saiba tudo na revista auto press nº 126!

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Ano 3, Número 126, 30 de setembro de 2016 NA TRILHA DA VARIEDADE VERSÃO ACTIV DO CHEVROLET ONIX AO CARRO MAIS VENDIDO DO BRASIL CHANCE DE AMPLIAR VENDAS VOLKSWAGEN GOLF COMFORTLINE 1.0 TSI E AINDA: NOVO JEEP COMPASS TOYOTA ETIOS READY E COROLLA DYNAMIC IAA 2016 - SALÃO DE HANNOVER HARLEY-DAVIDSON SOFTAIL DELUXE 2016

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Ano 3, Número 126, 30 de setembro de 2016

Na trilhada variedadeversão activ do chevrolet oNix dá ao carro

mais veNdido do Brasil chaNce de ampliar veNdas

Volkswagen golf Comfortline 1.0 tsie ainda:

noVo Jeep Compass toyota etios ready e Corolla dynamiC iaa 2016 - salão de HannoVer Harley-daVidson softail deluxe 2016

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Sumárioedição de 30 de setembro 2016

EDITORIAL

03 - CHeVrolet onix aCtiV

12- Volkswagen golf Comfortline 1.0 tsi

20- noVo Jeep Compass

28- toyota etios ready e Corolla dynamiC

39- Harley-daVidson softail deluxe 2016

Roupa alternativaEm busca de se consolidar ainda mais na liderança entre os veículos mais vendidos do país, o Onix 2017 chegou ao mercado com uma versão inédita. Batizada de Activ, ela ocupa o topo da gama de versões ofereci-das ao hatch e segue o caminho de adotar apetrechos estéticos que deixam o carro com a aparência de fora de estrada. Utilizando o mesmo motor 1.4 com câmbio automático de seis velocidades da versão LTZ, o Onix Activ é colocado em avaliação nesta edição da “Revista Auto Press” e mostra suas vantagens para conquistar clientes que buscam um visual descolado para seu meio de transporte.Com a tendência do downsizing cada vez mais em alta, a Volkswagen introduziu ao line-up do Golf a opção do motor 1.0 TSI, semelhante ao do Up. Com 125/116 cv com etanol/gasolina e 20,4 kgfm de torque com ambos os combustíveis, o modelo custa a partir de R$ 74.990, sempre equipado com câmbio manual de seis marchas e também foi colocada a prova nessa edição da “Revis-ta Auto Press”. No mundo duas rodas, uma avaliação sobre a Harley-Davidson Softail Deluxe, que ganhou tecnologia, mas manteve visual retrô na versão 2016. No mundo dos pesados, uma matéria especial sobre o Salão de Hannover de 2016, que aposta em tendências futuristas e soluções sustentáveis para os veículos co-merciais.A “Revista Auto Press” traz ainda uma matéria sobre as novas versões Ready e Dynamic de Etios e Corolla, criadas pela Toyota para tentar embalar suas vendas no Brasil, além de um teste no lançamento do Jeep Com-pass, novo produto global da marca e que estreia no Brasil.Boa leitura!

34 - iaa 2016 - salão de HannoVer

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por márcio maioauto press

chevrolet oNix activ aposta No estilo aveNtureiro para aumeNtar lideraNça Nas veNdas

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M odelos de entrada de marcas generalistas pre-cisam apostar em estratégias que aumentem seus volumes de vendas. Não à toa, quase to-

dos contam com uma lista extensa de versões que incluem mudanças de trem de força e também estéticas. Aliado a isso, a procura por modelos aventureiros cresceu intensa-mente nos últimos anos entre consumidores brasileiros que não têm dinheiro ou necessidade para adquirirem veícu-los 4X4. A Chevrolet, disposta a manter o hatch Onix na liderança nacional – conquistada no ano passado e man-tida, com tranquilidade, ao longo de 2016 –, reservou para a linha 2017 uma nova configuração de topo que se encaixa exatamente nesse perfil de cliente: a Activ, com vendas iniciadas há dois meses. As mudanças envolvem princi-palmente a estética, mas alterações nos pneus e acerto de suspensão conseguiram elevar a altura em relação ao solo e o ângulo de visão do motorista.

Na frente, o Onix Activ traz vincos esculpidos sobre capô, faróis de máscara negra com filetes de leds, grade bipartida com moldura em preto brilhante e para-choque – também na traseira – customizado. Um aplique lateral contorna toda a parte inferior do veículo, desde os faróis de neblina à traseira. Aparece ainda rack de teto, uma espécie de peito de aço no spoiler frontal e retrovisores externos e adesivos da coluna B em preto. As rodas são exclusivas, com acabamento de superfície usinada, dez raios e 15 pole-gadas, calçadas em pneus 195/65 – as demais configurações com propulsor 1.4 recebem pneus 185/65 R15.

Por dentro, as cores preta e laranja predominam nos

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revestimentos de porta e bancos e até no painel de instru-mentos. Na carroceria, seis opções aparecem na palheta do carro: laranja metálico, branco, prata, cinza grafite, ver-melho e preto. A direção é elétrica e a configuração aventu-reira já sai da fábrica com sistema MyLink com câmara de ré, compatibilidade com Android Auto e Apple CarPlay e sistema OnStar, capaz de ajudar a encontrar restaurantes e outros pontos de interesse. A lista de itens de série é a mais completa da linha, com direito a sensores de chuva e estac-ionamento traseiros, ajuste elétrico dos retrovisores e travas e vidros com acionamento remoto pela chave, entre outros.

Na parte dinâmica, o Onix Activ se destaca entre todas as configurações do hatch pelos 3 cm a mais de altura. A intenção é facilitar a vida dos motoristas que precisam su-perar terrenos mais acidentados ou pequenos alagamentos, por exemplo. A posição de dirigir também sobe, o que au-menta o campo de visão do condutor em 4 cm em relação às demais variantes do modelo.

O trem de força é o mesmo adotado na antiga versão de topo, a LTZ. Trata-se do velho conhecido 1.4 que de-senvolve até 106 cv de potência a 6 mil rpm e 13,9 kgfm de torque a 4.800 rpm quando abastecido com etanol e 98 cv e 13 kgfm nos mesmos giros com gasolina no tanque. Se-gundo a marca, o motor passou por avanços recentemente, com pistões e bielas redesenhados e tipo de óleo lubrifican-te e módulo eletrônico trocados, além de novo sistema de arrefecimento e de gerenciamento de cargas elétricas. Não mudaram os números de desempenho do modelo, mas deixaram-no mais econômico que antes.

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poNto a poNtoDesempenho – Os 106 cv e 13,9 kgfm de torque do motor 1.4 que equi-pa o Onix Activ empurram o hatch com competência, mas sem grandes surpresas. Em acelerações para ultrapassagens ou retomadas emergenci-ais, fica clara a baixa litragem do propulsor. O câmbio automático, pre-sente na versão avaliada, até responde bem às solicitações do condutor, mas não faz milagres. Não se trata de um modelo que inspire esportivi-dade na condução. As trocas das seis marchas, no entanto, são suaves. Nota 7.Estabilidade – Mesmo com a altura ligeiramente elevada do Onix Ac-tiv – pneus maiores e suspensão recalibrada deixaram o carro 30 mm mais alto –, no asfalto não se notam diferenças nesse quesito. O com-portamento do hatch aventureiro é adequado à proposta e curvas são encaradas com eficiência em alta ou baixa velocidade. A direção é um pouco menos suave que a das outras variantes, mas nada tão notório. De qualquer forma, ajuda a manter o carro no caminho desejado. Nota 8.Interatividade – O sistema multimídia MyLink é simples de usar e tem comandos autoexplicativos. A ergonomia é boa e a posição de dirigir é facilmente encontrada e levemente mais alta. Com isso, em relação às demais configurações, o Onix Activ conta com mais 40 mm de campo de visão. Nota 8.Consumo – O InMetro testou o Onix Activ e aferiu médias de 7,7/8,6 km/l na cidade/estrada com etanol e 11,2/12,6 km/l nas mesmas condições, com gasolina no tanque. O resultado foi de 1,85 MJ/km, com nota C na categoria e B no geral. Pouco em comparação a projetos mais recentes. Nota 5.Conforto – O espaço interno é bom em relação a outros compactos. Quatro ocupantes viajam sem problemas e um quinto até é aceitável, desde que em trajetos curtos e com passageiros dispostos a passar por algum aperto no banco traseiro. O isolamento acústico é bom e a sus-pensão amortece bem as irregularidades do asfalto e em percursos de terra. Nota 8.Tecnologia – O Onix é um carro recente, construído sobre a platafor-ma GSV, a mesma dos sedãs Cobalt e Prisma e da minivan Spin. Ela é

