enfrentou dificuldades em sua car-reira?

Sim. Penso que muitos são os desafios na nossa trajetória profissional, que são de ordem técnica e comportamental. O apren-dizado é diário.

Como é liderar um setor de marke-ting de uma empresa?

Muito desafiador. Objetivos e metas são importantes. Também há a atualização fren-te às novas mídias, tecnologia, novos softwa-res, novos formatos.

O que um profissional deve ter para atuar na área de marketing?

Conhecimento técnico, ser pró-ativo, di-nâmico, interessado em novas tecnologias, auto motivado e curioso.

Que mensagem você deixa para os futuros atuantes nessa área?

É um desafio maravilhoso transformar ideias em campanhas, releases, projetos, estratégias, e conquistar, manter e fidelizar clientes. Não desanimem nas primeiras difi-culdades e estudem muito, pois assim irão se diferenciar.

Stéphanie Mross

∆ Cláudia Beretta

FIQUE LIGADO

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8 RRPPAtualidades/Julho 2013

Com um mercado globaliza-do e competitivo, as orga-nizações têm se preocupado

cada vez mais com sua imagem ins-titucional. Existe, assim, um setor relativamente novo, porém, funda-mental para a realização dos obje-tivos e metas de uma organização.

Trata-se da Comunicação In-terna, função responsável por es-truturar a comunicação dentro das organizações, criando e estabele-cendo canais de comunicação para levar as informações ao seu público interno (funcionários, colaborado-res e acionistas).

Acredita-se que o setor é capaz de contribuir extraordinariamen-te nas áreas administrativa, mer-cadológica e econômica, além de construir um ambiente harmonio-so entre todos na empresa, fazen-do-os se sentirem importantes e verdadeiramente parte da organi-zação. Também evita que informa-ções destorcidas sejam divulgadas, prejudicando a imagem da empre-sa, uma vez em que os funcionários exercem grande influência sobre suas opiniões, pois sabem melhor do que ninguém o que se passa dentro do local onde traba-lham.

O relações--públicas Márcio Oliveira, graduado na (Famecos/PU-CRS), atua como Analista de Eventos na Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre e acredita que a Comunicação Interna possui uma importância gigantesca para uma organização, pois é a partir dela que os funcionários formam suas opiniões. “Uma comunicação bem dirigida e focada para aqueles que fazem parte da empresa é funda-mental. Assim o funcionário fica satisfeito com sua atividade na em-presa e trabalhará de forma positi-

va, transmitindo positividade tam-bém ao público externo”, destaca Márcio.

O profissional de Relações Pú-blicas é o principal responsável por gerir a Comunicação Interna nas Organizações. Colaborando com a

alta cúpula em suas decisões, o profissio-nal de RRPP planeja, dirige e executa pla-nos e ações internas, mantendo sempre seu público interno a par de todas as ati-vidades da organiza-ção.

“O profissional de RRPP é o gestor da comunicação, assumin-do um papel estrategista, fazendo a ligação entre todos os setores de uma organização, pois seu foco é relacionamento com os públicos. Logo, ninguém melhor que um relações-públicas para conhecer e propor uma comunicação total-mente dirigida ao público interno”, diz o analista.

Bruna Silveira, assessora de

comunicação da Associação de Do-centes e Pesquisadores da PUCRS, ressalta que a boa vontade sempre começa dentro de casa, ou seja, com os colaboradores. São eles que representam a imagem da institui-ção, pois não há como desvincular da empresa onde trabalham du-rante o final de semana e horário de lazer. “Para isso eles precisaam, sim, sentir-se importantes para a organização, além de um mero produtor de resultados. A comu-nicação interna vem para suprir a demanda de informação que eles necessitam para sentirem-se real-mente integrantes da corporação”, acrescenta a assessora, formada em Relações Públicas e Jornalismo e com mestrado na área.

Quando o assunto é a impor-tância de um profissional de Re-lações Públicas gerenciando a Co-municação Interna, Bruna Silveira é incisiva: “No nome da profissão encontramos um norte: relações, ou seja, relacionamento. Cabe ao profissional de Relações Públicas, que atua diretamente com a comu-

nicação institucional, estabelecer programas de comunicação inter-na que atendam a demanda insti-tucional”.

Mas, para Bruna, não basta fa-zer apenas envio de informativos. É preciso que o RRPP conheça o ambiente organizacional, compre-enda as políticas da empresa e faça leitura do comportamento organi-zacional em suas partes e em seu todo. Assim, é possível utilizar-se de ferramentas que estejam de acordo com a empresa e que comu-nique de forma clara aos públicos internos.

“Também cabe ao RRPP a conscientização de que toda co-municação deve ser aberta para os feedbacks. Comunicar é, ainda, educar para a importância de um entendimento entre pares. Comu-nicamos o tempo todo, isso se dá também dentro da empresa”, com-para Bruna.

Ana Paula EvaldtCamila Moraes

Danielle MadeiraFernanda Furtado

A boa vontadecomeça em casa• Relações Públicas como parte fundamentalna Comunicação Interna das organizações

CAMILA MORAES

Uma comunica-ção bem dirigida

e focada para aqueles que fazem parte da empresa,

é fundamental.

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9Julho 2013 /RRPPAtualidades

A área de comunicação, hoje, tornou--se foco tanto das pequenas, médias, como das grandes empresas, e passou a ter uma credibilidade ainda maior

perante o mercado. Acredita-se que esse fator é devido à grande exposição das instituições às re-des e à opinião pública. Por conta disso, as con-sultorias são alvos cada vez maiores das organi-zações. Elas auxiliam os gestores e proprietários a pensarem estrategicamente em ações presen-tes e futuras, tanto para públicos externos como para internos, visando lucro, metas, mas acima de tudo proximidade e fidelização de relaciona-mento.

À primeira vista, esta correlação mostra-se voltada para a área publicitária, que visa uma comunicação mercadológica e institucional do negócio, mas é nesse momento que nos engana-mos. Para a realização de um trabalho de repo-sicionamento de marca é necessário conhecer e entender as necessidades do público em ques-tão, no caso, todos envolvidos direta ou indire-tamente com a empresa, como clientes, forne-cedores e colaboradores. Para o planejamento estratégico ser realizado, gestores de Relações Públicas podem contribuir de forma significati-va para a realização desta função.

A relações-públicas Christina Antunes, proprietária e consultora da Q2 Estratégia de Comunicação e Marketing, explica a ação das Relações Públicas e o seu diferencial na gestão estratégica dentro das organizações como um profissional terceirizado com a atuação na área

de consultoria. Segundo ela, a base de tudo está no relacionamento com os clientes por meio da ciência das Relações Públicas, pois a comunica-ção não existe sem antes se conhecer os públicos pela qual a organização atua, além da mensagem que se quer passar a cada um deles.

“Só é possível realizar ações estratégicas por

meio de um planejamento estratégico e, para isso, necessita-se conhecer os públicos. Por isso a nossa profissão é importante, qualquer orga-nização, como ONGs, hospitais etc precisam de um profissional como nós, precisamos nos relacionar bem com todos os envolvidos”, sa-

lienta.Para Christina, este é o diferencial de um relações-públicas: um conhecimento profundo dos envolvidos e da questão psicológica do ser humano. “Saber se colocar no lugar de cada um, do colaborador, do cliente e inclusive do gestor é uma ferramenta necessária para o profissional atuar como consultor estratégico”, enfatiza.

A realização de pesquisas, a busca do cliente oculto, vivência do dia a dia da empresa e o com-portamento dos funcionários faz parte da rotina de um consultor. É necessário sentir na pele e ter empatia para acompanhar os processos or-ganizacionais, entender como o cliente quer re-ceber o material, de que forma, com qual comu-nicação, por meio de quais recursos, e descobrir como ele vai reagir a tudo isso.

Christina fala que “o verdadeiro fundamen-to do profissional de Relações Públicas é fazer de maneira certa, com as pessoas certas, luga-res certos, na hora certa para que a comunica-ção possa ser excelente como explica Margarida Kunsch”. O trabalho do consultor é de forma cooperativada com os terceirizados, uma presta-ção de serviços para outras empresas.

O foco da empresa de Christina está em pe-quenas e médias empresas, que não são vistas pelas agências grandes e não possuem verba para o setor de comunicação. Com essas empre-sas é realizado um serviço de comunicação mais dirigida, “dar o tiro certo porque não se têm muita bala na agulha”, ressalta a consultora.

Alessandra SchaeferFabio Fracari

∆ Christina Antunes, relações-públicas

CONSULTORIA EM MARKETING ESTRATÉGICO

Um nichopoucoexplorado

ALESSANDRA SCHAEFER/ RRPP

ARQUIVO PESSOAL

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10 RRPPAtualidades/Julho 2013

Em entrevista descontraída, o estudante de Relações Públicas, Richard Lemos

Wagner, de 20 anos, que atual-mente trabalha na área de Marke-ting da empresa Medabil Sistemas Construtivos, comentou sobre suas experiências na área de criação em uma agência de publicidade.

Richard teve como primeira experiência de es-tágio uma vaga na Comunicative As-sessoria de Comu-nicação, na área de produção gráfica e mídia. Onze meses após seu ingresso, houve a oportuni-dade de trabalhar nessa mesma agência na área de Criação, devido à falta de profissionais qualificados para preencher essa vaga. Ele já possuía alguma experiência com os programas de edição gráfica, mas foi sua curiosidade em buscar co-nhecimentos que proporcionou um melhor aprendizado da área.

O fato de querer aprender e inovar seus conhecimentos, fez com que Richard aceitasse desbra-var a área de criação em uma agên-cia de publicidade. Ele conta: “Essa experiência me deu oportunidade de aprender muito sobre o proces-so das agências, desde o começo da demanda, que é passada pelo clien-te, até a finalização do material,

além das técnicas para desenvolver a criação de peças publicitárias.” Quando questionado sobre ter so-frido preconceito por atuar nessa área, assegura que não, “apenas piadas” da parte dos colegas publi-citários, que alegavam estar “per-dendo suas vagas”.

A maior dificuldade que Ri-chard relata ter passado foi en-

tender a visão do publicitário, que é um pouco diferente da de um relações--públicas. Enquanto um publicitário uti-liza muito mais do cunho mercadoló-gico, o RP trabalha

com o relacionamento da organi-zação com seus públicos. Sendo as-sim, ele teve que desenvolver esse pensamento extremamente mer-cadológico para conseguir compor suas peças.

“É uma experiência excelen-te para desenvolvermos funções de comunicação que não estamos acostumados. Hoje, até mesmo as vagas de RP cobram profissionais que tenham pelo menos uma base em Photoshop e Illustrator”, alerta.

Ele reconhece que dentro de uma agência de publicidade, a cria-ção não seja a mais adequada para um RP, mas confirma que a área de atendimento dentro da agência é exclusividade de um profissional

de Relações Publicas, que estu-dou para trabalhar com o sistema organização-públicos. Nesse caso, a agência seria a organização e os clientes um segmento de público, sendo assim, ele acredita não haver ninguém melhor para desenvolver

esse papel que o RP.A visão de mercado é um as-

sunto que a grande maioria dos RPs não se dedica em estudar. Richard comenta que para esse profissional ser criativo e se diferenciar entre os demais, é necessário estar atento às tendências de mercado, vendo o que as agências estão desenvolven-do e fazendo um bom benchma-rking, ou seja, selecionando o que é bom e desenvolvendo um trabalho diferente.

Mesmo Richard cursando Re-lações Públicas, a oportunidade de trabalhar na área da Publicidade não somente foi uma experiência incrível, como também qualificou seu currículo, possibilitou a ele ter uma visão diferente do que está acostumado a ouvir na faculdade e ainda abriu-lhe porta inesperada. AdrianoBorner,LauraCarpes,AlexiaBiasibetti,

RennanMeirelleseRodrigoKappler

Criação também é coisa de RP• Existe muito lugar para RP em agência de comunicação, afirma Richard Wagner

“Atendimento é uma área na qual o profissional de Re-lações Públicas tem

exclusividade.”

JÚLIA CLAÚDIO

∆ Richard Wagner comenta sua experiência em agência de comunicação

1. Quebre regras: é importante quebrar algumas regras e ten-tar fazer coisas que nunca fo-ram tentadas.

2. Não tenha medo de errar: assuma riscos, não tente ser perfeito o tempo todo. Criativi-dade serve para explorar o des-conhecido e, para isso, precisa-mos saber que frequentemente vamos errar.

3. Tenha um caderno amigo: leve um caderno com você a to-dos os lugares. Caso tenha uma ideia, anote-a e tente desenvol-vê-la.

4. Fuja do computador: tente

passar algum momento longe do computador (esqueça tam-bém o celular). Pratique ativi-dades como ler um livro, ouvir música, desenhar ou passear

por um lugar onde nunca tenha ido.

5. Experimente o diferente: é importante viver experiências diferentes, como viajar para lugares desconhecidos, comer algo exótico, ler um livro que não tenha nada a ver com seu trabalho.

6. Descanse e faça uma pausa.

6 dicas para ser criativo

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11Julho 2013 /RRPPAtualidades

Tecnologia

Controle efetivovia banco de dados• Prática do CRM aproxima empresas de clientese propicia maior fidelização do relacionamento

Para garantir efetividade em suas ações, grande parte das organizações está apostando na utilização de softwares de banco de dados através da prática

do CRM, Customer Relationship Management – ou, em Português, Gerenciamento do Relacio-namento com os Clientes. Essa filosofia, guiada por uma estratégia de Marketing, é aplicada através de programas que permitem armazenar, modificar e extrair informações sobre clientes, por meio de um banco que armazena inúmeros dados e personaliza serviços. Focada e orientada para alcançar excelência em atendimento, pro-porciona melhor conhecimento dos consumi-dores, acompanhamento do ciclo destes dentro da empresa, ganho de tempo e maximização dos resultados.

Graziela Freitas, relações-públicas e pro-dutora de eventos, des-

taca que esta ferramenta torna possível coletar dados e cruzá-los para se obter informações im-portantes, visando planejar divulgações, marke-ting e interação com os clientes.

Para Aliomar Oliveira, diretor de operações da Kyron Consulting e mestre em Administra-ção, um software de CRM tem, pelo menos, três tipos de uso: em momentos de planejamento de campanhas de marketing; em atividades opera-cionais e registro de interações com o cliente; e em análises de resultados de diferentes campa-nhas ou ações de marketing e/ou venda. Olivei-ra ressalta que “eventualmente, dependendo do ramo de negócio, também abrange outros públi-cos de interesse que não necessariamente se en-caixem no senso comum do que seja um cliente. Nesse contexto de gestão do relacionamento, os produtos de CRM implementam várias funcio-nalidades de Comunicação com os diversos pú-blicos da empresa/instituição.”

