revista runzine edição nº 1

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Runzine MASSAGEM PARA CORREDORES CORRIDA E GRAVIDEZ Aprendi e quero compartilhar Quando pesava 175kg, Cláudio Garbi desistiu da operação de redução de estômago e optou pelo esporte. ENTREVISTA COM FERNANDA MACIEL WANDERLEI DE OLIVEIRA Ensina um dos segredos da sua vitalidade.

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Revista Digital sobre corrida e tudo relacionado a ela.

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Page 1: Revista Runzine edição nº 1

RunzineMASSAGEM PARA CORREDORES

CORRIDA EGRAVIDEZ

Aprendi e quero compartilharQuando pesava 175kg, Cláudio Garbi desistiu da operação de redução de estômago e optou pelo esporte.

ENTREVISTA COM FERNANDA MACIEL

WANDERLEI DE OLIVEIRA Ensina um dos segredos

da sua vitalidade.

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Só de pensar em uma boa massagem, qualquer um de nós já começa a desejar uma, não? Mais do que relaxar,

elas também podem aliviar tensões, acelerar a recuperação e melhorar o desempenho de quem corre, sabia? Relaxam a musculatura, elevam a quantidade de oxigênio levado aos músculos, aumentam a circulação sanguínea e auxiliam o corpo a livrar-se mais rápido de algumas toxinas.Ao contrário de outros tratamentos, a massagem tem poucas contra-indicações, a menos que o atleta esteja com alguma lesão mais grave. Como sempre, o correto é consultar um médico antes de iniciar qualquer

tratamento.É comum que corredores sobrecarreguem a estrutura do corpo, mesmo sem querer. A massagem ajuda a aliviar contraturas musculares e a diminuir processos inflamatórios. Além disso, ela também previne lesões que podem surgir com o esforço dos treinos. Sabe aquela dorzinha chata que às vezes chega só no dia seguinte? Uma boa massagem pode evitar este problema.Na hora de escolher o seu massagista peça a ajuda do seu treinador. Ele conhece você e o seu corpo, sabe das suas necessidades e dificuldades, assim como quais os seus pontos mais fortes e provavelmente conhecerá um bom profissional para indicar.As diferentes massagensA aplicação de pedras quentes, vulcânicas ou cristais são usadas em diferentes tamanhos e tipos para massagear todo o corpo. As pedras são frias ou aquecidas e estimulam o corpo profundamente sem exigir muita pressão. A variação de temperatura traz um efeito relaxante e sedativo, além de estimular a

circulação. Pode ser feita antes ou depois do treino.Vinda da tradição chinesa, o shiatsu consiste em pressionar os dedos nos meridianos, os chamados “pontos de energia” do corpo, os mesmos utilizados na acupuntura. Traz equilíbrio físico e mental, além de fortalecer o sistema imunológico. Recomendado antes da corrida, pois quando realizado com muita intensidade pode aumentar os processos inflamatórios causados pelo treino.A reflexologia introduz massagens em determinados pontos dos pés e das mãos, por exemplo, que correspondem a diferentes órgãos e glândulas. Assim, recupera-se a energia e trata-se uma área sem precisar tocá-la diretamente. Quando a massagem é feita nos pés traz bastante relaxamento, sensação de bem estar e também evita esporões e tendinites.A massagem ayurvédica vem de tradições indianas e suas principais variações são a “Abyanga” e “Padaghati”. Uma curiosidade: ela pode ser aplicada não somente com as mãos, mas também com os punhos, pés, cotovelos e joelhos. Consiste em alongamentos, toques e torções realizados com óleos medicinais preparados especialmente para cada indivíduo. Tem o poder de relaxar e aliviar tensões.Na massagem sueca ou esportiva há manobras e deslizamentos profundos. Ela é uma espécie de base para qualquer outra massagem. Pode ser feita antes ou depois da corrida, relaxa todo o corpo e ativa a circulação.Para quem pensa que tudo isso pode gerar muitos gastos, também vale a dica: você pode automassagear-se, tanto quando quiser relaxar como quando sentir alguma dor leve. Procure um lugar tranquilo da sua casa, onde ficará confortável e sem perturbações. Para ajudar, utilize óleos de massagem. Existem vários no mercado, com diferentes ações e aromas.E não esqueça que lesões aparentemente mais sérias devem ser tratadas por um médico, não limite-se às massagens.

Fonte: mexa-se

MASSAGEM PARA CORREDORES

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INGREDIENTES E MODO DE FAZER

suco de 1 laranja e 1 limão1 cenoura pequena1 beterraba pequena1 tomate pequeno4 fatias de gengibre18 folhas de hortelã10 gotas de própolis (em casos de gripe colocar 30 gotas)1 colher (chá) de pó de guaraná2 colheres (chá) de pólen2 colheres (chá) de levedura de cerveja1 colher (sopa) de mel silvestre

· Triturar tudo no liqüidificador e tomar diariamente in-natura (sem coar) pela manhã antes do desjejum (o efeito benéfico é de imediato, porém você colherá os frutos (pele saudável e intestino regular) com o uso freqüente por vários anos seguidos.· Antes do suco antioxidante, tomar todas as manhãs 200 ml de água natural (em jejum) com uma colher de chá de pó de guaraná.

