revista saúde em movimento crefito-6

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Nº20 | setembro 2012

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Revista do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Sexta Região

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Page 1: Revista Saúde em Movimento Crefito-6

Nº20 | setembro 2012

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Editorial

Caros colegas,A Revista do Crefito-6 chega a sua 20ª edição e nela focamos os

preparativos para nossa campanha de 2012, que visa homenagear, em outubro, os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais do Ceará e do Piauí. Este ano preparamos diversas novidades, como a veicula-ção de VTs nos cinemas das capitais e de outdoors em várias cidades, a lém dos comerciais na TV Verdes Mares, em Fortaleza, e TV Clube, em Teresina; dos anúncios nos Jornais Diário do Nordeste e O Dia; e inúmeras ações de rua para divulgação das profissões.

Destaque também para a matéria sobre marketing profissional com a terapeuta ocupacional, Dra. Junia Jorge, que visa nortear estudantes e profissionais já atuantes a ampliar seus horizontes com o vasto campo de atuação nas profissões de terapia ocupacional e fi-sioterapia. Nesta matéria mostraremos casos de sucesso, profissionais que se destacaram em suas profissões e foram além do comum, seja na gestão pública, como empresários, na gerência de c línicas, na educação. Para abrir os casos de sucesso, temos uma entrevista com o fisioterapeuta, Dr. Fábio Landim, atualmente no Ministério da Saúde, a lém de dar dicas de como obter sucesso na vida profissional .

Vamos falar sobre o Outubro Rosa, que visa conscientizar as mu-lheres quanto à prevenção do câncer de mama. Aproveitamos tam-bém para falar sobre a atuação da fisioterapia e terapia ocupacional na oncologia.

Abordaremos sobre o Congresso Cearense de Cardiologia, aonde aconteceu os Simpósios de Fis ioterapia e Terapia Ocupoacional; tra-zemos ainda um balanço da atuação do Departamento de Fiscalização nesse primeiro semestre; e muito mais...

Espero que gostem! Um forte abraço e que Deus nos ilumine sempre!

Dr. Ricardo Lotif Araújo

Presidente do CREFITO-6 (Gestão 2010-2014 )Fale direto com o presidente (85) 9994-8289

palavra

Sumário

do presidente

Rua Luiz Torres, 451 Bairro: Maraponga Tel. 85 3495.6512 [email protected] www.vpcomunicacao.com.br

Rua Barão de Aratanha, 1485 - Sala 6José Bonifácio | CEP: 60050-071Tel. 85 3046.2287 ou [email protected]

A Revista Saúde em Movimento - Crefito-6 é uma publicação trimestral

GESTÃO UM NOVO TEMPOResponsabilidade com Competência 2010/2014

PresidenteDr. Ricardo Lotif AraújoCrefito - 33481- F (CE)

Vice Presidente Dra. Luzianne Feijó A. Paiva

Crefito 6662-TO (CE)Diretora Secretária

Dra. Ana Lívia Cartaxo B. M. RibeiroCrefito 6930-TO (CE)Diretor Tesoureiro

Dr. Flávio Feitosa Pessoa de CarvalhoCrefito 3840-F (CE)

Conselheiros Efetivos:Dra. Ana Cristhina de Oliveira Brasil

Crefito 8839-F (CE)Dr. Paulo Henrique Palácio Duarte Fernandes

Crefito 42997-F (CE)Dra. Mylza Carvalho Rosado de Oliveira

Crefito 187-F (CE)Dr. Olavo Pereira Ximenes Júnior

Crefito 10788-F (CE)Dra. Arismênia Maria Almeida Lima

Crefito 7542-TO (CE)

Conselheiros Suplentes;Dra. Maura Cristina Porto Feitosa

Crefito 74608-F (PI)Dra. Maria Ester Ibiapina Mendes de Carvalho

Crefito 1600-F (PI)Dra. Antoniana Teixeira de Siqueira Frota

Crefito 5050-TO (PI)Dr. Igor Fernandes Maia Gomes do Nascimento

Crefito 52337-F (CE)Dra. Ana Karine Castelo Branco de Paula

Crefito 21629-F (CE)Dra. Tatiany Coutinho Cajazeiras Bezerra

Crefito 10131-TO (CE)Dr. Alessandro Ádamo Gonçalves Oliveira

Crefito 67208-F (CE)Dr. Marcelo Memória Lopes

Crefito 8843-F (CE)

Sede FortalezaAv. Rogaciano Leite, 432 - Salinas - CEP: 60810-786

Fortaleza/CE - Tel: (85) 3241-1456 [email protected]

Subsede PiauíAv. Jóquei Clube, Ed. Empresarial Euro Business, 299

Sala 609, Jóquei - CEP 64049-240 - Teresina, PITel (86) 3216.6030

[email protected]

Subsede SobralRua Eurípedes Ferreira Gomes, 556 - Bairro Pedrinhas

CEP 62040-750 - Tel (88) 8811.0249 | (88) [email protected]

Coordenação dos Editoriais VP Comunicação Jornalistas Responsáveis Flávio Assunção Filho (2123

JP-CE) e Viviane Prado (2106 JP-CE) | Coordenação de Arte Primeiro Plano | Diretor de Arte Fernando Sales Gerente Comercial Cristina Loiola | Consultoria de Negócios Marisa Alves | Projeto Gráfico Dhara Sena

Diagramação Dhara Sena e Fernando Sales

85 3241.145686 3216.6030

4 Crefito-6 no Congresso de Cardiologia

8Fisioterapia e Terapia Ocupacional na Luta Contra o Câncer

18 Campanha do dia 13 de outubro

22 Como Trilhar uma Carreira de Sucesso?

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cardiologia

Crefito-6 | Saúde em Movimento

Aconteceu no período de 8 a 10 de agosto, em For-taleza, o XVIII Congresso Cearense de Cardiologia, que reuniu aproximadamente 700 profissionais da área da saúde no Hotel Praia Centro e contou com convidados do Brasil e do exterior. Duas grandes novidades foram a realização do Simpósio de Fi-sioterapia, inserido dentro do evento a partir do convite feito pelo Dr. Eduardo Arrais, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, com a coor-denação da Dra. Mylza Rosado e da Dra. Daniela Gardano; e do II Simpósio de Terapia Ocupacional, que contou com profissionais com vasta experiên-cia na área.

A Fisioterapia naCardiologiaCom extensa programação sobre Fisioterapia Car-diovascular, o Simpósio aconteceu com a exposição de painéis, debates e palestras. A abertura oficial do simpósio foi realizada pelo Dr. Ricardo Lotif,

Congresso Cearense de Cardiologia recebe

Simpósios de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional

presidente do Crefito-6, que falou sobre a impor-tância da inserção da Fisioterapia e da Terapia Ocu-pacional no Congresso. A Dra. Ana Cristhina Brasil também esteve presente e ministrou palestra sobre a Classificação Internacional de Funcionalidade, In-capacidade e Saúde (CIF) na Fisioterapia Cardioló-gica. O evento contou com a participação de um público seleto e grandes referências profissionais na área, como os palestrantes: Dr. George Jerre Vieira Sarmento(RJ), Dra. Daisy Satomi Ykedal (SP), Dra. Iracema Umeda (SP) e Dra. Maria do Socorro Quin-tino Farias (CE).

