revista crefito-6 abril 2012

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Nº19 | maio 2012 O que o Crefito-6 faz por você COFFITO elege nova diretoria A Terapia Ocupacional no Congresso Mundial de Ergonomia As profissões terão destaque durante a Copa de 2014 Acupuntura Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais podem fazer!

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Revista Crefito-6 abril 2012

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Nº19 | maio 2012

O que o Crefito-6 faz

por você

COFFITO elege nova diretoriaA Terapia Ocupacional no Congresso Mundial de ErgonomiaAs profissões terão destaque durante a Copa de 2014

Acupuntura Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionaispodem fazer!

SEU FUTURO DEPENDE DASESCOLHASQUE VOCÊ FAZNO PRESENTE.

4062-0642 (ligação local). São Paulo (11) 2714-5656. Rio de Janeiro (21) 2599-7136. Goiânia (62) 4052-0642. Bahia (71) 4062-8686. Todos os Estados 0300 10 10 10 1

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Anuncio_Fisioterapia_Pos_Presencial_e_EAD_Fortaleza.pdf 1 16/01/2012 15:02:29

Editorial

Caros Colegas,

A Revista do Crefito-6 chega a sua 19ª edição e traz informações importantes sobre o papel do Conselho na valorização da Fisioterapia e Terapia Ocupacional . A matéria “O que o Crefito-6 faz por você!”, por exemplo, fala tudo sobre o papel e o dever do Conselho e o que o profis-sional pode fazer para valorizar a profissão.

Destaque também para a eleição consensual da nova diretoria do COFFITO, que continua com o Dr. Roberto Cepeda à frente, mas com o diferencial de ter em sua composição membros de diversos regionais. Sem dúvida um marco. Fico orgulhoso de participar deste momento maduro de união histórica do Sistema.

Na eleição do Conselho Estadual de Saúde (CESAU) tomou posse como presidente o Dr. José Luís Carlos Schwinden . O Crefito-6 esteve representado na Comissão Eleitoral do CESAU, com o cargo de coorde-nador, pelo seu Diretor-tesoureiro e Conselheiro estadual , Dr. Flávio Feitosa.

O Congresso Brasileiro de Ergonomia também é um dos assuntos abordados. A Dra. Ana Lívia Cartaxo, Diretora Secretária deste Regional participou do evento, que divulgou a atuação dos Terapeutas Ocupacio-nais e Fisioterapeutas no âmbito da Ergonomia.

O Secretáro Especial da Copa, Ferruccio Feitosa, deu uma impor-tante contruibuição à revista, exaltando o papel da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional para a Copa do Mundo de 2014.

Também falaremos do apoio que o Crefito-6 dá ao esporte, com as matérias da fisioterapeuta Dra. Danielle Varela e da terapeuta ocupa-cional Dra.Érika Nobre; da utilização de células-tronco no tratamento de pacientes com lesão medular, pelo fisioterapeuta Dr. Álvaro Gurgel ; do Autismo com a Dra. Aline Melo; uma ótima entrevista com a Dra. Ana Cristhina Brasil , que esclarece a questão da atuação dos Fisiotera-peutas e Terapeutas Ocupacionais na área da Acupuntura e muito mais.

Leiam, vocês irão gostar.

Um forte abraço e que Deus nos ilumine sempre!

Dr. Ricardo Lotif AraújoPresidente do CREFITO-6

(Gestão 2010-2014 )Fale direto com o presidente

85 9994.8289

palavra

Sumário

do presidente

Rua Luiz Torres, 451 Bairro: Maraponga Tel. 85 3495.6512 [email protected] www.vpcomunicacao.com.br

Rua Barão de Aratanha, 1485 - Sala 6José Bonifácio | CEP: 60050-071Tel. 85 3091.1544 ou [email protected]

A Revista Saúde em Movimento - Crefito-6 é uma publicação trimestral

GESTÃO UM NOVO TEMPOResponsabilidade com Competência 2010/2014

PresidenteDr. Ricardo Lotif AraújoCrefito - 33481- F (CE)

Vice-Presidente Dra. Luzianne Feijó A. Paiva

Crefito 6662-TO (CE)Diretora Secretária

Dra. Ana Lívia Cartaxo B. M. RibeiroCrefito 6930-TO (CE)Diretor Tesoureiro

Dr. Flávio Feitosa Pessoa de CarvalhoCrefito 3840-F (CE)

Conselheiros Efetivos:Dra. Ana Cristhina de Oliveira Brasil

Crefito 8839-F (CE)Dr. Paulo Henrique Palácio Duarte Fernandes

Crefito 42997-F (CE)Dra. Mylza Carvalho Rosado de Oliveira

Crefito 187-F (CE)Dr. Olavo Pereira Ximenes Júnior

Crefito 10788-F (CE)Dra. Arismênia Maria Almeida Lima

Crefito 7542-TO (CE)

Conselheiros Suplentes;Dra. Maura Cristina Porto Feitosa

Crefito 74608-F (PI)Dra. Maria Ester Ibiapina Mendes de Carvalho

Crefito 1600-F (PI)Dra. Antoniana Teixeira de Siqueira Frota

Crefito 5050-TO (PI)Dr. Igor Fernandes Maia Gomes do Nascimento

Crefito 52337-F (CE)Dra. Ana Karine Castelo Branco de Paula

Crefito 21629-F (CE)Dra. Tatiany Coutinho Cajazeiras Bezerra

Crefito 10131-TO (CE)Dr. Alessandro Ádamo Gonçalves Oliveira

Crefito 67208-F (CE)Dr. Marcelo Memória Lopes

Crefito 8843-F (CE)

Sede Fortaleza - CEAv. Rogaciano Leite, 432 - Salinas

CEP: 60810-786 / Tel: (85) 3241.1456 [email protected]

Subsede Teresina - PIAv. Jóquei Clube, Ed. Empresarial Euro Business, 299

Sala 609, Bairro Jóquei CEP 64049-240 / Tel (86) 3216.6030

[email protected]

Subsede Sobral - CERua Eurípedes Ferreira Gomes, 556 - Bairro Pedrinhas

CEP 62040-750 - Tel: (88) 8811.0249 | (88) [email protected]

Coordenação dos Editoriais VP Comunicação Jornalistas Responsáveis Flávio Assunção Filho (2123

JP-CE) e Viviane Prado (2106 JP-CE) | Coordenação de Arte Primeiro Plano | Diretor de Arte Fernando Sales Gerente Comercial Cristina Loiola | Consultoria de Negócios Marisa Alves | Projeto Gráfico Dhara Sena

Diagramação Dhara Sena e Fernando Sales

4 COFFITO elege nova diretoria

8A Terapia Ocupacionalno Congresso Mundial de Ergonomia

12 As profissões terão destaque durante a Copa de 2014

20Acupuntura: Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais podem fazer

4

Nova gestão

Crefito-6 | Saúde em Movimento

Novo Colegiado Gestão 2012/2016

Coffito elege

O Conselho Federal de Fisiotera-pia e Terapia Ocupacional (CO-FFITO) realizou a eleição para o mandato da gestão 2012/2016 do órgão, na sede em Brasília, no dia 21 de março de 2012. Na ocasião, a chapa “Dignidade e valorização profissional” ven-ceu por unanimidade. O pleito eleitoral aconteceu de acordo com a Resolução do COFFITO nº. 349 de 2008.