Jaqueline Dornfeld de Dorneles, relações-

-públicas e estudante de pós-graduação em Marketing Estratégico, salienta que a princi-pal tarefa do CRM é servir subsídios, obtendo, assim, o perfil exato dos clientes para oferecer promoções ou serviços personalizados. “É pos-sível filtrar os clientes que possuem as mesmas preferências e enviar e-mails apresentando as novas coleções, informando que o produto que desejam já chegou à loja. Cada lojista interpreta da melhor maneira para captar novos clientes,

ou manter os que já possui”, salienta ela.Dorneles alerta que, notoriamente, os clien-

tes estão buscando atendimento personalizado, querendo viver novas experiências e apreciando o envolvimento das empresas em realizar um bom atendimento, superando expectativas de produto e serviço. A prática do CRM deixa de ser apenas uma ferramenta do marketing es-tratégico e torna-se uma grande arma na gestão do relacionamento das organizações e seus pú-blicos. Um prato cheio para os profissionais de Relações Públicas.

Alessandra SchaeferAna Elisa Pires

Fabio FracariNatália Dominguez

“Cada lojista interpretada melhor maneira para

captar novos clientesou manter os que já possui”

FABIO FRACARI

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12 RRPPAtualidades/Julho 2013

Nas últimas duas décadas a so-ciedade brasileira tem passa-do por um processo de trans-formação, na compreensão de

seus direitos como consumidor. E para mediar a relação entre as instituições e esse novo consumidor foram criadas as Ouvidorias que têm papel fundamental no relacionamento entre as organizações e seus públicos.

A Ouvidoria é um serviço prestado aos cidadãos por meio do qual é possível apresentar reclamações, críticas, suges-tões e elogios de forma ágil, estabelecen-do um canal direto de comunicação entre a instituição e seu público. Sua essência está alicerçada no reconhecimento de que o público eventualmente fica insatisfeito com o serviço recebido. E para solucionar este problema as organizações buscam so-luções práticas e efetivas para humanizar e estreitar o relacionamento com o cliente.

A PUCRS criou a sua Ouvidoria pela necessidade em fortalecer o relaciona-mento entre a universidade e a comuni-dade (alunos, professores, funcionários e público externo). Algumas Unidades Aca-dêmicas já desenvolviam iniciativas neste sentido em 1999, ano em que foi criada a

Ouvidoria Institucional da PUCRS. Vin-culada a Pró-Reitoria de Assuntos Comu-nitários (PRAC), a partir de novembro de 2008 passou a atender, juntamente com outros setores, na Central de Atendimen-to ao Aluno, no prédio 15 do campus, o que proporcionou maior visibilidade da Ouvidoria aos acadêmicos, aumentando a procura pelo serviço. A partir disso a equi-pe foi ampliada e criado um espaço para atendimento presencial reservado, com total conforto e privacidade.

Segundo o professor Luiz Fernando Molz Guedes – ouvidor institucional da PUCRS – o real objetivo da Ouvidoria é acolher as manifestações trazidas pelos diversos públicos da Universidade, sem-pre ouvindo também o setor e os profis-sionais mencionados nessas demandas, procurando respondê-las da forma mais justa possível.

“O papel do Ouvidor é receber as ma-nifestações e seguir os trâmites estabeleci-dos pelo setor (a Ouvidoria Institucional), procurando agir com presteza, empatia e igualdade de tratamento aos envolvidos em cada situação. Eventuais demandas de maior complexidade, sempre que neces-sário, são discutidas com a Administração

Superior da Universidade e/ou com ou-tros setores, assegurando o melhor enca-minhamento possível”, revela Molz.

A Ouvidoria Institucional atende dire-tamente aos seus alunos, professores, fun-cionários e público externo, visando maior transparência, melhoria contínua e forta-lecimento das relações, sempre garantin-do a análise e a resposta das demandas re-cebidas, que variam entre reclamações, pedidos de informações/orientações, de-núncias, sugestões e elogios.

Envolve não apenas questões acadê-micas, mas também assuntos referentes à infraestrutura e a serviços prestados no campus (tanto pela Universidade como por empresas terceirizadas). Sua atuação na mediação da relação entre a PUCRS e seus públicos preserva o sigilo e a im-parcialidade que a atividade requer. Além disso, os alunos têm ao seu dispor as Ou-vidorias em suas unidades para assuntos acadêmicos.

Sociedade

OUVIDORIA• A relação da instituição com seus públicos

A figura do ombudsman sur-giu na antiguidade com registros na Grécia e China. Porém, o mo-delo de ouvidoria que conhece-mos apareceu no século XIX, na Suécia, introduzindo a figura do Justitieombudsman, ou delegado parlamentar, cuja atribuição era representar o povo para fiscalizar a Administração Pública.

Espelhado no modelo escan-dinavo, hoje, a figura do ouvidor está presente na administração pública e privada de vários países. Costuma-se usar a palavra ouvi-dor para a Administração Pública e ombudsman para área privada.

Devido ao empenhamento da Divisão de Direitos Humanos das Nações Unidas, este instituto se solidificou, definitivamente, em nível mundial, na década de 60.

Em 1971, cerca de 15 países já ti-nham figuras representativas com funções equivalentes à ideia do Ombudsman.

Na década de 80, com o for-talecimento da democracia par-ticipativa ocorrido na Europa e na América Latina, resultado da democratização de vários países, foram criadas as condições ne-cessárias para a constituição do instituto do Ombudsman na Eu-ropa, abrindo caminho para sua implantação na América Latina, iniciando por Trinidad e Tobago.

Em 1983, acontece na Vene-zuela o primeiro encontro “Om-budsman para La America Lati-na”, nesta época 21 países haviam instalados o Ombudsman. Em 2003, dos 191 países reconhecidos pela ONU, 120 países haviam ins-

talado ombudsman nacional, de acordo com a International Om-budsman Institute.

No Brasil, a figura do Ombu-dsman/Ouvidor está presente no Brasil desde o período colonial. Porém, somente em meados dos anos 80, apesar de todos os es-forços parlamentares, a iniciativa privada saiu na frente, a Rhodia nomeia o primeiro ombudsman privado do Brasil: “Você fala e a Rhodia escuta”. Contratou Maria Lucia Zülke como a 1ª ouvidora.

No ano seguinte é criada a primeira Ouvidoria Pública no país, na cidade de Curitiba, pelo decreto-lei nº 215/86. A partir deste momento o processo de criação de Ouvidorias começou a ser difundido em todo território nacional. Teve como 1º Ouvidor

Manoel Eduardo Alves Camargo e Gomes e sua principal atribuição era a defesa dos interesses legi-timamente protegidos dos cida-dãos.

As primeiras ouvidorias uni-versitárias surgiram no Canadá em 1965, e nos Estados Unidos em 1967. No Brasil, a primeira universidade a implantar sua ou-vidoria foi a Universidade Federal do Espírito Santo, em 1992.

O papel do ouvidor é de suma importância numa gestão demo-crática. Conduz os interesses dos manifestantes a fim de esclarecer os atos e as normas administra-tivas, encaminhar as manifes-tações aos setores envolvidos e acompanhar o processo até a sua conclusão, seja ela favorável ou não às partes.

ATENDIMENTO• prédio 15, de segunda a sexta, das 8h às 21h• www.pucrs.br/ouvidoria

Como tudo começou!

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13Julho 2013 /RRPPAtualidades

Segundo a ouvidora institucional da PU-CRS, Michelle Hemann Moreira, normal-mente a instituição recebe as manifestações pessoalmente ou por meio de sistema infor-matizado, respondendo-as diretamente ou encaminhando-as às Unidades e setores en-volvidos para que avaliem as situações apre-sentadas e ofereçam respostas à Ouvidoria, sendo sempre valorizando o diálogo entre ma-nifestantes, setores e Ouvidoria.

“Eventuais demandas recorrentes são ob-jeto de relatórios específicos, recebendo a de-vida atenção com o intuito de minimizar sua incidência”, a ouvidora assegura que as ma-nifestações que trazem contribuições efetivas

para a ocorrência de melhorias na Universida-de são destacadas em relatórios próprios, va-lorizando o interesse dos setores e Unidades envolvidas no aprimoramento de suas ativida-des. “O processo de tramitação na ouvidoria das demandas recebidas objetivando as ações, diagnóstico e soluções”, explica.

A PUCRS vê a Ouvidoria como uma im-portante ferramenta de gestão, as manifesta-ções recebidas contribuem para a identifica-ção de aspectos que podem ser aperfeiçoados na Universidade, melhorando processos e aprimorando atividades. “São elaborados re-

latórios, em que as quantidades de demandas e os principais assuntos envolvidos podem ser visualizados de forma objetiva”, afirma o pro-fessor Luiz Fernando.

A diretora de Assuntos Comunitários, profª Jacqueline Poersch Moreira, em entre-vista concedida à revista PUCRS Informação Nº 162 (nov-dez/2012), página 37, revela que “os registros da Ouvidoria são uma ferramen-ta de gestão e têm o potencial de gerar mu-danças e adequações.” Salienta que um dos diferenciais está na “capacitação e certifica-ção dos ouvidores, garantindo qualidade aos atendimentos e organização de um sistema eficiente”.

Porém, no imaginário social, a Ouvido-ria ainda é vista como um simples setor para receber reclamações, o que fazer para mudar essa impressão? “Acredito que trata-se de uma questão cultural. As pessoas, não apenas nas Universidades, mas também em outros ti-pos de organizações, procuram as Ouvidorias principalmente para reclamar, além de solici-tar informações, e – em menor escala – para apresentar sugestões ou elogios. No entanto, tem sido observado um crescimento (ainda um pouco tímido) no registro de elogios”,

conclui a ouvidora institucional Michelle He-mann Moreira.

Andecler Franção GarciaAna Fachinello

Douglas MalavoltaFillipe Araújo

∆ Michelle Hemann Moreira

∆ Jacqueline Poersch Moreira, diretora de Assuntos Comunitários da PUCRS

∆ Luiz Fernando M. Guedes, ouvidor

“O ouvidor nada mais é do que a pessoa que busca fazer o elo entre o cidadão – seja ele cliente ou usuário de serviços ou não – com a em-presa ou instituição”.

Helio Ferreira - Ouvidoria do Banco Central“Deve atuar pontualmente na questão trazida pelo usuário e fazer

com que essa questão seja enxergada dentro do processo evolutivo da

sua organização”.José Pinheiro Machado - Ouvidoria da Prodesp e vice-

-presidente da ABO- SP“Não importa qual o produto ou serviço reclamado, ele deve ter

uma boa navegabilidade dentro da organização para que a resolução deste problema aconteça”. Eliel da Fonseca - Ouvidoria do Itaú

Veja o que outros ouvidores pensam sobre seu papel

GIL

SON

OLI

VEIR

A/ A

SCO

M

ANA FACHINELLO/ RRPP

ANA FACHINELLO/ RRPP

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14 RRPPAtualidades/Julho 2013

O meio é auto-organizarResponsabilidade social

• Estudantes utilizam redes sociais para divulgar ações sociais

Com o passar dos anos as ações comunitárias e de Responsabilidade Social têm ganhado maior destaque diante da população, mas geralmente não repercutem nas grandes mí-

dias. Diante dessa falta de espaço na mídia, um grupo de estudantes de Relações Públicas da PUCRS fundou o ConcentraRS, para divulgar ações de voluntariado nas redes sociais.

“Nada do que é veiculado na im-prensa é sem interesse. Tudo o que aparece nos jornais tem uma finalida-de definida“, afirma o professor Nel-son Fossatti. Para a professora Neka Machado, a imprensa passou por três momentos distintos, reformulando o modo de fazer e divulgar a notícia, transformando estas ações sociais em suas próprias mídias.

O primeiro deles acontece em um momento de-terminado da história, onde os movimentos sociais populares e as próprias comunidades não tinham a co-bertura da imprensa e da mídia convencional. Isso se

dá pelo fato de que esses assuntos não demonstravam tanto interesse. No segundo momento, com o intuito de superar essas dificuldades, as comunidades buscaram seus próprios contatos de abertura e de interpretação da sua realidade, se auto-organizando, independente-mente de incentivos oriundos de grandes instituições.

O último momento é marcado pelo reconhecimento da mídia nesse as-pecto, onde percebe que essa pauta é, sim, relevante. Com isso, além de co-brir, passou a tentar ocupar também a função de sujeito social coletivo, inter-pretando e transformando o produto ação social em suas próprias mídias. O projeto de alunos de RRPP, sur-gido em sala de aula, visa a divulgação dessas ações pelas mídias sociais. A

missão ConcentraRS é levar a informação para quem gostaria de apoiar e participar de ações comunitárias e de Responsabilidade Social, mas não o faz por falta de espaço ou até mesmo conhecimento e oportunizar o surgimento de diferentes práticas socioambientais.

“Nada do que é veiculado na im-

prensa é sem inte-resse. Tudo o que

aparece nos jornais tem uma finalidade

definida“

O que é ConcentraRS ?

O Instituto Concentra RS surgiu em 2012 a partir da ideia de um grupo de amigos estu-dantes de Comunicação Social da FAMECOS/PUCRS, que gostariam de poder divulgar, de uma forma jovem e irreverente, ações sociais de diferentes tipos de organizações em relação à so-ciedade civil e o meio ambiente.

Para que foi criado?

Buscamos levar e divulgar a informação para civis que gos-tariam de apoiar e participar de ações de Responsabilidade Social, mas não o fazem por fal-ta de divulgação ou até mesmo conhecimento.Compartilhando estas ações sociais, estaremos incentivando ONG’s e projetos de RS em empresas – já existen-tes – a fortalecer suas práticas, além de oportunizar a formação de novas organizações para que possam desenvolver projetos e ações contando com nossa co-bertura e divulgação.

Quais os objetivos?