A Fisioterapia nos pacientes com doença car-diovascular é indicada nos casos de portadores de doenças como insuficiência coronária, na insufici-ência cardíaca, no pré e pós-operatório de cirurgias cardíacas (revascularização miocárdica, valvopatias, cardiopatias congênitas, pós-transplante cardíaco, entre outros) e nos fatores de risco de doenças cardiovasculares (hipertensão arterial, dislipidemia,

Dr. Ricardo Lotif, presidente do CREFITO-6, participa da abertura oficial do Simpósio de Fisioterapia

As terapeutas ocupacionais: Dra. Mary Helena Vasconcelos, Dra. Tânia Lopes, Dra. Arismênia Lima e Dra. Junia Jorge

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diabetes, e tabagismo). A integração saudável entre os sistemas cardiovascular, respiratório e musculo-esquelético é garantida pela assistência fisiotera-pêutica, alcançando ganhos maiores da capacidade aeróbica e maior tolerância ao esforço físico.

A Terapia Ocupacionalna CardiologiaJá o Simpósio de Terapia Ocupacional contou com a participação de diversos profissionais com vasta experiência clinica, cientifica e acadêmica na car-diologia, como a Dra. Junia Jorge Rjeille Cordeiro (SP); Dra. Mary Helena Vasconcelos (Unifor); Dra. Arismênia Lima Gois (Crefito-6) e Dra. Rita de Cás-sia, do Hospital de Messejana, considerado referên-cia no tratamento de cardiologia no Ceará. No Sim-pósio, foram realizadas palestras, mesas redondas e apresentações de trabalhos científicos.

A Dra. Arismênia Lima conta que ao todo foram apresentados seis temas livres, divididos em oral e pôster. “Destaco ainda o Crefito-6, que teve parti-cipação efetiva no congresso, contribuindo para va-lorização das profissões e possibilitando aos profis-sionais e estudantes espaço de reflexão, discussão e troca de saberes na área da cardiologia”, afirma.

A Terapia Ocupacional em cardiologia vem ofe-recendo importante contribuição na independên-cia dos pacientes na execução de suas atividades da vida diária (alimentação, vestuário, higiene, lo-comoção) e instrumentais (brincar, lazer e trabalho). O objetivo é devolver o potencial de desempenho funcional do indivíduo, já que um problema cardía-co diminui bastante essa capacidade, bem como no período pós-operatório e de reabilitação. A atuação acontece tanto em pediatria como em adultos.

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Sinfito-CE

Crefito-6 | Saúde em Movimento

Exija suacarteira assinada

Valorize-se

Na tentativa de burlar a Lei, algu-mas empresas se usam da boa-fé dos profissionais para não assinar sua Carteira de Trabalho. Essas empresas tentam de todas as for-mas ludibriar os trabalhadores, firmando contratos de prestação de serviços, pagando um percen-tual por atendimento, impondo uma jornada de trabalho duas ou três vezes por semana e até mesmo criando empresas de fa-chada e se associando aos seus empregados para que ao sair da empresa o trabalhador não possa exigir seus direitos trabalhistas.

No atual momento que vive-mos, com o crescimento econô-mico do nosso país, o número de trabalhadores com carteira assinada vem alcançando núme-ros nunca antes atingidos, o go-verno brasileiro vem batalhando para que esse número continue aumentando, de forma a coibir o descumprimento da legislação trabalhista e a sonegação fiscal.

O empregador que deixa de reconhecer o vínculo emprega-tício de seus empregados lucra com a sonegação fiscal e traba-lhista, praticando uma concor-rência desleal com outras em-presas do ramo que cumprem, regularmente, com suas obriga-

ções e precisam repassar esses custos para seus clientes.

O trabalhador sem carteira assinada deixa de gozar de vá-rios direitos trabalhistas como férias remuneradas, 13º salário, depósitos de FGTS, Direitos pre-videnciários (auxílios acidentário, maternidade, paternidade e pen-sões, entre outros), garantia de emprego em caso de acidente ou doença, aposentadoria, seguro desemprego, aviso prévio, gratifi-cações pactuadas em Convenção Coletiva, dentre outros.

Dessa forma, o Fisioterapeuta ou Terapeuta Ocupacional, somen-te poderá trabalhar em uma das modalidades que veremos a seguir:

EMPREGADO Empregado é todo trabalhador que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante, conforme o art. 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Portanto, EMPREGADO é toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, de forma pessoal, sob a dependência deste e mediante salário.

TRABALHADOR COOPERADOSerá considerado cooperado aquele trabalhador associado à cooperativa, que adere aos propósitos sociais e preenche as condições estabelecidas em estatuto de cooperativa. Assim, o trabalhador de cooperativa não será considerado empregado, conforme a CLT em seu

artigo 442: “Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquelas.”

TRABALHADOR AUTÔNOMOE o trabalhador autônomo é todo aquele que exerce sua atividade profissional por conta própria e com assunção de seus próprios riscos. Se prestar serviços a outrem deve ser de forma eventual e não habitual.

Assim, todo Fisioterapeuta ou Terapeuta Ocupacional que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, de forma pessoal (não pode mandar um colega em seu lugar), cumprindo horário determinado por este, podendo até mesmo ser uma vez por semana, contanto que não seja esporadicamente, sob a dependência e subordinação do empregador é considerado em-pregado.

Se você conhece casos de contratações fraudulentas na categoria, ou vive essa situação, deve denunciar. Não é necessário se identificar. O Sindicato mante-rá o anonimato do denunciante. Envie uma mensagem pelo ende-reço [email protected]

Eugênio Pacelli D. Simões FilhoPresidente do Sinfito-Ce

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prevenção

Crefito-6 | Saúde em Movimento

Outubro Rosae a atuação da Fisioterapia eda Terapia Ocupacional em pacientes com câncer

Comemorado em todo o mun-do com a finalidade de chamar a atenção para a realidade atual do câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce, o movi-mento Outubro Rosa chega a sua terceira edição em 2012. Juntos na luta por esse ideal, o Crefi-to-6 apoia o evento e fala sobre a atuação das profissões de Fisio-terapia e Terapia Ocupacional na oncologia.

A atuação da Fisioterapia na oncologiaPor muito tempo, a preocupação médica em relação ao câncer era essencialmente voltada à sobrevi-vência dos pacientes. Mas, atual-mente, a questão mudou em de-corrência dos avanços da medicina

no diagnóstico e tratamento, com a utilização de novas drogas quimio-terápicas, dos avanços na biologia molecular, da eficácia das novas técnicas cirúrgicas, e com o adven-to do linfonodo sentinela (o exame é capaz de informar com alto grau de certeza o estado dos outros linfo-nodos da região linfática estudada), tem aumentado substancialmente os índices de sobrevivência dos pa-cientes. Quem fala sobre isso é a Dra. Jaqueline Braga, Graduada em Fisioterapia (Unifor), Especialista em Fisioterapia em Cancerologia pela Sociedade Brasileira de Fisioterapia em Cancerologia (SBFC), Especialis-ta em Fisioterapia Cardiorrespirató-ria (Unifor) e Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente (UECE), que ressalta que a partir disso o

um fisioterapeuta desempenhando

suas funções específicas, colabora de

forma benéfica na recuperação

funcional do paciente com

câncer

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9Saúde em Movimento | Crefito-6

tratamento tem sido direcionado à prevenção das limitações físico-funcionais tanto no pré como no pós-cirúrgico, assim como na ra-dioterapia e da quimioterapia. Ou seja, durante toda a trajetória do tratamento, proporcionando, conse-quentemente, melhor qualidade de vida ao paciente.

“Esta evolução histórica no tra-tamento do câncer ampliou fron-teiras e despertou a necessidade do envolvimento ativo de uma equipe multidisciplinar em can-cerologia, o que aumentou a im-portância e a responsabilidade da atuação do profissional fisiotera-peuta no atendimento aos pacien-tes oncológicos, que está presente em todas as etapas do tratamento e atuando em todos os níveis de atenção à saúde”, explica.

