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REVISTA SP SINDLOC Quanto vale um carro? Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo Ano XX – Edição 179 - Março 2016 Especialista prevê revolução tecnológica em curto prazo no setor e exige reflexão das locadoras Convenção do sindicato em abril mobilizará associados em torno de uma rica agenda de palestras Matéria especial revela o que influi de fato no preço final do veículo

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REVISTA

spsindlocQuanto vale um carro?

Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo Ano XX – Edição 179 - Março 2016

Especialista prevê revolução tecnológica em curto prazo no setor e exige reflexão das locadoras

Convenção do sindicato em abril mobilizará associados em torno de uma rica agenda de palestras

Matéria especial revela o que influi de fato no preço final do veículo

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A lama que há tempos já chegou ao Palácio do Planalto também faz nossa economia atolar dia após dia. O drástico encolhimento de 3,8% do PIB brasileiro em 2015, o pior resultado em 25 anos e a terceira maior queda desde 1948, simplesmente

reflete um governo que só age com contundência na hora de defender os “companheiros”. Mas a mentira está com a perna cada vez mais curta, e a solução, meus caros, está em cada um de nós.

A palavra solução, aliás, é a que norteará a segunda convenção do Sindloc-SP. Durante quatro dias, vamos mobilizar empresários e executivos do setor, parceiros e formadores de opinião em torno de uma rica programação. Promessa de sucesso e audiência ainda mais expressivos em comparação com a primeira edição. Sem dúvida, uma oportunidade ímpar para somar forças, multiplicar conhecimentos e partilhar desafios.

Eventos como este representam um motor potente para incentivar o engajamento dos associados. No entanto, a união setorial não é constituída de belos discursos e palavras de ordem. É a partir da troca de ideias, angústias e perspectivas que conseguiremos, de fato, nos cotizar em torno de ações, estratégias e reivindicações comuns.

Independentemente de ir às ruas, precisamos estar juntos para aprimorar projetos e encontrar soluções criativas e compatíveis com o contexto econômico atual. Se o índice de ociosidade da indústria automobilística atingiu 64% no primeiro bimestre deste ano, vamos estreitar laços com as montadoras. Para dinamizar os processos, vamos em busca de novas ferramentas. Ouviremos os especialistas para nos ajudar a incorporar novos conceitos e tendências às nossas rotinas. Formaremos uma ampla rede de informações e conhecimentos.

Pelo bem do Brasil, vamos erguer as mãos em protesto, mas para fortalecer nosso setor, e vamos dar as mãos a quem está do nosso lado, honrando e defendendo nossa atividade! Que estejamos com esse espírito em abril! Esperamos vocês.

É hora de somar forças e multiplicar conhecimentos

ElAdio PAniAguA JuniorPresidente do Sindloc-SP

A Revista Sindloc SP é uma publicação mensal do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo, distribuída gratuitamente a empresas do setor, indústria automobilística, indústria do turismo, executivos financeiros e jornalistas.

Foto de capa: Istock

Presidente: Eladio Paniagua JuniorVice-presidente: Luiz Carlos de Carvalho Pinto LangDiretoria: Jeronimo Muzetti, José Mario de Souza, LuizCabral e Paulo Miguel JrConselho Fiscal: Flavio Gerdulo, Luis Godas,Marcelo Fernandes, Paulo Bonilha Jr e Paulo Gaba JrProdução Editorial: Scritta – www.scritta.com.brCoordenação geral: Luiz CabralCoordenação editorial: Leandro LuizeRedação: Bete Hoppe, Júlia Arbex e Leandro LuizeDireção de Arte: Ana Vasconcelos – Eco Soluções em Conteúdo – www.ecoeditorial.com.brDiagramação: Graziele Tomé

EXPEDIENTE

EdIToRIAl

Revisão: Júlio YamamotoJornalista Responsável: Paulo Piratininga - MTPS 17.095 - [email protected]ão: Gráfica RevelaçãoTiragem: 5 mil exemplaresCirculação: distribuição eletrônica para 7 mil leitores cadastradosEndereço: Praça Ramos de Azevedo, 209 – cj. 22 e 23Telefone: (11) 3123-3131E-mail: [email protected]

É permitida a reprodução total ou parcial das reportagens, desde que citada a fonte.

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Montadoras unem esforços e viabilizam o lançamento conjunto de três modelos, que devem chegar ao Brasil ainda neste ano

CARROS20

SumáRIoIst

ock

Burocracia, impostos, cultura do lucro... Reportagem discute os aspectos que mais influem no alto custo final do veículo brasileiro

MERCADO10

Convenção do sindicato está confirmada para abril e promete mobilizar associados em torno de uma rica agenda de debates

14 SETOR

Em tempos de crise e aperto nos custos, cursos variados preparam empreendedores para a difícil arte da negociação

16 QUALIDADE

Colunista alerta locadoras optantes pelo Simples Nacional e pelo Lucro Presumido para os cuidados na hora de preencher a Declaração de Imposto de Renda

18 OLHO NAS CONTAS

Saiba por que o Fluxo de Caixa se tornou essencial para garantir a saúde das finanças da empresa

22 ARTIgO

Fundador do WebMotors e do iCarros aposta em uma revolução tecnológica no setor

06 PINgUE-PONgUEModelos de conciliação on-line ganham importância e aceleram resolução de pendências na Justiça

TENDÊNCIA08

Istoc

k

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De acordo com dados da Unidade de Financiamentos da Cetip, o número de automóveis de passeio, comerciais leves, motos e pesados vendidos no Brasil por meio de financiamento totalizou 367.507 unidades em janeiro, uma queda de 26,1% em relação ao mesmo período de 2015. A maior redução no empréstimo foi para compra de veículos novos, com destaque para os automóveis de passeio, com baixa de 41%. Já a venda de usados diminuiu 18%. No primeiro mês do ano, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que representa os revendedores, afirmou que a crise financeira que o país está enfrentando deve derrubar em cerca de 6% as vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus em 2016. Caminho pavimentado para o segmento de seminovos!

emprÉstimo

Venda financiada de 0 km cai 41%

Em mais um capítulo de sua sanha arrecadatória, o governo federal encaminhou ao Congresso Nacional uma proposta de mudança da regra da tributação de lucros e dividendos para empresas enquadradas no regime de Lucro Presumido, o que vai afetar a maioria das locadoras paulistas. A equipe econômica propôs que a parcela do lucro contábil que já tenha sido tributada com base na regra do presumido continue isenta. Sugeriu também tributar a diferença a mais entre o valor apurado na contabilidade e o recolhido de imposto no cálculo do presumido.