� Incentivar empresas públicas e privadas a promover ações de Responsabilidade Social. � Amparar, divulgar, apoiar e conseguir aumentar o número de colaboradores e voluntários de ONG’s, outros institutos, fundações e OSCIPs.� Dar destaque e maior visibi-lidade para pessoas que querem uma sociedade melhor, com maior solidariedade e buscando sempre a empatia.� Oportunizar a divulgação de diferentes práticas socioambien-tais e também o surgimento de novas organizações com o intui-to na Responsabilidade Social. Para saber mais acesse: www.facebook.com/concentrars www.twitter.com/ConcentraRS

Ela é lindae engajada

Bruna CalegariDiego Biracy

Eduardo BaldassoÍris Corrêa ∆ Vitória Centenaro, Miss Rio Grande do Sul 2013

[CONCENTRA RS/DIVULGAÇÃO]

O ConcentraRS vem arre-cadando vários seguidores e aos poucos está conquistando seu lugar como veículo de comuni-cação.

A prova desse sucesso é vista por meio de uma matéria no jor-nal Diário Gaúcho. Quem opor-tunizou esse processo foi Vitória Centenaro. A Miss Rio Grande do Sul 2013, logo que ficou saben-do do projeto, através de uma amiga, se mostrou bastante inte-ressada em como funcionava, se tornando a mais nova apoiadora dessa causa.

A Miss entra com a missão de ser o elo entre o Concentra e o que tem sido feito de bom pelo Rio Grande afora.

– Por ir a muitos eventos so-ciais, vou levar o Concentra para quem está fazendo a diferença – afirma Vitória, que vestiu a camiseta do projeto.

INOVAÇÃO

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15Julho 2013 /RRPPAtualidades

UMA VIA DE MÃO DUPLA• A importância do profissional de Relações Públicas no Terceiro Setor

A atividade do profissional de Relações Públicas é fundamental para qualquer organização e isso a torna versátil, po-

dendo atuar em diversos setores. A importância do RP no Terceiro Setor aparece na definição de os objetivos, valores, ações e estratégias que for-talecem cada vez mais as instituições.

O Terceiro Setor viabiliza aspectos como militância e bem social, o que faz do profissio-nal de RP peça fundamental para a instituição, na busca por parceiros, voluntários e captação de diferentes recursos para a causa e ainda no cuidado da comunicação interna e externa da instituição.

Glafira Furtado, professora do curso de Co-municação Social da PUCRS, vê com clareza a atuação de um profissional de Relações Públicas no Terceiro Setor, por ser uma profissão voltada diretamente para a sociedade e suas relações re-pletas de sensibilidade. “Os alunos do curso de Comunicação Social da Famecos pouco veem de Comunicação Comunitária no decorrer da fa-culdade, com exceção do curso de Relações Pú-blicas, onde vários projetos têm total foco nesta área”, destaca Glafira.

A professora, que ministra a disciplina de Projeto Comunitário, acredita que a matéria é uma das mais importantes, pois consegue, jun-to com os alunos ao longo do semestre, realizar uma experiência bastante intensa e extensa, na medida em que, normalmente nos cursos de RRPP, de um modo geral, prioriza-se o cliente com mais visibilidade no mercado, diferente do projeto comunitário que estimula o aluno a atender um cliente que realmente tenha uma si-tuação bastante precária.

Para a coordenadora do Curso de RRPP da Famecos, Cláudia Moura, o Terceiro Setor é uma grande oportunidade, ela acredita que o profissional dessa área tem aspecto mais hu-manizado e casam muito bem com esse setor. O fato da área ser voltada para o relacionamen-to propicia uma comunicação mais voltada às questões institucionais e não mercadológicas.

“Mercadologia não é o foco de RRPP. O foco é um relacionamento institucional, então eu vejo que o Segundo e Terceiro Setores têm bas-tante relação com o profissional. Muitos órgãos públicos, hoje, contratam estes profissionais, pois tem no seu organograma a atividade inseri-da, isso já foi um ganho em termos de espaço no mercado”, diz a coordenadora.

Ana Paula EvaldtDanielle Madeira

Camila MoraesFernanda Furtado

O CAMINHO DA CURA

O Instituto do Câncer Infantil RS é hoje uma referência no tratamento do câncer infantil na América Latina. Nos últimos anos atingiu um índice de cura de 70% dos casos atendidos, tra-balhando em parceria com o Hospital de Clíni-cas de Porto Alegre, sob a segurança de equipes especializadas.

A Estrada de Tijolinhos Amarelos do ICI-RS começou a ser trilhada em 1992, quando o mé-dico oncologista pediátrico Algemir Brunetto e o jornalista Lauro Quadros uniram esforços para criar, no Rio Grande do Sul, uma instituição voltada exclusivamente para o tratamento de crianças e adolescentes com câncer. O univer-so da obra “O Mágico de Oz”, escrita por Frank Baum e estrelada no cinema por Judy Garland, passou a ser o emblema da causa: o Leão repre-senta para as crianças a “coragem” que torna possível enfrentar e vencer a doença e a Estrada dos Tijolinhos Amarelos simboliza a construção do caminho da cura.

Nos seus quase 22 anos de existência, a Ins-tituição, em parceria com a comunidade, cons-truiu o Serviço de Oncologia Pediátrica junto ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre, a Casa de Apoio, que oferece um ambiente acolhedor para as famílias dos pacientes em tratamento, a sede administrativa do ICI-RS, que abriga hoje as áreas administrativa, de comunicação, co-ordenação de voluntários, Recursos Humanos, auditório, gabinete odontológico, recreação e de auxílio-medicação.

Possui também desde 2011 uma sede na-Rua São Manoel onde alguns projetos são rea-lizados em prol das famílias, como a Central de Doações, o Projeto A Nota é Minha e o Brechó Beneficente e Assistência a Família. Mas, como a estrada do ICI-RS é construída tijolinho a ti-jolinho, o Instituto planeja unir a atual sede ad-ministrativa e o Centro de Apoio em um único local. Para isso, adquiriu um terreno onde será construído o Centro Integrado de Apoio, projeto para o qual vem arrecadando recursos para ficar pronto o mais breve possível.

Hadassa Gomes, estudante de Relações Pú-blicas da Famecos/PUCRS e colaboradora na área de comunicação no Instituto, entende que as Relações Públicas como gestão de relaciona-mento é fundamental na construção de relações em todos os setores organizacionais. “No Insti-tuto do Câncer Infantil do RS não é diferente, diariamente os desafios de compreender as mais complexas situações podem surgir com planeja-mento prévio ou não”, afirma.

A estudante ressalta a importância de to-dos os públicos envolvidos com a organização, pacientes, familiares, colaboradores, voluntá-rios, comunidade, fornecedores, apoiadores, entre outros grupos que participam diariamen-te da rotina do ICI-RS. “Desta forma, nós como profissionais, temos o dever de identificar cada necessidade e apresentar soluções, visando a preservação dos pacientes e credibilidade da Instituição”, conclui Hadassa.

∆ Natal da Coragem ICI-RS 2012

LEONARDO KHERKOVEN

PARTICIPAÇÃOResponsabilidade social

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16 RRPPAtualidades/Julho 2013

A profissão de Relações Públi-cas é regulamentada a partir de ór-gãos como a Associação Brasileira de Relações Públicas (ABRP) e o Conselho Federal de Profissionais de Relações Públicas (CONFERP), além de outros, e isso faz com que a área de RP seja legitimada, mesmo que na prática não seja bem assim. O mercado de trabalho ainda não dá o devido valor ao profissional de Relações Públicas, e muitos não sabem a importância de quem irá cuidar do relacionamento da em-presa com seus públicos, da ima-gem da organização, da reputação, da comunicação interna e externa, entre outras funções.

Segundo Cláudia Peixoto de Moura, coordenadora do curso Relações Públicas da Famecos/PUCRS, o que legitima esse pro-fissional é a competência. Para ela, a competência é um avanço do conhecimento. “Conhecimento é tudo”, enfatiza. O profissional precisa conhecer muito bem a te-oria, saber sobre a prática e as téc-nicas para o desenvolvimento de um bom trabalho de comunicação dentro de uma organização. “Desta forma, além de se destacar no mer-cado de trabalho, passará a ser re-conhecido”, salienta a professora.

Com o avanço da tecnologia, o momento é favorável para a profis-são. As organizações precisam es-tar mais próximas de seus públicos, relacionando-se melhor com eles, e é ai que entram os profissionais de RP, com um bom planejamen-to para que isso ocorra da melhor

forma possível. “O RP passou a ser uma figura chave da organização”, afirma Cláudia Moura, pois a lógica do mercado mudou. Hoje para ven-der um produto ou serviço é neces-sário saber se relacionar, e o rela-cionamento será a mediação entre o cliente e a organização.

A comunicação de uma orga-

nização passou a ser Institucional, e não mais Mercadológica. E sa-bendo disso quem não quer ter um profissional que estará cuidando de todos os aspectos envolvidos na comunicação institucional?! A hora do RP chegou, e nós, profissionais da área, precisamos nos revelar como os tais profissionais de co-

municação. O interesse por parte das empresas está surgindo, e cabe somente a nós mostrar o quanto competente é esse profissional e como são amplas e importantes as funções que fazem parte do nosso currículo.

Aline RosaRenatha Queiroz

Competência: chavepara a legitimação• Aproveite a oportunidade: a tecnologia traz mais espaçopara os profissionais de Relações Públicas

ARTE: ALINE ROSA

Quem é o profissional de RRPP? A profissão de Relações Públicas é um guarda-chuva. Várias fun-

ções podem ser exercidas em diferentes organizações, sendo ela pri-vada, pública ou do terceiro setor. O profisional de Relações Públicas irá buscar o equilíbrio entre os interesses da organização com os seus públicos, fazendo a gestão estratégica da comunicação. É ele quem pla-neja, implanta, coordena e avalia a comunicação organizacional.

O profissional de Relações Públicas tem como um de seus obje-tivos identificar os públicos estratégicos da organização, para poder adequar a mensagem e discurso. Com o mapeamento dos públicos, é possível definir as estratégias de comunicação para com cada um deles, estabelcendo um bom relacionamento entre eles e tendo mais chances da mensagem chegar até o público-alvo.

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17Julho 2013 /RRPPAtualidades

O ser humano necessita buscar o novo, o inusi-tado, o desconhecido, e a partir daí, surgiu a

cultura dos mochileiros. Uma via-gem que é feita geralmente por jo-vens a fim de mergulhar em novas culturas, descobrir outros jeitos de viver, desvendar histórias, co-nhecer a si mesmo e livrar-se das limitações que colocamos em nos-sas vidas.

Foram escritores e artistas da Geração Beat os pioneiros da arte de “andar sem rumo”, nascidos nos EUA nas décadas de 50 e 60. Não acreditavam em empregos comuns, lutavam para sobreviver e viajavam sempre que podiam. Porém, desde que o homem é ho-mem, o desconhecido o fascina.

Escolher quantos dias ficar e os lugares a conhecer não é uma tarefa fácil, mas a maioria das pes-soas escolhe a Europa e faz uma viagem de 20 a 30 dias. Existem alguns extremamente aventureiros que optam por ficar em torno de seis meses, ou até mesmo, um ano.

O continente mais procura-do é a Europa, principalmente os seguintes países: Áustria, Croácia, Espanha, França, Grécia, Holanda, Hungria, Inglaterra, Itália, Portu-gal, República Tcheca. Fora da Eu-ropa, ganham destaque: Austrália, Nova Zelândia, Tailândia, Indoné-sia, Canadá, EUA, Brasil, Bolívia, Peru, Chile, Co-lômbia e Panamá. E para os brasi-leiros que optam viajar dentro do seu próprio país, a procura maior são Rio de Janeiro, João Pessoa, Curitiba, Florianópo-lis e São Paulo.

Antes de partir, é importante saber onde se hospedar, seja em algum hotel ou hostel (albergue). Nesse meio, os hostels se destacam, pois atraem turistas do mundo todo, principalmente pelo preço, além de proporcionarem a opor-tunidade de conhecer muita gente nova e fazer amigos.

Outro fator relevante é o que levar na mochila. A decisão é muito pessoal, mas depende também do clima e do lugar para qual o viajan-te vai. Portanto, é importante fazer uma listagem, pesquisar sobre o tempo, e calcular quantas roupas e objetos serão necessários. Mas é fato que uma mochila muito pe-sada pode atrapalhar em diversos momentos, e uma bagagem cheia, impedi-lo de fazer compras.

O jovem Henryco Costa, estu-dante de publicidade, fez mochilão há dois anos e compartilha suas experiências com a gente. Ele tinha 20 anos, em 2011, quando ele e um amigo partiram rumo à Austrália, onde ficaram quase nove meses. Os dois dividiram um quarto por

um mês, mas, levando em con-ta que tinham planos diferen-tes, decidiram se separar. O futuro

publicitário conta que queria curtir e conhecer coisas novas, enquanto o amigo planejava apenas juntar di-nheiro para ir para a Europa.

Durante esse tempo na Austrá-lia, ficou poucas semanas em hos-tel, e alugava quarto. Meses depois, foi para a Nova Zelândia, Indoné-sia, Tailândia, Camboja, Laos, Ma-lásia e Cingapura. Ao longo desse percurso, Henryco trabalhou como garçom, barback, barman, removal (mudança) e labor (obra).

Ficou um mês inteiro na Nova Zelândia, sozinho, e relata que tal-vez por isso, tenha sido uma das melhores viagens que fez. “Peguei um ônibus de uma empresa espe-cializada em mochileiros, e ficá-vamos de um a dois dias em cada cidade. Acho que o fato de estar sozinho fez com que eu conhecesse mais as pessoas, fiquei muito pró-ximo da galera que viajou comigo e até hoje mantenho o contato. Eu

era o único brasileiro neste ônibus, e por incrível que pareça, pelo que me falaram, este ônibus (chamado de Kiwi Bus) quase não leva bra-sileiros.” Nos últimos dias, ficou na casa de uns amigos que fez no avião. “Eles moravam em uma casa com linda vista nas montanhas de Queenstown, foi uma experiência maravilhosa.”

Nos outros lugares, ficou em torno de dois a três meses. Na In-donésia, fez a viagem com um ami-go de Minas Gerais; na Tailândia e Laos, com um amigo mineiro e um outro carioca; em Camboja, com o mesmo amigo carioca e o resto, sozinho. Na viagem à Ásia ficou na maior parte do tempo em hostels, com uma única exceção nas flores-tas de Chang Mai no norte da Tai-lândia, onde um guia o levava pelas florestas e as pessoas dormiam em vilarejos tradicionais.