Segundo a Dra. Jaqueline, a familiaridade da equipe de saúde para com o potencial das ativida-des desenvolvidas pelo profissio-nal fisioterapeuta-oncológico na área de prevenção, promoção, tratamento e recuperação funcio-nal do paciente com câncer ain-da está no início. “As instituições hospitalares e/ou serviços espe-cializados em oncologia apresen-tam um diferencial, quando em sua equipe médica integra um fisioterapeuta desempenhando suas funções específicas, colabo-rando de forma benéfica na re-cuperação funcional do paciente com câncer”, avalia.

TratamentosO fisioterapeuta deve conhecer as principais alterações de cada etapa do tratamento, a exemplo das limitações físico-funcionais ocasionadas pelo processo cirúr-gico, atuando na prevenção das complicações pulmonares, orto-pédicas, circulatórias e linfáticas. Os efeitos decorrentes da radio-

terapia, por exemplo, tais como diminuição da vascularização tecidual local, perda da elastici-dade, contratilidade tecidual, en-curtamentos severos e fibroses, dentre outras alterações, resul-tam na incapacidade funcional no membro irradiado. “Durante a radioterapia, a fisioterapia con-tribui efetivamente na prevenção e/ou minimização das complica-ções, através de protocolo espe-cífico”, explica a Dra. Jaqueline. Já a quimioterapia pode causar neuropatias periféricas, levan-do o paciente a apresentar uma incapacidade funcional motora de forma global, como perda de força muscular, atrofias, fadiga muscular generalizada e altera-ções de coordenação. “Nesses casos, a assistência fisioterapêu-tica direciona-se às disfunções específicas visando devolver sua funcionalidade”, explica.

A fisioterapeuta lembra que o tratamento oncológico modifica a imunidade do paciente. Des-ta forma, terapias que envolvem cirurgia, radioterapia e quimiote-rapia aumentam o risco de infec-ções pulmonares, principalmente em pacientes imunocomprome-tidos, evoluindo para insuficiên-cia respiratória. Nestes casos, o profissional atua com recursos e técnicas pneumo-funcionais, prevenindo e tratando as compli-cações pulmonares.

“A condução do paciente ao tratamento fisioterapêutico é determinada pelas disfunções oncológicas advindas do trata-mento, seja ele cirúrgico, quimio-terápico e/ou radioterápico. Por-tanto, é fundamental a realização de um diagnóstico cinesiológico-funcional (baseado em evidên-cias) específico, contribuindo na aplicabilidade e efetividade dos

recursos e técnicas adequadas, possibilitando a prevenção de complicações e/ou sequelas e melhoria da funcionalidade do paciente com câncer”, conta a Dra. Jaqueline Braga “Em síntese, a intervenção fisioterapêutica em cancerologia não é dimensiona-da pelos índices de sobrevivência ou pela ausência de sintomato-logia, mas sim pela efetividade do tratamento quanto ao grau de funcionalidade alcançada du-rante e pós-tratamento do cân-cer. Para tanto, deve-se observar as necessidades dos pacientes, conduzindo-os para sua máxima funcionalidade tanto no campo profissional como no doméstico”, alerta.

A atuação da Terapia Ocupacio-nal na oncologiaO câncer traz mudanças significa-tivas na vida da pessoa que adoece e também na de seus familiares. Por isso, o tratamento passa a ocupar po-sição central no cotidiano, quando a rotina se transforma e alguns projetos precisam ser adiados. O diagnóstico gera uma condição de instabilidade, fragilidade e desorganização da vida cotidiana laboral e familiar. Nesse contexto é necessária a intervenção de uma equipe mul-tiprofissional que possa cuidar do paciente e da família, de maneira integral, para promover o alívio do sofrimento e atender às diversas ne-cessidades individuais. É o que ex-plica a Dra. Daniele Castelo Branco, Terapeuta Ocupacional do Centro Regional Integrado de Oncologia (CRIO), Vice-Presidente da Asso-ciação dos Amigos do CRIO (AS-SOCRIO), Especialista em Geron-tologia pela UNIFOR e Especialista em Oncologia pela FIC. “O papel do terapeuta ocupacional enfoca o uso de atividades baseadas no fazer humano, intervindo em prevenção e promoção da saúde, recuperação,

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entrevista

Crefito-6 | Saúde em Movimento

EntrevistaDra. Mônica Cavalcante

A fisioterapeuta fala do tratamento de pacientes com câncer no pós-cirúrgico e acompanhamento.

Como a Fisioterapia atua no tratamento de pacientes com Câncer?Trabalho com pacientes em pós-cirúrgico e acompanhamento de câncer há 19 anos. Nesses casos, a Fisioterapia atua na recuperação funcional, prevenção e tratamento de linfedema. E, como tratamento de reeducação complementar, asso-cio ao atendimento o RPG.

Quando a Fisioterapia é indicada? Há alguma restrição?É indicado em pacientes submetidos à quadrantectomia (cirurgia com re-tirada de um quadrante da mama), mastectomia (cirurgia com retirada total da mama), com ou sem esva-ziamento axilar (linfonodectomia). Há restrições, quando há a neces-sidade de a cirurgia evoluir para o esvaziamento axilar onde os com-prometimentos são maiores.

reabilitação, cuidados paliativos e humanização”, explica a Dra. Danie-le. A fim de criar possibilidades para que o paciente tenha condições fí-sicas e emocionais na manutenção e execução de atividades da vida diária, essa ação proporciona a des-coberta de novos projetos de vida frente às dificuldades. “Por meio de atendimentos individuais ou em gru-po, o terapeuta ocupacional atuará para que o paciente possa manter-se ativo, ajudando-o na adaptação às mudanças trazidas pela doença,

no controle de sintomas desagradá-veis e também na manutenção de suas capacidades e potencialidades. É importante lembrar que a atuação pode englobar diversos aspectos, ora relacionados com o a reabilita-ção física, ora mais envolvidos com a saúde mental do paciente, ou com o impacto da hospitalização, que atinge o paciente e sua família”, diz. Segundo a Dra. Daniele, na oncologia o terapeuta ocupacional tem um vasto campo de atuação, e pode estar em diversos contextos da

prática: unidades básicas de saúde, hospitais, ambulatórios, serviços de radioterapia e quimioterapia, brin-quedotecas , casas de apoio, domicí-lio, entre outros. Englobando desde a população pediátrica até o idoso. As atribuições do terapeuta ocupacio-nal, os objetivos a serem alcançados e os recursos utilizados irão variar de acordo com o campo de atuação, o referencial teórico e a população atendida, porém o objetivo maior sempre será a melhoria da qualidade de vida do paciente com câncer.

Como a fisioterapia ajuda na qualidade de vida do paciente?Posso afirmar com toda certeza que a Fisioterapia é um instrumento de fundamental importância na quali-dade de vida dessas pacientes, uma vez que após a cirurgia, dado não só pela limitação de amplitude articu-lar, como pelo bloqueio antálgico, a paciente se sente insegura não só para realização dos movimentos, bem como para as AVDs, e a Fisio-

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terapia promovendo a recuperação dessa paciente devolve a ela a se-gurança necessária para o retorno à normalidade da sua vida.

Quais são as expectativas do paciente?Geralmente, ao chegar ao consultó-rio essa paciente chega com o nível de expectativas pouco otimistas, mas logo que inicia o tratamento fisioterapêutico e percebe sua efi-cácia, resgata a autoconfiança e a resposta é sempre muito positiva, e acima de tudo muito gratificante principalmente para nós, profissio-nais de Fisioterapia.

Considerações sobre a Fisioterapia na Oncologia.O que tenho a dizer sobre minha experiência no atendimento fisiote-rapêutico às pacientes mastectomi-zadas é da grande satisfação não só profissional como também pessoal, que esssa prática me presenteia dia-a-dia durante tantos anos, enrique-cendo-me com a bravura dessas mulheres, a dedicação dos médicos mastologistas e cirurgiões plásticos e o apoio dos familiares, proporcio-nando-me a oportunidade de poder participar dessa luta. Sinceramente só tenho a agradecer.

