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  • 8/12/2019 Ricardo Vargas Projetos Ambientais

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    O GERENCIAMENTO AMBIENTAL DO PROJETO(ARTIGO COMPLETO)

    Guilherme Aparecido da Silva MaiaGraduado em Direito (CESUT), especialista em Inovao e Difuso de Tecnologias

    (UFMS) e mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional (ANHANGUERA /

    UNIDERP)

    [email protected]

    Orientao: Ricardo Viana VargasMSc, CSM, PRINCE2 Practitioner, PMI-RMP, PMI-SP, PMP

    CEO Macrosolutions

    2009 Chairman Project Management Insitute

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    INTRODUOA rea de conhecimento em gerenciamento ambiental do projeto inclui os

    processos internos e externos e as conseqentes atividades desses processos que so

    necessrias para que o projeto cause o mnimo impacto possvel ao Meio Ambiente onde

    ele ser desenvolvido. O referencial terico para a consolidao desse gerenciamento

    ambiental o conceito de sustentabilidade ambiental da Comisso Mundial Sobre Meio

    Ambiente e Desenvolvimento (Organizao das Naes Unidas - ONU), que no Relatrio

    Brundtland de 1987 definiu o Desenvolvimento Sustentvel como sendo O

    desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a

    capacidade das geraes futuras de suprir suas prprias necessidades. Deste modo, o

    conceito de sustentabilidade ambiental o foco desse gerenciamento, em que todas as

    demais reas do gerenciamento do projeto sero transversalmente afetadas.

    A demanda por uma rea especfica para o gerenciamento ambiental vem

    paulatinamente se consolidando desde a Conferncia de Estocolmo em 1972, da qual

    resultou a Declarao sobre o Ambiente Humano, com 21 princpios, sendo um deles o

    que diz que Todos tm direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado.

    Posteriormente a Comisso Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento,

    instituda pela ONU em 1983 estabeleceu novos princpios norteadores das relaes entrea humanidade e o meio ambiente, reexaminando o processo de desenvolvimento

    praticado nas dcadas anteriores pelos pases desenvolvidos e propondo novos caminhos

    para o crescimento (ESTRATGIA MUNDIAL PARA CONSERVAO, 1984).

    A Comisso publicou, em 1987, uma declarao universal de proteo ao meio

    ambiente, o documento Nosso Futuro Comum, conhecido mundialmente como Relatrio

    Brundtland1. A diretriz principal do documento foi propor uma interao entre

    desenvolvimento econmico e sustentabilidade ambiental. A necessidade de se observar

    atentamente o crescimento populacional, de forma a garantir a sobrevivncia das pessoas

    com dignidade; preservar a biodiversidade; diminuir o consumo de energia e desenvolvertecnologias menos poluentes e com fontes renovveis; estabelecer novas relaes entre o

    crescimento urbano e a produo no campo so resultados desse documento. O

    desenvolvimento dos pases deveria ser alcanado por meio de tecnologias

    ecologicamente viveis e adaptveis s suas necessidades (RELATRIO BRUNDTLAND,

    1987).

    A partir desse perodo, a agenda ambiental passou a fazer parte no s das

    agendas governamentais, mas tambm do planejamento e gesto de numerosas

    1Em homenagem a Gro Harlem Brundtland, poltica, diplomada, mdica norueguesa e lder internacional em

    desenvolvimento sustentvel e sade pblica, que presidiu a Comisso.

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    empresas. Reduzir o consumo de recursos por meio da economia de energia, de

    materiais, de gua e ampliar as aes de reciclagem passou a configurar como aes

    estratgicas das principais empresas no mundo..

    Essa tendncia foi se consolidando cada vez mais, visto que a biodiversidade e os

    recursos naturais passaram a ser tratados como bem econmico de interesse difuso, dadaa sua importncia para uma economia cada vez mais globalizada, haja vista os nmeros

    cada vez mais crescentes da indstria pesqueira, farmacutica, dermatocosmtica e

    florestal. Apenas este ltimo setor responsvel por 4,0% do PIB brasileiro e gera dois

    milhes de empregos diretos e indiretos e consome em torno de 300 milhes de m3 de

    madeira nativa e plantada por ano (NOCE, 2005). Os principais setores explorados so:

    papel e celulose; madeira e mveis; chapas e compensados; siderurgia, carvo, lenha e

    energia; leos e resinas; frmacos; cosmticos e alimentos (JOAQUIM, 2009).

    importante observar que, se por um lado os marcos ambientais aconteceram apartir da dcada de 70 e 80, por outro, foram exatamente nessas dcadas que o

    gerenciamento de projetos iniciou seu processo de desenvolvimento e maturidade. Nesse

    perodo, o foco de interesse dessa rea eram os grandes empreendimentos que envolviam

    obras vultuosas como as hidreltricas, as mineraes e as obras de infraestrutura

    (DINSMORE, 2005). A partir desse perodo e com o reconhecimento e difuso do Guia

    PMBOK, lanado em 1969, pelo Project Management Institute (PMI), outras reas como a

    informtica, a pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e servios, inovao

    tecnolgica passaram a utilizar a metodologia de gerenciamento de projetos para otimizar

    os seus resultados.

    No entanto, o Guia de Gerenciamento de Projetos fornece as principais referncias

    para o gerenciamento de projetos. Para tanto, ele mapeia as reas de conhecimento

    indispensveis para atingir esse fim e desenvolve um captulo para cada uma dessas

    reas. So elas: Gerenciamento da Integrao, do Escopo, do Tempo, dos Custos, da

    Qualidade, dos Recursos Humanos, das Comunicaes, dos Riscos e das Aquisies

    (PMBOK, 2004). Porm, o Guia no desenvolve um captulo para tratar do gerenciamento

    ambiental nos projetos, o que este captulo vem sanar.

    O Gerenciamento Ambiental no s deve ser um tema transversal em todas as

    reas do gerenciamento de projetos, mas tambm essencial que essa rea tenha as

    suas entradas e sadas mapeadas adequadamente, a fim de subsidiar o gerente do

    projeto no desenvolvimento de uma gesto pautada no s em critrios de

    sustentabilidade econmica, mas tambm em sustentabilidade ambiental.

    Para que o gerenciamento ambiental do projeto acontea transversalmente em

    todas as demais reas do gerenciamento do projeto: integrao, escopo, tempo, custo,

    qualidade, recursos humanos, comunicao, riscos e aquisies, o primeiro passo

    mapear onde haver demanda de conhecimentos dessa rea para que o projeto acontea.

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    J na fase do planejamento do escopo do projeto, alm da cultura organizacional,

    infraestrutura, ferramentas, recursos humanos, polticas de pessoal e condies de

    mercado, a sustentabilidade ambiental do projeto tambm deve ser analisada. As

    questes que precisam ser levantadas nessa fase podem ser: o projeto ir afetar o meio

    ambiente no seu entorno? Quais so as opes de mudanas no escopo do projeto o

    gerente poder lanar mo, caso algum impacto ambiental negativo afete sobremaneira o

    projeto? fundamental que a rea do gerenciamento ambiental esteja prevista inclusive na

    EAP para que nenhum dos processos dessa rea seja esquecido.

    A Figura abaixo (13.1) oferece uma viso geral da rea do gerenciamento

    ambiental do projeto, incluindo as entradas e sadas.

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    GERENCIAMENTO AMBIENTAL DO PROJETO

    13.1 Avaliar se o projeto est

    obrigado por lei a apresentar

    Licenciamento Ambiental (LA)

    13.2 Licenciamento

    Ambiental (LA)

    13.3 Identificar modelos de

    gerenciamento ambiental

    que esto disponveis

    Entradas:1. Identificao legal da

    atividade do projeto;2. Obrigatoriedade de LA;3. Iseno de LA.

    Ferramentas e tcnicas:1. Analisar legislao;2. Identificar consultores

    credenciados;3. Inserir pacote de trabalho

    na EAP;4. Prever tempo para

    Licenciamento noCronograma de Gantt;

    5. Construir matriz de riscos.

    Sadas:1. Se houver obrigatoriedade

    de LA, contratar

    consultores;2. Insero do GerenciamentoAmbiental na EAP;

    3. Cronograma de Ganttdefinido;

    4. Riscos ambientaisidentificados na matriz deriscos.

    Entradas:1. Identificar a modalidade

    de Licenciamentos;2. Prever custos de

    Licenciamentos e taxas.

