revista crefito-8 ed. 59 fisioterapia
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Revista Digital do CREFITO-8 especializada na área de FisioterapiaTRANSCRIPT
Revista Digital - Fisioterapia
CIF: questão de cidadania
Antes de abrir sua empresa faça um
BUSINESS PLAN
DEZ11/JAN/FEV12Edição Nº 59
Sociedade reconhece competência do
fisioterapeuta na realização de procedimentos
de risco em
Dermatofuncional
Fisioterapeutas: Especialistas atuam com acrobratas
do Cirque du Soleil
Fisioterapeutas: Profissionais do movimento atuam com acrobatas do Cirque du Soleil
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Sociedade reconhece competência do fisioterapeuta na realização de procedimentos de risco em Dermatofuncional
11
Antes de abrir sua empresa faça um BUSINESS PLAN 16
ÍND
ICE
ÍNDICE4 Destaque - CIF questão de cidadania
hegou ao fim 2012. Foi um ano de muito trabalho Ce ao longo dos 12 meses tivemos desafios nas nossas profissões, cumprimos grande parte das metas estabelecidas. O nosso papel quanto autarquia federal não se limitou ao de fiscalizar e autuar como fórum de ética.
Entre as conquistas deste ano, conseguimos a adequação de 8 municípios paranaenses e 3 entidades estaduais à Lei da Jornada de 30 horas, algumas por interpelação administrativa do CREFITO-8 e outras por via judicial. Bem como ainda temos 28 ações judiciais em trâmite e outras aguardando ajuizamento. Nossas ações referentes ao Plano de Gestão de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, entre elas em Dermatofuncional, resultaram na contratação de fisioterapeutas em diversas clínicas de Curitiba. As nomenclaturas Fisioterapia e Terapia Ocupacional foram oficialmente inseridas na Terminologia Unificada da Saúde Suplementar (TUSS), isto significa que todos os procedimentos fisioterapêuticos e terapêuticos ocupacionais do Referencial de Honorários passam a fazer parte da padronização da codificação e descrição dos procedimentos de saúde. Destacamos como importante o comportamento da população para com os especialistas em Fisioterapia e Terapia Ocupacional que reconhece em ambos sua competência científica, não só do saber, mas da prática profissional padronizada, segura e resolutiva - conferindo a estes especial istas atr ibutos de profissionalização, autonomia e valorização. Além disso, defendemos nossos profissionais com intervenções diretas contra tentativas de restrições às nossas prerrogativas legais. O CREFITO-8 juntamente com o COFFITO participou de Fóruns, manifestações públicas e do movimento nacional contra a aprovação do Ato Médico, atuando em todas as sessões no Senado Federal.
Sabemos que muitos desafios nos aguardam em 2013, com a sua participação conquistaremos juntos a valorização profissional e o respeito que os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais merecem. Isto é o que o CREFITO-8 faz por você: trabalhar para que a sociedade se conscientize da importância das nossas profissões para a saúde da população.
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Crefito-8Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 8ª Região
Serviço Público FederalÁrea de jurisdição: ParanáRua Jaime Balão, 580, bairro Hugo Lange. Curitiba. CEP: 80040-340Telefone: 0800 645 2009www.crefito8.org.brGestão [email protected]
Conselho Editorial:
PresidenteDr. Abdo Augusto Zeghbi
Vice-PresidenteDr. Ruy Moreira da Costa Filho
Diretor-Tesoureiro Dr. Milton Carlos Mariotti
Diretora-SecretáriaDra. Maria Luiza Vautier Teixeira
Conselheiros EfetivosDra. Marlene Izidro VieiraDra. Isabela Álvares dos SantosDra. Naudimar di Pietro SimõesDr. Cleverson FragosoDra. Deborah Toledo Martins
Conselheiros SuplentesDra. Sonia Maria Marques BertoliniDra. Marcia KozelinskiDra. Daniele BernardiDr. Laudelino RissoDra. Rúbia Marcia BenattiDr. Francisco Hamilton Sens JuniorDra. Fernanda Cândido F. MonteiroDr. Cristiano P. de Jesus FagundesDra. Vera Lucia Presendo Bet
Produção:Crefito-8Jornalista responsável: Marina D o m i n g u e s ( A s s e s s o r a d e C o m u n i c a ç ã o d o C r e f i t o - 8 , DRT6095/PR)[email protected]
Projeto Gráfico e diagramação:Paloma Castro (Assistente de Comunicação do Crefito-8)
EXPEDIENTEDr. Abdo Augusto Zeghbi
Gestão 2010-2014Presidente do CREFITO-8
A classificação foi desenvolvida pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) após ter
passado por vários testes extensivos realizados
no mundo todo e ter sido aprovada por uma
Assembleia Mundial de Saúde, em 2001. Para
discutir a PNSF e difundir a utilização da CIF nas
práticas profissionais, assim como prestar apoio
técnico para a implantação de projetos pilotos, o
CREFITO-8 instituiu um Grupo de Trabalho (GT
de Saúde Funcional) que hoje conta também
com a participação do Conselho Regional de
Fonoaudiologia. Nessa matéria entrevistamos o
fisioterapeuta Dr. Cleverson Fragoso, membro
do CREFITO-8 e integrante do GT de Saúde
Funcional para explicar melhor qual a finalidade
da CIF que abrange vários setores e disciplinas.
