revista sindlocsp · a volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo com injeção...

24
REVISTA SP SINDLOC Ano XIX – Edição 171 – 2015 Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo Crise acelera setor de seminovos e breca vendas de 0 km no semestre Saiba como a economia influi no crédito para compra de veículos Sindloc comemora trajetória de muito trabalho e relevantes conquistas 24 ANOS NA ESTRADA

Upload: doanbao

Post on 09-Dec-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: REVISTA sindlocsp · A Volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo com injeção direta no Brasil. Chamado de 1.0 TSI Total Flex e do - tado de três cilindros, oferece

REVISTA

spsindlocAno XIX – Edição 171 – 2015Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo

Crise acelera setor de seminovos e breca vendas de 0 km no semestre

Saiba como a economia influi no crédito para compra de veículos

Sindloc comemora trajetória de muito trabalho e relevantes conquistas

24 ANOS NA ESTRADA

Page 2: REVISTA sindlocsp · A Volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo com injeção direta no Brasil. Chamado de 1.0 TSI Total Flex e do - tado de três cilindros, oferece
Page 3: REVISTA sindlocsp · A Volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo com injeção direta no Brasil. Chamado de 1.0 TSI Total Flex e do - tado de três cilindros, oferece

revista sindloc 3

Um século depois de urbanizações desordenadas e sem planejamento, foi desco-berto o grande vilão do caos no trânsito da capital paulista: o carro. A história parece um novelão, mas estamos falando da vida real, que interfere em milhares

de empregos e no desenvolvimento econômico de um país.Só no ano passado, as locadoras de automóveis paulistas adquiriram 226 mil veículos,

recolheram R$ 2,6 bilhões em tributos e criaram em torno de 200 mil empregos. A indústria automotiva registrou vendas recordes nos últimos anos, sob o estímulo de medidas como o IPI reduzido. Abrimos postos de trabalho, pagamos impostos, enchemos os cofres e os egos dos governos. Agora, em troca, querem taxar o automóvel como um bem descartável.

A prefeitura de São Paulo, comandada pelo “homem novo para um tempo novo”, resol-veu seguir a velha cartilha do poder público: a de achar um culpado para desviar o foco e atenuar suas próprias deficiências. Bicicletas e ônibus são tratados com pompa, como se valorizar essas modalidades de transporte implicasse, necessariamente, desprestígio de outras. Enquanto isso, a indústria de multas na cidade atinge índices impressionantes de arrecadação – foram mais de R$ 890 milhões no ano passado.

As ciclofaixas tornaram-se uma vedete, com direito a fechamento da Avenida Paulista. Foi um dia em que muitos imaginaram estar na Holanda, mas se esqueceram dos inúmeros hospitais concentrados na região. Curiosamente, as ciclovias não chegaram a bairros sem grife como Sapopemba e Itaim Paulista, onde se estima um fluxo superior a 2 mil viagens de bicicleta por dia. As pistas já existentes são subutilizadas e convivem com buracos e lama.

A mais nova solução é o fechamento do Minhocão aos sábados, após uma averiguação rigorosa baseada em DOIS DIAS de testes. Outra prioridade é o aumento da velocidade dos ônibus nos corredores, não importando o tempo de espera nos pontos. Ao mesmo tempo, deparamos com mais uma redução na velocidade máxima dos carros nas margi-nais – 50 km/h na via local e 60 km/h na expressa.

Essa postura nos remete a certo governo que insiste em rotular os opositores como inimigos da nação, em vez de agregar esforços pela recuperação do país. Da “elite branca” ao “nós contra eles”, sobram palavras de efeito. Falta todo o resto.

Os carros entraram para a galeria de vilões, mas quase sempre são eles que mobilizam audiência. Essa novela terá muitos remakes e nós estaremos lá, fazendo o que tem de ser feito em favor do Brasil.

Viramos o Vilãoda história?

ElADiO PANiAgUA JUNiORPresidente do Sindloc-SP

A Revista Sindloc SP é uma publicação mensal do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo, distribuída gratuitamente a empresas do setor, indústria automobilística, indústria do turismo, executivos financeiros e jornalistas.

Foto de capa: Istock

Presidente: Eladio Paniagua JuniorDiretor Financeiro: Luiz Carlos de Carvalho Pinto LangDiretor Secretário: Paulo Miguel Jr.Diretor: Luiz Antonio CabralProdução Editorial: Scritta – www.scritta.com.brCoordenação: Leandro LuizeRedação: Bete Hoppe, Katia Simões, Larissa Alves e Maria Carolina Ramos Revisão: Júlio YamamotoDiagramação: Graziele Tomé - Eco Soluções em Conteúdo - www.ecoeditorial.com.brJornalista Responsável: Paulo Piratininga - MTPS 17.095 - [email protected]

EXPEDIENTE

EdIToRIAl

Impressão: Gráfica RevelaçãoTiragem: 5 mil exemplaresCirculação: distribuição eletrônica para 7 mil leitores cadastradosEndereço: Praça Ramos de Azevedo, 209 – cj. 22 e 23Telefone: (11) 3123-3131E-mail: [email protected]

É permitida a reprodução total ou parcial das reportagens, desde que citada a fonte.

Page 4: REVISTA sindlocsp · A Volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo com injeção direta no Brasil. Chamado de 1.0 TSI Total Flex e do - tado de três cilindros, oferece

revista sindloc 4

Burocracia nas liberdades constitucionais com o novo eSocial

06 JURÍDICO

Semestre registra alta de vendas de veículos usados. Novos amargam perdas

10 MERCADO

Salim Mattar: história de sucesso e inspiração para o setor

20 pERfIl

Plano de comunicação é essencial para empresa vencer as turbulências

22 EspECIAlIstA

Especialista analisa o mercado de crédito para compra de automóveis

08 pINGUE- pONGUEAniversário de 24 anos: momentos marcantes na história de sucesso do Sindloc

CApA12

SumáRIo

Otimista, Toyota investe R$ 15 milhões e promete nova fábrica em 2016

lINHA DE MONtAGEM16

Novo Ford Focus estreia com mais tecnologia e descontos exclusivos

CARRO19

Page 5: REVISTA sindlocsp · A Volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo com injeção direta no Brasil. Chamado de 1.0 TSI Total Flex e do - tado de três cilindros, oferece

revista sindloc 5

Mercado

o QUe estÁ Por Vir

A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) divulgou os modelos mais vendidos no primeiro semestre de 2015. O ranking de automóveis é encabeçado pelo Fiat Palio, que emplacou 62.757 unidades, segui-do do GM Onix (55.789), Hyundai HB20 (51.349) e Ford Ka (45.988). Já entre os comerciais leves, a Fiat também ocupou a liderança, sendo o Strada responsável por 54.511 veículos comercializados. Logo atrás, figuram o Volkswagen Savei-ro (32.401), o Chevrolet S10 (19.023) e o Toyota/Hilux (16.611).