    Ferramentas e tcnicas: 1. Licena Prvia (LP);2. Licena de Instalao

    (LI);3. Licena de Operao

    (LO).4. Estudo de Impacto

    Ambiental (EIA);5. Relatrio de Impacto

    Ambiental (RIMA).6. Inserir pacote de

    trabalho na EAP;7. Prever tempo para

    Licenciamento noCronograma de Gantt;

    8. Construir matriz de

    riscos;9. inserir custoslicenciamentos e taxasno oramento do projeto.

    Sadas:1. Licenas Ambientais

    concedidas;2. Estudo de Impacto

    Ambiental (EIA)elaborados (se for ocaso);

    3. Relatrio de ImpactoAmbiental (RIMA)elaborado (se for ocaso).

    4. Custos delicenciamentos e taxasoradas no projeto

    Entradas:1. Mapear as metodologias

    mais viveis para oprojeto;

    2. Definir Auditoria parafiscalizar;

    3. Divulgar e cobrar.

    Ferramentas e tcnicas: 1. Poltica dos 5rs

    (repensar, recusar,reduzir, reutilizar ereciclar);

    2. Normas ISO 14000.

    Sadas:1. Metodologia de

    GerenciamentoAmbiental definida para oprojeto.

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    13.4 Sensibilizar e qualificar da

    equipe do projeto em questes

    de sustentabilidade ambiental.

    13.5 Definir critrios para a

    obteno dos insumos

    necessrios para o

    abastecimento do projeto.

    13.6 Gerenciar os resduos

    slidos do projeto

    Entradas:1. Identificar vias de

    sensibilizao;2. Definir mtodos de

    qualificao;3. Organizar cronograma de

    treinamento;4. Inserir na EAP e no Plano

    de Comunicao doprojeto.

    Ferramentas e tcnicas:1. palestras,2. reunies informais;3. cursos,4. treinamentos,5. decompor no Cronograma;6. inserir no plano de

    comunicao do projeto.

    Sadas:1. Plano de capacitao

    definido e executado;2. EAP, cronograma e Planode Comunicao do projetoatualizados.

    Entradas:1. Escrever documento

    contendo as normas;2. Divulgar o documento

    junto aos fornecedores.3. Inserir na EAP e no plano

    de comunicao doprojeto.

    Ferramentas e tcnicas:1. Firmar acordos econtratos com osfornecedores com asnormas ambientais aserem cumpridas;

    2. inserir na EAP, na Matrizde Riscos e no Plano deComunicao do projeto.

    Sadas:1. Acordos e contratos

    firmados e respeitados;

    2. Formao de ComitAuditor;3. EAP, Matriz de Riscos,

    Cronograma e Plano deComunicao do projetoatualizados.

    Entradas:1. Identificar destino dos

    resduos slidos;2. Coleta seletiva;3. Fiscalizar coleta;4. Inserir na EAP e no plano

    de comunicao doprojeto;

    5. Inserir na Matriz deRiscos do projeto.

    Ferramentas e tcnicas:1. Destinao e logstica;2. Logstica reversa;3. Inserir na EAP, na Matriz

    de Riscos e no Plano deComunicao do projeto.

    Sadas:1. Plano de resduos slidos

    do projeto concludo;2. Destinao dos resduos

    identificada;3. EAP, Matriz de Riscos,Cronograma e Plano deComunicao do projetoatualizados.

    Figura 1-1. Gerenciamento ambiental no escopo do projeto: entradas, ferramentas e sadas

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    CAPTULO I AVALIAES AMBIENTAIS INICIAIS1.1 Avaliar se o projeto est obrigado por lei a apresentar LicenciamentoAmbiental LA) o Licenciamento Ambiental uma exigncia legal e osempreendimentos empresariais esto obrigados a apresentar aos rgos competentes

    (IBAMA, Secretarias de Meio Ambiente estaduais ou municipais, conforme o caso).

    Portanto, j na fase inicial de planejamento do escopo do projeto essas questes devem

    ser levantadas: para que o projeto acontea a empresa tem que apresentar o

    Licenciamento Ambiental? Caso afirmativo haver necessidade de apresentar o Estudo de

    Impacto Ambiental (EIA) e o Relatrio de Impacto Ambiental (RIMA)?

    1.2 Licenciamento Ambiental LA) ao requerer autorizao para a implementaodo projeto, a empresa espera o rgo pblico uma resposta via expedio de umdocumento legal. Essa autorizao oficial denominada Licenciamento Ambiental e o

    instrumento que a representa a Licena Ambiental.

    1.3 Identif icar modelos de gerenciamento ambiental para processos internosdo projeto - existem diversos mtodos de gerenciamento ambiental que podem serimplementados internamento: 1. Poltica dos 5rs (repensar, recusar, reduzir, reutilizar e

    reciclar); 2. Norma ISO 14000.

    1.4 Sensibil izar e qualif icar a equipe em questes de sustentabil idadeambiental - a definio de uma poltica interna para definio de comportamentos eatitudes dos membros da equipe do projeto em relao s aes de sustentabilidade

    durante o ciclo de vida do projeto.

    1.5 Definir critrios para a obteno dos insumos necessrios para oabastecimento do projeto os processos de sustentabilidade ambiental no projeto nose restringem apenas aos procedimentos de licenciamento ambiental, nem de qualificao

    da equipe. Os fornecedores de insumos para o projeto tambm devem estar alinhados

    com os princpios dessa sustentabilidade. Caso isso no seja alinhavado, esse trip no se

    sustenta. No adianta, por exemplo, uma empresa apresentar o Licenciamento Ambiental,

    treinar os membros da equipe do projeto seguindo todos os critrios de respeito ao meio

    ambiente e, ao final, adquirir produtos ou servios de uma empresa com histrico

    ambiental comprometido.

    1.6 Gerenciar os resduos sl idos do projeto - a definio dos modelos de GestoAmbiental que nortearo a destinao dos resduos do projeto: 5Rs (Repensar, Recusar,

    Reduzir, Reutilizar e Reciclar), ISO 14000 etc.

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    1.1 Avaliar se o projeto est obrigado por lei a apresentar LicenciamentoAmbiental LA) - as questes que devem ser levantadas nessa fase so: para que oprojeto acontea a empresa tem que apresentar o Licenciamento Ambiental? A relao

    dos empreendimentos que tm obrigatoriedade em apresentar o Licenciamento Ambiental

    est no Anexo 1, Resoluo CONAMA 237/97. Caso afirmativo haver necessidade de

    apresentar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatrio de Impacto Ambiental

    (RIMA)?

    Questes a serem levantadas: Quais os procedimentos a serem adotados? Quais os

    rgos competentes para fiscalizar esses procedimentos? Quais os prazos legais que

    devem ser observados? Quem so os profissionais que tm competncia legal e tcnica

    para desenvolver o EIA/RIMA? Quanto custar ao projeto?

    Esses questionamentos devem ser levantados na fase inicial do projeto, visto que alguns

    desses procedimentos administrativos so bem burocrticos e demandam uma srie depreenchimentos de formulrios, pareceres tcnicos de profissionais com cadastros prvios

    junto aos rgos fiscalizadores, emisso de certides, pagamentos de taxas

    administrativas, apresentao de plantas e documentos com prazos legais e posterior

    publicao em Dirio Oficial.

    Entradas Ferramentas e tcnicas Sadas

    1. Identificao legal da

    atividade do projeto;

    2. Obrigatoriedade de LA;

    3. Iseno de LA

    1. Analisar legislao;2. Identificar consultores

    credenciados;3. Inserir pacote de

    trabalho na EAP;4. Prever tempo para

    Licenciamento noCronograma de Gantt;

    5. Construir matriz deriscos

    1. Se houverobrigatoriedade de LA,contratar consultores;

    2. Insero doGerenciamentoAmbiental na EAP;

    3. Cronograma de Ganttdefinido;

    4. Riscos ambientaisidentificados na matrizde riscos.

    Figura 1-3. Avaliao de obrigatoriedade do projeto em apresentar LA: entradas, ferramentas e tcnicas esadas.