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moderna e prioriza o espaço interno. O modelo teve ainda participação importante na popularização dos sistemas multimídias, a partir da dis-ponibilidade do MyLink mesmo na motorização de entrada, a 1.0. A transmissão é moderna, com seis marchas, mas os motores são antigos. Nota 8.Habitabilidade – Há diversos nichos para guardar os objetos do motor-ista. As quatro portas têm bons ângulos de abertura e o entre-eixos de 2,53 metros, embora não seja o melhor da categoria, garante bom espaço no habitáculo. O porta-malas, porém, transporta apenas 280 litros – há opções com mais espaço para bagagens entre os hatches compactos. Nota 7.Acabamento – Os materiais aparentam boa qualidade e a combinação das cores preta e laranja entrega um charme diferenciado à versão nos revestimentos de portas e bancos. Não há rebarbas aparentes e os en-caixes passam impressão de solidez. Nota 8.Design – O Onix já recebeu uma reestilização que o deixou com vi-sual mais moderno. A versão Activ dá ao hatch uma estética aventureira que insere um pouco mais de personalidade ao modelo. A nova grade bipartida traz moldura em material preto brilhante, um aplique lateral contorna toda a parte inferior do veículo e diversos elementos alusivos a carros off-road estão presentes, como rack de teto e uma espécie de peito de aço no spoiler frontal. As rodas são exclusivas, com acabamento de superfície usinada, dez raios e 15 polegadas. A combinação é interes-sante e, principalmente na cor laranja metálica da unidade avaliada, se destaca nas ruas. Nota 8.Custo/benefício – Com câmbio automático, o Onix Activ custa R$ 62.290 – mas a cor laranja metálica adiciona R$ 1.550 à conta, totali-zando R$ 63.840. Um Renault Sandero Stepway 1.6 automatizado sai por R$ 60.720, enquanto a Toyota pede R$ 63.220 por um Etios Cross automático 1.5. A Hyundai cobra R$ 69.445 pelo HB20X automático eq-uipado à altura, mas seu motor 1.6 rende 128 cv. Já a Volkswagen chega a estrondosos R$ 74.553 por um Crossfox com equipamentos semelhantes aos do Onix. O hatch aventureiro da Chevrolet não chega a ser a melhor opção nesse quesito, mas está entre as mais vantajosas. Nota 7.Total – O Chevrolet Onix Activ automático somou 74 pontos em 100 possíveis.

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impressões ao dirigir

aveNtura comedidaÉ inegável que o Chevrolet Onix

Activ causa uma boa impressão à primeira vista. Principalmente na cor laranja metálica da unidade testada, que vem sendo explorada exausti-vamente em todas as campanhas da nova versão. Os adereços aventureiros conferem ao hatch um visual instigante e chamativo, capaz de se destacar facil-mente pelas ruas do Brasil.

Em movimento, o motor 1.4 não faz feio, mas também não se destaca. Ar-rancadas, retomadas e ultrapassagens são feitas de forma honesta, mas sem qualquer arroubo de esportividade. Por outro lado, a transmissão automática de seis velocidades disponível para a configuração impressiona com suas trocas suaves e pelo bom entrosamento com o propulsor, subindo rapidamente os giros quando necessário e descendo gradualmente nos momentos em que se alivia o pé direito.

O comportamento dinâmico é bem semelhante ao das outras versões do hatch, mesmo com a elevação em 3 cm da altura em relação ao solo. A

diferença, no entanto, é claramente sentida nos trajetos mais esburacados ou de terra. As rolagens de carroceria até aparecem, mas de forma tão sutil que só são notadas quando o motorista desvia parte de sua atenção especifica-mente para isso.

A ergonomia é boa dentro do Onix Activ, assim como a visibilidade. A di-reção elétrica é suave o suficiente para

entregar manobras de estacionamento leves e, em velocidades superiores, uma sutil rigidez. Mas isso é mais nítido nos caminhos fora de estrada do que no asfalto liso. Não se trata de um modelo totalmente apto às aventuras off-road, mas o Onix Activ é capaz de satisfazer quem enfrenta algumas poças de água ou percursos de terra mais esburacados.

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Ficha técNica - chevrolet oNix activMotor: flex, dianteiro, transversal, 1.389 cm³, quatro cilindros em linha, duas válvulas por cilindro e comando simples no cabeçote. Injeção multiponto se-quencial e acelerador eletrônico.Potência máxima: 106 e 98 cv a 6 mil rpm com etanol e gasolina.Torque máximo: 13,9 e 13 kgfm a 4.800 rpm com etanol e gasolina.Diâmetro e curso: 77,6 mm X 73,4 mm. Taxa de compressão: 12,4:1.Pneus: 195/65 R15.Peso: 1.062 kg MT / 1.092 kg AT Transmissão: Câmbio manual ou automático de seis marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não oferece controle eletrônico de tração. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoi-dais com carga lateral, amortecedores telescópicos e barra estabilizadora. Tra-seira semi-independente com eixo de torção, molas helicoidais e amortecedores telescópicos. Não oferece controle eletrônico de estabilidade. Freios: Discos ventilados na frente e tambor atrás. ABS de série.Carroceria: Onix: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 3,95 metros de comprimento, 1,73 m de largura, 1,55 m de altura e 2,53 m de distância entre-eixos. Oferece airbag duplo de série. Capacidade do porta-malas: 280 litros.Tanque de combustível: 54 litros.Produção: Gravataí, Rio Grande do Sul.Itens de série: Serviço OnStar, ar-condicionado, direção elétrica, travas elétricas, vidros dianteiros elétricos tipo um toque, painel com velocímetro digital, bús-sola e alerta de mudança de marcha, multimídia MyLink, chave tipo canivete com controle remoto das travas e vidros elétricos, faróis com máscara negra, banco do motorista e cintos de segurança dianteiros com regulagem de altura, porta-revista no dorso do assento do carona, limpador e desembaçador traseiro, espelho nas sombreiras, sistemas antifurto, aviso sonoro para uso do cinto de segurança, freios ABS com EBD, airbag duplo, coluna de direção com regula-gem de altura e sensor de estacionamento traseiro com auxílio gráfico, vidros traseiros elétricos com a função um toque, computador de bordo, bancos com revestimento premium e tecido de alto relevo, retrovisores externos com ajuste elétrico, farol com superfície interna cromada e led, faróis de neblina, rodas de alumínio de 15 polegadas com pneus 195/65, rack de teto em forma de “U” e peito de aço no spoiler frontal.Preço: R$ 57.190. Opcional: Transmissão automática de seis velocidades (R$ 5.100) e cor laranja metálica (R$ 1.550). Preço da unidade avaliada: R$ 63.840.

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BriNquedo caroA Nissan iniciou as vendas do superesportivo GT-R no Brasil. A terceira

geração do modelo chega apenas por encomenda e em versão única, a Premium, por nada menos que R$ 900 mil. A justifica para o valor exagerado está nos atrib-utos dinâmicos do carro. O motor é um V6 3.8 litros biturbo, capaz de chegar aos 572 cv e 65 kgfm de torque. Esses números são suficientes para levá-lo do zero aos 100 km/h em apenas 2,7 segundos.