Estiveram presentes os de-legados eleitores de todos os

Conselhos Regionais de Fisio-terapia e Terapia Ocupacional (CREFITOs) que integram o co-légio eleitoral, dentre eles o Dr. Flávio Feitosa, diretor-tesoureiro do Crefito-6, que explica que a nova gestão é mais representati-va por contar com conselheiros de vários regionais. “Isso fortale-ce muito a nossa classe e torna a administração mais democrá-tica, já que teremos integrantes de vários conselhos e Estados di-ferentes, todos discutindo, valo-

rizando e melhorando a Fisiote-rapia e a Terapia Ocupacional, além de lutarem por uma saúde de qualidade para a população brasileira”, afirma.

O Dr. Ricardo Lotif, presi-dente do Crefito-6 e membro suplente da nova composição, relata: “Me orgulho muito de participar deste momento ma-duro de união histórica no sis-tema COFFITO/Crefitos. Temos pela primeira vez uma coalizão de consenso em busca dos avan-

Dr. Ricardo Lotif, presidente do Crefito-6, Dr. Roberto Cepeda, presidente do COFFITO e Dr. Flávio Feitosa, diretor tesoureito do Crefito-6.

5Saúde em Movimento | Crefito-6

ços para a população brasileira através das nossas profissões de Fisioterapia e Terapia Ocupacio-nal. Agora é hora de trabalhar muito para termos o êxito espe-rado quanto ao nosso reconhe-cimento e na maior valorização das nossas profissões. Contem com os nossos esforços!”

A nova composição da gestão 2012/2016 do COFFITO

Conselheiros Efetivos Dr. Roberto Mattar Cepeda - Crefito 8

Dra. Luziana Carvalho Maranhão - Crefito 1 Dra. Elineth da Conceição da Silva Braga - Crefito 12Dr. Cássio Fernando Oliveira da Silva - Crefito 9Dra. Patrícia Luciane Santos de Lima - Crefito 8Dr. Wilen Heil e Silva - Crefito 2Dr. Marcelo Renato Massahud Júnior - Crefito 4Dra. Patrícia R. Branco - Crefito 8Dr. Leonardo José Costa de Lima - Crefito 3Membros Suplentes Dr. Ricardo Lotif Araújo - Crefito 6

Dr. Glademir Schwingel - Crefito 5Dr. José Wagner Cavalcante Muniz - Crefito 12Dr. Augusto Cesinando Carvalho - Crefito 3Dra. Fernanda Vieira Guimarães Torres - Crefito 10Dra. Ana Rita Costa de Souza Lobo Braga - Crefito 11Dr. Cleber Murilo Pinheiro Sady - Crefito 7Dra. Maria Luiza Vautier Teixeira - Crefito 8Dra. Maria Severa de Vasconcelos Alcantra - Crefito 12

Participe da Mobilização contra o Ato Médico

Você acadêmico ou profissional da Área da Saúde venha parti-cipar da Mobilização Nacional contra o Ato Médico, que será realizada em Brasília, no dia 30 de maio, às 9h, na Esplanada dos Ministérios - em frente ao Con-gresso Nacional, em Brasília.

Será um momento de união e luta pelos direitos dos profis-sionais de saúde e da população, merecedora de atendimento de qualidade e de acesso aos servi-ços integrais de saúde.

Procure o Crefito-6 para mais informações e como participar:www.crefito6.crefito6.org.br

6

Esporte

Crefito-6 | Saúde em Movimento

em eventos esportivosCrefito-6 apoia a divulgação das profissões

Agradecemos ao CREFITO-6 que apoiou essa etapa do Circuito Ceará Adventure de Bike

2012, no âmbito da divulgação da Fisioterapia no ciclismo como instrumento catalisador de

integração social, na saúde e no lazer. E estamos certos de que a concretização desta parceria é a

melhor forma possível para o verdadeiro sucessoDra. Danielle Varela

O Conselho Regional de Fisio-terapia e Terapia Ocupacional da Sexta Região Ceará e Piauí (Crefito-6) apoiou dois eventos esportivos, o Circuito Adventu-re de Bike 2012 e a 3ª Corrida Cearense contra o Fumo, com o objetivo de divulgar a Fisiote-rapia e a Terapia Ocupacional e estimular a prática esportiva dos profissionais de saúde.

O Circuito Ceará Adventure de Bike 2012, etapa Desafio das Águas, aconteceu no dia 4 de março, na cidade de Marangua-pe, e contou com a participação de fisioterapeutas atletas. A com-petição teve 300 participantes no total, divididos em 150 duplas.

Para a fisioterapeuta Dra. Da-nielle Varela, membro da equipe Ventania Pedal/Crefito-6 ao lado de Ana Joyce Rodrigues, Adair-ton Cavalcante e Walter Giro, “a grande importância de pedalar é fazer atividade física e, com isso, aproveitar para divulgar a profissão, que é essencial para o desempenho do atleta nas com-petições de ciclismo, além de condicionar melhor os pratican-tes em todo tipo de pedalada, in-clusive nos passeios. Fisioterapia hoje no esporte é fundamental. Ela atua não somente no trata-mento de lesões, mas na preven-

ção. A fisioterapia pode ser inse-rida no esporte de várias formas, desde o pronto atendimento no local da competição, através de mobilizações e alongamentos, até um tratamento específico nas lesões provocadas por trau-mas”, explica.

As próximas etapas serão o Desafio das Falésias, em Beberi-be, Desafio dos Sertões, em Pal-mácia, e Bike da Lua Cheia, no Eusébio. Para mais informações sobre as etapas do Circuito, entre no site www.bikeceara.com.br

7Saúde em Movimento | Crefito-6

tabagismoTerapeutas Ocupacionais contra o

A Corrida Cearense Contra o Fumo, realizada pela Socieda-de Cearense de Pneumologia e Tisiologia (SCPT), contou com a participação de profissionais

os 5 componentes que participaram dos 8 Km

atletas da Terapia Ocupacional e da saúde em geral. A compe-tição aconteceu na Praça do Fer-reira, para valorizar o Centro de Fortaleza.

