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Ano XIII - Nº 158 18 de setembro a 18 de outubro de 2017 Espetáculo 1001 Platôs na Galeria Olido Pág. 9 FECHADA Rosangela Lopes Comunidade quer UBS República de volta Unidade Básica de Saúde está fechada há 8 meses. Atendimento foi transferido para local distante. Usuários exigem reabertura ou mudança da unidade para local mais próximo. Página 3

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Page 1: Rosangela Lopes Comunidade quer UBS República de voltajornalcentroemfoco.com.br/PDF/158.pdf · poderá homologar acordos extra-judiciais, legalizando o que antes se considerava fraude,

Ano XIII - Nº 15818 de setembro a 18 de outubro de 2017

Espetáculo 1001 Platôs

na Galeria Olido

Pág. 9

FECHADA

Rosangela Lopes

Comunidade quer UBS República de volta

Unidade Básica de Saúde está fechada há 8 meses. Atendimento

foi transferido para local distante. Usuários exigem reabertura ou mudança da unidade

para local mais próximo. Página 3

Page 2: Rosangela Lopes Comunidade quer UBS República de voltajornalcentroemfoco.com.br/PDF/158.pdf · poderá homologar acordos extra-judiciais, legalizando o que antes se considerava fraude,

2 SP - 18 de setembro a 18 de outubro de 2017

Vd. Nove de Julho, 160 - 5º , Cj. 57 - CEP 01050-060 - Tels.: (11) 3255-1568 / www.jornalcentroemfoco.com.br e-mail: [email protected] - Edição: Carlos Moura - DTR/MS 006 - Colaboração: Cecília Queiroz - Edição de Arte: Binho Moreira

Tiragem: 20 mil exemplares - Distribuição Gratuita. O Centro em Foco é publicado pela CM Edições Jornalísticas - ME

As matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade dos autores, não expressando necessariamente o pensamento do jornal.

Expediente

LINHAS CENTRAISDireito e Justiça

Helena Amazonas

Reforma Trabalhista dificulta acesso à Justiça

O eterno retorno brasileiro

No artigo da edição ante-rior tratei dos impactos da Reforma Trabalhista,

no que diz respeito à redução de direitos do trabalhador. Nes-te, aponto como a reforma cria obstáculos para dificultar a busca de direitos perante a Justiça do Trabalho.

A partir de 11 de novembro, quando a lei passa a vigorar, o trabalhador que entrar com ação trabalhista e não conseguir provar suas alegações, perdendo o pro-cesso, será condenado ao paga-mento de honorários para a parte contrária. Mesmo ganhando parte da ação, poderá ser condenado ao pagamento de honorários propor-cionais aos da outra parte.

Também poderá ser conde-nado em litigância de má-fé, com pagamento de multa de 1 a 10% do valor da causa e indenização à parte contrária pelos prejuízos. Isso ocorre quando, por exemplo, o juiz entender que houve altera-ção da verdade dos fatos, usou o processo para conseguir objetivo ilegal, provocou algum incidente sem fundamentação ou propôs recurso com intenção de atrasar o andamento do processo.

A reforma criou ainda a fi-gura de danos morais à pessoa jurídica. Ou seja, se o juiz enten-der que a reclamação trabalhista atingiu de alguma forma o nome e a imagem da empresa, o traba-lhador poderá ser condenado em indenização por danos morais.

Caso o trabalhador não com-pareça à audiência designada

Foi numa descida da Con-solação, a caminho da São Luis, que, inspirado

em conversas ouvidas pelas Taperas da vida, tive a ideia de escrever sobre o eterno re-torno brasileiro. Recordo-me bem: subitamente um lampe-jo, um relance, uma brisa en-candeceu meus pensamentos. É uma experiência com a qual estou pouco acostumado, mas que vem ocorrendo com fre-quência crescente: andando por aí, sem mais nem me-nos, despreocupadamente, uma ideia aparece, vem algo que anoto para o futuro, um ensaio, um esboço, uma base para compartilhar algo maior.

O eterno retorno é um conceito do filósofo alemão Nietzsche (1844-1900), de quem sou leitor ocasional. Numa de suas famosas pas-sagens, uma inebriante verve nos sopra pelos caminhos do destino, pelos sentidos que a vida pode ter, mas especial-mente pela falta de sentido que nossa existência pode assumir, fadada à monotonia, à irrelevância, aos escombros da insignificância.

“E se um dia, ou uma noite, um demônio lhe apa-recesse furtivamente em sua mais desolada solidão e dissesse... ‘Esta vida, como

será condenado ao pagamento de custas processuais e só poderá entrar com nova ação após o pa-gamento destas custas.

Até o presente momento, aquele que ganha até dois salá-rios mínimos ou não tenha con-dições de arcar com despesas processuais sem prejuízo de sua subsistência é beneficiário da justiça gratuita e nada paga refe-rente às despesas do processo, incluindo aí os honorários peri-ciais. A partir da vigência da nova lei isso muda. O benefício da jus-tiça gratuita só será dado aos que receberem 40% do limite máxi-mo do Regime da Previdência, o que equivale atualmente a R$ 2.212,52. E, mesmo tendo esse benefício, deverá pagar honorá-rios do perito, caso seja realizada perícia no processo que não lhe seja favorável .

A nova lei restringe a atu-ação da Justiça do Trabalho. As súmulas que representam en-tendimento do Tribunal quanto a determinadas situações, criando jurisprudência de interpretação da lei, agora não podem criar obrigações não previstas em lei, restringindo-se o poder normativo da Justiça do Trabalho. No exame de convenção coletiva a Justiça do Trabalho verificará apenas se estão presentes os elementos essenciais do negócio jurídico - vale dizer, apenas verifica se as partes são le-gítimas, se não houve coação e se o negócio não é proibido por lei, transformando-se em mero órgão homologador do acordo entre sin-dicato dos empregados e sindicato dos empregadores.

Até aqui, no entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, se algum sindicato não conseguir entabular nova convenção coleti-va, as cláusulas da convenção co-letiva anterior ficam valendo até a realização de nova convenção. A nova lei proibiu isso, deixan-do desprotegido o trabalhador de uma categoria que não tenha conseguido entabular sua con-

você a está vivendo e já viveu, você terá de viver mais uma vez e por incontáveis vezes; e nada haverá de novo nela, mas cada dor e cada prazer e cada suspiro e pensamento, e tudo que é inefavelmente grande e pequeno em sua vida, terão de lhe suceder novamente, tudo na mesma sequência e ordem – e assim também essa aranha e esse luar entre as árvores, e também esse instante e eu mesmo. A perene ampulheta do existir será sempre virada nova-mente - e você com ela, partí-cula de poeira!...` Você não se prostraria e rangeria os dentes e amaldiçoaria o demônio que assim falou? Ou você já expe-rimentou um instante imenso, no qual lhe responderia: ‘Você é um deus e jamais ouvi coisa tão divina!` Se esse pensa-mento tomasse conta de você, tal como você é, ele o trans-formaria e o esmagaria talvez; a questão em tudo e em cada coisa ‘Você quer isso mais uma vez e por incontáveis vezes?`, pesaria sobre seus atos como o maior dos pesos! Ou o quanto você teria de estar bem consi-go mesmo e com a vida, para não desejar nada além dessa ultima eterna confirmação e chancela.” (Gaia Ciência, 341)

E se um dia, ou uma noite, na solidão paulistana, a realida-de sorrateiramente penetrasse nossos mais íntimos aposen-tos e nos dissesse: ‘Este país, este Brasil como você conhece e vive, sob cada governo e em cada época, das florestas aos pés dos Andes aos vales de Ma-riana, dos bolsões de miséria Guarani-Kaiowá aos grilhões de ouro do Edifício Matarazzo, das frequências que partem do Jar-dim Botânico às vastas mono-culturas do cerrado, por entre senzalas, prisões, condomínios

venção coletiva. As condições estabelecidas

em acordo coletivo de trabalho vão prevalecer sobre as estipu-ladas em convenção coletiva de trabalho. Até agora as condições estabelecidas em convenção coletiva, que abrange toda a ca-tegoria, quando mais favoráveis, prevaleciam sobre as estipuladas em Acordo, que atinge apenas uma empresa.