O câmbio é automatizado de dupla embreagem e seis marchas e a tração é integral. O modelo conta com três modos de direção que interferem no com-portamento do motor, da transmissão e da suspensão. Um prioriza a economia, outro o uso rotineiro e, por último, um que intensifica a esportividade do GT-R. A intenção é emplacar cerca de dez unidades por ano – ou seja, menos de uma por mês – e há sete opções de cores para a carroceria: preta, prata, cinza, laranja, branca, vermelha e azul. O interior pode receber quatro tons de revestimentos: preto, creme, laranja e vermelho.

JuNção tecNológica - A Aliança Renault-Nissan estabeleceu par-ceria com a Microsoft para produzir novas tecnologias de conectividade que contribuam tanto para a fabricação de veículos autônomos quanto para navega-dores avançados e monitoramento remoto dos veículos pela plataforma Azure, criada pela Microsoft. A ideia é que os trabalhos em conjunto intensifiquem a criação dos novos sistemas que estarão presentes nos modelos de maior volume da Aliança, que pretende lançar mais de 10 modelos com tecnologia de con-dução autônoma nos próximos quatro anos.

Vale ressaltar que a plataforma Azure concentra o uso de vários tipos de sistemas, linguagens de programação e ferramentas que podem ser utilizadas mesmo em modelos sem tecnologias de direção autônoma. Isso porque ela é capaz de juntar informações sobre o carro com serviços ligados diretamente ao usuário, caso da agenda pessoal e de redes sociais, por exemplo.

seguraNça coletiva - A Volvo se prepara para instalar, já a par-tir do ano que vem, sistemas de detecção de pedestres em ônibus urbanos de algumas cidades europeias. O equipamento tem funcionamento similar aos uti-lizados nos carros de passeio da fabricante sueca e trabalham com o auxílio de câmaras exteriores que identificam pedestres ou ciclistas que corram o risco de serem atingidos pelo veículo.

O alerta ao condutor é dado a partir de sons e luzes, mas esses pedestres também são avisados sobre o perigo. Para isso, a buzina do ônibus é acionada automaticamente. Outro ponto planejado para evitar acidentes é a adoção de sistemas de ruídos externos para os ônibus que rodam com propulsores elétri-cos. Mesmo assim, esse barulho será bem menor que o emitido normalmente por modelos movidos com diesel.

Futuro susteNtável - Um estudo realizado pelo Climate Action Tracker, instituto de pesquisa que monitora as condições climáticas do mundo, indica que a venda de carros com motor a combustão deve se encerrar até 2035. A proposta é que não haja nenhum deles circulando pelas ruas já a partir de 2050. Isso porque 14% dos gases tóxicos responsáveis pelo aumento do efeito estufa vêm da queima de combustíveis fósseis, especialmente da gasolina e do diesel.

No entanto, interromper completamente a fabricação de carros com mo-tores a combustão e descontinuar o uso de combustíveis fósseis exigirá modifica-ções radicais em toda a indústria automobilística. Hoje, os maiores emissores de poluição por automóveis e caminhões com propulsores a combustão são Estados Unidos, China, União Europeia, Índia, México e Brasil.

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Na áreaA BMW já importa para o Brasil a linha 2017 do Série 4 Gran

Coupé. A grande novidade é que o modelo vem na versão 430i. Mais robusta, ela possui 252 cv extraídos do mesmo motor 2.0 turbo, que rendia 245 cv no modelo antigo. O preço começa em R$ 276.950. O torque de 35,7 kgfm aparece plenamente em 1.450 giros e ajuda a levar o Gran Coupé de zero a 100 km/h em 5,9 segundos. A trans-missão é automática de oito marchas, com opção de trocas manuais pela alavanca ou por aletas no volante. A tração é traseira. O con-junto também passa a equipar o conversível da linha, na versão 430i Cabrio, vendida a R$ 239.950.

Esteticamente, as portas não têm moldura superior e o teto tem caimento mais suave que o sedã Série 3. O pacote M Sport, de série, agrupa ainda rodas de 19 polegadas, suspensão mais firme, volante especial e anexos aerodinâmicos na carroceria. No interior, há itens como ar-condicionado automático, bancos de couro, partida por botão, teto solar e sistema multimídia com tela de 8,8 polegadas. O conversível traz o mesmo conjunto.

astros de tevê – Land Rover e o canal por assinatura aven-tureiro Off se preparam para lançar, em novembro, o programa “Filhos deste Solo”. Trata-se de uma jornada feita em quatro regiões do Brasil com o objetivo de trazer particularidades do país e dos brasileiros. No total, serão quatro episódios de 25 minutos que mostrarão o olhar de quatro pessoas selecionadas pela fabricante sobre a beleza de regiões do Tocantins, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. As viagens tiveram cerca de um mês e meio de filmagem e foram realizadas com as primeiras unidades nacionais do Range Rover Evoque e do Discovery Sport.Fora de ceNa – O presidente da divisão de desenvolvimento de motores da Audi, Stefan Knirsch, pediu afastamento de seu cargo. O execu-tivo é suspeito de saber da manipulação dos testes de emissões dos motores a diesel do Grupo Volkswagen e já tinha sido suspenso de suas atividades desde que foi descoberto o dispositivo utilizado para mudar o comportamento dos motores 3.0 V6 usados por vários modelos do grupo.

Falha iNFormada – A Subaru chamou 935 mil unidades do Legacy em um recall para corrigir um problema nos limpadores de parabrisa dianteiros. Os exemplares afetados foram produzidos en-tre 2009 e 2013 e vendidos em mais de 70 países, entre eles o Brasil. Sabe-se que quase 600 mil são dos Estados Unidos e mais de 100 mil, do Japão. No Brasil, no entanto, não há uma informação precisa de quantas unidades estão na lista.

crise séria – A DRM-Hicom, empresa malaia que controla a Lotus, pode precisar vender a marca em breve. O motivo é a dificul-dade financeira que o grupo enfrenta e a necessidade de levantar fundos para sua recuperação. A intenção principal é salvar a marca malaia Proton, mas qualquer negociação em relação à marca inglesa pode comprometer o desenvolvimento da esperada nova geração do esportivo Elise.

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um litrode ousadia

volkswageN golF 1.0 tsi tem o desaFio de teNtar queBrar paradigmas eNtre os hatches médios

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A adoção de motores menores com turbocom-pressores para ganhar potência e economia de combustível – o chamado “downsizing” – tem

se popularizado cada vez mais no Brasil. No segmento de hatchs médios, o próprio Golf foi o precursor da prática ao adotar o 1.4 TSI, enquanto seus concorrentes utiliza-vam motores maiores e aspirados. Dessa vez, o hatch da VW incorpora o motor 1.0 TSI, semelhante ao do Up, mas reajustado para render 125/116 cv com etanol/gaso-lina e 20,4 kgfm de torque com ambos os combustíveis. Disponibilizada apenas com câmbio manual de seis velo-cidades, a versão Comfortiline 1.0 TSI torna-se uma vari-ante intermediária entre as já existentes Comfortline 1.6 MSI – a versão de entrada da linha – e a Highline 1.4 TSI.