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    1.1.1 Avaliar se o projeto est obrigado por lei a apresentar LicenciamentoAmbiental LA): Entradas O principal ponto a ser analisado aqui se o projeto tem ou no que apresentar o

    Licenciamento Ambiental. Para isso, fundamental entender esse processo, bem como os

    seus trmites nas Secretarias de Meio Ambiente (estado ou municpio, conforme o caso).

    1.1.2 Avaliar se o projeto est obrigado por lei a apresentar LicenciamentoAmbiental LA): Ferramentas e tcnicas 1.1.2.1 Anexo 1 Resoluo CONAMA n 237/97) - Segundo o Anexo 1 daResoluo CONAMA n 237/97, esto sujeitas ao Licenciamento Ambiental os seguintes

    empreendimentos:

    1. Extrao e tratamento de minerais - pesquisa mineral com guia deutilizao; lavra a cu aberto, inclusive de aluvio, com ou sem beneficiamento;

    lavra subterrnea com ou sem beneficiamento; lavra garimpeira; perfurao depoos e produo de petrleo e gs natural.

    2. Indstria de produtos minerais no metlicos - beneficiamento deminerais no metlicos, no associados extrao; fabricao e elaborao de

    produtos minerais no metlicos tais como: produo de material cermico,

    cimento, gesso, amianto e vidro, entre outros.

    3. Indstria metalrgica - fabricao de ao e de produtos siderrgicos;produo de fundidos de ferro e ao / forjados / arames / relaminados com ou sem

    tratamento de superfcie, inclusive galvanoplastia; metalurgia dos metais no-ferrosos, em formas primrias e secundrias, inclusive ouro; produo de

    laminados / ligas / artefatos de metais no-ferrosos com ou sem tratamento de

    superfcie, inclusive galvanoplastia; relaminao de metais no-ferrosos, inclusive

    ligas; produo de soldas e anodos; metalurgia de metais preciosos; metalurgia do

    p, inclusive peas moldadas; fabricao de estruturas metlicas com ou sem

    tratamento de superfcie, inclusive galvanoplastia; fabricao de artefatos de ferro /

    ao e de metais no-ferrosos com ou sem tratamento de superfcie, inclusive

    galvanoplastia; tmpera e cementao de ao, recozimento de arames, tratamento

    de superfcie.

    4. Indstria mecnica - fabricao de mquinas, aparelhos, peas, utenslios eacessrios com e sem tratamento trmico e/ou de superfcie.

    5. Indstria de material eltrico, eletrnico e comunicaes - fabricaode pilhas, baterias e outros acumuladores; fabricao de material eltrico,

    eletrnico e equipamentos para telecomunicao e informtica; fabricao de

    aparelhos eltricos e eletrodomsticos.

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    6. Indstria de material de transporte - fabricao e montagem de veculosrodovirios e ferrovirios, peas e acessrios; fabricao e montagem de

    aeronaves; fabricao e reparo de embarcaes e estruturas flutuantes.

    7. Indstria de madeira - serraria e desdobramento de madeira; preservao demadeira; fabricao de chapas, placas de madeira aglomerada, prensada ecompensada; fabricao de estruturas de madeira e de mveis.

    8. Indstria de papel e celulose - fabricao de celulose e pasta mecnica;fabricao de papel e papelo; fabricao de artefatos de papel, papelo,

    cartolina, carto e fibra prensada.

    9. Indstria de borracha - beneficiamento de borracha natural; fabricao decmara de ar e fabricao e recondicionamento de pneumticos; fabricao de

    laminados e fios de borracha; fabricao de espuma de borracha e de artefatos de

    espuma de borracha , inclusive ltex.

    10. Indstria de couros e peles - secagem e salga de couros e peles;curtimento e outras preparaes de couros e peles; fabricao de artefatos

    diversos de couros e peles; fabricao de cola animal.

    11. Indstria qumica - produo de substncias e fabricao de produtosqumicos; fabricao de produtos derivados do processamento de petrleo, de

    rochas betuminosas e da madeira; fabricao de combustveis no derivados de

    petrleo; produo de leos/gorduras/ceras vegetais-animais/leos essenciaisvegetais e outros produtos da destilao da madeira; fabricao de resinas e de

    fibras e fios artificiais e sintticos e de borracha e ltex sintticos; fabricao de

    plvora/explosivos/detonantes/munio para caa-desporto, fsforo de segurana

    e artigos pirotcnicos; recuperao e refino de solventes, leos minerais, vegetais e

    animais; fabricao de concentrados aromticos naturais, artificiais e sintticos;

    fabricao de preparados para limpeza e polimento, desinfetantes, inseticidas,

    germicidas e fungicidas; fabricao de tintas, esmaltes, lacas, vernizes,

    impermeabilizantes, solventes e secantes; fabricao de fertilizantes e

    agroqumicos; fabricao de produtos farmacuticos e veterinrios; fabricao desabes, detergentes e velas; fabricao de perfumarias e cosmticos; produo de

    lcool etlico, metanol e similares.

    12. Indstria de produtos de matria plstica - fabricao de laminadosplsticos; fabricao de artefatos de material plstico.

    13. Indstria txti l , de vesturio, calados e artefatos de tecidos -beneficiamento de fibras txteis, vegetais, de origem animal e sintticos; fabricao

    e acabamento de fios e tecidos; tingimento, estamparia e outros acabamentos em

    peas do vesturio e artigos diversos de tecidos; fabricao de calados ecomponentes para calados.

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    14. Indstria de produtos alimentares e bebidas - beneficiamento,moagem, torrefao e fabricao de produtos alimentares; matadouros,

    abatedouros, frigorficos, charqueadas e derivados de origem animal; fabricao de

    conservas; preparao de pescados e fabricao de conservas de pescados;

    preparao, beneficiamento e industrializao de leite e derivados; fabricao e

    refinao de acar; refino / preparao de leo e gorduras vegetais; produo de

    manteiga, cacau, gorduras de origem animal para alimentao; fabricao de

    fermentos e leveduras; fabricao de raes balanceadas e de alimentos

    preparados para animais; fabricao de vinhos e vinagre; fabricao de cervejas,

    chopes e maltes; fabricao de bebidas no alcolicas, bem como engarrafamento

    e gaseificao de guas minerais; fabricao de bebidas alcolicas.

    15. Indstria de fumo - fabricao de cigarros/charutos/cigarrilhas e outrasatividades de beneficiamento do fumo.

    16. Indstrias diversas - usinas de produo de concreto; usinas de asfalto;servios de galvanoplastia.

    17. Obras civis - rodovias, ferrovias, hidrovias, metropolitanos; barragens ediques; canais para drenagem; retificao de curso de gua; abertura de barras,

    embocaduras e canais; transposio de bacias hidrogrficas; outras obras de arte.

    18. Servios de uti l idade - produo de energia termoeltrica; transmisso deenergia eltrica; estaes de tratamento de gua; interceptores, emissrios,

    estao elevatria e tratamento de esgoto sanitrio; tratamento e destinao deresduos industriais (lquidos e slidos); tratamento/disposio de resduos

    especiais tais como: de agroqumicos e suas embalagens usadas e de servio de

    sade, entre outros; tratamento e destinao de resduos slidos urbanos, inclusive

    aqueles provenientes de fossas; dragagem e derrocamentos em corpos dgua;

    recuperao de reas contaminadas ou degradadas.

    19. Transporte, terminais e depsitos - transporte de cargas perigosas;transporte por dutos; marinas, portos e aeroportos; terminais de minrio, petrleo e

    derivados e produtos qumicos; depsitos de produtos qumicos e produtosperigosos.

    20. Turismo - complexos tursticos e de lazer, inclusive parques temticos eautdromos.

    21. Atividades diversas - parcelamento do solo; distrito e plo industrial.22. Atividades agropecurias - projeto agrcola; criao de animais; projetosde assentamentos e de colonizao.