“Apesar de ter comido mui-ta coisa estranha”, conta, “nunca passei mal e não me lembro de nenhuma experiência ruim. Acho que a maior dificuldade era estar com o dinheiro contado, e por isso muitas vezes ter que escolher o que fazer, não podendo fazer tudo que dá vontade.”

O que levou o aventureiro a fazer mochilão foi o sonho de via-jar que ele acalentava desde muito cedo. “Na verdade, minha primeira intenção era juntar dinheiro para ir para a Europa, mas logo vi que

não era tão simples ir para lá (com o dinheiro que fiz na Austrália), e ouvi histórias muito bacanas dos lugares que eu fui durante a via-gem. Conforme eu pesquisava, ia montando meu roteiro.” Logo no segundo mês na Austrália já tinha como objetivo visitar a Tailândia. “Eu há algum tempo tinha lido a respeito de ‘lenda pessoal’ e tal, me lembrei que durante a infância eu pensava muito em viajar pelo mun-do, pretendo fazer isso o resto da minha vida.”

O mochilão foi ótimo porque fez com que ele aprendesse a se vi-rar melhor em diversas situações. “Me ensinou a cuidar melhor das minhas coisas, cozinhar, lavar rou-pa, me organizar para fazer alguma coisa... Foi uma viagem que me en-sinou muito culturalmente sobre vários lugares, e também me ensi-nou muito a lidar com as pessoas e me sentir mais confiante”, destaca.

Henryco sugere que meninas viagem com mais uma amiga, ou namorado, por motivos de segu-rança. Quanto aos homens, aconse-lha que viagem sozinhos para apro-veitar mais. “Conheci meninas que viajavam sozinhas, mas é raro.”

“Recomendo muito que as pes-soas façam mochilão, é uma expe-riência incrível que acho que todos deveriam ter. Cada viagem que fa-zemos é especial e única, me lem-bro de uma amiga que me disse que mesmo que voltássemos pra aquele mesmo lugar, a mesma galera, no mesmo hostel, a mesma festa seria outro ‘rio’. Cada ‘rio’ ou viagem que fazemos na nossa vida acontece só uma vez, e por isso até voltaria para os mesmos lugares que já fui.”

Roberta PimentelVitória Zanini

O emocionante universo dosmochileiros

As aventuras na Ásiade um aluno

de Publicidade

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18 RRPPAtualidades/Julho 2013

Cultura

Você já provou a Sobremesa Musical?• Todas as quartas é possível saborear um concerto dentro da nossa Universidade

A Sobremesa Musical é um projeto co-ordenado pelo Instituto de Cultura da PUCRS, com o objetivo de promover interesse pela cultura musical, con-

templando um público diversificado, com apre-sentações semanais da Orquestra no campus universitário.

A Orquestra Filarmônica da PUCRS, que desde o ano de 2010 conta com a regência do maestro Márcio Buzatto, tem participação ativa em eventos internos e externos à universidade. Em 1988, os músicos da Orquestra, sob a regên-cia do antigo maestro Frederico Gerling Junior que regeu o grupo até o ano de 2008, promo-vendo durante 35 anos cursos, concursos, e apresentações, firmaram parceria com a Com-panhia Zaffari no evento “Concertos Comunitá-rios Zaffari”. O evento tradicional no calendário cultural de Porto Alegre oferece música de qua-lidade a um público anual de, aproximadamen-

te, 140 mil pessoas.Hoje a Orquestra conta com dezenas de

músicos, e em mais de 30 anos já participou de mais de 500 eventos culturais, realizando em média 80 eventos por ano. As apresentações em concertos produzidos pelo Zaffari aconte-cem cerca de 18 vezes ao ano. O maestro revela que à medida que a companhia de supermercados e shoppings vai ampliando suas lojas, são programados mais con-certos, a Orquestra é convidada para novas apresentações e são destinados mais recursos. “Fomos a São Paulo há dois anos, e este ano é para irmos de novo no segundo semestre. Este tipo de apresentação dá mais trabalho, mas também é mais prazeroso, novas plateias e ambientes diferentes”, destaca o maestro.

O Instituto procura investir em concertos regulares de música erudita, a partir de mais apresentações da Orquestra na cidade, com o objetivo de formar, cada vez mais, um “público

de concertos”. Este projeto com-plementa o Centro de Documen-tação Musical que realiza cursos, palestras e seminários na área da música de concerto.

Os músicos se encontram to-das as quartas e sextas-feiras, às 19h, em seu espaço para ensaios no salão de Atos do campus, onde também está instalado o Instituto

de Cultura, criado ao final de 2012 com o intuito de integrar os tradicionais Institutos de Cultu-ra Hispânica, Japonesa e Musical, este último criado em 1973 pelo saudoso irmão marista e

∆ Apresentações da Orquestra fomentam a cultura musical dentro e fora da Universidade.

“Dá mais traba-lho, mas também

é prazeroso, novas plateias e ambientes dife-

rentes.”

músico Ernesto Dewes, que o dirigiu até sua morte.

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19Julho 2013 /RRPPAtualidades

O Instituto Cultural é dirigido por Flavio Kiefer e apresenta como coordenadora de even-tos Adriana Cardoso de Almeida que também canta em apresentações da Orquestra desde o início dos Concertos Comunitários, em 1988, ocupando a posição de Soprana.

O projeto Sobremesa Musical é divulgado através de e-mail e maillings, atingindo alunos, professores e funcionários do campus. O público alvo pode opinar ou sugerir os repertórios das apresentações através do e-mail do Instituto. Os eventos que a Orquestra participa são divul-gados através de seus próprios patrocinadores, pela Agenda Lírica de Porto Alegre, ou também pelo blog do Maestro.

Agora que você os conhece e por ventura não tenha prestigiado nenhuma destas apresen-tações, não se desespere, pois ainda há tempo. Além dos eventos externos, grupos da Orquestra se apresentam todas às quartas-feiras, das 13h às 13h30min, no saguão da Faculdade de Arqui-tetura e Urbanismo, prédio 9 do Campus Central da PUCRS. A cada semana, executam musicais no local um dos grupos da Orquestra Filarmôni-ca (cordas, metais, trombones, percussão, entre outros). A entrada é gratuita e o repertório va-riado, moderno e delicioso de escutar.

Felipe Schmitt Fernanda Dalke

Julia Desimon

A música erudi-ta vem da erudição, e não das práticas mu-sicais populares ou folclóricas brasileiras. Teve início no século XVI com composições feitas pelo Padre José Maurício Nunes Gar-cia, que viveu a transi-ção de Brasil Colônia para Brasil Império, e era fortemente influenciado pela música pro-duzida na Europa.

Esse estilo musical é pouco explorado pe-los estrangeiros e até pelos próprios músicos brasileiros. No entanto, pode-se destacar a

presença de alguns mú-sicos brasileiros na evo-lução da música erudita brasileira, como Heitor Villa-Lobos, Camar-go Guarnieri, Claudio Santoro e outros.

Com a intensão de divulgar a música brasileira de concerto, nos anos 60 foi criada a

Orquestra Sinfônica Na-cional (OSN-UFF) por Juscelino Kubitschek. Entretanto, a música erudita ainda recebe um insuficiente apoio oficial, mas em termos de ensino musical e grupos de interpretação, o Brasil encontra-se relativamente bem.

A música erudita no Brasil

∆ Heitor Villa-Lobos

MEMÓRIA

Para saber mais sobre a Orquestra Fi-larmônica da PUCRS, acesse:

Agenda lírica de POA: Blog do maestro:

∆ Todas as quartas, após o almoço, o público da Universidade se delicia com a Sobremesa Musical

FOTOS FERNANDA DALKE

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20 RRPPAtualidades/Julho 2013

• As mídias sociais ocupam cada vez mais espaço no meio acadêmico

Alunos atentos ou conectados?

Muitas vezes você tenta se concentrar e focarmos em seus objetivos, mas

tendo a tecnologia na palma da mão, fica vulnerável à distração. A busca por respostas são rapida-mente encontradas, o acesso ao co-nhecimento é cada vez mais fácil, mas também mais superficial, pois nem tudo o que está disponível tem uma fonte confiável.

Alunos nascidos em um mun-do interativo obriga os professores a conciliar a tecnologia com a velha prática da lousa. A autoridade do professor se baseava em assime-tria de informação, porém, em um mundo em que o conhecimento do educador vem sendo desafia-do pela internet cabe a ele ter em mente de que as novas tecnologias podem ser somadas à sala de aula.

A professora de Comunição Social, Glafira Furtado, tem uma opinião diferente quanto ao uso das mídias na sala de aula. Para ela ,o fato de o aluno acessar às redes sociais durante as suas aulas signi-fica que as mesmas não estão sen-do interessantes o suficiente para atrair a atenção. “Lamento quando o aluno não consegue interagir no espaço das aulas ao optar pelas re-des sociais, pois, com o passar do tempo, normalmente eles cons-tatam que perderam informações importantes e que, acima de tudo, perderam ótimas oportunidades de estabelecer uma comunicação in-terpessoal com os colegas e o pre-fessor, uma vez que estes momen-tos estão cada vez mais escassos e preciosos. Vejo a comunicação on-line como um grande avanço tec-nológico para o ser humando mas, tenho certeza, de que nada substi-tui a comunicação face a face’’, as-segura a professora.

Saber como utilizar o Face-book e o Twitter pode não ser o papel do professor, porém saber qual o impacto das mídia sociais em seus alunos poderá fazer a di-ferença dentro do ambiente de en-sino, pois didática tem que evoluir acompanhando as novas formas que os alunos percebem o mundo, o ponto, contudo, é que a maneira de se comunicar com o aluno mu-dou.

Bruna Portilho e Marta Roos

O professor, jornalista e pós--doutor em Educação Roberto José Ramos concedeu uma entre-vista sobre a influência que as mí-dias sociais representam em sala de aula, expondo sua visão sobre o uso das novas tecnologias no ambiente escolar, e até onde elas podem colaborar ou prejudicar.

As novas tecnologias pre-sentes cada vez mais na vida dos alunos são prejudiciais

ao rendimento em sala de aula?

Não, as novas tecnologias po-dem significar um recurso, que, sendo bem utilizado, poderá aju-dar no rendimento dos alunos.

Em meio a todos estes aparatos tecnológicos pre-sentes em sala de aula, como celulares, notebooks, tablets, existe alguma forma em es-pecial para chamar a atenção

dos alunos?A forma, para

chamar a atenção dos alunos é a autenticida-de, associada às possi-bilidades de diálogo e interação. Todavia, há duas dimensões com-plementares. A princi-pal é que o aluno pre-cisa ouvir a exposição de determinados con-teúdos. E a secundária diz respeito ao que o aluno gosta de ouvir.

Como as Uni-versidades e os professores pode-riam se adaptar a

estas novas tecnologias, pro-curando cada vez uma intera-ção maior entre universidade e os alunos?

Ter a consciência de que as novas tecnologias fazem parte da realidade. Estão incritas no co-tidiano. Assim sendo, devem ser contempladas, de acordo com as necessidades e prioridades peda-gógicas.

Nas suas aulas são utili-zadas ferramentas digitais (sites,blogs entre outras)?

As vezes há uso de sites e blo-gs quando existem as respectivas necessidades, conforme as par-ticularidades da disciplina e dos seus conteúdos.

Hoje em dia é cada vez mais comum os alunos aces-sarem suas redes sociais (Facebook,Twitter, Instra-gam) durantes as aulas, isto lhe incomoda? Afeta a sua aula?

Não, não incomoda. Consi-dero importante que os alunos façam isso, através de uma lógica, comprometida com a prática das pesquisa.

∆ Professores convivem com as novas tecnologias diariamente em suas aulas

FOTOS BRUNA PORTILHO

Persuasão é o novo desafio didático

∆ Roberto Ramos, pós-doutor

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21Julho 2013 /RRPPAtualidades

IntercâmbIo cultural

Com a amplificação das noções intercul-turais, estudantes, voluntários e trabalhadores de todo o mundo tendem a criar uma visão de mundo mais abrangente, favorecendo suas rela-ções interpessoais e seu desenvolvimento social. O fluxo de intercambistas tem crescido ano a ano e, diferente de antigamente, não é mais uma exclusividade da elite. Além da possibilidade de programar a viagem por agências de intercâm-bio, o Governo disponibiliza programas, como

por exemplo o Rotary e o Ciência Sem Frontei-ras, que levam estudantes brasileiros a vários destinos e ainda os auxiliam com fundos neces-sários para o mantimento no local.

São investimentos que a médio e longo pra-zos trarão retorno excelente para o Brasil, pois os jovens que hoje vão, são o futuro da nação. As perspectivas e os aprendizados adquiridos serão levados para o resto da vida. Abrir a mente para novos horizontes é a chave para um melhor de-

sempenho em toda e qualquer área de trabalho. Nós, da Revista RRPP Atualidades, conver-

samos com o Márcio Duarte, que é estudante de Educação Física da UFRGS e morou durante dois anos na Irlanda. Ele contou um pouco so-bre a viagem, desde a preparação até o seu retor-no ao Brasil. Confira a entrevista a seguir.

Graciela Lech Stéphanie Souza

Não pense duas vezes, va viajar!

Qual foi o destino escolhido? Dublin, Irlanda. Fator determinante foi

a relação custo benefício do investimento e o tempo de duração do curso de inglês.

Como foi a preparacao para a viagem?Já havia viajado para o exterior alguns anos

antes, por isso já tinha o passaporte. O pro-cesso do visto era aguardar uma carta de con-firmação de matricula da escola de inglês em Dublin, e depois disso só fechar a mala e partir.

Como estava seu nivel de ingles antes de embarcar? Teve medo de nao conse-guir se comunicar?

Fiz um curso intensivo de verão de um mês antes de viajar. Foi pouco, mas logo chegando lá sabia que teria as aulas e a escola para am-parar nesse primeiro período. Por mais difícil que iria ser, tinha a certeza que “everything is gonna be alright”.

Onde morou? Dividia moradia com outras pessoas?

Morei em dois lugares diferentes de Du-blin, o primeiro por três meses e o restante do meu período em outro lugar. Sempre dividin-

do moradia. Foi de um enriquecimento único, dividir quarto e casa com pessoas de lugares tão distantes da gente, jeitos, manias, coisas que davam nos nervos, mas coisas que eram por demais proveitosas. Chegar em casa com uma batata frita e uma cerveja geladinha já te aguardando depois de uma longa jornada de trabalho não tinha preço.

Voce chegou a trabalhar durante a viagem? Como foi a experiencia?