A mágica dos números do motor tricilíndrico com injeção direta e turbo é bem mais complexa do que pa-rece. Para extrair 21% a mais de torque e 19% mais de potência em relação ao Up, a Volkswagen executou di-versas mudanças em seus componentes. O turbo trab-alha com maior pressão, totalizando 1,3 bar. Para supor-tar a pressão extra, foi preciso adotar uma nova carcaça, feita agora de liga de aço. O rotor da turbina também foi revisto e agora é feito de níquel e cromo. O ponto de combustão do motor foi ligeiramente atrasado, pas-sando a render mais torque em baixas rotações. A junta de cabeçote passou a ser tripla. Além disso, as válvulas de exaustão também mudaram e passam a ser preenchidas de sódio, que dissipa melhor o calor e as velas passam

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a ser de irídio para melhorar a mistura ar/combustível. A maior diferença fica por conta do sistema de arrefeci-mento, o principal empecilho para o Up desenvolver essa potência por conta do seu limitado espaço no cofre do motor. O radiador principal e o auxiliar do Golf 1.0 TSI são 68% e 170% maiores, respectivamente, para dar conta do calor gerado pelos 125 cv.

Com inicial de R$ 74.990, a versão Comfortline 1.0 TSI é bem recheada de série. Há sete airbags, alarme, controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, bloqueio eletrônico do diferencial, central multimídia, vidros elétricos, direção elétrica, faróis de neblina, Isofix, rodas de liga aro 16” e sensores de estac-ionamento dianteiros e traseiros. O modelo ainda conta com quatro pacotes de opcionais. O teto solar custa R$ 4.573, enquanto o pacote Conforto (ar digital e bancos de couro) sai por R$ 4.632. O Elegance incorpora sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, retrovisor eletrocrômico, piloto automático, volante multifunção e rodas aro 17” por R$ 3.200, enquanto o Exclusive (com os mesmos equipamentos mais central multimídia com GPS e tela de 6,5” com Android Auto e CarPlay) custa R$ 9.549. Quando completo, o Golf 1.0 TSI pode custar R$ 96.944. Vale lembrar que, enquanto um carro 1.6 paga 13% de IPI, o 1.0 tem apenas 7% de tarifação, mesmo com turbo. Não fica claro se a Volkswagen repassou esse desconto aos compradores ou se aproveitou para aumen-tar sua margem de lucro.

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primeiras impressões

aparêNcia que eNgaNaParado na garagem de casa ou na rua, é dificílimo diferen-

ciar o novo Golf 1.0. Tarefa para os mais atentos, que notam a saída única no escapamento e o logo TSI apenas com a letra I em vermelho, como acontece no Up. Tirando isso, trata-se apenas de um Golf de sétima geração. A litragem pequena do motor 1.0 pode criar um certo preconceito no início, mas o desenvolvimento do carro impressiona. Os 20,4 kgfm de torque, já disponíveis aos 2 mil giros, empurram com dis-posição os 1.223 kg do Golf.

A relação mais curta até a quinta marcha, em relação ao Up, ajuda na sensação de rapidez com que o veículo pede a próxima. Os engates são sempre macios e precisos, típicos da fabricante. O desempenho lembra bastante o do subcompacto, com suas devidas proporções. As acelerações são vigorosas e deixam qualquer um atrás do volante se esquecer de que se trata de um veículo 1.0. O comportamento é surpreendente, melhor até do que o Golf equipado com motor 1.6 MSI.

Além da maior sensação de potência, o motor 1.0 TSI proporciona suavidade e economia de combustível. O modelo já foi avaliado pelo Inmetro e obteve nota A em todos os quesitos, com médias de até 14,3 km/l, com gasolina e na estrada. Ao volante, a dinâmica afiada segue a mesma, com boas entradas e saídas de curva. A direção é leve em manobras e exibe uma precisão em movimento que impressiona. O Golf 1.0 TSI parece preparado para quebrar paradigmas. Seu motor 1.0 se revela mais que suficiente para se movimentar com destreza e ainda proporciona uma economia acima da média.

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Ficha técNica - volkswageN golF comFortliNe 1.0 tsiMotor: Bi-combustível, dianteiro, transversal, 999 cm³, com três cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e turbocompressor. Acelerador eletrônico e injeção direta de combustível.Transmissão: Câmbio manual com seis marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira e possui controle eletrônico de tração.Potência máxima: 125/116 cv a 5.500 rpm com etanol/gasolina.Aceleração 0 a 100 km/h: 9,7 segundos.Velocidade máxima: 194 km/h.Torque máximo: 20,4 kgfm a partir de 2.000 rpm.Diâmetro e curso: 74,5 mm X 76,4 mm. Taxa de compressão: 10,5:1.Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com triângu-los inferiores, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira por eixo de torção, com molas helicoidais, amortecedores telescópicos hidráulicos e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade. Freios: Discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira.Pneus: 205/55 R16.Carroceria Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,25 metros de comprimento, 1,79 m de largura, 1,46 m de altura e 2,63 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais, de cortina e de joelhos para motorista de série. Peso: 1.223 kg em ordem de marcha.Capacidade do porta-malas: 313 litros.Tanque de combustível: 50 litros.Produção: São José dos Pinhais (Paraná).Itens de série: 7 airbags (2 frontais com desativação do lado do pas-sageiro, 2 laterais nos bancosdianteiros, 2 de cortina e 1 de joelho para o motorista), alerta de perda de pressão dos pneus, ar-condicionado com regulagem mecânica “Climatic”, banco traseiro com 3 apoios de cabeça, banco traseiro com encosto bipartido e rebatível (1/3 e 2/3), bancos dianteiros com ajuste de altura e lombar, bloqueio eletrônico do diferencial “EDS e XDS”, cintos de segurança dianteiros com ajuste de altura, cintos de segurança traseiros automáticos de 3 pontos (inclusive o central), coluna de direção com ajuste de altura e profundidade, direção elétrica,

espelhos retrovisores externos eletricamente ajustáveis, aquecíveis, com luzes indicadoras de direção integradas e função “Tilt down”, faróis de neblina com luz de conversão estática, fixação da cadeirinha de criança com sistema ISOFIX, freio de estacionamento mecânico com função para assistência de subida “Hill Assist”, lanterna de neblina, porta-luvas iluminado e refrigerado, rodas de liga leve aro 16”, sensores de estac-ionamento dianteiro e traseiro, sistema de entretenimento com rádio CD-Player, tela touchscreen de 6.5”, sensor de aproximação, Bluetooth, entrada para SD-Card, conexão USB, 8 alto-falantes e comando de voz e vidros dianteiros e traseiros elétricos, com função “one touch”.Preço: R$ 74.990Opcionais: Sensores de chuva e crepuscular, espelho retrovisor interno antiofuscante (eletrocrômico), controle automático de velocidade com limitador de velocidade, volante multifuncional em couro com comandos do rádio, computador de bordo, roda de liga leve 17” com pneus 225/45 R17, sistema Infotainment “Discover Media” com rádio CD-Player, tela touchscreen de 6.5”, teto solar elétrico, ar-condicionado digital de duas zonas e bancos e revestimento interno em couro.Preço completo: R$ 96.944.

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A Jaguar separou um lugar especial em seu estande no Salão do Automóvel de São Paulo, que será realizado em novembro, para o cupê F-Type SVR, a versão mais prestigiosa do esportivo inglês. E não para por aí: a fabricante confirma a comercializa-ção da configuração por aqui em breve. A pré-venda começará já durante o evento. Mesmo assim, ainda não foram informados os valores que serão cobrados.

A variante SVR vem com motor V8 de 5.0 litros e compres-sor mecânico que rende 575 cv – são 25 cv a mais que a versão V8 “comum” do modelo. A transmissão é automática de oito velocidades. Com esse conjunto, o esportivo alcança a marca dos 321 km/h de velocidade máxima e é o carro mais rápido já produzido pela montadora. A aceleração de zero a 100 km/h acontece em 3,5 segundos.

chegada aNuNciada

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A Mercedes-Benz revelou uma nova versão da perua do Classe E: a All-Terrain. A variante é preparada para off-road e rivalizará com Audi A6 Allroad e com a nova Volvo V70 Cross Country. Para isso, ela conta com tração integral, suspensão elevada e visual que aposta na estética aventureira. A motorização deverá render entre 190 cv e 255 cv, movida apenas com propulsores a diesel. Já o câmbio é sem-pre automático de nove marchas.