Vamos abordar quais os objetivos da
classificação e como aplicá-la.
4
DESTAQUEDESTAQUE
Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) é uma importante ferramenta da Política Nacional de Saúde Funcional (PNSF) e deve ser A
utilizada por todos os profissionais da área da saúde. O objetivo geral da classificação é unificar e padronizar uma linguagem que descreva a saúde e os estados a ela relacionados.
De acordo com Dr. Cleverson Fragoso, a
CIF é um sistema de classificação multiuso,
projetado para atender as diversas disciplinas e
setores como educação, saúde, transporte,
entre outros. Os fatores ambientais influenciam
na CIF, sendo inclusive uma ferramenta para o
gestor avaliar a acessibilidade e as barreiras
arquitetônicas que o município apresenta. Os
fatores ambientais constituem o ambiente físico,
social e de atitudes em que as pessoas estão
inseridas e levam suas vidas. “Uma rampa é um
acesso para um usuário de cadeira de rodas,
porém pode ser uma barreira para uma pessoa
cega, isto é, os fatores ambientais devem ser
qualificados conforme a situação em que a
pessoa está vivenciando”, explica Dr. Cleverson.
DESTAQUEDESTAQUE
Para que serve a CIF?
Proporcionar uma base científica para a
compreensão e o estudo da saúde e das
condições relacionadas à saúde, de seus
determinantes e efeitos;Estabelecer uma linguagem comum para
a descrição da saúde e dos estados
relacionados à saúde, para melhorar a
comunicação entre diferentes usuários; como
profissionais da saúde, pesquisadores,
elaboradores das políticas públicas e o público e,
inclusive, pessoas com incapacidades;Permitir comparação de dados entre
países, entre disciplinas relacionadas à saúde,
entre os serviços e em diferentes momentos ao
longo do tempo;Fornecer um esquema de codificação
para sistemas de informação de saúde.
A classificação pode ser útil em várias
aplicações diferentes. Dr. Cleverson explica que
por ser utilizada em vários setores, como uma
das Classificações Sociais das Nações Unidas é
considerada um instrumento adequado para
implantação dos mandatos e declarações
internacionais de direitos humanos como a
legislação nacional.
Objetivos da CIF
De acordo com Dr. Cleverson, a CIF é
c o n s i d e r a d a u m a c l a s s i f i c a ç ã o d e
funcionalidade humana, uma vez que identifica
tudo o que a constitui. Nas classificações
internacionais da OMS, as condições de saúde
(doenças, distúrbios, lesões, etc) são
classificados principalmente na CID, enquanto a
funcionalidade e a incapacidade associados aos
estados são classificados na CIF. “A CID e a CIF
são complementares e as informações
resultantes das duas classificações podem ser
combinadas traduzindo o estado da saúde da
população e revelando avaliações capazes de
identificar e até mesmo evitar a mortalidade e
morbidade.
CID e CIF
DESTAQUEDESTAQUE
Aplicações da CIFComo uma ferramenta estatística – na coleta de dados (e.g., em estudos populacionais e
pesquisas ou em sistemas de gerenciamentos de informações);Como uma ferramenta de pesquisa - para medir resultados, qualidade de vida ou fatores
ambientais;Como uma ferramenta clínica – na avaliação de necessidades, na compatibilidade dos
tratamentos com condições específicas, avaliação vocacional, reabilitação e avaliação de
resultados;Como uma ferramenta de política social – no planejamento dos sistemas de previdência
social, sistemas de compensação e projeto e implementação de políticas públicas;Como uma ferramenta pedagógica – na elaboração de programas educativos, para
aumentar a conscientização e realizar ações sociais; entre outras.