Já em relação ao Lucro Real, uma decisão do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais favorável à Sadia (atual BRF) permite que a companhia inclua, na categoria de insumos, materiais de limpeza, embalagens utilizadas para transporte, combustíveis e despesas de energia elétrica. Essa interpretação sobre o que é ou não um insumo é fundamental para as empresas, pois os créditos gerados por cada um dos itens acima podem reduzir substancialmente o valor a ser recolhido de PIS e Cofins – tributos que incidem diretamente sobre o faturamento.

atenÇÃo!

mais tributos de um lado, menos de outro

noTASIst

ock

Depois de fechar 2015 com uma alta de 13,96%, a inflação do carro medida em janeiro subiu 0,94%. O levantamento da Agência AutoInforme leva em conta todos os itens necessários para o motorista utilizar o carro e deixar em dia a manutenção preventiva – combustíveis, peças de reposição, serviços, impostos e seguro. Os índices de aumento mais elevados no primeiro mês do ano foram os de combustíveis, que, em média, encareceram 2,8%, sendo que o preço do álcool alcançou 3,8% e o da gasolina, 0,7%. O jogo de velas e o serviço de revisão tiveram alta de 0,8% e o filtro de ar, 0,7%. Já o IPVA, que pesa bastante nos três primeiros meses do ano, barateou por causa da queda no valor do carro usado. A lavagem simples e o estacionamento iniciaram o ano em baixa: -0,8% e -0,5%, respectivamente.

inflaÇÃo

manutenÇÃo do carro mais cara inFlAÇÃo do CArro

itens que mais subiram - Janeiro /2016

Etanol + 3,8%

Jogo de velas + 0,8%

Mão de obra/Revisões + 0,8%

Gasolina + 0,7%

itens que caíram - Janeiro/2016

Impostos – 2,9%

Lavagem simples -0,8%

Estacionamento 2h -0,5%

Lavagem completa -0,4%Fonte: AutoInforme

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Visionário, Sylvio de Barros Netto fundou dois dos maiores sites de compra e venda de automóveis do país: o WebMotors, em 1995, e o iCarros, em 2008, onde está até hoje como sócio e CEO. O empreendedor paulistano aposta que haverá uma gigantesca revolução no universo automotivo, que vai exigir prontas mudanças no setor. “Não posso prever o futuro do carro, mas, em algum momento, o sistema atual vai entrar em colapso”, profetiza nesta entrevista exclusiva.

(r)eVoluÇÃo diGitalPInGuE-PonGuE

o sEnhor Foi PionEiro no sEgmEnto Automotivo on-linE no BrAsil. tECnologiA AindA CustA CAro no PAís?Ser pioneiro tem seu ônus. Estamos no mercado desde quando a internet ainda era discada e lenta, uma tecnologia cara e difícil. Não adiantava apenas ter uma boa ideia, era preciso encontrar parceiros para concretizá-la. Hoje, é o inverso. Tornou-se muito fácil criar e pôr um site

Quem: Sylvio Alves de Barros Nettoidade: 49 anosdetalhe: formado em administração de empresas, o empreendedor paulistano estreou no universo digital com o WebMotors, em 1995, investiu nas áreas on-line de saúde, com o Minha Vida; de arquitetura (Arkpad) e telecomunicações, com a Blue. Criou ainda o maior portal automotivo do Brasil da atualidade, o iCarros, no qual é CEO desde sua fundação, em 2008

no ar, mas está havendo um ajuste no valor das companhias ponto.com. Ter muita gente usando a plataforma não significa que a empresa valha bilhões, como ocorreu com o Facebook, por exemplo; deve-se ter alguém pagando pelo serviço, provar ser um negócio rentável. Nos Estados Unidos, um movimento chamado back to back busca avaliar as plataformas pela rentabilidade e pelos negócios gerados, não pela

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soBrEtudo As QuE tAmBém rEvEndEm CArros usAdos?Com a crise econômica, que afetou a demanda por carros zero, estamos surfando na onda dos seminovos, que vêm sofrendo menos com a situação. Temos muitas locadoras como clientes, que usam o iCarros como tecnologia mais barata para se integrar com a internet e como classificados. Claro que elas podem investir no desenvolvimento do próprio software, mas isso demanda tempo e dinheiro. E, temos um cuidado especial com a segurança, ao criar mecanismos para qualificar vendedores e compradores, além do produto. Temos entre 5.600 e 6 mil lojas parceiras. E, para liberar o crédito, os clientes passam pelo crivo de uma renomada instituição bancária. Aliás, muitos já são clientes do banco, o que facilita avaliar a liquidez dos compradores. E as locadoras anunciam boas oportunidades de negócio, já que prezam sempre por oferecer uma frota moderna e renovada.