Entre as tecnologias, destaca-se a suspensão a ar, de série, com al-tura do solo regulável. Ela vai dos 12 cm normais – que já são 3,5 cm a mais que as versões comuns – aos 15 cm. A mudança pode ser feita em velocidades até 35 km/h. Sistemas eletrônicos de estabilidade e tração também ganham funções distintas para uso fora de estrada e os pneus têm perfil mais alto. O modelo faz parte dos escolhidos pela marca alemã para marcarem presença no Salão de Paris.

perua roceira

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A Ferrari criou uma GTC4Lusso “de entrada”. A nova versão “T” substitui o V12 aspirado de 690 cv por um V8 3.9 litros turbo de “apenas” 610 cv. A ideia é conquistar possíveis compradores de olho na versatilidade do superesportivo, mas que estejam em busca de um trem de força mais econômico e com autonomia maior. Para isso, o consumo médio esperado para a GTC4Lusso T é de cerca de 8,7 km/l de gasolina.

A diferença de 80 cv entre as duas motorizações não distan-

ciou tanto um modelo do outro, dinamicamente falando. A nova versão sai do zero e chega aos 100 km/h em apenas 3,5 segundos, ou seja, só 0,1 s mais devagar que o bólido com motor V12. A velocidade máxima é de 317 km/h. Um ponto, porém, marca uma diferença bastante significativa: a variante “T” deixou de lado o sistema de tração integral, passando a ter sua força enviada ape-nas às rodas traseiras. Mas mantém um sistema eletrônico que esterça as quatro rodas para respostas melhores em curvas.

porta de eNtrada

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por FaBio perrotta JuNior auto press

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FaBricada em perNamBuco, seguNda geração do Jeep compass chega com Novo visual e opções de motores

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A Jeep nunca escondeu que tinha planos bem ambi-ciosos para o Brasil. E acaba de dar um pontapé e tanto em sua estratégia de expansão por aqui: pro-

moveu no país o lançamento da nova geração do Compass, fabricado inicialmente na planta de Goiana, em Pernambuco, antes de estrear em outros mercados globais. O modelo traz op-ções de motores flex e diesel e será disponibilizado em quatro versões de acabamento: Sport, Longitude, Limited e Trailhawk. As três primeiras aceitam motorização flex, enquanto apenas a Longitude e a topo Trailhawk serão equipadas com propulsor turbodiesel.

A nova geração do SUV manteve apenas o nome. Seu ín-dice de nacionalização ultrapassa os 80% e tende a aumentar, conforme a chegada cada vez maior de fornecedores ao polo in-dustrial pernambucano. No visual, o desenho é mais expressivo e robusto. A dianteira traz a típica grade dos automóveis Jeep, com as sete fendas marcantes, adornada pelos faróis, que con-tam com assinaturas de leds de série desde a versão de entrada, assim como na traseira. O capô exibe vincos que dão ao modelo um visual mais agressivo. A traseira também foi completamente renovada e ostenta lanternas horizontais, que invadem a tampa do porta-malas.Na fita métrica, o novo Jeep Compass tem 4,41 metros de com-primento, 1,81 m de largura, 2,63 m de entre-eixos e altura de 1,64 m. A capacidade do porta-malas é de 410 litros, mas pode chegar aos 1.191 litros com os bancos rebatidos. Na prática, es-ses números resultam em um SUV de porte médio, semelhante ao Hyundai Ix35, Kia Sportage, Audi Q3, BMW X1 e Mercedes-Benz GLA, indicados como seus concorrentes pela própria fab-ricante. As versões equipadas com o propulsor 2.0 Tigershark flex, de até 166 cv e 20,5 kgfm de torque, utilizam câmbio au-

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tomático de seis marchas e miram nos coreanos. Já as variantes equipadas com o conhecido motor 2.0 Multijet II turbodiesel de 170 cv e 35,7 kgfm usam câmbio automático de nove velocid-ades e visam a concorrência da tríade alemã.Desde a configuração de entrada Sport, o Compass é bem re-cheado. O pacote de série inclui controle eletrônico de estabili-dade, sistemas anticapotamento e de monitoramento de pressão de pneus, controles de velocidade de cruzeiro e de partida em subida, assistente de partida em rampa, freios a disco nas quatro rodas com ABS, três pontos de fixação de cadeiras infantis Iso-fix, faróis de neblina que acendem do lado em que se esterça em manobras ou em baixas velocidades e direção de torque dinâmico, que induz o condutor a virar o volante corretamente em uma situação de perda de aderência. A versão Sport começa em R$ 99.990, enquanto a Longitude parte dos R$ 106.990 com motor flex e R$ 132.990 turbodiesel – já com chave presencial e sistema multimídia com tela sensível ao toque de 8,4 polegadas e colorida, navegador GPS embutido, câmera de ré e conexões Bluetooth e USB. A Limited, apenas flex, adiciona airbags later-ais, de cortina e de joelhos para o motorista, bancos em couro e outros detalhes, mas começa em R$ 124.990.

A versão Trailhawk ocupa o topo da gama e custa R$ 149.990. O apelo off-road é incorporado no visual, com sus-pensão 2 cm mais elevada, pneus de uso misto, adesivo preto fosco no capô e rodas com acabamento exclusivo. Os faróis são de xênon e há um kit que incluem tecnologias semiautônomas. Por R$ 13.500, é possível instalar controle de velocidade de cru-zeiro adaptativo, monitoramento de mudança de faixa e aviso/prevenção de colisão frontal, entre outros. Trata-se também do primeiro veículo fabricado no Brasil que contará com estes op-cionais.

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primeiras impressões

reNovada disposiçãoGoiana/PE – Conhecida pela robustez no fora de estrada, a versão Trailhawk da Jeep não esconde sua verdadeira vocação no Compass. Além do visual agressivo, o modelo topo de linha recebeu placas ex-tras de proteção sob a carroceria, para evi-tar problemas em ambientes acidentados. O teste off-road ocorreu em um circuito montado dentro do complexo do grupo FCA, em Goiana, Pernambuco. Lá, o mod-elo enfrentou com maestria obstáculos que dificilmente são encarados por quem opta pelos SUVs no Brasil. Destaque para a subida acentuada em terreno irregular e terroso, onde o veículo não transmite a menor sensação de insegurança e vence a ladeira de 45º de inclinação, mesmo após uma parada no meio da subida. Ao volante, que possui ótima empun-hadura, não é difícil encontrar a melhor posição para guiar o novo SUV. O ajuste elétrico dos bancos é milimétrico e deixa o motorista confortável em poucos toques. A visibilidade é excelente e transmite se-gurança ao motorista, graças à grande área envidraçada do modelo. O acionamento remoto do veículo através da chave tam-bém é interessante, levando em considera-ção a possibilidade de climatizar a cabine

antes de entrar no carro – que ficou bas-tante tempo sob o sol forte do Nordeste. Na estrada, o Compass Trailhawk possui uma rodagem sólida. A suspensão é 2 cm mais elevada que nas demais versões e tem funcionamento firme. Filtra bem as ir-regularidades do asfalto, apesar de ser um pouco seca em buracos maiores. A direção é direta e precisa, facilitando o trabalho do condutor em manobras ou na estrada. O conhecido motor 2.0 Multijet turbodiesel

continua com a mesma disposição para empurrar o veículo. As trocas do câmbio de nove velocidades são quase impercep-tíveis. A força com que o motor desloca a carroceria impressiona, bastando apenas uma ‘cutucada’ no acelerador para sentir o corpo indo contra o encosto do banco. O isolamento acústico é excelente. Até faz o motorista esquecer que está a bordo de um veículo movido a diesel, tamanho o silêncio na cabine.

