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Rua Fernandes de Barros, 685 - Alto da XV - Curitiba - Paran - CEP: 80040-200

N 23 | Ano V I Abr | Maio | Jun | 2007

Conselho Regional de Medicina Veterinria - PR

Stockxpert

Ren Garmider

Stockxpert

Conselho em ao Pg. 6 Conselho em Ao Novidades nos Seminrios de RT Pg. 8 Especial Acapameve comemora 8 anos e empossa acadmicos Pg. 10 Fiscalizao Processos ticos Pg. 12 Jurdica Sociedades de Mdicos Veterinrios e Zootecnistas Pg. 18

Matria de CapaFauna Sinantrpica: Convivncia e Conscincia Pg. 14

ExpedienteDIRETORIA EXECUTIVA Presidente: Masaru Sugai Vice-presidente: Nestor Werner Secretrio-geral: Carlos Leandro Henemann Tesoureiro: Oscar Lago Pessa Conselheiros efetivos: Ademir Benedito da Luz Pereira, Ivonei Afonso Vieira, Jos Carlos Calleya, Noemy Tellechea Pansard, Ricardo Maia e Ricardo Pereira Ribeiro. Conselheiros suplentes: Adelaide Marina Schaedler, Ailton Benini, Amauri da Silveira, Carlos Alberto de Andrade Bezerra, Carlos Henrique Siqueira Amaral e Srgio Toshihiko Eko. Comisso editorial: Carlos Leandro Henemann (presidente), Ademir Benedito da Luz Pereira, Ivonei Afonso Vieira, Noemy Tellechea Pansard e Ricardo Pereira Ribeiro. Edio: Gabriela Sguarizi Jornalista Resp.: Gabriela Sguarizi - DRTPR 5702 Estagirio: Bruno Monreal Tiragem: 10.000 Pr-Impresso e Impresso: Ajir Grfica Projeto Grfico: RDO Brasil www.rdobrasil.com.br - (41) 3338-7054 Designer Resp.: Leandro Roth Diagramao: Cristiane Borges

Publicao do Conselho Regional de Medicina Veterinria do Paran CRMV-PRR. Fernandes de Barros, 685 Alto da XV - Curitiba - Paran - CEP: 80040-200 Fone: (41) 3263-2511 - Fax: (41) 3264-4085 e-mail: [email protected]

As matrias e artigos assinados no representam, necessariamente, a opinio da Diretoria do CRMV-PR.

www.crmv-pr.org.br m p3

EDITORIAL

Carta aos profissionaisA conduta tica-profissional uma premissa que ns, membros da diretoria executiva e os conselheiros do CRMV-PR, temos trabalhado bastante. Seja nos Seminrios de Responsabilidade Tcnica, em eventos realizados, apoiados ou patrocinados ou, ainda, em mobilizaes da classe. papel do CRMV-PR informar toda a sociedade sobre a importncia dessas profisses, bem como ressaltar a necessidade de se manter uma postura tica-profissional. por isso que a partir desta edio, passaremos a publicar as ementas dos processos ticos, j tramitados em julgado, para informar todos os mdicos veterinrios e zootecnistas sobre as atividades desenvolvidas pela atual gesto do CRMV-PR. Com esta iniciativa, esperamos mais uma vez salientar que a conduta tica deve ser diria no exerccio da Medicina Veterinria e da Zootecnia. Boa leitura!Arquivo CRMV-PR

Masaru Sugai presidente do CRMV-PR

Agenda45 Seminrio de Responsabilidade Tcnica Dia 06 de julho - Maring (PR) Informaes: www.crmv-pr.org.br IV Simpsio Internacional de Leishmaniose Visceral Canina De 16 a 17 de julho - Belo Horizonte (MG) Informaes: [email protected] Feira Pet 2007 De 22 a 24 de julho - Curitiba (PR) Informaes: (55) 3333.1988 Curso de Inseminao Artificial de bovinos De 23 a 26 de julho - Campina Grande do Sul (PR) Imformaes: www.mataatlantica.org 44 Reunio Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia De 24 a 27 de julho - Jaboticabal (PR) Informaes: www.reuniaoanualsbz.com.br II Curso de Cincias Aplicadas na Oftalmologia Veterinria De 30 de julho a 23 de agosto - Buenos Aires (AR) Informaes: [email protected] Comportamento de Ces e Gatos De 4 a 5 de agosto - Londrina (PR) Informaes: (43) 9151.8889 Curso de Endocrinologia em Pequenos Animais Dia 4 de agosto - Maring (PR) Informaes: (44) 3223.4405 7 Conferncia Sul-Americana de Medicina Veterinria De 9 a 11 de agosto - Rio de Janeiro (RJ) Informaes: www.riovet.com.br Curso de Ultra-sonografia na Reproduo Animal De 10 a 12 de agosto - Campo Grande (MS) Informaes: www.genesisvet.com.br Medicina de Animais Silvestres De 11 a 12 de agosto - Goinia (GO) Informaes: www.anclivepago.com.br 8 Internacional Veterinary Immunology Symposium De 16 a 19 de agosto - Ouro Preto (MG) Informaes: (11) 3361.3056 Curso Terico-Prtico de Atendimento de Aves Silvestres Dia 19 de agosto - So Paulo (SP) Informaes: (11) 6995.9155 Curso de Inseminao Artificial em Bovinos De 20 a 24 de agosto - Campo Grande (MS) Informaes: www.genesisvet.com.br 46 Seminrio de Responsabilidade Tcnica Dia 24 de agosto - Ponta Grossa (PR) Informaes: www.crmv-pr.org.br II Simpsio de Oftalmologia Veterinria da FMVZ / USP De 27 de agosto a 2 de setembro - So Paulo (SP) Informaes: [email protected] Curso de Transfncia de Embries Bovinos De 30 de agosto a 2 de setembro - Campo Grande (MS) Informaes: www.genesisvet.com.br 34 Cobravet - Congresso Brasileiro de Veterinria De 10 a 12 de setembro - Santos (SP) Informaes: (11) 3129.4486 Curso de Sincronizao de Cio e Manejo de Programas IA e IAFT De 14 a 16 de setembro - Campo Grande (MS) Informaes: www.genesisvet.com.br CTI-PET - Curso de Terapia Intensiva em Animais de Companhia De 15 a 16 de setembro - Londrina (PR) Informaes: (43) 9151.8889 47 Seminrio de Responsabilidade Tcnica Dia 21 de setembro - Pato Branco (PR) Informaes: www.crmv-pr.org.br XX Congresso Latino-Americano de Avicultura 2007 De 25 a 28 de setembro - Porto Alegre (RS) Informaes: www.avicultura2007.com.br Curso Terico-Prtico de Anestesia Veterinria Dia 30 de setembro - So Paulo (SP) Informaes: (11) 6995.9155

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POR DENTRO DO CONSELHO

Transparncia no CRMV-PRPerodo: de janeiro a abril de 2007 :ReceitasAnuidades de Pessoas Fsicas Anuidades de Pessoas Jurdicas SUBTOTAL Receitas com Aplicaes Financeiras Receitas com Inscries Expedio de Carteiras Expedio de Certides Expedio de Certificaes Receita de Dvida Ativa Transferncias do CFMV Outras Receitas (*) Alienao de Bens Mveis TOTAL (A) Itens (1)* (2)* (3)* (4)* (5)* (6)* Pessoal Material de Consumo Servios de Terceiros e Encargos Outros Servios e Encargos Obras/Benfeitorias e Instalaes Equipamentos e Material Permanente TOTAL (B) Supervit Oramentrio C=AB

R$

%

840.716,90 40,52% 1.077.571,51 51,93% 1.918.288,41 92,45% 35.654,45 31.575,25 10.356,00 14.890,88 10.984,85 53.219,22 1,72% 1,52% 0,50% 0,00% 0,72% 0,53% 0,00% 2,56% 0,00%

2.074.969,06 100,00%

Despesas

R$260.583,71 20.604,62 4.438,20 442.632,06 3.345,00 9.144,08

%35,18% 2,78% 0,60% 59,75% 0,45% 1,23%

740.747,67 100,00% 1.334.221,39 64,30%

(*) Outras Receitas: Multas p/falta inscrio/registro, Multas p/falta RT, Multas p/ausncia Eleio, Indenizaes e Restituies (custas processuais), Multas, Juros e Atual. Monet. s/anuidades PF e PJ, Taxa de Propriedade Rural e Listagens de Empresas. Md. Vet. Masaru SugaiCRMV-PR N 1797 Presidente

Jorge Alves de BritoCRC-PR N 028.374/O-0 Contador

Detalhamento das Despesas(1) * Salrios, Gratificao por Tempo de Servio, Gratificao de Funo, Servios Extraordinrios, 13 Salrio, Frias, Abono pecunirio de frias, Gratificao 1/3-Constituio, Ajuda de Custo Alimentao, Auxlio Creche/bab, INSS, FGTS, PIS; Indenizaes; (2) * Artigos de expediente, Despesas c/ Veculos, Art. Material Limpeza/Conservao, Gneros Alimentcios, Mat.Acess.p/Mq.e Apar., Vesturios e Uniformes, Outros Materiais de Consumo; (3) * Prestao de Servios de Autnomos e INSS s/ Servios Prestados; (4) * Assessorias: Jurdica Administrativa e Trabalhista, Locao de Mveis e Imveis, Telefone, Fax, Servios Postais, Dirias/Passagens Diretoria e Conselheiros, gua/Esgoto, Energia Eltrica, Plano de Sade, Vale Transporte, Servios de Informtica, Reparos, Adaptao e Conservao de Bens, Servios Grficos, Servios de Divulgao e Publicidade, Despesas c/ Fiscalizao, Congressos e Convenes, Despesas com Educao Continuada, Convnio com o CIEE/PR, Manuteno Internet e Site, Desp. Abastec. veculos, Outros Servios de Terceiros e Encargos; (5) * Benfeitorias, Reformas e Instalaes no imvel da Sede/Delegacias Regionais do CRMV-PR ; (6) * Mobilirio em Geral e Utenslios de Escritrio, Materiais Bibliogrficos, Utenslios de Copa e Cozinha, Mquinas e Aparelhos de Escritrio, Equipamentos de Informtica, Aparelhos de Intercomunicaes, Veculos e Aparelhos de Foto Cinematogrficos.

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CONSELHO EM AO

Entrega de cdulasGabriela Sguarizi

Novos profissionaisNo dia 11 de abril, o CRMV-PR homenageou a acadmica Elaine Cristina Krygierowich, durante a sesso solene de colao de grau dos alunos de Zootecnia da Universidade Federal do Paran (UFPR), por ela ter tido o melhor desempenho na graduao. Na ocasio, o Conselho esteve representado pelo delegado regional em Curitiba, Wagner Luiz Bueno.

24 de abril - Curitiba.

Novos profissionais de Ponta Grossa, Paranava, Curitiba, Guarapuava, Cascavel, Pato Branco, Maring e Londrina receberam cdulas nos meses de maro, abril e maio. Foram realizadas solenidade de entrega de cdulas nos dias: - 7 de maro: Ponta Grossa; - 12 de maro: Paranava; - 26 de maro: Curitiba e Guarapuava; - 27 de maro: Cascavel, Pato Branco e Ponta Grossa; - 19 de abril: Cascavel e Maring; - 20 de abril: Londrina; - 24 de abril: Curitiba; - 28 de maio: Curitiba.

27 de maro - Ponta Grossa.