O CREFITO-8 instituiu um Grupo de
Trabalho de Saúde Funcional (GT da Saúde
Funcional) que tem como objetivo principal
difundir o uso da CIF. Dentre algumas das ações
realizadas pelo GT de Saúde Funcional do
Crefito8 destacam-se:- Treinamento da equipe multidisciplinar
das Escolas de Educação Especial da Prefeitura
Municipal de Curitiba, para utilização da CIF;- Treinamento da equipe multidisciplinar
do setor de internamento do Centro Hospitalar
de Reabilitação Ana Carolina Moura Xavier, para
implantação de projeto piloto utilizando a CIF
como ferramenta para Classificação;- Treinamento da equipe multidisciplinar
do Serviço de Atendimento Domiciliar - SAD, do
Hospital Zilda Arns (Hospital do Idoso), para
utilização da CIF e implantação de Projeto Piloto;- Palestra sobre o uso da CIF em várias
faculdades;-Apoio para implantação de Grupo de
Trabalho de Saúde Funcional do Crefito07;-
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GT da Saúde Funcional
Os integrantes do GT da Saúde Funcional (da esq. para a dir):Dr. Renato Niquel (Terapeuta Ocupacional)Dr. Joari Stahlschmidt (Fisioterapeuta)Dr. Cleverson Fragoso (Fisioterapeuta)Dra. Ana Paula Fernandes (Terapeuta Ocupacional)Dra. Claudia Schenek (Fisioterapeura)
Apresentação em Seminár io da
Federação Nacional dos Trabalhadores da
Saúde - FENTAS de algumas das experiências
do GT de Saúde Funcional do Crefito8;-Atuação em parceria com o GT de Saúde
Funcional do Coffito, entre outras ações.
“”10
Fisioterapeutas: Profissionais do movimento atuam com acrobatas do Cirque du Soleil
Circo Du Solei, empresa canadense de circo com mais de 5 mil Ofuncionários em todo mundo, trouxe para Curitiba, em junho
deste ano, o espetáculo Varekai. São mais de 100 tipos de cargos
que compõem a empresa e, entre eles, está o de Fisioterapeuta
Desportivo.
O CREFITO-8, na oportunidade, teve acesso exclusivo aos
bastidores do Varekai para entrevistar a fisioterapeuta e supervisora
de recuperação dos atletas de alto rendimento, Dra. Tracy Guy. A
entrevista foi conseguida pelo intermédio do Dr. Lucio Ernlund,
Consultor Médico do Cirque du Soleil em Curitiba, e pela
fisioterapeuta e Conselheira do CREFITO-8, Dra. Rubia Benatti.
ESPECIALESPECIAL
O fisioterapeuta acompanha os artistas
nos treinos, realiza o diagnóstico e é o primeiro a
intervir em casos de lesão. Além disso, são
realizados trabalhos preventivos para evitar
lesões e dores durante os treinos e
apresentações.O atleta de alto rendimento do Cirque du
Soleil necessita adequar-se a uma série de
padrões de treinamento, de rotina, de dieta, entre
outros. O elevado nível de exercícios nas
apresentações exige um excessivo tempo de
treinamento, muita seriedade e disciplina na
busca de resultados satisfatórios, dedicação
quase integral e, muitas vezes, exclusiva ao
treinamento. De acordo com a fisioterapeuta do
circo, Dra. Tracy Guy, o fisioterapeuta tem um
papel fundamental na vida diária dos artistas, já
que realiza diversas intervenções, tanto de
forma preventiva quanto na recuperação dos
atletas lesionados. Exemplo disso é a
localização da Clínica de Fisioterapia do circo,
que fica integrada à área de treinamento. Sobre a rotina de trabalho, ela conta que
os fisioterapeutas trabalham durante seis
semanas seguidas e folgam apenas uma
semana, de forma diferente dos esportes
convencionais que ocorrem somente em
temporadas. São dois f is ioterapeutas
australianos que atendem os 56 acrobatas do
espetáculo Varekai e possuem treinamento
específico para emergência caso haja
necessidade. Um fisioterapeuta trabalha no
período da manhã e antes do show, e o outro
começa no final da tarde até o final do
espetáculo.
