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REVISTA Estratégias de compartilhamento estendem-se também ao mercado de terceirização de frotas Conheça ferramentas digitais que estão ao alcance pleno do varejo automotivo Site grátis para as locadoras Nova parceria propicia que empresas reforcem estratégias de vendas online SP SINDLOC Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo Ano XIX – Edição 194 - Outubro/2017

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REVISTA

Estratégias de compartilhamento estendem-se também ao mercado de terceirização de frotas

Conheça ferramentas digitais que estão ao alcance pleno do varejo automotivo

Site grátis para as locadorasNova parceria propicia que empresas reforcem estratégias de vendas online

SPSINDLOCSindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo Ano XIX – Edição 194 - Outubro/2017

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O SINAL ESTÁABERTO PARA NÓS

ELADIO PANIAGUA JUNIORPresidente do Sindloc-SP

EDITORIAL

A Revista Sindloc-SP é uma publicação mensal do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo, distribuída gratuitamente a empresas do setor, indústria automobilística, indústria do turismo, executivos financeiros e jornalistas.Foto de capa: Istock

Presidente: Eladio Paniagua JuniorVice-presidente: Luiz Carlos de Carvalho Pinto LangDiretoria: Jeronimo Muzetti, José Mario de Souza, LuizCabral, Marcelo Fernandes e Paulo Miguel JrConselho Fiscal: Flavio Gerdulo, Luis Godase Paulo Bonilha JrDelegados Regionais: Jarbas dos Santos (Vale do Paraíba e Litorais), Jeronimo Muzetti (Barretos) e Marcelo Fernandes (Ribeirão Preto)Produção Editorial: Scritta – www.scritta.com.brCoordenação geral: Luiz CabralCoordenação editorial: Leandro LuizeRedação: Ana Claudia Nagao e Alexandre SimoniRevisão: Júlio Yamamoto

EXPEDIENTE Direção de Arte: Ana Vasconcelos | ECO Editorial www.ecoeditorial.com.brDiagramação: Karina Barbosa | ECO EditorialJornalista Responsável: Paulo Piratininga - MTPS 17.095 - [email protected]ógrafo: Rubens ShinkadoImpressão: Gráfica RevelaçãoCirculação: 12 mil exemplares impressos e digitaisEndereço: Praça Ramos de Azevedo, 209 – cj. 22 e 23Telefone: (11) 3123-3131E-mail: [email protected]É permitida a reprodução total ou parcial das reportagens, desde que citada a fonte.

Quando digo que somos essencialmente empreendedores e visionários, não se trata de força de expressão. O ano de 2017 tem sido mais uma confirmação dessa qualidade que permeia a indústria de aluguel de veículos. Antes mesmo de a atividade econômica no

Brasil ensaiar uma recuperação, nosso setor já havia vislumbrado o sinal verde e arregaçado as mangas à procura de novos horizontes para os negócios. Os frutos estão sendo colhidos.

Um dos mais prestigiados rankings empresariais do país ajuda a endossar esse movimento. Segundo a premiação Melhores e Maiores 2017 da revista Exame, as duas representantes do setor entre as 500 principais companhias brasileiras ostentam alguns dos maiores índices de evolução no faturamento. A Localiza avançou 49 posições, com crescimento de 9%, enquanto a Movida saltou 249 postos e ampliou a receita em 71%.

Ambas as empresas, inclusive, protagonizaram ambiciosas transações neste ano. Um aporte de R$ 337 milhões possibilitou que a Localiza se unisse à Hertz, formando uma marca com benefícios compartilhados em 140 países. E, no primeiro IPO do ano, a Movida captou R$ 645 milhões. A Loca-merica e a Auto Ricci também somaram competências na fusão que constituiu uma companhia bilio-nária. A operação foi responsável por uma das maiores altas de ações na Bovespa no mês de março.

A Unidas, por sua vez, prepara o terreno para a abertura de capital com emissão de debêntures na casa dos R$ 500 milhões e com o menor custo de captação de sua história. Em outubro de 2016, suas controladoras despertaram a atenção do fundo norte-americano Enterprise Holdings.

Esse desempenho contribui ainda para estimular a indústria automotiva, que teve em se-tembro seu segundo melhor mês do ano e a quinta alta consecutiva no comparativo anual. Parte desse desempenho é creditada diretamente ao canal frotista e às locadoras. Os bancos das montadoras e instituições independentes acompanham o ritmo e já liberaram mais de R$ 54 bilhões para operações de CDC e leasing, uma alta de 19%.

São notícias alvissareiras que só revelam a força da nossa atividade. Não estou falando de um segmento específico, mas de toda a cadeia automotiva, que se aproveita eficazmente des-se ciclo virtuoso. Com frota avaliada em R$ 17,22 bilhões e 438 mil veículos que abrangem 30% da população brasileira, estamos fazendo a roda girar. A julgar pelo espaço que ainda dispomos para crescer, nosso potencial é quase infinito.