Agora, a Justiça do Trabalho poderá homologar acordos extra-judiciais, legalizando o que antes se considerava fraude, ou seja, acordos realizados diretamente com o empregado e mediante advogados contratados pela pró-pria empresa para representar o trabalhador.

Como se vê, a reforma tra-balhista foi pensada para fragi-lizar ainda mais o trabalhador e beneficiar as grandes empresas. Além de efetivamente reduzir direitos, busca inviabilizar a ten-tativa de um trabalhador vir a se socorrer na Justiça do Trabalho. Busca enfraquecer os sindicatos e as negociações coletivas e até mesmo transformar a Justiça em mero aparelho homologador de acordos individuais e coletivos. Também reduz o poder de inter-ferência da Justiça em defesa dos princípios do direito do trabalho, que reconhecem no trabalhador o elo mais fraco e a sua necessi-dade de instrumentos que ate-nuem o enorme desequilíbrio nas relações trabalhistas.

A lei que aprovou a reforma trabalhista é inconstitucional e dependerá de mobilização e de-núncia para que não seja aplicada naquilo que violar a Constituição Federal e convenções internacio-nais que tratam do assunto.

Helena AmazonasAdvogada cível e trabalhistaRua Dom José de Barros, 17, conj. 24, CentroTel.: 3258-0409

e fortalezas, este novo tão ve-lho país está condenado hoje e todo o sempre a reencenar o autoritarismo, a reelaborar a violência da chegada dos por-tugueses, da escravidão, dos corpos açoitados, dos índios esquartejados. O silêncio ao redor, olhares que se desviam, as falsas promessas, a injustiça e o preconceito, inelutáveis, inescapáveis, constituídos em nós mesmos. A perene ampu-lheta do existir será sempre virada novamente - e a nação brasileira revive seu destino como colônia de exploração, sob a liderança de corruptos e incapazes, condenada a su-cessivos martírios, a zombar da democracia, ignorar o sen-tido da República e a fustigar com sorrisos sarcásticos e um porrete na mão os que se le-vantam contra essa realidade desesperadora.

Seguia eu pela Consola-ção afogado em pensamentos desse triste calibre, como um esquizofrênico a gesticular, dialogando com sabe-se lá quem, triste e um pouco de-sesperançado, olhando para os lados, a população está cansada e distraída, mal in-formada, será sempre assim, para além dos tempos, e nada do que faça terá qualquer ser-ventia, tudo a atingir é inútil repetição. Partícula de poeira, ontem e amanhã um lento caminhar ensimesmado, em si mesmo, o mesmo, o eterno retorno do mesmo, sem saída, a perversidade da colonização e da escravidão em tudo e em cada coisa: você quer isso mais uma vez e por incontá-veis vezes?

Antonio FreitasDiplomata e gestor da Tapera Taperá

Antonio Freitas

“O Brasil teve um processo de impeachment controverso e patético e o mundo inteiro assistiu. A sequência é o que estamos vendo hoje... Em nenhum país do mundo um chefe de governo permaneceria um dia sequer no cargo depois de acusações tão graves quanto aquelas que foram feitas contra Temer.” (Joaquim

Barbosa, ex-Presidente do Supremo Tribunal Federal)

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3SP - 18 de setembro a 18 de outubro de 2017 COMUNIDADE

Depois de intensas manifestações de usuários e trabalha-

dores da UBS República, o secretário da Saúde, Wilson Pollara recebeu, dia 11 de setembro em seu Gabinete, o Conselho Gestor da UBS República, que reivindicava a garantia de não fechamento da unidade de saúde e a vol-ta do atendimento no prédio da Praça da Bandeira, 15.

A unidade atende provi-soriamente em outro prédio, na “Várzea do Carmo”, há alguns meses e, diante da no-tícia do fechamento da UBS República, a população se mobilizou, contagiou as re-des sociais e conseguiu apoio de outros movimentos.

O Gabinete aceitou o encontro, mas pediu lista com o nome das pessoas que estariam presentes. As-sim, foi elaborada uma cui-dadosa lista com os nomes dos conselheiros gestores locais, incluindo os Conse-lheiros Gestores da Coor-denadoria de Saúde Centro, Conselheiros Municipais de Saúde eleitos pela região, além do coordenador do Movimento Popular de Saú-de do Centro. Como havia outro ponto na pauta agen-dado, estavam também pre-sentes os Conselheiros Ges-tores da UBS Bom Retiro.

Os porta-vozes do seg-mento trabalhador e do segmento usuário da UBS República explicitaram sua reivindicação. O secretário garantiu que as notícias da imprensa não passam de boatos, que jamais foi sua intenção fechar a UBS Re-pública, mas que, em sua opinião, o prédio antigo não tem a menor condição de uso. Ele afirmou ter visita-do o local e constatado que falta segurança na unidade e adequação de calçada para receber ambulância na por-

Comunidade quer UBS República de volta

ta, que as instalações são pe-quenas para as necessidades e que a estrutura do prédio está comprometida.

Wilson Pollara disse que pretende encontrar um prédio mais adequado para reinstalar a UBS República, abrigando as seis equipes de Estratégia de Saúde da Famí-lia da unidade. E pediu ajuda ao conselho para encontrar esse novo local, porém, as-sumiu inteiramente esse ônus, depois de lembrado que a medida é uma prerro-gativa do governo.

Ao ser cobrado, compro-meteu-se com o prazo de 60 dias para encontrar um novo prédio, a partir de uma lista que já teria em mãos. Diante do compromisso do secretá-rio, a Coordenadoria Centro começou lá mesmo a formar uma Comissão Mista de Visi-tas aos locais disponíveis.

Ao longo da reunião, algumas pessoas chegaram atrasadas. Entre elas, duas, completamente estranhas ao encontro: uma representante da região, que não fazia parte da lista, e outra, desconhe-cida de todos. Adentraram o espaço, não se sabe como, uma vez que havia rígida lista dos participantes, e protago-nizaram um escândalo. Uma teria acusado a outra de rou-bo e a suposta acusada grita-va, chamando a polícia.

No tumulto formado momentaneamente, o secre-tário escapou por uma porta adentro, juntamente com a secretária de saúde adjunta, furtando-se, inclusive, da segunda pauta do encontro. Assim, a reunião foi abrupta-mente interrompida. Mas, ao menos, a adjunta foi alcança-da por uma conselheira aten-ta, que obteve dela o com-promisso de a UBS República estar ocupando um novo imó-vel de 90 a 120 dias. A conse-lheira voltou, então, ao grupo atônito e anunciou o compro-misso, que foi registrado em sucinta, mas importante ata do Gabinete.

Este é, portanto, o com-promisso do governo com a população da cidade e, espe-cialmente com os usuários e trabalhadores da UBS Repú-blica. Todos estarão atentos ao cumprimento destas duas metas assumidas: 60 dias para o novo prédio e de 90 a 120 dias para estar funcio-nando. Em 60 dias, no caso de não cumprimento, o Mi-nistério Público será formal-mente notificado e convida-do a arbitrar a negociação entre governo e população, assegurou o coordenador do Movimento Popular de Saú-de do Centro.

Por Suely LevyMTb 22728

Oito meses atrás, o prédio da Praça da Bandeira nº 15,

onde funcionava a UBS Re-pública, teve o “estuque” de um de seus pavimentos desabado, inviabilizando o atendimento à população na unidade.