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entrevista

Crefito-6 | Saúde em Movimento

Como a Terapia Ocupacional atua no tratamento de pacientes com câncer?A Terapia Ocupacional tem a prá-tica voltada para o resgate da au-tonomia e da independência do paciente em todas as atividades do cotidiano, proporcionando uma melhor condição para recuperar-se ou para enfrentar situações cirúr-gicas, sessões de radioterapia/qui-mioterapia, e o tempo de convales-cença; bem como no processo de reabilitação em sequelas motora, psíquica e/ou social.

Quais as técnicas utilizadas?O método de intervenção se dá através da atividade. Esta pode ser terapêutica, laborativa, lúdica, con-dicionamento funcional, socializan-tes, tais como: oficinas produtivas, passeios, contoterapia, atividades de vida diária, dentre outras.

Como a Terapia Ocupacional ajuda na qualidade de vida do paciente?A Terapia Ocupacional proporcio-na um equilíbrio entre os aspectos biopsicossociais e o processo de en-

EntrevistaDra. Patrícia Citó

A terapeuta ocupacional, especialista em Oncologia fala sobre a atuação da Terapia Ocupacional nos pacientes com câncer.

fermidade nos portadores de câncer. Através da atividade visamos funda-mentalmente elevar a autoestima e a autoconfiança, promover reinser-ção social, minimizar pensamentos mórbidos do enfermo, favorecer ex-ploração, conhecimento, domínio e compreensão do paciente acerca da patologia; restaurar, manter ou evitar perdas motoras, sensoriais e/ou cog-nitivas que possam resultar da do-ença ou de tratamentos necessários; promover independência nas AVD’s, estimular, desenvolver e/ou reforçar amplitude articular e força muscular; além da orientação familiar.

Você poderia dar um exemplo de algum paciente e como foi este processo?O projeto Criança Bem Vinda, que tem o objetivo de amenizar, de for-ma significativa, o sofrimento das crianças atendidas, tanto pelo seu bem estar, como pelo êxito no trata-mento. Elas se mostravam apreensi-vas, ansiosas, apáticas e, muitas ve-zes, apresentavam crises de choro. Mantinham resistência em realizar os procedimentos necessários ao

tratamento. O projeto desenvolve ações, tais como: a troca do tradicio-nal jaleco branco por um avental co-lorido e decorado com personagens infantis; criação de uma miniatura do equipamento de radioterapia; centro de tratamento de brinquedo, dentre outros. Somando estes re-cursos ao universo mágico do brin-car, conseguimos mostrar à criança, antes de iniciar o tratamento, todas as fases que ela irá vivenciar até sua primeira sessão de radioterapia. Os resultados têm sido extremamente gratificantes.

Considerações sobre a atuação da Terapia Ocupacional na Oncologia.A implantação do serviço de Tera-pia Ocupacional no CRIO permitiu a visibilidade da ação profissional na área da oncologia e o reconhe-cimento do serviço pela equipe. O uso de atividades humanas sejam elas as artes, o trabalho, o lazer, o autocuidado e a participação social são os eixos norteadores da inter-venção, com vista a contribuir para a melhoria da qualidade de vida.

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planejamento

Crefito-6 | Saúde em Movimento

Com a finalidade de divulgar a Terapia Ocupacional e conquistar espaços políticos e inserções de profis-sionais nas áreas da saúde, educação e assistência social, a Associação Brasileira dos Terapeutas Ocu-pacioanais do Estado do Piauí (ABRATO-PI) vem desde sua fundação, em 26 de maio de 2012, de-senvolvendo semanalmente uma série de reuniões para traçar planos de ações para sua gestão.

A presidente da ABRATO – PI, Dra. Nívea Rocha explica que a Terapia Ocupacional no estado do Piauí tem como marco atual sua presença nos Cen-tros de Saúde e Educação, e vêm buscando inser-ção na assistência social. Além disso, o órgão tem sido representado em diversos eventos importantes da área. Dentre eles, o Congresso Norte Nordes-te de Terapia Ocupacional (CONNTO/2012), atra-vés do Grupo Nacional de Terapia Ocupacional em Saúde Mental (GNTOSM) que terá um espaço de encontro no evento, na pessoa da própria Dra. Nivea, para contextualizar a atuação da Terapia Ocupacional e traçar novas metas para a prática clínica; e no Fórum Estadual dos Trabalhadores (as) do Sistema Único da Assistência Social (FETSUAS),

ABRATO-PITraça planos para sua gestão

tendo como representante a Drª Leila Mendes e a Drª Kátia Savioli. “O Fórum é um grande passo para ressaltar a importância da Terapia Ocupacional nas instâncias do SUAS e poder construir junto com os demais profissionais os princípios e regimentos do SUAS no Piauí”, explica Dra. Nívea.

FUNDAÇÃO DA ABRATO-PIA primeira diretoria da Associação Brasileira dos Terapeutas Ocupacionais/Regional Piauí (Abrato-PI) tomou posse, em maio, durante o I Encontro Inter-disciplinar, com o tema “Discutindo o processo de humanização da saúde”, realizado no auditório do Hotel Água Limpa, com a presença do Dr. Ricardo Lotif e da Dra. Luzianne Feijó, presidente e vice-presidente do Crefito-6, respectivamente.

Segundo a presidente da ABRATO-PI, o número de profissionais terapeutas ocupacionais no estado do Piauí é considerado insuficiente para atender à demanda crescente da sociedade. A profissão é considerada nova, existindo 43 terapeutas ocupa-cionais no Estado do Piauí . “Já estamos fomentan-do a abertura de um curso de graduação em terapia ocupacional”, informa Dra.Nívea.

Reunião Semanal de Planejamento da ABRATO-PI Participação da ABRATO-PI no Fetsuas

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simpósio

Saúde em Movimento | Crefito-6

O 2º Simpósio Internacional de Terapia Ocupacional ocorreu dias 10 e 11 de agosto com diversos trabalhos científicos na programa-ção, provindos de dissertações de mestrado e teses de doutorado de terapeutas ocupacionais de todo Brasil. Para fazer jus ao título de Simpósio, a comissão organiza-dora sempre nos premia com a vinda de terapeutas ocupacionais renomadas mundialmente. A con-vidada do evento foi a Dra. Noo-mi Katz, terapeuta ocupacional, PHD, diretora, Reasearch Insti-tute for Health and Medical Pro-fessions, Ono Academic College, Israel. Autora da bateria neurop-sicológica para terapeutas ocupa-cionais LOTCA e DLOTCA, entre outros protocolos de avaliação e atendimento.

O Conselho Regional de Fi-sioterapia e Terapia Ocupacional da sexta Região – Ceará e Piauí -(Crefito-6) esteve representado pela vice-presidente, Dra. Lu-zianne Feijó - “Este evento carac-teriza um marco histórico para a Terapia ocupacional do Brasil de-vido a sua magnitude, excelência e seriedade na escolha dos temas e dos profissionais a serem apre-sentados, proporcionando a nós terapeutas ocupacionais um mo-mento de engrandecimento pes-soal e profissional, um despertar para o mundo da pesquisa e con-sequentemente o fortalecimento e avanço da Terapia Ocupacio-nal. Parabenizo a iniciativa da equipe de Terapia ocupacional do IPQ do Hospital das Clínicas pela brilhante ideia”.