As linhas escritas acima tornaram-se viáveis porque não demonstramos uma postura pas-siva, acomodada e pouco inovadora. Porque não enxergamos a empresa ao lado apenas como uma concorrente. Porque valorizamos a cultura e a união setorial. Porque não temos tempo para lamúrias e respeitamos a nossa essência. Conquistar esse status é a inspiração para lu-tarmos dia após dia. Estamos juntos nessa lida!

ELADIO PANIAGUA JUNIORPresidente do Sindloc-SP

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SUMÁRIO

Computação em nuvem é uma das muitas inovações do mundo digital que já estão ao alcance da indústria automotiva

06 TECNOLOGIA

Referência da imprensa automotiva nacional, Joel Leite enxerga um claro potencial de ascensão do setor

08 PINGUE-PONGUE

Parceria da entidade com empresa representante do Google oferecerá site grátis para as locadoras associadas

10 OPORTUNIDADE

Conceito de compartilhamento pode ser alternativa promissora também para o segmento de terceirização de frotas

12 MERCADO

Nova vedete mundial, o carro elétrico ainda parece distante da realidade brasileira. O que o país quer com esse modelo?

16 INDÚSTRIA

Presidente da Localiza recomenda olhar para dentro e modernizar processos antes de sonhar com inovação

20 LÍDERES

Destaque em relevantes rankings econômicos, São José do Rio Preto sobressai como alvo promissor das locadoras

14 RAIO-X PAULISTA

Reuniões constantes e improdutivas? Soluções simples podem garantir a eficácia desses encontros

18 GESTÃO

Chegou o momento de ficar atento ao IFRS, que prevê a adequação internacional dos padrões de contabilidade

22 OLHO NAS CONTAS

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NOTAS

FINANCIAMENTO

CRÉDITO CONTINUA A SINALIZAR RECUPERAÇÃO

MERCADO

ANFAVEA APOSTA EM CRESCIMENTO DE DOIS DÍGITOS

TENDÊNCIA

POSSÍVEL FIM DE VEÍCULOS A COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS

O Projeto de Lei 304/2017, de autoria do senador Ciro Nogueira (PP-PI), pretende pôr fim aos veículos movidos a combustíveis fósseis – gasolina, GNV e diesel. De acordo com a proposta, a partir de 2030 seria proibida a venda de veículos com essas especificações. Em princípio, motores a etanol e biodiesel poderiam ser produzidos, juntamen-te com opções elétricas. Inspirada em programas de paí-ses como Reino Unido, França, Alemanha, Índia, Noruega e Suécia, a proposta vai além e, em 2040, prevê o veto à circulação de veículos com tais tipos de motor. Apenas algumas categorias, como carros de colecionadores, não se enquadrariam nessa exigência. O parlamentar acredita que o projeto será aprovado até o fim de 2018.

Após uma expansão de 7,3% esperada para 2017 e ape-sar das incertezas naturais causadas pelo cenário eleito-ral, o presidente da Anfavea, Antonio Megale, acredita em alta de dois dígitos no próximo ano. A projeção foi feita durante o Congresso Autodata Perspectivas 2018. O dirigente prevê que o volume de veículos produzidos chegue a 3 milhões de unidades, contra 2,7 milhões nes-te ano. Mas o vice-presidente de assuntos corporativos da Ford América do Sul, Rogelio Golfarb, sugeriu cautela ao afirmar que o crescimento de 20% nas vendas em se-tembro, na comparação com o mesmo mês de 2016, foi baseado especialmente em vendas diretas a frotistas e exportações ainda dependentes da recuperação do mer-cado argentino.

A retomada do mercado automotivo continua em ritmo consistente, tendo como termômetro a oferta de crédito. O sistema financeiro liberou R$ 9,2 bilhões para a aquisição de veículos, valor 14,5% superior ao de julho e 27,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef). Trata--se do melhor desempenho desde dezembro de 2014. No acumulado desde janeiro, os recursos liberados em operações de CDC e leasing somam R$ 63,5 bilhões, o que supera em 20,1% o montante dos oito primeiros meses de 2016.

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TECNOLOGIA

Uma recente pesquisa da con-sultoria CompTia indicou que, atualmente, 90% das gran-

des empresas latino-ameri canas utilizam algum serviço de compu-tação em nuvem. E a inovação está ao alcance da indústria automotiva, que cada vez mais abraça essa ten-dência na tentativa de aprimorar a experiência digital dos motoristas. Cabe às locadoras de veículos fica-rem atentas à novidade para incre-mentar suas frotas.

O conceito, também chamado de cloud computing, consiste na per-missão de acesso a arquivos conti-dos na internet, sem que estejam armazenados ou instalados em dis-

SINAL VERDE PARA A COMPUTAÇÃO EM NUVEMAs montadoras investem nessa inovação com a meta de aprimorar a experiência digital dos motoristas

positivos específicos. Na Alemanha, a Volkswagen e a IBM anunciaram o desenvolvimento em conjunto de sistemas do gênero.