A média de 500 aten-dimentos diários, feitos na unidade, foi desviada para atendimento em lo-cal provisório, emprestado pelo Governo do Estado, na “Várzea do Carmo”. Sob pressão do Conselho Gestor da UBS, bem como do Conselho Municipal de

Vale a pena relembrar o casoSaúde, conseguiu-se que vans servissem a usuários e trabalhadores do equipa-mento, cobrindo a distância do Anhangabaú à “Várzea do Carmo” de meia em meia hora. Parte dos ser-viços foi transferida para a UBS Sé ou UBS Santa Ce-cília, uma vez que o novo local é pequeno para as necessidades e, assim, to-dos tiveram que se adaptar, diante da situação imprevis-ta e provisória.

Situação imprevista e provisória foi o que assegu-rou a “Gestão Dória”, até que a reforma necessária e

prometida fosse conclu-ída. O tempo passou e a reforma nem foi orçada. Tudo ficou como estava, até que, no mês passado, a imprensa passou a noti-ciar que a UBS República não seria reaberta, pro-vocando uma tremenda reação de usuários locais, trabalhadores e de vários movimentos e atores so-ciais, cobrando do gover-no a palavra empenhada: a devolução da UBS, fruto de luta dos moradores por uma unidade de saúde na região, já muito sobrecar-regada.

Em 1990, foram aprovadas duas le-gislações de suma

importância para a socie-dade: A Lei 8.080, que fundamenta, justifica e dá corpo aos princí-pios fundantes do Siste-ma Único de Saúde, e, três meses depois, a Lei 8.142, que torna possí-vel a participação social de forma institucionali-zada, através dos Conse-lhos Gestores nas unida-des de saúde.

Assim, o Brasil atin-giu um patamar de ges-tão participativa, que o coloca entre os mais avançados do mundo, com legislações garanti-doras da participação do controle social no pro-cesso de gestão pública. Através dessa legislação, tem sido materializada a diretriz dada pela Cons-tituição de 1988, em seu artigo 198, que institui o SUS com princípios fun-damentais de universali-

O Controle Social em ação

dade, equidade, integrali-dade e participação social.

Na Saúde, através da co-gestão tripartite entre 50% de usuários, 25% de trabalhadores em saúde e 25% de gestores em saúde representados pelo gover-no e seus prestadores de serviço, no exercício con-junto das funções consulti-vas, deliberativas, fiscaliza-doras e propositivas, tem sido possível conquistar avanços no atendimento das necessidades das po-

pulações dos territórios. Ainda que esses avanços sejam insuficientes dian-te da realidade.

O Conselho Gestor da UBS República, no exer-cício legítimo de suas funções, coloca em prá-tica 27 anos de acúmulo da Lei 8.142 e, assim, consegue sensibilizar a comunidade, a imprensa, os mais diversos atores sociais para sua justa cau-sa. É o controle social em ação.

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ngel

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pes

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4 SP - 18 de setembro a 18 de outubro de 2017COMUNIDADE

Seja no sonho da casa própria, no alimen-to que vai para mesa

do jantar, na faculdade dos filhos, na saúde, no sanea-mento básico, na indústria, nas pequenas e médias em-presas, sempre tem um ban-co público por trás. Mesmo sabendo disso, o governo Temer está promovendo uma série de ataques ao Banco do Brasil, à Caixa Federal, ao BNDES. E a população bra-sileira é a maior prejudicada.

O BB já foi forçado, após

Desmonte dos bancos públicos x Investimento no paíso golpe, a eliminar 10 mil postos de trabalho e fechou 400 agências. A Caixa cortou 4,7 mil vagas de emprego e quer fechar outras 5 mil. São menos bancários e agências para te atender. Além dis-so, a direção da Caixa está reduzindo departamentos responsáveis pelas funções sociais do banco, como os que gerenciam o FGTS, os programas sociais, e o crédito habitacional. O governo tam-bém vai aumentar o custo

A promoção do desen-volvimento econômico e social do país acontece por intermédio do for-necimento de crédito in-dustrial (veículos, bens de capital e bens de con-sumo), comercial, habita-cional e agrícola.

- O crédito na economia brasileira foi instrumento fundamental para a saída rápida da crise internacio-nal de 2007/2008. Desde aquele período até 2015 o estoque de crédito cresceu 322%. No entanto, os ban-cos vêm reduzindo o crédito desde o inicio da crise eco-nômica brasileira.

- Entre fins de 2015 até maio de 2017 o crédito foi reduzido em 5%, dificultan-do a retomada da atividade econômica. A queda se dá tanto nos recursos livres quanto nos recursos dire-cionados, tão importantes para o desenvolvimento na-cional. O financiamento às empresas com recursos do BNDES, por exemplo, caiu 15% desde 2015. O crédito para a indústria de trans-formação caiu 17% e para a indústria de construção caiu 14%.

É preciso garantir a

Qual a finalidade do Sistema Financeiro Nacional?ampliação do nível de cré-dito no país, com taxas de juros compatíveis com pa-drões internacionais.

A taxa de juros média das operações de crédito com recursos livres, para pessoa física estão próximas de 70% ao ano. A taxa do cheque es-pecial está em 329% ao ano. A taxa do rotativo do cartão de crédito está em 422% ao ano. São níveis absurdos que reti-ram recursos do setor produti-vo e do mercado consumidor e transferem para o rentismo, travando o crescimento e o desenvolvimento econômico.

É preciso garantir a uni-versalização dos serviços bancários.

2.184 municípios brasi-leiros (39% do total) não con-tam com nenhuma agência bancária para atendimento a sua população. O total de mu-nicípios sem agência no país cresceu 14% desde 2012. E o total de municípios sem agên-cias e sem Postos de Atendi-mento, ou seja, sem nenhum tipo de atendimento bancário chegou a 394, um crescimen-to de 151% desde 2012.

É preciso garantir o di-recionamento de crédito e regulação dos juros para áreas prioritárias, segundo

prioridades econômicas, so-ciais ou regionais.

- O Banco Central deve se preocupar não só com a infla-ção, mas também com cresci-mento econômico e geração de emprego;

- Deve-se garantir liquidez das operações de crédito de segmentos a serem incentiva-dos, por exemplo, por meio da redução condicionada do compulsório;

- Os bancos públicos de-vem ter papel de destaque, inclusive atuando para redu-zir os juros bancários, e os bancos estrangeiros, privados, regionais e de desenvolvimen-to deverão acompanhar esse movimento;

- O Banco do Brasil e o Banco do Nordeste são res-ponsáveis por cerca de 70% do volume dos créditos conce-didos para a agricultura fami-liar. Os bancos privados qua-se não ofertam esse tipo de crédito. Com isso beneficiam 12 milhões de trabalhadores rurais e garantem a produção de 70% do alimento consu-mido no país. Não fossem os bancos públicos os alimentos chegariam a nossa mesa mui-to mais caros.

- A instituição que mais tem contribuído para ame-

nizar o problema do déficit habitacional tem sido a Caixa - através do volume extraordi-nário de financiamentos que oferece. A Caixa é líder desse mercado porque oferece as melhores condições, prazos e taxas de juros. O programa Minha Casa Minha Vida cria-do em 2009 já entregou 2,6 milhões de moradias. Esse programa tem que ser am-pliado e não restringido como tem feito o atual governo já que ainda temos um déficit habitacional de mais de 5 mi-lhões de moradias no Brasil.

Cinco Mentiras sobre os Banco Públicos:

Bancos públicos só exis-tem no Brasi l- Há bancos públicos em quase todo o pla-neta: em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Estu-do de Nicholas Bruck, intitu-lado “O Papel dos Bancos de Desenvolvimento no Século XXI”, identificou que existem mais de 550 bancos de de-senvolvimento espalhados em 185 países.