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Ficha técNicaJeep compass trailhawk 2.0 diesel Motor: A diesel, dianteiro, transversal, 1.956 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e turbocompres-sor. Acelerador eletrônico e injeção direta de combustível.Transmissão: Câmbio automático com nove marchas à frente e uma a ré. Tração nas quatro rodas e possui controle eletrônico de tração.Potência máxima: 170 cv a 3.750 rpm com diesel.Aceleração 0 a 100 km/h: 10 segundos.Velocidade máxima: 194 km/h.Torque máximo: 35,7 kgfm a partir de 1.750 rpm.Diâmetro e curso: 83 mm x 90,4 mm. Taxa de compressão: 16,5:1.Suspensão: Dianteira McPherson com rodas independentes, braços oscilantes inferiores com geometria triangular e barra estabilizadora. Traseira McPherson com rodas independentes, links transversais/laterais e barra estabilizadora. Oferece con-trole eletrônico de estabilidade. Freios: Discos nas quatro rodas e ventilados na dianteira.Pneus: 225/60 R18.Carroceria: Crossover em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,23 metros de comprimento, 1,80 m de lar-gura, 1,72 m de altura e 2,57 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cabeça de série. Peso: 1.751 kg em ordem de marcha.Capacidade do porta-malas: 388 litros.Tanque de combustível: 60 litros.Produção: Goiana (Pernambuco).Itens de série: 7 airbags (2 frontais com desativação do lado do passageiro, 2 laterais nos bancos dianteiros, 2 de cortina e 1 de joelho para o motorista), ABS, acendimento automático dos

faróis, adesivo no capo, ajuste do volante em altura e profundi-dade, aletas para trocas de marcha no volante, alerta de limite de velocidade e manutenção programada, alarme, alavanca do câm-bio com revestimento em couro, apoia-braço com porta objetos, ar-condicionado dual zone , banco do motorista com reg-ulagem de altura, banco do passageiro rebatível, banco traseiro bipartido 60/40 e rebatível, bancos revestidos em couro com costura em vermelho, bolsa porta objetos atrás dos bancos di-anteiros, câmara de estacionamento traseira, chave de presença, cinto traseiro central de 3 pontos, cintos de segurança dianteiros com ajuste de altura, cinzeiro removível, comandos do sistema de áudio e bluetooth no volante, computador de bordo, controle de estabilidade, controle de estabilidade para trailer (quando com engate Mopar), controle de tração, controle eletrônico anti-capotamento, detector de pontos cegos, direção elétrica, encosto

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cabeça traseiro central, espelho interno eletrocrômico, espelhos retrovisores externos com rebatimento elétrico, faróis em xênon, faróis e lanterna traseira de neblina, faróis e Lanternas com assinatura em leds, freio de estacionamento elétrico, freios a disco nas 4 rodas, ganchos de fixação de carga no porta-malas, ganchos de reboque vermelhos (2 diant. e 1 tras.), hill start as-sist, iluminação do porta-malas, isofix, limitador de velocidade, limpador e desembaçador dos vidros traseiros, luzes diurna (DRL), painel de instrumentos em TFT colorido de 7’’, porta objetos sob o assento do banco do passageiro, piloto automático,

protetor de cárter, protetor de transmissão, protetor de tanque, repetidor lateral nos retrovisores, retrovisores externos elétricos, rodas em liga aro 17’’e pneus 225/60 all terrain, seletor para 5 tipos de terreno, sensor de estacionamento traseiro, sensor de chuva, sistema de áudio com 6 alto falantes , USB e Bluetooth, sistema de monitoramento de pressão dos pneus, GPS, travas elétricas nas portas e porta malas, vidros elétricos nas 4 portas com one touch e volante com acabamento em couro e costura em vermelho. Preço: R$ 149.990

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A Honda apresentou a versão 2017 da NXR 160 Bros. As novi-dades, no entanto, se resumem às novas cores vermelha e azul e preta e branca. O motor segue o monocilíndrico OHC de 162,7 cm³, flex, arrefecido a ar e capaz de gerar 14,5 cv a 8.500 rpm quando abastecido com gasolina e 14,7 cv, também a 8.500 rpm com etanol. O torque é de 1, 46 kgfm a 5.500 rpm (etanol). Os preços começam em R$ 9.990.

toNs acrescidos

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A Kia divulgou a primeira imagem da reestilização da minivan Carens. O modelo, que transporta até sete passageiros, chega às lojas com o novo visual no final deste ano. As alterações envolvem, principalmente, os para-choques, faróis de neb-

lina e desenho das rodas de 16, 17 e 18 polegadas, sempre em alumínio. Por dentro, o Carens passa a receber revestimento preto ou bege, imitação de fibra de carbono no painel e detalhes em preto brilhante em diversas partes da cabine.

detalhes estéticos

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C riar séries especiais de automóveis normal-mente obedece uma receita simples. Paga-se um modelo de base e troca-se algumas peças

e equipamentos. Se as partes novas vieram de uma versão mais cara, trata-se de uma série mais sofisticada que a de base. Se vierem de uma mais barata, é uma série mais popular. Para enfeitar o resultado final e deixar aflorar a criatividade do marketing, tentando sensibilizar o público desejado, basta acrescentar adesivos de car-roceria, cromados, novos desenhos de rodas e padrona-gens diferenciadas de estofamento. Dessa forma foram criados o Etios Ready e o Corolla Dynamic, as novas séries especiais criadas pela Toyota para tentar embalar suas vendas no Brasil.

A marca japonesa, por sinal, é uma das poucas que conseguiu escapar da brutal redução nas vendas de au-tomóveis no mercado brasileiro em 2016. Até conseguiu aumentar seu “market share. E o Corolla está na sexta posição no ranking nacional de modelos mais vendidos. No acumulado de janeiro a agosto, foram 43.838 uni-dades vendidas, o que representa quase 52% das vendas totais no segmento de sedãs médios no Brasil.

Criadas no Centro de Desenvolvimento de Pesquisa Aplicada da Toyota em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, as novas séries especiais tem objetivos diferentes e visam atingir públicos bem distintos. O Etios Ready surgiu da demanda do departamento de marketing da Toyota para criar uma versão mais jovem

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do compacto. Baseado na versão XS e disponível apenas na carroceria hatchback com câmbio automático, o novo integrante da família Etios chega às concessionárias em 11 de outubro, por R$ 59.600. Já o Corolla Dynamic é uma versão com visual esportivo, posicionada entre a topo de linha Altis e a intermediária XEi. Ela celebra os cinquenta anos do lançamento do Corolla no mundo e já está nas concessionárias, onde é oferecida por R$ 95.800.

Na tentativa de encontrar a “fonte da juventude” para o Etios, a Toyota recheou a edição limitada Ready com alguns itens que reforçam e elevam a sensação de conforto. Entre eles estão bolsa organizadora e tapetes para porta-malas; suporte para bolsas/mochilas; sensor de estacionamento traseiro na cor do veículo e sistema multimídia Toyota Play, antes presente somente na versão topo de linha Platinum, com áudio, Bluetooth, TV digital, DVD e GPS integrado. Já entre as novidades externas estão detalhes “emprestados” da versão topo de linha Platinum – os para-choques dianteiros e traseiros com design diferenciado e a grade frontal. Além, disso, a versão recebe frisos laterais na cor do carro e um adesivo lateral com a nomenclatura Ready. O hatch compacto estará disponível nas cores Prata Premium e Vermelho Fúria.