QuAl é o PAPEl dA intErnEt nos nEgóCios dE loCAÇÃo?Ninguém mais compra sem pesquisar antes na internet. Eu diria que 95% das pessoas que vão comprar usarão antes a internet. As locadoras deveriam investir em internet, e a tecnologia deveria estar na agenda do gestor de locação. Para se ter uma ideia, no começo, 20% das vendas de alguns clientes eram on-line e, atualmente, esse índice chega a 60%. O digital é a eficiência do negócio, podendo representar o sucesso ou o fracasso. Não tem ambiente mais produtivo para investir do que em uma tecnologia que faz seu negócio funcionar mesmo quando você está dormindo. Imagine acordar e ter dez interessados no seu carro? Esse é o maior exemplo de eficiência.

no univErso Automotivo, A ConECtividAdE é umA rEAlidAdE sEm voltA. QuAl é o Futuro?Em janeiro, visitei uma feira eletrônica em Las Vegas [nos Estados Unidos], em que a área automotiva estava presente, e o que mais se falou foi sobre o carro que anda sozinho. Está se processando uma mudança radical no mundo automotivo. Para as novas gerações, o celular é mais importante do que a propriedade do carro. Os jovens estão mais interessados na mobilidade, o que ajuda a explicar o sucesso do Uber. Segundo Robin Chase, fundadora do Zipcar, com o sistema de car sharing [carro compartilhado] é possível resolver a questão de mobilidade com apenas 10% da frota. Acredito que haverá uma revolução gigantesca nesse setor e todos terão de se reinventar. Não posso prever o futuro do carro, mas, em algum momento, o sistema atual vai entrar em colapso.

o Futuro dAs loCAdorAs é invEstir Em CArros ConECtAdos?Do ponto de vista tecnológico ou da inovação, o consumidor está mais exigente. Hoje, carro plugado e conectado é gênero de primeira necessidade para o consumidor, significa mais conforto no interior do veículo. Os empresários de locação deveriam acompanhar as novidades do universo automotivo e as exigências do cliente, principalmente do público jovem, e se antecipar. Do ponto de vista mercadológico, se as pessoas desejam carros com mais recursos tecnológicos, acredito que as locadoras deveriam investir em veículos mais conectados, mesmo que custe um pouco mais para o empresário. Se oferecer algum luxo ou valor agregado por um preço menor, ele vai sair na frente e ganhar clientes. l

quantidade de acessos. Estamos sempre nos reinventando para gerar lucro, porque lidamos com um mercado muito volátil e que vem em ondas. Temos de ficar de olho nas novidades que podem pôr em perigo meu negócio. A própria natureza do nosso negócio implica estar atualizado com as novas tecnologias e oportunidades digitais. Ser visionário está na essência do nosso negócio.

QuAl é A ondA AtuAlmEntE?A onda hoje é o mobile. Nosso portal é líder, com 15 milhões de acessos por mês, ou seja, o volume de busca é muito maior que o da frota no mercado. Já existem aplicativos para smartphone e tablet com comando de voz, muito mais simples, fácil e rápido. As pessoas não têm paciência, estão sem tempo para digitar, as teclas por vezes são menores do que os dedos, enfim, é prático, objetivo e ágil. Investir nessa interface é bastante interessante.

Como A ExPEriênCiA moBilE Está trAnsFormAndo o mErCAdo Automotivo nA AmériCA lAtinA E Como o BrAsil Está sE AProPriAndo dEssA tEndênCiA?Fiquei surpreso com o avanço mobile. Há dois anos, os acessos ao nosso site via dispositivos móveis representavam 5%; hoje saltou para 55%. Muita gente usa o celular para tudo. O mercado automotivo sempre usou muito o telefone, tanto os lojistas como os compradores. Atualmente, é mais fácil seguir e servir o cliente, dar uma resposta para ele em qualquer lugar, bastando enviar uma mensagem. Nós enviamos avisos para o celular com promoções e informações sobre o motivo da busca dele, como uma oferta de veículo que ele procura, por exemplo. Cria uma interação constante; quanto mais frequente for o contato, melhor será a interação. O Brasil está surfando nessa onda.

Como As loCAdorAs PodEm sE BEnEFiCiAr Com EssA FErrAmEntA,

“Não posso prever o futuro do carro, mas, em algum momento, o sistema atual vai entrar em colapso”

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Conciliação de conflitos on-line agiliza a vida de consumidores e reduz custos das empresas

plicar o placar neste ano– hoje, são cerca de 500 tentativas de concilia-ção diárias.

A ResolveJá é uma plataforma de troca de mensagens instalada di-retamente no site da empresa, que busca resolver o conflito antes que se torne uma ação judicial, por meio de negociação, mediação e arbitragem. É preciso atentar para o fato de que se deve aceitar em contrato a opção arbitragem no momento da compra do serviço. Essa exigência não chega a ser um obstáculo, pois, pelas vias normais, o consumidor gastaria cerca de 90 dias, além das despesas com locomoção. Atualmente, são aproxi-madamente mil solicitações mensais, e a plataforma almeja chegar ao fim do ano com uma demanda de 20 mil casos por mês.

nA PAlmA dA mÃoMaio de 2015 marcou o primei-

ro acordo via WhatsApp. A inicia-tiva partiu da diretora do Fórum Trabalhista de Campinas (interior paulista), a juíza Ana Cláudia Torres Vianna, que viu na ferramenta uma forma de incentivar o diálogo entre as pessoas e agilizar os processos conciliatórios antes de chegarem à Justiça. A partir de então, foram realizadas 55 audiências on-line, com 71% de resultado positivo, e ela planeja mais: montar um grupo de mediadores e chegar a 150 au-diências até o fim do ano. As novas tecnologias vieram para ficar e po-dem ser fundamentais para que as locadoras escapem da burocracia e de gastos desnecessários. l

JustiÇa conectada

Tempo é dinheiro e, nestes tempos bicudos, qualquer re-dução de custo é bem-vinda. É

de conhecimento geral que o sistema judiciário brasileiro está sobrecarre-gado e não consegue desafogar mi-lhões de processos de consumidores pendentes nos tribunais do país, que oneram sobremaneira as empresas acionadas em razão dos custos ad-ministrativos e jurídicos. Mas o uso da tecnologia está promovendo uma mudança positiva nesse cenário.