Trabalhos científicos:Noomi Katz, PHD, OTR (Research Institute for Health and Medical Professions (RIHMP), Ono Acade-mic College, Israel) - “Reabilitação Cognitiva, funções-executivas e participação” / “Projeto de reabi-litação profissional na comunida-de para pessoas com transtornos mentais” / “Método OGI: Occu-pational Goal Intervention (OGI)” / “Terapia Ocupacional e fatores que contribuem para a participa-ção e retorno ao trabalho de adul-tos após Acidente Vascular Cere-bral leve” / “Avaliação Cognitivo Funcional (CFE): avaliação proces-sual para indivíduos com déficits cognitivos”.

“Terapia Ocupacional e o uso de recursos tecnológicos em crian-ças com deficiência física”. - Re-nata Cristina Bertolozzi Varela.

“O brincar como método de in-tervenção de Terapia Ocupacio-nal: enfoque nas crianças com le-sões neurológicas” - Dra. Marisa Takatori.

“Estudo randomizado e controla-do da eficácia da Terapia Ocupa-cional na reabilitação de funções executivas em pacientes porta-dores de esquizofrenia refratária” - Adriana Dias Barbosa Vizzotto.

“A investigação do raciocínio clí-nico e sua relevância para a clí-nica e para a formação de tera-peutas ocupacionais” – Drª. Taís Quevedo Marcolino.

“Utilização do CICAc : classifi-cação de idosos quanto à capa-cidade para o autocuidado pelo terapeuta ocupacional, na área de gerontologia” - Profª Drª Ma-ria Helena Morgani de Almeida.

Pesquisa científica impulsiona a

Terapia Ocupacional

Dra Luzianne Feijó, vice-presidente do Crefito-6, Dra. Noomi Katz - palestrante internacional - Israel; Dra. Luziana Maranhão - vice presidente do COFFITO

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13 de outubro

Crefito-6 | Saúde em Movimento

O Conselho Regional de Fisio-terapia e Terapia Ocupacional da Sexta Região (CREFITO-6) se prepara para mais uma gran-de campanha em homenagem ao dia do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional, que acontece no dia 13 de outubro. Durante todo o mês de come-moração, serão realizadas di-versas ações por todo o estado do Ceará e do Piauí.

MobilizaçãoA organização da campanha teve início no último dia 25 de agosto, quando os conselheiros dos estados do Ceará e do Piauí, bem como os delegados das ci-dades de Sobral, Juazeiro, Iguatu e Parnaíba, se reuniram na sede do Crefito-6, em Fortaleza, esta-belecendo metas e planejando como cada responsável realizará as ações em sua cidade. A partir disso, receberam o material de divulgação para desenvolvimento do projeto em suas localidades. Foram distribuídos folders, pan-fletos, adesivos e camisas, além de cartilhas, pastas, cartazes, banners e faixas.

“Esperamos fazer mais uma grande homenagem aos profis-sionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, bem como divul-gar as duas profissões, seja atra-vés de ações de rua, solenidades e cobertura da mídia”, conta o Dr. Ricardo Lotif, presidente do Crefito-6. “Claro que tudo isso só pode ser realizado a partir do apoio forte de nossos profissio-nais, acadêmicos, delegados e conselheiros”, ressalta.

AçõesAs diversas ações planejadas te-rão início no dia 8 de outubro, em Fortaleza, na Praça do Fer-reira, quando o Crefito-6 pro-moverá uma grande ação com estandes de atendimento ao pú-blico, das 6h às 10h, com vários serviços, como: avaliação pos-tural, orientação para combate ao fumo, verificação de pressão arterial, orientação sobre câncer de mama e avaliação de disfun-ções têmporo-mandibulares, na área de Fisioterapia; Já no âmbi-to da Terapia Ocupacional terão: aplicação de testes de estresse

Homenagem ao

Dia do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional

e de memória, atividades para trabalhar a memória, exposição e explicações sobre adaptações e tecnologia assistiva para as ati-vidades de vida diária. Também será ofertado um nutritivo café da manhã, além da distribuição de materiais educativos sobre onde e quando se deve procurar um fisioterapeuta ou um tera-peuta ocupacional.

No dia 14 de outubro, uma blitz será montada junto à rá-dio Mix, a partir das 8h, na Av. Dioguinho, na Praia do Futuro. Na ocasião, serão distribuídos materiais informativos sobre as profissões, adesivos, além de en-trega de camisas aos primeiros profissionais e acadêmicos com identificação.

No dia 18 de outubro, em Te-resina, a ação será realizada no Teresina Shopping, onde acon-tecerá uma ação de promoção e divulgação das profissões. O mesmo acontece em Parnaíba, onde uma ação será realizada na Praça da Graça, um dos locais mais movimentos da cidade.

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Em Sobral, Juazeiro, Iguatu e Parnaíba também serão reali-zadas diversas ações a partir de programação desenvolvida pelos conselheiros e delegados dessas localidades. Dentre o que foi pla-nejado, estão ações de rua, jan-tares em comemoração ao Dia do Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional e muito mais.

HomenagensNas Assembleias e Câmaras do Ceará e do Piauí, serão prestadas homenagens aos profissionais. Na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, a solenidade acontecerá no dia 11 de outubro, às 15h, por iniciativa da deputa-da estadual Bethrose. Por inicia-tiva do vereador Machadinho, na Câmara Municipal de Fortaleza,

a solenidade será realizada em data ainda não definida. (acom-panhar data pelo site do Crefi-to-6 – www.crefito6.org.br).

No Piauí as solenidades ocor-rerão no dia 16 de outubro, às 10h, na Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, e no dia 17 de outubro, às 9h, na Câmara Muni-cipal de Teresina.

MídiaO Crefito-6 também investiu bastante em mídia para homena-gear as duas profissões.

Na televisão, por exemplo, um vídeo de um minuto (30 segundos para cada profissão) será veiculado na TV Verdes Mares, afiliada à Rede Glo-bo, no dia 13 de outubro, no intervalo do CETV 1ª Edição,

Jornal Hoje, CETV 2ª Edição e Caldeirão do Huck. Os víde-os também serão rodados nos cinemas do Via Sul Shopping, North Shopping e Shopping Teresina.

Nos principais jornais do Ce-ará (Diário do Nordeste) e do Piauí (O Dia) serão publicados anúncios parabenizando o dia do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional, além de lançarem a programação oficial das ações do mês de outubro.

Para este ano o Conselho terá uma novidade: aproximadamen-te 20 outdoors estarão espalha-dos por várias cidades do Ceará e do Piauí, dentre elas: Cariri, So-bral, Teresina, Parnaíba, Iguatu, Crato, Barbalha, Aracati, Floria-no, Juazeiro.

PROGRAMAÇÃODATA HORÁRIO LOCAL AÇÃO

01 a 13/10 manhã e tarde Rádio Mix (95,5) Anúncio de Divulgação da Fisioterapia e Terapia

Ocupacional

05 a 13/10 - Cariri, Sobral, Teresina, Parnaíba, Iguatu, Crato, Barbalha, Aracati, Floriano, Juazeiro.