A rotina do fisioterapeuta no Cirque du Soleil
ESPECIALESPECIAL
O Fisioterapeuta tem um papel fundamental na vida diária dos artistas do Cirque du Soleil, já que realiza diversas intervenções, tanto de forma preventiva quanto na recuperação dos atletas lesionados.
“”
8
ESPECIALESPECIAL
A recuperação dos acrobatas geralmente
é mais rápida do que em atletas comuns, devido
ao sistema musculoesquelético estar mais
adaptado aos exercícios de frequência e
intensidades altas com elevadas cargas físicas.
O treino dos atletas é realizado em
contato direto com o palco do Cirque du Soleil. A
maioria das acrobacias tem que aterrissar no
solo, o que gera impacto articular, e causa lesões
principalmente em tornozelos e joelhos. O
excessivo movimento de flexionar e estender o
tronco durante o espetáculo sobrecarrega a
região lombar. A biomecânica da performance
artística influencia diretamente no tipo de lesão,
sendo as mais comuns, as de articulações dos
membros inferiores, ombros e coluna vertebral.
As lesões nos atletas de alto rendimento
O Circo Du Soleil não possui médico. O
atleta é atendido diretamente pelo fisioterapeuta,
que elabora o seu diagnóstico, prescrição e
tratamento necessário. Em cada cidade que
passa, o circo contrata um médico para atuar na
qualidade de consultor. O fisioterapeuta solicita
todos os exames complementares necessários e
é o primeiro a realizar o atendimento nos casos
de emergência. “A atuação fisioterapêutica deve
ser resolutiva para que os atletas lesionados
integrem rapidamente o elenco”, conta Dra
Tracy.A s p r i n c i p a i s a b o r d a g e n s
fisioterapêuticas utilizadas são: Acupuntura,
A atuação do fisioterapeuta no Cirque du Soleil
Mulligan (SNAGS
e N A G S ) ,
Mckenzie, Pilates,
eletrotermofototer
apia, biofeedback,
c r i o t e r a p i a ,
terapias manuais
e posturais, entre
outras.
Os recursos são selecionados após
consu l ta f i s i o te rapêu t i ca m inuc iosa ,
direcionados de acordo com a necessidade
individual de cada atleta com resolutividade nas
disfunções cinesiológicas funcionais. De acordo com a Dra. Tracy, a acupuntura
é um recurso amplamente utilizado no
tratamento, pois essa foi uma conquista da
Associação Australiana de Fisioterapia,
A atuação fisioterapêutica deve ser resolutiva para que os atletas lesionados integrem rapidamente o elenco.
“”
reconhecendo que o fisioterapeuta é profissional
apto e qualificado a aplicar a acupuntura, após
especialização. Segundo ela, a técnica
apresenta inúmeros benefícios e alta
resolutividade.
Os fisioterapeutas, Dra. Tracy Guy e Dr. Luis Angel Resa ao lado de integrante em recuperação do Cirque du Soleil.
9
ESPECIALESPECIAL
“Graduei-me na Curtin University, Bentley,
Austrália, em 1989 e comecei a trabalhar com
esporte. Para entrar no Cirque du Soleil,
encontrei um anúncio no site de fisioterapeutas
da Austrália, mandei o meu currículo e era
exatamente o perfil profissional que eles
estavam a procura. Duas semanas após, fui a
Montreal e logo depois estava viajando pelo
mundo trabalhando como profissional do circo.
Em nosso trabalho, é importante entender que
os acrobatas exploram o corpo em busca do
maior rendimento. Trabalhar como fisioterapeuta
com atletas de alto rendimento é uma
experiência fantástica, cheia de surpresas e
muito dinâmica, principalmente no Cirque du
Soleil, onde tenho a oportunidade de conhecer
diferentes países e culturas”. De acordo com a Dra. Tracy, para
trabalhar no Cirque du Soleil, o profissional deve
ter experiência em Fisioterapia Desportiva, além
de ter disponibilidade para viajar. Segundo ela,
essa é uma experiência fantástica, que oferece a
oportunidade conhecer diversos lugares e ter
contato com pessoas de várias culturas. “Ver um
artista lesionado que tratei retornar ao show, me
torna uma pessoa realizada profissionalmente”,
disse.
