select auto 1

MinivansAposta da JAC Motors para reforçar o segmento de carros para a família

J6

edição o1 • ano 01 • abril 2012 • bahia • R$ 8,90

iSSn 2238-3115

Carros de Luxo Salvador abre as portas para as supermáquinas

Importados

CIVIC 2012CITROEN DS3NOVO LANCER

NáuTICA: NAVEguE pELA hISTóRIA DE ALEIxO BELOV, uMA VIDA DEDICADA AO MAR

ROADSTERMini um pequeno grande carro

Com tecnologia BMW, conversível de dois lugares chega com proposta moderna, esportiva e inovadora

Revista N_01.indd 1 29/03/12 13:07

2 select auto

Revista N_01.indd 2 29/03/12 13:07

select auto 3

Revista N_01.indd 3 29/03/12 13:07

4 select auto

S u M á R I O

CApABMW apresenta novo conversível, que chega com uma proposta mais esportiva e inovadora 28

LANCER 2012Um diferencial no mercado para os apaixonados por carros esportivos 42

DS3Luxuoso e ambientalmente correto, um dos grandes destaques de 2012 no Brasil 44

Novo CIVICApresentamos o novo sedan, com mais espaço e tecnologia 46

J6 um carro elegante, espaçoso e com até sete lugares 34

ALEIxO BELOV O navegador que deu quatro voltas ao mundo, três em solitário 60

IMpORTADOS Enfim, Salvador abre as portas para carros de luxo 40

S 1000 RR BMW renova superesportiva, projetada para ficar ainda mais rápida 56

Revista N_01.indd 4 29/03/12 13:07

select auto 5

Revista N_01.indd 5 29/03/12 13:07

6 select auto

E x p E D I E N T E

M ais um dia de sol na capital baiana. Calor escaldante, perfeito para uma praia, um encontro com amigos para colocar o papo

em dia, falar sobre uma paixão, compará-las, mos-trar qualidades e defeitos, diferenças e semelhan-ças, discorrer sobre a história, momentos marcantes e belos exemplos. Mais do que no final de semana, a verdade é que isso faz parte do nosso cotidiano.

Ilustrado pela bela vista da praia de Stella Maris, dois amigos em um momento de descontração con-versavam sobre as novidades do mercado automoti-vo. Foi aí que surgiu a intenção de fornecer informa-ção especializada e regionalizada para o leitor. assim nasceu a Select auto.

Poderia até ser um papo sobre futebol ou rela-cionamentos. Porém, nesse momento, é o poder de atração dessas máquinas o que nos fascina. Os au-tomóveis que muitos de nós tratamos como filhos, amantes e parceiros. Em homenagem a esta paixão, trouxemos na nossa primeira edição matéria sobre aqueles que se dedicam aos modelos de carros an-tigos, como os membros da Veteran Car Clube, as-sociação baiana que trabalha para a preservação e divulgação desses veículos.

Mesmo aqueles que não demonstram interesse por carros não podem negar que, se eles não tives-sem sido inventados em meados da década de 80 do século 19, a vida seria muito diferente. E justamente agora, por que não contemplar os baianos, já que o estado está prestes a se consolidar no mercado mun-dial de produtores de automóveis? É bom lembrar que atualmente, a bahia responde por 5,7% da pro-dução nacional de automóveis, e a promessa é que em 2016 esse número chegue a 10%.

Eis que, após muitos contratempos e com a garra da equipe através do sonho abraçado por muitos, a Select auto chega às nossas mãos. e toda essa dedi-cação resultou nesta bela revista, cheia de informa-ção e paixão, porque nós baianos merecemos. Obri-gado a todos e boa leitura.

Marcelo Gois

Diretor Comercial

E D I T O R I A L

publicado por 4 Criativa

Diretor CoMerCiALMarcelo gois

Diretor De PUBLiCiDADeMarcelo Calmon

Diretor De teCNoLoGiALeonardo Monteiro

EDITORA

PROJETO GRÁFICO

DIAGRAMAÇÃO

REPóRTEREs

FOTOGRAFIA

TRATAMEnTO DE IMAGEns

REDATOR PublICITÁRIO

ExECuTIvA DE COnTAs

REvIsÃO

DIsTRIbuIÇÃO

IMPREssÃO

Yêda Nunes

Marcelo Campos

Tiago Nery

Marcelo Campos

Eduardo César

Midiã Noelle

Natália Fonseca

Bruno Sarraf

Marcelo Campos

Gustavo Souza

Glicélia Reis

Carolina Mato Grosso

Débora Melo

Conexão Mídia

IBEP

rua das rosas, 18

emp. rua das rosas, 3º andar

Pituba, Salvador-BA 41810-070

+55 71 3035.3281

+55 71 3351.0517

Motor Ligado

J3 1.4 16 V VVT, modelo 2011/2012,mecânico, pintura sólida (vermelho, preto ou branco). Valor à vista R$ 36.900,00 . J3TURIN 1.4 16 V VVT, modelo 2011/2012, mecânico, pintura sólida(vermelho,preto ou branco). Valor à vista R$ 38.900,00. J6 2.0, 7lugares, modelo 2011/2012, mecânico, pintura sólida (preto ou branco). Valor à vista R$ 57.800,00. Preços válidos para veículos reservados e pagos de 01/02/2012 até 29/02/2012 ou até o término do estoque de 15 unidades por loja(cores variadas) Garantia de 6 anos válida respeitadas as orientações do Manual de Garantia e Manutenção do Fabricante. As especifi cações técnicas dos veículos poderão ser alteradas sem aviso prévio. Imagens meramente ilustrativas. J3 eleito Melhor Compra pela Revista Quatro Rodas, Edição Especial - Julho/11. J3 eleito Melhor do Brasil entre hatchs 1.4 a 1.6 pelo Jornal do Carro, Edição de Aniversário 2011. Consulte o Manual do Fabricante ou no site www.jacmotorsbrasil.com.br.

Cinto de segurança salva vidas.

E NADA MAIS.R$ 57.800

30.000CLIENTES SATISFEITOS

VOCÊ SERÁ O PRÓXIMO.

FÁBRICA NO BRASIL

E NADA MAIS.R$ 36.900J3

E NADA MAIS.R$ 38.900

J3TURIN

COMPLETÕES: AIR BAG, ABS, AR, RÁDIO MP3, SENSOR DE ESTACIOMENTO E MUITO MAIS!

VENHA FAZER UM TEST-DRIVEmeujacmotors.com.br

R$

, AR, RÁDIO MP3, SENSOR DE ESTACIOMENTO E MUITO MAIS!

J67 LUGARES

CAMINHO DAS ÁRVORESAlameda das Espatódeas, 138 71 3204-6300

PITUBAAv. Manoel Dias da Silva, 125171 3344-8400

STAND SALVADOR SHOPPING71 3011-9463

STAND SHOPPING PARALELA

Revista N_01.indd 6 29/03/12 13:07

select auto 7

J3 1.4 16 V VVT, modelo 2011/2012,mecânico, pintura sólida (vermelho, preto ou branco). Valor à vista R$ 36.900,00 . J3TURIN 1.4 16 V VVT, modelo 2011/2012, mecânico, pintura sólida(vermelho,preto ou branco). Valor à vista R$ 38.900,00. J6 2.0, 7lugares, modelo 2011/2012, mecânico, pintura sólida (preto ou branco). Valor à vista R$ 57.800,00. Preços válidos para veículos reservados e pagos de 01/02/2012 até 29/02/2012 ou até o término do estoque de 15 unidades por loja(cores variadas) Garantia de 6 anos válida respeitadas as orientações do Manual de Garantia e Manutenção do Fabricante. As especifi cações técnicas dos veículos poderão ser alteradas sem aviso prévio. Imagens meramente ilustrativas. J3 eleito Melhor Compra pela Revista Quatro Rodas, Edição Especial - Julho/11. J3 eleito Melhor do Brasil entre hatchs 1.4 a 1.6 pelo Jornal do Carro, Edição de Aniversário 2011. Consulte o Manual do Fabricante ou no site www.jacmotorsbrasil.com.br.

Cinto de segurança salva vidas.

E NADA MAIS.R$ 57.800

30.000CLIENTES SATISFEITOS

VOCÊ SERÁ O PRÓXIMO.

FÁBRICA NO BRASIL

E NADA MAIS.R$ 36.900J3

E NADA MAIS.R$ 38.900

J3TURIN

COMPLETÕES: AIR BAG, ABS, AR, RÁDIO MP3, SENSOR DE ESTACIOMENTO E MUITO MAIS!

VENHA FAZER UM TEST-DRIVEmeujacmotors.com.br

R$

, AR, RÁDIO MP3, SENSOR DE ESTACIOMENTO E MUITO MAIS!

J67 LUGARES

CAMINHO DAS ÁRVORESAlameda das Espatódeas, 138 71 3204-6300

PITUBAAv. Manoel Dias da Silva, 125171 3344-8400

STAND SALVADOR SHOPPING71 3011-9463

STAND SHOPPING PARALELA

Revista N_01.indd 7 29/03/12 13:07

8 select auto

M ã O D u p L A

Acelerando no Facebookassim que ligamos os motores da Select auto nas redes sociais, já mostramos a velocidade de um V8. São mais de 5.000 fãs em nossa página no Facebook e esse número só tende a crescer. além disso, nosso mural vive recheado de informações e interações. na corrida das redes sociais, a Select auto começa na pole.

facebook.com/selectautobrasil

Tuitando

Select Auto nos eventosA Select Auto investe cada vez mais no setor automotivo cobrindo feiras, exposições e novidades do mercado, além, de estrelarmos nossos lançamentos, gerenciados pela in9 eventos.

Nossa chave em suas mãosCríticas, sugestões e tudo o que você quiser falar com a gente. entre em contato e nos ajude a trazer sempre as melhores e mais rápidas informações.

contato@selectauto.com.br

Versão Tablet e Smartphone na pistaComo pensamos sempre na comodidade do leitor, temos a versão para tablet e Smartphone da Select Auto. Assim, quem tem o aparelho pode baixar gratuitamente o aplicativo na App Store e na Market Place e adquirir as edições, interagindo com a ferramenta e com a Select. Hoje em dia, entendemos que é primordial para estabelecermos um contato mais íntimo com nossos leitores. então, aproveite todas as funcionalidades da Select Auto!

Novo Site o site da Select Auto está para sair da garagem. interatividade, informações atuais, design limpo e integrado com a versão impressa, e tudo o que você espera de uma revista de autos. Ainda teremos uma seção de classificados para você procurar o seu automóvel, com uma navegação tão fácil quanto a de um bom carro. em breve, um site turbinado para você.

www.selectauto.com.br

A gente continua marcando presença nas redes sociais. Fique por dentro das informações que movimentam o mercado automotivo. Ah! Use o termo do twitter com o qual nós mais nos identificamos: Siga! @SelectAutoBR

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

an-20,5x27,5cm-miwah_03_02_2012.pdf 1 28/02/12 11:55

Revista N_01.indd 8 29/03/12 13:07

select auto 9

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

an-20,5x27,5cm-miwah_03_02_2012.pdf 1 28/02/12 11:55

Revista N_01.indd 9 29/03/12 13:07

10 select auto

S empre que alguém comete uma impru-dência no trânsito e você nota que isso

ocorreu por uma distração causa-da pelo celular, sua primeira rea-ção é falar: “Que absurdo! Estava dirigindo e falando ao telefone!”, não é verdade? Apesar de criticar, sabemos que quase todo mundo é adepto do “é rapidinho, não posso deixar de atender”.

Mesmo em um trânsito calmo, para provocar um acidente basta um segundo de distração. Conver-sar ao telefone ou trocar mensa-gens de texto enquanto dirige pode ser tão fatal quanto conduzir um veículo embriagado. O artigo 252 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) coíbe o motorista de fazer uso do celular enquanto dirige. A multa para quem infringir a legis-lação é de R$ 85,13. Esse tipo de infração é considerada média e o condutor pode perder quatro pon-tos na Carteira Nacional de Habili-tação (CNH).

A representante de medica-mentos Hortência Freitas, 27 anos, afirma que utiliza o aparelho ao volante, pois trabalha o dia inteiro dirigindo pela cidade. “É o único momento que tenho para falar ao celular!”. Já o advogado Lucas Al-ves, 28, assume que o uso do apa-relho atrapalha, e muito, a atenção no trânsito. Inclusive já tomou três multas por estar dirigindo falan-do ao telefone. “Já atendi muitas vezes o celular, agora evito. Às vezes, atendo rapidamente. Muitas

texto Natália FoNSeca

p r i m e i r a m a r c h a | e d u c a ç ã o n o t r â n s i t o

Ligação perigosa

UsAR O TELEFONE E dIRIgIR, IMpLICA EM MULTA dE R$ 85,13 E QUATRO pONTOs NA CARTEIRA

Pesquisa comprova que usar o celular ao volante é mais perigoso que dirigir sob efeito de álcool

Revista N_01.indd 10 29/03/12 13:07

select auto 11

pessoas acham que isso não é pe-rigoso, mas admito que tira toda a concentração”.

O comportamento é indevido, porém há uma explicação cientí-fica. A psicóloga patrícia Caldeira Vilas Boas, mestranda em psico-logia pela Universidade Católica do salvador (UCsAL), afirma que falar ao celular é algo considerado familiar, portanto, o condutor tem a falsa idéia de domínio da situa-ção. É comprovado que falar ao ce-lular e dirigir é mais perigoso que dirigir após beber. O motorista tem uma reação mais lenta e de-mora mais para parar o carro, do que motoristas sob efeito do álcool.

Apesar do Código de Trân-sito Brasileiro não fazer menção ao uso do viva-voz, utilizar esse equipamento enquanto dirige é tão arriscado quanto segurar o aparelho celular nas mãos, pois também tira a atenção do moto-rista. O resultado dessa impru-dência, ou falta de consciência, pode causar muitos acidentes.

segundo a superintendência de Trânsito e Transporte do sal-vador (TRANsALVAdOR), o uso do aparelho celular ao volante é a quarta maior causa de acidentes, ficando atrás apenas do excesso de velocidade, invasão de semá-foro e parada ou estacionamento em locais indevidos.

O álcool também é um agra-vante nos casos de acidente, es-tando presente em quase 50% das ocorrências. Vale lembrar que todo acidente de trânsito é precedido da infração de uma ou mais regras do Código de Trân-sito Brasileiro.