A D’Acordo é uma das empresas que nasceram para favorecer a solu-ção de conflitos entre as partes pela internet sem a necessidade de iniciar um longo e custoso processo adminis-trativo ou judicial. A inovação consiste em um sistema para videoconferên-cia instalado em totens, similares aos

Istoc

kTEndÊnCIA

dos caixas eletrônicos de bancos, que estão espalhados por Procons e jui-zados especiais. Se o acordo der cer-to, o consumidor gasta cerca de 20 minutos para obter um documento que tem poder de ser executado se a empresa não cumprir o acordado. A D’Acordo planeja fechar 2016 com 200 máquinas e um saldo de 4 mil conciliações diárias.

Outra companhia que aposta na internet para acelerar os proces-sos do segmento, conhecido como contencioso de massa, é a Concilie Online. A plataforma promove um bate-papo eletrônico entre as par-tes, com a participação de um conci-liador, para tentar um acordo, quer o processo esteja na Justiça, quer não. Em 2015, a equipe de conciliadores selou 60 mil acordos e espera tri-

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É fato: brasileiro, com raras ex-ceções, costuma extrapolar no preço sempre que tem oportu-

nidade, em eventos de monta como Carnaval, final de campeonato de fu-tebol, show de artista famoso e por aí vai. Exemplo: estacionar na rua, perto do Estádio do Morumbi, para ver a banda Rolling Stones, em São Paulo, no fim de fevereiro, chegou a exorbi-tantes R$ 200. Mas será esta a expli-cação para pagar o preço mais alto do planeta por um carro zero?

Segundo Joel Leite, jornalista es-pecializado no setor automotivo, em nenhum país do mundo onde a indústria automobilística tenha um importante peso no Produto Interno Bruto (PIB), o veículo custa tão caro quanto aqui. Mas, afinal, por que os preços são tão altos e não caem, mesmo na crise em que estamos vi-vendo no país, com as vendas ladei-

Quanto Vale Um carro?Custo Brasil e impostos fazem do nosso veículo um dos mais caros do mundo

mERCAdo

Istoc

k

ra abaixo? A resposta para a ques-tão pode estar na ponta da língua de todo brasileiro que teve, tenha ou planeja ter um carro: a elevada tribu-tação e o custo Brasil.

Vale lembrar que o desempenho da indústria automobilística em 2015 em relação a 2014 foi o pior dos úl-timos oito anos, segundo balanço da Associação Nacional dos Fabrican-tes de Veículos Automotores (Anfa-vea): queda de 26,6% nas vendas e de 22,8% na produção. Em 2014, o Brasil ocupava a quarta posição no ranking mundial de vendas de carros novos, com 3,32 milhões de veículos comer-cializados – atrás de China, Estados Unidos e Japão –; em 2015, o país foi

ultrapassado por Alemanha, Índia e Grã-Bretanha, despencando para a sétima colocação, com 2,48 milhões de unidades vendidas, o que repre-senta uma queda de 25%.

Para muitos especialistas, porém, há também outro vilão nessa história. “A indústria sempre falou para a so-ciedade que a culpa era dos impostos, mas não é verdade”, afirma Joel Leite. “A margem de lucro que se pratica no Brasil é assustadora! Segundo o úl-timo estudo do Sindipeças [Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores], de 2012, o lucro das montadoras no país chega a ser três vezes maior que o das em-presas nos Estados Unidos.”

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Proporção corroborada por pesqui-sa do Banco Morgan, que concluiu que, no geral, a margem de lucro das mon-tadoras no Brasil chega a ser o triplo da de outros países. Alguns carros têm uma margem muito maior do que a dos modelos dos quais são deriva-dos. O custo de produção do Volkswa-gen CrossFox e do Fiat Palio Adven-ture, por exemplo, é 5% a 7% acima do que o gasto para produzir os modelos dos quais derivam, o Fox e o Palio Weekend, respectivamente. Contudo, são vendidos por um valor 10% a 15% superior. Essa mesma situação esten-de-se também às demais montadoras atuantes no mercado brasileiro.

O gerente de desenvolvimento de negócios da consultoria JATO Dy-namics, Milad Kalume Neto, explica que há tributos que são aplicados em cascata e os que geram créditos tri-butários. Esse cenário torna o siste-ma tributário muito complexo, o que praticamente impossibilita determi-nar exatamente quanto se paga de impostos. Mas o especialista afirma que a margem de lucro das empre-

preÇo do automóVel mais barato do brasilFiat Palio Fire Economy 1.0 2p

Com imPostos

sEm iPi, iCms e

Pis/Cofins

sEm iPi, iCms,

Pis/Cofins e impostos embutidos

r$ 28.360

us$ 7.326

r$ 20.680

us$ 5.342

r$ 19.149

us$ 4.947

Convertido em US$ pela taxa média de dezembro/2015 (1US$=R$3,871Fonte: Jornal do Carro

5,0 7,510,0

16,0 18,0 19,019,0 20,0 21,0 22,0

37,241,2 43,7

JapãoTurquia Chile

Reino Unido ItáliaArgentina

Brasil (1.0)

Estados Unidos*México

Alemanha

Coreia do SulBrasil

(1.0 a 2.0, flex)Brasil

(1.0 a 2.0, gasolina)

carGa tributária - automóVeis atÉ 2000cc Impostos sobre vendas de automóveis em alguns países - em %

*Estado da CalifórniaFonte: OCDE, Anfavea

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mERCAdo

sas, apesar de as montadoras não confirmarem, varia de 8% a 15%.

luCro BrAsilAs matérias e artigos de Joel Leite

inspiraram um grupo a criar no Face-book o Abaixo o Lucro Brasil, que di-vulga material publicado na imprensa. Entre as muitas postagens, é possível pinçar algumas pérolas, como Durante muito tempo, colocamos a culpa apenas no governo, mas o que não sabíamos é que não há apenas um grande culpado, mas três, as montadoras que se apos-sam da quantidade enorme de lucro, chamado pelo jornalista Joel Leite de LU-CRO BRASIL, o governo, com sua alta car-ga de impostos e a falta de infraestrutura e, por fim, VOCÊ, que aceita comprar um carro pelo valor que eles impõem.