Dra. Tracy Guy (Performance Medicine Supervisor Varekai)
A carreira e a formação profissional de Fisioterapia Desportiva da Dra Tracy Guy A Dra. Alini Ploszaj, representante
do CREFITO-8, acompanhou a entrevista
e conta que ficou surpreendida com a
segurança e organização do local. Para
ela, estar dentro do Circo Du Solei e
presenciar o trabalho dos artistas é um
impulso ao mundo da imaginação,
revelando a dimensão do movimento do
corpo. “Para nós fisioterapeutas, assistir
a apresentação analisando a técnica e a
biomecânica da atividade dos artistas
revela o significado mais puro e belo do
nosso fazer fisioterapêutico. É nossa
prática clínica contribuindo para a arte do
movimento humano”, disse a Dra Aline.
Nos bastidores da entrevista
Dras. Tracy Guy (Fisioterapeuta do Cirque du Soleil) e
Alini Ploszaj (representante do CREFITO-8) e ao fundo
acrobatas em treinamento.
10
A partir de discussões em Audiências Públicas Regionais em todo estado do Paraná,
realizadas na Gestão de 2010-2014, com base no diagnóstico situacional da profissão (Identidade,
Autonomia, Inserção e Valorização), o CREFITO-8 estabeleceu os Eixos Norteadores e as Linhas
de Ação (Formação Acadêmica e Educação Permanente, Organização Político Profissional,
Práticas Profissionais e Mercado de Trabalho). Aplicando as Linhas de Ação e seguindo o Plano
de Gestão em Fisioterapia (PGF) em Dermatofuncional, o Conselho convocou a 1ª Audiência
Pública, em 2011, com profissionais da área, onde foram discutidos os Novos Recursos
Tecnológicos em Dermatofuncional. Nesse momento, identificou-se à falta de parâmetros para a
execução dos recursos utilizados em Fisioterapia Dermatofuncional (laser, luz intensa pulsada,
radiofrequência, carboxiterapia, peelings) e a venda em sites de compras coletivas.
Paralelamente, o COFFITO baixou a resolução Nº 391, de 18 de agosto de 2011, proibindo a
venda de pacotes de serviços de Fisioterapia e Terapia Ocupacional por meio de sites de compras
coletivas. A medida surgiu com a intenção de realizar um trabalho preventivo junto aos
ecentemente, recebemos o depoimento de profissionais que foram
contratados por clínicas do Paraná que passaram a reconhecer o Rfisioterapeuta como essencial na execução de procedimentos de riscos. Cada
vez mais, a sociedade está exigindo que estes procedimentos sejam realizados
por profissionais competentes com domínio das técnicas. Este reconhecimento
é fruto do trabalho do CREFITO-8 e entidades que lutam pela valorização e
identidade da nossa profissão.
Plano de Gestão para a Fisioterapia estabelece a linha de ação em Dermatofuncional
Sociedade
reconhece
competência do
fisioterapeuta na
realização de
procedimentos
de risco em
Dermatofuncional
PROFISSÃOPROFISSÃO
11
(NUCRISA). Nesses encontros, a coordenadora
Dra. Naudimar protocolou uma Nota Técnica
contendo uma revisão bibliográfica sobre:
LAISER, Luz Intensa Pulsada, Rádio
F r e q u ê n c i a , Te r a p i a C o m b i n a d a e
Carboxiterapia. Na ocasião, os responsáveis por
cada órgão, foram conscientizados quanto aos
riscos e cuidados técnicos necessários para a
execução de recursos e procedimentos
utilizados na área comercializada com o nome
de “estética”.
PROFISSÃOPROFISSÃO
Cientes do risco ao qual a população
estava exposta e da necessidade de uma ação
efetiva, nos dias 13 e 14 de agosto de 2012, uma
fiscalização conjunta denominada “Operação
Vênus” foi articulada pela NUCRISA, CREFITO-
8, CRM-PR e Vigilância Sanitária de Curitiba.
Durante a operação foram visitadas 6 clínicas de
estética em Curitiba. A fiscalização do CREFITO-
8 constatou irregularidades administrativas
como: fisioterapeutas com registro profissional
irregular; empresas sem cadastro e sem
anotação de responsabilidade técnica junto ao
Conselho, além da presença de estagiários de
Fisioterapia sem formalização perante o
Conselho.
Durante do is d ias, a operação
inspecionou seis estabelecimentos localizados
consumidores, uma vez que o paciente deve
passar por uma consulta com o profissional que
poderá indicar o tratamento adequado. Desde a
publicação da Resolução, o CREFITO-8
intensificou a fiscalização do cumprimento dessa
resolução. A punição para quem desrespeitar a
resolução vai de advertência até a suspensão do
exercício profissional. Baseado nisso, o
CREFITO-8 estabeleceu uma estratégia.