317.096 Excesso de velocidade (radares e lombadas)

70.088 Invasão de sinal (fotossensores)

64.610Estacionamento

irregular

19.621Celular

ao volante

7.742Cinto de

segurança

FOTO: shuTTERsTOCk

oc

or

rên

cia

s e

m 2

011

FOnTE: TRAnsAlvADORInFOGRÁFICO: FÁbIO OlIvEIRA

Revista N_01.indd 11 29/03/12 13:07

12 select auto

da redaÇão

p r i m e i r a m a r c h a | s u s t e n t a b i l i d a d e

DryUp: Lavagem sust entável A TÉCNICA dE LAVAgEM A sECO pARA A INdúsTRIA AUTOMOTIVA É TAMBÉM UMA TENdÊNCIA NECEssáRIA

o tema sustentabili-dade vem toman-do força e destaque nos últimos tempos,

principalmente quando falamos em economia de água. sabemos que simples medidas aplicadas no dia-a-dia podem ajudar. Muitas empresas seguem hoje a tendên-cia em trabalhar de forma susten-tável. Assim se destaca a dryUp, especializada em lavagem a seco, referência não só em qualidade de serviços, mas também em econo-mia de recursos hídricos.

“As principais vantagens são a qualidade da lavagem e a pouca utilização de água, além do servi-ço de limpeza do motor e higie-nização do estofado”, afi rma Vitor Costa, franqueado dryUp em sal-vador. “O produto é liquido, mas nós utilizamos cerca de 200 ml de água – o equivalente a um copo - para lavar um carro inteiro”, diz. Isso corresponde a uma economia de aproximadamente 300 litros de água, principalmente se sabemos que a lavagem utilizando man-gueira, por meia hora, consome até 560 litros.

A técnica de lavagem a seco surgiu na década de 80, nos Es-tados Unidos, e revolucionou ao se adequar às questões ligadas à preservação do meio ambiente. O método possibilita lavar o carro substituindo a água por uma cera que envolve a sujeira. Ao passar um pano seco, ocorre uma espécie de envelopamento no veículo que impede arranhões e forma uma película que protege o veículo. Na dryUp de salvador, em cada parte do veículo é utilizado um produ-

to diferente. Há um cuidado especial para a chaparia do carro, roda, pneu, vidro e outro produto exclusivo para o painel. Após todo o processo, ainda pode-se aplicar uma cera para intensifi car o brilho.

para o administrador Marcelo Tavares, 31, o serviço é melhor que a lavagem convencional. “E, além disso, é rápi-do. Eu costumo deixar o carro para lavar e ainda resolvo algumas coisas no shopping. Fora que o carro fi ca limpo por mais tempo”, completa. segundo Vitor Costa, se o veículo enfrenta uma chuva logo após a lavagem convencional, o carro volta a fi car sujo rapidamente. Com a lavagem ecoló-gica, “você pode dirigir até mesmo na chuva, pois a chapa-ria fi ca impermeabilizada”, conta.

Há dois anos a dryUp atua em salvador, no estacio-namento do shopping paralela. para 2012 a intenção da marca, que possui 25 franquias em todo Brasil, é expan-dir. A ampliação da loja será voltada para serviços como estética automotiva, envelopamento e implantação de pe-lículas. No segundo semestre, há a promessa de inaugu-ração de uma nova loja em local não divulgado, ainda em fase de construção. Embora exista a questão do não des-perdício de água, para Vitor Costa, o principal diferencial para todo o crescimento da dryUp é também a qualidade do serviço.

a técnica substitui a água por uma cera que envolve a sujeira, formando uma película que protege o

CuriosidadeDe acordo com o Projeto de Lei 7849/10, do deputado Francisco rossi (PmDB-sP), os lava-rápidos e postos de gasolina deverão ser obrigados a reaproveitar a água da chuva para utilizar nas lavagens de veículos.

dryupAvenida luís vianna Filho, 8544 – Piso G2- shopping Paralela. 71 3023-8596

FOTO: bRunO sARRAF

Revista N_01.indd 12 29/03/12 13:07

select auto 13 select auto 13

Revista N_01.indd 13 29/03/12 13:07

14 select auto

p r i m e i r a m a r c h a | f 1 - 2 0 1 2

Roncam os motores

texto eduardo céSar

TEMpORAdA 2012 COMEçA COM ALTERAçõEs pARA TORNAR A CATEgORIA MAIs COMpETITIVA

c omeçou a temporada 2012 da Fórmu-la 1. Talvez a maior novidade no ano, pelo menos para os brasileiros, tenha sido a decisão da Williams de trocar o

veterano Rubens Barrichello, agora na Fórmula Indy, por Bruno senna, de 28 anos. Com 19 temporadas, dois vice-campeonatos, 14 pole positions, 11 vitórias, 68 pódios, 658 pontos e o fato de ser o piloto com o maior número de participações em grandes prêmios (326), parece que o bom currículo de Rubinho não resistiu à juventude e à força do nome senna.

Bruno senna estreou na Fórmula 1 em 2010, na HRT e, ano passado, disputou oito corridas pela Renault. O mais curioso é que o brasileiro corre jus-tamente na equipe que foi a última da carreira de seu tio, Ayrton senna, tricampeão morto em 1994, a bordo de uma Williams.

Outra novidade é o retorno do finlandês Kimi Raikkonen, campeão mundial em 2007 pela Ferrari. O “homem de gelo”, como ficou conhecido, volta à principal categoria do automobilismo, desta vez, na Lotus (ex-Renault-Lotus), ao lado do piloto Romain grosjean.

dos 24 pilotos, Felipe Massa começou a tem-porada enfrentando pressão por bons resultados, devido à péssima campanha em 2011. O brasileiro, que não vence uma corrida desde 2008, teve um desempenho muito inferior ao de Fernando Alonso durante os testes e nas duas primeiras corridas com o modelo F2012.

REGulaMENToCom a proposta de deixar a categoria mais segura e tornar o campeonato mais equilibrado, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) determinou o

rebaixamento no bico dos chassis (de 62,5 cm para 55 cm) e o banimento dos difusores soprados. Com relação à altura dos bicos, dez das doze equipes ado-taram um recurso na tentativa de mexer pouco na aerodinâmica dos carros: uma espécie de “degrau”.

Esteticamente falando, essa mudança no desenho parece não ter agradado muito. A McLaren e a rus-sa Marussia mantiveram o bico convencional, porém adequados às novas regras. Não à toa, o Mp-27, da escuderia britânica, foi considerado o carro mais bo-nito da temporada.

Nas pistas, os testes durante a temporada serão novamente permitidos após proibição em 2009. Ou-tra mudança será o tempo de parada nos boxes, que deve aumentar. E como em 2009, os retardatários terão permissão para ultrapassar o safety car. Nas ultrapassagens, um piloto não poderá retomar a tra-jetória ideal do circuito caso tenha saído dela para

bicampeão do mundo, sebastian

vettel reconhece

a vantagem inicial da Mclaren

FOTO: shuTTERsTOCk

Revista N_01.indd 14 29/03/12 13:07

select auto 15

defender a sua colocação. Em casos de inter-rupção, a FIA determinou o tempo limite de quatro horas para a realização de cada etapa.

para um melhor aproveitamento dos trei-nos livres, as equipes agora podem usar mais de três conjuntos de pneus. A pirelli, fornece-dora oficial da categoria, anunciou modelos com o contorno quadrado para melhorar a aderência e novas marcações laterais: super-macio (vermelho), macio (amarelo), médio (branco), duro (prateado), intermediários de chuva (verde) e chuva (azul).

Em relação aos circuitos, a prova da Tur-quia não será mais disputada, e o gp de Bahrein volta a fazer parte do campeonato depois de uma onda de protestos políticos em 2011. Outra novidade é que a Fórmula 1 tam-bém retorna aos Estados Unidos, com o Circui-to das Américas, em Austin. para as 20 etapas programadas, o sistema será o mesmo do ano passado, ou seja, os dez primeiros pontuam.

auSTRálIaNa primeira corrida do ano, o inglês Jenson Button venceu de ponta a ponta, evidenciando certo favoritismo da McLaren. A equipe ingle-sa dominou os treinos de classificação no cir-cuito de Albert park, em Melbourne (Austrália), com os dois carros na primeira fila. Lewis Hamilton largou na pole position, mas ficou com um decepcionante terceiro lugar.

Já a Ferrari mostrava um início de tempo-rada problemático, amenizado com uma boa corrida de Fernando Alonso. O espanhol lar-gou em 12º e conseguiu terminar na quinta posição. O atual bicampeão sebastian Vettel chegou em segundo. Já os brasileiros senna e Massa se tocaram e abandonaram a prova.

MaláSIaNos treinos classificatórios, outra vez deu McLaren na primeira fila. Michael schuma-cher (Mercedes) surpreedeu largando em ter-ceiro - melhor resultado desde o retorno do alemão. A Ferrari também surpreendeu. Após uma forte chuva, à estratégia da equipe du-rante as trocas de pneu funcionou. Fernando Alonso ultrapassou Hamilton nos boxes, resis-tiu à pressão de sergio perez (sauber), venceu, e ainda assumiu a liderança do Mundial.

A vitória do espanhol agrava ainda mais a situação de Felipe Massa. por outro lado, Bruno senna teve o seu melhor desempenho na Fór-mula 1. Largou em 13º, abusou nas ultrapassa-gens e conseguiu a sexta posição.

Calendário 201218/03 - 3h GP DA AusTRÁlIA / MElbOuRnE AlbERT PARk*

25/03 - 5h GP DA MAlÁsIA / kuAlA luMPuR sEPAnG

15/04 - 4h GP DA ChInA / xAnGAI xAnGAI

22/04 - 9h GP DO bAhREIn / MAnAMA sAkhIR

13/05 - 9h GP DA EsPAnhA / bARCElOnA CIRCuITO DE CATAlunyA

27/05 - 9h GP DE MônACO / MOnTE CARlO MOnTE CARlO

10/06 - 15h GP DO CAnADÁ / MOnTREAl GIllEs vIllEnEuvE

24/06 - 9h GP DA EuROPA / vAlênCIA COMunIDADE vAlEnCIAnA

08/07 - 9h GP DA InGlATERRA / sIlvERsTOnE sIlvERsTOnE

22/07 - 9h GP DA AlEMAnhA / hOCkEnhEIM hOCkEnhEIMRInG

29/07 - 9h GP DA hunGRIA / buDAPEsTE hunGARORInG

02/09 - 9h GP DA bélGICA / FRAnCORChAMPs sPA-FRAnCORChAMPs

09/09 - 9h GP DA ITÁlIA / MOnzA MOnzA

23/09 - 9h GP DE CInGAPuRA / CInGAPuRA CInGAPuRA

07/10 - 3h GP DO JAPÃO / suzukA suzukA

14/10 - 3h GP DA CORéIA DO sul / yEOnGAM yEOnGAM

28/10 - 7h30 GP DA ÍnDIA / nOvA DélI JAyPEE

04/11 - 11h GP DOs EMIRADOs ÁRAbEs / Abu DhAbI yAs MARInA

18/11 - 17h GP DOs EsTADOs unIDOs / AusTIn CIRCuITO DAs AMéRICAs

25/11 - 14h Gp do BraSil / São paulo iNterlaGoS

Williams decidiu trocar barrichello por bruno senna, na F1 desde 2010

Massa enfrenta pressão por mau desempenho nas últimas temporadas

FOTO: shuTTERsTOCkFOTO: shuTTERsTOCk

Revista N_01.indd 15 29/03/12 13:07

16 select auto

p r i m e i r a m a r c h a | f 1 - 2 0 1 2

A temporada da F1 2012 terá o retorno de uma corrida nos Estados Unidos. Porém, um espaço totalmente novo, em Austin, Texas

De voltaàs Américas

Confira as principais mudanças da F1 para a temporada 2012

O novocirco da F1

Também foram mudadas as marcações nas laterais dos pneus para cada composição

supermacio macio médio

duro intermediário chuva

A parte frontal do chassi teve a altura reduzida em relação ao solo

62,5 cm55 cm

A FIA proibiu o uso dos “difusores soprados” - escapamentos com saída no assoalho do carro. A mudança deverá proporcionar maior equilíbrio no campeonato.

A intenção da FIA é minimizar o risco de choques laterais, ou seja, diminuir as chances do bico atingir a cabeça do piloto

Pneus

Degrau no bico

Banimento dosdi sores soprados

2011

2012

3

2

1

3

1

2

AustinData 18 Nov 2012Voltas 56Distância/volta 5.516 kmDistância/corrida 308.896 km

INFOGRAFIA Mauro Girão FONTE www.formula1.com

Revista N_01.indd 16 29/03/12 13:07

select auto 17

A temporada da F1 2012 terá o retorno de uma corrida nos Estados Unidos. Porém, um espaço totalmente novo, em Austin, Texas

De voltaàs Américas

Confira as principais mudanças da F1 para a temporada 2012

O novocirco da F1

Também foram mudadas as marcações nas laterais dos pneus para cada composição

supermacio macio médio

duro intermediário chuva

A parte frontal do chassi teve a altura reduzida em relação ao solo

62,5 cm55 cm

A FIA proibiu o uso dos “difusores soprados” - escapamentos com saída no assoalho do carro. A mudança deverá proporcionar maior equilíbrio no campeonato.

A intenção da FIA é minimizar o risco de choques laterais, ou seja, diminuir as chances do bico atingir a cabeça do piloto

Pneus

Degrau no bico

Banimento dosdi sores soprados

2011

2012

3

2

1

3

1

2

AustinData 18 Nov 2012Voltas 56Distância/volta 5.516 kmDistância/corrida 308.896 km

INFOGRAFIA Mauro Girão FONTE www.formula1.com

Revista N_01.indd 17 29/03/12 13:07

18 select auto

c om 11 anos de história, a Toulouse chegou na Bahia através do grupo sHC, por iniciativa do empresário sergio Habib, principal responsável pelo lançamento da Citroën no Brasil. depois de algumas experiências

com pontos de vendas no Iguatemi e Rio Vermelho, a marca se es-tabeleceu na Avenida Luiz Viana Filho, paralela, principal vetor de crescimento da cidade de salvador.

“Como sergio Habib tem uma visão de crescimento, optou em construir a concessionária na paralela, se antecipando à ideia de que haveria um crescimento nesta direção. E deu certo”, afi rma Alexsan-dro Mato grosso, diretor geral da Citroën Toulouse, em salvador.

MERCaDo Há seis anos eram vendidos em salvador cerca de 3.000 carros. Com o crescimento do mercado automotivo no Nordeste, atualmente esse número subiu para 6.500. E a tendência, segundo o diretor, é que após a Copa de 2014, 10 mil carros sejam vendidos por mês.

Em 2001, a Toulouse comercializou aproximadamente 33 carros por mês. Hoje, este número subiu para 160 no mesmo período, con-solidando um crescimento que interfere positivamente na geração de empregos. A empresa abriga já em 2012, o quantitativo de 102 fun-cionários na Bahia.

da redaÇão

p r i m e i r a m a r c h a | c i t r o ë n

Tradição e qualidade em um só lugar!CITROëN TOULOUsE É A pRIMEIRA CONCEssIONáRIA dA MARCA NA BAHIA E REFORçA O CREsCIMENTO AUTOMOTIVO

PlaNo DE CaRREIRa Há 10 anos na Citroën, Alex-sandro começou como consul-tor técnico, em maio de 2002, e acompanhou quase todo o pro-cesso de implantação da marca em salvador.

por causa do plano de car-reira oferecido pela empresa, ele passou também pela área de vendas, supervisão e, hoje, é dire-tor geral da primeira concessio-nária da Citroën na Bahia.