Quem nos deixou... com tristeza que informamos o falecimento do primeiro zootecnista paranaense Ambires Ceclio Machado Riella (ZP 001). Riella, que estava com 62 anos, era professor aposentado da Universidade Federal do Paran (UFPR), foi tambm o primeiro docente contratado pela Universidade Tuiuti do Paran (UTP) para o curso de Medicina Veterinria e, atualmente, participou da comisso que assessorou a Faculdade Evanglica (Fepar) na montagem do curso de Medicina Veterinria. Riella faleceu dia 14 de maio. A classe deve um respeito muito grande ao professor Ambires, pois ele foi dono de uma conduta exemplar, ressalta o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinrio do Paran (CRMV-PR), Masaru Sugai. Outro zootecnista que nos deixou foi Jorge Kasimerczak (ZP 330). Jorge, que tinha 47 anos, faleceu no dia 9 de abril em virtude de um infarto fulminante. Jorge era da regio de Campo Mouro.

12 de maro - Paranava.

Incio de campanha de fiscalizao ser adiadaO CRMV-PR informa profissionais e empresas que a data de incio da campanha de fiscalizao de afixao de adesivos em estabelecimento veterinrios ser prorrogada. A previso era deflagrar a campanha no ms de maio, mas, por motivos de descumprimento contratual da empresa vencedora do Prego Presencial 01/2006 (lote 2), a nova data ainda ser divulgada pelo Conselho. Em virtude do cancelamento do contrato com a empresa Progressiva Editora Ltda., o CRMV-PR abrir novamente processo licitatrio para a impresso do material. Campanha Um dos objetivos da campanha esclarecer e alertar a populao leiga sobre quais os procedimentos podem ser realizados em cada estabelecimento. A obrigatoriedade da afixao dos adesivos est prevista na Resoluo CRMV-PR 02/2006, devendo ser colocados os adesivos em local de fcil visualizao ao pblico consumidor. O no consentimento na afixao do adesivo ou a retirada do local implicar na denncia do CRMV-PR ao rgo competente pela defesa do consumidor e podendo, ainda, ser imposta multa de at R$ 2 mil. So seis os modelos de adesivos: Hospitais Veterinrios, Clnicas Veterinrias, Consultrios Veterinrios, Pet Shops, Casas Agropecurias e Geral. Ou seja, o estabelecimento registrado no Conselho como Consultrio Veterinrio receber o adesivo especfico com quais procedimentos podem ser realizados e quais no podem. A entrega dos adesivos ser feita pelos fiscais da Autarquia no momento das visitas de fiscalizao.

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CONSELHO EM AO

CRMVs do Sul unificamaes, diz SugaiAconteceu em Foz do Iguau a 3 Reunio Administrativa dos CRMVs da Regio Sul, nos dias 22 e 23 de maro. O encontro institucional serviu para integrar as atividades dos trs conselhos. A reunio uma importante oportunidade para as entidades unificarem aes polticas, ticas, tcnicas e administrativas, salienta o presidente do CRMV-PR, Masaru Sugai. Divididos em quatro Grupos de Trabalho - GT Diretoria, Conselheiros e Delegados; GT Assessoria Jurdica, GT Fiscalizao e GT Administrativo os participantes discutiram controle e fiscalizao das atividades dos responsveis tcnicos; autuao dos Servios de Inspeo Municipais (SIM) e dos Programas de Inseminao Artificial (PIA) para que faam prova da presena de um mdico veterinrio responsvel pelas atividades; registro e identificao de estabelecimentos; sistema de informtica integrado no Sistema CFMV/CRMVs; andamento de processos administrativos antigos; plano de cargos e salrios, agilidade no trfego de informaes entre os regionais; fiscalizao em agropecurias, biotrios, consultrios e clnicas veterinrias. ENCP Por unanimidade, os presidentes e diretores dos regionais pronunciaram-se a favor do Exame Nacional de Certificao Profissional como forma de assegurar a qualidade dos produtos e servios oferecidos pela classe mdicoveterinria sociedade. Contudo, mostraram-se bastante preocupados com a presso que algumas instituies de ensino estariam fazendo para barrar o projeto de lei, que institui a obrigatoriedade da aprovao no exame para o exerccio da profisso de mdico veterinrio. A proposta, de autoria do senador Tio Viana, j teve o aval do Senado e agora est em trmite na Cmara de Deputados. O projeto de lei 6417/2005 j passou pela Comisso de Trabalho, de Administrao e Servio Pblico e tambm pela Comisso de Constituio e Justia e de Cidadania; em ambas obtendo parecer favorvel dos deputados relatores. Participaram da reunio em Foz do Iguau, os presidentes Masaru Sugai (CRMV-PR), Moacir Tonet (CRMV-SC), Air Fagundes (CRMV-RS), Fernando Laender (CRMV-MG), Valney Souza Corra (CRMV-MT), Eduardo Borges (CRMV-RJ), Francisco Cavalcanti de Almeida (CRMV-SP); Sebastio dos Reis (diretor do CRMV-MS), Nivaldo da Silva (vice-presidente do CRMV-MG), Nestor Werner (vice-presidente do CRMV-PR), Ricardo da Silva (vice-presidente do CRMV-RJ), Pedro Jeremias Borba (CRMV-SC), Henrique Antnio Carlesso (CRMV-SC), lio Joo Ventura (CRMVPR), Jos Arthur Martins (CRMV-RS) e Odemilson Mossero (CRMV-SP), alm de funcionrios e assessores dos CRMVs. Em 2006, foram realizados encontros em Florianpolis (SC) e em Porto Alegre (RS). O prximo encontro est agendado para agosto de 2007 em Porto Alegre. Desdobramentos do encontro regional Um dos desdobramentos da 3 Reunio Administrativa dos CRMVs do Sul foi o encontro dos presidentes dos Conselhos Regionais com o presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinria (CFMV), Benedito Fortes de Arruda, no incio do ms de abril. O objetivo dos regionais foi dar encaminhamento aos assuntos debatidos em Foz do Iguau. Na pauta da reunio um tema bastante polmico: a tabela de honorrios da Federao Nacional dos Tcnicos Agrcolas (Fenata), disponvel na internet. Na tabela constam atividades como inseminao artificial, exame androlgico, coleta de smen, exame parasitolgico de pele, exame parasitolgico de fezes, reduo de prolapso retal, amputao de tero, receita veterinria, entre outras; todas elas aes de competncia privativa de mdico veterinrio. Os presidentes dos CRMVs concluram que se trata de exerccio ilegal da profisso e encaminharam o assunto ao CFMV para que sejam tomadas providncias em mbito nacional. Alm dos presidentes dos CRMVs da Regio Sul, Masaru Sugai, do Paran; Moacir Tonet, de Santa Catarina, e Air Fagundes dos Santos, do Rio Grande do Sul, tambm estiveram presentes no encontro com o CFMV representantes dos conselhos regionais de So Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Gabriela Sguarizi b

A proposta da reunio integrar as aes dos CRMVs. Na foto, os presidentes Moacir Tonet (SC), Masaru Sugai (PR) e Air Fagundes (RS).

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Luciana Chiyo

CONSELHO EM AO

Novidades nos Seminrios de RTOs seminrios de Responsabilidade Tcnica esto diferentes em 2007. A metodologia, o contedo e a forma de apresentao dos seminrios foram reformulados com o intuito de aperfeioar, padronizar e otimizar o tempo utilizado, explica o presidente da Comisso, Carlos Alberto de Andrade Bezerra e tambm conselheiro suplente do CRMV-PR. Aps analisar as fichas de avaliao, as quais so preenchidas ao trmino de cada seminrio pelos participantes, os membros da Comisso detectaram que o pblico-alvo dos seminrios havia mudado. No incio da realizao dos encontros, em julho de 2004, o perfil dos participantes era de profissionais que j atuavam na rea de RT e estavam formados h algum tempo. No entanto, em 2006, o cenrio mudou. Grande parte dos 882 participantes dos seminrios daquele ano era formada por acadmicos do ltimo ano ou, ainda, por profissionais que no haviam atuado na rea. Em virtude desta alterao e tambm atendendo sugestes de profissionais, a estrutura dos seminrios precisou ser adaptada e foi reformulada, inclusive comeando pelo horrio. Neste ano, os seminrios so das 9h ao meio-dia e prosseguem das 14h s 16h. Os temas das palestras continuam os mesmos, entretanto os contedos passaram por revises e atualizaes. Institudos no Estado, pela Resoluo CRMV-PR 01/2004, a participao nos seminrios passou a ser requisito para a homologao da Anotao de Funo Tcnica no CRMV-PR. Os seminrios foram formatados para promover e informar mdicos veterinrios e zootecnistas sobre o conjunto de normas reguladoras de responsabilidade tcnica, Cdigo de tica do Mdico Veterinrio e do Zootecnista e, ainda, as responsabilidades administrativas, civis e criminais. O objetivo orientar e sensibilizar os profissionais para a importncia da responsabilidade tcnica, destaca Bezerra. Cerca de quatro mil profissionais de todo o Estado j participaram do encontro. Avaliao Os seminrios de RT tm tido uma boa aceitao da classe. Aproximadamente, 86,74% dos profissionais e acadmicos que participaram dos seminrios em 2006 avaliaram positivamente o encontro, frisa Bezerra. Segundo os dados, o evento foi bom para 36,74%, muito bom para 40,48%, timo para 8,5%. E apenas 2,21% responderam que o evento foi ruim e 11,05% regular. No opinaram 1,02% dos participantes. Calendrio 2007 At o final do ano, o CRMV-PR vai promover mais quatro Seminrios de RT. Eles sero realizados em Ponta Grossa (24 de agosto), Pato Branco (21 de setembro), Cascavel (26 de outubro) e em Curitiba (7 de dezembro). As inscries podem ser efetuadas pelo site (www.crmv-pr.org.br) ou ainda nas delegacias regionais. Para mais informaes, entre em contato com a Seo de Responsabilidade Tcnica pelo e-mail [email protected].

Gabriela Sguarizi Fonte consultada: Carlos Alberto de Andrade Bezerra

Nova Resoluo CRMV-PROs procedimentos para a obteno de apoio financeiro e institucional do CRMV-PR em eventos ligados Medicina Veterinria e Zootecnia no Paran foram regulamentados pela Autarquia Federal. Atendendo determinao do Tribunal de Contas da Unio, o CRMV-PR baixou a Resoluo 3, de 17 de maio de 2007, para normatizar os critrios de concesso do apoio. O documento est disponvel no site do Conselho para consulta.

CRMV-PR renova a frotaA Renault do Brasil entregou no ms de abril os dois veculos Clio Hatch Authentique adquiridos pelo CRMV-PR, no ms de maro, por meio do Prego Presencial 02/2007. Os novos carros foram adquiridos para substituir os dois Palio EL 1998/1998 utilizados pela Seo de Fiscalizao em Curitiba, os quais sero leiloados em breve.

1 Seminrio das Comisses Tcnicas do CRMV-PRVisando uma maior interao entre as seis comisses tcnicas, o CRMV-PR promover o 1 Seminrio das Comisses Tcnicas do Conselho Regional de Medicina Veterinria do Paran. O objetivo do seminrio propor uma troca de experincias mais efetiva nas diversas reas da Medicina Veterinria e da Zootecnia. A data prevista para a realizao do seminrio dia 11 de julho, em Curitiba.