As ações iniciaram em agosto de 2011,
focadas na venda de procedimentos
Dermatofuncionais por meio da internet em sites
de venda coletiva. O primeiro passo foi o
encaminhamento de ofícios aos profissionais
explicando o porquê da proibição de vendas
coletivas sem exame individualizado do paciente
em demérito do bom nome da profissão.
Em segu ida , f o ram rea l i zadas
convocações aos profissionais que ainda
persistiam com o envolvimento em venda de
procedimentos por meio da internet. Em
conversa com esses profissionais observou-se
que os proprietários das clínicas contratavam, na
maioria das vezes, recém-formados que
assumiam a responsabilidade técnica dos locais,
sem o real entendimento do significado da
função. Além deste fato, nas convocações foi
identificado que muitos locais nem mesmo
apresentavam o responsável técnico e/ou
registro no Conselho. Na sequência, a
conselhereira do CREFITO-8 e coordenadora da
fiscalização, Dra. Naudimar Di Pietro Simões,
membro do GT de Dermatofuncional do
COFFITO participa da elaboração das Normas
Técnicas contribuindo para a Edição do Acórdão
Nº 236/12 do COFFITO que norteou parâmetros
práticos para a Fisioterapia Dermatofuncional.
Paralelo a estes eventos, houve uma
aproximação do Departamento de Fiscalização
do CREFITO-8 junto a Vigilância Sanitária de
Curitiba e a Delegacia de crimes Contra a Saúde
A Estratégia
A “Operação Vênus”
12
Dra. Naudimar Di Pietro Simões (à dir.) Em entrevista coletiva sobre a Operação Vênus.
PROFISSÃOPROFISSÃOnos bairros Batel, Água Verde e Bigorrilho –
todos os que foram objeto de denúncia à Nucrisa
- gerando cinco procedimentos criminais, além
de infrações éticas, administrativas e
sanitárias. Nesse último quesito, representantes
da Vig i lânc ia San i tá r ia encont ra ram
medicamentos, produtos sem identificação,
cosméticos e anestésicos vencidos, aparelhos
de laser sem registro na Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) e reaproveitamento
de material. Também detectou clínicas que não
puderam comprovar a manutenção de
equipamentos e plano de gerenciamento dos
resíduos gerados.
Fo i o caso dos equ ipos pa ra
carboxiterapia – cânulas por onde passa o gás
carbônico empregado na destruição de células
de gordura e que devem ser de uso individual. Ao
comparar a agenda de pacientes com o material
descartado após uso e o disponível em estoque,
os técnicos concluíram que ao invés de um
equipo para cada um dos 54 clientes
atendimentos, foram usados apenas seis – um
para cada grupo de nove pessoas.
Garantia na
Qualidade de Serviço em
Fisioterapia Dermatofuncional
A lém da qua l i f i cação de t odo
Departamento de Fiscalização com repercussão
na eficácia dos serviços prestados pelo
CREFITO, a qualificação mais importante é a do
profissional que presta serviço à população.
Dentro deste contexto, fica clara a necessidade
de competências e habil idades muito
específicas para se garantir a qualidade do
serviço prestado. Pensando nisso, em agosto de
2012, o CREFITO-8 promoveu o Programa de
P a r â m e t r o s F i s c a l i z a t ó r i o s e m
Dermatofuncional Carboxiterapia. O programa
teve como objetivo orientar os profissionais dos
parâmetros, procedimentos e controle da
Carboxiterapia, onde foram realizadas
audiências com demonstração prática aos
profissionais sobre os riscos inerentes aos
Procedimentos.
Todas essas etapas integraram a
Estratégia e as e das Linhas de Ação da
Dermatofuncional. O resultado da Ação está
sendo percebido hoje em clínicas e usuários que
buscam, a todo momento, esclarecimento com
os profissionais sobre os procedimentos
realizados. O especialista que domina essa área
e que segue os parâmetros assistenciais
estabelecidos tem recebido reconhecimento da
sociedade como profissional competente para
estes procedimentos de risco.
O especialista que domina essa área e
que segue os parâmetros assistenciais
estabelecidos tem recebido
reconhecimento da sociedade como
profissional competente para estes
procedimentos de risco.
”“
13
CREFITO-8, NUCRISA e Polícia Civil em ação na Operação Vênus.