O We Commerce possibilitará a identificação dos hábitos e das pre-ferências dos motoristas, usando a tecnologia de mobilidade em nuvem de forma integrada com o automó-vel. Assim, será possível cruzar os dados de bordo sobre os gostos do usuário com informações armaze-nadas online, como músicas, agenda de trabalho, caminhos por onde pas-sa e condições climáticas.

Diferentes tipos de comércio, como hotéis, postos de combustí-veis e restaurantes, poderão usar o

We Commerce para direcionar suas ofertas, dependendo do cliente. O compartilhamento de informações de automóvel para automóvel é ou-tra utilidade dessa ferramenta, que propicia a troca de dados em tempo real sobre as condições do trânsito em determinada região.

A cooperação das empresas é parte do programa VW Fast - Ten-dências de Fornecimento Automo-tivo para o Futuro, anunciado em 2015. Logo, isso permitirá a troca de tecnologia entre fornecedores, o que possibilitará uma oferta de serviços ainda mais especializada. A inovação pode estar mais próxima do que se imagina. l

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PINGUE-PONGUE

O SETOR EM DECLÍNIO, MAS COM CLARO POTENCIAL DE ASCENSÃO

Em um primeiro momento, o título da entrevista pode soar contra-ditório, mas revela com exatidão

o posicionamento atual do mercado automotivo brasileiro. A indústria que chegou à quarta colocação global em 2012 despencou para o décimo lugar. Porém, mesmo vendendo metade do que comercializavam nos anos áureos, as montadoras mantiveram a aposta no país e na recuperação em médio prazo, sustentadas por fatores como a parce-ria com as locadoras de veículos. Essa é a visão de Joel Leite, diretor da Agência

QUEM: Joel Silveira LeiteIDADE: 63 anosDETALHE: O jornalista iniciou a carreira profissional em 1976, no extinto Última Hora. Passou também pelas redações do Diário de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Jornal da Tarde e Rádio Eldorado. Fundou em 1992 a Agência AutoInforme, primeira agência de notícias especializada no setor de veículos, que responde pelos sites AutoInforme e EcoInforme. Apresenta ainda o Boletim AutoInforme nas rádios Bandeirantes, BandNews e Sulamérica Trânsito.

AutoInforme e um dos mais tradicionais nomes da imprensa especializada.

PODEMOS ESPERAR UMA RETOMADA EFETIVA DO MERCADO AUTOMOTIVO NACIONAL?

Vivemos um momento de declínio depois do ápice de 2012, quando al-cançamos a quarta posição entre os maiores mercados globais. Hoje esta-mos entre os dez, mas com projeção de chegar ao sétimo ou oitavo posto. A recuperação será lenta e acontecerá em patamares mais baixos que os dos

tempos áureos, com crescimento en-tre 5% e 10% ao ano a partir de 2021. Mas, apesar desse fraco desempenho, ainda estamos muito bem posiciona-dos em nível mundial e continuamos no radar das montadoras. A própria estratégia da indústria confirma que o Brasil não perdeu sua relevância.

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o potencial público consumidor aqui existente. Os elétricos seguramen-te chegarão por aqui, mas não com essa ansiedade.

UMA POLÍTICA GOVERNAMENTAL DE INCENTIVO PARA O SETOR, COMO O ROTA 2030, ABREVIARIA A CHEGADA DESSAS INOVAÇÕES?

A indústria automotiva já ostenta uma participação expressiva no PIB nacional e, historicamente, goza de relações privilegiadas com o poder público. Basta lembrarmos da redu-ção do IPI para os carros zero, pro-longada inúmeras vezes mesmo com o governo abrindo mão de uma ampla arrecadação. É claro que políticas de incentivo ajudam, mas ainda observo uma discussão muito incipiente sobre o Rota 2030, por exemplo. Nada está decidido, tanto que a implementação desse regime ficou para 2018, sob o pretexto de um desacordo em rela-ção às novas alíquotas. Entretanto, há muito mais incógnitas.

QUAIS SERIAM ESSAS INCÓGNITAS?Na época do Inovar-Auto, foi insti-

tuído um adicional de 30 pontos per-centuais no IPI para fabricantes de importados que ultrapassem deter-minada cota de produção anual. Essa cota nunca foi atingida pela própria dinâmica do mercado, e a possível diminuição da carga extra para 10 ou 15 pontos, contemplada no ideário do Rota 2030, não alteraria esse quadro. Criamos uma barreira baseados no falso medo de uma invasão chinesa que nunca existiu – em 2011, ano em que as asiáticas se revelaram mais agressivas e exitosas, o nível de ven-das foi igual ao da Kombi. No fim, ali-mentamos visões equivocadas sobre o mercado e, no fim das contas, mais desestimulamos a livre concorrência e

QUE FATOS DEMONSTRAM ESSA PERMANENTE APOSTA NO BRASIL?