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CONSELHO EM AO

Campanha pelo cumprimentodo piso salarialAs entidades de classe representantes da Medicina Veterinria, Arquitetura e Engenharias uniram esforos para a aplicao do Salrio Mnimo Profissional (SMP), realizando aes conjuntas para o cumprimento do pagamento do piso salarial, previsto na Lei Federal 4.950-A/66. Este um dos resultados da audincia pblica 41 Anos da Lei 4.950-A/66, realizada dia 23 de abril, na Assemblia Legislativa do Paran. O convnio de Cooperao Tcnica foi assinado pelos presidentes do CRMV-PR, Masaru Sugai; do CREA-PR, lvaro Cabrini Jnior; do Sindivet-PR, Cezar Amin Pasqualin; do Sindicato dos Engenheiros (Senge-PR), Ulisses Kaniak; e do Sindicato dos Arquitetos (Sindarq-PR), Ana Carmen de Oliveira. Alm dos representantes das entidades, o deputado estadual Pricles de Holleben Mello, autor da proposio, assinou como testemunha. A audincia pblica discutiu questes legais sobre o pagamento do salrio mnimo com o intuito de mobilizar as empresas para o cumprimento da legislao, alm de chamar a ateno do empregado para a valorizao profissional. De acordo com a assessora jurdica do Senge-PR, Giani Amorim, devem respeitar o pagamento do piso salarial as instituies pblicas, privadas e mistas. Os funcionrios pblicos regidos pela CLT (Consolidao das Leis do Trabalho) tm o direito de receber o piso, afirmou. Ela explica que a nica ressalva quanto aos funcionrios pblicos estatutrios, porque a Lei 4.950A no os abrange. Os estatutrios so regidos pelo Estatuto do Servidor Pblico. Estamos lutando no apenas pela repoGabriela Sguarizi

A campanha foi deflagrada na AL dia 23 de abril.

sio salarial, mas pela valorizao do profissional. uma questo de dignidade, frisou o Cezar Amin Pasqualin. Segundo o deputado estadual Pricles, propositor da audincia pblica, a Assemblia vai estudar uma proposta legislativa estabelecendo que os concursos pblicos realizados no Paran respeitem o piso salarial das categorias. Conforme a Lei 4.950-A/66, para uma jornada de trabalho de at 6h dirias o valor de 6 salrios mnimos. J para 8h, so 9 salrios mnimos. Na opinio do presidente do CRMV-PR, Masaru Sugai. Todas as entidades devero se unir para exigir o cumprimento da Lei 4.950-A/66. Convnio O acordo assinado entre as entidades estabelece a efetivao de uma campanha na

mdia para divulgar os dispositivos legais; integrao de esforos para a aplicao do Salrio Mnimo Profissional, quando da realizao de concursos e contrataes por empresas e rgos, pblicos e privados, sujeitos ao regime celetista; realizao de aes conjuntas objetivando a fiscalizao do cumprimento do pagamento do piso salarial; criao de um canal de comunicao permanente para troca de informaes e proposio de aes conjuntas institucionais. Ulisses Kaniak, do Senge-PR, informou que iniciativas como esta tambm esto sendo realizadas em outros estados. A idia levar a discusso tambm para outros municpios englobando as cmaras municipais, disse. No dia 18 de abril, Kaniak abordou o tema na Tribuna Livre da Cmara Municipal de Curitiba e no dia 23 de abril, no ALP.

Gabriela Sguarizi

Salrio Mnimo ProfissionalA valorizao profissional comea pelo respeito ao Piso Salarial Realizou-se no dia 23 de abril de 2007 no Plenarinho da Assemblia Legislativa o 1 Encontro referente ao cumprimento do Salrio Mnimo Profissional para os profissionais abrangidos pela lei 4950-A/66: Mdicos Veterinrios, Engenheiros, Arquitetos, Agrnomos e Qumicos, com a presena de alguns deputados estaduais e profissionais das classes envolvidas. Apesar dos avanos na aplicao do Salrio Mnimo Profissional, a sua aplicao ainda deixa a desejar, especialmente, na administrao direta do setor publico. Os debates aconteceram no sentido de que todas as profisses abrangidas pela lei passem a agir de maneira conjunta atravs das suas entidades de classe (conselhos e sindicatos) na busca do efetivo cumprimento da lei e como conseqncia maior valorizao dos profissionais. Mais informaes referente ao tema em questo podero ser obtidos junto ao SINDIVET atravs do e-mail [email protected] . Acesse a tabela para o Calculo do Salrio Mnimo Profissional dos Mdicos Veterinrios, atravs da home-page do SINDIVET: www.sindivetpr.com.br Busque seus direitos, pois somente atravs da valorizao profissional que conseguiremos ter a devida segurana para a prestao efetiva das atividades profissionais de nossa competncia.

Cezar Amin Pasqualin

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ESPECIAL

Acapameve comemora 8 anose empossa acadmicosDanny Renato Trentini

A solenidade foi realizada no Prdio Histrico da UFPR, em Curitiba.

Foi bastante movimentada a posse dos novos quatro acadmicos titulares da Academia Paranaense de Medicina Veterinria (Acapameve), realizada na noite de 26 de abril, no Prdio Histrico da Universidade Federal do Paran, em Curitiba. A solenidade marcou o aniversrio de oito anos da entidade e reuniu autoridades, alm de familiares e amigos. Tomaram posse na cerimnia os mdicos veterinrios Zalmir Silvino Cubas (cadeira n1), Ailton Santos da Silva (cadeira n3), Eleutrio Dallazem (cadeira n11) e Pedro Ribas Werner (cadeira n12). Tambm foi empossado, como Membro Honorrio, o presidente do CRMV-PR, Masaru Sugai. A Acapameve prestou, ainda, homenagem pstuma ao mdico veterinrio Deocy Conceio Frana, entregando o ttulo de Vulto Emrito ao filho do profissional, e outorgou a Comenda Ordem do Mrito Veterinrio a Luiz Carlos Nisgoski, a Orley Fedato e a Carlos Henrique Montanha Vianna. A acadmica titular Clotilde de Lourdes Branco Germiniani deu as boas-vindas aos novos acadmicos, enaltecendo os currculos. Eles contribuiro para o engrandecimento da entidade e da profisso, disse Clotilde, lembrando da importncia da Medicina Veterinria para a sociedade. Em nome dos recm-empossados, Ailton Santos da Silva disse ns seremos operrios para trabalhar pela Medicina Veterinria do Paran e do Brasil. Masaru Sugai pronunciou-se muito feliz com indicao, compartilhando-a com diretores, conselheiros, funcionrios e estagirios do CRMV-PR. Aprendi com meus pais, de origem nipnica, a escrever a histria para valorizar a cultura, salientou.

A Academia Paranaense de Medicina Veterinria tem por objetivo cultivar o estudo da Deontologia, contribuir para o progresso da cincia, propor solues para os problemas ligados profisso e estimular o estudo cientfico da Medicina Veterinria. Estiveram presentes na solenidade, os presidentes dos CRMVs Air Fagundes, do Rio Grande do Sul, e Osmar Bastos, do Mato Grosso do Sul; o vice-presidente da Academia Rio-Grandense de Medicina Veterinria, Augusto Langeloh, e os conselheiros Ricardo Pereira Ribeiro e Amauri da Silveira, do CRMV-PR.

Profissionais empossados.

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Patrcia Ortiz Ribeiro

DIA DO ZOOTECNISTA

zootecnista regulamentadaTodos pela Zootecnia! Este foi o pedido do zootecnista Marcos Elias Traad da Silva aos vereadores de Curitiba durante a Tribuna Livre, na Cmara Municipal, realizada em 9 de maio. Traad falou aos parlamentares sobre a profisso e ressaltou a importncia de se criar a funo de zootecnista nos quadros funcionais do municpio. O evento foi alusivo ao Dia do Zootecnista, comemorado em 13 de maio. Traad, que diretor do Zoolgico de Curitiba e docente da Pontifcia Universidade Catlica do Paran (PUCPR), solicitou apoio de todos os parlamentares no sentido de aprovarem o projeto de lei, em trmite na Casa, que cria a funo de zootecnista na cidade e institui o Dia Municipal do Zootecnista 13 de maio, de autoria do vereador Angelo Batista. O professor reclamou da falta de oportunidade no mercado de trabalho, principalmente no setor pblico. Queremos ter acesso aos concursos pblicos e tambm expandir o agronegcio brasileiro, assegurando a sade dos animais e da populao, concluiu. Os vereadores mostraram-se favorveis aprovao da proposta. Se a iniciativa passar pelo Legislativo municipal e for sancionada pelo prefeito Beto Richa, abrirse- a possibilidade de contratao de zootecnistas mediante concurso pblico na capital paranaense. O projeto de lei foi apre-

Curitiba poder ter funo de

Marcos Traad solicitou o apoio de todos os vereadores curitibanos para aprovarem o projeto de lei.

sentado na Cmara Municipal no incio de maio e ainda precisar passar pela anlise legal para depois ir ao plenrio. Segundo Traad, o mercado de trabalho amplo e promissor. O profissional apto para assumir gerenciamento agropecurio, fazendas, indstrias de carne e leite, fbrica de raes e suplementos, associaes de criadores, cooperativas, zoolgicos, reservas ambientais, empresa de melhoramento gentico, meio ambiente e instituies de ensino e pesquisa, salientou. A Tribuna Livre um espao cedido pela Cmara de Curitiba sociedade para

debater com os parlamentares a respeito de questes que venham a contribuir para o municpio. O convite ao zootecnista Marcos Traad foi da bancada do Partido Progressista (PP) na Casa. Participaram da sesso, o presidente do CRMV-PR, Masaru Sugai; o presidente do Sinzoopar, Carlos Frederico Grubhofer; a delegada do CRMVPR em Curitiba, Regina Utime; docentes e acadmicos da Universidade Federal do Paran (UFPR), Pontifcia Universidade Catlica do Paran (PUCPR) e das Faculdades Integradas Esprita (Unibem).

Empresas primam por caractersticas pessoais na seleo, diz pesquisaO principal quesito levado em considerao para selecionar um profissional atualmente a caracterstica pessoal, ou seja, criatividade, iniciativa e liderana, entre outros. Esta uma das concluses da pesquisa da zootecnista Maria Ceclia Doska, que ministrou palestra sobre o Perfil demandado de profissionais zootecnistas no Paran, na sede do CRMV-PR, a acadmicos de Zootecnia da UFPR. Maria Ceclia recm-formada pela instituio e a pesquisa foi tema do trabalho de concluso de curso. A pesquisa foi realizada durante estgio curricular obrigatrio no Portal do Zootecnista sob a orientao de campo do zootecnista Andr Gualhanone e do professor orientador Marson Bruck Warpechowski. Para chegar aos resultados, Maria Ceclia elaborou um questionrio com 75 questes objetivas e o distribuiu via internet para 114 empresas, nos meses de agosto e outubro de 2006. Destas 28 responderam satisfatoriamente s perguntas. Foram consultadas empresas pblicas, privadas e de integrao, cooperativas e associaes. As questes abordaram as reas de economia e gesto, mtodos quantitativos e computacionais, conhecimento tcnico, comunicao e expresso, qualidades pessoais e experincia profissional. Segundo os gestores, um zootecnista precisa ter principalmente conhecimento em gesto de qualidade, capacidade de utilizao de softwares, conhecimento de fatores de produo animal, capacidade de organizar e apresentar uma informao ou projeto tcnico e, ainda, possuir alto padro moral e tico. O perfil de exigncia vai variar de acordo com o tipo de empresa e rea de atuao, ressaltou Maria Ceclia. Esta pesquisa o reflexo do mercado de trabalho atual. Realmente, o que as empresas esto buscando so caractersticas pessoais dos profissionais, pois competncia tcnica pode ser provida, j a caracterstica do profissional no tem como mudar, salientou Masaru Sugai, parabenizando a profissional pela iniciativa. Outra concluso importante, ressaltada pelo professor Marson, que as empresas no esto dando mais tanta ateno para a experincia profissional. Em contrapartida, levam em considerao conhecimentos que s se adquire participando de atividades prticas.