Outdoor com homenagem aos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais

05 a 13/10 A cada sessão(em uma sala)

Via Sul Shopping e North Shopping (CE)Shopping Teresina (PI) Vídeo em Homenagem aos Profissionais

08/10 06:00 às 10:00 Praça do Ferreira Atendimento a População

11/10 15:00 Assembleia Legislativa do Ceará Solenidade em Homenagem ao Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional

13/10 12:00, 16:00e 19:00 TV Verdes Mares (CE) / TV Clube (PI) Vídeo de Divulgação da Fisioterapia e Terapia

Ocupacional

13/10 - Jornal Diário do Nordeste (CE) e Jornal O Dia (PI)

Anúncios em Homenagem aos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais

14/10 10:00 às 12:00 Av. Dioguinho Blitz da Saúde: Homenagem aos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais

16/10 10:00 Assembleia Legislativa do Piauí Solenidade em Homenagem ao Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional

17/10 9:00 Câmara Municipal de Teresina Solenidade em Homenagem ao Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional

18/10 10:00 Shopping Teresina Atendimento à População

a definir a definir Câmara Municipal de Fortaleza Solenidade em Homenagem ao Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional

20/10 a definir Câmara Municipal de Aracati Solenidade em Homenagem ao Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional

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ACTO

Crefito-6 | Saúde em Movimento

ACTO POR VANINA TEREzA BARBOSA LOPES DA SILVA

Conheça a

A Associação Cearense de Te-rapia Ocupacional (ACTO) é uma entidade representativa de classe que tem como objetivo o progresso cientifico da Terapia Ocupacional, por meio de apri-moramento e atualização de seus associados e não associados. Pro-põe tornar a Terapia Ocupacional sempre valorizada e reconhecida em seus diversos campos de atu-ação profissional. Diante de seu objetivo maior, que é a educação continuada dos terapeutas ocu-pacionais, a Diretoria do Biênio

Participantes do curso de Marketing em Terapia Ocupacional, ocorrido na sede do Crefito-6

2012/2013 vem mostrar os resul-tados deste primeiro semestre:

Curso de Método Mitchel de Relaxamento Fisiológico, realiza-do em 10 de Agosto, na sede do Conselho Regional de Fisiotera-pia e Terapia Ocupacional (CRE-FITO-6), ministrado pela Dra. Ju-nia Jorge Rjeille Cordeiro.

Em parceria com o CREFITO-6 foi organizado o II Simpósio de Terapia Ocupacional em Cardio-logia, evento inserido no XVIII Congresso Cearense de Cardiolo-gia, realizado dia 10 de agosto, na

Fábrica de Eventos do Hotel Praia Centro. Participação das Dras. Junia Jorge Rjeille Cordeiro (São Paulo); Dra. Mary Helena Vas-concelos (Unifor); Dra. Arismênia Lima Goes (Crefito-6) e Dra. Rita de Cássia Bezerra (Hospital de Messejana) e com apresentação de temas livres na categoria pôs-ter e comunicação oral (Fortaleza, Alagoas, Paraíba e Rio de Janeiro), demonstrando que o evento ul-trapassou as fronteiras do Ceará. - Evento com troca de conheci-mentos e experiências na cardio-

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logia e com demonstração de im-portância da Terapia Ocupacional na área de Cardiologia.

O curso de Marketing em Tera-pia Ocupacional aconteceu no dia 11 de Agosto de 2012 na sede do Crefito-6. Ministrado pela Dra. Ju-nia Jorge Rjeille Cordeiro, abordou como o terapeuta ocupacional se posiciona no mercado de trabalho.

Eventos que vem por aí...- Curso de Aprimoramento em

Terapia Ocupacional com ên-fase na assistência social.

- Neuroreabilitação Cognitiva - Dia 22/09

- Combinando abordagens em reabilitação neuropediátrica - Dia 24/10

Associe-se à ACTOContribua com o fortalecimento e valorização profissional e po-lítica da Terapia Ocupacional.

Além desta contribuição como associado você tem as seguintes vantagens:

Sorteios de participação gra-tuita para eventos realizados pela ACTO ou vinculados à mesma;

Descontos em cursos, pales-tras, seminários e congressos rea-lizados pela ACTO ou vinculados à mesma e à ABRATO;

Recebimento de informações sobre concursos, cursos, pales-tras, seminários e congressos, através de mailing;

Possibilidade de ministrar cursos, palestras e seminários re-alizados ou apoiados pela ACTO;

Possibilidade de ser indicado pela ACTO a palestrar em con-gressos e seminários ou a minis-trar cursos;

Possibilidade de indicação a estágios e empregos, quando as-sim for solicitado à ACTO.

Para se associar é fácil:Envie os seguintes dados para o email: [email protected] Nome Completo / Cópia da Carteira de Identidade Profissional (CREFITO) ou do Comprovante de Matrícula (se estudante de graduação em TO) / En-dereço Completo / E-mails e Redes Sociais (Facebook, Orkut, Linkedin) / Telefones / Local de Trabalho / Áreas de Atuação e Interesse / Titulações Acadêmicas / Cópia do Comprovante de Depósito na Conta da ACTO*:

Observações:Para mais informações, entre em contato com a ACTO.

Banco:Caixa Econômica FederalAgência: 1956Conta Corrente: 2219 – 0 Operação: 003CNPJ: 05.222.286/0001-73Valores: R$ 100,00 (profissional) eR$ 50,00 (estudante de graduação)

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carreira

Crefito-6 | Saúde em Movimento

Dra. Junia Jorge Rjeille CordeiroTerapeuta Ocupacional

Fale-nos sobre o marketing profissional. Como ele é aplicado na vida do profissional de saúde?Marketing se refere ao planejamen-to, à implementação do serviço. Que chegue na hora certa no lugar certo, estando o cliente bem informado. O Marketing se baseia em 4 P’s (Produ-to, Praça, Preço e Promoção). Já o Marketing de serviços se baseia em 7 P’s, além dos 4 anteriores estão: Pes-soas, Processo, Physical.

Como trilhar uma carreira de sucesso?

Muitos estudantes quando ainda estão na faculdade não sabem ao certo que caminhos trilhar. Na área da saúde, existe um vasto mundo a ser percorrido nos campos da gestão, educação, pesquisa, empreendedorismo. São tantas as opções que o profissional pode sentir-se perdido. Mas então o que fazer? Por onde seguir? A terapeuta ocupacional, Mestre em Ciências pela Universidade Federal e São Paulo e MBA em Gestão de Saúde (Insper), Dra. Junia Jorge Rjeille Cordeiro, em entrevista à Revista Saúde em Movimento dá algumas dicas sobre como investir no marketing pessoal e o que é preciso para se ter sucesso.

Produto – o serviço tem que es-tar baseado em algo científico bem formatado para atender às necessi-dades do cliente.

Praça – distribuição (aonde vão levar esse serviço), – hospitais, domi-cílios, centros públicos, política, etc.

Preço – cobrar preço adequado – seguir a tabela e depois fazer um preço adequado ao contexto (clíni-ca, gestão de custos);

Promoção – é a propaganda em si (desde o currículo, folder de apre-sentação, site, divulgação, do serviço que a pessoa presta; comunicação com a equipe multiprofissional, com os leigos, outros profissionais de saú-de; como contribuir em jornais, pu-blicações, matérias com temas que domine. Mas esse marketing deve estar embasado nos princípios do Coffito (código de ética).

Pessoas – saber qual o perfil do profissional que vai contratar, treinar, comportamento, o próprio desenvol-vimento pessoal e da sua equipe.

Processo - Como o serviço fun-ciona; definição do fluxo das roti-nas, procedimentos; organização do seu serviço; padronização da equi-pe e processo de qualidade.

Physical (ambiente físico) – consi-derar a experiência da pessoa no am-biente terapêutico, segurança, sentir-se num lugar acolhedor; segurança patrimonial e física; acessibilidade do local (escada, banheiro, elevador, cheiro, limpeza – cuidado com o lo-cal em si).

O que um profissional da área de saúde precisa ter ou fazer para trilhar uma carreira de sucesso?Precisa ter brilho no olho pela car-reira e pela área. Acreditar muito no que faz. Saber que ele faz diferença na vida do outro. Ter resiliência (ca-pacidade de se manter de pé mes-mo diante das dificuldades que vão surgir). Atualização constante; estar conectado com o mercado, com o colega, ter uma abertura de mente, ser criativo, reiventar a profissão.

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O que diria aos novos profissionais que estão querendo entrar no mercado de trabalho?Que estejam bem abertos às opor-tunidades para aproveitá-las da melhor forma possível de uma ma-neira criativa, usando todos os re-cursos que eles aprenderam na fa-culdade.. Às vezes quando entram no mercado eles tendem a achar que não estão prontos. Então é hora de respirar fundo, ter calma, ver o que aprenderam e usar isso nessas primeiras oportunidades. Isso lhes dará experiência para gal-gar outras maiores.