A equipe da Terapia Ocupa-cional, que participou das pro-vas de oito e quatro quilôme-tros, foi composta pelas Dra(s) terapeutas ocupacionais Érika Nobre, Danielle Zaparolli, Kari-ne Rocha, além do psicólogo Dr. Emanuel Moura, da psiquiatra, Dra Verônica Carvalho, do en-genheiro civil, Marcos Pantoja, da pedagoga Michelle Cruz e do estudante Vicente Luiz.

A corrida tem como obje-tivos principais sensibilizar e mobilizar a população para os danos físicos; sócio-econômicos e ambientais do tabagismo, es-timular a prática esportiva, e o cuidado do meio ambiente.

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Ergonomia

Crefito-6 | Saúde em Movimento

Congresso Mundial de Ergonomia

Crefito-6 no

O 18º Congresso Mundial de Ergonomia ocorreu pela pri-meira vez na América Latina tendo como sede o Brasil, de 12 a 16 de fevereiro, no Centro de Convenções de Pernambu-co, em Recife. O Conselho Re-gional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Sexta Região Ceará e Piauí (REFITO-6) foi representado pela Terapeuta Ocupacional, Dra. Ana Lívia

Cartaxo, com o objetivo de di-vulgar a atuação dos Terapeutas Ocupacionais e Fisioterapeutas no âmbito da Ergonomia.

O congresso contou com a presença de mais de 1000 pes-soas, dentre estudantes, profes-sores, profissionais de saúde, ergonomistas e foi marcado pela participação do Norte-America-no Andrew S. Imada, Presiden-te da Associação Internacional

de Ergonomia (IEA). Alguns dos mais renomados ergonomistas do mundo estavam presentes, como: Najmedin Meshkati, Elias Apud, Frida Marina Fisher, Kapila Jayaratne, Dave Moore, Francis-co Rebelo, Waldemar Karwo-wski, Barbara Silverstein, Kenji Kurakata, Georg Krämer, Jan Dul, Kurt Landau, Kazutaka Kogi e William. S. Marras.

Foram 1.054 trabalhos ins-critos, que foram publicados no jornal eletrônico WORK, da Edi-tora IOS Press, uma referência na área de Ergonomia. As prin-cipais palestras ganharão desta-que em edição especial da revis-ta Human Factors. O programa científico do congresso contou com apresentação oral de 813 artigos, foram realizados 15 workshops, 60 simpósios, 190 pôsteres, 10 sessões especiais e

apresentados 25 casos de suces-so da aplicação da ergonomia em empresas internacionais.

Segundo a assessoria do evento, a perspectiva é de conso-lidar cada vez mais esta discipli-na científica, que ainda é muito nova. A troca de experiências e o conhecimento sobre diversas pesquisas, sem dúvida, represen-tam um grande incentivo, princi-palmente para os estudantes. O congresso possibilitou a abertura de um espaço de divulgação da ergonomia no Brasil, que terá im-plicações no seu crescimento e na captação de recursos para no-vos investimentos em pesquisas.

No evento, o CREFITO-6 fechou um workshop com o professor Hudson Couto a realizar-se na sede do Conselho, com data a definir.

Dra. Lívia Cartaxo - Diretora Secretária do Crefito-6 e Prof. José Orlando - Presidente da Abergo

O Congresso foi marcado ainda pelo falecimento da gran-de professora e ergonomista Dra. Anamaria de Moraes, o que aba-lou profundamente a todos que a conheciam e a respeitavam como pioneira da ergonomia no Brasil. Anamaria foi professora da Ponti-fícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ); fundadora e primeira presidente da Associa-ção Brasileira de Ergonomia, par-ticipou de vários Congressos da IEA e foi a primeira ergonomista fellow da IEA na América Latina.

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Cuidado

Crefito-6 | Saúde em Movimento

e o autismoA Terapia Ocupacional

Com base em experiências nos atendimentos a pessoas dentro do espectro autista, pode-se ob-servar a importância dos atendi-mentos realizados pela Terapia Ocupacional com intervenções específicas a cada indivíduo.

Para falar dos atendimen-tos terapêuticos, há a necessi-dade de abordar o autismo. O diagnóstico e subclassificações do autismo estiveram sob o ró-tulo de ‘esquizofrenia infantil’ por muitas décadas. Hoje, este transtorno não é tão raro de ser encontrado. O que ocorre é que atualmente tem-se um olhar di-ferenciado e um maior número de profissionais qualificados para a sua detecção precoce.

O autismo é um transtorno tipicamente masculino, sendo uma proporção de quatro meni-nos para uma menina no autismo clássico e na síndrome de Asper-ger, essa proporção aumenta para mais que o dobro, já que é de 10 meninos para uma menina.

Antigamente, falava-se da culpabilidade dos pais quando uma criança nascia autista. Hoje, sabe-se que são causas genéticas e ambientais que podem ser re-conhecidas no desenvolvimento da criança.

Muitas vezes crianças autistas têm um desenvolvimento físico

normal, com algum comprome-timento no âmbito da interação social, comunicação e padrões repetitivos de movimentação. Os sintomas do autismo podem va-riar drasticamente de criança para criança. Enquanto uma pode ser incapaz de se comunicar, outra pode conseguir recitar peças intei-ras de Shakespeare, por exemplo.

Em relação ao prognóstico, tem-se a certeza de que o autis-mo não tem cura, ou seja, é um comprometimento crônico. Mas com a intervenção precoce, há a possibilidade de uma maior qua-lidade de vida, já que o cérebro infantil tem uma maior plastici-dade, sendo mais acessível ao aprendizado.

Para um maior desenvolvi-mento do autista, há a necessi-dade de uma intervenção mui-tiprofissional, onde profissionais qualificados, como terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, pedagogos, psicólogos, fisiote-rapeutas, educadores físicos e

médicos, atuem de forma a pro-porcionar um maior número de experiências a este indivíduo.

Não existe um tratamento que seja padrão e que possa ser utilizado indeterminadamen-te, já que cada paciente exige acompanhamento individual, de acordo com suas necessidades e dificuldades. Alguns podem be-neficiar-se com o uso de medica-mentos, caso tenham algum tipo de co-morbidades associadas.

Na intervenção terapêutica ocupacional tem-se como obje-tivo essencial a busca de possi-bilidades que auxiliem pessoas autistas a participarem de forma mais consistente em seu meio. Em atendimentos, a Terapia Ocupa-cional propõe varias intervenções:

As Atividades de Vida Diária (AVD’s), direcionadas a indepen-dência, ou semi-dependência do indivíduo, para que este pos-sa realizar sua higienização, ali-mentação e vestuário de forma mais independente possível;

Dra. Aline de Melo, terapeuta ocupacional, especialista em psicomotricidade e apaixonada pela intervenção com autistas.