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Andressa Katriny

POR DENTRO DO CONSELHO

Processos EticosSeguindo o preceito da transparncia, o CRMV-PR passa a informar para toda a classe a partir desta edio os processos tico-profissionais que j transitaram em julgados. Nesta primeira veiculao sero publicados os processos finalizados a partir de setembro de 2002. Processo tico CRMV-PR n 1758/2000. Acrdo n 001/2004. Julg.: 04.06.2004. Votao: Unnime. Ementa: Mdico Veterinrio. Procedimento cirrgico realizado sem autorizao formal do proprietrio e sem exames de properatrio. Morte do animal por choque. No elaborao de pronturio do animal. Denncia julgada procedente. Violao dos artigos 13, IX e XI; e artigo 14 VI do Cdigo de tica. Penalidade: Leve Censura Confidencial. Processo tico CRMV-PR n 6719/2001. Acrdo n 010/2006. Julg.: 21.07.2006. Votao: unnime. Ementa: Mdico Veterinrio. Animal acidentado. Deslocamento de membro. Aplicao de analgsico e tala. Posterior necrose do membro. Amputao realizada por outro profissional. Alegao de negligncia do profissional no atendimento inicial. Alegao de recusa do proprietrio em realizar Raio X do animal. Tratamento adequado realizado pelo profissional, face s circunstncias do caso. Impossibilidade de imputar somente ao profissional o resultado do tratamento. Possvel ausncia de cuidados do proprietrio. Ausncia de prova da negligncia do profissional. Denncia julgada improcedente. Processo tico CRMV-PR n 1204/2003. Acrdo n 003/2005. Julg.: 10.02.2005. Votao: Maioria dos votos. Ementa: Mdico Veterinrio. Transcrio e assinatura de laudos histopatolgicos realizados por terceiros sem mencionar os responsveis pela anlise. Apropriao indbita de trabalho intelectual. Laboratrio que terceiriza algumas anlises e cujos resultados inserem em seu laudo sem mencionar a fonte ou sem autorizao prvia. Sem previso legal no Cdigo de tica do Mdico Veterinrio. Fato atpico. Denncia julgada improcedente. Processo tico CRMV-PR n 5386/2003. Acrdo n 001/2006. Julg.: 24.02.2006. Votao: unnime. Ementa: Mdico Veterinrio. Impercia e negligncia. Co submetido raspagem de orelha e, que por um movimento brusco do animal, contribuiu para uma pequena inciso na borda lateral do pavilho auditivo. Em seguida, profissional adotou procedimentos com a tcnica da colagem, entretanto rompeu nos dias seguintes. Realizao de suturas at o completo fechamento que, no entanto, restaram cicatriz e defeito esttico. O profissional no responde, pois, adotou todos os procedimentos tcnicos disponveis e o movimento do animal foi brusco e inesperado, impossibilitando de agir diferente e causando de forma fatal o corte na orelha. Os procedimentos seguintes de recuperao foram considerados aceitveis e recomendveis apesar do resultado no esperado, causado por fatores alheio vontade profissional e imputvel ao prprio animal, tais como o temperamento e a incapacidade peculiar de cicatrizao. Denncia julgada improcedente. Processo tico CRMV-PR n 6353/2003. Acrdo n 004/2005. Julg.: 18.03.2005. Votao: unnime. Ementa: Mdico Veterinrio. Erro profissional. Co de sete anos com diagnstico de piometra realizado pelo mdico veterinrio e com indicao imediata de cirurgia. Terapia medicamentosa, mas sem indicao de bula para ces, receitado pelo profissional at a deciso do proprietrio. Morte do animal. Profissional que diagnostica piometra e indica cirurgia de imediato, porm, remete a deciso ao proprietrio do animal que no o faz. Possibilidade do uso de medicamento bovino em ces, desde que adotada a tcnica correta. Denncia julgada improcedente. Processo tico CRMV-PR n 7745/2003. Acrdo n 007/2006. Julg.: 29.06.2006. Votao: unnime. Ementa: Mdico Veterinrio. Irregularidades constatadas na colheita de amostras e preenchimento de requisio para exame de Anemia Infecciosa Eqina. Fracionamento de amostra de soro positivo para atribu-las a animais diversos. Gravidade da conduta. Ocorrncia de atenuantes. Denncia julgada procedente. Violao dos artigos 13, II, III, V, VII, XII e XXIII e artigo 14, I, II e VIII do Cdigo de tica. Penalidade: Leve Censura Confidencial. Processo tico CRMV-PR n 8040/2003 e 8041/2003. Acrdo n 014/2006. Julg.: 15.12.2006. Votao: unnime. Ementa: Mdico Veterinrio. Realizao de vacinao sem autorizao do proprietrio. Vacinao no estabelecimento de outro profissional, sem autorizao deste. Negligncia. Denncia julgada procedente. Violao dos artigos 13, XIX e 14, VIII. Pena: Leve Censura confidencial. Processo tico CRMV-PR n 8468/2003. Acrdo n 001/2005. Julg.: 10.02.2005. Votao: Maioria dos votos. Ementa: Mdico Veterinrio. Atendimento clnico e vacinao em loja e em domiclio. Provada vacinao por carteiras com inscrio do nome do proprietrio do estabelecimento comercial. Denncia parcialmente procedente. O profissional que permite atestar vacinao de animais sem que tenha acompanhamento mdico veterinrio viola o artigo 33, incisos VII, XII e XV e artigo 14, inciso II da Resoluo 722/02. Penalidade: Leve Censura Confidencial. Processo tico CRMV-PR n 1935/2004. Acrdo n 002/2005. Julg.: 10.02.2005. Votao: Unnime. Ementa: Mdico Veterinrio. Hospedagem de animais de companhia. Perodo doze dias. Trmino da hospedagem animais apresentavam sinais de desnutrio, anemia e desidratao. Exames laboratoriais revelaram anemia grave com uremia indicativa de insuficincia renal, nefropatia associada anemia no responsiva. Morte. Negligncia. Denncia julgada procedente. Violao ao art. 13, inciso I do Cdigo de tica do Profissional Mdico Veterinrio. Pena: Levssima Advertncia confidencial. Processo tico CRMV-PR n 4316/2004. Acrdo n 013/2006. Julg.: 14.12.2006. Votao: unnime. Ementa: Mdico Veterinrio. Banho e tosa. Fuga de animal durante o transporte para o estabelecimento mdico veterinrio. Alegao de omisso de assistncia no caso pelo profissional. Localizao do animal aps 24 horas. Transporte de animais. Atividade intrinsecamente no ligada Medicina Veterinria, mesmo que praticada por mdico veterinrio. Ausncia de tipicidade no Cdigo de tica. Denncia no relacionada ao exerccio da profisso. Denuncia julgada improcedente.

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POR DENTRO DO CONSELHOProcesso tico CRMV-PR n 6276/2004. Acrdo n 006/2006. Julg.: 18.05.2006. Votao: unnime. Ementa: Mdico Veterinrio. Procedimento cirrgico. Cobrana dentro dos valores de referncia da ANCLIVEPA. Adoo dos procedimentos adequados condio clnica do paciente e constantes na literatura tcnica. Registro fotogrfico do procedimento sem autorizao do proprietrio. No utilizao pblica das fotos sem autorizao. Inocorrncia de ilegalidade na produo das fotos. Inocorrncia de falta tico-profissional. Denncia julgada improcedente. Processo tico CRMV-PR n 9048/2004. Acrdo n 003/2006. Julg.: 24.04.2006. Votao: Maioria dos votos. Ementa: Mdico Veterinrio. Animal atropelado. Atendimento clnico. bito quatro dias aps o acidente. Questionamento das medidas adotadas pelo profissional. Negligncia profissional. Anamnese adequada para o caso. Ausncia de informao ao profissional sobre o agravamento do quadro do paciente. Ausncia de negligncia do profissional. Prescrio do tratamento que considerava adequado face ao quadro clnico do animal. Inocorrncia de falta tica. Denncia julgada improcedente. Processo tico CRMV-PR n 9830/2004. Acrdo 012/2006. Julg.: 06.10.2006. Votao: unnime. Ementa: Mdico Veterinrio. Estabelecimento Mdico Veterinrio. Descumprimento da Resoluo CFMV 670/2000. Estabelecimento sem registro e posteriormente registrado como Consultrio. Realizao de cirurgias. Regularizao extempornea. Crticas a trabalho de colegas. Ausncia de prova. Denncia julgada parcialmente procedente. Violao dos artigos 6, XI; 14, V; e 24, I do Cdigo de tica e art. 1, b e 3 da Resoluo CFMV 670/2000. Pena: Levssima Advertncia confidencial. Processo tico CRMV-PR n 0559/2005. Acrdo 015/2006. Julg.: 15.12.2006. Votao: unnime. Ementa: Mdico Veterinrio. Atestado de bito. Incluso de todos os parmetros necessrios para a interpretao do Atestado. Tratamento adequado ao animal at o bito. Inocorrncia de falta tica. Denncia julgada improcedente. Processo tico CRMV-PR n 1186/2005. Acrdo n 005/2005. Julg.: 18.11.2005. Votao: Unnime. Ementa: Mdico Veterinrio. Negligncia. Morte de co causado por ataque de outro animal dentro de estabelecimento veterinrio. Denncia julgada procedente. Violao do art. 14 inciso I do Cdigo de tica do Mdico Veterinrio. Pena: Levssima Advertncia confidencial. Processo tico CRMV-PR n 2450/2005. Acrdo n 005/2007. Julg.: 16.03.2007. Votao: unnime. Ementa: Mdico Veterinrio. Banho e tosa. Queda de animal durante a prestao do servio causado por funcionrio da Clnica Veterinria. Cirurgia realizada para correo, sem custos, mas sem o consentimento do proprietrio. Negativa de fornecimento do pronturio do animal. Ausncia de m-f. Uso de tcnica adequada para a correo. Denncia julgada procedente. Violao do artigo 13, XI e 14, VI do Cdigo de tica Profissional. Pena: Leve Censura Confidencial. Processo tico CRMV-PR n 270420/2005. Acrdo 002/2006. Julg.: 20.04.2006. Votao: unnime. Ementa: Mdico Veterinrio. Animal com hematria. Tratamento clnico. bito do animal durante a internao. Questionamento dos procedimentos adotados. Negativa de permanncia do proprietrio junto ao animal durante o internamento. Quadro clnico que recomenda repouso do animal. Adoo de procedimentos adequados pelo profissional face ao quadro clnico do animal. Denncia julgada improcedente. Processo tico CRMV-PR n 3216/2005. Acrdo n 009/2006. Julg.: 21.07.2006. Votao: unnime. Ementa: Mdico Veterinrio. Atropelamento de animal sem dono. Custos de internao. Inconformismo da denunciante. Desavena pessoal entre a denunciante e terceiro relacionado ao denunciado. Ausncia de infrao tica cometida pelo profissional. Denncia julgada improcedente. Processo tico CRMV-PR n 5924/2005. Acrdo n 005/2006. Julg.: 18.05.2006. Votao: unnime. Ementa: Mdico Veterinrio. Aplicao de vacinas de forma irregular. Prazo de validade vencido. Aplicao em espcie diversa da indicada pelo fabricante. Negligncia do profissional. Atribuio do equvoco a terceiro. No ocorrncia de dolo. Denncia julgada procedente. Violao do artigo 14, I e III do Cdigo de tica. Pena: Leve Censura Confidencial.

CRMV-PR institui Plano de Cargos e SalriosFoi homologado pela Delegacia Regional do Trabalho do Paran (DRT-PR) o Plano de Cargos e Salrios (PCS) dos funcionrios do CRMV-PR. O plano, institudo pela Portaria CRMV-PR 15/2007, foi desenvolvido para definir critrios de movimentao e administrao dos cargos e salrios dentro da Autarquia. O despacho assinado pelo delegado da DRT-PR, Geraldo Serathiuk, foi publicado no Dirio Oficial da Unio dia 18 de abril. O PCS tem como objetivo geral atrair e motivar o pessoal necessrio ao preenchimento do quadro de colaboradores, atravs de uma estrutura definida e objetiva de administrao de salrios. Contm informaes sobre os aspectos relativos contratao (requisitos mnimos de cada cargo), manuteno (avaliaes anuais dos funcionrios por desempenho e por tempo de servio, alternadamente) e ao plano de desenvolvimento profissional (avaliao por desempenho/desenvolvimento profissional aplicado).