    23. Uso de recursos naturais silvicultura; explorao econmica da madeiraou lenha e subprodutos florestais; atividade de manejo de fauna extica e criadouro

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    de fauna silvestre; utilizao do patrimnio gentico natural; manejo de recursos

    aquticos vivos; introduo de espcies exticas e/ou geneticamente modificadas;

    uso da diversidade biolgica pela biotecnologia.

    1.1.2.2 Inserir pacote de trabalho na EAP ;Descrito no Captulo 5.3 do PMBOK Guide 4 Edio

    1.1.2.3 Prever tempo para Licenciamento no Cronograma de Gantt ;Descrito no Captulo 6.1.2 do PMBOK Guide 4 Edio

    1.1.2.4 Construir matriz de riscos;Descrito no Captulo 11.1.3 do PMBOK Guide 4 Edio

    1.1.3 Avaliar se o projeto est obrigado por lei a apresentar LicenciamentoAmbiental LA): Sadas 1. Contratao de consultores ambientais - caso a rea do projeto se encaixe emuma das atividades que exigemo Licenciamento Ambiental, o primeiro passo localizar

    um consultor ambiental que esteja cadastrado e autorizado pelos rgos competentes

    (Secretarias de Meio Ambiente dos estados ou municpios) para providenciar o

    licenciamento.

    2. Insero do pacote de trabalho referente ao Licenciamento Ambientalinserido na EAP caso haja necessidade de apresentao do Licenciamento Ambiental(LA), bem como seus desdobramentos via EIA/RIMA, o gerente do projeto dever incluir

    esses procedimentos na EAP para que no corra o risco de esquecimento de algum

    pacote de trabalho importante nessa rea.

    3. Cronograma do pacote de trabalho referente ao Licenciamento Ambientalprevisto no Grfico de Gantt como o Cronograma a decomposio dos pacotesde trabalho e a previso de durao de cada atividade, torna-se fundamental que todas as

    etapas do Licenciamento Ambiental (LA) sejam minimamente previstas e tenham ateno

    especial,visto que h diversos procedimentos burocrticos desde a sua proposio at a

    deciso final pelos rgos competentes.

    4. Riscos referentes ao Licenciamento Ambiental LA) definidamenteidentif icados na matriz de riscos o Licenciamento Ambiental (LA) um processoque envolve riscos devido sua complexidade em termos de legislao e de atividades

    que emvolvem impactos ao meio ambiente. Dependendo da rea de atuao do projeto

    poder acontecer do rgo ambiental encontrar obstculos normativos para o deferimento

    da Licena. Neste caso, esses imprevistos / obstculos tm que serem transpostos e at

    redirecionados. Deste modo, fundamental a insero desses possveis obstculos na

    matriz para que, j nessa fase inicial, sejam identificados os riscos e propostas as

    alternativas para a resolutividade dos entraves.

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    CAPTULO II LICENCIAMENTO AMBIENTAL LA)Licenciamento Ambiental LA) - o procedimento administrativo pelo qual o rgoambiental competente licencia a localizao, instalao, ampliao e a operao de

    empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva

    ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar

    degradao ambiental, considerando as disposies legais e regulamentares e as normas

    tcnicas aplicveis ao caso (art. 1, inciso I, Resoluo CONAMA 237/97).

    Entradas Ferramentas e tcnicas Sadas

    1. Identificar a modalidadede Licenciamentos.

    2. Prever custos deLicenciamentos e taxas.

    1. Licena Prvia (LP);2. Licena de Instalao

    (LI);3. Licena de Operao

    (LO).4. Estudo de Impacto

    Ambiental (EIA);5. Relatrio de Impacto

    Ambiental (RIMA).6. Inserir pacote de

    trabalho na EAP;7. Prever tempo para

    Licenciamento noCronograma de Gantt;

    8. Construir matriz deriscos;

    9. Inserir custoslicenciamentos e taxasno oramento do projeto.

    1. Licenas Ambientaisconcedidas;

    2. Estudo de ImpactoAmbiental (EIA)elaborados (se for ocaso);

    3. Relatrio de ImpactoAmbiental (RIMA)elaborado (se for ocaso).

    4. Custos de

    licenciamentos e taxas

    oradas no projeto.

    Figura 13-4. Licenciamento Ambiental: entradas, ferramentas e tcnicas e sadas.

    2.1 Licenciamento Ambiental LA): EntradasExistem vrias modalidades de Licenciamento Ambiental. Nessa fase do projeto, o

    importante identificar quais so as modalidades que o projeto exigir, dentre essas:Licena Prvia (LP), Licena de Instalao (LI) ou Licena de Operao (LO).

    Para cada uma das modalidades haver necessidade de:

    2.1.1 Inserir pacote de trabalho na EAP ;Descrito no Captulo 5.3.1 do PMBOK Guide 4 Edio

    13.2.1.2 Prever tempo para Licenciamento no Cronograma de Gantt ;Descrito no Captulo 6.1.2 do PMBOK Guide 4 Edio

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    13.2.1.3 Construir matriz de riscos;Descrito no Captulo 11.1.3 do PMBOK Guide 4 Edio

    13.2.1.4. Prever custos de Licenciamentos e taxas .Descrito no Captulo 7.1 do PMBOK Guide 4 Edio

    2.2 Licenciamento Ambiental LA): Ferramentas e tcnicas1. Licena Ambiental LA) - Licena Ambiental o ato administrativo pelo qual o rgoambiental competente, estabelece as condies, restries e medidas de controle

    ambiental que devero ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa fsica ou jurdica, para

    localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos

    recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que,

    sob qualquer forma, possam causar degradao ambiental (art. 1, inciso I, Resoluo

    CONAMA 237/97).

    As modalidades de Licenciamento Ambiental so:1.1 Licena Prvia LP) - concedida na fase preliminar do planejamento doempreendimento ou atividade aprovando sua localizao e concepo, atestando a

    viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos bsicos e condicionantes a

    serem atendidos nas prximas fases de sua implementao;

    1.2 Licena de Instalao LI) - autoriza a instalao do empreendimento ouatividade de acordo com as especificaes constantes dos planos, programas e

    projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais

    condicionantes, da qual constituem motivo determinante;

    1.3 Licena de Operao LO) - autoriza a operao da atividade ouempreendimento, aps a verificao do efetivo cumprimento do que consta das

    licenas anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes

    determinados para a operao.

    As licenas ambientais podero ser expedidas isolada ou sucessivamente, de acordo coma natureza, caractersticas e fase do empreendimento ou atividade (artigo 8 da Resoluo

    CONAMA n 237/97).

    13.2.2.1 Inserir pacote de trabalho na EAP ;Descrito no Captulo 5.3.1 do PMBOK Guide 4 Edio

    13.2.2.2 Prever tempo para Licenciamento no Cronograma de Gant t;Descrito no Captulo 6.1.2 do PMBOK Guide 4 Edio

    13.2.2.3 Construir matriz de riscos;Descrito no Captulo 11.1.3 do PMBOK Guide 4 Edio

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    2.2.4. Inserir custos l icenciamentos e taxas no oramento do projeto .Os custos com licenciamentos como a contratao de consultores, pagamentos de taxas

    etc., devem ser decompostos no oramento do projeto.

    1. Estudo de Impacto Ambiental EIA) e do Relatrio de Impacto AmbientalRIMA).

    Segundo o art. 3 da Resoluo CONAMA n 237/97, a Licena Ambiental para

    empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de

    significativa degradao do meio depender de prvio Estudo de Impacto Ambiental e

    respectivo Relatrio de Impacto sobre o Meio Ambiente (EIA/RIMA), ao qual se dar

    publicidade, garantida a realizao de audincias pblicas, quando couber, de acordo

    com a regulamentao.

    Por outro lado, o rgo ambiental competente, verificando que a atividade ou

    empreendimento no potencialmente causador de significativa degradao do meio

    ambiente, definir os estudos ambientais pertinentes ao respectivo processo de

    licenciamento.