Dra. Themis Brochado (em pé à dir.) e Dra. Naudimar Di Pietro Simões (sentada à esq.) durante
o Programa de Parâmetros Fiscalizatórios em Dermatofuncional Carboxiterapia.
Entendendo o PGF e sua Linha de
Ação para Fisioterapia Dermatofuncional
O CREFITO-8, por meio dessas estratégicas e Linhas de Ação, identificou um comportamento
diferenciado da população para com o Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional. A sociedade
passou a reconhecer no profissional fisioterapeuta a competência científica, não só do saber, mas da
prática profissional padronizada, segura e resolutiva. Conferindo ao fisioterapeuta atributos de
profissionalização, autonomia e valorização profissional.
PROFISSÃOPROFISSÃO
14
CREFITO-8: Por que a viabilidade e o sucesso
de um empreendimento como uma Clínica de
Fisioterapia ou de Terapia Ocupacional
depende de um "Business Plan" (plano de
negócios) para dar certo no mercado de
prestação de serviços de saúde?
A elaboração de BP – Business Plan serve
primeiramente, para avaliar as estratégias que
uma empresa prestadora de serviços em saúde
deseja adotar de forma mensurada e com
resultados financeiros e retorno sobre o capital
investido. Isto proporciona uma otimização na
utilização de recursos e evita desperdícios em
ações que não agregam valor. Segundo, que
passa ser um guia norteador das atividades
planejadas e com possibilidade de correções
evitando planos de ações que não proporcionam
o resultado desejado, tanto mercadológico como
operacional.
C R E F I TO - 8 : P o r q u e t r a b a l h a r o
P l a n e j a m e n t o E s t r a t é g i c o d e u m
empreendimento na área de prestação de
serviços de saúde como Fisioterapia e
Terapia Ocupacional é fundamental?
Atualmente, qualquer atividade empresarial, em
destaque a prestação de serviços de saúde,
apresenta um número crescente de novas
ORIENTAÇÃO EMPRESARIALORIENTAÇÃO EMPRESARIAL
que nos faz procurar uma clínica ou hospital para um check-up? Como
fazer com que uma clínica ou consultório de Fisioterapia ou Terapia OOcupacional faça o mesmo sucesso de outros setores do mercado?
Trabalhar técnicas de marketing e de comunicação para empresas de
Fisioterapia e Terapia Ocupacional pode ser a principal diferença para chegar ao
sucesso e isso requer, antes, um “Plano de Negócios”.
Antes de abrir
sua empresa
Antes de abrir
sua
empresa
BUSINESS PLAN
O professor e consultor Edélcio Jacomassi
e x p l i c a c o m o v i a b i l i z a r u m f u t u r o
empreendimento para trabalhar com prestação
de serviços de saúde:
faça umfaça um
16
empresas entrantes no mercado, mas que
muitas vezes não estão preparadas para
gerenciamento da atividade, apesar de contar
com excelentes profissionais qualificados na
atividade fim. Por mais que o profissional tenha
sua qualificação técnica, quando a empresa
inicia um processo de crescimento a demanda
de conhecimentos de gestão aumenta
gradativamente, ao ponto de se contratarem
profissionais especializados em gestão. No
entanto, existem poucos profissionais de gestão
que conhecem as estratégias em serviços de
saúde e utilizam a gestão de forma estratégica,
ética e com êxito. Tendo um planejamento
estratégico como norteador das decisões
fundamentais da organização, a gestão fica mais
fácil.
CREFITO-8: A partir do Planejamento
Estratégico, quais outras ações o Sr. sugere
para que o empreendedor tenha sucesso no
mercado de prestação de serviços de saúde
em Fisioterapia e Terapia Ocupacional?
Os serviços de saúde são demandados pelo
grau de confiança e resultados que apresenta.
No entanto, apesar de existirem muitas
empresas concorrendo neste mercado, ainda
existem muitos potenciais pacientes e clientes
que não conseguem diferenciar qual a melhor
em função de sua necessidade. Um plano
estruturado de comunicação e uma correta
formação de profissionais que estejam dispostos
a “vestirem a camisa” da organização e
ajudarem a formar uma imagem que proporcione
confiança ao paciente/cliente são fundamentais.
Neste sentido, o planejamento estratégico
proporciona o desdobramento de ações mais
importantes para a formação de uma cultura
única, com padrões de excelência no
atendimento e uma melhor adaptação de
serviços em função das necessidades de um
determinado segmento de mercado. “Fazer as
coisas certas para as pessoas certas” tanto em
atendimento como no tratamento de seu público.