Trabalhei de “cleaner” (um nome chique pra faxineiro). Mal sabia limpar meu quarto quando saí daqui e cheguei a ganhar prêmio de funcionário do mês entre algo em torno de 300 funcionários. Pra quem mal tirava o pó, ganhar um prêmio de funcionário do mês da limpeza é também um orgulho. Aprendi muita coisa no trabalho: liderar equipes, limpar, aprender a ceder, cobrir um trabalho mal feito. Coisas que certamente me somaram e ficaram no meu ba-ckground pra sempre.

De que forma acredita que o intercambio tenha interferido na sua forma de se relacionar com as pessoas

e o mundo?Interferiu de uma maneira que me mudou

pra sempre. Hoje não reclamo por qualquer coisa, tento lidar com situações adversas da maneira mais positiva possível. Sou mais cal-mo, paciente, amigável. A experiência me fez valorizar ainda mais as relações interpessoais e dar ainda mais certeza sobre a finitude das coisas, do tempo, da vida. Temos uma vida só, e viver uma boa vida sem arrependimentos, querendo o bem de todos é só o que importa.

O que voce poderia dizer pra quem esta prestes a viajar ou tem esse desejo para realizar algum dia na vida?

E uma experiência que recomendaria pra todo mundo. Largue a situação de conforto e vá passar trabalho, ou mesmo valorizar ainda mais as coisas que tens. O sentido e o valor das coisas e da vida depois da experiência do in-tercâmbio certamente tomam uma magnitude imensurável, a vida de uma certa forma passa a ser entendida de uma forma bela e harmoniosa de relação entre seres, pessoas, lugares e tudo que te rodeia. Não pense duas vezes, vá viajar!

• A globalização torna as fronteiras cada vez menores

∆ Márcio Duarte, estudante de Educação Física, na Irlanda

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SEJA UM FRACASSADO

22 RRPPAtualidades/Julho 2013

• A carreira, vida e percepções de Gustavo Reis, o rompedor da kinha do conforto

Após abandonar uma próspera carreira como programador de software nos EUA, o professor de matemática op-tou em montar seu próprio cursinho

aqui no Brasil, presencial e a distância, e deu inicio a sua carreira como educador. Apostou na sua convicção e na capacidade de se reinventar profissionalmente. Deu tanto certo que hoje ele profere palestras sobre como acreditar em si mesmo, buscar sua re-alização pessoal, com um título provocador: “Seja um Fracassado”.

Gustavo Reis con-tou a sua experiência nesta quebra de pa-radigmas: “Muitos pensaram o Gustavo enlouqueceu”, disse ao se referir à mudan-ça de carreira. Ele es-tava em um caminho brilhante nos Estados Unidos, largou tudo e voltou para Porto Ale-gre. Para seus amigos e familiares, Reis estava investindo em uma canoa furada, pois a carreira de professor ainda não é valorizada como deve-ria. Mesmo perante tantos obstáculos, ele en-carou as dificuldades e hoje é reconhecido pela excelência em seu trabalho, e deixa uma men-sagem encorajadora: “Quando a convicção dis-para rumo ao infinito, o arrependimento tende a zero”.

Ele explica como quebrar barreiras: saindo do modelo engessado de educação, começou a dar aulas via web, e revolucionou suas aulas de matemática. “A possibilidade de participação, ainda que através de bate-papo, permite o es-tabelecimento de vínculos afetivos semelhantes aos promovidos em sala de aula”, afirma ele. A sociedade esta cada vez mais dentro da mídia, onde é possível ter aulas pré-vestibular via web

com total clareza e qualidade, como uma aula presencial.

Essa inovação demonstra a necessidade que os profissionais hoje devem ter em estar sempre se aprimorando e inovando. Os jovens de hoje em dia têm a necessidade de novidade cons-tante, sem este estímulo, o conteúdo e a aula se transformam em tédio.

Gustavo lançou algumas destas observações em uma palestra que fez ano passado. O vídeo foi divulgado em formato simples e atingiu uma marca inesperada pelo professor. “Estou real-mente surpreso com o número de views da mi-nha palestra”, admite.

Esses resultados deixam claro como as mí-dias tem um poder de divulgação incontável. Um vídeo simples atingir a todos os públicos em tantos lugares. Por isso a necessidade do bom

senso perante o conteúdo divulgado na mídia. Gustavo Reis também comentou o alto vo-

lume de informações que a sociedade recebe to-dos os dias. Na percepção dele, a mídia lança um excesso de informações, às vezes desnecessárias, a fim de suprir a necessidade dos públicos cada vez mais ansiosos por novidades. “Estes chegam diariamente à conclusão de que não consegui-rão processar toda a informação a que são ex-postos”. Para o visionário professor, estamos constantemente abertos para tudo e todos na in-ternet. “Nada pode ser escondido, tudo pode ser desvendado, e o cuidado tem de ser redobrado com tudo que divulgamos na internet”, alerta.

Bárbara CoimbraLuciane Saraiva

e Nathalia Bassegio

“ A possibilida-de de

participação, ainda que atra-vés de bate-pa-po, permite o

estabelecimen-to de vínculos afetivos seme-

lhantes aos promovidos em

sala de aula”.

Vídeo da palestra:“Seja um Fracassado |Gustavo Reis”

Mais que uma escola de Matemática, o Mathematica Et Cetera é a consolidação de um sonho. Ao fundar o curso, em 2008, Gustavo Reis decidiu colocar em prática sua vi-são própria de convergência de informática e educação. A síntese dessa proposta é representada pelas cinco palavras--chave que norteiam suas ações: conteúdo, organização, tecnologia, acesso e afetividade.

Desde então, o Mathematica Et Cetera vem se estabe-

lecendo como um núcleo de ensino de alto nível e um am-biente mágico em que se promove o surgimento de novas amizades com a mesma naturalidade com que o conheci-mento é compartilhado.

Conta com Grupos de Estudo para vestibular UFRGS, apoio ao ensino superior (com minicursos, aula pré-prova) e aulas particulares de Matemática em todos os níveis. Site Gustavo Reis

GUSTAVO REIS/ MATHEMATICA ET CETERA

∆ Reis largou próspera carreira nos Estados Unidos e voltou para Porto Alegre para ser professor

DIEGO RAMOS

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23Julho 2013 /RRPPAtualidades

Quem não conhece alguém que tenha diversas tatuagens pelo corpo? Ou me-lhor, quem nunca teve vontade de fazer

uma tatuagem simbólica, que tenha algum signi-ficado para sua vida? A tatuagem deixou de ser só uma questão de estilo, virou uma espécie de cultura, às vezes de pertencimento de grupo. No entanto, é um assunto polêmico no meio profis-sional, uma vez que ainda existe certo estigma sobre o tema por parte da maioria dos gestores das organizações.

Há 20 anos, a tatuagem era vista de forma pejorativa, passando a ideia de agressividade e anarquismo. Hoje em dia, com as novas tecnolo-gias, a sociedade está mais aberta às diferenças, pregando o respeito a elas. Entretanto, no que se refere ao meio profissional, a maioria das orga-nizações ainda mantém o antigo estigma, prefe-rindo contratar pessoas não tatuadas.

Para a professora Suzana Gib Azevedo – for-mada em Psicologia e mestra em Publicidade e

Propaganda – o mercado está, em geral, mais aberto a todo o tipo de diferença, pois o conví-vio entre várias gerações proporciona a compre-ensão entre diversos estilos, opinião também compartilhada por Roger Silva – tatuador há 10 anos e dono da Crust Tattoo. Ele acredita que os desenhos na pele não influenciam na índole de uma pessoa.

Em contrapartida, Vanderléia Alves, res-ponsável pela contratação dos estagiários da Se-cretaria de Agricultura do Estado do RS, e Ale-xandre Damo de Bem, sócio-proprietário da De Bem Informática, afirmam que a pessoa tatuada ainda passa uma imagem de descompromisso, pesando negativamente na hora da seleção.

A concepção de “descompromisso” é critica-da pelos profissionais tatuados. Eles lamentam que as organizações e a sociedade ainda tenham preconceito em relação à tatuagem, caracteri-zando-a como algo que reproduz rebeldia e a falta de responsabilidade. Contudo, entendem

a exigência do mercado em relação à imagem profissional e, por isso, muitos pensam em lo-cais estratégicos – fáceis de esconder – para as tattoos, pois sabem que é um fator importante para a atuação no mercado de trabalho.

Os símbolos na pele são elementos relevan-tes na hora da entrevista, mas não são tudo. Su-zana traz alguns aspectos de grande importância na avaliação dos profissionais de RH como: a capacidade de se relacionar com outras pessoas; de expressar oralmente suas ideias; o modo de ser empreendedor e de trabalhar em equipe; o modo como se comportam; o conhecimento que dominam sobre a área pretendida. Ou seja, não são desenhos impressos no corpo de alguém que vão definir sua capacidade, competência, caráter e valor profissional. Pelo menos assim deveria ser!

Camila CaminiKaren de Bem

Renata Battisti

∆ Roger Silva defende que os desenhos na pele não influenciam na índole de uma pessoa

FOTO: RENATA BATTISTI

ainda distorce a imagem?

Tatuagem

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24 RRPPAtualidades/Julho 2013

Dentro de um ambiente pouco des-contraído, o hospital, que atuam os doutores palhaços que buscam a hu-manização do ambiente da maneira

mais simples possível: com sorrisos, abraços e afeto.

A ONG Doutorzinhos foi fundada há cerca de cinco anos pelo empresário Maurício Baga-rollo que tinha o sonho de se tornar um doutor palhaço depois de ver o filme baseado na histó-ria real do médico Patch Adams, que tinha uma maneira pouco usual de tratar seus pacientes, com muito apreço. Bagarollo, antes de fundar a ONG e realizar esse sonho, tentou sem su-cesso ingressar em hospitais como voluntário, atuando como palhaço. Depois de acreditar no seu próprio sonho e fazer com que acreditassem

também, nasceu a ONG Doutorzinhos e reco-nheceu o seu mais antigo personagem, vivido por Maurício, o Doutor Zinho.

Desde o momento em que o empresário Maurício coloca o seu avental, seu nariz ver-melho, leva à tira-colo o seu kit de Segundos Socorros, composto por bolhas de sabão, um miniviolão e narizes vermelhos, e o seu fiel com-panheiro, o Sílvio, um lindo cachorrinho invisí-vel, os sorrisos brotam no rosto de quem o vê. Simpático e desinibido, se torna o centro das atenções. Quem vê de fora se emociona com a simplicidade que o Doutor Zinho ilumina o am-biente, na maioria das vezes pesado e triste.

Cada voluntário, capacitado para atuar como doutor da alegria se encarrega da criação do seu personagem. Roupas, acessórios e estilo

de abordagem ao paciente são essenciais para criar identidade para cada um. Uns são mais ousados, sendo os legítimos palhaços, tropeçan-do, espirrando e fazendo gargalhar. Há os que encaram a personagem de boneca, tornando-se um alvo de elogios por sua elegância e beleza, tratando todos com uma doçura inexplicável.

Maurício, deixando de lado o personagem, diz que voluntariado é sua vida. “As pessoas costumam dizer que se imaginam fazendo esse tipo de trabalho, já eu digo que não me imagino sem fazer isto”, ressalta. O testemunho da em-presária Adriana Tomer, a Doutora Cute Cute, é semelhante: “Nós costumamos dizer entre nós (voluntários) que não ganhamos salário, não porque nós não merecemos, mas porque não há dinheiro no mundo que pague o que ganhamos.”

OS DOUTORESDA ALEGRIA• Há cinco anos, ONG Doutorzinhos encanta hospitaisgaúchos com cenários e brincadeiras contagiantes

∆ Maurício Bagarollo se transforma no Doutor Zinho nos corredores do Hospital São Lucas da PUCRS

CAMILA MORAES

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25Julho 2013 /RRPPAtualidades

O beneficio dos pacientes contemplados com tanta alegria é evidente aos olhos de qualquer um e comprovado por pesquisas que afirmam que a cada sorriso o cérebro é induzido a produ-zir e liberar mais endorfina, o neurotransmissor relacionado às sensações de prazer e bem--estar, além de ser um potente analgésico natural. O paciente Pedro Pereira da Silva, 74 anos, vivenciou uma intervenção dos voluntários, ficou sensibiliza-do e conclama: “Nós devemos entrar na brincadeira para in-centivar o trabalho deles, para que cada dia vão mais longe e contagiem mais pessoas”.

O resultado positivo obtido na terapêuti-ca instituída pelos doutores palhaços também é reconhecido por médicos “de verdade”, um exemplo é a opinião do clínico geral e cursista em Psiquiatria no Hospital São Lucas da PU-CRS, Jorge Gustavo Azpiroz Filho: “Eu acredito na eficácia da atuação dos Doutorzinhos em pro-porcionar um ambiente saudável para a recupe-ração física e mental de pacientes fragilizados por diversos fatores, fazendo com que se sintam acolhidos, facilitando a atuação dos médicos na recuperação dos mesmos.”

Para ser um Doutorzinho não é necessário ser médico nem estar ligado à área da saúde. Um voluntário precisa, primeiro, ser maior de 18 anos e desejar ser rico. Rico de felicidade e

emoção. Ajudar não por pena, mas por solidariedade ao pró-ximo, passar por um processo seletivo rigoroso e capacita-ções para a performance de palhaço. O profissionalismo é exigido cada dia mais dentro dos hospitais em que a ONG atua, logo cada dupla de dou-tores palhaços tem uma escala

de dia, horário e áreas a serem visitadas, sendo cumpridas rigorosamente, pois, como eles afir-mam, a constância é fundamental para o reco-nhecimento das instituições em que atuam e dos pacientes que, ansiosamente, aguardam por sua chegada semanal. Bagarollo indica aos interes-sados em se tornar um doutor da alegria: devem acessar o site da ONG (www.doutorzinhos.com.br), manifestando interesse e aguardar contato para futuras inscrições.

camila moraesAna paula evaldtfernanda furtadodanielle madeira

O resultado positivo obtido na terapêutica instituída pelos douto-res palhaços também é reconhecido por

médicos “de verdade”

∆ Doutor Zinho aborda pacientes com a placa: Abraços grátis!

CAMILA MORAES

O profissional de Relações Públicas possui uma gama de qualificações que o torna um pro-fissional múltiplo e hoje está presente na área médica, que começou a entender a importância de um gestor de relacionamento, que una o ma-rketing e a transparência de ações.