Balanço

Mais Vendidos do seMestre

Mesmo com vendas mais tímidas em decor-rência da retração econômica, cerca de 40 car-ros serão apresentados ao mercado brasileiro a partir do segundo semestre de 2015. Entre os lançamentos, destacam-se o Volkswagen Up! TSI em julho, que será o primeiro 1.0 de três ci-lindros com injeção direta. Em agosto, será a vez do Volkswagen Golf, o primeiro turboflex da VW e produzido na fábrica de São José dos Pinhais/PR. Já em novembro, chega o Citroën C4 Picasso de nova geração, que troca o antigo motor 2.0 aspi-rado (143 cv) pelo 1.6 turbo (165 cv) com câmbio automático de seis marchas.

noTAS

trânsito

Maioridade Penal As leis de trânsito também são alvo da discussão sobre a redu-

ção da maioridade penal, que poderá abrir brecha jurídica para que jovens de 16 anos obtenham a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Isso porque a legislação atual (artigo 140 do Código Brasi-leiro de Trânsito) não estabelece idade mínima para entrar no pro-cesso de habilitação, mas sim que o indivíduo seja apto a responder criminalmente por seus atos. Temendo o impacto de quase 6,9 mi-lhões de jovens tentando obter a CNH de uma só vez, a Associação Nacional dos Detrans (AND) entrou com pedido formal para alterar o artigo 140. Segundo a associação, se a legislação não for alterada em caso de diminuição da maioridade, haverá um grande impacto em toda a operação dos departamentos de trânsito.

AUTOMÓVEiS

RANKiNg MODElO JUN/15

1˚ Fiat/Palio 62.757

2˚ GM/Onix 55.789

3˚ Hyundai/HB20 51.349

4˚ Fod/Ka 45.988

5˚ VW/Gol 44.900

6˚ Fiat/Uno 43.777

7˚ VW/Fox/Cross Fox 43.059

8˚ Renault/Sandero 38.382

9˚ GM/Prisma 34.459

10˚ Fiat/Siena 31.973

COMERCiAiS lEVES

RANKiNg MODElO JUN/15

1˚ Fiat/Strada 54.511

2˚ VWSaveiro 32.401

3˚ GM/S10 19.023

4˚ Toyota/Hilux 16.611

5˚ GM/Montana 13.993

6˚ Ford/Ranger 9.669

7˚ Fiat/Fiorino 8.092

8˚ Mitsubishi/L200 7.872

9˚ VW/Amarok 6.313

10˚ Renault/Master 4.604

tecnologia

Motor 1.0 inÉditoA Volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo

com injeção direta no Brasil. Chamado de 1.0 TSI Total Flex e do-tado de três cilindros, oferece 105 cv de potência contra 82 cv da versão aspirada. O torque atinge 16,8 kgfm, semelhante a um motor 1.6 comum. Até o momento, apenas motores com inje-ção direta, mas aspirados, haviam sido lançados no país. Outras vantagens são a redução do tamanho do motor sem prejudicar a potência e a economia de combustível.

Page 6: REVISTA sindlocsp · A Volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo com injeção direta no Brasil. Chamado de 1.0 TSI Total Flex e do - tado de três cilindros, oferece

revista sindloc 6

tituições republicanas devem obediência aos princípios:1) da legalidade, 2) da isonomia e 3) da intangibilidade das liberdades públi-cas, que asseguram a certeza e segurança do direito.

Porém, a questão que se coloca é: "Qual a segurança jurídica com que os empre-endedores desejam trabalhar se o Estado legisla por meio de decretos, portarias, regulamentos, inclusive contrariando a legislação anteriormente aprovada pelo Congresso Nacional?".

Por tudo isso, a expressão o Estado Social de Direito não diz muito sobre as suas carac-terísticas, sendo mais preciso quando adjeti-vado por outro termo que lhe qualifique me-lhor, como no caso da palavra democrático, como bem observado pelo Poder Constituin-te ao redigir a nossa Constituição de 1988.

Essa mesma Constituição, que garante um estado democrático, gravou o princí-pio republicano e o alçou juntamente com o princípio do federalismo ao mais alto grau pelo art. 60, §4º, da Constituição, ao vedar que os mesmos sejam, inclusive, objeto de deliberação. Mas no Brasil, como tem sido fartamente noticiado, ainda se con-funde República (coisa pública), com coisa de ninguém, e os agentes públicos ignoram solenemente a base da República quando exigem o cumprimento do eSocial por meio de decretos e portarias

Se a sociedade brasileira não reagir, aqueles que enxergam no Estado o fim em si mesmo continuarão a rasgar, dia após dia, o princípio da legalidade e as liberda-des constitucionais. l

O projeto de SPED Social, ou eSocial, é mais uma mania de grandeza que nos assombra e envolve diversos

órgãos federais. Objetivaria a consolidação das obrigações acessórias trabalhistas. Em síntese, pelo projeto, haveria um aumento de ferramentas do Estado para a fiscaliza-ção trabalhista em geral.

Todavia, salvo melhor juízo, não encon-tramos fundamento legal, do ponto de vis-ta das obrigações acessórias trabalhistas, para o Estado brasileiro exigir dos contri-buintes tamanho esforço para o cumpri-mento de obrigações burocráticas. Fato é que, rotineiramente, o empreendedor no Brasil tem sofrido todo tipo de violação de suas garantias constitucionais, basilares do estado de direito.

O estado de direito pode ser, muito sim-plificadamente, reduzido à submissão do Estado à ordem pública e salvaguarda das liberdades individuais. Em outras palavras, o agente público que se arroga uma com-petência (não conferida por lei) ao arbítrio de legislar atenta contra o estado demo-crático de direito, razão pela qual seus atos não teriam respaldo nos princípios do cha-

mado estado de direito. As garantias que ora são violadas pelo eSo-cial violam direitos que desde 1689 já existiam na Inglaterra, a partir da Declaração de Direitos (Bill of Rights), que limi-tou os poderes do Esta-do e, simultaneamente, protegeu as liberdades individuais. Vale regis-trar que o Fisco e as ins-

o esocial e a afronta constitucional ao PrincíPio da legalidade

EDgAR SANTOS TAVARES DiASAdvogado, mestre em direito do trabalho pela PUC-SP, coordenador da área trabalhista do escritório Queiroz e Lautenschläger Advogados

JuRÍdICo

Se a sociedade brasileira não reagir, aqueles que enxergam no Estado o fim em si mesmo continuarão a rasgar, dia após dia, o princípio da legalidade e as liberdades constitucionais

Page 7: REVISTA sindlocsp · A Volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo com injeção direta no Brasil. Chamado de 1.0 TSI Total Flex e do - tado de três cilindros, oferece

revista sindloc 7

COM VENDAS DIRETAS CHEVROLET, A SUA LOCADORA TEM MUITO MAIS BENEFÍCIOS:• MENOR CUSTO DE MANUTENÇÃO • MAIS DE 590 PONTOS DE VENDA NO BRASIL. A CHEVROLET PERTO DE VOCÊ

• MAIS NOVO E COMPLETO PORTFÓLIO DE CARROS DO PAÍS • PÓS-VENDAS COM ATENDIMENTO PREFERENCIAL • MELHOR VALOR DE REVENDA PARA MAIS INFORMAÇÕES, CONSULTE UMA CONCESSIONÁRIA CHEVROLET.