Bancos públicos são ineficientes - Os bancos públicos, exatamente porque são públicos e não atendem aos interesses somente dos seus clientes e acionistas, também devem ser avaliados

dos empréstimos do BNDES.Para João Fukunaga, fun-

cionário do BB e diretor exe-cutivo do Sindicato dos Ban-cários de São Paulo, Osasco e região, a diminuição des-ses bancos só beneficia os bancos privados. “Eles terão ainda menos concorrência e poderão cobrar juros e tarifas ainda mais caras da população e do setor produ-tivo. Só eles ganham e toda a sociedade perde.”

“Banco do Brasil, Caixa

e BNDES são fundamentais para o desenvolvimento do país”, afirma o diretor exe-cutivo do Sindicato e empre-gado da Caixa, Dionísio Reis. “Por isso, o movimento sin-dical está numa luta intensa contra o desmonte dessas instituições.”

“O papel dos bancos pú-blicos é fundamental, eles aumentaram sua participa-ção no crédito, passando de 36% para 56% do total con-cedido entre 2008 e 2016.

Os bancos privados, por outro lado, tiveram redução de 3% no saldo de crédito nos últimos dois anos. Atu-almente, o Banco do Brasil representa 19,6% do total de crédito no Sistema Financei-ro Nacional (SFN) e 58,4% de crédito no agronegócio”, reforça a presidenta do Sin-dicato, Ivone Silva.

Audiências públicas Dentre as várias ações

promovidas em defesa des-sas instituições, audiências

públicas serão realizadas nas principais cidades da base do Sindicato (Embu das Artes, Carapicuíba, Barueri e São Paulo). O objetivo é escla-recer a população sobre as perdas que os municípios vão sofrer com o enfraque-cimento do BB, da Caixa e do BNDES. Em São Paulo, a audiência será realizada em 18 de outubro, quarta--feira, na Câmara Munici-pal - Viaduto Jacareí, 100, Bela Vista.

por critérios que vão além dos números que aparecem em suas demonstrações con-tábeis. Um bom exemplo de como devem ser avaliados, ocorreu durante a crise fi-nanceira internacional de 2008-9. Na ocasião, os ban-cos privados diminuíram a oferta de crédito e elevaram as taxas de juros. Os bancos públicos fizeram o contrário, com o objetivo de estimular e facilitar o consumo e o in-vestimento. O resultado foi que o Brasil enfrentou aquela crise gerando empregos e so-frendo poucos abalos.

Bancos públicos em-prestam sem rigor técni-co - É muito comum ouvir que bancos públicos são instrumentos políticos de concessão de favores. Não é verdade, os bancos públi-cos fazem análise técnica rigorosa: sabem quanto, a quem, com que prazo e taxa de juros podem emprestar. O resultado é que o grau de inadimplência nos bancos públicos é bem menor que a inadimplência relativa aos ne-gócios dos bancos privados.

Bancos públicos só em-prestam para as grandes empresas - Nos últimos anos eles desenvolveram diversas

ações para oferecer condi-ções mais razoáveis a em-preendedores individuais e a pequenas, micros e mé-dias empresas. Uma delas é a do Banco do Nordeste (BNB), que se transformou na maior instituição a atuar no segmento do microcré-dito produtivo e orientado, tanto para empreendedores formais quanto informais. O BNB é o responsável por uma das mais bem-sucedi-das experiências da América do Sul: o Crediamigo.

Bancos públicos fi-nanciam países “amigos” - A falsa ideia que se pro-paga é que esses emprésti-mos demonstrariam como bancos públicos desperdi-çam dinheiro financiando os países “amigos” - ao mesmo tempo que faltam recursos para tanta coisa no Brasil. É certo que há muito investimento em in-fraestrutura a fazer no Bra-sil, mas a atividade de fo-mento e financiamento às exportações não pode ser confundida com doação de dinheiro para outros países.

Saiba mais: http://spbancarios.com.br/sites/default/files/anexos/carti-lha_bancos_publicos.pdf

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5SP - 18 de setembro a 18 de outubro de 2017 EMPREENDIMENTOS CENTRAIS

Caderno do Jornal Centro em Foco - Edição Nº 158

Findo o tempo do re-colhimento das se-mentes, chegou se-

tembro, com a decantada primavera e suas flores ra-diantes, enchendo nossos olhos e espírito de alegria e renovando nossos sonhos.

A esperança nos invade como que nos impelindo a lutar, trabalhar e imitar a ginástica energética da na-tureza, meditando em mo-vimento para despertar as sementes por nós plantadas durante o período de reco-lhimento invernal. É tempo de investir em nossa saúde abandonando hábitos se-dentários e introduzindo o Tai Chi Pai Lin como rotina para equilíbrio físico e cres-cimento espiritual.

Na Medicina Tradicio-nal Chinesa, a Primavera é movida pelo elemento madeira, que rege os ten-dões e os músculos, além de estar ligada ao fígado, considerado o ‘general’ por filtrar o sangue e purificar toxinas, mantendo livre o

Primaverando com Tai Chi Pi Lin“Quando tudo parece convergir para o que supomos o nada, eis que a vida ressurge triunfante e bela,

novas folhas, novas flores na infinita benção do recomeço!” (C.Xavier)

fluxo da energia do corpo. Assim, durante a prima-

vera, nas práticas matinais de Tai Chi Pai Lin, vamos cuidar da saúde com o trei-no Alongamento dos Oito Tendões ou Tai Chi Senta-do. Com movimentos con-tínuos de mover e esticar membros superiores e in-feriores com intensa inten-ção, as extremidades são estimuladas e os pontos de energia desbloqueados. O alongamento dos tendões instiga a circulação de san-

gue, energia e oxigênio por todo o sistema nervoso; a elasticidade nas artérias regula a pressão e estimu-la o sistema imunológico, prevenindo doenças e pro-movendo o equilíbrio físico psico e energético.

Com a consequente flexibilidade da coluna, a energia curativa percorre todos os órgãos do corpo; massageando os meridia-nos cerebrais despertando internamente a criatividade e virtudes coerentes com o

espírito de crescimento e renovação primaveril.

Concluindo, sempre é bom evocar que a origem da prática de Tai Chi Pai Lin está diretamente liga-da à ‘nova primavera’ que floriu na vida do Ilumina-do Mestre Taoísta Liu Pai Lin, quando escolheu viver no Brasil com 73 anos de idade. Seus discípulos se lembram saudosos de sua vitalidade, flexibilidade e alegria. Era exemplo vivo de que a prática do Tai Chi

Pai Lin é força motriz para o equilíbrio entre corpo e espírito, operando intensas transformações no modo de vida.

Com sua extrema gene-rosidade e amor, introduziu o diferencial na busca pelo fortalecimento da essência interna, contemplando e equilibrando corpo e espíri-to. Os treinos exigem mais do que uma imitação mecâ-nica de movimentos mar-ciais, mas uma livre expres-são energética e espiritual.

Além de longevida-de e saúde, o resultado é a transformação no modo de vida, a harmonização da mente; é a aceitação da impermanência em con-traponto ao atual líquido e voraz tempo tecnológico. A serenidade combate à pressa, ao desejo sem limi-te que promove a ansieda-de, à vontade de não parar, de sempre chegar a algum lugar, à inquietude.

Fruindo na cadência da Primavera, fazemos dos

versos do Mestre um man-tra a embalar nossos trei-nos : “O Tai Chi Chuan é uma prática do sentimen-to de amor, pois segue os princípios da natureza. Observe o movimento de rotação da terra, é como se a terra estivesse fazendo o Tai Chi Chuan, renovando o ar, impregnando novo frescor a todas as coisas. Pois a maior virtude da na-tureza é fazer nascer vida nova. O ser humano per-tence à natureza. Se pra-ticamos o Tai Chi Chuan diariamente cultivamos a nossa natureza criativa.”