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MANOEL MENDES

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Dez das no Caminho rendem muitas histórias. Ataques de cachorro, alergias, dores… Ser uma da primeiras mulheres que o fazem correndo também tem suas consequências, como quase não conseguir obter a "Compostelana" pois desconfiaram que não poderia ter feito de forma tão rápida se o fez a pé. Mas na memória de Fernanda o que ficará gravado são as sensações inesquecíveis em realizar um projeto pessoal tão duro e exigente. Mesmo que tenham‐na chamado de louca no Caminho, inclusive dando autógrafos, mas isso é o de menos, já que as lições aprendidas não tem preço. Ela mesma nos conta tudo nessa entrevista.

Como foram estes dez dias correndo no Caminho de San�ago?

Foi uma experiência muito mís�ca e espiritual correr por um caminho mágico. Passei por alguns momentos duros, principalmente

quando chovia ou quando me sen�a cansada e não �nha nada pra comer ou beber. Tive também uma alergia nos pés que foi algo

que �ve que cuidar bem. Enquanto eu corria não me fazia mal, mas à noite quando ia dormir meus pés esquentavam e formigavam

muito e não podia dormir bem. Fora isso, foi uma maravilha, uma energia que me levou a outra dimensão, uma força interna

imensa que me fazia ir sempre mais e mais. Refle� muito e aprendi muito no Caminho.

Qual foi o pior momento durante os quase 900km?

Acho que o momento mais di�cil foi quando numa madrugada fiquei sem bateria na lanterna de cabeça no meio de um bosque

antes de chegar a pueblo de Sarria (9ª etapa). Tive que me orientar com a ajuda da luz do meu celular até chegar a estrada que me

levaria à cidade. Justamente quando estava no bosque sem iluminação sofri um ataque de de oito cães de grande porte. Levei

cerca de 30 minutos caminhando de forma lenta e com muita tranquilidade para conseguir sair de seu território e voltar a correr.

O momento mais mágico foi chegar à Praça del Obradoiro?

O momento mágico foi uns 10km antes de chegar na Praça, no Monte do Gozo, antes de descer para San�ago. Uma forte emoção

apertava meu peito, as lágrimas caiam sozinhas, uma paz interior espetacular, uma sensação de voar. Esse momento me fez sen�r

mais viva e bonita por dentro.

Que balanço você faz deste projeto tão pessoal?

O projeto White Flow veio no momento certo, quando eu estava com a mente aberta para tentar �rar o melhor do caminho e dar o

melhor de mim. Foi importante ter feito o caminho antes à pé e também de bicicleta.

‘’O momento mágico foi uns 10km antes de chegar na Praça, no Monte do Gozo, antes de descer para San�ago. Uma forte emoção apertava meu peito, as lágrimas caiam sozinhas, uma paz interior espetacular, uma sensação de voar. Esse momento me fez sen�r mais viva e bonita por dentro.’’

WHITE FLOWcom Fernanda Maciel

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Em termos de distância e dificuldade foi um dos seus projetos mais duros, incluindo as Ultra‐trails?

Sem dúvida. Muito mais di�cil e mais técnico do que uma Raid Aventura Ultra 200, 600 ou 700 km. Muito mais intensa e propensa a

erros. Porque não era só correr 11 a 12 horas diariamente. Nesse projeto eu �ve que

lavar roupa, comprar comida, buscar água, suportar o peso da mochila, cuidar dos

meus pés, me orientar sozinha à noite, encontrar um abrigo e pensar sobre o que

seria melhor para mim em todos os momentos. Que horas levantar e quantas horas

correr... Eu mesma fiz toda a logís�ca.

Foi uma jornada mais di�cil �sica ou mentalmente?

Foi igual. Mas foi muito menos fisicamente desgastante do que eu imaginava. Fiz

uma boa preparação �sica e mental, mas antes de começar eu estava um pouco com

medo do lado �sico, de não suportar tantas horas e tantos dias seguidos correndo,

dos pés não suportarem ... Mas fazendo Reiki e prá�cas de meditação antes de

iniciar a jornada fez com que todo o medo diminuísse.

Saber que estava fazendo isso com um obje�vo solidário te dava mais mo�vação?

Minha primeira intenção era ajudar. Eu não �nha pensado primeiro em correr e

depois ajudar. O projeto White Flow veio à minha cabeça, porque eu gostaria de

fazer algo pela paz e pela solidariedade mundial. Como eu gosto de correr, pude

juntar as duas coisas. Quando estava correndo pensava muito nas crianças que

conheço e que têm câncer e isso me deu ainda mais força. O Câncer infan�l é uma

doença muito triste e precisa de ajuda de todos.