Apesar de o volume de vendas atu-al representar quase a metade do montante comercializado no perío-do de auge, a faixa média de preços dos automóveis não caiu. A ânsia de desovar estoque a custos mais bai-xos, uma das lógicas de um mercado livre, foi substituída por um eficiente planejamento de médio prazo. Por um lado, as montadoras reforçaram a atenção no segmento de vendas diretas, ao concederem descontos atraentes para os frotistas e garan-tir a reposição dos estoques. No en-tanto, não estenderam essa política ao consumidor final. Caso contrário, abririam um flanco irreversível, que tornaria muito improvável um reajus-te dos valores para cima no momento em que o mercado se restabelecesse. Isso é mostra clara do crédito de con-fiança depositado no Brasil.

MAS O PAÍS NÃO ESTÁ MUNDIALMENTE DEFASADO NO TOCANTE A NOVAS TECNOLOGIAS, COMO O CARRO ELÉTRICO?

É preciso ponderar que, mesmo no período de declínio, modernas tecnologias continuaram a ser in-corporadas aos modelos fabricados em território nacional. Até as marcas premium baseadas no Brasil intensi-ficaram, nos últimos anos, a produ-ção de carros de luxo com padrão internacional. Muitos, porém, ques-tionam a importância do país quan-do presenciamos debates intensos sobre inovações como os veículos elétricos. Mas, nesse caso específi-co, temos de ponderar que a neces-sidade de mercados como o europeu por esses modelos é muito mais premente. Temos ainda matéria-pri-ma para abastecer nosso mercado e

novos investimentos do que protege-mos nossa indústria.

E COMO O SETOR DE LOCAÇÃO ESTÁ INSERIDO NESSE CONTEXTO?

O segmento mantém com razão ex-pectativas de crescimento. Além de se tornarem estratégias para girar o es-toque das montadoras, as locadoras valem-se da crescente preocupação com a mobilidade urbana e da mudan-ça de comportamento do consumidor. O automóvel deixou de representar um rito de passagem para a vida adulta; e o custo da propriedade é elevado – a inflação do carro medida pela Agência AutoInforme aponta despesas entre R$ 1.250 e R$ 1.300 ao mês, incluindo combustível, peças de reposição, segu-ro, serviços e impostos de circulação. Porém, o carro continua a ser um ativo importante e sustenta um alto valor agregado nas grandes capitais, en-quanto modelos de entrada e econô-micos continuarão a registrar bons re-sultados em alguns rincões do interior do país. O que está mudando e seguirá em transformação é a forma de uso.

MAS QUANDO A SONHADA RECUPERAÇÃO CHEGAR, ESSAS TENDÊNCIAS SE ESVAZIARÃO?

Inevitavelmente, a retomada chega-rá. Em breve, o custo da propriedade tende a cair quando os automóveis passarem a ser taxados de acordo com a eficiência energética. Mas ten-dências como o compartilhamento mostram um caminho sem volta, o que consolida a importância das loca-doras como canais de relacionamento essenciais tanto para as montadoras, que trabalham para preservar suas margens, como para o cliente em bus-ca de mais conveniência e praticidade. O futuro promissor está ao alcance da indústria de aluguel de veículos. l

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OPORTUNIDADE

A utilização da internet como um instrumento que ultra-passa a simples exposição

institucional ainda é um desafio para a indústria de aluguel de veículos. Atento a esse cenário, o Sindloc-SP investe em mais um benefício exclu-sivo para as locadoras do setor. Em parceria com uma empresa repre-sentante do Google, a entidade ofe-recerá às suas associadas a criação

de um site gratuito.O acordo foi celebrado

com a Hotelwww, cons-tituída em 2002 na ca-

Nova parceria exclusiva permite que as locadoras impulsionem a internet como ferramenta de vendas

SITE GRÁTIS PARA AS LOCADORAS

mais de dez anos. “Desenvolve-remos uma página personalizada para cada locadora, com informa-ções e imagens dos modelos da fro-ta, tarifários e condições, e também poderemos acompanhar o perfil de utilização de cada cliente. Além dis-so, haverá um sistema de reservas online residente no site”, destaca Daniela Torres, gestora comercial da Hotelwww.

Após uma análise dos veículos disponíveis, o cliente pode efetu-ar uma reserva, que é confirmada após o contato do profissional da locadora. “Esse modelo confere muito mais dinâmica ao processo operacional e facilita a prospecção de novos clientes”, acredita Daniela. Outra importante vantagem está no fato de o site ser 100% responsi-vo, ou seja, com configuração para usabilidade em todos os dispositi-vos, o que inclui Android e iOS. “O conteúdo é totalmente estrutura-Ist

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“A locadora poderá potencializar a visibilidade de sua marca perante clientes e prospects”Eladio Paniagua JuniorPRESIDENTE DO SINDLOC-SP

pital paulista e com um histórico de sucesso em soluções de marketing digital, e-commerce, otimização de sites, gerenciamento de redes so-ciais e suporte de TI. A empresa já atua com o mercado de locação há