As práticas acontecem às 4ªs. feiras, às 7h30 na Praça Roosevelt; às 10h na Secretaria de Direitos Humanos (Rua Líbero Ba-daró,137 - 4º and.). Soli-cita-se ao praticante levar um tapete ou toalha, para apoio na prática.

Lenny Blue de Oliveira - [email protected]

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6 SP - 18 de setembro a 18 de outubro de 2017COMUNIDADEEMPREENDIMENTO CENTRAIS6 SP - 18 de setembro a 18 de outubro de 2017

Desde a fundação do The Escape Game (www.theescapegame.

com.br), na Vila Mariana, em janeiro, a direção se preocupa com a inclusão, em dar acesso a pessoas com deficiência aos divertidos jogos de escape. Agora a ideia tomou forma: o estabelecimento acaba de firmar parceria com Laramara - Associação Brasileira de As-sistência à Pessoa com Defici-ência Visual.

“Entramos em contato com a Laramara antes mesmo da inauguração, por conta das questões de acessibilidade fí-sica que seriam implantadas ainda na fase de construção da casa”, conta Guilherme Ro-bles Junior, sócio-proprietário. Logo nos primeiros dias de funcionamento, a Laramara fez uma visita técnica e parti-cipou da criação da acessibili-dade no local, desde a fachada da casa, passando pela recep-ção, área de eventos e salas temáticas de jogos de escape.

Acesso de pessoas com deficiência visual a “jogos de fuga”Parceria entre Laramara e The Escape Game possibilita diversão a pessoas com deficiência visual,

inclusive com perda total da visão, por meio do acesso aos chamados “jogos de fuga”

Os profissionais da associação deram orientações básicas aos colaboradores sobre como re-ceber e atender pessoas com deficiência em geral.

Além das pessoas com de-ficiência visual, o The Escape Game proporciona acessibi-lidade às pessoas com defici-ência física que usam cadei-ra de rodas. Oferece carro escalador, que dá acesso aos cadeirantes a toda área, inclu-sive externa, rampas e espaço de eventos (150m2), com

bar, churrasqueira e cozinha equipada. Das quatro salas temáticas, duas têm acesso a cadeirantes: Roubo a Banco e Agente Secreto. As demais são Drácula e Máquina do Tempo.

Por meio da parceria, pes-soas com deficiência podem se divertir com familiares e amigos nos jogos interativos, nos quais o grupo fica fechado em uma sala temática e tem que desvendar enigmas para conseguir a chave da saída. Os

participantes devem se unir para decifrar códigos e des-cobrir pistas, no tempo máxi-mo de 60 minutos. Cada sala apresenta um cenário bem realista de uma história espe-cífica, com passagens secretas e surpresas, o que torna a in-teração emocionante.

Aval Laramara - Para fir-mar a parceria e ter o aval da Laramara nos jogos, duas pes-soas com deficiência visual, um totalmente cego e outro com baixa visão, jogaram com quatro pessoas sem deficiên-cia, nas quatro salas do The Escape Game. Na ocasião, as pessoas com deficiência visu-al após se divertirem, fizeram observações para a melho-ria da acessilibidade, que de pronto foram atendidas pela direção da casa.

Entre o grupo da Lara-mara estavam o professor de Orientação e Mobilidade, João Álvaro de Moraes Feli-ppe, que não jogou, mas par-ticipou da visita técnica e Re-

nato José Silva, que apresenta um comprometimento parcial da visão e ocupa o cargo de revisor de textos em Braille na Associação: “Acredito que o jogo é funcional para o grupo em geral, muito interessante e totalmente possível às pes-soas cegas”, diz Silva.

As adaptações inseridas na casa foram homologadas pela instituição. “A Laramara é uma instituição de referência na deficiência visual e acredi-to que o grande benefício é ter colaborado com a inclusão em mais um segmento corpo-rativo”, diz João Álvaro. “Para nós, esta parceria é um imen-so orgulho e a sensação de dever cumprido, de uma meta atingida”, afirma Robles Ju-nior. A partir de agora, o selo do Laramara estará presente em todos os materiais do The Escape Game, assim como no site e redes sociais.

Laramara é uma organi-zação da sociedade civil, que visa apoiar a inclusão educa-

cional e social da pessoa com deficiência visual: as pessoas cegas e com baixa visão, ou pessoas com deficiência múl-tipla associada à deficiência visual. É um centro de refe-rência que desenvolve um trabalho em parceria com a família, escola, empresas e comunidade em geral para promoção do processo de de-senvolvimento da pessoa com deficiência visual, em uma perspectiva sociocultural, as-sistencial, educativa, psicosso-cial e ecológica.

The Escape Game - As reservas podem ser feitas di-retamente no www.theesca-pegame.com.br, pelo telefone 11 3135-5007 ou, ainda, pelo e-mail: [email protected]

Serviço:The Escape GameRua Flávio de Melo, 273 - Vl MarianaFacebook: The Escape Game BRInstagram: @tegbrasil.

Muito empregada em tratamentos de infertilidade, a

estimulação ovariana pode aumentar as chances de câncer de mama. Esse tipo de tratamento implica no uso de medicamentos mui-to potentes para aumentar a quantidade dos hormô-nios ovarianos (estrógeno e progesterona). Com base em fatos, estudo realizado na Suécia comprovou que mulheres que estão em tra-tamento para engravidar po-dem ficar mais vulneráveis ao câncer de mama no futu-ro - principalmente porque o tratamento costuma aumen-

Vem aí o ‘Outubro Rosa’Câncer de mama: risco é maior em mulheres que fazem tratamento para engravidar

tar a densidade mamária da paciente. De acordo com a coordenadora da pesquisa, Frida Lundberg, muitas pa-cientes que se submeteram a tratamentos de fertilização ainda estão abaixo da idade em que geralmente o câncer de mama é diagnosticado. Isso motivou a investigação que, pela primeira vez, es-tabeleceu uma correlação entre tratamentos de inferti-lidade e densidade mamária.

Mulheres com histó-rico de infertilidade têm um volume maior de den-sidade mamária em relação às pacientes férteis, prin-cipalmente aquelas que se

submeteram à estimulação ovariana. “O problema das mamas densas é que, duran-te a mamografia - que é um exame comprovadamente eficaz na detecção precoce do câncer de mama - nem sempre os resultados são conclusivos. A composição mamária está relacionada às quantidades relativas de tecido adiposo (‘escuro’ na mamografia) e fibroglandu-lar (‘branco’ na mamografia). Mas nem sempre as imagens são claras o suficiente para não deixar dúvidas. Isto por-que os tumores também são densos (‘brancos’), dificul-tando a diferenciação entre

os tecidos”, diz Yoon Chang, coordenador do Departa-mento de Mama do CDB Medicina Diagnóstica, em São Paulo.

De acordo com o radio-logista, os fatores mais fre-quentemente relacionados à densidade mamária são: ida-de, índice de massa corporal (IMC), paridade (quantidade de filhos nascidos) e tempo de uso de terapia de reposi-ção hormonal (TRH). O fator nuliparidade (nunca ter tido filhos) também é citado em alguns estudos. “Mulheres com mamas densas têm até cinco vezes mais chances de desenvolver câncer de mama

em relação àquelas com bai-xa densidade mamária. Daí a importância de seguir à risca o calendário de mamo-grafia anual. Além disso, é fundamental acrescentar in-formações sobre a densida-de mamária no resultado do exame, melhorando o mode-lo de prevenção à doença”.