TRACKERCAPTIVACRUZE

SPIN

S10

ONIX PRISMA MONTANA

Todos juntos fazem um trânsito melhor.Os veículos Chevrolet estão em conformidade com o Proconve - Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores. www.chevrolet.com.br - SAC: 0800 702 4200 - Ouvidoria GMAC: 0800 722 6022

salle

sche

mis

tri

salle

sche

mis

tri

PENSANDO EM RENOVAR SUA FROTA? VENDAS DIRETAS CHEVROLET: A LINHA MAIS COMPLETA PARA SUA LOCADORA.

CONSULTE CONDIÇÕES ESPECIAIS PARA CNPJ E FROTISTAS.

42853_005 An. Locadora CNPJ 21x28.indd 1 6/8/15 4:22 PM

Page 8: REVISTA sindlocsp · A Volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo com injeção direta no Brasil. Chamado de 1.0 TSI Total Flex e do - tado de três cilindros, oferece

revista sindloc 8

O SETOR AUTOMOTiVO ESTá DESAqUECiDO. NESSE CONTExTO, COMO VOCê ANAliSA O ATUAl CENáRiO DE fiNANCiAMENTOS DE VEíCUlOS?De janeiro a maio deste ano, os finan-ciamentos de veículos, considerando automóveis leves, motos e pesados, somaram 2,26 milhões de unidades. O resultado representa uma queda de 11,8% em relação ao mesmo perí-odo de 2014. Esse é um mercado que acompanha o setor automotivo como um todo, e ele está enfraquecido. A re-alidade do setor é como a do Brasil. As principais razões para a desaceleração são o baixo índice de confiança do con-sumidor, o endividamento das famílias, que vem crescendo, e a renda que não aumenta. Tudo isso, somado ao atual cenário econômico brasileiro, impacta o setor automotivo.

A realidade do setor automotivo acompanha a do país, incluindo a área de financiamento de veículos. Fatores como a desaceleração do aumento da renda têm levado a uma redução no volume de automóveis financiados. Nesta entrevista, o gerente de Relações Institucionais da Cetip, Marcus Lavorato, analisa o mercado de crédito no atual cenário de incertezas da economia brasileira.

marchaà rÉ

OS fiNANCiAMENTOS DE VEíCUlOS CORRESPONDEM A qUE PARCElA DAS VENDAS? DO TOTAl, qUANTOS SãO USADOS E qUANTOS SãO NOVOS?Atualmente, os financiamentos de veículos novos e usados correspon-dem a 40,8% do total vendido. Con-siderando apenas as unidades no-vas vendidas, 73,4% são financiadas, enquanto os usados correspondem a 29,9%.

qUAl é O TiPO DE VEíCUlO MAiS fiNANCiADO?Os autos leves ainda são os mais financiados. Em maio deste ano, do total de vendas por meio de crédito, eles representaram 77%, enquanto 18,5% foram de motos e 4,2% de veí-culos pesados (ônibus e caminhões). Embora as motos sejam as menos

PInGuE-PonGuE

Page 9: REVISTA sindlocsp · A Volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo com injeção direta no Brasil. Chamado de 1.0 TSI Total Flex e do - tado de três cilindros, oferece

revista sindloc 9

preferidas, o volume de financia-mentos desse tipo de veículo, tan-to novo quanto usado, apresentou leve alta de 0,1% no acumulado do ano até maio, na comparação com o mesmo período do ano passado.

SE CONSiDERARMOS APENAS OS AUTOMÓVEiS lEVES, COMO ESTá O DESEMPENhO NESTE ANO?No acumulado do ano até maio, os autos leves novos e usados somaram 1,7 milhão de unidades, queda de 3,1% na comparação com o mesmo período de 2014. Desse total, 624.922 fo-ram de unidades novas e 1.146.949, usadas. Os dados também apontam uma desaceleração, acompanhando o mercado como um todo.

há UMA MAiOR PROCURA POR fiNANCiAMENTOS DE CARROS NOVOS OU USADOS?Apesar de haver um volume menor de financiamentos, até meados de 2013, os autos leves novos apresentavam um maior crescimento em relação aos usa-dos. Porém, desde o fim de 2013, esse movimento mudou. O financiamento entre os novos vem caindo mês a mês, enquanto diminui o recuo entre os usa-dos, com direito a uma leva alta a partir do fim do ano passado. No acumulado de 12 meses até maio, os financiamen-tos de autos leves novos somaram 1,8 milhão de unidades, índice 15,1% infe-rior ao do mesmo período anterior, en-quanto as vendas financiadas de autos leves usados totalizaram 2,9 milhões de unidades, aumento de 0,3% na mes-ma base de comparação.

POR qUE iSSO OCORRE?Desde o ano passado, os consumidores estão optando pelos usados para com-prometer menos a sua renda em meio às incertezas da economia brasileira.

há AlgUMA fAixA ETáRiA DOS USADOS qUE é MAiS fiNANCiADA?Sim. Os autos leves de 4 a 8 anos são os preferidos dos consumidores. De janeiro a maio, foram financiadas 633,7 mil unidades nessa faixa etária, alta de 1,2% em relação ao mesmo período do ano passado. A categoria, inclusive, foi a única que apresentou aumento nos financiamentos na comparação anual. Provavelmente, o motivo para essa preferência é o fato de se tratar de uma

faixa um pouco mais barata e, no atual momento, o consumidor prefere não comprometer tanto sua renda.

qUAl A é MODAliDADE DE fiNANCiAMENTO MAiS UTilizADA ATUAlMENTE?O Crédito Direto ao Consumidor (CDC) continua sendo a opção mais utilizada pelos brasileiros entre as modalidades de financiamento – 79,5%. No acumu-lado do ano, 1,83 milhão de unidades foram adquiridas por meio do crédito direto, número que engloba autos leves, motos e pesados. Apesar disso, o con-sórcio vem sendo cada vez mais utiliza-do pelos consumidores e hoje já repre-senta 17,6% do total. De janeiro a maio, a modalidade apresentou a menor que-da entre as opções de financiamento. Foram vendidas 360,7 mil unidades por meio de consórcio, queda de 0,6% em relação ao mesmo período de 2014. Já o leasing responde por 1,2% das moda-lidades contratadas, enquanto outras modalidades representam 1,7%.