A edição especial Etios Ready é movida pelo motor 1.5 litro flexfuel, Dual VVT-i DOHC de 16 válvulas, que rende 107 cv de potência a 5.600 rpm, quando abaste-cido com etanol, e 102 cv, também a 5.600 giros, com

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gasolina. O torque máximo nesta configuração, a 4 mil giros, é de 14,4 kgfm (com etanol) e de 14,0 kgfm (com gasolina). O trem de força é completado por uma trans-missão automática de quatro velocidades. Segundo a Toyota, serão produzidas 250 unidades mensais da nova série especial;

Nas cores Branco Pérola, Preto Eclipse e Prata Super Nova, a edição Dynamic do Corolla vem com luzes diurnas de leds, inéditas na família Corolla; acabamento em preto das rodas de liga leve 16’’, espelhos retrovisores externos pintados na cor Preto Eclipse e emblema Dy-namic na parte traseira do veículo. Revestimento interno das portas dianteiras e assentos são em padrão couro na cor preta e os tapetes personalizados. O modelo é equi-pado com sistema multimídia em tela de 6.1 polegadas, com todas as funções do áudio, dispositivo de navegação, câmara de ré, conexões USB para smartphones e disposi-tivo Bluetooth, além de reproduzir DVD e TV digital.

O Corolla Dynamic é empurrado pelo mesmo motor 2.0 litros flex, Dual VVT-i DOHC de 16 válvulas da versão XEi. Ele rende 143 cv de potência a 5.600 rpm, quando abastecido com gasolina, e 154 cv de potência a 5.800 giros, com etanol. O torque máximo nesta con-figuração é de 19,4 kgfm a 4 mil rotações (com gasolina) e 20,3 kgfm a 4.800 giros (com etanol). A transmissão é CVT, com possibilidade de trocas manuais sequenciais pelas borboletas localizadas atrás do volante. A Toyota pretende produzir 400 unidades mensais da nova série especial.

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A Mercedes-Benz anunciou a versão blindada de sua maior limusine, a Maybach S600 Pullman Guard. Com 4,2 metros de entre-eixos e o máximo de luxo feito pela marca alemã, o modelo é uma das atrações da marca no Salão de Paris. A proteção impressiona: é resistente a rajadas de tiros de rifles e suporta explosões equivalentes a 33 kg de dinamite a apenas dois metros de distância do carro. Mas tudo tem um preço e, nesse caso, bem alto: 1,4 milhão de euros na Alemanha, cerca de R$ 5 milhões em conversão direta. O peso também chama atenção: são 5,1 toneladas.

FortaleZa amBulaNte

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A Renault mudou seus planos na importação do sedã médio Flu-ence para o Brasil. Agora, vêm da Argentina apenas as versões Dynamique Plus e Privilege, com preços de R$ 92.650 e R$ 101.100, respectivamente. Até a linha 2016, cinco configurações estavam à venda. As três descontinuadas foram a Dynamique manual, Dynamique CVT e GT-Line – com apelo esportivo. Todas, no entanto, se moviam com o mesmo motor 2.0 flex de 143 cv de agora. Hoje, porém, só fica disponível o modelo com transmissão CVT.

gama reduZida

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traNsmuNdo

salão de haNNover de 2016 aposta em teNdêNcias Futuristas e soluções susteNtáveis para os veículos comerciais

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por marcio maioauto press

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S alões internacionais de veículos quase sempre apostam nas tendên-

cias para o futuro. E o 66º IAA Commercial Vehicles de 2016, popularmente conhecido como o Salão de Hannover e que acon-tece sempre nos anos pares, segue essa linha. Desde sistemas cada vez mais digitais e propulsores com emissão zero de poluentes aos já palpáveis pesados autôno-mos, o maior e mais importante “motorshow” de veículos com-erciais mostrou que a redução do consumo, a sustentabilidade e a segurança nas estradas é um sonho cada vez mais próximo para o transporte de cargas e coletivo. Tal futuro pode ser vislumbrado a partir de 2.013 expositores de mais de 50 países, em uma área de cerca de 270 mil m², com 27 pavilhões e mais de 300 lançamentos, entre veículos, componentes e implementos.

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destaques do salão de haNNover - iaa 2016

DAF Trucks – A marca holandesa exibiu sua gama completa de produtos e serviços, incluindo o novo sistema de gestão de frotas DAF Connect, que busca otimizar o desempenho das frotas e dos condutores e melhora a eficiência logística da operação por oferecer informações, em tempo real, sobre o desempenho dos veículos e condutores. Além disso, levou as inovações dos mo-tores PACCAR PX-5 e PX-7, presentes nos populares caminhões de distribuição LF e CF. Com torque superior e rotações mais baixas – até 300 rpm a uma velocidade de cruzeiro de 85 km/h. Um novo software de gestão otimizada de calor e ar aumentou em até 12% o torque dos motores Paccar PX-5 de 4.5 litros e PX-7 de 6.7 litros, passando a 86,7 kgfm e e 122,4 kgfm, respectivamente.

Foton – A chinesa Foton mostrou o novo Auman EST Super Truck. O pesado recebe o motor OM 457, produzido pela Mer-cedes-Benz. Com 12 litros, seis cilindros e movido a diesel, ele é capaz de entregar 163,2 kgfm de torque máximo em 1.100 rpm e potência de 350 cv a 2 mil rpm. O veículo é resultado de um pro-grama de pesquisa e desenvolvimento da Beijing Foton Daimler Automotive Co., Ltd., fundada em 2012.

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Iveco – A marca italiana valorizou para valer a ideia de que o futuro “é logo ali”. No conceito Z Truck, as emissões zero são conseguidas com o uso do gás natural liquefeito e de biometano junto com a recuperação da energia térmica dos gases de escape. E promete uma autonomia que pode chegar a 2.200 km. Além disso, a presença de sistemas de condução autônoma permite que o motorista atue como um operador logístico e deixe para o próprio caminhão a tarefa de conduzir durante as entregas.

Mercedes-Benz – Visões futuristas também foram o forte da Mercedes-Benz no IAA 2016. Principalmente pelo Urban eTruck, primeiro caminhão totalmente elétrico com Peso Bruto Total de até 26 toneladas. A Daimler Trucks acredita que esta tecnologia poderá ser disponibilizada ao mercado já no início da próxima década. O Urban eTruck está baseado em um caminhão pesado Mercedes-Benz de três eixos para serviços de distribuição de cur-ta distância. Adicionalmente, os engenheiros da Daimler Trucks revisaram o conceito de propulsão: o trem de força convencional foi substituído por um novo eixo traseiro, com propulsão elétrica por motores posicionados diretamente nos cubos de rodas – solução derivada do eixo traseiro elétrico que foi desenvolvido para o ônibus híbrido Mercedes-Benz Citaro. A força é alimen-tada pelo conjunto de três módulos de baterias de íons de lítio. Isso resulta em uma autonomia de até 200 quilômetros, suficiente um dia de entregas típicas em distribuição urbana. Graças ao conceito integrado com os motores juntos aos cubos de rodas, as baterias são acomodadas em um local à prova de colisões, dentro do quadro do chassi.

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Mitsubishi – A terceira geração do Fuso eCanter também faz sua estreia no IAA deste ano. Em 2010, o eCanter foi o primeiro caminhão leve do mundo com propulsão puramente elétrica. Agora, uma série limitada da terceira geração, de até 6 toneladas de peso bruto total, será entregue a clientes da Europa, Estados Unidos e Japão a partir de 2017. O novo eCanter é equipado com um motor elétrico de 250 cv de potência. Sua bateria tem capaci-dade de 70 kW por hora. Assim, dependendo da carroceria, carga e tipo de aplicação, uma autonomia de mais de 100 km é possível sem recarga com o veículo parado.

Scania – A marca sueca aproveitou o evento para apresentar sua nova geração de cabines, projetada pelos designers internos da própria fabricante. Não há elementos compartilhados com a ge-ração atual e, de acordo com a Scania, quando todas as variantes estiverem prontas, nada menos que 24 diferentes cabines de base estarão disponíveis. Destaque especial para a linha S, com piso plano. Mas tanto esta quanto a linha R estão mais amplas, com a altura do teto aumentada em até 16 centímetros.