Chang cita a ultrasso-nografia de mamas como um excelente complemen-to à mamografia. “Estudos demonstram que a acurácia diagnóstica da combinação entre mamografia e ultras-sonografia pode ser superior a 90%. A ultrassonografia também é fundamental nos

casos em que a mamografia se mostra inconclusiva devi-do à presença de um nódu-lo. Como todo nódulo pode ter natureza cística, sólida ou ser uma combinação dos dois, esse tipo de informa-ção somente é obtido atra-vés da ultrassonografia. Vale lembrar que, devido às parti-cularidades do tecido mamá-rio, a mamografia deve ser realizada sempre antes da ultrassonografia, a fim de se verificar os reais ganhos em termos de diagnóstico”.

Veja mais em www.cdb.com.brInformação da Press Página

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7SP - 18 de setembro a 18 de outubro de 2017SP - 18 de setembro a 18 de outubro de 2017 7

Você já acordou algu-ma vez com torcico-lo? Além da dor que

a acompanha, a limitação corporal cria situações em que o melhor seria não sair da cama. E um tipo de dor que não escolhe hora ou lugar merece uma su-gestão de auto-ajuda.

Essa contratura mus-cular pode ter origem na má postura ao dormir, ten-são, movimentos bruscos após o período de descan-so. Desconforto esse que pode dar origem a dores de cabeça, zumbidos no ouvido ou tontura, devi-do a alteração no fluxo sangüíneo em uma artéria cervical, que leva nosso sangue para a cabeça.

Nesse artigo unimos

Dor fora de hora.práticas de Lian Gong (gi-nástica terapêutica) com o Reset (balanceamento do maxilar). São exercícios de fortalecimento simples e rápidos, em sessões de cinco minutos, três vezes ao dia. Mais uma dica para você enriquecer sua co-leção “Saúde no Centro”. Exercite-se!

Lian Gong

e expire pela boca. Faça uma contagem de 1 a 8, números ímpares inspire e números pares ex-pire.

Concentre o peso do corpo em um dos pés, en-quanto o outro dá um pequeno passo para frente levan-tando o calcanhar.

Junte os pés, en-caixe os punhos na altura do quadril. Atenção ao fechar as mãos. Imagine-se segurando um passa-rinho, para evitar a tensão dos dedos que prejudica a eficácia do exercício.

Inspire pelo nariz

A palma da mão do mesmo lado do pé que está atrás irá empurrar para frente e para cima enquanto a ou-tra empurra para baixo e para trás. Então gire a ca-beça para o lado oposto do braço que esta para cima. Repita invertendo as posi-ções, o movimento é con-tinuo e simultâneo.

ResetUsando somente

os músculos do rosto desloque a mandí-bula para a esquer-da, com a palma das mãos toque o lado direito que se encon-tra alongado durante um minuto. Agora desloque a mandí-

bula para a direita e com a palma das mãos toque o lado esquerdo também por um minuto.

Ana Paula LeijotoBiomedica - CRBM 31750Tel. 3219-0165 / 975058535

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8 SP - 18 de setembro a 18 de outubro de 2017LINHAS CENTRAIS

Debaixo do elevado, a biscaia aproveita o sinal fechado para

exibir a mercadoria aos mo-toristas. O decote se inclina por dentro de uma janela aberta e a gravidade faz seu trabalho. “Lindão, seguinte: eu não sou mecânico, mas também sei trocar óleo.” Um mamilo displicente es-

Vida viadutoscapa do tecido e roça na lataria. “Se vier comigo, a segunda é por minha con-ta”, ela oferece soltando o peso do busto na porta para estufar o rego. “Estou co-memorando a última presta-ção da comissão de frente”. Esse recusou, era casado. “Como se fizesse diferença”, resmunga ela. Tanto faz, ou-tros ainda vão cair no conto. Novamente ereta, ela ajeita com orgulho os volumosos instrumentos de trabalho e retorna à calçada em busca de outra presa.

A rapaziada do skate atra-vessa a rua a pé. De novo na calçada, jogam a tábua no chão e pulam em cima. Vão chispando pelo concreto, desviando das pilastras. O

ruído dos rolamentos ressoa debaixo do elevado. Chegan-do ao próximo cruzamento, saltam da prancha, dão com o calcanhar na beirada e ela dispara para cima, encaixan-do na mão deles. Na sombra do viaduto ou sob um sol de rachar, boné, capuz e gor-ro são de lei. A cara de mau também. Para quem singra as ruas, o tempo está sempre fechado.

Antes de existir os via-dutos, por onde hoje eles passam havia ruas com nome e praças dignas des-se nome, apenas as árvores faziam sombra e as pessoas que por lá passavam ainda podiam ver o céu. Agora elas esperam, na obscuridade, que retornem as luzes, que

José Ignácio C. Mendes

Crônica do José Ignácio

o bom sendo prevaleça, que a sanidade ressuscite, que se construa a cidade para as pessoas e não passando por cima delas. Se para isso for necessário demolir os viadutos, que seja. Às vezes demolir pode ser um ato de bondade.

Mais um perdido cruza as cinco pistas fora da faixa, com o sinal fechado, na base do “jóia”. Quem disse que polegar só serve para pedir carona? O dedão estendido para cima o livra de ser atro-pelado. Hoje, mais uma vez, ele chega incólume do ou-tro lado. Parece improvável, mas se repete todo dia. Para alguns, ele deveria ser inter-nado, para não atrapalhar o tráfego. Mas o tráfego é que

deveria ser enterrado, para que ele pudesse atravessar o quanto quisesse uma rua feita só para andar a pé. Afi-nal, até os amalucados têm o direito de zanzar por aí sem ser esmagados.

As obras do monotrilho se estendem por cima dos passantes, menos esmagado-ras, menos opressoras que o elevado, mais altivas e impo-nentes. Deixam passar a luz, mas tiraram todo o espaço dos canteiros. Fizeram de mais uma avenida uma zona proibida para pedestres. Na-quele lugar que não existe, entre os carros que vão e os que vêm, procurando um abrigo para fugir do trânsito, mãe e filha se abraçam sob o guarda-chuva. Na falta de

passarela, a outra margem é só miragem.

Debaixo dos viadutos, a vida resiste, apesar da clau-sura, da escuridão, do mofo. Nas pilastras se alastram fotos, cartazes, pinturas, dizeres. Uma maneira de sobreviver é transformar o sofrimento em arte. Sem dú-vida, mas como ficaria mais bela essa arte num bulevar ao ar livre, amplo e florido. Enquanto ele não vem, os ha-bitantes da cidade continuam buscando seu lugar ao sol.

Crônica publicada anteriormente em:24/02/14 - 03/05/14 - 07/07/14 - 24/09/15José Ignácio C. Mendescentroemfoco.com.br

O ritmo de fechamento de postos de trabalho diminuiu no primei-

ro semestre de 2017, com a economia no fundo do poço, após uma queda de mais de 9% do PIB per capita e mais de 14 milhões de desempre-gados, segundo o IBGE (Ins-tituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa de deso-cupação ficou em 13,7% no primeiro trimestre deste ano (em 2014, chegou a 6,5%) e em 13% no segundo, primei-ra queda estatisticamente significativa desde 2014. O mercado de trabalho brasi-leiro tem quase 104 milhões de pessoas, 90,2 milhões de ocupados ou empregados e outros 13,5 milhões de de-sempregados.

No desemprego medido pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (DIEESE/Seade/parceiros regionais), realizada nas regiões metropolitanas,

O futuro e o desempregoas taxas continuam altas, mas há alguma diferença no com-portamento do desemprego. A RM Salvador apresentou, em junho, desemprego em alta, com taxa de 24,9%; a RM Porto Alegre tem taxa de desemprego muito menor e estável, na casa de 11%; na RM São Paulo, o maior mercado de trabalho metro-politano, o desemprego é de 18,6% e, no Distrito Federal, de 19,9%, as duas áreas com redução das taxas.