É a sua segunda vez no Caminho de San�ago. O que mudou desta vez?

Fiz uma vez em 4 etapas a pé até Cebreiro (perto de Galícia) trabalhando para a ONG Outward Bound, onde eu andava com um

grupo de pessoas mais idosas de Madri. Em 2010 eu fiz em cinco dias de bicicleta até León, parando lá porque eu não �nha mais

dias disponíveis para chegar a San�ago. Desta vez, foi a primeira vez que eu fiz o caminho inteiro, a par�r da França (St. Jean Pied

de Port até San�ago) e do jeito que eu mais gosto: correndo. A diferença é que, desta vez, parava menos pois já conhecia muitos

dos lugares famosos do Caminho. Mas, ao mesmo tempo, foi uma experiência muito mais intensa , teve um começo, meio e fim da

estrada, onde a mensagem do Caminho vinha todos os dias ao meu coração.

Por que você escolheu o Caminho de San�ago para o seu projeto "White Flow"?

Não é apenas um caminho, é uma rota mágica, bonita e espiritual, onde mais de 242.000

pessoas já passaram só no ano de 2010, por exemplo. Há algo de muito especial no

Caminho de San�ago, independentemente da religião que você tem. Desde 2009 eu fiz o

Caminho de San�ago em etapas andando com um grupo de pessoas de Madri. Antes de ir

caminhar com eles, sempre fazia meu treinamento pelo caminho, correndo muito cedo, antes do café. Então, já conhecia o

caminho e minha paixão cresceu muito durante os anos que passei trabalhando lá.

O que você mais te chamou a atenção, fazendo o Caminho correndo?

Após a chegada em San�ago, fui para o escritório Peregrino para obter o selo no meu passaporte e o cer�ficado de peregrinação.

Quando eles viram que eu �nha levado apenas dez dias, me perguntaram se eu �nha feito de bicicleta e eu disse que não, que �nha

feito correndo. Não aceitaram pois havia feito muito rápido e havia uma norma da Igreja dizendo que o Caminho não poderia ser

feito correndo. Eu fiquei muito decepcionada. Era a primeira garota a fazê‐lo correndo, pensei. Por que as pessoas podem fazê‐lo

de bicicleta, a cavalo ou de bicicleta e eu não posso fazer isso correndo?

Finalmente, como uma exceção, o chefe do escritório me concedeu o cer�ficado de peregrinação pois entendeu que, como as

pessoas fazem em 10 etapas de bicicleta, que eu poderia fazer em dez dias correndo. Acho que a primeira pessoa que fez o

caminho de bicicleta deve ter passado pelo mesmo contratempo que passei. Espero que, no futuro, os corredores também

possam desfrutar do Caminho como os peregrinos o fazem.

O que você diziam os peregrinos ao longo do caminho ou nos albergues quando você lhes contava sua inicia�va?

Todo peregrino me fazia a �pica pergunta: "De onde você vem hoje" Um pouco �mida, eu respondia. Mas após o primeiro dia eu

não dizia mais nada, porque eles diziam que eu era louca, que era impossível fazer o que eu estava fazendo, que era de outro

mundo, que nunca chegaria à San�ago correndo. Isso foi o que mais ouvi durante os dez dias. Mas como meu projeto fora White

Flow foi divulgado nas TVs de Navarra, Cas�lla e León, Galícia ... Muitos me incen�vavam, queriam autógrafos e fotos comigo.

Muitas da pessoas dos albergues, bares e peregrinos foram muito gen�s. Fiz amizades com os peregrinos que iam de bicicleta, pois

sempre os via em alguma cafeteria ou trecho da estrada.

‘’O projeto White Flow veio no momento certo, quando eu estava com a mente aberta para tentar �rar o melhor do caminho e dar o melhor de mim. ‘’

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‘’Quando estava correndo pensava muito nas crianças que conheço e que têm câncer e isso me deu ainda mais força. O Câncer infan�l é uma doença muito triste e precisa de ajuda de todos.’’

Em que esse projeto melhorou você como atleta e como pessoa?

Acreditar. Saber que podemos mais do que pensamos, somos mais do que

a matéria de que o nosso corpo é feito. Ajudar as pessoas. Seguir sempre o

seu coração.

E agora, como será a sua recuperação?

Trabalhar muito e correr pouco. Depois de dez dias correndo agora tenho

que trabalhar. Em dezembro começo a preparação para a temporada de

2013.

Ainda é um pouco cedo, mas já tem um projeto em mente para os

próximos meses?

Tenho em mente um projeto grande, mas diferente do White Flow. Em 2013, vocês ficaram sabendo.