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MATRIA DE CAPA

Fauna Sinantrpica:

Convivncia e ConscinciaA relao homem-animal foi estabelecida nos primrdios da humanidade. De l para c muita coisa mudou, claro. Matas foram devastadas, espcies foram extintas, o clima passou por alteraes, alguns animais se adaptaram e sobreviveram. Outros no. Hoje temos uma realidade bastante diferente daquela poca tambm explicada pela perpetuao diferencial de gentipos proposta por Charles Darwin, em A Origem as Espcies (1859). A relao com algumas espcies estreitou-se. No entanto, com toda esta mudana no ecossistema algumas espcies passaram a oferecer riscos sade humana. E o homem tem sua parcela de culpa neste processo. A disponibilidade de alimento, abrigo e gua nos centros urbanos fez com que algumas espcies optassem pelas cidades e passassem a coabitar com os homens. s vezes, inclusive, colocando a sade pblica em xeque. Definidos como fauna sinantrpica - aqueles que se adaptaram a viver junto ao ser humano, mesmo contra a sua vontade ratos, pombos, aranhas, baratas, escorpies, abelhas, mosquitos, formigas, morcegos, entre outros, diferem-se dos animais domsticos, os quais so utilizados pelo homem para companhia, produo de alimentos ou transporte. Dentre os sinantrpicos, ainda h uma segmentao: os nocivos e os no nocivos. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis (Ibama) definiu, na Instruo Normativa 141, de 19 de dezembro de 2006, a diferena entre fauna extica invasora, fauna sinantrpica, fauna sinantrpica nociva e manejo ambiental para controle da fauna sinantrpica nociva. De acordo com a norma, a fauna extica invasora formada por animais introduzidos a um ecossistema do qual no fazem parte originalmente, mas onde se adaptam e passam a exercer dominncia, prejudicando processos naturais e espcies nativas, alm de causar prejuzos de ordem econmica e social. A fauna sinantrpica, por sua vez, composta por populaes de espcies silvestres nativas ou exticas, que utilizam recursos de reas antrpicas, de forma transitria em seu deslocamento, como via de passagem ou local de descanso; ou permanente, utilizando-as como rea de vida. J a fauna sinantrpica nociva interage de forma negativa com a populao humana, causando-lhe transtornos significativos de ordem econmica ou ambiental, ou que represente riscos sade pblica. Segundo o Ibama, o manejo ambiental para controle da fauna sinantrpica nociva prev eliminao ou alterao de recursos utilizados pela fauna sinantrpica, com inteno de alterar sua estrutura e composio, e que no inclua manuseio, remoo ou eliminao direta dos espcimes. Na opinio da biloga Marta Fischer, doutora em Zoologia e docente da Pontifcia Universidade Catlica do Paran (PUCPR), a melhor forma de controle populacional de qualquer espcie a conscientizao das pessoas. preciso exercer a cidadania em sua plenitude e aprender a conviver harmonicamente com algumas espcies. Marta uma estudiosa da aranha-marrom em virtude do Paran ser o Estado que registra o maior nmero de acidentes no Brasil. Apenas em 2006 foram registrados mais de 4,6 mil casos. E ela acredita que nmero deva ser ainda maior. Muitas pessoas so picadas mais de uma vez pela aranha-marrom e como elas j sabem quais so os cuidados que devem tomar acabam nem comunicando as autoridades de sade, diz a pesquisadora. A aranha-marrom foi o tema de sua dissertao de mestrado e da tese de doutorado Em suas pesquisas ela descobriu que so encontradas no Paran duas espcies: a Loxoceles laeta e a Loxoceles intermedia. A L. laeta, oriunda da Argentina, a mais agressiva. bastante especfica, no se reproduz com qualquer condio. J a L. intermedia, nativa do Sul e do Sudeste do Brasil, generalista. Reproduz-se com facilidade e tem uma fcil adaptao ao meio. A proporo das espcies na populao de 10% para a L. laeta e 90% para a L. intermedia, informa. A professora est participando de um projeto piloto, em parceria com o Centro de Produo e Pesquisa de Imunobiolgicos (CPPI), da Secretaria de Estado da Sade; com Universidade Federal do Paran (UFPR), com a Universidade Tuiuti do Paran (UTP) e com a PUCPR. Para o projeto foram montadas duas casas geminadas em Piraquara, Regio Metropolitana de Curitiba, com caractersticas tpicas de uma residncia comum. No local, os pesquisadores distriburam cerca de cem aranhas-marrom nos cmodos para acompanhar seus hbitos diariamente, inclusive, por cmeras, as quais foram espalhadas estrategicamente pelo imvel. Entre algumas das descobertas: esto a comunicao acstica (durante a reproduo sexual) e a comunicao qumica (reconhecimento pelo cheiro). Outra descoberta que as aranhas dessa espcie so resistentes a inseticidas nas doses recomendadas. Atualmente, os inseticidas usados para o combate aranha-marrom tambm podem oferecer riscos sade humana em virtude dos fortes agentes qumicos. A professora adianta que no projeto est sendo desenvolvida uma forma alternativa de controle populacional para a espcie, que ser patenteada pelos pesquisadores. O acompanhamento das aranhas na casa deve permanecer at agosto e o trabalho ser publicado at o final do ano. Cada espcie precisa de uma poltica diferenciada, explica a mdica veterinria chefe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Curitiba, Regina Akemi Utime. O controle da fauna sinantrpica envolve no apenas os CCZs, mas sim outros segmentos, tais como: ONGs, educao, meio ambiente, comunicao social, sade, urbanismo e tambm segurana pblica, ressalta Regina. Na opinio dela, diversos setores agindo em conjunto tm maiores chances de obterem xito na conscientizao da popu-

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Omar Hernandez

lao. Corroborando com o pensamento da biloga Marta Fischer, Regina fala sobre o problema enfrentado nos grandes centros. Por exemplo, os pombos so um grande problema da sade pblica, porque vrias pessoas ainda continuam alimentando-os, como por exemplo os pipoqueiros, os freqentadores de parques e praas, favorecendo o desequilbrio da populao quando aliado a outros fatores, os quais so facilmente encontrados no meio urbano, como: gua e abrigo, salienta Regina. No Brasil, os pombos chegaram durante o sculo XVI trazidos por imigrantes europeus. Sua adaptao ao meio urbano deve-se ao fato de que os pombos so aves oportunistas, ou seja, permanecem onde h abrigo, nichos para construo de ninhos e, principalmente, fartura de alimento. Conhecido como smbolo da paz e de rato de asas, os pombos vm ocasionando diversos problemas em cidades de todo o mundo. No Paran, em especial, um caso bastante recente aconteceu no litoral do Estado: nos Portos de Paranagu e Antonina. Devido grande populao nos locais ocasionada principalmente pela oferta de alimentos durante o armazenamento e/ou transporte, optou-se pelo abate das aves. Na opinio da Comisso de Zoonoses e Bem-estar Animal, do CRMV-PR, a captura e a eliminao dos pombos no so estratgias recomendadas para controle efetivo da populao. Caso a captura e eliminao dos pombos representasse uma eficaz estratgia de controle de populao dos mesmos, sem o acompanhamento e manejo ambiental adequado, isso acarretaria num provvel aumento da populao de outras espcies com hbitos alimentares similares. Como, por exemplo, roedores e outras aves domsticas e silvestres, podendo causar danos iguais ou maiores, salienta o presidente da Comisso, Paulo Guerra. Pesquisas realizadas pelo professor Ronald Ranvaud, acrescenta Paulo, da Universidade de So Paulo (USP), demonstraram que a captura e a eliminao no eficaz no controle da populao de pombos. No existem medidas de curto prazo para o controle da populao de pombos. importante que se avalie a situao considerada problema, verificando principalmente os motivos pelos quais aquela colnia encontra-se no local, para ento elaborar estudos sobre a forma de controle que deve ser utilizada para o manejo mais adequado para cada caso, diz Guerra. Algumas das opes de manejo e controle que podem ser colocadas em prtica, arrola o presidente da Comisso, so: manter ptios, ruas e quintais limpos livres de resduos de alimentos - principalmente gros de cereais e pedaos de po - acondicionar restos alimentares em locais bem fechados, retirar ninhos e ovos, substituindo estes ltimos por falsos; colocar repelentes nas edificaes, implantar barreiras fsicas ao acesso das aves, eliminar ou inverter beirais da fachada. Medidas que afetem a oferta de alimento, abrigo, acesso e gua faro com que os animais fiquem desalojados e migrem para outros lugares, reafirma Paulo. Por no ter um agradvel aspecto esttico, o morcego no tem uma relao to emotiva com as pessoas como o pombo. Apesar de ele ser um animal com importncia biolgica maior que o pombo uma vez que tambm responsvel pelo controle de mosquitos, polinizao de flores e a disperso de sementes, cita o bilogo Juliano Ribeiro, do Departamento de Zoonoses e Fauna Sinantrpica, do CCZ de Curitiba. Com o morcego tambm temos vrios problemas. O principal deles relacionado ao alojamento de colnias, pois muitas edificaes oferecem condies adequadas. A principal preocupao das autoridades quanto ao

morcego em relao transmisso do vrus da raiva. Mesmo estando erradicada nos humanos no Paran, a doena pode ser fatal. Apesar de parte das espcies que coabitam com o ser humano nas cidades ser formada por morcegos frugvoros, insetvoros e fitfagos, tambm h riscos da transmisso de raiva por estas espcies, porque em disputas os hematfagos podem contagi-los com o vrus da raiva. O maior perigo ocorre quando o bicho entra nas casas e os moradores tentam peg-los com as mos. Em situaes de ameaa, o morcego pode reagir mordendo, transmitindo a doena. Alm da raiva, eles tambm podem transmitir encefalite letrgica, estomatite vesicular e histoplasmose, entre outras. Como a Lei de Proteo Ambiental probe a captura e o extermnio de morcegos, a alternativa desaloj-los. Os abrigos mais utilizados so casas (forros, stos e pores, frestas nas paredes e marquises), construes abandonadas, torres e forros de igrejas, tneis e bueiros, pontes, cisternas ou poos, copas e folhagens, juntas de dilatao em prdios, ocos de rvores, fossos de elevadores e estbulos. H quem diga que o mundo dos ratos. Conforme estimativas da Organizao Mundial da Sade (OMS), existem no mundo cerca de trs ratos por habitante. Segundo estudos da Prefeitura de So Paulo, existem na capital paulista de oito a 11 ratos por habitante, diz Simone do Rocio Ferreira, responsvel pelo Controle de Roedores em Curitiba, acrescentado que ainda no h uma pesquisa estatstica formatada para o municpio. Como forma de controle e manejo dos roedores, realizamos a aplicao de produtos qumicos para eliminao de roedores ( na formulao de bloco parafinado ou p de contato) com base no monitoramento mensal em praas, terminais de nibus e reas crticas priorizadas. Entretanto, os melhores resultados que conseguimos foram pelos multiplicadores de informaes, ressalta. Os multiplicadores de informaes so agentes de sade, com funo pblica, que atuam nas comunidades onde residem. Como eles tm um lao com os moradores, tornam-se articuladores entre a prefeitura e a comunidade. Assim, o trabalho de educao e conscientizao facilitado e tem mais chances de dar certo, conta Simone. Por tudo isso acreditamos que a melhor forma de controle populacional de animais sinantrpicos nocivos a educao e a conscientizao da populao, atravs da educao formal e de campanhas educativas, finalizam Regina Utime e Juliano Ribeiro.