Um hospital está exposto a crises de ima-gem e vulnerabilidade, pois lida com públicos segmentados e críticos. “A necessidade de pro-fissionais de Relações Públicas está crescendo, porque cada vez mais os públicos têm força e voz, e alguém precisa gerenciar isso junto às or-ganizações”, destaca Laura Goldim, esta-giária de Relações Públicas do Hospi-tal de Clínicas. “Um hospital lida com públicos críticos, por assim dizer, são pessoas que muitas vezes estão em situações de vulnerabilidade ou atendendo a essas pesso-as. Então temos que cuidar para mediar os in-teresses dos públicos internos e externos. Mais do que qualquer outra instituição, um hospital é uma constante fonte de crises em potencial. Não podemos deixar com que sejam feitas ape-nas associações negativas com o hospital”, opi-na ela. Laura relata ainda que seu interesse na área vem pelo exemplo de seu pai, que sempre atuou como professor da Faculdade de Medicina e ainda trabalha no HCPA. “Cresci dentro desse meio, então foi natural o interesse”.

No HCPA, Laura auxilia duas relações-pú-blicas na Coordenadoria de Comunicação. Uma delas, Ana Paula Folletto, formada em Relações Públicas pela PUCRS, está mais ligada à questão da comunicação institucional, trabalhando com jornalistas, designers, fotógrafos, analistas e re-lações-públicas, de forma integrada. De acordo com Ana Paula: “Planejamos e executamos cam-panhas de comunicação, eventos, jornal interno, assessoria de imprensa, produtos de comunica-ção, como folder, vídeo institucional, relatório anual, entre outras atividades, sempre prezando por uma comunicação transparente e eficaz.”

Para Ana Paula, a atividade de RP tam-bém é importante no contexto da comunicação integrada. “Em um hospital, especialmente, a instituição deve manter diálogo permanente com seus públicos, informando sobre serviços e formas de acesso, esclarecendo dúvidas, res-pondendo questionamentos, prestando contas, compartilhando e disseminando conhecimentos em saúde, estimulando a participação e promo-vendo a boa imagem institucional.” Ela ainda ressalta que ser relações-públicas do HCPA é um trabalho gratificante, cheio de oportunidades e de novas experiências, um campo vasto para pôr em prática todo conhecimento adquirido duran-te o ensino superior.

Alessandra SchaeferFabio Marcel Fracari

Como enfrentara crise da saúde

“É um trabalho gratificante, cheio de oportunida-des e de novas experiências”

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26 RRPPAtualidades/Julho 2013

A semana do Festival de Cinema de Grama-do, conhecida por sua tradição, elegância e su-cesso, chega a sua 41ª edição no ano de 2013. É considerado o maior e mais importante evento cinematográfico da América Latina, realizado no Palácio dos Festivais, envolve premiações de filmes de produções brasileiras e internacionais.

O Festival possibilita, além das exibições de filmes, a realização de se-minários, painéis, encontros, lançamentos de publicações e as tão esperadas festas de encerramento. Reúne tanta gente curiosa e interessan-te, turistas, intelectuais, es-tudante e celebridades, que produtores organizam even-tos paralelos ao encerramen-to do festival . Em entrevistas ao RRPP Atualidades, eles contam suas experiências ao RRPP Atualidades e o porquê da escolha desse festival e não de outro.

Thiago Grandi, de 29 anos, jornalista e pro-dutor de eventos, participou nos últimos anos de diferentes edições do Festival de Cinema de Gramado. Entre eles, produziu o evento da Kiss&Fly no ano de 2011, e 2012 foi contratado pela Green Valley para fazer toda parte de rela-cionamento do evento.

O jornalista comenta que a finalidade prin-cipal do evento é manter a fama de Gramado, como referência de grandes festas, com público de todo Brasil e consequentemente fazer deste um período de grande lucratividade, tanto para a cidade quanto para os grupos organizadores dos eventos.

O primeiro contato profissional de Thiago com o festival foi em 2009, no Coca-Cola Vibe-zone, que marcava o encerramento do Festival de Cinema daquele ano. O evento foi no Serra Park. De 2011 para cá realizou diferentes even-tos para o Festival.

Thiago conta que a faixa etária do público varia entre 18 e 30 anos. Para as festas do grupo Green Valley, que são para mais de 5 mil pesso-as, é trabalhado mais agressivamente a divulga-ção.

Perguntado sobre o porquê dos eventos se-

rem realizados nos hotéis, ele diz: “Os grupos organizadores exploram o máximo do festival, atraindo público de todo Brasil, eles fecham os hotéis para venda de pacotes completos que inclui tanto a hospedagem, refeições, quanto a própria festa.”

João Franciso Hein trabalha na Revista Void e ano passado, ajudou no desenvolvimento

da festa chamada Entrevero del Funk, realizada com a finalidade de proporcionar um entretenimento com foco em experiências inédi-tas e surpreendentes para o público.

Segundo ele, a escolha daquele final de semana para realizar a festa se deve, exclusivamente, pelo fato de existir um turismo jovem maciço na época. “Trata-se de uma migração natural

que o Festival leva.” Ele relata que pelo fato de a região ser turística e os hotéis, muitas vezes, os locais com melhor estrutura para receber festas de grande porte, elas são realizadas nos próprios hotéis.

Hein antecipa que esse ano o grupo da revis-ta Void está realizando outro evento novamente, e, apesar de ainda não terem revelado, garante que o intuito é quebrar paradigmas novamente e elevar a diversão do público que estiver no hotel e nas festas deles.

Por ser uma mostra internacional de cine-ma com atenção especial para o Brasil e América Latina, reunindo um grande número de filmes e pessoas que querem falar de cinema, curtir a cidade e acabar numa boa festa, as produtoras estão cada vez mais voltadas para realização de eventos na época do Festival de Cinema. A cada ano a expectativa é maior, Gramado é uma cida-de de grande valor turístico e muito hospitaleira e com belezas naturais riquíssimas. Este even-to já faz parte do calendário cultural do Brasil. Quem não quer passar pelo “tapete vermelho do festival”, ver de perto o famoso Kikito e se diver-tir nas melhores festas do ano?

Roberta Pimentel Vitória Zanini

D+!O Festival que deixoude ser só cinema• São promovidas festas paralelas para o grande público presente

“Os grupos organizado-res exploram o máximo do festival, atraindo pú-blico de todo Brasil, eles fecham os hotéis para venda de pacotes com-pletos que inclui tanto a hospedagem, refeições, quanto a própria festa.”

FOTO DIVULGAÇÃO

Reunindo grande número de filmes e de pessoas que querem falar de cinema e criação, o Festival de Cinema de Gramado é realizado desde 1973 na Serra Gaúcha. Surgiu durante a Festa das Hortênsias, entre 1969 e 1971, devido a aprovação e o empenho dos gramadenses, dos turistas, da imprensa e principalmente da comunidade artística nacional, o evento tornou--se oficial.

Com a repercussão do evento, foi instituído como Patrimônio Histórico e Cultural do Esta-do do Rio Grande do Sul. Hoje é considerado uma mostra internacional de cinema voltado para o continente latino-americano, com o in-tuito de divulgação, discussão, crítica e incenti-vo à criação cinematográfica nacional.

O evento promove quatro mostras compe-titivas: Longa-Metragem Brasileiro, Longa-Me-tragem Estrangeiro, Curta-Metragem Brasileiro e Curta-Metragem Gaúcho. Só pelo fato de serem exibidos, os longas e os curtas-metragens recebem prêmios em dinheiro. Os vencedores são bonificados com o tradicional Troféu Kikito e com prêmios em dinheiro,

DESDE 1973

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27Julho 2013 /RRPPAtualidades

D+!

Estive no Hospital da PUCRS, para fazer uma pesquisa e fiquei muito satisfeita com o atendimento. Logo na portaria fui atendida por uma re-cepcionista, na mesma hora ela conseguiu uma pessoa para me acompa-nhar na visita ao hospital.

No momento em que cheguei, fiquei impressionada com a quantidade de pessoas que estavam esperando ao atendimento, mas logo eram enca-minhadas para os setores. Uma amiga minha fez uma cirurgia dentária e levou um pedacinho da carne esponjosa para a biopsia. Ela estava mui-to preocupada com o resultado do exame, mas as meninas atenderam-na muito bem e a deixaram mais calma.

Depois, junto com uma moça que estava atendendo-me, fomos para

o Centro Clínico, o qual é ligado ao hospital por um túnel. Fiquei muito encantada com o atendimento e a organização, são inúmeros consultó-rios, cada um com tipo de especialidade, também existem laboratórios. Os médicos do Centro Clínico, parte deles, são professores da Faculdade de Medicina da PUCRS.

Saí dali satisfeita com o bom tratamento dado a todos. Vistei outros setores e concluí que o atendimento a todos era muito bom. É um hospital escola, onde os alunos da Medicina da PUCRS fazem estágios. Fiquei feliz com a minha pesquisa, pois verifiquei que temos um grande hospital para atender as nossas necessidades.

Rebeca da Silveira

Um hospital que faz escola

O Pilates e seus benefíciosNão é de hoje que

as pessoas têm adqui-rido uma maior preo-cupação com a saúde, com o preparo físico e com a qualidade de vida, por isso, cada vez mais têm surgido no-vos exercícios e novas formas de se alcançar esse objetivo.

A mais nova onda das academias é o Pi-lates. Criado pelo Ale-mão Joseph Pilates (1880-1967), o Pilates é um método de condi-cionamento físico que tem como base diver-sas técnicas de cons-cientização corporal e de controle motor que são capazes de melho-rar, e muito, a saúde física e mental das pessoas. Seus benefícios são inúmeros, entre eles a cor-reção postural, a melhor coordenação motora, o aumento de alongamento, flexibilidade, tônus e força muscular, o alívio de tensões, estresse e dores crônicas, o fortalecimento de órgãos inter-nos, além de melhorar a respiração e facilitar a drenagem linfática e a eliminação de toxinas do organismo.

No Brasil, o Pilates, anteriormente pouco conhecido, passou a ter maior visibilidade quan-do Madonna revelou que o motivo para sua ma-ravilhosa flexibilidade e postura nos palcos, era a sua prática.

A professora Andresa Dalsotto, do RS Stu-dio Pilates, afirma que para alcançar o resultado

pretendido o Pilates deve ser feito com a orien-tação de um profissional habilitado, que pode ser um educador físico ou fisioterapeuta que possua certificados válidos em território nacio-nal. Além disso, vale lembrar que o pilates pode ser praticado por pessoas de todas as idades.

O indicado pelos profissionais é a prática de pilates pelo menos de uma a duas vezes por se-mana, pois além de melhorar sua postura, ainda tem o poder de curar tendinites, dores muscula-res e melhora a circulação sanguínea.

Deisi GastringFillipe Angelino

Leonardo LeoRoberta SchimittSabrina Brandão

FOTO: DIVULGAÇÃO

Eleita pelo programa ameri-cano Entertain-ment Tonight como a melhor série de 2012, Scandal retrata o gerenciamento de crises. Olivia Pope, ex-assesso-ra do presidente, abandona seu emprego na Casa Branca e abre sua própria empresa − a Pope & Associates − onde cuida de casos que não po-dem cair na mídia.

Estrelada por Kerry Washington, Scandal se passa na cidade de Washington e gira em torno de vários casos que a Pope & Associates − também composta por advogados, investigado-res e um hacker − deve resolver, enquanto cada integrante lida com seus próprios problemas e crises. Às vezes, Olivia se apropria de métodos ilícitos para resolver crises e salvar a reputação de sua própria empresa. Considerada quase uma “deusa”, a polêmica Pope sempre é chama-da para resolver problemas empresariais e polí-ticos da elite americana que não podem chegar a público.

A série, produzida pela ABC Studios, é ba-seada na história real de Judy Smith, assessora do ex-presidente dos Estados Unidos, George H. W. Bush, e pode ser assistida no canal fecha-do Sony Brasil e também disponível online para download.

Camila Camini, Karen de Bem e Renata Battisti

Scandal: o poder das Relações Públicas• Série produzida pela ABC Stu-dios é baseada em fatos reais e trata sobre crises de imagem

FOTO: DIVULGAÇÃO

COMENTÁRIO

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28 RRPPAtualidades/Julho 2013

D+!A importância do inglêsno mercadode trabalho• A língua comocomplementoprofissional

Atualmente muitas empre-sas exigem o domínio da língua inglesa na seleção dos candi-datos. O inglês se transformou numa ferramenta indispen-sável para o desempenho dos funcionários no mercado de trabalho, por ser a mais falada no mundo.

O inglês abre as portas do mercado de trabalho . Inúme-ras empresas trabalham com clientes de outros países. Por isso, faz diferença na hora de conseguir uma promoção ou uma colocação num cargo maior. Se você souber uma ou-tra língua tem maior ascensão profissional.

Jeison Spaniol, que trabalha na empresa E-Core Desenvolvimento de Software e estuda Sistemas de Informa-ção na PUCRS, relatou sobre a importância do inglês no mercado de trabalho. Segundo ele, a maioria de sesus colegas, 95%, deixam para cursar o inglês no final da graduação, “mas deveriam se adiantar, preparando-se bem antes para enfrentar a concorrência.”

Spaniol tem bastante con-tato com estrangeiros em seu trabalho, o tempo todo. Todos os seus colegas sabem falar inglês, pois a empresa contata com clientes de vários países. Portanto, o inglês é requisito básico no seu trabalho. “No momento, não viajo a traba-lho, mas tem possibilidade de fazê-lo,” projeta. Jeison ainda destaca que todo o material de atualização é no idioma inglês.Rebeca da Silveira

∆ Encontro de motos em São Lourenço do Sul. Pessoas descoladas, máquinas muito iradas

FOTO: CARLOS SCHÜTZ

Muitos não entendem por que o motociclista pre-fere o perigo e aparente desconforto de uma moto ao conforto e à segurança relativa de um carro. Eles cul-tivam um espírito aventureiro, se unem para viajar, ir a Encontros de moto e confraternizar com os irmãos motociclistas. O objetivo é rodar e se reunir com os amigos, não importando a máquina, as cilindradas, querem cultivar sua paixão.

O que se esconde muitas vezes por baixo daquelas roupas de couro pesadas, faixas na cabeça, luvas, bo-tas, correntes e caveiras, é que têm pessoas de todos os tipos, incluindo médicos, advogados, funcionários públicos, entre outros. Além do culto à liberdade de pi-lotar, existe muita solidariedade nesse meio. Diversos grupos realizam campanhas para arrecadação de rou-pas, alimentos e brinquedos.