qUAl é O PAPEl DA CETiP NO CiClO DE fiNANCiAMENTOS DE VEíCUlOS?A Cetip garante mais segurança, trans-parência e agilidade nas operações de financiamento de veículos. Um de seus principais produtos é o Sistema Nacio-nal de Gravames (SNG), uma base pri-vada integrada, que reúne e atualiza em tempo real todas as informações rela-tivas aos financiamentos de veículos feitos pela totalidade das instituições fi-nanceiras, indicando se um veículo pode ou não ser objeto de garantia. l

"O Crédito Direto ao Consumidor (CDC) continua sendo a opção mais utilizada pelos brasileiros entre as modalidades de financiamento – 79,5%"

QUeM: Marcus Vinicius Leal Lavorato

destaQUe: Desde abril de 2013, é gerente de Relações Institu-cionais da Cetip, integradora do mercado financeiro. Sua experi-ência inclui o trabalho de pesqui-sador para o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE-FGV), desenvolvendo indicadores econômicos e estudos setoriais para várias indústrias

Page 10: REVISTA sindlocsp · A Volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo com injeção direta no Brasil. Chamado de 1.0 TSI Total Flex e do - tado de três cilindros, oferece

revista sindloc 10

mERCAdo

Em meio a um cenário de ajus-tes fiscais, crédito mais rigoro-so, desaceleração do consumo e

aumento da inflação, a economia bra-sileira passa por uma crise que afeta vários setores, principalmente os de bens de maior valor.

A área automobilística foi uma das mais atingidas: o acumulado do primei-ro semestre de 2015 registrou queda de 18,5% na produção de veículos em comparação com os seis primeiros me-ses do ano anterior, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Foram 1,27 milhão de autoveículos produzidos neste ano contra 1,56 milhão no ano passado. O índice de produção em ju-nho também não foi satisfatório: recuo de 12,5% em relação a maio e de 14,8% em comparação a junho de 2014.

A Anfavea, que no início do ano previu baixa de 10% na produção em

Venda de usados acelera, enquanto segmento de zero-quilômetro permanece estacionado

2015, já revisou as projeções três vezes, sendo a última de 17,8%. “A expectativa de mercado e a confian-ça dos consumidores e empresários continuam abaladas, influenciadas diretamente pelo arrocho do crédito e pela espera da conclusão do ajuste fiscal na economia”, explica o presi-dente da associação, Luiz Moan Ya-biku Junior. “Esses fatores nos leva-ram a repensar as projeções para o ano em todos os segmentos.” Já são três anos acumulando quedas, ainda sem sinais de avanço.

O licenciamento também segue o mesmo movimento. O primeiro se-mestre apresentou queda de 20,7% em comparação com os primeiros seis meses de 2014, caindo de 1,66 milhão de veículos para 1,31 milhão. Comparando-se os índices de junho de 2015 e 2014, houve uma redução de 19,4%.

economia frágil faVorece seMinoVos

O km

apresentou queda de 18,5% na produção em 2015

Page 11: REVISTA sindlocsp · A Volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo com injeção direta no Brasil. Chamado de 1.0 TSI Total Flex e do - tado de três cilindros, oferece

revista sindloc 11

SEMESTRE POSiTiVOCom os gastos na ponta do lápis,

economizar passou a ser palavra de ordem para muitos consumidores, o que tem favorecido o mercado de veículos seminovos. No primeiro se-mestre de 2015, as vendas de usa-dos cresceram 4,8% ante igual perí-odo de 2014. Observa-se o mesmo resultado positivo em relação ao mês de junho: um aumento de 18,5%.

A cada mês, a comercialização vai se mantendo estável. No comparati-vo com maio de 2015, o aumento de 3,1% confirma o equilíbrio nas vendas. “Um seminovo oferece uma excelente relação de custo-benefício que pode agradar em cheio a quem deseja ter um veículo em boas condições por um preço justo e dentro do seu orçamen-to”, observa Ilídio Gonçalves dos San-tos, presidente da Federação Nacional

das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto).

A preferência dos consumidores é pelos usados de até três anos, cuja procura cresceu 65,9% em relação ao mês de junho de 2014 e 38,2% no acumulado de 2015 em comparação ao ano anterior. Essa fatia do mer-cado, aliás, é uma das que exercem mais influência na área de locação. O momento, inclusive, é propício para a troca de frota. “Acredito que um com-prador bem informado sobre as con-dições que o mercado de seminovos está proporcionando pode realizar um ótimo negócio, já que temos bons estoques e muitas oportunidades de negócios nas lojas”, avalia Ilídio.

SUDESTE ACiMA DA MéDiA Entre as regiões, o Sudeste teve

aumento de 6,51% nas vendas do pri-

Usados até três anos são os preferidos dos consumidores

meiro semestre de 2015 em relação ao mesmo período em 2014. Consi-derando o percentual de crescimento nas vendas em todas as regiões do país, 4,8%, a região cresceu acima da média do Brasil, com 3.257.220 unidades comercializadas, ficando atrás apenas do Norte. Focando ape-nas o resultado de junho, o Sudes-te também cresceu acima da média nacional (18,5%), alcançando 21,9% de aumento em comparação com o mesmo mês de 2014. l

Fonte: Fenauto / Detran

eVolUção das lojas • regiões (só seminovos e usados)

2015 2015 x 2014

REgiáO iBgE JUNhO MAiO ∆% JUNhO DE 2015 JUNhO DE 2014 ∆% ACUM. 2015 ACUM. 2014 ∆%

Regiáo Sul 246.667 238.105 3,6 246.667 220.773 11,7 1.436.565 1.419.745 1,2

Regiáo Sudeste 594.770 566.719 4,9 594.770 488.059 21,9 3.257.220 3.057.888 6,5

Regiáo Centro-Oeste 98.445 92.131 6,9 98.445 81.467 20,8 522.033 533.369 -2,1

Regiáo Nordeste 157.467 162.437 -3,1 157.467 135.344 16,3 953.888 895.369 6,5

Regiáo Norte 40.333 43.952 -8,2 40.333 34.760 16,0 245.412 214.439 14,4

Total Brasil 1.137.682 1.103.344 3,1 1.137.682 960.403 18,5 6.415.118 6.120.810 4,8

Fonte: Fenauto / Detran

eVolUção das Vendas • tempo de uso (só seminovos e usados)