11Saúde em Movimento | Crefito-6

Amigas do Autismo

Atividades de Estimulação Sensorial, voltadas às desmodula-ções sensoriais (independente de qual seja, tátil, auditiva, olfativa, gustativa e/ou proprioceptiva), com estímulos externos varia-dos, com texturas diferenciadas e posicionamentos diferencia-dos, sendo envolvidas em quase todas as atividades propostas na intervenção: desde uma simples massagem com hidratante, pas-sando pela alimentação ofere-cida na hora do lanche e/ou al-moço, como nos momentos de descontração e brincadeiras no parquinho, com pula-pula, es-corregador, bolas, dentre outras atividades;

Com a união de conhecimentos e experiências de três terapeutas ocupacionais (Dra Aline de Melo, Dra Jamile Dórea e Dra Tatiana Marques) deu-se inicio ao projeto Amigas do Autismo, com expe-riências diferenciadas, passando informações ao público que tives-se interesse no assunto.

O primeiro curso foi minis-trado em setembro de 2011, com grande participação de profissionais e estudantes de Te-rapia Ocupacional e áreas afins, presentes no auditório do CRE-

Também são propostas ativi-dades que trabalhem a cognição, utilizado de atividades com ma-teriais didáticos, como papeis, cola, recortes, tesouras, tintas, lápis, etc.

Os autistas brincam em ter-mos mais concretos, eles têm dificuldades na simbolização (faz de conta). Por isso, é necessário que o terapeuta crie situações que possam estimular o envol-vimento destes em atividades imaginárias. “apesar de a imagi-nação ser um elemento básico da recreação típica infantil, ela desenvolve-se apenas depois de a criança dominar um entendi-mento complexo das proprieda-

FITO-6, porém, não parou aí. O curso está sendo proposto para escolas que estejam abertas a inclusão de crianças autistas em sua rede regular de ensino, já

des do seu corpo, dos objetos e pessoas”.

Dessa forma pode-se dizer que a terapia para essas crianças precise, talvez, ser iniciada de forma a ajudá-las a sentirem-se suficientemente seguras com o próprio corpo, a fim de experi-mentarem com funções irreais de seu corpo e de objetos.

Atendimentos individuais e grupais são realizados com o intuito de maximizar as trocas interpessoais e sociais, possibi-litando um maior acréscimo de estímulos externos, os quais irão influenciar no desenvolvimento emocional, social e cognitivo do indivíduo.

que esta é uma das formas que a Terapia Ocupacional também acompanha a criança no seu de-senvolvimento.

12 Crefito-6 | Saúde em Movimento

Entrevista

Copa de 2014

Saúde na

A saúde está presente no dia-a-dia de todos e também é tema de extrema relevância para o período da Copa do Mundo de 2014. Para falar sobre o assunto, a revista Saúde em Movimento entrevistou o Secretário Especial da Copa, Ferruccio Feitosa, que falou em especial da atuação da Fisioterapia e da Terapia Ocupa-cional no Mundial.

Como a área da saúde estará equipada para receber a Copa em 2014? Para a Copa de 2014 não é ne-cessária somente a infraestrutura dos hospitais públicos, mas tam-bém da iniciativa privada. Hoje nós temos bons hospitais priva-dos. Mas o Governo do Estado tem investido muito na área da saúde e podemos dizer que logo teremos o melhor sistema de saúde público do País por con-ta da construção de 48 unidades de prontoatendimento, que já estão em execução e algumas já inauguradas; 22 centros de es-pecialização odontológica; e 22 policlínicas. Além disso, haverá a construção de um hospital de urgência e emergência nas pro-ximidades da cidade de Fortale-za para atender tanto a deman-da da Capital quanto da Região Metropolitana. E também temos o serviço de SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgên-cia) em 50 municípios que com-

preendem a cidade de Fortaleza e a Região Metropolitana. Hove ainda a reforma e ampliação dos 9 hospitais públicos que estão concentrados na Capital. Então, os investimentos feitos são histó-ricos e, portanto, teremos um ex-celente serviço de saúde pública que será oferecido aos nossos vi-sitantes e, principalmente, para o povo cearense.

De que forma a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional estarão inseridas no processo da Copa? A fisioterapia tem uma relação direta com a questão esportiva. Mas, não tenha dúvida de que, além dessa relação, a fisioterapia e a terapia ocupacional têm um papel importante na construção de uma sociedade mais saudá-vel, pois são esses profissionais que cuidam da reabilitação de pessoas que passaram por algum trauma ou acidente. Em muitos casos, um bom atendimento por um profissional capacitado faz com que muitas pessoas evitem

até uma cirurgia e voltem a ter uma vida normal.

Suas considerações sobre a saúde na Copa.A saúde é uma área em que temos de trabalhar de forma preventiva e esse é o papel do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional. Isso ligado à questão esportiva, já que são eles que também orien-tam às pessoas na prática correta da atividade física. Desta forma, esses profissionais trabalham na construção de um mundo mais saudável. Acredito que os fisiote-rapeutas e os terapeutas ocupa-cionais desempenhem um papel semelhante ao dos pais. Quan-do crianças são nossos pais que nos estimulam a dar os primeiros passos, a corrigir nossa postura. Quando uma pessoa sofre uma lesão num acidente e perde os movimentos ou os tem compro-metidos, esses profissionais exer-cem papel semelhante. São eles que reensinam o paciente a dar os primeiros passos, a levantar, a fazer pequenos movimentos.

Dr. Ricardo Lotif, presidente do Crefito-6 com o Secretário de Saúde do Ceará, Dr. Arruda Bastos (esq) e o Secretário Especial da Copa, Ferruccio Feitosa.(dir).

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Valorização

Crefito-6 | Saúde em Movimento

faz por você

Saiba o que o Crefito

Muitos profissionais dirigem-se ao Conselho para queixarem-se de problemas que não são da competência do Regional, como: questões salariais, car-ga horária, valores pagos pelos planos de saúde, dentre outros. As funções do Conselho confun-dem-se, rotineiramente, com as do Sindicato ou de Associações das categorias profissionais. Mas então o que o Crefito faz? O que cabe ao órgão? O Departamento de Fiscalização do Crefito-6 (De-fis) irá esclarecer nesta matéria o que de fato é de responsabilida-de Conselho.

Papel do ConselhoO CREFITO é uma Autarquia Federal que tem como princi-pal missão garantir os direitos da população assistida pelos profis-sionais da Fisioterapia e da Te-rapia Ocupacional, através da normatização e fiscalização do exercício profissional, para que

a sociedade tenha atendimento humanizado e de qualidade e que funciona também como ór-gão de controle social. Ou seja, o papel do Conselho é:

• Fiscalizar o exercício profis-sional;

• Habilitar o profissional ao exercício da profissão, atra-vés da expedição da carteira de identificação;

• Cumprir e fazer cumprir as leis, resoluções, decretos e normas vinculadas às profissões;

• Ser um mediador regional de ética;

• Estimular o reconhecimento profissional, participando de eventos divulgando a Fisiote-rapia e a Terapia Ocupacional;

• Apoiar as entidades de classe; • Denunciar às autoridades

competentes casos que não sejam da sua alçada.