Em 2012, por exemplo, um Jeep Grand Cherokee era anunciado nos Estados Unidos por U$ 28 mil, en-quanto por aqui era vendido pelo equivalente a U$ 89,5 mil, valor que

CArros mAis BArAtos do mundoPAís mArCA modElo vErsÃo PrEÇo u$

ÍNDIA TATA NANO O,6 STD (NEW DELHI) 2.231,88

CHINA JIANGNAN TT 0.8 SHIYONG 3.348,80

ÍNDIA MARUTI ALTO 800 0.8 STD (NEW DELHI) 3.754,80

CHINA GONOW WAY 1.0 UTILITY 4.169,90

CHINA FAW JIABAO V52 1.0 UTILITY V52 4.330,90

CHINA HAFEI MINYI 1.0 BASIC 48HP 4.330,90

CHINA DONGFENG XIAOKANG 1.0 K17 EQ465 I1 4.475,80

CHINA GONOW WAY 1.0 ELITE 4.475,80

CHINA LIFAN FUSHUN 1.0 BASIC 4.475,80

ÍNDIA HYUNDAI EON 0.8 D-LITE (NEW DELHI) 4.549,74

ÍNDIA DATSUN GO 1.2 D (NEW DELHII) 4.935,90

RÚSSIA DAEWOO MATIZ 0.8 LITE 5.287,37

ÍNDIA NISSAN MICRA 1.2 ACTIVE XE (NEW DELHI) 5.340,37

RÚSSIA LADA GRANTA 1.6 60KW STANDARD 5.925,74

ÍNDIA TATA INDICA 1.2 GLS CNG EMAX 6.156,90

Conversão Banco do Brasil - dia 6/7/2015Tabela de preços sugeridos base maio-junho/2015Fonte: JATO Dymanics

200460

80

100

120

140

160

180

200

2005 2006 2007 2015201420132012

102,5 iPCAveículo novo

108,0 Preço de verdade

123,4 iPC veículo FiPE

187,3 iPCA total

2011201020092008

ipca/ipc-fipe/preÇo de VerdadeBase 2004=100

Em dezembro de cada anoFonte: IBGE, Fipe,AutoinformeMolicar

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foi tachado de “ridículo” pela revista norte-americana Forbes.

Sem contar que, incluindo frete, imposto de importação e margem de lucro de revenda, o estrangeiro paga mais barato por um carro fabricado no Brasil do que o consumidor nacio-nal. Fabricado em Sumaré, no interior paulista, o Honda City LX [e cerca de 45% mais barato no México do que no Brasil. E os mexicanos ainda rece-bem um produto superior, com freios a disco nas quatro rodas, com ABS e EBD, duplo airbag, ar-condicionado e vidros, travas e retrovisores elétricos.

De acordo com o último levanta-mento da JATO Dynamics, de junho de 2015, o Nano, da indiana Tata – mes-ma dona do grupo Jaguar Land Rover –, é o campeão no ranking dos carros mais baratos do mundo, com valor de U$ 2.231 (cerca de R$ 7.140, pelo câm-bio do Banco do Brasil em 6 de julho de 2015). No top 10, os preços variam de U$ 2,2 mil a U$ 4,5 mil. Já o mode-lo mais em conta no Brasil, o Renault Clio, custa U$ 8.711,14 (aproximada-mente R$ 27,8 mil), ou seja, quase o dobro dos dez veículos mais baratos, todos da Índia, China e Rússia. Quando

CArros mAis BArAtos do mundo Por PAísPAís mArCA modElo vErsÃo PrEÇo u$

ÍNDIA TATA NANO O,6 STD (NEW DELHI) 2.231,88

CHINA JIANGNAN TT 0.8 SHIYONG 3.348,80

RÚSSIA DAEWOO MATIZ 0.8 LITE 5.287,37

CHILE CHANGAN CV1 1.0 BASIC 6.219,61

JAPÃO DAIHATSU MIRA 0.7 ES D CVT 6.252,36

MÉXICO CHEVROLET MATIZ 1.0 A MT 6.439,15

ALEMANHA LADA GRANTA 1.6 2190 7.475,63

CANADÁ NISSAN MICRA 1.6 S 7.919,21

ITÁLIA DACIA SANDERO 1.2 16V AMBIENCE 7.977,81

GRÃ-BRETANHA DACIA SANDERO 1.2 16V 75 ACCESS 8.143,74

AUSTRÁLIA SUZUKI ALTO 1.0 GL (QLD) 8.261,18

ÁUSTRIA DACIA SANDERO 1.2 16V 75 SANDERO 8.405,93

COREIA DO SUL KIA MORNING 1.0 CVVT SMART 8.469,90

BRASIL RENAULT CLIO 1.0 16V HI-POWER AUTHENTIQUE 8.711,14

ESPANHA DACIA SANDERO 1.2 16V BASE 9.336,23

NOVA ZELÂNDIA PROTON S16 FLX 1.6 GX 9.373,30

ESTADOS UNIDOS NISSAN VERSA 1.6 S 11.990,00

IRLANDA DACIA SANDERO 0.9 TCE 90 ALTERNATIVE 12.282,18

TURQUIA DACIA SANDERO 1.2 75 HP AMBIENCE 12.961,98

Conversão Banco do Brasil - dia 6/7/2015Tabela de preços sugeridos base maio-junho/2015Fonte: JATO Dynamics

o assunto é preço, perdemos não ape-nas para os integrantes do Brics, mas para países maduros, como Alema-nha, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Austrália, Áustria, Canadá e Japão.

Discussões e divergências à par-te, o fato é que a convivência com o elevado custo Brasil e o ambiente de negócios repleto de incertezas causadas pelo poder público con-tribui decisivamente para a majo-ração dos preços. Cabe ao mercado a inglória tentativa de se enquadrar neste contexto e entender o que pensa o consumidor. l

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revista sindloc 14

Segunda convenção do Sindloc-SP promete mobilizar mais de 400 associados no interior paulista

SEToR

jUntos em bUsca de noVas respostas

O trinômio relacionamento, sen-so de oportunidade e inovação promete dar o tom aos debates

que compõem a agenda da 2ª Con-venção do Sindloc-SP, marcada para o período de 7 a 10 de abril (quinta-feira a domingo). A exemplo da edição inau-gural, em agosto de 2014, o evento deverá envolver mais de 400 associa-dos e seus acompanhantes no Hotel San Raphael Country, na cidade de Itu – somente 90 quilômetros distante da capital paulista.