O Chefe de Ofi cina Alex Ribei-ro, 39 anos e há 14 na empresa, deu os seus primeiros passos pro-fi ssionais como eletricista, quan-do a Citroën funcionava ainda em um ponto de venda no bairro do Rio Vermelho. Hoje, se destaca como profi ssional referência nes-te segmento.

Alex fez treinamento para Tecnicien Expert, em são paulo, e, atualmente, é um dos técnicos mais experientes da empresa. “Minha vida profi ssional foi den-tro da Toulouse. A Citroën me ensinou muito e meu crescimento profi ssional foi aqui”, revela Alex.

No Brasil a marca vende modelos como o C3 XTR, Xsara picasso, C4 Hatch, C4 VTR, C4 pallas, C4 picasso, grand C4 pi-casso, C5 e Jumper. Além desses modelos, são líderes de vendas na Toulouse o Aircross e o C3.

Em tempos de comodidade para o cliente, vale lembrar que a montadora oferece todo tipo de assessoria no pós-venda, como mecânica, serviço de ar condicio-nado, alinhamento computadori-zado, balanceamento e pintura.

De olho no crescente mercado baiano, empresa aposta no aumento de vendas após a Copa do Mundo de 2014

FOTO: bRunO sARRAF

Revista N_01.indd 18 29/03/12 13:07

select auto 19

select auto 19

Revista N_01.indd 19 29/03/12 13:07

20 select auto

o que você faria se passasse por um terreno abandonado e visse uma caminhonete rara, datada dos anos 70, abandonada, destruída, servindo

como “recipiente” de entulho, plantas e despejo de lixo? Nada!? Talvez a maioria dos motoristas e pedestres desconheçam o charme e histórias dos automóveis do século XX, porém, para quem tem conhecimento sobre a beleza dessas máqui-nas o momento é de oportunidade única... de re-cuperar a carcaça e fazer um milagre!

Conhecidos por serem apaixonados pelos mo-delos de carros antigos, os antigomobilistas dão vida a automóveis que não tem mais espaço nas garagens da sociedade rodeada de recursos tec-nológicos. para esses, que são um misto de cole-cionadores e restauradores, o passado é o presen-te que continuará no futuro.

texto midiã Noelle

p r i m e i r a m a r c h a | c a r r o s a n t i g o s

Pretérito perfeitoANTIgOMOBILIsTAs pREsERVAM CARROs E sUAs HIsTóRIAs COM REsTAURAçãO

A Veteran Car Clube, associação baiana que trabalha para a preservação e divulgação desses veículos, surgiu em 2001, oficializada três anos depois, em 2004. “Tudo começou por causa de um grupo de treze amigos que se encontravam com frequência e trocavam dados sobre peças de car-ro. Foi então que o Marcos Medeiros, primeiro pre-sidente, teve a idéia do clube. Atualmente somos cerca de 100 membros pagantes e participantes”, diz o atual dirigente, Ulisses Britto Júnior.

O clube realiza, no primeiro sábado do mês, durante todo o ano de 2012, uma exposição com cerca de 100 veículos antigos, verdadeiras anti-guidades, carregadas de memórias e muita ou-sadia. A ação, que acontece no parque da Cidade - no bairro do Itaigara, em salvador - é gratuita e aberta a todo o público interessado. Apenas em dezembro o local de visitação muda para o Campo grande.

PaRTE DE CaDa uMAos 15 anos, mais precisamente em 1972, Ulisses teve seu primeiro carro usado, um Citroen 1951, presente do pai. Na época menor de idade, o co-lecionador não podia dirigir a máquina e tam-bém não conseguiu colocá-la para funcionar, por isso se contentava em “brincar de carrinho”. “depois de algum tempo, fui fazer vestibular e meu pai vendeu o carro. Nunca consegui colocá--lo para andar. Ficou um trauma. Essas coisas marcam a gente”, diz.

Já adulto e formado em engenharia civil, co-meçou a ganhar melhor e pensou em comprar um carro antigo para reformar. Nos anos 80 comprou um Citroen 1954 e com ele tem vivido, até hoje, momentos inesquecíveis. “Já levei quatorze noivas, esposas de amigos, em casamentos nesse carro”, confidencia o antigomobilista, que troca o ritual da compra de presentes do chá de casa nova dos pombinhos, pela carona até a porta da igreja.

Não contente apenas com o veículo antigo que

Revista N_01.indd 20 29/03/12 13:07

select auto 21

Ford slantback - Ano 1937

pegou estradas para sergipe e municípios do in-terior da Bahia, Ulisses comprou um caminhão da marca super White power, de 1956. “Tinham sido importados apenas 50. Todos se acabaram. O que encontrei estava como uma sucata velha, com uma árvore crescendo dentro. E ainda com-prei por R$ 900,00”. O processo de restauração foi minucioso, percebido através dos detalhes, como os parafusos em formato de bala de re-vólver e o tanque, que é do formato de um barril de chope.

Mas, o verdadeiro xodó do colecionador é o Miura 1979. O motivo? “Foi fabricado no Brasil, no Rio grande do sul. Era revolucionário para a época. Tinha computador de bordo, dava bom dia ao abrir a porta, mandava colocar cinto de segurança. Isso há cerca de 20 anos”, destaca, ao explicar o modelo top em tecnologia passada.

Assim como os amigos que fundaram a Veteran, grupos semelhantes se formam e as-sim nascem novos clubes. para o mecânico Odir Amorim, 47 anos, presidente do Clube dos Fus-cas, existente desde agosto de 1992, o carro o motivou a ter a sua profissão. “O Clube come-çou com os moradores de Brotas, vizinhos de rua que tinham Fuscas. Eu não era da rua, mas sempre estava por perto e tinha o meu. Atual-mente tenho três carros dos anos 1973, 1975 e 1982. Hoje mexo com Fuscas antigos e tenho uma oficina em Lauro de Freitas voltada para o conserto desse tipo de veículo”, ressaltou.

Amorim revelou ainda que tem um Fiesta, mas que o seu amor pelos Fuscas é tão grande que quando bate a saudade, não dá para resistir, e passeia com o modelo de 1982. “Já fui a são paulo e voltei para salvador nele”, disse o me-cânico que prioriza a preservação da máquina a colocá-la em risco no trânsito. “Hoje em dia quem tem este tipo de carro não gosta de andar para estragar, sabe? Não acha pára-choque original e nem pára-lama, por exemplo”, enfatizou.

Curiosidades1. o carro mais antigo do Brasil, uma cadeira de rodas motorizada, está guardado no museu da santa casa da misericórdia, no centro Histórico da capital baiana. o veículo que pertenceu a um fazendeiro é avaliado em mais de U$ 1 milhão de dólares.

2. o fusca mais antigo do Brasil também está na Bahia. o veículo é de 1949 e pertence a Jorge cisne, também conhecido como “Jorginho”.

3. os americanos têm o costume de modificar carros antigos. atualmente, quando alguém trasnforma um carro moderno, o nome é Tunning, mas quando se modifica um carro antigo, o nome dado é Hot rod.

Pickup super white power - Ano 1956

Romi Isetta fabricada no brasil - Ano 1958

Ford Phaeton - Ano 1929

Revista N_01.indd 21 29/03/12 13:08

22 select auto

h á quem diga que grávidas não podem dirigir e que devem ficar em casa para

evitar grandes esforços ou tumul-tos. A futura mamãe pode traba-lhar, estudar, ir ao salão ou levar uma vida normal como de costu-me, basta que alguns cuidados se-jam tomados para evitar qualquer tipo de risco para o bebê.

Quando o assunto é trânsito, atitudes como utilizar corretamen-te o cinto de segurança, andar na via de menor velocidade, inclina-ção correta da poltrona e distan-ciamento da barriga ao volante são preocupações essenciais. Mas, será que dirigir é realmente um risco para a gestante?

O antigo Código Nacional de Trânsito proibia a grávida de di-rigir a partir do quinto mês. Já o atual não faz restrição. Os médi-cos aconselham apenas que as barrigudinhas tenham bom senso para perceber até quando podem e devem dirigir. “É recomendado que após 36 semanas de gestação a grávida evite a direção. Caso isso não seja possível, é prudente ter mais cuidado que o normal, di-rigindo com mais atenção e com uma velocidade menor”, afirma o ginecologista e obstetra dr. Mar-celo de Moraes.

para as que escolherem o cinto de segurança tipo três pontos, é im-portante manter a faixa subabdo-minal abaixo da barriga e ajustada ao corpo. A faixa diagonal deve cruzar o meio do ombro, passan-do entre as mamas, nunca sobre o útero. A futura mamãe deve di-

texto yêda NuNeS

p r i m e i r a m a r c h a | o r i e n t a ç ã o

Grávidas ao VolanteCUIdAdOs NA dIREçãO E ATENçãO AOs dETALHEs gARANTEM sEgURANçA Às FUTURAs MAMãEs

rigir com a distância de 15 centímetros do volante, para evitar o risco de deslocamento da placenta caso ocorra uma freada brusca. A trepidação do motor não é um ponto preocupante, essa vibração não causa problemas para a gestante, já o choque da barriga com o volante ou o cinto mal posicionado pode trazer prejuízo, devido ao risco de trauma abdominal.

Todos esses cuidados são fundamentais para evitar um parto pre-maturo: lesões, sustos repentinos, acidentes e até mesmo a perda do bebê. “Existem também condições próprias da gestante que podem dificultar a direção segura em certos momentos, como náuseas, ton-turas, hipoglicemia ou queda de pressão arterial, além de cólicas e edema de pés. só não há comprovação de que a grávida fique mais lenta ou com os reflexos diminuídos”, diz o médico.

para orientar ainda mais as mamães foi lançada em 2001, pela Associação Brasileira de Medicina de Trafego (Abramet), uma car-tilha com orientações para as gestantes motoristas. A mulher deve dirigir enquanto estiver bem, se a gravidez for de baixo risco, e pa-rar se houver desconforto ou mal-estar. Evitar longas distâncias e estradas ruins é um bom começo para se precaver de qualquer problema. Fiquem atentas!

O cinto de segurança de três pontos deve passar sobre os ombros e ficar abaixo da barriga, evitando o deslocamento da placenta em caso de acidente

FOTO: shuTTERsTOCk

Revista N_01.indd 22 29/03/12 13:08

select auto 23 select auto 23

Revista N_01.indd 23 29/03/12 13:08

24 select auto

p r i m e i r a m a r c h a | au d i

100 anosde história

CONHEçA A TRAJETóRIA dA AUdI Ag, EMpREsA AUTOMOBILísTICA dA ALEMANHA FOCAdA EM CARROs dE LUXO

DIvERGêNCIaSCinco anos depois, em 1909, divergências entre os diretores da empresa, levou ao afastamento de August Horch, que perdeu os direitos do nome. A saída encontrada por Horch foi criar uma nova marca com o seu próprio nome. Nasce assim, a Audi (que sig-nifica ‘ouça’, em latim).

Em 10 de abril a empresa passa a se chamar Audi Werke gmbh, com escritórios centrais em Zwickau. Em julho, o primeiro carro da marca Audi é fabricado em Zwi-ckau. Em 1928, a Audi já era a maior fábrica de automóveis do mundo.

Nos anos 20, uma grave crise econô-mica atinge as quatro empresas que, para se manter no topo, decidem formar a Auto Union Ag, com sede na cidade de Chem-nitz.

A marca logo se torna o segundo maior grupo automobilístico da Alemanha, com destaque para os carros de corrida de 16 cilindros e as limousines com referência ao nome de August Horsch.

c om mais de um século de vida, a Audi, foi criada em 1899, na cidade de Co-lônia (Alemanha), através de uma so-ciedade entre August Horch e Müller

slytherin. O contexto do nascimento foi o período de prosperidade econômica que a Alemanha atravessou no fim do século XIX, impulsionando a produção de carros alemães no século seguinte. Antes do nasci-mento da marca, quatro fábricas de veículos auto-motivos - Wanderer, Horch, dKW e Audi -, se uniram para formar a AUdI Ag

Em fevereiro de 1885 foi fundada a Chemnitzer--Velociped-depot Winklhofer & Jaenicke. dois anos depois, a marca começa a fabricar bicicletas e muda o nome para Wanderer. Em 1902 estreia na produção de motocicletas e, em 1913, entra no ramo de automóveis.

Em 1902 também é fundada a August Horch & Cia Motor - und Motorwagenbau, na cidade de Rei-chenbach (Alemanha). Em 1904 a sede da empresa é transferida para a cidade de Zwickau, no leste da Alemanha, e passa a se chamar August Horch Mo-towagenwerke Ag. No ano de nascimento, a Horch promove a primeira viagem de um carro construído na empresa. Mas, só em 1927 que os modelos de oito cilindros se tornaram exclusivos da marca.

dois anos depois foi fundada a Rasmussen & Ernst, na cidade de Chemnitz, para fabricar exclusi-vamente armaduras de vapor de escape. Em 1916 a mesma empresa começa as primeiras experiências com veículos a vapor.

da redaÇão

Revista N_01.indd 24 29/03/12 13:08

select auto 25

DEClíNIo E REaSCENçãoEm 1939, por causa da II guerra Mundial, a fabricação de carros foi interrompida e a empresa di-reciona suas atividades à produ-ção bélica. Após a guerra, a em-presa praticamente desaparece.

só em 1949 que as coisas co-meçam a melhorar. Nasce, em Ingolstadt, a empresa Auto Union que, das quatro marcas, ressus-citou inicialmente a dKW. Em 1965, a Volkswagen Ag compra as ações e se torna majoritária da Auto Union. No mesmo ano é lan-çado o primeiro carro da marca Audi. O sucesso dos carros que vieram a seguir foi tanto, que a direção da Volkswagen também entrou no desenvolvimento de novos modelos.

INDEPENDêNCIaCom uma nova reestruturação no grupo Volkswagen, a Audi NsU Auto Union Ag muda de nome e torna-se Audi Ag. Após a queda do muro de Berlim, em 89, alcan-ça números recordes nas vendas e, aos poucos, começa a se tornar independen-te da Volkswagen. Lança, nos salões de Frankfurt e Tóquio os modelos esportivos Quattro spyder e Avus Quattro, respecti-vamente.

BRaSIlNo ano de 1993, o tricampeão de Fórmula 1, Ayrton senna, oficializa, na Alemanha, um acordo entre as empresas senna Import e Audi Ag. desconhecida até então, a iniciativa deu início à importação e venda de carros da marca alemã no mercado brasileiro. Em 2005, a Audi Ag assumiu 100% da marca em atividade no Brasil. Nasce então a Audi Brasil distribuidora de Veículos.