    2.1. Estudo de Impacto Ambiental EIA) de acordo com os artigos 6 e 7 daResoluo CONAMA 001/86, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) ser realizado por

    equipe multidisciplinar habilitada, no dependente direta ou indiretamente do proponente

    do projeto e que ser responsvel tecnicamente pelos resultados apresentados e deverconter as seguintes atividades tcnicas:

    2.1.1 Diagnstico Ambiental da rea de influncia do projeto . Segundo oart. 6 da Resoluo CONAMA 001/86, o Diagnstico ambiental da rea de

    influncia do projeto deve ter completa descrio e anlise dos recursos ambientais

    e suas interaes, tal como existem, de modo a caracterizar a situao ambiental

    da rea, antes da implantao do projeto, considerando:

    1. o meio f sico - o subsolo, as guas, o ar e o clima, destacando os recursosminerais, a topografia, os tipos e aptides do solo, os corpos d'gua, o regimehidrolgico, as correntes marinhas, as correntes atmosfricas;

    2. o meio biolgico e os ecossistemas naturais - a fauna e a flora,destacando as espcies indicadoras da qualidade ambiental, de valor cientfico e

    econmico, raras e ameaadas de extino e as reas de preservao

    permanente;

    3. o meio scio-econmico - o uso e ocupao do solo, os usos da gua e ascioeconomia, destacando os stios e monumentos arqueolgicos, histricos e

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    culturais da comunidade, as relaes de dependncia entre a sociedade local, os

    recursos ambientais e a potencial utilizao futura desses recursos.

    2.1.2 Anlise dos impactos ambientais do projeto . Anlise dos impactosambientais do projeto e de suas alternativas, atravs de identificao, previso da

    magnitude e interpretao da importncia dos provveis impactos relevantes,

    discriminando: os impactos positivos e negativos (benficos e adversos), diretos e

    indiretos, imediatos e a mdios e longos prazos, temporrios e permanentes; seu

    grau de reversibilidade; suas propriedades cumulativas e sinrgicas; a distribuio

    dos nus e benefcios sociais (art. 6, inciso II da Resoluo CONAMA 001/86)

    2.1.3 Definio das medidas mit igadoras dos impactos negativos .Definio das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre elas os

    equipamentos de controle e sistemas de tratamento de despejos, avaliando a

    eficincia de cada uma delas (art. 6, inciso III da Resoluo CONAMA 001/86)

    2.1.4 Elaborao do programa de acompanhamento e monitoramento. O programa dever identificar os impactos positivos e negativos do projeto e

    indicar os fatores e parmetros a serem considerados (art. 6, inciso IV da

    Resoluo CONAMA 001/86)

    2.2. Relatrio de Impacto Ambiental RIMA) - O relatrio de impacto ambiental -RIMA refletir as concluses do estudo de impacto ambiental e conter, no mnimo:

    I - Os objetivos e justificativas do projeto, bem como a sua relao ecompatibilidade com as polticas setoriais, planos e programas governamentais;

    II - A descrio do projeto e suas alternativas tecnolgicas e locacionais,

    especificando para cada um deles, nas fases de construo e operao a rea de

    influncia, as matrias primas, e mo-de-obra, as fontes de energia, os processos e

    tcnica operacionais, os provveis efluentes, emisses, resduos de energia, os

    empregos diretos e indiretos a serem gerados;

    III - A sntese dos resultados dos estudos de diagnsticos ambiental da rea de

    influncia do projeto;IV - A descrio dos provveis impactos ambientais da implantao e operao da

    atividade, considerando o projeto, suas alternativas, os horizontes de tempo de

    incidncia dos impactos e indicando os mtodos, tcnicas e critrios adotados

    para sua identificao, quantificao e interpretao;

    V - A caracterizao da qualidade ambiental futura da rea de influncia,

    comparando as diferentes situaes da adoo do projeto e suas alternativas, bem

    como com a hiptese de sua no realizao;

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    VI - A descrio do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relao

    aos impactos negativos, mencionando aqueles que no puderam ser evitados, e o

    grau de alterao esperado;

    VII - O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;

    VIII - Recomendao quanto alternativa mais favorvel (concluses e comentrios

    de ordem geral).

    Pargrafo nico - O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada a sua

    compreenso. As informaes devem ser traduzidas em linguagem acessvel, ilustradas

    por mapas, cartas, quadros, grficos e demais tcnicas de comunicao visual, de modo

    que se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as

    conseqncias ambientais de sua implementao (art. 9 da Resoluo CONAMA 001/86).

    2.3 Licenciamento Ambiental LA): SadasDe acordo com a Resoluo CONAMA n 297/97, artigo 10, o Licenciamento Ambiental

    obedecer s etapas abaixo relacionadas e, ao seu final, o rgo competente dar

    deferimento ou indeferimento do pedido de licena, dando-se a devida publicidade:

    1. Definio pelo rgo ambiental competente - com a participao doempreendedor, dos documentos, projetos e estudos ambientais, necessrios ao

    incio do processo de licenciamento correspondente licena a ser requerida;

    2. Requerimento da l icena ambiental pelo empreendedor -acompanhado dos documentos, projetos e estudos ambientais pertinentes, dando-

    se a devida publicidade;

    3. Anlise pelo rgo ambiental competente - integrante do SistemaNacional de Meio Ambiente (SISNAMA), dos documentos, projetos e estudos

    ambientais apresentados e a realizao de vistorias tcnicas, quando necessrias;

    4. Solicitao de esclarecimentos e complementaes pelo rgoambiental competente - integrante do SISNAMA, uma nica vez, emdecorrncia da anlise dos documentos, projetos e estudos ambientais

    apresentados, quando couber, podendo haver a reiterao da mesma solicitao

    caso os esclarecimentos e complementaes no tenham sido satisfatrios;

    5. Audincia pblica - quando couber, de acordo com a regulamentaopertinente;

    6. Solicitao de esclarecimentos e complementaes pelo rgoambiental competente - decorrentes de audincias pblicas, quando couber,podendo haver reiterao da solicitao quando os esclarecimentos e

    complementaes no tenham sido satisfatrios;

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    7. Emisso de parecer tcnico conclusivo - e, quando couber, parecerjurdico;

    No procedimento de licenciamento ambiental dever constar, obrigatoriamente, a

    certido da Prefeitura Municipal, declarando que o local e o tipo de

    empreendimento ou atividade esto em conformidade com a legislao aplicvelao uso e ocupao do solo e, quando for o caso, a autorizao para supresso de

    vegetao e a outorga para o uso da gua, emitidas pelos rgos competentes

    (artigo 10 da Resoluo CONAMA n 237/97).

    2.3.1 Pacote de trabalho referente ao Licenciamento Ambiental LA) inseridona EAP ;Descrito no Captulo 5.3.1 do PMBOK Guide 4 Edio

    2.3.2 Tempo para Licenciamento Ambiental LA) decomposto e previsto noCronograma de Gantt ;Descrito no Captulo 6.1.2 do PMBOK Guide 4 Edio

    13.2.3.3 Riscos referentes ao Licenciamento Ambiental LA) identif icados namatr iz de r iscos;Descrito no Captulo 11.1.3 do PMBOK Guide 4 Edio

    2.3.4. Custos de l icenciamentos e taxas oradas no projeto .Os processos de licenciamentos envolvem tanto tempo, como tambm custos para o

    projeto: so contrataes de consultores credenciados, pagamentos de taxas etc. Tudo

    deve ser previsto no oramento do projeto.

    3. Identif icar modelos de gerenciamento ambiental para processos internosdo projetoO gerenciamento ambiental do projeto deve prevalecer desde o seu ciclo de vida inicial e

    permanecer durante os ciclos posteriores, at o seu final. importante que o gerente do

    projeto identifique j na fase de planejamento do projeto, quais sero os modelos de

    gerenciamento ambiental que ele ter sua disposio durante todo o projeto.

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    Entradas Ferramentas e tcnicas Sadas

    1. Mapear as metodologias

    mais viveis para oprojeto;2. Definir Auditoria para

    fiscalizar;3. Divulgar e cobrar;4. Inserir no Cronograma

    de Gantt

    1. Poltica dos 5rs

    (repensar, recusar,reduzir, reutilizar ereciclar);

    2. Norma ISO 14000;3. Definir tempo no

    Cronograma de Gantt

    1. Metodologia de

    GerenciamentoAmbiental definida parao projeto.