“Da primeira convenção para cá, vi-vemos momentos de total incerteza e preocupação com as implicações da macroeconomia no nosso setor. Po-rém, foi um período de intensa reflexão, o que contribuiu para elaborarmos uma programação ainda mais diversificada para este ano”, ressalta o presidente do Sindloc-SP, Eladio Paniagua Junior.

A agenda está repleta de assuntos de interesse da atividade (veja no qua-dro a relação dos principais temas), como o cenário e as perspectivas da econo-mia para as locadoras. As principais ofertas da indústria em vigor também serão apresentadas pelas montadoras que mantêm parceria com o sindicato.

Uma gama de destacados consul-tores estará presente para discutir temas mais recorrentes na lista atual de demandas das locadoras, entre os quais a mensuração do valor de sua empresa, o balanço contábil ideal para captar crédito, como aumentar as re-ceitas vendendo serviços opcionais - a experiência dos Estados Unidos, além

FIQUE DE OLHO Confira uma cobertura completa sobre a 2ª Convenção do Sindloc-SP em uma edição especial no próximo mês de abril

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revista sindloc 15

de recomendações para a elaboração precisa de um contrato. Também serão lançadas diversas parcerias negocia-das pelo próprio sindicato, cuja adesão será prioritária para os participantes.

Haverá ainda amplo espaço para des-contração e relacionamento, com shows, jantares temáticos, clínicas de embele-zamento e passeios para os acompa-nhantes que não assistirem às plenárias. “Em suma, muito trabalho, mas aliado a entretenimento e a possibilidades únicas de interagir com outros empresários e os principais fornecedores de produtos e serviços para nossa atividade, que vão disponibilizar condições diferenciadas”, ressalta Paniagua Junior.

A participação dos associados é to-talmente gratuita para duas pessoas. Os interessados devem enviar um e-mail para [email protected], e as reservas serão conside-radas por ordem de adesão. Vale lem-brar que as vagas são limitadas. “É a hora de nos unirmos para reavaliar nosso negócio e encontrar ferramen-tas e soluções inovadoras”, completa o presidente do Sindloc-SP. l

n Cenários e perspectivas da economia para as locadoras

n Quanto vale sua empresa? Qual a praxe de mercado? saiba como calcular!

n o balanço contábil e fiscal ideal para captar crédito

n Como aumentar as receitas vendendo serviços opcionais - a experiência dos Estados unidos

n utilizar a “nuvem” na web - benefícios e precauções

n Programas de fidelidade como ferramenta de vendas para a locação de automóveis

n importância de ter um site para os negócios de locação

n o que você não pode esquecer ao elaborar um contrato - rent a car, terceirização e seminovos

n oportunidades e ofertas das principais montadoras

O San Raphael Country proporciona aos hóspedes uma estrutura sob medida para quem busca um ambiente familiar, segurança, excelência na oferta gastronômica e integração com a natureza. Inspirado no estilo colonial das antigas fazendas cafeeiras do interior paulista, o empreendimento ocupa 84 mil metros quadrados, com um conjunto de piscinas e áreas de relaxamento, como salão de beleza, sala de massagem, de ginástica e saunas, bem como espaços reservados para crianças de até 3 anos. Abriga um estacionamento amplo e gratuito, com 200 vagas, além de toda conveniência necessária à realização de um evento corporativo.

sobre a hospedaGem

proGramaÇÃo: PrIncIPaIs tEmas

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QuAlIdAdE

negociação mUito alÉm do bom papoCursos orientam executivos sobre técnicas para alcançar os melhores acordos e contratos para a empresa

ferramentas que serão disponibilizadas estão a reunião via chat, uma biblioteca virtual e uma sala de aula interativa que possibilitará a realização de trabalhos em equipe.http://www5.fgv.br/fgvonline/

insPEr instituto dE Ensino E PEsQuisA

Com 30 horas, mas cumpridas presencialmente, o curso Negociação Estratégica e Gestão de Confli-tos se estenderá de 4 a 30 de abril de 2016. Serão três aulas por semana, às segundas-feiras, quar-tas-feiras e aos sábados. O objetivo é desenvolver o autoconhecimento do aluno de modo a fazê-lo reconhecer o impacto de suas ações e comporta-mentos nos resultados obtidos nas negociações. O participante receberá ainda, com antecedência mí-nima de dez dias, um contato por telefone no qual deverá indicar profissionais com quem negocia em seu dia a dia. Ao final, terá acesso a um relatório de avaliação e será desafiado a elaborar um projeto por meio de situações reais.http://www.insper.edu.br/

sErviÇo nACionAl dE APrEndizAgEm ComErCiAl (sEnAC)

A capacitação virtual é destinada a profissionais vinculados às atividades de comércio de bens e ser-viços. O aluno deve cumprir 20 horas de programa-ção em um prazo de 30 dias corridos a contar da data de matrícula. Cinco tópicos servem de base para o aprendizado, e a avaliação final é composta de ques-tões de múltipla escolha, que exigem o mínimo de 70% de aproveitamento.ht tp://w w w.ead.senac.br/cursos-livres/estrategias-de-negociacao/

CluBE do dinhEiroEssa comunidade foi concebida como um espaço

para discussões sobre negócios, finanças e novas oportunidades de investimento. Este curso propõe uma verdadeira autocrítica ao apresentar as reais habilidades necessárias a um vendedor negociador. Orienta sobre como despertar interesse no cliente logo no primeiro contato, realizar as perguntas cer-tas para fechar uma venda, superar o não como res-posta, aplicar estratégias de cross-selling e up-selling e entender a importância do pós-vendas como ele-mento de fidelização.http://www.clube-do-dinheiro.com/cursos/tecnicas-de-vendas-e-negociacao/ l

Com o país nada tranquilo nem favorável no campo econômico, o poder de negociação deixou de ser um diferencial para se tornar uma qualidade imperativa entre os empreendedores. Mas, no

momento de buscar o acordo ou o contrato mais conveniente para sua empresa, esqueça os velhos clichês, o bom papo, a amizade ou o tapinha no ombro.