MaRCaO logotipo com quatro argolas nasce em 1932 e representa a fu-são das quatro montadoras, AUdI, dKW, HORCH e WANdERER. Em 1969, é incorporado à marca o logotipo NsU, formando a Audi NsU, e em seguida, Audi Ag.

Em 1985 outra mudança é fei-ta na marca, que se transforma em um círculo oval vermelho. dez anos depois, a montadora alemã apresenta uma alteração do tra-dicional logotipo das quatro ar-golas.

Em 2009, acontece uma nova atualização na marca, passando uma ideia tridimensional nas ar-gólas, com o nome da empresa transferido para a esquerda e es-crito com uma outra fonte.

SloGaNCriado pela agência de publicidade BBH, o slogan “Vorsprung durch Technik”, que significa “Na Vanguarda da Tecnologia”, é um dos mais famosos do segmento de automóveis. Outras frases criativas foram utilizadas em campanhas publicitárias da Audi, como “Mantenha-se à frente através da tecnologia”, “Todos os sonhos de um Audi”, “seguindo suas próprias regras”, e “É um milagre, mas nós fizemos isso”.

1985

2009

1979

Em 1969 ocorreu a fusão da marca Auto union com a nsu, formando em seguida a Audi nsu

Revista N_01.indd 25 29/03/12 13:08

26 select auto

da redaÇão

p r i m e i r a m a r c h a | s e r v i ç o s

Tudo num só lugarsEgUINdO UM MOdELO NACIONAL, O AUTO sHOppINg ITApOAN REúNE sERVIçOs pARA A VENdA dE AUTOMóVEIs

p ara muitas pessoas, ir ao shopping é sinôni-mo de conforto, segu-rança e variedade de

serviços. E por que não transferir este breve conceito para o univer-so automotivo? Que tal comprar um carro e ter à disposição con-cessionárias, seguradoras, finan-ceiras, centro automotivo, lojas de som e acessórios, oficina, chaparia e pintura, tudo no mesmo lugar?

Essa é a proposta do Auto sho-pping Itapoan (situado na Aveni-da paralela), que há cinco anos é considerado o maior shopping de automóveis da Bahia. de acordo com a administradora daniela peres, o centro comercial nasceu com a proposta de seguir um mo-delo que deu certo em todo o país: reunir diversas lojas do segmento automotivo com uma formatação

de shopping. “Uma tendência nacional consoli-dada em relação à compra de seminovos”, ga-rante. Hoje, existem cerca de 150 empreendi-mentos do tipo espalhados pelo Brasil.

Adequando-se às especificidades do mercado baiano, o Auto shopping Itapoan possui 20 lojas que vendem exclusivamente veículos seminovos, cinco financeiras, corretoras de seguros, consór-cio, centro automotivo, lojas de som e acessórios, perícia e rastreamento veicular, posto do dETRAN, postos de lavagem, lanchonetes e estacionamento com 3.200 vagas rotativas em área coberta.

“O cliente escolhe o veículo; passa para o se-gundo passo, que é o financiamento – o contrato é preparado na hora –, depois tem à disposição o despachante para fazer o serviço de transferência e a corretora de seguros”, conta daniela, reforçan-do o aspecto de serviços que torna o local mais do que uma mera concentração de lojas.

auto shopping possui 20 lojas de carros, acessórios e centro automovivo

ServiÇoO Auto shopping Itapoan - Avenida Paralela - s/n, Itapoan. horário de Funcionamento: Todos os dias da semana, das 8h às 18h. Tel.: (71) 3311-8000. Mais informações: www.autoshoppingitapoan.com.br

FOTOs: DIvulGAÇÃO

Revista N_01.indd 26 29/03/12 13:08

select auto 27

Revista N_01.indd 27 29/03/12 13:08

28 select auto

texto yêda NuNeS

o Mini Cooper já é famoso desde a década de 90, quando ficou mundialmente conhecido como companheiro das proezas do personagem cô-mico britânico Mr. bean. Com o tempo, deixou

o contexto de ‘pequeno carro encantador’ e ganhou versões mais ousadas e potentes, preservando as fortes caracterís-ticas do seu design. Este mês, a montadora britânica Mini - marca pertencente a bMW - traz para o mercado brasileiro o Mini Roadster, um modelo conversível de dois assentos, com uma proposta mais moderna, esportiva e inovadora.

sUpEREspORTIVO, INOVAdOR E CONVERsíVEL, O NOVO MINI ROAdsTER CHEgA pARA ENCANTAR AINdA MAIs Os ApAIXONAdOs pOR CARROs dE dOIs LUgAREs

c a pa | M i n i C o o p e r Ro a d s t e r

O novo integrante da família

Revista N_01.indd 28 29/03/12 13:08

select auto 29

O novo integrante da família

Modelo promete redução no consumo de combustível e emissão de gases

FOTO: DIvulGAÇÃO

Revista N_01.indd 29 29/03/12 13:08

30 select auto

c a pa | M i n i co o p e r Ro a d s t e r

para os amantes dos carros superesportivos, o luxo de ser dono do novo Mini fica restrito a apenas 100 modelos, e deve custar a partir de R$ 132.950 para a versão aspirada e R$ 144.950 para a versão turbo. Metade das unidades, já programadas para o Brasil, chega às 20 revendedoras no final de março. O preço é quase o dobro do smart conversível, mas o veículo da Mercedes não chega a ser um concorrente diante do desempenho do motor e estilo do Mini.

vERSÕESO modelo de lançamento chega em duas versões apenas à gasolina: com câmbio automático de seis marchas ou manual. O Mini Cooper Roadster apresenta motor aspirado de quarto cilindros, com gerenciamento de válvulas variável (baseado na tecnologia Valvetronic do grupo BMW), que propor-ciona uma melhoria na resposta do motor e ainda promete uma redução no consumo de combustível e emissão de gases.

Esta versão atinge uma velocidade máxima de 199 km/h, chegando a uma aceleração de 0 a 100 km/h em 9,2 segundos e torque máximo de 160 Nm. segundo as normas de padronização da União Européia, o veículo tem autonomia de consumo em cerca de 100 km a cada 5,7 litros de combustível (aproximadamente 17,5 km/L).

Já a versão Mini Cooper s Roadster atinge 227 km/h com a potência do motor sob o capô, também de quatro cilindros, porém com a tec-nologia Twinpower, com cilindrada de 1.598 cc, o que ajuda a proporcionar uma aceleração que vai de 0 a 100 km/h em apenas 7 segun-dos. O fabricante garante um desempenho no consumo de até 6 litros a cada 100 km (cerca de 16,6 km/L). O pacote Twinpower inclui um turbocharger twin-scroll e injeção direta de ga-solina, que ajuda a tornar o motopropulsor um dos mais eficientes em sua classe de cilindrada.

A versão turbinada do Roadster deve con-quistar os consumidores ávidos por estilo e so-fisticação, sem abrir mão do espírito esportivo. Ambos os modelos podem ser especificados com um câmbio automático de seis marchas opcio-nal, função steptronic, como uma alternativa ao câmbio manual de seis marchas. Ou ainda, num padrão ainda mais esportivo, é possível fazer a troca de marchas no volante com borboletas.

DESEMPENHoO sexto membro da família de compactos pre-mium da Mini, garante a diversão da dirigibili-dade por meio do potente motor turbo – em uma das versões – e tecnologia sofisticada de chassi

novo esportivo traz sofisticado isolamento térmico e sonoro

FOTO: DIvulGAÇÃO

Revista N_01.indd 30 29/03/12 13:08

select auto 31

com tuning específico para o modelo. O resulta-do de todo esse investimento pode ser conferido na estrada. O desempenho do Roadster com mo-tor turbo não chega a superar ao do Mini Coupé – do qual ele deriva no design - mas também não faz feio diante do antecessor.

O superesportivo desenvolve muito bem à medida que a velocidade aumenta, e mantém uma ótima estabilidade durante as curvas, de-sempenho garantido pelo Controle de Frenagem em Curvas (CBC). Mesmo nas mais acentua-das, o eixo dianteiro se insere com alta precisão, bastando, apenas, acelerar para que a traseira escorregue e alinhe-se para uma saída com su-cesso. No caso do câmbio automático de seis marchas opcional estar acionado, o botão ‘sport’ ajuda a encurtar o tempo de cada marcha.

O Roadster conta com o sistema Controle dinâmico de Estabilidade (dsC) padrão, que freia rodas individuais seletivamente e reduz a potência do motor para prevenir uma derrapa-gem dianteira ou traseira. O dsC também acio-na o Controle dinâmico de Tração (dTC). para o auxílio na frenagem e assistência de arranque em subidas, esse sistema inclui, ainda, frenagem anti-blocante ABs e distribuição Eletrônica de Frenagem (EBd).

Integrado à traseira do carro, o spoiler oti-miza o balance aerodinâmico. Ao atingir velo-cidade superior a 80 km/h, o dispositivo é au-tomaticamente estendido e diminui novamente a menos de 60 km/h. Independente do grau de experiência do condutor, o modelo garante emo-ção ao dirigir, auxiliado pela tecnologia dispo-nível no Roadster com os comandos da central eletrônica.

INTERIoRpara os que sonham com o conversível, o Mini Roadster traz um sofisticado corte no teto da capota, que possui isolamento térmico e sonoro, com acionamento manual. No entanto, a simpli-cidade do seu manuseio permite que isso seja feito pelo passageiro com o veículo em movi-mento.

Quem acha que há perda no espaço da mala por conta das dimensões do carro, se surpreen-de ao constatar que seus 240 litros de capaci-dade – relativamente amplo para o padrão – é quase o dobro do Mini Cabrio, versão conversí-vel de quatro lugares. A versão esporte dispensa estepe, já que os pneus de tecnologia runflat, da BMW, têm bandas laterais reforçadas que per-mitem percorrer até 250 km mesmo com perda total de pressão. As rodas de liga leve vêm nas dimensões de 15, 16 ou 17 polegadas, dependen-do da variação do modelo. E existe uma seleção de outras rodas que está disponível como opcio-nal nas mesmas extensões.

Os que estão habituados com o interior do Mini vão se sentir confortáveis também no

ConectividadePessoas que têm iPhone da Apple especificando o rádio MINI Visual Boost ou o sistema de navegação MINI, também podem acessar serviços de Internet dentro do carro com MINI Connected. O condutor pode conferir atualizações do Facebook, serviços do Google, Twitter e feeds de notícias, usando a função opcional de conversão de texto em fala

2

detalheS do carro1 Painel abriga sistema de áudio com CD e entrada para MP3 Player 2 bancos de couro reclináveis 3 Tradicional velocímetro gigante

1

3

Revista N_01.indd 31 29/03/12 13:08

32 select auto

Roadster, já que o lançamento mantêm o tradicional velocímetro gi-gante no centro, com tela para os aplicativos digitais, acessórios em preto carbono, além dos comandos tipo switch. O design original do interior mistura toques de requinte com algumas peças de plástico.

PoNTo DE vENDaCom apenas uma revendedora no Nordeste, em Natal, a montado-ra britânica planeja ampliar seu mercado com a abertura de três novas lojas em salvador, Recife e Fortaleza. por enquanto, com relação aos compactos de luxo, a alemã Audi toma conta do mer-cado na capital baiana e apresenta hoje cerca de 4% no segmento premium, no Brasil.

segundo o coordenador de vendas da Mini no Brasil, Matheus pereira, o projeto aguarda a reação do mercado com relação ao aumento do Imposto sobre produtos Industrializados (IpI) dos veí-culos importados para a tomada da decisão. A depender do desfe-cho, a abertura das lojas pode ser anunciada ainda este ano, com funcionamento previsto para 2013.

Em 2011 a Mini obteve um crescimento de vendas de 62,33% em relação a 2010. No ano passado, cinco unidades do Mini foram comercializadas para clientes da Bahia, um perfi l formado por ho-mens entre 30 e 50 anos, da classe A, que já conheceu o carro fora do país.

E ainda tem mais, a montadora já anuncia o lançamento do próximo integrante da família Mini, o paceman, para outubro deste ano, no salão do Automóvel, em são paulo. As vendas desse novo carro estão previstas para o primeiro semestre de 2013.

MoToR: 4 CIlInDROs

CIlINDRaDa: 1.598 CC

PoTêNCIa: 90 kW/122 hP A 6.000 RPM

ToRquE MáxIMo: 160 nM/118 lb-FT A 4.250 RPM

aCElERação: 0-100 kM/h - 9,2 sEGunDOs,

vEloCIDaDE MáxIMa: 199 kM/h

CoNSuMo: 5.7 lITROs / 100 kM

EMISSão DE Co2: 133 G/kM.