2015 2015 x 2014

TEMPO DE USO JUNhO MAiO ∆% JUNhO DE 2015 JUNhO DE 2014 ∆% ACUM. 2015 ACUM. 2014 ∆%

Seminovos (0 a 3 anos) 340.690 325.657 4,6 340.690 205.374 65,9 1.833.019 1.326.332 38,2

Usados Jovens (4 a 8 anos) 404.398 395.657 2,2 404.398 378.739 6,8 2.358.151 2.430.471 -3,0

Usados Maduros (9 a 12 anos) 137.147 134.361 2,1 137.147 128.559 6,7 790.248 820.650 -3,7

Velhinhos (13 a + anos) 255.447 247.759 3,1 255.447 247.731 3,1 1.433.700 1.543.357 -7,1

Total Brasil 1.137.682 1.103.344 3,1 1.137.682 960.403 18,5 6.415.118 6.120.810 4,8

Page 12: REVISTA sindlocsp · A Volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo com injeção direta no Brasil. Chamado de 1.0 TSI Total Flex e do - tado de três cilindros, oferece

revista sindloc 12

O ano era 1991 e o mercado brasileiro enfrentava um atraso de entrega de carros pelas montado-ras. No início daquela década, a frota disponível

para locação era de cerca de 6 mil veículos, distribuí-dos por 150 cidades, por mais de 250 locadoras em 400 pontos. São Paulo já respondia por uma fatia generosa desse universo, mas ainda não contava com uma enti-dade forte, capaz de representar os interesses do setor. Foi quando empresários do segmento reuniram-se, em 30 de junho de 1991, para criar o estatuto do Sindicato das Empresas locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo (Sindloc-SP).

“Os desafios eram grandes, mas acima de tudo era preciso atrair os donos das locadoras para a entidade”, lembra Nicolau Rezé, primeiro presidente. A partir de, então, o Sindloc-SP vem representando o setor nas es-feras legal, trabalhista e tributária, fechando acordos estratégicos nas convenções coletivas, atuando junto aos órgãos públicos, integrando o setor com os princi-pais públicos fornecedores – como bancos e montado-ras – e agregando conhecimentos aos associados, por meio de cursos, palestras e uma série de eventos. Tudo para manter a categoria unida, atualizada e em cons-tante crescimento sustentável.

Motivos para comemorar nesses últimos 24 anos não faltam. O Sindloc-SP alcançou o Código de Enti-dade Sindical e filiou-se à Federação do Comércio do Estado de São Paulo em 1993. Dois anos depois, lan-çava o primeiro Informe Sindloc-SP, publicação que virou revista e até hoje é distribuída às empresas do setor,

AnIVERSáRIo SIndloC-SP

aniVersÁrio24 anos de representatividade e luta pelo setor

Sindloc-SP promoveu e marcou presença em eventos, seminários e cursos sobre temas estratégicos, como mercado de turismo, leasing e IPVA

Page 13: REVISTA sindlocsp · A Volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo com injeção direta no Brasil. Chamado de 1.0 TSI Total Flex e do - tado de três cilindros, oferece

revista sindloc 13

“A união dos empresários fortaleceu o setor de locação de automóveis, trazendo ganhos substanciais para a atividade em termos de representatividade junto às demais entidades sindicais, aos órgãos governamentais e aos consumidores. A própria fundação do Sindloc-SP foi o marco principal da primeira diretoria, que tive a honra de ter sido escolhido para presidir” Nicolau Rezé30/07/1991 a 28/07/1993

“Eu fui o segundo presidente do Sindloc-SP, em um período em que tínhamos poucos associados e era preciso atraí-los para a entidade, a fim de garantir mais representatividade à entidade e ao setor. Para tanto, oferecemos vários cursos profissionalizantes, com boa relação custo-benefício. Os encontros transformaram-se em momentos importantes para trocar ideias com parceiros do setor e avaliar os pontos positivos e negativos do segmento”Antonio Carlos Batista Ataíde29/07/1993 a 30/07/1995

“Nosso mercado cresceu mais do que qualquer expectativa otimista registrada nos anos 80 e 90. Há pouco mais de 15 anos, trabalhávamos para incorporar a prática da locação de veículos no dia a dia das empresas e dos brasileiros em geral. Chegamos a negociar com os produtores de uma novela para que um dos personagens fosse dono de locadora. Fazíamos de tudo para divulgar a atividade. Hoje, digo que a semente rendeu bons frutos e já há uma cultura real de locação no país”Remi João Zarth31/07/1995 a 30/07/1997

“Participei da primeira gestão fundadora do Sindloc-SP, como diretor administrativo. O prin-cipal objetivo na época era criar um sindicato patronal, ou seja, um organismo institucional, representativo das locadoras, para fazer a inter-locução oficial com os orgãos governamentais, sindicatos de empregados, confederações e ou-tras instituições. Nesse período conseguimos re-alizar o primeiro acordo coletivo entre o sindicato patronal e o dos trabalhadores”Melhem Yaryd Júnior31/07/1997 a 29/07/1999

com a palaVra, o Presidente

aos dirigentes da indústria automobilística e da cadeia produtiva do turismo, além de executivos financeiros e jornalistas especializados.

Vale destacar que, no fim dos anos 90, nascia nas dependências do sindicato a ideia de Encontros Nacio-nais de Sindlocs. O movimento floresceu e o setor se fortaleceu. Em 2004, a entidade integrou a delegação empresarial que acompanhou o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, divulgando o setor e as lo-cadoras de automóveis do Estado de São Paulo no mer-cado emissor de turistas de lazer e de negócios.

COMPROMiSSO COM A qUAliDADE“Em toda a sua trajetória, o Sindloc-SP consolidou

seu compromisso com a ética e o respeito, ampliando conceitos de qualidade e profissionalismo entre empre-sas locadoras, parceiros, o mercado e a sociedade”, res-salta o atual presidente, Eladio Paniagua Júnior.

Além da defesa do setor, a entidade realizou uma sé-rie de cursos, aproximando as locadoras das monta-doras, concessionárias e escritórios de advocacia, com

Page 14: REVISTA sindlocsp · A Volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo com injeção direta no Brasil. Chamado de 1.0 TSI Total Flex e do - tado de três cilindros, oferece

AnIVERSáRIo SIndloC-SP

14 revista sINDlOC

eVolUção dos informes e caPas de maior repercussão do sindloc-sp

Palestra de Max Gehringer e festa de confraternização de 2014 revelam a crescente

evolução dos eventos de relacionamento

temáticas bem variadas, como Recursos Humanos, Controle e Administração de Frotas, Multas e Legisla-ção. Seus eventos de relacionamento contaram com a presença de nomes importantes, de esportistas a em-presários, que deixaram suas contribuições. A seleta lista inclui Arnaldo Jabor, Ricardo Amorim, Amyr Klink, Oscar Schmidt, Gustavo Borges e o ex-capitão do Bope Paulo Storane. O sindicato também criou um importan-te serviço, o Fale com o Associado, voltado tanto para as locadoras associadas como, também, para os parceiros de negócios interessados em se aproximar mais das lo-cadoras paulistas.