Muitos profissionais desco-nhecem as atribuições do Crefito.

Mas o Conselho investe em material informativo, em cam-panhas publicitárias durante todo o ano; participa das ações nas esferas públicas, municipais, estaduais do Ceará e do Piauí assim como federal; participa dos eventos com estandes divul-gando a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional; faz palestras nas instituições de ensino superior para os alunos, informando os

direitos e deveres dos profissio-nais e estudantes e o que devem fazer para que não se envolvam em problemas durante suas vidas profissionais e acadêmicas; fala da ética e da conduta em prol da valorização das categorias. E ao receber a carteirinha no Conse-lho, o próprio presidente os re-cebe e reforça tudo o que já foi dito para que o profissional trilhe uma carreira de sucesso e contri-bua para a valorização e fortale-cimento da profissão.

IrregularidadesInformamos através de Notícia Crime, Denúncia a Promotoria de Justiça, quando a fiscalização chega a uma determinada clíni-ca, em que há um fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional for-mado registrado, mas no local, quem está realizando os proce-dimentos é um leigo, uma pes-soa comum sem graduação para

tal, às vezes outro funcionário do estabelecimento, um auxiliar de enfermagem ou técnico, ou mesmo um estagiário ilegal sem supervisão. Tudo isso aconte-ce sob a conivência do próprio profissional graduado. Para se defenderem, muitos dizem que não sabiam que não podia; que a culpa não é dele, pois é obriga-do pelo proprietário do estabe-lecimento ou pela Prefeitura da região; O que ocorre é que sem-pre há um motivo . Enquanto

16 Crefito-6 | Saúde em Movimento

isso o paciente sofre, reclama do tratamento, ou mesmo desiste do mesmo e sai falando mal da profissão. E de quem é a culpa?

Segundo o coordenador do Departamento de Fiscalização do Crefito-6 (Defis), Dr. Paulo Henrique, o grande problema, principalmente da Fisioterapia hoje, é em relação à valorização profissional e ao estágio irregu-lar. “Em outras profissões, não há problema algum o estudante começar um estágio no 3º ou 4º semestre, pois estão construindo um processo que mais na frente vai ser importante. Então quanto mais cedo começarem melhor. No caso da Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Medicina e Odon-tologia, por exemplo, é diferente, pois lidam com a saúde. Você não vê um acadêmico de Medicina no 4º semestre fazendo estágio em consultório. Você não vê isso, porque não existe! Aí pergunto: e por que na Fisioterapia quando estão no 3º semestre, os alunos já querem estagiar? Por que tem local que recebe e nessas clínicas quem é o supervisor é o fisiote-rapeuta formado? Você vê assis-tente de medicina? Auxiliar de médico? E por que na Fisioterapia deveria ter?”, questiona.

Mas o que acontece hoje não é uma realidade da grande maio-ria, segundo o Dr. Paulo Henri-que. “Mas é um índice preocu-pante. É um problema comum a todas as outras profissões, mas especialmente na Fisioterapia, pois a Terapia Ocupacional é o modelo do ponto de vista do

17Saúde em Movimento | Crefito-6

Crefito, apesar da falta de conhe-cimento da profissão. Para isso o Conselho vem trabalhando em sua divulgação”, diz o Dr. Paulo Henrique.

O Conselho sempre tenta in-serir o profissional de ambas as

profissões nas ações, eventos. “O foco é na saúde pública. Inclusi-ve, essa vertente está incentivan-do a mudança de currículo nas próprias instituições de ensino superior. Por exemplo, algumas universidades estão mudando todo o currículo, deixando-o mais integrado, pois o foco é na saúde coletiva. Mas como cuidar da saúde da população com essa mentalidade? Sem valorizar a própria profissão! Isso é um dile-ma.” - Defis

Fisioterapia só se faz por fi-sioterapeutas e Terapia Ocupa-cional por terapeutas ocupa-cionais graduados e inscritos no Conselho!

PuniçãoO acadêmico aprende na uni-versidade/faculdade o que deve e o que não deve fazer e o que é passível de punição. Mas alguns, quando profissionais, insistem em burlar a ética. Tudo isso faz parte da educação da pessoa, da formação, e de como ela se vê inserida na sociedade. Como o

profissional que age dessa forma quer reivindicar melhores condi-ções se ele próprio não valoriza sua profissão e prejudica os de-mais que atuam com ética, digni-dade, profissionalismo, estudo e dedicação e que vêem os pacien-

tes como seres humanos e não como forma de ganhar dinhei-ro fácil, atendendo de qualquer forma, entregando nas mãos de pessoas inabilitadas, repassando seus conhecimentos profissionais como receita de bolo? E a culpa é do Crefito?

Denuncie!Se você é paciente, gestor, profis-sional fisioterapeuta ou terapeu-ta ocupacional e observar irregu-

O profissional muitas vezes percebe irregularidades e tem

receio de denunciar

laridades no local onde trabalha ou faz tratamento, denuncie! Veja se a clínica tem registro jun-to ao Conselho e o deixa visível aos pacientes; se não há estagi-ários ilegais ou profissionais sem inscrição no Conselho; se você está sendo tratado por pessoas que não estejam aptas a realizar os procedimentos.

O profissional muitas vezes percebe irregularidades e tem receio de denunciar. Além de ser um dever ético, colaborando com o Conselho, os fiscais terão melhor desempenho para atuar junto à sociedade e apurar os fatos. As denúncias têm caráter sigiloso. Podem ser enviadas por fax, correios, e-mail e telefone e serão conduzidas à Fiscalização para as providências cabíveis. Denuncie!

No site do Crefito-6 (www.crefito6.org.br) é possível ver as perguntas frequentes. Tire suas dúvidas!

18 Crefito-6 | Saúde em Movimento

Fisioterapiano Pós Implante de Células Tronco em Pacientes com Lesão Medular

As Células-Tronco, hoje em dia, são uma esperança para pacien-tes com lesões medulares que têm como objetivo recuperar movi-mentos e chegar até a deambular (caminhar) novamente. Pesquisas recentes têm confirmado que o Sistema Nervoso Central (SNC) pode reorganizar-se após a lesão da medula espinhal. Entretanto, sem estímulos externos adequa-dos para o sistema nervoso huma-no, esse sistema irá deteriorar-se após a lesão. Essas técnicas de re-abilitação têm como objetivo ten-tar reativar ao máximo o sistema nervoso e desenvolvê-lo em um sistema mais funcional. Porém

no momento, as pesquisas e apli-cações de células-tronco estejam sendo especuladas e não há nada ainda conclusivo.