MoToR: 4 CIlInDROs

CIlINDRaDa: 1.598 CC,

PoTêNCIa: 135 kW/184 hP A 5.500 RPM

ToRquE MáxIMo: 240 nM/177 lb-FT A 1.600 RPM

aCElERação: 0-100 kM / h - 7,0 sEGunDOs

vEloCIDaDE MáxIMa: 227 kM/h (141 MPh)

CoNSuMo: 6.0 lITROs / 100 kM

EMISSão DE Co2: 139 G/kM.

miNi cooper roadSter

miNi cooper S roadSter

Fi ch a técnica

O sistema DsC reduz a potência do motor e previne derrapagens. Integrado à traseira do carro, o spoiler confere o balance aerodinâmico

FOTO: DIvulGAÇÃO

Revista N_01.indd 32 29/03/12 13:08

select auto 33

Revista N_01.indd 33 29/03/12 13:08

34 select auto

d e S ta q u e | Jac

J6 chega para reanimar o mercado de minivansA pROpOsTA dA MONTAdORA CHINEsA É OFERECER MOdELO COMpLETO pARA UM sEgMENTO AINdA pOUCO EXpLORAdO

Jac J6é o terceiro modelo da montadora chinesa lançado no brasil e irá concorrer no mercado de minivans

Revista N_01.indd 34 29/03/12 13:08

select auto 35

texto eduardo céSar

p ara quem acha que a JAC é iniciante no mer-cado automotivo, está enganado. A JAC Motors tem mais de 40 anos de história e atua no Bra-sil há mais de um ano com importação de car-

ros chineses. A nova aposta da montadora chinesa é o J6 2012, que chega ao mercado para atender famílias mais numerosas, um público mais exigente, e concorrer no mer-cado ainda pouco explorado de minivans.

segundo sergio Habib, presidente da JAC Motors Brasil, o J6 é o terceiro e mais completo modelo da JAC lançado no país, após o J3 e o J3 Turin. Com valor inicial de R$ 58.800 para versão com cinco assentos e R$ 59.800, para a de sete lugares. O modelo está em uma faixa de preço que o fará enfrentar os concorrentes mais consagrados do segmento de minivans.

desenhado no estúdio da JAC em Turim, Itália, o carro tem duplo airbag, freios ABs, ar-condicionado digital, trio elétrico, faróis de neblina, sensor de estacionamento trasei-ro, direção hidráulica, sistema de som com leitor de Mp3, pneus 205/55 e rodas de liga leve de 16 polegadas. O in-terior é semelhante a outros modelos da JAC, com bancos revestidos em veludo e volante com sistema de controle

FOTO: DIvulGAÇÃO

Revista N_01.indd 35 29/03/12 13:08

36 select auto

d e S ta q u e | Jac

1

2

3

4

5 6

detalheS do carro1 Mostradores com luz azul 2 lanterna com design arrojado 3 Porta-malas para 720 litros 4 Rodas de 17 polegadas 5 bancos com ajustes de distância, altura e encosto 6 Farol de neblina

FOTOs: DIvulGAÇÃO

PREço: R$ 59.800 (7 luGAREs)

MoToR: 4 CIlInDROs, 16 vÁlvulAs

DESEMPENHo: 0 A 100 kM/h EM 13,1 s

vEloCIDaDE: 183 kM/h

TRaNSMISSão: MAnuAl, CInCO MARChAs

FREIoS: DIsCOs vEnTIlADOs E sólIDO

PNEuS: RODAs lIGA lEvE 16 POlEGADAs

J6 - 2012

Ficha técnica

Revista N_01.indd 36 29/03/12 13:08

select auto 37

ForÇaO J6 possui motor 2.0, transmissão manual de cinco velocidades, acelera de 0 a 100 km/h em 13,1 segundos, e pode atingir a velocidade máxima de 183 km/h

multifuncional. Tudo isso, com seis anos de garantia. Quando falamos em tecnologia, o novo J6 está muito à

frente de muitos carros do segmento. O painel de instrumen-tos é azul e em 3d. A luz de intensidade pode ser regulada de acordo com seu gosto e para não tirar a atenção do motorista, também existe o comando do sistema de som no volante. No console central vem o sistema de áudio, integrado ao design. Tudo para agradar o consumidor que visa sempre mais ino-vações tecnológicas.

O J6 também chega com versão diamond que oferece como opcionais pneus 215/45 aro 17, e como acessórios, bancos de couro, custando para o J6 R$ 1.400,00 e para o J6 diamond R$ 1.800,00. Além disso, ele tem bastante espaço interno agra-dando ainda mais o público feminino e o familiar. Os bancos dianteiros têm regulagem de altura e os traseiros podem ser ajustados individualmente. Ainda nessa versão, os ocupantes da terceira fileira podem reclinar o encosto.

O carro foi pensado e desenvolvido exclusivamente para o mercado brasileiro, por isso, na parte mecânica, o novo J6 2012 vem equipado com motor 2.0, de quatro cilindros em

linha, com 136 cv, e transmissão manual de cinco velocidades. de acordo com informações da pró-pria JAC Motors Brasil, o J6 2012 acelera de 0 a 100 km/h em 13,1 segundos e atinge velocidade máxima de 183 km/h. A meta, se-gundo Habib, é alcançar o núme-ro de oito mil unidades mensais.

de acordo com informações da Fenabrave (Federação Na-cional da distribuição de Veícu-los Automotores), os modelos de minivans mais vendidos em 2011 foram o Honda Fit, o Fiat Idea, o Chevrolet Meriva, os Nissan Li-vina e grand Livina e o Citroën picasso. O novo J6 2012 entrará no mercado para bater de frente com estes modelos.

FOTO: DIvulGAÇÃO

Revista N_01.indd 37 29/03/12 13:08

38 select auto

d e S ta q u e | Jac - fáb r i c a

Jac Motors estimula pólo automotivo na BahiaCOM O INíCIO dAs OpERAçõEs dA MONTAdORA CHINEsA NO EsTAdO, A pREVIsãO É dE QUE A BAHIA sE CONsOLIdE COMO pROdUTORA dE AUTOMóVEIs, COM 10% dA pROdUçãO NACIONAL

a Bahia deu mais um passo importante para se estabelecer como um centro de produção automotiva. Em novembro de 2011, foi anunciada oficialmente a insta-

lação da fábrica da montadora chinesa JAC Motors na Bahia. O anúncio foi feito em uma festa de lançamento realizada no Espaço Unique, em salvador, com a pre-sença do governador Jaques Wagner, o presidente da JAC Motors no Brasil, sergio Habib, e do diretor geral da JAC Motors International, she Cairong.

Com investimento de R$ 900 milhões, a unidade será construída no pólo de Camaçari, em um terreno de 150 mil metros quadrados, e produzirá cerca de 100 mil car-ros por ano, respondendo por 10% da produção nacional. para sergio Habib, este é um marco na indústria au-tomobilística brasileira. “será a primeira montadora de automóveis de grande volume do Brasil, que produzirá

texto eduardo céSar

FOTO: DIvulGAÇÃO

Revista N_01.indd 38 29/03/12 13:08

select auto 39

Governador Jaques Wagner entre representantes da JAC, sergio habib e she Cairong, durante o lançamento da fábrica na bahia

modelos abaixo de R$ 50 mil, com controle totalmente nacional”, disse.

O crescimento do mercado au-tomotivo na região Nordeste e as condições oferecidas pelo governo do Estado aos investidores foram fatores decisivos no processo de implantação da nova fábrica na Bahia, considerada a mais impor-tante economia do Brasil fora do eixo sul-sudeste. A negociação envolveu isenções e benefícios, principalmente incentivos nas áreas da infraestrutura, terreno, e condições portuárias para facilitar importação e exportação.

As operações da montadora contam com 80% de capital na-cional, representado pelo grupo paulista sHC; e 20% é aplicação da JAC Motors, que será respon-sável por transferir todo o know hall necessário na execução do projeto. “O grupo sHC foi escolhi-do por ser a maior distribuidora de carros do Brasil, por ter cre-dibilidade no mercado e passar confiança para os clientes”, de-clarou she Cairong. Hoje, o grupo sHC possui mais de 90 conces-sionárias, com cinco mil colabo-radores em todo o país, e fechou o ano de 2011 com a marca de 70 mil veículos novos e 45 mil usa-dos comercializados.

Com mais de 40 anos de mer-cado internacional, a JAC Motors opera no Brasil desde março de 2010 através da importação de carros chineses. No Brasil, a marca conta com cerca de 2.500 funcionários e, segundo sergio Habib, já conquistou 2,5% do mer-cado nacional. Antes do anúncio de lançamento, 20 mil veículos foram vendidos em todo o país.

REFlExo para o diretor geral da JAC Mo-tors na Bahia, Fábio Costa, apenas o anúncio do novo projeto foi su-ficiente para alavancar o volume de vendas no estado. Este cresci-mento permite reflexos no núme-ro de funcionários e na abertura de novas lojas. “Com a chegada da montadora, a tendência é aumen-tar a participação no mercado. Há planos para que duas novas lojas sejam construídas em Vitória da Conquista e Lauro de Freitas”, revela. A promessa para os pró-

ximos anos é de 3,5 mil funcionários contratados diretamente, além de 10 mil contratações indiretas.

ESTRuTuRa No projeto da fábrica estão inclusos um centro de desenvolvimento de novas tecnologias, centro de estilo e design, laboratórios de acústica e controle de emissão de poluentes, pista de testes e centro de capacitação profissional. Além disso, haverá espa-ço para as etapas de produção; como armação de carrocerias, soldagem, pintura e montagem final. para os próximos anos serão definidas as etapas de motores e estamparia de componentes. Em rela-ção ao desenvolvimento de novas tecnologias, será adotado um motor com sistema de alimentação flex e de partida a frio.

laNçaMENToAs obras estão previstas para começar em 2012 e a fábrica deve operar a todo vapor já em 2014. Na ocasião deve ser lançado um novo carro, ex-clusivamente pensado para a realidade do trânsito brasileiro. por enquanto, sabe-se apenas que trata--se de um sedan e um Hatch, ambos com preço de mercado em torno de 40 mil reais. É esperar para conferir!

“sERÁ A PRIMEIRA MOnTADORA DE AuTOMóvEIs DE GRAnDE vOluME DO bRAsIl” SerGio haBiB | PREsIDEnTE DA JAC MOTORs nO bRAsIl

FOTO bRunO sARRAF

Revista N_01.indd 39 29/03/12 13:08

40 select auto

o ano começou cheio de novidades e muito estilo para os apaixonados por carros que sonham em adquirir um clássico modelo de alto padrão. Os soteropolita-nos ganharam, em janeiro, a primeira loja exclusiva

e especializada em importação de veículos de luxo no estado, a Veloce Motors & Marine, localizada no paralela stock Center, Ave-nida paralela, principal vetor de crescimento da cidade.

No showroom da loja, modelos de marcas que dominam o imaginário dos aficionados por carros: Ferrari, Mustang, porsche e Camaro. “Em salvador nunca houve uma loja em que o foco fosse exclusivamente o mercado de carro de luxo, e somos espe-cíficos nesse segmento”, conta o empresário guilherme Teles, um dos sócios da Veloce.

d e S ta q u e | uma loj a pa ra rea l i za r sonhos

Além do luxoda redaÇão fotos divulGaÇão

pARA Os ApAIXONAdOs pOR CARROs TOp dE LINHA, A VELOCE dIspONIBILIZA MOdELOs COMO pORsCHE, MUsTANg, FERRARI E BMW

Revista N_01.indd 40 29/03/12 13:08

select auto 41

Com um investimento de aproximadamente R$ 2,5 mi-lhões, a Veloce Motors & Marine abre suas portas após constatar, através de pesquisas de merca-do, um aumento na procura de carros de luxo e o posiciona-mento da Bahia como o estado de maior concentração de mi-lionários do norte-nordeste.

guilherme trabalha há mais de 10 anos no segmento auto-motivo, e é um dos responsá-veis pela implantação da loja BMW em salvador. “A cidade mudou. O dinheiro está circu-lando mais e agora existe uma demanda em relação a ser-viços diferenciados. salvador deve ter cerca de uns 50 pors-ches e umas cinco Ferraris ro-dando. É um número bom, mas que poderia ser maior”, diz o empresário.

MaNuTENçãopara carros de luxo, detalhes aparentemente pequenos, como trocar um pneu, não podem ser realizados em qualquer lugar e nem por qualquer profissional. A Veloce Motors & Marine ofe-rece um serviço diferenciado e personalizado para que o clien-te não precise buscar auxílio fora do estado. “Antes, quem tinha uma Ferrari, precisava ir a são paulo consertar ou fazer a manutenção, e esta não saia por menos que 13 mil”, afirma Teles.

X6 Xdrive 35i Detalhes em aluminio, rodas aro 19”, pneus Run Flat system, faróis bi-xênon com regulagem automática de foco e lavador de faróis

rodaO modelo Califórnia, já comercializado, possui um mix de rodas esportivas de liga leve, com uma combinação de aro 21 e 22

paiNelO Camaro ls v6, outro modelo do portfólio da veloce, possui um painel com design arrojado com estilo entre o clássico e o moderno

produtoSno portifólio da veloce é possível encontrar marcas cobiçadas, como Ferrari, Mustang, Mercedes, Camaro, bMW x6 e 370z, além de Jet skys da sea Doo, yamaha e kawasak. Os preços podem variar: O smart, da Mercedes, custa R$ 60.000,00. O Porsche Cayman R$ 340.000,00. Já a Ferrari California, custou R$ 1.300.000,00.

ServiÇoveloce Motors & Marine - Av. luiz viana Filho, nº 2.489 - Paralela stock Center, loja 6. Mais informações: 71 3013-1111, www.velocemotors.com.br

Fortwo caBriolet Modelo smart com 86 cv, tecnologia Mercedes-benz, e câmbio com opção esportiva

Revista N_01.indd 41 29/03/12 13:08

42 select auto

d e S ta q u e | M i t s u b i s h i l a n c e r 2 . 0 2 0 1 2

Tudo que um esportivo precisa tertexto eduardo céSar

a Mitsubishi final-mente põe fim à expectativa dos apaixonados por

carros esportivos com o lan-çamento do Lancer 2.0 2012. O modelo - uma versão mais sim-ples do sedã médio japonês, po-rém, com a tecnologia de ponta do Lancer Evolution X - já está disponível no mercado. “Eu te-nho vendido em média 10 a 12 unidades por mês”, conta Lau-rindo Lima, diretor Comercial da salvador Car, concessioná-ria da Mitsubishi em salvador.

Com a proposta de revolu-cionar o mercado em sua ca-tegoria, o Lancer 2.0 é o único sedã hoje, de ponta, com 165 cv de potência, câmbio CVT, que garante a esportividade do carro. Os apaixonados por esse tipo de veículo também têm a opção de usá-lo no drive nor-mal, que proporciona uma dire-ção extremamente suave, e um consumo que nenhum outro automóvel da categoria tem: 7,2 Km/l de gasolina.

para se destacar em um segmento concorrido como o dos sedãs médios, o novo modelo será lançado nas se-guintes versões: 2.0 com câm-bio manual de cinco marchas (R$ 67.990); 2.0 com câmbio CVT (R$ 73.990) e o gT 2.0 (R$ 85.990) com xenon/espe-lho eletrônico (R$ 89.990). Há

NOVO LANCER 2012 REFORçA “dNA dE COMpETIçãO” COMO UM dIFERENCIAL NO MERCAdO AUTOMOTIVO

Revista N_01.indd 42 29/03/12 13:08

select auto 43

ainda os modelos sportback e Evolution X, que pertencem a uma categoria mais próxima a dos carros de luxo.

A versão mais sofisticada em relação aos modelos urba-nos é o gT, com o melhor pa-cote de acessórios do mercado: vem com sensor de acionamen-to no farol e no limpador, kit multimídia integrado no painel e teto solar. É um carro comple-to e perfeito para o público que gosta de velocidade nos moldes esportivos.

DNa DE CoMPETIçãoVisualmente, a “cara” do Lan-cer gT passa uma impressão de ferocidade, com detalhe es-pecial para os faróis - como se fossem dois olhos raivosos - e rodas aro 18, o que atrai um público bem específico. “O perfil é o cliente entre 30 e 40 anos, que gosta de carro espor-tivo, com potência, conforto e estabilidade”, explica Laurindo.

sobre desempenho, a carac-terística esportiva do Lancer ajuda em vários aspectos. Há uma resposta mais rápida na hora de fazer a ultrapassagem, além do conforto que o câmbio CVT proporciona ao motorista, pois ele não sente a troca da marcha.

Na parte mecânica, o carro tem motor 2.0 com quatro cilin-dros, pode acelerar de 0 a 100 km/h em 10s e atingir velocida-de máxima de 198 km/h. possui ainda bancos com revestimen-to de couro, ar-condicionado eletrônico, computador de bor-do e sistema Multimídia power Touch, com gps, Cd, dVd e Mp3 player, touchscreen e com entrada auxiliar para ipod.