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VERSATILIDADE: site responsivo e configurado para todos os dispositivos – PCs, smartphones e tablets) – após uma série de testes e homologações

EXCLUSIVIDADE: site desenvolvido em WordPress a mão, o que simplifica o gerenciamento e permite uma real personalização

ALCANCE: abertura para campanhas customizadas – SEO e Google Adwords – e integração plena ao site

DIRECIONAMENTO: promoções periódicas basea-das em calendários de datas comemorativas, com resultados abrangentes

HOSPEDAGEM: é a garantia para evitar despesas com softwares de escritório e ganhar produtividade

CONTROLE: acesso em tempo real a histórico de cotações e transações, que permite estratificar o histórico de operações por cliente e por integrante da equipe

VANTAGENS DE UM NOVO SITE

“Esse modelo confere muito mais dinâmica ao processo operacional e facilita a prospecção de novos clientes”Daniela TorresGESTORA COMERCIAL DA HOTELWWW

do em WordPress, o que possibilita mais simplicidade e praticidade no gerenciamento”, completa.

As empresas ainda terão a oportunidade de aderir a outros serviços com valores diferenciados em relação aos praticados pelo mercado. Por um plano mensal, a locadora ganhará direito a um trabalho de manutenção do site, além de uma página padronizada no Facebook e no Instagram, com um post semanal elaborado pela Ho-telwww. “Com essas alternativas, a locadora tem con-dições de realizar promoções para clientes mais leais e, em um segundo momento, lançar benefícios exclusivos aos consumidores que estiverem na própria loja física”, ressalta Daniela.

Esse plano prevê também o cadastro, na plataforma do Google, de cinco e-mails como gerenciadores da pá-gina, com a possibilidade de acompanhamento das co-tações e transações em tempo real. “A locadora poderá potencializar a visibilidade de sua marca perante clientes e prospects”, conclui Eladio Paniagua Junior, presidente do Sindloc-SP. l

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MERCADO

Estratégias de compartilhamento representam alternativas promissoras para o segmento de terceirização de frotas

QUANDO DIVIDIR PODE SER IGUAL A MULTIPLICAR

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Uma pesquisa do Observatório de Veículos de Em-presas (OVE) do Instituto da Qualidade atesta um crescente interesse do mercado corporativo em

aderir ao compartilhamento da frota, disponibilizando um veículo para mais de um funcionário. A julgar somente pelos indicadores relacionados às companhias de gran-de porte, a oportunidade de expansão das locadoras de veículos nesse nicho impressiona. Nas corporações que contam com 101 a 300 automóveis, apenas 28% dos car-ros são divididos entre os colaboradores, mas o aumento desse percentual nos próximos três anos já está nos pla-nos de 51,8% das empresas entrevistadas.

Quando também se consideram as pequenas e mé-dias, mais de 40% das companhias pretendem incre-mentar a quantidade de veículos compartilhados. O ad-vento da cultura do compartilhamento, aliado ao foco na redução de custos, favorece essa tendência. “Em vez de você ter três carros, oferece um com rotatividade plena”, observa o vice-presidente e diretor comercial

PERCENTUAL DE EMPRESAS QUE PLANEJAM AMPLIAR FROTA COMPARTILHADA ATÉ 2020

EMPRESAS COM ATÉ 20 VEÍCULOS 43,4%EMPRESAS COM 21 A 100 VEÍCULOS 32,5%EMPRESAS COM 101 A 300 VEÍCULOS 51,8%MÉDIA GERAL 40,9%

* Fonte: Observatório de Veículos de Empresas (OVE) do Instituto da Qualidade

EMPRESAS COM 21 A 100 VEÍCULOS

EMPRESAS COM 101 A 300 VEÍCULOS

MÉDIA GERAL

EMPRESAS COM ATÉ 20 VEÍCULOS

Individual 62%

Compartilhada 38%

Individual 72%

Compartilhada 28%

Individual 66%

Compartilhada 34%

Individual 69%

Compartilhada 31%

* Fonte: Observatório de Veículos de Empresas (OVE) do Instituto da Qualidade

da Arval Brasil, Andrea Falcone. Estima-se que o po-tencial desse serviço, similar a modelos como o Airbnb na hotelaria, chegue a 16 mil carros no Brasil, incluindo empresas e pessoas físicas.

O executivo aposta ainda na retomada de um antigo hábito das empresas antes do cenário de crise econômi-ca, mas com adaptações a esse novo momento. “Muitas companhias deixaram de disponibilizar veículos exclusi-vos para executivos de alto escalão. Mas, por meio da gestão compartilhada, esse benefício pode ser oferecido de maneira indireta”, argumenta.