    2. Cronograma de Ganttdefinido

    Figura 5. Modelos de gerenciamento ambiental interno do projeto: entradas, ferramentas e tcnicas e sadas.

    13.3.1 Identif icar modelos de gerenciamento ambiental para processosinternos do projeto: EntradasMapear as metodologias mais viveis para o projeto

    Existem diversos mtodos de gerenciamento ambiental que podem ser implementados

    internamente no projeto. Dentre elas destacam-se: 1. Poltica dos 5rs (repensar, recusar,

    reduzir, reutilizar e reciclar); 2. Normas da Srie ABNT NBR ISO 14000.

    Definir Auditoria para f iscalizarO gerenciamento ambiental do projeto um processo contnuo que no pode ficar deriva. Para tanto, essencial que o gerente do projeto eleja uma Auditoria para ser a

    responsvel pela implementao e fiscalizao das normas ambientais do projeto.

    Todo o trabalho dever constar no cronograma do projeto.

    Divulgar e cobrarAs normas ambientais devero ser seguidas pela equipe do projeto durante toda a sua

    execuo. essencial que a Auditoria divulgue e cobre esse compromisso junto a toda

    a equipe do projeto.

    Inserir no Cronograma de GanttPara que a equipe do projeto no perca o foco do gerenciamento ambiental durante

    todo o projeto, fundamental que todos os processos sejam decompostos no

    Cronograma de Gantt.

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    13.3.2 Identif icar modelos de gerenciamento ambiental para processosinternos do projeto: Ferramentas e tcnicas.1. Polt ica dos 5rs repensar, recusar, reduzir, reuti l izar e reciclar);

    A Poltica dos 5rs no envolve custos financeiros na sua implementao, pois se

    trata de um mtodo de gerenciamento ambiental de domnio pblico. No h custos

    com certificao. O foco do mtodo a difuso de prticas de gerenciamentos

    empresariais mais sustentveis.

    O primeiro R - reporta idia de REPENSAR os hbitos na aquisio de bens deconsumo:

    1. Pense na real necessidade da compra daquele produto, antes de compr-lo;

    2. Depois de consumi-lo, pratique a coleta seletiva, separando embalagens, matriaorgnica e leo de cozinha usado. Jogue no lixo apenas o que no for reutilizvel

    ou reciclvel;

    3. Evite o desperdcio de alimentos.

    4. Use produtos de limpeza biodegradveis.

    No segundo R a idia central RECUSAR produtos que prejudiquem o meioambiente e a sade. Para tanto, o ideal :

    1. Comprar apenas produtos que no agridem o meio ambiente e a sade. Ficar

    atento ao prazo de validade e nas empresas que tm compromissos com a

    ecologia;

    2. Evitar o excesso de sacos plsticos e embalagens;

    3. Ter sempre uma sacola de pano para transportar suas compras.

    4. Evitar a compra de produtos que no sejam reciclveis.

    O terceiro R, diz respeito REDUO do consumo desnecessrio e esto embutidosos seguintes critrios:

    1. Esta prtica significa consumir menos produtos, dando preferncia aos que tenhammaior durabilidade e, portanto, ofeream menor potencial de gerao de resduos e

    de desperdcio de gua, energia e recursos naturais;

    2. Adote a prtica do refil;

    3. Escolha produtos com menos embalagens ou embalagens econmicas, priorizando

    as retornveis.

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    No quarto R - est embutida a idia de Reutilizar e recuperar ao mximo o produtoantes de descartar. Desde modo, as aes sugeridas so:

    Amplie a vida til dos produtos e do aterro sanitrio, economizando a extrao de

    matrias-primas virgens;

    Crie produtos artesanais e alternativos a partir da reutilizao de embalagens de

    papel, vidro, plstico, metal, isopor e CDs;

    Utilize os dois lados do papel e monte blocos de papel-rascunho;

    Oferea vrios tipos de oficinas de sucata;

    Doe objetos que possam servir a outras pessoas.

    Finalmente, o quinto R, diz respeito RECICLAGEM propriamente dita e seusenfoques so:

    O processo de reciclagem reduz a presso sobre os recursos naturais, economiza

    gua, energia, gera trabalho e renda para milhares de pessoas. Seja no mercadoformal ou informal de trabalho;

    Exercite os quatro primeiros Rs e, o que restar, separe para a coleta seletiva das

    embalagens de vidros, plsticos, metais, papis, longa vida, isopor, leo de

    cozinha usado, cartuchos de impressoras, pilhas, baterias, CDs, DVDs, radiografias

    e alimentos;

    A reciclagem promove benefcios ambientais, sociais e econmicos.

    Normas da Srie ABNT NBR ISO 14000.Segundo a ABNT, normatizao a Atividade que estabelece, em relao a problemas

    existentes ou potenciais, prescries destinadas utilizao comum e repetitiva com

    vistas obteno do grau timo de ordem em um dado contexto.

    O processo implantado pela ABNT envolve custos financeiros, que so formulados de

    acordo com as necessidades da empresa.

    Os resultados da implantao da normatizao podem ser qualitativos e quantitativos.

    Os qualitat ivos so: A utilizao adequada dos recursos (equipamentos, materiais e mo-de-obra);

    A uniformizao da produo;

    A facilitao do treinamento da mo-de-obra, melhorando seu nvel tcnico;

    A possibilidade de registro do conhecimento tecnolgico;

    Melhorar o processo de contratao e venda de tecnologia.

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    Os quantitat ivos so: Reduo do consumo de materiais e do desperdcio;

    Padronizao de equipamentos e componentes;

    Reduo da variedade de produtos (melhorar); Fornecimento de procedimentos para clculos e projetos;

    Aumento de produtividade;

    Melhoria da qualidade;

    Controle de processos.

    3. Definir tempo no Cronograma de GanttAps a avaliao dos modelos de gerenciamento ambiental dos processos internos do

    projeto, o gerente poder optar pelo melhor e mais adequado sua realidade. Em seguida

    far a decomposio do processo de implantao da metodologia escolhida no

    Cronograma do projeto.

    13.3.2 Identif icar modelos de gerenciamento ambiental para processosinternos do projeto: Sadas1. Metodologia de Gerenciamento Ambiental definida para o projeto.

    2. Auditoria Ambiental do projeto eleita.

    3. Cronograma de atividades para implementao decomposta no Grfico de Barras de

    Gantt.

    13.4 Sensibil izar e qualif icar a equipe em questes de sustentabil idadeambientalO gerenciamento ambiental do projeto em seus processos internos somente ser

    conseguido, se todos os integrantes da equipe forem devidamente sensibilizados a

    respeito da importncia da sustentabilidade ambiental, no s para o projeto, mas tambm

    para a sociedade em geral. Deste modo, a sensibilizao precede a capacitao, visto

    que uma equipe preparada para se capacitar ter melhores aproveitamentos dos

    contedos abordados na capacitao.

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    Entradas Ferramentas e tcnicas Sadas

    1. Identificar vias de

    sensibilizao;2. Definir mtodos dequalificao;

    3. Organizar cronogramade treinamento;

    4. Inserir na EAP e noplano de comunicaodo projeto.

    1. palestras,

    2. reunies informais;3. cursos,4. treinamentos,5. decompor no

    Cronograma;6. inserir no plano de

    comunicao do projeto.

    1.

    Plano de capacitaodefinido e executado;7. EAP, Cronograma e

    Plano de Comunicaodo projeto atualizados.