Tratamento com Células troncoO tratamento se inicia após o pa-ciente com lesão medular, seja ela cervical, torácica ou lombar, receber implante de células tro-co (Autógenas ou Heterogêne-as) e deixar o hospital após re-ceber do médico um atestado liberando-o para iniciar um pro-grama de exercícios intensivos. É necessário que o mesmo seja

capaz de respirar por si próprio, não ter osteoporose grave, uma hipotensão postural severa e não ter distúrbios psicológicos ou emocionais. Iniciamos o tra-tamento fisioterapêutico com a crença de que um sistema ner-voso traumatizado por uma lesão da medular pode se reorganizar quando é introduzida a estimu-lação externa adequada. Nunca nenhum profissional irá garantir que o paciente volte a deambu-lar (caminhar). O que se propõe nesse tratamento é ajudar o siste-ma nervoso ferido em recuperar suas funções perdidas.

As Células-Tronco, também chamadas de células-mãe, por possuírem melhor capacidade de se dividir, dando origem a cé-lulas semelhantes às progenitoras e capacidade de se transformar: (diferenciação celular em tecidos como: ossos, nervos, músculos e sangue). São encontradas no cordão umbilical, medula óssea, sangue, fígado, placenta, líquido amniótico, tecido olfativo e ilí-aco. Sua utilização terapêutica acontece em doenças cardiovas-culares, distrofias e atrofias con-gênitas, Parkinson, paralisia ce-rebral, neurodegenerativas (ELA, EM), diabetes tipo-1, acidentes vasculares cerebrais, doenças

Avanço

o tipo de célula-tronco aplicada ao paciente e perguntar logo após o implante se o paciente obteve ganhos ou perdas de movimentos com a penetração das células no organismo, além de investigar a patologia de base (se foi causado por acidente, como ocorreu etc.), evolução dos movimentos desde o acidente até o inicio da fisioterapia no pós-implante das células-tron-co e fazer utilização de filmagens de no mínimo a cada 3 meses para comparação.

O tratamento deve ser inicia-do o mais precoce possível, ten-do como técnicas: alongamento

19Saúde em Movimento | Crefito-6

Fisioterapeuta Graduado pela Faculdade Integrada do Ceará (FIC), Especialista em Saúde da Família - UECE, Especializando em Fisioterapia Neurofuncional pela ESTACIOFIC, Fisioterapeuta Concursado do município de Iracema-CE, Coordenador do Centro de Reabilitação e especialidades do município de Iracema-CE, Fisioterapêuta no Atendimento Home

Care de pacientes neurológicos em Fortaleza-CE. Cursos de Formação em: Hidroterapia, LER/DORT,

Técnicas Posturais, Eletroterapia, Pilates na bola suíça, Avaliação e Tratamento nas DTMs, Tratamento Fisioterapêutico Avançado em Lesados Medulares baseado no Project Walk Americano.

(ao início e no fim do atendi-mento), protocolo de tratamento baseado no método cubano de reabilitação, Project Walk Ame-ricano, FNP (Kábat), Bobath, Pi-lates, Hidroterapia, Musculação (fase mais avançada). Deve-se utilizar uma grande quantidade de cargas no paciente para es-timular a ação das células e au-mentar as cargas gradativamen-te. O tempo de atendimento é em torno de 2/2,5 horas por dia. A utilização de acessórios no tra-tamento é imprescindível, tais como: tatame de EVA, theraban-ds do tipo liga de baladeira com puxadores, bolas de bobath, lu-vas de adaptação ou encaixe, cama elástica, plataforma vibra-tória, prancha ortostática, anda-dor do tipo dinâmico, bicicleta de spinning, halteres, caneleiras e tornozeleiras com pesos, bas-tão, cotoveleira e joelheira para a proteção do paciente.

Esse tratamento foi dividido em cinco fases, são elas: Fase I (reativação) e Fase II (Desen-volvimento / estabilização); Fase III (Resistência) – Con-tração Muscular (concêntrico/ excêntrico); Fase IV - Função e Coordenação e Fase V – O treinamento de marcha.

hematológicas, degeneração ma-cular (doenças oftalmológicas), traumatismo craniano (TC), trau-mas na medula espinhal (TRM). Utilizam as células como trata-mento: Portugal, Alemanha, Chi-na e Venezuela. O Brasil está em fase de pesquisa.

CuidadosAntes de iniciar o tratamento pro-priamente dito, deve-se fazer uma avaliação fisioterapêutica neuroló-gica completa e minuciosa, cole-tando a maior quantidade de da-dos sobre o paciente, saber sobre

Acupuntura

EntrevistaDra. Ana Cristina Brasil

namentos sobre o exercício da atividade em face das interpreta-ções equivocadas e tendeciosas publicadas pela imprensa, em que afirmavam, erroneamente, que somente médicos poderiam exercer a atividade. O assunto gera polêmica e, para esclarecer a situação, a Dra. Ana Cristhina de Oliveira Brasil, conselheira efetiva do CREFITO-6, coorde-

nadora Adjunta do Fórum das Entidades Nacionais de Tra-balhadores da Área da Saúde (FENTAS), ex-coordenadora e atual membro titular represen-tando a Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia (ABENFI-SIO) da Comissão Intersetorial de Práticas Integrativas e Com-plementares do SUS (CIPIC-SUS) do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

O que está ocorrendo com relação à acupuntura?O Conselho Federal de Medi-cina (CFM) e o Colégio Médico de Acupuntura (CMA) apelaram contra os Conselhos Federais de Enfermagem (COFEN), Psi-cologia (CFP), Fonoaudiologia (CFFa), Farmácia (CFF) e Fisio-terapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), junto ao TRF da 1ª

...direito de acesso do usuário do SUS que se

utiliza da PNPIC, por meio da acupuntura

O exercício da Acupuntura es-teve em foco no último mês de abril, após decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em que diz que profis-sionais de saúde não podem praticar atos que sua legislação profissional não lhe permita. Fi-sioterapeutas, Terapeutas ocupa-cionais e outros profissionais da saúde, foram alvo de questio-

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Região - primeira instância judi-cial -, acerca das resoluções dos respectivos conselhos, que nor-matizam a prática da acupuntura por seus respectivos profissio-nais, alegando que as resoluções em questão alargaram o campo de atuação ao possibilitar a uti-lização da acupuntura como método complementar de trata-mento, pois os profissionais não estariam habilitados a efetuar diagnósticos clínicos. Fica claro para o “bom entendedor”, na alegação do CFM e do CMA, a intenção quanto à imposição de ATO MÉDICO (apesar do Pro-jeto de Lei que regulamenta o exercício da Medicina ainda não ter sido aprovado no Congresso Nacional e nem sancionado pela presidente Dilma Rousseff).