Negociar significa traçar objetivos e metodologias claras em um de-talhado planejamento estratégico, além de utilizar táticas avançadas de comunicação e relacionamento interpessoal. E uma série de cursos revela aos executivos os segredos dessa técnica, que exige 100% de exercício e 0% de inspiração.

.FundAÇÃo gEtulio vArgAs

As inscrições para este treinamento on-line, com carga horária total de 30 horas, vigoram até 28 de março. O curso terá início em 11 de abril, com duração de nove semanas, e será ministrado pelo econo-mista Jaci Corrêa Leite, formado pela FEA-USP e com especialização em Tecnologia da Informação pela University of Texas, nos Estados Unidos. A estruturação se dá em quatro módulos, abordando carac-terísticas e aspectos tangíveis da negociação, o desenvolvimento de modelos alternativos e o consagrado Método de Harvard, amplamen-te empregado pelo mercado empresarial norte-americano. Entre as

Istoc

k

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revista sindloc 18

É importante saber qual será o valor de aquisição do veículo que devo considerar: no leasing, é o RESIDUAL PAGO (no final ou diluído); já no caso de veículos comprados por via direta ou por CDC, é o valor da nota fiscal.

Algumas locadoras, além de desconhecerem essa questão, se esquecem de tributar IRPJ na venda dos carros, por achar que o ganho de capital é o valor de compra x valor de venda, deixando de lado a depreciação, que também “entra na conta” e reduz substancialmente o custo de aquisição.

AnExo do simPlEs nACionAlLocadoras de veículos não pagam ISS e devem utilizar o

anexo III da tabela definida pela Receita Federal. É neces-sário prestar muita atenção no momento de utilizar essa tabela, pois nela há embutido o valor do ISS, que precisa ser desconsiderado quando é utilizado o sistema on-line disponibilizado pelo Fisco.

É comum encontrarmos locadoras que pagam ISS indevi-damente por desconhecer ou “esquecer” de excluir esse im-posto dos cálculos. Converse com seu contador, pois ele está preparado para lhe orientar quando houver compras de veícu-los e pagamento mensal dos impostos.

AnExo iii – lEi nº 123, dE 14/12/2006 (vigênCiA 1º/1/2012)oBs: Neste anexo está incluso o INSS Patronal (CPP) l

receita Bruta em 12 meses (em r$) Alíquota irPJ Csll Cofins Pis/Pasep CPP iss

Até 180.000,00 6,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 4,00% 2,00%

De 180.000,01 a 360.000,00 8,21% 0,00% 0,00% 1,42% 0,00% 4,00% 2,79%

De 360.000,01 a 540.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% 3,50%

De 540.000,01 a 720.000,00 11,31% 0,53% 0,53% 1,56% 0,38% 4,47% 3,84%

De 720.000,01 a 900.000,00 11,40 % 0,53% 0,52% 1,58% 0,38% 4,52% 3,87%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 12,42% 0,57% 0,57% 1,73% 0,40% 4,92% 4,23%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 12,54% 0,59% 0,56% 1,74% 0,42% 4,97% 4,26%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 12,68% 0,59% 0,57% 1,76% 0,42% 5,03% 4,31%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 13,55% 0,63% 0,61% 1,88% 0,45% 5,37% 4,61%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 13,68% 0,63% 0,64% 1,89% 0,45% 5,42% 4,65%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 14,93% 0,69% 0,69% 2,07% 0,50% 5,98% 5,00%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 15,06% 0,69% 0,69% 2,09% 0,50% 6,09% 5,00%

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 15,20% 0,71% 0,70% 2,10% 0,50% 6,19% 5,00%

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 15,35% 0,71% 0,70% 2,13% 0,51% 6,30% 5,00%

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 15,48% 0,72% 0,70% 2,15% 0,51% 6,40% 5,00%

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 16,85% 0,78% 0,76% 2,34% 0,56% 7,41% 5,00%

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 16,98% 0,78% 0,78% 2,36% 0,56% 7,50% 5,00%

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 17,13% 0,80% 0,79% 2,37% 0,57% 7,60% 5,00%

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 17,27% 0,80% 0,79% 2,40% 0,57% 7,71% 5,00%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 17,42% 0,81% 0,79% 2,42% 0,57% 7,83% 5,00%

simPles nacional & lucro presumido

olHo nAS ConTAS

Março a junho é o período em que as locadoras optantes pelo Simples Nacional e pelo Lucro Presumido

devem entregar suas declarações de Im-posto de Renda DEFIS, ECD e ECF. A forma como são adquiridos os veículos influencia em todo o processo de prestação de con-tas ao Fisco, além da utilização correta do Anexo mensal do Simples Nacional.

ComPrA E vEndA dE vEíCulosTome muito cuidado com o preenchimento das informações.