Em pouco mais de duas décadas de operação, o Sindloc-SP passou por diversas sedes. Abriu as portas em uma sala na Praça Roosevelt, no centro de São Paulo. De lá, foi transferido para a Rua Cardoso de Melo, na Vila Olímpia. Em 1999, mudou-se para a Rua Estela, no bairro de Vila Mariana e, desde 2009, funciona em sede própria, na Praça Ramos de Azevedo, no centro histórico da capital paulista. Com uma rica trajetória, a entidade conta com 2.551 associadas, que geram 200 mil empregos, administram uma frota constituída por mais de 340 mil veículos e movimentam cifras superiores a R$ 4 bilhões. l

Page 15: REVISTA sindlocsp · A Volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo com injeção direta no Brasil. Chamado de 1.0 TSI Total Flex e do - tado de três cilindros, oferece

“O Sindloc-SP cumpre um importante papel de estar sempre atento às oportunidades e ameaças que possam envolver as locadoras de automóveis e de procurar agir preventivamente, visando a garantir os direitos dessas empresas, suas representadas”Alberto de Camargo Vidigal30/07/1999 a 16/01/2002 e24/01/2010 a 23/01/2014

“O Sindloc-SP, como representante legal do segmento de locação de veículos do estado de São Paulo, deve iniciar e conduzir ações no âmbito da sua representação junto aos órgãos e instâncias dos governos, para promover melhorias na aplicação da legislação tributária – como o IPVA. Deve trabalhar pela regulamentação no setor, acordos e parcerias de forma a garantir direitos a todas as empresas de locação de veículos, independentemente de seu porte. No período em que estive na presidência, vi se concretizar a luta pelo reconhecimento da representatividade legal no estado de São Paulo pela Confederação do Comércio”Tânia Maria de Moraes16/01/2002 a 23/01/2004

“Presidi o Sindloc-SP por seis anos. Durante a minha gestão, compramos a sede própria do sindicato e registramos a redução do IPVA no estado de São Paulo. Mas acredito que este não tenha sido o maior legado da minha passagem pela entidade, e, sim, quanto eu aprendi ao longo desses anos. O Sindloc-SP é uma escola”Paulo Gaba Júnior24/01/2004 a 23/01/2010

“Estou na atividade sindical desde o ano 2000 e, como presidente, há um ano. Nesses últimos 12 meses, promovemos uma aproximação maior com os órgãos governamentais, com a Secretaria da Fazenda, setores ligados ao trade turístico e demos continuidade aos encontros de relacionamento e aperfeiçoamento realizados a cada dois meses. Criamos, também, em 2014, a primeira Convenção do Setor de Aluguel de Carro no Estado de São Paulo, a fim de discutir assuntos pertinentes do setor em nível estadual. Queremos cada vez mais ter força política e representatividade, criando condições mais favoráveis para que locadoras de todos os portes tenham ferramentas para crescer” Eladio Paniagua Júnioratual

15revista sINDlOC

com a palaVra, o Presidente

Palestrantes famosos: (a partir do alto, em sentido horário) Gustavo Borges, Amyr Klink, David Fortes, Arnaldo Jabor, Ricardo

Amorim e Oscar Schmidt

Encontro do Conselho Jurídico e a 1ª Convenção Sindloc-SP, em 2014: conquistas relevantes para todos os associados

Page 16: REVISTA sindlocsp · A Volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo com injeção direta no Brasil. Chamado de 1.0 TSI Total Flex e do - tado de três cilindros, oferece

revista sindloc 16

Toyota reafirma sua aposta no mercado nacional e anuncia um novo centro de distribuição no Nordeste

A parceria é antiga. Fundada em 1937 no Japão, a Toyota Mo-tor Company escolheu o Brasil

para instalar sua primeira operação no exterior. O ano era 1958 e a mon-tadora iniciou na capital paulista a produção do Landcruiser. Quatro anos depois, a fábrica foi transferida para São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, de onde saíram os primei-ros Bandeirantes. Com tração 4 x 4, o jipe enfrentava qualquer terreno e en-trou para a história do mercado auto-mobilístico nacional.

Agora, exatos 57 anos após a che-gada ao país, a Toyota Brasil anuncia o investimento de R$ 15 milhões na construção do Centro de Distribuição de Automóveis no Porto de Suape, em Pernambuco, que deverá entrar em operação em 2016 para abastecer concessionárias da marca no Nordeste. Em uma área de 50 mil m², terá capa-cidade para receber até 30 mil carros por ano, entre os modelos produzidos no Brasil e na Argentina. Segundo Koji Kondo, presidente da Toyota Brasil, a região foi uma das que contabiliza-

Presença no Brasil desde a década de 50

lInhA dE monTAGEm

Page 17: REVISTA sindlocsp · A Volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo com injeção direta no Brasil. Chamado de 1.0 TSI Total Flex e do - tado de três cilindros, oferece

revista sindloc 17

Para facilitar seu acesso aos produtos e serviços que a importadora disponibiliza especialmente para locadoras, apresentamos os contatos de vendas diretas da Toyota Brasil:

fERNANDO KlEiN: [email protected] AlVES: [email protected]

QUeM É QUeM

ram maior crescimento em vendas em 2014: 15% em relação a 2013.

O anúncio reforça a proposta da mon-tadora de investir no Brasil. A década de 90 marcou o início das importações de vários modelos produzidos no Japão; a formação da rede nacional de conces-sionárias, que hoje soma 150 unidades; e a inauguração da segunda fábrica, em Indaiatuba, no interior de São Paulo. Em 1998, a Toyota começou a produzir o Corolla, um dos modelos de maior ade-são no mercado brasileiro.

Em 2005, inaugurou o Centro de Dis-tribuição de Guaíba, no Rio Grande do Sul, porta de entrada para as pick-ups Hilux e SW4 produzidas na Argentina. Em 2012, instalou a primeira ecofactory do país em Sorocaba (SP), projetada para reduzir ao máximo o impacto am-biental da produção. Em 2014, lançou a pedra fundamental da nova fábrica em Porto Feliz (SP), de onde sairão os mo-tores para os modelos Etios e Corolla.

RECEiTA PRÓPRiA PARA CRESCER“Sempre identificamos o Brasil como

um mercado promissor”, afirma Rubens Santini, gerente de vendas diretas da marca no país. “Estamos operando com excedente da capacidade nominal. Tan-to em Indaiatuba, onde é produzido o Corolla, como em Sorocaba, de onde sai o Etios, funcionários tiveram acréscimo de duas horas extras na jornada de tra-balho diária, atuando em dois turnos.” Cerca de 1.600 funcionários trabalham nessas instalações.