Gabriela Sguarizi b Fontes consultadas: Juliano Ribeiro Marta Fischer Paulo Guerra Regina Utime Simone do Rocio Ferreira

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Vaughan Willis

FISCALIZAO

Pronturio MdicoMd. Vet. Carlos Leandro Henemann, secretrio-geral do CRMV-PR g P Md. Vet. Fernanda Zeni Michalski, P assessora tcnica do CRMV-PRDentro da rotina dos mdicos veterinrios que trabalham com clnica mdica o pronturio est entre os documentos mais importantes, pois contm o histrico clnico do paciente. Este documento nico, individual, no qual as informaes nele contidas, geradas a partir de fatos relacionados sade do paciente, permitem a continuidade da assistncia prestada ao mesmo, alm de facilitar a comunicao dos profissionais que o atendem. O pronturio pode ser confeccionado em papel ou eletronicamente e deve conter os dados essenciais para identificao do paciente como nome, espcie, raa, porte, sexo, idade real ou presumida, pelagem, alm da identificao completa do proprietrio com nmeros de documentos de identificao, pois os mesmos sero imprescindveis para as autorizaes de procedimentos anestsicos, cirrgicos ou internamentos. Posteriormente, a cada retorno ou procedimento realizado no paciente, registram-se os dados referentes anamnese, exame fsico, exames complementares e seus respectivos resultados, hipteses diagnsticas, diagnstico definitivo e tratamento realizado. Informaes relativas evoluo clnica diria do paciente discriminando todos os procedimentos ao qual o mesmo foi submetido, especificando a data e hora. importante tambm a identificao do profissional que atendeu o animal, quando se tratar de equipe multiprofissional. Outra questo importante o registro das medicaes, doses, intervalos de administrao com via e local onde foi aplicado o frmaco. Cabe ressaltar tambm que o pronturio mdico tem carter legal e deve ser preservado sigilosamente facilitar o manuseio e conhecimento a terceiros sem autorizao expressa do cliente constitui falta tica. A sugesto de tempo para o clnico mdico veterinrio manter o pronturio de ao menos 5 anos, pois estaria em consonncia com o prazo de prescrio de possveis questionamentos tcnicos e/ou ticos por parte do proprietrio/responsvel pelo animal, conforme o disposto no Cdigo de Defesa do Consumidor (artigo 27 da Lei Federal 8078/1990) e artigo 1 da Lei Federal 6838/1980 (lei que dispe sobre o prazo de prescrio para a punio de profissional por falta sujeita penalidade disciplinar). Vale lembrar que esse tempo de manuteno do pronturio dever ser analisado, discutido e regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina Veterinria. A ttulo de curiosidade, na medicina humana, os mdicos so obrigados a manter os pronturios por 20 anos, conforme regulamentao do Conselho Federal de Medicina. O pronturio na maioria das vezes a nica forma de comprovar a conduta clnica do mdico veterinrio, pois estamos falando de procedimentos que podem ter ocorrido h meses e at anos e nestes casos podemos esquecer diversos detalhes. A no elaborao do pronturio, assim como a recusa do fornecimento do mesmo ao cliente, quando solicitado, bem como deixar de dar explicaes necessrias sua compreenso tambm constituem falta tica, conforme o disposto na Resoluo CFMV 722, de 16/08/2002 Cdigo de tica do Mdico Veterinrio. Art. 13. vedado ao mdico veterinrio: IX - deixar de elaborar pronturio e relatrio mdico veterinrio para casos individuais e de rebanho, respectivamente; ... XI - deixar de fornecer ao cliente, quando solicitado, laudo mdico veterinrio, relatrio, pronturio, atestado, certificado, bem como deixar de dar explicaes necessrias sua compreenso; ... Art. 16. Tomando por objetivo a preservao do sigilo profissional o mdico veterinrio no poder: IV- facilitar o manuseio e conhecimento dos pronturios, relatrios e demais documentos sujeitos ao segredo profissional.

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Andrew Cahill

EDUCAO

Da teoria para a prticaFortalecer a articulao da teoria e da prtica uma das diretrizes curriculares para os cursos de graduao estabelecida pelo Ministrio da Educao. O estgio uma atividade que deve propiciar a complementao do ensino e da aprendizagem a fim de se constituir em instrumento de integrao, em termos de treinamento prtico, de aperfeioamento tcnico-cultural, cientfico e de relacionamento humano. Isto o que estabelece o Decreto 87.497/82, legislao que regulamenta o estgio. O estgio pode ser obrigatrio e no obrigatrio, porm ambos so curriculares. Podem fazer o estgio estudantes do ensino mdio, tcnico e superior, matriculados e com freqncia regular numa instituio de ensino, explica o coordenador de estgio do Instituto Euvaldo Lodi do Paran (IELPR), Pedro Andriolli. O IEL entidade civil, sem fins lucrativos, vinculada Confederao Nacional da Indstria (CNI) e que foi criada em 1969 para promover uma interao entre indstrias e universidades. O IEL-PR ligado Federao das Indstrias do Estado do Paran (Fiep). O coordenador do curso de Zootecnia da Universidade Federal do Paran (UFPR), Joo Ricardo Dittrich, explica que no caso do no obrigatrio, o estudante pode estagiar durante o curso, dentro da prpria universidade ou fora, em instituies privadas paralelamente ao curso. J o estgio obrigatrio uma disciplina, com 450 horas [na UFPR], na qual o acadmico cursa aps a integralizao do currculo. Ou seja, todas as disciplinas do curso de Zootecnia, da Federal, so prrequisitos para o aluno cursar a disciplina que se chama: Estgio Obrigatrio. Da mesma forma, pode ser feito dentro ou fora da universidade. O curso de Zootecnia da UFPR, apesar de ser novo, reconhecido pelo MEC e no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), em 2004, obteve a melhor nota individual da regio Sul e est entre os trs melhores do Pas. Segundo as diretrizes curriculares aprovadas pelo Conselho Nacional de Educao (CNE), as instituies de ensino superior tm autonomia para definir o projeto pedaggico e as normativas prprias que regulamentam o estgio curricular obrigatrio. O estgio serve para oferecer ao acadmico a maturidade. Com ele, o estudante sente-se mais seguro e confiante, tanto profissionalmente quanto psicologicamente, frisa o coordenador de Medicina Veterinria da UFPR, Paulo Piekarski. Atualmente, a UFPR oferece para os graduandos em Medicina Veterinria e Zootecnia convnios com mais de 170 empresas para realizar o estgio curricular. Para Dittrich, o estagirio no estagia somente para aprender, essa uma viso errada. Ele leva tambm o conhecimento que adquiriu no convvio acadmico ao ambiente do estgio. Entretanto, de acordo com informaes do Centro de Integrao EmpresaEscola (CIEE), a maioria dos estudantes que busca o estgio no tem uma definio clara sobre o que e qual a importncia do estgio no processo de construo de sua carreira. Cremos que quanto mais esclarecidos estiverem os estudantes, as empresas e as instituies de ensino sobre o que o estgio e sua importncia, melhor ser o resultado final do estgio, diz Antnio Baslio Budal da Costa, gerente da Diviso Operaes de Estgio da Capital, do CIEE-PR. Segundo estabelece a legislao em vigor, para a caracterizao do estgio curricular necessria a existncia de instrumento jurdico, entre a instituio de ensino e a pessoa jurdica de direito pblico ou privado, periodicamente reexaminado, no qual estaro acordadas todas as condies de realizao daquele estgio, inclusive, transferncia de recursos instituio de ensino, quando for o caso. O termo de compromisso assinado entre as partes envolvidas (estudante, instituio de ensino e unidade concedente do estgio) objetiva formalizar as condies bsicas para a realizao do estgio, bem como tem a finalidade de particularizar a relao jurdica especial, caracterizando a no vinculao empregatcia. Quando o estagirio simplesmente contratado para substituir empregados, desvirtua-se a finalidade da Lei 6.494/77. A finalidade do contrato de estgio proporcionar a complementao do ensino e da aprendizagem do estudante, por meio de sua participao em situaes reais e de trabalho, necessrias a sua insero no meio profissional, social e cultural, afirma Fernanda Ehalt, procuradora jurdica da Fiep. Ela explica que no pode ser considerado estgio o labor prestado em atividades desligadas da formao terica do aluno. O estgio visa a formao prtica do estudante e no a explorao de sua mo-de-obra. A inobservncia das regras legais estabelecidas para o contrato de estgio impe sua desconsiderao e, por conseguinte, o reconhecimento de contrato de emprego, ressalta a procuradora. Aes envolvendo estagirios tambm j foram objetos de processos ticos no CRMV-PR. Clnicas e consultrios que mantm estagirios na atividade de plantonistas, por exemplo. O mdico veterinrio RT da empresa pode responder a um processo tico e o estagirio pode ser processado por exerccio ilegal da profisso, conforme o artigo 47 da Lei de Contravenes Penais. O estagirio no tem capacidade e nem habilidade tcnica para desenvolver tal tipo de atividade, informa o procurador do CRMV-PR, Leonardo Zagonel Serafini. Um exemplo em que o vnculo de emprego foi confirmado o caso de uma ao movida por um estudante de Marketing contra a Telemar Norte Leste S/A, julgada no ltimo ms de maro pelo Tribunal Superior do Trabalho. Designado para trabalhar num call center, o estagirio alegou que trabalhava todos os dias da semana, inclusive sbado, domingos e feriados, operando terminais telefnicos. Segundo informaes do estudante, a empresa no proporcionou as atividades de aprendizagem social, profissional e cultural compatveis com o contrato de estgio. O relator do processo, ministro Renato de Lacerda Paiva, concluiu que o empregado, apesar de contratado como estagirio, desenvolvia atividades estranhas formao profissional, ou seja, no relacionadas com seu curso universitrio. A sentena do TST reconheceu o vnculo e deferiu o pagamento de frias, 13 salrio, aviso prvio, FGTS, INSS, seguro-desemprego e valerefeio. Aes desta natureza so comuns, finaliza Serafini.

Gabriela Sguarizi Fontes consultadas: Antnio Baslio Budal da Costa Fernanda Ehalt Joo Ricardo Dittrich Leonardo Zagonel Serafini Paulo Roberto Piekarski Pedro Andriolli

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JURDICA

Sociedadesde Mdicos Veterinrios e ZootecnistasGbor Bej

Por Anna Christina Gonalves de Poli, ([email protected]), advogada em Curitiba. Leonardo Zagonel Serafini, procurador jurdico do CRMV/PR. Carlos Douglas Reinhardt Jr., procurador jurdico do CRMV/PR ([email protected]) pDe uma forma geral, alm de atuar como empregados de entidades pblicas ou privadas e de exercer cargos pblicos em entidades pblicas, os mdicos veterinrios e os zootecnistas podem atuar isoladamente ou em sociedade como profissionais liberais, para a prestao de servios ligados cada uma dessas profisses. O presente artigo tem por finalidade apresentar algumas questes jurdicas sobre as formas de atuao desses profissionais, especialmente atravs de sociedades profissionais (empresariais ou no) e como empresrios individuais. A atuao de profissionais em conjunto hoje uma realidade, tanto pela facilidade de administrao dos negcios, quanto pela reduo dos impostos incidentes (aproximadamente 16,5% para pessoa jurdica e 37% para pessoa fsica). Isso, entretanto, traz novas preocupaes que no se restringem somente a questes internas de relacionamento entre os membros da sociedade, como tambm com questes externas, como a constituio da prpria sociedade, que ocorre mediante a elaborao de um contrato social e o seu registro no rgo competente (Junta Comercial ou Cartrio de Registro). A questo societria, que pode ser novidade para o mdico veterinrio/zootecnista (e que acaba incidindo de forma to importante na sua vida profissional), to complexa que acaba sendo mesmo subestimada. Tratado como mera formalidade (afinal s um contrato, no ?), o instrumento de constituio da sociedade de suma importncia, pois possui o condo, se bem elaborado, de servir para conduzir inclusive as questes internas da sociedade que desponta. Assim, importante delinear o passo-a-passo da constituio de uma sociedade de profissionais liberais (mdicos veterinrios e zootecnistas).