Em 27 de março, por meio da publicação de um acórdão no DOU de 3 de abril, a 7ª Turma Suplementar do TRF da 1ª Re-gião a partir do voto do relator, o juiz federal, Carlos Eduardo Castro Martins, entenderam que, apesar de não existir no orde-namento jurídico, lei específica regulando a atividade de acu-puntor, não pode o profissional de saúde praticar atos que sua legislação profissional não lhe permita, sob pena de ferir-se o inciso XIII do artigo 5.º da Cons-tituição. Porém, alertamos que, em nenhuma parte da decisão que a acupuntura é de uso ex-clusivo do profissional médico, como a falácia noticiada na im-prensa brasileira, a partir das de-

clarações de representantes das entidades promotoras da ação, com o firme propósito, usando de inferência, incutir a idéia na opinião pública que somente o médico pode praticar acupun-tura e ainda, dando a entender que a decisão seria definitiva.

Atualmente quem exerce a atividade?A atividade tem sido exercida por quem tem formação na área e cujos serviços são fiscalizados pela Vigilância Sanitária. A acu-puntura atualmente é objeto de vários projetos de lei que trami-tam no Congresso Nacional, to-dos acompanhados devidamente pelo COFFITO e pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Contudo, no âmbito do SUS, a partir da Política Nacional de Práticas Integrativas e Comple-mentares (PNPIC) no SUS, (Por-taria GM/MS n.o 971 de 2006), contemplada na diretriz para Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura, todas as profissões regulamentadas por lei e cujo profissional possuir o titulo de especialista reconhecido pelo seu respectivo Conselho Federal.

Deste modo, praticam a acupuntura no SUS os seguintes profissionais: fisioterapeutas, te-rapeutas ocupacionais, psicólo-gos, enfermeiros, farmacêuticos, profissionais de educação física, biomédicos e médicos, apesar de que os médicos veterinários também possuem tal titulação,

muito embora executando as técnicas em animais.

Mas quem de fato pode exercê-la?Urge recordar antes de responder quem pode exercer a acupuntu-ra, que o próprio Ministério da Saúde foi alvo de ação juducial destas mesmas entidades, com a finalidade de somente permitir a acupuntura no SUS por meio da PNPIC, e já logrou êxito sobre as ações corporativas do CFM e do CMA, inclusive no STJ, instância superior ao TRF.

Como, neste caso, a decisão não é terminativa, para que pos-samos com segurança jurídica dizer quem pode de fato exer-cer a acupuntura, os Conselhos Federais (COFFITO, CFF, CFP e COFEN) já entraram com ações pedindo efeito suspensivo do acórdão e certamente reverterão esta decisão.

Portanto, os profissionais de saúde de nível superior que têm formação ou especialização latu senso ou especialidade profis-sional exercem a acupuntura em nosso País há mais de 26 anos, com segurança e efetividade, efi-cácia e eficiência, cuja prova foi o reconhecimento desta prática em uma política de Estado, ins-tituída no governo do Presidente Lula, que também é usuário da acupuntura.

O que precisamos pensar não só no direito profissional,

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que é muito importante, mas de modo muito mais relevante, é no direito de acesso do usuário do SUS que se utiliza da PNPIC, por meio da acupuntura.

Quais os objetivos do Sistema COFFITO/CREFITOs?Um deles é suspender o efeito do acórdão e reverter em segui-da à decisão, para garantir o di-reito ao exercício da acupuntura pelo fisioterapeuta e pelo tera-peuta ocupacional, mas espe-cialmente, para defender o direi-to constitucional, líquido e certo, da aplicação dos princípios do SUS, equidade, universalidade e integralidade, para que o usuário possa continuar tendo acesso à acupuntura no SUS, pois como já dissemos em entrevista à TV Assembléia do Estado do Ceará, quem mais sairia perdendo com uma decisão, cuja amplitude não foi cuidadosamente estudada, considerando o direito do povo, pois o foco da ação não permi-tia esta visão e, claro, foi omitida pelo CFM e CMA, promotores da ação, pois se fossemos re-almente impedidos de exercer esta prática, o número de mé-dicos acupunturistas é mínimo, quando comparado à demanda do SUS para estes procedimen-tos cerceando o direito do povo brasileiro, ou seja, haveria mais problemas de Acesso no Sistema, para além dos que se está ten-tando resolver.

Outro objetivo, inclusive já alcançado, foi mover o Conse-lho Nacional de Saúde, em favor dos usuários da acupuntura no SUS. Deste modo, o Fórum das Entidades Nacionais de Traba-lhadores da Área da Saúde (FEN-TAS), onde o COFFITO por meio de nossa representação pessoal como coordenadora Adjunta já há dois anos, juntamente com o Coordenador da Comissão Intersetorial de Praticas Integra-tivas (CIPIC-SUS) e Conselheiro Titular do CNS, Dr. Wilen Heil e Silva, a ABENFISIO, na repre-sentação da Conselheira Suplen-te do CNS, Dra Francisca Rêgo, da FENAFITO, na representa-ção do Conselheiro Suplente do CNS, Dr. Bruno Metre (atual presidente do CREFITO 11), as-

sim como também com a ajuda indispensável da Conselheira do CNS, Representante da Fede-ração Nacional dos Psicologos (FENAPSI), Dra Fernanda Ma-gano, apoiados incondicional-mente e por unanimidade por todos os usuários, trabalhadores da saúde, gestores e prestado-res de saúde, que aprovaram no pleno do CNS no dia 12 de abril, uma recomendação e uma nota pública de esclarecimento em favor do direito do usuário a uma acupuntura multiprofis-sional, postada no site do CNS. Destacamos e agradecemos esta conquista no CNS a todas as entida-des do FENTAS, que imediatamente aderiram e a toda ajuda dada como a exemplo da SOBRAFISA, na pes-soa do Dr. Jean Luis Souza.

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SUS

Saúde em Movimento | Crefito-6

Crefito-6 Divulga a Importância das Profissões

COSEMS

O XII Congresso as Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Ceará (COSEMS), com o ob-jetivo de discutir a melhoria do acesso da população à rede de saúde, como o aumento do seu financiamento, aconteceu no período de 11 a 14 de abril, no município do Crato-CE.

Neste ano, o evento abordou o tema “Municipalização com re-gionalização: um desafio para o acesso com qualidade no SUS” e recebeu mais de 600 participan-tes dos 184 municípios cearen-ses, dentre autoridades de saúde do Estado, prefeitos, Ministérios

da Saúde, Fiocruz e Organização Panamericana de Saúde (OPAS). O Crefito-6 esteve representa-do por sua Vice-presidente e terapeuta ocupacional, Dra. Lu-zianne Feijó, e pelo seu Diretor-tesoureiro e fisioterapeuta, Dr. Flávio Feitosa.

O Congresso contou com a realização de exposição de ex-periências exitosas no Sistema Único de Saúde (SUS), feira de estandes, oficinas, palestras, pro-gramação cultural, mesas redon-das e seminários. Alguns dos te-mas abordados foram: Gestão do SUS, Vigilância da Saúde, Inova-

ções Tecnológicas na Saúde, Par-ticipação e Controle Social no SUS e Educação Permanente.