    Figura 13-6. Sensibilizar e qualificar equipe do projeto em questes de sustentabilidade ambiental: Entradas,

    Ferramentas e tcnicas e Sadas

    13.4.1 Sensibil izar e qualif icar a equipe em questes de sustentabil idadeambiental - Entradas1. Identif icar vias de sensibil izao O planejamento da sensibilizao dos recursos humanos do projeto em sustentabilidade

    ambiental envolve em primeiro lugar, a identificao do perfil profissional e hierrquico de

    cada rea. Deste modo, para diferentes perfis haver diferentes veculos e tcnicas de

    comunicao. fundamental para o sucesso dessa ao que cada rea, cada profissional

    se veja includo na dimenso da sustentabilidade, interiorizando as externalidades desse

    tema. Por exemplo, o detalhamento de uma informao sobre um assunto, por exemplo,

    reciclagem ou economia de energia, direcionado via palestra para o pessoal de apoio

    (cho de fbrica) no ser necessrio para expor o assunto para a alta direo da

    empresa do projeto. O nvel bsico de formao, a disponibilidade de tempo e o poder de

    deciso influenciam diretamente a escolha das vias de sensibilizao, e devem ser

    levadas em considerao durante a fase de planejamento.

    2. Definir mtodos de qualif icaoA qualificao uma forma de complementar a formao do profissional e pode ser

    aplicada nos nveis bsico, mdio e superior. Ela envolve a escolha assertiva dos mtodos

    e durao do tempo de durao da qualificao. Para que os resultados sejam

    alcanados, algumas premissas devem ser consideradas:

    1. a idade da pessoa a ser qualif icada as pessoas em idade adulta podem noconhecer o assunto da qualificao, no entanto, ela possui conhecimento de vida

    que devem ser considerados durante as aulas. Uma boa qualificao deve envolver o

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    qualificando de maneira que ele se sinta parte do novo conhecimento que a ele est

    sendo agregado;

    2. o nvel de formao e cultural no planejamento de uma qualificao fundamental entender o nvel de formao e nvel cultural da clientela. Aplicar uma

    tcnica de ensino equivocada para o pblico alvo correr o risco de colocar tudo a

    perder. Pessoas com diferentes nveis de formao e diferentes nveis culturais

    aprendem de diferentes formas. O planejamento deve levar em conta: a formao

    (nvel bsico, mdio ou superior da clientela), a religiosidade, a origem etc.

    3. o mtodo escolhido para qualificaes rpidas, importante a escolha de ummtodo que contemple objetivos a curto prazo, com reflexos a longo prazo. Existem

    mtodos que podem proporcionar excelentes resultados, como a Andragogia, que

    um mtodo de formao para adultos e o mtodo construtivista desenvolvido por Paulo

    Freire.

    3. Organizar cronograma de treinamentoTodas as aes de sensibilizao e qualificao devem ser decompostas e monitoradas

    via Cronograma do projeto. Elas so importantes elos para a devida implementao de um

    gerenciamento ambiental comprometido e no apenas como letras em um planejamento.

    4. Inserir na EAP e no Plano de Comunicao do projetoOs pacotes de trabalho devem ser inseridos e atualizados constantemente na EAP.

    Consequentemente, para que a sensibilizao e a qualificao possam atingir os

    resultados fundamental que seja desenvolvido um Plano de Comunicao cujo objetivo

    informar o que ir acontecer, como ir acontecer, como ser desenvolvido, por que ir

    acontecer e o que se espera da qualificao. Jogar uma ao solta no cotidiano da equipe

    do projeto perigoso, pois uma ao dessas que ainda novidade - pode ser

    interpretada como perda de tempo se no for devidamente preparada.

    13.4.2 Sensibil izar e qualif icar a equipe em questes de sustentabil idadeambiental Ferramentas e tcnicas1. Palestras do Latim palaestra e do grego palaistra, o dicionrio Aurlio traz o conceitode palestra como conversao, conferncia ou discusso sobre um assunto cultura. Para

    os gregos e romanos o conceito original era o de lugar onde se faziam exerccios fsicos. A

    noo de palestra como atividade fsica traz a conotao de dinamismo na atuao. Este

    dinamismo pode ser definido pela interao promovida atualmente nesses exerccios em

    que a platia chamada participao. Atividades de interao e envolvimento so

    propostas como fora de "agarrar" o espectador e transform-lo num partcipe, tirando

    deste contexto a separao em nveis de ensino onde o professor repassa um contedo,

    um saber esperando que o aluno como espectador o receba (Gabriel Periss).

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    2. Reunies informais as reunies informais devem ser pautadas por assuntosrelevantes para a sustentabilidade ambiental, porm, tratados de forma leve e

    descontrada. Uma boa opo um lanche didtico ao final do expediente, em que a

    equipe do projeto levada a refletir sobre o destino de tudo o que se consome, por

    exemplo, para onde iro as garrafas, as embalagens e todos os insumos que foram

    necessrios para que aquele encontro acontecesse.

    3. Cursos os cursos aqui propostos so de curta durao. No entanto, os seusresultados so alcanados a longo prazo. Preparar bem um curso faz toda a diferena: a

    escolha do local, as estratgias de ensino e aprendizagem, o material didtico. Tudo

    importante para que os cursistas se enxerguem e se encaixem na proposta do curso.

    4. treinamentos os treinamentos podem ser lanados como complementares aoscursos. Os formatos so diversificados, como por exemplo, oficinas e simulaes. Em

    ambos os casos, o objetivo possibilitar que a equipe entenda a importncia do

    comportamento sustentvel no projeto. Treinar a equipe a identificar o que , e o que no

    reciclvel, por exemplo, pode ser o foco dessa ao. Jogos e simulaes so bem-vindos

    nessa etapa.

    5. Decompor no Cronograma todas as aes de sustentabilidade necessariamentetm que constar no Cronograma.

    6. Inserir no Plano de Comunicao do projeto a comunicao certa para opblico certo, esse o segredo dessa ao. Aqui vale a regra geral da comunicao em

    projetos: quanto mais alto o cargo, menor a quantidade de informaes; quanto mais baixo

    o cargo, maior a quantidade de informaes. Disseminar a idia de sustentabilidade em

    todos os canais possveis e a todos os envolvidos no projeto, eis o desafio.

    13.4.3 Sensibil izar e qualif icar a equipe em questes de sustentabil idadeambiental - Sadas1. Plano de capacitao definido e executado o plano de capacitao deve serunssono, em sentido crescente para que a equipe, paulatinamente, tenha completa

    interao dos contedos abordados.

    2. Palestras, Reunies informais, Cursos e treinamentos definidos aseqncia lgica deve ser obedecida: em primeiro lugar as palestras e reunies informais

    devido ao seu formato sensibilizador -, e, posteriormente, os cursos e treinamentos por

    se tratar de uma abordagem mais aprofundada do tema.

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    3. Cronograma decomposto e atualizado todas as aes de sustentabilidadenecessariamente tm que constar no Cronograma. Todas as aes devem ser previstas

    com bastante antecedncia para que a comunicao alcance a efetividade proposta.

    4. Inserir no Plano de Comunicao do projeto de nada adianta um bom planode capacitao e um cronograma exato, se as pessoas no tiverem conhecimento deles.

    13.5 Definir critrios para a obteno dos insumos necessrios para oabastecimento do projetoOs processos de gerenciamento ambiental incluem a adoo de parmetros e critrios de

    sustentabilidade ambiental que pautaro as relaes junto aos fornecedores e prestadores

    de servios do projeto. Incentivar os fornecedores a oferecer produtos e serviosambientalmente responsveis a preos competitivos. Incentivar os fornecedores a realizar

    a coleta ou reciclagem dos produtos usados (logstica reversa). Informar-se sobre o

    desempenho ambiental de produtos e servios (pegada ecolgica). Exigir o cumprimento

    da legislao e regulamentao pertinente na procura por servios e produtos para o

    projeto.

    Entradas Ferramentas e tcnicas Sadas

    1. Escrever documentocontendo as normas;

    2. Divulgar o documentojunto aos fornecedores.

    3. Inserir na EAP, na Matrizde Riscos e no Plano deComunicao doprojeto.

    1. Firmar acordos econtratos com osfornecedores com asnormas ambientais aserem cumpridas;

    2. inserir na EAP, na Matrizde Riscos e no Plano deComunicao doprojeto.