Para as locadoras, a dica é reforçar os investimentos em plataformas que contribuam para o gerenciamento das frotas nesse modelo. “Soluções de monitoramento propiciariam a coleta de dados sobre comportamento do motorista, distâncias percorridas, multas e sinistralida-de, permitindo ao contratante acesso a informações pre-ciosas para prever e planejar a utilização dos veículos de maneira mais racional”, exemplifica Falcone. l

REPRESENTATIVIDADE DA FROTA INDIVIDUAL (EXCLUSIVA PARA UMA PESSOA) E COMPARTILHADA NAS EMPRESAS

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RAIO-X PAULISTA

A 442 quilômetros de São Pau-lo, São José do Rio Preto figura regularmente em importantes

rankings econômicos. Segundo pesqui-sa da Fundação Getulio Vargas, publi-cada na revista Você S/A, o município é o 18º colocado na lista das cidades brasileiras mais promissoras para se construir uma carreira profissional. A Federação das Indústrias do Rio de Ja-neiro (Firjan) classificou a cidade como a segunda mais desenvolvida do país. Outras duas pesquisas da consultoria Urban Systems, realizadas neste ano, colocam Rio Preto entre os 40 muni-cípios mais inteligentes do Brasil e na 20ª colocação entre as cem melhores cidades para investir em negócios.

“Rio Preto é um centro de serviços por excelência e exerce uma influên-cia regional que extrapola os limites do município, atingindo também as cidades vizinhas do Mato Grosso do Sul e de parte do Triângulo Mineiro”, enfatiza Marcelo Fernandes, diretor e delegado regional do Sindloc-SP.

São José do Rio Preto destaca-se principalmente no turismo de negócios

A CIDADE REFERÊNCIA DO NOROESTE PAULISTA

Hospital de Base, que perde apenas para o Hospital das Clínicas de São Paulo. O município também conta com o Instituto de Biociências, Letras e Ci-ências Exatas (IBILCE), da Unesp; um campus da Fatec, além da Faculdades Integradas Dom Pedro II, do Centro Universitário do Norte Paulista (Unorp) e da Universidade Paulista (Unip). l

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Para o empresário, o fato de a região possuir uma economia muito diversi-ficada, baseada nos setores de cana de açúcar, laranja, borracha e pecuá-ria, traz estabilidade econômica, pois evita a dependência de um só produto. São José do Rio Preto concentra 96 lo-cadoras de automóveis filiadas ao Sin-dloc-SP, que podem aproveitar todo o potencial que ela tem a oferecer.

Neste ano, o município também ganhou destaque no Mapa do Turis-mo Brasileiro, elaborado pelo gover-no federal. A cidade foi enquadrada pelo Ministério do Turismo na cate-goria B, que abre as portas para a atração de novos investimentos. De acordo com Paulo Sader, presidente da Associação Comercial de São José do Rio Preto (Acirp), o turismo de la-zer apresenta um grande potencial pela proximidade das estâncias hi-drominerais de Olímpia e Ibirá.

Rio Preto também ganhou status de cidade que movimenta o turismo de negócios. Em 2018, será sede de três importantes congressos médicos, com a expectativa de receber mais de 4 mil profissionais. A Faculdade de Medici-na de São José do Rio Preto (Famerp) é uma instituição de ensino pública que se destaca por manter o segun-do maior hospital-escola do Brasil – o

MARCELO FERNANDES DIRETOR E DELEGADO REGIONAL DO SINDLOC-SP

PAULO SADER PRESIDENTE DA ACIRP

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Frotas

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O governo faz discursos para exaltar a importância da eficiência energética, as montadoras reforçam pro-jetos localmente e em nível internacional, mas.... Os

carros elétricos, novas vedetes da indústria e apontados como o futuro do setor, simplesmente não figura nos pla-nos do novo regime automotivo Rota 2030. Afinal, o que o Brasil quer?

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comér-cio Exterior chegou a constituir um grupo de trabalho em parceria com entidades como Anfavea e Sindipeças. Porém, o assunto permanece no campo dos debates. “Vamos manter o desconto no Imposto de Importa-ção para estes modelos e queremos estimular o de-senvolvimento dos carros elétricos no Brasil, mas por

CARRO ELÉTRICO AINDA ESTACIONADO NO BRASILPaís almeja produção de modelos do gênero, mas sequer contempla a inovação em seu regime automotivo

INDÚSTRIA

ATÉ O MOMENTO, A LEGISLAÇÃO NACIONAL ENFOCA APENAS O ETANOL E OS VEÍCULOS FLEX FUEL

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enquanto não há medidas definidas para isso”, revelou Luiz Miguel Falcão, coordenador da secretaria de de-senvolvimento e competitividade industrial do minis-tério, durante o simpósio da Associação de Engenharia Automotiva realizado nos dias 12 e 13 de setembro em São Paulo.

Até o momento, a legislação nacional enfoca apenas o etanol e os veículos flex fuel. “Se 100% da frota na-cional usasse etanol, nós superaríamos imediatamen-te a meta ambiental que a Europa tem apenas para 2030”, projetou Luiz Afonso Pasquotto, presidente desta edição do simpósio. No entanto, não há sequer uma política clara para o etanol e, mesmo que esta fosse implementada, seria fundamental pensar em uma estratégia que não colocasse o país refém de uma única solução energética.