Segundo ele, a partir do primeiro se-mestre de 2016, a capacidade de pro-dução da planta de Sorocaba passará de 74 mil para 108 mil unidades por ano. De janeiro a maio, foram comer-cializados 71.574 veículos, 3% a mais do que no mesmo período de 2014 (69.708). “Para crescer de forma sus-tentável, trabalhamos com estoques baixos, o que mantém uma linha salu-tar entre demanda x produção x ven-das x margem”, pontua Santini.

Em 2014, a Toyota bateu recorde de vendas no Brasil com 195.453 unidades, um aumento de 11% em relação ao ano anterior. O campeão de vendas foi o Etios, com 66 mil unidades negociadas (alta de 6%). De janeiro a maio de 2015, contudo, o carro mais vendido foi o Corolla, com 26.123 unidades, alta de 30% na comparação com os primeiros cin-co meses de 2014. O estado de São Paulo responde por 25% das vendas da montadora, percentual que sobe para 30% se levado em conta apenas o mercado de locadoras.

O PESO DA VENDA DiRETAAs vendas diretas representam 15%

do volume produzido pela Toyota, com o mercado de locação respondendo por 1/5 dos negócios. “Procuramos analisar em detalhe cada nicho de mercado e oferecer sempre a melhor opção para os diversos tipos de uso”, destaca Santini. Com essa receita, ele acredita que a montadora foi asserti-va ao oferecer a Hilux para os setores de locação que atendem empresas privadas de mineração, petrolíferas e demais atividades que exigem veícu-los confiáveis e duráveis.

Também acertou na decisão de listar o Corolla para terceirização de frotas. O sedan médio integra, hoje, o rol dos pre-feridos pelos executivos e tem boa par-ticipação como locação premium para diárias. Já o Etios está ganhando espaço na terceirização e no rent a car. “Nosso objetivo é consolidar o Etios como o melhor compacto pelo custo-benefício, pois reúne características como amplo espaço interno, baixo consumo de com-bustível e manutenção barata. Paralela-mente, queremos abastecer as locado-ras e empresas com a pick-up Hilux, com foco especial nas versões orientadas ao trabalho”, revela.

Para atender ao segmento de loca-ção, a Toyota conta com o Departa-mento de Vendas Diretas, composto de back office e equipe de campo treina-da para atender esse perfil de cliente, além de condições especiais nas 150 concessionárias da marca no Brasil. l

Page 18: REVISTA sindlocsp · A Volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo com injeção direta no Brasil. Chamado de 1.0 TSI Total Flex e do - tado de três cilindros, oferece
Page 19: REVISTA sindlocsp · A Volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo com injeção direta no Brasil. Chamado de 1.0 TSI Total Flex e do - tado de três cilindros, oferece

revista sindloc 19

CARRo

Novo modelo da Ford chegará ao mercado com descontos exclusivos e design que seguea tendência global da marca

focUs em foco

Os amantes do Ford Focus podem comemorar. No fim de junho, a marca divul-gou mais informações sobre o novo modelo, com previsão de chegada às lojas até setembro. A versão 2016 estará mais alinhada ao design internacional da

marca: a dianteira, a grade hexagonal e os faróis foram remodelados e foram adicio-nadas rodas de liga leve aro 17. Em meio às incertezas da economia, a montadora norte-americana manterá o mesmo preço da geração anterior. Mais: garantirá 15% de desconto na pré-venda, com validade em setembro, para os clientes que quiserem tro-car as versões 2014/2015. “É uma ação inédita criada para fidelizar o consumidor. Com esse desconto especial, estamos mostrando que o cliente que já está na linha Focus é o mais importante para nós", ressalta o gerente-geral de marketing da Ford, Oswaldo Ramos. Além disso, na condição promocional de lançamento, quem comprar a versão Titanium Plus, top de linha, terá uma economia adicional de 15% no seguro da Ford.

CARRO COMPlETO Destaque para o assistente de frenagem autônomo, que evita a colisão traseira

em velocidades de até 20 km/h e reduz o impacto se o carro estiver a até 50 km/h. O modelo também promove o acionamento automático do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em caso de acidente. E, graças ao Sistema de Estaciona-mento Automático (Active Park Assist), a baliza deixa de ser o terror. Com sensores e câmera de ré, o veículo opera o volante sozinho para manobrar em vagas paralelas e perpendiculares. Computador de bordo colorido e digital de 4,2”, sistema multimídia Sync, com tela de 8”, navegação por GPS, comandos de voz para áudio e ar-condi-cionado integram o time feito para ganhar. O novo Focus apoia-se em quatro pila-res: prazer de dirigir, segurança, inovação e qualidade. “Definitivamente, é um carro para quem gosta de carro”, completa Ramos. l

raio xPREçO: a partir de R$ 69.900

MOTOR: 1.6 (VERSãO SE PluS) E 2.0 (SE PluS 2.0 AT)

POTêNCiA: 131cv/6500rpm (gasolina) e 135 cv/6500 rpm (etanol) na versão 1.6 SE Plus e 175 cv/6500 rpm(gasolina) e 178 cv/6500 rpm (etanol), na versão Titanium AT 2.0

SUSPENSãO: dianteira, Macpherson; traseira, Multlink

fREiO: a disco nas 4 rodas

RODAS: aro 17", liga leve

PNEUS: 205/55 R16, 215/50 R17 (rodagem) ou 125/80 R16 (pneu sobressalente)

DiMENSõES: 4,36 m de comprimento; 1,82 m de largura; 1,46m de altura; entre eixos, 2,64 m

PESO: 1.390 kg (versão SE 1.6 Plus) e 1.399 kg (Titanium AT 2.0)

Page 20: REVISTA sindlocsp · A Volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo com injeção direta no Brasil. Chamado de 1.0 TSI Total Flex e do - tado de três cilindros, oferece

revista sindloc 20

PERFIl

de administração da Localiza, de uma frota de seis Fuscas à maior rede de aluguel de carros da América do Sul, a trajetória do empresário é inspira-dora e digna de nota.

Formado em administração de empresas, ele fundou a Localiza em 1973, aos 23 anos. Em plena época de choque do petróleo, iniciou o ne-gócio de aluguel de carros em Belo Horizonte. A agência era pequena, com uma frota de Fuscas usados, comprados a crédito. Trabalhava to-dos os dias e não foram poucas as noites passadas no escritório.