    1. Acordos e contratosfirmados e respeitados;

    2. Formao de ComitAuditor;

    3. EAP, Matriz de Riscos,Cronograma e Plano deComunicao do projetoatualizados.

    Figura 13-7. Definio de critrios para obteno dos insumos para o projeto: Entradas, Ferramentas e tcnicas

    e Sadas

    13.5.1 Definir critrios para a obteno dos insumos necessrios para oabastecimento do projeto: Entradas1. Escrever documento contendo as normas Aps a formulao de todos os procedimentos internos do projeto para atender os critrios

    de sustentabilidade ambiental, o olhar deve voltar-se para os fornecedores de produtos e

    servios ao projeto. Para tanto essencial que esses critrios estejam claros e definidos.Deste modo, os fornecedores que procurarem o projeto para vender seus produtos e

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    servios devem estar previamente cientes a respeito desses critrios. A maneira mais

    efetiva de atingir esse objetivo editar um documento contendo essas normas.

    2. Divulgar o documento junto aos fornecedores. Aps a edio do documento, o prximo passo divulgar a todos os fornecedores. A partir

    da, o projeto deve ter como rotina na relao com os fornecedores o seguinte

    comportamento:

    1. exigir dos fornecedores do projeto o cumprimento da legislao e regulamentao

    pertinente na procura por servios e produtos;

    2. oferecer vantagens para os fornecedores que cumprirem os critrios ambientais na

    produo de bens e servios;

    3. negociar com os fornecedores a realizar a coleta ou reciclagem dos produtos usados

    (logstica reversa);

    4. o gerente do projeto deve informar-se sobre o desempenho ambiental (pegada

    ecolgica) dos fornecedores na produo dos bens e servios ofertados ao projeto.

    3. Inserir na EAP, na Matriz de Riscos e no plano de comunicao doprojeto.

    3.1 Insero dos processos na EAP - Aps a definio dos critrios, ogerente do projeto deve sempre atualizar a EAP, inserindo os pacotes de trabalho

    referentes a esses processos.

    3.2 Previso de riscos as relaes com os fornecedores podem envolverriscos como a no adeso desses fornecedores aos processos sustentveis do

    projeto; a possibilidade de fraude na apresentao dos documentos exigidos; o

    aumento exagerado de preos dos bens e servios para o cumprimento das

    exigncias ambientais. Para tanto, o gerente do projeto deve identificar esses

    gargalos e ter as alternativas viveis para que o projeto no seja comprometido

    devido a riscos inesperados. Portanto, na matriz de riscos tambm deve constar os

    processos de identificao, estudo de respostas, causas e categorias desses

    riscos.

    3.3. Inserir no Plano de Comunicao do projeto No plano de comunicao do projeto devem constar todos os processos de

    envolvimento dos fornecedores: canais de comunicao, perodo, objetivo etc.

    13.5.2 Definir critrios para a obteno dos insumos necessrios para oabastecimento do projeto: Ferramentas e tcnicas1. Firmar acordos e contratos com os fornecedores com as normasambientais a serem cumpridas - os documentos firmados entre os fornecedores e aempresa responsvel pelo projeto devem estipular clusulas possveis de serem

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    cumpridas por ambas as partes, evitando-se assim os contratos leoninos, devendo

    prevalecer o princpio da equidade para ambas as partes. Deste modo, os acordos e

    contratos podem ser firmados individualmente com as empresas fornecedoras ou com

    sindicatos que representam essas empresas. O objetivo final a formatao de um

    processo igualitrio para que todos os fornecedores tenham chances iguais na

    competio para a oferta dos bens e servios ao projeto.

    2. Inserir na EAP, na Matriz de Riscos e no Plano de Comunicao doprojeto.A EAP, a Matriz de Riscos e o Plano de Comunicao do projeto devem serconstantemente atualizados e respeitados.

    13.5.3 Definir critrios para a obteno dos insumos necessrios para oabastecimento do projeto: Sadas1. Acordos e contratos f irmados e respeitados os acordos e contratos sero osdocumentos que embasaro as negociaes com os fornecedores do projeto e devem ser

    respeitados. Portanto, no processo de confeco desses documentos, todos os detalhes

    devem ser observados, analisados e includos adequadamente para que no haja

    interpretaes ambguas posteriormente.

    2. Formao de Comit Auditor importante que a equipe do projeto forme umComit Auditor para o acompanhamento de todos esses processos para evitar que essesprocedimentos sejam negligenciados durante a execuo do projeto.

    3. EAP, Matriz de Riscos, Cronograma e Plano de Comunicao do projetoatualizados todos esses processos devem ser atualizados constantemente na EAP, naMatriz de Riscos, no Cronograma e Plano de Comunicao do projeto.

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    13.6 Gerenciar os resduos slidos do projeto - a definio dos modelos de GestoAmbiental que nortearo a destinao dos resduos do projeto: 5Rs (Repensar, Recusar,

    Reduzir, Reutilizar e Reciclar), ISO 14000 etc.

    Entradas Ferramentas e tcnicas Sadas

    2 Identificar destino dosresduos slidos;3 Coleta seletiva;4 Fiscalizar coleta;5 Inserir na EAP e noplano de comunicaodo projeto;6 Inserir na Matriz deRiscos do projeto.

    1. Destinao e logstica;2. Logstica reversa;3. Inserir na EAP, na Matriz

    de Riscos e no Plano deComunicao doprojeto;

    2 Plano de resduosslidos do projetoconcludo;

    3 Destinao dos resduosidentificada;

    4 EAP, Matriz de Riscos,Cronograma e Plano deComunicao do projetoatualizados.

    F

    igura 13-8. Gerenciamento dos resduos slidos do projeto: Entradas, Ferramentas e tcnicas e Sadas

    13.6.1 Gerenciar os resduos slidos do projeto: Entradas1. Identif icar destino dos resduos slidos O primeiro processo para o gerenciamento dos resduos slidos identificar o que

    reciclvel ou no. Posteriormente, implantar a coleta seletiva.

    2. Coleta seletiva - nem todas as cidades do Brasil possuem coleta seletiva. Em todo oterritrio nacional, existem em torno de 135 cidades que implantaram o processo. Na

    maioria dessas cidades a coleta realizada por catadores organizados em cooperativas e

    associaes. Portanto, cabe ao Comit Auditor localizar essas organizaes e estabelecer

    procedimentos para a implantao da coleta seletiva no projeto.

    3. Fiscalizar coleta todos os passos da coleta seletiva devem ser acompanhados efiscalizados rotineiramente pelo Comit Auditor.

    4. Inserir na EAP e no plano de comunicao do projeto os processosreferentes coleta seletiva devem ser includos nos pacotes de trabalho da EAP; o Plano

    de Comunicao do projeto deve contemplar todos os processos de relacionamentos com

    os stakeholders envolvidos no processo de coleta seletiva, visto que eles tm demandas

    de tempo diferenciados dos rgos oficiais de coleta de lixo. Podem ser estabelecidos

    acordos referentes aos dias da coleta, o mtodo de separao, a forma de

    armazenamento do material reciclado dentre outros.

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    3. Inserir na EAP, na Matriz de Riscos e no Plano de Comunicao do projeto Todos os pacotes de trabalho devem ser inseridos na EAP, previstos na Matriz de Riscos e

    decompostos no Plano de Comunicao do projeto.

    13.6.3 Gerenciar os resduos slidos do projeto: Sadas1. Plano de resduos slidos do projeto concludo o Plano de resduos slidosdeve ser divulgado a todos os membros da equipe, bem como a todos os demais

    stakeholders do projeto.

    2. Destinao dos resduos identif icada todos os protocolos de destinao ecoleta dos resduos slidos do projeto devem ser seguidos por todos os stakeholders do

    projeto.

    3. EAP, Matriz de Riscos, Cronograma e Plano de Comunicao do projetoatualizados - todos os instrumentos de planejamento e controle do projeto devem serconstantemente atualizados: EAP, Matriz de Riscos, Cronograma e Plano de Comunicao.

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    CONGRESSO NACIONAL . Lei n 6.938/81. Braslia. 1981.CONGRESSO NACIONAL . Lei n 12.305/10. Braslia. 2010.JOAQUIM, Masa Santos. Carvo vegetal: uma alternativa para os produtos rurais dosudoeste goiano. Dissertao de mestrado. UNB, 2009. Disponvel em:

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