Existem duas modalidades de sociedades que os futuros scios podem se utilizar: a sociedade simples e a sociedade empresria. A sociedade simples nova em nosso ordenamento jurdico e veio para substituir a sociedade civil, que foi extinta com a entrada em vigor do Cdigo Civil de 2002. A Sociedade Civil e a Sociedade Simples no so iguais, a mudana na lei no se deu somente para modificar o nome do tipo societrio e sim para introduzir um tipo societrio diferente. Enfim, tudo isso para explicar que, aquelas sociedades que j estavam constitudas sob a forma de Sociedade Civil, por fora da lei foram transformadas em um novo tipo de sociedade, a Sociedade Simples. Tais sociedades chamadas simples pelo legislador, so aquelas consideradas como no empresrias, aquelas que se dedicam a atividades intelectuais, de natureza cientfica, literria ou artstica. A princpio, se a sociedade de mdicos veterinrios ir se dedicar exclusivamente a consultas (sem agregar comrcio de qualquer tipo), esta sociedade ser de natureza intelectual. Entretanto, se os scios entenderem por bem criar uma sociedade que ir alm das consultas (prestao de servio intelectual), possuindo tambm outros servios ligados rea, esta sociedade tem natureza empresria (tal como internamentos, comercializao de produtos para animais, exames, etc...). Assim, uma clnica veterinria que tem por objeto no s atendimento (consultas), mas a realizao de exames, por exemplo, poder ser constituda sob a forma de sociedade empresria. Dessas, a mais conhecida e utilizada a sociedade limitada que tambm foi severamente modificada pelo novo Cdigo Civil, mas, ao contrrio das sociedades simples, tal modificao trouxe mais segurana na sua utilizao quando a aproximou ainda mais das sociedades annimas (outra espcie de sociedade empresria, mais complexa). Tanto para constituir uma sociedade limitada ou uma sociedade simples necessrio elaborar um contrato social (obedecendo ao tipo societrio escolhido) e para isso necessria a orientao de um advogado, que o profissional apto para confeccionar o contrato social de uma empresa, especificando de forma

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legal todos os aspectos societrios envolvidos, bem como pela exigncia de visto desse profissional (salvo no caso de determinadas sociedades/empresas, as denominadas microempresas e de pequeno porte, nas quais no h essa exigncia). Depois do contrato social pronto, este dever ser submetido ao registro. O registro o ato que confere personalidade jurdica sociedade, dando-lhe existncia jurdica. Se sociedade for da modalidade simples o registro dever ser feito nos Cartrios de Ttulos e Documentos. Se sociedade for da modalidade empresria, o registro deve ser feito na Junta Comercial do Estado onde ser sediada a sociedade. O registro na Receita Federal ser feito em seguida e no momento seguinte o contrato social dever ser levado ao registro no Conselho Regional de Medicina Veterinria, com a indicao do responsvel tcnico do estabelecimento, para homologao da Anotao de Responsabilidade Tcnica ART. No caso de sociedade simples, entretanto, o contrato social, antes de levado ao Cartrio de Registro de Ttulos e Documentos, dever ser vistado pelo CRMV-PR, sendo esse visto exigido pelos Cartrios como requisito prvio para o registro. Alm das sociedades, no nos esqueamos daqueles profissionais que optam pela conduo solitria de sua atividade. Assim como os demais profissionais liberais, na qualidade de profissional autnomo, o mdico veterinrio e o zootecnista autnomos devero portar alvar de autnomo, que obtido na Prefeitura do Municpio onde presta os servios. A tributao neste caso ter o mesmo percentual de incidncia que a pessoa fsica.

J aqueles que, de forma solitria, alm do trabalho intelectual, tambm fornecero servios (vacinao, tosas, banho, etc) e bens, exercendo, alm da profisso liberal, a atividade empresarial, devero preencher na Junta Comercial do Paran uma declarao de empresrio individual. Isso lhes dar um status de empresrio individual, o que significa dizer que ser ele tido como empresrio perante a Receita Federal (CNPJ, COFINS, CSL, etc) e perante a prefeitura (ISS) de sua cidade. O registro do empresrio individual realizado na Junta Comercial, local onde o interessado preencher a declarao de empresrio individual (mais informaes podem ser obtidas no site da Jucepar na internet www.jucepar.pr.gov.br). importante sempre, qualquer que seja a opo do profissional, ter a assistncia de um advogado e de um contador, pois, como diz a mxima, cada caso um caso. E uma anlise feita por um profissional devidamente habilitado pode poupar muita complicao no futuro, bem como indicar opo forma mais adequada de recolhimento dos tributos oriundos pela atividade, que varia conforme a forma de desenvolvimento da atividade profissional (sociedade ou no). Na prxima edio da Revista do CRMV/PR traremos mais informaes sobre o tema, especialmente sobre o nome da sociedade empresria e as responsabilidades dos scios (e do empresrio individual) pelas obrigaes assumidas pela empresa (societria ou individual).

Jurisprudncia ComentadaPor Carlos Douglas Reinhardt Jr. assessor jurdico CRMV-PR PA atividade desenvolvida por frigorfico, porque no utiliza procedimentos qumicos, no obriga contratao de profissional tcnico inscrito no Conselho Regional de Qumica, porquanto esta exigncia baseada em regulamento interno do rgo impetrado, no havendo respaldo em lei formal. (AC n. 200270000649970/PR; Apelao Cvel Relator Desembargador Edgard Antnio Lippmann Jnior/ Primeira Turma do TRF4, Data do julgamento 14/03/2006, DJU 05/04/2006, p. 650) Uma excelente deciso do Tribunal Regional Federal da Quarta Regio corrobora o entendimento de que as empresas que atuam na rea de frigorfico no devem possuir registro junto ao Conselho Regional de Qumica, tampouco contratar profissional qumico como responsvel tcnico pela empresa. Isso significa dizer que a empresa de frigorfico, que lida com matria-prima de origem animal no comrcio, fabricao, armazenamento e processamento de seus produtos, no deve possuir responsvel tcnico qumico nos quadros empresariais, j que sua atividade bsica no peculiar rea da Qumica e sim da Medicina Veterinria. incontestvel que o Tribunal Regional Federal da Quarta Regio adequadamente observa que uma empresa, cuja atividade desenvolvida a comercializao, fabricao, armazenamento e processamentos de produtos de origem animal, no se enquadra entre aquelas que obtm produtos por meio de reao qumica ou utilizao dos produtos qumicos. Para o Tribunal, uma empresa de frigorfico no exerce atividade bsica relacionada Qumica, e, por conseguinte, no est obrigada, por fora de lei, a conservar em seu quadro de profissionais um qumico, ou ainda a registrar-se junto ao Conselho Regional de Qumica. Isso revela que as empresas da rea de frigorficos devem submeter-se exclusivamente fiscalizao do Conselho Regional de Medicina Veterinria: o que configura a ilegalidade da fiscalizao do Conselho Regional de Qumica nas empresas que atuem na rea de frigorfico. Assim, mesmo que tal empresa utilize produtos qumicos, identificada a atividade preponderante da indstria de frigorficos no se pode exigir um segundo registro, sobretudo porque se soluciona a superposio de atividades em matria de fiscalizao pela preponderncia. Observe que a presente deciso do Tribunal Regional Federal da Quarta Regio conduz a seguinte concluso: se o Conselho Regional de Qumica efetuar fiscalizao nestes estabelecimentos de frigorficos, de modo a exigir registro ou responsvel tcnico qumico, configura-se tal ato de abuso do poder de fiscalizao e conseqentemente, leso ao direito da empresa. bom aqui ter em mente um postulado basilar do Estado Democrtico de Direito: a inafastabilidade da jurisdio. O que isso significa? Significa que o Poder Judicirio, aps ser provocado mediante ao judicial, obrigar o Conselho Regional de Qumica a abster-se de lesar o direito da empresa de frigorfico.

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Hemorragia Pulmonar Induzida por ExerccioEIPH: um problema cada vez mais freqente em cavalos atletas.Warren Hrycun

Diagnstico O histrico, os sinais clnicos, a auscultao, o exame endoscpico, a radiologia e o lavado broncoalveolar (BAL) so as principais ferramentas utilizadas para o diagnstico. Entretanto, o uso de radiografias em eqinos tem acesso limitado devido a m resoluo dos aparelhos. O exame endoscpico realizado de 30 a 90 minutos aps exerccio fsico auxilia muito o diagnstico de EIPH devido visualizao de sangue ao longo das vias areas, o qual obedece a escala de 1 a 5 descrita por EPPINGER. Porm, o diagnstico definitivo de EIPH a presena de hemossiderina nos macrfagos alveolares aps a coleta de BAL depois exerccio fsico, chamados hemossiderfagos, que so observados por colorao especial de Azul da Prssia.

Janaina S. Biava, ps-graduanda Clnica g Veterinria da FMVZ; Roberto Calderon Gonalves, docente da FMVZ/Botucatu; Mariane A. Finger e Zanotto G. M, alunos de Iniciao Cientfica da UFPR/PR ; Alexander W. Biondo, docente da UFPR/PR.Definio A denominao Hemorragia Pulmonar Induzida pelo Exerccio (EIPH) tem sido usada para descrever o sangramento de origem pulmonar nas vias areas dos cavalos, em particular aps exerccio fsico. A doena afeta cavalos atletas em todos os continentes e possui etiopatogenia no completamente elucidada. Aincidncia de EIPH varivel, sendo que cavalos de corrida da raa Puro Sangue Ingls a EIPH apresentam entre 75 a 90 % de animais, com diferentes graus de sangramento. O problema tem sido observado esporadicamente em muitos outros esportes eqestres e, segundo nossos estudos, a incidncia encontrada : 75% trs tambores, 40% seis balizas e 60% hipismo clssico.

Sinais Clnicos Os sinais clnicos associados com EIPH basicamente so o baixo rendimento atltico e a presena de epistaxe. A epistaxe no deve ser considerada somente um sangramento nasal, e sim, um sinal de hemorragia em alguma rea do aparelho respiratrio que drenada para a cavidade nasal. Ela pode ocorrer durante ou logo aps o exerccio, sendo freqentemente notada ao final do exerccio, particularmente, quando o animal retorna cocheira e lhe permitido baixar a cabea. Ela pode ser bilateral ou no, e se resolve dentro de algumas horas ou pode ainda recidivar. As freqncias cardaca e respiratria, assim como a temperatura retal, podem estar elevadas logo aps o exerccio, mas no esto relacionadas hemorragia pulmonar e sim, ao exerccio, j que retornam normalidade no perodo de repouso imediato.

Tratamento Todos os tratamentos so paliativos e so usados para tentar minimizar as seqelas da inflamao crnica como a fibrose intersticial e o espessamento das vias areas. Na tentativa de minimizar estes efeitos uma associao de medicamentos como: broncodilatadores, antibiticos e corticosterides tem sido usada. Entretanto, nenhum estudo demonstrou as vantagens clnicas desta associao. O diurtico como a furosemida tem sido administrado antes das corridas como medida preventiva de epistaxe de origem pulmonar. No entanto, vrios outros tratamentos tm sido propostos, com baixa resposta teraputica para a EIPH. O descanso a recomendao bvia de cavalos com EIPH, mas a hemorragia recorrente quando o cavalo exercitado extenuantemente. A durao do descanso e assim como, o programa de treinamento ideal para os eqinos sangradores desconhecido.

Referncias bibliogrficas- BIAVA, J. S; GONALVES, R. C.; ZANOTTO, G. M.; FINGER, M. A.; FERREIRA, F. P. P.; BIONDO, A. W. Hemorragia Pulmonar Induzida por Exerccio (EIPH) em cavalos da raa Quarto de Milha de provas de tambor e baliza. Revista da Universidade Rural - Srie Cincias da Vida. Seropdica, RJ, EDUR, v 26, suplemento, p 169, 2006. - EPPINGER, M. Hemorragia pulmonar de esforo e o desempenho de eqinos PSI {Equus caballus} em corridas de galope no Jockey Club do Paran. 1990. Dissertao (Mestrado) Universidade Federal do Paran, Curitiba.