O esforço valeu a pena. Hoje, a Localiza ocupa a 32ª posição no ranking das marcas mais valiosas do Brasil, conferido pela revista IstoÉ Dinheiro - BrandAnalytics. Visionário, Mattar foi eleito Best CEO pela revista Institutional Investor, uma das mais respeitadas publicações financeiras mundiais, por dois anos consecutivos (2008 e 2009), e ficou entre os melhores CEOs da América Latina segundo a revista Harvard Business Review (2012).

ESTRATégiASUma das estratégias certeiras se

deu durante o segundo choque do petróleo, em 1979, quando o em-presário apostou na aquisição de concorrentes em 11 capitais, princi-palmente no Nordeste. Para driblar a crise de 1983, época de capital escasso e custo elevado, adotou a estratégia do franchising em 1983, o que ampliou a presença da marca no interior e alavancou as vendas. Em 1990, passou a vender seus carros

Salim Mattar é o palestrante de mais uma edição do jantar-pa-lestra promovido pelo Sindlo-

c-SP na noite de 13 de agosto, que já se consolidou como evento de desta-que no calendário do setor. E a esco-lha do convidado especial não pode-ria ser mais apropriada. De office-boy aos 17 anos à presidente do conselho

Visionário, o empresário Salim Mattar, fundador da Localiza, é a estrela do jantar-palestra de agosto do Sindloc-SP

seminovos diretamente ao consu-midor final, reduzindo custos de de-preciação e gerando caixa para reno-vação da frota.

Quinze anos depois, Mattar deu início à oferta pública de ações no Novo Mercado da Bovespa, destina-do às empresas com os mais eleva-dos padrões de governança corpora-tiva. Desde a abertura do capital até hoje, as ações valorizaram 829,5%. Segundo cotação mais recente, de 30 de junho, a Localiza está avaliada em cerca de US$ 3,5 bilhões.

CiDADANiAAtivista em prol de um modelo de

organização social e política para o Brasil, baseado no ideário democrá-tico de liberdade individual, nos prin-cípios de economia de mercado, livre iniciativa e respeito ao Estado de Direito, Salim Mattar dedica-se a co-laborar, estimular e financiar institui-ções no Brasil com este objetivo. l

exemplo e inspiração Para o sUcesso

Localiza em númerosFrota: 117.676Colaboradores: 7.402Agências: 552Cidades: 394Países: 8 (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai)

Page 21: REVISTA sindlocsp · A Volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo com injeção direta no Brasil. Chamado de 1.0 TSI Total Flex e do - tado de três cilindros, oferece
Page 22: REVISTA sindlocsp · A Volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo com injeção direta no Brasil. Chamado de 1.0 TSI Total Flex e do - tado de três cilindros, oferece

revista sindloc 22

Planejamento durante a calmaria é a chave para que empresas superem as turbulências de cabeça erguida

anteciPar-se à crise é essencial

ESPECIAlISTA

Independentemente do porte ou setor, qualquer negócio está sujeito a enfren-tar momentos turbulentos. Nas loca-

doras, problemas com a falta de manu-tenção do veículo, acidentes envolvendo personalidades e o uso indevido do car-ro locado (em roubos ou transporte de substâncias ilícitas) são alguns exemplos do que pode gerar dor de cabeça e atra-palhar o dia a dia da empresa. Para sair do transtorno, o jeito é se preparar antes que algum incidente ocorra.

Nesse contexto, é fundamental que a locadora seja assessorada para iden-tificar antecipadamente seus pontos frágeis, além de elaborar um plano de contenção para emergências e crises que possam arranhar a reputação do negó-cio. É o que aponta Paulo Piratininga, di-retor da Scritta, agência de comunicação corporativa com 23 anos de trajetória.

“Todas as crises são previsíveis. Ao mapear os aspectos vulneráveis da com-panhia, pode-se elaborar previamente respostas para cada situação ou fato de-licado”, explica Piratininga. “Estratégias de contingência em comunicação devem ser traçadas em tempos de calmaria. No olho do furacão e com a cabeça quente, o risco de meter os pés pelas mãos é muito grande”, acrescenta.

O especialista enumera algumas re-gras básicas e orientações para lidar com essas situações:

PAUlO PiRATiNiNgA, diretor da Scritta Comunicação Corporativa

01 O plano de comunicação prévio é peça-chave para solucionar os problemas. É ele que vai guiar as decisões da empresa no mo-mento de crise. As primeiras 24 horas depois do ocorrido são decisivas. Todas as informações devem estar à mão;

02 Informe sua equipe interna antes de começar com declarações públicas. O procedimento evita especulações e fofocas, e ainda transmite transparência e consideração para o pessoal da casa;

03 Escolha previamente um representante bem articulado e com um bom controle emocional para ser o porta-voz perante a im-prensa; alguém para auxiliar as vítimas e/ou familiares (se hou-ver); um profissional para ficar no local do ocorrido (caso seja fora da empresa), e outro que mantenha a empresa funcionando du-rante o problema. Lembre-se: somente o representante oficial da companhia será responsável por transmitir as informações à mídia. Se sua empresa é pequena e não tem departamento de comunicação ou jornalista responsável, alerte os fornecedores, clientes e parceiros comerciais sobre a situação, deixando claro que as ações para solucionar o caso já estão sendo tomadas;

04 Garanta que nenhum funcionário aparecerá na televisão, rádio ou imprensa dando declarações sobre o ocorrido, a menos que seja verbalmente autorizado pela gerência. A equipe também deve se abster de comentar, supor e especular qualquer infor-mação sobre o fato com os familiares, amigos e conhecidos;

05 Admita publicamente o erro, assegure que ele não se repetirá e dê os passos necessários para a solução do problema. Afirme, por exemplo: “Toda a equipe da empresa está trabalhando em conjunto com as autoridades para responder sobre o ocorrido”;

06 Forneça dados: Se ainda não tiver o que divulgar, informe que prestará contas em breve. “Ainda estamos recolhendo informa-ções. Assim que tivermos os detalhes disponíveis, os publicare-mos imediatamente. Agradecemos a compreensão”;

07 Cuide das redes sociais: o cliente insatisfeito reclama na inter-net sobre a qualidade do serviço oferecido, o que prejudica a imagem da empresa. É preciso responder essa pessoa e tomar as devidas ações para melhorias.

Page 23: REVISTA sindlocsp · A Volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo com injeção direta no Brasil. Chamado de 1.0 TSI Total Flex e do - tado de três cilindros, oferece
Page 24: REVISTA sindlocsp · A Volkswagen anunciou a produção do primeiro motor turbo com injeção direta no Brasil. Chamado de 1.0 TSI Total Flex e do - tado de três cilindros, oferece

Job: 2015-Fiat-Varejo-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 35487-006-Fiat-ADP-AnNovaStrada2016-Frente-Sindloc-21x28_pag001.pdfRegistro: 169953 -- Data: 09:56:17 30/06/2015