Os concorrentes na cate-goria devem lançar novos mo-delos de sedãs médios, como o Honda Civic, Toyota Corolla e VW Jetta, ainda no primeiro semestre deste ano.

INTERIoR Computador de bordo lCD, GPs, DvD, e entrada para iPod

potêNciaMotor 2.0 com 4 cilindros, acelera de 0 a 100 km/h em 10s

deSiGNPossui visual moderno e arrojado, típico dos modelos esportivos, e faróis que passam uma imagem agressiva

FOTOs DIvulGAÇÃO

Revista N_01.indd 43 29/03/12 13:08

44 select auto

d e S ta q u e | c i t r o ë n D s 3

Compacto, luxuoso e ambientalmente correto

texto midiã Noelle

pROMEssA pARA 2012, ds3 dA CITROëN CHEgA COM TUdO NO BRAsIL

o Mini Cooper e o Audi A1 que se pre-parem. Com a promessa de ser um dos grandes destaques de 2012 no Brasil, o Citroën ds3 é um esportivo compac-

to, moderno e sucesso na Europa. Ele chega ao país ainda neste primeiro semestre, segundo anúncio da fabricante através da rede social Facebook. O primei-ro modelo lançado pela ds (divisão de luxo da marca francesa) circula na terra dos nossos “hermanos” ar-gentinos desde meados de 2011, sendo que em solo brasileiro deveria estar rodando desde 2010. de acor-

deSiGN11 opções de cores para a carroceria e quatro para o teto e uma gama tons para as rodas.

do com a montadora, um problema na adaptação do motor para nossa gasolina atrasou o desem-barque do modelo em terras tupiniquins.

para quem prioriza estilo e praticidade, com um toque de agressividade, o ds3 é o carro dos sonhos. Combinando o volante e bancos espor-tivos com design moderno e refinado, graças a detalhes cromados, o modelo conta com 11 cores para a carroceria e quatro para o teto (preto nyx, branco opal, azul botticelli e vermelho carmen).Com 3,95m de comprimento, 1,47m de entre ei-xos e 1,46m de altura, esse legítimo francês ofe-rece aos cinco ocupantes a sofisticação digna de passarela. seu porta-malas comporta um volu-

Revista N_01.indd 44 29/03/12 13:08

select auto 45

me de 285 litros e o tanque de combustível tem capacidade para 50 litros.

O Citroën ds3 pode chegar até 211 cv de po-tência. Na Europa o modelo é oferecido em cin-co motorizações EuroV: dois motores diesel Hdi (um 90bhp e um 110bhp) e três motores a gaso-lina VTi 95, VTi 120 e THp 150 (equipados com 5 ou 6 velocidades no câmbio manual). por aqui o modelo deve chegar com o mesmo motor do peugeotTHp 1.6, 16 válvulas, turbo, que oferece 24,5 kgfm e 165 cv de potência. O carro também é ecologicamente correto. Os motores a diesel Hdi com FAp (Filtro de partículas) tem emissão de apenas 99g/km a 115g/km, enquanto as uni-dades a gasolina emitem entre 136/km e 160g/km. Uma boa sugestão para quem quer contri-buir para a melhoria do meio ambiente, mas sem perder o estilo.

CHaRME FRaNCêS Que os franceses são mestres quando o assun-to é estética visual no campo da moda, já sa-bemos. Mas o que talvez não saibamos, é que essa característica ganha novas perspectivas no universo automobilístico com o arrojado ds3. sua grade integrada a uma tomada de ar que faz referência ao formato de trapézio, faróis de neblina com iluminação por LEds, teto com cor diferente do restante do veiculo e janelas trasei-ras das laterais com estilo incomum são alguns dos pontos marcantes.

O painel lembra o do C3, porém em uma li-nha mais moderna, que se destaca no excelente sistema de som integrado com tela multifunção colorida, painel de instrumentos e saídas de ar. A exclusividade, aliada ao toque da modernida-de, pode ser vista pelos elementos modulares:as conchas dos espelhos retrovisores podem ser personalizadas e as rodas estão disponíveis em uma ampla gama de cores.

O modelo estreia a linha ds da montadora francesa, administrada pelo italiano Francesco Abbruzzesi, diretor geral da Citroën no Brasil desde setembro de 2011. O carro que será im-portado da França ainda não tem preço, mas es-pecula-se que seja entre R$ 80 mil e R$ 100 mil.

No quesito segurança, o ds3 garante prote-ção aos condutores e passageiros tendo de serie: Esp (sistema Eletrônico de Estabilidade), ABs com EBd (distribuição Eletrônica da Força de Frenagem), EBA (Assistente de Frenagem de Emergência), seis airbags, cintos de três apoios em todos os lugares e pontos de ancoragem IsOFIX nos bancos laterais traseiros. Ao se falar em tecnologia, não fica atrás: unidade integrada de navegação por satélite ‘MyWay’, sistema de áudio e multimídia com um terceiro alto-falante no painel superior, tela colorida grande, Mp3, WMA e Cd player compatível com bluetooth.

Os dados técnicos que constam nesta matéria também podem ser encontrados no site oficial da marca Citroën. Confira: www.ds3.citroen.com

tetoColuna central que liga ao teto possui forma semelhante a barbatana de um tubarão.

Revista N_01.indd 45 29/03/12 13:08

46 select auto

d e S ta q u e | H o n d a c ivi c

CIVIC 2012: show de tecnologiatexto midiã Noelle

NOVO sEdã dA HONdA CHEgA AO MERCAdO COM INOVAçõEs E MAIs EspAçO

c lássico, tecnológico, revolucionário e repaginado! O novo Civic 2012, da Honda, chega ao mercado brasileiro em sua 9ª geração ainda mais moder-

no, maior e com 95% das suas peças novinhas em folha. Transparecendo segurança, espaço, funcio-nalidades das mais variadas e um tanque de com-bustível com grande capacidade, o sedã médio foi lançado no Brasil neste ano, em três modelos que mostram toda a potencialidade da marca japonesa.

se em 2006 alguns motoristas alegavam poucos detalhes e equipamentos, a Honda decidiu aniquilar qualquer lembrança do passado. As três versões que chegaram ao Brasil, LXs (básico), LXL (intermedi-ário) e EXs (top) possuem uma central de informa-ções denominada i-MId, com tela de LCd colorida de cinco polegadas, que funciona como uma espécie de interface para customização do veículo; e o modo ECON, que permite mais economia na condução.

O top de linha dos lançamentos é o EXs. O modelo possui navegação via satélite acessado por uma tela touchscreen de 6,5 polegadas, e con-ta com os sistemas MA-Eps (Motion Adaptative Electronic power steering) e VsA (sistema de As-sistência à Estabilidade), que permite um controle de direção mais preciso e estável. As três versões contam ainda com rodas de liga leve de 16 pole-gadas, sendo que nas LXs e LXL a cor escolhida é prata, e na EXs o desenho é diferente e a superfície tem outro acabamento.

O EXs possui também conexão bluetooth, co-mandos por voz, teto solar elétrico e airbags nas laterais. “O que mais chama a atenção dos moto-ristas interessados em comprar o sedã são os re-cursos. O modelo surpreendeu muito em termos tecnológicos e houve uma grande evolução. Em menos de três meses, conseguimos ocupar o pri-meiro lugar no segmento de vendas de sedã mé-dio”, destacou Ismael Ferreira, diretor Comercial do grupo Imperial Honda.

No quesito segurança, o LXs e LXL contam com airbag duplo de série, sendo que as versões pos-

hoNda civicO novo modelo está disponível nas cores Cinza iridium metálico, branco tafetá, cinza paladium metálico, dourado poente metálico, prata global metálico e preto cristal perolizado.

Revista N_01.indd 46 29/03/12 13:08

select auto 47

motor1.8 i-vTEC sOhC Flex que produz 140cv a 6.500 rpm

paiNelversão lxl conta com airbag duplo de série e botão ECOn (verde) que auxilia na economia de combustível

FOTO: DIvulGAÇÃO

Revista N_01.indd 47 29/03/12 13:08

48 select auto

suem cintos de segurança de três pontos e bancos com apoios de cabeça reguláveis. Esses itens são importantes para momentos de risco, como uma frenagem brusca ou acidente.

Os três modelos possuem transmissão auto-mática de cinco velocidades, aumento da capaci-dade do conversor de torque e redução de atrito do pacote de embreagem. Tudo isso proporciona velocidade máxima com menor consumo. A 4ª e 5ª marchas tem a opção overdrive, que reduz a mar-cha automaticamente e possibilita maior arranque quando necessário.

BElEza SoBRE RoDaS O capô ficou maior, com uma grade cromada pro-jetada para frente. Já as grades das tomadas de ar são do tipo colméia e o farol baixo está com projetores estilo canhão.

ganhou novo desenho a traseira, as lanternas, o para-choque dianteiro, a tampa do porta-malas

Curiosidadeo lançamento do civic 2012, atrasou por conta do terremoto seguido de tsunami no Japão, levando a marca a buscar distribuidores na Tailândia, onde, tragicamente, uma enchente também acabou afetando a produção.

novo honda Civic 2012 ganha conforto, tecnologia e novo visual.

e os vidros das portas dianteiras. Já as portas traseiras receberam mais espaço para facilitar o aces-so dos passageiros.

As versões continuam com o Controlador de Velocidade Auto-mático (Cruise Control) e passa a ter o sistema de direção elétri-ca Eps (Electric power steering), que não necessita de circuito hi-dráulico para reduzir o esforço ao volante. Nesse aspecto, a grande novidade é o shift Hold Control (Controle de Nível de Inclinação e Curvas), um sistema próprio para declives, que aciona o freio mo-tor no momento em que o veículo entra em uma curva de média ou alta velocidade, para evitar trocas de marcha desnecessárias.

FOTO: DIvulGAÇÃO

Revista N_01.indd 48 29/03/12 13:08

select auto 49

Revista N_01.indd 49 29/03/12 13:08

50 select auto

d e S ta q u e | c a r r o s 4 x 4

Do campo à cidadetexto midiã Noelle

CARROs 4X4 INVAdEM áREAs RURAIs E URBANAs E gANHAM dEsTAQUE NO MUNdO FEMININO

h omens e mulheres já se renderam aos re-cursos disponíveis nos carros 4x4. A ideia de

força alinhada a segurança, trans-mitida pelos utilitários esportivos com a tração nas quatro rodas, proporciona a sensação de veícu-lo que topa qualquer parada, seja em desnível, depressão, declive, caminho de pedras, ladeiras e ou-tros obstáculos; como o trânsito de uma metrópole.

geralmente a direção off-road é usada em zonas rurais, mas por conta do seu estilo marca presen-ça nas áreas mais urbanas, como ressalta danilo pereira, supervi-sor de Vendas da salvador Car (concessionária da Mitsubishi), dando o exemplo do TR4 Jipe. “É um Jipe com a força do 4x4, que pode ser usado na cidade. Tem uma boa suspensão, é um carro macio, o design está bem mais arrojado, mais urbano e possui várias combinações de tração. Ou seja, você pode ir ao shopping, mas pode fazer uma trilha. É um carro muito útil e também barato”.

O TR4 Jipe vem com duas alavancas: o câmbio normal e o da tração. “O carro é 4x2 e tem a opção de te dar o 4x4. Essa é a grande vantagem dele”, conclui pereira. Assim, o motorista está dirigindo o carro com o câmbio maior, que é o normal, e o menor ao lado, que é o da tração e muda para 4x4, de acordo com o tipo de pista. Muito útil, não? Os carros 4x4 são para pista com atrito, e claro que consomem mais com-bustível, diferente do 4x2, que é um carro urbano. Na cidade, os condutores usam o 4x4 apenas se estiverem passando por uma rua

tr4Um 4x4 com toda a sofisticação que a categoria pode oferecer

Revista N_01.indd 50 29/03/12 13:08

select auto 51

totalmente esburacada, mas a possibilidade de ter opções, quando, por exemplo, o dono do veículo vai viajar, é algo que deve ser considerado.

ElaS quEREM, ElaS PoDEM!A versatilidade do TR4 tem agradado muito o pú-blico feminino, que representa 60% dos clientes que compram esse tipo de veículo. “As pessoas falam dele como se fosse um carro off road, de estrada, mas elas preferem um carro alto porque passa se-gurança. sem esquecer que tem uma boa potência, 140 cv, é curto e prático para estacionar”, completa o supervisor de vendas, enfatizando que desde 2010 o modelo apresenta um estilo mais suave, confortável e que se adapta fácil ao campo. O carro apresenta rack de teto, airbag duplo, freio ABs, direção hidráu-lica, vidro elétrico, ar condicionado e é um produto nacional, fabricado em goiás, na fábrica da Mitsu-bishi. O motor é 2.0 e custa a partir de R$ 65 mil.

Com o Range Rover Evoque, os comprado-res são “meio a meio”, segundo Eduardo Castro, gerente geral da Land Rover em salvador. “O mercado de carros é ‘dominado’ geralmente pelo público masculino, porém a Evoque quebrou um pouco esse paradigma. Esse tipo de veículo tem sido muito vendido para o público feminino. É um carro compacto e talvez por isso seja visto como um bom requisito”. Com motor 2.0 da Ford, o Range Rover alcança potência de 240 cv, possui quatro cilindros, turbo, e tem se revelado como a grande sensação do ramo de 2011/2012.

INTElIGêNCIa auToMáTICaO Evoque chega ao mercado nas versões pluri, di-namic e prestige (intermediárias); e dinamic Tech e prestige plus (mais top de linha), todas já con-templadas com 4x4 e auxílio de programação de terreno, chamado de “terren response”. “Têm pro-gramações automáticas pré-definidas. É só selecio-nar no monitor a que se adequa melhor ao tipo de terreno. Quando você entra em um solo diferente do urbano, o carro faz automaticamente a distri-buição da tração, força e potência, sem precisar que seja realizado manualmente”, diz Castro.

Um carro alto, que responde bem a trilhas se-veras, o Evoque mistura esportividade e utilitário, apresentando um design moderno, com som me-ridian, auto-falantes potentes, suspensão regulá-vel e estaciona sozinho, através de um radar, ao localizar uma vaga. Além dos itens já pontuados, possui multimídia integrada, entrada para iphone e memória de bancos.