Aqui no Rio Grande do Sul existe um calendário de eventos organizados pela Associação dos Motoci-clistas (AMO), com apoio de vários patrocinadores e, a maioria também conta com o apoio das prefeituras. Os encontros são realizados nos finais de semana em diversas cidades do Estado. Acontecem durante todo ano, com programação de shows de bandas, sorteio de brindes e entrega de troféus. A associação também é

responsável pela filiação de motoclubes e grupos.Muitas pessoas acham que os usuários de motos

são todos iguais, porém não é bem assim, o que muitos não sabem é diferenciar o motociclista do motoquei-ro. O motociclista possui um estilo próprio e visa sem-pre a segurança e a tranquilidade durante os passeios, não utiliza o veículo para o trabalho, usa para o lazer e geralmente são filiados a motoclubes ou pertencem a grupos e saem nos finais de semana para participarem de encontros ou apenas para se reunirem com amigos. Já o motoqueiro é aquele quie trabalha em tele-entrega ou tem moto como meio de transporte, da faculdade para casa, de casa para o trabalho, e assim por diante. Eles quase sempre andam com pressa e em ziguezague, colocando a sua segurança e a dos outros em risco.

Apesar das diferenças que existem no mundo das motos, o mais importante, tanto para os apaixonados quanto para os que são apenas usuários, deveria ser o zelo pela segurança de todos no trânsito e o respeito um pelo outro.

Deisi GastringLeonardo Leo

Sabrina BrandãoRoberta Schimitt

MOTOCICLISMOLiberdade sobre duas rodas

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29Julho 2013 /RRPPAtualidades

D+!Do you speak english?• Cafeteria da capital gaúcha promove encontros semanais para a prática informal da língua inglesa

Pense em um lugar no Brasil onde as pes-soas se reúnam semanalmente para jogar conversa fora em inglês. Esse lugar existe,

e fica aqui em Porto Alegre: é o projeto Talk and Coffee, idealizado por Carla Fraga, proprietária da Confraria do Café, onde acontecem os encon-tros.

Aos 32 anos, após viajar para o exterior com o marido e ver-se dependente dele para se comu-nicar, Carla decidiu que era a hora de aprender inglês e então começou a frequentar aulas. No entanto, percebeu que só as aulas não bastavam, e, para aperfeiçoar e praticar a língua, ela teve a brilhante idéia do projeto Talk and Coffee, que

define como um “happy hour em inglês”. “Minha proposta sempre foi fazer uma reunião informal, onde as conversas fos-sem espontâneas e não predefinidas, como eu via nas aulas”, diz.

O encontro é com-posto por aproxima-damente 15 pessoas de diversas idades e pro-fissões. Cada integran-te que chega, senta espontaneamente junto ao restante do grupo, onde são debatidos assuntos variados, como numa conversa entre amigos. Há sempre a presença da professora de inglês Cibél-le Farinhas, a qual Carla prefere definir como mediadora, já que a essência do Talk and Coffee é diferente de uma sala de aula, ela somente dá algum auxílio a quem precisar.

Mesmo sendo um encontro aberto ao públi-co geral, normalmente quem frequenta as reu-niões são as mesmas pessoas. Carla conta que muita gente acaba não indo por achar que seu inglês não é bom o suficiente, e que isto, junta-mente com a timidez, são seus maiores desafios com o projeto. “Temos frequentadores de todos os níveis do inglês, muitos chegaram aqui ape-

nas ouvindo os outros conversarem e, hoje, já conseguem falar também”, destaca a idealiza-

dora.A maioria dos frequen-

tadores conheceu o Talk and Coffee por amigos que já participavam, pela internet ou em uma ida casual à Con-fraria do Café. Muitos vão ao encontro por questões profis-sionais; outros, por questões

de viagens; alguns só não querem jogar fora anos de estudo, portanto, vão ao café para “re-lembrar” o idioma; mas um objetivo é comum a todos eles, independente da finalidade: praticar a língua inglesa. Em unanimidade, os partici-pantes relatam que o convívio semanal realmen-te funciona e melhora a fluência da língua.

O projeto inovador de Carla Fraga ganhou vida em janeiro de 2009, é aberto ao público e gratuito, e acontece todas as terças-feiras, a par-tir das 19h, na Confraria do Café do Shopping Bourbon Country. Do you understand?

Camila CaminiKaren de Bem

Renata Battisti

∆ Grupo se reúne semanalmente para um happy hour em inglês, na Confraria do Café, no Shopping Bourbon Country

Curtiu a ideia?Para mais

informações acesse: www.confrariadocafe.com

∆ Delícias da casa

FOTO: RENATA BATTISTI

FOTO: DIVULGAÇÃO

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30 RRPPAtualidades/Julho 2013

A Zona Sul de Porto Alegre sempre foi considerada a mais privilegiada em relação às demais, principalmente por oferecer uma natural qualidade de

vida a seus moradores. E o motivo é simples: os bairros que compõem a região ainda conservam

um jeitinho típico das cidades de interior e, ao mesmo tempo, são agradavelmente impregna-dos por ares praianos, graças à belíssima moldu-ra ornamentada pelas margens do Guaíba. Fora isso, a Zona Sul também conta com diversas op-ções para quem busca lazer, entretenimento ou,

até mesmo, aventura. Com a presença do

Guaíba e sua orla, a pro-cura pela prática de es-portes é intensa, atrain-do porto-alegrenses de todos os cantos da cida-de gaúcha. Por lá, é fácil avistarmos kite-surfs, stand-ups e caiaques cruzando-se entre velei-ros de pequeno e grande portes. Para apreciar tal acontecimento, basta sentar em um dos diver-sos bancos espalhados em toda extensão de suas águas. Ainda em terra firme, é comum observar bicicletas co-loridas em meio a prati-cantes de cooper ou lon-gas caminhadas, além de

outros atletas mais radicais aventurando-se, por exemplo, no slackline ou escaladas.

E foi com um largo sorriso no rosto que o morador de Ipanema, estudante de biologia Ro-drigo Amaral, referiu-se à zona amada: “A beira de Ipanema faz com que eu sinta que moro na praia. Fazer slackline na areia, curtir um pôr-do--sol, andar de bicicleta, tudo isso aliado a esta vista exuberante, faz com que meus dias sejam mais tranquilos, e até mesmo mais saudáveis.”

É verdade que por um longo período, os mo-radores da Zona Sul contaram com poucas op-ções de estabelecimentos comerciais, serviços e afins. Porém, com o passar dos anos, a região foi crescendo economicamente e hoje em dia, além de oferecer uma natureza exuberante, conta com uma infraestrutura comparável aos bairros mais avançados, oferecendo o que tem de melhor em todos os setores.

Enfim, é desta forma que atualmente os moradores da Zona Sul vivem, desfrutando a comodidade de uma infraestrutura de fácil aces-so junto a um ambiente natural diferenciado que tem, como vedete, um pôr-do-sol digno de cartão-postal.

Gabriela Knippling do AmaralJosiane Freitas AzeredoRenata Fialho Dydzian

Ambiente

APAIXONANTEZONA SUL• Em meio ao estresse do dia a dia, ainda existe um refúgio na capital

∆ Fim de tarde no calçadão de Ipanema

FOTOS GILBERTO CASTILHOS

∆ O pôr-do-sol do Guaíba por testemunha

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31Julho 2013 /RRPPAtualidades

Nada melhor na adolescência ou vida adulta, apesar de todos os compro-missos e responsabilidades agre-gadas ao longo do tempo, do que

manter ativa a sua vida social, indo a um bar-zinho, restaurantes, baladas. No entanto, após o lamentável acontecimento na boate Kiss, em janeiro deste ano, em Santa Maria, que em con-sequência de inúmeras negligências não possibi-litou evitar a tragédia que ocasionou a morte de 242 jovens, queimados e asfixiados, houve uma mudança radical de hábitos na ótica de diversos públicos, tanto em âmbito nacional quanto in-ternacional, e até mesmo entre os que não costu-mam frequentar esses estabelecimentos.

Uma crise deste nível mexe com a estrutura de uma sociedade e acarreta em mudanças cul-turais como aconteceu no caso da boate de San-ta Maria. As pessoas começam a pensar sobre as inúmeras negligências que ficam por baixo de um ambiente aparentemente agradável, com uma bela decoração e atrações que chamam a atenção de diversos públicos, principalmente jo-vens, e talvez podessem ser evitadas se houvesse um profissional capaz de prever situações, aten-der e encaminhar soluções.

Ao abrir uma boate, por exemplo, após a es-colha do estilo da organização, é necessário que toda a estrutura e licenças recomendadas este-

jam dentro da lei. Deve-se respeitar o número máximo de pessoas que a casa suporta, onde possa haver espaço para que o público se divirta e circule livremente pelo ambiente, possibilitan-do em caso de emergência que haja evacuação rápida do local. Para isso, deve ser feita uma vi-sita da vigilância sanitária, verificando se o am-biente está dentro das normas de segurança exi-gidas, evitando uma situação de crise. Aí entra o profissional de Relações Públicas.

O RP é o profissional mais indicando para este tipo de situação. Ele pode agir antes, du-rante e após a crise. No caso das casas noturnas, um profissional competente deve primeiro fazer um plano preventivo de administração de cri-ses. Mas o que seria um plano preventivo? Da mesma forma que pagamos um plano de saúde mesmo que não estejamos doentes. É um plano para prevenção, pois se algo acontece temos um plano para que as providências corretas sejam tomadas o mais rápido possível.

Um plano de administração de crise é fun-damental para evitar grandes conflitos como es-tes que vêm ocorrendo, pois se não for possível evitar completamente a tensão, pode amenizá--la, fazendo com que o profissional mantenha o controle da situação. O plano deve partir da formação de um comitê estratégico, envolven-do áreas diferentes dentro da organização. Em

seguida deve ser feita uma auditoria de opinião, e a segmentação dos públicos, reconhecendo-os. A partir daí, faz-se simulação de reações e even-tos, tomadas de decisões imediatas para evitar ou abrandar uma crise.

O principal objetivo do plano é manter e resguardar a imagem corporativa e também a imagem de seus produtos e serviços. O relações--públicas deve ser contratado para agir de forma estratégica, pensando em todas as coisas que po-dem acontecer e ocasionar conflitos de grande relevância e que podem interferir na imagem or-ganizacional. Ainda assim, mesmo com todo um planejamento anterior à crise, ela pode aconte-cer, e o profissional deve estar preparado para agir de forma rápida, coerente e eficaz.

Caso as providências corretas sejam toma-das e tudo esteja em ordem, mas mesmo assim acontecer algo, pois nenhum lugar está livre de sofrer uma tragédia e esta tomar grandes pro-porções, o relações-públicas atua como o media-dor entre os públicos envolvidos, mantendo-se atualizado e antenado em tudo que acontece, tendo como princípios básicos a verdade e a transparência, que são o caminho mais adequa-do para alcançar resultados seguros.

Felipe SchmittFernanda Dalke

Julia Desimon

∆ Boate Kiss após incêndio de janeiro, em Santa Maria, uma das maiores cidades gaúchas, que matou mais de 200 jovens, queimados e asfixiados

Faltou alguémna tragédiada Kiss• Um profissional de RP poderia indicar ações corretas para evitar ou controlar a situação

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32 RRPPAtualidades/Julho 2013

Acampamento Farroupilha

Entre as diversas características da cul-tura gaúcha, uma das mais importantes é o seu espírito nativista. E sua melhor

representação é o Acampamento Farroupilha, que cultiva este espírito através das tradições e costumes para impulsionar o sucesso do evento.

Como toda a grande produção, o Acampa-mento Farroupilha dispõe de uma comissão organizadora composta por representantes de órgãos do município de Porto Alegre e do Esta-do do Rio Grande do Sul, que se reúne a partir de março para planejar o evento que ocorre em setembro, na capital.

Diferente do seu surgimento primitivo, o Acampamento Farroupilha conta hoje com uma grande estrutura de 370 lotes, além dos espaços reservados para patrocinadores e veículos de comunicação. E apesar do grande interesse dos visitantes em adquirir os lotes, vale lembrar que eles já estão ocupados desde a sua criação em

2009. Mas a lista de espera existe e não custa nada participar dela, não é mesmo?!

O Acampamento Farroupilha, segundo Vi-nícius Brum, secretário-adjunto da cultura e co-ordenador do evento, é um resgate das tradições gaúchas, do modo de viver e do dia a dia dos antepassados. Reconhecimento das tradições como: música, o modo de se vestir, a culinária entre outros.

No ano passado, o Acampamento teve um investimento de R$ 2,7 milhões, o que mostra que o ele se tornou o maior e mais consagrado evento de cultura gaúcha. E este ano não será diferente, o tema de 2013 é o “Imaginário Popu-lar”, que irá apresentar as lendas, os mitos e as histórias do Rio Grande do Sul.

Deisi GastringLeonardo Leo

Roberta SchmittSabrina Brandão

Nativismo

FOTOS ARQUIVO FAMECOS/ LUCIANA NUNES

32 RRPPAtualidades/Julho 2013

Tradição, cultura e lazer

∆ O culto à história gaúcha

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33Julho 2013 /RRPPAtualidades

O Acampamento Farroupilha surgiu nos anos 80, através da iniciativa de um grupo de gaúchos que todos os anos acampavam no Parque Harmo-nia para assistir ao desfile. Com o tempo, esse gru-po foi crescendo e, no ano de 1999, foi necessária a interferência do poder público para que houvesse uma gestão neste acampamento, já que ele estava grande demais.

No início, em 1982, não havia exatamente um acampamento, e sim grupos de amigos ou piquetes que ficavam na área da “fazendinha”. Eles cavalga-vam até o parque, um ou dois dias antes do desfile de 20 de setembro, fazendo do parque uma pousa-da ou ponto de concentração.

Em 1984, a “Fazendinha da Harmonia” passou a ser administrada pela antiga Epatur (empresa pública municipal, responsável pelo turismo da Capital). Em março de 1987, o parque da Harmo-nia recebeu o nome de Parque Maurício Sirotsky Sobrinho. Neste ano foi formalmente realizado o 1º Acampamento Farroupilha, reunindo diversos centros de tradições gaúchas (CTG’s) e entidades. Desde 1987, os acampamentos incorporam CTG’s, DTG’s, Piquetes e entidades diretamente ligadas à cultura nativista gaúcha. Em 1990, a entidade 1ª Região Tradicionalista assumiu a coordenação. Em 1997, esse posto foi assumido pelo Movimento Tra-dicionalista Gaúcho (MTG).