INVESTIMENTOSEm contrapartida, o movimento das grandes monta-

doras rumo à geração dos elétricos segue em acelera-

FILIAL BRASILEIRA DA GM DEU INÍCIO A TESTES COM O BOLT EV, COM AUTONOMIA DE 383 KM

ção. No início de outubro, a General Motors assegurou que apresentará dois novos veículos do gênero nos pró-ximos 18 meses e 20 até 2023. A filial brasileira deu início a testes com o Bolt EV, compacto movido à eletricidade e nível de bateria suficiente para rodar 383 km com car-ga completa. A Ford, por sua vez, promete incorporar 13 modelos em cinco anos, entre os quais um utilitário es-portivo com autonomia de 480 quilômetros. Para isso, a marca está formando um grupo interno intitulado Equipe Edison, uma alusão ao inventor da lâmpada elétrica, dedi-cado exclusivamente a carros elétricos.

As chinesas BYD e Chery aguardam a decisão do go-verno, assim como a Toyota, que já tem projeto para o híbrido Prius. Porém, a montadora japonesa alega que os investimentos só se justificam para a produção de 3 mil a 5 mil unidades ao ano. A elevação só se tornaria vi-ável por meio de incentivos. Mas a julgar pela resistên-cia do poder público em perder arrecadação, sem olhar para os ganhos, o elétrico ainda soa como uma inovação de longo prazo. l

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GESTÃO

UM BASTA A REUNIÕES LENTAS E IMPRODUTIVASAlgumas atitudes simples podem tornar esses encontros sinônimo de eficiência

desfrutar o melhor rendimento possí-vel”, destaca. Saber a hora certa para organizar uma reunião é fundamental. Evitar ou esclarecer boatos, discutir assuntos delicados, situações urgen-tes e transmitir informações significa-tivas são alguns motivos oportunos.

“É extremamente desagradável re-ceber uma má notícia por e-mail, do mesmo modo que não é conveniente alguém de patente alta na empresa oferecer seu apoio moral ao grupo por meio do WhatsApp”, acrescenta. O es-pecialista elencou algumas dicas.

Antes de tudo, faça uma pauta e envie aos participantes até 24 horas antes da reunião, para que todos se organizem. É essencial ter um objetivo definido para que o encontro não vire papo-furado, e certifique-se de que o horário de início e término seja respeitado.

Convide apenas as pessoas que possam ajudar a atingir o objetivo e,

ao final, faça um resumo das decisões tomadas e ações que deverão ser rea-lizadas após o encontro.

Fazer a reunião ou parte do tempo dela com todos de pé? Parece uma lou-cura, mas é outra forma de dinamizar. O desconforto faz com que as pessoas sejam mais diretas no assunto

Outra recomendação valiosa, passa-da pelo empreendedor e escritor Gary Vaynerchuk, é: corte o tempo das reu-niões pela metade. Simples assim: se te pedem 30 minutos, disponibilize 15. Não exceda o tempo e, quando desco-brirem que costuma fazer isso e te pe-direm o dobro do tempo, ofereça ¼

Toda reunião precisa de um ob-jetivo específico e, ao livrar-se do costume de convocá-las a todo mo-mento, por qualquer motivo, o de-senvolvimento dos colaboradores e a produção da empresa podem ser muito mais satisfatórios. l

O tempo passa, metade do dia está escapando e a reunião continua, sem nenhuma de-

finição prática. Também interrompe a rotina dos colaboradores e acaba por não valer o tempo despendido. Mas estratégias simples podem rentabilizar ao máximo esses encontros e torná--los sinônimo de produtividade.

O programador e consultor de marketing Robson Cristian Tomaz Pereira considera-se um “louco por dinamizar os negócios” e fez dessa obsessão um blog especializado sobre o tema. “Para um bom líder, é impor-tante saber coordenar sua equipe e

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UM BASTA A REUNIÕES LENTAS E IMPRODUTIVAS

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LÍDERES

Fundada há 44 anos em Belo Ho-rizonte (MG), com apenas seis Fuscas usados e adquiridos por

meio de crédito, a Localiza Hertz tor-nou-se a maior rede de aluguel de car-ros da América do Sul. Hoje a compa-

Eugênio Mattar, da Localiza Hertz, defende a valorização dos processos internos como prioridade diante de outras inovações

nhia está avaliada em R$ 10 bilhões, com 577 agências presentes em 399 cidades de sete países e mais de 6,7 milhões de clientes.

E agora? Em que inovações o grupo aposta para manter essa trajetória de sucesso? Ao ser questionado a res-peito, o presidente Eugênio Mattar foi enfático. “Antes de inovar, temos de aprender a modernizar”, cravou. Para ele, o caminho para obter o diferencial competitivo consiste em buscar toda e qualquer melhoria de processos inter-nos e de gestão que reforcem a quali-dade do atendimento e do produto em

INOVAR SIM, MAS ANTES O CAMINHO É MODERNIZAR

todas as plataformas de atuação. “Não é fácil gerar valor. Para isso, é preciso um choque de produtividade na forma como o gestor organiza o negócio. Sem isso, a empresa está fadada a ter pouca relevância no futuro”, ressalta.