A Dra. Luzianne Feijó afir-ma que já é a quarta edição que o Crefito-6 participa do evento, atendendo os congressistas tanto com fisioterapeutas, através de Avaliação Postural, Atendimento de Terapia Manual e Avaliação da Capacidade Respiratória, como com terapeutas ocupacionais, através de Teste de Estresse, Teste de Memória e Teste de Ansieda-de. “O espaço é uma ferramenta muito poderosa para podermos divulgar quais os benefícios para um gestor ou secretário de saúde ter em seu município fisiotera-peutas e terapeutas ocupacionais e onde estes profissionais podem estar inseridos dentro do Sistema Único de Saúde. Nosso estante foi bastante visitado, onde apro-veitamos também para tirar mui-tas dúvidas”, conta Dra Luzianne.

Dra. Luzianne Feijó (Vice-Presidente Crefito-6), Dr. Luis Carlos (Presidente CESAU), Dr. Flavio, Dr. Willames Freire (Presidente Cosems) e Dr. Francisco Pedro (Vice-Presidente Cosems)

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Controle Social

Crefito-6 | Saúde em Movimento

Diretora do CESAU

Eleita nova mesa

Em Reunião Extraordinária do Conselho Estadual de Saúde do Ceará (CESAU), dia 26 de março, foi eleita a nova Mesa Diretora para o biênio, 2012 – 2014. O processo eleitoral se deu de forma pacífica e com voto aberto, com apenas uma chapa composta; o Pleno decidiu com 27 votos a fa-vor, nenhum contra e cinco repre-sentações ausentes. A Nova Mesa foi eleita por unanimidade.

Compõem a nova Mesa do

CESAU, como Presidente, José Luís Carlos Schwinden represen-tante do segmentos dos profissio-nais de saúde, como vice-presi-dente, Raimundo Farias Martins Amorim, representante de usuá-rios pela OAB; Secretário geral, Haroldo Jorge de Carvalho Pon-tes, representante de Governo e como Secretária Adjunta Nina Girão de Lima, representando o segmento de usuário pela Pasto-ral da Criança.

A nova Mesa assumiu pelo período de dois anos, respeitan-do o tempo de mandato de cada conselheiro da sua composição. O CESAU foi conduzido pelo ex – presidente, Joaquim José Gomes Nunes Neto por dois mandatos, um como Secretário Adjunto e no segundo como o primeiro usuário eleito Presidente. Com uma per-sonalidade forte e muita determi-nação, deixou seu legado. Para ele, a expectativa para esta nova

gestão é impulsionar ainda mais o controle social no Ceará. “Espera-mos que todas as ações possam ser implementadas e fortalecidas para uma política mais intensiva no Controle Social”. Afirmou.

Entre as metas da Mesa em-possada estão o fortalecimento do debate na discussão das polí-ticas públicas para o Controle So-cial e fomentar a participação in-tegral dos conselheiros nas ações do CESAU. “Reconhecemos que o Pleno é o grande mandante do

CESAU e esta Mesa é apenas a representação para conduzirmos os processos. O propósito é con-tinuar trabalhando pela busca da melhoria da saúde da população do Estado do Ceará”. Avaliou o atual Presidente, Luís Carlos Schwinden.

O CESAU renovou este ano toda a sua gestão. No início de 2012 tomou posse a nova Se-cretária Executiva do CESAU, Maria Goretti Sousa Pinheiro, que após 3 meses de gestão,

afirmou que os planos para esta nova Mesa são trabalhar no sen-tido de aproximar mais o CESAU dos 184 municípios do Ceará. “Esperamos que os conselheiros continuem realizando as metas conquistadas e que possamos trabalhar de acordo com o novo acordo do Tribunal de Contas da União – TCU, devendo os gesto-res responsáveis pela Saúde Pú-blica também respeitarem esse acordo”. Destacou.

A solenidade de posse e homenagem aos ex-conselheiros ocorreu dia 2 de abril, no Hotel Mareiro, Av. Beira Mar, 2380 – Fortaleza/CE. O evento contou com convidados do Ministério Público, Ex – conselheiros, Autoridades locais e Conselheiros de Saúde, entre outros.

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Novos Rumos

Crefito-6 | Saúde em Movimento

Abrato-PIFundação da

A Associação Brasileira dos Tera-peutas ocupacionais - Abrato-PI será fundada oficialmente em solenidade no 1º Encontro In-terdisciplinar da Abrato-PI: Dis-cutindo o processo de humani-zação em saúde, dia 28 de maio de 2012, no local auditório do Hotel Aqua Limpa, em Teresina, com o apoio do Crefito-6.

“A fundação da ABRATO-PI será um grande avanço para nos-sa categoria, considerando que o nosso objetivo principal será di-vulgar a profissão no estado do Piauí, mostrando para sociedade a importância do profissional Te-rapeuta Ocupacional, permitin-do acesso da população a este

profissional. Além de fomentar as instâncias políticas no estado, para que possamos inserir mais Terapeutas Ocupacionais, seja na saúde, educação e assistência social” – Presidente da Abrato-PI, Nívea Rocha.

A diretoria provisória da Abrato-PI é composta pelos te-rapeutas ocupacionais do Piauí:

Diretoria Provisória da Abrato-PI

PresidenteDra. Nívea RochaVice-PresidenteDra. Kátia Savioli

Primeira SecretáriaDra. Danielle LisboaSegundo SecretárioDr. Bento JúniorPrimeira TesoureiraDra. Greice Kelly da SilvaSegundo TesoureiroDr. Wilderson TeixeiraDiretoria de Pesquisa e ExtensãoDra. Leila MendesDiretoria de Relações PúblicasDra. Klycia MachadoConselheirosDra. Samara BastosDr. Eloá FreireDra. Teresa RachelDra. Ana Brígida

O Crefito-6 realizou a Soleni-dade de Entrega da Licença Temporária dos fisioterapeutas recém-formados do Piauí, no dia 28 de abril, no Hotel Luxor, em Teresina. Na ocasião, o presiden-te do Conselho Regional de Fi-sioterapia e Terapia Ocupacional

da Sexta Região - Ceará e Piauí (CREFITO-6), Dr. Ricardo Lotif, ministrou palestra-aula com o in-tuito de conhecer e orientar os novos profissionais sobre como devem proceder no mercado, bem como apresentar o Crefi-to-6 e destacar outros assuntos

Entrega de Documentos aos

Novos Profissionais do Piauí

de relevância referentes à profis-são. Também estiveram presen-tes Maria das Dores de Lima Be-zerra, funcionária da secretaria do Crefito-6 e Anderson Freitas e Silva, novo funcionário da Sub-sede no Piauí.