Leve em conta o enquadramento fiscal de sua locadora, pois, no momento da venda do veículo, isso fará toda a diferença. O ga-nho de capital das empresas optantes pelo Lucro Presumido e pelo Simples Nacional é tributado pelo Imposto de Renda à alíquota inicial de 15% sobre a diferença positiva entre o valor de alienação e o custo de aquisição do bem, diminuídos os encargos de depreciação.

simPlEs nACionAlAlíquota ganho de capital15% Até R$ 1.000.000,0020% Entre R$ 1.000.000,01 e R$ 5.000.000,0025% Entre R$ 5.000.000,01 e R$ 20.000.000,0030% Acima de R$ 20.000.000,00

Cuidados importantes antes da entrega da declaração ao Fisco

Pedro Henrique, sócio da Audit Consult

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revista sindloc 20

CARRo

Parceria da PSA Peugeot Citroën e da Toyota viabiliza três novos modelos

bons comPanheiros

O Salão do Automóvel de Genebra 2016, na Suíça, traz os frutos da nova etapa do programa de co-operação entre a PSA Peugeot Citroën e a Toyota

Motor Europa (TME), assinado em 2012.Apresentados nos estandes das respectivas marcas, o

Citroën Spacetourer, o Peugeot Traveller e o Toyota Pro-ace serão oferecidos em duas versões de passageiros, desenvolvidas para o uso particular e o profissional. Os modelos compartilham todas as características técnicas, motorizações e os equipamentos, com o estilo diferen-ciado inspirado no universo de cada um dos selos. Desde 2013, a linha Toyota Proace estava baseada em veículos da já existente geração Peugeot Expert e Citroën Jumpy.

utilitários ComPEtitivosO objetivo da parceria franco-nipônica é propor para

os dois grupos um produto competitivo nos segmentos de utilitários médios leves, graças à otimização dos cus-tos de desenvolvimento e fabricação.

“Estamos muito orgulhosos de apresentar esses veí-culos. Graças a esse acordo, pudemos desenvolver uma nova base de veículo eficiente, de modo a oferecer aos nossos clientes no mundo inteiro produtos modernos e particularmente competitivos em seu segmento”, co-mentou o diretor de Programas e Estratégia da PSA Peugeot Citroën, Patrice Lucas.

A marca japonesa contribuiu com os custos de desenvol-vimento e investimentos industriais dos novos veículos, en-quanto a produção vai sair da linha de montagem da PSA Peugeot Citroën de Sevelnord, em Valenciennes, na França.

“As equipes realizaram um trabalho árduo, em conjunto e no nível de cada marca, e estou certo de que nosso novo Proace vai enriquecer a gama dos veículos sólidos e duráveis que nossos clientes esperam de nossos produtos”, declarou o presidente e CEO da Toyota Motor Europe, Johan van Zyl.

As marcas prometem revelar os detalhes técnicos só no evento suíço, mas afirmam que os três novos modelos serão comercializados no primeiro semestre. Uma grata novidade da indústria que, ainda neste ano, deverá chegar ao Brasil e estar ao alcance do mercado frotista. l

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Deixe a Personal Car cuidar da sua frota!

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revista sindloc 22

Partindo do pressuposto que toda em-presa precisa ter dinheiro para pagar as contas, independentemente do contexto em que está inserida, é imprescindível utilizar o Fluxo de Caixa por meio de um plano de contas gerencial e estabele-cer uma previsão para cada conta, pois, quando elaborado de forma correta, você passa a ter uma visão ampla do seu caixa.

ConsEQuênCiAs dE nÃo ElABorAr um Fluxo dE CAixA

O que quebra as empresas não é a falta de lucro (durante um espaço curto de tem-po), mas a falta sistemática de liquidez, que é a capacidade de honrar os pagamentos (custo / despesas) nas datas de vencimen-to, sem a necessidade de atrasar pagamen-tos a fornecedores, instituições financeiras ou Fisco, sócio(s), fazer aporte de capital, vender parte do imobilizado, recorrer a em-préstimos de terceiros ou utilizar cheque especial. Com esta análise do caixa, você poderá ajustar as datas dos pagamentos e dos recebimentos, decidir se é hora de in-vestir ou se é melhor evitar certos gastos e identificar as reais necessidades da sua empresa. Esse é o segredo para começar a assumir o controle do seu negócio!

Portanto, toda empresa precisa elaborar um Fluxo de Caixa e não há situação difícil nem tranquila que justifique a sua ausência, pois cedo ou tarde as consequências dessa falta de controle castigarão a empresa. Mais vale a dedicação diária de um empresário ao fortalecimento e crescimento do seu negó-cio do que o risco de ver seu investimento ser perdido, sem ao menos ter recebido um aviso do risco iminente. l

Certa empresária enfrentava pro-blemas financeiros em seu negó-cio, e ao procurar ajuda explicou

que quando abriu a empresa considerou a possibilidade de elaborar um Fluxo de Caixa para controlar suas finanças, mas como ainda não tinha entrada de dinheiro, apenas saída, acreditava não ser possível nem necessário ter um Fluxo de Caixa. Com a escassez de crédito, inflação alta e a diminuição das vendas, um ano depois sua dívida aumentava e, quanto mais ven-dia, maior ficava o buraco em seu caixa.

Essa é apenas uma de tantas histórias que “explicam” a ausência de um controle adequado das finanças de empresas que afundaram inesperadamente. Seja por

não ter dinheiro gerado pelo negócio no início (capital de giro), investimento inade-quado no estoque, seja pelo impacto das vendas a prazo, o Fluxo de Caixa, por desco-nhecimento de sua forma de utilização, muitas vezes é menosprezado, sendo considerado o “patinho feio” das finanças.

É compreensível que tan-tos empresários tenham dificuldade de administrar suas finanças de forma efe-tiva, uma vez que o povo brasileiro não recebeu edu-cação financeira na escola nem em casa. Entretanto,

para sobreviver no mundo dos negócios, é essencial que esses conceitos sejam re-vistos e novas práticas sejam adotadas.

elaborar um fluXo de caiXa? QUem Precisa?

FrAnCisCo BArBosA nEto Diretor da DSD Consultores

ARTIGo

“...toda empresa precisa elaborar um Fluxo de Caixa e não há situação difícil nem tranquila que justifique a sua ausência, pois cedo ou tarde as consequências dessa falta de controle castigarão a empresa”

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Job: 2015-Fiat-Varejo-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 35487-006-Fiat-ADP-AnNovaStrada2016-Frente-Sindloc-21x28_pag001.pdfRegistro: 169953 -- Data: 09:56:17 30/06/2015