Além da queda do ritmo de fechamento de postos de trabalho, os indicadores refletem a criação de vagas temporárias na agricultura e o aumento do número de tra-balhadores autônomos, por conta própria e assalariados sem carteira assinada.

O travamento da eco-nomia torna a situação de desemprego duradoura. O tempo médio de procura por

trabalho (segundo a PED) é de 60 semanas na RM Salva-dor, 43 semanas na RM São Paulo e 37 semanas na RM Porto Alegre.

Em resumo, o desempre-go estaciona, mas em ele-vados patamares, deixando como resultado o desalento diante de extenso e tortu-oso tempo de procura para encontrar vagas precárias no setor informal (autônomos e assalariados sem carteira).

E o futuro ainda preten-

de entregar três pacotes com presentes bomba para os tra-balhadores.

O primeiro será aberto em novembro, quando a re-forma trabalhista entrar em vigor para, em um mercado de trabalho debilitado por uma economia em recessão, brindar os trabalhadores com múltiplas formas precárias e, agora, legais de contratação, de arrochar salários, reduzir direitos e benefícios.

O segundo presente re-

serva para 2017 e 2018 uma economia andando de lado, escorregando no limo da re-cessão. Os trabalhadores se-rão ainda mais pressionados pelo desemprego e, deses-perados, submetidos “à livre escolha” de aceitar os novos postos de trabalho precários, abrindo “livremente” mão dos direitos.

O terceiro presente virá no centro da profunda desna-cionalização da economia (a venda dos ativos de um país que está barato). O capital internacional imputará uma modernização tecnológica na base dos ativos adquiridos, aumentando a produtividade das empresas, com tecno-logias que desempregam e ajustes estruturais do custo do trabalho permitidos pela reforma trabalhista - a pro-dutividade espúria ganhará legalidade.

Ao Brasil está sendo im-

posto um caminho para expe-rimentar um processo de ver-tiginosa mudança do padrão produtivo, uma imensa con-centração de riqueza e acen-tuada extensão da pobreza, resultado de uma soberania reduzida à servidão ao capital financeiro.

Será preciso lutar, sus-tentar a democracia na raça, para que os brasileiros e brasileiras deem, pelo voto, outro destino ao país. Será preciso jogar esses presentes no lixo da história e retomar, com altivez, a tarefa que cabe a uma nação: conduzir o desenvolvimento do país para promover desenvolvimento econômico e social que gere bem-estar com qualidade de vida e sustentabilidade am-biental para todos.

Por Clemente Ganz LúcioSociólogo, diretor técnico do DIEESE

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9SP - 18 de setembro a 18 de outubro de 2017 ARTES E CULTURA

Carlos Moura apresenta e interage com poetas e artistas convidados.

PoesiaMúsica: vocal e instrumental

Contação de causosCordel

Acesso gratuito

Restaurante Cama & CaféRua Roberto Simonsen, 79 - Sé(próximo ao Solar da Marquesa)

O consumo gastronômico é opcional.

29/09/17

19h30

Jornalista Carlos Moura,

editor do jornal e

coordenador do Sarau.

SARAU DO JORNAL

44ª ediçãoSetembro de 2017

Com direção geral de Wolfgang Pannek e direção coreográfi-

ca de Maura Baiocchi, esta abordagem teatro-coreográfi-ca tem como inspiração “Mil Platôs - Capitalismo e Esqui-zofrenia”, obra do filósofo Gilles Deleuze e do psicana-lista Félix Guattari.

Por meio de uma poé-tica sensorial, 1001 Platôs questiona temas atuais, como a relação com a Ter-ra, a organização social e do poder, a noção do saber e a luta pela liberdade. O espe-táculo faz parte do projeto Ocupação Deleuze, que esteve na Aliança Francesa com exposição de gravuras e conferências até o dia 10 de setembro.

Após temporada no Tea-

Espetáculo 1001 Platôs na Galeria Olido

tro João Caetano, o espetá-culo terá apresentações no Centro Cultural Olido, de 28 de setembro a 8 do ou-tubro, com entrada gratuita. Depois fará sua última tem-porada, de 19 a 22 de outu-bro, no Teatro Municipal de Santo Amaro Paulo Eiró.

Gilles Deleuze é con-siderado um dos grandes filósofos do século passado. Seu trabalho em torno da liberdade, da organização do poder e do saber e a relação com o homem, são os temas centrais de 1001 Platôs.

Ficha Técnica: Dramatur-

gia, texto, cenário, direção: Wolfgang Pannek; Direção Coreográfica: Maura Baioc-chi; Elenco: Maura Baiocchi, Isa Gouvea, Wolfgang Pan-nek, Mônica Cristina, Jorge Armando Ndloze, Janina Ar-naud, Gustavo Braunstein, Oz Ferreira, Hiro Okita;

Composição Musical: Gusta-vo Lemos; Projeto de video: Eduardo Alves, Fuzuê Fil-mes; Video-desenhos: Ono-fre Roque Fraticelli, Cande-laria Silvestro; Iluminação: Hernandes de Oliveira; Figurino: Eurico Da Rocha; Desenho gráfico: Hiro Okita; Produção: Wolfgang Pannek, Mônica Cristina Bernardes; Fotos: Roberto Huczek

Serviço:1001 PlatôsTemporada: de 28 de setembro a 8 do outubroDuração: 90 min.Indicação etária: 12 anosEntrada gratuitaCentro Cultural Olido - Sala PaissanduAv. São João, 473 - CentroMais informações: (11) 3331-8399

Fotos: Roberto Huczek

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10 SP - 18 de setembro a 18 de outubro de 2017ARTES E CULTURA

O Convento e o San-tuário de São Fran-cisco completaram

370 anos neste dia 17 de setembro, cuja comemora-ção ganhou espaço na vida dos franciscanos da Igreja da Ordem 3ª de São Francisco, com grande intensidade, ao longo dos dias dos mês de se-tembro e início de outubro.

Em 17 de setembro de 1647, durante a festa francis-cana das “Chagas de São Fran-cisco”, era inaugurado em São Paulo o Convento em honra ao fundador da Ordem Fran-ciscana. Para celebrar esses 370 anos de evangelização e presença no Largo São Fran-cisco, a Província Franciscana da Imaculada Conceição e a Fraternidade Franciscana do Largo São Francisco iniciaram, no dia 1º de setembro, uma extensa programação de even-tos comemorativos, que se es-tenderão até o dia 4 de outu-bro - dia da festa do Padroeiro. O principal deles aconteceu às 10h30 do domingo, dia 17 - a “Missa de Ação de Graças” presidida pelo Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, o Arce-bispo Metropolitano de São Paulo.

Do lado de fora a nova pintura da fachada do Con-vento e Santuário São Fran-cisco dava as boas-vindas às centenas de pessoas que ali compareceram para celebrar a festa da Impressão das “Chagas de São Francisco” e os 370 anos do Convento. Uma campanha que só foi possível graças a inúmeros benfeitores e colaboradores que, desde o começo do ano, assumiram o compromisso dessa obra, trazendo nova-mente as cores originais do prédio. Do lado de dentro, tudo pronto para a grande festa: flores, novas alfaias e toalhas, e o coral que deu ainda mais brilho à missa. Na ocasião, foi lançada edição

atualizada de um livro sobre a história da presença fran-ciscana no centro da capital paulista.

Logo em sua saudação inicial o Arcebispo fez refe-rência à história e ao trabalho dos franciscanos na capital. “Hoje, celebrando aqui, que-ro aproveitar para agradecer, em nome da Igreja de São Paulo e da Arquidiocese, à comunidade franciscana por toda a contribuição dada à vida e à missão da Igreja em São Paulo. E também quero incentivar e encorajar os freis que hoje estão aqui, que for-mam a comunidade do Con-vento e são os continuadores de uma obra que começou há muito tempo e produziu tan-tos e belos frutos, a continu-arem a dar esse testemunho franciscano, tão rico e belo, para a cidade de São Paulo”.