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Volvo – Não tinha como ser diferente: a principal atração da Volvo em Hannover foi o The Iron Knight, um verdadeiro su-percaminhão desenvolvido para quebrar o recorde mundial de aceleração e velocidade entre os modelos pesados. Ele tem mo-tor central-traseiro turbodiesel de seis cilindros e 12.8 litros de capacidade, feito com base nos propulsores que equipam a linha FH da marca sueca. Modificações como um intercooler mais efi-ciente, quatro turbocompressores, reprogramação de software e materiais leves para reduzir o peso do bloco garantiram uma fi-cha técnica avassaladora. São 2.433 cv de potência e estrondosos 611,8 kgfm de torque máximo. O sistema trabalha em conjunto com uma transmissão automatizada de dupla embreagem de 16 marchas – 12 à frente e quatro a ré –, que foi reforçada para aguentar a enorme quantidade de torque extra. O resultado é que ele é capaz de partir do zero e andar um quilômetro de distância em apenas 21,29 segundos.

Volkswagen – A MAN Latin America, fabricante mundial da marca Volkswagen Caminhões e Ônibus, comemorou em Han-nover seu 35º aniversário e os 20 anos de sua fábrica brasileira exibindo modelos brasileiros no IAA 2016. Além do consagrado VW Constellation 24.280, líder do mercado brasileiro há oito anos ininterruptos, que foi exposto na Alemanha equipado com kit GNV, apareceu com destaque o VW Constellation 25.420 Prime. O 8X2 celebra os dez anos de lançamento da linha Con-stellation, tem cabine eco-friendly com componentes plásticos feitos por meio de materiais recicláveis e é equipado com motor Cummins ISL de 9 litros, com 420 cv de potência e 188,6 kgfm de torque.

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por eduardo rochaauto press

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A linha Softail repre-senta uma espécie de reserva estética para a

Harley-Davidson. Especialmente o modelo Deluxe. As linhas limpas, simples e tradicionais fazem dela a motocicleta de desenho mais retrô da marca. O visual clássico começa nas rodas raiadas com pneus de banda branca, passa pela profusão de cromados, pelo tanque em gota e pelos faróis redondos e chega à engenhosa suspensão traseira oculta. A ideia de esconder os am-ortecedores visa simular o sistema suspensivo utilizado pela Harley até os anos 1950, o chamado hardtail – ou “rabo duro” –, que consistia apenas em molas sob o selim para aliviar as imperfeições do caminho, como em bicicletas. Tudo no de-sign do modelo valoriza a conexão com a herança de marca. Mas, na parte de engenharia, a Harley busca se afastar cada vez mais da ideia de motocicleta à moda antiga. A linha 2016 da Deluxe, por exemplo, gan-

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hou um motor mais forte e potente e passou a contar com controle de cruzeiro.

A Deluxe, assim como os demais modelos da linha Softail, passou a contar com o motor 103 ou 1.700 cc, no lugar do antigo, de 96 polegadas cúbicas ou 1.600 cc, gerenciado por um câmbio de seis marchas. O motor Twin Cam 103 High Output se beneficiou de algu-mas evoluções trazidas pelo Projeto Rushmore, que tinha o objetivo de aprimorar a tecnologia da marca, exatamente para afastar a ideia de marca que parou no tempo. Mas a motocicleta não recebeu toda a tecnologia disponível. Ficou de fora a refrigeração com o sistema Twin Coller, que incluiria arrefecimento líquido do cabeçote. Talvez para não interferir demais no visual clássico do modelo. Mesmo assim, este propulsor gera 12,1 kgfm de torque a apenas 3 mil rpm. A potência é estimada em 120 cv – a Harley não divulga o número

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oficial.A Deluxe sai da concession-

ária por R$ 69.900 sem muitos equipamentos de série: apenas com chave de proximidade com alarme automático, freios ABS e o controle de cruzeiro. O painel tem um desenho clássico, com um grande relógio para o velocímetro. Em um pequeno visor digital traz hodô-metro e duplo parcial. Ali pode-se navegar entre relógio, indicador de marcha, conta-giros e indicador de autonomia. Já a lista de acessórios é interminável. A combinação de preço e poucos itens de fábrica fez o modelo sofrer a pressão de um mercado em retração. Em 2014, o modelo tinha, em média, 30 unidades emplacadas por mês. Esse número caiu para 22 no ano pas-sado e para 13 nos oito primeiros meses de 2016. Mas nem por isso a Harley pensa em retirar a Softail Deluxe do catálogo Brasil. Afinal, é o modelo que melhor encarna a centenária história da marca.

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impressões ao pilotar

requiNte retrôO ronco mais poderoso do motor

certamente aumentou o poder de atração da Deluxe. Mas o principal chamariz do modelo é mesmo o visual clássico. Ainda mais com algumas combinações bem requintadas que a marca selecionou para a linha 2016, caso da púrpura com roxo do modelo testado. Junto com a enorme quantidade de detalhes cromados, o banco de couro em duas alturas e os para-lamas envolventes emprestam ao modelo um ar luxuoso, bem de acordo com o nome. As linhas são limpas, há poucos acessórios e ainda assim trans-mite a ideia de sofisticação.

Numa época de economia crítica, os consumidores acabam supervalorizando a relação custo/benefício em detrimento de qualidades mais perenes e transcen-dentes, como charme, beleza ou tradição. Esse, certamente, não é o melhor ambi-entee conômico para a Deluxe. Ainda assim, em uma análise mais pragmática a Deluxe se sai bem. A posição de pi-lotar oferece um conforto incomum. A pequena altura do assento em relação ao solo facilita a movimentação e o controle sobre a moto que pesa 330 kg em ordem de marcha.

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A Deluxe, na verdade, surpreende pela facilidade que oferece para mano-bras. O guidão é ligeiramente largo, mas não a ponto de atrapalhar andar entre os carros em um tráfego mais lento. O mo-tor 103 também mostra agilidade, além da tradicional elasticidade dos modelos

da marca. Já o câmbio de seis marchas gera uma certa preguiça. As marchas são duras, pouco precisas e acertar o ponto morto de primeira requer muita famil-iaridade. A suspensão, de curso bem curto – apenas 86 mm na traseira –, sofre um pouco nas irregularidades do asfalto

urbano. Por essas e outras que a Deluxe fica mais à vontade na estrada. Mas é o caso de passar na butique da conces-sionária e mandar instalar um para-brisa, pois em trajetos longos e velocidades acima de 100 km/h, o vento incomoda um bocado.

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A McLaren anunciou uma nova versão do seu superesportivo híbrido P1, mas dedicada a um público extremamente específico e especial: o infantil. Movido a baterias e conversível, o brinque-do traz portas com abertura do tipo tesoura, pintura é amarela e sistema de som instalado. O modelo será comercializado nas concessionárias da McLaren a partir de outubro por 375 libras, ou seja, cerca de R$ 1.600.

escala reduZida

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Revista Auto Press® é uma publicação semanal da Carta Z Notícias Ltda Criada em 9 de maio de 2014 Ano 3, Número 126, 30 de setembro de 2016Publicação abastecida pelo conteúdo jornalístico da edição 1.242 do noticiário Auto Press, produzido semanalmente desde 1º de dezembro de 1992 Redação: Rua Conde de Lages, 44 sala 606 - Glória20241-900 Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2286-0020 / Fax: (21) 2286-1555 E-mail: [email protected] Diretores Editores: Eduardo Rocha [email protected] Luiz Humberto Monteiro Pereira [email protected] Reportagem: Márcio MaioFabio Perrotta Jr. [email protected] Colaboradores: Luiz Fernando Lovik Augusto Paladino [email protected]

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Fotografia: Jorge Rodrigues Jorge [email protected] Publicidade: Arlete Aguiar [email protected] Produção: Harley Guimarães [email protected]

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