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Hiperparatireoidismo Nutricional Secundrioem Filhotes de Jacar do Pantanal (Caiman crocodilus yacare)Por Dbora Zanell Klostermann, Zootecnista. Fernanda Isabele Oczkovski, Zootecnista. Vernica Oliveira Vianna, professora adjunta da UEPGIntroduo O Hiperparatireoidismo Nutricional Secundrio (HNS), comumente observado em rpteis em condies de cativeiro, resultante de diversos fatores, entre eles o desequilbrio da relao Ca:P da dieta e a deficincia da vitamina D3. Normalmente, a doena est relacionada com animais jovens, entretanto pode tambm acometer adultos com menor freqncia. Segundo Vianna (1999), em criaes de crocodilianos com finalidade comercial e conservacionista so utilizados somente subprodutos de origem animal, como vsceras bovinas in natura, subproduto da avicultura e peixes, em menor escala. Na literatura h poucas informaes bsicas sobre requerimentos nutricionais e avaliao nutritiva dos diversos alimentos consumidos pelos crocodilianos (Santos, 1997). Dessa forma, em muitos casos, as tentativas de criao em cativeiro tm resultado em srios problemas nutricionais e metablicos. A deficincia de vitamina D3 em rpteis pode estar associada falta de suplementao na dieta ou ausncia de exposio luz ultravioleta, sendo que esta de suma importncia, pois transforma as provitaminas D em vitaminas D3, que por sua vez d origem forma ativa da vitamina D, que responsvel pela absoro dos ons clcio na luz do intestino delgado (Goulart, 2004). Este trabalho tem como objetivo avaliar e descrever o hiperparatireoidismo nutricional secundrio atravs de observaes visuais externas em filhotes de jacar-do-pantanal (Caiman croccodillus yacare). Material e Mtodos Este estudo foi realizado no perodo de maio de 2004 a maro de 2005, no Laboratrio de Animais Silvestres da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) Campus Castro (PR). Foram observados 52 filhotes de jacar do pantanal (Caiman crocodillus yacare), nascidos entre maro e abril de 2004, oriundos do Centro de Aqicultura da Universidade Estadual Paulista Campus Rio Claro (SP). Os animais foram marcados, pesados e distribudos aleatoriamente em oito caixas plsticas, medindo 78 X 56 X 41 cm. Foram utilizados aquecedores de gua e lmpadas incandescentes de 100 watts colocadas nos centros das caixas, sendo que a temperatura foi monitorada diariamente. O fotoperodo foi controlado por temporizador, mantendo 12 horas de luz dirias. Durante este perodo no houve qualquer exposio radiao ultravioleta. A dieta foi constituda exclusivamente por carne bovina moda de segunda e fornecida ad libitum na freqncia de 6 vezes por semana, sempre s 10h. A anlise bromatolgica da carne foi realizada no laboratrio de nutrio animal da UEPG e a anlise de teores de clcio e fsforo no laboratrio de bromatologia da Fundao ABC. A avaliao do hiperparatireoidismo nutricional secundrio foi realizada atravs de observaes visuais dos animais, tendo como parmetro o aumento do volume do dorso, sendo atribudo aos animais escores de gravidade da doena, que variam em normal, leve, moderado e grave, com pontuao de 0 a 3, respectivamente. Neste momento tambm foram realizadas as biometrias dos filhotes, medindo o comprimento total (CT), comprimento rotro-anal (CRA) e o peso (P), utilizando-se trena (1 cm) e balana eletrnica (preciso de 0,5 g). Resultados Os resultados obtidos atravs da avaliao visual mostram que 47,17% dos animais no apresentam aumento do volume do dorso, 33,96% apresentam leve aumento, 13,2% moderado e 5,67% grave aumento. Os valores mdios de CT, CRA e P foram respectivamente, 39,45 cm, 18,24 cm e 243,2g. Durante todo o experimento a temperatura mdia das caixas onde foram mantidos os filhotes foi de 28,5C 2,18. A composio bromatolgica expressa na matria seca, da monodieta fornecida aos animais foi de 62,11% de protena bruta, 37,07% de extrato etreo, 179 mg/kg de Ca e 0,16% de P. Discusso O HNS decorre da hipocalcimia causada pela deficincia de clcio na dieta a longo prazo e da ausncia exposio da luz ultravioleta, sendo que os sinais da doena nem sempre so aparentes e podem no ser detectveis at que danos irreversveis tenham ocorrido (Santos, 1997). A doena geralmente observada em animais jovens, pois, animais adultos com total desenvolvimento sseo so muito mais resistentes doena, devido a sua vasta reserva de clcio nos ossos (Mader, 1996). Os sintomas tpicos incluem alm do aumento do volume do dorso, deformaes sseas, fraturas espontneas, paralisia, perda de dentes, mandbula flexvel e perda de apetite. A relao Ca:P da dieta foi de 1:9, enquanto a relao recomendada est entre 1:5 a 2:1 (Staton, 1991). As carnes vermelhas tm sido de forma geral apontadas como as mais adequadas nutricionalmente que as carnes brancas em relao ao crescimento dos filhotes de jacars (Joanen & Mcnease, 1981). Porm, nota-se que o seu fornecimento na forma de monodieta sem nenhuma suplementao de clcio leva a doenas metablicas nutricionais. Outro fator que deve ser considerado o fornecimento de vitamina D3 na dieta ou o planejamento de instalaes que permitam a incidncia direta de luz UVB, ou ainda, emprego de lmpadas que emitam raios UVB. Atualmente a vitamina D3 pode ser acrescida na dieta atravs de uma pr-mistura de vitaminas comercial para frangos, j que ainda no h produtos especficos para rpteis. Concluses Baseado nos dados obtidos, pode-se observar que a utilizao de monodieta a base de carne bovina, como vem sendo utilizada nas criaes de crocodilianos brasileiros, deve ser suplementada com clcio na relao mais prxima da recomendada. Alm disso, deve-se proporcionar a irradiao UVB adequada ou suplementar vitamina D3 na dieta.

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Equaes para estimaro peso de cordeiros a partir de suas medidas corporaisPor: Carina S. de Barros, Md. Vet. Mestranda do Curso de Ps-Graduao em Cincias Veterinrias G UFPR. Bolsista CNPq; Alda Lcia G. Monteiro, Prof. Adj.do Dep. de Zootecnia UFPR; Edlson B. de Oliveira, Pesquisador da Embrapa Pecuria Sul; Maria Angela M. Fernandes, Md. Vet. Mestranda do Curso de Ps-Graduao em Cincias Veterinrias G UFPR. Bolsista CAPES.Introduo Atualmente, observa-se crescimento do rebanho ovino no Estado do Paran e enfatiza-se a necessidade de pesquisas na rea da ovinocultura. Os ovinos Suffolk tornaram-se tradicionais nas criaes do Paran, j os ovinos Santa Ins, do ponto de vista biolgico, ainda so material gentico novo. As medidas corporais contribuem na definio de um grupo gentico, seu porte, suas aptides (Souza et al, 2005) e tambm podem predizer o peso dos animais por meio de equaes de correlao (Santana et al., 2001). No entanto, so escassos os trabalhos sobre biometria de ovinos e sua correlao com o peso corporal. Nesse contexto este trabalho objetivou caracterizar biometricamente os cordeiros puros Santa Ins e Suffolk, por meio de medidas corporais e de peso corporal, e fornecer indicao da aplicabilidade dessas medidas como indicadoras do peso corporal desses cordeiros. Material e Mtodos O experimento foi realizado no Setor de Ovinocultura de Universidade Federal do Paran em 2002. Os animais avaliados foram cordeiros, de parto simples e gemelar, puros da raa Suffolk (18 machos, 29 fmeas) e Santa Ins (31 machos, 23 fmeas). Os cordeiros foram medidos e pesados no primeiro dia de vida. As mensuraes das medidas corporais foram realizadas com fita mtrica no animal em estao, conforme descrito por Torres & Jardim (1992), do lado direito dos cordeiros. A altura da cernelha foi a medida do piso at proeminncia ssea dorsal mais exuberante da escpula e a altura da garupa, do piso at proeminncia ssea dorsal mais exuberante do leo. O comprimento corporal foi a medida obtida da proeminncia ssea lateral mais exuberante da escpula at a proeminncia ssea lateral mais exuberante do squio. O permetro torcico foi obtido por mensurao do dimetro do trax imediatamente caudal aos membros torcicos. A anlise estatstica foi realizada pelo programa Statistica Verso 5.0, no qual fez-se anlise de varincia, teste de Duncan (P=0,05), correlao simples de Pearson (P=0,05) e anlise multivariada. Resultados e Discusso As medidas corporais e do peso dos cordeiros ao nascimento no sofreram efeito do sexo e do tipo de parto. As mdias e o desvio padro dos pesos e das medidas corporais dos cordeiros esto na Tabela 01, na qual se observa que a raa Santa Ins apresentou menor tamanho corporal. A relao entre altura da cernelha e altura de leo foi 1,01 0,24, o que caracteriza alometria positiva da cernelha em relao ao leo, resultado em concordncia com Butterfield (1988). Kalra et al. (1986) afirmaram que o peso do ovino pode ser um indicativo seguro do tamanho corporal do ovino devido aos elevados coeficientes de correlao ente o peso e as medidas corporais. No presente estudo, a maioria das correlaes entre as medidas corporais e o peso dos animais foi positiva e elevada, como demonstrado na Tabela 02. Os parmetros dos componentes principais foram obtidos e a anlise revelou que dois vetores explicam no mnimo 91,81% da variao total. Portanto, duas medidas corporais so suficientes para estimativa de peso com adequada segurana. O permetro torcico foi o componente de maior importncia e o segundo variou conforme a raa. Na Suffolk foi altura de leo e na Santa Ins, comprimento corporal. A estimativa do peso dos cordeiros pode ser realizada por uma equao de regresso linear especfica para cada raa (Tabela 03). Concluses A raa Santa Ins apresentou menor tamanho corporal quando comparada Suffolk. Na ausncia de balana, por meio de medidas corporais possvel estimar o peso dos cordeiros. No entanto, importante observar que houve variao nas medidas que mais influenciaram a variao do peso, conforme o padro gentico, e isso deve ser considerado de modo a obter adequadas estimativas de peso.

Mdias de peso corporal (kg) e medidas corporais (cm) seguidos do desvio padro em diferentes grupos genticos de cordeiros no dia do nascimento.Grupo Gentico pSanta Ins Suffolk

Peso mdio (kg)3,28 b+0,77 5,31 +1,06

Permetro torcico Altura da cernelha (cm) (cm)37,56c +4,64 42,76 +4,83 37,72b +4,11 41,04 +3,96

Comprimento p corporal (cm) p30,08b +6,88 32,30 +5,04

Altura de leo (cm)36,80 b +2,69 40,83 +3,93

Mdias na mesma coluna seguidas por letras minsculas iguais no diferem pelo teste de Duncan (P=0,05).

Coeficientes de correlao simples de Pearson entre o peso e as medidas corporais de cordeiros da raa Suffolk e da raa Santa Ins, no dia do nascimento.VariveisPeso Permetro torcico Altura da cernelha Comprimento corporal Altura de leo

Peso1,00 0,63 0,55 0,38 0,62

Permetro torcico0,63 1,00 0,88 0,83 0,75

Altura da cernelha0,55 0,88 1,00 0,83 0,78

Comprimento p corporal p0,38 0,83 0,83 1,00 0,54

Altura de leo0,62 0,75 0,78 0,54 1,00

* Todas as correlaes so significativas (P