revolta da chibata - história

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A REVOLTA DA CHIBATA Gustavo de Melo Gabriel Goudak Mateus Ferreira

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Revolta da chibata

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  • 1. Gustavo de Melo Gabriel Goudak Mateus Ferreira

2. A Revolta da Chibata foi um importante movimento social ocorrido, no incio do sculo XX, na cidade do Rio de Janeiro. Comeou no dia 22 de novembro de 1910. 3. Neste perodo, os marinheiros brasileiros eram punidos com castigos fsicos. As faltas graves eram punidas com 25 chibatadas (chicotadas). Esta situao gerou uma intensa revolta entre os marinheiros. 4. O estopim da revolta ocorreu quando o marinheiro Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas, por ter ferido um colega da Marinha, dentro do encouraado Minas Gerais. O navio de guerra estava indo para o Rio de Janeiro e a punio, que ocorreu na presena dos outros marinheiros, desencadeou a revolta. O motim se agravou e os revoltosos chegaram a matar o comandante do navio e mais trs oficiais. J na Baia da Guanabara, os revoltosos conseguiram o apoio dos marinheiros do encouraado So Paulo. O clima ficou tenso e perigoso. 5. Marinheiros , oprimidos racial e socialmente. Participao de 2300/2400 marinheiros. No havia oficiais envolvidos, apenas marinheiros, cabos e sargentos, na sua maioria pobres, negros e pardos, mas tambm brancos. 6. O lder da revolta, Joo Cndido (conhecido como o Almirante Negro), redigiu a carta reivindicando o fim dos castigos fsicos, melhorias na alimentao e anistia para todos que participaram da revolta. 7. Caso no fossem cumpridas as reivindicaes, os revoltosos ameaavam bombardear a cidade do Rio de Janeiro (ento capital do Brasil). 8. Diante da grave situao, o presidente Hermes da Fonseca resolveu aceitar o ultimato dos revoltosos. Porm, aps os marinheiros terem entregues as armas e embarcaes, o presidente solicitou a expulso de alguns revoltosos. A insatisfao retornou e, no comeo de dezembro, os marinheiros fizeram outra revolta na Ilha das Cobras. 9. Esta segunda revolta foi fortemente reprimida pelo governo, sendo que vrios marinheiros foram presos em celas subterrneas da Fortaleza da Ilha das Cobras. Neste local, onde as condies de vida eram desumanas, alguns prisioneiros faleceram. Outros revoltosos presos foram enviados para a Amaznia, onde deveriam prestar trabalhos forados na produo de borracha. 10. A revolta foi retratada pela novela Lado a Lado, da Rede Globo. Um dos personagens principais, Z Maria (Lzaro Ramos), era um dos marinheiros rebeldes e lutou pelo fim dos aoites ao lado do amigo Chico (Csar Mello). 11. Podemos considerar a Revolta da Chibata como mais uma manifestao de insatisfao ocorrida no incio da Repblica. Embora pretendessem implantar um sistema poltico-econmico moderno no pas, os republicanos trataram os problemas sociais como casos de polcia. No havia negociao ou busca de solues com entendimento. O governo quase sempre usou a fora das armas para colocar fim s revoltas, greves e outras manifestaes populares. 12. Liberdade e abaixo a chibata eram gritadas pelos marujos. 13. O pessoal do poro- maquinistas do So Paulo 14. Dos navios se ouviam gritos de Viva a liberdade, e Abaixo a chibata. 15. Oficialidade rebelde do encouraado So Paulo (o terceiro da esquerda para a direita Andr Avelino, confundido futuramente com Joo Candido 16. Correria no Rio de Janeiro, aps tiros de canho Sociedade e governo em pnico 17. Fuga de famlias abastadas observe-se a criadagem negra e mestia 18. Charge da poca ironizando a Correria no Rio de Janeiro 19. Canhes na Praia de Santa Luiza/RJ populao ao fundo 20. Oficiais do Exrcito observando a esquadra rebelde 21. Tropas no alto do Morro do Castelo 22. Joo Candido e demais revoltosos, na presena do jornalista Jlio de Medeiros (Jornal do Comrcio) 