ORIENTAÇÃO EMPRESARIALORIENTAÇÃO EMPRESARIAL
Como os empreendedores podem avaliar seu próprio negócio:
Existem várias metodologias de avaliação de qualidade de serviços e da própria viabilidade de negócio:
- BSC – Balanced Scorecard: é uma avaliação das estratégias adotadas pelas empresas;
- Diagnóstico estratégico: é de grande valia para mensurar as decisões tomadas e direcionar ações mais eficazes para garantir o sucesso de um negócio;
- Diagnóstico operacional: avalia a percepção do cliente em relação à qualidade e formatação de serviços em função de suas necessidades. Representa quase que uma obrigação para uma prestadora de serviços de saúde adotar, pois garante que a prospecção e o atendimento a clientes / pacientes se transforme em um negócio cada vez mais lucrativo, sem entrar em concorrência de preços, que somente d e p r e c i a m a l g u m a s e m p r e s a s e profissionais.
”“Tendo um planejamento
estratégico como norteador das decisões fundamentais da organização, a gestão fica mais fácil.
Edélcio Jacomassi
17
O grande segredo deste sucesso
é o acompanhamento de perto da
franqueadora no sentido de orientar as
ações da franqueada para que sejam
bem sucedidas.
ORIENTAÇÃO EMPRESARIALORIENTAÇÃO EMPRESARIAL
CREFITO-8: As franquias têm sido uma boa
opção de investimento para muitos
empreendedores. Para um empreendimento
de prestação de serviços de saúde de
Fisioterapia ou Terapia Ocupacional se tornar
uma franquia, o que é necessário?
A forma de trabalhar em franquia é uma das
alternativas mais rentáveis para quem já possui
um know how de mercado ou alto grau de
inovação. Para poder formatar uma franquia, a
organização deve ter experiência no negócio,
conseguir atingir um estágio de lucratividade
bom e possuir uma sistemática de trabalho bem
definida e estruturada, com padrões de
excelência em qualidade. Deve-se pensar que
quando se formata uma franquia, praticamente
se está montando uma nova unidade de negócio
que deve ser gerenciada por um terceiro que
talvez não tenha o know how de quem formata e
precisa também de uma marca reconhecida no
mercado. Novamente o plano de negócios é
fundamental para orientar o empreendedor de
franquias, ensinando o “o que” e “como” fazer.
CREFITO-8: Como as franquias nesta área
podem ter sucesso?
É indispensável que a franquia para que tenha
sucesso, o franqueador seja modelo de sucesso,
com a aplicação das metodologias já citadas, ou
seja, possuir um planejamento estratégico, com
plano de negócios, marca reconhecida, serviços
de excelência, resultados financeiros favoráveis
e um ótimo plano de comunicação. A partir do
momento que a empresa franqueadora possa
mostrar a sua empresa como sendo um modelo
de sucesso e saiba analisar a viabilidade de uma
nova unidade de serviços, poderá franquear a
diversos novos investidores que hoje buscam
oportunidades para investir, mas que não das.
possuem o know how necessário para
estruturarem um novo negócio (start up) do
ponto zero. O grande segredo deste sucesso é o
acompanhamento de perto da franqueadora no
sentido de orientar as ações da franqueada para
que sejam bem sucedidas.
C R E F I T O - 8 : E m q u a i s b a s e s
empreendedoras acredita-se que o
profissional deixe de ser empregado e passe
a ter sua própria Clínica ou Consultório de
sucesso?
Existe sempre um perfil de pessoas que
gostariam de ter seu próprio negócio. Aliás, um
número muito expressivo mesmo! Mas o que os
impede de abrir um negócio nesta área é muitas
vezes a falta de conhecimento de gestão e o
medo de entrar sozinho em um mercado
extremamente competitivo. Com a segurança de
uma franqueadora de experiência e com
técnicas de gestão bem claras, transparentes e
uma segurança para atuar com excelência na
área de saúde, com respaldo de uma área
jurídica-legal, administrativo-financeira;
comunicação de marketing e mercadológica, o
novo empreendedor sente a segurança de
aplicar seus recursos no negócio. O mercado de
franquias está em pleno crescimento no Brasil e
pode ser um investimento muito lucrativo no
médio prazo, sem imobilizar os recursos da
própria clínica que detém a experiência de
mercado.
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