De 2001 a 2003 aumentou para 240 o núme-ro de entidades acampadas. Em 2004, passou para 317, somando ainda pela primeira vez praça de alimentação e pontos comerciais. Em 2005, acon-tece a profissionalização da festa, sendo instituída a obrigatoriedade de apresentação de projetos cul-turais por parte das entidades acampadas e incen-tivos financeiros de todas as organizações comer-ciais (bancos, meios de comunicação). O número de participantes cresceu até 2008, quando atingiu 400 entidades culturais, mais patrocinadores e en-tidades organizadoras. Em 2009, esse limite foi di-minuído, em razão de a Prefeitura ter cedido uma área do parque para a construção da futura sede da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), res-tringindo a área útil do evento. Em 2010 foram 370 entidades acampadas. Número que se repetiu nas edições de 2011 e de 2012.

Tudo começou com uma fazendinha

FRANCIELLE CAETANO/PMPA

O tema do Acampamento deste ano é o “Imaginário popular. No desfile terá nove car-ros, que são:

O imaginário – João Simoes Lopes Neto - Carro será inspirado em João Simões Lopes Neto e em seus contos e lendas.

A lenda do Boitatá – A cobra de fogo – O Boitatá é uma grande cobra-de-fogo que protege os campos contra aqueles que fazem queimadas.

A lenda do Negrinho do Pastoreio – A lenda reflete o meio pastoril, o poder, e a religio-

sidade do povo gaúcho.A Salamanca do Jarau – Nesta lenda, te-

mos o sacristão dado às artes mágicas, ocupação moura na Península Ibérica, a princesa encanta-da, os tesouros escondidos, lagartixa e o carbún-culo ou teiniaguá dos guaranis.

O Mate do João Cardoso – O conto des-taca a tradição herdada dos indígenas, a roda do chimarrão, o convívio e solidariedade do homem rural.

Trezentas onças – O conto lembra de ho-nestidade e confiança, que são valores do gaú-

cho.Lobisomem e a Bruxa – O carro contará

a origem e a história desses dois fascinantes per-sonagens mitológicos.

Crendices e Superstições – Crendice é sentimento de fé, convicção, simpatias e benze-duras. A superstição é um sentimento baseado no temor e na ignorância.

Chasque do Imperador – Blau Nunes narra os fatos de um ponto de vista muito próxi-mo do soberano Dom Pedro II. O Conto retoma os costumes e os hábitos gaúchos.

O DESFILE DE 2013

33Julho 2013 /RRPPAtualidades

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34 RRPPAtualidades/Julho 2013

∆ Show do Guri de Urugaiana em pleno Theatro São Pedro lotado, durante sua temporada do mês de abril

O famoso humorista do Rio Grande do Sul, Jair Kobe, que conquistou primeiro os gaúchos com seu personagem Guri de Uruguaiana, tem 53 anos, é casado e possui duas filhas. O porto--alegrense, que passou maior parte da sua infân-cia em Uruguaiana, na fronteira com a Argen-tina, sempre admitiu que herdou de seu pai a facilidade de fazer humor e a paixão pela música.

Jair iniciou três diferentes cursos de gradu-ação: Análise de Sistemas na PUC; Música na UFRGS; e Ciências Contábeis na UFRGS, mas não os concluiu.

Antes de se tornar uma figura gaúcha, tra-balhou em escritório de contabilidade, vendeu roupas como sacoleiro, trabalhou em restauran-te, foi dono da boutique Atmosfera, trabalhou em agência publicitária, realisou e apresentou eventos e tornou-se fotógrafo profissional. Foi em 2001 que ele descobriu seu talento de come-diante ao apresentar o show “Seriamente Cômi-co”, ingressando de vez na carreira artística a

qual segue até hoje.No início de sua carreira, Jair interpretava

quatro personagens: Brega, Baiano, Mágico e o Guri de Uruguaiana. Com o sucesso do Guri, Jair conquistou o Rio Grande do Sul não só como um humorista, mas também como um símbolo da cultura gaúcha. Hoje, a demanda de shows e tra-balhos do Guri de Uruguaiana é muito grande e exaustiva, pois é reconhecido nacionalmente, o que faz com que ele ocupe todo seu tempo com o personagem.

A afirmação dopersonagem

O Guri de Uruguaiana, personagem ideali-zado pelo Jair Kobe, existe desde 2001, mas de-vido ao sucesso e reconhecimento que ele obteve durante esses sete anos, passou a se dedicar so-mente a este personagem.

O Guri de Uruguaiana representa o Rio Grande do Sul bem como a cultura do seu povo. Em suas apresentações, o Guri conta sobre os causos vividos desde criança lá em Uruguaiana, sempre com referências aos costumes tradicio-nalistas do Rio Grande.

A sua principal referência é o Canto Alegre-tense, música nativista dos irmãos Nico e Bagre Fagundes, conhecida como um dos “hinos” do Rio Grande do Sul. O humorista usa a letra da música para fazer versões em cima de diferentes hits de sucesso.

Isso trouxe muita visibilidade a ele, pois atingiu muitos públicos devido a diversidade das suas paródias. Interpretou músicas de can-tores famosos como Beatles, Justin Bieber, Tom Jobim, Michael Jackson, Paula Fernandes e os mais recentes, Psy e Naldo. A maioria de suas versões tiveram clipes gravados pelo Guri, os quais foram postados no Youtube, permitindo que fosse visto por um grande público.

O fenômeno midiáticodo Guri de Uruguaiana

Izadora Frapiccini e Laura Azevedo

34 RRPPAtualidades/Julho 2013

FOTO TIAGO TRINDADE

Personagem

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RRPP Atualidades: Com qual finalidade você passou a usar as redes sociais?

Jair Kobe: Comecei a utilizar as mídias sociais no ano de 2008. Na época, o Orkut era a rede de rela-cionamento mais utilizada no Brasil. Desde o início, a minha estratégia de pre-sença em mídias sociais foi pautada não apenas pela divulgação do meu traba-lho, mas, principalmente, pela criação de um canal de relacionamento direto e diferenciado com os meus fãs. Acredito que este seja o segredo das mídias sociais: não encará-la como uma mídia tradicional, mas sim como um canal de diálogo.

Quais são as mídias que você utiliza para interagir com o público e para divulgar seu tra-balho?

Hoje possuo uma presença online bastante com-pleta e diferenciada. Meu site (www.jairkobe.com.br) tem um blog integrado, que é atualizado com frequên-cia. De tempos em tempos, faço transmissões ao vivo em vídeo através do meu canal no Livestream, projeto que chamamos de GuriTV. Tenho também uma base grande de e-mails de fãs, para os quais envio news-letters e peças de e-mail marketing. Utilizo muito o YouTube para divulgar novos clipes e participações em programas de TV. Além, é claro, da presença diária e constante no Twitter e no Facebook.

Antes dessas mídias existirem ou estarem em evidência, de que maneira você fazia essa divulgação?

A divulgação antes era aquela tradicional, feita através de panfletagem, cartazes, outdoors. Isso mu-dou drasticamente com o advento da web 2.0 e a difu-são da banda larga no Brasil.

Em sua concepção, qual o papel das redes sociais em sua carreira?

A internet e as mídias sociais tiveram e ainda tem um papel muito im-portante na alavancagem da minha carreira. Através destas mídias eu consigo levar as novidades do Guri de Uruguaiana para os pú-blicos diversos de maneira instantânea.

O público que você atinge nas redes so-ciais e os que assis-tem seus shows são os mesmos? Quais são eles?

O Guri de Uruguaia-na é um personagem que atinge a todos os públicos, em todas as idades. O es-petáculo não tem restrição de idade e o tema da peça o bairrismo exacerbado dos gaúchos tem enor-me aceitação. Um tempo atrás havia uma distinção grande entre o público do teatro (mais velhos) e o

público da internet (mais jovem). Entretanto, hoje em dia, os jovens também vão ao teatro e os velhos tam-bém estão nas redes sociais!

Você fez versões do Canto Alegretense em cima de vários estilos musicais, e todos eles possuem muitas visualizações. Você considera isso um reconhecimento ao seu trabalho e não somente ao sucesso que a música original faz?

A fixação do Guri de Uruguaiana pelo Canto Ale-gretense é o eixo central do espetáculo. O Canto Ale-gretense original é praticamente um hino aqui no Rio Grande e ver esta letra aplicada aos hits mais popula-res da atualidade (Michel Teló, Paula Fernandes, Psy, Naldo) e a sucessos clássicos (Beatles, Michael Jack-son, Village People, Eagles) é muito engraçado. Com certeza a popularidade dos meus clipes contribui com a divulgação da música original. Os próprios compo-sitores da música – Bagre e Nico Fagundes – concor-dam com isto e participaram do meu último clipe, o Gurinaldo.

35Julho 2013 /RRPPAtualidades

Guri de Uruguaiana tira a peruca e o bigode e con-cede uma entrevista para a RRPP Atualidades reve-lando como as mídias sociais levaram seu persona-gem ao topo das bilheterias gaúchas.

Hoje, o personagem conta com uma grande ajuda das mídias so-ciais, não somente do Youtube, mas também do Facebook, Twitter, site, blog e outras, que o faz interagir com o seus admiradores espalha-dos por todo o mundo, atingindo maior número de pessoas que pas-sam a acompanhar o seu trabalho. A prova disso foi a grande reper-cussão que o vídeo “GanGuri Sty-le” do Guri Psy obteve. Com mais de 1,3 milhões de visualizações é, dentre as suas paródias, a mais vis-ta e em um pequeno intervalo de tempo. Isso porque, quando posta-da no Youtube, imediatamente foi compartilhada em todas as outras redes sociais, fazendo ela se propa-gar rapidamente.

Jair possui um forte trabalho de gestão de mídias sociais, prin-cipalmente para o personagem do Guri de Uruguaiana. Esse trabalho é idealizado por Kobe, que conta com uma agência de marketing de Porto Alegre para colocar em prá-tica.

O principal papel que essas mídias desempenham é a interação com seu público. Na página do Guri no Facebook, por exemplo, todas as mensagens que ele recebe são res-pondidas em menos de 48 horas. Já no Twitter, todos aqueles que pas-sam a seguir o humorista , recebem automaticamente uma mensagem de agradecimento. Ainda no Twit-ter, o próprio Jair faz postagens diretamente de shows, camarins, gravações e eventos que está parti-cipando, tudo em tempo real. Esse trabalho vem se intensificando a cada dia, pois Kobe tem conheci-mento do auxílio da internet para o crescimento da sua carreira.

Sucesso impulsionadopelas mídias sociais

NAS MÍDIAS SOCIAIS:

Youtube: mais de 15 milhões de visualiza-ções

Facebook: mais de 265.000 curtidores

Twitter: mais de 68.000 seguidores

Blog: mais de 30.000 acessos mensais

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36 RRPPAtualidades/Julho 2013

O Projeto Reflexões faz parte do plane-jamento institucional da Universida-de e visa a permanente qualificação de seus professores e técnicos ad-

ministrativos, pois a instituição acredita que a

educação superior precisa de competência e aci-ma de tudo comprometimento de todas as pes-soas envolvidas no contexto. A PUCRS, além de ser uma instituição católica e ser mantida pelo Instituto Marista, tem responsabilidade com as

pessoas e com a socie-dade. Pensar e refletir profundamente essa identidade e missão é o sentido fundamen-tal do projeto.

A ideia existe há 13 anos, e em maio deste ano aconteceu a 16ª edição, no ano de 2000, 2001 e 2002 o evento acontecia duas vezes ao ano, a partir de 2003 o evento pas-sou a ser anual. São convidados em torno

de 150 professores e técnicos administrativos a participar. A cada ano são abordados diferentes assuntos, para os debates e as tarefas propostas.

De acordo com a profa. Maria Emilia Ama-ral Engers, ex-integrante da comissão do Projeto Reflexões, ao final do ano de 2008, o reconheci-mento público veio com a conquista do almejado prêmio: Top Ser Humano 2008, concedido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RS). O Projeto Reflexões é um exemplo de flexibilidade institucional e de trabalho em equipe, no qual predomina uma constante troca de saberes e vivências.

Como consequência do Projeto Reflexões foram desenvolvidas importantes iniciativas na Universidade como Planejamento Estratégico, Fé e Cultura, Capacitação de Pessoas, Encontro com a Reitoria, Dia de São Marcelino Champag-nat, entre outros.

Ana Karina Fachinello

O poder daComunicaçãoInterna

Projeto reflexões PUCrs

2000 “Ensino Superior no Sécu-lo XXI – o aluno”2001 “Ensino Superior no Sécu-lo XXI – Gerência e Liderança”2002 “Universidade busca ex-celência em Humanidade”2003 “Universidades católicas: formação de profissionais hu-manitários”2004 “Experiência Internacion-al: Visita à Casa Generalícia”2005 “Liderança, Mudança e Desafios: PUCRS no século 21”

2006 “Universidade reflete seu papel”2007 “O valor do conhe-cimento e da Integração” 2008 “Projeto Reflexões é Top Ser Humano”2009 “Construindo juntos”2010 “Unidade fortalecida”2011 “Ideias afinadas”2012 “A tradição que se for-talece”2013 “Olhar, Identidade e Com-promisso

TEMAS ABORDADOS

FOTOS BRUNO TODESCHINI

RRPP AtualidadesPUBLICAÇÃO informativa e de re-flexão do curso de Relações Públicas da Faculdade de Comunicação Social (Famecos), da Pontifícia Universi-dade Católica do Rio Grande do Sul, avenida Ipiranga 6681, Porto Alegre, RS, Brasil.Versão Online: www.rrpponline.com.brE-mail: [email protected]: Ir. Dr. Joaquim Clotet

Vice-Reitor: Ir. Dr. Evilázio TeixeiraDiretor da Famecos: Dr. João Gui-lherme Barone Reis e SilvaCoordenadora do Curso: Drª. Cláu-dia MouraProdução: alunos de Produção de Mídia Impressa e Digital em RRPP, turmas da manhã e da noite.Professores responsáveis: Tibério Vargas Ramos e Silvana Sandini.Impressa na Gráfica Epecê/PUCRS