23. Reivindicaes - Mensagem enviada ao governo 24. Rio de Janeiro, 22 de novembro de 1910 Il.mo e Ex.mo Sr. Presidente da Repblica Brasileira Cumpre-nos comunicar a V. Ex.a, como Chefe da Nao brasileira: Ns, marinheiros, cidados brasileiros e republicanos, no podendo mais suportar a escravido na Marinha brasileira, a falta de proteo que a Ptria nos d; e at ento no nos chegou; rompemos o negro vu que nos cobria aos olhos do patritico e enganado povo. Achando-se todos os navios em nosso poder, tendo a seu bordo prisioneiros todos os oficiais, os quais tm sido os causadores da Marinha brasileira no ser grandiosa, porque durante vinte anos de Repblica ainda no foi bastante para tratar-nos como cidados fardados em defesa da Ptria, mandamos esta honrada mensagem para que V. Ex.a faa aos marinheiros brasileiros possuirmos os direitos sagrados que as leis da Repblica nos facilita, acabando com a desordem e nos dando outros gozos que venham engrandecer a Marinha brasileira; bem assim como: retirar os oficiais incompetentes e indignos de servir Nao brasileira. Reformar o cdigo imoral e vergonhoso que nos rege, a fim de que desaparea a chibata, o bolo e outros castigos semelhantes; aumentar o nosso soldo pelos ltimos planos do ilustre Senador Jos Carlos de Carvalho, educar os marinheiros que no tm competncia para vestir a orgulhosa farda, mandar pr em vigor a tabela de servio dirio, que a acompanha. Tem V. Ex.a o prazo de 12 horas para mandar-nos a resposta satisfatria, sob pena de ver a Ptria aniquilada. Bordo do encouraado So Paulo, em 22 de novembro de 1910. Nota: No poder ser interrompida a ida e volta do mensageiro. Marinheiros 25. Joo Cndido, ao lado do marinheiro Antnio Ferreira de Andrade, l o decreto da Anistia obre as guas da Guanabara: marujos do Minas Gerais no momento em que a bandeira vermelha foi retirad do mastro. 26. Dia 27/11 - Joo Cndido bate continncia ao Cap. Pereira Leite o fim da revolta e da chibata na Marinha estava decretado. 27. Joo Candido e os marinheiros revoltosos depois da Revolta: 28. Sede do Batalho Naval Ilha das Cobras (bombardeada em dezembo de 1910) 29. Centenas de marinheiros (inclusive anistiados) foram detidos 30. Joo Candido conduzido Ilha das Cobras em 24 de dezembro de 1910 31. Bordados de Joo Candido aps a revolta reveladores do amor prprio ferido 32. Joo Candido perseguio e smbolo de luta 33. Falecimento em 06/12/1869 aos 89 anos por cancr enterro sob vigilncia policial 34. O Mestre-Sala Dos Mares (Elis Regina - Composio: Joo Bosco/Aldir Blanc) H muito tempo nas guas da Guanabara O drago do mar reapareceu Na figura de um bravo feiticeiro A quem a histria no esqueceu Conhecido como o navegante negro Tinha a dignidade de um mestre-sala E ao acenar pelo mar na alegria das regatas Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas Jovens polacas e por batalhes de mulatas Rubras cascatas Jorravam das costas dos santos entre cantos e chibatas Inundando o corao do pessoal do poro Que, a exemplo do feiticeiro, gritava ento Glria aos piratas s mulatas, s sereias Glria farofa cachaa, s baleias Glria a todas as lutas inglrias Que atravs da nossa histria no esquecemos jamais Salve o navegante negro Que tem por monumento as pedras pisadas do cais Mas salve Salve o navegante negro Que tem por monumento as pedras pisadas do cais Mas faz muito tempo 35. BIBLIOGRAFIA http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_da_Chibata http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/revolta_chibata.htm http://www.infoescola.com/historia/revolta-da-chibata/ http://www.historiabrasileira.com/brasil-republica/revolta-da-chibata/ http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/revolta-chibata-joao- candido-almirante-negro-602782.shtml http://www.arquivoestado.sp.gov.br/exposicao_chibata/ http://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/a-revolta-da-chibata.htm