Em relação à procura por novos nichos de mercado, como o compartilhamen-to de carros, Mattar acredita que este movimento ainda não se consolidou no país. “O car sharing pode ser uma aposta, mas ainda não é uma solução que tenha conseguido viabilizar-se financeiramen-te, sobretudo pela dificuldade em con-seguir linhas de crédito”, afirma.

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EUGÊNIO MATTAR CEO DA LOCALIZA

De acordo com executivo, mesmo que neste momento não exista no se-tor de locação de carros uma rota de-finida que leve a novos nichos ou que haja pouco espaço para soluções ino-vadoras, sempre há a necessidade de aperfeiçoar continuamente o modelo do negócio. “Isso permite diminuir ao máximo o tempo necessário para que os clientes saiam dirigindo os carros dos pátios”, acrescenta. Exemplo dis-so foi o lançamento do Localiza Fast, autosserviço que utiliza um aplicati-vo em que o cliente realiza tudo pelo smartphone, inclusive a abertura do carro, sem precisar ir ao balcão.

Quanto ao setor automotivo em geral, Mattar afirma que, apesar do momento difícil, a indústria tem con-tribuído para oferecer automóveis com maior valor agregado. “Houve um grande investimento em segurança e melhorias nas frotas, com modelos mais confortáveis, maior durabilida-de e menor propensão a ocorrências de pane. Todos esses fatores contri-buem para a satisfação e fidelização do cliente.”

A despeito da pouca regulamen-tação do setor, o executivo é con-tundente ao afirmar que a flexibi-lidade competitiva acaba, muitas vezes, esbarrando em regras que engessam o segmento. Uma delas é a que obriga as locadoras a pos-suir um número mínimo de veículos adaptados para pessoas com defi-ciência. “O empresário é obrigado a cumprir uma legislação que exige uma enorme quantidade de carros, onerando os custos, para cumprir uma demanda que chega a ser qua-se nula”, finaliza. l

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OLHO NAS CONTAS

Em 28 de maio de 2014, o Co-mitê de Normas Internacionais de Contabilidade (IASB) e o Co-

mitê de Normas de Contabilidade Fi-nanceira dos Estados Unidos (FASB) publicaram em conjunto uma nova regulação que orienta sobre o reco-nhecimento das receitas, o IFRS 15. Batizada de “Receita de Contratos com Clientes”, a norma promete im-pactar significativamente a forma com que as empresas reconhecem suas receitas a partir de 2018.

Importante ressaltar que o IFRS se aplica inicialmente às companhias

O QUE MUDA PARA AS LOCADORAS DE VEÍCULOS COM O IFRS 15

abertas. As regras serão aplicadas às pequenas e médias empresas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, em momento posterior a essa implementação. Resumindo brevemente as alterações, o con-ceito atual aplicado às locadoras de veículos determina que as receitas sejam apropriadas no momento em que seu valor puder ser mensurado com confiabilidade, e for provável o recebimento. Já o novo conceito estabelece que, primeiramente, os contratos devem ser subdivididos em obrigações de performance, que devem ter valor individual. Em segui-da, as receitas deverão ser reconhe-cidas na medida em que essas obri-gações forem cumpridas.

Mas, com a interpretação da nor-ma, como as alterações podem afe-tar as locadoras de veículos? Em princípio, essas modificações, apa-rentemente, não causarão grandes mudanças no segmento de locação, uma vez que as obrigações de de-

sempenho pactuadas nos contratos são satisfeitas ao longo do tempo, em momento semelhante ao que atualmente é registrado. Entretan-to, existem muitos detalhes que de-vem ser observados e podem cau-sar distorções nas demonstrações contábeis – um exemplo acontece quando houver alguma oferta agre-gada à locação.

Nesses casos, haverá a necessi-dade de controle rigoroso por parte da administração, a fim de registrar o exato momento em que cada uma das obrigações for cumprida, e con-sequentemente apropriada. Ado-tar o conceito de maneira correta é fundamental, pois o reconhecimento das receitas está diretamente ligado ao resultado, à apuração dos impos-tos e do patrimônio de sua empresa.

Contudo, a maior parte das mu-danças ocorre, em termos contábeis, onde o registro das informações so-frerão alterações, embora não afe-tem diretamente o resultado.

LUIZ SANTOS SUPERVISOR CONTÁBIL DA VERS CONTABILIDADE, GRADUADO EM DIREITO PELO CENTRO UNIVERSITÁRIO UN A E TÉCNICO EM CONTABILIDADE PELO SENAC-MG

“Existem muitos detalhes que devem ser observados e podem causar distorções nas demonstrações contábeis”

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O QUE MUDA PARA AS LOCADORAS DE VEÍCULOS COM O IFRS 15

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