Ao lado de Dom Odi-lo, outros freis concelebra-ram essa festa: Frei César Külkamp - vigário provincial; Frei Alvaci Mendes da Luz - pároco e reitor do Santuário; Frei Mário Tagliari - guardião do Convento; Frei Gustavo Medella - definidor provin-cial; Frei Germano Guesser - pároco do Pari; e outros sacerdotes da Fraternidade. Também estavam presentes leigos franciscanos da OFS, Jufra, religiosos e religiosas

da cidade e região e os fiéis do Santuário.

Durante sua homilia, ele recordou o tempo de funda-ção do Convento e o pionei-rismo dos franciscanos, que formam uma das mais antigas comunidades religiosas mas-culinas em São Paulo, ao lado dos jesuítas, beneditinos e carmelitas. E recordou ainda dos vários franciscanos que foram bispos e arcebispos de São Paulo, entre eles Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns e o Cardeal Dom Cláudio Hum-mes.

No Convento, até 4 de outubro, poderão ser vistas duas exposições de artes. Uma homenageia a exposição fotográfica “Os caminhos de Dom Paulo em São Paulo”, realizada pelo conhecido fo-tojornalista e professor de Fotografia, Douglas Mansur. São 95 fotografias feitas por ele, entre 1980 e 2016, que retratam momentos impor-tantes do “Cardeal dos po-bres” à frente da Igreja de São Paulo. A outra é a exposi-ção “Cores da Fé”, do artista plástico Eduardo Marques de Jesus, conhecido como Edu das Águas, que, em seus qua-dros, tem retratado a cidade de São Paulo, principalmen-te o centro histórico. Ele foi convidado pelo Frei Alvaci M. da Luz, Reitor do Santuário,

Franciscanos celebram seus 370 em São Paulo

para retratar com suas cores fortes e vibrantes espaços do Santuário e do Convento.

A celebração do dia 17, D. Odilo concluiu, desejan-do: “Que este aniversário dos 370 anos seja mais um belo momento desse ‘fazer história’. Que o carisma fran-ciscano, que é sempre atual, porque é o carisma do Evan-gelho, é coração do Evange-lho, possa ajudar a Igreja se renovar nesse tempo que precisa muito!”.

No dia 25 de setem-

as atividades, a bênção dos Animais do Zoológico de São Paulo, no dia 2 de ou-tubro, às 15 horas. No dia 4 de outubro, o Padroeiro será festejado durante todo o dia. Haverá missas, bênção dos animais, barracas de comes e bebes e muitas atrações.

Os franciscanos consti-tuem uma Ordem, na igreja, e assim são acolhidos, acei-tos e abençoados em todas as partes do mundo. Essa Ordem Secular é constituída como fraternidade aberta a todos os cristãos: Nela há lu-gar para jovens, para homens e mulheres, para casados, para solteiros, para clérigos e leigos, para pessoas de to-das as classes sociais, todas as profissões, todas as raças, obedecendo o ensinamen-to cristão de todos viverem como irmãos e irmãs. Conhe-ça mais em: http://ofs.org.br/

bro terá início a Novena em honra ao Padroeiro. Entre

Fotos: Divulgação

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11SP - 18 de setembro a 18 de outubro de 2017 ARTES E CULTURA

Vem aí VIDA EM VERSOS,

mais uma obra poética de

Carlos Moura,o editor do

Centro em Foco.Ilustrado por João Carlos Amazonase prefaciado pelo

poeta Alberto Gattoni, com 88

poemasem 120 páginas.

A Funarte SP recebe, no dia 29 de setembro, sexta, das 14h às 18h,

o evento Encontro:Arte, cul-tura, saúde e território, com curadoria da artista visual e pesquisadora Lilian Ama-ral e da psicóloga sanitarista e psicanalista Cris Lopes. O programa compõe-se de mesas-redondas, exibição de documentários e um percurso pelas imediações do complexo cultural.

A proposta é reunir cole-tivos, agentes e instituições, presentes nas regiões de Santa Cecília, Luz e Bom Re-tiro, que promovam diálogos no campo da cultura e dos direitos humanos. O encon-tro também tem o objetivo de compor um panorama de relações que possam ser es-timuladas e potencializadas a partir de práticas artísticas, culturais e educativas ligadas aos campos da saúde, da me-mória social e da cultura. Essa troca de ideias e conhecimen-tos pode resultar em circuitos e programações culturais con-vergentes e sinérgicas.

O território em que o

Encontro: Arte, cultura, saúde e território.

Complexo Cultural Funarte SP está instalado apresen-ta problemas sociais, como pessoas em situação de rua e de dependentes de drogas, e também é um importante polo cultural da cidade, com forte presença de teatros, ateliês, galerias e coletivos artísticos. Por isso, as cura-doras Lilian Amaral e Cris Lopes acreditam que os equi-pamentos da região podem funcionar como “acupuntura social”, “promovendo saúde na esfera pública” por meio da arte e de formas de inter-venção, invenção e transfor-

mação da cultura urbana.O encontro faz parte de

uma série de atividades que se deslocam pelo território. Em 2016, foram realizados seminários no Museu de Saú-de Pública Emílio Ribas, que integravam a mostra Mais que Humanos. Arte no Juquery. A proposta de ação educativa envolveu, ainda, outros pro-jetos, como Toque, exposição processual e colaborativa de Hélio Schonmann e Vidas em obras, desenvolvido pelo cole-tivo Casadalapa.

Arte, cultura, saúde e ter-ritório também dialoga com o

Projeto Burgos, em exposição nas Galerias Mario Schenberg e Flávio de Carvalho e no Centro de Convivência Waly Salomão, do Complexo Cultu-ral Funarte SP. A mostra, ide-alizada por Duílio Ferronato e Eduardo Besen, discute a vida

em uma cidade como São Pau-lo, mostrando como os confli-

Serviço:Complexo Cultural Funarte SPAlameda Nothmann, 1058, Campos Elíseos29 de setembro, sexta-feira, das 14h às 18h

tos urbanos se manifestam no campo da arte.

Entrada francaMais informações: (11) [email protected] / http://www.funarte.gov.br/

Intervenção urbana Vidas em obras, Coletivo Casadalapa, Museu de Saúde Pública Emílio Ribas. Exposições Até o dia

07 de outubro acon-tecem duas exposi-

ções na Galeria XKWZ, com dois artistas, que tem em comum a formação em ar-quitetura.

Bruno Mathias está com a exposição “insta.sampa”, com fotografias do cotidiano da cidade de São Paulo e a Laura Barrichello chega com desenhos incrí-veis na exposição “Edifica-ções”

A galeria XKWZ exis-te virtualmente, através do instagram @xkwzone e fisicamente dentro da Galeria Metrópole, na im-ponente Avenida São Luiz,

Galeria XKWZ tem que ser vista

próximo do Metro República e de tantos marcos arquite-tônicos como o edifício Co-pan, a Biblioteca e o Teatro Municipal que confirmam a vocação artística do Centro de São Paulo.

A proposta da Galeria XKWZ é ser elegante, aces-

sível, urbana e pop, onde o design, obras exclusivas e a arte sequencial (quadri-nhos) se encontram com os artistas e o público que curte e quer conhecer essas propostas.

A XKWZ fica aberta das 15 às 20h de terça a sex-

ta, e sábado das 13 às 18h, e está na Galeria

Metrópole - Avenida São Luiz 187, último andar, loja 19. O responsável pelo espaço é o artista plástico Jairo Junior. Contatos com a XKWZ, pelo fone (11) 98093-6394 e @xkwzone .

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