Existem outros nichos de atuação além dos tradicionais. Mas o que é necessário para se ingressar nestas áreas?Precisa de um pouco de conheci-mento de negócios e administração, consultoria técnica, consultoria para produtos, empreendedorismo, for-matar a oferta de serviço; consultoria

de negócios, vendas. MBA’s ajudam bastante na gestão de saúde, gestão pública, de políticos.

Como trilhar uma carreira de sucesso?Eu diria como Charles Chaplin: “Lute com determinação, abrace a vida com paixão, perca com classe e vença com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante.” Sejam pessoas que tenham profundidade e consistência em tudo que fazem, vivendo intensa-mente a busca pela competência pro-fissional e as relações com pacientes ou outro tipo de clientela, e equipe multiprofissional.

O fisioterapeuta Dr. Fábio Lan-dim Campos, atualmente na Se-cretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde em Brasília, também foi além dos campos de atuação tradicionais da profissão e foi ao encontro da gestão pública.

Nesta entrevista exclusiva, ele nos conta como foi esse cami-nho e dá dicas de como se dife-renciar no mercado de trabalho e na vida.

Dr. Fábio Landim CamposFisioterapeuta

O que o fez procurar outro nicho de atuação além do tradicional (atendimento)?A saúde pública não era uma área que imaginava atuar quando da con-

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DepoimentosCasos de Sucesso – Profissionais que se destacaram em suas profissões contam como chegaram até onde estão e não querem parar por aí.

Dra. Daniela Mont’alverne - CE (F)

Formada em Fisioterapia pela Uni-versidade Estadual de Londrina (PR), com Especialização em Fisioterapia Cardiorrespiratória pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo. Apaixonou-se pela pesqui-

Dr. Helder Montenegro - CE (F)

“Depois de me formar em fisiote-rapia fui para São Paulo, em 1985. Neste período poucos colegas ti-nham possibilidade e coragem de sair do Ceará para investir na profis-são. Tive a oportunidade de estudar e acompanhar o trabalho dos mais

renomados especialistas em ombro, joelho. Ao retornar para Fortaleza tive um grande apoio dos médicos ortopedistas, principalmente dos que tinham especialidades nestas áreas. Este foi o meu primeiro dife-rencial como fisioterapeuta. Fiquei conhecido na cidade como fisiote-rapeuta do Joelho”.

Dica: Estude, tenha foco no que quer e faça um planejamento. Mui-tas vezes a solução está no próprio negócio, não havendo a necessida-de de procurar em outras áreas.

Frase: Inovar é a palavra de ordem!

clusão do curso de graduação, no entanto, surgiu o convite para tra-balhar nesta área e decidi aproveitar ao máximo aquela oportunidade, decidindo por investir em cursos, treinamentos e demais aperfeiçoa-mentos nesta área.

O que diria aos estudantes ou novos profissionais a diferenciarem-se de alguma forma?Aconselho aos estudantes e novos profissionais que nunca desistam de seus sonhos e procurem sempre ser o melhor no que fizerem, foi assim que consegui chegar ao Ministério da Saúde!

Que dicas daria para quem já é profissional atuante e gostaria

de ampliar seus horizontes para outras áreas de atuação?Acho que é fundamental darmos foco e investirmos naquilo que real-mente queremos, não considero in-teressante sair “atirando para todos os lados”. Ao mesmo tempo, o pro-fissional precisa sentir-se realizado no que faz, logo, se há insatisfação é importante identificar outras possi-bilidades de atuação até “se encon-trar” profissionalmente, mesmo que isto signifique atuar em uma área não correlacionada à sua formação.

Existem outros nichos de atuação além dos tradicionais (clínica e atendimento). Mas o que é preciso para ingressar nestas outras áreas?Em qualquer que seja a área que se

queira ingressar, é preciso inicial-mente tomar a decisão por fazê-lo, com convicção, e, além disto, inves-tir em conhecimento.

Como trilhar uma carreira de sucesso?Uma carreira de sucesso é pautada por inúmeros desafios. Neste senti-do, é importante não temê-los e se preparar para superá-los, crendo em você mesmo e trabalhando com de-terminação, e, acima de tudo, com humildade, ninguém sabe tudo, mas tem-se que buscar o máximo de co-nhecimento. Os bons poderão ser lembrados, mas os melhores serão disputados! Outro aspecto impor-tante de âmbito pessoal é ter uma boa base familiar, e graças a Deus, isto nunca me faltou!

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sa, aprovada em processo seletivo, foi efetivada como Fisioterapeuta do InCor e contratada pelo Institu-to Dante Pazzanese de Cardiologia para ser Fisioterapeuta e Professora do Programa de Aprimoramento em Fisioterapia Cardiorrespiratória. Em 2003, já em Fortaleza, iniciou a vida docente na Unifor. Começou um programa de reabilitação pulmonar com crianças asmáticas e conse-guiu a primeira bolsa de iniciação científica pela Funcap. Em 2010 foi convidada a ser Chefe da Divisão de Pesquisa da Universidade e respon-sável pelo programa de Iniciação Científica.

“Sempre gostei muito de pesquisa, e tinha certa inquietação em ver uma profissão tão linda ser muitas vezes

questionada pela falta de compro-vação científica”.

Frase: “Nunca é tarde para buscar novos desafios”.

Dr. Jorge Brandão - CE (F)

Conheceu a Fisioterapia em 1994. Estava prestando vestibular para Me-dicina, em Campina Grande, quando recebeu o convite para conhecer a faculdade de Fisioterapia. Ficou en-

cantado e, desde então, decidiu que seria a profissão que gostaria de exer-cer. Fez cursos de Osteopatia, RPG, Método de Facilitação Neuromuscu-lar, Quiropraxia, especialização em Gerência Executiva de Marketing e MBA em Negócios, entre muitos ou-tros. Em 2012, comemora 18 anos de formado e 14 anos à frente de um projeto: sua clínica Fisio Vida, em Fortaleza. Também foi autor do projeto do curso de Fisioterapia da FANOR, além de ter participado de mais de 80 eventos como professor, palestrante e conferencista em 16 es-tados do Brasil.

“Sinto-me um aprendiz nesses 18 anos de formado. Saber que não só recuperamos ou evitamos perdas de funções humanas, mas transforma-

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mos vidas é inevitavelmente engran-decedor”.

Frase: A Fisioterapia me ensinou algo importantíssimo: GENEROSI-DADE, fiz desse valor meu trabalho, minha religião e minha vida”.

Dra. Mônica Lima - CE (F)

Fisioterapeuta formada pela Univer-sidade de Fortaleza (Unifor), desde 1990, com especialização em Ges-tão de Sistemas e Serviços de Saúde pela Universidade Federal do Ceará (UFC), durante dez anos dedicou-se somente à assistência e a partir do ano 2000 dividiu seu tempo tam-bém com a gestão. A primeira ex-periência nesta área foi gerenciando a Policlínica Municipal de Casca-vel, onde permaneceu por quatro anos. “Passei pela coordenação da Atenção Secundária por um ano no município de Maranguape e em 2005, fui convidada para trabalhar no município de Sobral e coordenar o Controle, Regulação, Avaliação e Auditoria de lá”. Hoje é Secretária de Saúde de Sobral.

“Há duas coisas que fazem um pro-fissional seguir em frente no seu cam-po de trabalho: a escolha da profis-são e a sua vocação. Se o profissional conseguir unir os dois será bem su-cedido em qualquer área que atue. Felizmente eu tive essa sorte”.

Frase: “Atualizar-se sempre!”.