A Land Rover se divide hoje, segundo Castro, no mercado de luxo e no Top premiun de luxo, com características requintadas, um 4x4 com todo gla-mour que um carro da categoria pode oferecer e custa a partir de R$ 164.900. “Nos últimos anos as vendas tem crescido muito. O Evoque foi propício para que nós dominássemos o mercado. Temos mais de 70 unidades entregues e uma lista de es-pera. Atrapalhou um pouco o IpI, mas acredito que a venda dê uma estabilizada para deslanchar em 2013, com a volta do IpI a um patamar normal em torno de 20 a 25%”, concluiu o gerente.

evoque Com motor 2.0 da

Ford, o compacto Range Evoque alcança potência

de 240 cvvelenibh

FOTO: DIvulGAÇÃO

FOTO: DIvulGAÇÃO

Revista N_01.indd 51 29/03/12 13:08

52 select auto

p r i m e i r a m a r c h a | tr o c a d e a r o

Vale à pena rodas personalizadas?MOdIFICAçõEs NAs ROdAs dEIXA O CARRO COM O EsTILO dO dONO, MAs FIQUE ATENTO Às VANTAgENs E dEsVANTAgENs

Revista N_01.indd 52 29/03/12 13:08

select auto 53

O investimento para personalizar um carro gira em torno de três a cinco mil reais

a paixonados por carros adoram mudanças nas características do veículo, e um automóvel com rodas personalizadas fica muito

mais ousado, ninguém pode negar. A aplica-ção de aros maiores e rodas com desenhos diferenciados, prática conhecida como tuning, deixa o carro bonito, estilizado e personaliza-do. Muitos dizem que as mudanças até melho-ram a performance, mas até que ponto essas alterações e ajustes no automóvel não com-prometem o desempenho?

Antes de trocar o jogo original de pneus e rodas por modelos esportivos, são necessá-rias algumas medidas preventivas. segundo a resolução nº 292 do CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) é proibido que o diâ-metro das rodas ultrapasse os limites exter-nos dos para-lamas do veículo. Ou seja, ao aumentar o aro deve-se diminuir o perfil do pneu. Quem não respeitar a regra pode levar cinco pontos na carteira, pagar multa de R$ 127,69 e ainda ter o carro retido.

sem tomar as medidas necessárias, exis-tem algumas desvantagens na escolha por rodas personalizadas, como alterar o tama-nho original e afetar o desempenho do car-ro. segundo silvio César, proprietário da loja Auto Center Fonte Nova, a troca pode causar o aumento de combustível, desgaste prema-turo das peças de suspensão, e se o diâme-tro máximo do pneu superar o original, deve aumentar a inércia da roda, prejudi-cando a aceleração.

Outro fator negativo está ligado ao conforto dos passageiros, como a esco-lha pelo aro maior. Isso significa que o perfil do pneu será menor, e diminui a absorção do impacto causando um ní-vel maior de vibrações dentro do carro. para fazer a escolha certa, basta seguir a resolução nº 292. A norma estabele-ce que a combinação roda/pneu não pode ultrapassar os limites externos do para-lama, e o diâmetro do conjunto roda/pneu deve manter a mesma di-mensão.

de acordo com um levantamento feito pelo empresário silvio César, os aros mais procurados são os de nume-ração 15 e 17. para os amantes da velo-cidade a vantagem, além da aparência, é o aumento da aderência. Em piso seco as rodas 17 são mais rápidas e o vo-

texto Natália FoNSeca

VantagemAlém de proporcionar maior segurança com o aumento da aderência, diminui pela metade a necessidade de balanceamento/alinhamento

DesvantagemO sensível aumento de ruído no veículo é acompanhado da redução do conforto, devido menor amortecimento do perfil do pneu

lante apresenta reações esportivas. “O pneu com aro 15, em curva fechada, pode escorre-gar em velocidades menores, mas ele “avisa” quando vai derrapar. Já com o aro 17 o carro pode entrar em uma curva fechada a uma velocidade maior, pois tem mais aderência e fica mais tempo em contato com o chão, po-rém a resposta não é tão rápida”, diz.

Nem todos ficam satisfeitos com o resul-tado das personalizações. “O carro é projeta-do para desenvolver com aquele tamanho de pneu. Na troca, meu veículo ficou mais pesado na arrancada”, afirma o personal trainer An-dré Luís. Já o funcionário público Márcio José gomes, 24 anos, gastou R$ 4.500 na troca das rodas do seu veículo há um ano. “Além da es-tética, o carro ficou mais estável por conta do tamanho do pneu”, diz. para ele, valeu a pena o investimento, e confessou não ter sido a pri-meira vez que optou por rodas personalizadas.

É isso aí. Nem tudo são flores, mas para desfilar com rodas lindas, estilo único e com um ar mais descolado, será que vale a pena encarar os contratempos que virão? O inves-timento para turbinar um carro fica em torno de três a cinco mil reais, e o veículo fica pron-to em 1 hora e meia.

Antes de turbinar o carro, o proprietário deve ficar atento às especificações do COnTRAn (Conselho nacional de Trânsito)

FOTO: shuTTERsTOCk

FOTO: DIvulGAÇÃO

Revista N_01.indd 53 29/03/12 13:08

54 select auto

d e S ta q u e | e nv e l o p a m e n t o

Quer preservar a pintura do carro?

texto Natália FoNSeca foto divulGaÇão

ENVELOpAMENTO É A OpçãO MAIs ECONôMICA pARA pROTEgER O BRILHO E A COR dO VEíCULO

S aiu da concessionária, desvalorizou o carro. No entanto, existe uma alternativa para deixá-lo o mais preservado possível. É o envelopamento! A técnica tem o in-

tuito de forrar o veículo com uma película adesiva. O material é o vinil automotivo importado. podendo ou não alterar a cor original.

Quem busca um diferencial, não precisa mais re-correr à repintura. O serviço antes utilizado para fins comerciais conquistou novos adeptos pela sua dura-bilidade e economia. As vantagens são muitas, e vão desde a proteção da pintura original até a limpeza, dispensando a aplicação de ceras e outros produtos. Já desvantagem existe apenas uma. segundo Ed Ri-beiro Filho, proprietário da loja de envelopamento Edfilm, assim como é mais fácil para lavar, é mais fácil para sujar.

O processo para envelopar o veículo começa antes da montagem da arte. O automóvel é analisado quan-to à simetria das curvas e designer, tudo para que o

resultado final saia de acor-do com o gosto do cliente. A personalização de veículos tornou-se mania mundial. A busca por uma “cara nova”, transformando o comum em algo mais despojado e espor-tivo, vem crescendo desde fe-vereiro de 2011.

A variedade para quem procura esse tipo de serviço é grande. O proprietário do veículo pode escolher cor, textura e se deseja fosco ou com brilho. O adesivo leva dois dias para ser colocado e pode durar até cinco anos, dependendo do uso. O custo varia entre R$ 900,00 a R$ 1.900,00. O orçamento é gra-tuito. Caso o motorista deci-da retirar a película, não terá prejuízos, pois o material sai com facilidade e não danifi-ca a tinta original.

Após a mudança da cor, o condutor deve regularizar os documentos junto ao dE-TRAN (departamento Nacio-nal de Trânsito). Não existe restrição, porém, o não com-parecimento ao órgão respon-sável, é considerado falta gra-ve, implica em multa e cinco pontos na carteira, ou até mesmo retenção do veículo ao pátio do dETRAN.

como lavar apóS o eNvelopameNto

>> utilize uma mistura de detergente neutro e água

>> Teste a solução antes

>> verifique os rótulos de advertência em produtos de limpeza para carros

>> Após lavar, enxague com água limpa

>> secar com um pano de microfibra

Película dura até 5 anos anos e o serviço pode custar até R$ 1.900,00

Revista N_01.indd 54 29/03/12 13:08

select auto 55

Revista N_01.indd 55 29/03/12 13:08

56 select auto

bMW REnOvA MODElO s 1000 RR,

PARA MAnTER O suCEssO nA ClAssE

DAs suPERbIkEsAind

a m

ais

rápi

dad e S ta q u e m o t o B m w

Revista N_01.indd 56 29/03/12 13:09

select auto 57

TExTO eduardo céSarFOTOs divulGaÇão

FreioSDestaque entre as superesportivas, o mais avançado sistema de freios disponível no mercado foi mantido no modelo 2012

paiNelCom novos gráficos e funções, o painel informa a melhor volta e também quando a velocidade pré--programada for excedida

traSeiraGarupa meramente ilustrativa, porém a traseira está mais esguia e ganhou entradas de ar para uma melhor circulação

modoSO piloto pode escolher entre os modos: estrada com piso seco, molhado, pista de corrida com pneu de rua e slick

motorSão 193 cv a 13 mil RPM, em um motor de quatro cilindros em linha, com quatro válvulas por cilindro

a bMW lançou em 2009 a s 1000 RR, um modelo que se tornou referência no mercado de motocicletas superes-portivas, principalmente em termos de

tecnologia. Para se manter no topo, a Motorrad, divi-são de motos da marca alemã, apresentou em valên-cia, na Espanha, a versão 2012, que chega às conces-sionárias ainda no primeiro semestre deste ano.

Tudo foi pensado para deixar a s 1000 RR ainda mais esportiva. segundo a bMW, a nova suspensão dianteira, invertida, deverá privilegiar a estabilidade em retas. Os freios bMW Motorrad Race Abs e o con-trole de tração (DTC) também foram mantidos.

MElHoR DIRIGIBIlIDaDE Graças ao Race Abs e ao controle dinâmico de tração, o proprietário que não é piloto profissional pode esco-lher o modo de pilotagem que mais lhe convém, como os modos para estrada com piso seco, molhado, pista de corrida com pneu de rua e slick.

Entretanto, as muitas possibilidades tecnológicas tornam-se dispensáveis para o motorista comum, como o que sugere a presença de um passageiro, já que a garupa é meramente ilustrativa.

MuDaNçaS O modelo 2012 apresenta novo design na carena-gem, com aumento nas entradas de ar, quadro com-pletamente revisado e uma redução de 10 mm da distância entre-eixos.

Além disso, a bMW acrescentou um novo amor-tecedor de guidão com sistema ajustável em 10 posi-ções, e reforçou a ótima relação peso/potência, com 203 kg e 193 cv, a 13 mil RPM. Ou seja, o motor de quatro cilindros é igual ao do modelo anterior, porém, a moto está 5 kg mais leve.

A s 1000 RR 2012 irá custar R$ 69.900 nas cores preta, azul e branca e vermelha. O modelo que repro-duz as cores das equipes de corrida da bMW sai por R$ 72.300.

Revista N_01.indd 57 29/03/12 13:09

58 select auto

m e r c a d o N á u t i c o | B a í a d e to d o s o s s a n t o s

Noss

om

ar

texto eduardo céSar

A BAíA dE TOdOs Os sANTOs É A MAIOR dO BRAsIL. COM gRANdE pOTENCIAL NáUTICO, É HOJE UM dOs MAIOREs dEsTINOs TURísTICOs dO pAís

S egundo o escritor An-tônio Risério, “a Baía de Todos os santos é o nosso mar interior.

Nosso mediterrâneo”. A maior baía do Brasil em extensão, com 300 km de costa, é também a mais rica em diversidade cultu-ral e natural. É cercada por belas paisagens formadas por praias, 56 ilhas, extensos manguezais, recifes de corais, sambaquis, ar-quitetura colonial e um pouco do que sobrou da Mata Atlântica, ainda preservada.

do porto da Barra (salva-

dor) à ponta do garcês (município de Jagua-ripe), desde a exploração dos primeiros povos indígenas - Tupinambás e Tupinaés -, a arte da navegação se desenvolveu nas águas cálidas e cheias de histórias da baía.

Mas a boa condição de navegabilidade, na-tural da região, vai além do lazer e passa pela prática esportiva, transporte e turismo. O po-tencial náutico também é um vetor de cresci-mento econômico, gerador de emprego e renda.

para o navegador e apresentador do progra-ma Bahia Náutica, denis peres, um dos prin-cipais nomes dedicados ao universo náutico baiano, a Baía de Todos os santos é um local abençoado. “Ela tem uma troca de água intensa, e por isso não é poluída. As praias, mesmo ur-banas, são limpas, o regime de ventos é favorá-vel aos esportes à vela, e temos inúmeros desti-nos turísticos”, afirma denis, que é paulista, mas

desde 1982 vive em salvador.segundo denis, todos esses

fatores conspiram a favor de um potencial turístico imenso ligado às atividades esporti-vas e ao lazer, como a Regata Aratu/Maragogipe e a Traves-sia Mar grande/salvador. Mas, além das competições, outras atividades similares ocorrem na baía, como as travessias de ferry boats, catamarãs, o turis-mo, a pesca, a atividade portu-ária e os tradicionais passeios de escunas.

O navegador ucraniano Aleixo Belov, que vive no esta-do desde os seis anos de ida-de, se refere à baía como “um

Revista N_01.indd 58 29/03/12 13:09

select auto 59

enorme espelho d’água, calmo e com um potencial náutico maravilhoso”. Vale lembrar que foi nela que Belov, naturalizado brasileiro, aprendeu a mergu-lhar, pescar e navegar. Foi de lá que seguiu para conhecer o mundo, em quatro viagens de circunavegação.

o MaR PoR CoMPaNHEIRo Já o baiano Mario seixas Ca-bussú, 54, foi praticamente criado no mar da Baía de To-dos os santos. Engenheiro ele-tricista e proprietário de uma escuna há 16 anos, conhece bem cada um de seus destinos. O barco, com capacidade para

40 pessoas, possui toda a estrutura necessária para um passeio familiar. “sempre vou para o mar com a família. Meu filho foi ninado com o barulho das águas, ele cresceu com isso”, conta.

segundo Mario, “No mar, você não pensa em outra coisa. Você realmente se desliga de tudo, vive um momento intenso, e depois disso consegue desenvolver uma criatividade muito mais forte, consegue realmente relaxar”, confes-sa. denis peres tem a mesma visão quanto a este estado de espírito. “Na água você vê muita solidariedade e amizade. É uma opção de vida. O cara que vai pro mar é mais tranquilo, mais calmo. E nenhum meio de transporte de lazer promove uma integração maior”, reflete.

HaBIlITaçãode acordo com informações da Capitania dos portos da Bahia, assim como nos carros de pas-

seio, quem pretende conduzir um barco, precisa ser maior de 18 anos, aprender a navegar e tirar a carteira. A habilitação para Amador permite “operar em embarcações de esporte ou recreio, em caráter não profis-sional”.

As categorias adequadas à habilitação de Amador são: Veleiro (embarcações à vela sem propulsão a motor), Mo-nonauta (condução de Jet-ski), Arrais-Amador (embarcações nos limites da navegação inte-rior), Mestre-Amador (embar-cações entre portos nacionais e estrangeiros nos limites da navegação costeira) e Capitão--Amador (apto para conduzir embarcações entre portos na-cionais e estrangeiros, sem li-mite de afastamento da costa).

A avaliação, composta de prova escrita e exame prático, envolve conhecimento de sina-lização, balizamento, primeiros socorros, regulamentação e noções de sobrevivência e se-gurança no mar, rios, lagos e lagoas.