Dra. Marilene Munguba - CE (TO)

Formou-se em Fisioterapia (1979) e Terapia Ocupacional (1981) pela Unifor. Como recém-formada, fun-dou uma instituição filantrópica sem fins lucrativos, voltada à reabilitação de crianças e adolescentes com ne-cessidades especiais, e recuperação nutricional de crianças desnutridas graves. Fez mestrado em Educação Especial pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), em convênio SE-LAE (Cuba)/UECE, que a motivou a cursar o doutorado em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Cur-sou várias especialidades: Psicomo-tricidade, Nutrição e Dietoterapia, Docência de Libras, e está cursando o Pós-doutorado em Terapia Ocu-pacional Social.

Frase: “Estudar a aprendizagem e o desenvolvimento infantil, e sua re-lação com aspectos nutricionais é parte importante da minha trajetória acadêmica”.

Dra. Danielle Arruda - CE (TO)

Aos 17 anos cuidava do avô que so-fria de Parkinson com evolução a

um quadro demencial. Era ela, junta-mente de um primo, que trocava os curativos, dava banho e o alimentava. Por conta desta experiência buscou a Terapia Ocupacional, graduou-se e foi contemplada com uma bolsa da Uni-for para trabalhar no NAMI. Sentindo que a evolução dos pacientes era len-ta, devido à falta de acompanhamen-to familiar, especializou-se em Família. Trabalhou com crianças autistas, fez atendimentos domiciliares em geron-tologia e montou seu consultório. Fez vários trabalhos voluntários com ido-sos; Especialização em Gerontologia, Mestrado em Saúde Pública e hoje é a sexta titulada pela Sociedade Brasilei-ra de Gerontologia e Geriatria. Lecio-nou na Universidade Estadual Vale do Acaraú e desenvolveu projetos com idosos na região. Hoje é presidente da Associação Brasileira de Alzhei-mer-Regional Ceará, conselheira nata do Departamento de Gerontologia da SBGG/Seção Ceará e realiza acompa-nhamento terapêutico, onde oferece aos idosos a oportunidade de quebrar preconceitos, reivindicando seu espa-ço de direito e vivenciando atividades de lazer; e acompanhamento familiar.

Frase: “Atenda com AMOR. Dinheiro e reconhecimento são apenas conse-quências de um trabalho bem feito”.

Dra. Eloá Freire - PI (TO)

Formou-se em São Paulo (1984), pela Universidade Metodista de Piracicaba, e logo foi trabalhar. Na época cursou Hansenologia e no

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mesmo ano foi para Teresina (PI), onde atuou na Secretaria de Saúde, e na APAE. Em 1986 voltou à São Paulo para acompanhar o tratamento do filho. Lá, fez atualizações, dentre elas: Estimula-ção Precoce e Psicopedagogia e passou na especialização em Saúde Pública da UFSCar como bolsista CAPES. Voltou à Teresina e iniciou atendimento em consultório e atuou no hospital Infantil Lucídio Portela. Em 2000 iniciou esti-mulação cognitiva em idosos, com pa-tologias neurológicas ligadas à memória. Fez Neuropsicologia pelo IBPEX. Voltou a São Paulo para atualizar-se no curso de Técnicas em Reabilitação Cognitiva. Hoje trabalha com patologias neurológi-cas degenerativas (Alzheimer, Parkinson, AVC, TCE).

Frase: “Conhecer e acreditar no que se

faz, já nos torna um profissional diferen-ciado”.

Dra. Samara Barros Soares - PI (TO)

Cursou Terapia Ocupacional pela UFPE, foi monitora de anatomia I, estagiária do Núcleo de Saúde Pública e bolsista da Agência de Cooperação Internacional do Japão, monitora e bolsista do proje-to de extensão em Traumato-ortopedia no Hospital das Clínicas, e do projeto

de extensão em Educação e Saúde com crianças de risco no lixão de Olinda e estagiária da Secretaria de Saúde de Pernambuco em saúde mental. Partici-pou de jornadas científicas, palestras, congressos, investiu em cursos e muito estudo. Recentemente assumiu a con-vocação da Fundação Municipal de Saúde de Teresina e está instalando o serviço de Terapia Ocupacional no Cen-tro de Convivência da Terceira Idade.

“Certa vez, uma professora disse que a Universidade é um grande fazer de malas para viagem. Que a vida profissional de-pende da bagagem que você leva. E acre-ditei piamente nisso. Assim fui construindo minha vida acadêmica”.

Frase: “Tenho prazer de fazer meu trabalho e ainda sou remunerada para isto”.

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congresso

Crefito-6 | Saúde em Movimento

A Federação Brasileira de Convention & Visitors Bu-reaux (FC&VB) e o Crefito-6 receberam no último mês de agosto a comitiva da Associação dos Fisio-terapeutas do Brasil (AFB) para uma visita técnica do XX Congresso Brasileiro de Fisioterapia, que será realizado em Fortaleza, de 16 a 19 de outubro de 2013, com expectativa de mais de 3000 partici-pantes. Na agenda, constou visita ao Centro de Eventos do Ceará e verificação in loco da moderna infraestrutura da cidade,além de reunião na sede do Crefito-6 para tratar de assuntos no âmbito científico e organizacional do evento. O Dr. Flávio Feitosa, Diretor Tesoureiro do Conselho, foi quem acompanhou a comitiva.

Crefito-6 e C&Bacompanham AFB em visita técnica a Fortaleza

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fiscalização

Crefito-6 | Saúde em Movimento

Com a finalidade de combater as irregularidades que atingem o mercado de trabalho e o exercí-cio profissional da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional, o De-partamento de Fiscalização do Crefito-6 (Defis) teve uma parti-cipação bastante ativa nesse pri-meiro semestre de 2012.

Após a aquisição das duas no-vas viaturas e a convocação dos dois agentes fiscais, o Departa-mento incrementou as visitas a partir de denúncias e ações pre-ventivas. Ao todo, foram fiscali-zados quase 600 estabelecimen-tos, 1417 fisioterapeutas e 220 terapeutas ocupacionais durante esse semestre.

Dentre as irregularidades encontradas a maioria envolve infrações éticas como a divulga-ção de serviços em site de com-pra coletiva, profissionais sem inscrição no Crefito ou exer-cendo a profissão com licença temporária de trabalho vencida e ausência de registro de clínica e consultório.

Pela necessidade de orientar e organizar o estágio não obriga-tório, o Crefito-6 promoveu um encontro entre os coordenado-res e grupo gestor dos cursos de Fisioterapia do Estado do Ceará, para debater o assunto, solicitar a colaboração das instituições de ensino e discutir as penalidades a serem aplicadas aos acadêmicos

por ocasião da prática do estágio irregular, assim como a abertu-ra do processo ético disciplinar para o profissional que facilitar o exercício ilegal da profissão atra-vés da utilização da mão-de-obra acadêmica. Ao final foi revisto termo de ciência que deverá ser

Defis Fecha Balanço do

PrimeiroSemestre de 2012

assinado pelo aluno declarando ser conhecedor da ilegalidade do estágio sem regulamentação, ficando a instituição de ensi-no isenta de envolvimento com as infrações cometidas pelo seu corpo discente. A título de infor-mação seguem alguns casos mais graves envolvendo alunos e a jus-tiça criminal: abertura de clínica e realização de atendimentos, falsificação de carimbo; falsifica-ção de documento da faculda-de; atendimento em Studios de Pilates; atendimento domiciliar, distribuição de cartão de visita, além dos casos de envolvimento com droga e furtos que denigrem a imagem da profissão.

Nesse segundo semestre, o Defis dará continuidade ao árduo trabalho de fiscalização e controle em prol da valorização da Fisio-terapia e da Terapia Ocupacional.

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