SavEIRoSInstrumento fundamental no processo de colonização, os sa-veiros cruzaram as águas da baía durante séculos, e foram responsáveis pelo escoamento da produção agrícola no Re-côncavo Baiano. “Em poucas palavras, o saveiro teve um papel fundamental na história econômica e cultural da Cidade da Bahia, suas ilhas e seus Re-côncavos”, escreveu o escritor baiano Antonio Risério.

Com menos de 20 embarca-ções espalhadas pelas águas da baía, a Associação Viva saveiro promove, desde 2012, entre 27 de abril a 2 de maio, a sema-na do saveiro. “É um tesouro da Bahia. As pessoas precisam en-tender que o Brasil se desenvol-veu no lombo de um saveiro, era o caminhão da época, é a cultu-ra da Bahia viva”, reflete denis peres. A partir da década de 70, os saveiros começaram a desa-parecer, e hoje, poucos circulam transportando turistas.

Ilhas, manguezais e paisagens inesquecíveis contam a história da maior baía do

FOTO: shuTTERsTOCk

Revista N_01.indd 59 29/03/12 13:09

60 select auto

m e r c a d o N á u t i c o | P e r f i l

Um homem do MarAlEIxO bElOv: O lObO sOlITÁRIO quE AbAnDOnOu TuDO PARA nAvEGAR sOzInhO PElO MunDO

O Fraternidade é um veleiro com o casco construído em aço carbono e convés em aço inox

Revista N_01.indd 60 29/03/12 13:09

select auto 61

TEXTO eduardo céSar

o apartamento, no dé-cimo segundo andar de um arranha-céu na Ladeira da Barra,

é todo decorado com souvenires que celebram quatro voltas ao mundo. Cada peça ali tem uma história. sentado na varanda, o na-vegador Aleixo Belov, com o olhar solene voltado para o mar da Baía de Todos os santos, narra uma de-las.

“Já enfrentei várias situações de perigo e muitas vezes achei que não ia escapar, como na se-gunda volta ao mundo. Estava em direção à entrada do Mar Vermelho e tinha muitos navios. À noite, entrando no estreito de Bab El Mandeb, achei que daria para dormir um pouco após qua-se dois dias acordado”. Faz uma longa pausa, e prossegue com um tom mais grave. “Repentinamente, veio um temporal violento. Havia muitas ilhas desertas formadas por areia e pedras, sem sombra ou água fresca. Estava cansado e apavorado. poderia bater em uma daquelas ilhas, encalhar, ou afun-dar e ter que nadar até uma da-quelas praias. se isso acontecesse, estaria morto”.

Mas o que explica o olhar con-centrado de Belov em direção à baía durante o testemunho logo é revelado. Foi ali que nasceu a sua paixão pelo mar e a decisão de conhecer o mundo. “Lá aprendi a mergulhar e, depois, a navegar, a ter contato constante com o mar. A Baía de Todos os santos me tor-nou quem eu sou”.

para o radialista e navegador denis peres, nascido em são paulo e com mais de 10 anos dedicado à questão náutica na Bahia, quem gosta de mar, de barco a vela e de navegação, tem que entender Aleixo Belov, “porque ele fez disso a sua vida, e disseminou a cultu-ra baiana pelo mundo todo”, diz. E completa. “É o nosso maior símbo-lo em relação à navegação. Não há outra pessoa que tenha realizado tantas aventuras como ele”.

Aleixo Belov foi criado na Bahia. porém, nasceu longe do Brasil. Veio ao mundo no dia 09 de Janeiro de 1943, na cidade de FOTO: AlEIxO bElOv

Revista N_01.indd 61 29/03/12 13:09

62 select auto

Merefa, Ucrânia (antiga União so-viética), durante a segunda guer-ra Mundial. A região encontrava--se ocupada pelas tropas alemãs e seus pais, dimitri Belov e Zinaida Belov, junto com ele e a irmã Olga, atravessaram a Europa para esca-par da guerra.

Aos seis anos de idade atra-vessa pela primeira vez um ocea-no. de acordo com Belov, “ao che-gar à Itália, embarcamos em um navio e viemos para o Brasil. Fica-mos um tempo na Ilha das Flores (Rio de Janeiro), em um albergue para emigrantes de guerra e, de lá, meu pai, que era agrônomo, foi levado para uma fazenda em sal-vador”, recorda.

Belov está prestes a dobrar a esquina dos 70 anos. Apesar da primeira travessia ainda no colo dos pais, nas águas, a história des-te homem começa tarde. Aprende a nadar somente aos 13 anos, e a partir dos 16 começa a mergulhar. seis anos depois, visita o municí-pio de porto seguro e se deslum-bra. “A natureza lá era totalmente

preservada e eu mergulhava nos recifes”, conta. Nessa época, Belov contava 22 anos de idade e

era estudante de engenharia. segundo ele, mergulha-va apenas para pescar e olhar as belezas do fundo do mar. “Aí eu fiquei tão apaixonado que decidi conhecer o mundo. E foi lá, em porto seguro, que tomei a deci-são de construir um barco e dar a volta ao mundo”.

PRojETo DE vIDaA decisão de atender aos sonhos que o mar excita foi tomada, mas Belov teve que esperar 15 anos para colocar o barco n’água, pois desconhecia a arte de ve-lejar e construir embarcações. E também não tinha di-nheiro. “Não sabia nada! Mas eu escrevi um projeto de vida nesses 15 anos”. No início, fez algumas tentativas, mas sempre enfrentou problemas com a tripulação.

Até descobrir que poderia fazer tudo sozinho, e en-tão decidiu ser um navegador solitário. “Foi a melhor coisa que fiz. Imagine você e o mar, sem testemunhas. Não existe nada melhor. A gente regula o barco o tempo todo, olha o mar o tempo todo”, refletiu, ainda com os olhos mirando a baía.

Antes disso, Belov acumulou conhecimento atra-vés de viagens como tripulante de vários tipos de embarcações, como escunas, veleiros e navios. para a construção do primeiro barco, o Três Marias – um veleiro de 36 pés –, contou com a ajuda de um carpin-teiro e amigos. A embarcação foi toda construída no quintal de sua casa, durante três anos. demorou, mas

sEMPRE FuI uM EsTRAnGEIRO nA bAhIA. ME TORnEI EnGEnhEIRO, ME TORnEI MERGulhADOR GRAÇAs A EssA bAÍA DE TODOs Os sAnTOs, MAs sEMPRE TIvE AquElE REssEnTIMEnTO POR nÃO sER bRAsIlEIROaleiXo Belov | vElEJADOR

Belov e tripulação a bordo do veleiro Escola Fraternidade durante a quarta volta ao mundo

FOTO: AlEIxO bElOv

Revista N_01.indd 62 29/03/12 13:09

select auto 63

foi a bordo do Três Marias que o navegador realizou o seu sonho.

o SoNHopara a primeira volta ao mundo, Belov abandonou tudo – emprego, família –, e, entre 16 de março de 1980 e 23 de maio de 1981, na-vegou sozinho no Três Marias por mais de 25 mil milhas e atracou em 17 portos. A aventura lhe ren-deu uma homenagem da Marinha do Brasil: o diploma de “primeiro navegador brasileiro a completar, em solitário, uma viagem de cir-cunavegação”.

Cinco anos depois, uma nova volta ao mundo com o Três Ma-rias. desta vez, movido pela von-tade do perigo, e sem rota. Nave-gou por 30 mil milhas, e atingiu 46 portos pelo mundo, durante 21 meses. Quatorze anos depois, vol-ta ao mar para uma terceira volta ao mundo em solitário. percorreu 27.427 milhas e visitou 20 portos em 17 meses.

lEGaDoCom 60 anos, Belov dá inicio ao plano de transmitir o conheci-mento acumulado de uma vida. projeta e constrói o Veleiro Escola Fraternidade com a intenção de embarcar e ensinar a arte da na-vegação.

sobre esta última viagem, o velho lobo do mar revela um con-tratempo. “deu trabalho adminis-trar a tripulação. Eu passei o tem-po todo cuidando dessas pessoas, mas graças a deus não teve ne-nhum acidente”, disse.

sobre fé, o escritor Herman Melville descreveu uma de suas personagens – também um ho-mem do mar: “A feroz solidão marinha de sua vida o predispu-sera à superstição; mas a um tipo de superstição que em certos in-divíduos parece surgir, de algum modo, mais da inteligência do que da ignorância”. Ao confrontar o tema, Belov, conciso, passa uma impressão semelhante. “Não acre-dito em religiões. Mas toda obra tem um principio. Não sei como é. Não conheço. Mas sei que alguma coisa deve existir”, disse, demons-trando não querer perder tempo com o assunto.

Mesmo em terra firme, Belov está sempre com os olhos em direção ao mar. Formado em en-

genharia civil, é superintendente da empresa Belov Engenharia, que atua na construção de obras civis portuárias e subaquáticas, com sede em salvador. E também é escritor. As três aventuras renderam cinco livros: “A Volta ao Mundo em solitário”, “Em Busca do Oriente”, “Em Busca das Raízes”, “A Ca-minho de Casa”, e “A Terceira Volta ao Mundo do Veleiro Três Marias”.

o ESTRaNGEIRoApesar de nascido na Ucrânia, criado na Bahia, e se naturalizado brasileiro, a pátria de Aleixo Belov pa-rece ser mesmo o mar deserto e sem fronteiras. O navegador revela ressentimento por nunca ter con-seguido ser tratado como brasileiro, apesar de ter se dado tão bem aqui.

“sempre fui um estrangeiro na Bahia. Estudei e me formei aqui, me tornei engenheiro, me tornei mergulhador graças a essa Baía de Todos os santos, mas sempre tive aquele ressentimento por não ser brasileiro. Hoje eu tenho uma empresa, fui professor da Universidade da Cadeira de portos, tive cinco fi-lhos, tive tudo o que eu precisei, consegui tudo, só não consegui ser brasileiro”, revela.

“A viagem só acaba quando eu terminar o livro”, afirma Belov, quando perguntado sobre novos proje-tos. E confessa que agora pretende apenas se con-centrar em organizar as mais de duas mil páginas de manuscritos da última volta ao mundo, realizada no Veleiro Escola Fraternidade.

“E tem gente que diz que Aleixo não sabe nave-gar”, ironiza denis peres.

uMA DAs RAzõEs DE TER nAvEGADO TAnTO POR OuTROs PAÍsEs, é PORquE DEsDE PEquEnO A GuERRA ME ARRAnCOu DO luGAR DE OnDE nAsCIaleiXo Belov | vElEJADOR

Aos 6 anos de idade, Aleixo já tinha atravessado um oceano para escapar das dificul-dades da guerra

FOTO: AlEIxO bElOv

Revista N_01.indd 63 29/03/12 13:09

64 select auto

Ouça suas músicas com qualidade através de equipamento de som automotivo com alta fidelidade, estilo e qualidade para o seu carro

CustomizeCom objetos de desejo!

V I T R I N E | T e c n o l o g i a p a r a c a r r o s - S o m A u t o m o t i v o

DVD AuTOMOTIVO MEx-V30DVD one-Din com tela widescreen de 3”, 104 W rMS, entrada USB e AUX frontais. Possui tela de 3 polegadas, entradas USB e auxiliar frontais e alta potência

Preço médio: R$ 500

ALTO FALANTE TRIAxIAL SELENIuMo Flex System 5tr5A é composto por um par de alto-falanters triaxiais de 5” projetados para reprodução de frequência em todo espectro de áudio

Preço médio: R$ 110

CD pLAYER CDx-gT247xCD Player com diversos recursos, como entrada auxiliar frontal, MP3 player, WMA e rDS. É equipado com Dual LeD e possui potência de 52W

Preço médio: R$ 225

Revista N_01.indd 64 29/03/12 13:09

select auto 65

Revista N_01.indd 65 29/03/12 13:09

66 select auto

p i t S t o p | G i l d s o n D a n t a s

provavelmente você já ouviu falar em veículo turbinado ou equipado com turbocompressor, e que este equipamento é utilizado para au-mentar a potência do motor.

para entender como é o princípio de funcionamento do turbocompres-sor, antes é preciso saber que o mo-tor do automóvel funciona a partir da queima da mistura entre o ar e o combustível, sendo que este último fica armazenado em um reservató-rio apropriado e posteriormente é transportado para o motor, através da ação de uma bomba elétrica. Já o ar, é aspirado da própria atmosfera, através do movimento de descida do pistão dentro do cilindro, semelhan-te ao que ocorre quando puxamos a haste de uma seringa de injeção e ela se enche de ar.

É importante saber ainda que quanto maior for a quantidade de ar injetado no cilindro, maior será a potência do motor. Chamamos de ‘so-brealimentação do motor’ a todo pro-cesso que forneça uma quantidade de ar maior que aquela normalmente as-pirada pelo pistão. O turbo compres-sor é a forma mais usada de sobrea-limentação, porque a potência gasta para o seu acionamento é obtida a partir da energia cinética fornecida pelos gases expelidos pela descarga do veículo. Além disso, possui dimen-sões reduzidas, baixo peso e grande flexibilidade de posicionamento, uma vez que a ligação ao motor é feita através de tubulações flexíveis. O tur-bo compressor é basicamente cons-tituído de uma turbina, interligada a um compressor por meio de um úni-co eixo.

Quando os gases da descarga passam pela turbina, fazem com que esta gire, acionando o compressor na outra extremidade do eixo, que

por sua vez, insuflará uma maior quantidade de ar nos cilindros. Uma desvantagem do turbocompressor é que ele normalmente só é eficiente em altas rotações, pois quando o motor funciona em rotações mais baixas, a pouca velocidade dos gases da descarga compromete o desempenho do conjunto turbina--compressor. para evitar uma queda de rendimento em baixas rotações, veículos mais modernos e sofistica-dos já utilizam o sistema de turbo alimentação com geometria variá-vel, ou seja, a disposição das palhe-tas do compressor varia de acordo a rotação do motor.

engenheiro mecânico pela Universidade Federal da Bahia (UFBa)com especialização em tecnologia automotiva pela Faculdade de engenharia industrial de são Paulo (Fei).

Trabalhou para várias empresas do segmento automotivo, entre elas Volkswagen, Gm e companhia atlantic de Petróleo.

Há onze anos participa do “Programa do automóvel no rádio”, transmitido pela metrópole 101.3 Fm, que vai ao ar todos os sábados, ao vivo, das 9h às 12h da manhã, tirando dúvidas e orientando o ouvinte como cuidar melhor do seu automóvel.

A Potência do Turbo

Gildson DantasEngenheiro mecânico

“é IMPORTAnTE sAbER AInDA quE quAnTO MAIOR FOR A quAnTIDADE DE AR InJETADO nO CIlInDRO, MAIOR sERÁ A POTênCIA DO MOTOR.”

Revista N_01.indd 66 29/03/12 13:09

select auto 67

Revista N_01.indd 67 29/03/12 13:09

68 select auto

Revista N_01.indd 68 29/03/12 13:09